Revista cyclomagazine 188

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Conteúdo

CAPA

18

Desabafo contundente ou comentário pertinente?

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EVENTO

Setor reaquece pós-estiagem

CONVENÇÃO

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MERCADO

26

A convenção do diálogo

SEÇÕES

Editorial 06 Nacionais 48

Caloi deixou de ser 100% nacional

Correio 08 Lançamentos 52

Notas 12 Artigo 56



Editorial

Diretoria Osmar Silva José Haroldo G. Santos

Luanda

Edição 188 - Agosto 2013

Editor Osmar Silva osmar@luanda.com.br

Diretor José Haroldo G. Santos haroldo@luanda.com.br

Redação Hylario Guerrero (MTB 13468) hg.noticia@luanda.com.br Joelma Farias (Estágiaria) redacao@luanda.com.br Arte e Diagramação Bruno R. Mello dos Santos Caio Matheus Ventura de Paiva Diego Igor de Oliveira midia@luanda.com.br arte@luanda.com.br Publicidade: Luanda Brasil Serviços de publicidade Ana Paula Lima José Ricardo Gomes Raphael Garcia vendas@luanda.com.br Administração Juici Monteiro Fernanda Oliveira Jhonnatan André luanda@luanda.com.br

Jurídico Dra. Adriana Carla Gomes P. Silva Assessoria gráfica Pavagraph Impressão Nywgraf R. Joaquim de Almeida Moraes, 273 Jd. Magali - CEP 02844-000 - São Paulo/SP Tel.: +55 (11) 3461-8400 / 3461-8401 Fax + 55 (11) 3923-5374

A cyclomagazine aceita matérias técnicas como colaboração. Os artigos deverão vir acompanhados de fotos ilustrativas com as respectivas legendas e curriculum do autor. A revista não se reponsabiliza por opiniões e artigos assinados que podem ou não expressar a mesma opinião do editor. As opiniões emitidas em artigos assinados são de responsabilidade do autor. A revista não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios veiculados, nem por aquisições em função destes. Todos os direitos reservados, sendo proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio, sob pena de procedimentos legais. A revista cyclomagazine é uma publicação mensal da Luanda Editores Associados LTDA., e tem sua marca registrada no INPI sob o número 820.332.593

cons troe m mon ume ntai s O Bras il é um país estranho, ond e se hosp itais e esco las, ond e está dios de fute bol enq uan to falta m cestas básicas do governo grande parte do povo prefere viver de é mostrada diariamente e ao invés de trabalhar, onde a corrupção donam as salas de aula nada acontece, onde os professores aban rança e assim por diante. e desistem do trabalho por falta de segu tudo, eis que aparece a Mas , quan do acha mos que já vimos de mist ura de corr upçã o, mais nova criaç ão do país , fruto de uma mos falando de uma nova corporativismo e falta de vergonha. Esta o Presidiário. O deputado categoria política criada no país: o Deputad condenado pelo Supremo federal Natan Donadon (ex-PMDB - RO) foi pecu lato, form ação de Trib unal Fede ral a 13 anos de pris ão por provada no desvio de mais quadrilha e pela participação ativa com va de Rondônia, somente de R$ 8 milhões da Assembleia Legislati ade. em simulações de contratos de publicid ição, Justiça e Cidadania stitu Após a prisão, a Comissão de Con dato por crim e cont ra a do Sena do, apro vou a perd a do man s que ninguém consegue administração pública, mas, por essas coisa aprovada na Câm ara dos ente nde r, essa cass ação teria que ser Deputados. Célio Pezza

Aproveitamos parte do texto de autoria de Célio Pezza, escritor, neste nosso editorial. Estamos mais que indignados com o comportamento dos pares do deputado Donadon, que mantiveram, sob votação secreta, o mandato do deputado condenado. Ficamos sem esperanças. Imaginávamos que os parlamentares estariam sensibilizados com o grito vindo das ruas, das manifestações populares. Nos enganamos... Pior, os partidos e os políticos tomaram conta das manifestações e as estão usando como ferramenta de marketing. Triste o nosso futuro. Obscuro o que está sendo legado para as gerações futuras. Neste caminho e, em particular no segmento, também lamentável a atitude do governo que mantém o dumping para o produto pedivela, quando o único fabricante nacional está completamente sem condições de produzir e atender o mercado. Sofrerão as consequências: primeiro os montadores, os distribuidores e por fim os consumidores que pagarão caro pela bike neste segundo semestre com a baixa oferta do produto disponível no mercado, pois se não têm pedivelas, não há como montar bicicletas suficientes para suprir a demanda. Todos nós

Foto capa: Arquivo Luanda



Correio

Email: redacao@luanda.com.br Site: www.luanda.com.br

Interaja com a redação

HOMENAGEM

contatos que realizamos na feira.

O Pedala Campina homenageia a Cyclomagazine no passeio ciclístico dominical pelos bairros, distritos e cidades circunvizinhas de Campina Grande - PB. Este último foi fantástico. Fomos para o restaurante Rancho do Caju; em Puxinanã - PB. Gilberto Bicicletas Campina Grande-PB (Por e-mail)

Resp.: Agradecemos a todos.

DÚVIDA

Como funciona a publicação das matérias da Revista Cyclomagazine? Luana Dallabrida. Nathor Bicicletas Blumenau-SC (Por e-mail)

Resp.: Nenhum segredo ou dificuldade. Basta que o assunto seja de interesse para o mercado. O conteúdo, na verdade, é o fator decisivo para a publicação. Vi uma criança com uma bicicleta de madeira sem pedais, e gostaria de saber se vocês vendem para outro estado, qual o valor? Euclides Oliveira Paraná (Por e-mail)

Resp.: A informação que você pode acessar em nossa página na WEB (www.luanda.com.br) é uma noticia. Nós editamos revistas e promovemos eventos, não vendemos nenhum tipo de bicicleta.

ELOGIOS

É com muita satisfação que escrevo para parabenizar, o bom trabalho na revista Cyclomagazine, e o bom gosto da capa com a nossa amiga Mislane Mello. Delvino Coser Coser Indústria Metalúrgica Veranópolis –RS (Por e-mail)

Gostaria de parabenizar pela Feira Cyclomagazine. Nossa participação foi muito proveitosa e agora vamos ativar os

08 cyclomagazine

Endereço: R. Joaquim de Almeida Morais, 273 - CEP: 02844-040, São Paulo - SP

Rafael Taleisnik "Tales" Shimano Latin America São Paulo - SP (Por e-mail)

Em agosto teremos mais uma edição do Tour do Rio. Gostaríamos muito de novamente contar com vocês e o apoio relevante da revista, que embora seja de negócios, é a que dá melhor cobertura ao nosso evento! Será de 28.8 a 1.9 Aproveito para agradecer todas as edições que vocês têm colocado nosso artigos esportivos, cobertura total, com fotos e mais... Saibam que aqui na Conexão, bem como na Mgin Press e na Press Media Guide seu trabalho faz o maior sucesso. Camila Coimbra In Press Media Guide Rio de Janeiro-RJ (Por e-mail)

Resp.: Somos agradecidos pelo reconhecimento aos nossos esforços, a nossa maneira de trabalhar, tratar as notícias e, principalmente as pessoas com as quais convivemos profissionalmente.

COMUNICADO

Diante do atual cenário do mercado, onde os desafios mercadológicos estão em constante evolução, a marca global de suspensões Manitou, anuncia mudanças em sua operação para o mercado Brasileiro. A partir de agosto de 2013 a Isapa Importação e Comércio Ltda passa a ser o distribuidor oficial e exclusivo da marca Manitou no mercado nacional, com previsão de receber as primeiras suspensões da linha 2014 em meados de novembro, enquanto a empresa Fepase Comércio e Serviços Ltda continuará como responsável exclusivo pelo pós venda (manutenção e garantia) da marca no mercado nacional. Isapa Importação e Comércio Ltda Fepase Comércio e Serviços Ltda São Paulo- SP (Por e-mail)

Gostaria de comunicar que infelizmente o Douglas, gerente comercial, não faz mais parte da nossa equipe. Peço a gentileza de qualquer dúvida, cotações e pedidos enviar direto ao meu contato ou da nossa assistente comercial Margareth. Estou auxiliando diretamente a área comercial juntamente com Sr. Valdemir. Jeferson Friche MMGK São Paulo-SP (Por e-mail)

Resp.: Ambos os comunicados são importantes. Anotem. Estou diretor presidente da UCB, que precisa muito de ajuda para divulgar o nome. Vocês sempre ofereceram as páginas da Cyclomagazine. Este é momento. A UCB precisa mesmo. Arturo Alcorta Escola de Bicicleta São Paulo-SP (Por e-mail)

Resp.: Continuamos a disposição. Aliás, já pautamos para a próxima edição.

COMUNICADO

Fiquei desapontado com a reportagem que saiu na última edição de vocês, pois: - o nome da minha empresa está escrito errado nas duas vezes em que apareceu, sendo que em cada uma das vezes foi escrito diferente. Acho que foi a única empresa com nome errado. - na segunda parte que tem fala minha, tem coisa errada. A nossa empresa não vende correntes, portanto, não teria como eu falar que correntes são um dos nossos produtos conhecidos. Vendemos: Rolamentos - Esferas - Colares de nylon e de aço - Correias para mobylete Ricardo Carvalho Emtecorp Esferas e Componentes Ribeirão Preto- SP (Por e-mail)

Resp.: Nos desculpem por nossas falhas.


BRASIL edição 2013

07 a 10 de novembro Expo Center Norte São Paulo / SP

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Notas Número de ciclistas mortos cai 42% em SP

blog da cetspelaeducação.blogspot.com

Pelo levantamento feito pela CET, apontam uma queda de 42% no número de mortes de ciclistas na cidade de São Paulo. No primeiro semestre do ano, 15 pessoas que usavam a bicicleta como meio de transporte morreram vítimas de acidentes. No mesmo período do ano passado foram contabilizadas 26 mortes. Segundo a companhia, os números atuais são os menores apresentados desde 2005. Naquele ano, 36 ciclistas morreram no trânsito de São Paulo. A companhia atribui essas estatísticas aos trabalhos educativos e a intensificação da fiscalização por desrespeito ao ciclista.

Ciclovias não estão integradas ao trânsito Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que no Brasil 7% da população usa bicicleta como transporte, enquanto na Holanda 84%. Levantamento realizado em 2011 pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo comprova essa incompatibilidade. A cada dia, nove ciclistas foram hospi-

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talizados vítimas de acidentes. Ao todo foram internados 3,4 mil pessoas, o que correspondeu a um gasto de R$ 3,25 milhões ao Sistema Único de Saúde (SUS). A Lei 12.587, que institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana tornou obrigatória a elaboração, até 2015, de Planos de Mobilidade Urbana (PMU) para todos os municípios com mais de 20 mil habitantes. O Ministério das Cidades criou o Programa Brasileiro de Mobilidade por Bicicleta para incentivar o uso da bike com outros modais a longo prazo. Na Europa, o uso da bicicleta é comum em cidades com condições de relevo e climática desfavoráveis. Na Noruega, a cidade montanhosa de Trondheim encontrou uma solução: criar uma espécie de elevador para as bicicletas. Em Ferrara, na Itália,

cidade com inverno rigoroso e chuvoso, houve investimento em estacionamentos gratuitos com vigilância e nas estações ferroviárias. A administração local também substituiu, no centro histórico, as antigas pedras por calçadas planas.

Curso de segurança para ciclistas em São Paulo A CET lançou o curso gratuito"Pedalar com Seguran-

ça", que ensina ciclistas a pedalar com segurança pela cidade de São Paulo. O projeto também busca melhorar a convivência entre motoristas e ciclistas no trânsito da capital. Durante as aulas teóricas serão tratados assuntos como a utilização de equipamentos de segurança, manutenção da bicicleta, Código de Trânsito Brasileiro e saúde do ciclista. A CET construiu uma estrutura cicloviária onde os alunos terão a oportunidade de circular e conhecer todos os procedimentos que os ciclistas devem adotar ao se deslocar pela cidade. As inscrições podem ser realizadas por e-mail. Em setembro, as aulas acontecem nos dias 17 e 19, 24 e 26 de setembro.


CONFORTO


Notas

Ciclofaixas em SP Todos as ciclovias, ciclorrotas e ciclofaixas e seus principais pontos turísticos e atrações próximas a esses caminhos, foram reunidos pela prefeitura no mapa de bolso. Serão distribuídos, cerca de 50 mil exemplares da primeira edição nas centrais de informação turística, hostels, em alguns hotéis e outros locais listados no site da SPTuris. Serra, Capela do Alto e Iperó, todas agosto de 2012, na qual as e-bikes pontos da proposta foram inseno interior de São Paulo, e têm dominariam o mercado do setor. ridos no projeto. aproximadamente 5.069 hectares de área de conservação, coberta por Mata Atlântica e Cerrado. Bicicleta como meio Passeio pede

Chineses compram mais e-bikes

Passeio ciclístico pela 'Flona' O Sesc Sorocaba, SP, realizou passeio de bicicleta gratuito pelas trilhas da Floresta Nacional de Ipanema (Flona). Os participantes levaram suas bicicletas, acessórios de segurança e cadeado. A Floresta Nacional de Ipanema fica entre os municípios de Araçoiaba da

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A China é um dos países que está investindo em sustentabilidade e a prova disso, é que os chineses já compraram mais bicicletas elétricas do que carros em 2013, segundo informou o portal Exame. com. Já foram comercializadas 28 milhões de e-bikes, e apenas 19,3 milhões de veículos de passeio. A Europa já responde por 20% da receita anual de bicicletas elétricas e cerca de 2,6 milhões de unidades foram vendidas fora da China em 2013, o que comprova projeção noticiada pelo EcoD em

de transporte

ciclofaixas e ciclovias

O projeto do deputado José Riva em Cuiabá, MT, prevê a implantação de ciclovias, ciclofaixas e bicicletários na Região Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá que passará por apreciação em segunda votação. A proposta, aprovada em primeira instância, está tramitando nas comissões técnicas. O objetivo é proporcionar mais segurança no trânsito aos ciclistas, a partir de modelo de transporte que contribui com meio ambiente, saúde e economia dos cidadãos. Na capital mato-grossense já existe uma mobilização pela criação da Lei da Bicicleta, sendo que alguns

Ciclistas da cidade do Gama, DF, convocaram a população a participar do Movimento de Mobilidade Urbana do Gama. Participaram do evento cerca de 200 ciclistas, de todo o DF, que saíram do Gama rumo ao Palácio do Buriti utilizando uma faixa da via. Representantes do movimento entregaram documento reivindicando uma ciclovia que liga o Gama ao Balão do Aeroporto. Dessa forma, a obra beneficiará moradores da região e entorno que utilizam a bicicleta como meio de transporte tanto para trabalhar ou em momentos de lazer.



Notas

Shimano Fest 2013 Criado em 2010 com o objetivo de trazer a família e o público em geral, o evento chega ao seu 4º ano oferecendo mais atrações ao público do que na edição anterior, superando as expectativas dos organizadores. Realizado em Mogi das Cruzes, SP, o evento ofereceu atrações variadas para todas as idades. Os participantes tiveram a oportunidade de pedalar na Fazenda ASW Off-Road Park e também Test Ride em duas versões: Mountain bike e Urbana, com os componentes mais modernos nas duas modalidades. O ingresso foi simbólico; 1kg de alimento não perecível ou pneu de bicicletas velho que foi encaminhado para reciclagem.

Ações visam derrubar o sedentarismo Incentivando ciclistas Incentivado pelo projeto “Pedala Prefeitura”, o prefeito de Florianópolis, César Souza Júnior foi para casa, após o expediente de trabalho, pilotando sua bicicleta. Protegido com acessórios de segurança, César Junior saiu do prédio da Prefeitura acompanhado pelo grupo de voluntários do Projeto Bike Anjo Floripa.

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Para aumentar a prática do ciclismo, Edimburgo, na Escócia, anunciou a redução no limite de velocidade nas ruas residenciais e das vias próximas a shoppings e supermercados. Os motoristas que antes atingiam 50 km/h, poderão dirigir somente até 30 km/h. O centro da cidade também faz parte da iniciativa que compõe o projeto que já foi testado, com sucesso, no bairro de Marchmont e que registra bom recebimento pelos

ciclistas e setor automobilístico. Segundo as autoridades, a redução da velocidade pode diminuir os acidentes no trânsito. A campanha por ruas mais seguras para pessoas, que cresce em todo o Reino Unido, é liderada pelo grupo 20’ Plenty for Us, uma organização que apoia a ideia e acredita que a ação estimule o uso de bikes.

de José Geraldo de Souza Castro, ambientalista e ciclista há 30 anos que percorre o mundo em aventuras inusitadas a bordo de velocípedes, pedalinhos e karts a pedal. A obra "Zé do Pedal – As Fronteiras do Mundo – Aventureiro Solidário” tem a direção de Bruno Lima e Fabrício Menicucci, conta sobre a vida e as motivações desse “Dom Quixote a pedal”. As viagens aconteceram sem patrocinadores, contando apenas com pequenos apoios que surgiam pelo caminho, sempre levando a bandeira de uma causa ambiental ou humanitária. O filme ganhou o prêmio de melhor documentário no 2º Festival de Cinema de Visconde do Rio Branco – Geraldo Pereira dos Santos. No total, foram mais Aventuras do “Dom de três anos de projeto tendo a Pró-Bike Equipamentos como um Quixote a pedal” O documentário conta a história dos principais patrocinadores.



Capa // Silvio Salgado

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Desabafo contundente ou comentário pertinente? Empresário de longa data no Estado do Rio de Janeiro, Sílvio Salgado faz denúncias e comentários severos ante a situação enfrentada pelos seus pares montadores de bicicletas, em função da falta do item pedivela no mercado. Independente da concordância ou não com as suas opiniões, é importante refletir sobre os seus argumentos, pois talvez, seja de fato um alerta para que tal situação se normalize e não se repita Por: Osmar Silva com reportagem de Hylario Guerrero Imagens: Arquivo Luanda

O

Estado do Rio de Janeiro é um dos principais mercados do segmento bike. Nele estão dinamicamente representados todos os modos de usos da bicicleta, seja como transporte, lazer ou esporte, há uma grande parcela de cariocas utilizando o veículo. Na orla, onde as ciclovias são vitrines do dia a dia das celebridades, adeptos dos esportes sobre duas rodas ou simples ciclistas realizando passeio tranquilo em perfeito convívio com a natureza. Nos bairros mais afastados, onde a bike é elemento importante para a mobilidade, evitando mais um custo de transporte aos cidadãos que precisam percorrer grandes distâncias para chegar diariamente ao trabalho, sendo necessário ainda a utilização dos trens e posteriormente ônibus, neste trajeto de idas e vindas. Neste cenário, a empresa Sílvio Salgado Bicicletas tem sido de grande importância para atender a demanda de consumo, montando e distribuindo bikes, desde de 1980. Sílvio Gonzalez Salgado Arias é o sócio gerente da empresa. Nestas muitas décadas de atuação, Sílvio Salgado,

como é popularmente conhecido, tem angariado muitas amizades e alguns que não concordam com a sua postura quase sempre polêmica. Ele não é uma pessoa que seja indiferente aos demais. Como ele mesmo afirma, não é uma paisagem. Externa suas opiniões de forma franca em qualquer momento. Defensor do Rio de Janeiro, das empresas fluminenses e com muita veemência das coisas relacionadas à bicicleta. Não transige. Assim, analisa a atual situação dos montadores regionais de bicicletas, lojistas e todos aqueles que neste momento enfrentam o problema de não encontrar no mercado oferta de pedivelas monobloco, em particular as empresas do Rio de Janeiro. “Sou conhecedor de várias crises no setor: Da Caloi, De Angelis, Marchesi, Suney e, de muitas outras tantas empresas pioneiras que atravessaram momentos de dificuldades. Algumas conseguiram superar e, ainda estão aí. Outras sucumbiram”, conta com o semblante preocupado de quem está constatando um quadro muito mais crítico. “ O encerramento das atividades da Metalúrgica Duque, verdadeiro ou não, terá como consequência a elevação dos preços do produto”, considera. Sílvio Salgado faz um alerta simples,

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Capa // Silvio Salgado

óbvio, que aparentemente, ainda não sinalizou com atenção devida as empresas que são responsáveis pelo fornecimento do item. “Se não houver montagens de bicicletas neste semestre, não haverá a reposição de peças de bicicletas porque não haverá consumo, do uso desta alternativa de transporte não poluente em nossa cidade, no Rio de Janeiro, onde estou, onde nasci, cidade da bicicleta. Onde mais se usa, mais se pratica o mountain bike e outras modalidades no Brasil”, enfatiza. Ele relata que foi presidente da Rio Bike, uma entidade regional criada por empresários cariocas do segmento, até o ano passado – 2012. “Atendi a um pedido do meu amigo Renan Feghali, diretor da Eninco, fábrica de aros e raios e que em minha opinião também pode estar enfrentando dificuldades em função desta crise do monobloco, assim como as montadoras que estão praticamente paradas”. Expondo a sua indignação, Sílvio Salgado observa. “Tomei conhecimento que duas empresas estão de posse de toda a produção da Metalúrgica Duque. Isso, no campo do Direito, se enquadra como ‘monopólio’. Um sério problema, pois serão responsáveis únicos pela distribuição do produto e poderão aplicar preços a bel prazer, inclusive se quiserem, com inflação de 100% em comparação ao primeiro semestre deste ano. Para amenizar esta possibilidade , contamos com a chegada do produto, previsto para o mês de setembro, trazido pelas importadoras. Dizem que, a Duque teria voltado a produzir pedivelas, para não perder as benesses do dumping. Estariam envidando todos os esforços junto ao SIMEFRE, aos órgãos públicos, ao Ministério da Indústria e

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"O encerramento das atividades da Metalúrgica Duque, verdadeiro ou não, terá como consequência a elevação dos preços do produto"

Comércio para manter esta condição”. Em se confirmando estas denúncias, estaríamos vivenciando uma manipulação descabida e que sem dúvida, prejudicaria todo o segmento. Sílvio Salgado convoca as lideranças do setor, os diretores das grandes montadoras Caloi, Monark e Houston a também se manifestarem sobre o assunto, vindo em defesa de todo o segmento, e para que haja condições de as empresas regionais também montarem bicicletas,em particular os modelos populares, para suprir o mercado no período de compras para o Natal. “Eles têm mais influência e poder e teriam maiores possibilidades de ser atendidos em suas reivindicações, assim os menos favorecidos não deixariam de ter acesso as bicicletas. Elas são meio de transporte, veículo para entrega de botijões de gás, para levar crianças à escola, entre outras tantas aplicações”. Dramaticamente, Sílvio Salgado afirma que poderá inclusive encerrar as suas atividades no setor, caso persista este quadro. “Fui amigo pessoal de empresários ilustres que já se foram, tais como o senhor Bruno Caloi, Gil Baganha, Del Nero, Amador Lugli,Hugo Friziero,Amari Ferreira Souza,Higino da Casa Quaglio,Manoel da Casa King,Marinho,Antero, o Lazinho pai da Márcia de Piabetá, e não creio que eles compactuariam com esta situação. Sou o único sobrevivente na fabricação de quadros de bicicletas no Rio. Todos os meus amigos já encerraram as atividades, como a Flórida, Lacer, Willem, Ferson, Trilha, etc. Continuo teimando por amor. Tentando permanecer, manter a empresa e os postos de serviços. Os nossos funcionários merecem. Eles têm família e eu, responsabilidade”.


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Convenção // Isapa

A convenção Esta é a melhor definição para a 38ª Convenção Isapa convenção do diálogo. O número de representantes aumentou sensivelmente, e tanto os novos como os antigos profissionais presentes ouvem, falam e discutem. Métodos são revistos, técnicas são colocadas a prova, metas a serem cumpridas..., tudo para fazer o mercado girar e, colocar a Isapa no patamar que ocupa no mercado Texto Hylario Guerrero Imagens: Hylario Guerrero e divulgação

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Podemos dizer que as convenções são todas iguais, só mudam os valores de premiação, a entrada de um novo representante, algum item a mais na tabela, e algum projeto a ser discutido. Mas as convenções da Isapa têm sido muito mais que isso. Além de grande número de novos representantes que estão espalhados por todo país, há também as novas metas a serem alcançadas, premiações em dinheiro e viagens que fazem com que os representantes se sintam remoçados, com novo fôlego, prontos para ir a campo em busca de resultados, e melhores vendas. Neste diálogo são ressaltados assuntos como melhorar a participação na empresa; malha logística; transporte; instalação de novos armazéns; escoamento de produtos; embalagem; etiquetagem e transportadoras. O início da Convenção foi em Vitória do Espírito Santo, onde a Isapa tem ar-

mazéns e grande centro de distribuição. Em São Paulo, no Novotel, houve a contagiante palestra motivacional ‘Somos Todos Vendedores’ ministrada pelo conferencista profissional Alfredo Rocha, que, com 23 anos de mercado conscientizou os trezentos profissionais presentes com o objetivo de mostrar a cada um, o mundo em que vivemos e os desafios que este mundo nos oferece. Diante disso, é preciso ter qualidade total naquilo que faz, conquistar e manter o cliente. Diante do crescimento anual que a Isapa mostrou em dados, está havendo a construção de novo armazém da empresa na região Sul do país. Segundo Isacco Douek, diretor da corporação, a migração para a nova filial, é um projeto em andamento que estará totalmente concretizado no próximo ano. “O nosso depósito central em São Paulo e a central de importações em Vitória, já estão totalmente lotados. Daí, vimos a necessidade de construir


o do diálogo um novo depósito em Vitória separando o setor de bike e de auto, e mesmo assim não está dando conta de armazenar todo o material. Temos cinco armazéns cheios de mercadorias aguardando para dar entrada em nosso depósito. Então, para expandir tínhamos que construir mais uma unidade em Vitória ou fazer a descentralização. Decidimos pela última opção, que nos pareceu ser o caminho mais direcionado para o futuro”. “Se o cliente exige uma entrega mais rápida e está localizado no sul - esse excesso que nós temos em estoque - ao invés de colocarmos novamente onde não há mais espaço, disponibilizaremos, a princípio, para a região Sul e depois outras localidades. Faremos as importações pelo porto de Itajaí, dividindo com o porto de Vitória”, afirma o diretor da Isapa. Numa previsão realista de crescimento do setor no primeiro semestre foi inibida devido diversos fatores como a alta do

dólar. Mas as perspectivas de Isacco para o segundo semestre são otimistas. “O primeiro semestre para a empresa foi muito bom, acima do esperado, mas a partir do meio de junho o varejo caiu e consequentemente a inadimplência. A questão é que junho e julho o comércio retraiu. A expectativa geral da economia não é muito boa com um porém: bicicleta ainda é o produto que está em alta e vai sofrer menos que outros produtos de outros setores. A meta de vendas para o semestre era de 15% e esse número já foi superado”. O número de itens produzidos também aumentou de 5 mil para 7mil esse ano. Houve também aumento nas linhas exclusivas. “O mercado está mudando de patamar e não quer mais oferecer o básico. O cliente está mais exigente e agregamos novos produtos aos que já tínhamos. Inovação é o caminho a seguir, não tem jeito. Se você ficar parado,

é engolido. Se não atendermos os desejos do cliente, não será possível vender”, justifica. Isacco lembra que o SAC se tornou uma ferramenta bastante importante para detectar problemas. “É um meio que nos impulsiona. Não nos deixa acomodar. Sobre a alta do dólar, acredito que ninguém tinha a previsão de que isso iria acontecer, e acho que, infelizmente, o dólar deverá aumentar ainda mais. Para repassar estes valores é sempre difícil, porém ao longo do tempo uma parte será engolida pela margem e a outra parte terá que ir para o preço, não tem como evitar isso. É muito difícil repassar esta alta de uma só vez. Nós importadores recebemos de uma só vez, mas não conseguimos repassar da mesma forma. E é claro que isso impacta nas vendas e na lucratividade”, afirma. “Já quanto o futuro do Nordeste em particular, vejo como um mercado muito

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Conveção // Isapa

forte. Mas, temos uma previsão de entrada no mercado nordestino somente em abril ou maio do próximo ano. Nossa prioridade agora é o sul. Nossas instalações deverão ficar prontas entre março e abril do ano que vem. Outras regiões estão nos nossos planos, mas a prioridade agora é a distribuição dos três estados sulinos”, finaliza Isacco. A convenção Isapa foi recheada de mais coisas, como a entrada de dois mil novos itens no portfólio da empresa, a presença das Bikes Elétricas da E-totem apresentadas por David Pertele, bem como a representação exclusiva dos vestuários de última geração da linha Pearl Izumi, marca com mais de 50 anos de existência, registrada pela qualidade de seus produtos e presente no mundo todo. A Isapa está distribuindo com exclusividade bermudas, camisas de ciclismo, luvas, sapatilhas, meias, coletes, jaquetas e muito mais da marca. Na distribuição de prêmios, o grande vencedor do ano foi Edson de Matos, seguido por Fábio Ferreira Cruz em terceiro lugar ficou com Sílvio Braga de Oliveira. Em quarto Luiz Alves, e em quinto lugar Mauro Rodrigues Pinto. Também houve a classificação por equipes. Na equipe amarela se destacou Edson de Matos. Na equipe azul, o destaque foi para Antônio Izan da Silva. Na equipe branca, Fábio Ferreira Cruz e, na equipe verde Antônio Carlos Teixeira.

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Antônio Momoli Gerente nacional de vendas Participei de todas as convenções desde 1.975, portanto há 38 anos, e lembro que na época ninguém do ramo de bicicletas fazia convenções de vendas, somente reuniões. No inicio era muito difícil, pois não havia a tecnologia de hoje em dia. Com garra e determinação, conseguimos superar as dificuldades. Com o passar dos anos foram sendo utilizados projetores de slides, retroprojetores e atualmente utilizamos o datashow. Como podem ver fomos nos modernizando e, da última convenção para esta implementamos o site com informações da empresa e catálogo elaborado pelo nosso setor de marketing. Conseguimos introduzir no nosso sistema de vendas o catálogo e lista de preço digital para melhorar o trabalho dos representantes junto aos clientes. Depois de tantos anos posso dizer

que passamos por muitas crises em função de problemas político e econômico, porém a Isapa nunca deixou de crescer e acompanhar as evoluções que o mercado requeria. Investimos e continuaremos a investir cada vez mais. Na convenção comemorativa dos 50 anos. Lançamos desafio ao setor comercial estabelecendo crescimento de 15% de Julho 2012 a Junho 2013. Não ficamos somente nos 15% - conseguimos 22%. Vivemos o presente, mas não esquecemos o passado, que nos dá força para melhorarmos cada vez mais. Quero agradecer ao gerente de vendas José Carlos e, a todos os representantes, consultores, call-center e aqueles que de uma forma ou outra contribuíram para atingirmos nosso objetivo. Não poderia também deixar de agradecer aos clientes pela parceria sem a qual não teríamos atingido e ultrapassado nossa meta.



Mercado //Caloi e Dorel

Caloi deixou de ser 100% nacional Por: Osmar Silva Imagens: divulgação

A Dorel, produtora canadense de bikes, anunciou a compra da histórica empresa brasileira fundada no século 19 pelos imigrantes italianos Luigi Caloi e Agenor Poletti, com o nome de Casa Luiz Caloi. Posteriormente, ganhou a denominação de Indústria e Comércio de Bicicletas Caloi. Durante décadas a marca liderou o mercado brasileiro, exportou e influenciou empreendedores a também participarem deste mundo apaixonante das bicicletas

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empresa esteve por 100 anos sob a administração da família Caloi e foi responsável não só pelo lançamento de modelos que revolucionaram o mercado brasileiro, como também contribuiu para o crescimento dos esportes sobre bikes promovendo eventos, competições, patrocinando atletas e equipes que fizeram história. Ciclistas como Claudio Rosa e Vanderlei Magalhães, entre outros, brilharam defendendo a marca e se projetaram no cenário esportivo nacional e internacional. O modelo ‘Caloi 10’ foi um verdadeiro divisor no mercado conquistando a preferência dos consumidores ávidos por um produto de maior qualidade até então. A antológica campanha publicitária com o mote ‘não esqueça a minha Caloi’ influenciou várias gerações que exigiam em datas comemorativas e festivas a bicicleta como presente. Outra importante iniciativa da

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marca foi a criação da rede de lojas especializadas e exclusivas, bem como, de serviços de assistência técnica. Era o embrião das modernas ‘bikes shops’. Foram muitas as contribuições positivas da empresa para o segmento. Verdadeira escola de profissionais tanto nas áreas de projetos e produção, como principalmente nas atividades de vendas específicas de bicicletas, de seus componentes, peças e acessórios. Muitos dos excelentes representantes, gerentes e diretores atuantes em todo País, iniciaram as suas carreiras nos quadros de vendas da Caloi. Igual se deu entre os lojistas bem sucedidos no mercado. Mas, com o tempo e as muitas variações da economia brasileira, a nova concorrência dos montadores regionais, a abertura para importações e a influência dos produtos made in China, a empresa sentiu, se enfraqueceu e esteve em situação dramaticamente difícil. Então, depois de muitas tentativas diferentes de administradores contratados, teve o seu controle assumido pelo empresário Edson Vaz Musa. Um executivo de sucesso no mundo empresarial, engenheiro formado no Instituto Tecnológico de Aeronáutica – ITA e carreira na Cia. Brasileira Rhodiaceta, subsidiária da Rhodia, sendo o primeiro brasileiro a presidir uma multinacional. Durante os anos iniciais de sua gestão e posteriormente, sob a direção de seu filho Eduardo Musa, dedicaram-se a sanear a empresa. Venderam ativos, mudaram uma das plantas para o interior de São Paulo. Enxugaram o número de colaboradores e, redifiniram a atuação da marca no mercado focando em uma linha de produtos mais

sofisticada para os padrões nacionais. Agora, um novo período da história da empresa começa a ser vivido. Comunicado da Dorel Industries Inc, grupo com sede em Montreal, Canadá, anuncia a compra de 70% das ações da Caloi. A Dorel é dona de marcas mundialmente importantes de bikes, como Cannondale, Schwinn, Mongoose e GT, que deverão ser produzidas na planta da Caloi em Manaus para abastecer o mercado brasileiro e provavelmente da América do Sul. “Esta nova parceria com a Caloi posiciona a Dorel como uma das maiores empresas de bicicletas do mundo, bem como a líder das Américas”, comentou Martin Schwartz, presidente e CEO da Dorel no comunicado oficial sobre a transação. “A divisão de bicicletas se tornou negócio de ‘um bilhão de dólares' em apenas nove anos e vislumbramos um potencial de crescimento muito grande para o futuro. Nosso foco permanece no crescimento do business de bicicletas, o que nos permitirá continuar agregando valor aos nossos acionistas. Estamos muito felizes em receber o time Caloi na Dorel. Eduardo Musa, atual CEO da Caloi, será o presidente da divisão de bicicletas no Brasil e passará a integrar o nosso time global de gestão”, afirmou Schwartz. As empresas não divulgaram os valores envolvidos na negociação que culminou com a multinacional canadense adquirindo o controle acionário da Caloi. Resta agora, aguardarmos pelos desdobramentos futuros deste negócio, tais como: a manutenção de postos de trabalho, variedade de modelos Caloi e a permanência da própria marca Caloi no mercado.


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Mercado // Caloi e Dorel

Lamento, sob o ponto de vista do nacionalismo. Entretanto, concordo desde que venha agregado a investimento e divulgação, continuada, para o setor de bicicletas. Waldson da MAGRELA Creio que este será um grande passo para o desenvolvimento da indústria nacional de bicicletas. Hoje em dia, as melhores bicicletas da Caloi são as que têm os quadros importados e peças de ponta (Truvativ, Continental, Sram e outros). O grupo que adquiriu grande parte da Caloi terá a chance de colocar no mercado brasileiro toda a tecnologia que existe nas principais marcas de bicicletas do mundo. Outro grande passo que poderá ser dado é na redução de impostos das bicicletas, peças e acessórios no Brasil, visto que no passado a Caloi foi uma das defensoras de maiores impostos para que fosse ‘protegida’ a indústria de bicicletas nacional. Luciano Capellari Ótima Notícia... Uma empresa de nome forte e com qualidade como a Caloi merecia essa parceria. Pois a Dorel, como todos sabem, possui nas mãos, quatro das maiores empresas de bike do mundo..., e quanto a Caloi, só vai ter a ganhar, tanto em qualidade como em prestígio. Esperamos apenas que não percam muito o foco do mercado e que não queiram crescer demais os lucros, atrapalhando a Caloi ao invés de ajudá-la. Nicanor & César Representações No meu ponto de vista, a Caloi hoje é uma referência em bicicletas de alto padrão. Diante da invasão de várias bikes importadas com nome de peso no mercado. Pensando pelo lado, preço e qualidade, a Caloi se viu ameaçada, ou talvez no futuro próximo não ter a possibilidade de competir de igual para igual com suas concorrentes. Ela tomou uma decisão certa, o caminho certo! Associar-se a um grande grupo( Dorel) que já é dono de uma grande marca conhecida no Brasil e em vários países., a 'Cannondale’, de forma que, se a marca Caloi continuar, esse nome vai ter uma expressão muito

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significativa junto às demais marcas. E, irá garantir seu espaço no cenário nacional e internacional. Marcos Maia M.Maia Representações Paulista-PE Bom seria se ela continuasse a ser 100% nacional, mas não sendo possível, pelo menos se juntou a uma marca reconhecida mundialmente. Carlos Marcio De Siqueira Gomes Guarus bike Campos dos Goytacazes, RJ Acho que a venda da maior montadora de bicicletas fora da Ásia, vem para atender o mercado externo em curto prazo e, em longo prazo, possivelmente, para melhorar o padrão do produto nacional. Por outro lado, fomentará a concorrência dos importadores, o que é benéfico ao nosso mercado. Porém, lembremos que a Caloi não saiu, ela ‘mudou de nome’, o que significa que o lobby continuará. As bicicletas ‘Caloi’ continuarão mais baratas em comparação às importadas. Mas a qualidade será Cannondale? O tempo dirá. Igor Michalichen Equipe Bike Shop Santos Vejo essa venda como um salto para o mercado brasileiro, pois através dessa venda a Caloi poderá ingressar no mercado internacional de bicicletas. Com essa fusão Caloi/ Dorel. Magno e Marcos Dantas

Não gostei. Acho que vai evoluir o esporte, porém, perdemos uma tradicional empresa. mtbalex@bol.com.br A Caloi foi comprada com o simples e único objetivo de se aproveitar dos canais de venda e distribuição. A Dorel é uma corporação com múltiplos investimentos, em vários segmentos. A capacidade de colocar produtos de massa (mais baratos) é o que é a menina dos olhos desta compra. O que deve acontecer é ter mais produtos baratos, como as marcas Iron Horse e GT nos supermercados e, outros canais de venda e abrir muito pouco o mercado para modelos tops das marcas Cannondale e GT. A Mongoose não deve entrar a não ser que entre somente em lojas de internet, para poder criar diferencial (o que eles já fizeram nos EUA). De forma geral, a Caloi deve ganhar no custo, aumentando a margem para a Dorel, pois vão aproveitar a marca. Novas tecnologias devem ser incorporadas e, se fizerem juz à história da marca deverão recuperar o status de excelente produto que existia nos anos 80 e 90. A GT deu um salto nos últimos dois anos, desde que foi comprada pela Dorel e começou um plano de recuperação, e reposicionamento da marca. Em compensação a Dorel matou a marca Iron Horse que era em 2007/2008 muito desejada por ter grandes pilotos. A Dorel ganha todo o canal de distribuição e a isenção tributária de Manaus e dos acordos de exportação do Mercosul, e demais países latino americanos. Essa é minha análise. Rodolfo Nascimento Ainda não me inteirei sobre o ocorrido. Mas, com o mercado se expandindo bastante com a cultura das ciclovias, e a nova cabeça das pessoas percebendo que o uso de veículos não poluentes, é um caminho sem volta, acho que será muito boa essa negociação. Nélio Alametal





Evento // 8º Encontro de Negócios Cyclomagazine

Setor reaquece no Nordeste pós-estiagem A seca e a estiagem não tirou o brilho do 8º Encontro de Negócios Cyclomagazine, na cidade de Campina Grande – PB, ao contrário, o que ficou bem claro para todos os integrantes e visitantes do evento é que o setor após ter sofrido com as condições climáticas do Nordeste, agora se reaquece Texto: Hylario Guerrero; Giovannia Brito e Joelma Farias Fotos: Equipe Luanda

O

evento reuniu trinta e quatro empresas, que apresentaram em suas vitrines: bikes montadas, peças, acessórios e vestuário, n o Garden Hotel. Além da realização de negócios e novos contatos, os participantes conheceram a cidade do interior do Nordeste que mais cresce, depois das capitais. Considerada um dos principais polos de tecnologia da América Latina, Campina Grande há pelo menos dez anos vem alavancando o seu potencial, e nos últimos três anos tem atraído a atenção do país. Ganhou destaque em publicações nacionais pelo seu desenvolvimento econômico, classificada entre as 100 melhores cidades do país para se fazer carreira. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta a cidade como ‘A Melhor do Interior Nordeste para Trabalhar’. Também foi eleita a ‘Cidade Mais Dinâmica da Paraíba’. Destaque devido o poder de atração do grande varejo, além de apresentar uma das maiores taxas de expansão do poder de consumo, segundo o Instituto de Estudos Metropolitanos (IEME). Não esquecendo que devido sua localização privilegiada na região, é considerada rota central para outras cidades dos demais estados nordestinos.

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Na opinião geral dos presentes a seca foi o principal motivo de retração do mercado. As vendas de bike e outros setores enfraqueceram, pois todos os investimentos que se tem são levados principalmente para suas terras, alimentação e animais. Voltar a ter uma vida normal é difícil, mas o nordestino é um povo bastante resistente, após o período de estiagem já está de volta refazendo o seu dia a dia. As bikes de maior valor agregado voltam a liderar as vendas nas bicicletarias, novos bike shops começam a aparecer e tudo parece se normalizar. O Encontro Cyclomagazine tem muito a ver com isto. Realizado num momento em que todos estão acreditando, e se estocando para as datas festivas do Dia das Crianças e Natal, onde se vende maior número de bikes, e proporcionar ao lojista estar junto ao fabricante, juntamente com a figura do representante é tácito para a feitura de bons negócios. Visitantes avaliam o mercado Para o proprietário da ICÓCICLO, Jocieudo Pereira, de Icó – CE, participar dos Encontros, é sinônimo de boas oportunidades de negócios, além de conhecer as novi


dades no mercado, que tem passado por dificuldades por conta da carga tributária. “Enfrentamos muitos problemas, já que os impostos que pagamos são muitos. Mas sou otimista e acredito que as coisas vão melhorar e esse quadro será revertido. Aos poucos, o mercado tem apresentado nova tendência, e as bicicletas populares, já não agradam tanto, embora ainda sejam as mais procuradas, mas notamos aumento considerável pelas mais sofisticadas. Os usuários já querem algum acessório que possa valorizar e lhe proporcionar conforto nas pedaladas. Estou apostando nessa tendência, e tenho adquirido, por exemplo, quadros de alumínio para começar a trabalhar com esse público”, disse.

Pensando no Dia das Crianças e também no Natal, outro período de alta para venda de bicicletas, o empresário Pedro Pontes, da REAL CICLOS, de Natal - RN, veio em busca de novidades a serem comercializadas por sua loja. “Hoje temos um público consumidor cada vez mais exigente, que não está satisfeito apenas com as bicicletas simples, essas estão com vendas um pouco paradas. Eles querem as mais sofisticadas, com acessórios de última geração, quadros de alumínio e outros itens, que antigamente não eram levados em conta”. Segundo ele, essas bicicletas com valor agregado, em sua loja, custam até R$5 mil, enquanto que as populares o preço médio é de R$300,00.

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BIDA BIKES Hércules Garrido Augusto Localizada em Sousa, sertão da Paraíba, a loja tem oito anos no mercado. Esse segmento, de bike top de linha, está dominando o comércio no Nordeste, principalmente na Paraíba. O movimento é grande dessa linha de bike em Sousa, Patos, Cajazeiras. Houve um evento que se chama Eco Pedal do Vale dos Dinossauros em Sousa, PB, onde vimos cerca de 600 competidores em suas bikes top de linha. As bicicletas mais populares em nossa região são KHS, Focus, Scott, Specialized, Merida, Fuji, Avant e a Gios. A seca nos atrapalhou e muito, quando ela chega, derruba, enfraquece todas as vendas. Co -patrocínio

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Nesse momento as pessoas ficam aguardando as ações do Governo, que é o que faz o mercado girar. Enquanto não chega este auxílio, não há melhoria para a população. A falta de pedivela tem nos atrapalhado bastante. Para nós, o estoque está baixíssimo, cada vez mais difícil se encontrar. A solução é buscar o importador. Apesar do entusiasmo para as datas de outubro e dezembro, o empresário Pedro Pontes lembrou as dificuldades que o mercado da região vem passando por conta da forte estiagem que assola o Nordeste. “Infelizmente também fomos afetados por essa seca. As pessoas tiveram que priorizar outras coisas, como a compra de ração para os animais, compra de água, e isso afetou nas vendas. Esperamos que o ano se inicie com chuvas para que as pessoas não sofram mais..., não fiquem esperando uma ajuda dos governantes que não estão preocupados com a situação”, lamentou. Para Geraldo Chagas, proprietário da MOTACICLO, Fortaleza - CE, sua participação foi devido a oportunidade de ver as novidades do mercado. “Hoje, se está pedalando mais em Fortaleza. Todas as noites são mais de 1,5 mil pessoas pelas ruas da cidade. Isso faz com que novos adeptos surjam todos os dias, e participando de feiras como essa, nos mantemos atualizados”, disse. “Em minha loja vendemos bikes de até R$ 6 mil. Não é uma situação rara chegar em nossa loja o consumidor procurando por produto

com mais qualidade, querendo bicicleta com quadro de alumínio, com acessórios, marcha Shimano, e outros. O que não ocorria há cinco anos. Agora, esse público é crescente e devemos nos preparar para atendê-los, pois está se consolidando”, afirma. Francisco de Assis Tomaz, de Fortaleza, também participou da feira no intuito de conhecer as novidades em peças e acessórios. Com 30 anos no mercado, Tomaz, da Tomaz Representações destacou a importância do Encontro. Segundo ele, poucos conseguem reunir número considerável de participantes e transformar a feira em uma oportunidade única de negócios. “Antes vendíamos bicicletas para pessoas que as utilizava, praticamente, como meio de transporte, para ir ao trabalho. Agora temos os que utilizam com essa finalidade, e uma faixa da sociedade que a usa para a prática de esporte, passeio e lazer. Porém, são consumidores pertencentes à classe média, querem produtos mais sofisticados, algo que lhes proporcione conforto na pedalada, e que não apresente falhas mecânicas”, avaliou. Tomaz ressaltou que os preços das bicicletas variam de R$ 300,00, as mais populares, a R$ 15 mil. “É possível ainda encontrar com um preço superior a R$ 20 mil”, revelou. IMPACT BIKE Tamires Amorim Somos de Recife – PE, para nós o setor melhorou muito após o aumento das ciclovias.

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A seca afetou bastante o movimento de nossa loja em Caruaru. Acompanhamos o comprometimento nas vendas devido a esse fenômeno da natureza. Mas, o período crítico já passou e as vendas estão reagindo. Ao todo temos quatro lojas, são duas em Caruaru e outras duas em Recife.

Expositores descrevem seus produtos e analisam mercado

INTAC Nilton Guedes As empresas participantes do evento confirmaram que as bikes de maior valor agregado é a tendência de mercado, e trouxeram para o Encontro muitas novidades, no intuito de conseguir conquistar os lojistas que despertam para esse público. A INTAC apresentou alguns lançamentos de bicicletas da Fuji. “Adquirimos recentemente a representação da marca no Brasil. Uma das marcas mais tradicionais no mundo com 114 anos de história. Possuem geometria diferenciada, tecnologia, e se destacam nos designs e cores.”, informou o gerente comercial, Nildo Guedes. Nildo avaliou o mercado nordestino como em franca ascensão. “Cada região tem suas peculiaridades e procuramos observar os produtos para cada umas delas. Aqui no Nordeste existe uma resistência por bicicletas aro 29”. As lojas insistem em ter a bicicletas Aro 26”, mesmo sabendo da tendência para

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as de Aros 27,5' e 29'. Mas é um mercado em grande crescimento, haja vista a abertura de novas lojas. Já tive o prazer de visitar estabelecimentos aqui que não deixam a desejar para nenhuma grande capital. Em Campina Grande têm lojas de padrão internacional, bem equipadas e com oficinas especializadas”, analisou. Ele lembrou que desde 2005 o mercado de bicicletas vem registrando crescimento, e

dificuldades impostas por fatores como a alta do dólar, estão impedindo o crescimento do mercado”.

que a previsão para os próximos anos é que sejam comercializadas cerca de sete milhões por ano, o que mostra o seu potencial. “Ainda enfrentamos dificuldade porque a população não tem locais para pedalar”, frisou.

participem d o evento. Além disso, o mercado do Nordeste é excelente, só comparado com o que temos em São Paulo. Dessa forma, tornou-se imprescindível a nossa participação”, declarouThiago . A Viper já está se preparando para o Dia das Crianças. “Lançaremos os Aros 16” para crianças, engrenagens, e Aro com cobrinha, para atrair a meninada”, disse.

PERERÊ PEÇAS Emilson Lima Costa Considerou positiva a feira, classificada por ele como momento ímpar para a realização de bons negócios. “Nem mesmo as

VIPER Thiago Honório Apresentamos alguns atrativos como o lançamento de aros, linhas de guidões e novo logotipo da empresa. “O mercado em ascensão é uma prerrogativa para que

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CICLO CAIRU Jeferson Petsch “Estamos apostando no Dia das Crianças para alavancar ainda mais as nossas vendas”. Segundo ele, a empresa conta com bom estoque, e guarda um período de boas vendas. “Como sempre registramos, inclusive na linha de bicicletas montadas. É um presente que agrada muito”, revelou. “Apresentamos as novidades da Shimano, marca que a Ciclo

Cairu começou a trabalhar. Trabalhávamos menos com essa marca, e agora estamos com quase 100%, ampliando nosso mix. Além disso, temos umas peças da Cairu que vamos trabalhar pós-feira, como o quadro com modelos próprios”, declarou. ISAPA Francis de Resende Participou pela terceira vez do Encontro e consideram o mercado em alta. “Apesar de

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alguns percalços, o mercado tem se mantido em nível aquecido. As vendas oscilam, mas não deixamos de registrar bons negócios. Essa feira mostra isso, estamos no mercado há 50 anos, e mesmo assim, em evento como esse, nos deparamos com novos expositores, empresas que não conhecíamos, e número considerável de clientes. Isso é um reflexo do atual mercado”, declarou. Apresentaram novos capacetes Michelin, roupas da linha Pearl Izumi. Pneus Kenda, modelos Aro 29” e 27,5”, entre outros. Para Francis, aliado ao aquecimento do setor, está a população brasileira que tem se mobilizado e cobrado dos governantes a construção de ciclovias, rotas, e áreas destinadas a ciclistas, tanto para a prática de lazer, como para que as pessoas as utilizem na hora de ir ao trabalho. BELUMI Danilo Margonar “Consideramos o Encontro como de extrema importância para obter maior aproximação com a clientela, pois no dia a dia o contato com os clientes acaba sendo restrito aos representantes. É uma forma de se co-

nhecer pessoas, estreitar relações, e fazer bons negócios”, avaliou. Lembrou das dificuldades que o mercado enfrenta por falta de pedivela. “Todos que trabalham no ramo estão preocupados com a falta do produto. Isso faz com que o mercado fique estagnado, já que não há importação. Os clientes estão optando por mudar para o quadro 34.7, para usar outro pedivela, já que o de 45 mm está em falta. Parte do problema está sendo solucionado, e vamos aguardar para que o estoque seja normalizado”, disse. GO EASY Carmem Beda A região é um mercado importante para a empresa, com aporte de vendas significativo. “Estamos penetrando com maior intensidade na região que é importante polo de vendas”, destacou. Trouxeram a ciclovia virtual, que funciona com lanterna recarregável, produzindo um feixe de luz ao lado e atrás da bicicleta, orientando os motoristas com relação à distância que deve ser mantida do ciclista, considerando que as vezes o condutor do veículo maior desconhece

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a distância ideal para passar pelo ciclista sem causar nenhum transtorno. “Hoje com o trânsito que temos, esse equipamento torna-se essencial”, disse. KHS Henrique Yamaguchi “Consideramos que por conta do público consumidor estar mais exigente, o mercado tem procurado se especializar mais. Estamos vendo o mercado em crescimento, tanto no setor de vendas, como na especialização de produtos. As lojas precisam de artigos mais técnicos, identificados para determinados grupos de clientes. A qualidade e a identificação com esses grupos têm feito com que seja necessária uma especialização, um olhar diferenciado para eles”. X-BIKE Rafael Dannemann O Grupo trabalhava apenas com motocicletas. De acordo com o gerente foi excelente a estreia. “Tivemos bom reconhecimento dos clientes com o nome do Grupo e ótima aceitação dos produtos”, afirmou reiterando

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que o principal objetivo da empresa foi se mostrar ao mercado de bikes. “Estamos trabalhando com câmaras de ar, com leque diversificado, do Aro 16” ao 29”, e com preços interessantes para entrar no mercado nordestino. A concorrência é grande, por existir a consolidação de outras marcas, mas estamos mostrando nosso padrão de qualidade. Estamso iniciando com câmara de ar, para posteriormente apresentar um mix da marca, como pneus, pedivelas, quadros e outros”, disse. MIX Robson Vedana A MIX possui plano para expandir seus negócios na região Nordeste, lembrando que há um grande número de representantes nos estados nordestinos, mas que a pretensão é ampliar ainda mais os negócios na região considerada como estratégica, para o aumento das vendas. Informou que o crescimento do mercado de bicicletas tem sido de quase 30% ao ano. “Existe um apelo por investimentos na mobilidade urbana, e construção de ciclovias. Temos que aproveitar esse momento e investir nos nossos produtos”, disse. Trouxeram campanha promocional de descontos para atrair os

revendedores. Produtos com até 30% de desconto na linha de bombas e guidões. JPP Odair Sousa A novidade é a suspensão da TSW lançada para bikes Aro 26”. O modelo com tubo de alumínio, proporciona leveza à peça. Capacetes em cores novas com LED e quadros também em novas cores, com a marca TSW. Segundo Odair, o mercado está bom com perspectivas de crescimento, embora os meses de inverno tenham prejudicado bastante as vendas, deixando o mercado parado. “Com o final do ano as vendas tendem a melhorar. Não importamos pedivela por conta do dumping”. SMX Ubiratan Vieira “Trata-se de uma empresa relativamente nova no ramo de quadros de alumínio. Estou representando o gerente geral Robério Abreu. Estamos lançando a linha de quadros com cinco tamanhos e 15 cores diferentes. Temos quadros com tamanhos de 13,5”/15”/17”/19” e 21”, compondo toda linha de quadros para Mountain Bike. Temos também uma linha de garfos Aros

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20”/ 24” e 26” para speed. Em breve teremos mais novidades. “A empresa está situada em Boituva, interior de São Paulo. Outra empresa do mesmo grupo é a XS Bike fabricante de quadros “bicicletas exclusivamente em Aro 12”, disponível em oito cores, sendo três para meninas e cinco para meninos”, afirmou Ubiratan. Styll Marcelo Miramon “Estamos lançando aceleradores para bicicletas infantis com cinco opções de cores que deixa o veículo parecido com uma motinha. Temos também as bikes com rodas de 10 raios que se instala no bagageiro do transbike, e este transporta até três bicicletas simultaneamente ou 45k. Há também a rodinha de nylon com dez raios com sistema diferenciado para dar mais resistência à peça. Sentimos a crise, aqui no Nordeste, um pouco mais que em outras regiões, nesse começo de ano, talvez seja devido a Copa das Confederações onde alguns Estados não foram sedes do evento, mas já estamos nos recuperando do abalo que marcou o início do ano e bons negócios já estão acontecendo, estamos com expectativas de realizar muitas vendas”.

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JP Davidson Cardoso Trouxemos como lançamento a marca Sun Race, já bastante conhecida, que está voltando para o Brasil, é uma marca de componentes de relação, que compreende câmbio, roda livre, corrente, e, estamos mostrando a nova linha de produtos 2014 da marca. Temos a representação da marca FUNN (voltada para o ciclista profissional, para competição) que são produtos para downhill, freeride , cross country e produtos com nossa marca Ultimate toda linha 2013, componentes utilizados pelas equipes da Trek Word Race, da Specialized. A FUNN produz guidão, suporte, pedivela, selim, pedais para esse tipo de competição. Estamos lançando uma linha chamada Khaos, que é carbono com malha de Kevlar. Na mistura destes dois elementos dá menos peso na peça e maior resistência. No caso do carbono, o produto não quebra em estilhaço, funciona como se fosse um para-brisa de carro, apenas trinca, mas não em pedaços. POJDA Henrique Pojda “Estamos apresentando a cadeirinha com volantinho, trata-se da evolução da nossa cadeira modelo luxo. Nossa intenção é que a cadeira deixe de ser apenas acessório de bike e passe a ser considerado um brinquedo, e a criança poderá se distrair enquanto estiver sendo transportada. Estamos inovando. Logo teremos no mercado volantinho como de moto, de avião, e porta mamadeira para

Somos os maiores distribuidores VIPAL no Nordeste. Estamos participando do evento lançando institucionalmente a parceria que fizemos com a V Rubber”.

crianças. No momento são quatro cores, mas vamos ampliar este leque de opções”. MORIÁ José Carlos Brasil “Este ano, estamos fazendo a graxa de produção própria. Investimos no segmento, compramos novos maquinários, e estamos com melhor preço e qualidade. E tanto nossa graxa branca quanto o óleo com que trabalhamos funciona para as bikes. Graxa grafitada que evita o atrito das correntes, evitando o desgaste das peças, lubrifica e protege a superfície”. O EURIDES Mitchell Jason / José Eliçosiu “Apresentamos produtos da marca GTM de importação exclusiva da nossa marca.

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SCITEX Willyen Ip “Trouxemos a linha completa da Ashima, que são componentes e acessórios para freio. O rotor de freio a disco, aro 09” que pesa 0,66gr. É o rotor mais leve do mercado em aço inoxidável. Trouxemos também a linha BMX da MOB, quadros para Street, freestyle. Linha completa da Dabomb, que são guidões para downhill, com destaque para o guidão bazuca, o mais largo que tem no mercado. Linha de quadros full suspension para down hill. Representamos 4 marcas: Ashima; X Fusion; Dabomb e MOB. Estamos vendendo bem, mas sentindo certa retração do mercado que está meio receoso, nas compras. Talvez devido à alta do dólar. Estamos vendendo menos produtos, embora nosso faturamento continue igual”, afirma Willyen. BIKE NEW Augusto Vianna “Trouxemos nova linha de cubos de alumínio sextavado com rolamento de 6.200, tanto dianteiro quanto traseiro. Mais reforçado que o tradicional. Kit de montagem para Aro 16”, e nossos Aros Aero totalmente modificados, com paredes mais reforçadas, e nova apresentação, inclusive na adesivagem. A bike infantil está sendo mais divulgada, melhorando a sua qualidade, está tomando o mercado, crescendo novamente, e não só

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o Aro 16”, mas todas as linhas e tamanhos. O setor de bike está em pleno aquecimento e crescendo. O produto bike está criando novo diferencial no mercado. O consumidor está exigindo mudanças e as empresas estão correndo para satisfazer o consumidor, este é o diferencial de qualidade de cada fabricante”. VZAN Alexandre Bortoloci “Estamos agora lançando uma linha de bicicletas com Aros 26”; 27.5” e 29” e Full Suspension, uma linha de carbono. Bicicletas de nível mais competitivo, tanto para os entusiastas que buscam uma bike de mais qualidade, mesmo sendo de maior valor agregado quanto as bikes de competição. Dentro de dois meses apresentaremos nossa linha 2014. Vimos que os lojistas do Nordeste estão buscando de produtos diferenciados. Muitos lojistas acordaram para este novo conceito, novo segmento de bicicletas”. GRUPO CINTYA Antônio Marcos Loureiro “Trouxemos novas corrente da linha KMC, inclusive as coloridas que lembram uma linha retrô. Correntes voltadas para a linha indexada,e, para linha de competição . Novos produtos de sinalização para ciclistas: vista lights e black lights. Faróis dianteiros de 3; 5 e 9 LEDs. Novo sistema de sinalização a laser, que é a ciclofaixa - emite foco no chão formando duas linhas paralelas deixando o ciclista no centro das linhas, onde veículo

consegue visualizá-lo com facilidade, e a distância, dando espaço correto para não haver nenhuma colisão. Continuamos com a linha de pneus Duro. A partir de agosto começam a chegar os pneus de competição, mais elitizados, voltados ao ciclista profissional. Trouxemos cubos e roda livre da Shun Zen. Selins fabricado pela Neco. Linha de ferramentas para reparo de bicicleta. E cadeados com segredo, onde é possível trocar o segredo, a numeração e o código. O mercado no Nordeste começa a crescer a partir de agora. Passamos alguns meses com ‘festas Juninas’, a Seca que atrapalhou bastante este ano, e em outra parte houve muita chuva, um contraste climático que só atrapalha o setor. Mas, o mercado já está se realinhando, todos dizem que já estão fazendo boas vendas”. ROYAL CICLO Carlos Fernando “Trouxemos as novas cores dos pedais Candy da Crank Brothers além de canotes e guidões. Da Knog, uma marca Australiana, o ‘Vista Ligth Blinder”, que carrega através de USB, é à prova d’água e tem duração de 30h na função pisca ou 5h ligado ininterruptamente. Da marca de pneus Alemã Continental, temos os modelos de pneus para mountain bike na versão “Protection” que é muito resistente a furos e também é indicado para uso sem câmara. Capacetes, sapatilhas, óculos, luvas da marca Espanhola Spiuk”.

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Câmaras Premium Antônio Silva “Apresentamos novas embalagens das Câmaras Premium. Além disso, trouxemos a câmara topo (com emenda topo), com válvula de bico longo, específica para aro aero. Quanto ao evento, surpreendeu às expectativas. Ficamos muito satisfeitos com a localização e com a participação maciça dos clientes”. DNZ Ilson Moraes “Trouxemos a linha mountain bike com adesivo debaixo do verniz, com o sistema clear colt. E a linha freestyle com todas as cores em cima do cromo. Fabricamos bagageiros, para-lamas, bagageiros desmontáveis com parafuso. Temos uma linha tropical com cores diferenciadas do mercado. Nossa linha de produto é em aço, cromado envernizado”. WRP Daniele Eloi “Trouxemos com lançamento o kit Gênova com gancheira para freio a disco, também com a opção do stick bomber que é uma moda que o mercado está solicitando para os quadros de aço. Novo designer do quadro 26” Nitro. E nossa grande variedade de cores, o dá para fazer várias combinações como o bicolor com preto, com branco e com o prata. Esse é o nosso diferencial. Lembrando que o kit é composto por quadro, garfo, cobre corrente, para-lama e bagageiro. Trouxemos quadros com freio a disco. Es-

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De 8 a 13 de outubro de 2013 | Anhembi | São Paulo | SP www.salaoduasrodas.com.br Apoio de Mídia:

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Evento // 8º Encontro de Negócios Cyclomagazine

tamos mostrando que dá para fazer uma montagem muito bonita com quadros baratos, sem inviabilizar o produto final. Nossos quadros são de aço, e os diferenciais da marca, o montador já conhece. Lembrando que nossa linha tem cores bonitas, modernas e vibrantes”.

muito mais qualidade e desenvolvimento que uma bike sem marcha. Com três marchas, três velocidades e sem manutenção. Isso irá atrair as pessoas que ainda não pedalam, que não são familiarizadas com a bike Nexus – câmbio que troca de marcha parado, sem movimento”.

MOLDAR Emerson Gonçalves “Estamos apresentando o padrão construtivo na evolução das construções, ou seja, a parte estrutural com aços dobrados a frio e toda a parte de fechamento trazendo a parte interna de drywall e a parte externa de placa cimentícia. A construção é a seco, e sua estrutura atende tanto a parte residencial, comercial e industrial. A Moldar faz a concepção do projeto, desenhos técnicos, parte de construção e ideia, até a entrega do projeto completo, juntamente com o cliente. O evento serviu para demonstrarmos como pode ser feita este tipo de construção, tanto para quem necessita ampliar sua loja, ou construir sua fábrica de modo seguro e rápido. Essa estrutura representa em valores, de 20% a 30% menos que as construções tradicionais”.

GILBERTO BIKES Gilberto Freire da Costa “Trouxemos grande gama de produtos nacionais e importados. Como ampla rede de cubos; pedais; caramanholas; capacetes; bombas, etc. marcas como Alhonga; Util Bazar, Foot Pump, etc”, afirma. Gilberto comenta a necessidade de expor tanto a indústria nacional, quanto a internacional. Acredita que não podem ficar sem os produtos importados, que são muito procurados. Além do que ressalta os altos impostos taxados para os importadores. O sistema de dumping atrapalha bastante jogando os custos dos produtos com desmesura. “Trouxemos bikes montadas, linha Top, de marcas como Merida ,Trust; Soul e Gios”, conclui.

SHIMANO Rafael Taleisnik “Trouxe-nos um novo conceito de vendas para oferecer ao lojista, onde ele poderá vender uma bike de três marchas, que tem

3A DISTRIBUIDORA Cândido Peixoto “Apresentamos os quadros Argon 18” especial para speed e triathlon, o importante é que este quadro é todo em linha de carbono. Muitas novidades da BBB. Em breve linha de rolos Bkool, simulador de pedaladas ca-

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seiro, serve para aquecimento, programa o percurso pelo GPS de um celular android ou comum que são passadas as informações pelo smartphone”. JKS Cleto Deusdedith “Trouxemos novo sistema de rodinha lateral, agora aprovada pelo Inmetro. Linha infantil com detalhamento diferente para se adequar às normas do Inmetro. As cores são as mesmas de sempre, exclusivas da JKS. Neste novo sistema, as rodas laterais agora são fixas, as arruelas travam na gancheira. Até o final de agosto, a JKS entra no mercado com as novas rodas, com 12 raios, Aro 16”. NEK Glória Emílio Nunes “Aproveitamos o evento de negócios para apresentar aos nossos clientes as novidades do mercado. A sensação do momento são os cubos BRAVO com blocagem com os adesivos da linha CARTOON e CLASSIC. Outro lançamento que chamou a atenção de nossos clientes foram os cubos BRAVO 16 furos com os adesivos da linha NE Brito. Toda nossa linha de cubos NEK BRAVO flange alta, flange baixa, 36 e 72 furos, agora serão distribuídos com os adesivos CARTOON e CLASSIC, valorizando ainda mais nossos produtos. Inovamos com a inclusão de novas cores que são tendências de mercado em todos os nossos cubos e pedaleiras.

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Flash

Veja mais fotos em: www.luanda.com.br/cyclo_fotos


Rápidas Nacionais

Henrique Avancini conquista vitória e recorde em Congonhas

Tour do Rio

Ivan Storti

O evento reuniu dez equipes nacionais e oito equipes internacionais que cruzaram o território fluminense, passando por mais de 20 municípios, em mais de 820 km de prova. Ao todo foram 5 etapas onde os atletas pedalaram por diversos tipos de percurso. Barra, Recreio, Prainha, Grumari e estrada da Pedra de Guaratiba, com o Parque Nacional da Tijuca ao fundo, ditaram o clima de natureza até a chegada no perímetro urbano em Santa Cruz e a passagem pela Avenida Brasil, rumo a Angra dos Reis.

O mountain biker Henrique Avancini, da Caloi Elite Team, conquistou a quarta etapa da Copa Internacional de MTB. A prova foi realizada no tradicional circuito da cidade brasiliense de Congonhas e colocou em disputa os melhores bikers do Brasil. Com a vitória, Avancini assume a ponta do campeonato a apenas uma corrida do seu encerramento, somando 239 pontos contra 205 do atual segundo colocado. Ao cruzar a linha chegada, o ciclista bateu o recorde do circuito.

Divulgação

Ciclistas mirins nos jogos escolares em SP

Jean Coloca estreia novo uniforme Com o apoio das empresas 5R Shoppings Centers e BDO, o ciclista Jean Coloca estreou o novo uniforme em disputa do Granfondo do Brasil de Inverno, em São Pedro, SP. A marca 5R está estampada na camisa do atleta, que será usada durante toda a temporada.

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A Secretaria do Esporte, Lazer e Juventude do Estado de São Paulo realizou a final da categoria mirim de ciclismo dos Jogos Escolares do Estado de São Paulo. Os melhores no feminino foram as atletas Ingrid Figueredo, da E.E Dalila Gali, de São Carlos, na prova de grupo, e Shirly Araújo, da E.E. Joaquina de Castro Azevedo, de Iracemápolis, na prova de 500m. No masculino foram Lucas William de Souza, da E.E. Águia de Haia, de Bastos, no prova de grupo, e Igor Molina, do Colégio Progresso, de Araraquara, na prova de 500m. Participaram alunos de 12 a 14 anos das redes pública e privada de ensino que representaram suas escolas nas provas, que aconteceu em circuito montado ao redor do Ginásio do Ibirapuera. Os vencedores representarão a seleção paulista mirim.


Fernando Maia / MPIX / foto.com.net

Paula Amaral / Ottys fotografias

Kleber Ramos vence Desafio Tour do Rio O vencedor da categoria elite masculina, no evento realizado na cidade de Conservatória, no interior do Rio de Janeiro, o Desafio Tour do Rio, foi Kleber Ramos, da equipe Clube Dataro de ciclismo. Na elite feminina quem venceu foi Luciene Ferreira da Silva da equipe Funvic, de São José dos Campos. A competição antecedeu o Tour do Rio. Participaram 500 ciclistas distribuídos por 15 categorias, que enfrentaram percursos de 92,8 km, 80km ou 46km. Antoelson Dornelles, da equipe São Francisco Saúde, cruzou a linha de chegada a um segundo depois do campeão da competição. Cleberson de Almeida Weber, também da equipe Dataro, chegou em terceiro.

Tripp Aventura conquista resultados no Brasileiro de Mountain Bike A equipe profissional de mountain bike TRIPP AVENTURA conquistou bons resultados no Campeonato Brasileiro de Mountain Bike Cross Country (XCO), realizado em Juiz do Fora, MG. O time, com sede na Tripp Aventura Bike Shop em Belo Horizonte, MG, conquistou duas medalhas de prata e mantiveram-se entre os melhores do país na corrida mais disputada da temporada. Letícia Cândido e Larissa Paiva, que competiram na categoria Sub-23 feminina, conquistaram a 2ª e a 4ª posições, respectivamente

Catarinenses conquistam vice-liderança no Ironman 70.3 Brasil A prova, disputada em Brasília, DF, classificou 50 atletas amadores para o Ironman 70.3 World Championship 2014, em Mont-Tremblant, no Canadá. O grande vencedor da prova no naipe masculino foi o francês Jeremy Jurkiewicz e Igor Amorelli, de Balneário Camboriú, em segundo. No feminino a atual campeã do IMB, a americana Amanda Stevens, foi a vencedora. Carol Furriela, de Criciúma, conquistou a vice-liderança. Após cinco anos, a prova voltou a ser disputada em Brasília.

Granfondo do Brasil de Ciclismo de Inverno A competição, foi realizada na cidade de São Pedro, SP, com percurso de 100km. O ciclista André Luiz Pulini e Giovana Corsi, foram os primeiros colocados. O evento reuniu cerca de 400 atletas de 21 categorias. Pela Gran Elite a diferença entre os três primeiros colocados, foi pequena com André Pulini, William Chiarello e Alan Valêncio Maniezzo, respectivamente. No feminino, vitória de Giovana e sua companheira de equipe Danila Ferreira da Silva, ficou na segunda posição. Tatiani Cristina Lobo, terminou em terceiro lugar.

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Rápidas Nacionais

Copinha Kids de Triathlon propiciou diversão aos participantes

Atletas sobem ao pódio

Bruno Poppe / MPIX

A CIMTB teve sua terceira etapa realizada no município de Divinópolis - MG. Raíza Goulão venceu a Elite Feminina, seguida por Isabella Lacerda, em segundo lugar. Roberta Stopa ficou em quarto na categoria. Entre os homens, Rubens Valeriano, o “Rubinho”, terminou na segunda posição da SuperElite. No Brasileiro de MTB XCO, que aconteceu em Juiz de Fora, MG, outra vitória de Raiza Goulão na categoria Sub-23 Feminino. Isabella Lacerda e Roberta Stopa ficaram em segundo e terceiro lugares da Elite Feminina, respectivamente. Na Elite Masculina, Rubinho subiu ao pódio novamente ao terminar na terceira colocação.

A Chelso Sports & Business preparou brincadeiras saudáveis e esportes para crianças entre 6 e 14 anos: a primeira Copinha Kids de Triathlon. A atração fez parte da terceira etapa da 6ª Copa Interior de Triathlon e Duathlon, ocorrida no Broa Golf Resort, em Itirapina, SP. Durante as provas, as crianças que participavam puderam ser observadas pelos seus pais e olheiros.

Para se manter no Top 3 Circuito Copa Rio de Ciclismo A quinta e última etapa da Copa Rio de Ciclismo transformou Itaipava na capital nacional das bicicletas. O campeão, do evento que reuniu mais de 300 ciclistas, distribuídos em 13 diferentes modalidades, foi o pernambucano Adélio da Silva, que terminou em primeiro lugar os 26 km de percurso e sagrou-se campeão do circuito. O título feminino do Circuito Copa Rio de Ciclismo já havia sido conquistado com antecedência por Natasha Albuquerque, da equipe Voight, mas, no evento, ninguém foi mais rápida que Rita de Medeiros, da WN10.

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Guilherme Muller, atleta patrocinado pela ProShock, encarou a quarta etapa da Copa Internacional de Mountain Bike (CIMTB) com o objetivo de se manter entre os três primeiros colocados da categoria Sub-23. Na disputa que ocorreu em Congonhas-MG, o ciclista enfrentou uma maratona de 57 km em uma das provas mais tradicionais do Brasil.



Lançamentos NOVA OPÇÃO DE SUSPENSÃO

PROTEÇÃO PARA QUEM PRATICA ESPORTES Protex Men é a primeira linha exclusiva de sabonetes antibacterianos, que protege 10 vezes mais contra odores e elimina 99,9% das bactérias. O produto foi desenvolvido também na versão líquida, que tem a vantagem de ser 2 em 1, ou seja, pode ser utilizada tanto para o corpo quanto para o cabelo, o que traz muito mais praticidade para a rotina de cuidados dos homens. www.colgate.com.br

LUVA DE CICLISMO UNISSEX A luva de dedo longo (fechada) para Mtb/Speed/Lazer modelo Grip DL da marca brasileira Curtlo, possui almofadas de gel na palma da mão para conforto e alívio da pressão nos nervos, que conta ainda com conjunto de tecidos especiais que garante resistência e leveza. Composição: 82% poliamida, 10% algodão, 5% poliéster e 3% elastano. www.curtlo.com.br

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A ProShock traz o produto focado nas bikes de roda grande: a suspensão Ultra TR 29er. Indicada para trekking e trilhas leves, é a mais nova integrante da linha completa de suspensões aro 29” da fabricante nacional. São quatro modelos exclusivos para este tamanho de roda: Ônix, Ultra XC, Ultra XC TG e a Ultra TR. A suspensão foi desenvolvida com a exclusiva tecnologia P32, com novo design e hastes de 32mm de diâmetro. A ProShock conta com o sistema de lubrificação F-lub e o sistema Hi Air de amortecimento. Disponível nos modelos de 80mm e 100mm. www.proshock.com.br

ALFORJE URBANO A novidade da Curtlo é indicado para ciclistas urbanos que necessitam de praticidade e funcionalidade no uso diário ou lazer. Possui divisória interna e bolso frontal com fácil acesso ao mosquetão para chaves. Sistema de fixação simples e um dos lados pode ser usado como bolsa a tiracolo. Alça fixa no alforje esquerdo ajustável e apoio de ombro acolchoado. Capacidade de 14,5lts em cada unidade. Em poliéster. www.curtlo.com.br


PARA GUARDAR A BIKE O kit Cycloc acaba com o problema de quem usa a bicicleta e muitas vezes não tem onde estacionar. Criada pelo designer Andrew Lang, a peça permite que você pendure e tranque sua bicicleta em uma parede, tanto na horizontal quanto na vertical. E ainda tem espaço para guardar o capacete ou as luvas. Material: plástico (a versão em cor preta é feita de plástico pós-industrial 100 % reciclado). www.cycloc.com

GERADOR DE ENERGIA O Siva Cyle Atom é gerador de energia que, acoplado à bicicleta, coleta energia cinética do movimento de quem pedala. Assim, ele pode ser usado para carregar uma bateria que será utilizada mais tarde ou carregar o celular durante o passeio. www.sivacycle.com

LINHA DE CAPACETES

PARALAMAS PRÁTICO O Musguard lança o Paralamas para bike. É acessório prático que pode ser uma boa opção para quem vai de bike para o trabalho e quer evitar os pingos que voam das rodas para as costas. É fácil de instalar e também tem uma forma simples de ser guardado, sendo enrolado no quadro. É feito de Polipropileno reciclado que o torna durável. www. musguard.com

A Proparts apresenta a linha de capacetes Mavic com 5 modelos. Plasma SLR: capacete que oferece ergonomia, conforto e ventilação para os dias mais quentes com pedaladas mais longas. Plasma: compacto e ventilado por conta do projeto com 20 aberturas Clima Vent e sua estrutura é reforçada com Alutex. Syncro: leve e ventilado, ideal para dias mais quentes, e confortável para longas pedaladas. Pala removível para máxima versatilidade. Espoir: com ergonomia dos modelos top de linha e com ventilação. Tecnologias Ergo Fit que inclui sistema de ajuste Ergo Hold e as esponjas Ergo Fit. Notch: capacete desenvolvido para Enduro e All Mountain. Com maior área de cobertura na parte de traz da cabeça e pala removível. www.proparts.esp.br

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Lançamentos

MODELOS DA LINHA 2014 TREK SPEED CONCEPT 9-SERIES 2014 O novo conceito de velocidade de bicicletas Trek 9-série foram redesenhados para ter 30% menos de área frontal. O quadro pesa cerca de um quilo a menos do que a versão anterior. A nova bike está disponível através do sistema de personalização, ProjectOne, da empresa, que permite que você escolha o seu próprio esquema de pintura e substituição de certas partes do veículo. www.trekbikes.com

A GIANT TCR ADVANCED SL 3 Da Taiwan Excellence, a Giant TCR Advanced SL 3, da Giant, usa processo de fabricação que requer menos seções e junções na armação. O resultado é uma bicicleta com estrutura sólida, mas leve. Quadros nos tamanhos XS, S, M, M/L, L, XL. www.taiwanexcellence.tw

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A Ibis anunciou o lançamento do novo modelo para a sua linha 2014. Trata-se da Ibis Mojo DH que chega com alta capacidade de adaptação: uma full suspension com rodas 26 polegadas e 160mm de curso de amortecimento, mas que pode se transformar em uma 27.5 com 130-150mm de curso. Graças ao seu desenho e geometria diferenciados é possível adaptar a bike para ambas as medidas de rodas sem a necessidade de grandes trocas de componentes (exceto rodas). Disponível em duas versões diferentes: Ibis Mojo HDR de 26 polegadas e a Ibis Mojo HDR 650. Ambas compartilham o mesmo quadro e oferecem a possibilidade de modificar posteriormente o tamanho de suas rodas. www.ibiscycles.com

MOUNTAIN BIKE A Taiwan Excellence traz a bike Lakas. Trata-se de uma mountain bike da linha Volando, da O-TA Precision. Uma bicicleta estável e feita com fibra de carbono, leve que usa tecnologia de absorção de vibrações do terreno. www.taiwanexcellence.com.tw



Administração Gildemar de Almeida *

A Fraude e sua Pre CLASSIFICAÇÃO DA FRAUDE O Código Penal Brasileiro (CPB), completou 72 anos e está obsoleto e desatualizado. Os crimes que aconteciam naqueles idos de 1940, não são os mesmos que acontecem hoje em dia, portanto, as penas aplicadas naquela época, não servem para os crimes de hoje. Há necessidade de legislação atual, mais eficaz, adequada à contenção de práticas ilícitas e criminosas contra o sistema financeiro. Nota-se que não há troca de informações entre as autoridades públicas investidas e representantes das instituições, que concordam demagogicamente, haver espaço para se fazer um esforço coordenado para diminuir, pelo menos, as ocorrências mais frequentes. Importante salientar que toda a fraude, seja ela ideológica, documental ou mesmo uma auto-fraude é crime, e está sujeita às penalidades previstas no CPB, de acordo com o disposto no Artigo 171– Estelionato: “Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento”, com pena de reclusão prevista de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa. Porém, de acordo com o parágrafo primeiro do mesmo Art. 171: “Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o prejuízo, o juiz pode aplicar a pena conforme o disposto no Art. 155, parágrafo 2º. Art. 155: “Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel”; parágrafo 2º: “Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada o juiz pode substituir a pena de reclusão pela detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa”. Com as penalidades impostas pelo judiciário comprometidas, com o sistema investigativo da autoridade policial, responsável pela denúncia do crime junto ao Ministério Público, desacreditado, e o total desinteresse das instituições em registrar uma ocorrência, bloquear a garantia, no caso de veículos, e mitigar o prejuízo, o aparato repressivo que cabe ao processo com fraude acaba sinalizando ao mercado às fragilidades na operação, mantendo-se refém da “indústria” de contratos forjados que alimenta e retroalimenta informações irregulares que mantém os índices de fraudes aceitáveis, enquanto entendidos como cobrança.

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Para entender o cenário que se desenha, precisamos voltar à base dos critérios utilizados para lançamento de “perda a crédito” e “perda a fraude”, que considera toda informação cadastral fraudada, comprovantes de renda e residência adulterados, como enriquecimento de dados, lançando tudo como “perda a crédito”. De acordo com esse critério, somente quando houver uma ação contra, devido um terceiro ter assumido a identidade de outrem, é que o contrato será lançado como “perda a fraude”. A partir de reengenharias completas que estão sendo realizadas nas áreas de crédito e reestruturações implementadas nas áreas fraude, bancos, financeiras e organizações de varejo começam a entender a necessidade de passar a considerar os desdobramentos e ramificações da fraude. Naturalmente não é fácil quebrar paradigmas, mas um dos objetivos do nosso trabalho é exatamente propor o embate de ideias e provocar uma discussão sobre os critérios de “perdas” e “fraude”, geralmente classificadas nas instituições como: • Ideológica: quando uma pessoa assume a identidade de outra, casos em que é comum encontrar em processos de formalização cópias de documentos pessoais de identificação adulterados e assinaturas forjadas, porém, os documentos fornecidos podem ser originais ou cópias de originais, sem apresentar adulterações, prática muito comum em determinados produtos. Nota-se um aumento constante na utilização de documentos originais perdidos, roubados ou comprados de difícil detecção pelos sistemas automatizados de aprovação de crédito, mais de fácil detecção no monitoramento preventivo em tempo real. • Documental: quando há adulteração ou montagens em documentos utilizados para comprovação de renda e/ou residência, como holerites de pagamento, comprovantes, extratos bancários, faturas de cartões e concessionárias de serviços. Nestes casos os dados são adulterados para enriquecimento do cadastro ou comprovação irregular, a “arara”. • Auto-fraude: quando não há adulteração nos documentos pessoais do financiado, os documentos são verdadeiros e a fraude possui o objetivo único


evenção - Parte II de enriquecimento das informações acostadas em cadastro, tipificadas a partir da assinatura do cliente no contrato. Comum encontrar fraude documental em declaração de bens, renda e referências. A classificação inadequada do processo muda características na operação, o que aumenta a fragilidade do sistema e causa imputabilidade da Lei. A interpretação errada não atribui a responsabilidade dos fatos a alguém e fomenta um conjunto de condições que dá a todos que participam da ação, a certeza da incapacidade e total falta de interesse das vítimas em investigar o ocorrido e penalizar os culpados com rigor. Razão pela qual é comum, nos processos analisados, encontrar conivência e facilitações oferecidas pelos próprios parceiros comerciais e colaboradores, que não tem prejuízo financeiro algum com a ação, e continua no mercado mesmo descredenciado ou demitido por uma instituição. É necessário investir na classificação adequada da fraude e na investigação do processo, bloqueio e recuperação do bem, quando veículos, porque o levantamento dos fatos e suas circunstâncias subsidiam os critérios e parâmetros para uma modelagem de risco segura, contribuem para resolver falhas sistêmicas e sanear a base. O valor investido no procedimento é suportado pela mitigação dos prejuízos causados, e apesar, de na maioria dos casos, o processo correr apenas na esfera administrativa, quando da devolução do bem à vítima o caso é arquivado, mas a iniciativa, seguramente, já terá cumprido seu objetivo estratégico. PROCEDIMENTO CRIMINAL E JUDICIAL CÍVEL Em caso de fraude o procedimento mais indicado é na esfera criminal. Não cabe tratar fraude em contratos de financiamento e leasing na esfera judicial cível. Uma ação de busca e apreensão de veículos por inadimplência, por exemplo, devido a uma classificação errada do processo, pode acarretar prejuízo ainda maior ao patrocinador da ação. O crime de falsificação de documento público ou particular, falsidade ideológica e estelionato, é suficiente para oferecer denúncia junto à autoridade policial,

sendo possível fundamentar legalmente o crime de estelionato pelo uso de um comprovante de renda adulterado, se for o caso. Lembrando que todo o procedimento tramita na esfera administrativa, a partir de um boletim de ocorrência (BO) registrado na área dos fatos ou por precatória, noticiando o crime ao delegado, que instaura um inquérito policial (IP) e realiza o bloqueio do veículo por crime de estelionato (Art. 171 - CPB). O próprio delegado que registra a ocorrência possui prerrogativa para fornecer o “Auto de Entrega” da garantia, quando apreendida, inclusive com isenção para os débitos. Não há despesas com processos para a instituição na esfera criminal nem custos administrativos, é prático peticionar e pode ser executado por funcionário ou terceiro “preposto”. A denúncia do crime contra a instituição, oferecida junto à autoridade policial, garante a preservação de direitos, podendo ser argüido como atenuante em caso de defesa em ações de reparação civil, afastando ou pelo menos minimizando o arbitramento da indenização. Nos casos de bloqueios de veículos o condutor não é preso devido à restrição atribuída à garantia. Outro fato importante, que merece atenção, é que o protocolo da notícia crime, juntado ao laudo de averiguação, é documento hábil para antecipar o lançamento da operação em perda e reversão tributária, procedimento que atende as normas e resoluções do BACEN e da CVM. A baixa do bloqueio é realizada apenas na esfera administrativa, é prático e rápido, pois mesmo que o inquérito esteja arquivado o procedimento é realizado por oficio mediante a apresentação do “Auto de Restituição”, conforme disposto no art. 120 do Código de Processo Penal Brasileiro (CPPB), o que reduz significativamente despesas com estadia de veículo no pátio do leiloeiro. Somente em casos que o delegado eventualmente se oponha a restituição do bem, é preciso tramitar demanda perante o poder judiciário. Não é comum, pode acontecer quando há mudança de delegado ou em casos que a garantia já faça parte de um processo criminal em andamento, denunciado pelo ministério público. A isenção de débitos amparada pela Lei Federal

“Importante

salientar que toda a fraude, seja ela ideológica, documental ou mesmo uma auto-fraude é crime.

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Administração

6.575/78 dispensa o pagamento de despesas relacionadas à apreensão do veículo objeto de crime e a disposição da autoridade policial, como guincho e pátio, que se estende sobre a quitação dos débitos relacionados a impostos e multas, que podem ser liquidados posteriormente, a restituição do bem, tem suscitado muitas dúvidas e ainda é motivo de bastante discussão. Os pátios, maioria particulares, apesar da isenção sempre há necessidade de uma negociação de valores. Há projeto aprovado e licitação em andamento para que os pátios passem para a administração pública, nos casos de veículos apreendidos por crime, irá facilitar, porém nos casos de veículos apreendidos por problemas administrativos, como documentos, e também nos casos de ação de busca e apreensão, deverá ficar complicado qualquer negociação. Os débitos com impostos e multas também são passíveis de isenção a partir de petição realizada para o feito junto à esfera administrativa e, se necessário, junto à esfera judicial cível, porém dependem da interpretação do delegado no DETRAN, onde for solicitado o desbloqueio do documento ou Juiz da Vara peticionada. Não é recomendado entrar com processo na esfera judicial cível, nos casos de contratos de cdc para financiamento e contratos de leasing, principalmente em casos de restituição de veículos objetos de contratos irregulares e fraudulentos, porque correm o risco de se tornarem nulos devido à interpretação da Lei, por se tratarem de fraude. Além de ser um expediente moroso e não viabilizar a recuperação do veículo, eleva consideravelmente os custos para o devido ajuizamento da ação, causando mais despesas e prejuízos a instituição. Há outros riscos envolvidos, quando se opta pela esfera judicial cível, como possíveis ações indenizatórias contra a instituição, pois durante o procedimento judicial o verdadeiro cliente ou terceiro de boa fé (laranja), poderá se manifestar se localizado e contestar a operação realizada em seu nome. Neste momento o juiz pode extinguir a ação patrocinada pela instituição e declarar fraude contratual, o que seguramente levará o verdadeiro cliente (laranja), a pleitear reparação civil. O ajuizamento de uma ação de busca e apreensão não resguarda à instituição a preservação de seus direitos decorrentes do contrato, especialmente no caso de ação de reparação civil. Outro agravante; ao ajuizar uma ação para solicitar o bloqueio de um

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veículo, ela não permite a autoridade policial fazer a apreensão, porque a restrição imposta na esfera judicial cível apenas inviabiliza a emissão de novos documentos e acabam impossibilitando a alienação do bem em caso de falta de gravame. Outro fator importante e que merece consideração é a morosidade para se baixar a “restrição judicial”, uma vez que somente o juízo originário da ação pode determinar sua execução. Sido julgada a ação e já arquivada, a baixa poderá levar um prazo ainda maior, e ainda será necessário o recolhimento de novas taxas e custas judiciais. Os custos estimados para ajuizamento de uma ação de busca e apreensão é de cerca de R$ 1.800,00 (um mil e oitocentos reais), em valores de jan. de 2013, e não é restituído, mesmo em se havendo a recuperação da garantia. Precisa ser acrescido nos custos valor considerável com as despesas do pátio, se a apreensão do veículo ocorrer por razões administrativas, como documentação irregular ou infração de trânsito. A garantia, através desse expediente, somente é restituída à instituição após o pagamento das despesas com guincho, pátio, multas, impostos e taxas. Sendo importante ressaltar que não há nesses casos, possibilidade de antecipação do lançamento da operação em perda, devido o ajuizamento de uma ação cível, somente será provisionado 100% a partir de 180 dias de atraso (carteira H), isto sem contar outros riscos que a instituição estará sujeita, de acordo com as normas e resoluções editadas pelo BACEN e pela CVM, especialmente o disposto na resolução 3380. • O autor estará complementando o artigo na próxima edição. * Gildemar de Almeida é graduado em comunicação social e marketing pela Universidade Braz Cubas e MBA em administração financeira e gestão bancária pela Fundação Getúlio Vargas (FGV); especialista em fraudes (ideológica e documental): executivo, com mais de 18 anos no mercado financeiro, com forte atuação nas áreas de pesquisa, desenvolvimento de produtos, expansão de redes. Atualmente trabalha exclusivamente com a prevenção à fraude na concessão de crédito e recuperação de ativos. Voltado a bancos, financeiras, redes de varejo e concessionárias de serviços, em todas as etapas do processo antifraude.


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