Sumário Introdução
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Resolva o problema, não o sintoma
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Não nutra as emoções que você não quer
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Faça da paz a sua prioridade
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Ponha isso em pratica agora
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Treinamento da mente
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Sobre o autor
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Contatos
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Copyright Autores André Vieira e Adriana Cargnin Copyright © 2015 NetLearn Todos os direitos reservados
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Introdução Este ebook é um ponto de partida para uma jornada transformadora de autoconhecimento, que vai ajudar você a entender melhor o que se passa na sua mente quando você fica ansioso. Vamos despertar um pouco de autoconsciência para saber como surge e principalmente, como lidar com as situações de maneira a evitar o seu próprio sofrimento e das pessoas ao seu redor. Aqui, vamos abordar a ansiedade considerando três áreas de estudo: neurociência, psicologia ocidental e oriental, áreas nas quais estudos recentes tem apresentado resultados mais eficientes. Para lhe acompanhar nessa jornada, você terá a companhia da Dr. Adriana Cargnin, psicóloga especializada em saúde emocional e de André Vieira, estudioso da neurociência e da psicologia oriental. Juntos eles reúnem conhecimentos milenares e ciência moderna para tratar esse assunto tão importante. Você vai conhecer três segredos poderosos que são usados há milênios para entender as causas do sofrimento. Vamos ver o que podemos fazer para evitá-lo e o que a ciência moderna tem a dizer sobre isso. Se você sofre com ansiedade, talvez enfrente alguns desses problemas: • Está sempre se sentindo ameaçado ou incomodado com algum evento que ocorreu ou que possa ocorrer no futuro; • Não consegue se desligar das preocupações normais do dia a dia; • Sente-se frequentemente frustrado, irritado, nervoso, com medo, desconfortável e preocupado; • Sente sudorese excessiva, dor de estomago, tremedeira, queda de cabelo, aumento ou perda do apetite, entre outros sintomas que antes não existiam • É escravo dessas emoções e não consegue assumir o controle da sua própria vida. Se você se identificou com algum desses problemas, saiba que você não está sozinho. pág. 3
Segundo a Organização Mundial da Saúde, no Brasil, 23% das pessoas tem ao menos um transtorno de ansiedade ao longo da vida. Uma das pacientes da Dr. Adriana Cargnin, tinha sérios problemas com ansiedade. Ana era casada á 9 anos. Com o tempo, problemas emocionais acabaram levando ela a comer compulsivamente. Com a obesidade veio a insegurança em relação ao seu corpo e ao seu casamento. Logo surgiram as brigas e crises de ciúme. O casamento ia de mal a pior. Ana buscou os médicos para fazer uma cirurgia de redução de estomago, acreditando que todos os seus problemas vinham do fato de ser obesa. Mas precisava do laudo de um psicólogo, atestando que ela estava emocionalmente pronta pra passar por essa experiência e a Dr Adriana Cargnin era a psicóloga responsável por isso. Quando começaram o processo de psicoterapia, as duas começaram a investigar as causas reais dos problemas de Ana. Logo chegaram a conclusão de que os problemas de Ana vinham do medo de rejeição. Isso gerava ansiedade que a fazia comer mais e mais. A descoberta desse medo fez Ana perceber seu problema num contexto totalmente novo e com isso foi possível tratar as reais causas do problema. Logo a cirurgia bariátrica não foi mais necessária. O caso de Ana mostra como a falta de autoconsciência pode ser extremamente prejudicial a sua vida. Se ela tivesse ferramentas mentais apropriadas e se cuidasse do seu equilíbrio emocional, certamente não teria passado por esse sofrimento desnecessário. André Vieira, também autor do curso Segredos para uma mente tranquila, conta que também já teve problemas com sua saúde emocional, e aprender como lidar com isso foi um ponto de partida na busca para me livrar do sofrimento e ter uma mente tranquila. Há algum tempo atrás, André também não entendia o que eram as emoções e como elas o afetavam.
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Sem uma mente treinada, acabava só interiorizando tudo aquilo, mas com o tempo, aquela carga emocional começou a deixa-lo doente. Problemas de pressão alta e triglicerídeos, desanimo, cansado, falta de sono. Assim como Ana, André também buscava alivio fazendo coisas que eu gostava, comendo, passeando, indo a festas. Mas esses momentos de alívio eram apenas temporários e logo terminavam. As inúmeras palestras motivacionais e materiais de autoajuda que consulto também só o animavam temporariamente. E então um dia, ele viu uma palestra de uma monja budista, falando sobre as emoções e sobre o sofrimento. Não era nada religioso, era um conhecimento profundo da mente humana. Aquilo gerou em André um fascínio instantâneo. E à partir daí, ele resolveu se dedicar ao estudo das emoções e da mente humana. Ele afirma que a famosa paz interior, que é uma busca constante na cultura de muitos países orientais, tem um motivo. Eles não nasceram assim, ele são treinados para ser assim. Existe um treinamento da mente para que você possa ter paz e equilíbrio nas suas emoções. A paz é uma habilidade da mente, e como tal, ela pode ser aprendida, treinada e aperfeiçoada. Esse método de treinamento já vem sendo utilizado há milênios e agora a ciência moderna vem provando que ele realmente funciona. São técnicas criadas para desenvolver as habilidades da mente humana, isso significa que qualquer pessoa pode treinar e ter resultados surpreendentes. São técnicas que não dependem de crenças ou fé. O treinamento da mente desenvolve seu cérebro da mesma maneira que um treino na academia desenvolve os músculos. O Estudo da mente e das emoções envolve uma variedade de ensinamentos e de exercícios mentais práticos que nos dão uma compreensão clara dos efeitos de cada uma delas sob nós e que literalmente mudam a maneira como o cérebro lida com isso.
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Esse e-book é parte de um treinamento mais completo, chamado Segredos para uma mente tranquila. Você pode saber mais sobre isso acessando o site abaixo. www.mentetranquila.com.br Neste e-book, abordaremos três conceitos simples, porém poderosos para aprender a lidar com as emoções negativas que criam a ansiedade:
1. Resolva o problema, não os sintomas. Fatos e eventos não geram ansiedade, pensamentos e emoções sim. 2. Não nutra as emoções que você não quer. Somente os pensamentos que você dá atenção geram emoções. 3. Faça da sua paz a sua prioridade. Afinal, qual é o objetivo de tudo que você faz na vida?
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Resolva o problema, não o sintoma. É importantíssimo, antes de mais nada, entender a diferença entre um sintoma e um problema. Por definição, sintoma é uma indicação, um aviso, um sinal de que existe um problema. O sintoma não é o problema em si, é somente a ponta do iceberg. Esse termo é muito comum na medicina, mas pode ser aplicado a qualquer problema: seja na sua saúde física, mental, existencial, na sua vida profissional, amorosa, etc. Para Lacan, um dos pioneiros da Psicanálise, o sintoma é o sinal de algo que está reprimido, escondido na consciência da pessoa e que na maioria dos casos, ela ainda não percebeu. Uma maneira simples de entendermos a diferença entre sintoma e problema é dizer que sintoma é uma pista para resolver um mistério, enquanto o problema real é o mistério que precisa ser solucionado. Podemos usar a analogia de uma doença para ilustrar isso. Vamos supor que você está com febre, se você olhar a febre como o problema, pode tomar um remédio antitérmico e achar que tudo está resolvido. Mas isso seria um engano, porque se olharmos a febre como uma pista para um problema maior, vamos descobrir que a febre é um sintoma de infecção. Olhando mais de perto, podemos descobrir que seu problema não é a febre, mas uma infecção estomacal, por exemplo. Então, o remédio antitérmico deixa de ser uma solução para o problema e passa a ser apenas um paliativo para esse sintoma. Ainda é preciso tomar o remédio certo para o problema certo, que é a infecção. Se quisermos ter uma visão ainda mais macro do problema, podemos ver a infecção estomacal também como um sintoma. Ela é um problema e tem que ser resolvido, mas se investigarmos ainda mais fundo e olharmos a infecção como uma pista, podemos chegar à conclusão que o problema talvez tenha sido a falta de higiene na hora de lavar as mãos antes de comer. Agora você chega a uma conclusão muito curiosa. A solução definitiva do problema é totalmente diferente daquela que pensamos originalmente. Se alguém te dizer que a solução para não ter mais febre é lavar as mãos, você pág. 7
pensaria: “O que tem a ver uma coisa com a outra?”, mas se você investigar com cuidado vai chegar à mesma conclusão. É claro que esse é apenas um exemplo, existem muitas outras causas de infecção e muitas outras doenças que causam febre, mas esse exemplo é perfeito para mostrar a importância de entender a diferença entre um sintoma e um problema. Quando falamos das perturbações da mente, temos o mesmo quadro. Se fizermos um exercício de reflexão sobre nós mesmos, podemos entender quais são os sintomas das emoções perturbadoras e quais são as reais causas desses problemas. Chegando assim as soluções finais para os problemas emocionais, ao invés de tratar apenas os sintomas de forma paliativa. Ensinamos de forma mais aprofundada o treinamento reflexivo no curso Segredos para uma mente tranquila. Vamos fazer um rápido exercício agora. Acompanhe o raciocínio: Você pode pensar que a ansiedade é um problema e então você toma remédios controlados para melhorar, mas a menos que esse remédio tenha sido receitado por um médico (em alguns casos mais graves é necessário), isso será tão eficiente quanto tomar um antitérmico para curar a sua infecção. Você vai se sentir melhor no momento, mas o problema ainda está lá e vai voltar a incomodar muito em breve, provavelmente assim que acabar o efeito do remédio. Então, investigando mais, você pode entender que a ansiedade é um sintoma e que o problema é, por exemplo, a crise financeira pela qual sua empresa esteja passando o que te causa muita preocupação, ou a possibilidade de perder seu emprego, que te causa medo e consequentemente ansiedade, ou ainda, seu problema pode ser aquela pessoa difícil de lidar, que te causa muita raiva. Então você pensa que a solução é mudar de emprego ou se afastar daquela pessoa difícil e então seu estresse e ansiedade sumiriam.
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A maioria das pessoas encerra a sua investigação aqui e esse é o maior erro delas no processo reflexivo. Se pararmos nossa investigação nesse ponto, trataremos apenas os sintomas e encontraremos soluções paliativas. Você pode sair do seu emprego, mas você vai arrumar outro e continuar ansioso. Pode se afastar dessa pessoa irritante, mas logo cruzará com outra pessoa que também vai te irritar. Então, é fácil entender que seu problema ainda não é esse. Da mesma maneira como olhamos a infecção com um sintoma e chegamos à conclusão que deveríamos lavar melhor as mãos, também temos que olhar melhor para esse seu trabalho ou para a pessoa irritante e investigar. Vamos tomar um exemplo: pense em alguém que te irrita, todos nós conhecemos alguém assim ao longo da vida. Agora se pergunte: Porque essa pessoa me irrita? O que exatamente ela faz que desperta essa emoção em mim? Porque eu me sinto assim quando ela faz isso? Digamos que você fica irritado porque essa pessoa grita com você constantemente. Então você deve se perguntar: Porque o ato de gritar comigo me causa irritação? Isso me deixa irritado porque me sinto agredido? Se sim, então agora estamos chegando na raiz do problema. O ato dessa pessoa gritar com você não é o problema, o problema é como sua mente lida com isso. É essa sensação de se sentir agredido, que é uma variação do medo ou da raiva, que precisa ser resolvida. Só assim você poderá lidar melhor com essa irritação que surge quando qualquer pessoa gritar com você. Você não pode evitar que todas as pessoas do mundo gritem com você em algum momento da vida, mas você pode mudar a maneira como sua mente lida com isso. Quando se fala de problemas emocionais, você sabe que chegou ao problema real quando a resposta se resume a uma emoção, que nesse caso foi o medo ou a raiva dependendo de como você se sente (pessoas diferentes podem manifestar sentimentos diferentes diante da mesma situação).
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Então se a sua investigação não chegar numa resposta que seja uma emoção, continue considerando todos os problemas como sintomas e aprofunde mais a sua investigação. Você reparou na maneira como eu fiz as perguntas aqui? Existe uma diferença entre se perguntar “porque ESSA PESSOA é irritante?” E “Porque EU me irrito com essa pessoa? ”. Quando eu digo que o outro é irritante, estou sugerindo que o problema é o outro. E quando o problema é o outro, não há como agir para resolver o problema de forma definitiva. E assim você se condena a continuar sofrendo. Mas quando eu digo que o problema está em mim, me perguntando “porque eu me sinto assim?”, você traz o problema para si, para a sua mente, que é onde você pode agir. Então podemos nos perguntar: Mas então o outro é agressivo comigo e a culpa é minha? Claro que não. Uma coisa é situação ruim que aconteceu, outra coisa é como você reage a isso. Ele gritou com você, é problema dele. Como você reage a isso, é problema seu. Estamos tratando como você lida com a situação e não a situação em si. O Lama Padma Samten, mestre da sabedoria budista diz: “Não é que o outro seja irritante, Eu é que me irrito”. Tenha isso em mente. Resumindo, lembre-se disso:
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Sintoma é uma pista para resolver um mistério, Problema é o mistério a ser solucionado. Investigue a fundo os sintomas, até chegar em um problema real. O problema real sempre vai ser uma emoção. Entenda que o problema está em você, só assim você pode fazer alguma coisa a respeito. Entenda que cabe a você a responsabilidade do que fazer com o problema, e isso é sim possível.
Não nutra as emoções que você não quer. Agora que já entendemos qual é a raiz do problema, imediatamente surge a pergunta: O que fazer para resolver isso? Normalmente as pessoas dizem: “Eu não consigo controlar meus sentimentos, não consigo evitar de sentir isso ou aquilo”. Acontece que as pessoas que dizem não controlar o que sentem, tem essa dificuldade por dois motivos. Primeiro, a maioria delas nunca tentou realmente ter algum tipo de equilíbrio emocional. Talvez por nem saber que isso era possível, e assim como qualquer coisa que se tenta fazer pela primeira vez, é difícil acertar de primeira, seu cérebro simplesmente não sabe como fazer isso. O segundo motivo é que as pessoas não entendem o funcionamento das emoções. Como elas surgem, qual sua função e principalmente como lidar com aquelas que nos atrapalham e trazem algum tipo de sofrimento. Felizmente existe um mecanismo de funcionamento das emoções, que podemos estudar e assim desenvolver algum tipo de controle sobre como as emoções afetam nossa vida. Sem o conhecimento e treinamento correto, é difícil interferir nas emoções que surgem espontaneamente diante de um evento, como quando algo ruim acontece e automaticamente nos sentimos tristes ou frustrados. Porém é muito mais fácil interferir nas emoções depois que elas surgem, intensificando ou reduzindo muito o seu efeito. Podemos fazer isso com uma faculdade da mente que poucos entendem a importância, e esse é o segundo grande segredo que vamos revelar aqui. O segredo para interferir no que você está sentido é a ATENÇÃO. As emoções surgem espontaneamente, normalmente como uma reação de algum fator externo. Mas o que poucas pessoas percebem é que apenas as emoções as quais damos atenção se sustentam por mais do que alguns minutos. Sem a atenção necessária, quaisquer emoções simplesmente “morrem de fome” pouco depois de surgir.
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Pare e pense um minuto, quantas atividades você já ouviu dizer que são terapêuticas e que aliviam o estresse? Pescaria é terapêutico, jardinagem é terapêutico, tocar um instrumento musical é terapêutico. Todas essas atividades divertidas realmente são terapêuticas e todas elas funcionam, porque giram em torno de um único conceito, que é direcionar a sua atenção para qualquer outra coisas que não seja o problema. Depois de uma hora fazendo essa atividade terapêutica, as pessoas se sentem leves emocionalmente, porque as emoções que estavam causando sofrimento “morreram de fome” enquanto ela dava atenção para a atividade que estava fazendo. Além dos exercícios mentais de reflexão que já vimos anteriormente, também existe um treinamento especifico de atenção. Desenvolvido especialmente para aprimorar a capacidade do cérebro de ter foco e de direciona-lo para onde quisermos. Pouca gente sabe, mas nosso cérebro tem a capacidade de se adaptar e melhorar as capacidades que são estimuladas. A neurociência chama essa habilidade de neuroplastia ou neuroplasticidade. A cerca de 15 anos atrás, nem sabíamos que isso era possível, mas com exames modernos de ressonância magnética, os cientistas conseguiram provar que com o treinamento correto, o cérebro realmente muda a sua estrutura interna, se adaptando as necessidades que são impostas a ele. Assim como podemos ir a academia treinar os músculos para que eles fiquem mais fortes, também podemos treinar o cérebro para deixar as habilidades que estimulamos mais poderosas. Se você usa muito a sua memória, seu cérebro vai se moldar gradativamente para aumentar a capacidade memória. Se você exercitar a sua atenção, seu cérebro fará o mesmo e o seu poder de atenção vai aumentar, assim como seu controle sob onde direciona-la. Ensinamos em detalhes a técnica de treinamento de atenção no curso Segredo para uma mente tranquila, onde também abordamos as técnicas de recriação de padrão mental, que é muito eficiente para reduzir o surgimento pág. 12
dessas emoções perturbadoras ao invés de apenas lidar com elas depois que aparecem. Porém, mesmo sem treinamento, um pouco de autoconsciência já é o suficiente para começar a trabalhar com as emoções. O simples fato de saber que atenção é a chave para lidar com as emoções já te dá ferramentas mentais pra começar a trabalhar com isso. Quando estiver se sentindo ansioso ou estressado, faça um esforço para direcionar sua atenção para outra coisa. Escute uma música, faça um desenho, assista um filme, ou simplesmente saia da sala e de uma volta por aí. Mas não faça de forma distraída, mantendo a atenção no problema. Ponha toda a sua atenção na atividade que está fazendo e você vai se sentir melhor. Resumindo, lembre-se disso:
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Você pode interferir nas emoções que está sentindo usando o poder da atenção. Direcione sua atenção para outra atividade para “matar de fome” as emoções perturbadoras. Você pode treinar sua atenção e melhorar sua eficiência.
Faça da sua paz a sua prioridade. Ter paz ou ter razão?” Essa pergunta nos leva a um exercício reflexivo, que é a base para a criação de um novo padrão mental do qual permite que você tenha uma mente tranquila e saudável. Pense por um momento, qual é o seu maior objetivo na vida? Ter sucesso profissional? Ficar milionário? Ficar famoso? Ser respeitado e amado por todos? Ter família feliz, bem estruturada? Encontrar sua alma gêmea, um amor para a vida toda? Você pode dizer que seu objetivo de vida é ter uma dessas coisas, ou todas elas, mas lembre-se do que vimos sobre problemas e sintomas. Aqui temos uma situação parecida. Investigando bem a fundo, você vai notar que tudo que você faz na vida gira em torno de 2 objetivos primários, buscar a felicidade e evitar a sofrimento. Reflita sobre isso agora, veja se você concorda. Trabalhamos para ter dinheiro, para poder viver bem (evitando o sofrimento) e para poder comprar as coisas que queremos ter (gerando um prazer momentâneo, que muitas vezes pode ser interpretada como felicidade). Os relacionamentos românticos giram em torno da ideia de que isso vai nos ajudar a ser feliz, enquanto sem isso, vamos sofrer com a solidão. Queremos nos sentir bonitos, porque a reação positiva das pessoas te traz felicidade, ao mesmo tempo que cultivamos hábitos saudáveis porque queremos evitar o sofrimento de ter uma doença. Faça esse exercício de reflexão agora, pense em tudo que você quer na vida. Investigue profundamente os motivos pela qual você quer isso. Se você for fundo o suficiente, vai ver que todas as suas ações giram em torno de buscar a felicidade e evitar o sofrimento.
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O estado mental onde entendemos as causas da felicidade e superamos as do sofrimento é um estado que os orientais chamam de Paz Interior. E aqui chegamos ao ponto central desse assunto. Se concordamos que a paz interior é o nosso objetivo maior, porque então não damos prioridade para isso nas nossas vidas? Você deve avaliar com cuidado agora. Será que você não está abrindo mão da sua paz por motivos que não são importantes? Onde você está focando sua energia? Quais são as suas prioridades? Você deve pensar na sua paz interior como um recurso muito precioso, um tesouro do qual você não abriria mão, a não ser por um motivo muito importante, que valesse a pena o sacrifício. Vamos fazer um exercício para determinar as suas prioridades. Primeira pergunta: Você está jantando em um restaurante, a comida está ótima. Após terminar sua refeição, você pede a conta e nota que foi cobrado um pouco mais do que o que você esperava pagar. Você argumenta com o caixa, mas ele insiste que a conta está correta e não vai abrir mão desse valor. O que você faz? Você se estressa, se irrita e talvez até entre em uma discussão com a pessoa do caixa? Ou prefere manter sua paz e gastar um pouco a mais? Seja sincero com você mesmo. Se você normalmente escolhe a primeira opção, a importância que você dá pra sua paz é muito pequena. Tanto que você abre não dela em troca de economizar alguns trocados. Pense nisso. O ponto central aqui, é a importância que você dá para a sua paz interior. A intensão desse exemplo não é a discussão pelo valor do jantar, isso é só um exemplo didático. Mas ele é perfeito para mostrar que a sua paz interior tem um grande valor emocional, e que precisamos colocar isso na balança. Em momentos estressantes, sempre se pergunte isso: O que vale mais? A paz ou alguma outra coisa? Segunda pergunta:
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Quando você se vê em uma discussão com alguém, que pode ser seu chefe, sua esposa/marido ou namorado, amigo, parente, você prefere manter a sua paz e não ser engolido pelas emoções estressantes do momento, mesmo que isso signifique perder a discussão ou prefere ganhar a discussão, num jogo de poder, mesmo que isso signifique trazer uma carga de sofrimento para você e para os outros? Novamente, seja sincero com você mesmo. Se você normalmente escolhe a segunda opção, então sua prioridade não é manter sua paz interior e se isso está te causando sofrimento de algum tipo, seria bom reavaliar sua postura. Diferente do primeiro exemplo onde havia um valor financeiro, aqui temos uma situação de emoção contra emoção. Ganhar uma discussão pode mostrar aos outros que você estava certo, mas a que preço? Com que consequências? Novamente vamos nos fazer a mesma pergunta: o que vale mais, minha paz ou mostrar que estava certo? É preciso colocar isso na balança. O assunto que estava sendo discutido era mesmo tão importante a ponto de abrir mão da sua paz e até perturbar sua relação com as outras pessoas? Pode ser que sim, pode ser que não. Quando em um diálogo uma das pessoas precisa perder para a outra ganhar, as duas já perderam. Mas sempre devemos avaliar isso, caso a caso. Esses exemplos não são absolutos, não estou dizendo que você não deve argumentar se a sua conta vier errada ou que nunca deve discutir com ninguém. Esses exercícios servem apenas para despertar em nós um pouco mais de autoconsciência. A simples percepção de que a nossa paz tem valor vai automaticamente fazer com que coloquemos esse valor na balança na hora de avaliar nossas ações. Resumindo, lembre-se disso:
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Todas as nossas ações giram em torno de buscar a felicidade e evitar a sofrimento. Pergunte: o que vale mais, minha paz ou aquilo que vai tirar minha paz? Faça da sua paz interior a sua prioridade na vida.
Ponha isso em pratica agora. Vimos aqui três conceitos básicos para ajudar a lidar com as emoções. A intenção desses três ensinamentos é começar um processo de despertar da sua autoconsciência. Que nada mais é do que a consciência que reflete sobre si próprio, sobre a condição de seu mundo interno. Sem isso, não temos nenhum tipo de controle sob nossas vidas. Imagine como seria tentar pilotar um carro sem saber onde fica o volante, ou pior, sem nem sequer saber que existe um volante. É mais ou menos isso que tentamos fazer com a nossa mente, assumir o controle sem saber como funciona. Ficamos como num barco à deriva no mar, onde as emoções são como as ondas, que nos empurram em uma direção que não queremos ir e não sabemos onde vai dar. Enquanto que com a autoconsciência, desenvolvemos um certo controle sob esse barco e podemos direcionar melhor para onde queremos ir. Cada vez que você entende algo novo sobre si mesmo, sua consciência se expande e assim podemos começar a assumir um certo controle sobre a nossa vida. Você consegue imaginar as possibilidades do que você poderia fazer se assumisse esse controle hoje? Pense nisso. Agora, ponha tudo isso em pratica. Não acredite em mim simplesmente, teste por si mesmo e sinta o resultado.
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Investigue e mapeie seus sintomas emocionais até chegar ao problema real, as causas de suas reações emocionais; Treine sua atenção e direcione ela para algo positivo, longe da emoção que te perturba. Defina o valor que sua paz interior deve ter na sua vida. Faça da paz a sua maior prioridade.
Treinamento da mente Aqui, nós apenas começamos a expandir a sua consciência. Se você quiser saber mais sobre isso, confira o curso completo Segredos para uma mente tranquila, lá nós vamos aprofundar essa questão.
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Sobre os autores André Vieira é pós-graduado em Gestão Empresarial pela Sustentare e graduado em consultoria de internet pela UDESC. Professor, consultor de educação a distância e fundador da NetLearn, empresa especializada em cursos online. É um entusiasta e estudioso da mente e do comportamento humano, com ênfase em equilíbrio emocional.
Adriana Cargnin é pós graduanda em Psicoterapia Sistêmica Pós Moderna. Especialista voltada para a área humana com ênfase em Saúde mental e emocional. Tem 8 anos de experiência na área de gestão de pessoas, bem como em treinamento e liderança de equipe. Com forte atuação com Psicologia do Esporte e alto rendimento, atendimento clinico de crianças, adolescente, adultos e área familiar
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