Foto em Foco_Michel D

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Edição 1

Foto em FOCO

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Fotojornalismo: A cara da fotografia na atualidade

Entrevista: Evandro Teixeira em foco! Um dos maiores fotojornalistas Brasileiros fala tudo sobre fotografia

A arte de fotografar.

Conheça novas dicas de como fazer o fotojarnalismo.

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04. Entrevista Evandro Teixeira abre o jogo e revela todos os seus segredos.

06. Fotojornalismo: O olhar do fotógrafo

S U M Á R I O

Mercado de trabalho, cursos, profissionais e a vida de de um fotojornalista brasileiro.

09. Coluna A colunista Mona Dorf, relata a trajetória de um dos maiores fotojornalistas Brasileiros. Thomaz Farks.

11. Fotografia, uma arte que vira paixão. Dicas, histórias e tudo que envolve o amor pela fotografia.

Expediente Editor Chefe: Tânia Mara Gouvea Redação: Roberto Mattos Fotografia: Michel Douglas

Revisão: Ana Macedo Projeto: Claudio Gomes FOTO EM FOCO 3


Divulgação.

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Entrevista

A VIDA DE EVADRO TEIXEIRA EM FOCO Dinamica e objetiva. Foi assim a entrevista com um dos maiores Fotojornalistas brasileiros na atualidade: `Evandro Teixeira. Simplismente o melhor de todos`

S

Entrevista:Lízia Sena implicidade, sensibilidade e

que você está enxergando, daquilo

advogado (risos). Eu não sei, acho

dedicação. Estas são as car-

que você está vendo.

que você tem que ter um bom olhar,

acterísticas que tornaram Evandro

LS: Qual a foto que mais te marcou?

acima de tudo estudar, acompanhar

Teixeira um dos maiores ícones da

Quais são os temas que você prefere

a evolução, os acontecimentos, mas,

fotografia brasileira. Fotógrafo há

relatar através de suas fotos?

acima de tudo que você estude. O fo-

mais de 45 anos, Divulgação . Evandro já expôs

ET: Eu não tenho assim uma foto, tem

tógrafo tem que ter este olhar espe-

em diversos museus e capitais.

situações diferenciadas. Eu acho um

cial. Nós temos olhares especiais.

Começou sua carreira no Diário da

momento difícil da minha carreira foi

LS: O que você acha do fotojornalismo

Noite em 1958, mas o ápice se deu

cumprir alguns eventos importantes.

brasileiro hoje?Sensacionalista?Falta

a partir de 63, quando foi trabalhar

Como falei o golpe militar no Chile,

sensibilidade?

no Jornal do Brasil. Tem três liv-

o massacre da Guiana Inglesa; foi

ET: Não, eu acho que o jornalista

ros

Fotojornalismo,

aquele pastor fanático, o Jean Jones,

brasileiro é muito inteligente. O que

(1983), Canudos 100 Anos (1997)

que envenenou em 1957, america-

nos falta é infra-estrutura. Tanto nós,

e O livro das águas (2002). Nesta

no. Várias olimpíadas. Várias copas

como quem escreve. O que falta é

entrevista Evandro comenta sobre

do mundo. O próprio golpe militar

qualidade, incentivo, que falta tam-

as conseqüências das novas tec-

no Brasil. Eu acho que o momento

bém nas faculdades. Sensibilidade

nologias, a fotografia brasileira,

mais dramático, o momento mais

nós temos, inteligência nós temos, só

a censura durante o golpe militar,

importante da minha cobertura foi

o que falta é esse tipo de coisa que

seus novos projetos e deixa alguns

à morte do poeta Pablo Neruda, no

você sabe tanto como eu.

comentários sobre sua última ex-

Chile. Uma pessoa importante. Um

LS: Quantas pessoas já foram identi-

posição intitulada “Instantâneos

homem mundialmente reconhecido

ficadas na passeata dos 100 mil?

da realidade” realizada na Aliança

com prêmio Nobel. Mas também eu

ET: Já tem 60 fotografados. A idéia

Francesa, Salvador.

acho que o que representa uma das

são 68 pessoas, por isso que o pro-

historias mais importantes do Brasil

jeto é chamado 68 destinos, pelo ano

Lízia Sena: Qual o propósito desta

foi à guerra de Canudos. Eu fiquei lá

de 68. Já tem 60, faltam apenas 8.

exposição?O que você pretende que

quatro anos para fazer um livro e eu

Agora estou fazendo uma triagem,

a população enxergue durante este

convivi com aquela gente vivendo da

pra não ficar todo mundo de uma es-

evento?

guerra e aquilo me emocionou muito,

cola de comunicação, direito, de uma

Evandro Teixeira: A nossa função do

até hoje. Fiquei na década de 90, lan-

universidade, agora estou mesclan-

ponto jornalístico é mostrar a reali-

cei o livro em 97. Mas eu acho que

do. O projeto está quase pronto. Não

dade, o cotidiano no país. Eu acho que

aquela história de Canudos, aquele

sei se vai ficar pronto para este ano.

nesta minha exposição tem um pouco

povo me deixou realmente sensibili-

Tem deputados, ministros, jornalistas,

de tudo. Tem guerra, tem golpes mili-

zado. Todo ano eu volto lá. Eu não

designers, cineastas. Tem gente que

tares. Tem no Chile, tem no Brasil.

deixo de voltar em toda festividade

não se conhecia na época e hoje são

Tem Olimpíadas. Eu vivo mostrando

que é em outubro. Agora mesmo em

casados, marido e mulher. A Elaine,

a realidade do país, a realidade da-

outubro, eu volto lá novamente, se

minha designer, faz todos meus liv-

quilo que a gente vive no mundo. A

Deus quiser.

ros, o marido dela é Hernani, arquit-

fotografia tem a função de denunciar.

LS: O que seria um fotógrafo exem-

eto. Na época não se conheciam,

Então eu acho que trabalho aí tem.

plar?

casaram.

Você que vai fazer a leitura daquilo

ET: Como tudo, como médico, como

desta foto. Tem o jornalista Augusto.

publicados:

Encontraram-se

através

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Divulgação

O OLHAR DO REPÓRTER

Uma nova perpectiva surge atráves das fotografias

N

o final de algumas acções

mostram, nos seus “planos de

de formação em que par-

corte”,

o

repórter-fotográfico

ticipámos, muitos jovens afir-

em acção, com as suas apara-

mavam a sua vontade de virem

tosas máquinas e objectivas em

a ser repórteres fotográficos,

riste, nos gabinetes ministeriais

como se fosse uma endemia vo-

ou nos palcos de guerra; nos tri-

cacional.

bunais, nos estádios e em es-

Há classes profissionais que

paços onde campeia a conflitu-

propiciam fascínio — médicos,

alidade. O espectáculo, o estar

polícias,

juristas,

perto dos poderes e a actuação

bombeiros e outras. É a visão

sobre o fio da navalha fazem do

romântica que as torna atracti-

repórter um herói e uma tes-

vas. A sociedade, de um modo

temunha privilegiada dos acon-

geral, tem a ideia de que estes

tecimentos que são notícia.

jornalistas,

profissionais possuem o poder de transfomar o mundo. As

imagens

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de

televisão

Não é por acaso que o cinema tem dedicado algumas películas à nossa actividade, em que

o protagonista é um repórter-fotográfico. El Salvador; Debaixo de fogo; Blow up - a história de um fotógrafo; Primeira página e Repórter indiscreto, para referir os mais conhecidos. Como não será pura coincidência, o facto de todos os filmes relacionarem as aventuras dos fotógrafos de imprensa com a violência e a morte. A angústia, a dor, o sofrimento humano, o mórbido, são apenas exemplos das fotos de imprensa mais premiadas. Os grandes prémios de fotojornalismo, normalmente,

contemplam

ima-


gens chocantes — guerra, tra-

transpor os muros altos dos po-

las que chocam e são a imagem

gédias, cataclismos, tumultos,

deres instalados, que condicio-

daqueles que não têm direito

conflitos sociais, racismo. Isso

nam a nossa actividade, mais

à opinião e à imagem física e

porque o fotojornalista “estava

do que a de qualquer outro jor-

moral, próprias da sua condição

lá” em pessoa, testemunhou os

nalista.

humana.

factos, registou-os e transmitiuos à sua maneira. A World Press Photo, edição

Somos uma espécie de in-

Deve

ter-se

em

conta

o

trusos, com a particularidade

carácter polissémico da foto

de

com

de imprensa. Tudo depende não

de 2001, distinguiu um trabalho

relativa descontracção. As pes-

apenas dos ângulos de observa-

do jornalista dinamarquês Erik

soas já se habituaram à nossa

ção, sempre subjectivos, mas

Refner, entre 50 mil fotos pre-

presença. Há casos em que até

também dum conjunto multifac-

sentes a concurso, que retrata

fazemos parte do “happening”.

etado de circunstâncias. As im-

o cadáver de uma criança a

Somos queridos e desejados;

agens de uma carga policial são

ser preparado para o enterro,

detestados e odiados; às vezes,

diferentes, colhidas do lado dos

num campo de refugiados do

simplesmente tolerados; outras

polícias ou do outro. Mas ela é

Paquistão.

vezes, somos a esperança dos

sempre um testemunho forte.

que já a perderam há muito.

É por isso que, nos casos mais

O fotojornalista é visto como

nos

movimentarmos

alguém que se furta ao con-

O nosso trabalho favorece a

“quentes”, os intervenientes, as

vencional; ao social e politica-

visibilidade do real acontecido,

fontes, dão o nome e a opinião,

mente correctos. Temos, por

consonante com a “verdade dos

mas não dão a cara, hostilizan-

vezes, de fugir à ortodoxia e à

factos”, o que nem sempre é as-

do até a presença do repórter-

normalidade, embora sem des-

sim tão linear. A ficção audiovi-

fotográfico quando a situação

vios éticos e de deontologia

sual dá uma ideia do mundo que

não lhes agrada. A máquina fo-

para se conseguir desempenhar

as pessoas interiorizam, mas

tográfica chega a ser tão peri-

a missão, dada a dificuldade em

são as fotos de imprensa aque-

gosa como uma arma, haven-

FOTO EM FOCO 7 Famosa foto de Evandro Teixeira, um dos melhores fotos jornalistas do país.


do quem diga que é pior. “You

onde ele próprio se insere e

e merece ser notado — daí, ser

shoot, I shoot”!

movimenta, numa relação co-

notícia. Esta é a razão percep-

Há situações em que o foto-

municacional quotidiana. Esta-

tiva que o legitima como jor-

jornalista é aquele que propor-

mos subordinados à lógica dos

nalista.

ciona o “momento de glória”,

acontecimentos, mas também

mais ou menos efémero, ao

condicionamos

mesma

alvo. A fotografia do «Público» é

registar uma imagem no jor-

lógica. Comunicar (do lat. co-

diferente da do «Jornal de Notí-

nal, tornando-a perene. Em al-

municatio), quer dizer, “pôr em

cias»; o «Diário de Notícias»

guns aspectos, a foto pode até

comum”, é o que fazemos numa

distingue-se bem do «Correio

transformar-se

dimensão

da Manhã»; este do «24 Horas»

na

“verdade

essa

onto-antropológica

duma mentira”, sobretudo se o

de ser com os outros, utilizando

repórter é afastado do caminho

a linguagem fotográfica. Melhor,

que leva a foto até às colunas

fotojornalística.

O repórter imprim e leitores-

e assim por diante. Acesso à profissão e mercado de trabalho

do jornal. Às vezes, o trabalho

Na essência, somos jornalis-

é instrumentalizado, tornando-

tas de corpo inteiro, talhados

em Portugal? A Comissão da

se num encapotado meio propa-

para a notícia, para a reporta-

Carteira

gandístico de eventos.

gem, para a entrevista. Não so-

nalista não distingue, na sua

Quantos

fotojornalistas

Profissional

de

há Jor-

Nesta disciplina jornalística,

mos fotógrafos no sentido mais

base de dados, os repórteres-

chamemos-lhe assim, há um

pragmático e clássico do ter-

fotográficos do universo dos jor-

percurso histórico por um lado

mo, cujo fim é a fotografia em

nalistas, que são mais de seis

cativante e credibilizador e, por

si mesma.

mil. O Sindicato dos Jornalistas

outro, responsabilizante e alici-

A razão de ser da “fotografia

regista aproximadamente 240

ante para o futuro. Os repórteres

de imprensa” é o jornalismo. Es-

fotógrafos profissionais, além

fotográficos conheceram a sua

tamos aqui a debater o fotojor-

disso possui caracteristícas in-

“época dourada” no primeiro

nalismo e não a fotografia em

dividuais em cada olhar siguin-

quartel do século XX, na se-

outra dimensão qualquer.

ificativo incorporado a tudo que

quência

da

grande

evolução

O fotojornalista é um opera-

tecnológica que o mundo vivia

dor da fragmentaridade. É ele

— os “loucos anos vinte”. As

que escolhe “isto” e não “aq-

tecnologias, que são o “motor

uilo” no momento de registar

de arranque” da evolução da hu-

na película (no suporte digital,

manidade, estão aí para relan-

mais ainda) aquela fracção de

çar o fotojornalismo, fazendo-o

segundo de algo que aconteceu

evoluir no sentido da mediação entre os leitores e a realidade

Divulgação

social, numa mundividência de tendências globalizantes e, paradoxalmente, tão cheia de contradições. Estaremos preparados para assumir essa evolução? Hoje, é a foto e o sistema digitais que se afirmam como “motor tecnológico”, reduzindo bastante alguns condicionalismos com que nos debatemos

diariamente,

em-

bora trazendo novos problemas e perigos, como a manipulação digital da imagem ou fotomontagem, entre outros. O repórter tem a sua “janela de observação” na sociedade

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Evandro Teixeira fotografa Ayrton Senna


Coluna

Tomaz Farkas, 86 anos de vida, e muitos e fotografia Thomaz Farkas, faleceu no dia 25/03, aos 86 anos

P

ara

homenagear

o

Com

mais

de

20 anos de carreira, a jornalista paulistana Mona Dorf já trabalhou na TV e no rádio.

Mona Dorf

fotógrafo

da fotografia moderna brasileira afi-

cio de equipamentos fotográficos no

Thomaz Farkas, que faleceu no

nados com as vanguardas europeias

Brasil.

dia 25/03, aos 86 anos, o Instituto

e norte-americanas, os membros do

Aos oito anos de idade, em 1932,

Moreira Salles

vai prorrogar a ex-

clube buscavam uma estética, novos

ganha de seu pai a primeira câmera

posição Thomaz Farkas: uma antolo-

temas, enquadramentos e pontos de

fotográfica e durante os dez anos

gia pessoal até primeiro de maio. É a

vista.

seguintes, começa a experimentar

maior retrospectiva dedicada à obra

Na mostra, fotografias com uma

com seu brinquedo: fotografa famí-

do consagrado fotógrafo, com cerca

abordagem mais humanista, que se

lia, animais domésticos, o grupo de

de 100 imagens, parte delas inédi-

aproximam do fotojornalismo, como

amigos de bicicleta, fatos relevantes

tas. Húngaro, naturalizado brasileiro,

as séries sobre o Rio de Janeiro onde

como a passagem do Zeppelin e a

Thomas Farkas teve seu acervo vas-

são retrados moradores de bairros

construção do estádio do Pacaem-

culhado durante dois anos pelos seus

populares e centro histórico da então

bu.

filhos, o diretor de cinema João e o

capital federal. Também presentes,

Pioneiro, Farkas estabeleceu contato

designer gráfico Kiko Farkas, em con-

imagens coloridas, datadas de 1975,

com o fotógrafo Edward Weston, na

junto com o IMS, que hoje preserva

feitas parte durante uma expedição

Califórnia, e o curador de fotografia

sua obra fotográfica.

científica ao Amazonas e a Salvador.

do Museu de Arte Moderna (MoMA),

Fotografia de Thomaz Farkas/ Acervo

em Nova York, Edward Steichen. A

Instituto Moreira Salles

pedido de Pietro Maria Bardi, montou

O passeio por sua incrível trajetória

o laboratório fotográfico do MAM/SP,

rendeu, além da exposição, o livro,

junto com Geraldo de Barros.

Thomaz Farkas – Uma antologia pes-

Documentou como Marcel Gautherot

soal, do tipo coffee-table com 140

e outros fotógrafos a construção de

imagens e texto do filho: ” O pai que

Brasília. A linguagem e abordagem

fui descobrindo era um apaixonado

é a fotografia documental, o fotojor-

pelo Brasil, sua gente, sua música e

nalismo que pautaria nas décadas

manifestações culturais: da cachaça

de 1960 e 1970, a Caravana Far-

à arquitetura modernista, do samba à

kas de documentários sobre o Brasil

cozinha rústica nordestina “, escreve

profundo e a série em cores sobre a

João Farkas, na introdução do livro,

Amazônia e Nordeste.

para completar que o pai transitava

Assim como em outros paises Sula-

sem nenhum preconceito entra a mais

mericanos como. Argentina, Chile,

antenada visão de mundo e as mais

Paraguai, Velezuela, Colombia, Uru-

profundas tradições populares.

guai e Brasil.

Na retrospectiva, imagens produzidas

Pioneiro, Farkas estabeleceu contato

a partir da década de 1940, época em que Farkas se associa ao Foto Cine Clube Bandeirante (FCCB), local de debate sobre a atividade fotográfica, frequentado também por Geraldo de Barros e e outros fotógrafos atuantes como José Yalenti, José A. Vergareche, German Lorca, formadores

Divulgação. Tomaz Farks fotografando

Thomaz Farkas Thomaz Farkas é um dos grandes expoentes da fotografia moderna no Brasil. Sua família fundou a Fotoptica, empresa pioneira no comer-

com o fotógrafo Edward Weston, na Califórnia, e o curador de fotografia do Museu de Arte Moderna (MoMA). Com tantas história ilustres, Farks esclarece várias dúvidas em seu livro, que foi lançado no dia 25/04/2006, um ano e sete meses antes da sua morte. O livro vendeu 54 mil cópias.

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Fotografia: Uma arte que vira paixão A fotógrafia é a arte que consegue expressar um momento único. Texto: Michel Douglas

discussões no mundo todo. Ou retra-

wares de edição e os novos suportes

ocê que gosta de sair clicando tudo

tar um momento harmonioso e torná-lo

para armazenamento e transporte,

o que vê, saiba que a fotografia

símbolo de amor e paz. É a captação

como CD-ROMs. Cresce a procura por

também é uma profissão, e muita gente

de imagens com o uso de câmeras e

esse bacharel para fazer fotos de arti-

ganha dinheiro em cima disso, confira:

sua gravação e reprodução em papel

gos a serem expostos em sites de co-

A Fotografia é a arte de conseguir expr-

ou meios digitais.

mércio eletrônico da internet.

essar um momento único, que só per-

O fotógrafo domina o uso de máqui-

O que fazer como profissional

tence a um par de olhos. E, a mais nen-

nas, lentes e filmes, além de conhecer

Restauração e conservação - Trabalhar

hum. Pois, cada um vê o mundo do seu

as técnicas de revelação, ampliação

em ateliês ou laboratórios, pesquisar e

jeito: uns mais coloridos, outros menos;

e tratamento de imagens. Ele aplica

aplicar técnicas de restauração e con-

uns alegres, outros tristes; alguns preo-

conhecimentos sobre angulação, ilu-

servação de imagens.

cupados com problemas sociais, out-

minação e enquadramento a fim de

Fotojornalismo - Fazer reportagem jor-

ros, em retratar situações inusitadas e

conseguir o melhor resultado ao captar

nalística e editar as fotos para jornais,

divertidas.

fatos, pessoas, paisagens ou objetos.

revistas, agências de notícias ou sites

A Fotografia é, portanto, a expressão

Registra a imagem de fachadas de

da internet.

mais íntima do olhar do fotógrafo sobre

edifícios, obras de arte, eventos soci-

o que ele vê. Por isso, ela é uma das

ais e esportivos. Em estúdio, fotografa

O curso

mais sublimes formas de expressão

produtos para outdoors e anúncios para

Existe um único curso no país, ofer-

do ser humano, pois consegue trans-

ser publicados em revistas ou jornais.

ecido pelas Faculdades Senac, em

formar um segundo numa imagem que

O avanço tecnológico tem mudado o

São Paulo. O currículo básico traz dis-

poderá ficar para sempre. Ou flagrar

dia-a-dia da profissão, com as câmeras

ciplinas como história da arte e da fo-

uma situação e fazer dela tema para

digitais, que dispensam filmes, os soft-

tografia. materiais fotográficos.

V

Divulgação


12 FOTO EM FOCO


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