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Flipbook ou Folioscópio Com sua origem etimológica do greg:fólio + skopeĩn, «ver; observar». Um folioscópio é uma coleção de imagens organizadas sequencialmente, em geral no formato de um livreto para ser folheado dando impressão de movimento, criando uma sequência animada sem a ajuda de uma máquina. Muito popular nos finais do século XIX e início do século XX, sendo ainda fabricados hoje em dia. Conhecido em inglês por flip book e em francês por folioscope (por vezes também chamado kineograph, feuilletoscope ou "cinema-de-bolso"). Foi criado por volta de setembro de 1868, patenteado por John Barnes Linnett e foi a primeira forma de animação e um dos primeiros brinquedos ópticos da história.


Taumatrópio Inventado em 1824, por Peter Mark, tem sua origem etimológica do grego thaûma (maravilha) + tropos (virar, transformar). Por muitos anos a teoria da Persistência Retiniana comandou o campo da neurofisiologia acerca do processo de percepção das imagens. Desde as primeiras décadas do século XX, pesquisas mais apuradas comprovaram que essa teoria, apesar de lógica, não explica satisfatoriamente os processos de formação da imagem no nosso cérebro. Atualmente, a ciência, cita os efeitos phi (Φ) e beta (β) como os mecanismos responsáveis pelo processo de formação das imagens em movimento. Um disco de papelão com uma imagem em cada lado é preso a dois pedaços de barbante. Quando as cordas são torcidas rapidamente entre os dedos as imagens dos dois lados parecem se combinar em uma graças aos princípios da persistência da visão. Por exemplo, se for desenhado num lado do disco uma gaiola e no outro um passarinho, ao rodar o fio esticado as duas imagens fundem-se dando a impressão de que o pássaro está dentro da gaiola.


Fenaquistoscópio Fenaquistoscópio, do grego espectador ilusório, consiste num disco preso pelo centro com eixo fixo de forma a fazê-lo girar rapidamente. Nas extremidades do disco, e entre as fendas, eram desenhadas 8 a 16 figuras em posições diferentes, mas seqüenciais. O observador só tinha de segurar o disco em frente a um espelho com as imagens voltadas para este. Olhando através das fendas e girando o disco, as figuras adquirem movimento, era então possível obter uma seqüência de imagens animadas. Este aparelho foi inventado e m 1832, pelo físico belga Joseph Antoine Plateau, que se inspirou nos trabalhos desenvolvidos por Peter Mark Roget e Michael Faraday. Plateau foi o primeiro a medir o tempo da persistência retiniana, e a reconhecer que o olho e o cérebro necessitavam de um período de descanso entre as imagens, e percebeu que existia um número ótimo de imagens por segundo para produzir uma imagem animada, determinando que eram necessárias as imagens.


Zootropo O Zootropo ou Daedalum (também conhecido como zootrópio), do grego ζωή (zoe = vida) + τρόπος(tropos = giro, roda), descreve-o como sendo um cilindro oco tendo rasgadas nas bordas superiores um certo número de fendas espaçadas regularmente uma das outras. Qualquer desenho colocado no interior dos intervalos situados entre as fendas é visível através das fendas opostas. Se esses desenhos reproduzem as fases sucessivas de uma ação obtém-se, fazendo girar o cilindro, o mesmo efeito de movimento que se observa com o Fenaquistiscópio e/ou Estroboscópio, não havendo a necessidade de colar o olho ao aparelho, já que quando gira parece transparente e várias pessoas podem simultaneamente admirar o fenômeno. O Daedalum foi rapidamente comercializado e passou-se a denominar de Zootroscópio. Forneciam-se com o aparelho coleções de fitas com desenhos que se colocavam e se substituíam na face interior do cilindro. Inventado em 1834 por William George Horner, partindo dos estudos de Simon Stampfer, trata-se de mais um dos brinquedos ópticos que permite visionar um movimento contínuo ou em ação cíclica.


Praxinoscópio A palavra praxinoscópio traduz-se aproximadamente como "visualizador de ação", das raízes gregas πραξι- (conferir πρᾶξις "ação") e scop- (confer σkοπός "observador"). O Praxinoscópio é um aparelho que projeta em um tela imagens desenhadas sobre fitas transparentes, inventado pelo francês Émile Reynaud (1877). A princípio uma máquina primitiva, composta por uma caixa de biscoitos e um único espelho, o praxinoscópio foi aperfeiçoado com um sistema complexo de espelhos que permite efeitos de relevo. A multiplicação das figuras desenhadas e a adaptação de uma lanterna de projeção possibilitam a realização de truques que dão a ilusão de movimento. Derivado do Zootropo, no local das fendas eram colocados espelhos que impossibilitavam a visualização direta, dando uma impressão cintilante nos desenhos. Através de um complicado sistema de lentes e espelhos, a animação era projetada em uma tela. Centenas de desenhos eram feitos para gerar 15 minutos de um espetáculo ótico aberto ao público. O primeiro aparelho, denominado “Pantominus Lumineuses” (algo como "enganar com luzes", em tradução livre), foi feito pelo próprio Émile Reynaud. A apresentações eram coloridas, com trilhas sonoras condizentes com o enredo (compostas por Gaston Paulin), os cenários da sala de apresentação eram bem elaborados, e os personagens rigorosamente adaptados geraram aproximadamente 1300 apresentações em Paris. O invento funcionou até 5 anos após a invenção do cinema.


Anamorfose O termo anamorfose (anamorfismo) (do grego ἀναμόρϕωσις, translit. anamòrfoṡis "reformação, retorno da forma, reiteração da forma, reversão da forma", derivado de ἀναμόρϕωσις: "formar de novo"; de ανά, translit. aná: "no alto, em cima; no alto de, sobre; de baixo para cima" + μορφή morphê: "forma") é utilizado em várias áreas do conhecimento - matemática, óptica (com aplicações nas artes visuais), biologia e geologia, com diferentes acepções. Processos de transformação, distorção, recombinação, aumento de complexidade, fusões e etc. ocorrem naturalmente, mas também de forma induzida. O conceito de anamorfose aplica-se a qualquer situação onde a base constitutiva transfere suas características para a constituição geral - tal como um fractal, estrutura geométrica complexa cujas propriedades, em geral, repetem-se em qualquer escala. Dada a gama de interpretações que o conceito permite, pôde ser absorvido por diversas áreas.


Barrier-grid A animação Barrier-grid (também conhecida como animação de cerca e muitas vezes referida pela marca genérica "Scanimation") é um efeito de animação criado por um movimento horizontal de uma sobreposição transparente listrada através de uma imagem entrelaçada. A técnica da Barrier-grid e sua história se sobrepõem à estereografia de paralaxe (também conhecida como "Relièphographie") para autostereogramas 3D. A técnica também pode ser usada para imagens em cores, mas com efeito reduzido. O desenvolvimento de tecnologias de Barrier-grid também pode ser considerado como um passo em direção à impressão lenticular(impressão holográfica) embora a técnica tenha permanecido após a invenção das tecnologias lenticulares como uma maneira relativamente barata e simples de produzir imagens animadas impressas. O uso de telas para impressão fotográfica foi sugerido por William Fox Talbot como "telas fotográficas ou véus" em uma patente de 1852. Isso resultou em vários processos de meiotom nas próximas décadas. Para a fotografia colorida, o uso de folhas de linhas coloridas foi sugerido por Louis Arthur Ducos du Hauron em 1869. A animação presente nessa exposição foi feita com o aplicativo Animbar: http://animbar.mnim.org/


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