Modelagem Digital e Impressão 3D

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Modelagem Digital e Impressão 3D Ana Carolina e Lucía Asis

Centro Universitário Belas Artes de São Paulo



“O seu efeito [dos aromas] é de agitar o traço de antigas memórias no cérebro – retidas em nossa biologia como acontece com outras características vestigiais – e, de uma forma sublime e indireta, revela precisamente o que os perfumes ajudam a mascarar.(...) perfumes subconscientemente proveem uma constante lembrança de que o caminho de ação que um dia eles traçam está agora firmemente e irrevogavelmente sob controle. (...) Os odores (...) diminuem levemente a repressão, libertando parte das emoções, mas nenhum do comportamento. (...) Os aromas inconscientemente revelam aquilo que conscientemente se quer esconder.” (VAN TOLLER; DODD, 1994, tradução livre)

"Its effect [of scents] is to stir the trace of ancient memories in the brain retained in our biology as with other vestigial traits - and, in a sublime and indirect way, reveals precisely what the perfumes helps mask. (...) perfumes subconsciously prove a constant reminder that the path of action and in a way are now firmly and irrevocably under control. (...) The odors (...) slightly lessen repression, releasing part of the emotions, but none of the behavior. (...) The aromas unconsciously reveal what they consciously want to hide. " (VAN TOLLER; DODD, 1994, tradução livre)


A IDEIA THE IDEA


Estudo teórico da planta papoula, aromaterapia e voronoi para criação de uma luminária na impressora 3D. Nosso objeto tem como uma de suas características principais transmitir a sensação de tranquilidade, então escolhemos a planta Papoula (Papaver Somniferum) para ser objeto de nosso estudo por sua história através dos anos. Ela é conhecida como “dormideira”, sendo uma herbácea com forte efeito sedativo que apresenta propriedades alimentares, oleoginosas e medicinais. A parte superior foi desenhada com inspiração nas pétalas da papoula e em seu miolo fica localizada uma lâmpada envolta por um recipiente que recebe um óleo essencial. A lâmpada no miolo da luminária quando acesa aquece o éleo essencial que libera uma fragrância no ambiente, esse processo de aquecimento e inalação é conhecido como aromaterapia. No Brasil a aromaterapia é vista apenas como um tratamento holistico, entretanto ela é famosa e reconhecida mundialmente de acordo com cada povo que dela fez uso. Seu conhecimento durante muito tempo foi transmitido apenas empiricamente, mas com o passar dos anos seus beneficios tem sido comprovados por diversos estudos cintíficos nos países que usam aromaterapia como um tratamento medicinal. Para finalizar, a parte inferior da luminária foi feita com o Diagrama de Voronoi que foi escolhido por possuir caracteristicas matemáticas que se relacionam com a natureza.

Theoretical study of the plant poppy, aromatherapy and voronoi to create a lamp in the 3D printer. Our object has as one of its main characteristics to transmit the sensation of tranquility, so we chose the plant Papoula (Papaver Somniferum) to be object of our study by its history through the years. It is known as "dormideira", being an herbaceous with strong sedative effect that presents alimentary, oleoginosas and medicinal properties. The upper part was designed with inspiration on the petals of the poppy and in its core is located a lamp enveloped by a container that receives an essential oil. The lamp in the center of the luminaire when heated warms the essential oil that releases a fragrance into the environment, this heating and inhalation process is known as aromatherapy. In Brazil aromatherapy is seen only as a holistic treatment, however it is famous and recognized worldwide according to each people who made use of it. His knowledge for a long time has been transmitted only empirically, but over the years its benefits have been proven by several studies cintíficos in countries that use aromatherapy as a medicinal treatment. Finally, the lower part of the luminaire was made with the Voronoi Diagram which was chosen because it possesses mathematical characteristics that relate to nature.


INTRODUÇÃO INTRODUCTION




Aromaterapia é uma parte específica e diferenciada da fitoterapia. A segunda é a utilização de plantas medicinais e seus produtos, enquanto que a primeira é a utilização terapêutica de plantas aromáticas e seus produtos. As plantas aromáticas se destacam das outras plantas por conterem cheiros característicos e sua utilização terapêutica é uma prática milenar que surgiu juntamente com a fitoterapia. Nos primórdios se utilizava a planta aromática em si e, com o desenvolvimento de técnicas de extração, passou-se a utilizar os óleos essenciais, que são óleos pouco viscosos que exalam o cheiro característico da planta aromática de origem. (TISSERAND, 1993; ROSE, 1995; DAVIS, 1996; LAVABRE, 1997; SILVA, 1998; FRANCHOMME; JOLLIOS; PÉNOÉL, 2001; CORAZZA, 2002; LAWLESS, 2002ª, 2002b; SALLÉ, 2004). A aplicação do óleos essenciais podem ser a mesma que dos fitoterápicos, ou seja, por aplicação tópica e via oral, como é usado tradicionalmente. Sua diferença está na via olfativa, onde é somado aos efeitos tradicionais os efeitos específicos do sistema olfativo, também como efeitos farmacológicos (PERRY; PY, 2006). Os conceitos de desenvolvimento da aromaterapia foram acrescentados de acordo com cada um dos inúmeros povos que dela se utilizaram, gerando grande conhecimento empírico. Contudo a comprovação científica não é tão fácil devido a composição bioquímica das plantas, levando assim a uma dependência geográfica e cultural específica de cada local. Portanto esse presente trabalho contempla apenas alguns aspectos tanto psicológicos quanto fisiológicos do uso da aromaterapia no ser humano, permitindo assim, compreender alguns de seus efeitos.

Aromatherapy is a specific and differentiated part of phytotherapy. The second is the use of medicinal plants and it’s products, meanwhile the first is the therapeutic use of aromatic plants and it’s products. Aromatic plants stand from other plants for containing characteristical smells ans it’s therapeutic use is a milenial practice that emerged alongside phytotherapy. In the early days the aromatic plant was used by itself, with the development of extraction techniques, essential oils started being used, which are low viscous oils that exude the characteristic smell of the aromatic plant of origin. (TISSERAND, 1993; ROSE, 1995; DAVIS, 1996; LAVABRE, 1997; SILVA, 1998; FRANCHOMME; JOLLIOS; PÉNOÉL, 2001; CORAZZA, 2002; LAWLESS, 2002ª, 2002b; SALLÉ, 2004). The application of essential oils may be the same as of herbal medicines, which means, apliaction is topically and orally, as traditionally used. Its difference lies in the olfactory pathway, where it is added to the traditional effects of the specific effects of the olfactory system, as well as pharmacological effects (PERRY; PY, 2006). The concepts of the development of aromatherapy were added according to each one of the numerous people that used of it, generating great empirical knowledge. However the scientific proof is not so easy due to the biochemical composition of the plants, thus leading to a geographic and cultural dependence specific to each location. Therefore this present work contemplates only a few aspects both psychological as well as physiological of the use of aromatherapy in the human being, thus allowing, to understand some of its effects.


AROMATERAPIA AROMATHERAPY



O uso das plantas aromáticas terapeuticamente é feito pelo homem desde a pré história, quando ele começou a conhecer melhor as planta a partir de sua passagem de nômade á agricultor. Na idade da pedra lascada o homem começou a extrais óleos graxos dos vegetais por pressão, começando a desenvolver uma aromaterapia rudimentar. Os aborígenes australianos há 40.000 anos atrás fizeram o uso de sua flora nativa, no auxilio á sua adaptação ás condições extremas do ambiente. (FRANCHOMME; JOLLIOS; PÉNOÉL, 2001). Durante escavações arqueológicas no Iraque foi encontrado um esqueleto rodeado de diversos depósitos de ervas, posteriormente ele foi nomeado de Shinadar IV, considerado como um possível líder religioso que possuía conhecimentos botânicos (CORAZZA, 2002). No Pasquistão foi descoberto um alambique que data dessa mesma época (aproxi. 5.000a.C.) e que é considerada a descoberta mais antiga em aromaterapia. (FRANCHOMME; JOLLIOS; PÉNOÉL, 2001; SALLÉ, 2004). Os primeiros países considerados a usar a aromaterapia em larga escala foram o Egito, a China e a Índia. A Índia é com certeza o lugar onde a prática é mais antiga, pois a medicina ayrvédica faz uso de aromaterapia segundo estudos desde 8.000a.C. e também serviu de influência para a atual Medicina Tradicional Chinesa. Contudo esses países não foram responsáveis por um aprofundamento da aromaterapia, pois se concentraram mais no estudo de suas medicinas (ayrvédica e chinesa) (DAVIS, 1996; LAVABRE, 1997). O país que pode ser considerado o berço da aromaterapia pois foi onde ela acabou sendo mais estudada e desenvolvida é o Egito, lá se utilizavam as plantas aromáticas desde 4.000a.C.. Elas eram consideradas manifestações divinas e usadas em rituais , higiene e cosmética (VADIS, 1996; LAVABRE, 1997; CORAZZA, 2002). Segundo relato encontrados em papiros no Egito o principal uso das ervas aromáticas era no ritual de embalsamento (BOCKLEY; EVERSHED, 2001). O apogeu do uso dessas ervas aconteceu durante os tempos de Cleópatra, ela é a figura mais mítica dentro da história do uso dessas plantas.


The use of aromatic plants therapeutically has been done by man since prehistory, when he began to know the plants better from his passage from nomad to farmer. At the age of chipped stone man began to extract fatty oils from vegetables by pressure, beginning to develop a rudimentary aromatherapy. 40,000 years ago australian aborigines made use of their native flora, helping to adapt to extreme environmental conditions. (FRANCHOMME; JOLLIOS; PÉNOÉL, 2001). During archaeological excavations in Iraq a skeleton was found surrounded by several herbal deposits, later it was named as Shinadar IV, considered like a possible religious leader who had botanical knowledge (CORAZZA, 2002). In Pasquistão a still was discovered that dates from the same time (about 5,000a.C.) and is considered the oldest discovery in aromatherapy. (FRANCHOMME; JOLLIOS; PÉNOÉL, 2001; SALLÉ, 2004). The first countries considered to use aromatherapy on a large scale were Egypt, China and India. India is certainly the place where the practice is older, since “ayrvédica” medicine makes use of aromatherapy according to studies from 8,000a.C. And also served as an influence for the current Traditional Chinese Medicine. However, these countries were not responsible for a deepening of aromatherapy, since they concentrated more on the study of their own medicines (“ayrvédica” and Chinese) (DAVIS, 1996; LAVABRE, 1997). The country that can be considered the cradle of aromatherapy because it was where it ended up being more studied and developed is Egypt, there they used aromatic plants since 4000a.C .. They were considered divine manifestations and used in rituals, hygiene and cosmetics (VADIS, 1996; LAVABRE, 1997; CORAZZA, 2002). According to reports found on the papyrus of Egypt the main use of aromatic herbs was in embalming ritual (BOCKLEY; EVERSHED, 2001). The apogee of the use of these herbs happened during the times of Cleopatra, she is the most mythical figure within the history of the use of these plants.


Os mercadores Fenícios foram os primeiros a exportar o conhecimento dos egípcios sobre essas ervas para o mundo. Por meio dos Fenícios, Judeus e outros povos portuários o conhecimento de unguentos e óleos vegetais com técnicas ainda não muito desenvolvidas foi trazido para a Europa, principalmente à Grécia e Roma (CORAZZA, 2002). Os Gregos foram um dos povos que mais absorveram esse conhecimento, e diversos estudiosos chegaram a ir ao Egito para aprofundar seu conhecimento (DAVIS, 1996). Dentro das tradições mais usadas e desenvolvidas pelos gregos consistia em usar os óleos essenciais na forma de banho aromático. Inicialmente eles eram realizados por magos e sacerdotisas com o intuito de curar, mas com o passar do tempo foram se popularizando. Os banhos foram trazidos posteriormente para Roma com a expansão de seu império em 753.a.C. Era de costume incorporar alguns costumes dos povos conquistados, e o uso dos banhos aromáticos foi assim, trazido para Roma. Contudo houve gradativamente uma perda do caráter religioso que ele possuía (TISSERAND, 1993; LAWLESS, 2002a, 2002b; CORAZZA, 2002). Posteriormente com a queda do Império Romano (por volta de 746d.C.) os estudos e escritos dos maiores filósofos dos óleos essenciais foi levado à Constantinopla, havendo então uma profusão desses conhecimentos durante o Império Bizantino, de onde passaram ao mundo árabe, que começou a aprofundá-los (DAVIS, 1996). A Europa se encontrava durante esse período na “Idade das Trevas” com o advento do cristianismo. Todo o conhecimento adquirido até o momento havia se perdido e só começou a ser retomado a partir do séc. IX com as cruzadas, que permitiu o contato novamente entre oriente e ocidente. Junto com as famosas especiarias vinham os produtos aromaterapêuticos (SILVA, 1998; CORAZZA, 2002). Entretanto em pouco tempo foi instalado a Inquisição pela igreja católica, e o uso de plantas aromáticas foi considerado como heresia. Gerando como consequência uma verdadeira “caça às bruxas” ocasionando o assassinato de muitos praticantes de terapias naturais pela Igreja (SILVA, 1998).


The Phoenician merchants were the first to export the knowledge of the Egyptians about these herbs to the world. Through the Phoenicians, Jews and other port peoples, the knowledge of unguents and vegetable oils with techniques not yet very developed was brought to Europe, mainly to Greece and Rome (CORAZZA, 2002). The Greeks were one of the people who most absorbed this knowledge, and several scholars went to Egypt to deepen their knowledge (DAVIS, 1996). Within the traditions most used and developed by the Greeks one consisted in using the essential oils in the form of aromatic bath. Initially they were performed by magicians and priestesses in order to heal, but with the passage of time it became popular. The baths were later brought to Rome with the expansion of its empire in 753 AC It was customary to incorporate some customs of the conquered peoples, and the use of the aromatic baths was then brought to Rome. However, there was a gradual loss of the religious character it possessed (Tisserand, 1993; LaWLESS, 2002a, 2002b; Corazza, 2002). Subsequent to the fall of the Roman Empire (about AD 746), the studies and writings of the greatest philosophers of the essential oils were brought to Constantinople, and there was a profusion of this knowledge during the Byzantine Empire, from where they passed to the Arab world, who began to deepen them (DAVIS, 1996). Europe was during this period in the "Dark Ages" with the advent of Christianity. All the knowledge acquired so far had been lost and only began to be resumed at the 9th century with the Crusades, which allowed the contact again between East and West. Along with the famous spices came the aromatherapy products (SILVA, 1998; CORAZZA, 2002). However, in a short matter of time the Inquisition was installed by the Catholic Church, and the use of aromatic plants was considered heresy. As a consequence, a true "witch-hunt" has resulted in the murder of many natural therapists by the Church (SILVA, 1998).


Somente a partir do séc. XIII a aromaterapia pode surgir novamente com a intensificação do comércio urbano. Houve um declínio do sistema feudal vigente na época permitindo uma nova organização das perfumarias (CORAZZA, 2002). No mesmo momento ocorria no mundo árabe o desenvolvimento de novas técnicas na aromaterapia, sendo criado o destilador pelo médico Avicena. Esse dado é considerado controverso, pois existem dados de achados arqueológicos no Paquistão datados de 3.000a.C. que indicam a existência de um aparelho semelhante ao criado por Avicena para destilar óleos essenciais (LAWLESS, 2002a, 2002b). Entretanto a invenção contribuiu muito para o desenvolvimento da aromaterapia, pois extraia os óleos essenciais com menor alteração de seu valor terapêutico. Sendo até a atualidade o método mais usado pois extrai a “essência” ou “alma da planta”. (CORAZZA, 2002). Com a entrada da Europa no período do Renascimento se iniciaram os estudos em alquimia, possibilitando um aprofundamento nos estudos de aromaterapia (TISSERANDO, 1993; CORAZZA, 2002). Com o passar do tempo o estudo dos alquimistas evoluiu para a cosmética, perfumaria e a medicina, deixando de possuir as conotações religiosas de outrora (TISSERANDO, 1993; LAVABRE, 1997; SILVA, 1998). Isso foi o começo da germinação dos estudos científicos, que começaram a se focar no que hoje chamamos de medicina alopática e farmacoterapia (DAVIS, 1996). Com o conhecimento se ampliando na área da medicina alopática algumas dificuldades foram surgindo, como os efeitos colaterais dos medicamentos, a formação de resistência de microrganismos aos remédios, além do custo elevado na fabricação dos remédios devido aos processos complexos de fabricação. Dificuldades que foram ampliadas durante a I Grerra Mundial, pois, existiam muitos indivíduos necessitando de ajuda naquele momento, e a medicina alopática era cara se tornando inacessível. O jeito era retornar ao estudo de terapias naturais, pois eram baratas e mais acessíveis aos indivíduos.


Only from the 13th century. XIII aromatherapy could rise again with the intensification of urban commerce. There was a decline of the feudal system in force at the time allowing a new organization of the perfumeries (CORAZZA, 2002). At the same time the development of new techniques in aromatherapy took place in the Arab world, being created the distiller by the doctor Avicenna. This data is considered controversial because there are datas from archaeological findings in Pakistan dating back to 3,000 BC that indicate the existence of an apparatus similar to that created by Avicenna to distill essential oils (LAWLESS, 2002a, 2002b). However, the invention has contributed greatly to the development of aromatherapy, since it extracts essential oils with less change in their therapeutic value. Being to this day the most used method because it extracts the "essence" or "plant soul". (CORAZZA, 2002). With the arrival of Europe in the Renaissance period, studies in alchemy began, allowing a deepening of aromatherapy studies (TISSERANDO, 1993; CORAZZA, 2002). Over time, the study of the alchemists evolved into cosmetics, perfumery and medicine, failing to possess the religious connotations of the past (TISSERANDO, 1993; LAVABRE, 1997; SILVA, 1998). This was the beginning of the germination of scientific studies, which began to focus on what we now today called allopathic medicine and pharmacotherapy (DAVIS, 1996). With the knowledge widening in the area of allopathic medicine some difficulties have arisen, such as the side effects of drugs, the formation of resistance of microorganisms to the medicines, besides the high cost in the manufacture of the remedies due to the complex manufacturing processes. Difficulties that were amplified during the First World Grer, because there were many individuals needing help at that moment, and allopathic medicine was expensive becoming inaccessible. The way was to return to the study of natural therapies, as they were cheap and more accessible to individuals.



Foi nesse contexto sociopolítico que a aromaterapia ressurgiu na Europa, com o químico francês René-Maurice Gattefossé. Criador do termo “aromathérapie” que tem o intuito de descrever os aromas como sendo de uso terapêutico, traduzido posteriormente para o português como aromaterapia. Ele foi considerado o pai da aromaterapia, onde seus livros foram responsáveis pelo fundamento científico baseado na utilização médica, farmacológica e olfativa, incluindo os efeitos fisiológicos e psicológicos dos aromas (SCHNAUBELT, 1998a). Inicialmente seus escritos tiveram poucos seguidores científicos, se popularizando como um estudo mais clínico. Portanto os estudos científicos avançaram lentamente, enquanto que os conhecimentos empíricos se aprofundaram rapidamente (SCHNAUBELT, 1998a). Ainda que lentamente a partir de Gattefossé o estudo da aromaterapia cientificamente foi intensificado por toda Europa. Na América o uso de plantas aromáticas foi feito pelos povos Toltecas (séc.IX) e Astecas (séc.XIV), no entanto esses conhecimentos foram perdidos, assim como boa parte dos conhecimentos indígenas de plantas nativas (ROSE, 1995). Por esse motivo a aromaterapia foi pouco difundida nas Américas, sendo considerada de certa forma essencialmente como europeia. Atualmente cada país possui uma visão e abordagem própria sobre o estudo e aplicação dela.

It was in this sociopolitical context that aromatherapy resurfaced in Europe, with the French chemist René-Maurice Gattefossé. Creator of the term "aromathérapie" which aims to describe the aromas as being of therapeutic use, later translated into Portuguese as “aromaterapia”. He was considered the father of aromatherapy, where his books were responsible for the scientific basis based on medical, pharmacological and olfactory use, including the physiological and psychological effects of aromas (Schnaubelt, 1998a). Initially his writings had few scientific followers, becoming popular like a more clinical study. So scientific studies have advanced slowly, while empirical knowledge has grown rapidly (SCHNAUBELT, 1998a). Although slowly from Gattefossé the study of aromatherapy was scientifically intensified throughout Europe. In America, the use of aromatic plants was made by the Toltec peoples (20th century) and Aztecs (14th century), but this knowledge was lost, as well as a good part of indigenous knowledge of native plants (ROSE, 1995). For this reason, aromatherapy was not widespread in the Americas, being considered in a way essentially as European. Currently each country has its own vision and approach on the study and application of it.


AROMATERAPIA NA ATUALIDADE AROMATHERAPY AT THE PRESENT TIME



Atualmente não há um consenso dos estudos quanto às explicações dos efeitos terapêuticos dos óleos essenciais, mas observando os trabalhos científicos que existem atualmente com os óleos essenciais podemos dizer que existem basicamente cinto abordagens à aromaterapia: • Abordagem filosófica (baseada em teorias e filosofias da medicina oriental); • Abordagem psicológica (baseada no conceito de memória olfativa); • Abordagem farmacoquímica (baseada nos conceitos de farmacologia e medicina ocidental); • Abordagem neurológica (baseada nos conceitos de neurologia e neurofisiologia) • Abordagem psiconeuroimunológica (baseada nos conceitos de psiconeuroimunologia). Os óleos essenciais podem ter efeito de duas formas no geral: no sistema olfativo e farmacologicamente no organismo. Como existem essas duas formas de ação, a olfativa e a farmocológica no significado prático, há ou não uma necessidade de utilização da via inalatória. Ou seja, se aromaterapia funciona somente de forma olfativa, somos obrigados a usar a via inalatória, mas se a aromaterapia pode ter efeitos farmacológicos, podemos usar de outras vias como a via oral, via tópica e via ano-retal, lembrando que a via inalatória tem tanto efeito olfativos quanto efeitos farmocológico (PERRY; PERRY, 2006). A utilização dos aromas deve ser exclusivamente de origem vegetal (de diversas partes das plantas), não sendo usados aromas de origem animal, mineral ou humanos. Também há uma necessidade de se utilizar aromas naturais, para que sua complexidade química seja mantida, garantindo assim que não haja alteração de suas propriedades terapêuticas conhecidas empiricamente e comprovadas de forma científica.

Currently there isn’t a consensus of studies regarding the explanations of the therapeutic effects of essential oils, but noting the scientific work currently available with the essential oils we can say that there are basically five approaches to aromatherapy: • Philosophical approach (based on theories and philosophies of Oriental medicine); • Psychological approach (based on the concept of olfactory memory); • Pharmaco-chemical approach (based on concepts of pharmacology and Western medicine); • Neurological approach (based on concepts of neurology and neurophysiology) • Psychoneuroimmunological approach (based on the concepts of psychoneuroimmunology). Essential oils can have an effect in two ways in general: in the olfactory and pharmacological system of the body. As there are these two forms of action, the olfactory and the pharmacological in practical meaning, there is or is not a need to use the inhalation route. That is, if aromatherapy works only olfactory, we are obliged to use the inhalation route, but if aromatherapy can have pharmacological effects, we can use other routes such as the oral route, via topical and via rectal, remembering that the inhalation route has both olfactory and pharmaco- logical effects (PERRY; PERRY, 2006). The use of flavorings should be exclusively of plant origin (from various parts of plants), and no animal, mineral or human flavoring should be used. There is also a need to use natural aromas so that their chemical complexity is maintained, thus ensuring that there is no change in their therapeutically properties known empirically and scientifically proven.



PAPAVER SOMNIFERUM PAPAVER SOMNIFERUM



A papoula, de nome científico Papaver somniferum, uma das muitas espécies da família das Papaveráceas, que se caracteriza por apresentar folhas solitárias e frutos em cápsulas provavelmente evoluiu de uma espécie silvestre nativa da Ásia Menor, ou de uma espécie denominada Papaver setegirum, que crescia nas terras em torno do Mediterrâneo. A evidência mais antiga do cultivo da papoula data de 5.000 anos e foi deixada pelos Sumérios. A papoula é descrita em um ideograma desse povo como planta da alegria, devido à substância ópio que pode ser extraída dela. Também possuía grande prestigio entre os médicos da Grécia antiga. Na mitologia grega ela era relacionada à Hipnos, o Deus do sono e pai de Morpheu – que a tinha como planta favorita e, por isso, era representado com frutos e flores desta planta na mão.

The poppy, scientific name Papaver somniferum, one of the many species of the Papaveráceas family, which is characterized by presenting solitary leaves and fruits in capsules, probably evolved from a wild species native to Minor Asia, or a species called Papaver setegirum, which grew in the lands around the Mediterranean. The earliest evidence of poppy cultivation dates back 5,000 years and was left by the Sumerians. The poppy is described in an ideogram of this people as a plant of joy, due to the opium substance that can be extracted from it. It also had great prestige among the doctors of ancient Greece. In Greek mythology it was related to Hypnos, the sleep god and father of Morpheus - who had it as his favorite plant and, therefore, was represented with fruits and flowers of this plant in his hand.



Segundo a mitologia há também uma relação entre a Deusa grega Nix e a papoula. Deusa das Trevas e filha do Caos, sendo na verdade a mais antiga das divindades ela é representada constantemente com uma coroa de flores de papoula, envolta em um manto negro estrelado e dormindo. Já a Deusa Ceres na mitologia romana foi a responsável por difundir o conhecimento sobre a Papoula, pois era a Deusa Cerialia, responsável pelos grãos comestíveis. Há registros de uso da papoula a mais de 5000 anos A.C., na Mesopotâmia. “O ópio é o suco leitoso, o látex obtido por cortes ou incisões no fruto da Papoula, cujo nome científico é Papaver Somniferum Linné. O ópio contém mais de 20 alcalóides, sendo os mais importantes a morfina (10% no ópio bruto) e a codeína (cerca de 0,5% no ópio bruto).” MURAD, José Elias. DROGAS, O QUE É PRECISO SABER, pág. 33. Os primeiros registros da Dormideira datam 5500 anos. Em Tebas, foram encontrados alguns pergaminhos que descreviam as propriedades analgésicas do ópio. Um papiro em Ebers contém a menção de A. Parot datado de 1550 a.C. onde o ópio era usado para silenciar crianças barulhentas. Há também a existência de tábuas gravadas e datadas de 800 a.C. onde os Assírios descrevem o método usado para extrair o ópio da Papoula. Em “A Odisséia”, obra de Homero (século IX A.C.), o “nepente” dado por Helena de Tróia a Telêmaco para que esse esquecesse as mágoas, dor e desgraça contenha o ópio como princípio ativo. Hipócrates foi um dos primeiros a descrever os seus efeitos medicinais contra diversas enfermidades. Existe uma história que conta que um médico em Roma mais tarde veio a padronizar a preparação do ópio com uma fórmula (o midriato) que era receitado aos gladiadores. O uso do ópio que era extraído da Papoula veio se popularizar na Europa no início do século XVI, contudo com o crescimento da igreja católica seu consumo se tornou cada vez mais restrito..


According to mythology there is also a relationship between the Greek Goddess Nix and the poppy. Goddess of Darkness and daughter of Chaos, being actually the oldest of the deities she is constantly represented with a wreath of poppy flowers, wrapped in a starry black cloak sleeping. But the Goddess Ceres in Roman mythology was responsible for spreading the knowledge about the Poppy, because she was Goddess Cerialia, responsible for the edible grains. There are records of the use of the poppy to more than 5000 years BC, in Mesopotamia. "Opium is the milky juice, the latex obtained by cuts or incisions in the fruit of the Poppy, whose scientific name is Papaver Somniferum Linné. Opium contains more than 20 alkaloids, the most important being morphine (10% in raw opium) and codeine (about 0.5% in raw opium). MURAD, José Elias. DROGAS, O QUE É PRECISO SABER, pág. 33. The first records of the “Dormideira” date 5500 years. In Thebes, some scrolls were found describing the analgesic properties of opium. A papyrus in Ebers contains the mention of A. Parot dating from 1550 BC where opium was used to silence noisy children. There is also the existence of tablets engraved and dated 800 BC, where the Assyrians describe the method used to extract opium from the Poppy. In "The Odyssey", Homer's work (ninth century BC), the "nepente" given by Helen of Troy to Telemachus to forget the sorrows, pain and misery contains opium as an active principle. Hippocrates was one of the first to describe its medicinal effects against various diseases. There is a story that a doctor in Rome later came to standardize the preparation of opium with a formula (the midriate) that was prescribed to gladiators. The use of opium that was extracted from the Poppy came to popularize in Europe in the early sixteenth century, however with the growth of the Catholic church its consumption became increasingly restricted.


Com o tempo e com a expansão das rotas comerciais, o ópio acabou por se tornar uma droga universal. O mundo Ocidental foi ter um contato maior com a disseminação de um concentrado conhecido como láudano, que foi feito pelo famoso alquimista suíço Paracelso. Segundo histórias ele teria o poder de curar muitas doenças e até de rejuvenescer. Então por volta de 1803 um cientista alemão de nome Frederick Sertuener observou que subprodutos da papoula causavam efeitos diversos. Ele acabou por isolar os elementos narcóticos do ópio, obtendo um cristal alcaloide de efeito intenso, a morfina. Além disso, o ópio ainda contém outras substâncias, como a codeína, e é dele também que se obtém a heroína, uma substância semi-sintética, resultado de uma modificação química na fórmula da morfina. Todos os alcalóides do ópio são narcóticos. O maior problema dos opiáceos é o seu poder de provocar dependência. Tanto a morfina, como o seu derivado, a heroína, criam uma euforia de sonhos, seguida de uma sedação associada a uma sensação de bem estar. Entretanto, o uso constante e prolongado leva a um envenenamento crônico que pode causar deterioração física e até a morte.


Over time and with the expansion of trade routes, opium eventually became a universal drug. The Western world was to have greater contact with the spread of a concentrate known as laudanum, which was made by the famous Swiss alchemist Paracelsus. According to stories he would have the power to heal many ailments and even to rejuvenate. Then around 1803 a German scientist by the name of Frederick Sertuener observed that by-products of the poppy caused diverse effects. He eventually isolated the narcotic elements of opium, obtaining an alkaloid crystal of intense effect, the morphine. In addition, opium still contains other substances, such as codeine, and heroin, a semi-synthetic substance, is also obtained from it, resulting from a chemical modification in the morphine formula. All opium alkaloids are narcotics. The biggest problem with opiates is their addictive power. Both morphine and its derivative, heroin, create a dream euphoria, followed by sedation associated with a sense of well-being. However, constant and prolonged use leads to chronic poisoning that can cause physical deterioration and even death.


PAPOULA E SEU USO NA ATUALIDADE POPPY AND ITS CURRENT USE



As sementes de papoula As sementes da papoula dão origem ao ópio, e durante o Império Romano eram amplamente conhecidas por serem adicionas ao vinho e oferecidas àqueles que morreriam na cruz. O fruto proveniente da planta é usado na produção de heroína, codeína e morfina. Atualmente, as sementes são usada na fabricação de pães, pratos assados , saldas e molhos. Propriedades e benefícios Elas são ricas em ferro, fósforo, fibras, tiamina, riboflavina e vitamina B, suas sementes podem ser usadas para, além de dar sabor aos molhos, podem ajudar no tratamento de diarreias, queimaduras, sangramento do nariz, dores de dente e também como afrodisíaco natural. As sementes também auxiliam na redução da absorção de cálcio, usadas como forma de prevenir a formação de pedras no rim. Recomendações e preparo A papoula é recomendada na forma de infusão para combater sintomas de estresse e ansiedade. É também indicada para tosses de coqueluche, asma e bronquites, principalmente para pessoas com as vias aéreas inflamadas. Além disso, quando preparada na forma de infusão, pode ser usada para alívio de dores de dente devido ao efeito analgésico das pétalas. Para preparar a infusão, use uma xícara de água para cada seis ou oito pétalas. O consumo indicado é de até três xícaras por dia. Na forma de salada, as pétalas devem ser colhidas durante a primavera no período da manhã. Basta que sejam bem lavadas e consumidas cruas. O xarope de papoula deve ser preparado com a infusão de 10g de pétalas secas para cada 170 ml de água. Deixe em infusão por cinco minutos, em seguida coe e adicione 340g de açúcar mascavo. Dessa forma, recomenda-se o consumo de duas a quatro colheres de sobremesa antes de dormir.

The poppy’s seeds Poppy seeds give rise to opium, and during the Roman Empire they were widely known to be added to wine and offered to those who would die on the cross. The fruit from the plant is used in the production of heroin, codeine and morphine. Currently, the seeds are used in the manufacture of breads, baked dishes, salda and sauces. Properties and benefits They are rich in iron, phosphorus, fiber, thiamine, riboflavin, and vitamin B, their seeds can be used to flavor sauces, as well as help in the treatment of diarrhea, burns, nose bleeds, and toothaches. Natural aphrodisiac. The seeds also help in reducing the absorption of calcium, used as a way to prevent the formation of stones in the kidney. Recommendations and preparation The poppy is recommended in the form of infusion to combat symptoms of stress and anxiety. It is also indicated for pertussis coughs, asthma and bronchitis, especially for people with inflamed airways. In addition, when prepared as an infusion, it can be used for relief of toothaches due to the analgesic effect of the petals. To prepare the infusion, use one cup of water for each six or eight petals. The indicated consumption is up to three cups per day. In the form of salad, the petals should be harvested during the spring in the morning. It is enough that they are well washed and consumed raw. Poppy syrup should be prepared by infusing 10g of dried petals for each 170ml of water. Let it infuse for five minutes, then strain and add 340g of brown sugar. In this way, it is recommended to consume two to four tablespoons of dessert before bed.



VORONOI VORONOI




Você já ouviu falar no diagrama de Voronoi (Thiessen)? Ele é uma poderosa ferramenta utilizada para resolver problemas que envolvem conceito de proximidade em um plano. O princípio do Diagrama de Voronoi é de que, considerando que em um plano, existem pontos que estão mais próximos de uma fonte geradora do que de outra fonte, o resultado é um polígono de cujas distâncias entre a fonte e ponto são as menores possíveis (MEDEIROS, 2013). Desse modo é possível responder com precisão variadas questões que dizem respeito à proximidade, como por exemplo, qual é a maior região desocupada; qual é o local mais próximo de um dado ponto; qual é o vizinho mais próximo de um local, entre outros.

Have you ever heard of the Voronoi (Thiessen) diagram? It is a powerful tool used to solve problems involving the concept of proximity in a plane. The principle of the Voronoi Diagram is that, considering that in a plane, there are points that are closer to a generating source than to another source, the result is a polygon whose distances between source and point are the smallest possible ( MEDEIROS, 2013). In this way it is possible to answer with precision several questions that concern the proximity, as for example, which is the largest unoccupied region; Which is the nearest place of a given point; Which is the nearest neighbor of a place, among others.


COMO FUNCIONA O DIAGRAMA DE THIESSEN A imagem mostra um diagrama de Thiessen com doze locais (polígonos). Os 7 polígonos externos se estendem infinitamente no plano, e por isso são desenhados como figuras abertas. Cada aresta do diagrama constitui um lugar onde os pontos são equidistantes em relação à dois locais. Os vértices dos polígonos estão ligados a três ou mais arestas, e, portanto são pontos de equidistância entre três ou mais locais. O algorítmo para formação do Diagrama de Voronoi, de acordo com ANAD (2003) funciona da seguinte maneira: • Conectar cada ponto amostral ao seu vizinho mais próximo, através de segmentos de reta; • Construir bissetrizes, formando nos segmentos de retas que conectam os pontos; • Unir todas as bissetrizes nas retas que conectam os pontos; e • Unir retas bissetrizes, formando o polígono que delimitam a área de influência de um ponto amostral. Voronoi na natureza A natureza é um das maiores fontes de inpiração para o diagrama de Voronoi. Esses são alguns doa maiores exemplos do que podemos encontrar:

HOW THIESSEN DIAGRAM WORKS The image shows a Thiessen diagram with twelve locations (polygons). The 7 outer polygons extend infinitely in the plane, and so are drawn as open figures. Each edge of the diagram is a place where the points are equidistant from the two locations. The vertices of the polygons are connected to three or more edges, and therefore are points of equidistance between three or more places. The algorithm for forming the Voronoi Diagram, according to ANAD (2003), works as follows: • Connect each sampling point to its nearest neighbor, via line segments; • Construct bisectors, forming in the segments of lines that connect the points; • Join all the bisectors in the straight lines that connect the points; and • Joining bisect lines, forming the polygon that delimit the area of influence of a sample point. Voronoi in nature The nature is one of the greatest sources of inspiration for the Voronoi diagram. Here are some examples of what we can find:





CASO DE ESTUDO CASE STUDY



“Voronoi é um pavilhão temporário para relaxar no contexto do Kernel Festival 2011, ambientado no parque de Villa Tetoni Travesi Desio, na Itália. O pavilhão aborda o uso da energia solar e fornece configurações para relaxamento e compartilhamento. O pavilhão é feito de quatro sistemas complementares, com base em geometria voronoi: uma grade estrutural, um telhado, uma série de ninhos e dois núcleos. A grade estrutural é uma treliça que atua como a espinha dorsal do pavilhão. Ele suporta o telhado flutuante e os ninhos suspensos. A geometria do telhado é feita de perfis de pvc e tecido, atingindo o máximo em áreas para orientar faces específicas para o sul, equipadas com um painel solar, um microprocessador e uma iluminação de corda led. A vantagem de usar energia solar permite que o telhado se torne uma instalação de iluminação à noite. Os ninhos são almofadas suspensas que fundem o conceito de hamac e camas de dia. Eles ocupam cada uma das células da grade voronoi, são abordados apenas a partir do parque. Pequenas e médias células são ninhos individuais orientados para o parque, grandes células são bancos comuns orientados para um espaço de projeção. Os núcleos formam as células internas do voronoi. Eles são feitos de arranjo vertical de tubos de PVC e formam o espaço de projeção de espaços comuns. O resultado é um arranjo arquitetônico e programático que permite diferentes usos e aparências entre o dia e a noite.”

“Voronoi is a temporary pavilion for relaxation in the context of Kernel Festival 2011, set in the park of Villa Tetoni Travesi Desio, Italy. the pavilion dwells on the use of solar energy, and provides settings for relaxation and sharing. The pavilion is made from four complementary systems, based on a voronoi geometry: a structural grid, a roof, a serie of nests and two cores. The structural grid is a trellis that acts as the backbone of the pavilion. It supports the floating roof and the suspended nests. The roof geometry is made of pvc profiles and fabric, peaking in areas to orient specific faces southward, outfitted with a solar panel, a microprocessor and led rope lighting. The advantage of using solar power allows the roof to become a lighting installation at night. The nests are suspended cushions that fuse the concept of hamac and day beds. They occupy each a cell of the voronoi grid, are approached only from the park. Small and medium cells are individual nests oriented to the park, large cells are communal benches oriented to a projection space. The cores form the inner cells of the voronoi. They are made of vertical arrangement of PVC tubes and form the projection space of communal spaces. The result is an architectural and programmatic arrangement that allows different uses and appearances between day and night.”

http://www.kernelfestival.net





PROTÓTIPO PROTOTYPE




O processo para realização do nosso objeto iniciou com sketches para tentar passar ao papel as ideias que essa pesquisa inspirava. Desde o começo o objetivo era construír uma luminária mas o debate foi feito por conta do design. Utilizando dois desenhos como base dividimos o objeto em duas partes para que uma pessoa experimentásse formas de pétalas e a outra bases para o suporte da luminária. A união foi feito através do programa Rhinoceros 3D para poder visualizar como ficaria uma vez que estivesse totalmente impressa. Com o modelo finalizado inicamos os testes na impressora utilizando o material ABS devido a sua resistência e qualidade. As primeiras pétalas serviram para dar uma sensação de realidade de dimensão e textura. Modelamos uma pétala que teria ramificações onde a luz atravessaría e com a primeira impressão vimos que o que aparecia no programa era muito maior uma vez impresso. A partir disso mudamos algumas vezes o formato e tamanho para que ficasse adquado. Por fim o ultimo passo foi lixar cada uma das peças para retirar vestígios de plástico e para que o acabamento ficasse o melhor possivel. Juntamos as partes utilizando superbonder e montamos o soquete no meio da estrutura para colocar uma lâmpada 220v.

The process for accomplishing our object began with sketches to try to put to paper the ideas that this research inspired. From the beginning the goal was to build a lamp but the debate was made on account of the design. Using two drawings as a base we divided the object into two parts so that one person experimented with petal shapes and the other bases for the fixture support. The union was made through the program Rhinoceros 3D to be able to see how it would look once it was fully printed. With the finished model we started the tests on the printer using the ABS material due to its resistance and quality. The first petals served to give a sense of reality of size and texture. We modeled a petal that would have ramifications where the light would cross and with the first print we saw that what appeared in the program was much bigger once printed. From this we changed the format and size a few times so that it was acquired. Finally the last step was to sanding each of the pieces to remove traces of plastic and so that the finishing was the best possible. We joined the parts using glue and mount the socket in the middle of the structure to place a 220v lamp.




























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