Ficha Técnica Quadro GALLO 18" em alumínio liga 6061‐T6 Aros 26x1.9 Alum. AERO Gallo 36f. preto Blocagem do selim Alumínio importada Câmara de ar 26 Válvula Aero Câmbio traseiro TX35 SHIMANO Câmbio dianteiro Top Pull Tz31 Shimano. Pedal 9/16 Plataforma MTB Alum/Nylon Selim MTB Black Gallo Freio V‐break em alumínio Promax pto. Maçaneta EZZE FIRE EF51 Shimano Guidão DH em alumínio 620mm Gallo Manoplas MTB Mov. central 34.7x122,5 semi‐selado NECO Mov. Direção Ahead SET MEGA OVER pto. NECO Corrente fina ½x3x32 index Z50 KMC Raio 255x2.0mm preto Pneus 26x2.10 MTB preto Wanda (Inmetro 282) Cubos 36F D/T em Alumínio preto Shunfeng Roda livre Index 7V 14‐28 dts TZ 21 Shimano Garfo 26 Susp. aço Ahead SET OVER pto Zoom Suporte Ahead SET Alumínio preto 100mm Gallo Pedivela Alumínio Preto c/ Eng. Tripla Prowheel
Conteúdo
ESPECIAL NORDESTE
48
EVENTO
26
Evento chega a 4ª edição
GENTE
24 32
Paixão e foco
TENDÊNCIA
ADMINISTRAÇÃO
104
A Fraude e sua Prevenção - Parte I
Estilo vintage, o novo design antigo das bicicletas
SEÇÕES
Editorial 10 Internacionais 28
Correio 12 Nacionais 36
Lançamentos 18 Notas 40
Luanda
Diretoria Osmar Silva José Haroldo G. Santos
Edição 187 - Julho 2013
Editor Osmar Silva osmar@luanda.com.br
Diretor José Haroldo G. Santos haroldo@luanda.com.br
Redação Hylario Guerrero (MTB 13468) hg.noticia@luanda.com.br Joelma Farias (Estágiaria) redacao@luanda.com.br Arte e Diagramação Bruno R. Mello dos Santos Caio Matheus Ventura de Paiva Diego Igor de Oliveira midia@luanda.com.br arte@luanda.com.br Publicidade: Luanda Brasil Serviços de publicidade Ana Paula Lima José Ricardo Gomes Raphael Garcia vendas@luanda.com.br Administração Juici Monteiro Fernanda Oliveira Jhonnatan André luanda@luanda.com.br
Editorial Quando as bicicletas poderiam estar rompendo barreiras que impediam a sua utilização em maior intensidade, tendo a seu favor conjunturas somadas em seu beneficio, eis que uma nova situação de dificuldade se apresenta: a falta momentânea de pedivelas. Item insubstituível em sua montagem total. É problema pontual, já que os importadores, atentos à questão, estão tomando providencias para suprir os montadores. Porém, teme-se que o tempo seja curto para que hajam bikes para o período de vendas mais esperado pelo segmento. As vendas para o Dia das Crianças e Natal, já estão muito prejudicadas, segundo a maioria dos montadores regionais, responsáveis pelo fornecimento à parte considerável de pontos de vendas, como lojas de moveis, brinquedos, os chamados armarinhos, além, naturalmente, das bicicletarias. Tomara que as previsões pessimistas não se confirmem. Porém, mesmo com estas dificuldades de mais um período de seca pelo qual passou a região Nordeste, pudemos constatar as soluções que os empresários da região tem encontrado para os seus problemas e continuarem crescendo, ampliando os negócios. Raphael Garcia, do nosso departamento comercial, visitou empresas nos estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Neste verdadeiro ‘raid’, contamos com a colaboração inestimável de profissionais representantes de vendas que atuam neste mercado que levaram o Raphael em cada endereço de importantes lojas nas Capitais e Interior. Assim, foi possível um quadro fiel da atualidade e comportamento de compras do consumidor final. Estão acontecendo mudanças na preferência de modelos e preços, estando os clientes priorizando as questões qualidade e aplicação tecnológica. Desta forma, produtos tradicionais estão perdendo participação em vendas e, modelos com desenvolvimento e linhas mais atuais obtendo parcelas significativas neste mercado. Estivemos na Europa em compromissos profissionais e pudemos participar de alguns eventos muito interessantes. Um deles, o leilão de bicicletas roubadas e recuperadas pelas autoridades da cidade de Bolonha. Um passeio ciclístico realizado em Milão, com milhares de ciclistas de todas as idades pedalando e, um evento de e -bikes em Lugano, na Suíça. Experiências muito ricas para a nossa vida profissional. Todos nós
Jurídico Dra. Adriana Carla Gomes P. Silva Assessoria gráfica Pavagraph Impressão Northgraph R. Joaquim de Almeida Moraes, 273 Jd. Magali - CEP 02844-000 - São Paulo/SP Tel.: +55 (11) 3461-8400 / 3461-8401 Fax + 55 (11) 3923-5374
A cyclomagazine aceita matérias técnicas como colaboração. Os artigos deverão vir acompanhados de fotos ilustrativas com as respectivas legendas e curriculum do autor. A revista não se reponsabiliza por opiniões e artigos assinados que podem ou não expressar a mesma opinião do editor. As opiniões emitidas em artigos assinados são de responsabilidade do autor. A revista não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios veiculados, nem por aquisições em função destes. Todos os direitos reservados, sendo proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio, sob pena de procedimentos legais. A revista cyclomagazine é uma publicação mensal da Luanda Editores Associados LTDA., e tem sua marca registrada no INPI sob o número 820.332.593
Foto capa: Arquivo Luanda
Correio
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Interaja com a redação
Endereço: R. Joaquim de Almeida Morais, 273 - CEP: 02844-040, São Paulo - SP
TENDÊNCIA
Bike de madeira por Yojiro Oshima. A Luanda divulga esta obra digna de muita inteligência, qual é a finalidade, venda? Jorge Lima São Luiz (Por e-mail)
Resp.: Nós divulgamos o projeto da bike de madeira, feito pelo estudante Yojiro Oshima, com a simples intenção de ampliar o conhecimento dos interessados pelo assunto bike sobre as novas propostas de design e matéria prima que estão acontecendo no mundo. Elas são tantas e das mais variadas alternativas, algumas sabemos que são impossíveis de concretização, porém vale a motivação e a intenção de “modernizar” a bike. Capa // Bicicletas Elétricas
E-bikes evoluem e ganham as ruas Na luta contra a redução dos níveis de poluição, qualidade de vida e melhoria do trânsito, a bicicleta, que ganha versão elétrica, briga por mais espaço e se impõe entre os meios de transporte que promovem o ar mais limpo
Texto: Joelma Farias Imagens: Divulgação
Há
quem as chame de bicicletas híbridas, afinal, combinam a eletricidade e as pedaladas como fonte de energia. Seu funcionamento é mais ou menos assim: ao pedalar, o biker aumenta a assistência do motor elétrico. Este, por sua vez, fornece mais energia do que as bicicletas comuns. Proporciona ao ciclista poder dosar quanto do auxílio do motor deseja empregar, até mesmo nas subidas. Quando a bateria se esgota o condutor pode pedalar para alcançar seu destino final. Elas são as e-bikes, que ganham espaço nas ruas e na preferência dos admiradores e consumidores desses veículos. Além de exigir menos esforço físico do ciclista, ainda tem a característica de não poluir o ar, isso a promove como a sensação do momento. Com motor movido a energia elétrica de baixo custo, esse modelo é silencioso, oposto aos motores à combustão. Diversas marcas estão disponíveis no mercado e alguns modelos podem ser
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facilmente transportados pelo usuário. É um veículo de fácil locomoção que ocupa menos espaço. Mas o grande atrativo das bicicletas elétricas é a economia que proporciona. O custo do quilômetro rodado custa em média R$ 0,04 (quatro centavos), segundo as empresas que comercializam esses modelos no Brasil. Sua recarga pode ser realizada em qualquer ambiente que dispuser de uma tomada habilitando-a para seu funcionamento. Democráticas, as e-bikes podem ser utilizadas por consumidores com algum tipo de limitação física, para pequenas compras, transporte de jovens, idosos, passeios e até para a vigilância de grandes áreas. Para fabricantes e montadoras nacionais, a promoção do veículo ecologicamente correto gera o aquecimento desse setor, que é importante para a manutenção de empregos e contratação de pessoal para suprir a demanda crescente, mas o grande pesadelo dos investidores são os importados. É difícil competir com produtos do continente asiático, pois a carga tributária externa é menor do que a que temos dentro do país. Mas esse problema
não desmotiva os fabricantes brasileiros, que investem cada vez mais em tecnologia para a melhoria constante do produto e, dessa forma, combater a concorrência externa. Outra opção disponível no mercado são os kits de transformação que podem ser instalados em qualquer modelo de bicicleta. No artigo 1º da resolução 315 de 2009, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) equipara a bicicleta elétrica ao ciclomotor e, por esse motivo, só podem ser conduzidas com CNH na categoria A, ou autorização especial. Segundo as normas de trânsito, esse modelo de bicicleta não pode ter mais de 4kw de potência, o peso máximo do condutor e do veículo não pode ultrapassar 140 kg. A velocidade máxima declarada pelo fabricante tem que ser limitada a 50 km/h. O equipamento deve ter espelhos retrovisores dos dois lados, farol dianteiro de cor branca ou amarela, lanterna vermelha na parte traseira, velocímetro, buzina e pneus que ofereçam segurança na condução. Contudo, ainda não há uma legislação municipal específica para esse tipo de veículo.
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MATÉRIA SOBRE E BIKES
Nós estamos no mercado há 3 anos e somos revendedora oficial da A2B no Brasil que é líder no mercado mundial de bicicletas elétricas. A capa deste mês da revista Cyclomagazine é sobre bicicletas elétricas e estranhamos não receber o contato da revista para participar desta edição. Tatiana Estanislau Cycletech Ebike Store (Por e-mail)
Resp.: Pedimos desculpas por não termos consultado a sua empresa para participação na matéria que produzimos sobre e-bikes. Provavelmente, os seus dados não estavam disponíveis ou atualizados nos cadastros de nossa redação. Por favor, nos mantenha informados sobre suas atividades.
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PROJETOS DE LEI WALTER FELDMAN CTB E OUTROS PERTINENTES AO SETOR
Parabéns pelo trabalho Envio em anexo propostas de lei que estão sendo trabalhadas pelos assessores do Deputado Federal Walter Feldman. Arturo Alcorta Escola de Bicicleta (Por e-mail)
Resp.: Na verdade, a iniciativa primeira de divulgação partiu do Deusdedit Cleto Filho, da JKS. Então, os méritos são dele, bem como, os elogios destinados pela iniciativa. Caros representantes, principais clientes e órgãos da imprensa. Divulguem esses projetos de lei em suas cidades. Os primeiros passos estão sendo dados pela maior de todas : São Paulo . Mas, valerá sem dúvida, para os mais longínquos rincões de nosso país. Vamos a luta. Todas as tribos das bikes unidas em prol de nosso bem maior: a bicicleta. Deusdedit Cleto Filho Diretor Comercial JKS Guarulhos-SP (Por e-mail)
Resp.: Como se trata de textos extensos, os disponibilizamos em nossa pagina na WEB www.luanda.com.br/cyclomagazine
PROFISSIONAL DISPONÍVEL
Depois de muitos anos atuando em uma única empresa do setor, estou no mercado aberto para novos desafios. Estou radicado no Rio de Janeiro, porém com conhecimento adquirido de clientes em todo o Brasil. Contatos: marcosjpgomes@hotmail.com ou 21-24671640. Marcos Gomes Rio de Janeiro RJ (Por e-mail)
Resp.: Vai a dica para quem estiver precisando de um bom profissional na área de vendas.
PROFISSIONALIZAÇÃO
Aliança Bike abre vaga para instrutor no Curso de Mecânica de Bicicletas. A Associação desenvolve projeto de formação de mecânicos desde 2011 e tem vaga aberta para quem quer trabalhar, especificamente dentro do Curso Profissionalizante de Mecânicos de Bicicletas. A vaga é para instrutor e é preciso, entre os requisitos básicos, ter experiência de três anos em mecânica de bikes. Isso porque as atividades do curso, como técnicas de montagem e desmontagem de componentes e uso de instrumentos de medição, por exemplo, demandam esta prática por parte de quem as ensina. É necessário também ter o Ensino Médio completo e facilidade no âmbito interpessoal e organizacional. Experiência na condução de cursos e palestras, além de curso superior, também são desejáveis. O instrutor contratado estará registrado em regime de RPA (Recibo de Pagamento a Autônomo), e cumprirá 40 horas semanais de trabalho. A remuneração é a partir de R$2.000,00. Até o dia 15 de agosto a Aliança Bike recebe currículos de candidatos, no e-mail: cursodemecanicos@aliancabike.org.br O curso visa à formação de profissionais para o mercado brasileiro de bicicletas, aborda ainda conceitos e fundamentos de mecânica específica, e, para estas, é necessária boa desenvoltura para falar em público, além de facilidade para ensinar de maneira didática. As aulas do curso, que já formou 60 novos profissionais, acontecem nas dependências do SENAI Ipiranga, São Paulo, e o papel do instrutor envolve, também, a elaboração em slide das matérias das aulas, o controle e o inventário das ferramentas e materiais usados e também a participação ativa em reuniões de planejamento. Aliança Bike São Paulo-Sp (Por e-mail)
Resp.: Esta é uma excelente iniciativa da entidade que abre oportunidade profissional para quem esteja apto para o cargo e preparar outros para esta área carente de profissionais.
Homenagem
José Domingos de Morais Nestes muitos anos que atuamos no segmento, nos foram dadas oportunidades de conhecer e conviver com personagens interessantes e importantes que de alguma forma contribuíram para o desenvolvimento e utilização da bicicleta em seus vários níveis. Empresários, atletas, políticos e artistas, amantes da bicicleta de forma geral, pessoas envolvidas em seu desenvolvimento produtivo e no processo comercial. Uma pessoa nos conquistou quando fizemos contato para produzir fotos e uma matéria nos idos dos anos 90. O sanfoneiro Dominguinhos. Uma celebridade do mundo do show business. Festejado pela critica especializada e por todos que ‘curtem’ a boa música brasileira, os seus regionalismos, porém, uma pessoa simples, doce, que nunca negou as suas origens nordestinas e humildes, lembrando da bicicleta como companheira de suas andanças antes do sucesso que lhe permitiu poder utilizar meios mais sofisticados de transporte. Este grande Brasileiro nos deixou. Fica a sua obra e o nosso registro de seu amor incondicional a bicicleta.
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Pedalando e acelerando com você
Tributação
Mudança no lucro presumido reforça necessidade de planejamento tributário Por Paulo Fabrício Ucelli*
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ma grande notícia para milhares de empresas nacionais é que no último dia 17 de maio foi publicada a Lei nº 12.814/2013 aumentando o limite de faturamento das empresas do lucro presumido para setenta e oito milhões de reais, a vigorar a partir de 1º de Janeiro de 2014. Até o fim deste ano (31de dezembro) esse limite continua sendo de quarenta e oito milhões de reais, que já está em vigor desde 2003. "É um importante ajuste do governo, sendo que este valor estava bastante defasado, será muito grande o número de empresas beneficiadas", explica Welinton Mota, diretor tributário da Confirp Consultoria Contábil. Assim, poderá optar pelo lucro presumido a pessoa jurídica com receita bruta total, no ano-calendário anterior, igual ou inferior a setenta e oito milhões, ou seja seis milhões e meio de reais por mês. "É importante frisar que o governo já tinha aumentado este ano este valor, sendo que, em abril, foi publicada Medida Provisória que aumentava o valor para setenta e dois milhões de reais. Planejamento Tributário Esta mudança reforçará a necessidade das empresas realizarem o planejamento tributário para 2014. Mas, o que é o planejamento tributário? Segundo Welinton Mota, "é o gerenciamento de tributos realizados por especialistas que estruturam as corporações, resultando na saúde financeira. Sabe-se que em média 33% do faturamento das empresas é para pagamento de impostos. Com a alta tributação no Brasil além de terem de enfrentar empresas que vivem na informalidade, várias empresas quebram
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com elevadas dívidas fiscais. Assim, é salutar dizer que é legal a elisão fiscal, ou seja, o planejamento tributário". Os principais tipos de tributação são três: Simples, Presumido ou Real. O diretor da Confirp explica que "a opção pelo tipo de tributação que a empresa utilizará em 2014 pode ser feita até o início do próximo ano, mas, as análises devem ser realizadas com antecedência para que se tenha certeza da opção, diminuindo as chances de erros". Outro ponto que Mota ressalta é que cada caso deve ser analisado individualmente, evidenciando que não existe um modelo exato para a realização de um planejamento. "Apesar de muitos pensarem que melhor tipo de tributação é o Simples, existem até mesmo casos que esse tipo de tributação não é o mais interessante, mesmo que a companhia se enquadre em todas as especificações". "De forma simplificada, num planejamento tributário se faz a análise e aplicação de um conjunto de ações, referentes aos negócios, atos jurídicos ou situações materiais que representam numa carga tributária menor e, portanto, resultado econômico maior, normalmente aplicada por pessoa jurídica, visando reduzir a carga tributária", conta o diretor da Confirp. Por fim, a valorização dos contadores e advogados das empresas é fundamental para a realização de um planejamento adequado, principalmente por serem eles as pessoas que tem contato mais próximo com a realidade da empresa e com questões judiciais, podendo repassar essas informações para a empresa com maior correção. * Paulo Fabrício Ucelli é jornalista assessor da Confirp Consultoria Contábil
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Lançamentos
MODELOS PARA 2014 MODERNA E VERSÁTIL A Evolubike lança a bike elétrica Dea Violeta 26" . O modelo possui design arrojado e versátil. Cesta de vime, paralamas e banco em couro ecológico de série. Quadro de alumínio, dupla suspensão, câmbio Shimano. Motor com 250W e bateria de lítio com 36V/8Ah. www.evolubike.com.br
LINHA MTB CROSS COUNTRY A VZAN lança a nova linha para MTB, com tecnologia do alumínio 6061 em seus quadros, no guidão e seus componentes tem como matéria prima o alumínio 7050 e câmbio Shimano Deore. O modelo SPIX 29” possui 30 velocidades para utilização extrema do esporte. Marchas com precisão, freios hidráulicos que promovem a estabilidade do veículo na hora de frear. Com tecnologia “Smooth Welding”. O modelo MACAW 29” já vem com os itens encontrados na SPIX e mais sistema de suspensão traseira "Four-Bar" com amortecedor traseiro Monarch R e Shock a ar, com regulagem de retorno. www.vzan.com.br
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O fabricante de bicicletas italiano Bianchi anuncia seus novos modelos de Mountain Bike para 2014. São eles: Methanol, Methanol 29 FS, Ethanol e Jab de 2014. Outros produtos voltados para o Trail/Enduro e All Mountain, ainda estão em fase de desenvolvimento. Destaque para A Methanol 29 FS que chega com peso do quadro de 1.970gr (no tamanho 19"). O fabricante afirma que a mesma tem resistência maior que outros modelos full suspension 29”. Nas versões 29.1 (SRAM XX), 29.2 (XTR/ XT) y 29.3 (SRAM X9). www.bianchi.com
SMX Apresenta o quadro MTB SAVAGE SMX, disponível na cor preta. Com 34,7mm, produzidos em alumínio 6061 e envelhecidos naturalmente. Nos tamanhos 13,3”, 15”, 17”,19” e 21”. Gancheira para freio a disco, pivô compatível para freios Cantilever ou VBreak, em quinze cores diferentes. Quadro MTB STURDY DISC, na cor branca (foto). Produzido com 34,7mm e alumínio 6061. Disponível nos tamanhos 13,3”, 15”, 17”,19” e 21”. Com Gancheira para freio à disco e variadas cores. www.smxbike.com.br
Lançamentos
SMX II Lança garfo SPEED SP: (Preto). Modelo ahead set ou over rosca. Canote em aço carbono produzido em alumínio 6061, envelhecidos naturalmente até a condição estável. Disponível no tamanho 27" e variadas cores. www.smxbike.com.br
DRIFT-TRIKE ALTMAYER Carrinho confeccionado em aço carbono com rodas traseiras em nylon, ótimo acabamento, próprio para derrapagem (drift) em descidas, podendo ser usado também em terrenos planos. Fabricado em dois modelos: com Pé-de-Apoio ou Pedivela (Pedal), três peças com catraca (roda livre). Capacidade para adultos com até 85 kg, disponível em várias cores. www.altmayer.com.br
BICICLETA SÉRIE-14
VELODROON
A Proxbike lança a bike Quadro Cromoly, Movimento Central 50mm. Direção over ahead-set. Gancheira roda traseira 14 mm. Garfo de aço conificado com gancheira 3/8 (corte a lazer). Abraçadeira; parafuso 25.4 alumínio, canote reto 25.4mm aço, selim PC light com couro costurado. Mesa Factor alumínio 6061 T6. Guidão Bad Guy aço com travessa de cromoly,manopla pro-2. Plug pressão. www.probike.com.br
A lanterna tem como inovação o fato de acender sozinha, não há botão para liga-la, luz forte de LED de 3W, alcança até 300m de distância. O produto à prova d’água, facilmente removível e tem bateria recarregável via USB com duração de até 100h. A luz é acionada automaticamente por acelerômetro que identifica quando a bike está sendo freada. O produto está em fase de arrecadação de fundos para ser produzida.
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Todas as medidas padr천es. * Medidas especiais sob consulta.
Lançamentos
SAPATILHA MAVIC FURY Com cravos em borracha, aderência em qualquer situação e componentes 100% produzidos em fibra de carbono em diversas partes de sua construção, como na sola e na estrutura rígida do calcanhar. Testada e aprovada nas competições de Mountain Bike. Tamanhos: 4.5/12UK (números e meios números) e pesa 335g (tamanho 8.5UK). www.proparts.esp.br
PRATELEIRA PARA BICICLETA Postfossil criou uma estante que comporta sapatos, livros e bicicleta. Com design simples e funcional, o suporte pode ser encontrado em abeto ou fibra de coco, materiais ecologicamente corretos. Os criadores colocam a bike no centro das atenções. www.postfossil.ch
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SAPATILHAS MAVIC PULSE Perfeitas para conquistar as mais técnicas trilhas sem esvaziar a carteira, a sapatilha Mavic Pulse conta com cravos em borracha que oferecem aderência em qualquer situação, com sola em composto injetado e cabedal com três velcros, garantindo conforto acima da média com transferência de potência. Tamanhos: 3.5/13UK (números e meios números) peso de 340g (tamanho 8.5 UK). www.proparts.esp.br
REVOLIGHTS BIKE É o projeto que combina segurança e estética. Este conceito propõe iluminar as rodas e bicicleta, o seu caminho através do uso de LEDs: frente branca e vermelha na traseira. O produto auxilia o condutor a ficar mais visível em passeios noturnos. www.revolights.com
Gente // Luiz Kuhlmann
Paixão e foco Texto: Caroline Paiva Imagens: Arquivo Luanda
F
oi tal inspiração que anos mais tarde o motivou a ingressar na faculdade de design gráfico, onde esboçou seus primeiros quadros. “Naquela época os temas eram determinados pelos professores, e bicicletas nunca apareceram na lista deles. Por isso esses projetos nunca foram adiante”. Paralelamente aos estudos Kuhlmann se familiarizava ainda mais com as bikes na prática, pedalando como amador em competições como MTB Cross Country e Downhill, chegando a participar de duas provas de Estrada em Teresina, percorrendo mais de 400 km por semana entre as modalidades Estrada e MTB. Enquanto a paixão ia crescendo isso o destino já preparava o terreno para seu futuro profissional. Depois de formado na faculdade adquiriu experiência em empresas de diversos setores, o que mais tarde se mostrou essencial para o embasamento de seus conhecimentos atuais. “Meu primeiro emprego formal foi na Glaspac S.A., uma fabricante de veículos e produtos em plástico reforçado com fibra de vidro, kevlar e fibra de carbono. Com isso adquiri uma experiência que tem sido muito importante para os dias de hoje, com a popularização dos quadros de fibra de carbono”, explica ele. A fabricante de cerâmica Celite, e a de eletrodomésticos Arno, também soma-
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ram conhecimento à Kuhlmann e atualmente o ajudam no desenvolvimento das e-bikes e no entendimento das tecnologias aplicadas. Dentro do setor de bicicletas, foram outras tantas experiências. Além da Monark passou pela CR da Amazônia, Sundown Bike, Fitness e Motos e Houston. Como consultor desenvolveu produtos para a Alfameq, e tornou-seu conhecido pelo projeto do quadro Ghibli, para a Tecnall, entre outras empresas. Até hoje, para desenvolver um novo produto ou fornecedor, Kuhlmann passa meses trabalhando dentro das fábricas para checar os processos de fabricação, visitando regularmente a China, Taiwan e Coréia. “Não há como dizer que conhecemos um produto ou um determinado fornecedor sem fazer isso”, esclarece ele ressaltando a falta de literatura brasileira técnica e histórica, que o incomoda desde a faculdade. Com ampla bagagem profissional e muita vontade de crescer Kuhlmann resolveu escrever a própria história como empreendedor. ”Primeiro tentei montar uma marca de quadros de alumínio, mas não deu certo. Com isso aprendi que a coisa mais difícil de administrar, não o negócio em si, mas sim os sócios. E só mais tarde entendi que o melhor sócio, definitivamente, é aquele que você não tem”, desabafa ele. Em 2009 decidiu abrir sua própria empresa de consultoria, onde realizou trabalhos para fabricantes de equipamentos de fitness, motocicletas e bicicletas. Dentre seus trabalhos mais recentes estão a linha de bicicletas elétricas Velle
para a E-Power, as elétricas da OX-Bike e desde maio trabalha com a RC-Bikes, que em breve deve agregar dois novos produtos ao seu portfólio. Ele também dá suporte para a General Wings, e a um novo projeto de bicicletas compartilhadas chamado Mobcycle. Seu mais novo contrato foi assinado em julho com a Proimport para a Soul Cycles. Mas quem acha que a vida de Kulhmann se resume ao trabalho está enganado. Com a mesma habilidade que gerencia os negócios assume os papéis de pai, padrasto e marido. “Sou casado há 5 anos com a Núbia e tenho dois filhos. O Lucas de 17 anos de meu casamento anterior e a Bianca de 10 anos do casamento anterior da Núbia. Moro em São Paulo, mas passo muito tempo trabalhando no exterior, o que torna as coisas mais difíceis para mim e para eles, mas, quando existe amor e carinho, todas as dificuldades são superadas”, conta Kullmann. Embora considere que os problemas da economia, o aumento da alíquota da ST para bicicletas e a flutuação do dólar estejam atrapalhando o mercado este ano, Kuhlmann não desanima e já tem novas ideias. “Agora estou empenhado em alguns novos negócios com a participação de empresas chinesas que estão buscando parceiros no Brasil, seja para montar fábricas ou outros tipos de parcerias. A bicicleta elétrica, onde defendo as que utilizam o PAS (pedal assistido, sem acelerador), abriu um novo segmento que também está em evolução. Além de tudo isso fico sonhando com a isenção do IPI para as bicicletas”, finaliza.
A fórmula de Luiz Kuhlmann, o empresário em constante ascensão “Meu interesse por bicicletas está comigo desde a infância. Meu avô era sócio de uma fábrica de porcas e arruelas que fornecia para a Caloi e a Monark, por isso sempre me encantei por esse universo”, assim relembra com nostalgia o grande empresário Luiz Kuhlmann, que depois de mais de 30 anos de sólida experiência no segmento de bikes, não enxerga mais o setor com a ingenuidade de antes
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Evento //Shimano Fest
Evento chega a 4ª edição Criado em 2010 com o objetivo de trazer a família e o público em geral para conhecer de perto um ‘evento outdoor de bicicleta’, o Shimano Fest chega ao seu 4º ano com a grande responsabilidade de encantar o público
Texto João Magalhães Imagens: Hylario Guerrero
A expectativa é de que o evento seja ainda melhor que o de 2012. Se ano passado reunimos mais de sete mil pessoas em um fim de semana, esse ano o desafio é ultrapassar a marca de dez mil visitantes e entusiasmá-los com o incrível mundo da bicicleta. Mais uma vez, nossa marca promoverá o encontro de diversas tribos da bike e além de competições de alto desempenho como o Shimano Short Track e disputas eletrizantes no Zee Short Downhill, teremos pista de test-ride para diversão do público com diversas marcas de bicicleta e muitas atrações para a família. O público vai se divertir e torcer também com o empolgante desafio de habilidades
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para mecânicos profissionais, além das tradicionais atividades com bicicleta para os pequenos, onde todos são vencedores! Mais uma vez o Shimano Fest vem para mostrar que o segmento da bicicleta é formado por diversos elos: nossos parceiros na missão de unir público e marcas em torno de um grande evento, ajudando a desenvolver ainda mais o nosso mercado e a cultura da bike. Faça parte desse movimento! O que você vai ver no Shimano Fest 2013: Nosso evento vai crescer: teremos espaço maior com mais marcas de bicicleta e esportes outdoor. Os visitantes verão os principais produtos e lançamentos da Shimano e novidades das principais marcas do mercado mundial . Novo Formato da arena e Vila de Expositores: a Fazenda ASW ficará ainda mais bonita: aproveitaremos melhor o espaço para que pessoas e bikes circulem com maior facilidade. Dentre os principais eventos: Etapa Brasileira do Shimano Short Track; Prova Zee Short DH; Desafio de Mecânica; Banda de Música; Ações
paralelas: sustentabilidade, reciclagem e palestras diversas. Crianças: para os pequenos, mais atrações: brincadeiras com bicicletas, Brincadeiras de Pesca, Aula de Bicicleta ‘sem rodinhas’, Momento com ídolos. Mulheres: elas são um público que aumenta mais a cada dia e que ajuda e embelezar o esporte. O Shimano Fest terá um espaço especial para recebê-las: mulheres que já andam de bike, que querem andar e as que querem conhecer um pouco mais desse universo. O Shimano Fest acontece em Mogi das Cruzes em dois dias de evento: no sábado, dia 7 de Setembro, das 08h30 às 17h, e no domingo dia 8, das 08h30 às 17h. SHIMANO Fest 2013 Dias 7 e 8 de Setembro. Local: Fazenda ASW Off-Road Park em Mogi das Cruzes. Endereço: Av. Francisco Rodrigues Filho, 9010, Bairro Botujuru. Ingresso: 1kg de alimento não perecível Maiores informações: bike.shimano.com.br / shimanofest.com.br
Rápidas Internacionais Boasson Hagen e os campeonatos mundiais Edvald Boasson Hagen está de volta à formação pela primeira vez desde que quebrou o ombro em acidente no Tour de France. A Sky Team piloto agora tem os olhos firmemente postos no Campeonato Mundial, em Florença, Itália, no final de setembro. Ele iniciou treinamento novamente, embora sem previsão de retorno as pistas. Ele foi muito infeliz de ter que deixar o Tour como fez. Boasson Hagen ganhou a prata no ano passado no Mundial atrás de Philippe Gilbert e aponta para um melhor resultado este ano.
Atleta paralímpico na Volta a França O ciclista polaco Jiri Jezek, seis vezes campeão paralímpico, abriu oficialmente o contrarrelógio da 11.ª etapa da Volta a França em bicicleta 2013, numa ação que visa promover o esporte adaptado. O atleta também ajudou a estabelecer o tempo de referência para o contrarrelógio individual de 33 quilômetros, realizado porteriormente no percurso entre Avranches a Mont Saint-Michel, na França.
Em Llangynog no Reino Unido O Campeonato Britânico de Downhill 2013 aconteceu em Llangynog, North Wales. Foram dois dias de boas atuações dos irmãos Atherton, Rachel e Gee que dominaram e dão sequência as vitórias em 2013, garantindo mais uma camisa colorida de Campeão Nacional.
Volta da Espanha
Volta da França O britânico Chris Froome (equipe SKY) conquistou a 100ª edição do Tour de France, que terminou com a etapa Versailles-Paris Champs Elysées, vencida pelo alemão Marcel Kittel (Argos) no sprint final. Kittel superou no último trecho o compatriota Andre Greipel e o britânico Mark Cavendish para somar sua quarta vitória no Tour e terminar a 100ª edição da corrida como o ciclista com o maior número de etapas vencidas. Na classificação geral, Froome manteve a camisa amarela, ficando à frente do estreante colombiano Nairo Quintana (Movistar), de 23 anos, e do veterano espanhol Joaquim Rodríguez (Katusha), que ficou com a terceira colocação.
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O diretor da equipe espanhola Euskaltel-Euskadi, Igor González, está visando a próxima grande volta da temporada, a Vuelta a España. Igor já selecionou 12 atletas que irão participar da prova, que será encabeçada por Samuel Sánchez, terceiro na edição de 2007, segundo na de 2009 e vencedor de cinco etapas desta grande volta. Nestas três últimas temporadas, o atleta se concentrou no Tour de France, conseguindo acabar em terceiro e sexto na geral, conquistando uma etapa e terminando como melhor escalador nesse mesmo ano (2011).
Rápidas Internacionais
Destaque em competições
Tiago Machado vence da Volta a Valônia O português Tiago Machado (equipe RadioShack) venceu o prêmio de montanha da Volta a Valônia, em Thuin, Bélgica. Machado foi 19.º classificado na geral, a 47 segundos do vencedor, o belga Gren van Avermaet (BMC), que venceu também a última etapa da prova.
Novo episódio O senado francês está prestes a divulgar mais escândalos de doping no Ciclismo, e novamente na Volta da França. Análises de amostras colhidas em 1998 apontam que os três primeiros colocados da prova estavam dopados. Segundo o jornal Le Monde, uma comissão do senado francês concluiu que o italiano Marco Pantani, vencedor da edição realizada há 15 anos, o alemão Jan Ullrich e o americano Bobby Jullich, que completaram o pódio, utilizaram EPO (Eritropoietina) para competir. Os resultados daquela edição não podem ser alterados. Outros atletas que participaram daquela edição também estão na lista de dopados. Em 1998, a Volta da França foi palco do primeiro grande escândalo de doping no Ciclismo, quando todos os membros da equipe Festina foram banidos.
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O atleta de Indaiatuba Geraldo Reis, integrante da equipe de ciclismo da Secretaria Municipal de Esportes, alcançou vitórias em duas provas internacionais, realizadas nos Estados Unidos. Primeiro garantiu duas medalhas de ouro no scratch e uma medalha de prata na perseguição individual no campeonato de pista Texas Master Track Championship. Geraldo teve como técnico convidado o atleta da seleção brasileira de pista Armando Camargo Filho, para orientações estratégicas durante as provas. Na sequência ganhou a medalha de bronze na categoria Master C no Heller Track Challenge, na Califórnia, considerada a mais importante prova de pista dos Estados Unidos depois do campeonato nacional.
Mudanças para World Tour 2015 A UCI anunciou novas propostas sobre estruturas da organização após dois dias de reunião do Comité de Gestão em Bergen, Noruega. Foi sugerido que duas "Forças Tarefas" serão implementadas, internamente, para mudar as estratégias e estrutura do órgão, assim como reformas para o ciclismo profissional até 2015, para aprofundar a sua transparência. O novo estudo, encomendado pela instituição, analisou equipes profissionais e desenvolveu uma estrutura para política de prevenção de doping. O estudo foi realizado pelo Instituto de Ciências do Desporto da Universidade de Lausanne (ISSUL). Foi construído modelo análise organizacional e cultural dentro de uma equipe de ciclismo profissional para medir o risco de doping coletivo ou individual
Disputa nos EUA A equipe de ciclismo de São José dos Campos encara, em de agosto, mais uma competição internacional. O grupo comandado pelo técnico Benedito Tadeu Azevedo Júnior “Kid”, irá disputar a edição 2013 do Tour de Utah, nos Estados Unidos
Tend锚ncia // Bike Retr么
ESTILO VINTAGE, O NOVO DESIGN ANTIGO DAS BICICLETAS
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Depois da merecida importância que a mídia passou a dar aos ciclistas atraindo mais adeptos à prática de pedalar – o mais novo fenômeno que também não passou despercebido foi a onda das bikes antigas, mesmo que apenas aparentemente velhas, em forma de um irresistível design vintage Texto Caroline Paiva Imagens: divulgação
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iferentes e cheias de estilo essas bicicletas esbanjam charme e despertam curiosidade por onde passam, conquistando a preferência até mesmo das novas gerações. Mas há também os que já alimentavam essa paixão muito antes da moda chegar ao Brasil, como é o caso de Marcos Perassollo, referência no assunto no mercado atual. “Desde a infância me interesso por bicicletas. Naquela época, devido aos preços impraticáveis, precisava fazer adaptações nas velhas bicicletas de corrida até ficarem competitivas novamente. Mas depois da faculdade, trabalho e casamento essa paixão ficou quase esquecida até 1983, quando sofri um acidente de trânsito e comecei a usar a bicicleta para lazer. Imediatamente Perassolo se lembrou das bicicletas antigas, na maioria francesas e italianas de ótima qualidade, e começou a comprá-las, desta vez fazendo um trabalho exatamente oposto ao feito no passado, deixando-as como saíram de fábrica. Nessa época meu interesse por bicicletas foi tanto que comprei junto com Elpídio Santos Dutra Neto uma oficina muito tradicional no bairro do Butantã, São Paulo, chamada Ciclo Caravelle, de propriedade de Álvaro Batista Lopes”, relata, que após alguns anos se desligou da loja e voltou para o trabalho de cenografia para cinema e comerciais de TV, enquanto paralelamente ia construindo uma coleção que não pára de crescer. ”Atualmente tenho centenas de bicicletas como uma espécie de estoque. As que considero como minha coleção são cerca de 100”, revela, contando que depois da reforma, após serem testadas, são guardadas em galpão, de onde raramente saem para algum passeio. Assumindo a admiração pelos modelos italianos e franceses, Perassolo revela suas preferidas. “Posso destacar a italiana de 1939 Fratelli Vianzone, modelo
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Tendência // Bike Retrô
Littorina construída totalmente em madeira, e a francesa de 1946, Caminade, modelo Camina Argente construída totalmente em alumínio”. Como representantes nacionais o casal de Caloi, modelo Canarinho, fabricadas em comemoração a Copa do Mundo de Futebol de 1966. Mas além do trabalho em suas queridinhas ele também comercializa bikes e peças antigas e faz as restaurações para terceiros que também se interessam pelo visual. Como é o caso do fotógrafo Danilo Tanaka, que se apaixonou pelo retrô quando resolveu presentear a esposa com uma bicicleta que a fizesse relembrar da infância, a Monark Brisa. “Antes de dar o presente queria deixá-lo o mais bonito possível e como a “Brizinha” já tem uns 20 anos resolvi trocar tudo o que pudesse comprometer a segurança, como o movimento central, pedais, selim e freios. Na verdade, quase montei uma bike nova”, conta Danilo que depois de pegar gosto adquiriu para si uma Caloi Ceci, que restaura usando peças encontradas em modestas bicicletarias de bairros periféricos. Como a de Antônio Limeira, que há mais de 20 anos compra e vende peças e bicicletas usadas no bairro paulistano de Pirituba.
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Descrente do hábito dos paulistanos, Antônio chegou a pensar em fechar o comércio no início do ano passado, mas viu os lucros crescerem aos poucos. “Foi meu filho que me alertou primeiro sobre esta nova tendência, aí comecei a tirar do fundo das caixas peças que não eram vendidas há anos. Deixei-as expostas na frente da loja e venderam feito água. Hoje o movimento é grande aos finais de semana porque as pessoas querem deixar a bike perfeita para pedalar no parque ou na praia e chamar atenção de quem as vê.” Para quem se rendeu ao estilo, mas não tem tempo de procurar as peças, ainda difíceis de encontrar, existe a opção pelos modelos prontos como as personalizadas e fabricadas a mão pela Evolux, ou as que já vêm prontas, que podem ser adquiridas por valores bem superiores, em lojas especializadas no assunto. São bikes que aliam a beleza do design vintage com o que há de mais moderno em termos de segurança e desempenho, enchendo os olhos até mesmo dos mais leigos. “Embora este tipo de produto seja segmentado, notamos um grande crescimento na procura deste tipo de bicicletas no último ano. Como é uma tendência mundial, os fabricantes também apresentam todo ano novos modelos, que
acabam por incentivar a procura do consumidor”, explica Mario Canna, sócio da loja Ciclo Urbano localizada no bairro da Vila Olímpia. Alguns dos modelos comercializados na loja são a Globe Daily, Nirve Wilshire, Pashley Guv'nor, Velorbis Scrap Deluxe, Velorbis Urban Chic Ladies e Pashley Britannia, com preços que variam de R$ 1.200,00 a R$ 16.000,00, sendo que as de maior volume de vendas se situa na casa dos R$ 3.000,00. Isso além dos acessórios típicos como bancos de couro, cestas de vime, guardasaias, paralamas de metal e bagageiros dianteiros. Mas se depender da previsão de Perassollo o movimento pode não durar muito tempo. “Em minha opinião, é uma onda passageira motivada pelos seguintes fatores: No Brasil, até pouco tempo era difícil comprar uma bicicleta de qualidade que não fosse esportiva. As bicicletas com estilo mais antigo são mais confortáveis para andar, para quem não está preocupado com desempenho esportivo. Outro fator é uma questão de estilo e design, tudo que é vintage está na moda, virou Cult. Isso talvez se deva a um fenômeno de design mundial”, concluiu ele.
Rápidas Nacionais Triathlon internacional no Rio
Triathlon: Luísa Duarte a caminho da Europa A triatleta Luísa Duarte embarcou para passar uma temporada fora do Brasil por 2 meses. A primeira parada é em Hamburgo, Alemanha, onde disputará, uma WTS, etapa do mundial de triatlhon, na distancia sprint (750metros de natação, 20km ciclismo e 5km de corrida), depois participará do Mixed Team Relay, revezamento misto, onde cada país terá sua equipe formada por dois homens e duas mulheres. Após isso, iniciará seus treinos em Leysin, uma pequena cidade nas montanhas da Suíça com a presença de Brett Sutton, um dos melhores técnicos do mundo. O segundo desafio é dia 10/08 em Tiszaujvaros, na Hungria, será uma World Cup, em formato de classificatórias e final, sendo ambos sprints. Terminando a prova, retornará a Leysin, com foco total no último desafio e a principal prova da temporada: o Mundial Junior de Sprint Triathlon, que será realizado em Londres, Inglaterra.
A TriStar, prova internacional de triathlon, ocorrerá no Brasil, em outubro, no Rio de Janeiro. O evento ganhou novo percurso, com largada no Aterro do Flamengo. Estima-se a participação de mil atletas. Foram apresentados os dois atletas que farão parte do conselho TriStar Series, Marcus Ornellas e Santiago Ascenço. Os participantes da TriStar 111 farão um total de 111km, sendo 10km de corrida, 100km de ciclismo e 1km de natação. Já a TriStar 55.5 terá 500m de natação, 50km de ciclismo e 5km de corrida. Outra novidade é que Salvador poderá ser a próxima cidade a sediar a prova que está prevista para ocorrer no inicio de 2014.
Campeonato Brasileiro de Mountain Bike & Cross Country
Mundial de Cross Thiathlon na Holanda O triatleta Alessandro Pimentel, de 39 anos, retornou a sua cidade natal em Taubaté, SP, após participar do Campeonato Mundial de Cross Triathlon, em Hague na Holanda. Pimentel conquistou pontos importantes no ranking mundial. No mountain bike, o percurso super técnico. O trajeto com cerca de 200m de inclinação por volta, e um trecho de “empurra” bike pela areia de cerca de 500 metros. Enfim, foi uma sucessão de (des) monta na bicicleta.
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Henrique Avancini, venceu a competição mais importante do calendário nacional do MTB, o Campeonato Brasileiro XCO, disputado na cidade mineira de Juiz de Fora. Desta vez, o biker se tornou o primeiro a conquistar o título nacional em todas as categorias de base e também da Elite. Além disso, a conquista de hoje coloca o piloto como o brasileiro melhor colocado no ranking da União Ciclística Internacional (UCI). Vale lembrar que o petropolitano vive ótima fase. O atleta subiu ao pódio em todas as competições nacionais que disputou este ano e em abril se tornou o primeiro brasileiro a conquistar uma prova na Europa, terra dos melhores bikers do mundo.
Rápidas Nacionais
Sherman Trezza também destaque Outro piloto que mereceu destaque na provas: Campeonato Brasileiro de Mountain Bike & Cross Country foi Sherman Trezza. O biker, foi peça fundamental na conquista do companheiro de equipe Henrique Avancini, marcando roda a roda o pelotão que seguia atrás. Tão logo Avancini se desprendeu do grupo logo no começo, Sherman ficou concentrado em marcar os atletas que vinham atrás. No final ainda conseguiu atacar e terminar em segundo, fazendo uma dobradinha com Avancini.
TriStar Series A prova de triathlon mais repeitada na Europa, a TriStar Series estreou no Brasil em 2012 com 800 triatletas participantes. Hoje, em seu segundo ano, o Grupo M, ganha os direitos da prova para realizá-la no Brasil, América Latina e Central, e prepara evento para mais de mil atletas de todo país. Uma das novidades deste ano é a criação de um conselho de triatletas, que irão trazer soluções e novidades para o evento. O TriStar é uma prova projetada para reunir atletas profissionais, amadores e de diferentes modalidades. É baseada em três conceitos fundamentais: proteção ambiental e diversão.
Copa Rio de Ciclismo A quinta e última etapa da Copa Rio de Ciclismo transformou Itaipava na capital nacional das bicicletas. O evento reuniu mais de 300 ciclistas, distribuídos em 13 diferentes modalidades. O pernambucano Adélio da Silva terminou em primeiro lugar, sangrando-se campeão nos 26 km de percurso – a largada ocorreu no Parque Municipal de Petrópolis, no distrito de Itaipava, e a chegada no Km 11 da Rodovia BR 495, que liga as cidades de Petrópolis e Teresópolis.
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Pista de Bicicross do Núcleo Vila Jacuí O Centro de Lazer do Vila Jacuí, um dos núcleos do PET (Parque Ecológico do Tietê), São Paulo, oferece aos seus visitantes uma das únicas pistas de bicicross nos padrões oficiais na cidade. Durante o mês, o Jacuí está disponibilizando orientadores que ficam a disposição dos usuários dando dicas sobre a utilização da pista, os equipamentos necessários, tipos de bicicletas entre outras relacionadas à prática. O acompanhamento é gratuito, assim como o uso da pista, e será dado por atletas do segmento, aos sábados e domingos, a partir das 9h e até 14 horas.
William Alexi foi destaque William Alexi, completou a Sub-23 Masculina na quarta posição, no Campeonato Brasileiro de Mountain Bike XCO. Renato Navarro conquistou lugar no pódio da Categoria Juvenil Masculina do mesmo campeonato, em Juiz de Fora (MG), terminando a prova em terceiro. A competição contou com aproximadamente 350 ciclistas divididos em dezoito categorias e teve como destaque o equilíbrio durante as disputas. Observados atentamente pelo Departamento de Alto Rendimento (CBC) e comissão técnica da seleção brasileira.
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Notas Bikes elétricas ganham espaço A bicicleta elétrica se tornou uma opção para contribuir na melhoria do trânsito e meio ambiente. Na 9ª edição do Salão Latino Americano de Veículos Elétricos, Componentes e Novas Tecnologias, que acontece em São Paulo, de 10 a 12 de setembro, no Expo Center Norte, serão apresentados ao público o que existe de mais moderno em veículos elétricos, como bicicletas elétricas, carros, motos, patinetes, skates e até cadeiras de rodas. Recém chegadas ao Brasil, as bicicletas elétricas já possuem grande adesão mundo a fora. Este veículo, por exemplo, foi adotado pelos Correios de Portugal (CTT), como uma aposta ecológica, com 0% de emissão de poluentes. portivo Municipal de S. João de Brito, Portugal. Os participantes foram capacitados a circularem com segurança pelas ruas da cidade de Lisboa. A iniciativa estimula a população a andar mais de bicicleta.
De acordo com a lei Curso para andar de bicicleta Em colaboração com a Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta (FPCUB), a câmara municipal de Lisboa (CML) promoveu curso de condução de bicicleta destinado a quem não sabe andar ou já se esqueceu. O curso ensinou pessoas a partir de 14 anos, nas dependências do Parque Des-
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Prédios residenciais e comerciais, que estão sendo construídos ou reformados terão que reservar pelo menos 5% das vagas para bicicletas devido a uma lei já em vigor na cidade de São Paulo. A determinação vale apenas para novas edificações ou novos pedidos de alvará protocolados antes da publicação da norma. Agora, os prédios terão que ter suportes para prender as bicicletas em local de fácil acesso e separado das vagas de carros e motos.
Passeio turístico de bike A cidade de Lisboa, reconhecida como uma das regiões mais frequentadas pelos brasileiros, é uma boa opção para os turistas que pretendem viajar e conhecer novos caminhos curtindo as paisagens do local andando de bicicleta. Os visitantes terão à disposição diversas alternativas para a prática do ciclismo, como rotas, pistas urbanas e ciclovias, ideais para aqueles que querem conhecer as principais atrações lisboetas de uma forma agradável e descontraída. Os visitantes dispõe de serviço que interliga as ciclovias ao transporte público, permitindo a circulação das bikes gratuitamente e, para quem preferir alugar uma magrela na cidade, basta contatar uma das empresas especializadas da região.
Jam Session em Botucatu Aconteceu na cidade de Botucatu, SP, a Jam Session nos famosos Anonymous Trails 2013. O biker Paulo Saçaki (SG Alumínios / Oakley / Open Bike Shop / ABS Sports / Belumi Bike Components), esteve desde o início do evento na cidade de Botucatu, interior de SP, ajudando nos preparativos para a realização dessa edição. A Gravity Bmx apoiou o evento que contou com a distribuição de brindes no local.
Notas
Bike Café “Aro 27” Recém inaugurado o “Aro 27” traz para a cidade de São Paulo conceito multifuncional de loja e serviço já existente na Europa e Japão. O conceito de Bike Café e Park'n Shower oferece infraestrutura ao ciclista que não tem onde guardar a bike de forma segura ou tomar banho antes do expediente ou aula. A falta de chuveiro nas empresas ou local para estacionar a bike com segurança impede muita gente de ir pedalando até o trabalho. O local comercializa bikes, acessórios e equipamentos. Atende a empresas de maneira personalizada. Capacita colaboradores para pedalar pela cidade, são os Bike Anjo e Bike Bus, por exemplo. Localizado à Rua Eugênio de Medeiros, no bairro de Pinheiros. funcionamento das duas primei- Guarda Municipal e agentes de ras: aos domingos e feriados já Trânsito. O objetivo do evento, determinados, das 7h às 16h. que integra o calendário oficial do município, é incentivar a prática de exercícios físicos e conscientizar a população sobre a importância do combate às drogas e a violência.
Mais vias para bike A cidade de São Paulo vai ganhar 340 km de vias cicláveis no próximo ano. Serão construídas ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas. Essa é uma das novidades para o sistema de transporte paulistano prometidas pela Prefeitura de São Paulo para o segundo ano da gestão de Fernando Haddad.
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Ciclofaixas em Recife
Dia sem carro
A Prefeitura do Recife lançou a terceira rota da ciclofaixa da cidade, que já está em operação. São 9,7 km de extensão no novo percurso, que segue da Lagoa do Araçá, no bairro da Imbiribeira, na zona sul, até o Marco Zero, no Bairro do Recife. A Lagoa terá ponto de apoio aos ciclistas, com estação de aluguel de bicicleta. A nova rota vai percorrer ruas e avenidas que passam por 17 bairros do Recife. A terceira rota seguirá os mesmos critérios de
Entre 16 e 22 de Setembro acontece a 12.ª edição da Semana Europeia da Mobilidade (SEM) e a 14.ª edição do Dia Europeu sem Carros (DESC), organizados pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA). ‘Ar limpo – Está em suas mãos!’, é a assinatura do tema da campanha deste ano. A ação visa sensibilizar os cidadãos para a mobilidade sustentável com o uso da bicicleta, do transporte público ou caminhadas, para os deslocamentos diários.
Passeio reúne milhares de pessoas A sexta edição do Passeio Ciclístico, promovido pela Igreja Batista Nova Aliança, com apoio da Prefeitura de Nova Odessa, interior de São Paulo, reuniu 1.100 pessoas. Crianças, jovens, adultos e idosos percorreram os oito quilômetros do trajeto com a segurança feita pelos agentes da
Notas
Sistema de aluguel em NY As bicicletas azuis dividem espaço com os táxis amarelos em Nova York. O sistema de aluguel invadiu as ruas de Manhattan e resgata o hábito de se locomover sobre duas rodas. Após as primeiras quatro semanas de funcionamento, os nova-iorquinos e turistas pedalaram mais de 1,5 milhão de quilômetros por toda a cidade com as 'Citi Bikes'. O modelo em questão é similar ao adotado no Brasil, mas, nos EUA, ele é ligado ao banco Citibank. O programa já conta com mais de 45 mil usuários anuais e mais de 55 mil ocasionais, que optaram por adquirir passes diários ou semanais.
Ciclovia causa polêmica Inaugurados em Porto Alegre os 880 metros de ciclofaixa na Rua José do Patrocínio. Mas, em quase de dois meses da sua inauguração, a via já se transformou em alvo de queixas na região. Ciclistas alegam que a faixa é estreita, e o asfalto, desalinhado. Já para os comerciantes da rua da Cidade Baixa, a dificuldade é a restrição de 50 vagas de estacionamento e a diminuição do espaço para carga e descarga. Fazendo a ligação entre
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as avenidas Loureiro da Silva e Venâncio Aires – que também integram o plano de ciclovias da Capital –, a pista tem registrado movimento constante. Usuários reclamam que a instalação da faixa do lado esquerdo da via, dificulta os acessos e obriga o ciclista a cruzar em frente aos carros.
Excesso de bikes em Amsterdã Capital da bicicleta Amsterdã sofre com a falta de vagas para a vasta quantidade existente do veículo na cidade. Uma multidão de bicicletas e pedestres transbordam das balsas que transportam ciclistas e outros passageiros, sem custo, para o outro lado do porto IJ, causando congestionamento atrás da principal estação de trem da cidade. Esse
alto fluxo de ciclistas é apenas um de muitos, em uma cidade famosa por suas bikes. Ciclistas jovens e idosos pedalam por faixas estreitas e junto aos canais e poucos utilizam capacete.
Morte e promessas de melhorias Após a morte do triatleta Álvaro Vasconcelos, 26, atropelado enquanto trafegava de bicicleta pela AL-101 Sul, em Marechal Deodoro, o governador de Alagoas, Teotônio Vilela, convocou, uma reunião com representantes da Associação Alagoana de Ciclismo (AAC) e se comprometeu a construir uma ciclovia no trecho da rodovia. Familiares e amigos do triatleta, juntamente com membros da Associação, participaram de uma passeata em homenagem ao jovem.
Transporte cicloviário no Brasil A proposta (PLS 262/2013), apresentada pelo senador Randolfe Rodrigues, atribui aos municípios a tarefa de implantar sistemas cicloviários, definidos como infraestrutura física e operacional de apoio ao uso de bicicletas, incluindo ciclovias, ciclofaixas, semáforos, estacionamentos, sinalização e bicicletas públicas de uso compartilhado. O projeto determina a inclusão da modalidade de transporte cicloviária nos planos de mobilidade urbana dos municípios, os quais, de acordo com a Lei 12.587/2012, devem ser elaborados no prazo de três anos. A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) discute o projeto.
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Notas
Projeto para emplacar bikes O vereador de São Paulo Adilson Amadeu apresentou em maio de 2012, Projeto de Lei (PL) nº 224, de sua autoria, que obriga o emplacamento de bicicletas, no município. A proposta prevê que o proprietário assuma com as responsabilidades penais pelo uso inadequado da bike. O vereador é ex-presidente do Sindicato e do Conselho Federal da categoria. O projeto, que também pretende estabelecer o emplacamento e licenciamento de bicicletas, além de obrigar o uso de capacete, óculos, luvas e “calçado de sola antiderrapante”, recebeu duras críticas de cicloativistas durante audiência pública na Câmara Municipal. Os vereadores da Comissão reavaliarão a proposta para depois colocá-la em votação.
Novos bicicletários São Paulo voltará a contar com dez bicicletários que serão reabertos pelo Metrô, nas estações Brás, Carrão, Corinthians-Itaquera, Guilhermina-Esperança, Liberdade, Paraíso, Santa Cecília, Sé, Tamanduateí e Vila Madalena. Com eles, o número de ciclistas pode crescer até 5%. Para o arquiteto, urbanista e consultor de projetos cicloviários, Antônio Miranda, investimento em infraestrutura para as bikes é essencial. Esta é uma forma de incentivar o uso das bicicletas. Agora os ciclistas terão mais opções para alugar bicicleta, são cerca de 4 milhões de usuários de bike na região metropolitana de São Paulo que poderão ser beneficiados pela reabertura. Na opinião da Abradibi, o custo da
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bicicleta, que sofre alto impacto tributário, é outro problema a ser enfrentado. Enquanto países como Estados Unidos e Colômbia aplicam carga zero de impostos sobre a bicicleta, aqui no Brasil ela equivale a 40% do valor final do produto, lembra o presidente da Abradibi, Tarciano Araújo. De acordo com informações da CET, no município, existem atualmente 245,31km de infraestrutura cicloviária de circulação, composta por ciclovias, ciclorrotas, ciclofaixas definitivas e ciclofaixas operacionais de lazer. Mas, para aumentar o número de ciclistas na cidade, é preciso investir na ampliação das ciclovias e melhorar a infraestrutura. O alto custo da aquisição da bicicleta é outro empecilho para a ampliação desse meio de transporte. Com a redução do preço das bikes,
a sua propagação certamente Estacionamento subterrâneo compacto seria maior. Para promover um meio de transporte sustentável, a companhia Segurança para de engenharia japonesa Giken Seisakucho co. LTD criou os Eco condutor A Urbes – Trânsito e Transportes, Cycles. Trata-se de estacionamentos em Sorocaba, SP, realizou mais com apenas 7 metros de largura, uma etapa da "Campanha para mas que conseguem armazenar Ciclistas". Os adeptos da bicicleta até 204 bicicletas. A estrutura cique passaram pela ciclovia da líndrica subterrânea também é Marginal do Rio Sorocaba, no resistente a terremotos. Com a Parque das Águas, receberam tecnologia, os ciclistas podem instruções sobre como se des- guardar e retirar suas bicicletas locar com segurança pela cida- levando 13 segundos, em média, de. A equipe de Educação para para receber seu meio de transporte o Trânsito esteve posicionada de volta. Para isso, cada bicicleta ao lado da estação das Bicicle- é identificada com pequeno chip tas Públicas – Integrabike. O associado ao cartão do usuário. objetivo da ação é promover a redução de ocorrências entre ciclistas e ônibus, com intuito eliminar acidentes, comuns nas vias públicas.
Especial // Nordeste
Texto: Osmar Silva, Hylário Guerrero e Joelma Farias Fotos: Equipe Luanda
As lojas da região Nordeste vivem momento contraditório no desempenho de vendas. A seca atingiu fortemente as cidades e principalmente as zonas rurais, causando perda de colheita e morte de animais e, consequentemente, a renda dos produtores que ficaram desprovidos de recursos para aplicar na compra não só das bikesainda o veiculo de transporte mais intensamente utilizado por aquelas paragens, mesmo sofrendo a concorrência forte da motocicleta de baixa cilindrada- mas de todo e qualquer bem de consumo e dos alimentos necessários à sua sobrevivência. Assim, o comercio de maneira geral, sentiu o declínio no consumo por conta desta situação climática. Ainda assim, lutador como poucos, o nordestino deu sequencia as suas atividades em busca de superação das dificuldades que o atinge com frequência. Sem reclamações, como se estivessem habituados nesta constante inclemência, como se fossem criando antídotos para o mal da natureza que os atinge. Há muitos
casos de sucesso neste quadro que a principio se mostra devastador. Nós pudemos constatar esta realidade, visitando os estados da Bahia, Sergipe,Alagoas,Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Dialogando com os empreendedores que se mostraram otimistas, contando as mudanças de hábitos de consumo de bikes, suas peças e acessórios. São histórias de famílias que se dedicam ao segmento, sendo que muitas, passando por gerações. A maioria, iniciou as atividades como pequenas bicicletarias e foram evoluindo, modernizando seus estabelecimentos e organizando filiais. Prosperaram, conquistaram espaço e credibilidade. Estiveram no tempo das ‘Barras Forte e Circular’, que ainda vendem, têm os seus admiradores contumazes. As ‘encarnadas’ carinhosamente apelidadas. Hoje, estão acontecendo migrações para os produtos mais modernos, com maior tecnologia embarcada. São as bicicletas produzidas fora do País ou com peças e acessórios importados e montadas em mescla com outros itens nacionais, mas com incontestável
qualidade. Antes, passaram pela época dos modelos ‘mountain bikes’ quase que totalmente produzidas por industrias e montadoras nacionais. O quesito de maior exigência neste período eram os preços. Quase sempre inexplicavelmente baixos. Nestes casos, de qualidade idem. Não poderia ser diferente. Como exigir qualidade superior a custos ínfimos. Felizmente, este tempo passou. É outra a realidade de consumo. O nordestino teve acesso a mais renda com a estabilidade econômica e os planos sociais implementados pelos governos. Isto possibilitou que passasse a exigir mais dos produtos que lhes são ofertados.É o momento das Specializeds, Bianchis, Shimanos e, outras marcas internacionais de maior ou igual peso. As nacionais, acompanham. O mercado nordestino, mesmo com a seca, está pulsando, intenso, forte. Está vivo. Na sequencia, declarações de lojistas e distribuidores com os quais estivemos nesta viagem de reconhecimento.
Especial
// Nordeste
ASA CICLO BAHIA ASA CICLO A ASA CICLO está em atividade há nove anos e possui 10 funcionários. Localizada em Feira de Santana, tem como diretor José Valdir, que classifica: "a estiagem, que castiga há meses a região, promoveu uma queda considerável nas vendas". O diretor também revela que com o passar do tempo o perfil do consumidor brasileiro mudou. As classes C e D, consomem mais por conta da facilitação do crédito. Os modelos de bikes mais procuradas eram Barra Forte e Barra Circular, agora esse novo consumidor busca modelos e marcas diversificados e abre espaço para que outras empresas do ramo apareçam. Existe uma expectativa da falta de pedivelas, o que impede suprir a demanda do mercado. Para esse problema ainda não há solução, e o estabelecimento não possui estoque que garanta a venda desse produto em longo prazo. O diretor da Asa Ciclo está incerto se a importação desse item vai abastecer a
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BAHIA BIKE demanda de montagens e manutenção de bikes. Segundo Valdir, a divulgação nos meios de comunicação, banner eletrônico, passeios ciclísticos e patrocínio de atletas, elevam as vendas e promovem a loja. Com a ascensão da bike por conta da sua contribuição para o meio ambiente em tempos de combate ao aquecimento global, a procura pelo veículo é elevada e a propaganda disseminada na mídia, em diversas plataformas, contribui para o consumo. O diretor acredita que o conceito de veículo ecologicamente correto “está sendo propagado na região”, e isso é benéfico para os negócios. Existem incentivos para o uso de bikes, mas não há espaços específicos para a sua utilização. BAHIA BIKE A empresa Bahia Bike, está situada no centro de Jequié, e tem como diretora Silvia Renata Sandes Menezes. Nos primeiros meses do ano, as vendas enfraqueceram por conta de
variações climáticas que provocaram perdas econômicas na região e em diversos setores. "O frio e a estiagem deixaram estragos que precisam de tempo para se recuperar", afirma Silvia. Com a inserção das classes C e D ao mercado consumidor, comerciantes mostram diversas situações envolvendo integrantes desse novo perfil socioeconômico do país. Ao contrário do que se possa imaginar, esse consumidor não contribui para crescimento das vendas por uma falta de programação nos gastos. "Em minha região, ele está endividado pela oferta demasiada de crédito e parcelamentos a longosprazo", relata a diretora. Os modelos tradicionais continuam com boa aceitação, mas modelos mais modernos, com maior valor, são muito procurados. Sobre o problema da falta de pedivelas no mercado, Sílvia se precaveu para evitar a falta do produto em sua loja. "Estamos estocando a mercadoria até parar essa crise. Acredito que a importação do item, será suficiente para atender a demanda",
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Especial
// Nordeste
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Especial
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CENTER BIKE afirma Silvia. A diretora acredita que haverá reajuste no preço do produto se o mercado brasileiro importar a peça de . "Qualidade como a Duque é difícil. Haverá especulação de preços até que a situação volte ao normal", conclui. A Bahia Bike, este ano, está investindo em promoções da marca para alavancar as vendas. A diretora tem conhecimento da grande visibilidade que o veículo tem recebido e acredita que essa ação estimule a sua comercialização. O conceito de bike como meio de transporte, é positivo para os negócios e para os usuários. "Todos sabem que a bicicleta é o melhor meio de transporte e que ajuda a natureza, porém somos muito acomodados", afirma a diretora. Para Silvia, faltam incentivos para o uso de bicicletas, a partir da sua aquisição. "Não há estímulos para a disseminação do veículo pelo país. O problema começa com a carga tributária que nada mais é que um fantasma que nos persegue ", finaliza.
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CENTER BIKE O perfil do consumidor brasileiro mudou. Diante dessa realidade, empresas estão se adaptando para atender as necessidades de clientes cada vez mais exigentes. É nesse sentido que trabalha a Center Bike. Com 22 funcionários e no mercado há 20 anos. A empresa dirigida por César Lobo, está situada em Vitória da Conquista. O diretor da empresa sabe definir esse novo comprador que, junto com a inserção das classes sociais C e D ao mercado, pode obter esse meio de transporte por intermédio do parcelamento. “A condição melhorou, as linhas de crédito ampliaram e houve redução da taxa de juros. Atualmente, a facilidade de adquirir o cartão de crédito alivia a condição de pagamento. Melhor para o consumidor e seguro para as empresas”, diz. A exigência pode ser mensurada pela procura de produtos com alto valor agregado. O consumidor deixou de lado o trivial para comprar marcas mais tecnológicas, mas existem comprado-
res que não abrem mão do tradicional. “Atualmente, Barra Forte e Circular não são preferências, mas continuam com percentual de vendas, pois há um público exclusivo. O consumidor está mais exigente e quer mais prazer ao pedalar”, enfatiza. Sobre a possível falta de pedivelas no mercado, admite essa possibilidade, e ressalta soluções para o problema. “No momento, não há estoque suficiente do produto, mas os atacadistas já estão articulando estrategicamente”, afirma César Lobo. O diretor acredita que uma das saídas está na importação do produto para abastecer montagens e manutenção de bikes. “Acredito na possiblidade, pois o único fabricante nacional não soube usar o benefício a seu favor”. A informatização faz parte da realidade das empresas e facilita a administração de toda a rotina, o que contribui para o sucesso nos negócios assim como a propaganda. Os investimentos em propaganda são diversificados e César vê resultados na ação. “Incen-
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CONEXÃO BIKE tivamos e participamos de passeios ciclísticos, grupos de trilhas, ações em avenidas com test drive e carros de som. A propaganda é a alma do negócio”. As bicicletas estão em evidência e essa realidade ajuda as vendas, mas ainda falta, em sua região, a divulgação do veículo como meio de transporte ecologicamente correto, ação que pode auxiliar nos negócios. “É preciso desenvolver algo nesse sentido”, afirma o diretor. César afirma que existe o incentivo para o uso do veículo, mas poderia haver mais iniciativas para o segmento. A região também possui vias adaptadas, mas ainda há um longo caminho a seguir para que o transporte seja seguro aos adeptos. “As ciclofaixas e ciclovias são utilizadas, mas não respeitadas. É possível melhorar bastante a segurança esclarecendo o ciclista, e uma mídia forte na conscientização dos motoristas de veículos motorizados a terem mais respeito com os ciclistas”, finaliza César Lobo.
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CONEXÃO BIKE O gerente de compras da Conexão Bike, Jailton Santana Eloy, afirma que a ideia de ingressar no setor de bicicleta veio da necessidade de oferecer serviço diferenciado aos consumidores sedentos por novidades e qualidade no serviço. Sediada em Salvador, a empresa que hoje é sucesso em vendas na região, já passou por muitas dificuldades nesses sete anos de atuação, para alcançar o topo nas vendas. Jailton aponta alguns problemas que impedem a expansão das empresas do setor, mesmo com a bike ganhando espaço nos meios de comunicação. “Os períodos sazonais onde o comércio tem queda nas vendas,altas taxas de impostos e a falta de ciclovias ainda são empecilhos para uma melhor atuação das vendas”, comenta. Mas segundo o gerente há possibilidade de reverter problemas adotando medidas simples: promovendo o cicloturismo. “Com a Conexão Pedal, um pequeno grupo de clientes apaixonados pelo ciclismo trouxeram novos componentes para
o grupo e que hoje atuam constantemente no pedal, e criaram fidelidade em nossa loja. Além do cicloturismo ainda, eventualmente, fazemos trilhas com o grupo e iniciamos o novo projeto do cicloturismo para iniciantes”, afirma. A loja comercializa produtos e acessórios de diversas marcas e modelos, mas os produtos importados são os mais procurados. As bikes com alto valor agregado, também tem boa aceitação do público. “A maioria dos ciclistas estão sempre à procura de produtos de qualidade que lhes proporcione maior conforto e segurança”, alega o gerente. Com o crescimento de adeptos ao veículo, mundo afora, a cada dia o número de ciclistas aumenta devido aos grandes engarrafamentos, além do ciclista apaixonado pelo esporte. "Só não há crescimento mais acelerado devido à falta de ciclovias. Temos alguns projetos apresentados na Câmara de Vereadores para construção de ciclovias, porém não deve ser prioridade
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BIKE REI ARO 10 do município diante da demora para aprovação. Os empresários aguardam ansiosos para que o cidadão Soteropolitano possa pedalar com mais segurança pela cidade”, revela Jailton. Para o gerente da Conexão, a propaganda na TV e meios de comunicação ajudam substancialmente as vendas de bicicletas. “Além do incentivo, há também o estímulo à prática do esporte, o que é muito saudável”, finaliza. ARO 10 Washington Costa de Almeida é diretor da ARO 10, sediada em Feira de Santana, há 27 anos no mercado e possuem filial na mesma cidade. Montar loja no setor de bicicletas surgiu por já trabalhar no segmento. “Entre as dificuldades que enfrentamos nesse período de atuação, posso mencionar a carga tributaria muito alta, as constantes mudanças fiscais e a falta de produtos no mercado, hoje superada com os importados”. Washington diz que as dificuldades foram superadas com ótimo relacionamento com clientes,
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fornecedores e se preocupando com a credibilidade da empresa. Empregam 53 funcionários. Eram oito quando a loja foi fundada. Ocupando prédio próprio, com 1250 m², e filial com 2800 m². “Comercializamos pneus e câmaras Pirelli, correntes, engrenagens, bicicletas Caloi e Monark, capacetes, quadros e aros, e destacamos a marca Pirelli. Vendemos itens nacionais e importados, com grande variedade”, diz Washington, que nos lembra que há demanda para bicicletas de alto valor agregado em sua loja, bem como, para as bikes comuns.A cidade sempre foi o centro maior do segmento no Estado, hoje com a febre das bikes de alto valor agregado ,existem mais usuários que geralmente pedalam em grupos. “Na realidade não há incentivo ao ciclista por parte da prefeitura local, como a construção de ciclovias, ciclo faixas, porém projetos existem, por em prática depende da vontade de nossos governantes, nossa cidade é plana e tem muitos ciclistas”.
BIKE REI A BIKE REI está sediada em Feira de Santana, Carlos Henrique Santos Barreto é sócio gerente da loja que está há 26 anos no mercado. A ideia de ingressar no setor surgiu pelo fato de ser competidor. “Já fazia alguns serviços para amigos, daí montar uma oficina foi um passo que veio naturalmente se transformando em loja. Entre as dificuldades que enfrentamos nesse período de atuação, é termos um comércio instável, além da ação de muambeiros. São dificuldades superadas através de trabalho duro no atendimento.Isso sim ,fez e faz a diferença”. A Bike Rei possui seis funcionários. “Ocupamos uma área total de 300m², com prédio próprio. “Comercializamos as marcas: Specialized/ Giant/ Kona/ KHS/ Scott/ Niner/ Trek/ Proshok/ Avid/ Mavic/ ITM/ Cateye/ Entre/ Crankbrothers/ Continental/ Sran / Shimano, entre outras. As de maior vendas são: Specialized/ Giant / Cateye/ Kenda/ Proshock/ Sran/ Shimano e Garrafas Polar. As mais procuradas pelos ciclis-
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DJ BICICLETAS tas: Specialized e Giant”, dita Carlos Henrique. Em geral a loja vende 95% de produtos importados, como os pneus, vestuários, e sinalizadores noturnos. E a demanda são para as bikes tops. Segundo Carlos Henrique o mercado tem tido crescimento expressivo nos últimos três anos, embora não haja incentivo ao ciclista por parte da prefeitura local, como a construção de ciclovias e ciclo faixas. DJ BICICLETAS Em Teixeira de Freitas existe uma loja servindo a população há 18 anos. Trata-se da DJ Bicicletas, dirigida por Maria D’Ajuda Barbosa Baldrae que ao mudar-se para a cidade percebeu a excelente topografia para a
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SOUZA CICLO utilização de bikes como meio de transporte individual. Como em todo inicio, Maria D’Ajuda encontrou dificuldades que foi superando ao ampliar os seus conhecimentos de mercado e o estabelecimento de uma rede de fornecedores.”Fomos entendendo melhor a atividade, criando hábitos administrativos que nos capacitaram a superar as dificuldades que surgem no cotidiano da empresa.Sabemos que a cada dia, surgem novos desafios” explica. São 40 funcionários, significativo para quem iniciou com apenas 2, atuando na loja matriz que tem 300m² e nas filiais, com 180 m² cada, considerando somente os espaços ocupados pelas lojas. “As marcas mais procura-
das em nossos endereços são: Draee, MD1, Caloi, Houston, WRP, Sami e Wendy, com preferência para os produtos de origem nacional” relata. Segundo a empresária o mercado atual, apresenta-se estável. SOUZA CICLO A SOUZA CICLO tem dez anos de mercado, Jucelino Pires é o diretor da loja, sediada em Eunápolis. Possuem uma filial na mesma cidade com o nome de LEAL BICICLETAS. Jucelino era representante comercial, e um cliente lhe ofereceu a loja. Então aproveitou a oportunidade e entrou no comércio. Entre as dificuldades que enfrentou, destaca a mudança de vida, pois sua família morava em
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CRANK BIKE Minas Gerais, e ele veio tentar a vida na Bahia. Dois anos depois trouxe a família e acabou com a dificuldade. Conta com 20 funcionários em mil m², mas quando adquiriu a loja eram apenas 5 . Instalado em prédio próprio. Comercializam produtos nacionais, importados e bicicletas montadas, sendo que os produtos de maior venda são os pneus e câmaras.Entre as marcas que os ciclistas mais procuram, destaca Pirelli e produtos Caloi. E, entre os itens que mais vende,destaca as correntes, e rodas livre, fazendo a ressalva que o consumidor tem buscado mais preço que qualidade. Segundo Jucelino, as bikes comuns têm mais saída. “As intermediárias para as ‘tops’, tiveram aumento de 30%. O mercado em nossa cidade está bom, não temos o que reclamar. Trabalhamos com ótimos preços, qualidade e bom atendimento. Não temos incentivo ao ciclista por parte da prefeitura, nem a construção de ciclovias ou ciclo faixas. Algumas propagandas de TV têm incentivado as vendas. Per-
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JO BIKE cebemos que estando presentes em passeios, ou simplesmente, o fato de estarmos pedalando já incentivamos os outros a andarem de bike e, nos procurarem para comprar e equipar suas bikes”, comenta. “Não nos preparamos para a falta de pedivelas. Devido um representante que nos ofereceu o produto, conseguimos comprar uma quantidade boa e estocar, mas estamos tomando todo cuidado vendendo apenas no varejo”, conclui Jucelino. CRANK BIKE Jivaldo Reis e Rosilene dos Anjos, são sócios proprietários da CRANK BIKE. A loja está sediada na cidade de Lauro de Freitas, há 15 anos. A ideia de ingressar no setor surgiu na adolescência, acompanhando o irmão mais velho, numa distribuição de peças de bike na cidade de Paulo Afonso. Das principais dificuldades destaca os impostos elevados e a falta de bicicletas Aro 29”. Mas, superou com abastecimento das bikes Aros 29”. A
loja conta com quatro funcionários . Ocupam área de 300m² da loja. Entre os produtos que comercializam, destacam: Cannondale; GT, Scott; Curtlo; ASW; FOX; Louis Garneau; Gios; KHS; Fi.zi’K; Polar; Shimano Pro; Finish Line; Wendy; Vzan; Belumi; Totem; GTS; Kalf; High One; Mosso, etc. E, as marcas que os ciclistas mais procuram são Cannondale e GT. Jivaldo comenta que há muita procura por produtos importados. “A demanda maior são para as bicicletas de alto valor agregado e de boa qualidade. Em nossa cidade o mercado está bom e há muitos usuários tanto das bikes de esporte quanto de transporte. Infelizmente não temos incentivo pelas partes governamentais na construção de ciclovias, nem de ciclo faixas". JÔ BIKE Com o mercado aquecido, a empresa aproveita a ascensão das bikes e comemora a boa fase. Segundo o diretor Josué Oliveira Soares, a empresa, localizada em Feira de Santana, há 18 anos
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RAIO CYCLO em atividade e seis funcionários, sente os efeitos positivos com a facilidade na concessão de crédito ao consumidor. “Alavancamos muito as nossas vendas no crediário, o restante pagam com cartão de crédito”, afirma. Os modelos tradicionais de bicicletas perdem espaço para as mais modernas em diversos aspectos. Josué Oliveira ainda aponta os modelos mais procurados pelos consumidores. “As marcas que os nossos clientes procuram são: Giant, Specialized, Trek e Caloi”. O estoque de pedivelas é pequeno e pode não atender a demanda, não foi encontrada solução viável para o problema. Investimentos para promover a Jô Bike, contribuem para evidenciar a marca em diversos meios de comunicação impactando, positivamente, nas vendas. “Campeonato Baiano de Bicicross,1º Passeio Cicloturismo da Chapada Diamantina, diversos grupos de trilhas da nossa cidade, e outros eventos locais”. Sobre a utilização da bicicleta em ve-
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ículos de propaganda, Josué Oliveira acredita que isso é positivo para os negócios. “As pessoas estão utilizando a bicicleta não só como um meio de transporte, mas também como lazer, para se exercitar, melhorando a qualidade de vida”, afirma Josué que acredita que a promoção do veículo como meio de transporte, como é feito em sua região, é positivo para os negócios. O diretor cobra incentivos para o uso de bikes e a falta de ciclovias e ciclofaixas na cidade. “Ainda não cobramos do nosso prefeito. Já fizemos alguns passeios, e aguardamos a aprovação do projeto”, finaliza. RAIO CYCLO “Em minha cidade, o segmento está em desenvolvimento, já nas cidades próximas em que atuo como atacado, a seca tem atrapalhado muito o setor. Com a inserção das classes sociais C e D no mercado consumidor houve crescimento nas vendas de bikes, porém, estes novos consumidores utilizam muito o cartão de crédito em parcelas”,
explica Oseias Cayres dos Santos. Segundo Oseias, no passado os modelos preferidos pelos consumidores eram as Barra Forte e Circular mas, registraram queda de 99% na preferência popular. “Cidades maiores optaram por bicicletas mais sofisticadas e nas cidades pequenas mudaram para moto. E a marca preferida do consumidor é a Venzo”. Quanto a falta de pedivelas, Oseias diz que tem estoque, mas não é o suficiente, Não sabem quanto tempo vai durar esse período. “Alteramos o preço e temos segurado um pouco as vendas para sempre ter em nossa lista. Quanto a importação deste item conseguir abastecer a demanda de montagens e a manutenção de bikes, vai depender dos importadores, e de como o produto será distribuído. Podemos afirmar que no momento os importados que temos em estoque, não supre a qualidade que tínhamos do produto nacional”. A empresa está informatizada de forma a beneficiar a sua administração.
Ítala Karla Vendedora Balcão
Jeckson Santos Vendedor Externo
Lidiane Meire Serviços Gerais
Benny Separador
João Paulo Lima Gestor de TI
Laís Gomes Vendedora Balcão
Carlos Freire Filho Caixa
Cícero Heleno Embalador
Sonia Ivanice Financeiro
Nilton Embalador
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Edmárcio Separador
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O PEDAL “Temos investido em promoções como o parcelamento de compras e tabelas especiais. Além de patrocinarmos atletas com peças e produtos, pois acredito que estas ações incrementam as vendas”, diz Oseias. “A bicicleta tem sido utilizada nos comerciais nos veículos de propaganda. Isto tem ajudado bastante nos nossos negócios, reitera Oseias, que acrescenta: “Hoje em dia o que tem ajudado mais são os médicos que têm indicado seus pacientes a usar a bicicleta, difundindo o conceito de meio de transporte ecologicamente correto. A população ainda não está muito consciente disso, a maior parte vai pela economia. Mas, o incentivo para o uso da bike ainda é pouco. É preciso mencionar que em nossa cidade existem ciclovias e ciclo faixas instituídas pela prefeitura. E são convenientemente utilizadas e respeitadas". A Raio Ciclo, está no mercado há 17 anos, com 5 funcionários, na cidade de Vitória da Conquista.
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O PEDAL Segundo José Soeiro, proprietário de O Pedal, o mercado está bem devagar, 50% dessa causa é a seca e a falta de opção de emprego que acaba impedindo a população de comprar, investir também em bicicletas. “Houve crescimento da classe D, com isso grande parte dos consumidores tem feito suas compras parceladas no cartão de crédito - a vista é difícil. Os modelos preferidos pelos consumidores eram as Barra Forte e Circular que ainda temos na loja, mas, estes modelos não têm mais a preferência do público, perderam espaço para as MTB. Os modelos de maior valor agregado têm conquistado maior espaço no mercado, conseguem se vender por si só, estão em crescimento, mas a de menor valor ainda tem mais saída”. Soeiro comenta que os produtos de maior saída são os Aros Aero e os freios V-brake."Existe uma expectativa de falta de pedivelas. Por enquanto temos em estoque, mas estou precisando comprar. Não é nenhuma solução
mas procuramos segurar o que temos para sempre ter na lista. No momento, eles não estão entrando, mas a partir de sua entrada com certeza supriram as necessidades do mercado. Então, haverá produtos disponíveis com qualidade e preços sem que haja problemas no custo final dos produtos”, comenta. “Sempre realizamos essas ações como promoções, passeios ciclísticos, provas de ciclismo e outros. Acredito que são ações que podem incrementar as vendas”, analisa. Para Soeiro a bicicleta em comerciais são atos que ajudam nos negócios. “A comunicação é sempre uma ajuda em qualquer segmento. Além do que, o conceito da bike como meio de transporte ecologicamente correto, tem sido propagado bastante em nossa região. A prefeitura local tem ajudado com ciclovias e tem acompanhado a evolução da bicicleta, incentivando o uso, também pelo fato termos ciclovias e ciclo faixas instituídas pela autoridades. Elas têm sido convenientemente utilizadas e respeitadas e a tendência é só melhorar”.
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JP BICICLETARIA O Pedal está localizado em Vitória da Conquista, há 32 anos no mercado, com 12 funcionários. JP BICICLETARIA A JP Bicicletaria, está situada em Porto Seguro. Jurandy de Souza Pinto considera o ano de 2013 como de baixo rendimento de vendas para todos os segmentos, mas a seca não impactou negativamente os seus negócios. Como está localizado em cidade litorânea, as chuvas prejudicam muito mais. As pessoas deixam de ir a praia e por consequência, não pedalam. “Na realidade a algum tempo o mercado de bicicletas vem tendo algumas mudanças, muitos consumidores que andavam de Barra Circular, hoje andam de motos, e muitos deles ignoram a bicicleta.Preferem motos, mesmo que sejam de 50cc. Inclusive, a Barra Forte da Caloi saiu de linha. No meu caso quem está consumindo mais são classes B e C, pessoas que na maioria tem carros, motos e até barcos, têm a consciência da importância do lazer
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NEW ATLÂNTICO BIKE e da atividade física, que compram produtos com valores mais elevados” explica Jurandy. Ele acredita que esses consumidores que deixaram as bicicletas pelas motos, no futuro bem próximo vão se tocar e mesmo mantendo motos ou carro, voltarão às bikes. “Até porque a necessidade de se fazer atividade física é para todos e nesse contexto a bicicleta é uma das melhores opções. Sem falar do apelo ecológico” A sua clientela usa pouco o crediário. “Dinheiro e cartões de crédito são cerca de 80% das transações. O mercado está menor em número de clientes, porém consumindo produtos com valores maiores.As bikes de Aro 29" estão em alta” analisa. O comerciante não espera tantos problemas pela falta do item pedivela, mesmo tendo estoque para apenas 60 dias. “O mercado não está tão aquecido assim. Acho que logo normaliza. Se a Duque parou de vez, os importadores já estão se mexendo para abastecer o mercado. Na realidade eles estavam
focados em outros produtos, em razão do Dumping”. Ele investe normalmente em promoções, principalmente em passeios ciclísticos, provas de ciclismo, MTB, e em anúncios em jornais locais. “A imagem da bicicleta sendo utilizada nos comerciais tem ajudado, até porque nós empresários de bicicletas ainda não conseguimos nos unir para fazer propagar o uso das bicicletas, independente de marcas” pondera Jurandy que considera a cultura do veículo motorizado muito forte e, a mudança de hábito é um trabalho de longo prazo. “Aos poucos vamos mudando essa realidade, mesmo havendo pouco incentivo para as pessoas pedalarem. São raras as ciclovias e ciclofaixas, que tem uso misto de pedaladas e caminhadas, com prejuízo para a segurança de ambos, pedestres e ciclistas”. NEW ATLÂNTICO BIKE Para Jairo Reis Martins, diretor da New Atlântico Bike, de Lauro de Freitas, com 12 anos de atividades, os itens
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REAL BIKE importados são os mais procurados, tendo a Shimano como marca de maior conhecimento dos seus clientes. Ingressar no segmento de duas rodas, foi consequência e incentivo de familiares que já estavam no setor. “As constantes mudanças e elevação no sistema de tributação que a cada governo é imposta aos produtos. As variações do US Dólar, moeda que interfere diretamente no preço ao consumidor, são os maiores problemas para a manutenção sem sustos dos negócios em qualquer área”, enfatiza Martins. Para superar estes e outros problemas, ele elenca as principais iniciativas que tomou e resultaram no sucesso da empresa que inclusive conta com uma filial na mesma cidade. “Fazendo inovações estruturais para acompanhar as constantes tendências do mercado. Criando ações de mobilização junto ao nosso público através de eventos ciclísticos, parcerias e publicidade. Buscando atualização em fóruns, congressos e clínicas especializadas.
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Mantendo equipe motivada através de incentivo com soma de ganhos e cursos de aperfeiçoamento técnico e de atendimento”. Saudaveis medidas para manter focados os seus 12 funcionários nos 340 m da primeira loja e 170m na segunda, instaladas em predios próprios. Os produtos e marcas com a maior rotatividade nas lojas New Atlântico Bike são: Bicicletas, peças especializadas e acessórios. Caloi, Specialized, Cannondale,Shimano, Continental, Maxxis, Crank Brothers, Fox, ASW, Sram, Rock Shox, Pro Shock, Garmin, Cateye, Q-light, Pro Max, Kalf, Kenda, Pirelli e os itens de maior venda: Bicicletas, capacetes, pneus e câmaras, luvas, kits de sinalização e bombas de ar. Em momento de crescimento de vendas, Martins lamenta a falta de comprometimento da prefeitura local com a prática ciclística. REAL BIKE Erivaldo Felipe do Nascimento é o proprietário da REAL BIKE, localizada
em Itamaraju, com 15anos de mercado, possui filial em Prado. A ideia de ingressar no setor surgiu de diversas pesquisas de mercado sobre alguns segmentos, e optaram por bicicletas. Entre as principais dificuldades que enfrentaram, citam além da concorrência, a falta de incentivos por parte dos administradores da própria cidade e os tributos. Mas, releva dizendo que essas dificuldades foram superadas com planejamentos e muita determinação. Hoje contam com nove funcionários, contra dois quando e ocupam área de 200m². Entre os produtos nacionais e importados que comercializam destaca: NEK, JKS, Levorin, Tryal, Samy, Wend Bike, Duque, AMS, Vipal, Kenda, Pirelli, Shimano, Gallo, Xalingo, GTI, Viper, Monaco, e outros. Mas, reitera que os produtos nacionais são os de maior vendagem, e as marcas são bastante diversificadas. “Comercializamos bem as bicicletas de alto valor agregado, mas os itens comuns ocupam percentual muito mais alto com relação às vendas. O mercado
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CENTRÃO DAS BICICLETAS está crescendo nestes últimos anos com número considerado de usuários. Poderia ser bem melhor se houvesse o apoio público. Não temos incentivo por parte da prefeitura, como a construção de ciclovias, por exemplo. Esse é um grande desejo de nossa parte, e lutaremos por isso, pois certamente haverá melhorias na comercialização do nosso produto”. SERGIPE CENTRÃO DAS BICICLETAS “O comércio desacelerou desde dezembro de 2012, não sei se o motivo foi apenas a seca. Entramos no inverno e as vendas continuam abaixo em relação ao mesmo período do ano passado. Realmente houve a inserção das classes sociais C e D ao mercado consumidor, mas nosso maior público ainda é o A e B. Os modelos preferidos pelos consumidores eram as Barra Forte e Barra Circular, que ainda vendem, mas não tanto como antes. Com o aumento do poder aquisitivo,
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alguns clientes buscam modelo melhores, mas não chega a ser a maioria, pois a maioria dos consumidores buscam as bikes mais baratas”, diz o proprietário da Centrão Das Bicicletas, Genison Sousa Guimarães. Quanto a falta de pedivelas, Genison diz que está com estoque suficiente para atender sua demanda, “quem se prepara com antecedência não passa problemas”, diz, e quanto a importação, comenta: “A importação nunca deveria ter sido boicotada pelo governo. Agora, a indústria nacional não tem suporte para abastecer o mercado sozinha. Nossa empresa está totalmente equilibrada em seus estoques, garantindo assim produto de qualidade que temos fornecido aos nossos clientes”. A Centrão Bicicletas está informatizada e, seu diretor diz que estão trabalhando a cada dia procurando melhorar, a logística da empresa, buscando sempre novidades a implantar. Quanto a promoções, Genison adotou uma política de descontos e faz anúncios em revista setorizada. “Estas
ações incrementam nossas vendas. "E, quanto a bicicleta ser utilizada nos mais diferentes comerciais e nos veículos de propaganda, Genison acredita que toda publicidade feita em cima da bicicleta, incrementa direta ou indiretamente à todos os envolvidos no setor. “Com certeza ela é bem vinda nesse momento para conscientizar o consumidor da viabilidade do uso da bike. Além do conceito do veículo como meio de transporte ecologicamente correto. Nossa cidade tem uma das maiores, senão a maior, extensões em ciclovias, proporcionalmente ao tamanho da cidade. São mais de 90km. Isso mostra o compromisso dos governantes com a sustentabilidade e viabilidade do uso de bikes. Ela é bem vinda nesse momento para incrementar o uso com segurança aliado ao prazer de pedalar”. E acrescenta: “em nossa localidade, as ciclovias são convenientemente utilizadas e respeitadas, justamente por oferecer praticidade, segurança e viabilidade”, finaliza.O grupo Centrão
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RR IMPORTAÇÃO/ CICLO PEÇAS RR Bicicletas é formado por três empresas, tem no total 28 colaboradores. Está com 25 anos no mercado, estabelecida no mesmo endereço, localizada no centro de Aracaju – SE. MS COMÉRCIO DE PEÇAS E ACESSÓRIOS “Melhor atendimento, buscando também vender em cidades vizinhas, e estabelecendo um preço acessível para nossos clientes” foi a estratégia escolhida por Marcos Adriano de Santana Silva, sócio-administrador da MS Comércio de Peças e Acessórios ao iniciar suas atividades há 19 anos. “A ideia de montar o negócio surgiu de estudo do mercado da região, que constatou naquele momento a necessidade de uma empresa nesse ramo” conta Marcos Adriano, que mesmo com a forte concorrência que foi surgindo com novas empresas no ramo com o passar do tempo, obteve sucesso de tal forma que hoje conta com 10 funcionários, e prédio próprio de 830m2. “Em nossa região não temos uma mar-
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ca preferida pelos os consumidores e sim, preferência do preço mais adequado, barato ou mais acessível” explica Marcos Adriano. A MS comercializa toda a gama de produtos necessários à bike, com destaque para as marcas importadas. “De um modo geral vendemos uma boa parte dos produtos, como pneus, câmaras de ar, componentes para freios, selins, acessórios, aros, raios, guidão, manoplas, entre outros” diz. RR IMPORTAÇÃO/ CICLO PEÇAS RR
Rogério Feitosa de Souza é sócio administrador da RR Importação/ Ciclo Peças RR, Aracaju, lembrando que tanto a loja, quanto a importação estão há um ano e seis meses no mercado, e ocupam prédios vizinhos. Rogério conta que ingressou no setor de bicicletas através do pai, que era proprietário de uma farmácia e, Rogério trabalhava com ele. “No entanto o segmento mudou radicalmente de foco nos processos e, meu pai não acompanhou a evolução ficando
para ‘traz’ da concorrência. Tinha um amigo que possuía uma loja e oficina de bicicletas. Esse amigo, eu o tinha ajudado quando estava acidentado e ele me incentivou a entrar no ramo”, conta Rogério que acrescenta: “Entre as principais dificuldades que enfrentamos nesse período, em muitos anos a inflação foi e tem sido o vilão dos pequenos empreendedores, já que não possuíamos capital para investir, vendíamos e não comprávamos mais o mesmo produto. Com a estabilização da moeda ficou melhor. Outra dificuldade relevante encontrada foi gerenciar o crescimento da empresa; e, por final, monitorar e controlar os fatores externos e internos da empresa, tipo: capital de giro, especulação, a nova gama de produtos oferecidos ao mercado, inadimplência e crédito, logística e principalmente o capital humano’’, revela Rogério. “Essas dificuldades foram superadas, embora alguns fatores sejam insuperáveis, apenas monitoramos, já outros, procuramos nos especializar nas áreas
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CYCLOMOTOPEÇAS ALINE críticas. Hoje sou graduado em Administração de Empresas e pós-graduado com MBA em Gestão Empresarial e Inteligência Organizacional, meu filho e sócio Rogério Júnior está concluindo o bacharelado em Administração. Também contamos com o Clélio, nosso gerente e staff que além da vasta experiência na área administrativa, também é bacharel em Administração de Empresas”, diz Rogério. Hoje a Ciclo Peças RR conta com oito colaboradores, em 280m² e a RR Importação conta com treze funcionários, em 720m², lembrando que a empresa foi fundada com apenas um funcionário, o próprio Rogério. Comercializam praticamente todos os produtos e marcas que tenham relação ao mercado bicipeças, ressaltando que os produtos de maior venda são os pneus, câmaras, selins, rodas livre, correntes, aros, etc, e que ao se referir às marcas que os ciclistas mais procuram, Rogério diz “atualmente a variedade de produtos e marcas é tão grande que não quero arriscar em apontar algum
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em detrimento de outros. Há muita procura por produtos importados, e trabalhamos com um mix completo de nacionais e importados de alto giro. No entanto as fábricas nacionais sofrem muito com a concorrência desleal das fábricas estrangeiras. O nosso sistema de governo deveria dar atenção especial ao nosso segmento, visto que, em meio ao aquecimento global, inchaço das capitais e a crescente descoberta de doenças relacionadas ao sedentarismo, a bicicleta surge com o conceito de mobilidade, meio de transporte limpo e saudável para quem a utiliza”, ressalta. “A grande demanda são para as bikes de alto valor agregado, sem sombra de dúvida, frente a relação custo x benefício, mas os produtos comuns também mantêm o mercado aquecido. O mercado de bicicletas em nossa cidade está em alta. Observamos o crescimento de usuários a cada dia. Nossa cidade é privilegiada com uma ampla rede de ciclovias e existem diversos grupos que formam passeios ciclísti-
cos o que favorece este crescimento. Apesar de, a mídia apontar Aracaju como uma das capitais brasileiras com a maior malha cicloviária do país, o que não deixa de ser verdade, ainda temos muito caminho a percorrer para chegarmos ao ponto ideal. Creio que nos falta um lobista para nosso segmento, alguém que tenha influência no meio político para direcionar recursos para que nossos atletas possam competir em igualdade de condições com os atletas do Sul do país. Também, a construção de ciclovias e a devida atenção ao ítem segurança para o ciclista”, finaliza Rogério. CYCLOMOTOPEÇAS ALINE Armando Andrade Passos, é o proprietário da Cyclomotopeças Aline, segundo ele, o mercado está falido. “O Governo cobra impostos indevidos, a exemplo da ST, nos fazendo pagar o que não devemos. Com a seca muitos perderam a maior porcentagem do rebanho que tinham. Quando vem a chuva não cai boi vivo do céu. A falta
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DISPLAY BIKE do rebanho é igual a falta do leite e, acaba faltando dinheiro para ser inserido no mercado” critica. “Tivemos aumento da população e automaticamente aumentou o consumo de bicicletas, mas não acho que isso se deve somente às novas classes sociais C e D. Para a compra de bike, os usuários sempre querem realizar compras à prazo e, de preferência em um prazo longo”. Segundo Armando, os modelos Barra Forte e Barra Circular perderam espaço no mercado. “Porém, em nossa região os modelos de maior valor agregado não têm muita entrada, as bicicletas mais caras que vendemos sai em torno de R$700 a R$900. Existe uma expectativa de falta de pedivelas para suprir a demanda. A solução que adotamos a curto prazo para resolver o problema foi subir nossos preços de acordo com ‘a lei da procura’. Nosso estoque deve dar para mais ou menos quatro meses”, afirma Armando. “Acredito que a importação deste item será suficiente para abastecer a
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demanda de montagens e a manutenção de bikes, mas isso a longo prazo. A curto prazo não. Sabemos de antemão que, automaticamente, teremos um aumento no custo final devido a existência da falta do produto no mercado”, reitera. Armando lembra que suas duas lojas, são informatizadas. Conta com 20 funcionários, e 29 anos no mercado. No momento não estão investindo em promoções. “Estamos segurando devido às dificuldades existentes no mercado. Temos feito apenas propaganda em rádios locais. Sabemos que esta medida ajuda, mas não incrementa maiores vendas”. Para Armando, as propagandas da bicicleta que se têm visto em jornais, novelas, comerciais têm ajudado a todos no mercado. “Em nossa cidade, o conceito da bike como meio de transporte ecologicamente correto não tem sido propagado. Mas, para incentivar o uso da bike, eu mesmo tenho andando todos os dias. É uma forma pela qual tento incentivar a população”, diz.
Infelizmente em sua cidade não há ciclovias ou ciclo faixas. As empresas de Armando Passos estão localizadas em São Domingos, Sergipe. ALAGOAS DISPLAY BIKE A Display Bike, está localizada em Maceió, AL. No mercado há 12 anos, a empresa aponta outro problema, além da estiagem, que resultou na sensível baixa nas vendas. “O mercado teve queda nas vendas devido a entrada dos distribuidores grandes, que nos atrapalhou um pouco”, afirma Carlos Freire de Morais Sobrinho, um dos diretores. A empresa, que também é dirigida por Francisco Roseno da Silva, vive, diferente de muitos Estados brasileiros, uma outra realidade no que diz respeito à mobilidade dos ciclistas. “Temos um pequeno trecho de ciclovia em nossa cidade e já existe projeto para implantação de outras ciclovias ate 2014. São respeitadas, sinalizadas e
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LOJÃO DO CICLISTA seguras e uma vez por ano a prefeitura realiza passeio ciclístico em nossa cidade e também alguns lojistas se reúnem com patrocinadores e fazem passeios ”, diz Freire. Apesar de divulgada nos meios de comunicação, não houve uma mudança considerável nas vendas de bike, mas, segundo o diretor da Display, o conceito desse veículo como meio de transporte ecologicamente correto tem se propagado na região. “Em nossa cidade estão batendo nessa tecla”, alega. A escassez de pedivelas tem nome: preços altos. Sobre a expectativa de falta do produto, Carlos Freire, revela que não existe nenhuma medida adotada pela empresa para solucionar o problema. “Estamos aguardando. Não temos estoque devido aos preços altos de quem tem para vender, por isso não estamos comprando”, comenta. A direção da Display Bike reconhece a importância de promover seus produtos por intermédio de propagandas, mas informa que a ação não
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impactou diretamente nas vendas, até o momento. “Fizemos promoções em rádios e revistas. Não temos percebido mudanças em nossos negócios, pode ser que tenha beneficiado o varejo pouco sentimos isso”, finaliza. LOJÃO DO CICLISTA Segundo Rozangela Maria de Souza, proprietária do Lojão Do Ciclista, no momento, o mercado se encontra parado. “Creio que devido à seca no sertão, o povo não está sem condições de comprar nada na cidade e, isso dificulta muito as vendas. Com a inserção das classes sociais C e D no mercado consumidor houve crescimento nas vendas de bikes, são consumidores que geralmente utilizam o ‘sistema’ crediário”, comenta. “Lembro que no passado os modelos preferidos pelos consumidores eram as Barra Forte e Barra Circular. Esses tipos de bikes hoje possuem uma procura muito baixa. Pode ser que no interior elas ainda façam sucesso. Os modelos de maior valor agregado tem
realmente conquistado mais espaço no mercado, por isso, estamos investindo mais nesse mercado”. Rozangela explica que as marcas de preferência do consumidor, neste contexto são Shimano e Sujine. Está existindo falta de pedivelas, o mercado não tem produto para suprir a demanda. “Estamos esperando uma reação para ver o que acontece, não temos estoque do produto. A importação deste item será suficiente para abastecer a demanda de montagens e a manutenção do veículo. Essa é a melhor e única opção.” opina. “Creio que haverá produtos disponíveis com e sem qualidade e, o mercado absolverá todo tipo de material que entrar”. “No momento temos investido em anúncios em revistas. A bicicleta utilizada nos comerciais nos veículos de propaganda, tem ajudado nos negócios. Pois acaba cativando o cliente. O conceito da bike como meio de transporte ecologicamente correto, também tem sido propagado em nossa
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NEW BIKE região e, isto tem sido efetivo, benéfico para nossos negócios. Além dos incentivos para o uso da bike através de passeios ciclísticos”, afirma Rozangela, sem esquecer das ciclovias na beira da praia, via expressa e Tabuleiro, e mesmo sendo pequenas em sua extensão, são muito utilizadas respeitas e seguras. O Lojão do Ciclista está localizado em Maceió, e seus diretores são Valmir Oliveira e Rozangela Maria de Souza. A loja tem 11 anos e conta com 5 funcionários. PERNAMBUCO NEW BIKE Com 12 anos de mercado e 8 funcionários, Gilberto Lopes, diretor da New Bike, no Recife, comenta que o mercado está muito bom, o varejo está tendo boa saída. “A retração no mercado afetou a todos, mas mesmo assim, o uso de bicicletas tem aumentado, todo segmento sofreu com a seca. Reitera que houve a inserção das classes
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sociais C e D no mercado e que estes novos consumidores utilizam em sua maioria o cartão, uma base de 40% em dinheiro e, 60% no crédito. Segundo Gilberto os modelos Barra Forte e Barra Circular, continuam vendendo, mas a preferência, a maior procura, são pelas bicicletas mais qualificadas. “Nossos clientes do interior ainda preferem as barras, mas o mercado está mudando. Os modelos de maior valor agregado têm realmente conquistado mais espaço”. Gilberto explica que trabalha com bicicletas como Giros e Monaco que tem ótimas saídas, além de peças. Em relação a falta de pedivelas, ele tem pouco estoque. “Estamos procurando fornecedores que importam. Sabemos que haverá produtos disponíveis com a qualidade e preços sem que haja problemas no custo final dos produtos. Hoje em dia é difícil importar produtos que não tenha qualidade, pois o mercado não aceita mais a falta de qualidade, se houver uma distribuição entre os distribuidores teremos preços
bons, agora, se ficar centralizado em apenas uma distribuidora, a tendência é aumentar o preço”. A New Bike está informatizada em sua administração. Como divulgação, a New Bike tem investido apenas em revistas. Acreditam que esta ação tem incrementado suas vendas. “Aliás, todos os tipos de promoções incrementam as vendas. Assim como a utilização da bicicleta nos mais diferentes comerciais e veículos de propaganda. O conceito da bike como meio de transporte ecologicamente correto, tem sido bastante propagado em nossa região. Isto tem sido efetivo, benéfico para os negócios, e nos ajuda muito, pois conscientiza a população na importância do uso de bicicletas. Também somos os únicos a trabalhar com a bicicleta elétrica Dafra na região, e triciclos”. Como incentivos para o uso da bike, a Gilberto cita que a Prefeitura em parceria com o Banco Itaú, e Governo do Estado fizeram ciclo-faixas, e que são convenientemente utilizadas e respeitadas, com total segurança e comodidade.
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JAIR BIKE JAIR BIKE Jair Vitor da Silva é o diretor da Jair Bike. Sua loja conta com 6 colaboradores, e está há 25 anos no mercado, que segundo ele está estável, lembrando que a estiagem (seca) influenciou em todo o comércio nordestino. E, mesmo com a inserção das classes sociais C e D ao mercado consumidor, não houve crescimento nas vendas de bikes. O mercado continua o mesmo. Segundo Jair os modelos Barra Forte e Barra Circular não perderam espaço para as mountain bike, mas concorda que os modelos de maior valor agregado tem conquistado maior espaço no mercado. “Não saberia destacar uma marca de preferência do consumidor, mas temos muita venda dos quadros Wikings (ISAPA). Meu estoque do item pedivelas é suficiente apenas para um mês. Estamos usando o importado e aguardaremos no que este problema vai dar”, informa Jair, que acredita que os importadores vão trazer quantidades suficientes para suprir a demanda de montagens e manutenção. Porém, no início deverá entrar muitos produtos com pouca qualidade, mas como passar do tempo devem aperfeiçoar a importação com qualidade e preço competitivo. “Temos investido em promoções,
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LTG BICICLETAS acredito que ações como esta podem incrementar nas vendas. Reconheço a iniciativa, onde a bike tem sido utilizada nos mais diferentes comerciais nos veículos de propaganda. Isto tem ajudado nos negócios”. “O conceito da bike como meio de transporte ecologicamente correto, tem sido propagado em nossa região, o que acaba gerando vendas. Mas não há incentivos para o uso da bike na cidade, nem ciclovias ou ciclo faixas”. A Jair Bike está localizada em Agrestina, Caruaru. LTG BICICLETAS O proprietário da LTG Bicicletas, Robson Francisco Souza Melo, de Caruaru, acredita que a seca prejudicou e muito o desenvolvimento em geral, na região. Mas, denota crescimento nas vendas de bikes pelo fato do poder aquisitivo ter aumentado, gerando novas compras. “No passado os modelos preferidos pelos consumidores eram as Barra Forte e Barra Circular, mas a mountain bike superou em 80% esta preferência. Sem sombra de dúvidas, os modelos de maior valor agregado tem conquistado mais espaço no mercado”, afirma. Quanto as pedivelas, Robson diz ainda que possui estoque, mas está procurando outras soluções, como adaptações. E, acredita que a curto prazo a importa-
ção deste item não será suprido, e que deverão vir produtos com qualidade e bom preço, e com o tempo irá se normalizando. Álvaro Vieira Dantas, também proprietário diz que a LTG ainda não está informatizada. E, quanto a investir em promoções, Robson diz que tem patrocinado competições. “Trata-se de uma medida que incentiva as vendas. Lembrando que a bicicleta tem sido utilizada nos mais diferentes comerciais nos veículos de propaganda. Isto tem ajudado na divulgação da loja. O conceito da bike como meio de transporte ecologicamente correto, tem sido propagado em sua região, mas que incentivos para o uso da bike tem sido feito apenas por lojistas." Não há ciclovias nem ciclo faixas na cidade. A loja existe há 60 anos, com 9 funcionários. MOTO ARTE BIKE A Moto Arte Bike está no mercado há 2 anos, em Caruaru, José Roberto da Silva ocupa o cargo de gerente. Possuem uma filial no ramo de moto, trata-se da Moto Arte Peças, e um Centro de Distribuição, na mesma cidade. Já atuavam no segmento de moto, quando sentiram a necessidade de entrar no de bike, então acrescentaram os dois setores numa mesma loja, e a partir de um ano resolveram separar moto de bike.
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STYLLUS BIKE Quando fala das principais dificuldades que enfrentou nesse período de atuação, José Roberto cita a adaptação ao mercado, dificuldades superadas com pesquisas de público alvo onde conheceram o tipo de público que tínham e as necessidades deles.” “Hoje, 88 funcionários trabalham na empresa. Começamos com cinco, numa área de 100m² . Ocupamos uma área total de 5 mil m² entre lojas e depósitos , e apenas o depósito está em prédio próprio”. José Roberto diz que a loja comercializa toda linha nacional e importada, sendo que, os produtos de maior venda são pneus, bicicletas Caloi e Zummi, mas que a marca que os ciclistas mais procuram é a Caloi. Vendem mais os importados, e há uma procura muito alta dos produtos Shimano. “Atendemos a demanda de itens para bicicletas de alto valor agregado e também para bikes comuns. Temos produtos para todo tipo de cliente devido as pesquisas que fazemos, e os dois perfis são bem atingidos”. Quanto o mercado de bicicletas na cidade, José Roberto diz que a procura é muito grande, havendo frequentes aumentos nas vendas de bicicletas. Há pouco incentivo ao ciclista por parte da prefeitura, que já investiu na construção de ciclovias e ciclo faixas, mas no momento não está havendo nenhuma ação. “Temos feito passeios
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LIBERATO BICICLETAS com o intuito de movimentar o mercado. Lembrando que já estamos sem pedivela há mais de um mês. Estamos procurando opções, mas não temos muito o que fazer, quando achamos, nós compramos, mas já com aumento de até 200% em seu valor”, finaliza José Roberto. STYLLUS BIKE A Styllus Bike tem apenas um ano de mercado, localizada em Recife, tem como gerente financeira Natália Fernanda Amorim. Possuem 4 filiais, sendo duas em Recife, uma em Olinda e outra em Jaboatão do Guararapes. “Na verdade a rede de lojas tem 12 anos no mercado com o nome de Impacto Bike, há um ano houve mudança na administração, e juntamente com meu pai Antônio Fernandes Amorim passamos a assumir o controle dessas 4 lojas”, explica Natália. Entre as principais dificuldades que enfrentaram nesse período de atuação no mercado, Natália destaca uma ‘facilidade’ que é em relação ao crédito com os fornecedores, “pelo fato de já estarmos no mercado há anos os fornecedores nos ajudaram muito e com isso não tivemos problemas”. Trabalham na empresa cerca de 30 funcionários. Ocupam área total de 930 m², e todos os prédios são alugados. Entre os produtos e marcas que as lojas comercializam, destaca: “Traba-
lhamos com grande parte de bicicletas e produtos, nacionais e importados, e entre os produtos de maior vendagem estão pneus e câmaras, sendo que a marca mais procurada pelos ciclistas é a Pirelli. Natalia comenta que não tem roda livre e nem correntes, “pois esses itens não têm fabricação nacional. Há muita procura pelos itens Shimano. Há grande demanda para as bicicletas de alto valor agregado, mas as bikes comuns também são muito comercializadas. O mercado na cidade está aquecido, pois muitas pessoas estão aderindo o uso da bicicleta”. Natalia diz que há incentivo ao ciclista, pois a prefeitura local, tem construído ciclo faixas. “O mercado em si, está crescendo devido a população perceber que o melhor veículo de locomoção entre casa, trabalho e escola é a bicicleta. Nossa cidade está com trânsito terrível, então muitos estão optando pela bike percebendo o bem que o veículo faz para a saúde”, conclui Natália. LIBERATO BICICLETAS O mercado está muito bom, evoluindo bastante, na visão de Maria de Fátima Lucena Guerra Dantas, diretora da Liberato Bicicletas. “A seca teve influência em todos os setores, pois vivemos da agricultura e se não temos água para plantar, logo nos falta dinheiro
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JUBACICLO para gerar o restante do mercado”. Segundo Maria de Fátima, as vendas naturalmente cresceram, não pela inserção das classes C e D, mas pela conscientização da população, de que a bicicleta é o meio de transporte ecologicamente correto. “Hoje em dia, as vendas dos modelos Barra Forte e Barra Circular são pequenas. Elas são mais procuradas pela terceira idade, que confirma mais nestes modelos de bikes, no conceito resistência e qualidade. Quanto os modelos de maior valor agregado tem realmente conquistado maior espaço no mercado”, afirma Maria de Fátima. Entre as marcas de preferência do consumidor, neste contexto, Maria de Fátima cita a Caloi, Specialized e Cannondale. E lembra que embora esteja havendo a falta de pedivelas para suprir a demanda, em sua loja se usa muito pouco este item. Maria de Fátima comenta que sua empresa está informatizada de forma a beneficiar a sua administração. E que tem investido em patrocínios nos segmentos speed, mountain bike e downhill, pois acredita que esta ação incrementa suas vendas. Além do que, o fato da bicicleta estar sendo utilizada em comerciais nos veículos de propaganda, tem ajudado nos seus negócios. “O conceito da bike como meio de transporte ecologicamente correto,
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RECIFE BIKE tem sido bastante propagado em nossa região, tornando-se benéfico para os negócios. Temos visto pessoas sedentárias que nos procuram afim de comprar uma bike para andar com grupos de amigos, como temos visto grupos de médicos, advogados, engenheiros que formaram turmas para pedalar e com isso incentivar outras pessoas, a toda a população”, comemora. “Infelizmente, não existem em nossa cidade ciclovias ou ciclo faixas instituídas pelas autoridades”, lamenta. Maria de Fátima nos lembra que a Liberato Bicicletas está há 5 anos no mercado, e possui uma filial há um ano e meio, e estão sediados, tanto matriz quanto filial em Caruaru, com seis funcionários. JUBACICLO Vera Lúcia Sarabia e Decrécio Luize Sarabia Júnior, estão no mercado há 18 anos e tem 15 funcionários para atender a demanda que consideram em retração, independente do período de seca. De qualquer forma, com as mudanças no poder aquisitivo da população que trouxe novos consumidores, houve compensação e crescimento nas vendas de produtos mais caros. “A principal forma de pagamento neste segmento é o crediário. Sendo que, as vendas dos produtos de maior valor ainda é pequena, mas têm conquista-
do a preferência deste nicho de forma gradativa” afirmam. Como a maioria dos lojistas, neste momento o estoque de pedivelas da Juba Ciclo é pequeno, no entanto, acreditam em solução e a normalização rápida da situação com a importação, mesmo que isso possa causar aumento no custo final do produto. A diretoria da JubaCiclo buscou informatizar suas atividades, preparando-se para a modernização de sua administração em todos os setores de forma conjunta. Para eles, o atual momento de exposição da bike nos meios de comunicação, tem sido benéfica para a sua procura, principalmente pela divulgação dos conceitos saúde, lazer e esporte. A falta de ciclovias e a falta de segurança nas poucas existentes, é um problema para o desenvolvimento mais intenso do hábito de pedalar. RECIFE BIKE A Recife Bike de Emanuel José de Lima, como já deixa claro o nome, está sediada em Recife e, tendo iniciado atividades há 12 anos, na intenção de aproveitar as oportunidades proporcionadas no segmento. “Tivemos dificuldades no inicio pela nossa falta de conhecimento da atividade. Com a colaboração de representantes de vendas que nos deram força, acreditan-
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GILBERTO BICICLETAS do em nosso trabalho e aplicação no dia a dia, superamos as adversidades naturais” coloca o diretor, aproveitando para formalizar agradecimento a todos que o apoiaram. A loja tem 30 funcionários e ocupa 400m, sendo que no inicio tinham disponíveis 120 m. Isto serve como parâmetro do sucesso que conquistaram neste período. “Nossos clientes tem preferência por produtos nacionais e as marcas mais solicitadas são Caloi e Monark, evidenciando a maior utilização de itens e bikes comuns na área de influencia de nossa empresa” detalha Emanuel. Na mesma esteira de tantas outras lojas, a Recife Bike, também tem se privilegiado dos movimentos pró-bicicletas que acontecido nas cidades brasileiras. Isso tem acarretado conquista de novos adeptos do ciclismo. Ciclovias e ciclofaixas, tem sido disponibilizadas a população local, segundo Emanuel, que também cita o grande número de comerciais e anúncios que utilizam a imagem da bike, promovendo a ecologia, saúde e bem estar. PARAÍBA GILBERTO BICICLETAS “O mercado está bom, mas poderia apresentar um crescimento ainda maior se tivéssemos uma política econômica melhor, dando condições dos
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empresários trabalharem. O Nordeste depende muito da situação climática e, pelo segundo ano consecutivo tivemos duas estiagens prolongadas, e o governo não deu nenhum tipo de ajuda. Por exemplo, no Sul em casos de geadas, enchentes, o agricultor tem seus impostos perdoados devido a perca, já aqui no Nordeste o governo não tem a mesma atitude, com isso todos sofrem com as estiagens”, desabafa o proprietário da Gilberto Bicicletas, Gilberto Freire da Costa, há 20 anos no mercado, com 22 funcionários. “Houve a inserção das classes sociais C e D ao mercado consumidor, e 70% deste mercado paga de forma parcelada, com a taxa de juros altíssima, cobrado pelas administradoras de juros”, afirma Gilberto, que dita, “os modelos Barra Forte e Barra Circular sem mantém no mercado, através das classes mais conservadoras, que usam a bicicleta para transporte, mas 95% usa a bike de linha esportiva para o lazer”. Gilberto garante que os modelos de maior valor agregado têm conquistado mais espaço, e que tiveram grande aceitação no mercado devido à extensa linha de componentes que possuem, e também porque o mercado evoluiu. Entre as marcas de preferidas do consumidor, Gilberto destaca: Scott; GIOS e Specialized.
Quanto a falta de pedivelas, Gilberto comenta que sua empresa não tem estoque suficiente do produto. “O mercado foi pego de surpresa, e isso atrapalhou a todos em geral, principalmente o montador. A importação a curto prazo não será suficiente para abastecer a demanda, mas no futuro sim, desde que tenha uma política justa”, e desabafa, “a culpa de tudo isso é do governo que libera uma proibição de entrada do importado sendo que a empresa nacional não dá conta para entregar, já estamos começando a passar pelo mesmo problema com os pneus, pois a empresa nacional não tem estrutura para isso E vejo que os pedivelas importados muitas vezes apresentam problemas, e os custos em virtude desses problemas irão onerar em muito o valor”. A Gilberto Bicicletas não está 100% informatizada, porém estão aperfeiçoando a cada dia, pois desejam atingir o auge nesse aspecto. A empresa tem investido em promoções, passeios ciclísticos, provas de ciclismo e outros, pois acreditam que estas ações podem incrementar as vendas, por exemplo, passeios ciclísticos acabam gerando vendas de bicicletas e manutenção. “Tal qual a forma como a bicicleta tem sido utilizada nos diferentes comerciais nos veículos de propaganda. Isto também ajuda. Tudo o que mostra a
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CENTER BIKE LINS bicicleta incentiva o seu uso de uma forma ou outra, mas o governo tem que fazer sua parte reduzindo o IPI, divulgando, assim como nós, o conceito de veículo como meio de transporte ecologicamente correto. Mas infelizmente os incentivos para o uso da bike tem sido ‘zero’. Assim como o governo deu incentivo para outras linhas, por exemplo para o carro que polui, deveria ter dado também para as bikes, pois nenhum fabricante nacional consegue produzir com facilidade, devido o alto custo”, explicita Gilberto, e acrescenta: “Apesar de estarmos lutando desde 1993 com as autoridades sobre ciclovias, os poderes públicos ainda não despertaram para essa importância”, finaliza. CENTER BIKE LINS “O mercado nesse momento passa por um momento de cautela, tivemos a estiagem em nossa região, alta do dólar e aumento da inflação ocasionando perda do poder aquisitivo das famílias. Com a inserção das classes sociais C e D, naturalmente tivemos crescimento considerável, sendo as vendas, principalmente de bicicletas, em sua grande maioria a prazo”, afirma Edvaldo Lins de Albuquerque, proprietário da Center Bike Lins, há dez anos no mercado, localizado em João Pessoa.
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“Hoje a procura por bikes de maior valor agregado conquistou considerável fatia do mercado, pois a bicicleta deixou de ser utilizada apenas como meio de transporte trazendo vários benefícios à sociedade, desta forma as bikes comuns como os modelos barra circular não têm mais a preferência dos consumidores. E, quanto as marcas são muitas disponíveis no mercado todas com suas qualidades”, diz Edvaldo. Edvaldo acredita que se antecipou ao problema dos pedivelas, o que está lhe dando tranquilidade para continuar na montagem em sua linha de produção e atender aos seus clientes, mas espera que esse problema seja resolvido o mais rápido possível. “Sabemos que a importação de pedivelas deve ser normalizada, mas não de imediato, pois existem algumas incertezas no mercado. É preciso pressionar o governo para que possamos ter um pedivela mais barato e com qualidade, e não inflacionar ainda mais o preço das bicicletas” alerta. “É necessário que as empresas estejam devidamente informatizadas, com ferramentas adequadas para facilitar a administração em toda sua totalidade acompanhando todos os processos. Assim como é preciso estar sempre em evidência patrocinando eventos ligados à bicicleta, como corridas, passeios
ciclísticos, e em alguns meses do ano fazer propagandas em rádios ou TVs. Mídias bem planejadas sempre trazem aumento as vendas”, credita Edvaldo. “Através de patrocínios e exposição da bike na mídia, são formas de promover ainda mais rápido a aquisição de bicicletas, trazendo enormes benefícios à sociedade, o que naturalmente incrementa nossas vendas. É preciso haver muito mais envolvimento de todos, principalmente das autoridades na construção de mecanismos que possibilite o uso da bicicleta com segurança, mais ciclovias e ciclo faixas, constante campanhas educativas e muito mais, e nós ciclistas temos que estar atentos e cobrar, só assim poderemos utilizar as bikes de forma segura para transporte, lazer e com isso cada vez mais estaremos despertando a criação de uma cultura no uso da bicicleta e, aí sim, trazer benefícios duradouros para os negócios. Os incentivos para uso de bicicletas tem sido pouco, como também tem sido pouco o número de ciclo faixas e ciclovias, esperamos que a médio prazo saiam das gavetas os projetos de mobilidade urbana facilitando a vida de todos nós. Em nossa cidade as ciclo faixas e ciclovias não são devidamente respeitadas, sendo utilizadas para diversos fins, é preciso haver maior fiscalização”.
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REAL CICLO RIO GRANDE DO NORTE REAL CICLO Para Pedro Pontes um dos diretores da Real Ciclo, o mercado está meio devagar. A seca influenciou muito. Alguns clientes do interior têm sofrido mais com a seca, com isso deixam de comprar, é um período em que se trava tudo. Questionado se com a inserção das classes sociais C e D ao mercado consumidor houve crescimento nas vendas de bikes, e se estes novos consumidores utilizam muito o crediário. Pedro responde que não. Raimundo Paulo, também diretor da Real Ciclo diz que os modelos preferidos pelos consumidores eram as Barra Forte e Barra Circular, mas que hoje na Capital, elas não são a preferência nas vendas, e sim uma pequena parcela no interior. Afirma que os modelos de maior valor tem conquistado maior espaço. Raimundo cita algumas marcas que são preferência do seu público consumidor: Soul, Caloi, Trek, Giant, KHS. Quanto a falta de pedivelas a loja não tem estoque suficiente para suprir a demanda, e acreditam que a importação deste item será suficiente a longo prazo, acrescentando que a importação terá qualidade, mas com preço mais caro no final. Quanto a promoções, tem investido
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DM CYCLO em passeios ciclísticos e propagandas, embora acreditam que esta ação possa incrementar as vendas, eles fazem mais para estar evidência, mas nas vendas não sentem muita diferença. E concordam que há influência nas vendas de bikes com o uso de comerciais nos veículos de propaganda. “A divulgação da bike como meio de transporte ecologico, tem sido em nossa região e benéfico para os negócios, onde há incentivos para o uso da bike pelos comerciantes”, expõe Pedro Pontes. “Quanto as ciclovias e ciclo faixas são poucas e as que têm, estão em estado de pouca segurança e abandonadas pelas autoridades, não são convenientemente utilizadas e respeitadas. Havia um projeto por causa da Copa do Mundo, onde fariam ciclovias em novas vias, mas alegaram falta de espaço e, tiveram que retirar o projeto”, afirma Raimundo Paulo. A Real Ciclo está localizada em Natal, há 19anos e conta com 24 funcionários. DM CYCLO “Muito abaixo das expectativas, este primeiro semestre foi muito inferior aos outros. Acho que a seca atrapalhou um pouco, pois o segmento de bicicleta ainda é muito utilizado pelo Homem do campo. Como o mesmo está passando pela dificuldade de manter o seu rebanho e até mesmo sua própria sobrevivência, a seca não deixa de atra-
palhar o mercado em geral, atingindo todos os segmentos. Com a inserção das classes sociais C e D ao mercado consumidor houve crescimento nas vendas de bikes, creio que cerca de 75% desta classe utiliza o crédito parcelado”, afirma Danilo Robinson Bezerra proprietário da DM CYCLO juntamente com Marta Martins de M.Bezerra. A empresa tem 12 anos e cinco funcionários, situada em Mossoró. Danilo lembra que a tendência é para as bicicletas de alumínio, bicicletas de marchas, mesmo sendo simples mas muito utilizada no lazer e no exercício físico. “Os modelos de maior valor tem conquistado maior espaço, até porque as pessoas estão optando pela bicicleta como meio de transporte, lazer e no t.zocante a saúde”, “Na questão da falta de pedivelas, tínhamos estoque para aproximadamente três meses. Com a falta no mercado estipulamos quantidades por cliente, para que não ficássemos sem o produto. Acredito que a importação deste item será suficiente para abastecer a demanda. No país existem grandes importadores capazes de suprir a demanda, lembrando que a pedivela importada deva ser de boa qualidade. Quanto à especulação, vai depender dos importadores. Nossa empresa está informatizada na medida do possível”, explica Danilo. “Não temos investido em promoções,
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CEARÁ PEÇAS nem passeios ciclísticos ou provas de ciclismo apesar de sabermos que todas estas ações incrementam as vendas. O fato das bikes serem utilizadas em comerciais, alavanca as vendas, assim como o apelo da bike como meio de transporte ecologicamente correto, o que tem sido propagado em nossa região”, afirma Danilo. Danilo diz que há grande incentivo por parte dos usuários, mesmo não há vias apropriadas para o uso contínuo, nem mesmo a construção de ciclovias ou ciclo faixas. CEARÁ PEÇAS A Ceará Peças, em Mossoró, no mercado há 22 anos, faz um balanço sobre os efeitos da rigorosa estiagem que assola o Nordeste sobre as vendas do setor de bicicletas e seus componentes. Dorgival Morais de Lima, diretor da empresa, expõe sua visão sobre o problema climático em sua região e suas consequências. “A estiagem é um fator que afeta a economia de um modo geral para o Estado do Rio Grande do Norte, assim como o município de Mossoró e suas empresas. Compromete o investimento do agricultor em seus cultivos, consequentemente o valor dos alimentos sobe e o poder aquisitivo dos consumidores fica concentrado prioritariamente no setor alimentício, restando pouca margem
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TÚLIO PEÇAS para gastos com qualquer outro bem ou serviço”, comenta. Mesmo com tantos problemas com relação as vendas, o conceito de veículo ecologicamente correto, tem sido propagado na região. A bicicleta tem apenas o incentivo que parte do comércio e não há um trabalho simultâneo entre governos, fabricantes e revendedores, pois o interesse não é só comercial, mas também para promover a qualidade de vida dos usuários e melhoria no trânsito. “Na nossa cidade o incentivo só vem por meio do comércio, o governo não prioriza, até então os ciclistas, e estes se arriscam trafegando em um acostamentos. O incentivo deve vir da prefeitura dando apoio aos eventos que acontecem na cidade, construir ciclovias, ciclo faixas, informativos nos meios de comunicação sobre quais as melhores vias para se trafegar de bike, informar quais sinalizações e proteção usar. Todos devem ter o seu lugar e transitar sem se arriscar. Só existem três pequenas ciclovias na região, que não são respeitadas, são pouco utilizadas e servem apenas como acostamento”, afirma Dorgival. Para o diretor da Ceará Peças, as vendas estão aquecidas e as mídias sociais acabam por incrementar as vendas do setor. A empresa também faz um trabalho sério que prioriza a opinião do
consumidor sobre produtos e serviços. “Nós buscamos investir nas pessoas, pois são elas que nos dão o verdadeiro feedback do nosso trabalho. A bicicleta está em ascensão. Os meios de comunicação são reflexos de como um simples veículo à ‘motor-humano’ gera benefícios ao corpo e a mente. Não afeta o meio ambiente, não congestiona, é econômico, proporciona condicionamento físico, além do lazer de simplesmente pedalar”, finaliza. TULIO PEÇAS Para Tulio, proprietário da Tulio Peças, o mercado está começando a aquecer lentamente, mas em sua visão isso já é normal, pois até o meio do ano as vendas sempre são consideradas fracas, “e a seca tem forte influência nisso, pois as pessoas, após esse difícil período, utilizam todo o dinheiro que possuem para manter seus animais vivos, desta forma, não investem em mais nada”, comenta. A inserção das classes sociais C e D ao mercado consumidor trouxe crescimento nas vendas. “São novos consumidores que utilizam tanto o crediário quanto o pagamento à vista, trata-se de um público que está procurando as bicicletas para pedalar, muitos ainda dão preferência aos modelos Barra Forte e Barra Circular, são as chamadas bikes comuns, e utilizam a bicicleta
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NONATO CICLO para irem trabalhar, correspondem a 70% das nossas vendas. Mas há também o crescimento dos modelos de maior valor, mas ainda é um tanto tímido, correspondem a 30%”. Segundo Tulio as marcas de preferência do consumidor são Mosso e Caloi. Para resolver o problema das pedivelas, Tulio diz que está comprando o produto importado. “Não temos muito do produto e, o pouco que chegou por esses dias, já se foi a metade. Acredito que a importação deste item será suficiente para abastecer a demanda. Hoje contamos com grande importadores e com isso dificilmente faltará o produto no mercado. Vejo que o pedivela importado não é tão bom quanto o nacional, mas vende e, acho que os preços se manterão”, acrescenta. CEARÁ NONATO CICLO Em Fortaleza, o gerente Raimundo Nonato Rodrigues, administra a Nonato Ciclo. Há 19 anos no mercado, tem uma história de sucesso construída com muitas batalhas. Nesse tempo de atuação no mercado, enfrentou situações adversas, mas transpôs as barreiras com muito trabalho e objetivos definidos a fim de atingir o sucesso. “Precisamos ser fortes diante da desonestidade do ser humano. Isso é fundamental para combater o desânimo e continuar lutando”. A ideia de ingressar no setor de bi-
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CICLOPEÇAS MAYDANI cicletas veio de uma experiência anterior no ramo somado ao desejo de melhorar sua condição de vida. Com paciência e coragem, os resultados começaram a surgir, e o que antes era apenas um projeto transformou-se em duas lojas que empregam cerca de vinte colaboradores. CICLOPEÇAS MAYDANI E RAPTYFIRE Para os dirigentes da Ciclopeças Maydani e Raptyfire Ciclopeças, o mercado está fraco e parte disso é referente há dois 02 anos de seca no Nordeste compensadas de alguma forma com as vendas pagas via cartão e com o acesso ao crédito pelos novos consumidores. Quanto aos modelos de bicicletas mais procurados pelos clientes, são as Mountain Bikes, que superaram as de modelo Barra que continua vendendo em escala menor. Há também uma interessante procura pelos modelos de maior tecnologia, como Totem, Mosso e GT. Para minimizar os efeitos da falta de pedivelas, evitam a venda do item no varejo, reservando os que ainda têm em estoque para suprir as suas necessidades na montagem de bicicletas completas. “ A esperança de solução do problema vem das providencias da importadora ISAPA que acena com a chegada do produto para abastecer o mercado. Mesmo assim, os preços deverão ter reajustes” comenta Carlos Antonio Alves Moreira.
Antenados com a modernização dos sistemas administrativos, as empresas estão informatizadas, faltando muito pouco para o complemento total das operações via informática. Como crítica,Carlos aponta o pequeno trecho de ciclovias implantados na cidade, no máximo 30 km, e o desrespeito ao ciclista por parte dos motoristas, o que torna a segurança muito baixa para quem pedala. “ As pessoas chegam sempre falando em saúde e bem estar quando vem adquirir uma bike, apesar disso” pondera. LOJAS AMIGUINHO Com o otimismo que lhe é peculiar, Francisco Queiroz Nobre, diretor das Lojas Amiguinho em Fortaleza, afirma que as vendas de 2013 estão muito boas. “Apesar de não ter chovido muito este ano, a água que caiu foi muito bem vinda. A seca sem dúvida atrapalha. Não só o segmento de peças para bicicletas, mas a economia como um todo. Mas o grande problema deste ano está sendo o grande aumento dos preços dos produtos. A inflação preocupa”, prosseguindo: “Houve crescimento na venda, assim como houve melhoria na qualidade das peças. O valor das peças de bicicleta hoje é bem maior que há uns anos atrás. Devido ao preço destas bicicletas, o parcelamento sem duvida facilita a venda. Quando a parcela “cabe no bolso” do cliente, este realiza a compra” coloca. Nas Lojas Amiguinho, os consumido-
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LOJAS AMIGUINHO res ainda continuam comprando bastante as bicicletas dos modelos Barra, mesmo com as de modelo mountain bike tendo maior volume. “As bicicletas mais simples estão cada vez vendendo menos, a medida que as de maior valor agregado estão cada vez vendendo mais. Isso e muito saudável, faz muito bem para o segmento. Houve um tempo em que as bicicletas estavam com a qualidade muito ruim. Algumas peças já se encontravam avariadas dentro das caixas, antes mesmo de montaras bicicletas. Isso prejudicou a imagem da bicicleta. Mas hoje a história é diferente. E bem melhor” retrata Queiroz Nobre. Segundo o experiente comerciante, Shimano é uma marca bem forte. “Existe o consumidor que procura por marcas especificas, enquanto outros procuram por produtos melhores, independente da marca da bicicleta. Mas produtos da Shimano são quase unanimidade” destaca. Mostrando que a sua experiência é um fator importante nos negócios, Queiros Nobre explica como vem resolvendo o problema da falta do item pedivela. "Desde quando começou a surgir boatos de falta de mercadoria, tentamos nos estocar. Nossa monta-
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gem está com o pedivela garantido em estoque. Em relação a distribuição, limitamos a quantidade de pedivela por pedido, para que todos clientes pudessem comprar o produto”. Ele crê que a importação irá equacionar o problema. “ Infelizmente essa situação gera muita especulação, o que reflete no preço da mercadoria. Ou seja, acredito que haverá produto, mas o preço estará supervalorizado. Haverá produto disponível, mas com aumento do custo da mercadoria. E a lei da oferta e da procura." O empresário diz que foram feitos importantes investimentos para informatização da empresa, o que proporcionou agilidade nos processos e informações mais rápidas e precisas para tomada de decisões. “É importante lembrar que tão importante quanto o investimento na informática é o investimento na qualificação da mão-de-obra. Não adianta ter o melhor sistema do mundo se as pessoas não sabem como utilizá-lo” A empresa tem como hábito realizar promoções voltadas diretamente ao cliente. “Este ano já sorteamos duas motos e dois televisores. Nas premiações, tanto o cliente quanto o representante são contemplados.O cliente
adora promoção. Muitas vezes a primeira pergunta que o cliente faz ao representante é: “qual a promoção de hoje?” explica Queiroz Nobre. Ele enfatiza que quanto mais bicicletas estiverem rodando, melhor será para os negócios. “Percebemos que atualmente grandes marcas buscam criar um vínculo relacionado à bicicleta. Temos o exemplo do Itaú com a locação de bikes para mobilidade urbana. Isso é excelente. Fortalece nosso segmento. Hoje podemos observar o incentivo, pela mídia de modo geral, ao uso da bicicleta como meio de transporte eficiente e ecologicamente correto. Quanto mais essa ideia é propagada, mais pessoas aderem ao uso da bicicleta. Refletindo positivamente em nossos negócios”. Queiroz Nobre considera que há incentivo ao uso da bicicleta. “Mas observamos que estes incentivos são quase que exclusivamente por parte não governamental. É necessário mais investimento na infraestrutura de nossas cidades. E realizar um planejamento cicloviário. Hoje muitas pessoas querem utilizar mais a bicicleta como meio de transporte, mas não o fazem porque as cidades não oferecem estrutura, nem segurança necessária”.
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MEGABIKE /CYCLONE Em sua opinião, Fortaleza é a cidade do Nordeste com a maior extensão de ciclovias. “Atualmente são 74 km, ainda muito pouco. As ciclovias mais novas estão sendo utilizadas. As mais antigas estão em péssimo estado de conservação. Outra questão importante, é que as ciclovias não têm ligação uma com a outra, faltando melhor planejamento. A prefeitura de Fortaleza prometeu colocar em pratica até maio de 2014 o “Plano Diretor Cicloviário”, que deve melhorar as condições da cidade para maior utilização da bicicleta.” MEGABIKE CYCLONE “Nossa história no mercado começou com meu avô Benício Melo (o pai de meu pai, Audir Melo) em Teresina, no ano de 1947. Quando meu avô decidiu vender peças para bicicletas em seu comércio de variedades local, fundando a empresa Ciclipeças. Em 1958, meu avô veio para Fortaleza para que alguns dos seus treze filhos pudesse fazer o ensino superior, cursar de medicina que na época não existia em Teresina. Em 1959, Benício abriu uma mercearia e em 1961 colocou peças para bicicletas neste novo varejo. As bicipeças vinham da loja de Teresina, que passou a ser administrada pelo
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KACICLISTA filho mais velho, Newton Melo e, que depois passou para as mãos do irmão Matias”, conta Franklin Filho, proprietário da Cylclone. “Em 1963, devido a cegueira de Benício, a administração da loja ficou por contado filho Audir. Compraram o ponto e passaram a ocupar edifício próprio. Com o forte movimento comercial tiveram a necessidade de importar peças diretamente do exterior, assim em 1982 a firma passou a chamar Ciclipeças Comércio e Importação Ltda”. “Entre 1998 e 2000 ficaram sem o movimento habitual devido as obras do metrô de Fortaleza, que desapropriou e pagou um valor inferior a 50% do que foi avaliado. Em virtude da mudança do ponto que era tradicional na cidade, conhecido como a ‘Loja do Velho’, pois Benício apesar de cego ia para loja todos os dias e ficava em uma mesa de frente para o balcão embalando esferas e parafusos e em alguns momentos datilografando em uma máquina apropriada, que temos guardada até hoje alguns de seus versos e poesias. Somando neste período de mudança em que o movimento ficou bastante fraco e, do baixo valor recebido da indenização do imóvel, começaram a
surgir as dificuldades financeiras tendo que encerrar as atividades comerciais da Ciclipeças”. “Como nascemos dentro do ramo decidi montar um atacado e a montadora de bicicletas chamados Bicicletas Cyclone e, minhas irmãs Deborah e Monalisa colocaram um varejo no centro de Fortaleza”, finaliza Franklin. KACICLISTA Carlos Alberto Torres Rodrigues e seu filho Eduardo Cavalcante Torres são os proprietários das lojas Kaciciclista, em Fortaleza. Elas são duas. Uma no bairro de Messejana que atende no atacado e varejo e, a outra instalada na 1º etapa do Conjunto Ceará, com atividade limitada ao varejo. Eles não estão divorciados da opinião da maioria dos comerciantes nordestinos, segundo a qual, o mercado se encontra com certa turbulência devido ao período da estiagem.No entanto, analisa que houve crescimento nas vendas de bikes, sendo a maioria na fazem uso de crediário e decorrente dos planos sociais que estão sendo realizados pelo governo e que privilegiam algumas camadas sociais que anteriormente não tinham acesso ao mercado formal. “No interior, as bi-
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METALÚRGICA AJAX cicletas modelos Barra, ainda gozam de preferência e na Capital, poucos consumidores mantém a tradição de adquiri-las. Elas foram substituídas pelos modelos mountain bikes e, a cada dia,a procura pelos modelos de maior valor aumenta consideravelmente ” analisa Carlos Alberto. Neste contexto, as marcas com desempenho de vendas em crescimento nas duas lojas são: a linha Shimano, Mosso, Totem, Venzo e Cateye. Admitindo a possibilidade de o segmento sofrer uma parada por conta da falta de pedivela,Carlos Alberto sugere. “A solução seria os grandes importadores pressionarem a liberação da entrada de pedivela importado, pois a única empresa nacional que produz o item, não está em condições de atender a demanda. Só com esta providencia será possível evitar o desabastecimento e atender a demanda das montagens de imediato.Porém, não se deve desprestigiar o produto nacional ”. Com elevado grau de informatização
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aplicado na administração da empresa, eles também investem em promoções e patrocínios de atletas e publicações de anúncios em revistas. “Com a ampliação do uso da bicicleta, além do tradicional percurso de ida e vinda do trabalho, com os seus benefícios a saúde mais divulgados, a consequência é a contribuição também ao meio-ambiente. Infelizmente, as ciclovias da cidade estão em péssimo estado e precariamente utilizadas em função de suas totais falta de segurança” avalia Carlos Alberto. METALÚRGICA AJAX No Ceará tem fabricante de bicipeças também, com larga experiência adquirida em 10 anos na produção de quadros e acessórios para bicicletas, Allan Jones, dirige a sua Ajax há 3 anos. Sediada em Maracanaú, cidade próxima a Fortaleza, tem 20 funcionários e ocupa uma área de 2 mil m2 onde produzem kits Cargueira, Garfos e Bagageiros da linha Carga. kits MTB 16”, 20”, 24” e 26”.
“Estamos distribuindo para algumas cidades do Nordeste, e temos intenção de ampliar também para os estados da região Norte em 2014” informa Allan Jones. Com esta meta de crescimento planejada para o próximo ano, o empresário lamenta como a grande maioria dos empresários as dificuldades advindas dos tributos. “Pode até ser meio repetitivo, mas, infelizmente a carga tributária e a falta de incentivos governamentais são os grandes problemas que enfrentamos, além das dificuldades em conseguir mão de obra especializada. Só nos resta,trabalhar cada dia mais. Sem esmorecimento para superar este grande gargalo do crescimento” comenta. A matéria prima utilizada na fabricação de seus produtos são o aço, tintas, produtos quimicos e gases. Sempre de origem nacional. WRP, Odomo e Houston são os seus maiores concorrentes. “Na verdade, são empresas nas quais nos espelhamos”, reitera Allan Jones.•
Administração Gildemar de Almeida *
A Fraude e sua INTRODUÇÃO O crescimento na cadeia de crédito trouxe de maneira agressiva a figura da fraude, despretensiosamente, tentaremos fornecer subsídios ao profissional que atua nas áreas de risco e fraude, em operações de concessão de crédito. Abordaremos o assunto de forma prática e objetiva, traçando uma leitura do cenário atual para provocar o embate de ideias e opiniões. Este trabalho é fruto da experiência adquirida ao longo de 18 anos de assessoria a instituições financeiras. Com visão global e informações pertinentes, procuramos rever paradigmas propondo uma discussão responsável, com participação de todos os setores envolvidos dispostos a discutir sobre os alicerces dos protocolos de segurança e tratamento da fraude, que comprometem os resultados das instituições financeiras e organizações de varejo. Otimização na Recuperação de Ativos Financeiros APRESENTAÇÃO A área de risco, apoiada na tecnologia da informação, que se desenvolveu rapidamente, criou modelos e sistemas para consulta e aprovação massificada, absorvendo em seus quadros, profissionais com formação acadêmica específica, que promovem estudos científicos sólidos e oferecem suporte a tomadas de decisão na concessão do crédito. A fraude não representava objeto de preocupação e não havia levantamentos específicos. Os índices, na época, não apareciam corretamente nos resultados. Até hoje, os dados continuam sendo apurados de acordo com conveniências, e pouca coisa foi feita em termos de pesquisas e estudos sobre fraude. Por se tratar de assuntos próximos e muitas vezes relacionados, em algumas instituições sua atuação se confunde com as áreas de controle, auditoria e inspetoria. A prevenção geralmente responde a área
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de crédito, cabendo à fraude apenas a investigação de problemas pontuais localizados, carteiras com créditos duvidosos e ações repressivas. Com as recentes crises e mudanças impostas pelo novo cenário econômico, o mercado de financiamento de veículos, consignados e varejo ficaram mais competitivos e o volume de fraude suportado nos cálculos das margens dos produtos, antes insignificantes, começam a preocupar e fazer diferença nos resultados. Sendo oportuno, este espaço, para a reflexão e discussão de temas, capaz de atingir os níveis mais elementares do processo anti-fraude, tendo por critério a utilidade prática, o uso do senso prático pela própria prática. Uma vez que ainda não encontramos, com facilidade, literatura de prevenção à fraude, que não tenham por praxe a síntese de determinada irregularidade com uma solução mágica, específica, para o problema encontrado. Temos necessidade de avançar nesse processo, com olhar pragmático e crítico sobre os alicerces dos conteúdos existentes, e valorizar os resultados conseguidos em uma área que, praticamente, inexiste no segmento de crédito. Não cabe o julgamento de princípios e critérios utilizados por qualquer profissional, não queremos polemizar discutindo sobre frases de efeito e conceitos publicados como verdades absolutas. Nesse artigo, estaremos mostrando um panorama de temas complexos e relevantes, procurando desmitificar algumas teorias existentes. Em momento oportuno nos deteremos ao estudo das técnicas utilizadas na investigação da fraude; análise documental, onde apresentaremos as características que dificultam padronizar uma validação em nível nacional; a necessidade e problemas em se adotar a carteira de identidade (RG) no processo; o lançamento e testes realizados com o RIC - (Registro de Identidade Civil) e outros documentos utilizados, como por exemplo, o CPF, CNH, comprovantes de renda e residência e contratos. Precisaremos ainda, com o tempo, mergulhar no universo do fraudador e entender como utilizam
Prevenção - Parte I dispositivos gráficos e ópticos de última geração, e outros instrumentos e insumos encontrados na composição do documento fraudado. Aprendermos um pouco mais sobre a grafoscopia moderna, autenticidade e falsidade gráfica, assinaturas autênticas e falsas e tipos de falsificações, criando um material de apoio que servirá a todos que atuam na área. “A FRAUDE NOSSA DE CADA DIA” É urgente aprendermos o que acontece e não apenas entender porque, em mais de 80% dos processos fraudulentos analisados, o golpe ocorre não por habilidade do fraudador e sim pela omissão, desinformação e conivência das vítimas. Este é o desafio a que nos propomos: o mercado conhece fraude, conhece o falsário, sabe como se apresenta dentro do contexto da operação e estabelece um relacionamento propício ao controle da ação à que se propõe. Encontramos estudos que se baseiam em relatos históricos da utilização de estereótipos e vícios de linguagens empregados por golpistas, como narrado na autobiografia de Frank Abagnale Jr. “que aos 16 anos já falsificava identidades de pilotos da Pan American Airways, certificados de médicos e outros profissionais, assumindo não só a identidade do terceiro, mas também um personagem que lhe permitia usufruir de vantagens financeiras como o recebimento e desconto de cheques adulterados”. Quando o fraudador se utilizava destes expedientes, necessitava conhecer o ambiente e estabelecer um laço de confiança com suas vítimas, já a fraude contemporânea veste nova roupagem, novos métodos empregados desafiam a inteligência dos melhores e mais experientes profissionais do mercado, que identificam os instrumentos utilizados mas, em parte dos processos, o fraudador não precisa mais estar presente na ação. Para compreender melhor o que acontece hoje, é preciso exercitar a observação constante e deixar de utilizar receitas prontas, com informações distorcidas que compromete a análise e apóiam variáveis, utilizadas no desenvolvimento de ferra-
mentas automatizadas para detecção de fraude. É preciso dispensar esqueletos empregados na busca de soluções do que já foram vítimas, para evitar o que já aconteceu. A fraude é dinâmica e está à frente das metodologias de contenções automáticas existentes. O momento é de questionar a supressão de controles, o impacto que estes procedimentos causam no resultado da operação comercial, a importância da formação do profissional, os conhecimentos adequados, discutir e propor matéria a respeito do novo falsário, como ele se apresenta, antecedendo-se aos fatos e às circunstâncias. É necessário revisitar o universo dos protocolos de segurança, notadamente obsoletos no momento em que são implantados, o que fragiliza todo o procedimento de captação de dados na origem, e adequá-los a cada operação. Considerar que ingenuidade, boa-fé, complacência ou pressão por resultados, são fatores comportamentais que induzem ao erro, é assumir a completa incompetência dos sistemas utilizados na validação de, por exemplo, 20,52 milhões contratos de financiamento de veículos aprovados entre os anos 2009 e 2012, segundo informações das Financeiras, Cetip e Abraciclo. Em pesquisa realizada para uma grande instituição financeira, constatamos falta de subsídios para tomada de decisão, e consequentemente, notamos falta de critérios nas decisões tomadas, onde a prática adotada é um sistema pernicioso que causa vícios e estabelece condições diferentes para avaliar operações idênticas. Observamos que, considerando mesmo perfil, valor, parcela e características de mercado do parceiro comercial, o uso inadequado dos sistemas a disposição do crédito, possibilita que uma proposta passe em uma mesma ferramenta automatizada de detecção, por instituições diferentes, mostrando claramente que a regulação do mercado é ditada pela busca frenética de política flexível, o que permite aprovar para uma instituição a operação recusada por fraude em outra. Podemos entender melhor este comportamento comparando-o com um marketing viral em rede, que
“O golpe
ocorre não por habilidade do fraudador e sim pela omissão, desinformação e conivência das vítimas.
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Administração
contamina com displicência e imperícia a origem de toda uma base com processos irregulares, condição subjetiva que alimenta uma “indústria” de cadastros forjados e formaliza milhões em processos com documentos adulterados. Segundo estudo da Serasa Experian, a cada 15 segundos um consumidor é vítima de tentativa de fraude no país. Dados oficiosos, extraídos com base na inadimplência das parcelas iniciais, estimam que 30% (trinta por cento) das operações de concessão de crédito possuem irregularidades. Números que começam a comprometer severamente a decisão do crédito, e estabelecem novos marcos e parâmetros na margem de risco. Podemos afirmar que: “o volume de inconsistência cadastral grave, que coloca a operação em risco, está presente em mais de 5% do volume de propostas analisadas pela ilha de monitoramento preventivo”, da Prevent. Em mercados cada vez mais competitivos, que exigem agilidade na aprovação, o volume estimado de propostas com inconsistência cadastral, representa 2,7 bilhões de reais ao ano só no mercado de veículos, e deste total, estima-se que cerca de 1.09 bilhão de reais seja o volume do prejuízo, por fraude, causada às instituições financeiras. MOTO – CONTÍNUO Parte do mercado não realiza uma triagem adequada nos contratos já na primeira parcela não paga (PNP), os processos inadimplentes acabam sendo tratados igualmente e derivados à cobrança. Os dados disponibilizados são extraídos a partir de padrões e fórmulas exclusivas, respaldados nas “normas” editadas pelos órgãos reguladores, e utilizados de acordo com estratégias próprias para classificar a “perda”, comprometendo os modelos formatados que ficam restritos às características específicas de algumas carteiras e organizações. Apesar dos equipamentos tecnologicamente avançados que cruzam inúmeras variáveis e sinalizam anomalias sistêmicas, não se encontra na formatação desses modelos o resultado especializado da consulta de dados complementares, informações relacionadas ao financiado, que faz parte do universo da operação e estabelece a relação entre o cliente e o mercado a que se destina. Um serviço realizado por um profissional habituado a detectar fraude, a partir da expertise da análise diária das nuances
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subliminares, e que possui a versatilidade e sutileza, somente encontradas na detecção em tempo real. Apesar de informações insuficientes à montagem de um “behavioral scoring”, com uma abordagem híbrida, as atuais ferramentas automatizadas conseguem aumentar a segurança na operação, dependendo do produto, de 20% a 40%. O monitoramento preventivo realizado pelos profissionais da Prevent, eleva o grau de segurança nas operações entre 80% e 90%, seguramente o sistema mais indicado e eficiente, único capaz de certificar informações junto ao local de trabalho, que orbitam o cliente e possibilita análise documental simultânea. Sistema que desafia a perspicácia dos fraudadores e aprende diariamente como funciona a engrenagem que move esse complexo mecanismo, em contradição com o primeiro ou segundo princípio da termodinâmica, que alimenta uma máquina que funciona indefinidamente sem despender energia, ou ainda, transformando toda a energia recebida de investimentos feitos pelas instituições em processos antifraude. Na força motriz desse “moto-contínuo”, que abastece e incentiva um número crescente de aliciantes e aliciados, provocando cálculo errado de “perdas” com fraude na margem de risco e que faz com que as instituições deixem de investir em prevenção, equacionando custos com investigação da base e restituição de garantias, em relação a resultados obtidos com os mesmos valores se aplicados no mercado financeiro. • O autor estará complementando o artigo na próxima edição. * Gildemar de Almeida é graduado em comunicação social e marketing pela Universidade Braz Cubas e MBA em administração financeira e gestão bancária pela Fundação Getúlio Vargas (FGV); especialista em fraudes (ideológica e documental): executivo, com mais de 18 anos no mercado financeiro, com forte atuação nas áreas de pesquisa, desenvolvimento de produtos, expansão de redes. Atualmente trabalha exclusivamente com a prevenção à fraude na concessão de crédito e recuperação de ativos, voltado a bancos, financeiras, redes de varejo e concessionárias de serviços, em todas as etapas do processo antifraude.
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