IN THE HEART OF BRAZIL

Page 1

CONCEITO — “NO CORAÇÃO DO BRASIL”

tempo homenageie esses mestres da arquitetura brasileira e também represente o desejo de um país convidativo e agregador. As rampas de No decorrer da história das Exposições Mundiais, 1939 e 1958, assim como as sinuosidades do grande o Brasil, muitas vezes, participou com pavilhões vão de 1970, servem de inspiração para o projeto arquitetonicamente representativos perante a proposto para Dubai 2020, reinventadas a partir produção nacional e internacional, que ajudaram de um vetor essencial para edifícios expositivos a divulgar e a criar uma identidade arquitetô- nas Exposições Mundiais atualmente: a ludicidade, nica reconhecida como brasileira. São os exem- já evidenciada como atributo principal do pavilhão plos mais consagrados o pavilhão de 1939 para brasileiro de 2015, em Milão, por meio do disposia Exposição Mundial de Nova Iorque, projeto tivo da rede como elemento simbólico e lúdico”. Assim, o pavilhão proposto para 2020 busca de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, o pavilhão de 1958 para Exposição de Bruxelas, projeto de inspiração nos antecessores, aludindo a uma Sérgio Bernardes e o pavilhão projetado por generosidade latente e necessária ao país que, Paulo Mendes da Rocha em 1970 para Exposição historicamente, foi constituído por diversos de Osaka. Esses pavilhões tornaram-se marcos povos em um eloquente amálgama cultural. Essa na historiografia e figuram no imaginário da diversidade integradora, presente desde as mais arquitetura brasileira. Em comum, ressaltam as remotas imagens utópicas projetadas a partir espacialidades generosas, com espaços amplos do encontro com os povos originários e com a e convidativos, apresentando uma arquitetura natureza exuberante do território, é ao mesmo com promenades architecturales integradoras. tempo aquilo que pode nos definir e o que constiTal recorrência parece representar uma identi- tui nossa maior riqueza. A partir dessas referências, o projeto surge dade arquitetônica desejada. Olhando retrospectivamente para essas como uma experiência reflexiva e estésica: arquiteturas e para a identidade que propõem convida o visitante a uma imersão no coração é inevitável projetar um pavilhão que a um só do Brasil, explorando as origens da diversidade

sociobiocultural do país. Um pavilhão aberto que convida e acolhe os visitantes. O entendimento de que um pavilhão nacional não deve figurar como um monumento estático e espetacular somente para contemplação, resultou em um projeto no qual arquitetura e expografia são indissociáveis, de modo que a experiência do visitante ocorra em todas as instâncias e espaços do pavilhão. Dessa forma, entrar no coração do Brasil significa aprender e se relacionar com suas particularidades por meio de todos os sentidos. Sob essa metáfora e como resultado de um processo de abstração formal, o átrio central recria o ambiente de uma gruta representando o coração do país, evidenciando que no âmago do Brasil fértil encontra-se a água que verte e corre como veias que carregam a diversidade através do país continental, que concentra 12% da água doce do mundo e tem o propósito de proteger e bem utilizar esse recurso. A água converte-se em um fio narrativo para contar histórias, demonstrar tecnologias no manejo sustentável dos recursos e projetos de produção agropecuára demonstrando a preocupação fundamental com a sustentabilidade como fundamento do desenvolvimento.

IMPLANTAÇÃO ESC. 1.500


EXPERIÊNCIA — ÁGUA COMO EDUTAINEMENT

IDENTIDADE VISUAL O logo dá continuidade à proposta do pavilhão e parte da modulação da cobertura do edifício. A construção da tipografia acontece em dois momentos: em vista, leva em consideração o tubo em sua secção vertical e em planta, sua secção horizontal, ou seja, circular. Em sua aplicação espacial, remete ao efeito da chuva caindo, através do uso de um sistema de iluminação programada que decompõe e recompõe a tipografia. A percepção do visitante se altera a medida em que se movimenta pelo pavilhão, gerando um elemento surpresa no espaço.

O tema proposto para o pavilhão, “No coração do Brasil”, encontra na água sua síntese narrativa. Ao adentrar no interior das nossas terras, a água que brota se transforma em 1) jogo, 2) conteúdo e 3) sistema integrador do espaço. As águas do Brasil tornam-se um ponto de interesse e de encontro com Dubai, provocado pelo contraste entre a abundância hídrica brasileira e o clima desértico do local da feira. Propõe-se três experiências com água: 1) água como entretenimento - por meio de um grande espelho d’água onde haverá uma instalação interativa com jatos e vapor, ajudando ao mesmo tempo a criar um microclima e resfriar o ambiente; 2) água como alimento - através de vários bebedouros espalhados pelo pavilhão, o visitante poderá provar a “água brasileira”; e 3) água como informação - como um sistema de reuso consciente que transforma a água em tema e conteúdo, buscando debater a importância da preservação do patrimônio hídrico por meio de recursos tecnológicos. Por meio dessas experiências, os visitantes poderão perceber a água como um dos principais recursos do país, fundamental para sua sociobiodiversidade. Tecnicamente, o projeto se constitui a partir de um sistema de aproveitamento e transformação das águas do pavilhão produzindo um ciclo local. As águas pretas do pavilhão (instalações sanitárias) se transformarão na água que alimenta a vegetação; as águas cinzas advindas do uso funcional, dos bebedouros e da drenagem dos espelhos d’água, serão reaproveitadas para todos usos, fechando um ciclo de reaproveitamento. Serão criados sistemas de filtragem naturais para o reaproveitamento das águas, tornados aparentes nas áreas de vegetação do pavilhão, compondo parte do conteúdo expositivo.

Logo logo em em vista vista

Logo em vista sinalização

ESQUEMA CONCEITUAL Água como alimento para flora fauna e para as pessoas

Água funcional

Água como entretenimento

Água como conforto

Água funcional

Água como alimento para flora fauna e para as pessoas

Fecha-se o ciclo — retorno da água

Fecha-se o ciclo — retorno da água

Bebedouros

Água de reuso para cozinha e sanitários

Filtros Reservatorios

Espelho d’agua centro da caverna

Água de reuso para cozinha e sanitários

Bebedouros

logo em em planta Logo Planta

L


ARQUITETURA — PAVILHÃO COMO EXPERIÊNCIA TOPOLÓGICA A arquitetura do pavilhão organiza-se em dois volumes: a base que recria uma topografia caminhável, e a cobertura feita de tubos metálicos que dão a forma sinuosa do espaço. O volume inferior tem sua ocupação periférica no terreno, liberando o centro onde contendo uma grande instalação interativa e de onde inicia-se a experiência do visitante. Inscritas num quadrado de 48m x 48m, e com altura máxima de 15m, as duas enormes peças topográficas em oposição - inferior sólida e superior rarefeita - abrem-se convidando o visitante a conhecer o coração das águas do Brasil: pela grande fenda, o chão de Dubai adentra o espaço, tornando-se sinuoso e configurando uma praça aberta, fresca e lúdica, pela qual se distribui a expografia interativa que conta o Brasil por meio do ciclo de suas águas e da sociobiodiversidade de maneira mais ampla. Sobre as cabeças, uma grande cobertura espacial sustenta tubos metálicos suspensos em alturas diversas para evocar estalactites que pingam, reforçando a experiência sensorial. A luz é difusa e impressionante. O piso irregular se eleva a partir do centro em direção à porção periférica do edifício, para abrigar o

ESQUEMAS DE PROGRAMAS E PERCURSOS carga/descarga

saída emergência

saída emergência

COBERTURA estrutura espacial em treliça metálica. Facilidade de fornecimento, montagem e reutilização

Frente

ESTALACTITES, origem das águas, transformam-se em instalações interativas. Lateral restaurante

elevadores elevadores

Apoio/Serviços

entrada convidados

Loja

Exposições entrada convidados temporárias

percurso livre expografia

Administração

Administração

Auditório

arquibancada

café café

quadro de áreas

subida escada rolante

gerais Térreo

percurso livre expografia

arquibancada saída emergência

saída emergência

Restaurante

PERPECTIVAS AXONOMÉTRICAS

AXONOMÉTRICA EXPLODIDA

FORRO Tubos 6” com alturas variadas fixados a placas metálicas 1,50 x 1,50. Facilidade de fornecimento, montagem e reutilização

PROGRAMAS E PERCURSOS PERCURSOS

/descarga

a

programa institucional e dar lugar, no coração, a uma grande instalação imersiva - jogo das águas -, onde é possível brincar e refrescar-se. Ao elevar-se radialmente, por meio da variação topográfica surge um anfiteatro aberto como lugar de ócio, aprendizado e encontro. No alto, está o café com uma área de descanso, de onde se tem uma visão panorâmica do pavilhão, e também parte do programa expositivo permanente, com instalações artísticas de livre circulação. Desde o centro na cota mais baixa - o coração das águas -, acessa-se a parte interna do pavilhão. Junto às fachadas secundárias, o programa institucional se organiza em três alas: escritórios a oeste, com acessos tanto interno quanto independente por fora do pavilhão; áreas técnicas ao fundo do lote, com acesso direto pela via de serviços; e, a leste, restaurante, auditório (sala multi-uso) e foyer - utilizado para para eventos e exposições temporárias. O auditório, semi-enterrado, tira partido acústico e formal do teto em aclive, podendo ainda transformar-se em área de piso complementar conforme necessidade, por meio de estrutura retrátil, gerando grande flexibilidade de uso. Junto à circulação interna, encaixada sob o teto curvo, encontra-se ainda a loja, integrada ao restaurante, ao foyer e à área para exposições.

subida escada rolante descida pela topografia

TOPOGRAFIA CAMINHÁVEL Estrutura metálica leve calandrada, revestida por chapas de compensado e eps, com piso (manta) de borracha reciclada. descida A ser remontada como pela topografia parquinho infantil

quadro de áreas gerais

programa

área do lote = 3772.29 m² área construída = 3927.48 m² área de ocupação = 2304 m² coeficiente de aproveitamento = 1.04 altura máxima do edifício = 15 m

área expositiva principal = 1290.30 m² área expositiva secundária/eventos = 405.34 m² área comercial = 833.34 m² área administrativa = 354.75 m² áreas ténicas = 110.70 m² circulação e outros = 933.05 m² área de vegetação = 340 m²

programa área expositiva principal = 1290.30 m² área expositiva secundária/eventos = 405.34 m² área comercial = 833.34 m² área administrativa = 354.75 m² áreas ténicas = 110.70 m² circulação e outros = 933.05 m² área de vegetação = 340 m²

Lateral administração

Topografia

área do lote = 3772.29 m² área construída = 3927.48 m² topografia - loja, expografia e experiência área de ocupação = expografia 2304 m² e experiência topografia - loja, coeficiente de aproveitamento = 1.04 altura máxima do edifício = 15 m

cota 0 - programas internos as internos

PRAÇA ABERTA ao grande público com expografia interativa. Ao centro, instalação imersiva das águas, anfiteatro. Na parte superior o café e as instalações artísticas.

INTERIOR Forro topográfico cria rica espacialidade e iluminação natural. Piso em concreto polido, divisórias desmontáveis, elementos de fachada modulares. Mobiliário brasileiro.

PROGRAMA INSTITUCIONAL Administrativo, restaurante, foyer, área multiuso (auditório, exposições tempoárias, eleventos), loja, serviços e áreas técnicas.

Fundos


5.1

5.2

6

3.4

5.3

3.3 4.10 3.5

3.2

4.1 4.2 2.4

LEGENDA Exposições Permanente 1.1 Área Expografica

4.3

B

4.3

4.4 2.2

4.6

4.5

VISTA ÁREA COMERCIAL

Área Comercial 3.1 Loja 3.2 Restaurante 3.3 Cozinha 3.4 Depósitos | Câmera Fria 3.5 Sanitários

1.1 2.1 2.3 4.7 2.3

Exposições Temporárias 2. 1 Espaço Multiuso | Auditório 2.2 Camarim 2.3 Cabine de Controle 2.4 Exposições Temporárias

Área Administrativa 4.1 Recepção 4.2 Lounge de Espera 4.3 Sala de reuniões 4.4 Sala de staff 4.5 Administração 4.6 Relações públicas 4.7 Copa 4.8 Depósito 4.9 Sanitários 4.10 Sala do diretor

PLANTA TÉRREO ESC. 1:250

CORTE A ESC. 1:250

A

Área Técnica 5.1 Vestiário 5.2 Refeitório 5.3 Sala Técnica

VISTA AUDITÓRIO

ESQUEMA DE UTILIZAÇÃO ESPAÇO MULTIUSO


MUSEOGRAFIA E EXPOGRAFIA O PAVILHÃO COMO INTERFACE SENSÍVEL AOS VISITANTES A Expografia do pavilhão se apresenta indissociável da arquitetura, sendo o próprio edifício conteúdo expositivo e narrativo, integrando o programa, com áreas de ócio e contemplação, entremeados por instalações expográficas e artísticas que propõem ao visitante a imersão no universo produtivo, natural e cultural brasileiro. O pavilhão está constituído por quatro percursos narrativos/museográficos não lineares, porém complementares e interligados: Percurso do Jardim, como uma primeira aproximação à biodiversidade brasileira através da vegetação na área externa do pavilhão, com a recriação de uma agrofloresta, demonstrando tanto o ambiente natural quanto as possibilidades de produção sustentável. A vegetação é constituída por espécies endêmicas predominantemente do cerrado e da caatinga brasileira, de forma a melhor se adaptarem ao clima quente e seco de Dubai, além de possibilitar a apresentação de dois biomas brasileiros pouco conhecidos e representados fora do país, mas de grande importância para nossa cultura e para a produção agrícola. Um segundo percurso, denominado Percurso das Águas, começa na área externa, onde bebedouros serão colocados de forma a convidar os visitantes a beber livremente água potável. Seguindo o fluxo das águas, o visitante chega no coração do pavilhão: uma instalação imersiva interativa que permite aos visitantes se refrescar e brincar com a água. A instalação consiste em um espelho d`água de onde sai vapor frio, ajudando a reduzir a temperatura ambiente, e jatos de água que saem do alto

VEGETAÇÃO GUA VEGETAÇÃO

ÁGUA

ARTE CONTEÚDOS VEGETAÇÃO

TOGETHER FOR PEOPLE

Agrofloresta do Cerrado e da Caatinga EXEMPLOS:

dos tubos que evocam estalactites, com uma coreografia feita de água, sons e luzes. No terceiro percurso, localizado nos platôs da topografia, chamado Percurso dos Conteúdos, serão apresentadas informações de forma mais explicativa, seguindo a narrativa dos três temas principais propostos em edital e criando três formatos de interfaces de aprendizagem e informação: Na primeira instalação, Together for Tomorrow, serão abordados conteúdos relacionados à produção sustentável agropecuária brasileira (ILPF, agricultura familiar, tecnologias para o agronegócio) e energias renováveis, apresentados através de realidade aumentada, recriando cenas de áreas e tecnologias produtivas mapeadas no própria topografia do pavilhão, em monóculos e áudio explicativo. Na segunda, Together for Nature, serão apresentados conteúdos de projetos de conservação da nossa biodiversidade, relacionando-os a informações sobre os recursos naturais e espécies endêmicas. Aqui, há dois níveis de imersão e leitura: um passeio sonoro pelos biomas brasileiros e um mapa interativo em uma mesa disposta centralmente e com manipulação coletiva, onde é possível conhecer projetos de preservação e conservação espalhados pelo país, focados em reservas naturais, água e oceano e matrizes energéticas de baixo impacto ambiental. Na terceira área, Together for People, serão apresentados projetos relacionados à sustentabilidade das cidades, tecnologias sociais e projetos de turismo. A interface prevista constitui-se em mesas que mostram projetos através de superfícies táteis com diferentes texturas manipuláveis pelo visitante para interação através de projeção mapeada. Por fim, o Percurso das Artes, propõe uma segunda epistemologia de leitura da produção

Como experiência lúdica

conteúdo Cidades sustentáveis, turismo sustentável, tecnologias sociais. A exemplo: Projeto Rios e Ruas, Projeto Caminhos do Brasil, representando os as trilhas dentre os parques ecológicos; PAC cidades históricas. interface Mesas interativas mapeadas táteis com diferentes texturas.

ARTE ARTE obras área interna

TOGETHER FOR TOMORROW Peroba do cerrado

Bananeira

Pequi

Araticum Como alimento

Café

Murici do Campo

Como contemplação e conforto

ÁGUA

TOGETHER TOGETHER FOR FOR NATURE NATURE

exposições temporárias

Virgínia de Medeiros

Jonathas de Andrade

VEGETAÇÃO

ARTE

1` a 2` 1` 4` a 6` 7`30``

TOGETHER TOGETHER FOR FOR PEOPLE PEOPLE

TOGETHER TOGETHER FOR FOR TOMORROW TOMORROW

5` 3` a 5`

NO CORAÇÃO NO CORAÇÃO DO BRASIL DO BRASIL

2`

obras área interna

conteúdo Agropecúaria sutentável e energias renováveis - tecnologias de ponta. Monóculos com realidade aumentada na própria topografia do pavilhão, transformando o pavilhão em eareas produtivas: ILPF, agrofloresta, agricultura familiar, projetos de energia eólica etc.z

intervenÇão na arquitetura

TOGETHER FOR NATURE

obras área externa

conteúdo Projetos de presentação das águas e dos biomas brasileiros NíVEL DE LEITURA SENSíVEL Passeio por uma “floresta de tubos com sons recriando a ambiencia de diferentes biomas - imersão sensível. níVEL DE LEITURA INFORMATIVO Mesa interativa coletiva apresentando projetos sustentáveis.

brasileira por meio da produção artística, focando em obras que tenham diversidade natural a água como tema para recriar instalações pela topografia e no interior do pavilhão. Na área externa, Thiago Rocha Pitta (Tiradentes, MG), com suas instalações que relacionam-se intimamente com o tema da paisagem, Simone Cupello (Rio de Janeiro, RJ) com esculturas amorfas de grandes e pequenos formatos, ou Wagner Malta Tavares (São Paulo, SP) que com suas instalações de tubos metálicos poderiam evocar os sistemas de reaproveitamento hídricos, ocupam o a topografia, gerando surpresa e complementando a experiência. No ambiente interno, arte e arquitetura se mesclam complementando a proposta do pavilhão nas obras de artistas como Sandra Cinto (Santo André, SP), com imensos painéis compostos por grafismos aludindo a ondas marítimas; Henrique Oliveira, da mesma maneira, transporta o universo da natureza para dentro do pavilhão, discutindo a relação contraditória entre natureza e urbanidade. Além das obras propostas, integradas à arquitetura, propõe-se exposições temporárias no interior do pavilhão como um mergulho no corpo social brasileiro. Que povo é esse? De onde ele vem, quais suas vontades e desejos? A exemplo, os olhares de Virgínia de Medeiros (Feira de Santana, BA), Dalton de Paula (Brasília, DF) e Jonathas de Andrade (Maceió, AL) tornam possível percorrer regiões reais e imaginárias do país, indagando sobre as distintas identidades que se conformam no mesmo território. Assim, retratos, ofícios e contextos se somarão na busca de uma possível tradução da diversidade sociocultural brasileira.

Sandra Cinto

Henrique de Oliveira

[PERCURSOS NARRATIVOS] PERCURSO DAS ARTES PERCURSO DAS ÁGUAS

Thiago Rocha Pitta

Wagner Malta

PERCURSO DO JARDIM PERCURSO DOS CONTÚDOS

[TEMPOS DE VISITAÇÃO] TOGETHER FOR NATURE

TOGETHER FOR PEOPLE

PERCURSO DA ÁGUA

[preservação das águas] 20 segundos por interação - em torno a 15 projetos: 6 minutos na mesa. Em torno a 11 pessoas simultâneas

TOGETHER FOR TOMORROW

Descanso na água- 5 a 10 minutos. Em torno a 25 pessoas simultâneas.

[passeio bosque] 1 a 2 minutos Em torno a 30 pessoas simultâneas

1 minuto por interação/ mesa 5 minutos nas mesas. Em torno a 20 pessoas simultâneas

30 segundos cada Total área 1 = 7 minutos para 15 pessoas simultâneas

Brincadeira 3 a 5 minutos Em torno a 30 pessoas.


W

Z 1.1

X

3.6

Y

B PROJEÇÃO MAPEADA

MESA INTERATIVA E SONS DA NATUREZA 1

W

2

1

MESA INTERATIVA E SONS DA NATUREZA 1

2

1

3

2 3

4

3 4

TUBOS COBERTURA

TUBOS SONS DA NATUREZA TUBOS COBERTURA

PROJEÇÃO MAPEADA

MESA INTERATIVA E SOM DIRECIONAL SONS DA NATUREZA TUBOS SONS

2

TUBO COM MINI PROJETOR PARA PROJEÇÃO MAPEADA

1

1

1

1 2

3

DA NATUREZA

4

4

1. Tubos cobertura 2. Tubos sons da natureza MESA INTERATIVA 3. Som direcional PAINEL DE LED TOUCH SCREEN 4. Mesa interativa em painel led touchscreen

3

MESA INTERATIVA PAINEL DE LED SOM DIRECIONAL TOUCH SCREEN

2

TUBO COM MINI PROJETOR PARA ABRIGO PROJEÇÃO MAPEADA

MESA PROJEÇÃO 2 MAPEADA ABRIGO COM MAQUETE 3

MESA PROJEÇÃO MAPEADA COM MAQUETE

2

3

3

Z

MONÓCULO REALIDADE VIRTUAL VISTA FRONTAL

VISTA LATERAL

1

MONÓCULO REALIDADE VIRTUAL

2

2 VISTA LATERAL

VISTA FRONTAL

1

LEGENDA 1.55

1.00

1.20

1.55

5

1

TUBOS COBERTURA

2

TUBOS SONS DA NATUREZA

3

COBERTURA 1 TUBOS SOM DIRECIONAL

1.00

1.20

MESA INTERATIVA E SONS DA NATUREZA 3 1 2

1

PROJETOR PARA PROJEÇÃO MAPEADA

PROJEÇÃO MAPEADA

X

3

3

2 MESA DA INTERATIVA NATUREZA PAINEL DE LED TOUCH 3 SOM SCREEN DIRECIONAL

4

4

2

2

3

MESA INTERATIVA PAINEL DE LED TOUCH SCREEN

4

2 TUBOABRIGO COM MINI

PROJETOR PARA PROJEÇÃO MAPEADA PROJEÇÃO MESAMAPEADA PROJEÇÃO

1

1

TUBOS SONS

4

A

PLANTA TOPOGRAFIA ESC. 1:250

4

PROJEÇÃO MAPEADA

2 Área Comercial 3.6 Café

1

5

3

2

COM mini projetor para 1.MAPEADA Tubo com MAQUETE projeção mapeada MESA PROJEÇÃO 2. Abrigo MAPEADA COM MAQUETE 3. Mesa projeção mapeada com maquete ABRIGO

3

MONÓCULO REALIDADE VIRTUAL

ÁGUA COMO EXPERIÊNCIA

VISTA FRONTAL

VISTA LATERAL

1

1 MONÓCULO REALIDADE VIRTUAL VISTA FRONTAL

VISTA LATERAL

2

2

1.00

1.20

5

1

1

3

3

4

CAIXA 3 TABLET COM REALIDADE AUMENTADA CORPO MONÓCULO

4

5

VISOR 4

2

CAIXA CORPO MONÓCULO

1

1

5

VISOR

2

2 3

4

2

3 4

3

VÁLVULA SOLENOIDE

PARA IRRIGAÇÃO ÁGUA COMO EXPERIÊNCIA CONTROLADA

ÁGUA COMO EXPERIÊNCIA

DIRECIONAL 1 TUBO CONTROLE ALTURA TABLET COM REALIDADE 2 EMISSÃO DE SOM AUMENTADA DIRECIONAL

5

1.00

1.20

CORTE B ESC. 1:250

1.55

1.55

4

Y EMISSÃO DE SOM

POR SISTEMA DE PISTÃO

1

3

TUBO CONTROLE ALTURA POR SISTEMA DE PISTÃO

4

1. Válvula solenoide para irrigação controlada 3 VAPOR FILTRO ÁGUAD'ÁGUA 2. Filtro água potável POTÁVEL 3. Vapor d’água 4 SISTEMA VAPOR D'ÁGUATRATAMENTO D´ÁGUA 4. Sistema tratamento d’água VÁLVULA SOLENOIDE ÁGUA PARA IRRIGAÇÃO 2 FILTRO POTÁVEL CONTROLADA

SISTEMA TRATAMENTO D´ÁGUA

VÁLVULA SOLENOIDE PARA IRRIGAÇÃO CONTROLADA

1

ÁGUA COMO EXPERIÊNCIA

1. Tubo controle alturapor sistema de pistão 4 2. Emissão de somdirwecional CORPO MONÓCULO 3 TABLET COM REALIDADE AUMENTADA 3. Tablet com realidade 3 5 VISOR CAIXA 4 aumentada CORPO MONÓCULO 4. Caixa corpo monóculo 3 5 VISOR 5. Visor 1 TUBO COM MINI

4

Exposições Permanente 1.1 Área Expográfica

1

DIRECIONAL TUBO CONTROLE ALTURA COMDE REALIDADE POR SISTEMA PISTÃO 3 TABLET AUMENTADA 2 EMISSÃO DE SOM DIRECIONAL CAIXA

3

3

ÁGUA COMO EXPERIÊNCIA

ÁGUA VÁLVULA SOLENOIDE 2 1 FILTRO

1

1

2

MESA INTERATIVA E SONS DA NATUREZA

TUBO CONTROLE ALTURA MONÓCULO POR SISTEMA DE PISTÃO REALIDADE VIRTUAL EMISSÃO DE SOM

1

POTÁVEL PARA IRRIGAÇÃO CONTROLADA VAPOR D'ÁGUA FILTRO ÁGUA 2 POTÁVEL 4 SISTEMA TRATAMENTO D´ÁGUA 3 VAPOR D'ÁGUA 3

2 4

2 4 4

SISTEMA TRATAMENTO D´ÁGUA


MONTAGEM, DESMONTAGEM E REUTILIZAÇÃO Construtivamente, a planta de 48m x 48m parte de uma retícula modulada de 6m x 6m. A cobertura configura-se como uma treliça espacial apoiada em 4 pilares distantes 24m com balanços de 12m. Sob a treliça será instalado um forro metálico modulado em 1,50m x 1,50m, onde serão fixados tubos metálicos de 15cm de diâmetro, com espaçamento de 50cm. Os tubos terão diferentes alturas, compondo a sinuosidade desejada do projeto. A cobertura está apoiada em quatro

pontos com um vão de 24m e balanços de 12m. A base terá uma estrutura metálica, composta de pilares e vigas calandradas que desenham as curvas centrais da topografia. Sobre essa estrutura, o piso de borracha reciclada será instalado sobre camada de EPS e compensado laminado colado, fixado em costelas-barrotes. Prevê-se um sistema construtivo metálico passível de ser montado e desmontado com uso de monomateriais, para melhor descarte ou reuso. A desmontagem do pavilhão prevê tanto a possibilidade de itinerância quanto a reutilização quase integral de seus componentes. A

grande cobertura espacial standardizada pode ser reutilizada na construção de espaços variados. Os tubos-estalactites - padrão de mercado - podem ser também facilmente reutilizados na construção civil, assim como os sistemas de filtragem. Da mesma forma, a estrutura do piso da gruta, que é composta em grande parte por perfis metálicos convencionais. Os elementos topográficos (costelas, EPS e piso emborrachado) poderão ser destinados para a construção de parques infantis. Elementos de fachada, como vidros e painéis de vedação, de maior valor agregado, também poderão ser reutilizados.

DIAGRAMA PROCESSO CONSTRUTIVO

instalação dos pilares principais

montagem da treliça metálica (cobertura)

instalação dos pilares secundários

CORTE CONSTRUTIVO ESC 1:100

construção da topografia em vigas metálicas calandradas

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18

Estrutura metálica espacial Revestimento em chapa metálica Tubos de aço em pintura branca Guarda corpo de vidro Piso em composto de borracha assentado sobre grid metálico Grid metálico 3x3m composto por perfis w 530x138 calandrados Caixilho piso teto Piso elevado por suportes em aço Vegetação externa Passagem de infraestrutura sob piso elevado Suporte metálico para apoio de viga calandrada Sistema de filtragem e bombeamento para re⁄so de ¡guas Ventilação cruzada do vão Manta para isolamento térmico Água como experiência Monóculos de realidade virtual Mesa interativa e sons da natureza Projeção mapeada

LEGENDA DETALHES

instalação dos painéis e tubos metálicos (forro)

A

volumetria resultante

preparação do terreno

LEGENDA CORTE

assentamento do piso em composto de borracha reciclada

Estrutura metálica espacial com barras 100mm Dimensão total da malha – 48(L)x48(P)x2,4(H)m Módulos piramidais – base = 150x150cm / altura = 120cm B Tubos de aço em pintura branca = 15cm C Braçadeiras para fixação dos módulos em chapa de aço D Tubos com dupla fixação E Luva para suporte de fixação F Elemento enrijecedor G Conector para modulação dos tubos H Barra roscada I Disco soldado internamene para protensão



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.