AU REVOIR - os espetáculos que nunca fiz

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AU REVOIR os espetรกculos que nunca fiz

Lu Soares



os espetáculos que nunca fiz AU REVOIR expressão francesa, um adeus, uma forma de despedida. Escolhida para intitular este projeto fotográfico para que pudesse dar à algumas criações as asas corretas, para que cumprissem o seu propósito desde a sua idealização: serem vistos, cada um, dentro em seu respectivo universo cênico imaginário. Alguns projetos e processos de espetáculos teatrais conseguem atingir uma certa maturidade e encerrar o ciclo usual com a estreia do produto cênico e temporada aberta ao público/plateia. Outros tantos têm sua trajetória interrompida, abortada em algum ponto entre o insight, vontade de fazer e a fase de construção e caracterização das personas e personagens. Como um sonhador, artista, ator, figurinista, costureiro, iluminador e atrevido a escrita de textos dramáticos, tenho uma coleção de projetos com meio processo e processos ao meio. Muitos textos, personagens e figurinos em algum ponto da execução. AU REVOIR foi a catarse para que alguns destes casos viessem à luz e ganhassem o mundo, dando um adeus às gavetas e armários.



AU REVOIR, mon amis A captação das imagens foi feita em um momento de outras despedidas. Encerramento do projeto CONFECÇÃO e mudança de um companheiro sensível, com olhar aguçado e afiado para capturar beleza com sua câmera. A CAFÉ FOTOGRAFIA se mudaria para muitas centenas de quilômetros de distância. Era agora ou seria tarde demais. Era hora de dizer “AU REVOIR, mon ami.” E assim aconteceu numa noite de domingo. E sou muito grato! Wagner Café obrigado por ser esse irmão de arte, de verdade e ponto de apoio em ideias loucas e por arriscar comigo em tantos projetos. Obrigado Antônio Marcondes por ser tão hospitaleiro comigo mesmo que isso significasse um pouco de barulho em sua casa. Obrigado Alex Dario e Vitor Carpe por abrirem seu acervo e me possibilitar finalizar algumas dos figurinos que estão neste ensaio. Lu Soares.


D. Maria da Graça Café (in memoriam) obrigado por fazer com que a CONFECÇÃO fosse real deixando disponível ao nosso deleite, e uso tanta coisa delicada, bela e preciosa.





Tudo começa com a premissa de que, em algum momento, terá um fim. Usando essa afirmação como impulso, um casal começa a recordar seu relacionamento (de anos, semanas, meses, décadas, horas, dias). E de uma maneira irônica, poética, passional como em um tango, eles questionam a efemeridade das relações dos tempos atuais. O "felizes para sempre" começa no ponto em que cada um dos contos de fadas termina.



Composição: Lu Soares Apoio: Alex Dario & Vitor Carpe


Inspirado no baile flamenco

Casaco bolero bordado

Saia sereia com babados

Sapato salto alto com amarração em tiras





Partindo de um conceito inspirado em “A metamorfose� de Franz Kafka dois insetos foram criados para duelar em cena. Qual seria o vencedor?


concepção: Cícero Miranda & Lu Soares composição e execução: Lu Soares acessório: Alex Dario & Victor Carpe


Sapato em borracha de pneu e tecido de algodĂŁo


Pelerine de tecido sintĂŠtico com acabamento em ferro de solda


Vestido em material reciclado e rebites


Elmo em borracha de pneu



Touca de franjas com miรงangas




Mรกscara em couro e linhas de algodรฃo



O que acontece quando um dominante passa a ser o dominado? E quando o temido passa a temer? Qual a reação de um caçador que vira o que é caçado? CADAFALSO é uma reflexão sobre essas questões e traz uma narrativa onde um carrasco macho normativo se encontra numa situação de impotência.


Ombreira-coleira em napa e rebites





Composição: Lu Soares Bordados: D. Maria da Graça Café Apoio: Alex Dario & Vitor Carpe


Diadema-mรกscara em tule e renda bordada manualmente



Colete de crochĂŞ em fio de cobre


Camiseta regata com frente em paetĂŞ


Com líquidas metáforas percorremos os caminhos tortuosos de Bárbara. Numa forma poética e onírica as relações de humor, aceitação, autoimagem, desejo e até mesmo amnésia de seu próprio corpo biológico. Livremente inspirado no romance “bárbara, Bárbara” de Maria Inês Chaves de Andrade.


Casaco bolero com manga única em tule, renda, napa e aplicaçþes bordadas


Vestido em correntes douradas


Blusa frente-Ăşnica em correntes douradas


Diadema-máscara em renda com aplicações e tule






Composição: Lu Soares Apoio: Alex Dario & Vitor Carpe


O diabo é o culpado por todas as mazelas e tragédias que ocorreram na história da humanidade? Nesse monólogo ele expõe seu ponto de vista, seus argumentos e se defende dessas acusações.


Capa medieval em veludo





Terno completo em poliĂŠster


MaiĂ´ frente-Ăşnica em couro rendado




Fotografia: Wagner Café Produção e concepção : Lu Soares




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