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WWW.GRAFITARTE.COM.BR - FACEBOOK.COM/GRAFITARTE - Ed. 1 - FEVEREIRO DE 2017- SÃO PAULO - SP
Grafite (arte) Grafite ou grafito (do italiano graffiti, plural de graffito) significa em Latim e Italiano “escritas feitas com carvão”. Grafiti vem da palavra “graphein”, que em Grego significa escrever, sendo também o nome que se dá ao material de carbono que compõe o lápis, de onde se conclui que graffitis tem tudo a ver com escrever com carvão, desde o Império Romano.
Considera-se grafite uma inscrição caligrafada ou um desenho pintado ou gravado sobre um suporte que não é normalmente previsto para esta finalidade. Por muito tempo visto como um assunto irrelevante ou mera contravenção, atualmente o grafite já é considerado como forma de expressão incluída no âmbito das artes visuais, mais especificamente, dastreet art ou arte
urbana - em que o artista aproveita os espaços públicos, criando uma linguagem intencional para interferir na cidade. Entretanto, ainda há quem não concorde, equiparando o valor artístico do grafite ao da pichação, que é bem mais controverso, sendo que a remoção do grafite é bem mais fácil do que o piche.
Anúncio Normalmente distingue-se o grafite, de elaboração mais complexa, da simples pichação, quase sempre considerada como contravenção. No entanto, muitos grafiteiros respeitáveis, como Os gêmeos, autores de importantes trabalhos em várias paredes do mundo, aí incluída a grande fachada da Tate Modern de Londres, admitem ter um passado de pichadores. Na língua inglesa, contudo, usa-se o termo “graffiti” para ambas as expressões.
Desde o início os artistas eram chamados de Writers (escritores), costumavam escrever os seus próprios nomes ou chamar a atenção para problemas do governo ou questões sociais da realidade em que viviam. Tais desenhos eram feitos, na maioria em trens porque o verdadeiro interesse do graffiteiro era passar aquela mensagem para o maior número de pessoas. Outro modo de passar a sua mensagem era os muros das cidades. Ocorreu um avanço no mundo do grafite, grafiteiros criaram os chamados “Tags” que são na verdade como uma marca registada, ou seja, as suas assinaturas. Alguns até criam figuras, personagens, usados nos seus grafites, as chamadas “bonecos”. Para finalizar, o grafite surgiu nos EUA e hoje está nas maiores cidades do mundo.
Não é de hoje que o homem conhece a importância da comunicação em desenho para a evolução e estudo de nossa espécie. Vamos lembrar das pinturas nas cavernas no começo da Humanidade! Muitas pessoas, porém, ainda definem essa criação como sujeira. Para isso chamamos de Grafite. Não estamos falando de rabiscos ou vandalismo. Para isso chamamos de pichação. Ao contrário da pichação, o grafite é baseado em desenhos. Todas as letras e figuras utilizadas nas pinturas são pensadas, elaboradas, desenhadas e coloridas cuidadosamente, para que representem aquilo que o artista quer mostrar. Mas o que é a pichação? Uma arte urbana, sujeira, crime ou manifestação artística? Vamos começar ressaltando que existe uma grande diferença entre grafite e pichação. O grafite é considerado uma arte de rua, muitas vezes uma forma pacífica de protesto. Já a pichação é uma atitude de vandalismo e tratada como crime. A prática de pichar é condenada pelo artigo 65 da Lei dos Crimes Ambientais, número 9.605/98, e que estabelece punição de três meses a um ano de cadeia, além do pagamento de multa àquele que "pichar, grafitar ou, por outro meio, conspurcar edificação ou monumento urbano". No entanto, há uma grande dificuldade em punir quem pratica tal ato, principalmente pela falta de provas, já que as práticas são cometidas durante as madrugadas. Infelizmente, os rastros das pichações estão em todas as partes e na grande maioria das cidades brasileiras, sujando as ruas e, por muitas vezes, danificando os patrimônios públicos e privados. Assim e de forma correta, a arte popular pode fazer parte das ruas, exibindo seu conteúdo e demonstrando que a estética é apenas uma questão de encantar as pessoas.
A verdadeira arte, que não são as pichações que sujam e empobrecem as cidades, podem estar presentes no que antes era apenas um muro branco, sem qualquer atrativo. Art. 65 da Lei de Crimes Ambientais - Lei 9605/98 Lei nº 9.605 de 12 de Fevereiro de 1998 Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. Art. 65. Pichar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano: (Redação dada pela Lei nº 12.408, de 2011) Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. (Redação dada pela Lei nº 12.408, de 2011) § 1o Se o ato for realizado em monumento ou coisa tombada em virtude do seu valor artístico, arqueológico ou histórico, a pena é de 6 (seis) meses a 1 (um) ano de detenção e multa. (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 12.408, de 2011) § 2o Não constitui crime a prática de grafite realizada com o objetivo de valorizar o patrimônio público ou privado mediante manifestação artística, desde que consentida pelo proprietário e, quando couber, pelo locatário ou arrendatário do bem privado e, no caso de bem público, com a autorização do órgão competente e a observância das posturas municipais e das normas editadas pelos órgãos governamentais responsáveis pela preservação e conservação do patrimônio histórico e artístico nacional. (Incluído pela Lei nº 12.408, de 2011)
Sao Mi Um dos bairros mais antigos e populosos da Capital paulistana e um dos grandes fomentadores da cultura urbana e popular.
Lar de dezenas de trabalhos sociais, inclusive, o Grafitarte.
Bairro com população
378 mil
habitantes.
16 unidades de Saúde
O bairro está localizado no extremo leste da capital paulista, tem cerca de 24 km² de extensão. A região é formada também pelas Vilas Jacuí e Jardim Helena. São Miguel começa com a Aldeia de Ururaí, formada pelos índios guaianases . Durante muitos anos foi chamado “distrito da Penha de França”. A existência da estrada que ligava o Rio de Janeiro a São Paulo deu impulso a região. Hoje, transformou nas Avenidas Marechal Tito e São Miguel. Servido pela linha 12 da CPTM, que foi inaugurada na década de 1930, e pelo Terminal São Miguel, o distrito permaneceu estagnado durante mais de um século.
Hoje, tornou-se um importante centro comercial e populacional. É uma das regiões mais populosas da cidade de São Paulo. São Miguel conta com uma rede de serviços públicos e privados considerável, com escolas, hospitais, comércio e indústrias variadas. O Distrito abriga o Hospital Municipal Tide Setúbal, o Hospital Dia Saúde Mental e o Centro de Referência da Criança e do Adolescente para acolher menores em situação de risco. O bairro está localizado no extremo leste da capital paulista, tem cerca de 24 km² de extensão. A região é
iguel Área total: 24,3 km² Distritos: Jd. Helena, São Miguel, Vila Jacuí
formada também pelas Vilas Jacuí e Jardim Helena. São Miguel começa com a Aldeia de Ururaí, formada pelos índios guaianases . Durante muitos anos foi chamado “ distrito da Penha de França”. A existência da estrada que ligava o Rio de Janeiro a São Paulo deu impulso a região. Hoje, transformou nas Avenidas Marechal Tito e São Miguel. Servido pela linha 12 da CPTM, que foi inaugurada na década de 1930, e pelo Terminal São Miguel, o distrito permaneceu estagnado durante mais de um século. Hoje, tornou-se um importante centro comercial e populacional. É uma das regiões mais populosas da cidade de São Paulo.
São Miguel conta com uma rede de serviços públicos e privados considerável, com escolas hospitais, comércio e indústrias variadas. O Distrito abriga o Hospital Municipal Tide Setúbal, o Hospital Dia Saúde Mental, e o Centro de Referência da Criança e do Adolescente para acolher menores em situação de risco.
Muro branco em uma vila cheia de cor para mostrar. Nosso projeto envolveu grafiteiros da região, valorizando o artista local que tão bem conhece o bairro e pode através dos seus traços contar com propriedade a história, promovendo a unidade. Além disto, foi fundamental que a comunidade estivesse presente para levantar problemas que ela vivencia.
A princípio coordenadores, juntamente com equipe de produção fizeram pesquisas levantando todo o acervo possível de São Miguel, buscando fotos antigas e relatos que podiam expor a história do bairro. Após toda pesquisa produzida foi adotada uma linha do tempo do bairro e sequência das
imagens, contando com uma equipe de 25 grafiteiros e 02 ajudadentes coordenando a proposta em horário comercial no prazo de 45 dias para que os muros sejam grafitados.
Eles são referência em arte na região Nosso projeto envolveu grafiteiros da região, valorizando o artista local que tão bem conhece o bairro e pode através dos seus traços contar com propriedade a história, promovendo a unidade. Além disto, foi fundamental que a comunidade estivesse presente para levantar problemas que ela vivencia.
A princípio coordenadores, juntamente com equipe de produção fizeram pesquisas levantando todo o acervo possível de São Miguel, buscando fotos antigas e relatos que podiam expor a história do bairro. Após toda pesquisa produzida foi adotada uma linha do tempo do bairro e sequência das
imagens, contando com uma equipe de 25 grafiteiros e 02 ajudadentes coordenando a proposta em horário comercial no prazo de 45 dias para que os muros sejam grafitados.
Desenhando a
histรณria
Todo o passo a passo histórico do painel temático foi realizado através de desenhos detalhados de cada período envolvido no processo. Dessa forma, os grafiteiros tinham em mãos o fiel retrato da imagem. A partir daí, identificar a melhor cor, tinta e produção. Como lidamos com artistas, o grande mérito ficou com a criatividade e a empolgação de realizar um ótimo trabalho.
História de São Miguel Pouca gente sabe, mas São Miguel Paulista é um dos pontos históricos mais importantes do Brasil. As raízes de nossa descoberta estão nessas terras. Nosso levantamento foi minucioso para dar toda a fidelidade aos fatos. O bairro começa com a Aldeia de Ururaí, formada por índios guaianases que haviam deixado os arredores do Colégio Jesuíta de São Paulo. Ururaí era como os índios denominavam o Rio Tietê, que margeia a região. Por volta de 1560, para marcar a chegada dos europeus e a presença cristã na aldeia dos guaianases, o padre José de Anchieta construiu uma capela na região, batizada de São Miguel, nome de seu arcanjo de devoção. O bairro de São Miguel Paulista começou a crescer ao redor da capela.
Pela importância histórica, a Capela de São Miguel Arcanjo foi tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional em 1938. O ponto inicial do bairro é um marco na história e na cultura local. A Capela de São Miguel, que passou por uma restauração em 2007, faz parte da Praça Padre Aleixo Monteiro Mafra, também conhecida como “Praça do Forró”, referência à cultura nordestina da região.
Chegada dos P São Miguel Paulista, ou aldeia de Ururaí, como era chamada, tem sua fundação em 21 de setembro de 1622. No entanto, é difícil precisar a data correta, já que o padre José de Anchieta chegou na terra em 1554. Por volta de 1580, os jesuítas e os índios construíram a Capela São Miguel Arcanjo. Acredita-se que, após desentendimentos entre as tribos indígenas que lá viviam, houve a dispersão e a formação de novas aldeias, entre elas a Ururaí, cujas terras foram doadas aos índios através da Carta de Sesmaria, de 12 de Outubro de 1580, durante as missões religiosas.
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Portugueses
Em 1604, 24 anos após a concessão da Sesmaria, as terras dos índios já estavam sendo invadidas novamente, só que desta vez, pelos colonos. Em 1620, iniciou-se a reconstrução da antiga capela e o término dos trabalhos aconteceu em 16 de julho de 1622. O ano de 1628 é marcado pelo assalto dos paulistas contra as missões jesuíticas espanholas no Guaíra e, agrava-se daí por diante, o conflito entre a Câmara de São Paulo e os Jesuítas, que por lei exerciam, além da jurisdição espiritual, também a administração temporal das Aldeias do Padroado Real. Em 1640, os interessados em caçar os índios expulsaram os jesuítas de São Paulo e eles só retornaram em 1653. A Câmara de São Paulo prepara-se para tomar posse do governo das aldeias. Nessa época, São Miguel possuía cerca de 3.500 índios. Mas, em 1661, eles estavam reduzidos a apenas 400.
Quando as primeiras expedições colonizadoras portuguesas chegaram à Aldeia de Piratininga, por volta de 1530, o atual bairro de São Miguel Paulista, era um dos lugares escolhidos para ser a sede dos bandeirantes. Do início, um ponto de parada no caminho entre São Paulo e Rio de Janeiro, virou local de caça aos nativos para forçá-los a trabalhar. Em 1560, os Guaianases reagiram e entraram em conflito com os colonos. Os primeiros bandeirantes eram grupos mistos, formados por brancos (capitães), caboclos e índios. A razão disso era clara: os bandeirantes em questão não eram senhores de terra e nem ricos o suficiente para comprar escravos negros.
A solução era, portanto, escravizar índios – e os caboclos nasciam dessa mistura. Essa trupe então prosseguia mata adentro, combatendo outras tribos, fazendo reconhecimento de terrenos, caminhando descalços muitas vezes e desbravando na unha o Brasil. Segundo relato de jesuítas, o método de Bandeirantes era em cercar aldeias e persuadir seus habitantes, pela força ou por meio de ameaças, a acompanhá-los. A negativa poderia resultar em massacre.
Bandeirantes – catequese A casa do Sítio Mirim, em São Miguel Paulista, é uma ruína remanescente da antiga sede do período bandeirista do século XVII ou início do século XVIII. Segundo os historiadores, a construção era ponto de parada dos bandeirantes, no caminho entre São Paulo e Rio de Janeiro, numa das vazantes do Tietê. Apesar de não ter mais valor arquitetônico, é considerado importante sítio arqueológico do tempo dos bandeirantes.
Por esse motivo, preocupa a ameaça de destruição total do imóvel, em função do forte adensamento habitacional no seu entorno. Atualmente, grupos ligados ao poder público articulam medidas de intervenção para o local, com a construção de um museu que abrigaria, além do acervo da sede do sítio, salas de convivência e auditório para eventos culturais.
Uma das historias mais fantasticas de Sao Miguel Paulista. ‘
Por volta de 1532, Martin Afonso de Souza, visitou os campos de Piratininga em companhia do aventureiro português João Ramalho, e passou por uma aldeia, que era chamada de Ururaí. A velha aldeia era a sede dos índios goianazes, liderados por Piquerobi, irmão do Cacique Tibiriçá, que era pai da Índia Bartira. Entre Tibiriçá e Ramalho criou-se uma forte amizade. Batira, então, tornou-se companheira de João Ramalho, que lhe deu o nome cristão de Isabel. Desta união, nasceram 11 filhos.
Muitos brasileiros são descendentes de Bartira, por exemplo, Antônio de Sousa Neto,que veio a proclamar a República Rio-Grandense. E o mais supreendente: a Rainha Sílvia da Suécia. Ela também é de muito distante ascendência ameríndia brasileira. Um de seus antepassados era o chefe indígena Tibiriçá de Piratininga. Infelizmente a Estátua de bronze de Bartira, que estava na Fazenda Biacica de 1628, na região do Jardim Helena, simplesmente desapareceu por volta do ano 2000, época de ocupação de sem-teto no terreno da fazenda. O valor histórico da obra é incalculável.
ALDEIA SAO MIGUEL Essa súbita invasão de brancos teria causado muito temor entre os índios Guaianazes que habitavam a vila de São Paulo e que mantinham relações cordiais com os padres jesuítas. Esse acontecimento causou uma divisão entre eles. Formaram-se, então, dois grupos: os que permaneceram na vila de São Paulo junto com os jesuítas e os dissidentes que migraram rumo a outros locais
São Miguel Paulista atingiu a sua plenitude como bairro propriamente no século XVIII e prosperou economicamente ao longo de todo o século graças à atividade agrícola. Essa prosperidade trouxe como consequência a gradativa decadência do aldeamento indígena. Se num primeiro momento o colono branco via o indígena como mão de obra escrava para realizar o seu sonho de enriquecimento, logo ele verificou que o índio, devido à sua cultura e à sua resistência ao trabalho compulsório, não era talhado para ser escravo, principalmente na atividade agrícola e pastoril. Com a importação de escravos negros, que começou a ser largamente empregada na lavoura paulista, diminuiu a importância da mão-de-obra indígena. No final do século XVIII.
Inicio da economia Em 26 de Abril de 1.865, foram criadas duas classes do ensino das primeiras letras (curso primário). Uma para os meninos e outra para as meninas. Em 16 de Junho de 1.891, criou-se o primeiro Cartório de Paz e em 1.892, o primeiro Cartório de Registro Civil. São Miguel crescia e em 1.903, já contava com 108 casas e 2.299 habitantes. A partir de 1.913, o bairro passou a evoluir também comercialmente. O primeiro comerciante do bairro foi o Sr. Manuel Ferreira Guimarães. Em 1.920, o corretor Sr. Geni, coloca em seu loteamento, (atual Parque Paulistano), um ônibus com três viagens diárias, facilitando desta forma, o acesso para os compradores de seus terrenos
Neste mesmo ano, começaram a se dirigir para São Paulo, grande número de nordestinos, principalmente baianos, que de modo especial, se instalaram em São Miguel. Na década de 1920 teve início a construção da Estrada São Paulo-Rio (atual Marechal Tito) e o bairro passou a receber grande número de migrantes nordestinos. A estação de trem de São Miguel Paulista foi oficialmente inaugurada em 1926. Na década de 1930 foi inaugurada a primeira linha de ônibus regular. O recente processo de urbanização e de desenvolvimento econômico do bairro de São Miguel Paulista pode ser considerado como uma modalidade específica de incorporação de um antigo subúrbio isolado ao processo de expansão do urbano paulistano.
estação de onibus
A indústria começava a se instalar. A principal atividade era a indústria da cerâmica. Uma das suas características principais foi a implantação, em 1935, de uma indústria de grande porte na região, atraindo migrantes nacionais, principalmente nordestinos, para trabalharem em suas instalações, antes mesmo que o bairro tivesse a função propriamente residencial.
Trem que levava os trabalhadores de São Paulo para a vila de São Miguel
Primeira estação de trem - 1935
Em 1935, instalou-se em São Miguel Paulista a Companhia Nitro-Química que inaugurou a fase industrial do bairro e marcou, assim, a época da modernização da região. Instalada próxima à estação ferroviária, a Nitro-Química, primeira indústria química 100% nacional, provocou um grande deslocamento humano que reforçou o crescimento populacional de São Miguel Paulista
Como decorrência imediata da instalação da Nitro-Química , houve uma notável modificação da paisagem local e do interesse público em investir no bairro. Ela criou o primeiro clube esportivo de acesso a população e também o primeiro time de futebol regional. O bairro ganhou pavimento em todas as direções; O comercio foi se desenvolvendo as margens desta empresa, chácaras e o matagal cederam lugar às vilass operárias e às novas vilas.
Hoje, a empresa é uma referência para todos os habitantes das proximidades pois ainda ajuda o desenvolvimento do bairro através de programas sociais, investimentos em ONGs regionais, trabalhos artísticos e filantrópicos voltados a população. Como em 2016 quando cedeu 1km de muro para o grupo Grafitarte transformar uma região esquecida, em algo que trouce prazer aos motoristas e pedestres que passam por ali. Trabalho que misturou a riqueza histórica e a beleza do grafite de artistas do próprio bairro.
Este momento registrado foi uma partida de futebol do time do clube da Nitroquímica contra o Santos Futebol Clube com a presença de Pelé.
Industrializacao Com a chegada da indústria, começou a ser estruturada toda a infraestrutura do bairro para atender o crescimento da população local. Após a inauguração da primeira linha de ônibus entre São Miguel e Penha e a primeira estrada de concreto do Brasil – na década de 30 – o bairro ganhava movimento. Escolas primárias e estabelecimentos de ensino secundários foram se multiplicando. Em 1956 foi iniciada a operação da antiga Companhia Telefônica Brasileira com 200 telefones manuais. Em 1965 foi inaugurada a nova igreja Matriz, deixando a capela de São Miguel como patrimônio histórico e artístico.
Em 1967, o comércio local recebeu grande reforço: o mercado municipal de São Miguel que, ainda hoje, guarda móveis do período da inauguração, como uma chapelaria e uma antiga forja para ferrar os cavalos. O centro comercial já contava com lojas pequenas, mercearias, padarias. A maioria já se instalava ao redor da Praça Padre Aleixo Monteiro Mafra, uma homenagem a um respeitado conhecido religioso da região. Esse local, por conta da forte migração nordestina, recebe hoje
o apelido de “Praça do Forró”. Também por volta da década de 60, surgiu um movimento popular pelo cumprimento de promessas feitas por políticos em época de eleição. Tentava a emancipação do bairro, mas não conseguiu esse objetivo. No entanto, pela força de manifestações por melhorias teve importante papel nas conquistas por infraestrutura como a construção de delegacia de polícia e hospitais.
A arte e cultura também foram marcos no desenvolvimento de São Miguel Paulista. Entre as várias iniciativas populares, um dos marcos históricos é o cinema. Na década de 1950 surgiram salas de exibição nos bairros mais distantes do centro. Tanto nas áreas centrais quanto nas periféricas, ir ao cinema tornou-se uma atividade de importância e prestigio cultural. Nesse período foram inaugurados dois cinemas em São Miguel Paulista: o Cine São Miguel, que fazia parte de uma rede paulistana, e o Cine Lapenna, criado em 1953 pelo comerciante José Lapenna, morador do bairro. A cada exibição os moradores reuniam a família, vestiam os melhores trajes e iam assistir aos clássicos de Hollywood ou a filmes brasileiros como os de Mazzaropi, que imortalizou a figura do caipira paulista. Os cinemas tornaram-se pontos de encontro dos jovens e uma importante forma de lazer, ao lado dos bailes no clube da Nitro.
O apoio deles foi vital para a Em 1.950, foram fundados a Maçonaria, o Rotary e o Lions Club. Seus fundadores e principais associados, são ainda hoje, comerciantes estabelecidos na região. E responsáveis por grande parte do crescimento econômico, social e educacionais dos moradores do bairro. Muitos eventos em prol da comunidade são realizados graças ao patrocínio e organização dessas instituições. De cursos profissionalizantes a doação de alimentos, roupas e produtos emergenciais, como os de higiene e saúde. Comerciantes e empresários ligados a Maçonaria, ao Rotary e ao Lions amparam crianças, jovens e idosos da região e apoiam campanhas de prevenção pela saúde dos moradores de São Miguel Paulista. Em 1.950, foram fundados a Maçonaria, o Rotary e o Lions Club. Seus fundadores e principais associados, são ainda hoje, comerciantes estabelecidos na região. E responsáveis por grande parte do crescimento econômico, social e educacionais dos moradores do bairro. Muitos eventos em prol da comunidade são realizados graças ao patrocínio e organização dessas instituições. De cursos profissionalizantes a doação de alimentos, roupas e produtos emergenciais, como os de higiene e saúde. Comerciantes e empresários ligados a Maçonaria, ao Rotary e ao Lions amparam crianças, jovens e idosos da região e apoiam campanhas de prevenção pela saúde dos moradores de São Miguel Paulista. Em 1.950, foram fundados a Maçonaria, o Rotary e o Lions Club. Seus fundadores e principais associados, são ainda hoje, comerciantes estabelecidos na região. E responsáveis por grande parte do crescimento econômico, social e educacionais dos moradores do bairro. Muitos eventos em prol da comunidade são realizados graças ao patrocínio e organização dessas instituições.
a arte de SĂŁo Miguel.
Colônia Islâmica
Uma das maiores comunidades islâmicas do Brasi Dos mascates às mesquitas: A comunidade árabe tem presença marcante no bairro de São Miguel. Os primeiros a chegar, no início do século passado, eram em geral mercadores ambulantes, conhecidos como mascates. Muitos se firmaram na região, realizando pequenos negócios e, depois, abrindo lojas que continuam a dinamizar o comércio local.
Os árabes muçulmanos freqüentam no bairro a Associação Cultural Islâmica. Conhecida como Mesquita de São Miguel, foi fundada em 1978, na Vila Rosária. Estima-se que mais de 450 famílias de São Miguel, da Penha e até do município de Itaquaquecetuba compareçam regularmente ao local e participem das atividades ali realizadas. A milenar civilização islâmica chama atenção por vários motivos.
A mesquita recebeu o nome de Khalid Ibn Al-Wallid, um dos companheiros do Profeta Muhammad (saas) cuja bravura era muito conhecida, tendo sido ele a conquistar a Síria para os Muçulmanos, e por tal foi conhecido pelo apelido de “A Espada de Allah” (As-Saif-ullah, em árabe).
il. A mesquita é frequentada principalmente por libaneses e sírios, e vários brasileiros convertidos ao islam. Sua orientação é de escola sunita, e seu atual Sheik é natural do Egito. As principais atividades na mesquita são os sermões a sexta-feira, e aulas para crianças e mulheres nos fins de semana. Qualquer um pode visitar a mesquita, que é aberta a comunidade local.
Comunidade Japonesa.
Como a comunidade japonesa foi de extrema importância para o desenvolvimento do Brasil?
Arigatou, Nikkei Quimonos e tambores presentes no bairro desde o início do século XX, a comunidade japonesa enfrentou dificuldades nos anos 40, quando o Brasil esteve em guerra com o Eixo (Alemanha, Itália e Japão). Passada essa fase, a comunidade fundou em 1952 a Associação Cultural e Desportiva Nikkei de São Miguel, conhecida como Kaikan, que tem como objetivo manter viva a cultura japonesa no bairro. É no mês de setembro que acontece o tradicional Festival Matsuri, promovido pela associação. As atividades culturais são compostas por apresentações de música, danças típicas e exibição de Taikô – o grande tambor que impressiona pela técnica, força e disciplina necessárias para a execução.
As tradicionais danças são realizadas por japonesas com elegantes trajes típicos e homens com roupas de samurai, como a Dança do Guarda-Chuva, acompanhada pelos sons dos guizos presos nos guarda-chuvas. Outro atrativo são as comidas típicas, que vão desde o conhecido yakissoba até os doces japoneses. Todo o mês de julho, as dependências da Associação Cultural e Desportiva Nikkei de São Miguel, conhecida como Kaikan, no Jardim São Vicente, ficam decoradas com carpas de papel e as bandeiras do Brasil e do Japão. Trata-se do tradicional Kazokun Ian Undokai, que quer dizer Gincana Poliesportiva Familiar. A mesma atividade acontece no Japão em maio para celebrar o aniversário do Imperador. Em São Miguel, o evento acontece há 50 anos com diversas brincadeiras para todas as idades.
Sem eles, quem seria
Anún Povo marcado por músicas e cultura própria, A exploração social e trabalhista na economia rural do Nordeste e a industrialização do Sudeste, em especial do Estado de São Paulo, desencadearam grande fluxo migratório da população nordestina principalmente para a capital paulista, em busca de emprego e moradia. O bairro de São Miguel Paulista recebeu grande parte desses migrantes em função da inauguração da Companhia Nitro Química, na década de 1940. Ao chegar à estação de trem de São Miguel, o migrante era abordado pelos funcionários da empresa, que lhe ofereciam trabalho nas linhas de produção.
São Miguel Paulista?
ncio animação de sobra e muito trabalho! Dessa forma, a companhia teve em seu quadro grande número de nordestinos. As oportunidades de emprego e as relações familiares contribuíram para que o bairro se tornasse um reduto do Nordeste, marcado pela cultura dessa região. Os costumes e o modo de vida nordestinos podem ser vistos nas mais diversas formas como na culinária, difundida pelos moradores mais antigos e nas diversas Casas do Norte; nos bailes de forró que ocorrem a partir de quinta-feira e inspiraram a criação da “Praça do Forró” conhecida por todos os amantes de música do bairro.
São Miguel finalmente ficou mais próxima do centro Na década de 1920 teve início a construção da Estrada São Paulo-Rio (atual Marechal Tito) e o bairro passou a receber grande número de migrantes nordestinos. A estação de trem de São Miguel Paulista foi oficialmente inaugurada em 1926. Na década de 1930 foi inaugurada a primeira linha de ônibus regular. O recente processo de urbanização e de desenvolvimento econômico do bairro de São Miguel Paulista pode ser considerado como uma modalidade específica de incorporação de um antigo subúrbio isolado ao processo de expansão do urbano paulistano. Uma das suas características principais foi a implantação, em 1935, de uma indústria de grande porte na região, atraindo migrantes nacionais, principalmente nordestinos, para trabalharem em suas instalações, antes mesmo que o bairro tivesse a função propriamente residencial.
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