Conteúdo Capa
Especial
Ideia simples, porém efetiva
Rio de Janeiro ciclista não anda bicicleta, desfila...
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30 Competição 3º Tour do Rio, a superação do ciclismo nacional
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Evento Loja A insatisfação deu origem a empresa
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Festival com competição, lançamentos, lazer e negócios
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Gente Documentário e ex-policial
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SEÇÕES Editorial........... 10
Correio............. 12
Editorial Diretoria Osmar Silva José Haroldo G. Santos
Luanda
Edição 180 - Setembro 2012
Editor Osmar Silva osmar@luanda.com.br
Diretor José Haroldo G. Santos haroldo@luanda.com.br
Redação Hylario Guerrero (MTB 13468) Rosangela Hilário (MTB 46219) Edison Rafael (Estagiário) Joelma Farias (Estágiaria) redacao@luanda.com.br Arte e Diagramação Bruno R. Mello dos Santos Diego Igor de Oliveira midia@luanda.com.br arte@luanda.com.br Publicidade: Luanda Brasil Serviços de publicidade Ana Paula Lima Edmar Santos José Ricardo Gomes Raphael Garcia vendas@luanda.com.br Administração Juici Monteiro Fernanda Oliveira Jhonnatan André luanda@luanda.com.br Assessoria gráfica Pavagraph Impressão Northgraph R. Joaquim de Almeida Moraes, 273 Jd. Magali - CEP 02844-000 - São Paulo/SP Tel.: +55 (11) 3461-8400 / 3461-8401 Fax + 55 (11) 3923-5374
A cyclomagazine aceita matérias técnicas como colaboração. Os artigos deverão vir acompanhados de fotos ilustrativas com as respectivas legendas e curriculum do autor. A revista não se reponsabiliza por opiniões e artigos assinados que podem ou não expressar a mesma opinião do editor. As opiniões emitidas em artigos assinados são de responsabilidade do autor. A revista não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios veiculados, nem por aquisições em função destes. Todos os direitos reservados, sendo proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio, sob pena de procedimentos legais. A revista cyclomagazine é uma publicação mensal da Luanda Editores Associados LTDA., e tem sua marca registrada no INPI sob o número 820.332.593
Anúncios importantes divulgados pela mídia genérica recentemente: Deputado tenta aprovar leis que têm o condão de isentar as bicicletas de tributos. A Câmara estaria analisando a proposta que isentaria as bicicletas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A medida está prevista no Projeto de Lei 4199/12, do deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que também reduz a zero a alíquota da Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/PASEP) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) sobre as importações e vendas desses produtos. Automóveis, caminhões, ônibus, motocicletas e outros veículos poluentes são beneficiados por isenções fiscais. O setor de bicipeças, por sua vez, é massacrado pela impiedosa carga tributária estabelecida pela nossa legislação sem gozar de mínimo benefício fiscal. Pela proposta, as isenções valeriam também para as partes das bicicletas, suas peças e acessórios, além de pneumáticos e câmaras de ar. A proposta foi apensada ao PL 3965/12 e será analisada conclusivamente pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Fim da guerra fiscal. Caso seja aprovada, o fim da guerra fiscal pode significar cerca de R$ 30 bilhões a mais nos cofres estaduais, aponta um estudo feito pela LCA Consultores a pedido da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Essa cifra corresponde ao que os Estados deixam de arrecadar hoje de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) por conceder benefícios fiscais ilegais às empresas para atrair investimentos.A estimativa provoca polêmica entre os Secretários de Fazenda Estaduais, que argumentam não ser possível fazer a conta. Mas descobrir esse número se tornou crucial para determinar o valor da compensação que o Governo Federal deve pagar aos Estados que saírem perdendo com a reforma do ICMS em gestação no governo da presidente Dilma Rousseff. Não é a primeira vez que o Governo Federal tenta encaminhar uma reforma tributária. Em 2003, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acompanhado dos governadores, entregou sua proposta ao Congresso. A tramitação foi penosa e a maior parte das medidas não vingou, incluindo as mudanças no ICMS. Em 2008, foi feita uma nova tentativa, que nem chegou ao Senado. A equipe de Dilma Rousseff tenta agora enviar uma nova proposta de reforma do ICMS ao Congresso até o fim do ano. A discussão é bastante complexa, mas os especialistas acreditam que o momento é propício para avanços. São notícias alvissareiras e, há muito aguardado a sua concretização, em especial pelo segmento bicipeças. Sem dúvida alguma, se concretizadas irão ser benéficas e estimularão as empresas, que poderão investir valores para melhor se equipar e produzir com mais qualidade. Na outra ponta, as ofertas deverão aquecer o mercado e estimulará o consumo de bikes. De todo modo, o maior beneficiário será o Governo, pois se abre mão de alguma porcentagem da arrecadação com estas medidas, ganhará com o maior volume de consumo, assim como tem ocorrido com os estímulos direcionados ao setor automobilístico, construção e outros. Aguardemos torcendo para que sejam reais estas possibilidades. Todos nós
Foto capa: Marcos José de Pinho | A + Ciclo Por Osmar Silva
Correio
Email: redacao@luanda.com.br Site: www.luanda.com.br
Interaja com a redação
Endereço: R. Joaquim de Almeida Morais, 273 - CEP: 02844-040, São Paulo - SP
INFORMAÇÕES
Vejam as dúvidas que nosso amigo Vanderlei tem a respeito de bicicletas e se vocês podem ajudá-lo.Ele trabalha na polícia da nossa cidade e teve a brilhante ideia de dar palestras nas escolas para as crianças, como forma preventiva de educação no trânsito e a própria construção do futuro cidadão. Solicitou autorização com seu superior e está correndo atrás de informações para dar sequência ao seu trabalho. Se puderem ajudá-lo, ficarei agradecido.
AGRADECIMENTO
Gostaria de agradecer de coração a oportunidade e a honra de estampar a capa da Cyclomagazine nesta edição 179. Fiquei muito feliz e honrada de poder fazer parte das capas desta revista que é tão conceituada no mercado das bikes. Maria Isabel Gerente Comercial - Odomo Bikes Bom Principio - RS (Por e-mail)
Resp.: Maria Isabel, nós é que nos sentimos honrados em publicar sua imagem. E com profunda emoção, expresso aos colaboradores dessa revista, que com palavras mágicas, transformou minha história de vida e batalha, muito mais bela e tornou possível essa homenagem a meu irmão, Mario José Lima Junior, o Junior, falecido. Para eu e minha família, foi motivo de muita alegria, orgulho e satisfação. Agradeço o empenho da revista, parceiros e amigos que leram essa matéria, e que gostaram de minha história, ou puderam ao menos, saber qual o motivo real da fase em que estive afastado. Denilson Lima Diretor Nikelpox (Por e-mail)
Resp.: Não há o que agradecer.Esta é a nossa missão.
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Arnaldo Arantes Marques Total Parts Bicicletas Ltda. Americana-SP (Por e-mail)
Resp.: Estamos pesquisando cada item das dúvidas do Vanderlei e, assim que tivermos as respostas encaminharemos. Interessado em Orbea Poderiam me informar onde comprar bike orbea alma na região de Campinas. Antonio Carlos Ferreira Campinas – SP (Por e-mail)
Resp.: Encaminhamos sua questão ao representante da marca e estamos aguardando a resposta para lhe informar.
SUGESTÃO
Participei do Encontro Cyclomagazine em Campina Grande três vezes e gostei. Segue uma sugestão de novo lugar para futuros eventos: os hotéis da Costa do Sauípe, na Bahia. Os preços são acessíveis e as refeições inclusas. Não sei se estão nos padrões dos eventos, mas não custa orçar. Tudo para um grande encontro! Gislane Salvador-BA (Por e-mail)
Resp.: Gratos. Consultaremos o hotel.
UM ATÉ JÁ!
Todos esses anos os quais passei próximo de vocês, foram gratificantes. Estarei deixando uma casa onde encontrei coisas que busquei profissionalmente e pessoalmente. Sigo para novo desafio. O fato de ter convivido com vocês me a garantiu grande crescimento.Quero agradecê-los pelo que aprendi com vocês nesses quase 7 anos e, me desculpar se falhei com alguém. Não gostaria de dizer adeus e sim até breve, pois espero encontrar muitos de vocês no dia a dia. Sandra Faria Omena Boituva-SP (Por e-mail)
OPORTUNIDADE PROFISSIONAL
Resp.: Desejamos sucesso e a certeza que não a perderemos de vista.
Resp.: Arnaldo, é só mandar que veiculamos. Aliás, já está em seu anúncio.
Estamos atendendo em novas instalações, que seguem: Rua Parnamirim, 304 - aptº 1502 Ed. Jacarandá - bl. 04 Paulista - PE - CEP: 53.417-470 Tel: ( 81 ) 3020-7779 Fax: 81 ) 3427-6833 Cel: ( 81 ) 9945-7444 - ( 85 ) 9969-3003 e-mail: mmaiarep@uol.com.br skype: marcos.mmaia
Aqui quem lhe escreve é o Arnaldo Filho, da Total Parts - Americana. Gostaria de saber se vocês fazem anúncio de emprego na revista, pois estamos precisando de vendedor. Como faço para anunciar?
VENDEDOR EXTERNO veículo, informática, experiência em vendas ou conhecimento em peças p/bicicletas
CV para: recrutamentotp@hotmail.com
NOVO ENDEREÇO
Resp.: Anotem em suas agendas.
Estamos selecionando representantes no RJ
Televendas: (21) 2603-8632
(21) 3708-5570 (21) 3022-4098
Loja // Bodão
A insatisfação deu origem a empresa Esta é a história da Metal Bodão que hoje prefere ser chamada de Bodão - Indústria de produtos Metalúrgicos Eireli-Me, devidoa um problema que em breve terá uma solução satisfatória para todos, mas, a história da empresa começa assim...
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Texto Hylario Guerrero Foto divulgação
“Comprei uma bicicleta para meu neto de cinco anos de idade, e ao sair da loja, a rodinha lateral da bike se quebrou. Havia um degrau de 5 cm. Reclamei ao dono da loja e a roda quebrada foi trocada, mas por outra igual. O proprietário alegou que não havia melhor no mercado. Daí me veio a ideia de produzir estes itens com máxima qualidade”, explica bem humorado, o diretor Armando Venturini Filho, e nos conta que em certa ocasião (1995) este seu mesmo neto, o de 5anos,
estava com dor de ouvido, foi levado ao médico. “Na volta veio correndo para me falar ''o dotor'' disse para eu colocar ''Bodão'' (algodão) no ouvido quando for tomar banho. Como estava pensando no nome para a firma, adotei o nome ‘bodão'. Hoje marca registrada no INPI, já bastante conhecida no Sul do Brasil”. A empresa foi fundada no inicio de 1995, e a partir de 21/06/2012 tem nova denominação: Bodão - Indústria de produtos Metalúrgicos Eireli-Me. Fabricam Kit de rodas laterais para aros 20” e 16” simples; Kit de rodas para aro 20”com câmbio; Kit de rodas laterais para aros 24” e 26” com ou sem câmbio;
Loja // Bodão
Rolociclo fixo e dobrável com 3 rolos; Ergociclo dobrável com 1 rolo; Suportes para paredes - vertical e horizontal para 1 e 2 lugares, e em breve, a novidade: Carretinhas tracionáveis pela bike com para lamas e dispositivo de engate, modelo exclusivo, com a patente requerida. Venturini diz que a empresa não possui departamento técnico. “Adotamos reuniões semanais para troca de ideias com todos os profissionais, e participo de todas elas, onde tento passar toda minha experiência de mais de 60 anos em metalurgia. Fui gerente de controle de qualidade em empresas de grande porte, dirigi todos os setores desde a matéria-prima até o produto final”, afirma Venturini. A empresa iniciou suas atividades num sub-solo de 180m2 (garagem do prédio próprio), hoje estão instalados em prédio de 300m2, alugado. Sempre em Porto Alegre - RS. Venturini diz que no começo contava com apenas dois funcionários que não eram profissionais especializados. “Contamos com chefe de
fábrica, profissional de primeiro escalão. Torneiro mecânico com 2400 horas de Senai. Operador de máquinas com muito tempo de profissão. Soldador Mig,Tig e oxigênio. Administração e vendas. Internet com profissionais competentes. Terceirizamos os serviços de zincagem, pintura e borrachas. Os primeiros produtos que fabricamos foram os Kit de rodas para aros14”;16” e 20”. O conjunto que se produz no Brasil é com rodas de plástico, e, para estes três tamanhos de aros. Acontece que os furos para aro 16” nas hastes têm a tendência de dobrar, chegando até a quebrar”, explica, o experiente diretor. O significado da mudança de endereço da fábrica segundo seu diretor foi totalmente benéfico. Houve a compra de máquinas especiais, matrizes com tecnologia avançada e contratação de funcionários capacitados, além de maior espaço e melhoria de qualidade. “Quanto a logística e escoamento de produtos, estamos iniciando contatos
Armando Venturini Filho e netos
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de representantes para maioria dos estados brasileiros, buscando também uma comunicação mais direta com nossos clientes, e, procurando a forma mais rápida de entrega de pedidos. Para tanto, em breve estará à disposição nosso site completo e temos feito diversas formas de divulgação através de mídia especializada, folders e catálogos com fotos de todos os produtos que fabricamos, e também do nosso parque fabril, em dimensões adequadas”, se aventura em anunciar o diretor da empresa, que, ao perguntarmos sobre planos futuros e crescimento da fábrica, ele nos dá este parecer: “Apesar de havermos tido problemas com a utilização de terceiros da nossa marca, site e imagens de nossa fábrica, eventos estes já encaminhados para a justiça. Mesmo assim, prevemos um crescimento de 20% para nossa fábrica”, credita Venturini. Atualmente a empresa se encontra em franca expansão, e atua parcialmente nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Perguntado sobre as bikes importadas, Venturini é enfático em sua resposta: “Acho modismo e exibição. Pensamento errado porque o Brasil pode facilmente produzir bikes de qualidade igual ou melhor. O brasileiro pensa sempre no mais barato, nessas condições os empresários são obrigados a fabricar para atender a maioria do povo”, e finaliza comentando: “Temos muitas expectativas ainda para este ano. Acreditamos muito na indústria nacional, e, que o mercado das magrelas e seus acessórios, será aquecido, principalmente para quem prima pela qualidade”.
Evento // Shimano Fest
Festival com competição, lançamentos, lazer e negócios O Shimano Fest,que aconteceu na Fazenda ASW OFF Road Park, em Mogi das Cruzes, São Paulo, além da diversão, foi marcado pela solidariedade. O pagamento simbólico sugerido pela empresa foi um quilo de alimentos não perecível, e arrecadou uma tonelada de alimentos
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Texto e imagens Hylario Guerrero
Competição A terceira edição do evento reuniu cerca de 12 mil visitantes e, contou com a presença dos principais atletas de bike da América Latina em competições de Mountain Bike e Downhill. Teve também, atividades gratuitas de pesca e ciclismo para todas as famílias, marcando a grande final do Zee Short DH. A competição promocional de Downhill (DH) lançou oficialmente o grupo de componentes para a modalidade, Zee e o Saint da Shimano.
A etapa brasileira do circuito Latino Americana Shimano Short Track aconteceu durante o Shimano Fest, e na prova masculina Henrique Avancini e no feminino Erika Gramiscelli ficaram com o título. O evento reuniu os principais atletas masculinos e femininos de mountain bike (MTB), além da categoria Júnior. Os vencedores garantiram vaga na grande final do circuito que acontece na Argentina, além do prêmio em dinheiro no valor de R$ 2 mil(dois mil reais). A briga masculina foi quente entre o campeão Avancini e Rubens Donizetti. Ambos disputaram lado a lado, inclusive se tocaram em alguns momentos mais
estreitos da prova. Mas Avancini levou a melhor e finalizou o Short Track em 24min11. Donizetti ficou em segundo com 24min17. A terceira posição foi para Ricardo Pscheidt. Já no feminino, Érika Gramiscelli liderou do começo ao fim. Ela terminou a prova com 25min48, e sua melhor volta foi de 2min06. O segundo lugar ficou com Roberta Stopa seguida por Isabella Lacerda. Na grande final do Zee Short Down Hill. A competição promocional inédita no país, lançou oficialmente o grupo de componentes para a modalidade, Zee e o Saint da Shimano. O campeonato
contou com a presença dos principais atletas nacionais da modalidade, que é considerada a mais extrema do ciclismo. Depois de dois dias entre eliminatórias e final, quem faturou o pódio foi o atleta Tiago Farinelli no masculino e no feminino Bruna Ulrick. Na pista com cerca de 600 metros, bastante opção de morro e excelentes gaps, o destaque ficou com Farinelli no masculino, e Ulrick. A competição reuniu mais de 50 atletas entre homens e mulheres. Tiago Farinelli foi o mais rápido e fez o percurso em 55seg19. O segundo colocado foi Wallace Miranda com 55seg65, seguido por Na-
taniel Giacomozzi, 55seg68. As mulheres não ficaram de fora e mostraram que também sabem encarar uma boa descida. Bruna Ulrick finalizou os 600 metros com 1min09. O segundo lugar ficou com Juliana Alves dos Santos com 1min11 e o terceiro lugar foi para Patrícia Valente, 1min26. A prova foi disputada em circuito de até um quilômetro dividida em baterias classificatórias de 20 min mais duas voltas. Os cinco primeiros de cada bateria foram para a disputa final em uma bateria de mesmo formato. Vale lembrar que o campeão da categoria Elite recebeu premiação em dinheiro e o direito
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Evento // Shimano Fest
de disputar a grande final do circuito na Argentina com todas as despesas pagas. Shimano Short DH - é uma competição promocional de downhill que lança oficialmente no Brasil o grupo de componentes para a modalidade, o Shimano Zee. Também reúne os principais brasileiros da modalidade que é considerada a mais extrema do ciclismo. Lazer Os 12 mil visitantes encontraram muitas aventuras e puderam participar de todas elas. A vila de expositores contou com diversas novidades do mercado da bike, teste-ride nas bicicletas, percurso aberto de cross-country para uma boa pedalada, prova infantil gratuita, show ao vivo, entre outros. Muitos dos presentes pedalaram numa pista de 600 metros de cross-country que foi aberta àqueles que já praticam a modalidade, e também para quem quer iniciar no esporte. O visitante/iniciante utilizou sua própria bike, sendo obrigatório a utilização de equipamen-
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tos mínimos de segurança como luvas e capacetes; e fizeram bike-ride e bike-ride kids – (teste-drive do ciclismo). Testaram algumas bicicletas de MTB das mais diversas marcas presentes, além de participar de sorteios. Já o bike-ride Kids foi destinado ao teste de bicicletas infantis sob a orientação de profissionais especializados. De acordo com o presidente da Shimano Latin América, Fabio Takayanagi, o evento foi um sucesso. “A cada ano aumenta o número de consumidores e marcas parceiras. O Shimano Fest é pioneiro no Brasil por reunir num mesmo lugar família, atletas profissionais da bike e também a pesca. Como o próprio nome diz, é um verdadeiro festival das atividades ao ar livre e tem o foco na bike. Essa é a terceira edição do evento que conta com atrações para todas as idades, e pudemos proporcionar o fim de semana de lazer para toda a família, que aproveitou a boa oportunidade de passeio e saiu da rotina”, comentou. Para o atleta Cris Santos, patrocinado
Shimano, que também participou da competição e fez apresentações de Bike Trial, o evento foi de alto nível profissional: “A galera das duas rodas gosta muito do lado radical dos esportes com bike. E juntar num único evento uma boa pista e um grande público foi show”. O próximo desafio de Cris é o másters de DH em Santa Catarina. Com esta ação a Shimano beneficiou cinco instituições da região de Mogi das Cruzes: Associação Maranathá de Mogi das Cruzes, Comunidade Missionária Nossa Senhora Rosa Mística, Lar Batista de Criança, Fraternidade Santo Agostinho e a ARCAT - Associação dos Renais Crônicos do Alto Tiête, onde cada uma recebeu 200 kg de alimentos. Após a ação, Fabio Takayanagi, falou sobre a iniciativa. “Contamos com o apoio da cidade para realizar o evento e por isso pensamos em reverter em ações positivas. Nada é mais valioso que o sorriso das pessoas que receberam essas doações”, destacou.
Gente que movimenta o mercado
''Luto em Luta'' um documentário real Luto, palavra triste que grava no coração da gente, e esta tristeza aumenta ainda mais dependendo da circunstância em que ela se dá, quando há uma injustiça, onde a vítima, além de ser nossa conhecida, é também alvo do desmando de seu algoz
Assim foi o ocorrido com Vitor Gurman, que no final do mês de julho de 2011, teve sua vida ceifada em acidente, uma estúpida fatalidade envolvendo um motorista embriagado, que dirigia um carro potente, em velocidade acima da permitida onde trafegava. O acidente ocorreu rua Natingui, na vila Madalena, de São Paulo. “A partir disso, amigos criaram o movimento “Viva Vitão”, com o intuito de tornar a situação do trânsito em todo o país menos caótica, através de algumas ações que conscientizem os motoristas. Difícil levantar esta bandeira... - mas não custa tentar, o que não se pode é cruzar os braços diante de tantos acidentes..., dentro desta conscientização um dos projetos, inspirado na morte de Gurman, foi a feitura do documentário ‘Luto em Luta’. Produzimos esse trabalho em memória ao Vitor, abordando a situação, insuportável e irresponsável, do trânsito brasileiro, sobre tantas vítimas da violência no trânsito, com depoimentos de especialistas no assunto", afirma o diretor, produtor e roteirista Pedro Serrano. No documentário consta entrevistas com ciclo-ativistas, já que o tema tem tudo a ver com mobilidade urbana. O filme mostra histórias parecidas com a do administrador morto quando voltava a pé para casa. O filme é uma produção independente que durou um ano para ser finalizado com custo de R$35 mil.
"Quem mora em São Paulo sabe o caos que é o transito. O transporte público é pouco eficiente, e existem pouquíssimas opções de mobilidade. Poucas pessoas tem a coragem de trocar o seu carro por qualquer outro meio de locomoção, como uma bicicleta. Sendo assim, o que podemos ver nas ruas da cidade é uma quantidade absurda de carros, com motoristas pouco responsáveis, em muitos casos. Essa somatória de fatores é o suficiente para gerar milhares de acidentes seríssimos todos os anos. Esse problema acontece não apenas em São Paulo, mas no Brasil, em geral. " "A partir desse quadro de barbáries, o diretor Pedro Serrano, um dos
participantes ativos do movimento ‘VIVA VITÃO’, lançou o documentário ‘’LUTO EM LUTA’’, abordando de forma direta e inteligente a situação caótica do trânsito no país. O material também cita outros acidentes e casos graves ocorridos por acidentes no trânsito." "Não deixe de assistir esse documentário. Ele vai mudar a sua forma de olhar o trânsito. Ou pelo menos vai fazer você refletir sobre o assunto." "O filme será exibido nas salas de cinema da rede Cinemark dos shoppings paulistas. A classificação é livre." Daniel Douek - Gerente de Marketing da Isapa
Outra história comovente O policial militar Edgard Burgatto foi atingido por projéteis durante sua atividade policial, e ficou com sérios problemas de saúde, seus deslocamentos ficaram prejudicados. Para suprir suas necessidades de mobilidade recorreu aos serviços da Dream Bike. Sergio e sua equipe criaram um triciclo especial para o Tenente Dega, como é conhecido, o militar no bairro de Vila Penteado, onde reside, na zona Norte de São Paulo. O Triciclo Praiano Elétrico tem: Aro 20" rebaixado, tração nas duas rodas traseiras, sistema exclusivo com cadeira plástica regulável; Fácil utilização e ideal para pequenos trajetos como auxílio na pedalada; Possibilidade de pedalar e acelerar simultaneamente; Rodas Aero em alumínio dianteira e
traseira aro 20", pedais em alumínio; Freios à disco na duas rodas traseiras em alumínio e cubos com rolamentos blindado; Manetes em alumínio com corte de eletricidade no momento da frenagem; - Recarregamento total em 6h, com carregador bivolt e utiliza 4 baterias de 12V x 12Ah cada; Motor elétrico com redução interna 800 WATTS; Autonomia de até 25 kms sem recarga (em condições favoráveis de uso).
Capa // A + Cicle
Empreendedor disponibiliza nova opção de atendimento aos varejistas, criando lojas que funcionam no sistema de autosserviço, oportunizando também aos médios e pequenos lojistas a otimização de seus recursos. Com o seu sistema já em funcionamento, com três lojas na Grande São Paulo, oferece atendimento ágil e fácil , independente da quantidade de produtos adquiridos
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Ideia simples, porém efetiva Texto Osmar Silva Reportagem Edison Rafael (estagiário) Foto Thais Gonçalves Monteiro e Osmar Silva
Marcos
José de Pinho, 45 anos, sempre foi empreendedor. Paulistano, com curso superior incompleto em turismo, se encontrou em situação de desemprego há 19 anos, após ter arriscado ser proprietário de duas locadoras de vídeos. Nesta situação, ouviu um anúncio de emprego em uma emissora de rádio. A oportunidade era para vendedores. “Fui até lá no dia seguinte e, para minha surpresa, quando o dono me atendeu afirmou que não havia feito tal anúncio, não estava contratando vendedores”, conta Marcos José. Dialogou, tentou convencer com argumentos que de qualquer forma esta poderia ser uma oportunidade para ambos desenvolverem um novo trabalho, que poderia
ser altamente positivo para ambos, etc. e tal. Foi eficiente, pois o empresário o contratou. A região que assumiu foi a Zona Sul de São Paulo, capital e a empresa tinha sede na cidade de Guarulhos, do outro lado da cidade, uma montadora e distribuidora de bicicletas e também de bicipeças. Começou aí a sua carreira no segmento. Foi curta a sua permanência nesta empresa, em torno de 60 dias. Porém o suficiente para se entrosar no mercado e conhecer clientes, o sistema de trabalho de distribuição outros atacadistas e alguns fabricantes. Isto iria modificar a sua trajetória profissional. “Quando deixei a empresa, eles não tiveram condições financeiras para pagar. Pelo menos,foi a alegação na época, Recebi os valores em peças, que cabiam mais ou menos
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Capa // A + Cicle
em uma caixa de embalar câmbios. Esse foi o meu pagamento”, rememora. Com os conhecimentos adquiridos, pode encontrar quem fornecesse material para ele revender. A época era de inflação e os atacados permitiam que acertasse os valores das compras em apenas uma semana. O que poderia ser uma enorme desvantagem, na verdade conspirou a seu favor. Pois também vendia para receber com os valores corrigidos. “Desenvolvi bem a minha atuação e conquistei boa clientela. À época não havia a venda de kits na Zona Leste, região onde atuava, Passei a fazer. Quando estava com bom patamar de vendas, os atacadistas perceberam a eficiência do meu sistema e começaram a investir na minha área diretamente. Foi um boicote orquestrado. Desenvolvi outras formas de fornecimento e novamente sofri a concorrência de empresas atacadistas mais fortes. Foi então que resolvi montar uma bicicletaria na cidade de Itaquaquecetuba”, relata Marcos José. A empresa durou oito anos, e neste período, também criou uma montadora de bikes com uma linha de produção de 1.500 bikes por mês, que veio a ser tornar empresa atacadista e que ainda se mantém. “Mantinha um vendedor no Vale do Paraíba e outro na região de Itaquaquecetuba. Atuei por aproximadamente um ano com esse tipo de trabalho. Depois, fiquei apenas com o atacado com vendedores que atendiam às regiões e, nesse meio tempo, vendi a bicicletaria para não configurar concorrência com os meus clientes”, conta, demonstrando já naquela época, um importante espírito ético. A empresa chamava-se Trilhas Bike, nome que foi modificado quando
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iniciou as operações como atacadista para Suntrek e posteriormente A+Ciclo, que permanece há sete anos. Neste contexto de 19 anos, a empresa evoluiu, enxugou o sistema e mantém uma administração eficiente com poucos elementos. De qualquer forma, como todos os sistemas continuamos a buscar maior otimização, segurança e eficácia em nossa atuação. Um novo conceito de atendimento ao varejo “Nós fomos vítimas de tentativas de assalto na região. Fiquei desanimado quanto à necessidade de trabalhar com muitas pessoas e passei a analisar as possibilidades de diminuir a quantidade de pessoas envolvidas no processo. Criar um estabelecimento mais tranquilo e seguro. Foi assim que nasceu o nosso novo sistema de atendimento descentralizado do varejo”, explica. A solução encontrada e já em funcionamento aparentemente é simples. Porém, dizem que o óbvio é o início das coisas geniais. Marcos criou o sistema de implantar várias lojas, com o sistema de autosserviço, cada loja com estoque próprio e código de barras registrado e check outs. “O cliente seleciona nas gôndolas, dentre os nossos três mil itens, o que necessita e vai direto ao caixa. Simples, sem problemas. Ele só compra o que realmente precisa na quantidade que quiser”, detalha o funcionamento do sistema. Segundo Marcos José os itens de maior giro nos ‘postos’ são os pneus importados, a razão ele reputa aos preços destes produtos. Aqui, Marcos José aproveita para analisar a situação do mercado nacional de bicipeças: “Deveria
" Todas as inovações destinadas ao nosso mercado são importantes"
haver uma atuação como na China, pois o Governo é parceiro do comércio nacional. Faltam incentivos oficiais. Mas, de qualquer forma, no mercado de bicicletas vendem-se de tudo, e a indústria nacional está começando a melhorar. Nosso público está mais exigente. Antigamente, se questionava muito os preços, hoje estão dando mais importância à qualidade. De certa forma, ainda não foi dada a oportunidade para que os consumidores realmente se interessem pelas bicicletas. Até por que, houve redução de IPI, porém isso não impactou positivamente no nosso mercado. Na verdade, houve aumento nos preços dos produtos”. Voltando ao novo empreendimento, Marcos considera: “Todas as inovações destinadas ao nosso mercado são importantes. Nosso poder compra agora é diferente, trabalhamos com lojas menores, porém juntando o consumo de todas os números são de uma grande. Dessa forma, temos poder de compra compatível e, assim temos condições de adquirir diretamente de fabricantes”, prosseguindo, “Oferecemos atendimento diferenciado por ser mais dinâmico e necessariamente, nossos clientes têm que comparecer às nossas lojas. Não mantemos contatos por intermédio de representantes”. A expectativa do empresário é de médio prazo expandir a rede de lojas (auto serviços) e abrir mais quatro novos postos em locais estratégicos da Grande São Paulo. “Precisamos incentivar a formação de novos profissionais capacitados, para que de alguma forma, possam orientar os clientes quanto à utilização de um modelo mais específico, se para lazer, esporte ou passeio. Quando o comprador
é atendido com atenção, ele terá mais prazer e interesse em pedalar. Além de muito provavelmente, recomendar essa loja para as pessoas de seu relacionamento. Em fim, todos ganham. A grande dificuldade em uma bicicletaria é a falta de oferta de mão-de-obra especializada em mecânica de bikes. É necessário fazer com que a profissão seja devidamente reconhecida. Estamos procurando alternativas para equacionar o problema”, avalia. Marcos José tem ideias interessantes que se concretizadas alavancarão os resultados notoriamente para o conjunto de empresários do setor. ”Trabalhar com bikes tem sido uma nova forma de avaliar status. O lojista se impõe como comerciante ou empresário em qualquer escala. Nossos parceiros estão com bom mercado e têm a exata noção do que representa isto. Existem muitas pessoas bem sucedidas e, quanto mais estiverem capacitados, mais elevarão o nível, o padrão dos produtos que comercializam, e consequentemente, seus rendimentos financeiros também se elevarão. Os comerciantes que vão às minhas lojas, são valorizados, pois eles são as engrenagens do sistema”, finaliza sempre no mesmo tom otimista de quem sabe que vai realizar. A administração da empresa é composta por Hector David de Pinho, 20 anos, com funções nas atividades e implantação de sistemas de TI e Ana Carolina Godoi de Pinho, 18 anos, na área financeira. No departamento de compras, além do diretor Marcos José de Pinho, a gerente Jaqueline e, em cada loja um gerente geral com mais três colaboradores. O escritório fica na cidade de Mogi das Cruzes.
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Especial // Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro ciclista n達o anda de bicicleta, desfila ...
Foto de abertura: Amazonas Bike
Rio de Janeiro, das belas paisagens, Cristo Redentor no Corcovado, Bondinho, Pão de Açúcar, Morro da Gávea... Praias com gente bonita..., do Leme ao Pontal, como disse o ‘Síndico’ Tim Maia. Maracanã dos lendários Fla-Flu. Da devoção na igreja da Penha - suas escadas de promessas e sonhos. No subúrbio: Madureira e o samba de primeira. Também tem o cais e a Ponte RioNiterói. E, o mais importante: o povo descontraído. No Rio as ciclovias são mais alegres e coloridas. Neste cenário as bikea desfilam a sua leveza, esbanjando saúde, integrando pessoas, novos hábitos e uma incrível predisposição para a felicidade. Muitos empresários têm contribuído para esta realidade, com seus comércios, suas lojas prontas para fornecer aos consumidores o melhor que se produz no Brasil e no mundo. Com o jeitinho carioca, e fluminense, de ser e viver... Único, inigualável! Texto: Osmar Silva e Joelma Farias (estagiária) Fotos: Equipe Luanda
Especial
// Rio de Janeiro
BIKE SHOW
O Rio sempre estabeleceu grande fascínio nos brasileiros do Nordeste. BIKE SHOW Com lojas em Taquara, Campo Grande, Realengo e Recreio fica claro o sucesso alcançado pelos irmãos Flávio e Fabio Lopes Rodrigues, no segmento. A Bike Show está consolidada em 15 anos de atuação, dando continuidade ao incentivo proporcionado pelo pai que foi representante de vendas e auxiliou na montagem da primeira loja. “Hoje em nossas lojas temos bikes de R$299 ate R$15mil..., estamos felizes com o mercado atual e patrocinamos o atleta mineiro Marcelo Cardoso Portela, com a ajuda da empresa KHS”, afirmam uníssonos os jovens empresários. Para resolver os problemas de instabilidade no mercado, principalmente os originados por produtos de baixa qualidade, e ainda a concorrência das redes de magazines, estão centralizando a administração e compras das lojas em um só endereço. “Compramos e distri-
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MOTOCICLE ROCHA MIRANDA
buímos para as quatro lojas em um só galpão. Com isso, evitamos comprar produtos que já temos em estoque. Os clientes têm priorizado comprar de lojas especializadas onde obtêm atendimento melhor e garantia maior”, dizem. Realizando este atendimento em cada etapa da venda são 40 funcionários, em3 mil m2 onde disponibilizam produtos nacionais e importados. Os produtos mais solicitados são as bicicletas das marcas Merida, KHS, Focus, entre outras; pneus e câmaras, e, itens da Shimano. “Atendendo da linha intermediária para a top. O mercado está crescendo e o consumidor está se conscientizando pela qualidade e não só visando o preço. Procura negociar, mas quer qualidade e isso tem feito com que as lojas fiquem mais especializadas”, pronunciam e continuam: “Neste ano, 2012, ganhamos o ‘Premium Bike Shop 5 Estrelas’ da Caloi. Participamos do programa ‘Shimano Service Center’ e somos os únicos no Rio de Janeiro a ter o sistema Custom-fit da Shimano”.
MOTOCICLE ROCHA MIRANDA Após 32 anos a superação de obstáculos e realizações, Jader Machado Amaral planeja inaugurar uma filial da sua Motocicle Rocha Miranda na Barra da Tijuca. Como o seu pai, Sr.Amaral que desde criança trabalhou com bicicletas, Jader segue essa trilha. Em 1972, o Sr.Amaral comprou a sua primeira loja, a Cicle Rubis, o filho trabalhava com ele. Dez anos após, construíram a sede própria e criaram a Motocicle. Jader assumiu os negócios com o falecimento do Sr.Amaral em 2007. “Neste período, enfrentamos as dificuldades da economia do país que refletiram também no ramo. Em particular, sofremos também com a questão do capital de giro necessário para os investimentos. Resolvemos estas e outras tantas, com dedicação, no investimento em qualidade e bom atendimento aos clientes”, declara Jader. A empresa tem sede própria com 800 m2, contrata os serviços de 13 pessoas e, como a maioria, oferece produtos nacionais e importa-
Especial
// Nordeste
RJ BIKE
dos. “Vendemos muitos pneus e câmaras, roda livre e itens da Shimano. Os clientes não procuram exatamente por importados, eles pedem uma sugestão do que é melhor” explica Jader. Segundo o empresário, o mercado está crescendo. “Os clientes se preocupam com a qualidade e nós ao observarmos isso, optamos em trazer produtos que atendam esta demanda. As bicicletas, por exemplo, trabalhamos com uma linha com preços de R$ 210 a R$ 2 mil. Existe no momento, um crescimento muito bom no consumo de bikes intermediárias” explana. RJ BIKE Experiente no ramo de bicicletas, Klauss Lopes Granja, viu a possibilidade de abrir sua loja de bikes e acessórios RJ Bike situada no Rio de Janeiro, e a filial ES Bike, em Bom Jesus do Norte, ES, e não desperdiçou tempo. Há oito anos no mercado, Klauss pode enfrentar e vencer uma série de dificuldades com relação a parcerias, capital de giro e fornecedores por
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RTS BIKE MOTORS
ser novo no ramo. “Passei por muitas situações complicadas, mas superei as dificuldades com muito trabalho, conquistando a confiança de fornecedores e clientes”, afirma Klauss. Hoje, em suas lojas trabalham oito funcionários, grande avanço para quem iniciou suas atividades sozinho. A RJ Bike possui 700 m2, enquanto que inicialmente o estabelecimento ocupava um espaço de apenas 60 m2. A RJ e a ES Bike, trabalham com várias marcas nacionais e importadas. Há uma grande procura pelos pneus e câmaras, pelo público em geral, e produtos da Pirelli pelos ciclistas. “Esse segmento de mercado está em expansão, e a bicicleta comum é o item que mais vendemos”, diz Klauss que complementa, “há um crescente número de usuários de bikes, mas as vendas estão oscilantes”, conclui. É preciso mais incentivos, por parte dos governantes, aos ciclistas e na criação de ciclovias e ciclofaixas pelo país. Isso faria uma grande diferença ao meio ambiente e alavancaria as
vendas de bicicletas no Brasil. RTS BIKE MOTORS Antes de conquistar a sua loja, Rafael Fonseca sempre gostou de bikes. O fator determinante que o fez ingressar nesse mercado, foi uma matéria em um jornal que anunciava investimentos do governo nesse segmento, e em 2008 nasce a RTS Bike Motors. Localizada no Rio de Janeiro, a empresa tem Rafael Fonseca como sócio proprietário e diretor. Tatiana e Semir Fonseca, também são membros da diretoria da RTS. Há quatro anos no mercado, a empresa possui cinco funcionários e ocupa um espaço físico de 400 m2 em prédio alocado. Rafael também ressalta que antes o espaço era menor, cerca de 200 m2, e eram apenas três funcionários. “A abertura da loja foi em período de crise financeira mundial, precisavam de capital de giro, mas devido a crise os juros estavam muito altos”, relembra o sócio da RTS que completa: “superamos a crise com trabalho em
BICICLETAS MACHADO
equipe com objetivo de fidelizar nossos clientes”, afirma. A loja é especializada em venda de bikes, e de acessórios nacionais e importados e os produtos mais procurados em sua loja são bicicletas montadas, pneus e câmeras. Com o mercado aquecido, Rafael acredita que o governo pode incentivar muito mais os ciclistas e tem uma visão otimista para o futuro, “hoje, as bikes estão com mais visibilidade na mídia e quem sabe, daqui para frente, isso possa ser bastantepositivo para as vendas”, conclui. BANGU - talvez seja a região mais quente da cidade. Conhecida pelo time de futebol; o vermelho e branco do Mestre Ziza; a fábrica de tecidos, com o mesmo nome, e origem dos concursos de misses nacionais. ‘Reino’, por longo tempo, do seu Castor BICICLETAS MACHADO Lá está, há 55 anos, a Bicicletas Ma-
PONTO CHIC
chado. Fundada por Eulálio Machado Portela que veio do Piauí e por indicação do irmão que fabricava capas de bancos de bicicletas, foi trabalhar em uma oficina, a Irmãos Machado. Coincidência ou não, o nome já indicava o futuro de seu Eulálio. Dois anos depois, a nova denominação Bicicletas Machado que permanece. Seu Eulálio faleceu em 1996 e o filho Francisco Machado assumiu os negócios, juntamente com a irmã Claudina Machado. Para auxiliá-los têm Leonardo Machado, filho de Francisco, como gerente. A terceira geração na história da empresa marcada por superações de problemas como a importação desenfreada de baixa qualidade; ST que penaliza os empreendedores; variação do câmbio, em especial do Dólar... “Estabelecemos bom diálogo com os fornecedores, participamos de feiras e eventos em busca de novidades e parcerias. Além do que, hoje, melhorou a qualidade dos produtos importados” contextualiza Leonardo. A sede é própria e ocupa 800 m2, e a marca de maior conhe-
cimento dos clientes é a Royal Ciclo. “Os produtos importados alcançam bons níveis de vendas, já que têm preço, qualidade, e, em alguns itens não existem similares nacionais como é o caso das correntes e rodas livre”, explica o gerente. Na região, a bicicleta é importante meio de transporte individual, daí a forte demanda das bikes comuns. Porém, a loja oferece bikes no valor de até R$1.500. PONTO CHIC DAS BIKE O início profissional no setor de Alex Fernandes Barcellos foi trabalhando como balconista, porém, sempre teve em mente, ter a sua loja. Foi vendedor de uma distribuidora para assim amealhar recursos para realizar os seus planos. Finalmente, em 2008, conseguiu o seu intento. Montou a Ponto Chic das Bikes em Padre Miguel. As questões complicadoras não são diferentes da maioria. Resolveu arriscar e ser dono de um comercio. Alex porém, contou com a ajuda de amigos e da empresa onde foi vendedor, vendendo com-
Especial
// Rio de Janeiro
OESTE STILO
pagamentos a prazo. O prédio ainda é alugado, em uma área de 1.100 m2 e tem sete funcionários, sendo que a Pirelli é a marca mais solicitada. “ A procura de bikes mais modernas, com maior tecnologia, tem crescido. Mas ainda assim, o mercado das bikes tradicionais se mantém e o volume das intermediárias, cresce. No geral, o mercado apresenta-se bom” pondera Alex. OESTE STILO Poucas empresas conseguem consolidar o seu sucesso. Sérgio Luiz de Barros, sócio-proprietário da Oeste Stilo, situada em Campo Grande, Rio de Janeiro, tem uma forma personalizada de atender e fidelizar seus clientes e por esse motivo, já está há seis anos no mercado de bicicletas. O projeto veio de um sonho antigo de Sérgio em construir um local especializado para atender os amantes de bikes. “Já tinha o conhecimento de peças e mão-de-obra e com muita dedicação e trabalho consegui um espaço
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CICLO PIABETÁ
de 100m2 e dois funcionários para começar”, diz Sérgio. Com o tempo, o sucesso veio e houve a necessidade de contratar mais profissionais para melhor atender seus clientes. Hoje já são 13 funcionários e com movimento constante, é possível fazer com que esse quadro de funcionários cresça ainda mais. Com marcas variadas, produtos importados e especializado nas vendas de Shimano, Pirelli, Kenda, entre outros, Sérgio vai realizando seu sonho aliado ao sucesso nas vendas. “As bikes comuns, raio, aro, câmara e pneu, também têm bastante procura na nossa loja entre outros acessórios”, afirma Barros. A qualidade dos produtos e o atendimento, fazem o diferencial da empresa Oeste Stilo, e o futuro promete muitos anos de vida a mais pelo atendimento personalizado oferecido aos seus clientes. CICLO PIABETÁ João Elias Tertuliano era funcionário
de uma loja, e com o seu desenvolvimento nos negócios, passou a ser sócio. Com o falecimento do sócio em 2003, João Elias adquiriu a parte dele junto aos herdeiros e tem Isabela Priscila Castilho Tertuliano, como diretora da loja sediada em Magé há 22 anos. Para João Elias o maior entrave para o negócio, são os muitos impostos. Ainda assim, tem conseguido seguir, e atualmente conta com a colaboração de sete funcionários, em espaço de 360 m2, em sede própria. A Ciclo Piabetá oferece aos seus clientes extensa e variada gama de produtos nacionais e importados, e, segundo João Elias as marcas que têm a preferência são Levorin e Pirelli, já que os produtos de maior venda são pneus e câmaras de ar. “O cliente, muitas vezes, não sabe se o produto é ou não importado”, explica João Elias. Bicicletas com valor de até R$ 2.300, são as que apresentam maior demanda, porém aquelas mais simples ainda superam o volume de vendas, comparando às outras num mercado
Especial
// Rio de Janeiro
REAL CICLE
bom, e sem motivos para reclamações de João Elias, que lamenta apenas a ciclovia da cidade ter sido mal elaborada. "Talvez, se houvesse tido um melhor planejamento poderia colaborar para a evolução dos índices de vendas”, pondera. REAL CICLE Há 21 anos Kleber Ismael Ferreira e Elias Ismael Ferreira iniciaram a Real Cicle, na cidade de Cabo Frio, e possuem filiais em São Cristovão, com o nome de Real Motociclo e, também em São Pedro da Aldeia, a Ciclo Aldeense. Este é o resultado do trabalho com bicicletas, iniciado aos 8 anos de idade por Elias Ismael. Os seus problemas no geral são os mesmos que ’atazanam’ os seus pares, acrescentando os juros bancários vigentes. “Utilizamos 21 funcionários em nossas atividades no espaço de 1.450 m2 e sede própria. Os produtos da Pirelli são os mais vendidos. Quanto aos importados, Kenda e Shimano lideram. E, apesar da grande concorrência, situamos o patamar de
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CICLE RODA LIVRE
vendas como médio, com as bicicletas comuns em maior número de vendas. Temos algumas ciclovias na cidade. Não como gostaríamos e são necessárias”, enfatiza Elias. CICLE RODA LIVRE Edelson Figueiredo Bizarria é mais um que foi dominado pelo segmento das duas rodas. Ele possui a Cicle Roda Livre, há 20 anos em Itaperuna, e a Bike Show situada em Bom Jesus do Norte, no Estado do Espírito Santo. Desde criança, Edelson já trabalhava em oficina de bicicletas. Daí, montar a sua loja foi o próximo passo. “Não foi de todo fácil, como conseguir capital de giro. Focou em muito trabalho e altas doses de persistência” disse Edelson. O negócio teve início apenas com ele e o irmão, agora conta com 12 colaboradores contratados. O espaço ocupado era de 12 m2, comparados aos 500 m2atualmente, o que denota grande progresso. Sua clientela pertence a um perímetro de 400 Km, e realiza as entregas com frota própria.
I.S. DA SILVEIRA
“Fornecemos as principais marcas nacionais e importadas. Os clientes têm preferência pelos produtos da Shimano. Pena que não haja incentivo para maior utilização de bikes”, comenta. I.S. da SILVEIRA O nome da empresa são as letras iniciais e o nome do proprietário: Ismael Souza Silveira. Ele não deixou por menos, como se pretendesse marcar com a sua personalidade, sem deixar dúvidas - a origem, criação e histórico desta empresa que iniciou há 37 anos, influenciado por um tio que anteriormente, também montou uma loja: a “I.S. Silveira”, que está localizada na cidade de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense e mantém dois vendedores externos para atender clientes num raio de 200 km e serviço de entrega própria, no prazo máximo de 48h. Silveira desenvolveu suas atividades durante esses anos e superou com trabalho e persistência as dificuldades inerentes. Só uma
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Especial
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A FACEIRA DAS BIKES
ainda o incomoda: a concorrência, nem sempre ética. Porém, a sua clientela é fiel e o prestigia com preferência. “Geralmente vendemos os produtos que temos no estoque. Nossos clientes não se preocupam com as marcas – o que lhes interessa é a qualidade. Nisto eles sabem que temos cuidado, e que podem confiar”, afirma Silveira. A sede é própria e tem 700 m2, onde quatro funcionários atendem às necessidades do dia a dia, e das vendas que em sua maioria, são de produtos populares, mesmo os importados. Na cidade, segundo Silveira, não existem ciclovias ou ciclo faixas, o que ajudaria no desenvolvimento dos negócios, principalmente nas tradicionais épocas de baixa, quando o mercado fica instável. “Os produtos mais solicitados são pneus e câmaras” conta Silveira. A FACEIRA DAS BIKES O nome não poderia ser mais sugestivo: ‘A Faceira das Bikes’. Os seus diretores, José Abelardo de Freitas, Luiza de Freitas e Maria Célia coman-
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CASA IGUAÇU
dam a Faceira, e tem como gerente da empresa José Antonio de Freitas. A Faceira das Bikes já completou 50 anos de existência e, Nova Iguaçu é a cidade onde desenvolvem suas atividades em 500 m2 de sede própria e oito funcionários. O patriarca da família nasceu em Minas Gerais e lá trabalhava numa retífica de motores. Resolveu mudar, de atividade e de cidade, e, montou a loja tendo como companheiro de iniciativa o irmão. “Estamos felizes por participar deste conceito de desenvolvimento sustentável através da bicicleta e agradecemos a Deus por tudo que tem feito em nossas vidas”, afirma entre agradecido e fervoroso José Antonio, continuando “o nosso mercado é muito inconstante e, também faltam incentivos do governo aos pequenos empresários. Sem falar da concorrência...” . As dificuldades têm sido superadas com criatividade, fidelizando os clientes e, principalmente oferecendo bom atendimento. Na Faceira, os pneus e câmaras também são os produtos líderes em procura
e vendas, e, as marcas Shimano e Levorin, se destacam como as mais conhecidas e solicitadas, segundo o gerente José Antonio. Os preços são o principal atrativo para a venda dos produtos importados: corrente e raptyfire, itens de maior número de venda. “Trabalhamos com três linhas de produtos: popular, intermediária e top. As intermediárias e tops são os modelos que vendem mais, num mercado em crescimento na cidade que infelizmente não conta com incentivos para a implantação de ciclovias e ciclo faixas – o que poderia aquecer ainda mais o consumo”, comenta em rápida análise o gerente. CASA IGUAÇU Entre as mais tradicionais lojas do Rio de Janeiro está a Casa Iguaçu, de Alice Reis de Freitas e Walter Abelardo de Freitas. São 46 anos completos de atividades, sendo que Walter têm 55 anos no segmento. Ele chegou ao Rio vindo de Muriaé, Minas Gerais onde era mecânico de automóveis. Não se
Especial
// Rio de Janeiro
CICLE SÃO JORGE
adaptou à cidade Maravilhosa e voltou. “Encontrei um primo que tinha uma loja de bicicletas e, ele me convidou para entrar no setor. Aprendi, gostei e estou até hoje”, conta Walter. Voltou para o Rio, porém não quis se estabelecer na Capital. Seguiu para Nova Iguaçu e montou a sua loja em 1966. “No ano seguinte, comprei o local onde estavam a minha residência e a loja. Passamos por uma crise comercial em 68 e a consequência foram os atrasos no sistema de recebimento. Também tivemos dificuldades para quitar valores do imóvel e de fornecedores. Porém, resolvemos todas as questões negociando prazos e pagamentos com os bancos e fornecedores”, lembra Walter. A loja em prédio próprio tem 800 2m e emprega onze funcionários. “Temos uma variada gama de produtos nacionais e importados, pneus e câmaras são os de maior giro. As marcas Cairu e Eninco são as mais lembradas por nossos clientes. Corrente, roda livre, freios Logan e câmbios são os importados mais vendidos” relaciona. O que-
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ELIDA BICICLETAS
sito bikes montadas, Walter trabalha com a linha comum e intermediária, sendo a segunda a que vendem em maior número. Segundo o veterano comerciante, a única ciclovia da cidade não é respeitada, com motoristas estacionando automóveis e caminhões que impedem a sua plena utilização. CICLE SÃO JORGE (Bazar Nascimento Souza) “Em 1979 montei um bazar, vendia papelaria, louças, plásticos, alumínio, etc. Percebi o crescimento do consumo de bicicletas na região em 92. Migrei para o setor montando a loja Cicle São Jorge”, explica o proprietário Odilon Salazar de Souza. A cidade de Belfort Roxo é o local da empresa, e Odilon, como quase todos novos empresários encontrou resistência para conseguir crédito. Bancos e fornecedores, sempre têm postura conservadora nas análises quando ainda as empresas estão iniciando sua trajetória. Mas, também, como todo cidadão sério e honesto, Odilon conseguiu completar
as suas metas. Permanece no setor comercializando produtos nacionais e importados com as suas principais marcas. “A Pirelli, com pneus e câmaras, é a marca mais solicitada por meus clientes. Selins é outro item muito procurado. As bicicletas, por aqui continuam preferencialmente sendo consumidas as mais comuns, num mercado aquecido”, detalha. O proprietário reclama do total descaso dos poderes constituídos para a viabilização de meios e vias para a facilitação do uso da bicicleta na cidade. ELIDA BICICLETAS Manter uma empresa viva por 32 anos já é uma façanha considerando-se as condições impostas pelo governo e o sobe e desce da economia neste período. Jordi Raposo dos Santos Filho conseguiu. Além de manter a sua Elida Bicicletas em São João do Meriti, conseguiu também, ampliar o número de lojas. São 2 em Meriti, 1 em Nova Iguaçu e outra em Queimados. “ A família já tinha tradição no setor, e seguiu o cami-
Especial
// Rio de Janeiro
H.O CAMPOS
nho. Meu pai fabricava capas de selim e astes de paralamas. Seu irmão mais velho, era lojista. Então, foi só seguir” conta o carioca Jordi. A crise no setor em 2005, fez alguns estragos dentro do mercado e ele também sentiu consequências. Porém com a colaboração de alguns representantes, além de seu trabalho competente, superou. “ O galpão da empresa é próprio e as lojas são alugadas. Temos 30 funcionários e um estoque completo de produtos nacionais e importados” explica. Os produtos Pirelli se destacam na preferência dos clientes e praticamente, os importados tomaram conta do espaço, segundo Jordi. “ Vendemos linhas de bikes comuns, mas também as de maior valor e qualidade. Ainda não é o nosso forte. Pensamos em investir de acordo com a evolução do mercado” explana precavido. “Em Meriti as bicicletas são utilizadas mais para
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TORNADO BIKE
lazer, enquanto que em Queimados, usam para transporte” disse. H.O CAMPOS Em Caxias, a terceira geração já está assumindo os negócios da família. Hélio Orlandini Campos comprou a loja do pai,Walfrido de Araujo Campos em 1972. O nome na época era W.O Campos, na mesma rua de Caxias, porém em outro local, onde existia em 1952. Hélio já trabalhava por lá. Mudou o nome da empresa para H.O Campos, mantendo a tradição. Desde 90, o seu filho Walfrido Lima Campos, neto do seu Walfrido, está atuando na empresa,a terceira geração da família no segmento. Enquanto isso, muitos que ingressaram no setor, não tiveram fôlego, abriram mão e não conseguindo acompanhar as muitas alterações da economia, desistiram. “Empregamos sete profissionais e,
temos sede própria de 1100 m2. Nossas vendas baseiam-se em 65% de bicicletas modelos comuns e 35% intermediárias, mais pneus, câmaras, produtos importados e itens Shimano, sendo que a marca mais lembrada é Levorin” explica Hélio. TORNADO BIKE Após trabalhar no ramo de bicicletas por 16 anos, José Wilton de Sousa não conseguiu mais se imaginar em outro segmento. Por outro lado, a empresa não podia mais comportar um funcionário com seu grau de conhecimento em qualquer nível hierárquico, foi então que José Wilton decidiu montar a sua própria loja. Assim surgiu a Tornado Bike, localizada em Belford Roxo, Rio de Janeiro, que já está na ativa há três anos e possui uma filial em Duque de Caxias,
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// Rio de Janeiro
MILLAS BIKE
no mesmo Estado. No início, José Wilton tomou para si a responsabilidade de cuidar e gerir sozinho o seu investimento. Hoje, ocupa 100 m2 e possui dois funcionários que o ajudam a tocar loja em um espaço alugado. A Tornado Bike trabalha com diversas marcas nacionais e importadas, mas os itens mais procurados são da Caloi e Shimano. “Trabalhamos com diversos tipos de bikes, mas as comuns são mais vendidas”, diz José Wilton. Sucesso não chega por acaso, mas com trabalho e esforço. O fundador da Tornado sabe disso e está cuidando do seu negócio para firmar a sua marca, com esperanças de um futuro promissor para a sua empresa. José Wilton sabe que a vitória pertence apenas aos lutadores. MILLAS BIKE Reinaldo da Silva Castilho é contador e
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pelo fato de seu filho mais velho gostar de bicicletas e motos, ficou motivado para abrir uma loja de bicipeças. Foi uma boa ideia. A loja de Mendes em 20 anos transformou-se em uma rede, com filiais em Vassouras, 2 em Paracambi, 1 em Seropédica e 1 em Barra do Piraí. Reinaldo é o presidente das empresas, mas continua contador. Assim, conhecedor da área, pode enfrentar e superar o maior problema que aflige qualquer novo empreendedor: os tributos que são muitos e pesados para qualquer estrutura. ” A multiplicidade do mesmo produto, é outro complicador. Muitas vezes um fabricante começa a fabricar um produto, depois este mesmo item, começa a vir de fora e quando se vai comprar pela segunda vez, o lote está com outra qualidade, diferente. Só mesmo estabelecendo uma profunda parceria com os representantes de vendas, pudemos superar
este entrave”, conta Reinaldo. Pirelli é a marca de maior recordação entre os seus clientes que são atendidos em suas diversas áreas por 40 funcionários. A empresa é proprietária de 60% dos imóveis que ocupa e os produtos importados são procurados em função de preço, a exceção de Shimano. Mesmo estando em uma região cuja renda per capita é considerada baixa, a tendência é de sensíveis aumentos no consumo e de usuários de bicicletas. “70% de nossas vendas concentram-se em bikes comuns, os outros 30% de intermediárias. Acreditamos em crescimento do mercado devido à campanhas favoráveis ao meio ambiente e a saúde.Na cidade de Seropédica há um trecho de ciclovia importante, ligando à Universidade Rural”, informa com segurança Reinaldo.
Especial
// Rio de Janeiro
AMAZONAS BIKE
Niterói de Araribóia e dos Termiminós, herói e povo indígena brasileiro que juntamente com os portugueses, lutaram e expulsaram os franceses do Rio de Janeiro. AMAZONAS BIKE Julio Cezar Resende dos Santos ocupa o cargo de diretor comercial da empresa que iniciou suas atividades há 28 anos. Joaquim Resende dos Santos, seu pai, que como muitos portugueses por aqui aportaram em busca de maiores e melhores horizontes, se empregou na Cicle São Bento de propriedade de um tio e por alguns anos ficou por ali, como que se localizando. Depois abriu o seu próprio negócio, a Cicle 7 de Setembro, em sociedade com o irmão, Manuel Nunes dos Santos que há pouco também chegara ao Brasil. “Mantiveram-se sócios até o falecimento de Joaquim em 1970,
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quando Manuel deu continuidade aos negócios. Em 1975 abriu outra loja. A ‘Central de Bicicletas Niterói’. O mercado evoluiu, a demanda de clientes cresceu e foi necessário construir novo prédio para abrigar a empresa e, em 1984 foi inaugurada a Amazonas Bike”, conta Julio Cezar. A sociedade atualmente é composta por: Claudio da Silva Santos, Adriano da Silva Santos, Cristina Nunes dos Santos, Adriana da Silva Santos e Julio Cezar Resende dos Santos que já atuava na empresa desde a abertura da ‘Central de Bicicletas’, tendo recebido participação societária dos primos sócios e filhos de Manuel, a partir da inauguração da Amazonas Bike. “A Amazonas Bike tem como seu forte o varejo de bicicletas prontas, tendo como foco bicicletas de maior valor agregado e modelos importados”, relata Julio Cezar. Atendem a
Capital, Grande Rio, Baixada, a zona metropolitana e região dos Lagos e, como entrave aos negócios, Julio Cezar não foge a regra e aponta a grande carga tributária, redução de Markup e a concorrência predatória. “Superamos essas e outras dificuldades dando assistência no pós-vendas, não deixando o cliente desamparado. Às vezes o cliente compra uma bicicleta em magazine, mas não tem suporte depois da compra. Aqui acompanhamos o cliente, estando sempre à disposição”, destaca enfático. A estrutura da Amazonas é ampla e própria, tendo 1600 m2 de loja, 1mil m2 ocupados pela montadora, e outros 1mil m2 de depósito com a utilização de 40 funcionários. Preferem comercializar produtos nacionais, exigindo qualidade, porém quando não há opção, adquirem importados. “Trabalhamos com todo tipo de bicicleta. Modelos
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BIKE CENTER
no valor de R$130 a R$15 mil, inclusive as elétricas. As comuns, ainda têm maior venda, mas as intermediárias e tops, têm crescimento significativo”, explica. Outrora, grande produtor de cana de açúcar, engenhos e usinas de açúcar e álcool, hoje Campos de Goytacazes move a sua economia com o petróleo extraído em seus limites marítimos BIKE CENTER José Ricardo Menezes de Oliveira começou a sua loja em Itabapoana em 1986, depois, migrou para Campos onde criou há 10 anos a Bike Center. Na sequência, outra loja em Bom Jesus de Itabapoana e mais uma em Macaé, mesmo com dificuldades em obter capital de giro. Trabalhou muito e conseguiu vencer! Atualmente, em-
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BIKE MANIA
prega 30 funcionários no total dos três endereços, e a loja de Campos está em sede própria, com 1 mil m2. Bom desempenho para quem iniciou com dois funcionários em apenas 80 m2. “Trabalhamos com as melhores marcas nacionais e importadas. Pneus, câmaras e bicicletas são os itens mais vendidos, sendo que a marca mais procurada é a Levorin. As marcas de produtos importados com maior giro são: Shimano e Kenda”, afirma José Ricardo. A tendência de consumo de bikes com mais tecnologia e consequentemente, maior valor agregado, também está acontecendo em Campos e na Bike Center, especificamente. “Este mercado é muito bom, porém, as bikes comuns ainda detêm maior número de vendas. O mercado está em franco desenvolvimento e, podemos creditar como fator principal a construção de um porto na cidade, assim,
tem aumentado os usuários ciclistas“, ressalva. BIKE MANIA de CAMPOS Ser comerciante de bikes e peças foi um processo natural para Daniele Rangel Simão. Seus pais já estavam no setor quando ela nasceu. Ela está atuando há três anos. Encontrou alguma dificuldade no início com a questão do capital de giro. Depois, a inadimplência foi outro fator complicador. Porém, ambos superados. Os recebimentos têm sido normalizados, mesmo que aos poucos. Quando iniciou, apenas ela, o irmão, Geovane Rangel Simão e um sobrinho trabalhavam na loja. Atualmente são eles e mais 13 funcionários em espaço de 710 m2 próprios. Além das câmaras de ar, eixos são os produtos mais vendidos no estabelecimento, onde preferem as marcas Vzan, WRP e Viper,
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BIKE CIA
entre outras. Como em outras lojas, correntes e roda livre são os importados mais vendidos. “Isso ocorre em função de preço, qualidade e não existência de similares nacionais”, explica Daniele que pretende investir em bikes mais sofisticadas. A Bike Mania atende clientes em um raio de 250 km com frota própria e entrega programada. “Só lamento que não haja incentivos para a utilização das bicicletas como meio de transporte. O número de usuários não tem crescido e isso reflete no consumo. A prefeitura não construiu ciclovias, tão pouco ciclo faixas. Nada, nada..., nem um centímetro” explana Daniele. BIKE CIA Quando Ted Marques de Oliveira ainda era menino, pediu emprego ao proprietário de uma pequena bicicletaria. Este, talvez desejando diminuir o
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entusiasmo do menino, lhe ofereceu apenas uma pequena porcentagem do valor de um salário mínimo como pagamento por seu trabalho. Persistente e otimista, contrariando a expectativa do comerciante – aceitou! Mal sabia este comerciante que ali estava um futuro empresário. Com a venda do espaço onde estava sediado o pequeno comércio, o patrão resolveu encerrar as suas atividades e pagou Ted com uma - também pequena - quantidade de bicipeças. Foi o suficiente para que ele, Ted desse início ao seu próprio negócio. Em 20 anos de atividade, a empresa cresceu. Hoje, com duas filiais, em Santa Cruz, e outra em Itaguaí. Conta com 35 funcionários e ocupa área de 1700 m2. Muito promissor para quem começou apenas com a ajuda de um irmão como funcionário, num espaço de 12 m2. Porém, não foi simples obter este crescimento. Houve
muitas dificuldades, tais como, obter reconhecimento por parte dos fornecedores; as mudanças na política e economia ditadas pelo governo; a imensa carga tributária que aflige a todos, principalmente no segmento de bicicletas e bicipeças. Aliás, incoerente, já que existe uma busca por meios de transportes com combustíveis limpos, não poluentes e a bike simplesmente não necessita de nenhum combustível que não seja a propulsão humana. “Somos massacrados por impostos. Não existe incentivos para a bicicleta, um veículo que além de todas as qualidades intrínsecas, também colabora para o bem estar e saúde do usuário”, afirma Ted, “foi necessário confiar em Deus e muito trabalho, além da ajuda de amigos para que as coisas boas fossem acontecendo e pudéssemos investir no negócio”. A empresa trabalha com as principais marcas e produtos
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// Rio de Janeiro
BIKE HAUS
do mercado, tanto nacionais quanto importados e os itens mais solicitados são os pneus e câmaras. Viper e Levorin são as marcas mais conhecidas, e, corrente e roda livre, são os produtos importados mais solicitados pelos ciclistas/clientes, segundo Ted. “Trabalhamos com bicicletas de até R$ 2 mil, mas as comuns (de baixo valor agregado), ainda detêm a maioria das vendas. O mercado de bikes mais caras, de maior valor agregado está crescendo, e pensamos em investir mais nele.” disse Ted. Afirmam os historiadores, que no século XVI, a região onde hoje está São Gonçalo era habitada pela nação indígena Tupinambá, valentes que ousaram se unir aos franceses para lutar contra os colonizadores portugueses, em episódio conhecido como Confederação dos Tamoios. Lutavam contra a dominação, escravização e matança de seu povo. Perderam para Estácio de Sá e seus comandados,
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então, se retiraram para não ser dizimados. BIKE HAUS Nesta mesma região, aos 16 anos, Anderson Lembranzza Lessa, inicia sua história profissional como mecânico de bicicletas na loja de seu pai, a Cicle São Salvador. Aos 18 aventurou-se como vendedor externo para aprimorar os seus conhecimentos e aos 23 montou sua Bike Haus, uma pequena loja com 30 m2. Três anos depois, foi convidado para ser preposto de um representante de vendas. “A ajuda de minha mãe, Odete, tomando conta da loja nesta época foi fundamental. Durante 14 anos em que atuei como representante, ela ‘tocou’ a loja. Desta forma, pude aprender com os clientes amigos e fabricantes como desenvolver os negócios”, conta Anderson ainda agradecido à dona Odete e aos muitos amigos que fez. Há seis anos, Anderson volta à Bike Haus, que se tornou uma empresa voltada para a tecnologia e, em 2009 com atividades também no sistema de atacado. Criou a marca
XHaus, com parceiros fabricantes como a Projema, Cairu, Rodan e Unicicli que fornecem produtos exclusivos para a marca. “Contamos com quatro representantes de vendas que atingem áreas no raio de 250 km. Possuímos caminhões próprios para entregas com prazo máximo de até 48h. Todos os representantes estão interligados com a empresa através de notebook”, enfatiza. Para o empreendedor, o ano de 2011 foi negativo. “Com a criação da nota fiscal eletrônica e a entrada da ST, houve acúmulo de impostos e, consequentemente, diminuiu as margens da empresa. Soma-se a isso, as chuvas que causaram enchentes dramáticas na região e as greves de bancos, entre outros fatores que prejudicaram os negócios”, analisa. Para minimizar as consequências, Anderson tomou uma série de medidas, entre elas, os custos extras foram cortados. Centralizou as atividades de atacado e varejo num mesmo espaço e reduziu os preços dos produtos, privilegiando as compras a vista. Assim, foi possível diminuir o volume de inadimplência. “Buscamos
ENTRE BIKE
exercer a tendência do mercado do Rio, de criar outra loja de varejo e diminuir as atividades de atacado. Uma alternativa válida para uma empresa que acarretava R$ 40 mil de impostos mensais”, detalha Anderson. A sede própria da Bike Haus tem 1.440 m2, onde vendem pneus e câmaras em maior volume, produtos nacionais e importados e os clientes preferem as marcas Monaco e Shimano. ENTRE BIKE Ter tomado a decisão de sair do emprego, alterou a vida do casal Bárbara de Souza e Melquizedec dos Santos Oliveira. Montaram uma loja de moda infantil. A crise também afetou o setor, então resolveram comprar algumas peças de bicicletas e arriscar um novo nicho. Compravam em um distribuidor local e em muitas ocasiões, transportavam as compras em ônibus de transporte coletivo de São Gonçalo. Foram tempos duros, se dedicaram e atualmente, 21 anos depois, estão preparando o filho Felipe para dar continuidade aos negócios. Ele está
há 5 anos auxiliando os pais na administração da empresa que tem dez funcionários. “ Os nossos clientes nos solicitam os produtos que desejam adquirir e nós os orientamos qual a melhor opção para cada caso. Conseguimos obter a confiança de todos e isso nos permite agir desta forma, vendendo os produtos que temos em estoque.Sempre oferecemos o melhor para eles”, salienta Melquizedec. Os itens da Shimano são os mais vendidos, além dos importados correntes e roda livre. “Em épocas de festas, as bicicletas comuns são as mais solicitadas. Mas também vendemos aquelas de valor até R$ 2 mil. Fora isso, as intermediárias são aquelas de maior giro”, explica Melquizedec, continuando” em nossa região está aumentando muito o uso de bicicletas para esporte. Com divulgações na TV e rádio as pessoas não olham mais para a bicicleta apenas como meio de transporte, mas também para o lazer”.
Competição //Tour do Rio
r u o T 3º , o i R o d
a superação do ciclismo nacional
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Com investimento de R$600 mil da Prefeitura do Rio e a premiação dada pelo Governo do Estado de R$200 mil, mais o apoio logístico, para a realização do evento, atletas e equipes, nacionais e internacionais se superam numa prova cheia de emoções em disputa acirrada. Foram cinco dias de uma maratona que envolveu mais de 200 atletas sobre suas magrelas, cruzando o Estado do Rio de Janeiro. Ao final de cada etapa, a cidade onde chegavam reunia público festeiro, ansioso para ver quem cruzaria a linha de chegada primeiro
D
Texto e imagens: Hylario Guerrero
esta vez deu Brasil. Kleber Ramos, da Real Cycling Team, ou simplesmente, Equipe Padaria Real, venceu a terceira edição do
Tour do Rio. Desta vez foi a superação do ciclismo nacional, pois todos os dias, em todas as etapas, havia um brasileiro no pódio, seja na classificação geral, com camiseta ama-
rela, ou meta volante, o montanhismo. E no momento final, para surpresa e alegria de todos, os três grandes colocados pertencem à mesma equipe: Real Cycling Team. O brilho do sol contrastava com o brilho dos troféus. Em cada cidade, cada via ou mesmo rua interditada, o povo aplaudia, agitava bandeiras, crianças curiosas, alunos fora da classe de aula acompanhadas de seus professores, e o público em geral, ovacionando a caravana
de ciclistas, e carros de apoio, ou seja, todo o comboio que formava a grande caravana. “A terceira edição do Tour do Rio, mais uma vez foi sucesso, e tenho que agradecer o apoio, não só de minha equipe, mas de todos os envolvidos no evento: ciclistas, técnicos, preparadores, comissários, batedores, imprensa, enfim, a todos que deram vida e alma a esta prova, sem contar o público de cada cidade,”, disse Luísa Jucá, diretora do evento.
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Competição // Tou r do Rio
1ª ETAPA
– Barra da Tijuca a Angra dos Reis Todos partiram da Barra com um único desejo: vencer. A primeira etapa não é decisiva, mas é o pontapé inicial da prova que já dá um sinal que irá discernir entre os atletas quem será o vencedor. Logo no primeiro dia, quando a caravana de equipes, carros de apoio, ciclistas, deixaram a Barra da Tijuca, na cidade do Rio, com destino a Angra dos Reis, mais precisamente na praia do Anil, o campeão da etapa foi o argentino Edgard Simon, que mostrou a todos, a certeza que a Padaria Real Cycling daria trabalho a todas as equipes. *
2ª ETAPA
- Volta Redonda a Três Rios Edgard Simon continua detentor da camiseta-amarela. Vencedor da 1ª etapa, na véspera, é também o vencedor da segunda etapa, disputada em 168 km entre Volta Redonda e Três Rios. Em segundo lugar ficou o esloveno Aldo
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Ilesic, da equipe Type One, aquela cujos ciclistas são diabéticos e divulgam nas competições formas de prevenção da doença. O terceiro colocado foi o mesmo da etapa de abertura, Kleber Ramos, da Real Cycling Team, da Sorocaba-SP. Ocupando a camiseta amarela de líder da competição foi o argentino Edgard Simon, Real Cycling Team; a camiseta verde de melhor velocista ficou com Fabiano Mota, FW Engenharia e a camiseta branca com bolas vermelhas de melhor montanhista ficou com Alex Diniz, Real Cycling Team. Equipes trouxeram em suas bagagens, além das bikes, o idealismo e a crença na vitória, e pela vida, como a equipe americana Type One, formada por portadores de diabetes. Equipe a qual o esloveno Aldo Ilesic pertence - a Type One foi criada em 2004 pelos amigos Phil Southerland e Joe Eldridge. Ambos diabéticos, eles tiveram a ideia de formar uma equipe de ciclismo para os diabéticos tipo 1 (Type 1 em inglês), isto é, os que necessitam de tomar insulina diariamente. Foi a forma que encontraram para motivá-los
à prática do esporte. Phil e Joe queriam mostrar que o diabetes não é um fator que limita a vida das pessoas, e que estas podem fazer atividades físicas. *
3ª ETAPA
-Três Rios a Teresópolis De Três Rios, a Teresópolis, na Serra dos Órgãos, com percurso marcado por trechos de montanha. Kleber Ramos chegou em primeiro, com seu companheiro de equipe Alex Diniz em segundo lugar, e, em terceiro, Byron Cruz, da Ecuador Cycling Team. Desta forma Kleber Ramos passou a ser o novo dono da camiseta amarela, de líder do Tour. Disse que seu bom desempenho se deveu ao ter passado 30 dias em treinamento em Campos do Jordão (SP). A equipe, Real Cycling Team, interior de São Paulo, aos poucos estava escrevendo sua história no Tour do Rio 2012, ganhando as três etapas, e, mantendo as camisetas de melhor ‘geral’ e de melhor ‘montanhista’.
Competição // Tou r do Rio
4ª ETAPA
- Teresópolis a Rio das Ostras O esloveno Aldo Ilesic, da equipe americana Type One, vence a quarta etapa, em seguida. Kleber Ramos, mantém a liderança geral da competição. Thiago Nardim, da equipe de Ribeirão Preto, completou o pódio em terceiro. A largada da prova aconteceu às 7h, em Teresópolis. Termômetros de rua marcavam 6º C, na chegada em Rio das Ostras, o sol brilhava forte como um típico dia de verão. Pela manhã 6ºC, depois o sol arrebatador. *
ÚLTIMA ETAPA
- Rio das Ostras a Rio de Janeiro Na Quinta da Boa Vista, São Cristóvão, os atletas realizaram a disputa final. Ruas e vias de acesso foram bloqueadas pelos bairros onde a caravana seguia rumo ao grande término. Sagrou-se campeão da etapa Roberto Pinheiro, da equipe Funvic Pindamonhangaba. O argentino Edgard Simon, da Padaria Real, em segundo, seguido por Ricardo Ortiz, da São Francisco Ribeirão Preto, em terceiro.
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BRASILEIRO SAGROU-SE CAMPEÃO Mas foi o brasileiro Kleber Ramos, da Padaria Real Cycling Team, o campeão da maratona. O ciclista, que estava na liderança geral desde a terceira etapa, chegou em sétimo no quinto e último dia da prova, garantindo o troféu na Quinta da Boa Vista. O paraibano de João Pessoa, que começou a pedalar aos 8 anos de idade, e aos 16 mudou-se para São Paulo, onde treinou numa equipe só de juvenis durante bom tempo e está há três anos na Real Cycling Team, foi o primeiro brasileiro a vencer o evento. O troféu foi entregue pela Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que se declarou fã do ‘Tour de France’, e fez muitos elogios ao evento carioca. “O Rio é a cidade da sustentabilidade após eventos como a Rio 92 e Rio +20, onde andar de bicicleta não é modismo, e sim uma atitude saudável. O evento é uma grande perspectiva para os Jogos de 2016”, afirmou a ministra, lembrando que o ciclismo é o esporte que mais distribuiu medalhas nas Olimpíadas, 54 ao todo. “Nunca vi alguém andar de bicicleta de mau humor. É uma questão de atitude”.
Diretora de prova elogia evento Em sua primeira viagem ao Brasil, como diretora de prova do terceiro Tour do Rio, a portuguesa Isabel Fernandes, comissária da UCI, elogiou o evento e a organização, embora não revelasse quais os pontos em que é preciso melhorar para que a volta ciclística possa subir seu nível de classificação. Atualmente, a prova é nível 2.2 perante a UCI, e a organização vem tentando elevá-la para 2.1. Segundo a comissária, foi uma prova bem disputada, de alto nível esportivo. “Além da boa organização há sempre o que melhorar, como o posicionamento dos batedores - que vão abrindo caminho antes do pelotão e do comboio de veículos de apoio - esse ponto me deixou um tanto irritada”, comentou e complementou: “A decisão para uma prova subir de categoria é da UCI, enquanto comissária, fiz meu relatório, que responde a algumas questões estabelecidas, e a UCI o analisa”, declarou a comissária, e concluiu , “não crio expectativas. Cada país tem sua realidade diferente, e sei que o Brasil trabalha muito para os Jogos de 2016”.
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