Lygia Durand em PRECE ARTSY

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h p://msn.lilianpacce.com.br/moda/armadura-de-deus-lygia-durand/


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h p://glamurama.uol.com.br/lembrete-72221/


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PRECE ARTSY

A blogueira CONSUELO BLOCKER escreve sobre a designer Lygia Durand, que largou a carreira de modelo para criar verdadeiras orações em forma de joias

FOTOS: LUIZ TRIPOLLI (RETRATO), CARLOS BESSA (STILLS); BELEZA: CELSO FERRER (ABÁ/MGT)

S

e há uma expressão para definir Lygia Durand é “explosão de energia”. Linda, por dentro e por fora, seu lar é o mundo – por onde rodopiou muitas vezes ao longo da vida. Meu primeiro contato com ela foi logo depois de ter me apaixonado por um de seus braceletes. Havia visto uma imagem na internet e, numa visita à casa de minha mãe, o encontrei apoiado no criado-mudo. Foi quase uma visão, acreditem. Quis muito aquele bracelete, mas não ousei pedi-lo. Porém, há um mês, em uma visita ao Brasil, ela mesma me perguntou se eu queria a peça, que adora, mas é grande demais para seu pulso. Fiquei em choque. Desde então, uso-o sempre, como um amuleto protetor. Ele é de São Bento, gravado com a prece que o protegeu contra Satanás. De prata maciça, é simplesmente deslumbrante. Não tem uma vez que eu o use sem que alguém me pare para perguntar o que é ou quem o fez. Na Europa, onde moro, consegui inúmeros fãs para Lygia. Nos anos 1970, aos 15 anos, Lygia tornou-se modelo, por insistência da editora de moda Regina Guerreiro e do fotógrafo Bubby Costa. Sempre teve uma queda por moda, portanto,

aceitou o desafio. Em uma de suas voltas pela França, onde se tornou o que hoje chamamos de trend-hunter, envolveu-se com a mítica marca Company e seu fundador, Mauro Taubman. Foram eles que trouxeram a moda dos patins para o Brasil. Mas daí, algo aconteceu e ela cansou de ser modelo. Parou, pensou e, depois de ouvir o pedido de várias mulheres que queriam o bracelete de prata desenhado pelo avô, que ela usava desde 1978, decidiu reproduzi-lo e vendê-lo a 20 amigas escolhidas a dedo. Assim, com o dinheiro, poderia ir dançar e patinar por um mês em Nova York. “Na verdade, virei designer porque queria ir para Manhattan e abandonar a carreira de modelo. Não queria mais aquela vida de jeito nenhum!”, conta. Uma das mulheres escolhidas foi Gloria Kalil, que, na época, era dona da grife Fiorucci no Brasil. Ela saiu na capa da revista IstoÉ usando a peça. Logo, Lygia se viu com uma enxurrada de pedidos. Esse é o único modelo que ela repete até hoje. Entre as clientes que usam seus braceletes estão a artista plástica Adriana Varejão, a atriz Maitê Proença, Andrea e Alice Dellal, Gloria Perez e o PR da Valentino, Cacá de Souza, que também tem um São Bento. Em todas as peças assinadas por ela há sempre gravado o

ORAÇÃO Lygia Durand usa dois braceletes de sua autoria

Espírito Santo, simbolizado pela pomba, na parte interna. Lygia, hoje, mora em Ouro Preto. Lá, me conta, descobriu “por que o silêncio é tão importante.” Em um mês, criou uma coleção de 19 peças. No entanto, o mundo continua sendo seu lar, pois foi de Istambul que me concedeu esta entrevista.  À venda na Dona Coisa, no RJ  :: donacoisa.com.br

Outubro 2012 | HARPER’S BAZAAR | 5


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