Ativa São Paulo

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Ativa São Paulo ARTE E CULTURA NA METRÓPOLE

Tarsila Popular

ABRIL / MAIO 2019 EDIÇÃO N0 1

O trabalho da pintora volta para a casa, em São Paulo, numa das mais amplas exposições já feitas sobre o seu trabalho.

Semana Agnès Varda

Oito filmes da diretora Agnès Varda serão exibidos pela Cinemateca Brasileira, em São Paulo.




EDITORIAL / EXPEDIENTE

Editorial Afim te enfatizar locais e atividades culturais como, museus, exposições, shows, teatro, workshops entre outros, a Ativa São Paulo tem como objetivo contribuir aos moradores do município de São Paulo e Grande São Paulo atividades nas quais cultivam-se laços sociais, geram descobrimentos e criam-se novos hábitos e prazeres. Em um local no qual a diversidade e pluralidade de pessoas é a sua identidade e marca, a arquitetura da cidade não é deixada para trás nesse mesmo ponto, proporcionando aos seus habitantes diversas alternativas de atividades, sejam elas para lazer ou como busca de enriquecimento cultural. Mas um apontamento deve ser

levado em conta, já que pesquisas mostram anualmente, um declínio de Paulistanos que frequentam tais locais, sejam eles por diversos motivos como: falta de segurança, valores exorbitantes, distância ou até mesmo por falta de conhecimento. E devido a tais empecilhos, surgiu a Ativa São Paulo, com o intuito de facilitar, apoiar e auxiliar, mediando bimestralmente entre cidade e leitor sobre alternativas de atividades gratuitas ou com faixa de preços acessíveis, locais com fácil locomoção e diversidade de programação, sejam elas, exposições, feiras, cursos, workshops, eventos, shows e afins, norteando novos hábitos e enriquecendo o repertório em diversas áreas.

Luana Barboza Designer Gráfico

Expediente Projeto Editorial desenvolvido para a conclusão da Qualificação Profissional em Design Editorial, Senac Lapa Scipião. Autora do projeto gráfico: Luana Barboza Docentes: Sérgio Nicodemo e Fábio Christão. Maio de 2019, Lapa São Paulo.

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Sumário

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Exposição

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Capa

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Cinema

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Humor

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Música / Shows

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Viver em São Paulo: Cultura Motivos que levam os Paulistanos a frequentarem menos atividades culturais anualmente.

28% não frequentou

Menos escolarizados

nenhuma atividade.

Infográfico

Perfil dos entrevistados que declaram não ter frequentado nenhuma atividade nos últimos 12 meses.

Classe C

Negros e Pardos 55 anos e mais Renda familiar até 2 S.M

Falta de tempo Moradores da Região Leste

Não têm o hábito da leitura


Eventos públicos gratuitos

Não se sente seguro

Foi perguntado aos entrevistados o por que eles não costumam frequentar eventos públicos gratuitos promovidos pela Prefeitura.

Não gosta de multidões

Horário

Infográfico Diversidade de programação

Motivo que mais levaria o entrevistado a frequentar atividades culturais.

Preços acessíveis continuam sendo o motivo que mais levaria o entrevistado a frequentar atividades culturais.

Preços acessíveis Facilidade de acesso e locomoção

Proximidade de casa

Não gostam de ler

Hábitos de leitura Quatro em cada dez paulistanos declararam que não leram nenhum livro nos últimos três meses.


EXPOSIÇÃO

Instituto Tomie Ohtake recebe a exposição “Oscar Niemeyer (1907-2012) – Territórios da Criação”

Ao longo de sua

Depois de passar pelo Rio de Janeiro, em 2017 e Brasília, a exposição “Oscar Niemeyer (1907-2012) – Territórios da Criação”, organizada por ocasião dos 110 anos de nascimento do arquiteto, chega ao Instituto Tomie Ohtake com a adição de algumas obras.

vida, Niemeyer produziu intensamente e afirmou-se não apenas como arquiteto, como a primeira referência estética brasileira reconhecida em todo mundo, mas também como artista e intelectual respeitado, atuando em várias frentes do conhecimento humano”

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A curadoria de Marcus Lontra e Max Perlingeiro, além de reunir um conjunto inédito de desenhos, pinturas, esculturas e peças de mobiliário feitos pelo consagrado arquiteto, traz também obras de artistas que trabalharam com ele em seus emblemáticos projetos, como Alfredo Ceschiatti (1918-1989), Alfredo Volpi (1896-1988), Athos Bulcão (1918-2008), Bruno Giorgi (1905-1993), Candido Portinari (1903-1962), Franz Weissmann (1911-2005), Joaquim Tenreiro (1906-1992), Maria Martins (1894-1973), Roberto Burle Marx (1909-1994) e Tomie Ohtake (1913-2015). Oscar Niemeyer nasceu no Rio de Janeiro em 15 de dezembro de 1907, e morreu na mesma cidade em 5 de dezembro de 2012. “Ao longo de sua vida, Niemeyer produziu intensamente e afirmou-se não apenas como arquiteto, como a primeira referência estética brasileira reconhecida em todo mundo, mas também como artista e intelectual respeitado, atuando em várias frentes do conhecimento humano”, afirma Marcus Lontra. “Ruínas de Brasília” (1964), duas raras pinturas de Niemeyer – uma delas nunca exposta – se juntam a 25 desenhos inéditos, que retratam com seu inconfundível traço a Igreja de São Francisco de Assis, na Pampulha, em Belo Horizonte, a Oca e o Parque Ibirapuera, em São Paulo, o Palácio do Planalto, a Catedral de Brasília, o Palácio da Alvorada, o Caminho Niemeyer, em Niterói, e a Bolsa de trabalho, em Bobigny, França, entre outros. A exposição também dedica um espaço a retratos de Oscar Niemeyer assinadas por gran-

des fotógrafos: Antonio Guerreiro, Bob Wolfenson, Edu Simões, Evandro Teixeira, Juan Esteves, Luiz Garrido, Marcio Scavone, Nana Moraes, Nani Góis, Orlando Brito, Ricardo Fasanello, Rogerio Reis, Vilma Slomp, Walter Carvalho e Walter Firmo. Para mostra em São Paulo, foi incluída a maquete original do trabalho de Tomie Ohtake realizado para o Auditório do Ibirapuera, uma monumental pincelada vermelha do chão ao teto do grande hall. Há ainda desenhos, pinturas, esculturas e azulejos criados por grandes artistas para projetos arquitetônicos de Niemeyer, e que se tornaram igualmente símbolos desses espaços, como um estudo feito por Volpi em têmpera sobre cartão para a Capela Dom Bosco, em Brasília; um estudo em aquarela e duas provas de azulejos feitos por Portinari para a Igreja de São Francisco de Assis, na Pampulha; duas esculturas em pequeno formato como estudo para os “Candangos” e outra para “Meteoro”, de Bruno Giorgi, que estão em Brasília em escala monumental. A exposição reunirá ainda uma série de documentos e publicações, mostrando o Niemeyer designer gráfico. Niemeyer criou a revista “Módulo”, na década de 1950, dedicada à arte e à arquitetura, publicada até 1964, e retomada por ele em 1975, quando retornou ao Brasil. Além disso, será exibido continuamente o vídeo “Oscar Niemeyer: a vida é um sopro” (2006, 90’, Gávea Filmes e Pipa Comunicação), de Fabiano Maciel e Sacha, com trilha sonora de João Donato, Berna Ceppas, Kassim e Felipe Poli. 1


Oscar Niemeyer, sem título (Pavilhão ‘Oca’, São Paulo). Image Cortesia de Instituto Tomie Ohtake A T I VA S Ã O PA U L O

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EXPOSIÇÃO

Exposição MIS: QUADRINHOS ‘Quadrinhos’, que está em cartaz no Museu da Imagem e do Som vai da pré-história aos dias de hoje, é a maior exposição sobre HQs já montada no Brasil,

A megaexposição Quadrinhos apresenta uma ampla retrospectiva da 9ª Arte contada através de revistas, artes originais e itens raros dos diversos gêneros das HQs – super-heróis, infantis, terror, aventura, romance, mangá, faroeste e muitos outros – em ambientes temáticos e imersivos que ocupam todas as áreas do Museu, apresentando também a influência das HQs na cultura pop e em outras mídias como cinema e TV. A exposição também conta com uma extensa programação paralela com diversas atividades para adultos e crianças, incluindo curso, oficina, cinema e bate-papo com artistas. Realizada pelo MIS, Quadrinhos conta com curadoria de Ivan Freitas da Costa (sócio-fundador da CCXP e da Chiaroscuro Studios) e projeto expográfico da Caselúdico, parceira do MIS em outras exposições como O mundo de Tim Burton, Silvio Santos vem aí! e Castelo Rá-Tim-Bum – A exposição.

Pré-história aos dias de hoje. “A origem da arte sequencial remonta à primeira forma de comunicação do ser humano, que desenhava nas paredes das cavernas para registrar e ajudá-lo a entender o mundo à sua volta. Na exposição apresentamos um amplo panorama dos personagens, criadores e expressões dos quadri-

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nhos no mundo todo de uma perspectiva brasileira, contada através de centenas de itens, a grande maioria deles jamais expostos no país”, destaca Ivan Freitas da Costa, curador da exposição.

Nacionais Entre os destaques nacionais está uma edição do jornal O Mosquito (1873) com capa de Angelo Agostini, desenhista ítalo-brasileiro que teve intensa atividade em favor da abolição da escravatura no Brasil. Agostini também colaborou com As Aventuras de Nhô Quim ou Impressões de Uma Viagem à Corte, considerada a primeira história em quadrinhos brasileira e uma das mais antigas do mundo. A curadoria também teve acesso a desenhos originais de Ziraldo e Glauco. Entre os itens expostos estão um desenho feito a mão feito por Ziraldo com personagens de A Turma do Pererê e um caderno de esboços de Glauco com artes originais para a revista Geraldão, edição número 1. Entre os itens expostos o público poderá ver de perto raridades como a revista com

a primeira aparição de Luluzinha, publicada na The Saturday Evening Post em 1935; a edição número 1 de O Pato Donald (1950); uma arte original da personagem de quadrinhos eróticos Valentina desenhada pelo seu criador, o italiano Guido Crepax; exemplar da revista Giant-Size X-Men 1 (1975) e uma ilustração original de The Spirit, que traz o personagem mais conhecido de Will Eisner. Quadrinhos também conta com um desenho do personagem Garfield feito por Jim Davis exclusivamente para a exposição e um vídeo com o criador do gato mais famoso das tirinhas fazendo o desenho. Com entrada gratuita ás terças, a exposiçâo vai até 26 de Maio de 2019. 1



EXPOSIÇÃO

Monumento Nenhum e Chacina da Luz Monumento Nenhum, no Beco do Pinto, e Chacina da Luz, no Solar da Marquesa de Santos, discutem a perda da memória do espaço público e a relação da cidade com o seu patrimônio histórico e cultural.

O Museu da Cidade inaugura no dia 04 de maio, sábado, às 11 horas, as instalações “Chacina da Luz” e “Monumento Nenhum”, da artista Giselle Beiguelman, nos espaços do Solar da Marquesa de Santos e Beco do Pinto, respectivamente. As obras discutem a perda da memória no espaço público e a relação da cidade com seu patrimônio histórico e cultural. Compostas por fragmentos de monumentos, as instalações reproduzem a situação das peças tal qual foram encontradas pela artista em depósitos públicos, como uma espécie de “readymade” do esquecimento. “As duas instalações invertem o lugar da arte no campo das políticas públicas de memória. Ao invés de ser seu objeto, a arte aqui pensa essas políticas, sugerindo um debate sobre a produção social das estéticas da memória e do esquecimento no espaço público.”, declara a artista e professora da FAU – USP. Em “Chacina da Luz “o foco da artista é o conjunto de oito esculturas que se encontravam no lago Cruz de Malta, localizado no interior do Jardim da Luz. Implantadas, em sua maioria, no século 19, foram derrubadas e fragmentadas em 2016, em uma ação de depredação. As obras foram recolhidas e armazenadas na Casa do Administrador do parque. Na instalação apresentada no Solar da Marquesa de Santos, Giselle recupera a cena pós-crime.

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Em “Monumento Nenhum”, por sua vez, Giselle refaz nas escadarias do Beco do Pinto as pilhas de bases, pedestais e fragmentos de monumentos que se encontram no Depósito do Departamento do Patrimônio Histórico – DPH, localizado no bairro do Canindé. “Com alguns, ou nenhum vestígio sobre seu passado, esses enigmáticos totens desafiam-nos a perguntar: de onde vieram? por que foram desmontados? E o mais importante: o que sustentavam do ponto de vista material e simbólico?”, indaga. O projeto das duas instalações dá continuidade a pesquisas que resultaram na intervenção Memória da Amnésia realizada pela artista no Arquivo Histórico Municipal de 2015 a 2016. Começou a ser concebido ainda na gestão de Renato de Cara no Museu da Cidade. Giselle Beiguelman destaca que um dos elementos mais importantes do projeto atual, assim como o anterior, é o fato de ser realizado em parceria com o Departamento do Patrimônio Histórico e o Museu da Cidade de São Paulo. “São projetos que se fazem em diálogo e refletindo sobre as políticas públicas de memória e patrimônio. Não são feitos apenas a partir de autorização de uso das peças e de entrada nos Depósitos, mas também a partir do intercâmbio e negociação de pontos de vista e motivações”, diz a artista. 1



EXPOSIÇÃO

Japão 47 Artesãos Japão 47 Artesãos apresenta peças que contam um pouco da história das 47 províncias japonesas.

Combinando design, artesanato, contemporaneidade e tradição, a Japan House São Paulo apresenta JAPÃO 47 ARTESÃOS, exposição em cartaz de 22 de abril a 17 de julho, com curadoria do designer japonês Kenmei Nagaoka, do D&DEPARTMENT PROJECT. O segundo andar do centro cultural é o cenário para descobertas resultantes de um Japão contemporâneo, que jamais abandona suas tradições, a ser revelado em suas características, habilidades e sensibilidades, por meio de peças feitas por artesãos das 47 províncias que compõem o Japão. JAPÃO 47 ARTESÃOS traça um amplo panorama do fazer manual no Japão atual, com itens que revelam histórias e características individuais das províncias e se utilizam de designs típicos, inclusive para subvertê-los. À primeira vista, os itens podem parecer distantes da regionalidade típica, porém, o ponto de partida para esses artesãos em suas criações são, muitas vezes, as memórias de sua terra natal, os materiais e as técnicas herdadas nos muitos séculos de saber. “Tendo como pano de fundo a história e a atmosfera de cada região,

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incluindo o artesanato tradicional e a indústria local, esses artesãos misturam a própria criatividade e as necessidades da sociedade de forma equilibrada, expressando a si mesmos na forma de recipientes e utensílios” Kenmei Nagaoka A seleção das peças ressalta que o design não está relacionado ao consumo desenfreado, mas sim, na valorização dos objetos de qualidade, que contam uma história. Para ajudar a alcançar as singularidades e contar estas histórias, as peças da mostra estão divididas em cinco agrupamentos que formam as áreas geográficas do país nipônico: Hokkaido, Honshu, Shikoku, Kyushu e Okinawa. “A exposição é uma forma visual de apresentar ao público um panorama das 47 províncias japonesas, traduzidas por meio de objetos contemporâneos que seguem preceitos tradicionais em sua técnica ou na escolha de materiais. É mais um exemplo dessa harmonia tão importante na cultura japonesa entre o passado e o presente”, afirma Natasha Barzaghi Geenen, diretora cultural da Japan House São Paulo. 1


Pássario de Mio Suzuki (Alisson Louback/Divulgação)

Uma das 47 peças expostas na Japan House - Alisson Louback/Divulgação

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Tarsila Popular Uma das maiores artistas brasileiras do século 20 em cartaz no MASP. O trabalho da pintora volta para a casa, em São Paulo, numa das mais amplas exposições já feitas sobre o seu trabalho. Tarsila Popular, que entra em cartaz no MASP.



C A PA

Tarsila Popular Exposição com obras de Tarsila do Amaral no MASP mostra sua relação com o popular.

Nascida em uma fazenda no interior paulista, em 1886, Tarsila fez parte da aristocracia brasileira. Estudou as técnicas acadêmicas tradicionais na Europa, onde conviveu com pintores como André Lhote (1885-1962) e Fernand Léger (1881-1955). Desse período, chamam atenção retratos que já apontavam para uma ideia de modernidade — na pincelada, na representação não-realista e na tentativa de captar o emocional dos modelos –, como em “Autorretrato com vestido laranja” (1921). Apesar disso, foi ao voltar ao Brasil, em 1922, que Tarsila aderiu às ideias vanguardistas europeias, incorporando-as à sua maneira de representar o Brasil. Foi apresentada por Anita Malfatti ao escritor Mário de Andrade (18931945), ao futuro marido Oswald de Andrade (1890-1954) e ao poeta e pintor Menotti del Picchia (1892-1988), formando com eles o Grupo dos Cinco. Guiados pela ideia de encontrar e definir uma arte “verdadeiramente nacional”, os cinco fizeram uma viagem de redescoberta do país pelas cidades coloniais mineiras, acompanhados pelo poeta franco-suíço Blaise Cendrars (1887-1961). Dessa expedição, resultaram desenhos de observação de Tarsila que estarão na mostra. É nesse momento que se inicia o período conhecido como “Pau-Brasil”, uma das três principais fases da carreira de Tarsila, ao lado dos períodos “Antropofágico” e “Social”, todos presentes na mostra. A fase “Pau-Brasil” é marcada por telas de cores e temas acentuadamente tropicais, como a exuberância da fauna e da flora locais, pintadas ao lado de máquinas e trilhos, símbolos, por sua vez, da modernidade urbana do país. Desse momento, são singulares obras como “Estrada de Ferro Central do Brasil” (1924), “Vendedor de frutas” (1925) e “Um pescador” (1925),

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pintura que faz parte do acervo do museu Hermitage, na Rússia, e será exposta pela primeira vez no Brasil.

Tarsila pinta Abaporu Foi ainda nos anos 1920 que Tarsila deu início à fase “Antropofágica”, em que conseguiu criar algo de único e particular. Em 1926, Tarsila casou-se com Oswald e apresentou sua primeira individual, em Paris. Dois anos depois, pintou “Abaporu”, cujo nome de origem indígena significa “homem que come carne humana — tipo de ritual praticado por algumas tribos brasileiras, especialmente os tupinambás. A obra inspirou o Manifesto Antropófago, de Oswald, que propunha a apropriação e deglutição, pela cultura nacional, do legado cultural europeu, para devolvê-lo ao mundo sob a forma de


Endereço: Avenida Paulista 1578 CEP: 01310-200 São Paulo-SP Brasil

Horários: Ter: 10hrs - 20hrs Qua - Dom: 10hrs ás 18hrs

COMPOSIÇÃO (Figura só), 1930, Tarsila do Amaral.

Seg: Fechado

uma produção cultural própria, brasileira. Trabalhos como “Urutu” (1928) e “Antropofagia” (1929) estarão na mostra. A chamada fase “Social”, que se segue a “Pau-Brasil”, e “Antropofágica”, deixa clara a aproximação de Tarsila com as questões políticas e sociais. No início da década de 1930, a artista, empobrecida pela perda da fortuna da família na crise de 1929, teve de se desfazer de obras de sua coleção particular. Assim, reuniu recursos para viajar à União Soviética, acompanhada pelo então marido, o psiquiatra Osório César. Juntos, foram para Moscou, Leningrado e Berlim, entre outras cidades. De volta ao Brasil, foi presa, considerada suspeita de “atividades subversivas” por ter visitado países comunistas. Esses eventos marcaram sua fase de temática social, representada por obras como “Segunda classe” (1933) e “Operários” (1933).

Ingressos: Adultos: R$ 40 Estudantes/Professores: R$ 20 Maiores de 60 anos: R$ 20 Entrada Gratuita: Menores de 11 anos e amigo Masp. Entrada Gratuita às terças

O Popular O enfoque da exposição é o “popular”, noção tão complexa quanto contestada, e que Tarsila explorou de diferentes modos em seus trabalhos ao longo de toda a sua carreira. O popular está associado aos debates sobre uma arte ou identidade nacional e a invenção ou construção de uma brasilidade. Em Tarsila, o popular se manifesta através das paisagens do interior ou do subúrbio, da fazenda ou da favela, povoadas por indígenas ou negros, personagens de lendas e mitos, repletas de animais e plantas, reais ou fantásticos. Mas a paleta de Tarsila (que serve de inspiração para as cores da expografia) também é popular: “azul puríssimo, rosa violáceo, amarelo vivo, verde cantante”. Boa parte da crítica em torno de Tarsila feita até hoje >>>

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C A PA

no Brasil enfatizou suas filiações e genealogias francesas, possivelmente em busca da legitimação internacional da artista, mas assim marginalizando os temas, as personagens e as narrativas populares que ela construiu. Hoje, após bem-sucedidas mostras nos Estados Unidos e na Europa, podemos olhar para Tarsila de outras maneiras. Nesse sentido, os ensaios e comentários sobre suas obras incluídos na exposição e no catálogo são elementos fundamentais deste projeto. Não por acaso a polêmica pintura A negra recebe atenção especial dos autores e é um trabalho central na mostra. Tarsila popular não busca esgotar essas discussões, que levam em conta também questões de raça, classe e colonialismo, mas apontar para a necessidade de estudar essa artista tão fundamental em nossa história da arte a partir de novas abordagens. “A exposição e o catálogo que a acompanha pretendem promover reflexões mais abrangentes sobre Tarsila, articulando

sua vida e obra no contexto de uma visão política, social e racial da cultura brasileira e do modernismo — um movimento que, no Brasil, raramente é abordado sob esses prismas”, diz Fernando Oliva, curador da exposição. Esta exposição faz parte de uma série que o MASP organiza reconsiderando a noção de “popular”: desde A mão do povo brasileiro 1969/2016 e Portinari popular, em 2016, até Agostinho Batista de Freitas, em 2017, e Maria Auxiliadora, em 2018. Tarsila Popular é organizada no contexto de um ano inteiro dedicado a artistas mulheres no MASP em 2019 sob o título de Histórias das mulheres, histórias feministas. A exposição dialoga com duas outras dedicadas a artistas que exploraram a noção do popular de diferentes maneiras: Djanira: a memória de seu povo, até 19 de maio, e Lina Bo Bardi: Habitat, até 28 de julho. Tarsila popular tem curadoria de Fernando Oliva, curador do MASP, e Adriano Pedrosa, diretor artístico do museu. 1

Escaneie o QR Code e escute no Spotify o podcast “Conversas Sobre Artes Visuais: Quem é a Artista Tarcila do Amaral”.

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São Paulo Avenida Paulista, 2424 CEP 01310-300 - São Paulo/SP Tel.: (11) 2842-9120 Horário de visitação: de terça a domingo e feriados, das 10h às 20h; quintas, das 10h às 22h Entrada gratuita para o centro cultural e exposições. Verificar preço de outras atividades

Foto: Pedro Vannucchi


CINEMA

Semana Agnès Varda Oito filmes da diretora Agnès Varda serão exibidos pela Cinemateca Brasileira, em São Paulo, entre os dias 23 e 26 de maio. A mostra, que tem entrada gratuita em todas as sessões, é uma homenagem à cineasta, que morreu no último mês de março, aos 90 anos.

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Cineasta fundamental na história do cinema, a franco-belga Agnès Varda faleceu em março último. Autora de uma filmografia que passou por diversos formatos e gêneros, Varda terá oito de seus filmes exibidos na Cinemateca, nesta Mostra em sua homenagem. A programação destaca algumas de suas mais famosas ficções, como Sem teto, nem lei, Vencedor do Leão de Ouro e do Prêmio da Crítica no Festival de Veneza, o clássico Cleo das 5 às 7 e Jacquot de Nantes, biografia da infância de seu companheiro por décadas, o também cineasta Jacques Demy. Também serão exibidos alguns de seus documentários, o mundialmente premiado Visages villages e os curtas-metragens Tio Yanco e Ulisses, este último um ensaio documental sobre uma fotografia. Toda a programação tem entrada gratuita. Os ingressos serão distribuídos na bilheteria uma hora antes de cada sessão, sujeito à lotação da sala.

Sobre Agnès Varda Foi uma voz importante, porém frequentemente esquecida, do cinema moderno francês. Sua carreira precede o início da Nouvelle vague e seu filme La Pointe Courte, rodado aos 25 anos, quando não possuía experiência alguma por trás das câmeras, apresenta elementos como o radicalismo narrativo e visual que, posteriormente, tornariam o movimento relevante. Foi membro do júri no Festival de Veneza em 1983, e no Festival de Cannes em 2005. Somando mais de 60 anos de carreira, em novembro de 2017 Varda tornou-se a primeira diretora, mulher, a receber um Oscar pelo conjunto da obra. Neste mesmo ano, a cineasta foi homenageada pela 41ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Morreu em 28 de março de 2019 aos 90 anos em decorrência de câncer. 1

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CINEMA

Petra Belas Artes Após risco de fechar, cinema faz acordo com cerveja e será agora Petra Belas Artes. Sem suporte desde interrupção de apoio da Caixa, espaço promoverá eventos teatrais e musicais.

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Este local se destina à exibição de filmes desde 1956. Como Cine Belas Artes foi inaugurado em julho de 1967 com o filme de abertura “Os Russos Estão Chegando”, programado pela Sociedade Amigos da Cinemateca. Em 1980 ganhou a divisão de seis salas, existente até hoje, batizadas cada uma com o nome de um artista brasileiro: Villa-Lobos, Candido Portinari, Oscar Niemeyer, Aleijadinho, Mario de Andrade e Carmen Miranda. Devido a sua programação alternativa, mesclando filmes de nacionalidades diversas e mantendo alguns filmes por longo período em cartaz, o Cine Belas Artes tornou-se um dos mais importantes pontos de encontro intelectual e artístico da cidade. Em meados de 2002 o cinema quase foi fechado. André Sturm e a O2 Filmes assumiram o prédio, que passou por uma grande reforma em 2003, e foi inaugurado em 2004 com a exibição simultânea em todas as suas salas de “Do


Movimentação no Cine Belas Artes, um dos principais cinemas de rua da cidade. Adriano Vizoni/Folhapress.

Outro Lado da Rua”, estrelado pelos mestres do cinema brasileiro Fernanda Montenegro e Raul Cortes. O cinema permaneceu com sua programação diferenciada, com uma média de 10 filmes em cartaz por semana, e uma variação de gêneros desde filmes de arte a clássicos antigos, passando por produções contemporâneas capazes de agradar ao público mais exigente e informado dos tempos atuais, até 2011, quando depois de muitas negociações o Cine Belas Artes teve suas portas fechadas. Como consequência se iniciou na cidade de São Paulo um movimento pelo não fechamento do cinema – Contra o fechamento do Cine Belas Artes. Os mais diversos frequentadores do espaço, cinéfilos e cidadãos se uniram e somaram mais de 90 mil assinaturas, realizando a maior mobilização já ocorrida no Brasil em defesa de um patrimônio cultural. Porém não foi possível adiar o fechamento. Em 2013 o cinema teve sua fachada tombada pelo patri-

mônio histórico estadual, e em 2014, três anos após o fechamento, a Prefeitura de São Paulo e a Caixa Econômica Federal viabilizaram a reabertura do clássico cinema. Ainda em 2014, o cinema ganha como sócia a ASAS.BR.COM, um coletivo internacional de inteligência criativa fundado pela cineasta Paula Trabulsi.

Novo Patrocinador Mais recentemente, em fevereiro de 2019, o cinema ficou novamente sem patrocinador. Após três meses de incertezas, o cinema, enfim, reconquistou a seguridade de continuar com as portas abertas graças ao patrocínio firmado com a cerveja Petra, do Grupo Petrópolis. A família Petra é parceira do Saber Beber, programa que incentiva o consumo consciente de álcool, reforçando que o ato de beber não é um problema, desde que seja feito de forma consciente. 1

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Espetáculo ‘UTC Não Pode Rir’ Humoristas levam jogo de improviso que é sucesso no YouTube para os palcos. Como um elenco composto por sete humoristas, o UTC (Ultimate Trocadilho Championship) é um campeonato de piadas e trocadilhos realizado no formato mata-mata. Dois participantes se enfrentam a cada rodada podendo utilizar uma série de recursos, o objetivo é fazer o oponente dar risada. Quem rir, perde. Desde Fevereiro o grupo vem percorrendo o Brasil com a turnê “UTC no Teatro” lotando casas de show em todas as regiões do país. É comum vê-los também nas primeiras posições do “em alta”, ranking promovido pelo YouTube que contabiliza os vídeos mais assistidos da plataforma no dia de seu lançamento. Com duração de aproximadamente 90 minutos, os humoristas se apresentam em São Paulo no teatro Bradesco no dia 04 de agosto. Ingressos disponíveis no ste: teatrobradescosp.uhuu.com. 1 Foto: www.aloalobahia.com


HUMOR

Foto: www.xvcuritiba.com

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Espetáculo Improvável A cada semana um espetáculo diferente, a plateia sugere temas, os artistas improvisam. O espetáculo bateu o recorde de permanência no teatro TUCA e já foi visto por mais de 1 milhão e 100 mil pessoas.

A Cia. Barbixas de Humor é um grupo humorístico formado por Daniel Nascimento, Anderson Bizzocchi e Elidio Sanna e tem influência, entre outros, da série Whose Line Is It Anyway?, da série cômica inglesa Monty Python; do ator e comediante britânico Rowan Atkinson, famoso pelo seu personagem Mr. Bean; do grupo português Gato Fedorento; dos espanhóis do El Tricicle e da dupla de australianos do Umbilical Brothers. O trio estreou com o espetáculo “Onde está o Riso?” e, de lá para cá, fez com que as apresentações multimídias fossem sua marca registrada e parte do sucesso da trupe. O grupo ficou conhecido pelo seu espetáculo de improvisação “Improvável”, que virou websérie no Youtube desde 2008 e em cartaz nos teatros desde 2007. Em 2010, os Barbixas venceram o Cam-

peonato de Catch de Improvisação no Festival Internacional de Teatro de Bogotá, um dos mais importantes festivais de teatro do mundo. Em 2011, a Cia Barbixas de Humor foi convidada a participar do 16º Festival de Teatro de Improvisação de Amsterdã, um dos mais antigos e tradicionais festivais de teatro da Europa. O grupo teve seu início em 2004 quando começaram a escrever e participar de peças de teatro com esquetes como Santa Ceia e O Coiso, que, na internet, tiveram milhões de visualizações através do canal oficial da Cia no YouTube. Em 2007, eles criaram o Improvável, um espetáculo de improviso que rendeu temporadas contínuas desde 2008 em São Paulo no Teatro TUCA e turnês por todo Brasil nos finais de semana. A cada semana um espetáculo di-

ferente. No espetáculo Improvável, a plateia sugere temas, os artistas improvisam, a música e a iluminação acompanham e um mestre de cerimônias conduz os jogos para tirar o maior número de risadas do público.

Barbixas em São Paulo Todas as quintas-feiras às 21h o espetáculo acontece no Teatro Tuca (Teatro da Universidade Católica de São Paulo), na Rua Monte Alegre, 1024, Perdizes, São Paulo. Bilheteria do Teatro: Terça a Sábado das 14h às 20h e domingo das 14h às 19h. Ingressos: Plateia A R$ 70,00 inteira e R$ 35,00 meia. Plateia B R$ 60,00 inteira e R$ 30,00 meia. Venda também disponível através do site Ingresso Rápido. Para mais informações: (11) 3670-8455. 1

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HUMOR

Fabio Porchat convida os Barbixas Teatro Bradesco apresenta novo projeto do apresentador Fábio Porchat para revertir renda à ONG ”A História mais Bonita”

Novo projeto do humorista e apresentador será lançado no dia 22 de maio, em São Paulo (SP), recebendo a Cia. Barbixas, e terá sua renda revertida para a ABACE (Associação Buriti de Arte, Cultura e Esporte). A ABACE com apoio de seu embaixador, o humorista e apresentador Fabio Porchat, lança, em maio, uma série de espetáculos beneficentes, cuja renda será revertida para custos operacionais da organização e para as ações sociais apoiadas. A estreia do projeto “Fabio Porchat Convida” acontece no dia 22 de maio (quarta-feira), no Teatro Bradesco, em São Paulo (SP), recebendo, como primeiro convidado, a Cia. Barbixas. Tanto a casa de espetáculos quanto os artistas são parceiros da iniciativa. De acordo com o humorista, trata-se de um formato inédito, que prevê sua interação com os artistas e do grupo com a plateia. “Vamos fazer um talk show exclusivo para quem for ao teatro que, além de dar boas risadas, vai apoiar ações sociais de todo o Brasil”, comenta Fabio. Segundo a coordenadora executiva da ABACE Lorena Braga, trata-se de uma iniciativa desenhada para captar recursos, tanto para a operação quanto para os

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projetos. “Nossa ideia é realizar quatro espetáculos até o final do ano, em maio, agosto, novembro e dezembro,

sendo este último, no Rio de Janeiro (RJ)”, explica. Cada edição receberá uma atração diferente.

ABACE (Associação Buriti de Arte, Cultura e Esporte) A ABACE - Associação Buriti de Arte, Cultura e Esporte é uma organização sem fins lucrativos, que nasceu em 2015 e tem como objetivo apoiar projetos sociais que geram impacto e transformação social, mas que dispõem de poucos recursos.

O Buriti, que serviu como inspiração para o nome da instituição, é uma árvore da qual tudo se aproveita: fruto, folha e casca, fornecendo diferentes elementos para se viver. Seguindo este conceito, a ABACE apoia projetos sociais que busquem descobrir e trabalhar com o melhor do outro, enxergando as suas reais necessidades e desafios e contribuindo com seu desenvolvimento. Como uma organização do Terceiro Setor, tem como propósito identificar e criar oportunidades de transformação de realidades por meio do esporte, arte e cultura ao conectar pessoas e organizações. Se preocupam em apoiar organizações de forma a direcioná-las para conquistar sua sustentabilidade, manter o seu trabalho e fortalecer suas ações na comunidade. São a ponte que conecta estes projetos a pessoas e empresas que queiram estar envolvidas em movimentos de transformação social. O foco de trabalho e público alvo da ABACE são crianças e adolescentes envolvidas em atividades culturais, esportivas e artísticas. E para realizar este trabalho, contam com a parceriada Inverno Produções, nossa principal mantenedora; e do nosso embaixador Fabio Porchat. 1



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Foto: www.last.fm


Samuca e a selva Sesc Osasco apresenta Samuca e a Selva no balancê, com entrada gratuita. Tudo que move é sagrado’ apresenta um painel bem representativo da obra de Ronaldo Bastos Ribeiro, um dos letristas mais importantes da música do Brasil, nascido em 1948, em Icaraí, na então paradisíaca Niterói, RJ. Nele, estão canções que marcaram os últimos quarenta anos da música brasileira e que comprovam a versatilidade dos versos de Bastos, nos clássicos, na fase Clube da Esquina, nas parcerias e nos sucessos mais populares. O que era pra ser um tributo se transformou numa grande celebração em torno do conjunto de suas canções. “Foram duas semanas dentro do estúdio, com o Samuca liderando uma turma maravilhosa de músicos e convidados, todos abertos às minhas idiossincrasias e opiniões, mas também com contribuições individuais a partir de suas próprias referências musicais”, diz Mauricio Tagliari. Tudo o que move é um disco atual, contemporâneo, que atravessa gerações e que mostra a originalidade e pluralidade de Ronaldo Bastos para a música do Brasil. Evento acontece no dia 24 de maio às 20:30. 1

A T I VA S Ã O PA U L O

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Luedji Luna Luedjii Luna se apresenta no Sesc Pompéia com Dj Nyack e participação de Tássia Reis, Rincon, Stéfanie e Zudizilla

A cantora e compositora Luedji Luna apresenta show de seu EP “Mundo”, projeto com faixas do disco “Um Corpo no Mundo”, de 2017, remixadas pelo DJ e produtor Nyack e com participações especiais de artistas da cena do rap nacional. Além de “Banho de Folhas”, o novo trabalho inclui as faixas “Acalanto”, “Dentro Ali”, “Saudação Malungo” e “Cabô”, agora com a presença de Tassia Reis, Ricon Sapiência, Djonga, Stéfanie e Zudizilla. A parceria entre os dois teve início em março de 2018, quando Luedji foi convidada para um experimento junto com o rapper norte americano Illa J em que Nyack era o DJ convidado. Depois da versão de “Banho de Folhas” ganhar um beat, com retorno positivo do público, o convite para uma colaboração foi feito. Desde 2015, a cantora baiana vem se apresentando em festivais em todo o Brasil. Com o disco de 2017, foi contemplada em primeiro lugar com o Prêmio Afro. Já Fernando Carmo da Silva, o DJ Nayck, deu início a sua trajetória nos toca discos aos 14 anos. Hoje, além de tocar nas melhores festas de rap, também é DJ do Emicida e trabalhou com os grupos Primeira Função, Sinhô Preto Velho e Curumin. Os shows acontecem nos dias 01/06 às 21:30 e 02/06 às 18:30. Vendas online a partir de 21/05 às 12:00h. Lembre-se de que é necessário solicitar a emissão do tíquete em uma das bilheterias da rede Sesc para garantir a sua entrada. Para isso, basta ir até uma das unidades e apresentar um documento com foto. 1

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Canção de raiz (Foto: Coletivo IAM)




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