ESPM PROJETO DE GRADUAÇÃO EM DESIGN
PROJETO DE IDENTIDADE VISUAL PARA FERRAMENTA DE DESIGN THINKING DA EMPRESA SIMPLEZ
LUCAS NOGUEIRA
Este projeto visa desenvolver e solucionar o problema levantado nas análises da empresa no plano de marketing. Visando expandir a linha de produtos com sua ferramenta de Design Thinking, Designnovation Toolkit, que carece de uma identidade de comunicação visual, o projeto visa dar maior ênfase nos conceitos de branding e Design Thinking, alinhados com os estudos relacionados à marca e seus elementos. O projeto criativo da identidade visual para ferramenta Designnovation Toolkit da Simplez, será norteado pelo método de Bruno Munari, seguindo as etapas de pesquisa e análise.
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Metodologia
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Problema Definição do Problema Componentes do Problema Coleta e Análise de Dados Criatividade Materiais e Tecnologia
06 07 07 08 36 70
Experimentação Modelo Verificação Desenho de Construção Solução Final
72 78 86 94 106
Considerações Finais
108
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Metodologia A metodologia de projeto criada por Bruno Munari, traduzida em seu livro “Das Coisas Nascem Coisas”, 2008 foi escolhida para o desenvolvimento deste trabalho. Munari defende o método de projeto começando por um problema a ser solucionado com o melhor resultado, através de uma série de operações que devem ser realizadas em uma ordem lógica de projeto, como melhor visualizado na Figura 1. O início do projeto se dá pelo problema, com sua definição e caracterização dos seus componentes. Em seguida é realizada a coleta de dados onde se pesquisa os componentes do problema um a um e onde será feita uma busca de informações para que de auxiliem no processo criativo Na análise de dados será observado todo o material coletado o que pode trazer relevância na continuidade do projeto. Já com os dados coletados, segue para etapa de criatividade, onde se realiza as primeiras experimentações a fim de gerar alternativas para o projeto. A identificação de
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materiais e tecnologia é o passo seguinte, onde também é identificado técnicas de utilização e aplicação. Na etapa de experimentação são colocados em prática materiais e técnicas visando seu melhor resultado e usabilidade. Com o agrupamento de informações, são gerados os primeiro modelos que podem tornar-se a solução ideal para o projeto. Com a verificação se realiza pesquisas e perguntas diretas ao possível segmento-alvo da empresa. O desenho de construção é realizado em cima dos dados de verificação, com detalhamentos para a produção do protótipo, utilizando técnicas e materiais mais adequados ao proposto projeto. Em conclusão, chega-se à solução final. Esta metodologia de aplicação de projeto visa desenvolver, da melhor maneira, o design de identidade visual para a ferramenta Designnovation Toolkit, passando por cada etapa do método de Bruno Munari.
PROBLEMATIZAÇÃO E HIPÓTESES PRÁTICA
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Problema Como aplicar a metodologia de Bruno Munari no desenvolvimento da identidade visual da ferramenta de Design Thinking Designnovation Toolkit?
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Definição do Problema Em busca de crescimento dentro do mercado de inovação corporativa, a Simplez busca para os próximos anos um aumento no portfólio de produtos e serviços. Com o objetivo de melhor posicionar e desenvolver a ferramenta Designnovation Toolkit, este projeto visa criar uma identidade visual sólida, representativa e com seus conceitos de estudos atrelados a sua imagem e percepção de valor.
Componentes do problema Os componentes do problema citados a seguir visam explorar os elementos, conceitos, disciplinas, ambiente e segmento-alvo: Analisar graficamente as marcas do segmento; Pesquisar o uso de símbolos; Pesquisar e analisar tipografias; Analisar a composição dos elementos gráficos; Definir o padrão cromático mais adequado; Formatar um mapa de empatia do cliente e do usuário da ferramenta; Definir conceitos norteadores para o projeto; Fazer o design da marca, suas aplicações e construir seu manual de identidade visual;
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Coleta e Análise de Dados
Neste capítulo serão apresentadas as coletas e análises realizadas sobre os assuntos que se relacionam com identidade visual de ferramentas de Design Thinking. A análise será efetuada junto à coleta para melhor compreensão e construção de um painel de referências. O aprofundamento em cima dos aspectos gerais do cliente; sua atual plataforma de inovação digital; a ferramenta Designnovation Toolkit; as ferramentas similares da concorrência nacional e internacional; e um mapa de empatia do usuário final do produto, contribuirão para a definição de conceitos e diretrizes projetuais.
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Análise da Simplez A ideia que deu origem a Simplez surgiu da constatação que a inovação é uma das disciplinas mais importantes na administração moderna, e que executivos visionários entendem que precisam renovar suas práticas de gestão de inovação. Neste sentido, a Simplez procura, também, inovar seus produtos e serviços para oferecer sempre as melhores práticas e ferramentas para seus clientes. A empresa sempre considerou o design uma competência fundamental dentro de seu modelo de negócio, tanto para sua comunicação visual como também nos serviços oferecidos para seus clientes. Além disso, o design atua diretamente na construção de melhorias dos seus atuais métodos e na arquitetura de novos produtos na empresa. A identidade visual é definida pelos gestores da empresa como fundamental para a construção de um produto forte e na caracterização de seus conceitos, contudo, reforçam a independência visual destes produtos, que, além de serem oferecidos aos atuais clientes como ferramentas complementares aos seus projetos, poderão ser contratados por novos clientes que poderão geri-los com total autonomia.
Como estratégia de marketing para o próximo ano, a Simplez está desenvolvendo dois novos produtos que atuarão como auxiliares diretos do seu modelo de serviço, como aceleradores de novos negócios e para construir uma melhor percepção da inteligência competitiva da empresa: o Frameworkinn - uma ferramenta analítica onde serão apresentados planejamentos, calendários, históricos, infográficos e dados dos programas dos clientes da empresa; e o Designnovation Toolkit, que será melhor descrito ainda neste capítulo. Desde sua fundação como startup, a Simplez é parceira da empresa americana Brightidea, pela qual obtém licença de sua plataforma de gestão em nuvem. O Innovation Suite, é o único produto da Simplez atualmente. Nele são arquitetados diferentes modelos de programas de inovação para grandes corporações construírem comunidades de colaboradores ou, até mesmo, clientes para gerar ideias e solucionar diferentes desafios de inovação. A Simplez diferencia-se não só por arquitetar, mas também por implementar, onde o design atua de maneira fundamental na construção da interface e da identidade do programa; gerir a comunidade, engajando os participantes na geração de ideias; e gerir o programa, analisando dados e criando portfolios de resultados. As figuras ao lado ilustram alguns dos programas de inovação desenvolvidos pela Simplez.
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Análise da ferramenta Innovation Suite O Innovation Suite é uma plataforma online de gestão onde são arquitetados diferentes programas de inovação para o ambiente corporativo. Além disso, a ferramenta possibilita funcionalidades que auxiliam desde a seleção das ideias até à implementação em projetos para empresa. A ferramenta, em sua configuração por definição, apresenta um layout simplificado e intuitivo de navegação que pode ser completamente editado com aplicação de um layout personalizado para o cliente em questão, como citado e exemplificado anteriormente. Cada ambiente do funil de gestão da plataforma apresenta uma variação da identidade visual principal: o Webstorm, o Switchboard e o Pipeline, representados na figura ao lado.
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A identidade visual da ferramenta, figura à direita, é composta por um elemento circular a sua esquerda dividido em quatro partes não uniformes e com cores diferentes. Cada cor, com exceção à amarela, é destinada para uma etapa do processo presente na ferramenta. A vermelha, cor ligada ao lado emocional e criativa, destina-se ao Webstorm, espaço onde são registradas as ideias pelos participantes da comunidade; o azul, que representa desenvolvimento, tecnologia e inteligência, faz menção direta ao Switchboard, área onde são analisadas e selecionadas ideias que serão encaminhadas a possíveis projetos; e o verde representa o Pipeline, onde é realizado o acompanhamento dos projetos que estão sendo realizados e dos já implementados, finalizando o funil de gestão até o resultado, o verde pode ser utilizado para transmitir sustentabilidade e muito utilizado para representar finanças. Observa-se que as cores utilizadas são bem propostas naquilo que representam.
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Análise da ferramenta Innovation Suite O símbolo mostra muito bem a sequência em que o programa é executado. A parte amarela, que representa o Enterprise, ambiente de acesso ao programa pelo participante ou gestor do programa, faz a conexão entre a verde e a vermelha, o que faz sentido visto ser uma ferramenta que pode ser utilizada de maneira contínua, onde os projetos do Pipeline podem voltar para etapa de criação com desafios específicos para os projetos em implementação. A tipografia utilizada em caixa-alta transmite força e impacto, o destaque da palavra “Suite” em bold enfatiza uma das principais características e diferenciais da ferramenta no mercado, a gama de funcionalidades dentro da plataforma. Os efeitos de luz, sombra e gradiente se relacionam bem com o ambiente digital, muito utilizados em ferramentas e redes na web.
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De maneira geral a marca representa bem seu produto, traduzindo bem os conceitos explorados pela empresa. Suas aplicações são coerentes e mantém uma comunicação visual consistente, como mostra a figura abaixo que traduz os conceitos especificados anteriormente.
Designnovation Toolkit O Designnovation Toolkit é um kit de ferramentas para ajudar a resolver problemas de maneira inovadora, além de desenvolver cultura de inovação em empresas que precisam aprender a inovar mais e melhor. O kit está sendo desenvolvido com o intuito de ser utilizado para transformar pessoas em agentes de inovação, adquirindo maturidade na solução de problemas e desafios presentes no cotidiano de suas profissões e dentro de suas empresas. As principais diretrizes deste projeto visam sua utilização para educar, desenvolver habilidades e guiar equipes para rodar ciclos de inovação utilizando as diferentes ferramentas que ele poderá ser representado.
O usuário deve entender a nova perspectiva e o canvas, planejando a rodada de inovação, preparando o mapa de trabalho e seguindo os métodos e ferramentas que ajudam a encontrar novas respostas. O Designnovation Canvas, foi desenvolvido com a finalidade de representar, como plano de fundo, as etapas do método desenvolvido pela Simplez orientados pelas práticas de Design Thinking. Dividido em cinco elementos que representam diferentes etapas que caracterizam uma perspectiva de ação dentro do problema ou desafio de inovação construído pelo grupo.
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A figura abaixo melhor caracteriza as etapas do processo com os símbolos e denominações utilizados.
Escutar
Solução
Arquitetar
Gerar
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Desafio Colocar em pauta o problema ou desafio de inovação, destacando suas características, objetivos e demais componentes que o permeiam. Escutar Explorar e aprofundar o conhecimento sobre o cenário em que o desafio está inserido. Quais são realmente os “problemas do problema”? O que está lá e não vimos? O que não está lá mas poderia estar? O que sabemos, ou achamos que sabemos? Gerar Gerar ideias para solucionar o desafio, ou parte dele, buscando identificar oportunidades “escondidas”. O que poderia ser feito, considerando as restrições? Como criar o que não existe? Como idear o não convencional? Arquitetar Produzir propostas que tenham valor ante ao desafio e que sejam viáveis tecnicamente e economicamente. Seria possível fazer para aprender rápido? É possível e vale a pena? Como planejar para levar adiante? Solução Quais as ideias que devem virar ação? O quanto impactamos o problema? Solucionamos o desafio de maneira inovadora ou devemos recomeçar o processo?
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O Canvas foi desenvolvido junto à primeira marca da Simplez. Além de fortalecer os conceitos de Design Thinking pretendidos pela empresa, sempre fez parte do discurso e dos métodos utilizados pela Simplez com seus clientes. A figura 50 mostra a primeira identidade visual da empresa com o canvas utilizado como símbolo. Nesta aplicação, percebe-se a utilização apenas de suas formas circulares, sem os ícones internos que potencializam seu melhor entendimento. Com o passar do tempo, a Simplez utilizou o canvas apenas como representativo do seu método e filosofia de negócio, o que levou a um redesign de marca que melhor caracteriza-se seu modelo de serviços focado em seu Grid de Programas de Inovação.
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Canvas
Na construção do canvas, podemos destacar o uso de pictograma no desenho para caracterizar cada um dos seus elos. Cada símbolo representa bem seu conceito dentro do método, contudo, não explica de maneira completa a lógica construída no método. Ao observar a figura ao lado, percebe-se o real fluxo de interpretação do canvas, que não é logo compreendido devido a sua construção não linear. Apesar da escolha adequada de seus ícones para representar as etapas, é necessário uma explicação ou alguma interação em cima dos elementos poderia se compreender seu sentido de leitura. Além disso, a utilização dos círculos com seu total preenchimento em preto, no primeiro (?) e no último (!) ícone, não trazem equilíbrio ao desenho. Os mesmos ícones (? e !) diferem-se dos outros três representados no centro da imagem, o que não apresenta unidade.
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Em cima destas análises, percebe-se a necessidade de uma reconstrução deste desenho, para melhor compreensão do canvas junto à sua identidade visual e seus aplicativos. Um dos fatores que alavancou a implementação deste projeto como um produto independente oferecido pela Simplez, foi o interesse da empresa CPFL Energia, um dos principais clientes da Simplez, em utilizar o método de maneira prática dentro da empresa, engajando grupos em desafios específicos. A CPFL possui um programa de inovação ativo há mais de um ano gerido pela Simplez, mas o interesse de aplicar novos métodos que transcendam o ambiente online surgiu visando explorar novas práticas na solução de problemas pontuais e rotineiros dentro de uma grande corporação como essa. No início de 2012, um protótipo deste projeto foi aplicado na CPFL junto a um grupo de gestores com a finalidade de gerar desafios a serem solucionados pelo atual programa de inovação da empresa que estava em fase de arquitetura e planejamento. Na figura à seguir, é apresentado um modelo
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de aplicação deste projeto como um kit de cartas, seguindo a lógica apresentada no Canvas. No layout apresentado na esquerda da imagem, observa-se o uso do ícone que representa a etapa do método. Logo abaixo seu nome e uma breve descrição do que se trata essa etapa do processo. O canvas, apresentado em outra disposição com uma ordem de leitura mais adequada, funciona como uma assinatura posicionado à esquerda e embaixo do layout. Neste sentido, percebe-se uma fraca apresentação do que, até então, era a identidade do método Designnovation apresentado pela Simplez. Já no layout à direita da imagem, encontra-se o descritivo das ações propostas nessa ação. De maneira geral, está em destaque o título da atividade a ser realizada. Não é utilizado nenhum elemento do modelo do canvas e como assinatura percebe-se apenas a antiga marca da Simplez e um QR code, que leva diretamente a uma possível página com mais detalhes sobre o método.
Tempo: 20/30’ min
Dificuldade:P
articipantes: 3à5
título da atividade ícone Esse método tem como objetivo alinhar o conhecimento da equipe sobre o desafio durante todo o projeto. > Nos Cartões, escreva o que você já sabe sobre o
Desafio, classificando em três categorias: certezas, vidas: Nas certezas colocamos tudo o que nos parece ser verdade absoluta, uma decisão que deve vir de comum acordo entre os participantes.
título da etapa
O campo suposições, é , na v erdade, u ma grande área de escape, que evita discussões demoradas e inúteis e nos permite avançar na externalização das informações. Explorar conhecimentos sobre o desafio.
título da etapa
breve descrição
canvas (assinatura)
Nas dúvidas posicionamos o que não sabemos mas possivelmente gostaríamos de saber sobre o p rojeto e seu t ema: pessoas, motivações, desejos, objetos, processos, uso, negócio, passado, presente, tendências, etc.
QR corde logo (assinatura) http://goo.gl/m2DuP
Neste sentido, percebe-se fortemente a necessidade de uma maior caracterização do método e suas atividades, utilizando uma identidade mais sólida e melhor representada neste aplicativo. Além disso, as aplicações impressas e digitais devem ser consideradas no projeto para um melhor uso e percepção da marca.
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Análise da Concorrência Nacional Com o objetivo de melhor compreender e analisar as marcas de ferramentas de Design Thinking no segmento de atuação, a única ferramenta encontrada e que se enquadra como concorrente direta para análise é a ferramenta Service Envy da Livework, consultoria global de inovação e design que atua na melhoria dos serviços focados em consumidores. A empresa possui escritório em São Paulo e outros locais espalhados pelo mundo. O Service Envy é aplicado como um deck de cartas com conceitos de Design Thinking focados em serviços. Nele estão presentes diferentes estratégias, métodos e técnicas de Design de Serviços. Sua utilização é direcionada para grupos de pessoas arquitetar projetos, resolver desafios e solucionar problemas dentro de suas empresas, focando seus esforços e fazendo empatia com seu público-alvo.
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Símbolo Etapa em destaque
As cartas vem dentro de um deck de madeira. O nome da ferramenta – Service Envy – está aplicado em caixa-alta e em bold, localizado quase no centro da tampa. Percebe-se que o uso funciona apenas como informação, sem nenhum estudo maior da marca ou relação com a identidade apresentada nas cartas. A aplicação da marca da Livework, acima do nome, e do ícone que representa uma pessoa (figura muito utilizada pela empresa em sua comunicação visual), na parte inferior, fortalecem a identidade e dão maior força para a empresa na aplicação. A figura à esquerda mostra o símbolo representativo da ferramenta. Seu desenho representa o mapa de ação das quatro diferentes etapas do método. Sua construção é toda feita em outline (linhas) e a etapa em destaque é caracterizada pela parte preenchida com linhas diagonais, o que funciona bem e de maneira simples.
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Observa-se que cada uma das categorias que definem as etapas são caracterizadas com diferentes cores, como mostra a figura 55. A etapa amarela representa as cartas relacionadas a insights, a verde ideias, a rosa protótipos e a azul realização. Algumas técnicas visuais estão presentes no símbolo, como equilíbrio, onde percebe-se duas duplas de elementos que se repetem e demonstram simetria. Apesar de possuir quatro partes, a união destes fragmentos cria um fluxo de movimento à forma, devido ao resultado de suas conexões criando linhas sinuosas tanto na parte superior, como na inferior do símbolo.
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Na figura à esquerda, onde são apresentados os layouts das diferentes cartas da ferramenta, percebe-se uma falta de coerência na aplicação das marcas da Livework, do seu símbolo e do símbolo (mapa de ação) desenvolvido para a ferramenta. A marca da Livework aparece em dois layouts, um deles junto ao símbolo da ferramenta, que também aparece no verso da carta “como utilizar” e na frente do layout das cartas explicativas de cada etapa. Já o símbolo representativo (pessoa), é utilizado na frente das cartas de ação. Esta falta de unidade nas aplicações confunde o expectador e acaba construindo uma identidade fraca para a ferramenta. De maneira geral, não há uma sequencia lógica de aplicação e uso. Observa-se também o uso de uma paleta de cores que se divide entre as categorias, com cores vibrantes. O azul também é usado nos títulos dos versos das cartas de ação, o que acaba criando uma confusão, visto que também é utilizado caracterizando uma das etapas do processo.
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Análise da Concorrência Internacional Por ainda se tratar de uma disciplina nova no mercado, as principais e mais conhecidas ferramentas de Design Thinking acabam estando fora do país. Apesar disso, são ferramenta acessíveis e muito bem divulgadas. Os critérios para análise são de ferramentas com métodos similares de empresas de grande reconhecimento na área de inovação. Serão apresentadas as ferramentas Humam Centered Design, da IDEO e Collective Acition Toolkit, da Frog Design, já citadas na fundamentação teórica deste projeto. A identidade visual da ferramenta Humam Centered Design (HCD), apresentada na figura ao lado, é composta por um fonograma, onde suas siglas, em caixa-alta, representam seu nome que segue logo abaixo na composição da assinatura visual. Cada letra é destacada sendo envolvida por uma linha circular, o que dá maior ênfase a outra função proposta por este fonograma, representar as etapas do processo do método da IDEO.
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Símbolo (fonograma)
Nas aplicações da marca percebe-se uma paleta de cores que utiliza tons pasteis com tonalidades fortes. O bege e o verde normalmente são aplicados como plano de fundo da marca, que é aplicada em branco como contraste.
O nome principal da marca está todo em caixa-alta, bem como seu fonograma. Percebe-se uma entrelinhas muito pequeno entre os três nomes que se alinham à esquerda e que se dividem em três linhas, tornando sua mancha gráfica mais sólida e unificada. Os elementos, fonograma e nomes, possuem a mesma escala, como mostra a figura ao lado. Em outra aplicação da marca observamos uma variação no uso do fonograma, utilizando um círculo completamente preenchido com uma variação de cores quentes para cada letra (presentes na paleta de cor apresentada anteriormente). Outro aspecto interessante é o significado de cada letra no símbolo remeter para cada etapa do processo presente na ferramenta: o “H” para hear (ouvir); o “C” para create (criar); e o “D” para deliver (entregar). Esta linguagem visual é utilizada nas aplicações da ferramenta como norteadores do processo.
Hear Create
Deliver
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Análise da Concorrência Internacional O Collective Action Toolkit (CAT), possui uma identidade visual consistente, porém não obtém uma assinatura visual sólida. Na figura abaixo pode-se observar que utiliza-se apenas o nome em uma tipografia simplificada, sem nenhum símbolo ou cor caracterizando-o.
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A identidade do CAT é percebida em suas aplicações na apostila e no kit de cartas. Na figura a seguir nota-se a utilização de grafismos e ilustrações para melhor caracterizar a identidade da ferramenta.
A figura abaix, apresenta o Action Map (Mapa de ação), um desenho representativo para as etapas do processo do CAT. A imagem é construída com cinco elos circulares (não perfeitos) que formam intersecções entre si, criando uma forma única que remete a uma estrela. Estes elos formam um elo menor central, onde fica o objetivo central do método.
A ordem de leitura do Action Map não é percebida sem uma explicação do seu passo a passo. Esta dificuldade de compreensão se dá por sua forma não linear e nenhuma instrução, seja na forma, texto ou cor, presente na sua composição visual.
Forma percebida na união dos elementos
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3
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Análise da Concorrência Internacional Os elementos visuais utilizados nas aplicações, como exemplifica as imagens ao lado, criam uma composição visual sólida para a identidade e uma personalidade forte para a marca com a utilização de desenhos não lineares e ilustrações simplificadas das ações do método, além disso, cada página segue uma diagramação linear e consistente para aplicação de sua apostila.
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No kit de cartas existe a mesma coerência de aplicação utilizada na apostila, mantendo assim uma identidade visual mais bem compreendida em todos seus pontos de contato com o público. A paleta de cores da ferramenta é logo percebida ao analisar qualquer aplicação já apresentada anteriormente. Utiliza cores pasteis, com uma variação entre cores quentes para as etapas de criação do processo, a verde para a etapa de resultado.
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Em cima da coleta e da análise feita nas ferramentas anteriores, foram percebidas algumas premissas e conceitos presentes em suas identidades visuais que são consideradas importantes para traçar caminhos e direcionamentos a serem seguidos. A lista a seguir melhor descreve algumas dessas percepções, tanto positivas como negativas. Uso de símbolos caracterizando etapas do processo; Dificuldade na compreensão e leitura da lógica de ação; Caracterização por cor de cada etapa/ação do processo; Uso de imagens(fotografias) ou ilustrações representativas; Além das tendências desatacadas, percebe-se conceitos mais humanos, com formas orgânicas e uma linguagem mais próxima e de fácil entendimento dos usuários das ferramentas.
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Referências Para melhor compreender e formar um escopo maior de referências visuais, foi elaborado um painel relacionado, não só com ferramentas de Design Thinking, mas também à marcas que tenham contato com os temas inovação e design. Esta coleta contribui para melhor definir as diretrizes do projeto e desenvolver um projeto mais completo e diferenciado.
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Mapa de empatia do cliente Com a finalidade de coletar impressões e premissas necessárias na construção de uma ferramenta de Design Thinking, um mapa de empatia foi elaborado, junto aos colaboradores da Simplez, em torno de percepções definidas pelo que pensam; sentem; veem; escutam; dizem e fazem, estes potenciais clientes, em relação a uma nova ferramenta-método para solução de problemas e desafios. O moodboard ilustrado pela figura 72, melhor caracteriza o perfil destes profissionais ligados às áreas de inovação e gestão de projetos, dentro do segmento alvo definido no plano de marketing.
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A atividade de empatia, representada pelo painel à esquerda, demonstra uma perspectiva de pensamento deste perfil direcionada a ferramenta como um acelerador e idealizador de novos projetos, transformador de cultura e comportamento colaborativo, além do foco social e a experiência com novas competências dentro da corporação.
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Mapa de empatia do usuário Para compreender o comportamento e colocar-se no lugar do usuário da ferramenta, um mapa de empatia foi também construído visando coletar as percepções dentro dos aspectos centrados no usuário identificando as mesmas percepções citadas anteriormente. Os usuários da ferramenta se definem por diferentes públicos que atuam dentro de diversas áreas de grandes corporações. Além de serem idealizadores e influenciadores na implementação destes projetos, os gestores e diretores também participam juntando-se aos diferentes perfis de profissionais da empresa: operários, analistas, gerentes, aprendizes, trainees, estagiários e etc. A integração dos diferentes públicos e competência que torna o processo mais eficiente e eficaz.
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Com base nos resultados da atividade de empatia realizada, representada pela figura à esquerda, percebe-se forte tendência de percepção do usuário para com a ferramenta das características de aprendizagem; integração; envolvimento; e reconhecimento. Estes pontos colaboram na construção de diretrizes a serem tomadas no capitulo seguinte, melhor formulando os conceitos norteadores do projeto.
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Criatividade Este capítulo destina-se à parte de desenvolvimento e criação do projeto. Nele serão definidos conceitos norteadores, a construção de moodboards para inspiração e as etapas criativas do processo de concepção da identidade visual da ferramenta Designnovation Toolkit.
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Painel TemĂĄtico O brainstorm a seguir tem a finalidade de construir um painel de palavras para melhor direcionar os conceitos do projeto. O nome da marca, Designnovation, foi usado para expandir outros significados que se relacionem e sejam pontuais, visando mapear as principais diretrizes, construir moodboards inspiracionais e nortear o restante do projeto.
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As palavras em destaque atuam como diretrizes para melhor definir conceitos consistentes e com personalidade para o desenvolvimento da identidade visual. Um dos principais objetivos da ferramenta de integrar equipes, humanizar os processos e desenvolver experiência social dentro das corporações, melhor define-se pelo conceito de colaborativo. Alinhado a isso, um norteador muito próximo, que também agrega cocriação de times com liberdade criativa, pensamento disrupitivo e descoberta de novas práticas, é o conceito de transformação. Os dois conceitos principais, junto às diretrizes definidas anteriormente, servirão de orientadores para as próximas etapas projetuais, começando com um maior aprofundamento e compreensão dos seus significados com a construção de moodboards referenciais e inspiracionais.
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Os painéis a seguir têm o intuito de traduzir, de maneira visual, os conceitos de maneira mais clara e inspiracional, contribuindo com o processo de construção da marca. Os conceitos colaborativo e transformação são referenciados com diferentes estímulos visuais, fortalecendo seus significados e sua relação com as demais diretrizes de projeto.
Moodboards conceituais: Colaborarivo + Transformação
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Estudos manuais Os primeiros estudos manuais de construção da marca, como mostra a figura ao lado, tentam traduzir os conceitos e diretrizes definidos anteriormente, desenhando sĂmbolos que representem, da melhor maneira possĂvel, o modelo do canvas da ferramenta.
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Os primeiros desenhos demonstram alguns traços que funcionam, demonstrando conexão, unidade e movimento à forma. A figura à direira, apresenta outros símbolos que procuram uma linha funcional diferente, utilizando formas mais geométricas, tentando refletir conexão entre diferentes elementos. Alguns desenhos utilizam formas mais livres, tentando representar um “d” e um “i”, o que acaba distanciando-se dos conceitos pretendidos.
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A figura à direita dá seguimento à algumas linhas de pensamento trabalhando mais fortemente as conexões entre diferentes formas. Neste sentido, procura-se compilar as principais opções dos estudos manuais, para evoluir sua composição, com testes de símbolo, tipografia e cor, em estudos digitais.
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Estudos digitais: Símbolo Os primeiros estudos de símbolo apresentam uma linha mais simples de remete a uma caixa aberta, tentando fazer conexão e se relacionar com o significado da ferramenta de estudo. Contudo, observa-se que esta linha gráfica é frágil, não inovadora e até mesmo repetitiva. As tipografias utilizadas sevem apenas como auxiliar de análise da composição, tendo seu estudo aprofundado mais a frente do projeto. Percebe-se uma composição visual agradável nas opções apresentadas na figura a seguir, com uma personalidade de marca aberta a possíveis e interessantes aplicações.
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A figura à direira apresenta estudos com a utilização de elementos conectivos, que unidos, formam um elemento único que denotam percepções diferentes em sua composição. A busca por um elemento representativo para o nome – procurando trabalhar as siglas “D” e “I” – e a utilização dos cinco elementos do canvas como conector desta forma, resultaram opções interessantes, mas que visualmente não funcionam, ou até mesmo não representam adequadamente uma solução de marca coerente para a ferramenta. Alguns desenhos acabam sendo interpretados como uma letra “N” ou até mesmo um “K”, perdendo completamente o sentido de criar um fonograma. Outro aspecto negativo é a falta de simetria, exagero nas linhas e falta de equilíbrio em algumas soluções.
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Com intuito de aprofundar os conceitos e diretrizes definidos anteriormente, um brainstorm foi feito para determinar uma linha de pensamento mais clara e concisa com estudos gráficos mais direcionados. A primeira figura ao lado demonstra um diagrama de palavras que melhor definem um caminho a ser tomado. Os conceitos principais foram decupados até chegar em determinadas palavras-chave para criar um moodboard como referência. Com as palavras composição, fórmula e química – que dão um direcionamento mais específico aos conceitos principais – foi criado um moodboard de referências visuais ligados a essas palavras.
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As formulas químicas apresentam conexões entre vários elementos, que no todo, resultam em uma única forma ou conjunto de formas. São as reações químicas, realizadas pelo encontro destes elementos, ou até mesmo moléculas (elementos diferentes) que fazem com que o cérebro humano pense, tome decisões, solucione-as e encontre alternativas diferentes. Este direcionamento relaciona-se muito bem com o objetivo principal da ferramenta, de solucionar desafios de negócio com a inteligência e colaboração de equipes de pessoas, transformando toda corporação em uma entidade mais inovadora. Com este aprofundamento conceitual, o estudo em cima de uma linha gráfica, já desenhada nos estudos manuais, foi aprofundado e melhor estruturado no estudos digitais apresentados na figura ao lado.
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Os desenhos propostos começam a ganhar uma personalidade de marca e projetando uma identidade visual interessante. Além de se enquadrarem nos conceitos e norteadores definidos anteriormente, fazem total sentido na relação com o método proposto pela ferramenta Designnovation, onde o canvas apresenta cinco elementos em sequência, dando sentido e significado, como melhor explica a figura . A lógica de sequência do método, representado pelo canvas, tem sentido maior quando colocado na forma do novo símbolo proposto, onde existe um desafio, sua compreensão entra para uma etapa de criação/ideação, seguida da prototipação/arquitetura de soluções até chegar em um resultado ideal para o problema exposto. Apesar do símbolo apresentar subjetivamente esta lógica, serão suas aplicações e representações que trarão maior compreensão para os usuários da ferramenta.
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Para obter um símbolo melhor composto, suas proporções foram estudadas em cima das leis da Gestalt, utilizando a proporção áurea para melhor construir a composição do símbolo, com as dimensões dos elementos buscando unidade e continuidade. A figura a seguir, apresenta este estudo. A projeção em diagonal fortalece o movimento do símbolo, sua ordem e continuidade, trazendo maior equilíbrio à composição, visto não possuir uma forma simétrica no todo. “Semelhança e proximidade são dois fatores que, além de concorrerem para a formação de unidades, concorrem também para promoverem a unificação do todo, daquilo que é visto, no sentido da harmonia, ordem e equilíbrio visual” (GOMES, 2004, p. 35).
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Estudos digitais: Tipografia O estudo de tipografia é muito importante para, junto ao símbolo, criar uma identidade visual consistente e com personalidade, criando sinergia entre os elementos. Foram testadas diferentes fontes, compostas junto ao símbolo, para melhor visualizar e compreender sua composição visual, buscando a mais adequada, considerando os conceitos, o propósito e aplicações da ferramenta, bem como sua legibilidade. A figura ao lado apresenta algumas fontes em caixa-baixa para análise e seleção.
legibilidade e, junto ao símbolo, comunicam de maneira clara alguns conceitos e premissas pretendidos nesta identidade. Por se tratar de uma ferramenta muito ligada a negócios, uma fonte com serifa transmite mais seriedade e confiabilidade, além de trazer um tom mais didático, o que as demais opções não retratam de maneira clara, ou até mesmo, remetem ao lado mais fun, confundindo o real objetivo da ferramenta.
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Percebe-se que as tipografias mais arredondadas (1 e 11) não funcionam bem, visto o símbolo já utilizar formas circulares, deixando a composição com uma personalidade fraca e até mesmo visualmente repetitiva. As mais condensadas (2, 4 e 9), não se comunicam com o símbolo e quando reduzidas perdem sua legibilidade. Além disso, a opção 4, apresenta uma fonte light, criando um contraste muito grande entre tipografia e símbolo. As fontes com serifa (5 e 6) apresentam maior personalidade,
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Algumas fontes foram testas em caixa-alta e as percepções foram praticamente as mesmas. Contudo, o impacto na composição acaba sendo maior, criando, também, uma hierarquia diferente quando aplicadas em caixa-baixa.
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As fontes com serifa foram escolhidas para testes mais aprofundados. Das opções em caixa-baixa, a fonte Patua One, foi a que melhor funcionou na composição. Como mostra a figura à direira, suas aplicações em fundo escuro, linhas, reduções e nas versões vertical e horizontal, apresentam boa legibilidade e se comunicam bem com o símbolo, não disputando espaço na composição.
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Já das fontes utilizadas em caixa-alta, a que mais se adequou a composição, foi a fonte akaChen, comunicando-se bem com o símbolo, visto seu corpo ser mais “bold” que a outra opção com serifa, criando maior unidade junto ao símbolo que por suas dimensões não funciona bem com tipografias muito largas e finas. As aplicações da figura ao lado melhor exemplificam estas análises.
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Ambas as opções serão levadas adiante no projeto, sendo definida uma opção final junto aos testes de cor e composição, melhor compreendendo seus comportamentos com todas as características de marca decididas. Para a tipografia de apoio, que será utilizada nas aplicações gráficas caracterizando as informações textuais, foi definida uma fonte próxima e que segue o mesmo estilo das duas pré-definidas para a marca. A fonte Aleo é adequada pra este tipo de aplicação visto possuir uma família mais completa com opções de corpo em light, regular e bold.
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Estudos manuais: Cor Os estudo de cor é muito importante para caracterizar a marca com os significados pertinentes aos conceitos definidos. Por se tratar de uma ferramenta de criação colaborativa, foi definido uma paleta de cores quentes para testes iniciais, tendo em vista os conceitos definidos anteriormente e os moodboards inspiracionais apresentados. Os tons das duas últimas opções, demonstram fraqueza ao símbolo, o que não acontece nos primeiros tons de vermelho e laranja, causando um maior impacto visual. Segundo infográfico analisado no Viver de Blog (2013), 84,7% dos consumidores consideram a cor mais importante que outros fatores ao optar por um produto, além disso, as cores podem melhorar em 73% a compreensão. Farina (2008) define o vermelho como a cor mais estimulante, motivadora e que inspira à criatividade. Tendo sua percepção mais rapidamente compreendida.
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Dessa maneira, foi escolhida a cor vermelha para melhor explorar suas variações. Os testes da figura a seguir procuram buscar uma relação maior entre cor e forma utilizando gradiente e sobreposições. Percebe-se que as opções de baixo, que apresentam sobreposições de tons, utilizando a mesma forma dos elementos do símbolo, contribuem para uma marca mais consistente, fortalecendo as características de unidade e continuidade. As primeiras opções funcionam, porém deixam o símbolo com aspecto mais estático, bem como os teste anteriores com cores sólidas. Além disso, o gradiente e a sobreposição de círculos dentro da forma criam um nuance entre forma e cor, o que fortalece o conceito de transformação, entre outras diretrizes definidas anteriormente.
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A figura a seguir mostra a construção desse desenho de círculos, formando o resultado com gradiente e sobreposições. Este gradiente com sobreposições da forma abre espaço para a utilização de um padrão de textura a ser aplicado nas peças gráficas que terão seu estudo mais a frente neste projeto. Desta maneira, se cria uma melhor percepção visual, uma associação mais rápida e melhor compreensão ao contato com as diferentes e possíveis aplicações que compõem esta identidade visual.
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O uso da tipografia em preto dá maior clareza de leitura, além de contrastar melhor com o símbolo. Em outras opções, pode-se aplicar no mesmo tom de vermelho ou, até mesmo, em branco quando utilizado fundos mais escuros. A figura abaixo ilustra essas aplicações.
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Dessa maneira, foi escolhida a cor vermelha para melhor explorar suas variações. Os testes da figura a seguir procuram buscar uma relação maior entre cor e forma utilizando gradiente e sobreposições. Percebe-se que as opções de baixo, que apresentam sobreposições de tons, utilizando a mesma forma dos elementos do símbolo, contribuem para uma marca mais consistente, fortalecendo as características de unidade e continuidade. As primeiras opções funcionam, porém deixam o símbolo com aspecto mais estático, bem como os teste anteriores com cores sólidas. Além disso, o gradiente e a sobreposição de círculos dentro da forma criam um nuance entre forma e cor, o que fortalece o conceito de transformação, entre outras diretrizes definidas anteriormente.
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Material Impresso: Cartão de Visita A primeira aplicação de estudo é o cartão de visita. Apesar de não se tratar de uma marca institucional, a importância de uma cartão com informações de contato em relação a esta ferramenta são importantes para manter o relacionamento com o público.
Lucas Nogueira Design Thinker T: 51 3023 5051 E: lucas.nogueira@simplez.com.br W: designnovation.simplez.com.br
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A figura ao lado apresenta uma opção frente e verso buscando explorar a identidade visual com suas diferentes aplicações. No capítulo experimentação, haverá maior clareza de sua aplicação, visto os testes impressos deste modelo. designnovation toolkit
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Material Impresso: Envelope Carta O envelope de carta utiliza a mesma abordagem do cartão de visita, explorando a marca gráfica e as informações de contato, dessa vez mais genéricas. Não é utilizado o padrão de textura, sendo aplicado na parte interna apenas o padrão cromático definido anteriormente.
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Material Impresso: Papel Carta O modelo de papel carta é proposto para envio de convites, agradecimentos e divulgação da ferramenta. Aplica-se apenas a marca e as informações de contato com a tipografia de apoio definida anteriormente.
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Material Impresso: Case + CD Outra aplicação adequada à ferramenta é o case para CD e adesivo personalizado para impressão na própria mídia. Este aplicativo é proposto para utilização na entrega de materiais didáticos relacionados à ferramenta e até mesmo, futuramente, softwares produzidos para a marca.
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Material Impresso: Pasta Neste mesmo sentido, ĂŠ proposta uma pasta para o armazenamento de documentos e outros possĂveis aplicativos impressos, como ilustra a figura ao lado.
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As peças gráficas serão melhor estudadas e ajustadas nos capítulos de experimentação e modelo, testando tamanho, cor e formato com os protótipos analisados.
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Material digital O objetivo deste projeto é o desenvolvimento de uma identidade visual, contudo, em desenvolvimento paralelo, alguns futuros aplicativos da ferramenta Designnovaiton já estão sendo prototipados pela Simplez como, por exemplo, um aplicativo para gadgets (smartphones e tablets). Este aplicativo da ferramenta propõe uma rede social onde vários gestores tem acesso a uma biblioteca de tradicionais desafios de negócio e métodos de Design Thinking para a solução dos mesmos. Os métodos estão divididos em cinco etapas seguindo o modelo do canvas citado anteriormente: Desafio; Escutar; Gerar; Arquitetar; e Solução. O aplicativo, além de manter a relação social e o compartilhamento de informação entre os participantes, procura utilizar práticas de gamefication, ou seja, estimula a competição com engajamento dos participantes apresentando sua pontuação, seu nível e suas badges. Cada etapa é composta por diversos métodos e para que se conclua cada etapa do canvas e siga para a seguinte, deve-se completar no mínimo dez ações, onde apresentam diferentes abordagens e didáticas de atividade – algumas necessitando a aprovação ou avaliação da rede de participantes. Foi coletado junto à empresa materiais com rafes e wireframes propostos para as páginas deste aplicativo. Desta maneira, foram analisadas estas telas e desenvolvida uma primeira versão do que pode ser o design desta interface já utilizando os elementos gráficos da identidade visual. A figura a seguir demonstra estes wireframes.
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Ícones de apoio Junto a isso, a Simplez desenvolveu internamente um banco de ícones (pictogramas) para serem aplicados às ações, métodos e elementos do canvas da ferramenta, além de servir como apoio e associar diretamente à nova identidade visual para melhor interpretação do seu conteúdo.
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Material Digital: App
Tempo: 20/30’ min
Dificuldade:
Participantes: 3à5
Lucas Nogueira Gestor de Design
NOVA GESTÃO DE TI
designnovation toolkit ENGAJAMENTO DE FUNCIONÁRIOS
NOVOS PRODUTOS
Qual o seu desaÞo de neg—cio?
STORYTELLING
100%
100%
10%
Desafio
Escutar
Gerar
Arquitetar
10%
Resultado
Em cima destes materiais internos da empresa é proposta a solução mostrada na figura à esquerda. Manteve-se a diagramação proposta dos elementos e informações criando uma primeira proposta com os elementos da identidade visual da ferramenta.
Storytelling Trata-se de um painel com três categorias: certezas, suposições e dúvidas sobre o desafio. Alinhar o conhecimento da equipe sobre o desafio durante todo o projeto.
SUSTENTABILIDADE
Arquitetar
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Materiais e Tecnologia
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Por se tratar de uma ferramenta com propósito de ser aplicada em diferentes plataformas, será realizado um estudo básico dos materiais e processos conforme alguns destes aplicativos. O primeiro material proposto pelo cliente, é uma apostila, que pode ser produzida com impressão offset. Este tipo de impressão é o método principal de impressão de grandes tiragens, é um processo planográfico proveniente pela repulsão entre água e gordura, onde a impressão ocorre indiretamente com a tinta passando por um cilindro intermediário somente atingindo a superfície ao final do processo (WIKIPEDIA, 2013). Esta técnica de impressão pode ser aplicada, também, aos materiais de divulgação e até mesmo na produção do kit de cartas, onde haverá, dependendo do seu projeto, o uso de facas de corte e utilização de um material diferente, podendo em alguns casos utilizar verniz localizado.
Neste mesmo sentido, o uso do papel varia conforme a aplicação. É recomendado o uso de Couchê 230g para os materiais de divulgação, envolvendo pastas, case para CD e cartões. Já para outros materiais com intuito de serem usados como brinde, como, por exemplo, bloco de notas e/ou cadernos, recomenda-se o uso de papel offset 180g no miolo e uma capa mais resistente podendo utilizar Couchê 300g com prolam fosco, o que pode ser usado no modelo de apostila proposto. Para as aplicações digitais pretendidas, de hotsite e aplicativo mobile, será necessário o uso de programação para implementação dos mesmos. A Simplez, conta com uma equipe de desenvolvedores com as competências necessárias para estes projetos. O layout e demais estudos de design destas aplicações podem ser feitas nas ferramentas Adobe Illustrator e Adobe Photoshop, auxiliando na criação dos projetos digitais.
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Experimentação A experimentação auxilia na compreensão das aplicações da marca, testando peças gráficas e analisando seu comportamento, levando em conta as questões estéticas e a legibilidade do seu conteúdo. A etapa de verificação foi efetuada em paralelo a esta, alinhando as duas percepções para melhor formatar a marca em suas aplicações.
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Foram escolhidas quatro peças para testes impressos: cartão de visita; envelope para CD; papel carta; e a pasta. A figura abaixo mostra os testes com o cartão de visita. As proporções dos elementos ficaram bem posicionadas no cartão, porém a marca aplicada à direita apresentou um certo desequilíbrio em sua forma. O envelope de CD também obteve a mesma percepção, elementos bem colocados, mas com a marca desequilibrada.
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Estudos manuais: Cor O teste com papel carta foi importante para se perceber a utilização de textos e a diagramação em um material impresso. Além disso, também notou-se que a marca não funciona bem aplicada justificada à direita, como já citado nos testes anteriores. A figura ao lado demonstra estas análises.
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Por fim, o último experimento foi realizado com a proposta de pasta. O padrão vermelho mostrou-se bem aplicado, dando maior destaque para a peça e criando um contraste com as outras aplicações.
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Os testes mostraram que as aplicações funcionam bem e que seus elementos estão bem diagramados. Alguns detalhes serão ajustados na etapa modelo, como acabamentos de impressão. A marca também precisa de ajustes, visto que não só foi percebido nestes testes, como também na verificação, um certo desequilíbrio entre os elementos. Neste caso, ficou claro nas impressões que a marca não funciona bem aplicada nas extremidades das aplicações. A figura à direita demonstra três possibilidade de assinatura visual, aplicada em um grid de construção. Percebe-se que a opção proposta tende a centralizar os objetos na composição, porém, o leve desvio à direita faz com que se perceba um certo desequilíbrio na forma. Da mesma maneira, a última figura dispõe-se alinhada quase totalmente à direita, o que torna toda composição desequilibrada considerando a extensão da palavra “designnovation”. A opção do centro, propõe um posicionamento mais adequado, procurando maior equilíbrio, considerando a proporção dos três elementos e o peso que o símbolo exerce sobre a tipografia. Fora isso, soluciona sua aplicação nos modelos propostos, visto que com a composição mais centralizada não funcionava de maneira adequada aplicada às margens dos modelos.
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Modelo Com essa nova assinatura visual e os ajustes percebidos na experimentação e verificação, as versões finais propostas seguem nesta etapa para ilustrar as aplicações pretendidas pela identidade visual.
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Modelo: Cartão de Visita O Cartão de visita sofreu apenas alterações na aplicação da nova opção de assinatura e no acabamento, com cantos arredondados.
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Modelo: Papel Carta O papel carta, mostrou-se adequado em sua versão impressa, sofrendo, também, apenas ajustes com a marca gráfica alterada e no seu acabamento, optando por cantos arredondados assim como no cartão de visita, procurando unidade nas aplicações.
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Modelo: Envelope de carta O envelope de carta mantĂŠm a mesma ideia e se assemelha ao cartĂŁo de visita, utilizando grafismos circulares em uma das faces.
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Modelo: Envelope e CD O envelope para CD e o próprio CD foram corrigidos apenas a marca aplicada.
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Modelo: Pasta Jå na pasta optou-se por uma faca diferenciada, utilizando um recorte especial na lateral para facilitar a abertura. O acabamento com cantos arredondados tambÊm foi definido, procurando alinhar-se com as outras peças propostas.
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Modelo: Envelope e CD Por fim, é proposto um modelo de moleskine, tanto para uso de escritório, como para um material “brinde” para divulgar a marca junto ao segmento-alvo. A figura à esquerda ilustra este modelo onde foi aplicado apenas o símbolo da marca, o que agradou esteticamente na aplicação e visa um fortalecimento deste desenho gráfico. O capítulo a seguir mostra algumas das percepções já definidas nos modelos acima. A verificação é muito importante para entender a percepção do segmento-alvo.
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Verificação Na verificação serão validadas, com o segmento-alvo, as opções pretendidas como possíveis soluções finais. O autor considerou mais pertinente realizar esta etapa em paralelo com a experimentação, resultando os ajustes e correções aplicados anteriormente no capítulo modelo, desta maneira as percepções de materiais e técnicas são alinhadas às percepções do segmento-alvo.
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Uma pesquisa foi elaborada visando compreender a interpretação do público, composto por gerentes de projeto, diretores de marketing e gestores de diversas áreas de grandes corporações da região sul e sudeste do Brasil, para com as marcas propostas para a identidade da ferramenta Designnovation Toolkit. A figura ao lado mostra o questionário com as perguntas pertinentes a este projeto formatada na ferramenta online Typeform, facilitando a acessibilidade do público em questão. Esta pesquisa foi realizada ao mesmo tempo que o autor realizava as etapas de experimentação e modelo, procurando agregar tanto as percepções técnicas como as do segmento-alvo.
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Três marcas foram selecionadas para serem avaliadas pelo segmento-alvo. As duas opções (2 e 3) trabalhadas mais a fundo no capítulo criatividade, bem como a primeira opção desenhada neste mesmo capitulo, visando comparar os caminhos tomados e compreender a percepção dos seus conceitos pelo futuro consumidor. Dez pessoas foram selecionadas para responder de forma qualitativa a pesquisa, englobando atuais e possíveis futuros clientes. Nove pessoas responderam todas as questões propostas no questionário. As questões objetivas relacionadas ao conhecimento da empresa Simplez, o método Design Thinking e a importância de desenvolver cultura de inovação foram 100% respondidas como sim pelos respondentes, como mostra o resultado na figura a seguir.
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Em relação ao interesse em produtos e serviços relacionados com Design Thinking, apenas um respondente optou por não possuir interesse. Nas perguntas gerais subjetivas, quando questionados a citarem uma palavra relacionada a Design Thinking as palavras mais citadas foram: método, empatia e criação. Já quando a pergunta foi em relação a ferramentas e métodos de Design Thinking conhecidos, dois respondentes citaram nenhuma e os outros tiveram respostas variadas: HCD da IDEO, Service Safari, Design Research, Matriz CSD e, com três respostas, Mapa de empatia.
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Nas perguntas específicas de cada marca, foram apresentados 16 conceitos para analisar a percepção dos respondentes, que poderiam assinalar quantas opções achassem pertinentes. Os conceitos, da primeira opção de marca, mais assinalados (Figura 127) foram: Descoberta, Criatividade, Equilíbrio, Transformação e Conhecimento.
Dos conceitos selecionados para a segunda opção de marca destacaram-se: Transformação, Conexão, Criatividade, Experiência e Social. Conceitos esses que se encaixam aos norteadores e diretrizes buscados por esse projeto.
A terceira e ultima opção de marca, recebeu como principais conceitos: Impacto, Crescimento, Transformação, Conexão e Conhecimento.
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Nota-se que os conceitos de Descoberta, Transformação e Impacto, não foram assinalados por apenas um respondente, respectivamente para as opções 1, 2 e 3. Com a grande maioria dos respondentes obtendo a mesma percepção, conclui-se que as três opções possuem personalidades específicas com conceitos bem definidos. Questões qualitativas de 1 a 5 foram feitas para esclarecer a percepção dos respondentes para fatores relacionados a: cor; tipografia; intenção de compra/uso; e aprovação do resultado final. A figura a seguir mostra a média de resultado das respostas, considerando 1 como reprovação e 5 como aprovação.
Cor adequada?
3.33
4.56
4.22
Tipografia adequada?
3.89
4.33
2.33
Compraria/ Utiliziaria?
3.22
4.22
2.89
Gostou dessa marca?
3.33
4.11
2.56
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A opção 1 teve um resultado equiparado entre as quatro perguntas, com uma média ruim e não sendo considerada adequada nos fatores questionados. Quando perguntados qual fraqueza e ou mudança faria na marca, os respondentes citaram, em grande maioria, o uso a cor e a fragilidade do símbolo, sendo considerado “infantil”. Além disso, a tipografia foi entendida como inadequada dificultando sua legibilidade e não se comunicando bem com o símbolo. A opção 2 foi a preferida entre os respondentes, com sua média acima de 4 para todas as quatro respostas. Além disso, a questão sobre a fraqueza percebida ou recomendação de mudança, recebeu seis respostas “nenhuma”, um respondente não gostou da tipografia e dois consideram a composição um pouco desequilibrada. Por fim, a opção 3 teve um bom resultado no fator cor, porém teve sua média muito baixa nas outras respostas, muito em função de sua tipografia, onde na questão subjetiva teve relatos como “fonte pesada”, “fonte muito dura e disputando com o desenho”, “tipografia está agressiva”. Todos os nove respondentes criticaram a tipografia desta opção.
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A última questão, abordou qual das marcas o respondente prefere. A opção 2 obteve 78% (7 respondentes) da preferência. Conclui-se que a opção 2 teve o melhor feedback, tendo sua relação com os conceitos já predeterminados anteriormente no projeto, seus elementos de marca bem qualificados e preferência em relação às outras opções propostas. Algumas percepções relacionadas ao posicionamento dos elementos já foram consideradas anteriormente na etapa de experimentação e corrigidas nos modelos. O capítulo a seguir mostra o resultado final destes ajustes acompanhado de suas especificações técnicas.
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Desenho de Construção
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Nesta etapa, são apresentados as especificações técnicas da marca, sua composição gráfica, sua correta utilização e os dados de produção gráfica para as aplicações definidas. Estes dados são encontrados em seu manual de identidade visual. As assinaturas finais definidas são apresentadas na figuraao lado, tanto sua versão principal de aplicação, como a alternativa ao padrão/textura vermelho definido.
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20% 40% 60% 80%
20% 40% 60% 80%
20% 40% 60% 80%
20% 40% 60% 80%
R 212 / G 59 / B 36
R 203 / G 81 / B 65
R 222 / G 94 / B 56
R 50 / G 50 / B 50
Web #d43b24
Web #cb5141
Web #de5e38
Web #323232
C 18 / M 92 / Y 90 / K 0
C 24 / M 85 / Y 77 / K 0
C 14 / M 81 / Y 82 / K 0
C 81 / M 78 / Y 69 / K 43
L 49 / a 59 / b 50
L 51 / a 49 / b 35
L 57 / a 50 / b 47
L 21 / a 0 / b 0
Pantone 7597C
Pantone 7619C
Pantone 7579C
Pantone 447C
A figura ao lado ilustra as diferentes cores e seus determinados padrões cromáticos, informando seus códigos de aplicação para diferentes mídias e plataformas. Sugere-se uma opacidade mínima de 20% para não se perder a legibilidade e nem as características principais da identidade. Os três primeiros tons de vermelho também definem o gradiente aplicado no símbolo da marca.
96 | Designnovation Toolkit
Aa ABCDEFGHIKLMNOPQRSTUVWXYZ abcdefghiklmnopqrstuvwxyz 01234567890!@£$%
A tipografia principal utilizada é a Patua One, como mostra a figura à esquerda. Não se deve substituir ou alterar a tipografia principal. Manter suas características e espaçamentos é muito importante para formatar uma identidade sólida e bem compreendida.
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Foi definida uma tipografia de apoio para sua utilização em aplicações e outros materiais relacionados à marca. A Aleo é uma família de três fontes (Bold, Regular e Light) que agrega maior valor para as aplicações, tendo características muito próximas da principal e por ter flexibilidade nos estilos de aplicação.
Bold
Aa
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ abcdefghijklmnopqrstuvwxyz 0123456789
Regular
Aa
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ abcdefghijklmnopqrstuvwxyz 0123456789
Light
Aa
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ abcdefghijklmnopqrstuvwxyz 0123456789
98 | Designnovation Toolkit
8mm
10mm
Para segurança de sua legibilidade e entendimento, a assinatura visual não deve ser aplicada menor do que 10mm (material impresso) ou 10px (material digital). Para tamanhos menores sugere-se a utilização apenas do símbolo, procurando não redimensioná-lo menor que 8mm impresso e 8px digital. A figura ao lado ilustra esse limite de redução.
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Para manter seus elementos em composição e não perder sua hierarquia de informação, foi definido uma malha (grid) de construção, tendo pelo elemento circular em destaque a referência de dimensão dos quadros e a posição relativa neste grid.
100 | Designnovation Toolkit
O resguardo visual protege a interpretação dos elementos da marca de interferências visuais, mantendo clareza em sua legibilidade e evitando que outros elementos atrapalhem sua compreensão. A marca deve sempre estar protegida por esta área imaginária definida pelas dimensões do elemento circular médio do símbolo.
designnovation d n toolkit olk olk
Projeto Manual de Graduação de Identidade em Design Visual | 101
A
O usos adequados definem as possíveis maneiras de se aplicar a marca, levando em consideração diferentes mídias, tanto digitais quanto impressas, que a marca pode ser aplicada. As aplicações possíveis são:
B
designnovation toolkit C
A. Outline (em linhas); B. Escala de Cinza; C. Positivo P&B; D. Negativo P&B; E. Monocromático; F. Fundo preto;
D
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F
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102 | Designnovation Toolkit
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A
B
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designnovation toolkit C
D
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designnovation toolkit E
Da mesma maneira, são definidos usos indevidos, visando não alterar suas características visuais, perdendo unidade, harmonia e legibilidade da composição Os usos indevidos são: A. B. C. D. E. F.
Não reposicionar os elementos dentro da composição. Não rotacionar a marca. Não alterar sua tipografia padrão. Não redimensionar orizontalmente ou verticalmente a marca. Não aplicar em fundos que prejudiquem sua legibilidade. Não utilizar efeitos.
F
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Cartão de Visita
As aplicações são abaixo fortalecem a identidade visual da marca visando uma melhor percepção e relacionamento com o segmento-alvo da ferramenta Designnovation Toolkit:
Papel Carta
Cartão de Visita 4x4 / 90x50mm / Couché 300g / Prolam / Cantos arredondados Aplicações/Papelaria/dt_cartao-visita.eps Moleskine: 4x0 / 80x130x8mm / Capa Kraft reciclado 420g Guardas Kraft 125g / Miolo 128pgs 100% reciclado 75g Elástico para fechamento / Cantos arredondados Aplicações/Papelaria/dt_moleskine.eps Papel Carta 4x0 / 216x279mm / Sulfite 75g / Cantos arredondados Aplicações/Papelaria/dt_papel-carta.eps Pasta 4x0 / 315x460mm / Supremo 300g / Prolam Bolsa com corte para cartão / Faca especial Aplicações/Papelaria/dt_pasta.eps Adesivo para CD 4x0 / 11x11mm / Vinil adesivo Aplicações/Papelaria/dt_adesivo-CD.eps Envelope para CD 4x4 / 13x13mm / Supremo 250g Aplicações/Papelaria/dt_envelope-CD.eps Envelope Carta 4x4 / 229x114mm / Off-set 90g Aplicações/Papelaria/dt_envelope-carta.eps
104 104| Designnovation | Designnovation Toolkit Toolkit
Moleskine
Pasta Adesivo para CD
Envelope Carta
Envelope para CD
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Solução Final
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Esta última etapa mostra o resultado final do desenvolvimento realizado nas etapas do método de Munari, baseados nos estudo de mercado e da empresa, explorados dentro do plano de marketing da Simplez, e a coleta de informações e conteúdo de referência, presentes na fundamentação teórica. Desta maneira, chega-se a um resultado adequado e assertivo à identidade visual da ferramenta Designnovation Toolkit, considerando todos seus elementos como cores, tipografias, símbolo e aplicações, que, norteados pelos principais conceitos definidos como colaborativo e transformação, não só caracterizam a identidade visual, como também fazem parte da imagem que a ferramenta de Design Thinking da Simplez procura atingir, com seus métodos e práticas, ao seu segmento-alvo. A figura ao lado demonstra a solução final com as duas assinaturas visuais da marca.
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Considerações Finais O principal objetivo deste trabalho visou desenvolver uma identidade visual para uma ferramenta de Design Thinking guiado pelo método de Bruno Munari. O Designnovation Toolkit da Simplez é uma oportunidade real de negócio para a empresa, já sendo utilizada como uma metodologia interna que despertou o interesse dos seus atuais clientes e, como identificado no seu plano de marketing, uma oportunidade presente no mercado, fomentando cultura de inovação e engajando colaboradores a solucionar desafios de negócio com os conceitos e práticas de Design Thinking. Para que se acelerasse este projeto como um todo, o desenvolvimento de sua identidade visual tornou-se uma das estratégias da empresa, visando encontrar os principais conceitos para agregar maior valor e percepção à imagem da ferramenta. Com estudos aprofundados de mercado, Design Thinking, branding e elementos de marca, o autor considera ter encontrado as principais referências e, junto à empatia do segmento-alvo, identificado os principais conceitos e diretrizes que nortearam este projeto.
O processo de criação, seguindo as etapas do método definido, trouxe o embasamento necessário para as definições conceituais, baseando-se em suas coletas, análises e no desenvolvimento final da identidade visual. Algumas etapas foram mescladas visando uma melhor compreensão de percepção, tanto técnicas como perceptivas, e resultando em uma melhor solução pra o problema proposto. A solução final encontrada e o projeto de identidade visual finalizado abrem diferentes caminhos para a continuação de diversas e possíveis aplicações, procurando desenvolver uma linha de produtos para atingir o segmento-alvo e transformar o mercado com novas práticas utilizando o potencial e a inteligência colaborativa a seu favor. O aprofundamento teórico e o maior conhecimento no mercado de inovação e nas práticas de Design Thinking, são considerados, pelo autor deste projeto, de extrema importância para sua formação profissional, tratando-se de assuntos de grande interesse e cada vez mais presentes nas competências de um designer e no mercado de trabalho.
Lucas Nogueira Design Thinker T: 51 3023 5051 E: lucas.nogueira@simplez.com.br W: simplez.com.br
Lucas Nogueira Projeto de Graduação em Design - ESPM