Polo Regional Projeto Guri TRABALHO DE GRADUAÇÃO INTERDISCIPLINAR
Orientado: Lucas Rocha de Mesquita Kopke Orientador: MSc. Renato Aurélio Locilento
São Carlos – SP 2020
AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, o grande arquiteto do universo, que sempre esteve ao meu lado. Aos meus pais João e Angélica e a minha irmã Mariana, pelo apoio em todas as etapas da minha vida e pelo amor incondicional. Ao meu orientador Prof. MSc. Renato Aurélio Locilento, por acreditar no meu trabalho, pela orientação e pelas críticas quando foram necessárias e fundamentais para a realização desse trabalho. À Profª Dra.Adriana Leal e Profª Dra.Telma Cristina por terem me providenciado valiosa oportunidade de pesquisa, no desenvolvimento do projeto sobre Espaços Musicais e Acústica Arquitetônica. Ao Arq. Prof. Gustavo Ribeiro, pelo auxilio mais que bem-vindo e pela paciência. À todos os professores que fizeram parte da minha formação até o momento. Ao Arq. William Pereira, pelo auxilio técnico e por compartilhar sua experiência comigo. À Coordenação do polo regional do Projeto Guri em São Carlos pela disponibilidade, atenção e por acreditar na música como um elemento transformador. Aos amigos que me acompanharam ao longo do curso, pelas horas descontraídas e por me ensinar a trabalhar em equipe. Por fim, agradeço todos que, direta ou indiretamente, contribuíram para a realização desse trabalho.
SUMÁRIO APRESENTAÇÃO....................................................................................................................................................................... ....07 O PROJETO GURI DA ASSOCIAÇÃO AMIGOS DO PROJETO GURI............................................................................09 JUSTIFICATIVA ...............................................................................................................................................................................13 LEITURA DE MAPAS.......................................................................................................................................................................19 LOTE...................................................................................................................................................................................26 PROGRAMA DE NECESSIDADES.................................................................................................................................................33 PROJETO.........................................................................................................................................................................................39 PROJETOS DE REFERÊNCIA........................................................................................................................................................95 TEATRO POSITIVO .....................................................................................................................................................96 SALA SÃO PAULO ....................................................................................................................................................107 CASA DA MÚSICA / COOP HIMMELB(L)AU...................................................................................................................114 REFERÊNCIAS...............................................................................................................................................................................119
APRESENTAÇÃO
A música é um dos elementos mais presentes no cotidiano das pessoas. Ela faz parte de momentos diferentes e importantes da vida do ser humano, que inclui momentos felizes, românticos, situações de tristeza, embala o sono das crianças, acalma a mente, movimenta o corpo, provoca inspiração, entre muitos outros benefícios. De acordo com Beyer (1988), a música é uma forma de linguagem que se dá posteriormente à fala, no entanto é mais complexa que a fala, pois a linguagem musical se constitui de um número maior de parâmetros sonoros em relação à linguagem falada. A música faz parte da história do ser humano, seja como parte de rituais religiosos ou como divertimento. Trata-se um poderoso instrumento de comunicação e expressão, sendo um dos maiores tesouros da civilização, exercendo grande influência sobre as diferentes culturas e provocando mudanças no rumo de sua história. O homem primitivo dispõe apenas de poucas palavras. Quase somente o que ele vê é que tem nome. Para exprimir os sentimentos, serve-se de sons e cria a música que o ajuda a exteriorizar o júbilo, a tristeza, o amor, os instintos belicosos, a crença nos poderes supremos e a vontade de dançar. Para ele é parte da vida, desde o acalanto até a elegia fúnebre, desde a dança ritual até a cura dos doentes pela melodia e pelo ritmo. (PAHLEN, 1995, p. 14).
Além de ser um meio de o homem exprimir seus sentimentos, Schafer (2011), escreve em sua tese que a música é um indicador da época revelando, para os que sabem ler suas mensagens sintomáticas, um modo de reordenar acontecimentos sociais e até mesmo políticos. Esse mesmo autor traz uma teoria de que a música de uma época harmoniosa é calma e jovial e o governo equilibrado. A música de um período inquieto é excitada e colérica e o seu governo é mau. A vivência com a música permite uma ativa participação durante o processo de aprendizagem porque possibilita ouvir, tocar, e dessa forma auxilia no desenvolvimento de todos os sentidos - crianças com deficiência e pessoas autistas, por exemplo, possuem uma facilidade com a reação da música- e isso vai influenciar diretamente na capacidade de superar os obstáculos da aprendizagem, facilitando o educador a dar mais liberdade aos alunos para se expressarem. Assim, entendemos que a música é um fenômeno universal, uma linguagem que pode ser entendida por todos, sendo também um traço de união entre diferentes povos. Reconhecendo a música como meio de comunicação e expressão, sendo ainda um elemento transformador de uma pessoa, consideramos importante que a atividade de ensino de música seja desenvolvido em um espaço adequado. 08
De modo geral, podemos dizer, que a arquitetura dos espaços, sejam eles cavernas, auditórios, igrejas ou palácios, foi um
dos condicionantes da música, principalmente em seus primórdios. De acordo com Forsyth (1985) apud Pita (2012), os espaços para música derivam-se de duas diferentes origens: a acústica dos espaços abertos e a acústica das cavernas. A primeira busca colocar em evidencia a compreensão e a percepção da fala humana, já na acústica das cavernas o som sofre uma série de reflexões transformando totalmente a percepção deste. A acústica de um ambiente fechado, como uma sala de concerto, uma igreja, um cinema, ou um dormitório, pode ou não apresentar características satisfatórias, dependendo da finalidade de seu uso, de legislações ou de impressões subjetivas de cada pessoa. Para um aprendizado eficaz, salas de ensaio e de prática devem ser projetadas e tratadas para dar suporte a uma grande variedade de sons musicais. Tais ambientes têm características únicas. Uma mesma música executada em salas diversas, com diferentes condições espaciais e tratamentos acústicos, soará desigual em cada uma delas. Esforços devem ser aplicados, no sentido de promover o conforto auditivo do usuário que, no caso das escolas de música, envolvem a ausência de situações incômodas, que podem comprometer a atenção e a saúde auditiva dos usuários. Assim, pensando na configuração dos espaços, surge a preocupação em unir música e arquitetura, para pensar na produção de ambientes adequados ao estudo de música. É nesse contexto, que apresentamos uma proposta de espaço destinado ao ensino e apresentações musicais, mais precisamente um local adequado ao desenvolvimento das atividades do Projeto Guri.
O PROJETO GURI DA ASSOCIAÇÃO AMIGOS DO PROJETO GURI
Mantido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, o Projeto Guri da Associação Amigos do Projeto Guri é considerado o maior programa sociocultural brasileiro oferece, nos períodos de contraturno escolar, cursos de 1 iniciação musical, luteria, canto coral, tecnologia em música, instrumentos de cordas dedilhadas, cordas friccionadas, sopros, teclados e percussão, para crianças e adolescentes com idades entre 6 e 18 anos. Foi fundado em 1995, na Oficina Mazzaropi (atualmente Polo Amacio Mazzaropi), quando 180 crianças e adolescentes tiveram seu primeiro contato com o mundo da música. O Projeto Guri já atendeu cerca de 770 mil jovens no interior, litoral e na Grande São Paulo. Por ano, são atendidos mais de 50 mil alunos em quase 400 polos de ensino, distribuídos por todo o Estado de 1
A luteria diz respeito à construção e manutenção de instrumentos musicais, com foco, segundo a história, em instrumentos de cordas feitos em madeira, artesanalmente.
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São Paulo. Os quase 340 polos localizados no interior e litoral, incluindo os polos da Fundação CASA, são administrados pela Sustenidos, enquanto o controle dos polos da capital paulista e Grande São Paulo fica por conta de outra organização social. A gestão compartilhada do Projeto Guri atende a uma resolução da Secretaria que regulamenta parcerias entre o governo e pessoas jurídicas de direito privado para ações na área cultural. A Sustenidos – Organização Social de Cultura, administra o Projeto Guri desde 2004, sendo responsável pela gestão do programa no interior e no litoral do estado de São Paulo, incluindo os polos da Fundação CASA. Conta com o apoio de prefeituras, organizações sociais, empresas e pessoas físicas. Em março de 2019, o projeto Guri foi ameaçado de encerrar suas atividades, a partir de decisão do governador do estado de São Paulo João Doria, que justificando um corte de R$ 150 milhões no orçamento, determinou o fechamento de 190 Polos do Projeto Guri e entre eles estava o Polo de São Carlos. Em protesto a este fato, músicos consagrados, educadores, ex-alunos apoiadores do Projeto Guri, entre eles a Orquestra Sinfônica de São Paulo - OSESP, mobilizaram-se mostrando o descontentamento com a ação do governo e contra o encerramento do projeto. Após críticas e protestos o governador Doria recuou da decisão de fechar os polos do Projeto Guri, esclarecendo que não haveria a interrupção em nenhum dos polos, nem a redução de alunos e professores. Acreditamos que a repercussão da mídia, das redes sociais, dos pais, alunos e da sociedade, que entendeu a importância do projeto, tudo isso colaborou muito para o anúncio da manutenção de todos os polos do Projeto Guri. A proposta do Projeto Guri é oferecer às crianças, adolescentes e jovens a potencialização de suas dimensões estética, afetiva, cognitiva, motora e social, a garantia de vivências enriquecedoras de sociabilidade, o fortalecimento no reconhecimento de seus recursos, para que possam ser acionados em projetos de futuro, o acesso e valorização das diferentes expressões culturais e o estímulo a criações e apresentações de grupos musicais. Participam do projeto, crianças e adolescentes entre 6 e 18 anos incompletos. Na Fundação CASA, a idade varia de 12 a 21 anos e, ao ingressar, o aluno opta pelo aprendizado de um instrumento musical, de canto coral, ou de ambos os cursos, além da opção pelo curso de luteria. Em cada polo de ensino, as atividades são sempre praticadas em grupo, estimulando a participação dos alunos. Todos fazem parte de uma equipe que passa pelos mesmos desafios e aprendizado. Nas apresentações realizadas ao público, em pe10
quenos ou grandes eventos, o resultado é produto da dedicação do grupo e, ao mesmo tempo, é o resultado da dedicação de cada um. Para os jovens, participar do Projeto Guri significa unir aprendizado e satisfação. Portanto, o ensino musical é a ferramenta escolhida para o cumprimento da sua missão de inclusão sociocultural. Como já citamos, a missão do Projeto Guri é promover, com excelência, a educação musical e a prática coletiva da música, tendo em vista o desenvolvimento humano de gerações em formação. Assim, quando passam a integrar o Guri, os alunos recebem atenção que vai além do ensino musical. Na prática, a aprendizagem da música no Projeto Guri é realizado em conjunto, são formadas bandas, porque segundo a coordenadora do projeto de São Carlos, o aluno pode saber tocar muito bem o instrumento sozinho, mas é importante ele conseguir tocá-lo em conjunto. O programa possui metas específicas relativas ao acompanhamento social das crianças, adolescentes e jovens atendidos, observando todas as condições que afetam a vida e o bem estar de cada um.
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JUSTIFICATIVA
O tema proposto nesse projeto é de relevância para o município de São Carlos e região, por se tratar de um projeto de interesse cultural, voltado para ensino e aprendizagem de música e apresentações musicais. Um levantamento das escolas de música existentes na cidade de São Carlos indica que a maior parte delas é privada e atende a um número reduzido de pessoas. Identificamos que grande parte dessas escolas está localizada na região central da cidade, assim como os espaços de apresentações. Todas as escolas de música da cidade de São Carlos desenvolvem suas atividades em um lugar precário, em prédios que não foram projetados para abrigar um espaço musical. Mesmo o curso de Licenciatura em Música da Universidade Federal de São Carlos, está instalado em um edifício que não foi projetado para desenvolver o ensino de música, ou seja, também se desenvolve em um espaço inadequado. Durante visita realizada ao polo regional do Projeto Guri de São Carlos, foi possível observar que o projeto desenvolve suas atividades em espaço inadequado, em uma antiga residência localizada na área central da cidade, dificilmente atendendo às necessidades de um ambiente destinado a tal função. Um dos impasses provocados pela inadequação do espaço é a dificuldade encontrada para realizar os ensaios, devido à pouca quantidade de salas para atender a grande demanda. Outro problema observado diz respeito às condições acústicas do local que não são favoráveis, pois o som costuma vazar para os prédios vizinhos, para outros espaços da escola tais como, sala de coordenação e recepção, atrapalhando as funções realizadas nesses ambientes.
Figura 01: Fachada do atual prédio do Projeto Guri. Fonte: Acervo pessoal.
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Figura 02: Vista lateral do prédio atual do Projeto Guri. Fonte: Acervo pessoal.
Uma questão observada durante a visita foi o excesso de barulho das ruas que chega até a sala de aula, podendo atrapalhar a concentração de professores e alunos que estão naquele momento no processo de ensino e aprendizagem. O tempo de reverberação das salas de aula que não é o ideal, foi outra dificuldade citada por um dos maestros docente da escola. O Projeto Guri realiza audições com as crianças em determinadas épocas do ano utilizando outros lugares para realização destes eventos. Durante nossa pesquisa buscamos visitar espaços de realização de eventos musicais. Assim, visitamos o Teatro Municipal de São Carlos, que em seu espaço oportuniza a apresentação de peças teatrais, grupos musicais, orquestras e danças. São Carlos tem a Orquestra Experimental da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) fundada pela Profa. Dra. Ilza Zenker, essa orquestra é composta por aproximadamente 100 (cem) músicos com idades diferentes que se apresentam em vários eventos da cidade e região com repertorio diversificado. Dentro do campus da UFSCar foi projetada e construída uma sala para atender a necessidade de ensaios da orquestra. Outro grupo identificado, que realiza apresentações na cidade é a Orquestra Filarmônica da USP (Universidade de São Paulo) com sede em São Carlos, apresentando seus concertos em diversas épocas do ano.
2 Persistência
Figura 03: Orquestra Experimental UFSCar. Fonte: Acervo Fapesp e UFSCar.
Figura 04: Orquestra Filarmônica Fonte: Acervo USP.
do som numa sala, após ter terminado a vibração da fonte que lhe deu origem; eco.
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O local escolhido para a implantação do Polo Regional do Projeto Guri, fica próximo à rodoviária e esse é um fator que pode atrair um considerável número de crianças e adolescentes para o local por ser uma área de fácil acesso. A proposta de implantação foi pensada para uma região próxima ao centro da cidade de São Carlos, em um lote privado, que funciona um clube particular de uso esporádico, destinado a um único público. O terreno é de propriedade particular de uma indústria de São Carlos, com uso restrito em uma área nobre. A proposta seria a desapropriação da área pelo estado, que junto com a prefeitura viabilizaria uma nova área para construir um clube mais próximo a fábrica e de forma mais adequada. A escolha do terreno deve-se ao fato de estar localizado em um ponto da cidade onde circula um grande número de pessoas, além de moradores do entorno, pessoas em situação de transeuntes que utilizam a via arterial para seus deslocamentos diários.
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Figura 05: Terreno – Estando na Avenida São Carlos. Fonte: Acervo pessoal.
Figura 06: Av. Trabalhador são-carlense Fonte: Acervo pessoal.
Figura 07: Praça Duque de Caxias – olhando para o terreno. Fonte: Acervo pessoal.
Trata-se de um local estratégico, localizado próximo à Avenida São Carlos, pois além de possuir acesso fácil pela rodovia Washington Luiz, está situado em uma região próxima ao terminal norte, área contemplada com as principais linhas de ônibus do município e também por onde diariamente circulam ônibus que transitam para os diferentes bairros. A Praça da Música que faz parte do projeto, também poderá ser utilizada como um espaço de convívio por estudantes universitários, pois essa região é uma área predominante de moradias estudantis, por estar próxima as universidades.
Figura 08: Terminal Rodoviário de São Carlos – 0,4km do terreno. Fonte: Acervo pessoal.
Figura 09: UFSCar – 1,9 km do terreno. Fonte: Acervo G1.
Figura 10: USP – 1,1km do terreno. Fonte: São Carlos Agora.
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LEITURA DE MAPAS
São Carlos está localizado no interior do estado de São Paulo, com um território de 1.136,907 Km² e segundo dados do IBGE 2019, uma população estimada de 251.983 habitantes. Suas universidades e centros de pesquisa são reconhecidos pela excelência e diversidade. A cidade possui um dos polos do Projeto Guri. O projeto anualmente promove encontros em um dos polos reunindo alunos de diversos municípios em um só espaço. Esses encontros reforçam a principal característica do projeto, que é a inclusão sociocultural por meio do ensino da música.
Entorno imediato da área trabalhada
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Figura 11: Mapa de São Carlos - SP Fonte: Prefeitura de São Carlos
No entorno do terreno a ser trabalhado, de acordo com a Suzantur, empresa de transporte coletivo da cidade de São Carlos, nessa região circulam diariamente 18 linhas de transportes fixas, e além dessas são acrescentadas mais linhas em horário de pico para atender a demanda.
Área a ser trabalhada Ponto de ônibus Figura 12: Pontos de Ônibus dos bairros próximos. Fonte: Produção Própria.
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Mapa de uso dos lotes. Fonte: Produção Própria.
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Mapa de gabarito das edificações. Fonte: Produção Própria.
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Mapa das áreas permeáveis. Fonte: Produção Própria.
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Para entender melhor o entorno a ser trabalhado, foram elaborados mapas temáticos, que permitem perceber alguns aspectos da área como a predominância de residências, com exceção das ruas “Antônio Blanco”, e “Avenida São Carlos”, onde a grande maioria dos lotes é comercial. O bairro conta com alguns espaços de lazer bem localizados, porém são espaços que não possuem programas adequados ficando dessa forma abandonados e sem uso, como é o caso da praça “Thomaz Casale” que é mais utilizada por transeuntes, boa parte deles são usuários do transporte coletivo, enquanto aguardam a condução no ponto. Outras praças também podem ser citadas como a “Praça das Magnólias”, mais utilizada como passagem e também a “General Carlos de Meira Mattos” que possui significativa massa arbórea, mas com ausência de espaços qualificados para o aproveitamento. Essas árvores fazem sombra durante o dia e poderiam ser usadas pelas pessoas, porém a noite algumas das praças são escuras, tornando-se perigosas. A maioria dos lotes são térreos, alguns com mais de um pavimento e em uma parte dos lotes maiores predominam edificações com 3 a 4 pavimentos. Grande maioria das edificações possuem áreas permeáveis concentradas na frente do lote ou no fundo. Já os terrenos sem uso tem total área permeável, mas sem muita vegetação. As vias arteriais, coletoras e locais do entorno não são muito arborizadas, contam apenas com pouca vegetação, e acreditamos que foram plantadas pelos próprios moradores. As vias locais e coletoras dos bairros são de mão dupla, já as arteriais possuem mão única ou então são divididas por um canteiro central como é o caso da “Avenida São Carlos”. Todas as ruas são bem sinalizadas por placas de trânsito. Os pontos de ônibus em média são distribuídos a cada 2 (dois) quarteirões, atendendo dessa forma os passageiros. As principais vias dos bairros no entorno possuem faixa de sinalização para deficientes visuais e rebaixamento de guias, porém as ruas mais afastadas das avenidas não são acessíveis. As calçadas tem apenas rebaixamento para os automóveis entrarem e saírem das garagens, tendo dessa forma degraus, dificultando assim a circulação de pessoas com mobilidade reduzida. A região conta com algumas áreas de estar, porém não são qualificadas para atender a uma demanda local.
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LOTE
De acordo com o plano diretor da cidade de São Carlos, neste terreno que possui área total de 7.831m² permite-se: • Coeficiente de ocupação: 5.481m²; • Coeficiente de permeabilidade: 1.174m²; • Coeficiente de aproveitamento 10.963m²; • Coeficiente de aproveitamento máximo: 27.408m².
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Figura 13: Maquete física. Fonte: Acervo pessoal.
Figura 14: Plano diretor de São Carlos. Fonte: Prefeitura Municipal de São Carlos.
Figura 15: Maquete física. Fonte: Acervo pessoal.
Figura 16: Maquete física. Fonte: Acervo pessoal.
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Planta do terreno
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Rua Episcopal
Avenida São Carlos
830m
831m
C
C
C: Lote comercial
Rua Episcopal
830m
830m
Avenida São Carlos
C
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C: Lote comercial
Avenida São Carlos
830m
Rua Episcopal
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C
C: Lote comercial RM: Residência multifamiliar
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830m
Rua Cap. Alberto Mendes Júnior
Rua dos Jasmins
823m
Rua Cap. Alberto Mendes Júnior
Rua dos Jasmins
825m
R
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835m
Rua Cap. Alberto Mendes Júnior
825m
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C: Lote comercial R: Lote Residencial
R
C: Lote comercial R: Lote Residencial Rua dos Jasmins
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835m
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C: Lote comercial R: Lote Residencial
R
R
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835m
R
C
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Figura 17: Terreno a ser trabalhado. Fonte: Acervo pessoal.
Figura 18: Terreno a ser trabalhado estando na Rua Episcopal. Fonte: Acervo pessoal.
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Figura 19: Rua Bernardo Fernandes Nunes próximo a Praça Duque de Caxias. Fonte: Acervo pessoal.
Figura 20: Ponto de ônibus e praça ao lado do devido terreno referido. Fonte: Acervo pessoal.
Figura 21: Avenida São Carlos, próximo a Praça Duque de Caxias. Fonte: Acervo pessoal.
Figura 22: Rua Episcopal proximo ao devido terreno referido. Fonte: Acervo pessoal.
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PROGRAMA DE NECESSIDADES
Projeto Aprendizado
Eventos
Vivê
Patios
Anfiteatro Sala de canto coral
Camarim
Foyer
Sala de sopros
Sala de teclados
Luteria
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Marcenaria
Palco Plateia
Sala de cordas e percussão
Estocagem
Coxia
Almoxarifado
Sala técnica
o Guri Divulgação
ência
Praça da música
Estúdio de gravação
Administração
Área de arquivo
Secretaria
Recepção
Copa dos funcionarios
Sala de coordenação Palco de arena
Sala mix
Sala de gravação
Estocagem
Sala de direção
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O Projeto Guri trabalha com os instrumentos: Contrabaixo elétrico, Bateria, Cavaco, Canto Coral, Clarinete, Contrabaixo acústico, Flauta transversal, Guitarra, Iniciação Musical, Percussão, Saxofone, Teclado / Piano, Trombone, Trompete, Viola, Violão, Violino e Violoncelo. Quando os alunos chegam ao nível intermediário ou avançado são formadas as bandas musicais sendo: • “Camareta de cordas Friccionadas”: Cavaco, contrabaixo acústico, Viola, Violão e Violoncelo; • “Banda de sopros”: Saxofone, flauta transversal, Trompete, Trombone, Clarinete e percussão; • “Banda de garagem”: Guitarra, Contrabaixo elétrico, Bateria, Teclado / piano; • “Canto coral”: Voz; • “GR” (Grupo de referência): Composto por alunos que tiveram melhor desempenho durante o aprendizado dos instrumentos; os professores organizam uma banda com os alunos que se destacaram tocando instrumentos de sopro, garagem (rock) e corda. Em nosso projeto propomos a construção de salas pequenas, para aprendizagem e ensaio dos instrumentos e também um anfiteatro onde seja possível realizar as apresentações das bandas para a família das crianças e adolescentes e também para apresentação de outros eventos musicais do Projeto Guri. • Sala de cordas e percussão – para esta sala projetamos um layout de forma que cada aluno consiga enxergar os colegas e o professor, e este espaço conta com instrumentos com e sem amplificação sonora. • Sala Canto Coral – Nesta sala propomos um layout adequado para um coral de 30 crianças (quantidade atual) e um piano de calda que deve permanecer fixo neste espaço. Segundo a Profª Dra. Ilza Joly, fundadora da orquestra experimental da UFSCAR, o piano não é só rítmico, mas ele também ajuda no acompanhamento e faz as reduções. • Sala para instrumento de Sopro - Espaço para as aulas dos instrumentos de sopro, com layout proposto de forma que todos vejam o professor a frente. • Sala dos teclados - Espaço mais amplo adequado para as aulas de teclado, onde todos os alunos terão visibilidade para o professor, favorecendo a aprendizagem. • Anfiteatro – Local onde poderão ser realizadas as apresentações das bandas e outros eventos musicais, e ainda podendo ser utilizado pelo “Grupo de referência” para a realização de seus ensaios. • Luteria - Propomos que sejam feitas oficinas de luteria para reparo dos instrumentos de modo que os alunos possam valorizar o instrumento no qual estão aprendendo e para isso criamos um espaço de marcenaria para atender a essa necessidade. • Estúdio de gravação - O Projeto Guri procura divulgar ao máximo suas atividades, pois eles acreditam que quanto maior 36
a divulgação mais crianças e adolescente serão beneficiadas pelo projeto. Considerando este fato propomos a sala de gravação, sala de mixagem com visibilidade para a sala de gravação, dessa forma durante ou no final do curso os alunos poderão participar de uma gravação de CD, o que poderá divulgar ainda mais o Projeto Guri. • Administração - Propomos a sala da coordenação, sala da diretora geral e copa para uso dos professores e funcionários. • Áreas de convívio - Propomos áreas de estar ao ar livre com mobiliários que convidam para uma roda musical ou para conversas entre amigos. * Também incorporamos no projeto, uma bomboniere que poderá atender tanto quem está no foyer, como quem está transitando pela praça. A ideia é que essa bomboniere sirva de apoio durante o dia, mas principalmente nos momentos de apresentações noturnas, considerando que após as 18 horas os estabelecimentos comerciais estão fechados.
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PROJETO
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
RU ND
ES
ES
ND
NU
AVENIDA DAS AZALÉI AS
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Espelho d'agua Área permeável
Palco de arena
RUA EPISCOPAL
RUA EPISCOPAL
Espelho d'agua
Palco de arena
Carga e descarga do anfiteatro
Anfiteatro
Escola
Pátio da escola
Carga e descarga do anfiteatro
Estar em arena
RUA CAPITÃO ALBERTO MENDES JÚNIOR
RUA CAPITÃO ALBERTO MENDES JÚNIOR
Estar para curta / média permanência
Estar para rodas musicais entre amigos
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
Foram pensados acessos por todos os lados do terreno, dessa forma também é possível a utilização da área como um simples cruzamento.
Área permeável
Escola
Espelho d'agua
Pátio da escola
Palco de arena
Estar em arena
Carga e descarga do anfiteatro
Estar para curta / média permanência
Anfiteatro
Estar para rodas musicais entre amigos
Escola
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Anfiteatro
Pátio da escola
Estar em arena
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PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
AVENIDA SÃO CARLOS
S
S
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NU
S
NA
NA
AVENIDA DAS AZALÉIA
FER
FER
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INO
INO
RD
RD
NA
NA
ER A B
ER A B
RU
Área permeável
AVENIDA SÃO CARLOS
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
A ocupação do terreno se deu a partir de um estudo para entender como as pessoas chegam até a área. Por ser uma escola para crianças e adolescentes a ideia é criar um meio de transição entre o interno (escola) e o externo (rua), proporcionando dessa forma um acesso pela região central do terreno.
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
Tendo definidos os acessos e os eixos de circulação, formaram-se as ilhas pelos caminhos e para cada ilha foi pensado estares e atividades ideais, levando em conta o entorno. F
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AVENIDA SÃO CARLOS
i=8,33%
Acesso a escola
Acesso ao anfiteatro
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Descrição
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Ipê-amarelo | Handroanthus serratifolius
Marcam eixos de circulação
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a Marcam estacionamentos sendo para o rm e carga e descarga ou permanência T a prolongada elh
Tibouchina granulosa
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Coloração para as palmeiras criando uma barreira visual para ter uma sensação do tronco sair das folhas Escolhida pelo tamanho de sua copa, esta vegetação marca estares de longa permanência.
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Flamboyant o
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Azálea o
Folhagem que traz coloração para a jardineira do pátio da escola
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Maranta
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Acalifa (Acalypha wilkesiana)
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Folhagem de modo a evitar que as pessoas entrem no espelho d'agua e também traz coloração para o talude Utilizada como cerca proximidades a taludes
viva
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Suinã (Erythrina velutina)
Marcam estares em áreas menores como pátio e o estar em deck na Praça da Música
Palmeira Falsa Latânia
Delimitam o território trabalhado
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PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION L
01
3 5
10
20
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50 PAGINAÇÃO DE PISO
QUADRO DE VEGETAÇÕES
Ipê-amarelo | Handroanthus serratifolius
Descrição
Representação
Piso PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
Vegetação
Grama São Carlos
Marcam eixos de circulação
Descrição
Tibouchina granulosa
Concreto moldado in loko
Utilizado nos eixos de circulação e também na área de carga e descarga
Sálvia
Coloração para as palmeiras criando uma barreira visual para ter uma sensação do tronco sair das folhas
Piso intertravado
Cria uma grande área de superfície pavimentada para o estacionamento
Flamboyant
Escolhida pelo tamanho de sua copa, esta vegetação marca estares de longa permanência.
Deck de madeira
Implantado nas áreas de estares permitindo que pessoas com mobilidade reduzida o utilizem
Espelho d'agua
Aproxima o músico no palco da água criando relações de visibilidade
Azálea
Maranta Acalifa (Acalypha wilkesiana)
Folhagem que traz coloração para a jardineira do pátio da escola Folhagem de modo a evitar que as pessoas entrem no espelho d'agua e também traz coloração para o talude Utilizada como cerca proximidades a taludes
viva
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Suinã (Erythrina velutina)
Marcam estares em áreas menores como pátio e o estar em deck na Praça da Música
Palmeira Falsa Latânia
Delimitam o território trabalhado
Representação
Resistente ao pisoteio e a sombra formada pela copa das árvores
Marcam estacionamentos sendo para carga e descarga ou permanência prolongada
41
Na Cota 0, abaixo do palco foi projetado uma sala de ensaio multiuso com um elevador que servirá para subir instrumentos
de grande porte ao meio do palco, não foi desenhado um layout especifico pois este varia de acordo com o uso. PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
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A sala de espetáculo conta com 268 lugares. Propomos nos assentos que estes tenham revestimento em madeira ja no assento e encosto um estofado para melhor conforto e também para que a sala estando lotada ou vazia tenha a mesma reverberação.
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No anfiteatro foi feita uma parede em ângulo para eliminar parte da reverberação e também para esconder os pilares, essa vedação foi revestida com carpete e isso se repete também em todo o piso da sala de espetáculo.
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O foyer possui uma estrutura de bomboniere, sanitários e área de estar com carpete dessa forma atendendo a plateia que aguarda antes de entrar na sala de espetáculos
Planta subsolo - Anfiteatro
O prédio da escola possui no térreo um pátio coberto fazendo conexão com o pátio externo, no interno algumas mesas e cadeiras foram colocados de modo que os alunos poderão comprar algo nos equipamentos eletrônicos, já o pátio externo faz um convite a pratica em conjunto, dessa forma mobiliários moleculares foram pensados de modo a criar pequenas rodas musicais, dessa forma incentivando o coletivo. Parede cobogó para dar privacidade a área PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
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restrita dos funcionários
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A bomboniere do foyer poderá ser utilizado tanto por quem está dentro do espaço como também por quem passa pela ciculação a frente do conjunto que poderá consumir algo quando o mesmo estiver fechado.
Planta térrea PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
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Ac
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As salas de aula possuem armários com dimensões do piso ao teto que além de permitir um espaço de estocagem ajuda também a isolar o som acusticamente junto com as paredes com revestimento em lã de vidro. A sala de canto coral, no primeiro andar a qual possui o piano de calda possui uma abertura no vidro para que em caso da impossibilidade da entrada do instrumento na sala pelo acesso comum este poderá ser içado pela abertura a qual está exatamente abaixo da passarela, na linha de acesso à escola. PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
Todas as salas de aula, sala de iniciação musical e estúdio de gravação possui piso laminado.
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A luteria assim como as salas de aula possui vidro do piso ao teto para ter visibilidade para o exterior. G
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Revestimento acústico
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No anfiteatro foi feita uma parede em ângulo para eliminar parte da reverberação e também para esconder os pilares, essa vedação foi revestida com carpete e isso se repete também em todo o piso da sala de espetáculo.
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Foram pensados 3 (três) camarins sendo pequeno médio e grande tendo espelhos da altura da bancada (70cm) até a abertura de ventilação com peitoril de 1,8m.
Planta 1° andar
No 2°andar foi projetada uma passarela para interligar os dois edifícios na expectativa de que as crianças antes ou após
suas apresentações possam assistir as apresentações de outras turmas, essa passarela foi projetada com piso de chapa de aço perfurada com cobertura em chapa de aço lisa. Nessa mesma cota foi elaborado o passadiço acima do palco para que técnicos possam dele utilizar para instalar iluminações e outros equipamentos necessários na área superior ao palco. PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
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Planta 2° andar 45
Detalhe 04
Detalhe 02
Detalhe 01
Corte AA
Os espelhos acústicos permitem um direcionamento do som do palco ao ponto de interesse (plateia)
Guarda corpo com 1,30m em vidro Área para iluminação cênica permite visibilidade ao palco
Cabos de aço amarrados na cobertura sustentam o passadiço
Corte BB
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Detalhe 05
Corte CC
Corte DD
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Acima da caixa de escadas dos dois edifícios foi pensado um forro técnico, local onde ficam os reservatórios d’água e também a casa de maquinas dos elevadores, o acesso se dá pelo 2° andar por uma escada marinheiro.
Corte EE
Corte FF 48
No prédio da escola foram colocados 2 (dois) reservatórios de 1.500(um mil e quinhentos) litros e no anfiteatro 3 (três) de 1.000 litros, tendo cada edifício 3.000 (três mil) litros. O intuito é que a água coletada pelas chuvas nas coberturas desce por uma tubulação até uma cisterna onde essa poderá ser utilizada nos sanitários dos banheiros dos dois edifícios.
Corte GG
Corte HH 49
Corte II
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Detalhe 03
Corte LL
Corte MM Dentro do edifício da escola pensamos em trazer algumas cores primárias para aproximar ainda mais as crianças, as portas do 1° e 2° andar possuem cores que marcam o pavimento, o vidro duplo permite as crianças que estão na circulação terem visibilidade para dentro da sala de aula, e esse não permite que o ruído de fora entre na sala e também o vazamento do som dos instrumentos para o corredor, trazendo assim uma relação visual entre o interno e o externo das salas de aula.
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Como cobertura foi pensada a telha termoacústica pelo seu baixo coeficiente de condutividade térmica, por isolar acusticamente barulhos externos e internos e também por ter menor peso sobre a estrutura. PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
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Detalhamento 03
Viga-calha
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Detalhamento 02
Propomos um sistema estrutural em concreto pré-moldado no edifício da escola com malha de 7X8 metros sendo os
pilares com medida 25X40cm e vigas de 60X25cm. Para uma melhor racionalização da construção as vedações foram colocadas em alinhamento aos pilares ou então ao meio entre eles. No anfiteatro um sistema misto sendo os pilares em concreto pré-moldado com medida de 25X45cm sustentando a sala de espetáculos e 25X40 sustentando o volume dos camarins em anexo, na caixa cênica foram colocados pilares menores para sustentação apenas da vedação, isso também se repete nos fossos dos elevadores dos dois edifícios. O encaixe entre os pilares e vigas se da pelo próprio pilar pré-fabricado o qual possui um elemento de encaixe e nele são fixadas as vigas.
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Gesso 2cm Detalhamento 02
Detalhe 04 Colocamos treliças metálicas como sustentação do palco e também do balcão restrito o qual as crianças ficam antes e após se apresentarem, a altura da treliça pensada foi de 5% do vão a ser vencido, dessa forma ambas possuem 80cm de altura. Detalhamento 03
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Nos acessos foram pensadas as portas com 3,3 metros de altura e acima delas um vidro segue atĂŠ a passarela marcado este enquadramento com a paisagem. Na escola abaixo da passarela criamos uma abertura para a entrada do piano de calda na sala de canto coral.
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Foi projetado um estacionamento para atender funcionรกrios que trabalham no complexo.
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Um vidro marca externamente a caixa de acesso e quem está nesta circulação vertical possui relação total com a Praça da Música.
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Este estar em arena foi pensado como uma extensรฃo da praรงa jรก existente acima do terreno, a arquibancada assim como toda a praรงa foi projetada para ter acessibilidade por pessoas com mobilidade reduzida.
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Esta รกrea foi pensada como um elemento convidativo para que pessoas utilizem como rodas musicais entre amigos.
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Para as fachadas foram pensadas peles de alumínio perfurada permitindo o olhar para a praça de quem está dentro dos espaços internos, e em pontos estratégicos essa pele possui rasgos criando um ritmo.
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A Praça da Música permite o cruzamento de uma rua a outra por circulações diretas, porém ao entrar nela não se sabe onde é o final convidando então a um passeio.
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PROJETOS DE REFERÊNCIA
Para compreendermos a complexidade de um projeto de espaços de apresentações musicais e de formas de tratamento acústico de distintos espaços com suas características específicas, selecionamos três projetos de referência na adequação do conforto acústico, sendo dois nacionais (Sala São Paulo) e (Teatro Positivo) , e outro internacional (Casa da Música / Coop Himmelb(l)au). A análise do primeiro foi realizada a partir do seu projeto e de visita realizada ao edifício no dia 14/12/2019. Para a análise do segundo e terceiro, utilizamos desenhos do projeto e informações obtidas em periódicos especializados. Ambos são considerados referência na adequação do conforto acústico. TEATRO POSITIVO De acordo com Cardoso (2018), o Teatro Positivo inaugurado em março de 2008, é o maior teatro do Paraná e o segundo maior do Brasil. O espaço está localizado dentro da renomada Universidade Positivo, onde o auditório principal, ou o Grande Auditório, possui capacidade para 2.400 lugares, em um espaço moderno e foi 100% projetado para abrigar grandes espetáculos. É famoso por sua acústica e sua disposição em arena permitindo excelente visibilidade de qualquer lugar da plateia. Segundo Soares (2009), o projeto para construção do teatro teve seus estudos iniciados em 2005. Nessa época, o planejamento previa a configuração de palco no estilo clássico italiano, com plateia, primeiro e segundo balcões. No entanto, em 2006, a edificação tomou outro rumo depois que o reitor da instituição voltou de uma viagem à Grécia, onde conheceu o Teatro de Epidauro, famoso por sua acústica perfeita e formato de anfiteatro em semicircunferência, tornando-se nova referência para a retomada da obra. O empreendimento impressiona tanto por sua grandeza como por sua infraestrutura cenotécnica e acústica, elogiada inclusive por maestros internacionais. Conforme explicou o arquiteto Manoel Coelho, para Soares (2009), a construção já estava prevista no plano diretor do campus. “A localização é privilegiada, ao lado de um bosque nativo preservado e em frente ao lago central, com fácil acesso externo por parte do público”. As intervenções realizadas no terreno foram mínimas. A implantação adotada tirou partido da declividade acentuada, presente no terreno em direção ao lago. A solução ajudou a assentar o edifício no solo e estabeleceu níveis de acesso e curva de visibilidade ideal para a plateia. De acordo com Soares (2009), entre as dificuldades na execução das fundações estavam os níveis de implantação do 96
edifício: o fundo do fosso da orquestra e a área técnica tiveram que respeitar limites de cotas em função da baixa profundidade do lençol freático do lago. Para facilitar o embarque e desembarque de equipamentos e cenários foi construída uma doca que possui ligação direta com o palco, o que contribui para diminuir em até dois dias a montagem de um espetáculo e eliminar a necessidade de grandes equipes de montagem. Conforme Archdaily (2017), o edifício é composto de 3 grandes volumes que se relacionam e definem os principais setores do teatro: foyer, plateia e palco. O palco possui 18 metros de boca de cena e 17 metros de profundidade. O proscênio possui fosso móvel para orquestra, e fosso cênico com quarteladas móveis e coxias. Além de projetores multimídia, há duas telas laterais de 120 polegadas. No fundo há uma abertura para o lago, que permite produções ao ar livre ou a transformação da plateia em dois setores (interno e externo). Foram colocadas janelas nas laterais, permitindo a passagem da luz natural. Segundo Soares (2009), o objetivo de tais inovações é mostrar que o teatro está em harmonia com o ambiente externo, oferecendo condições para que os produtores criem e utilizem novos recursos artísticos nos espetáculos realizados naquele espaço. A estrutura principal do Teatro Positivo, com cobertura, foi executada em concreto e tem palco em aço. A fachada ventilada com sistema de grampeamento traz um ar de nobreza à identidade do edifício. As esquadrias de vidro são do tipo structural glasing e a marquise é em alumínio composto na cor prata. Os principais revestimentos utilizados foram painéis em vidro e madeira, arenito vermelho do Paraná e granito. A cobertura foi trabalhada com telhas metálicas zipadas com isolamento termoacústico. Na estrutura do forro acústico foi utilizado madeira. Os fechamentos internos contam com carpetes, couro, painéis de madeira e vidro e as poltronas dispostas em semicircunferência. A solução acústica, e desenho de painéis rebatedores no forro e paredes, resolve com eficiência e qualidade a distribuição do som em todo o espaço ( Archdaily, 2017). Possui área construída: 6.000,00 m2 e a obra levou 9 meses para ser concluída pela construtora Ferreira Filho. Para Soares (2009), o projeto urbanístico está bem integrado ao planejamento do campus, e dá prioridade a facilidade de acesso do público ao edifício, estacionamentos e áreas de carga e descarga.
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Figura 23: Leitura Gráfica Teatro Positivo - Implantação e volumetria.
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Figura 24: Leitura Grรกfica Teatro Positivo - Planta plateia e foyer.
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Figura 25: Leitura Grรกfica Teatro Positivo - Planta camarotes 1 e 2.
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Figura 26: Leitura Grรกfica Teatro Positivo - Planta camarotes 3 e 4.
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Figura 27: Leitura Grรกfica Teatro Positivo - Planta plateia.
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Figura 28: Leitura Grรกfica Teatro Positivo - Planta do palco e camarins.
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Figura 29: Leitura Grรกfica Teatro Positivo - Planta fosso da orquestra e camarins.
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Figura 30: Leitura Gráfica Teatro Positivo - Cortes
Figura 31: Leitura Gráfica Teatro Positivo - Elevações
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Figura 32: Leitura GrĂĄfica Teatro Positivo - Detalhes acĂşsticos e perspectivas internas.
106
SALA SÃO PAULO O prédio da antiga Estrada de Ferro Sorocabana abriga atualmente a Sala São Paulo, um dos mais importantes espaços de concertos e eventos do País e sede da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp). O Edifício foi projetado em 1925 por Christiano Stockler das Neves numa época em que a cidade de São Paulo crescia em ritmo acelerado incentivada pela produção de café. A obra com detalhes do estilo Luís XVI, foi concluída em 1938. Depois de um longo período de abandono em 1997, a Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo assumiu seu controle para transformá-lo no Complexo Cultural Júlio Prestes. Situada no centro da Cidade de São Paulo e tombada como patrimônio histórico, o edifício passou por um processo de restauração e adequação para o uso da (Osesp), com a implantação de uma sala de concertos. Assim, a Sala São Paulo e a consequente convivência de um complexo cultural e uma estação de trens foi inaugurada em 9 de julho 1999.
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Figura 33: Leitura Gráfica Sala São Paulo – Croqui da planta.
Durante visita ao local, observamos que no processo de adequação os materiais novos destacam-se do antigo. Entre os materiais novos estão o vidro, o aço e a madeira e no antigo o concreto. A restauração foi executada de modo que se no futuro houver a necessidade de desmancha-la, não é necessário comprometer nada do que é antigo. 108
Figura 34: Leitura Gráfica Sala São Paulo – Croqui do corte esquemático e detalhes de assento.
O forro móvel traz a possibilidade de tornar a acústica adequada ao tipo de apresentação musical que vai ser executada na sala São Paulo. São ao todo 15 placas que se elevam de 4 a 22 metros de altura da plateia, o que faz com que quanto maior a altura maior será o tempo de reverberação, de tal forma que é possível trazer a acústica de determinados espaços para dentro 109
da sala São Paulo. Quando o forro sobe ou desce, ele aumenta ou diminui o volume de ar dentro da sala. Este movimento altera o dimensionamento físico e o tempo de reverberação do som. Acima do forro cortinas de veludo fazem com que o som ao bater nas cortinas não retorne ao ponto inicial, evitando dessa forma a repetição do mesmo ao passar pelo vão entre placas do forro móvel. O desenho das poltronas também foi pensado de modo a imitar uma pessoa sentada, o que faz com que o espaço estando lotado ou vazio a acústica será a mesma, fazendo com que uma orquestra ao ensaiar na sala vazia tenha a mesma percepção do som como se ela estivesse lotada.
Figura 35: Leitura Gráfica Sala São Paulo – Detalhes acústicos.
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Ao lado da estação foi construído um Hall para que o som não atravesse e entre para a sala de apresentações, nele ao bater palma com força marcando o tempo, esse varia de 6 a 10 segundos dependendo da potência deste som. A divisão entre este Hall e a estação se dá por um vidro duplo com ar entre eles.
Figura 36: Leitura Gráfica Sala São Paulo – Detalhes acústicos.
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A Sala São Paulo é marcada por uma grande quantidade de materiais com pequenas irregularidades que vão desde os capitéis de colunas já existentes, os camarotes, até figuras moldadas e recortes de paredes, que foram levadas em conta durante restauro. Existe também a preocupação com o sistema de ar condicionado pois precisa ter temperatura ideal tanto para as pessoas que assistem o concerto, como também para os instrumentos que exigem temperaturas especificas para manter suas afinações.
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Figura 37: Espaço para o Coro. Fonte: Acervo pessoal.
Figura 38: Vista do palco para plateia. Fonte: Acervo pessoal.
Figura 39: Vista para plateia Fonte: Acervo pessoal.
Figura 40: Palco Fonte: Acervo pessoal.
Figura 41: Hall. Fonte: Acervo pessoal.
Figura 42: Vista do camarote para o palco. Fonte: Acervo pessoal.
Figura 43: Vista para os camarotes Fonte: Acervo pessoal.
Figura 44: Coluna jรก existente. Fonte: Acervo pessoal.
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CASA DA MÚSICA / COOP HIMMELB(L)AU
Segundo informações disponíveis no Archdaily (2019) a Casa da Música Coop Himmelb(l)au foi pensada como um espaço de concertos combinado com uma escola, pois a sua estrutura aberta leva a uma interação entre o público e os artistas, entre estudantes e professores.
Figura 45: Leitura Gráfica Casa da Música / Coop Himmelb(l)au – Croqui da volumetria.
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Acreditamos que a forma em ”C” do palco deve-se ao fato de que o som, ao bater nessa parede, reflita de volta em direção a plateia, e ao sair do palco este som é refletido por direcionadores que ficam em posições estratégicas para que o som vá direto ao ponto de interesse, garantindo uma experiência ideal de escuta.
Figura 46: Leitura Gráfica Casa da Música / Coop Himmelb(l)au – Croqui da planta do nível 1.
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Ao lado direito, o foyer, que além de servir com um ponto de encontro para estudantes, artistas, professores e visitantes, serve também como uma barreira para impedir a entrada do som externo na área de apresentações. Este espaço possui cinco andares de altura com escadas, varandas e grandes janelas com vista para o salão principal.
Figura 47: Leitura Gráfica Casa da Música / Coop Himmelb(l)au – Croqui do corte.
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As formas curvas do auditório interior fazem contraste com a forma exterior rígida, cúbica. Os assentos na orquestra e varandas curvas são dispostas de modo que ofereça a melhor acústica e vista para o palco.
Figura 48: Leitura Gráfica Casa da Música / Coop Himmelb(l)au – Croqui do corte do espaço de apresentações.
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REFERÊNCIAS
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