CENTRO EDUCACIONAL DE ARTE E CULTURA (CEAC) - TCC ARQUITETURA E URBANISMO LUANA GALOTE

Page 1

Centro Educacional de Arte e Cultura

AUTORA: LUANA GALOTE


Não é à toa que a arquitetura torna-se exuberante quando projeta obras ligadas à esfera cultura. O caráter monumental diz que a própria beleza é um discurso ligado à Cultura como posse. Um Centro Cultural feio seria uma contradição. Tudo isso leva a apontar para a supremacia do caráter formal dos prédios que proliferam com essa denominação sobre a sua

própria razão de existir.

(Luís Milanesi, 2003)


UNIVERSIDADE PAULISTA ARQUITETURA E URBANISMO

Aluna Luana Galote

CENTRO EDUCACIONAL DE ARTE E CULTURA

Trabalho de curso apresentado a Universidade Paulista como exigência parcial para obtenção do titulo de graduação, sob orientação da Prof. Villanueva.

CAMPINAS 2018

Dra. Ana


AGRADECIMENTOS

E aqui se finaliza mais uma jornada na minha vida. Foram cinco longos anos de curso, realizado com muito amor e força de vontade. Se cheguei aonde estou hoje, devo isto, primeiramente, a Deus, por me possibilitar realizar esse sonho. Essa conquista eu dedico aos meus pais, Luciana Galote e Paulo Galote, que sempre me apoiaram e me deram toda força ao acreditarem que eu conseguiria. Dedico, também, aos meus irmãos, que estão comigo pro que der e vier, e aos meus avós que hoje se sentem orgulhosos de ver aonde cheguei. Aos meus amigos da faculdade meu muito obrigado, pela amizade, pelos conhecimentos e ajuda nessa caminhada. A minha querida

orientadora e grande professora Ana Villanueva, que me ajudou e me orientou do começo ao fim, meus sinceros agradecimentos. Venho com orgulho dizer que um dos meus objetivos foram alcançados. Não foi fácil, mas quando se tem dedicação e faz o que se ama, a certeza da conquista é clara. E, hoje, é com grande emoção e confiança que digo: sou ARQUITETA E URBANISTA por amor.


LISTA DE SIGLAS

• BRT – Bus Rápid Transit • CIS – Centro Cultural de Inclusão e Integração Social

• HMV – Habitação Multifamiliar Vertical • IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística • IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano • PIB – Produto Interno Bruto • PRONAC – Programa Nacional de Apoio á Cultura • Seplan – Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano • SESC – Serviço Social do Comércio • SP – São Paulo • UBS – Unidade Básica de Saúde


SUMÁRIO

1.

2. 3. 4. 5.

INTRODUÇÃO................................................................................................................. 03 OBJETIVOS ............................................................................................................... 07– 08

2.1 Objetivos Gerais ............................................................................................................................ 07 2.2 Objetivos Específicos .................................................................................................................... 08

JUSTIFICATIVA ..........................................................................................................11 – 14 DIAGNÓSTICO GERAL: Levantamento de dados e análise da área .........................17 – 30 PLANO DE INTERVENÇÃO URBANA MACRO .......................................................33 – 49 TEMÁTICA .................................................................................................................53 – 63

6. 7.

6.1 Lazer e Sociedade ........................................................................................................................ 53 6.2 Cultura e Sociedade .................................................................................................................... 54 6.3 Evolução no Mundo .............................................................................................................. 55 – 59 6.4 Evolução no Brasil................................................................................................................... 60 – 61 6.5 Evolução em Campinas ....................................................................................................... 62 – 63

REFERÊNCIAS PROJETUAIS ......................................................................................67 – 82

7.1 Centro Cultural Arauco – Chile ............................................................................................ 67 – 77 7.2 Centro Cultural Cabo Frio – RJ.............................................................................................. 79 – 82

8.

VISITA TÉCNICA....................................................................................................... 85 – 92


9.

O TERRENO ............................................................................................................... 95 – 100 9.1 Localização do Terreno ............................................................................................................ 95 – 96 9.2 Justificativa do Terreno ............................................................................................................. 97 – 98 9.3 Topografia ......................................................................................................................................... 99 9.4 Micro-Clima ......................................................................................................................................100

10. PARTIDO ARQUITETÔNICO ................................................................................... 103 – 104 11. PROGRAMA ........................................................................................................... 107 – 108 ESTUDO PRELIMINAR .............................................................................................. 111 – 118

12.

12.1 Gabarito de Altura ........................................................................................................................ 111 12.2 Zoneamento .................................................................................................................................. 112 12.3 Processo de Evolução (projeto) ......................................................................................... 113 – 114 12.4 Plano de Massa ..............................................................................................................................115 12.5 Setorização .....................................................................................................................................116 12.6 Diagrama ..............................................................................................................................117 – 118

13. O PROJETO ............................................................................................................ 121 – 134 14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 137 – 140



1. INTRODUÇÃO


A centralidade urbana apresenta-se como parte

arquitetônica de um centro cultural na área. Através

importante do cotidiano de uma cidade, já que concentra

das pesquisas levantadas percebeu-se que há um

boa parte de seus fluxos e diversos usos, como comércios,

número expressivo de jovens nessa região, onde

serviços, escolas, hospitais, áreas públicas e de lazer. Esses

carecem de infraestrutura cultural e educacional fora

espaços criam características que movimentam a economia

do horário letivo de escola, curso, serviço, entre outros.

local e trazem uma vida socialmente ativa aos seus habitantes.

O projeto Centro Educacional de Arte e Cultura tem como prioridade o acolhimento desse

A região do Campo Grande, localizada na

público, que estão em fase de maior desenvolvimento

cidade de Campinas – SP, possui grande carência nesse

e necessitam de aulas e oficinas para seu melhor

quesito, principalmente se levarmos em consideração sua

desempenho e conhecimento, tanto dentro como

extensão e elevado números de habitantes. Devido a

fora da escola essa dinâmica é essencial.

maneira como foi sendo ocupado (ocupações irregulares e favelas), o local, ainda hoje, não possui infraestrutura adequada e equipamentos que atendam a demanda

Os centros culturais, sendo espaços criados

populacional, o que ocasiona uma locomoção diária para

com a finalidade de se produzir e se pensar a

regiões vizinhas.

cultura, tornam-se o território privilegiado da ação cultural e da ação informacional na

Assim, o presente trabalho se dá a partir de um recorte estratégico (que envolve os bairros Parque Floresta,

Sociedade

Parque Valença I, Parque Valença II, Jardim Nova Esperança,

Conhecimento.” (RAMOS, 2007)

Jardim Florence, Jardim Maracanã e Jardim Liliza), que tem como objetivo a requalificação urbana e visa à proposta

arquitetônica de

03

da

Informação

e

do


A arquitetura não faz milagre social, mais deve ser agente da promoção cultural, do convívio, da liberdade e deve contribuir para a qualidade da vida urbana.

(Abrahão Sanovies)



2. OBJETIVOS


2.1 OBJETIVO GERAL O objetivo deste trabalho é a implantação de um Centro Educacional de Arte e Cultura de forma a suprir as necessidades da população do distrito de Campo Grande – Campinas, trabalhando com cheios e vazios, pensando no caminhar do pedestre onde possam aprender e vivenciar a cultura e a arte de forma dinâmica e social.

07


2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Criar espaços de convivências para atividades culturais e artísticas; • Proporcionar a cidade o acesso gratuito de atividades culturais integradas à arte, lazer e educação em um único espaço; • Suprir a carência de infraestrutura cultural da área; • Incentivar as pessoas pelo interesse à arte; • Promover atividades educacionais e de entretenimento para as diversas faixas etárias; • Promover áreas de exposições interna e externas; • Disseminar, promover e valorizar a formação em arte, cultura

e

educação

como

instrumentos

para

o

fortalecimento da cidadania; • Propiciar aos usuários experiencias sinestésicas durante os espaços;

08



3. JUSTIFICATIVA


O levantamento feito pela Secretaria de

índice de escolas fundamentais entre esses bairros, como

Planejamento de Desenvolvimento Urbano (Seplan), com

pode ser analisado na figura 02. Esses jovens que estão

base em dados do Censo 2010 do IBGE, revela que o

em fase de desenvolvimento educacional, precisam de

bairro mais populoso de Campinas está na região do

espaços para desenvolver sua dinâmica e aprendizagem,

Campo Grande e também uma disparidade entre

fora do horário letivo da escola ou curso.

diferentes regiões — com áreas que possuem média

Segundo

também

um

levantamento

populacional muito menor à da cidade e outras que

realizado pelo Censo Demográfico de 2010 – IBGE, a faixa

extrapolam em quase dez vezes o número médio de

etária predominante da região é jovem, assim como

pessoas por área.

mostra a tabela (figura 01). Através disso fica evidente a

O distrito é caracterizado por esse alto

necessidade de um espaço cultural para a população,

adensamento, e a partir do plano de centralidade

que muitas vezes não tem condições de pagar por tais

desenvolvido no projeto urbano, esse número tende a

atividades.

aumentar, assim como o fluxo de pessoas, principalmente

Grupo de idade

O local envolve os bairros Parque Floresta,

Qtd.

jovens. Parque Valença I, Parque Valença II, Jardim Nova Liliza, segundo os dados retirados através de visitas técnicas (2018), informações do Google Maps (2018) e os

Qtd.

Esperança, Jardim Florence, Jardim Maracanã e Jardim

dados da Prefeitura de Campinas (2017), existe um alto

FIGURA 01: População residente, segundo o grupo de idade. FONTE: Censo Demográfico - IBGE. Acesso em 04/2018.

índice de escolas

11


JARDIM FLORENCE

5

PARQUE VALENÇA II

PARQUE VALENÇA I

JARDIM NOVA ESPERANÇA

4 Localização Escolas Fundamentais

3 Descrição:

JARDIM MARACANÃ

1 – Escola Estadual Antônio Carlos Lehman

PARQUE FLORESTA

2 – Escola Estadual Ruy Rodrigues

2 JARDIM LILIZIA

3 – Escola Estadual Campo Grande II 4 – Escola Mundo dos Sonhos 5 – Escola Municipal Leão Valleri Padre

1 FIGURA 02: Mapa da área de estudo com localização das escolas fundamentais – Campo Grande FONTE: Google Earth. Acesso em 04/2018


De modo geral as manifestações culturais sempre estiveram presentes no mundo, seja através de

possibilitando a introdução da arte e cultura na sociedade, assim ajudando no processo educacional. Segundo Milanese (2003, p.172) o centro

apresentações musicais, teatrais, corporais, entre outras. No inicio do século XX, Campinas já era uma

cultural tem por objetivo reunir um público com

cidade de grande porte, bem desenvolvida, e com o

características

aumento populacional os espaços voltados a cultura

cultural, “um espaço que seja a simbiose, o amálgama

tornaram-se pequenos, um exemplo é o Teatro Municipal

torturado das relações humanas, parece ser próprio à

São Carlos, que foi um dos primeiros espaços culturais da

Cultura e desejável como proposta.”

Ao longo desses anos, várias tentativas foram criadas para construir espaços voltados a cultura e lazer, e

promovendo

ação

Dessa maneira, esse espaço servirá como

cidade, sendo demolido pela falta de capacidade em atender toda demanda da população.

heterogêneas,

ponte de ligação entre a arte e as pessoas, entre o externo e o interno, transformando o lugar em um local com vida.

a maior parte desses espaços ficam no centro da cidade, dificultando o acesso do resto da população como pode

O centro cultural é um espaço que deve

ser analisado na figura 03.

construir laços com a comunidade e os

A área de projeto, o Campo Grande, possui

acontecimentos locais, funcionando como um

uma grande carência nesse aspecto cultural, o Centro

equipamento

Educacional de Arte e Cultura estará contribuindo de

informacional,

no

qual

proporciona cultura para os diferentes grupos

diversas formas, dando uma melhor qualidade de vida

sociais, buscando promover a sua integração.

para as pessoas através da sua dinâmica e inclusão social,

(NEVES, 2012, ONLINE)

mmmmmm

13


ร rea projeto

FIGURA 03: Espaรงos Culturais em Campinas FONTE: Google Mapas. Acesso em 04/2018

Alguns espaรงos cultuais em Campinas

14



4. DIAGNÓSTICO GERAL


LOCALIZAÇÃO GERAL

CAMPINAS

MACROZONA 5

ÁREA DE INTERVENÇÃO URBANA

FIGURA 04: Localização macro da área do projeto urbano FONTE: Elaborado pela autora Luana Galote (2018)

17

DISTRITO CAMPO GRANDE


ÁREA DE CAMPINAS São Paulo e a Baixada Santista, integram o chamado Complexo

Metropolitano

Expandido,

a

primeira

macrometrópole do hemisfério sul.

FIGURA 05: Localização de Campinas no estado de São Paulo. FONTE: Google Maps. Acesso em 04/2018

O município de Campinas ocupa uma área de aproximadamente 801 km² e conta com uma população

de cerca de 1 milhão de habitantes, distribuída por seis distritos, sendo: Barão Geraldo, Campo Grande, Joaquim Egídio, Nova Aparecida, Ouro Verde e Sousas. Possui uma forte economia, sendo uma das dez cidades mais ricas do país, além de contar com uma produção cientifica notável, através de suas universidades. Forma, juntamente com mais 19 cidades, a Região Metropolitana de Campinas, e, junto com a Grande

FIGURA 06: Região Metropolitana de Campinas FONTE: Elaborado pelos autores Ana C., Ariadne E. Mendes., Franciane Rodrigues, Gabriel Gomes, Luana Galote, Mariane Xavier.

18


O CAMPO GRANDE Localizado na região sudoeste do município de

Posteriormente, essas áreas rurais foram sendo

Campinas, o Campo Grande é um distrito criado em 2015

loteadas, vendidas e também invadidas, resultando

(Lei nº 15.058 de 10 de setembro de 2015), e pertencente à

em um crescimento sem planejamento, e, portanto,

denominada Macrozona de Estruturação Urbana (Lei

desorganizado. Assim, hoje o distrito conta com vários

Complementar nº 189 de 08 de janeiro de 2018). Está

problemas, como ocupações em áreas de risco, falta

distante 15km do centro, e tem a Rodovia dos Bandeirantes

de atividades comerciais, de serviços e de lazer. Essas características, somadas, fazem com que

como limite com o município e o Rio Capivari como limite

o distrito se caracterize como uma “região dormitório”,

com o distrito de Ouro Verde.

já que a população precisa se deslocar para o centro urbano para trabalho, compras e diversão. Atualmente, 190 mil habitantes moram no local,

(CENSO 2010), sendo esse o segundo distrito mais populoso da cidade. O principal acesso se dá pela Avenida John Boyd Dunlop, e apesar de contar com dois terminais próprios, o sistema de transporte público ainda

é

precário

e

não

consegue

atender

satisfatoriamente aos movimentos pendulares a que é submetido diariamente.

FIGURA 07 : Campo Grande – Campinas FONTE: Elaborado pelos autores Ana C., Ariadne E. Mendes., Franciane Rodrigues, Gabriel Gomes, Luana Galote, Mariane Xavier.

19


ÁREA DO PROJETO URBANO O recorte concentrou-se em uma área que abrange trechos tanto de bairros novos quanto de consolidados. Esse trecho apresenta alguns vazios urbanos e a maior concentração de usos diversificados do distrito, concentrados ao longo da Rua Edson Luiz Rigonatto. A área não possui uma infraestrutura adequada para atender toda a demanda da população local,

que na maior parte das vezes se locomove para bairros vizinhos ou para o centro de Campinas.

FIGURA 09 : Área de recort projetual inserida na cidade de Campinas. FONTE: Elaborado pelos autores Ana C., Ariadne E. Mendes., Franciane Rodrigues, Gabriel Gomes, Luana Galote, Mariane Xavier.

FIGURA 08 : Região Metropolitana de Campinas FONTE: Elaborado pelos autores Ana C., Ariadne E. Mendes., Franciane Rodrigues, Gabriel Gomes, Luana Galote, Mariane Xavier.

20


JUSTIFICATIVA DO RECORTE Como o partido do projeto é trazer a

Todos esses fatores, somados, mostram o

centralidade ao distrito, a escolha se deu a partir da

potencial da região como um local

identificação de um local que atualmente possui um

estabelecer a centralidade no distrito.

número expressivo de uso de comércios, além de ser uma área centralizada de atividades da região do Campo Grande, existe um grande fluxo diário de pessoas, devido ao terminal. A área do recorte conecta com o principal eixo de acesso a região, sendo a rua Edson Luiz Rigonatto e a Avenida John Boyd Dunlop, com isso fica mais fácil trabalhar a locomoção das pessoas, uma vez que o projeto visa atender á toda população, oferecendo uma boa

infraestrutura e fácil acesso. Os

vazios

urbanos

também

foram

determinados para escolha, haja vista o seu potencial para renovação e pontos de conexão urbana, através de espaços públicos e de lazer, de maneira a possibilitar a atuação dos pedestres como ator principal nos espaços de vivência das áreas, visando a uma expansão do distrito como um todo.

21

para se


EIXO

PRINCIPAL

RUA

EDSON LUIZ RIGONATTO; AV. JONH BOYD DUNLOP; PRINCIPAIS COMÉRCIOS;

ATUAL TERMINAL; ABRANGÊNCIA

DOS

COMÉRCIOS E SERVIÇOS; ESPAÇOS

VAZIOS

ABRANGÊNCIA;

FIGURA 10 : Análise geral especificando a escolha da área. FONTE: Elaborado pela autora Luana Galote (2018).

E

SUA


CARACTERISTÍCAS SOCIOECÔNOMICAS A identificação dos moradores do local se deu pelo levantamento junto ao IBGE (CENSO 2010),

Quanto ao sexo, observa-se na figura 12 que a proporção é basicamente a mesma.

através de coleta de dados da UTB 45 (Parque Valença). Também foram realizadas entrevistas, tanto no local como online, de maneira a comparar essas informações. Foi possível observar que o perfil predominante do morador é o de pessoas entre 10 e 30 anos, como visto

anteriormente na figura 01. Os levantamentos demonstraram que a maior parte da população pertence ao grupo de renda mais baixa – 1 a 3 salário mínimos

FIGURA 12 : População residente por sexo. FONTE: IBGE (CENSO 2010). Acesso em 05/2018.

A

UTB

45,

segundo

o

IBGE,

apresenta

uma

população de 50334 habitantes, e possui, em média, 3,48 pessoas por domicílio.

FIGURA 11 : Renda média. FONTE: IBGE (CENSO 2010). Acesso em 05/2018.

23


ZONEAMENTO

Analisando

o

mapa,

é

possível perceber que a maior parte do recorte apresenta a Zona 01 e Zona 03, que são caracterizadas por serem zonas predominantemente

residenciais,

comércios,

e

serviços

com

instituições,

de

pequeno a médio porte, com caráter local. Já a Zona 11, que notadamente se apresenta

em

poucos

locais,

é

basicamente constituído por comércio, serviços e instituições, também de caráter local.

A

Zona

11

HMV

1

é

um

complemente da Zona 11, mas que permite FIGURA 13 : Zoneamento FONTE: SEPLAN Campinas (2015). Acesso em 03/2018

verticais.

habitações

multifamiliares


USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

Historicamente,

o

Campo

Grande foi sendo ocupado através de favelas ou por ocupações informais, e isso se reflete na maneira em que se encontra

seu

tecido

urbano:

descontínuo e com a presença de grandes

vazios

observado

em

urbanos. visitas

Conforme

técnicas,

e

confirmado pelo mapa, o uso principal da área do recorte é, em sua maioria, residencial, com poucos lotes de uso comercial ou de serviços. As poucas atividades econômicas exercidas no bairro são de âmbito local (roupas,

farmácias, bares, quitandas, etc), e se concentram ao longo da rua Edson FIGURA 14 : Uso e Ocupação do Solo FONTE: SEPLAN Campinas (2015). Acesso em 03/2018

Luiz Rigonatto.


GABARITO DE ALTURA

Através levantamento

de

desse gabaritos,

é

possível observar se trata de uma área com um gabarito de altura baixo, com edifícios de até 3 pavimentos.

FIGURA 15 : Gabarito de Altura FONTE: SEPLAN Campinas (2015). Acesso em 03/2018.


DENSIDADE

O distrito do Campo Grande é uma das áreas com maior densidade do município. No mapa da área de estudo, percebe-se uma predominância

entre

50

a

100

hab/ha e um grande vazio urbano.

Essa grande densidade não se condiz com sua infraestrutura, já que grande parte desses habitantes tem falta de qualidade de vida devido à falta de planejamento urbano. FIGURA 16 : Densidade FONTE: SEPLAN Campinas (2015). Acesso em 03/2018.


HIPSOMETRIA, DIREÇÃO DO VENTO E INSOLAÇÃO

Foi realizada uma pesquisa pelo site Climatempo (Viracopos Campinas) com relação aos ventos na região sudoeste – onde encontra-se a área de estudo, o Campo Grande. Segundo o referido site, os ventos vem da direção noroeste

e

sudeste,

com

maior

frequência no mês de outubro e menor em fevereiro. Onde a temperatura é mais alta localiza-se os locais mais quentes da região, as chamadas ilhas

de calor. Isso acontece devido a falta de vegetação, cuja área apresenta poucas

áreas

verdes.

Na

área

projetual, as curvas vão de 540m a 740m, FIGURA 17 : Insolação, hipsometria, pontos de alagamentos, várzea, ventos e sistema hídrico. FONTE: Seplan Campinas (2014), Direção e intensidade dos ventos. Disponível em: <https://www.climatempo. com.br/vento/cidade/418/campinas-sp>. Acesso em: 09 mar. 2018. Elaboração por autores (2018)

o

que

ocasiona

diferenças

significativas ao longo da área.


NÓS DE TRÂNSITO

VIA DE TRÂNSITO RÁPIDO VIA DE TRÂNSITO MÉDIO ÁREA DE CONGESTIONAMENTO

Considerando

o

levantamento

realizado

em

horários

caracterizados como de pico (segunda a sexta das 17h as 18h), percebe-se que o local, possui um trânsito, em sua predominância, moderado como pode ser analisado no mapa. O ponto mais congestionado aparece

somente em frente a rotatória do Terminal do Campo Grande, onde existe um conflito entre, ônibus, carros e pedestres.

FIGURA 18 : Análise trânsito.. FONTE: Elaborado pela autora Luana Galote (2018).


MOBILIDADE

CONFLITO ENTRE NÓS DE TRÂNSITO E PRINCIPAIS PONTOS DE ACESSO CONFLITO ENTRE LOCAIS MAIS ADENSADOS PRÓXIMO AOS PRINCIPAIS ACESSOS PONTO DE ÔNIBUS

O fluxo principal acontece na radial, devido a grande concentração de comércios, que também são polos geradores de tráfego. Os pontos de acesso ao bairro são poucos para um número de pessoas que moram ali, o principal acesso também se da na radial o que gera mais conflitos na área.

FIGURA 19 : Análise mobilidade FONTE: Elaborado pela autora Luana Galote (2018).



5. PLANO URBANO MACRO


OBJETIVO DO PLANO URBANO O local atual já possui características, ainda

• A construção de uma cidade mais equilibrada passa

que em pequena escala, de uma centralidade. O objetivo

pela reversão do atual modelo de mobilidade, no qual

urbano

o

é

de

intensificar

característica

de

forma

uso

do

automóvel

individual

tinha

grande

organizada, priorizando os moradores e sua vivência com

destaque. A mobilidade urbana deve ser pensada a

o local, trazendo para área usos específicos de grande

partir da integração e articulação entre diferentes

importância, evitando-se, assim, a obrigatoriedade de

meios de transporte. O nosso foco é de se ampliar a

locomoção para regiões vizinhas, e também permitir que

rede e qualificar o transporte público, integrando-o aos

as pessoas que passam pelo recorte se dirigiram, também,

meios

para o interior dos bairros.

cicloviário e

de

transporte

não-motorizados

(sistema

de circulação de pedestres), para

estruturação de uma matriz de deslocamentos mais •

Trabalhar a mobilidade do pedestre como prioridade,

abrangente, eficiente e ambientalmente equilibrada

pois a qualificação dos meios de transporte não motorizados, como a circulação de pessoas e ciclistas,

Através

da

otimização

da

infraestrutura,

a

permite criar uma cidade mais humana. Assim, foram

requalificação dos espaços urbanos visa, entre outros

pensadas ações prioritárias de ampliação e melhoria de

fatores,

calçadas, faixas, lombofaixas, traffic calm, e espaços de

diversidade;

convivência, além de ciclovias e mecanismos de

empregos/renda

e

compartilhamento.

urbana

do

trazer:

identidade

valorização

através

articulada

do

local;

dinamização lazer

e

do

com

geração da

a de

economia

turismo.

Nova

configuração para a avenida Jonh Boyd Dunlop e vias de novos acessos aos bairros, criando fachadas ativas.

• JBJNBNB

33


CONCEITO URBANO O EIXO Criação de um eixo verde, que conecta os pontos subutilizados na região com áreas que já possuem

características

centralidade.

Serão

ligadas

distribuídos

ao e

partido

de

requalificados

espaços públicos e de lazer, direcionando os fluxos para o interior dos bairros. Ao longo desse eixo, haverá padronização arbórea, traffic calm em pontos de maior fluxo, as calçadas

serão

ampliadas

e

a

fiação

será

subterrânea. Serão aplicadas diretrizes especificas que visam distribuir melhor os usos além da radial, ampliando

o

número

de

comércios

e

serviços

existentes. Espaços

arborizados,

que

incentivem

a

circulação de pessoas entre os bairros, criando

conexões e convívio social.

FIGURA 20 : Conceitos Urbanos FONTE: Elaborado pelos autores Ana C., Ariadne E. Mendes., Franciane Rodrigues, Gabriel Gomes, Luana Galote, Mariane Xavier.

34


ZONEAMENTO PROPOSTO Conforme observado antes, a área de projeto possui um caráter predominantemente residencial, devido a Zona 01 e Zona 03. Assim, em um raio de 75m do eixo verde, o zoneamento será alterado para Z11, permitindo edifícios de uso misto com limite máximo de 5 pavimentos. Esse mudança foi realizada de maneira a permitir usos de comércios, serviços, habitações e até institucional em um mesmo local, o que acarretará em novas dinâmicas de uso no recorte. O uso será preferencialmente comercial e/ou serviços no térreo, de caráter local – de maneira a não causar grandes impactos na vizinhança. O térreo dos novos edifícios que não for de uso comercial/serviços deverá ser livre.

Os novos imóveis que não seguirem a lei sofrerão

multas a partir da aplicação do Instrumento de IPTU Progressivo no Tempo (art. 7º, da Lei 10.257/2001). A reincidência

acarretará

em

Desapropriação

Pagamento em Títulos (Art. 8º, da Lei 10.257/2001).

35

com


NOVO ZONEAMENTO

36

FIGURA 21 : Proposta zoneamento FONTE: Elaborado pelos autores Ana C., Ariadne E. Mendes., Franciane Rodrigues, Gabriel Gomes, Luana Galote, Mariane Xavier.


DIRETRIZES PROJETUAIS Será

proibido

o

nível

térreo

para

uso

de

estacionamento, sendo permitido que o mesmo ocorra ou em subsolos ou em edifícios garagem. Os estacionamentos existentes deverão ser realocados para esses novos edifícios. Caso não cumpram a exigência, esses locais sofrerão a aplicação do Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios (Arts. 5º e 6º,da Lei 10.257/2001), seguido do IPTU progressivo no Tempo (Art. 7º,da Lei 10.257/2001), culminando em

Desapropriação com Pagamento em

Títulos (Art. 8º,da Lei 10.257/2001). A exceção será para habitações unifamiliares com estacionamento térreo de uso próprio. Os imóveis edificados que possuírem árvores na calçada em frente ao edifício receberão descontos no IPTU, de acordo com a quantidade de árvores plantadas. Serão desconsiderados, FIGURA 22 : Eixo verde FONTE: Elaborado pelos autores Ana C., Ariadne E. Mendes., Franciane Rodrigues, Gabriel Gomes, Luana Galote, Mariane Xavier.

para

efeitos

de

cálculo,

palmeiras,

coqueiros e seus semelhantes. Fica proibida a poda radical ou

remoção

de

árvores

sem

autorização,

sendo

considerado tal feito crime ambiental. A multa varia conforme a espécie, porte da planta e lesões geradas à árvore.

37


FACHADA ATIVA A fim de promover novas dinâmicas com os passeios públicos, novas regras de zoneamento irão ser aplicadas para impossibilitar a criação de edifícios com térreo ocupado por usos de comércios e/ou serviços com fachadas cegas extensas. Os edifícios existentes que apresentarem fachadas cegas sofrerão intervenções para se adequarem ao proposto. Serão proibidos o uso de muros ou outras barreiras físicas em lotes vizinhos de mesmo uso, seja ele comercial ou de serviços, de maneira a permitir a livre transposição do fluxo de pedestres. Nos demais lotes, os muros não deverão exceder 30% da extensão da testada dos lotes.

MORADIA Como forma de evitar ao máximo a gentrificação, moradores terão porcentagem de descontos de acordo com a quantidade de anos que residem no bairro. Esses descontos incluirão IPTU e bolsas escolares Aos novos edifícios que FIGURA 23 : Fachada ativa FONTE: Elaborado pela autora Luana Galote (2018)

contenham uso residencial será obrigatório que destinem 20% do referido uso para habitação de interesse social

38


PROPOSTA DE INTERVENÇÃO URBANA Para se trabalhar a centralidade, foi feito um mapeamento

para

identificar

os

principais

associação de moradores, a Praça dos Esportes, com

pontos

escola, quadras esportivas e equipamentos para atividade

subutilizados – como por exemplo a praça da concórdia e

física, e a Praça da Saúde, com uma UBS e espaço de

bosque – e os vazios urbanos – que poderiam ser

tratamento para idoso.

trabalhados com usos relacionados ao tema. Como o

Por fim, e mais importante, tem-se essa centralidade

objetivo é criar uma centralidade que priorize o pedestre,

bem trabalhada a partir da Praça dos Modais, onde foi

foi desenhado um eixo verde que liga esses principais

projeto um ponto transferência dos modais, incluindo o

pontos, e a partir disso foram distribuídos usos relacionados

BRT, que segue pela avenida John Boyd Dunlop.

ao partido. Criou-se,

assim,

praças

com

usos

predominantes em pontos específicos, como a Praça Boêmia, com bares e restaurantes; Praça Mista, com o mercadão, edifício residencial onde no térreo encontra-se uma galeria comercial que prioriza os serviços praticados predominantemente pelos moradores, como salão de beleza e lojas, por exemplo. Depois, tem-se usos sociais e culturais, como a Praça do Teatro e o Parque Urbano com um centro de integração cultural e social, com espaços multiuso, além de mobiliários diversificados. Seguindo o

eixo,

tem-se a

Praça Cívica, com

Subprefeitura

e

associação

39


IMPLANTAÇÃO - PROJETO URBANO

FIGURA 24 : Proposta urbana FONTE: Elaborado pelos autores Ana C., Ariadne E. Mendes., Franciane Rodrigues, Gabriel Gomes, Luana Galote, Mariane Xavier..


MOBILIDADE Atualmente, segundo a Prefeitura de Campinas (2018), a cidade já possui um projeto aprovado para implementação do BRT, e uma das áreas beneficiadas é o Campo Grande. Como esse modal é caracterizado por baixo custo e agilidade, foi proposto sua adaptação no projeto urbano para ligar a área de recorte a outras regiões da cidade. No projeto

existente, além de

corredores

direcionados exclusivamente aos ônibus na John Boyd Dunlop, existe uma linha atravessando todo o perímetro do recorte do projeto, mais precisamente na Rua Edson Luiz Rigonatto. Conforme analises anteriores, esse é um local de grande importância, já que através dessa rua se dão os acessos aos bairros existentes. Além disso, conta com um grande número de comércios, serviços e fluxo de pedestres, no qual irá se intensificar a partir da proposta. Por esse motivo, o projeto foi adaptado, de maneira a ligar os modais do projeto ao BRT, e esse com ligação direta a pontos importantes

da

cidade

como

ao

Aeroporto,

FIGURA 25 : Proposta do BRT FONTE: Elaborado pelos autores Ana C., Ariadne E. Mendes., Franciane Rodrigues, Gabriel Gomes, Luana Galote, Mariane Xavier.

Centro,

Taquaral, Castelo e divisa com Hortolândia.

41


MODAIS O novo modal será trabalhado junto a outros de menor impacto, priorizando pedestres, ciclistas e usuários de transporte público. Proposta de ciclovias, ampliação de linhas de ônibus e traffic calm em pontos com maior fluxos de pedestre e carros. Nesse sistema será realizada a substituição permanente do trânsito individual por um atrativo transporte

coletivo,

promovida

a

segurança

e

a

proteção para os seus passageiros, a redução de CO² bem como a diminuição de congestionamentos. A ideia é estimular as pessoas a deixarem os carros em casa e utilizar o sistema público de transportes de qualidade.

FIGURA 26 : Proposta modais FONTE: Elaborado pelos autores Ana C., Ariadne E. Mendes., Franciane Rodrigues, Gabriel Gomes, Luana Galote, Mariane Xavier.

42


PRAÇAS E PARQUES PARQUE URBANO Criado um parque urbano na área central, o qual distribui o eixo verde para os demais pontos do recorte. Local

com

espaços

para

caminhadas

e

corrida,

piqueniques, playground, paginação com chafariz e presença de ciclovias. Seguindo a ideia de distribuição de usos na área macro de recorte, o projeto do parque foi pensado de forma a criar acessos principais direcionados a proposta, onde foi projetado um centro social/cultural, com aulas de música, dança, oficinas, aulas de informática, entre outros. Dessa maneira, os edifícios foram distribuídos pelo terreno de forma a intensificar o fluxo em diversos períodos, ao contrário do observado atualmente.

FIGURA 27 : Diagrama sobre o parque urbano FONTE: Elaborado pelos autores Ana C., Ariadne E. Mendes., Franciane Rodrigues, Gabriel Gomes, Luana Galote, Mariane Xavier.

43


Foi proposto a requalificação do Córrego Piçarrão com o objetivo de integrá-lo ao cenário urbano existente.

Além disso, haverá reflorestamento e preservação de sua área envoltória conforme a Lei 6.766/79, que dispõe sobre o parcelamento do solo urbano, a qual afirma como requisito fundamental

a

obrigatoriedade

de

uma

faixa

não

edificável de 15 metros de cada lado.

FIGURA 28 : Zoom planta baixa parque urbano FONTE: Elaborado pelos autores Ana C., Ariadne E. Mendes., Franciane Rodrigues, Gabriel Gomes, Luana Galote, Mariane Xavier.

FIGURA 29 : Croqui parque urbano FONTE: Elaborado pela autora Luana Galote (2018)

44


FIGURA 30 : Corte esquemático praça dos modais FONTE: Elaborado pela autora Luana Galote (2018)

PRAÇA DOS MODAIS Segundo relatos dos moradores em visita técnica, o terminal do Campo Grande já não comporta o grande fluxo de ônibus e pessoas. Como a proposta é intensificar a centralidade na região, essa característica tende a aumentar, e por

isso, foi

então proposto o seu

realocamento para essa grande praça, que servirá FIGURA 31 : Zoom planta baixa praça dos modais FONTE: Elaborado pelos autores Ana C., Ariadne E. Mendes., Franciane Rodrigues, Gabriel Gomes, Luana Galote, Mariane Xavier.

como ponto de integração dos modais

45

.


O projeto está localizado no subsolo, a fim de não atrapalhar o fluxo de pedestre e possui acesso direto a linha de BRT proposta, que segue pela Av. John Boyd Dunlop e tem sua estação também em acesso subterrâneo. Nesse eixo, com o objetivo de não influenciar os cruzamentos e principais acessos a área de recorte, foi implantado rampas de elevação com acesso exclusivo aos ônibus. Ao nível da rua encontram-se uma grande praça com aberturas que permitem a iluminação e ventilação inferior e criam áreas de integração entre esse mobiliário e o pedestre, em que árvores e esculturas

FIGURA 32 : Corte esquemático praça dos modais FONTE: Elaborado pela autora Luana Galote. (2018)

atravessam o chão e se integram a paisagem urbana.

46

FIGURA 33 : Corte praça dos modais FONTE: Elaborado pelos autores Ana C., Ariadne E. Mendes., Franciane Rodrigues, Gabriel Gomes, Luana Galote, Mariane Xavier.


PRAÇA MISTA

PRAÇA BOÊMIA

Local com usos estratégicos, devido a

Localizada onde era o antigo terminal Campo Grande, essa praça de fácil acesso, conta com serviços como bares e restaurantes, garantindo um fluxo diurno e noturno. Com mesas em seu centro e os locais para consumo envolta convidando as pessoas a proximidade

conexão com o parque urbano, o novo

Campo Grande e o BRT. Foi proposto um Mercadão, que poderá atender não somente a área de recorte, mas a toda a região e gerar empregos nesse setor para pequenos

facilitando o contato social.

Terminal

empreendedores

locais;

galeria

de

comércios e serviços onde serão colocado usos no qual os moradores já utilizam como profissão, segundo

PRAÇA CÍVICA

levantamentos realizados pela equipe e já citados no

A subprefeitura foi realocada para esta praça, que

possui

espaço

barbearia,

lojas

de

paginação de piso específico para uma praça seca.

outras regiões para esses fins, e apoiando o comercio

Juntamente

local.

da

públicas

cabelereiros,

vestuário, etc, evitando assim o deslocamento para

edifício

reuniões

como

com

ao

para

trabalho,

subprefeitura

está

a

associação de moradores, integrando de uma forma única os interesses do público com os interesses políticos. Ao pensar neste tipo de uso para o projeto reforça-se o tema centralidade, pois a praça fica localizada próximo ao eixo central e ao terminal proposto, tornando-a de fácil acesso para pessoas de outros bairros.

47


PRAÇA DOS ESPORTES

PRAÇA DA SAÚDE

Conta com 3 quadras esportivas, ao lado

Depois

de

feita

a

análise

do

local

foi

de uma escola já existente na área, que oferece

identificado a precariedade de equipamentos públicos

educação

fundamental.

relacionados a saúde. Foi acrescentado então ao projeto

Convidando os jovens dessa escola a desenvolverem

uma unidade básica de saúde juntamente com um espaço

atividades esportivas, além de todos moradores do

de tratamento ao idoso, este possui áreas para saúde física

entorno, já que esta é de fácil acesso, tanto por meio

como pilates e para a saúde mental, atendimento a

de ciclovias, pedestres e transporte público. Também

psicólogos e exercícios para a mente.

de

ensino

médio

e

passa por essa área um córrego que foi requalificado e tratado reinserindo o mesmo no desenho urbano.

PRAÇA DOS SKATES

PRAÇA DA CULTURA Localizada próxima aos principais usos como eixo central, parque urbano e praça dos modais, tem como

Esta praça possui um formato mais linear,

objetivo integrar as funções de centralidade, no caso social,

próxima aos prédios residenciais e moradias estudantis

de lazer e cultural. O projeto busca primeiramente que as

apresenta como mobiliário principal equipamentos e

pessoas já residentes no local possam encontrar toda

pistas skate, além de banheiros e lanchonetes, tudo isto

infraestrutura necessária próxima a sua residência, sem

integrado ao córrego que foi revitalizado, onde há

precisar fazer grandes deslocamentos, consequentemente

passagens para os pedestres sobre ele, fazendo com

ao implantar alguns equipamentos pessoas de outros locais

que deixe de ser uma barreira e se torne parte do

vão visitar e frequentar a área.

projeto.

48


MOBILIÁRIO URBANO Promover a qualificação urbanística e ambiental, incluindo a ampliação de calçadas, enterramento da fiação e instalação de galerias para uso compartilhado de serviços públicos; compartilhamento de bicicletas diversificação nas formas de implantação das edificações nos lotes;

BANCO

BANCO COM FLOREIRA

Banco circular em aço corten

Banco

com espaço para vegetação

corten com espaço floreira

ou iluminação em seu interior.

em seu interior. Os bancos

Os bancos são individuais e

são individuais e dão certa

dão

privacidade as pessoas.

certa

privacidade

as

circular

em

aço

pessoas.

FLOREIRA COM LIXEIRA

POSTE DE ILUMINAÇÃO

Lixeira circular com floreira em

Poste em aço corten com

aço corten. A diferença de

iluminação em todo a sua

nível da lixeira e sua cobertura,

circunferência.

deixa

a

floreira

em

maior

destaque. FIGURA 34 : Desenhos representativos do mobiliário urbano proposto FONTE: Elaborado pela autora Luana Galote. (2018)

49


A cultura é uma necessidade imprescindível de toda uma vida, é uma dimensão constitutiva da existência humana, como

as

mãos

são

(José, Ortega y Gasset)

um

atributo

do

homem.



6. TEMÁTICA


6.1 LAZER E SOCIEDADE O lazer significa em latim ócio ou otium, que quer dizer descanso, tempo sem deveres, liberdade de escolha do que fazer do seu tempo livre.

um cidadão com o outro, ou seja, um lazer com funções pessoais e sociais, identificado com a dimensão pública da cidade.

Segundo Marcellino (1998) “o lazer é um fenômeno social de grande importância, que pode ser analisado através das escolhas que o individuo faz”.

A cidade se produz quando o homem, além de

Para Veblen (1934, p. 2) “nas sociedades

sua vida privada, de sua existência enquanto ser

tradicionais, os indivíduos não podiam fazer suas próprias

natural ou parte da natureza, cria uma espécie

escolhas, não podiam redefinir como seria preenchido

de segunda vida, uma espécie de bios político

seu tempo livre”, devido as extensas horas de trabalho,

ou ser político que se concretiza vivendo em

gerando uma vida alienada que impedia o direito de

conjunto com outras pessoas. A vida na cidade constitui-se não só pela convivência de pessoas

escolha destas pessoas. Como atividade, o consumo dos

diferentes, como também por sua participação

membros da classe ociosa não estava necessariamente

de um contrato social que tem caráter público;

associado ao prazer, diversão ou relaxamento.

contrato tácito baseado na palavra e na

Entender o lazer como um campo específico de

persuasão, na não violência e na não força.

atividade, a estreita relação com as demais áreas de

(ROLNIK, 2000, p. 182)

atuação do homem não significa deixar de considerar os processos de alienação que ocorrem em quaisquer

dessas áreas. Segundo Rollnik, o lazer humaniza o espaço urbano, encarnado na cidade, estreitando a relação de

um

53


6.2 CULTURA E SOCIEDADE A palavra cultura em latim é colere, que

faz parte dessas manifestações, o teatro, mitos, danças, arquitetura, invenções, rituais religiosos, a

significa cultivar.

língua escrita e falada, os pensamentos, entre outros. Genericamente a cultura é todo aquele complexo

Segundo Vieira Pinto (1985, p. 123), a

que inclui o conhecimento, a arte, as crenças, a lei,

cultura é pois, o processo pelo qual o ser humano

a moral, os costumes e todos os hábitos adquiridos

acumula as experiências que vai sendo capaz de

pelo homem não somente em família, como

realizar, discerne entre elas, fixa as de efeito favorável

também por fazer

parte de uma

sociedade.

(CUCHE, 2002, p.35)

e como resultado da ação exercida converte em ideias as imagens e lembranças a principio coladas a realidades sensíveis, e depois generalizadas deste

De acordo com o artigo de Daniele Canedo (V

contato inventivo com o mundo atual. O importante

Enecult, 2009), no período da idade média a cultura se referia

está em compreender-se que a cultural é uma

ao cultivo da terra e ao gado, já no século das Luzes, século

manifestação histórica do processo de hominização

XVIII, surge uma vocação pelo cultivo do pensamento e do

e por isso de desenvolve coetaneamente com este

espírito. A palavra cultura da época estava também

último. Assim

associada ás ideias de progresso, evolução, educação e

o

ser

humano

produz

sua

razão. A civilização e cultura andavam juntas, sendo que a

existência e respectivamente a cultura material e

primeira

simbólica,

evocava

progressos

coletivos,

e

a

segunda

os

conhecimentos

conquistas humanas às próximas gerações.

progressos individuais. A cultura gera um conjunto de manifestações sociais, artísticas, comportamentais e linguística, portanto,

arquitetura, invenções, rituais religiosos, a línguacrita e falada, os pensamentos, entre outros.

transmitindo

54

e


6.3 EVOLUÇÃO NO MUNDO A arquitetura surge relacionada à ideia de abrigo, como algo a ser construído para promover a segurança de um lugar ou de uma sociedade, e as construções primitivas são relatadas na história como esse tipo de construção. Segundo ainda o artigo de Daniele Canedo (V Enecult, 2009), com a evolução dos povos, as construções arquitetônicas foram mudando, surgindo

diversos tipos de configurações. Uma delas foi a introdução de muralhas (figura 35), envolvendo as cidades,

trazendo

proteção

e

prevenindo-se

das

ameaças externas, mas sempre pensando nos espaços públicos, pois havia uma necessidade da junção de

FIGURA 35: Cidade Carcassone – França FONTE: Disponível em: http://arqueolugares.blogspot.com.br/2013/02/carcassonne-medievalfrancia.html . Acesso em 05/208

Durante séculos, esses espaços passaram

pessoas que se reuniam nesses espaços, promovendo o por

desenvolvimento cultural, de atividades e de lazer.

inúmeras

momento

as

transformações, necessidades

abrigando

espaciais

e

a

cada

funcionais

voltadas naquele tempo. Assim mais tarde esses espaços vieram

a

suprir

a

necessidade

contemporâneo,

cultura em seu processo de evolução humana,

globalização. Aos poucos a arquitetura das cidades

através

foram sendo criadas com seus espaços e edificações

suas

crenças,

ideias.” (SANTOS, 1988, p. 26)

necessidades

e

do

homem

A arquitetura sempre esteve aliada com a de

decorrente

do

processo

voltadas tanto para a produção como para difusão

55

de


difusão e democratização da arte, cultura e lazer. Dessa maneira pode-se relacionar inúmeros exemplos de espaços que vieram atender às expectativas do seu tempo, como as feiras medievais (figura 36), onde os eventos aconteciam a céu aberto, encontrava-se exposições, encenações e vendas de mercadorias.

Segundo a Tese de Antônio C. Xavier de Oliveira (2007), a arte grega romana, foi o maior estudo da arquitetura, pois foi a partir dela que

encontramos um dos primeiros espaços culturais, os gregos

e

romanos

desenvolvimento

de

foram

responsáveis

espaços

voltados

pelo para

manifestações e convivência da cidadania. Esses espaços eram chamados de Ágoras (figura 37), sendo uma grande praça a céu aberto, utilizada para funções públicas, onde as pessoas se encontravam para atividades como festivais, desfiles, eleições, assembleia, competições, desfiles, apresentações de peças

FIGURA 36: Pintura feira medieval FONTE:Disponivel em: http://arautosfortaleza.blogspot.com.br/2016/07/o-papagaio-quesabia-dizer-ave-maria.html. Acesso em 05/2018

FIGURA 37: Pintura Ágora de Atenas FONTE:https://www.culturamis.com/ Acesso em 05/2018

56


peças, onde se discutia assuntos ligados a vida cultural, social e política das cidades. Os princípios desses edifícios públicos, sociais, comerciais, administrativos e religiosos eram construídos no entorno da praça, pois era o local onde todo mundo passava ou frequentava. Ainda de acordo com Antônio C. Xavier começam também a surgir construções dos templos em reverencia aos deuses da metodologia que inspiravam as artes, dando origem aos primeiro museus e galerias de arte. Os romanos porém, construíram o famoso Coliseu (figura 38), um espaço que era destinado a diversos tipos de apresentações, jogos, espetáculos, entre outros eventos culturais. Poderia abrigar, estima-se, entre 50 mil

e 80 mil espectadores, com uma audiência média de cerca de 65 mil pessoas. A arena era como um grande palco, e se chama arena, que em italiano significa areia, porque era jogada areia sob a estrutura de madeira para esconder as imperfeições.

FIGURA 38: Coliseu FONTE: Disponivel em: https://www.culturamis.com/. Acesso em 06/2018

57


Segundo Ramos (2007), há indícios que a origem dos espaços culturais pode estar na Antiguidade Clássica, em um complexo cultural como a Biblioteca de Alexandria palácios

(figura 39). A Biblioteca era composta por

reais, onde

abrigavam variados

tipos

de

documentos com o objetivo de preservar o saber existente na Grécia Antiga, abordando os campos da religião, mitologia, filosofia, medicina, dentre outros. Funcionava como um local de estudo e de culto às divindades e armazenava estátuas, obras de arte, instrumentos

cirúrgicos

e

astronômicos;

ela

possuía

também um anfiteatro, um observatório, salas trabalho,

refeitório,

jardim botânico

de

e zoológico, o

que a caracterizaria como o mais nítido e antigo Centro de Cultura. Junto da Biblioteca de Alexandria existia também o Museu de Alexandria, sobre o qual foram deixados maiores relatos, que funcionava como um

instituto de pesquisa.

FIGURA 39: Pintura do interior da biblioteca de Alexandria FONTE: Disponivel em: http://armacaodepera.blogspot.com.br/2010/07/opacidadeconhecida-desde-o-incendio-da.html. Acesso em 06/2018

58


Segundo a Revista Especializa On-line IPOG (julho/2013), a autora Renata Neves em seu artigo Centro Cultural: a Cultura à promoção da Arquitetura, descreve que os centros culturais ingleses surgiram no século XIX, e eram dominados como centros de artes, mas foi somente no final de 1950, na França, que surgiram as ações culturais. Os primeiros espaços culturais serviam como espaços de lazer para os operários franceses, para melhorar a relação entre as pessoas no espaço de trabalho, com espaços de centros sociais, quadras esportivas e áreas de convivência. Um dos centros culturais mais famosos da França é o Centro Cultural Georges Pompidou, Renata Neves ainda diz que o país atraiu ainda mais olhares de todo o mundo após a criação e divulgação desse centro.

Tendo sido a responsável pela propagação de

um

novo

conceito

de

centro

cultural,

concretizado no George Pompidou, atribuído à sua grandiosidade física e à qualidade das ações ali realizadas.” (Revista Especialize On-line IPOG Goiânia - 5ª Ed.– julho/2013)

FIGURA 40: Centro Cultural Georges Pompidou FONTE:Disponivel https://br.pinterest.com/pin/512777107547269836/?lp=true. 06/2018

59

Acesso

em: em


6.4 EVOLUÇÃO NO BRASIL Também de acordo com a autora Renata Neves, na revista Especialize On-Line IPOG, o Brasil começou a se interessar por centros culturais na década de 1960, mas somente com a criação do Centro Cultural São Paulo e do Jabaquara, na cidade de São Paulo, que efetivou-se o uso de espaços culturais, isso por volto dos anos 80. Segundo o site Governo do Brasil, hoje há aproximadamente 2.500 centro culturais no Brasil, entre museus, teatros e bibliotecas, que mantêm acervos e exposições. Com eles o cidadão entra em contato com diversas manifestações artísticas e pode desenvolver um

FIGURA 41: Centro cultural Jabaquara – SP FONTE:Disponivel em: http://blog.arqtto.com.br/guia-dearquitetura-moderna-de-sao-Paulo/ Acesso em 06/2018

olhar mais crítico sobre a cultura e outros aspectos de seu cotidiano. Na economia, é crescente o contingente de recursos gerados no país e nos Estados que apresenta esse setor cultural. Segundo dados obtidos pelo Ministério da Cultura no Brasil, desde 1988 os investimentos em cultura movimentaram cerca de 1% no PIB brasileiro, o que correspondiam cerca de 6,5 bilhões de reais. O mesmo relatório mostrou que para cada milhão de reais gastos em FIGURA 42: Centro Cultural São Paulo – SP FONTE: Disponivel em: http://www.centrocultural.sp.gov.br/. Acesso em 06/2018

jlllll.

60


cultural são gerados 160 postos de trabalho diretos ou

indiretos. Os dados extraídos da página do MINC demostra ainda que no ano 2000 através da lei Federal de Incentivo a Cultura nacional, como o PRONAC – Programa Nacional de Apoio à Cultura, e da Lei do Áudio Visual que incentiva investimentos a produção e co-produção de R$ 1.238.040.127,68, em todo o país por projetos culturais.

61


6.5 EVOLUÇÃO EM CAMPINAS Um dos primeiros relatos de um

prédio

cultural em Campinas, com base nos dados levantados

na Prefeitura de Campinas, foi o Teatro São Carlos construído no ano de 1850. Em 1922, o edifício parecia pequeno e não adequado ao porte da cidade em constantes saltos de expansão, então foi demolido para ceder lugar a outro teatro, muito maior: O Teatro Municipal que em 1959 passou a chamar-se Teatro Municipal Carlos Gomes.

FUGURAS 44: Teatro Municipal Carlos Gomes FONTE: Disponivel em: https://protestocultural.wordpress.com/2012/02/21/ahistoria-do-teatro-municipal-de-campinas/. Acesso em 06/2018.

FUGURA 43: Teatro São Carlos FONTE: Disponivel em: https://protestocultural.wordpress.com/2012/02/21/a-historia-do-teatromunicipal-de-campinas/. Acesso em 06/2018.

62

FUGURAS 45: Teatro Municipal Carlos Gomes FONTE: Disponivel em: https://protestocultural.wordpress.com/2012/02/21/a-historia-doteatro-municipal-de-campinas/. Acesso em 06/2018.


O Teatro Municipal Carlos Gomes foi demolido em 1965 pelo prefeito Ruy Novaes, gerando uma ausência

completa

de

espaços

culturais,

de

manifestações

e

apresentações na Cidade. Em

1960,

foi

construído

o

Centro

de

Convivência, onde pode suprir algumas necessidades da época. Hoje o que acontece é a adaptação de patrimônios FIGURA 47: Fachada CIS Guanabara FONTE: Disponivel em: http://www.cisguanabara.unicamp.br/. Acesso em 06/2018.

culturais, como o CIS Guanabara e a Estação Fepasa.

FIGURA 46: Centro de Convivência FONTE: Disponivel em: https://www.noticiascampinas.com.br/centro-deconvivencia-recebe-feira-de-natal-de-7-23-de-dezembro/. Acesso em 06/2018.

63

FIGURA 48: Fachada Estação Cultura Fepasa FONTE: Disponivel em: http//www.fotografiacampinas.com.br Acesso em 06/2018.


A

tarefa

proporcionar sensível.

do à

arquiteto vida

uma

consiste

em

estrutura

mais

(Arquiteto AlvarAalto)



7. REFERÊNICAS PROJETUAIS


7.1 CENTRO CULTURAL ARAUCO - CHILE FICHA TÉCNICA •

Arquiteto: Elton Léniz

Localização: Carlos Condell, Arauco, Região del Bío Bío, Chile

Arquitetos Autores: Mirene Elton y Mauricio Léniz, Elton Léniz

Design de Interiores: Grissanti+Cussen

Área: 1400.0 m2

Ano do Projeto: 2016

Fotografias: Felipe Díaz Contardo

Fabricantes: Arauco, Quattro, CHC

Depois do terremoto em Arauco em 2010, a Biblioteca

Municipal

e

o

Teatro

Luis

Jury

ficaram

inutilizáveis, decorrente disso teve-se a iniciativa de um novo projeto, onde o arquiteto Elton Léniz criou um edifício cultural que substitui e melhorou o edifício que foi degradado pelo terremoto ocorrido na época. O centro cultural Arauco foi pensado como um local de encontro, de participação e expressão de manifestações artísticas e culturais. A

partir

da

participação

ativa

da

comunidade e por meio dos diferentes agentes culturais, surge o programa e a capacidade dos diferentes espaços. O edifício também se comporta como parte do espaço público no tecido urbano da cidade, e consolida uma esquina icônica de forma permeável ao visitante e ao pedestre.

67


LOCALIZAÇÃO

O

Centro

Cultural

Arauco

está

localizado no endereço: Prat 209, Arauco, Região de Bío Bío no Chile. É um espaço de 1.400 m², que inclui um teatro para 250 pessoas e tecnologia de assentos retráteis, além de uma biblioteca totalmente equipada.”

FIGURA 49: Localização Centro Cultural Arauco FONTE: Disponivel em: https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/874317/cent ro-cultural-arauco-elton-leniz. Acesso em 06/2018

68


ACESSO E PERIMÊTRO O acesso acontece por dois lados do edifício, uma vez que está projetado em um terreno de esquina, conforme mostra a figura ao lado, mas ainda a principal entrada acontece à oeste do projeto e por mais que existam janelas nas principais fachadas, o edifício é todo “protegido/ fechado” por brises

de madeira, como se pode observar acaba sendo um local de perímetro mais privado.

LEGENDA Perímetro fechado Acesso Principal

FIGURA 50: Implantação FONTE: Elaborado pela autora Luana Galote. (2018)

69


No térreo (figura 51) há uma área de convívio aberta,

criando

um

miolo

de

quadra,

dando

uma

circulação de encontro nos ambientes isso é uma grande ideia quando se trata de um centro cultural voltado para espaços de convivência e aprendizado. A circulação se dá pelo oeste e sul do edifício, pode perceber que o térreo é praticamente suspenso por pilotis, criando assim espaços

mais amplos no campo de visão do pedestre. Analisando

o

pavimento

(figura

52),

percebe-se que o acesso se dá por uma escada, que quando se chega há uma grande circulação na vertical por um corredor, onde se tem acesso e visão fácil a todos os ambientes.

LEGENDA Perímetro fechado Janelas Acesso Principal FIGURA 51 e 52: Análise acesso e perímetro FONTE: Elaborado pela autora Luana Galote. (2018)

70


SETORIZAÇÃO

Conforme a análise da figura 52, percebe-se uma área social maior, com ambientes de espaços abertos e o auditório. No setor intimo podemos ver um acesso mais fechado e a área de carga e descarga se encontra no fundo do edifício sendo o setor de serviço do térreo voltado para o norte e longe dos acessos principais. Já no 1º pavimento (figura 54) o setor administrativo encontra-se a sul, ficando próximo a escadaria de acesso. O setor social se amplia na direção vertical onde fica a biblioteca e ainda continua o auditório na direção horizontal do projeto. .

Setor de serviços Setor íntimo Setor social

FIGURA 55: Cortes FONTE Elaborado pela autora Luana Galote. (2018)

FIGURA 53 e 54: Setorização térreo e 1º pav. – análise FONTE: Elaborado pela autora Luana Galote. (2018)

71


FLUXOS/ CIRCULAÇÃO E ESPAÇOS Os ambientes como pode ser visto na figuras 56 e 57, tem acessos de fácil circulação, de forma clara e direta, o espaço interno do térreo é todo pensando em aberturas para ventilação e iluminação natural e o externo trabalhado em pilotis. No 1º pavimentos os acessos são mais indiretos, ou seja, seguem uma linha verticalizada voltada para um corredor de acesso, assim o visitante passa por todos ambientes, tendo também uma visão do espaço externo do miolo do projeto

Perímetro fechado

Espaço Interno

Janelas Acesso Principal

Espaço Externo

Circulação entre os ambientes

FIGURA 56 e 57: Fluxo térreo e 1º pav. - análise FONTE: Elaborado pela autora Luana Galote. (2018)

72


MALHA GEOMÉTRICA Pode-se perceber através das figuras 58, 59 e 60 que a malha estrutural não é modular, possui alguns vãos maiores como no caso do auditório e outros menores como na biblioteca. Ambos pavimentos possuem quase a mesma malha. Eixos Estruturais

FIGURA 59: Análise malha geométrica 1º pavimento FONTE: Elaborado pela autora Luana Galote. (2018)

FIGURA 58: Análise malha geométrica do térreo FONTE: Elaborado pela autora Luana Galote. (2018)

FIGURA 60: Análise malha geométrica cortes AA e BB FONTE: Elaborado pela autora Luana Galote. (2018)

73


CAMPOS VISUAIS

FIGURA 63: Térreo FONTE: Elaborado pela autora Luana Galote. (2018)

Como pode ser analisado nas figuras ao lado, a lateral do edifício é toda de vidro, porém fechada por brises de madeira, sendo assim o projeto não possui um campo de visão amplo, criando esse

FIGURA 61 e 62: Fotos internas Centro Cultural Arauco FONTE: Disponível em: https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/874317/centro-culturalarauco-elton-leniz. Acesso em 06/2018

aspecto mais “privado.”

74


GRAU DE COMPARTIMENTAÇÃO

Grande

Médio Pouco

FIGURA 64: Análise grau de compartimentação – térreo FONTE: Elaborado pela autora Luana Galote. (2018)

FIGURA 65: Análise grau de compartimentação – 1º pavimento FONTE: Elaborado pela autora Luana Galote. (2018)

Analisando o térreo podemos perceber que

O mesmo acontece no 1º pavimento, porém o

a maior parte dos ambientes são interligados, possuindo

espaço da biblioteca estão um pouco mais compartimentado

pouco grau de compartimentação, por se tratar do

e o único espaço que há compartimentação maior é na

primeiro acesso isso cria uma visão mais ampla do

administração e banheiros, pois se trata de um setor íntimo

projeto. Os poucos ambientes com um pouco mais de

e privado.

compartimentação são os setores íntimos.

75


COBERTURA

FIGURA 67: Fotografia do detalhe da cobertura em madeira FONTE: Disponível em: https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/874317/centro-culturalarauco-elton-leniz. Acesso em 06/2018

Cobertura

Outro ponto referencial para o projeto foi a cobertura, seu material em madeira e sua forma chama atenção. O espaço da praça fica conectado com essa cobertura, sendo que os pilares também são em madeira FIGURA 66: Cortes´- análise cobertura FONTE: Elaborado pela autora Luana Galote. (2018))

criando esse aspecto dinâmico e diferenciado do projeto.

76


OPACIDADE E TRANSPARÊNCIA Como

analisado

anteriormente,

as

janelas do edifico são “fechadas” por brises, criando

espaços mais privados, região

onde

criam

por conta da cultura da

esses

espaços

de

pouca

transparência. As figuras mostram claramente esse tipo de opacidade e essa pouca transparência que o projeto cria. FIGURA 68: Fotografia brise em madeira – externo visto da rua FONTE:Disponivel em: https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/874317/centro-cultural-araucoelton-leniz. Acesso em 06/2018

O que levar para o projeto: • A cobertura em madeira e maneira como o espaço fica conectado com o público e o projeto ao mesmo tempo; • Brise vertical em madeira, protegendo a fachada da radiação solar, e ao mesmo tempo deixando o ambiente sofisticado, além de ter um custo benefício grande; • Estrutura do pilar da cobertura em V, uma vez que aguenta uma grande carga e trás um diferencial ao projeto;

FIGURA 69: Fotografia brise em madeira – externo visto da praça FONTE:Disponivel em: https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/874317/centro-cultural-araucoelton-leniz. Acesso em 06/2018

77


A cultura é o modo avançado de se estar no Mundo, ou seja a capacidade de se dialogar com ele.

(Ferreira, Vergílio)


7.2 CENTRO CULTURAL CABO FRIO - RJ FICHA TÉCNICA Concurso – 2º Lugar Cabo Frio, Rio de Janeiro Ano do Projeto: 2014 Área: 7.500 m2 Autores: Eder Alencar e André Velloso

O local de encontro e promoção da cultural em Cabo Frio, Rio de Janeiro, fica em um lote recortado pela exuberante região dos lagos. O programa permite um grau de interação com a comunidade local sendo

destinado ao uso público, onde funciona como um espaço multifuncional para exposições. Segundo o site de arquitetura arqbr, O Centro

Colaboradores: Margarida Massimo, Paulo Victor

Cultural de Eventos e Exposições de Cabo Frio tomou forma

Borges Ribeiro, Thaís Losi

de uma paisagem modelada, que respeita a escala

Estagiários: Gabriela Bilá e Pedro Santos

residencial do lugar e cria uma praça externa urbanizada essencialmente pública (que abrigará médios eventos, com possibilidade

de

uso

de

coberturas

efêmeras)

como

continuação do espaço público urbano. A implantação do CCEE buscou uma forma sutil de configurar um novo espaço público e coletivo sem, contudo, descaracterizá-lo como estrutura comercial privada. A arquitetura privilegia a contemplação da paisagem natural no entorno a partir de um volume único distribuído em três blocos: estacionamento e serviços, edifício e praça.

79


O configurando

programa a

praça,

foi em

organizado, dois

volumes

perpendiculares entre si desenhados a partir do lançamento

de

eixos

principais

de

circulação,

destacados do desenho da praça como decks de madeira. Esse deck é o que consegue trazer a linguagem e conexão entre a praça e o edifício, foi um grande ponto de referencia projetual. FIGURA 70: Vista do vão suspenso e desenho da direção do deck FONTE: Disponivel em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/14.159/5101?page=4. Acesso em 06/2018

O primeiro e mais importante desses decks, pautado por uma das ruas residenciais, conecta

a

Avenida

à

Lagoa

de

Araruama,

atravessando o terreno e um vão livre de 35 metros abaixo de um edifício metálico suspenso, implantado na frente do terreno, paralelo à Avenida, que abriga o espaço de feiras para 1.500 pessoas.

FIGURA 71: Visão do grande deck verticalizado FONTE: Disponivel em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/14.159/5101?page=4. Acesso em 06/2018

80


Perpendicularmente ao pavilhão, implantou-se

outra edificação, para convenções, que tem o auditório como principal elemento destacado na paisagem, sendo que seu palco se abre para o deck e para a praça, possibilitando seu uso para eventos externos e abertos, onde se tornou a grande referencia projetual do centro cultural desenvolvido.

FIGURA 73: Vista dos brises flexiveis FONTE: Disponivel em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/14.159/5101?p age=4. Acesso em 06/2018

A parte interna do edifício é todo voltada em vidro, porém protegidas por brise de madeira, sendo de um modelo diferencial como pode ser visto na figura 73, de forma que se conecte com a paisagem e o deck.

FIGURA 72: Vista do palco aberto para o público FONTE: Disponivel em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/14.159/5101?page=4. Acesso em 06/2018

81


AA

BB

CC

DD

FIGURA 75: Cortes AA, BB, CC e DD. FONTE: Disponivel em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/14.159/5101?p age=4. Acesso em 06/2018

O que levar para o projeto: • Palco aberto, onde se abre para o deck em madeira e para o miolo da praça; • Grande deck em madeira, onde direciona o visitante em seu percurso pelo projeto, além de deixar um ambiente mais agradável; • Grandes aberturas, com proteção de brise em madeira e grande vãos para circulação, trazendo conforto ambiente, uma vez que tem melhor ventilação;

FIGURA 74: Identificação dos usos FONTE: Disponivel em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/14.159/5101?page=4 . Acesso em 06/2018

82



8. VISITA TÉCNICA


8.1 SESC - BONFIM - CAMPINAS FICHA TÉCNICA

Em uma área construída de 17.548 m² , a unidade conta com um edifício composto por

SESC BONFIM Campinas, São Paulo

subsolo, térreo e um pavimento.

Ano do Projeto: 2001

No térreo está localizado o foyer e a

Área: 17.548 m2

administração da área de convivência, onde as

Arquiteto: Eduardo Castro Mello

pessoas passam por uma triagem até se dirigir a seu setor que nele destina. Ao entrar no local, se tem uma ampla visão do sistema construtivo em estrutura metálica e grandes rampas com acessibilidade fazem a conexão com outro pavimento onde se localiza as oficinas. O projeto possui uma biblioteca pública

e internet livre para os visitantes, onde não é necessário cadastro, sendo livre o acesso à todos.

Delimitação da área do SESC

FIGURA 77: Vista aérea da localização do SESC Bonfim - Campinas FONTE:Google Earth Pro 2008 imagem. Acesso em 05/2018

85


Vestiários

O SESC oferece ao público uma estrutura completa

para

aproveitamento

ao

máximo

Loja SESC

da

diversidade dos seus espaços e equipamentos, um

4 consultórios odontológicos [RX panorâmico e periapical]

edifício onde existe programações em diversos horários

Teatro

do dia.

Teatro de arena Galpão Cultural [multiuso]

Suas atrações são:

4 salas multiuso

Internet livre

3 oficinas Culturais [multiuso]

Cafeteria / Café

Áreas de exposição

Comedoria [Restaurante por peso]

Convivência

Espaço de leitura [Livros, revistas e jornais]

Praça

Bicicletário Central de Atendimento Espaço de brincar interno e externo Fraldário Vestiário Familiar Sala de Ginástica Ginásio poliesportivo coberto Piscina semiolímpica e infantil com teto retrátil e aquecidas

Campo de futebol soçaite em grama sintética e quadra poliesportiva externa

86

FIGURA 78: Fachada principal do SESC, aluna Luana Galote em frente. FONTE: Foto tirada pela autora Luana Galote em 26/05/2018


SAGUÃO DE ENTRADA: percebe-se um pé direito alto em estrutura metálica aparente. Localiza-se

também área de espera para atendimento na administração, onde sua estrutura é toda em vidro e metálica.

LOJINHA: Descendo a rampa do lado esquerdo, encontra-se a lojinha, onde se tem vários livros e

revistas. Foi utilizado o espaço embaixo da rampa para o layout da mesma.

FIGURA 79 e 80: Saguão de entrada e lojinha do SESC FONTE: Foto tirada pela autora Luana Galote em 26/05/2018

87


BIBLIOTECA:

Localizada

próxima

a

lojinha

a

biblioteca conta com espaço amplo, com pé direito mais baixo em estrutura em concreto aparente. Possui acervo, área de estudo e espaço para pesquisa (informática). O que mais chama atenção é os materiais em madeira em formas curvas e o modo como foi colocado os computadores (figura 83), que é algo bem desconfortável para o usuário já que tem que se curvar para utilizar o eletrônico.

FIGURA 81: Biblioteca espaço de leitura e pesquisa FONTE: Foto tirada pela autora Luana Galote em 26/05/2018

FIGURA 82: Biblioteca visão geral FONTE: Foto tirada pela autora Luana Galote em 26/05/2018

FIGURA 83: Biblioteca de informática FONTE: Foto tirada pela autora Luana Galote em 26/05/2018

88


PISCINA SEMIOLIMPICA: é um piscina coberta, com teto retrátil. A fotografia por um mezanino onde

se tem visão do que acontece no local, o acesso até a piscina se da pelo subsolo, lá se encontra também banheiros e vestiários.

QUADRA: assim como a piscina existe um mezanino onde se tem visão ampla da quadra, o acesso também é pelo subsolo, nesse momento estava tendo atividades para crianças.

FIGURA 84 e 85: Piscina e Quadra FONTE: Foto tirada pela autora Luana Galote em 26/05/2018

89


TEATRO: um espaço com lotação máxima para 159 pessoas sentadas incluindo cadeirantes (figura 86). Localiza-se no subsolo, há uma grande saguão de acesso com espaço para espera como mostra a figura 87, encontra-se também uma escultura que é pendurada no térreo e desce até o subsolo (figuras 88 e 89). Nessa área fica o acesso de serviço, como cabines técnicas e casa de máquinas, sendo portas com acesso restrito, apenas para funcionários. FIGURA 86: Espaço do teatro FONTE:Disponivel em: https://www.apontador.com.br/local/sp/campinas/associacoes_comercia is/RU3XR849/sesc_campinas.html. Acesso em 27/05/2018

FIGURA 87: Saguão de acesso FONTE: Foto tirada pela autora Luana Galote em 26/05/2018

FIGURA 88: Escultura vista do térreo FONTE: Foto tirada pela autora Luana Galote em 26/05/2018

90

FIGURA 89: Escultura vista do subsolo FONTE: Foto tirada pela autora Luana Galote em 26/05/2018


ÁREA EXTERNA: encontra-se espaços de lazer com mesas, campo de futebol e quadra. Também tem o estacionamento que fica do outro lado do edifício, onde se tem uma cobertura toda metálica como mostra a figura 93, e é cobrado uma taxa pelo uso do mesmo.

FIGURA 90: Vista do espaço externo onde se localiza as quadras. FONTE: Foto tirada pela autora Luana G. em 26/05/2018

FIGURA 91: Aluna em frente a área externa do SESC FONTE: Foto tirada pela autora Luana G. em 26/05/2018

FIGURA 92: Foto do campo FONTE: Foto tirada pela autora Luana G. em 26/05/2018

FIGURA 93: Estacionamento do SESC FONTE: Foto tirada pela autora Luana G. em 26/05/2018

91


ÁREA DE ALIMENTAÇÃO

FIGURA 95 e 96: Vista do espaço de alimentação FONTE: Foto tirada pela autora Luana Galote em 26/05/2018 FIGURA 94: Vista da arena FONTE: Foto tirada pela autora Luana Galote em 26/05/2018

O que levar para o projeto: • Biblioteca com espaços de leitura em madeira, trazendo um ambiente de aconchego para o projeto; • Área de alimentação aberta com mesas ao ar livre; • Escultura em pé direito duplo; • Circulação entre os ambientes de forma organizada e com grande vãos;

ARENA: está voltada para área externa do projeto, um local para apresentações abertas. Em cima fica uma parte da área de alimentação, onde o acesso se da pelo outro lado, pois o guarda não deixa acessar pela rampa do lado direito.

92



9. O TERRENO


9.1 LOCALIZAÇÃO DO TERRENO

Área do terreno (aprox. 15.000 m²) Escola Estadual Campo Grande II

Praça João Amazonas Praça da Concórdia Rua Edson Luiz Rigonatto Localizado no eixo principal da área, o terreno possui ligação com a praça da Concórdia que está ao norte e a praça João Amazonas a sudeste, dois lugares de encontro entre os jovens da região. Também um pouco abaixo encontra-se uma

escola de ensino fundamental, E. E. Campo Grande II, onde a localização desse espaço cultural trará vida para esses jovens fora do tempo letivo da escola, dando

FIGURA 97: Vista Satélite do terreno e o entorno FONTE: Google Earth. Acesso em 04/2018

oportunidade

desenvolvimento.

95

de

conhecimento

e


R. EDSON LUIZ RIGONATTO

TERRENO

R.DANIEL MOACYR NOVAES LIPP

FIGURA 98: Localização no plano urbano FONTE: Elaborado pelos autores Ana C., Ariadne E. Mendes., Franciane Rodrigues, Gabriel Gomes, Luana Galote, Mariane Xavier..


9.2 JUSTIFICATIVA DO TERRENO O terreno escolhido fica em frente a rua Edson Luiz

O que chama atenção é a falta de lazer para

Rigonatto, sendo o principal eixo de conexão do projeto, ali

um local de grande fluxo e potencial, o que acaba

possui uma ciclovia e um ponto de ônibus ao lado, com isso

trazendo

o acesso fica bem mais fácil e direto, além dessa rua ter uma

cuidados e abandonos no local.

grande ligação com a Avenida John Boyd Dunlop, como

pode ser visto na figura 99. O

espaço

tem

desvalorização

e

gerando

esses

maus

O terreno fica em um ótimo campo de visão

para olhar do pedestre, graça a sua topografia e aproximadamente

15.000

m²,

localidade, a orientação solar é favorável para

atualmente abriga poucas construções, essa construções

projeção das fachadas principais, que serão voltadas

estão degradadas e sub utilizadas, além de possuir alguns

para rua Edson Luiz Rigonatto (norte) e Daniel Moacyr

vazios como pode ser analisado na figura 100, por conta

Novaes Lipp, (sul), ambas ruas ligadas ao eixo verde

disso as pessoas que moram e trabalham ali serão

de conexão do projeto.

realocadas para habitação de interesse social flexível, uma vez que essa habitação tem o térreo próprio para comércios e serviços e fica próxima ao terreno, por tanto a população não será afetada diretamente por estar próximo ao antigo uso.

O terreno oferece uma área com potencial para a construção de um Centro Cultural, o fluxo de pessoas que passam por ali é grande, pois a principal rua Edson Luiz Rigonatto faz ligação com o BRT que passa na Avenida John Boy Duplon, o que acaba gerando movimentação.

97


FIGURA 100: Espaço vazio do terreno e abandonado. FONTE: Google Earth. Acesso em 04/2018

Terreno Áreas públicas com atividades voltadas para a população Via Arterial Via Coletora Ciclovia Terminal o Campo Grande Ponto de ônibus

Principais acessos FIGURA 101: Mapa indicando o vazio. FONTE: Google Earth. Acesso em 04/2018

FIGURA 99: Análise geral de acesso e entorno – proposta urbana. FONTE: Elaborado pela autora Luana Galote. (2018)

98


9.3 TOPOGRAFIA

Rua Edson Luiz Rigonatto Rua Nova

Rua Daniel Moacyr Novaes Lipp

FIGURA 102: Planta baixa curva de nível FONTE: Elaborada pela autora Luana Galote. (2018) FIGURA 103: 3D terreno – Revit FONTE: Elaborada pela autora Luana Galote. (2018)

Não tem como projetar ou pensar no projeto sem analisar sua topografia. O terreno possui uma inclinação

pouca acentuada de 5 metros de desnível, o que facilita o acesso e a visão do pedestre, a área mais alta fica voltada

Área do terreno

para a Avenida Armando Mario Tozi e a mais baixa para nova rua criada para melhorar o fluxo tanto de carro quanto de pedestre.

99

Av. Armando Mario Tozi


9.4 MICRO - CLIMA De acordo com a análise de insolação do terreno,

foi

realizada

uma

pesquisa

pelo

site

Climatempo (Viracopos Campinas) com relação aos ventos na região sudeste – onde encontra-se a área de estudo. Segundo o referido site, os ventos vem da direção noroeste e sudeste, com maior frequência no mês de outubro e menor em fevereiro, mês onde a temperatura é mais alta, sendo assim é importante levar em consideração o sentido em que o edifício projetual estará, pensando no conforto ambiental

local. e na ventilação natural entre os ambientes.

Área do terreno Estudo da direção do Vento no terreno Estudo da direção do Sol no terreno

FIGURA 104: Vista satélite do terreno com estudo climático FONTE: Google Earth. Acesso em 04/2018

100



10. PARTIDO ARQUITETÔNICO


O PARTIDO ARQUITETÔNICO surgiu através do

serão determinados a quantidade de alunos e a

sentido dos edifícios, onde a fachada principal dos dois

duração de cada curso, dando assim oportunidade

blocos estão voltadas para o eixo verde do projeto

para novos usuários.

urbano realizado, que tem uma grande proporção no

Como a maioria das atividades ocorre no interior

requisito de acesso e ligação com o bairro, a direção

dos blocos, o espaço livre irá servir também como

desses edifícios também se deu pela questão do norte,

exposições e atividades ao ar livre, assim ligando a

pensando assim no conforto térmico e ventilação dos

praça e a cultura, com a paisagem e os novos meios de

ambientes.

conhecimento educacional e artístico.

Essa posição em sentido contraditório com o

terreno, possibilitou a criação de uma área de convívio entre o meio desses blocos, um espaço – praça – onde as pessoas possam estar em contato com o que acontece no centro cultural. Criado para servir a cidade, o Centro Educacional de Arte e Cultura funciona como edifício – ponte, com a proposta de transformar o caminho cotidiano em um convite para visitar e vivenciar o que acontece ao seu redor. Além de exposições, espaços de lazer e um teatro aberto, o projeto oferecerá oficinas, com aulas de

dança, música, desenho e entre outros meios ligados à arte, onde serão

103


FIGURA 105: Croqui – elaboração partido arquitetônico FONTE: Elaborada pela autora Luana Galote. (2018)

104



11. PROGRAMA


AMBIENTE

QTD

ÁREA (M²)

AMBIENTE

ÁREA (M²)

BIBLIOTECA

Sala de dança artística e corporal

1

200 m²

Sala de exposição temporária

1

350 m²

Espaço de leitura, informática e livros

1

889 m²

Sala aula de música

1

103 m²

Recepção e Guarda-volumes

1

24 m²

Sala de desenho

1

80 m²

Depósito

1

6,55 m²

Sala de artesanato

1

96,24 m²

WC Funcionário

1

2,40 m²

Sala de pintura e escultura

1

134 m²

Área de exposição temporária

1

350 m²

Área de exposição cultural permanente

1

277 m²

Caixa

1

13 m²

Preparo

1

22 m²

Espaço de ensaio teatro

1

173,10 m²

Cozinha

1

21 m²

Depósito

1

16 m²

Vestiário feminino

2

19 m²

Gás

1

6 m²

Vestiário masculino

2

19 m²

Despensa

1

7,8 m²

Sanitário feminino público

1

12,05 m²

WC Funcionário

1

2,25 m²

Espaço com mesas

---

Sanitário masculino público

1

12,05 m²

Sanitário PNE público

1

3,86 m²

Sanitário Feminino público

1

Aprox. 324 m² 22 m²

Camarim masculino

1

24,88 m²

Sanitário Masculino público

1

22 m²

Sanitário PNE público

2

3,86 m²

Camarim feminino Palco

1 1

24,88 m² 104 m²

Depósito

2

14,55 m²

Sala de apoio

1

17 m²

FIGURA 106: Tabela programa FONTE: Elaborada pela autora Luana Galote. (2018).

CULTURAL

CULTURAL

OFICINAS E EXPOSIÇÕES

QTD

CAFÉ

FIGURA 107: Tabela programa FONTE: Elaborada pela autora Luana Galote. (2018)

107


QTD.

ÁREA (M²)

Sala multiuso 1

1

56,64 m²

Sala multiuso 2

1

56 m²

Sala história da arte

1

79,36 m²

Sala história da cultura brasileira

1

72 m²

Sanitário feminino público

1

12,05 m²

Sanitário masculino público

1

12,05 m²

Sanitário PNE público

1

3,86 m²

AMBIENTE

SERVIÇOS

EDUCACIONAL

AMBIENTE

APOIO

ÁREA (M²)

Hall de espera

1

33,32 m²

Recepção

1

10,20 m²

Espaço flexível com coordenadoria, curadoria, monitoria e secretária

1

233,40 m²

26,95 m²

Triagem do lixo

1

14,60 m²

Depósito de lixo

1

6 m²

Manutenção

1

24,32 m²

Medidores

1

9 m²

Casa de geradores

1

9,50 m²

Depósito de limpeza

1

6 m²

Armazenamento

1

36 m²

Diretoria

1

44,60 m²

Almoxarifado

1

10,20 m²

Depósito de limpeza

1

15 m²

Arquivos gerais

1

35,55 m²

Sanitário feminino funcionários

1

3,86 m²

Sanitário masculino funcionários

1

3,86 m²

QTD ÁREA (M²)

Sala de psicologia

1

23,20 m²

Sala de avaliação

1

20 m²

Sala enfermaria

1

42,36 m²

FIGURA 111: Tabela programa FONTE: Elaborada pela autora Luana Galote. (2018)

AMBIENTE

EXTERNO

ADMINISTRATIVO

1

AMBIENTE

QTD.

FIGURA 109: Tabela programa FONTE: Elaborada pela autora Luana Galote. (2018)

Espaço de carga e descarga

FIGURA 110: Tabela programa FONTE: Elaborada pela autora Luana Galote. (2018)

FIGURA 108: Tabela programa FONTE: Elaborada pela autora Luana Galote. (2018)

AMBIENTE

QTD ÁREA (M²)

ÁREA (M²)

Praça em deck

---

3.600 m²

Praça seca coberta

---

2.100 m²

Área livre (incluindo a praça em deck e coberta, e estacionamento)

---

11.000 m²

FIGURA 112: Tabela programa FONTE: Elaborada pela autora Luana Galote. (2018)

108

QTD



12. ESTUDO PRELIMINAR


12.1 GABARITO DE ALTURA

FIGURA 114: Zoom Mapa de gabarito – Campo Grande/ Campinas FONTE: Elaborado pelos autores Ana C., Ariadne E. Mendes., Franciane Rodrigues, Gabriel Gomes, Luana Galote, Mariane Xavier..

Delimitação da área

FIGURA 113: Mapa de gabarito – Campo Grande/ Campinas FONTE: Elaborado pelos autores Ana C., Ariadne E. Mendes., Franciane Rodrigues, Gabriel Gomes, Luana Galote, Mariane Xavier...

Através desse levantamento de gabaritos, é possível observar se trata de uma área com um gabarito de altura baixo, com edifícios de até 3 pavimentos.

111


12.2 ZONEAMENTO

FIGURA 116: Zoom Mapa de Zoneamento – Campo Grande/ Campinas FONTE: Elaborado pelos autores Ana C., Ariadne E. Mendes., Franciane Rodrigues, Gabriel Gomes, Luana Galote, Mariane Xavier..

ZONA 11: De acordo com o artigo 6º Categoria de Uso Institucional, é permetido: FIGURA 115: Mapa de Zoneamento – Campo Grande/ Campinas FONTE: Elaborado pelos autores Ana C., Ariadne E. Mendes., Franciane Rodrigues, Gabriel Gomes, Luana Galote, Mariane Xavier..

Delimitação da área

I – INSTITUIÇÕES DE ÂMBITO LOCAL – EL Instituições destinadas à educação, à saúde, à cultura, ao esporte, ao lazer,

à

assistência

administração,

social,

segurança

e

a

cultos

religiosos

e

à

serviços

públicos,

cujas

atividades relacionam-se às populações localizadas em áreas restritas;

112


12.3 PROCESSO DE EVOLUÇÃO

FIGURA 117: Croqui evolução projeto Centro Cultural FONTE: Elaborada pela autora Luana Galote. (2018)

A princípio a ideia era de um único bloco suspenso por pilotis, onde o acesso se daria pela parte mais alta do terreno e que tivesse a fachada principal voltada para a rua Edson Luiz Rigonatto. E na parte mais baixa um bloco flexível que viraria palco em deck voltado para a praça do térreo.

FIGURA 118: Croqui evolução projeto Centro Cultural FONTE: Elaborada pela autora Luana Galote. (2018)

Depois de acordo com o programa e a dimensão do terreno, percebeu-se que um único edifício não atenderia a

necessidade local. Portanto foi subdivido em dois blocos, onde o acesso do primeiro continuaria pela parte mais alta do terreno e o acesso do segundo se daria pelo próprio térreo, e o palco se conectaria voltado para o miolo dos dois blocos.

113


FIGURA 119: Croqui evolução projeto Centro Cultural FONTE: Elaborada pela autora Luana Galote. (2018))

FIGURA 120: Croqui evolução projeto Centro Cultural FONTE: Elaborada pela autora Luana Galote. (2018)

Após a subdivisão dos blocos, criou-se um espaço de

Tão logo a escada foi substituída por uma rampa,

convívio no centro deles, onde há conexão com o palco e

pois assim resolve acessibilidade e a forma da cobertura se

com centro cultural. Foi inserido uma cobertura suspensa

junta com a rampa, a mesma terá uma parte de visão

nesse meio, onde o se tem aceso pela Av. Armando Mario

para o palco onde acontecerá as apresentações. No

Tozi, cobertura essa que servirá como uma praça seca,

bloco maior, primeiro pavimento, foi retirado as grandes

ajudando na circulação e conforto térmico do projeto, para o

janelas por aberturas com pilotis, assim criando uma

acesso do térreo foi inserida uma escada no meio dessa

grande varanda que se conecta com a praça em deck.

cobertura.

114


12.4 PLANO DE MASSAS

SETOR CULTURAL SETOR EDUCACIONAL SETOR ADMNISTRATIVO SETOR DE SERVIÇOS SETOR DE APOIO CIRCULAÇÃO EXTERNA (PELA PRAÇA E COBERTURA) ACESSOS PRINCIPAIS

FIGURA 121: Desenho da implantação desenvolvido no Revit – plano de massas FONTE: Elaborada pela autora Luana Galote. (2018)

115


12.5 SETORIZAÇÃO

SETOR ADMNISTRATIVO SETOR DE APOIO

SETOR EDUCACIONAL PROJEÇÃO DA COBERTURA

SETOR CULTURAL SETOR EDUCACIONAL

RAMPA

SETOR ADMNISTRATIVO

SETOR CULTURAL

SETOR DE SERVIÇOS

SETOR DE SERVIÇOS

SETOR DE APOIO

FIGURA 122: Desenho 3D volumétrico desenvolvido no PowerPoint – Diagrama FONTE: Elaborada pela autora Luana Galote. (2018)

116


12.6 DIAGRAMA

1

4

Perfil natural do terreno

Cobertura central

FIGURA 123: Desenho esquemático – Diagrama FONTE: Elaborada pela autora Luana Galote. (2018)

2

Elevação volumes

5

Ventos predominantes

117

3

Volumetria

6

Estudo insolação


7

Circulação externa pela praça e cobertura

9

Acesso vertical

FIGURA 124: Desenho esquemático – Diagrama FONTE: Elaborada pela autora Luana Galote. (2018)

8

10

118

Principais acessos

Evolução do volume da cobertura



13. O PROJETO









MATERIAL ESCOLHIDO A escolha dos materiais se deu pensando na

Laje em deck: preparada em estrutura metálica

questão do conforto ambiental e no meio ambiente. Foi

para vencer grandes vãos, com inserção do deck de

escolhido então materiais com boa qualidade e com baixa

madeira

emissão de CO2, uso regional, sem desperdício, qualidade térmica e visual, pois se trata de um ambiente de estudo e aprendizagem. Desse modo, foi escolhido:

modular,

vernizado

e

reforçado

com

concreto entre a estrutura. Os pilares de apoio são em V, dando maior sustentação. Piso Externo: Cimento Industrial de concreto, grama natural e paisagismo.

Estrutura de pilares: em concreto para os edifícios e perfis metálicos para a praça em deck.

Piso Interno: Porcelanatto marca Portobello, cor

cimento cinza e cimento natural, 60x60cm, ou similar. Laje: nervurada. Portas: de madeira e caixilho metálico de alumínio Paredes: em alvenaria, preparada com chapisco, emboço e

com vidro Low-e.

massa corrida, com pintura em tinta pérola no interior e cimento queimado no exterior. Sendo algumas paredes em

Janelas: caixilho metálico de alumínio e vidro Low-e.

grafite e coloridas.

Mobiliário: em tons de cores vivas e alegres, roxo, Teto: com preparação em massa corrida e pintura com

amarelo, branco, vermelho,

tinta acrílica cor branco.

metálico.

121

sendo em

madeira

e


BRISE DE MADEIRA VERTICAL DECK

EM

MADEIRA

MODULAR- - simplifica a instalação, o que

dispensa

a

contratação

de

profissionais para fazê-la. Isso, no final

das contas, diminui o custo. Tal escolha se deu, pois além de trazer um visual sofisticado ao ambiente, seu custo é mais FIGURA 125: Deck Modular FONTE:Disponível em: https://www.lojamadersilva.com.br/produto/de ck-modular-30cm-x-30cm-cumaru-placa Acesso em 10/10/18

baixo

que

o

piso

cimentícios

atérmicos, possui conforto térmico e uma montagem rápida.

PORTA

DE

FIGURA 127: Brise vertical em madeira FONTE:Disponível em: http://assoalhospacaembu.com.br/brise-de-madeiravertical-horizontal/Acesso em 10/10/18

CORRER

EM

VIDRO LOW-E TEMPERADO – é um

PAREDE EXTERNA GRAFITADA

tipo de vidro que recebe uma camada fina de metal de baixa emissividade em um de seus lados. Este vidro reflete o calor de volta para a fonte, deixando passar a luz natural, mas barra as

radiações solares. FIGURA 126: Porta balcão alumínio de correr FONTE:Disponível em: http://www.archiexpo.com/pt/prod/airclosaluminium-systems/product-1494581657626.html. Acesso em 10/10/18

122

FIGURA 128: Parede externa do projeto, vista da rampa FONTE: Elaborada pela autora Luana Galote (2018)


SISTEMA ESTRUTURAL

LAJE NERVURADA - utiliza pouco concreto e aço no fundo da laje, abraçando a armadura localizada entre as nervuras e consumindo até 30% menos materiais e mão de obra. Elas são mais resistentes aos momentos positivos

dos vãos e à compressão que se dá pela capa de concreto maciço; que age em conjunto com o aço. Além disso, dispensam usos de compensados, não tem perigo de corrosão, são fáceis de montar e desmontar, oferecem maior velocidade de execução, entre outras. FIGURA 129: Detalhe de como funciona a laje nervura FONTE:Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/560135272397239646/?lp=true/Acess o em 10/10/18

FIGURA 130: Representação de uma laje nervurada FONTE:Disponível em: https://www.ebah.com.br/content/ABAAAgqF0AE/tecnicoedificacoes-estruturas-edif-cios-concreto-armado?part=3/Acesso em 10/10/18

PILAR DE CONCRETO 20X40

FIGURA 131: Representação pilar concreto FONTE: Disponível em: https://3dwarehouse.sketchup.com/model/u65b29b6d-df07-4e5e-9699 Acesso em 10/10/18

123


LAJE EM DECK (COBERTURA CENTRAL) utiliza pouco concreto e aço no fundo da laje,

PILAR ME´TÁLICO EM V NA COR PRETA-

abraçando a armadura localizada entre as nervuras e consumindo até 30% menos materiais e mão de obra. Elas são mais resistentes aos momentos positivos dos

Escolhido para aguentar a carga da laje em deck;

vãos e à compressão que se dá pela capa de

concreto maciço; que age em conjunto com o aço. Além disso, dispensam usos de compensados, não tem perigo de corrosão, são fáceis de montar e desmontar, oferecem maior velocidade de execução, entre outras.

FIGURA 132: Perspectiva explodida FONTE: Elaborada pela autora Luana Galote. (2018)

FIGURA 133: Demostração do pilar escolhido para a laje em deck FONTE:Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/625557/casa-rambla-landarquitectos/53b21917c07a80790f0001e1-rambla-house-landarquitectos-photo Acesso em 10/10/18

FIGURA 134: Desenho esquematizado destacando a laje FONTE: Elaborada pela autora Luana Galote. (2018)

124


PERSPECTIVAS EXTERNAS E INTERNAS


2 3

4

7

6

8 5 1

FIGURA 135: Implantação demostrando as perspectivas FONTE: Elaborada pela autora Luana Galote. (2018)


1

FIGURA 136: Perspectiva VolumĂŠtrica FONTE: Elaborada pela autora Luana Galote. (2018)

127


2

FIGURA 137: Perspectiva VolumĂŠtrica FONTE: Elaborada pela autora Luana Galote. (2018)

128


3

FIGURA 122: Vista da rua Edson Luiz Rigonatto FONTE: Elaborada pela autora Luana G. (2018)

129


4

FIGURA 138: Vista da Avenida Armando Mário Tozi, cota mais alto do terreno, que está no nível 618 FONTE: Elaborada pela autora Luana G. (2018)

130


5

FIGURA 139: Vista da rua Daniel Moacyr Novaes Lipp FONTE: Elaborada pela autora Luana G. (2018)

131


6

FIGURA 125: Vista do meio da plataforma em deck, mostrando a rampa (acessibilidade), onde acompanha a estrutura em madeira do projeto. FONTE: Elaborada pela autora Luana G. (2018)

132


7

FIGURA 140: Vista do palco aberto para apresentação ao público FONTE: Elaborada pela autora Luana G. (2018)

133


8

FIGURA 141: Perspectiva interna da Biblioteca FONTE: Elaborada pela autora Luana G. (2018)

134


FIGURA 142: Perspectiva vista do pergolado FONTE: Elaborada pela autora Luana G. (2018)



.  G


SITES A diferença entre uma ocupação e uma favela e porque

CASAS, Leandro Las. Moradores esperam por asfalto em

isso

bairro

importa.

Disponível

em

<https://caosplanejado.com/a-diferenca-entre-uma-

ocupacao-e-uma-favela-e-porque-isso-importa/>.

do

Campo

Grande.

Disponível

em:

<http://www.portalcbncampinas.com.br/2017/03/moradores-

Acesso

esperam-asfalto-em-bairro-do-campo-grande/>.Acesso em: 09

em: 02 mar. 2018.

mar. 2018

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS

Centro Cultural: a Cultura à promoção da Arquitetura.

(2004).

Revista On-Line IPOG Especializa, Julho de 2013. Disponível

NBR

9050:

Acessibilidade

a

edificações,

mobiliários, espaços e equipamentos urbanos, Rio de

em

Janeiro.

cultural-a-cultura-a-promocao-da-arquitetura-31715112-pdf>

Disponível

em

<

<https://pt.scribd.com/document/343574019/centro-

http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/fil

aceso em 10 de març. de 2018.

es/arquivos/%5Bfiield_generico_imagens-

CENTRO

filefielddescription%5D_11.pdf%3E> acesso em 10 d. maio

<https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/874317/centro-

de 2018

cultural-arauco-elton-leniz> acesso em 16 de abril de 2018.

Atualização

e

urbanística

de

adequação Campinas.

da

regulamentação

Disponível

em

<

CENTRO

CULTURAL

CULTURAL

ARAUCO,

CABO

FRIO,

Disponível

Disponível

em

em

<http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/14.159/510

http://www.campinas.sp.gov.br/arquivos/seplama/p3a_r04_

1?page=4> acesso em 15 de abril de 2018.

consolidado.pdf >. Acesso em: 02 mar. 2018 .

CENTRO

BENINI, S. M; MARTIN, E. S.

<http://www.shieh.com.br/CENTRO-CULTURAL-JAGUARA>

Decifrando as áreas verdes públicas. In: Revista

acesso em 15 d. abril de 2018.

Formação, Brasil, 2010, 17, v. 2, p. 63-80. Disponível em:

COELHO, Teixeira. Usos da cultura: políticas de ação

<http://revista.fct.unesp.br

cultural. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.

/index.php/formacao/articl

e/view/455> Acesso em:20 mar. 2018

CULTURAL

JAGUARA,

Disponível

em


CULTURA

GOV,

Disponível

em

CAMPINAS, Sanasa. Mapa topográfico de Campinas.

<http://www.cultura.gov.br/despesas; acesso em 15/04/2018.

(Campinas).

CURIOSIDADES

Direção e intensidade dos ventos. Disponível em:

DE

CULTURA.

Disponível

em

<http://www.somatematica.com.br/curiosidades/c101>

<https://www.climatempo.

acesso em 09/05/2018.

com.br/vento/cidade/418/campinas-sp>. Acesso em: 09

CAMPINAS. SESC Bonfim Campinas, 17 de maio de 2014.

mar. 2018

Disponível

EDGAR, Andrew; SEDGWICK, Peter. Teoria cultura de A

em

<

http://www.sesc.com.br/portal/sesc/unidades/saopaulo/sesc+

a

campinas> acesso em 26 d. maio de 2018.

contemporâneo. São Paulo, 2003.

CAMPINAS.

Memoria

de

Campinas,

história

teatro

Z

Conceitos-Chave

para

entender

o

mundo

Em portal Sesc SP. “Quem somos, nossas unidades,

municipal, Disponível em < http://wwwpromemoria-de-

Vila

campinas-sp.com.br/2007/07/descaso-com-historiateatro-

http://www.sescsp.org.br/sesc/quem_somos/index.cfm?in

municpal.html> acesso em 22 d. abril de 2018.

dex=3&Ig=pt&idcat=3&iditem=1> acesso em 26 d. maio

CAMPINAS, UNICAMP, CIS Guanabara, 14 de fev. 2000.

de 2018.

Disponível

Lei de uso e ocupação do solo de Campinas. 4 edição,

em

<

http://www.cisguanabara.unicamp.br>

Mariana”.

Disponível

em

<

acesso em 17 de abril de 2018.

2011. Disponível em <http://www.campinas.sp.gov.br/arqui

CONCURSO PROJETO Centro Cultural e eventos Cabo

vos/seplama/lei_6031.pdf >. Acesso em: 15 mar. 2018

Frio, cabo Frio SP, 28 de ago. de 2011, Disponível em <

LIMA, V.; AMORIM, M. A importância das áreas verdes

http://www.archtendencias.com/arquitetura/projeto-vencedor-

para a qualidade ambiental das cidades. In: Revista

do-concurso-para-o-centro-cultural-de-exposições-e-

Formação, Brasil, 2006, 13, v. 1, p. 69-82. Disponível em:

eventos-cabo-frio-estudio> acesso em 03 d. maio de 2018.

<http://revista.fct.unesp.br/index.php/formacao/article/view File/835/849Val>. Acesso em: 15 mar. 2018


MILANI, P.; SILVA, E. Centralidade urbana: um estudo

SÃO PAULO. G1 Projeto Complexo Cultural, SP 18 de

do centro principal de Três Lagoas – MS. Disponível em:

fev

<http://revista.fct.unesp.br/index.php/geografiaematos/articl

<http:www.g1.globo.com/saopaulo/noticia/2012/03/sp-

e/viewFile/265/milanin9v1> Acesso em: 15 mar. 2018

apresenta-projeto-de-complexo-cultural-na-luz.html> acesso

Novo Plano Diretor Estratégico de Campinas. Disponível

em 19 d. abril de 2018.

em <http://suplementos.campinas.sp.gov.br/admin/downloa

SEPLURB.

d/suplemento_2018-01-09_cod473_1.pdf>. Acesso em: 15

Aeroportuárias

mar. 2018 Prefeitura Municipal de Campinas. Plano Local

<http://www.campinas.sp.gov.br> acesso em 15 d. abril de

de Gestão Urbana Região do Campo Grande. Campinas, 2010. Prefeitura

de

Campinas.

Lei.

Disponível

em

<http://www.campinas.sp.gov.br/governo/seplama/legislaca o> acesso em maio de 2018. Prefeitura

Municipal

de

Campinas.

POPULAÇÃO

RESIDENTE, SEGUNDO OS GRUPOS DE IDADE. Disponível

em

<http://www.campinas.sp.gov.br/governo/seplama/publicaco es/populacao_residente_segundo_grupos_de_idade.php> acesso em 06 de març. 2018.

de

2011.

Curvas de de

Nível.

Disponível

Zonas de

Campinas.

em

Restrições

Disponível

em

2018. Zimmermann, Daniela. Centro Cultural Guanabara. Tese. Arquitetura e Urbanismo, UNIP,2016. Zoneamento

Online.

Disponível

em

<http://www.campinas.sp.gov.br> acesso em 06 d. abril de

2018.


LIVROS CARRAZA, Edite Galote; CARRAZA, Ricardo. Detalhes

REBELLO, Yopanan C. P. Bases para Projeto Estrutural

Construtivos de Arquitetura. São Paulo: Editora Pini,

na Arquitetura. São Paulo: Editora Zigurate, 2007.

2004.

REBELLO, Yopanan C. P. Estruturas de Aço, Concreto e

Ching, Francis D.K. Técnicas de Construção Ilustradas.

Madeira – Atendiemnto da Expectativa Dimensional. São

(4ª edição). Porto Alegre: Bookman, 2010.

Paulo: Editora Zigurate, 2005.

ConstruNormas, pini. Bloco Cerâmico Estrutural. Vol 4.

SANTOS, JOSÉ Luiz dos. O que é Cultura. São Paulo:

Setembro, 2017.

Brasiliense.2003..

CUCHE, Denys. O Conceito de Cultura nas Ciências

Techne,

Sociais. Tradução de Viviane Ribeiro. 2 ed. Bauru: EDUSC,

Construtivos. Edição especial. Agosto, 2017.

2002.

VARGAS, Heliana Comin; CASTILHO, Ana Luisa Howard

Engel, Heino. Sistemas de Estructuras. (1ª edição). Editora

(Orgs). Intervenções em centros urbanos. Objetivos,

GG. Barcelona, 2001.

estratégias e resultados. 2ª edição, Baueri, Manole, 2009.

Ernst Neufert. Neufert Arte de Projetar em Arquitetura (18

VIERA PINTO, Álvaro. Teoria da Cultura, Ciência e

Edição). Editora GG. São Paulo, 2013.

existência: problemas filosóficos da pesquisa cientifica.

FROTA, Anésia Barros, SCHIFFER, Sueli Ramos. Manual

Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.

do Conforto Térmico. 8ª edição. São Paulo: Editora Studio

WALL, D.; WATERMAN, Tim. Desenho Urbano. São Paulo:

Nobel, 2009.

Editora Bookman, 2012.

REBELLO, Yopanan C. P. A Concepção Estrutural e a

Arquitetura. São Paulo: Editora Zigurate, 2000.

pini.

Concreto

Protendido.

Sistemas


FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO - UNIP TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO I 2018 AUTORA: LUANA GALOTE ORIENTADORA: PROFª DRA. ANA VILLANUEVA


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.