Officemall Itália TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO
ALUNO: LUCAS DOS SANTOS GABRIEL
Edifício comercial em Salto
LUCAS DOS SANTOS GABRIEL
Trabalho
Final de Graduação
apresentado
Arquitetura Centro
ao
e
curso
Urbanismo
Universitário
de
do
Nossa
Senhora do Patrocínio para a obtenção do título de Arquiteto e Urbanista.
Orientador: Rodrigo Rocha Cardoso
Salto 2018
EDIFÍCIO COMERCIAL EM SALTO
“Olho o mapa da cidade como quem examinasse a anatomia de um corpo... (E nem que fosse o meu corpo!) Sinto uma dor infinita das ruas de Porto Alegre onde jamais passarei... Há tanta esquina esquisita, tanta nuança de paredes, há tanta moça bonita nas ruas que não andei (e há uma rua encantada que nem em sonhos sonhei...) Quando eu for, um dia desses, poeira ou folha levada no vento da madrugada, serei um pouco do nada invisível, delicioso que faz com que o teu ar pareça mais um olhar, suave mistério amoroso, cidade de meu andar (deste já tão longo andar!) E talvez de meu repouso...” O Mapa - Mário Quintana
Edifício comercial em Salto
Primeiramente à Deus por sempre estar ao meu lado, aos meus pais que não mediram esforços para que eu chegasse até esta etapa de minha vida. Dedico também a todos os professores que me acompanharam durante a graduação.
DEDICATÓRIA
PÁGINAS LISTA DE FIGURAS........................................................................................................................................................................................
09
RESUMO.........................................................................................................................................................................................................
13
APRESENTAÇÃO............................................................................................................................................................................................................
15
1.
INTRODUÇÃO................................................................................................................................................................................................
16
OBJETO..........................................................................................................................................................................................................
21
1.1.1. OBJETIVO GERAL..........................................................................................................................................................................................
21
1.1.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS............................................................................................................................................................................
21
1.2.
JUSTIFICATIVA E SÍNTESE DA BIBLIOGRÁFICA FUNDAMENTAL.............................................................................................................
22
RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA................................................................................................................................................................
27
EDIFÍCIO ITÁLIA.............................................................................................................................................................................................
28
2.1.1. ANÁLISE DA ESCOLHA.................................................................................................................................................................................
29
2.1.2. FICHA TÉCNICA.............................................................................................................................................................................................
30
2.1.3. ANÁLISE.........................................................................................................................................................................................................
31
2.1.4. FLUXOGRAMA................................................................................................................................................................................................
39
2.2.
GALERIA CALIFÓRNIA...................................................................................................................................................................................
41
2.2.1. ANÁLISE DA ESCOLHA.................................................................................................................................................................................
42
2.2.2. FICHA TÉCNICA.............................................................................................................................................................................................
44
1.1.
2. 2.1.
SUMÁRIO
Edifício comercial em Salto
PÁGINAS 2.2.3. ANÁLISE..........................................................................................................................................................................................................
45
2.2.4. FLUXOGRAMA................................................................................................................................................................................................
50
2.3.
GALERIA METRÓPOLE..................................................................................................................................................................................
52
2.3.1. ANÁLISE DA ESCOLHA..................................................................................................................................................................................
53
2.3.2. FICHA TÉCNICA.............................................................................................................................................................................................
55
2.3.3. ANÁLISE..........................................................................................................................................................................................................
56
2.3.4. FLUXOGRAMA................................................................................................................................................................................................
63
VISITA TÉCNICA – DATAS.............................................................................................................................................................................
65
DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO.............................................................................................................................................
67
3.1.
O PAÍS.............................................................................................................................................................................................................
68
3.2.
A CIDADE........................................................................................................................................................................................................
69
3.3.
O BAIRRO.......................................................................................................................................................................................................
70
3.4.
USO DO SOLO................................................................................................................................................................................................
72
3.5.
MAPEAMENTO DO USO DO SOLO...............................................................................................................................................................
73
3.6.
GABARITO......................................................................................................................................................................................................
74
3.7.
FLUXO VIÁRIO................................................................................................................................................................................................
76
3.8.
TRANSPORTE COLETIVO.............................................................................................................................................................................
78
2.4. 3.
SUMÁRIO
PÁGINAS 3.9.
ESTACIONAMENTO.....................................................................................................................................................................................
80
3.10.
LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO DO ENTORNO.....................................................................................................................................
81
3.11.
LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO DO TERRENO.....................................................................................................................................
88
3.12.
CARACTERÍSTICAS DO TERRENO............................................................................................................................................................
89
3.13.
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL............................................................................................................................................................................
90
3.14.
VISITA NO TERRENO – DATA.....................................................................................................................................................................
91
REFERÊNCIAS PROJETUAIS.....................................................................................................................................................................
92
GALERIA DO ROCK.....................................................................................................................................................................................
94
4.1.1. FICHA TÉCNICA...........................................................................................................................................................................................
95
4.1.2. ANÁLISE........................................................................................................................................................................................................
96
4. 4.1.
4.2.
EDIFÍCIO VALONGO BRASIL.......................................................................................................................................................................
102
4.2.1. FICHA TÉCNICA...........................................................................................................................................................................................
103
4.2.2. ANÁLISE........................................................................................................................................................................................................
104
4.3.
CONJUNTO NACIONAL...............................................................................................................................................................................
114
4.3.1. FICHA TÉCNICA...........................................................................................................................................................................................
115
4.3.2. ANÁLISE........................................................................................................................................................................................................
116
PROPOSTA...................................................................................................................................................................................................
128
CONCEITO E PARTIDO...............................................................................................................................................................................
129
5. 5.1.
SUMÁRIO
Edifício comercial em Salto
PÁGINAS 5.2.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS ......................................................................................................................................................................
130
5.3.
FLUXOGRAMA............................................................................................................................................................................................
131
5.4.
DIAGRAMA..................................................................................................................................................................................................
132
5.5.
INFORMAÇÕES PROJETUAIS...................................................................................................................................................................
133
6.
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................................................................................................
137
7.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................................................................................................
138
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS
Edifício comercial em Salto
PÁGINAS FIGURA 1. EDIFÍCIO ITÁLIA/CKTURISTANDO............................. 28
PÁGINAS FIGURA 17. GALERIA CALIFÓRNIA/FOURSQUARE ....................... 41
FIGURA 2. GOOGLE EARTH PRO/AUTOR...................................
30
FIGURA 18. FACHADA DO ED. E GAL. CALIFÓRNIA/JULIA PETIT
43
FIGURA 3. EDIFÍCIO ITÁLIA/GOOGLE EARTH............................
32
FIGURA 19. GOOGLE EARTH PRO/AUTOR ....................................
44
FIGURA 4. EDIFÍCIO ITÁLIA/VEJA/SP..........................................
32
FIGURA 20. RECEPÇÃO/FOURSQUARE .........................................
45
FIGURA 5. ACESSO/AUTOR ........................................................
32
FIGURA 21. ESCADA/FOURSQUARE ..............................................
45
FIGURA 6. CIRCOLO ITALIANO/VEJA-SP....................................
33
FIGURA 22. CALÇADÃO/SPCITY ......................................................
46
FIGURA 7. TEATRO/CIRCOLO ITALIANO ...................................
34
FIGURA 23. RESTAURAÇÃO 1/UNIESP............................................
47
FIGURA 8. EDIFÍCIO ITÁLIA/DIVULGAÇÃO ................................
35
FIGURA 24. RESTAURAÇÃO 2/UNIESP............................................
47
FIGURA 9. SALA COMERCIAL/DIVULGAÇÃO .............................
36
FIGURA 25. JARDIM GALERIA CALIFÓRNIA/SPCITY......................
49
FIGURA 10. EDIFÍCIO ITÁLIA/CAU-SP.........................................
37
FIGURA 26. GALERIA CALIFÓRNIA/PASSEIOSP.............................
51
FIGURA 11. EDIFÍCIO ITÁLIA/CIRCOLO ITLIANO .......................
38
FIGURA 27. JARDIM PÁTIO INTERNO/DIVULGAÇÃO......................
51
FIGURA 12. INTERIOR DO TERRAÇO/AUTOR ...........................
40
FIGURA 28. GALERIA/CYNTHIA AUGUSTA......................................
51
FIGURA 13. BAR TERRAÇO/AUTOR ...........................................
40
FIGURA 29. GALERIA CALIFÓRNIA/FOURSQUARE........................
52
FIGURA 14. VISÃO PANORÂMICA/AUTOR .................................
40
FIGURA 30. PERSPECTIVA/ARCOWEB............................................
53
FIGURA 15. TERRAÇO/LEBLOG ..................................................
40
FIGURA 31. GALERIA METRÓPOLE/HISTÓRIA DE SP....................
54
FIGURA 16. TERRAÇO/VEJA-SP .................................................
40
FIGURA 32. CORTE PARCIAL DA G. METRÓPOLE/ARCOWEB......
54
LISTA DE FIGURAS
PÁGINAS FIGURA 33. GOOGLE EARTH PRO/AUTOR................................. 55
PÁGINAS FIGURA 49. EDIFÍCIO UNIVERSO/PREFEITURA DE SALTO........... 69
FIGURA 34. ACESSO ESTACIONAMENTO/FOURSQUARE........
56
FIGURA 50. CENTRAL PARQUE/CIPASA.........................................
70
FIGURA 35. GALERIA METRÓPOLE/CENTRO EM FOCO...........
57
FIGURA 51. VISTA AÉREA DE SALTO – DRONE/ROBSON SILVA..
75
FIGURA 36. PAVIMENTO SÃO PAULO/SPCITY...........................
58
FIGURA 52. CENTRO CONSOLIDADO/PREFEITURA DE SALTO....
75
FIGURA 37. PAVIMENTO LONDRES/SPCITY..............................
59
FIGURA 53. CENTRAL PARQUE – GOOGLE MAPS/AUTOR............
76
FIGURA 38. PAVIMENTO PARIS...................................................
60
FIGURA 54. AVENIDA GETÚLIO VARGAS/CIPASA..........................
77
FIGURA 39. SACADA EM FRENTE AVENIDA/SPCITY.................
60
FIGURA 55. ROD. SANTOS DUMONT-SP-75/AUTOR......................
77
FIGURA 40. TORRE DE SALAS COMERCIAIS.............................
61
FIGURA 56. TERMINAL RODOVIÁRIO DE SALTO/AUTOR..............
79
FIGURA 41. TORRE DE SALAS COMERCIAIS 2..........................
62
FIGURA 57. AEROPORTO DE GUARULHOS/DIVULGAÇÃO...........
80
FIGURA 42. GALERIA METRÓPOLE/VEJA-SP.............................
62
FIGURA 58. VISTA AÉREA – GOOGLE EARTH PRO/AUTOR..........
81
FIGURA 43. CONJ. DE ESCADA/ARQUIVO ARQ.........................
64
FIGURA 59. HOTEL PLAZA/AUTOR...................................................
82
FIGURA 44. CONJ. DE ESCADAS ROLANTES/ARQUIVO ARQ..
64
FIGURA 60. ACESSO MCDONALD’S/AUTOR...................................
82
FIGURA 45. PAV. TÉRREO GAL. METRÓPOLE/ARQUIVO ARQ.
64
FIGURA 61. HOSPITAL SÃO CAMILO/GRUPO MR...........................
83
FIGURA 46. PRAÇA DOM JOSÉ GASPAR/AUTOR......................
64
FIGURA 62. SUPERMERCADO SÃO VICENTE/AUTOR...................
83
FIGURA 47. CORTE GAL. METRÓPOLE/VITRUVIUS..................
64
FIGURA 63. GLEBA AC3/AUTOR.......................................................
84
FIGURA 48. EDIFÍCIO NOVO CENTRO/DIVULGAÇÃO................
69
FIGURA 64. GLEBA AC3 2/AUTOR....................................................
85
LISTA DE FIGURAS
Edifício comercial em Salto
PÁGINAS FIGURA 65. NÍVEL DA GETÚLIO VARGAS/AUTOR..................... 85
PÁGINAS FIGURA 81. SACADA DA GALERIA DO ROCK/ARCOWEB.............. 99
FIGURA 66. TOPOGRAFIA GLEBA AC3/AUTOR..........................
86
FIGURA 82. GALERIA DO ROCK 1/ARCOWEB – AUTOR................
100
FIGURA 67. DECLIVIDADE GLEBA AC3/AUTOR.........................
86
FIGURA 83. GALERIA DO ROCK 2/ARCOWEB – AUTOR................
100
FIGURA 68. FUNDO DAS CONST. NO ENTORNO/AUTOR.........
87
FIGURA 84. GALERIA DO ROCK – SACADA/ARCOWEB.................
101
FIGURA 69. AVENIDA DE ACESSO/AUTOR................................
87
FIGURA 85. EDIFÍCIO VALONGO BRASIL/ARCOWEB.....................
102
FIGURA 70. TOPOGRAFIA/AUTOR..............................................
88
FIGURA 86. EQUIPE/AFLALO GASPERINI........................................
103
FIGURA 71. PERSPECTIVAS CENTRAL PARQUE/CIPASA........
91
FIGURA 87. INTEGRAÇÃO DO EDIFÍCIO/ARCOWEB......................
103
FIGURA 72. GALERIA CALIFÓRNIA/ARCOWEB..........................
94
FIGURA 88. VISTA AÉREA DE SANTOS – G.H./AUTOR..................
104
FIGURA 73. ALFREDO MATHIAS/CAU.........................................
95
FIGURA 89. EDIFÍCIO VALONGO BRASIL/ODEBRECHT ................
105
FIGURA 74. ABERTURAS EM FORMAS OVAIS/ARCOWEB........
95
FIGURA 90. PAV. TÉRREO – ED. VALONGO/ARCOWEB................
106
FIGURA 75. VISTA AÉREA DE SP – GOOGLE EARTH/AUTOR..
96
FIGURA 91. MEZ. PAV. TÉRREO – ED. VALONGO BR/ARCOWEB.
107
FIGURA 76. CORREDOR DA GALERIA DO ROCK/CAU-SP........
98
FIGURA 92. 2 E 3 PAV. – ED. VALONGO BR./ARCOWEB ...............
108
FIGURA 77. FACHADA DA GALERIA DO ROCK/VEJA................
99
FIGURA 93. DO 4º AO 20º PAV. – ED. VALONGO BR./ARCOWEB..
109
FIGURA 78. VISTA AÉREA DE SP/VEJA......................................
99
FIGURA 94. CONSTRUÇÃO – ED. VALONGO BR./VALONGO.........
110
FIGURA 79. FACHADA DA GALERIA DO ROCK/ARCOWEB.......
99
FIGURA 95. COBERTURA – ED. VALONGO BR./ARCOWEB...........
110
FIGURA 80. CORREDOR INTERNO G. ROCK/FOURSQUARE...
99
FIGURA 96. CIRC. VERTICAL – ED. VALONGO BR./AFLALO..........
111
LISTA DE FIGURAS
PÁGINAS FIGURA 97. LATERAL DO ED. VALONGO BR./AFLALO.............. 112
PÁGINAS FIGURA 113. SUBSOLO 1 – CONJ. NACIONAL/ARQUIVO ARQ......... 121
FIGURA 98. ACESSO PRINCIPAL-ED. VALONGO BR. AFLALO.
112
FIGURA 114. PAV. TÉRREO – CONJ. NACIONAL/ ARQUIVO ARQ....
122
FIGURA 99. SALA CORPORATIVA – ED. VALONGO/AFLALO....
112
FIGURA 115. PRIM. PAV. – CONJ. NACIONAL/ARQUIVO ARQ..........
123
FIGURA 100. BAIRRO VALONGO - SANTOS/ARCOWEB............
112
FIGURA 116. ESC. ROLANTE – CONJ. NAC./ARQUIVO ARQ............
124
FIGURA 101. SACADAS DO ED. VALONGO BR./AFLALO...........
113
FIGURA 117. SEG. PAV. – CONJ. NACIONAL/ARQUIVO ARQ...........
124
FIGURA 102. LATERAL 2 DO ED. VALONGO BR./AFLALO.........
113
FIGURA 118. TERRAÇO JARDIM – CONJ. NAC./ARQUIVO ARQ.......
125
FIGURA 103. RECEPÇÃO DO ED. VALONGO BR./AFLALO........
113
FIGURA 119. CROQUI DAVID LIBESKIND/FAMÍLIA LIBESKIND.........
126
FIGURA 104. CORREDOR PRINC. – ED. VALONGO/AFLALO....
113
FIGURA 120. FLUXO ININTERRUPTO/SESCTV..................................
127
FIGURA 105. CONJ. NACIONAL/DIVULGAÇÃO COND...............
114
FIGURA 121. CORREDORES DO CONJ. NAC./SESCTV....................
127
FIGURA 106. DAVID LIBESKIND/ARCHDAILY.............................
115
FIGURA 122. TERRAÇO-JARDIM/BARBIERI.......................................
127
FIGURA 107. FLUXO CONJ. NACIONAL......................................
115
FIGURA 123. CÚPULA DO CONJ. NACIONAL/SESCTV......................
127
FIGURA 108. VISTA AÉREA DE SP-GOOGLE EARTH/AUTOR...
116
FIGURA 124. LÂMINA VERTICAL/SESCTV..........................................
127
FIGURA 109. CONJUNTO NACIONAL/CATRACA LIVRE.............
117
FIGURA 125. MAQUETE ELETRÔNICA PROPOSTA/SAMUEL S........
128
FIGURA 110. DIAGRAMA CONJ. NACIONAL/LUANA PEDROSA
119
FIGURA 126. VOLUMETRIA DA PROPOSTA/AUTOR..........................
129
FIGURA 111. CONJUNTO NACIONAL/DIVULGAÇÃO..................
119
FIGURA 127. INFOGRÁFICOS DE SETORIZAÇÃO 1/AUTOR.............
132
FIGURA 112. SUBSOLO 2 – CONJ. NACIONAL/ARQUIVO ARQ.
120
FIGURA 128. INFOGRÁFICOS DE SETORIZAÇÃO 2/AUTOR.............
132
LISTA DE FIGURAS
Edifício comercial em Salto
FIGURA 129. PISO INTERTRAVADO/PISOPAV...........................
133
FIGURA 130. PROPOSTA OFFICEMALL ITÁLIA/AUTOR.............
133
Este trabalho discute a construção e a importância
FIGURA 131. PROPOSTAS DE MOBILIÁRIOS URBANOS..........
134
de edifícios comerciais dentro de uma cidade em
FIGURA 132. RAMPAS PARA SUBSOLO/AUTOR........................
135
crescimento,
FIGURA 133. EIXOS ESTRUTURAIS/AUTOR...............................
136
modernização de regiões metropolitanas e, depois da sua interiorização.
em
meio
Devido
ao
ao
processo
crescimento
análogo
acelerado
da
da
indústria e da população no século XX, a cidade de Salto iniciou a desenvolvimento do comércio, sobretudo de modo tardio e muito condicionado a Itu e Indaiatuba, apontando um déficit ainda existente de edificações comerciais atrativas e diversificadas. Entender a dinâmica do mercado
local em relação a região, tendo em vista defender a proposta do projeto elucida que essas construções viabilizam características da vida contemporânea e suprem suas necessidades, melhorando, portanto, a qualidade de vida, segurança, lazer e constituindo convívio social.
RESUMO
Edifício comercial em Salto
APRESENTAÇÃO
Nas grandes cidades brasileiras, visando aproveitar a grande
Teixeira e Vila Nova. Tudo foi idealizado para atender as necessidades
urbanidade, muitos edifícios passaram a incorporar em seus pavimentos
daquela época, onde basicamente iniciou seu desenvolvimento através
térreos galerias comerciais, rede de lojas, e dando assim os primeiros
das lavouras da cana-de-açúcar.
sinais de uma relação direta com a calçada, integrando o público-privado ao mesmo lugar (FONTENELE, 2010).
Muito dependente de Itu, a cidade foi ganhando autonomia administrativa aos poucos, e crescendo à mercê de Itu e região. Essa
Este diálogo entre interno e externo são transformadores da
vinculação com outras cidades fez com que a população se
vida urbana, principalmente em São Paulo entre as décadas de 1950 e
acostumasse com este hábito, e o comércio em consequência disso, foi
1960, demonstrando um novo potencial para agregar a arquitetura. Nos
crescendo de maneira cautelosa e tardia.
dias de hoje, essas estratégias se estende por cidades de menor escala,
Devido ao crescimento industrial, aconteceu uma grande
transformando espaços privativos com qualidades de espaços públicos.
explosão demográfica, e começaram a surgir os primeiros comércios e
Essas transformações urbanas vinculadas com o crescimento da cidade
serviços, estes localizados na Rua Nove de Julho, devido ao crescente
incentiva um novo padrão de vida, mas para tanto, é necessário
fluxo da SP-75.
compreender a formação, o desenvolvimento e os interesses urbanos da cidade, de modo a garantir o sucesso do empreendimento.
Nesta época Salto expandia novos bairros de maneira descontrolada e cada vez mais, bairros como Vila Teixeira e Vila Nova
Em um retrospecto da evolução urbanística, percebe-se que
foram passando por transformações comerciais. Para disponibilizar
Salto cresceu no entorno da Capela em devoção à Nossa Senhora do
lugares aos comerciantes, os moradores por sua vez moravam nos
Monte Serrat, dando origem aos primeiros bairros da cidade: Vila
fundos ou no pavimento superior dessas edificações, e este padrão se
1. INTRODUÇÃO
16
Edifício comercial em Salto
mantém
até
hoje
em grande
parte
do
centro,
demonstrando
O comércio varejista não possui grande destaque, com muitos moradores inclusive optando por comprar fora da cidade.
características (em menor escala) do ocorrido em São Paulo.
Quatro grandes cadeias varejistas possuem lojas em Salto - Casas Bahia, Magazine Luísa, Carrefour e Lojas Cem. (MPP&R, 2017).
A cidade carrega característica consequente da urbanização brasileira, onde tem muitas regiões periféricas e precárias de
É necessário que haja mudança na dinâmica da cidade para
investimentos por parte da administração municipal, pois o centro da
que população possa usufruir e suprir suas necessidades dentro do
cidade já estava consolidado e a população deprecava por loteamentos
próprio município, mostrando ser autossuficiente e altamente atrativa,
urbanos acessíveis, e em sua falta, foram surgindo ocupações
mas para isso, é necessário investir na modernização da infraestrutura e
irregulares.
entender que a tendência comercial, sobretudo, são edificações que
O centro comercial, entretanto, pouco atrativo e diversificado,
possam abranger diversas funções em um mesmo estabelecimento. Um
faz com que a população saltense frequente as cidades vizinhas em
projeto de Officemall tem a função de abordar um assunto muito em alta
busca de grandes lojas nacionais e vasta quantidade de comércios e
nesses últimos anos, afinal é uma tendência mundial, e está envolvida
serviços, afinal Itu e Indaiatuba são cidades que contam com esse
diretamente com a cultura e bem-estar da população.
estímulo em potencial, notadamente por conta dos shopping-centers.
Os empreendedores entendem que atualmente os escritórios e
Em outras palavras podemos dizer que a cidade continua perdendo
redes de lojas estão deixando de ter a edificação própria e fazendo parte
demanda por esse atraso.
do sistema de locação “No passado, as companhias investiam em
17
1. INTRODUÇÃO
imóvel próprio porque não havia oportunidades interessantes no
Uma empresa bem conhecida, ao lado de um pequeno comércio; um
mercado. Hoje, isso deixou de ser vantajoso” (NADER, 2010).
café ao lado de galeria de uma arte, seguida por um supermercado, são exemplos da variedade. (LANDRY, 2010).
Em um estudo realizado no último ano mostrou que após a intensa crise econômica, o Brasil vem adquirindo novas expectativas de crescimento, e os setores imobiliários e comerciais devem ser os mais incentivados e consequentemente, a taxa de vacância em prédios comerciais tendem a cair, e a demanda subir (Cushman & Wakefield, 2017).
Officemall, tipologia que integra salas e lojas em um mesmo projeto agrega público distinto e abrange maior diversidade, mantendo
um único objetivo: vitalidade e atratividade da população. O anseio para que Salto consiga se tornar cada vez mais uma cidade desenvolvida e competitiva na região, essencialmente precisa ter
A contextualização em desenvolver uma arquitetura comercial e projetar espaços com qualidade presume do conhecimento e coerência na busca pela adaptação de edificações extremamente dinâmicas e
fundamentais, pois estabelecem um papel de protagonismo nas transformações da paisagem urbana.
essas são premissas deste Trabalho Final de Graduação. A escolha do tema incidiu pela ideia de integrar ao novo centro da cidade um equipamento privado de uso comercial, atendendo duas categorias: lojas e salas comerciais. Para a consolidação desta ideia, faz se
Edifícios comerciais de plantas livres oferecem atributos que são essenciais para o comércio da contemporaneidade. Para tanto, os espaços precisam possibilitar experiências diversificadas, abrangendo compras, lazer e o consumo do lugar.
1. INTRODUÇÃO
em sua base um comércio intenso, diversificado e contemporâneo, e
necessário entender a dinâmica da cidade, sua demanda, e como ocorreu a evolução urbanística na história recente, afinal está acontecendo uma nova centralidade, e é preciso de antemão
compreender o comportamento do mercado local.
18
20
1.1. OBJETO
Edifício comercial em Salto
1.1.1. Objetivo geral •
Identificar fatores que propiciam a construção de um prédio comercial em Salto.
1.1.2. Objetivos específicos •
Estudar elementos que compõem a arquitetura comercial e analisar as tendências construtivas;
•
Identificar a reação do mercado local e quais as maneiras de potencializá-lo;
•
Apresentar informações dos prédios comerciais existentes e analisar a
demanda por salas comerciais, bem como a quantidade de profissionais liberais que atuam na cidade; •
21
Identificar a área para intervenção.
1.1. OBJETO
Os grandes empreendimentos comerciais, combinados com a
alugados, não exerce influência alguma para população, pois não tem
crise que o país tem passado nos últimos anos, estabelecem uma
estímulos suficientes, uma que está no entorno da região mais velha do
relação de desenvolvimento, ou seja, inicia uma posição de destaque na
município, que não tem um perfil assíduo para frequentar o
gestão urbana pelo seu potencial de desenvolvimento econômico na
estabelecimento, e a população predisposta para esse consumo vive em
geração de emprego e renda, também no social, no abastecimento,
grande proporção nas regiões mais novas da cidade, principalmente na
recreação e lazer. Assim, o empreendimento comercial assume
zona noroeste de Salto, em bairros como Jardim Elizabeth, Jardim
importante papel na sistemática urbana, pois está atrelada a geração de
Celani, Central Parque, Vila Norma, Jardim Saltense, São João, Bom
receita e renda (fornecimento de produtos gerados por todos os setores
Retiro, São Gabriel, além dos condomínios e loteamentos fechados que
da economia, encadeando parte do sistema como serviço, produção e
predominam nesta região. Um empreendimento integrado na rodovia de
consumo), criação de novos postos de trabalho, distribuição de recursos
intenso tráfego, atrelado ao crescimento dessa área considerada o ‘novo
para sua população nas suas diversas escalas de consumo, contribuição
centro’ e principalmente incentivado pela gestão pública, faz com que
para a centralidade e otimização para atividades sociais, incentivo da
seja uma ótima iniciativa para a cidade.
atratividade urbana na escala local e regional, inclusive de atividades turísticas (VARGAS, 2000).
espaços dinâmicos e de fácil acesso à população. Para o sucesso do
O contexto da cidade atual aponta déficit de novas áreas de aglomeração urbana e incentivos a atividades comerciais. A ‘Galeria Shopping Salto’, localizada no centro, embora com todos os recintos
1.2. JUSTIFICATIVA E SÍNTESE DA BIBLIOGRAFIA FUNDAMENTAL
As lojas e salas comerciais juntamente com a arquitetura criam
22
empreendimento,
deve-se
permitir
a
passagem
e
estimular
a
permanência do público, seja para o consumo ou não. A criação de espaços privativos, seguros e controlados são o
Edifício comercial em Salto
o centro das atenções dos consumidores do século XXI (FONSECA,
coerente com as propostas públicas, sendo elas: Hotel Plaza, o
1991, p. 36).
supermercado São Vicente, o maior posto de combustível da cidade
Desde que foi anunciado o lançamento do Central Parque, os empreendedores
do
loteamento
em parceria
com
a
prefeitura
oficializaram a notícia de que o centro cívico será realocado para este
adjunto a um restaurante, além de redes de fast-food como McDonald’s e Burger King, e da construção do novo prédio da IFESP (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo).
bairro, bem como foi prometido grande investimento para trazer a cidade
A cidade tem recebido nos últimos anos muitas empresas de
um novo potencial de comércio e infraestrutura, com equipamentos
pequeno e médio porte, além de lojas âncoras, que na falta de
como galerias comerciais, escolas técnicas, e até mesmo, um futuro
infraestrutura como galerias e prédios comerciais, foram dispostas em
shopping-center. O loteamento abrange quatro etapas, sendo duas
ruas tradicionais do centro. Esse processo foi acontecendo lentamente
delas de uso residencial (Central Parque e Ilha de Capri), uma de uso
porque a cidade crescia à mercê das grandes áreas metropolitanas
comercial e a outra dedicada ao distrito industrial, as duas últimas
devido sua proximidade, estando a 100 km da capital do Estado, e numa
respectivamente as maiores da cidade.
região
extremamente
comercial
e
industrial,
impulsionadas
por
Segundo a Prefeitura, atualmente a cidade está passando por
Campinas, Sorocaba, Jundiaí e Piracicaba. Além disso, a cidade de
uma transição de centralidade, e constituirá um novo centro cívico nos
Salto tem a localização estratégica, onde possui as melhores rodovias
próximos anos. Com uso do solo predominantemente comercial, a
do Brasil, e está a cerca de 22 km do aeroporto de Viracopos,
região já possui edificações pioneiras na Avenida Getúlio Vargas, que
considerado o maior do ramo comercial do país, e a 180 km do Porto de
consideram à área como futura demanda para um desenvolvimento
Santos, este considerado o maior centro de exportação da América
23
1.2. JUSTIFICATIVA E SÍNTESE DA BIBLIOGRAFIA FUNDAMENTAL
Quanto maior é a densidade da população em uma cidade, menores
Latina. O município cresceu muito na última década em vários
são as distâncias para percorrer. Consequência: aumentar a densidade do centro das cidades, sede dos negócios (CORBUSIER,
aspectos, tais como populacional, urbanístico e principalmente o
2000, p. 158).
econômico; e segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o PIB da cidade passou de R$ 1,6 bilhão em 2007 para R$
Em pesquisa realizada também pelo IBGE em 2015, apontou
5,6 bilhões, em 2017, registrando um crescimento de 350%. O PIB per
que existem 3,992 empresas cadastradas na cidade, além disso, no
capita passou de R$ 15.172,01 em 2007 para R$ 49.036,44 em 2015.
último levantamento do Sebrae, realizado em 2016, mostrou que a
Em termos comparativos, Salto tem um PIB per capita 38% maior do
cidade tem em torno de 600 profissionais liberais (pessoas físicas) que
que o da média nacional, que no último censo realizado em 2016,
são contribuintes do ISS. Já em empregos formais, a cidade conta com
mostrou que o Brasil tem R$ 30.407,00 por habitante.
34,536 pessoas, o que representa 30,2% da população, e a média do
Com 116,191 habitantes, de acordo com o IBGE, no
salário mensal em Salto equivale em 2,8 salários mínimos.
levantamento realizado em 2017, a cidade tem uma densidade
Segundo SECOVI-SP, o índice de valores médio do aluguel no
demográfica de 792,13 hab/km², a segunda maior da microrregião, atrás
estado de São Paulo registrou um crescimento 8,47% em 2017, e
somente de Sorocaba.
tomando como base as expectativas do setor imobiliário, aliadas ao Boletim Focus do Bacen (Banco Central do Brasil) que apontam um crescimento de 3% do PIB em 2018, é possível estimar um crescimento nas vendas entre 5% a 10%, ficando num patamar próximo aos números
JUSTIFICATIVA E SÍNTESE DA BIBLIOGRAFIA FUNDAMENTAL
24
Edifício comercial em Salto
de 2017, que registrou uma recuperação econômica.
aluguel. Em dados estatísticos, os dois prédios somam 113 salas
Em termos comparativos, segundo IBRE/FGV, nas maiores
comerciais, sendo que 93% está em uso e 13% em vacância,
regiões do estado como a área metropolitana de São Paulo existem
considerado pela CBRE (CB Richard Ellis) um número bom de salas
mais de 2,800 edifícios comerciais, e em atividade construtiva 810,272
disponíveis, pois até 25% é aceitável para o crescimento.
m², Campinas tem 169 edifícios comerciais, e em expansão 24,810 m²,
Em pesquisa por busca de dados estatísticos a respeito das
já em cidades de médio porte como Osasco existem 24 edifícios
demandas na cidade, foi constatado que o município está passando por
comerciais, em Santo André são 21, em Diadema são 14, em São
intensas mudanças urbanísticas, e o primeiro passo, foi a Prefeitura
Caetano do Sul são 12 e em Itu são 4, em cidades de médio porte, a
incentivar o crescimento comercial, quando em sua atualização da Lei
expansão é estimada em 5,000 m² nos últimos anos.
de Uso e Ocupação de Solo, aprovado em 2017, destinou diversas
Há dois prédios comerciais verticais no centro da cidade, ambos localizados na Rua Nove de Julho, e segundo a administração do
áreas para distrito industrial, bem como, comercial, visando crescimento futuro.
edifício Novo Centro, o prédio tem oito pavimentos, sendo o térreo a
A ideia é desenvolver um edifício comercial privado para abrigar
recepção, ao lado alugado por uma grande rede de varejo (Magazine
lojas no térreo e salas comerciais nos demais pavimentos. Dessa forma
Luíza), e os demais pavimentos para 56 salas comerciais, e apenas 6
torna-se público-privado e integrado com a urbanidade, atraindo as mais
disponíveis para compra ou aluguel. Já o edifício Universo, conta com 9
variadas classes da sociedade.
pavimentos, sendo o térreo para administração, e os demais pavimentos
Desta forma, o projeto trará uma arquitetura totalmente
para 57 salas comerciais, e apenas 9 disponíveis para compra ou
adaptável para todo tipo de empresas e comércios, com diversas opções
25
JUSTIFICATIVA E SÍNTESE DA BIBLIOGRAFIA FUNDAMENTAL
de layout e dimensões. Esse edifício viria de antemão atender a este novo centro, dando parâmetro e infraestrutura adequada. Contudo, deverá respeitar a legislação municipal no qual estabelece limites para construções verticais:
JUSTIFICATIVA E SÍNTESE DA BIBLIOGRAFIA FUNDAMENTAL
26
Edifício comercial em Salto
27
2. RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA
1. EDIFÍCIO ITÁLIA
Circolo Italiano
Figura 1: Edifício Itália/ckturistando
2.1. EDIFÍCIO ITÁLIA
28
Edifício comercial em Salto
Escolher obras arquitetônicas para colocar em um relatório de visita
Com quase trezentos condôminos e oito mil pessoas circulando por
técnica requer muita pesquisa a partir de uma seleção concisa. O Edifício
dia, o prédio é um dos marcos arquitetônicos da cidade, além da alta
Itália, por sua vez, um dos objetos de estudo deste trabalho, é o segundo
gastronomia italiana constituinte pelo nobre restaurante no terraço, com
maior arranha-céu de São Paulo e o terceiro do Brasil, com 165 metros
vista panorâmica de 360º. O conjunto dessas características o torna um
de altura, é a evolução mais clara da verticalidade de São Paulo. Com
dos mais famosos e esplêndidos locais da grande São Paulo.
sistema estrutural de concreto armado e com vedação de vidro
Com 46 pavimentos, o edifício comercial conta com cerca de 7
modulado, são unidos em uma estrutura singular. Uma forma composta
quilômetros de circulação entre corredores e escadarias, tendo sua
por poucas partes e projetadas com extrema precisão. Com linhas
implantação totalmente integrada com a urbanidade, o que facilita o
simples e funcionais, não há rusticidade em sua arquitetura. Cada curva
acesso das pessoas, demonstrando através do fluxo, o seu potencial
perfeita serve para sua eficiência de design ininterrupto, fazendo com que
como lugar. Essas, sobretudo, foram as premissas as quais foi escolhido
as
uma
como uma das visitas técnicas, afim de compreender sua complexidade
composição
arquitetônica e averiguar sua funcionalidade diante de São Paulo, a maior
intricadas
continuidade
composições entre
os
de
sua
materiais,
estrutura
evidenciando
estabeleçam uma
completamente conectada.
cidade da américa latina.
Toda sua engenhosidade pioneira chama atenção, e é tido como um expoente da arquitetura moderna brasileira, dentro do coração de São Paulo.
29
2.1.1. EDIFÍCIO ITÁLIA ANÁLISE DA ESCOLHA
FICHA TÉCNICA Arquiteto: Franz Heep (alemão) Ano: 1960 Área do terreno: 2,382 m² Área construída: 52,000 m² Localização: Av. Ipiranga (esq. Av. São Luís) – nº 344 – São Paulo Pavimentos: 46 (165 metros) Período de construção: 1960 - 1965 Estado de conservação: bom Uso: Comercial e serviços Sistema construtivo: concreto
LOCALIZAÇÃO Figura 2: Google Earth PRO/Autor
2.1.2. EDIFÍCIO ITÁLIA FICHA TÉCNICA
30
Edifício comercial em Salto Nível térreo
O
pavimento
térreo
é
dividido
Subtitle
Lojas
basicamente em duas partes: aos acessos dos escritórios e ao Circolo Italiano, cada um com
Hall Circolo Italiano
seu hall próprio. Além disso, no térreo há 14
Circulação vertical
lojas, sendo 3 delas internas. A principal circulação vertical fica localizada no centro do
Controle e monitoramento
edifício, com 12 elevadores, divididos em 4
acesso
grupos, quantidade suficiente para atender a demanda de oito mil pessoas por dia. O Circolo Italiano é uma área envidraçada
e
privativa,
disposta
para
sócios
Há dois grandes acessos, o que
e
intensifica o tráfego das pessoas, mas
frequentadores para acessar o salão de festas
toda circulação é controlada por uma
e o auditório. Com escadas e elevadores bem
equipe de segurança nos corredores
organizados, tem uma vazão no fluxo bem
e elevadores.
fluída.
acesso
31
2.1.3. EDIFÍCIO ITÁLIA ANÁLISE
As lojas funcionam de modo independente ao Edifício Itália, cada uma com banheiro próprio e com acesso direto pela calçada. A localização privilegiada, no cruzamento de duas vias arteriais importantes, Avenida Ipiranga e Avenida São Luiz em frente à Praça da República representa um grande impacto em seu contexto urbano. Este é exatamente um dos pontos mais interessantes do projeto,
Acesso: Avenida Ipiranga
afinal, souberam aproveitar o fluxo ininterrupto e integrá-lo nas duas vias. Entretanto, foi construído para atender as necessidades daquela época (anos 60), e em seu estacionamento no subsolo há somente 20 vagas disponíveis, números insuficientes para atender a demanda atual. Figura 3: Edifício Itália/Google Earth Figura 4: Edifício Itália/Veja/SP Figura 5: Acesso/Autor
2.1.3. EDIFÍCIO ITÁLIA ANÁLISE
Acesso: Avenida São Luiz
32
Edifício comercial em Salto
1º pavimento O primeiro pavimento é exclusivamente voltado
para
o
Circolo
Italiano.
Com
elevadores na área central, tem ambientes requintados como amplos salões de festas, restaurantes, bares exclusivos, sala de estar para os convidados se acomodarem, além de
Subtitle
Copa/Cozinha Hall Circolo Italiano Circulação vertical W.C.
vestiários e sanitários de total privacidade.
Para serviços de buffet, conta com uma ampla cozinha, despensa e copa. O ambiente é
reservado
para
corporativos.
eventos
sociais
e
Vestiários Salão de festas Sala de estar Restaurante Bar
terraço Figura 6: Circolo Italiano/Veja/SP
33
2.1.3. EDIFÍCIO ITÁLIA ANÁLISE
O teatro Itália, um dos locais mais
Subtitle
prestigiados do edifício, fica no subsolo,
Teatro Itália
possuindo uma acústica muito bem projetada.
Hall Circolo Italiano
As pessoas que chegam no pavimento térreo, são direcionadas ao hall Circolo Italiano e descem de escada ou elevador para o teatro.
Circulação vertical W.C.
O estacionamento, por sua vez, conta com poucas vagas, 20 no total, insuficiente para acomodar todos os clientes. Neste pavimento também ficam as caixas d’água, as bombas hidráulicas, o medidor e a
Depósito / Camarim Caixa d’água, bombas e armazenamento de lixo Estacionamento
área que armazena os lixos em grandes contêineres.
Figura 7: Teatro/Circolo Italiano
2.1.3. EDIFÍCIO ITÁLIA ANÁLISE
34
subsolo
Edifício comercial em Salto
A partir deste pavimento, o prédio começa a se tornar privativo, pois é exclusivo aos funcionários. Com oito salas, administradores e outros profissionais utilizam a área para
Subtitle
2º pav. – Circolo Italiano
Salas/escritórios Circulação vertical W.C.
fazer toda administração predial. Também há outra caixa d’água e salas de máquinas, de modo a precaver o fornecimento de água para toda estrutura. Toda a setorização do edifício é bem
Funcionários/zeladores Caixa d’água e salas de máquinas Circulação
coerente e de fácil circulação.
Figura 8: Edifício Itália/Divulgação
35
2.1.3. EDIFÍCIO ITÁLIA ANÁLISE
Com 10 salas comerciais e 2 grandes salas
para
escritórios
reuniões, de
estão
advogados,
dispostos arquitetos,
Subtitle
Salas/escritórios Salas/salões
engenheiros, editores, entre outros. Com várias
opções
de
dimensões
e
total
flexibilidade no layout, o edifício consegue
Circulação vertical W.C.
atender aos mais exigentes padrões de qualidade.
Circulação
A engenhosidade do prédio é percebida pelos pilares robustos presentes em várias salas comerciais, conforme imagem abaixo.
Figura 9: Sala comercial/Divulgação
2.1.3. EDIFÍCIO ITÁLIA ANÁLISE
36
2º ao 7º pavimento
Edifício comercial em Salto
A partir do 37º pavimento, é necessário utilizar outro elevador em direção ao terraço. Todo
o
trajeto
é
bem
orientado
e
acompanhado pela equipe de funcionários,
Subtitle
Salas/escritórios
8º ao 40º pavimento
Salas/salões Circulação vertical
mas é um problema de mobilidade que surgiu com a expansão vertical que passou posterior
W.C.
a sua inauguração. A questão de segurança é
Circulação
questionável, afinal são turistas e pessoas adentrando pavimentos com salas exclusivas para condôminos.
Ponto de observação (37º pav.)
Figura 10: Edifício Itália/CAU-SP
37
2.1.3. EDIFÍCIO ITÁLIA ANÁLISE
O terraço do Edifício é a área mais nobre do local, com restaurante e bar contemplando
Terraço – 165m
uma visão panorâmica.
Restaurante/bar
Subtitle
Houve intensas modificações desde o projeto original, inclusive foram instaladas as escadas de incêndio e o reservatório superior
Circulação vertical W.C.
de água há cerca de 30 anos. Os visitantes podem conhecer o terraço (serviço pago) e desfrutar da vista mais grandiosa de toda capital paulista.
Cozinha Sala de máquina e reservatório de água
visão panorâmica
Figura 11: Edifício Itália/Circolo Italiano
2.1.3. EDIFÍCIO ITÁLIA ANÁLISE
38
terraço
Edifício comercial em Salto
Acesso
Teatro
Sanitários
Lojas externas
Circulação vertical
Restaurante Circolo
Hall principal
Hall Circolo Italiano
Sanitários
Recepção
Estacionamento
Reservatório de água
Escritórios/ADM
Circulação vertical
W.C./Copa
Recepção
Rest. Terraço Itália
Bar Itália
Camarim
Bar
Cozinha
Sala de Máquinas
Cozinha
Reservatório de água
Mirante Terraço
39
2.1.4. EDIFÍCIO ITÁLIA FLUXOGRAMA
O edifício Itália é uma das obras mais imponentes e importantes de São Paulo. Embora inaugurado em 1965, passou por intensas mudanças para receber uma alta demanda de pessoas por dia. A circulação vertical é um dos pontos negativos, pois não há elevadores que levam diretamente para o terraço.
Também
é
válido
estacionamento insuficiente
lembrar
para
do
tamanho
Figura 13: Bar terraço/Autor
Figura 15: terraço/LeBlog
Figura 14: Visão panorâmica/Autor
Figura 16: Terraço/Veja
complexo arquitetônico.
Figura 12: Interior do terraço/Autor
EDIFÍCIO ITÁLIA
40
Edifício comercial em Salto
5. GALERIA CALIFÓRNIA
Edifício e Galeria
Figura 17: Galeria Califórnia/Foursquare
41
2.2. GALERIA CALIFÓRNIA
Localizado em uma área de intensas transformações urbanísticas, na
requinte, por sua vez, adotado pelo Oscar Niemeyer. A galeria dispõe de
capital paulista, o Edifício e Galeria Califórnia, com assinatura de
corredores largos e sinuosos, em um pensamento dessemelhante ao
regularização do arquiteto Oscar Niemeyer, é um estabelecimento
alinhamento dos pilares internos para sustentação, deixando ainda mais
comercial que abriga lojas e escritórios. Sua disposição no meio do
interessante sua arquitetura.
calçadão constitui uma relação direta com a urbanidade do entorno,
A torre de escritórios
tem várias
faces direcionadas para seu
unificando a priori, seu potencial comercial com o tráfego ininterrupto de
pátio interno e o resultado de sua disposição se deu pela legislação
pessoas. Para tanto, o edifício conta com dois acessos e em seu
vigente na época, onde haviam limites mínimos para cada logradouro.
pavimento térreo lojas comerciais. A estrutura contempla uma circulação
Logo, o edifício teve uma grande adaptação em seu projeto para
vertical bem resolvida, predisposta para atender intenso fluxo todos os
conseguir aprovação. Para que ficasse na mesma altura as duas faces
dias.
do bloco, foram acrescentados 5 andares, resultando em 13 pavimentos.
Na época em que foi construído, devido a uma lei urbanística em prol
O prédio durante anos foi muito criticado por vários arquitetos
da verticalização do centro, era permitido naquele terreno no mínimo
modernistas, oriundos de outras nacionalidades, como Max Bill, quando
quatro pavimentos, então decidiram colocar em seu programa as salas
em 1953 não poupou críticas negativas ao projeto, essencialmente pelos
comerciais.
pilares em forma de
Com uma volumetria funcional e modernista, traça linhas horizontais, contrastando com a plasticidade dos pilares em forma de “V”, este
2.2.1. GALERIA CALIFÓRNIA ANÁLISE DA ESCOLHA
42
“V”, que
sobrecarregaram as
Edifício comercial em Salto
estruturas do subsolo, de modo supérfluo e nada funcional. A arquitetura de Oscar Niemeyer sempre realçou sua originalidade, indo além dos preceitos
do
estilo
modernista;
embora
aceitando que cometeu “exageros”, a obra foi muito bem aceita pela população e hoje é uma referência pela sua excelente arquitetura comercial. Foi escolhida como uma da obras para o relatório de visita técnica, pois cumpre
papel importante dentro da morfologia urbana, em um espaço público-privado, que garante agregação da população.
Figura 18: Fachada Edifício e Galeria Califórnia/Julia Petit
43
2.2.1. GALERIA CALIFÓRNIA ANÁLISE DA ESCOLHA
FICHA TÉCNICA Arquiteto: Oscar Niemeyer Ano: 1950 Área do terreno: não informado Área construída: não informado Localização: Rua Barão de Itapetininga, 255 c/Dom José de Barros – São Paulo Pavimentos: 13 Período de construção: 1951 - 1953 Estado de conservação: razoável Uso: Comercial e serviços Sistema construtivo: concreto
LOCALIZAÇÃO Figura 19: Google Earth PRO/Autor
2.2.2. GALERIA CALIFÓRNIA FICHA TÉCNICA
44
Edifício comercial em Salto
Subtitle
Pavimento térreo
Lojas O pavimento térreo da Galeria Califórnia é um lugar muito frequentado, pois há dois
Circulação vertical
acessos, e ao longo de seus corredores, todos
W.C.
os recintos são para lojas e há apenas uma recepção aos fundos, próximo dos elevadores
Circulação
para orientar e direcionar as pessoas ao subsolo ou a pavimentos superiores.
escada Recepção
Figura 20: Recepção/Foursquare
Recep .
Figura 21: Escada/Foursquare
45
2.2.3. GALERIA CALIFÓRNIA ANÁLISE
Criar espaços privados com qualidade pública, requer essencialmente, que torne o limite do edifício harmoniosamente integrado com as áreas externas. As ruas dão lugar aos corredores largos, dedicados inteiramente ao tráfego de pessoas, arranjando um fluxo fluído e acautelado. Mesmo
sendo
pequena
quando
comparada com as demais galerias da capital, sua localização e as tipologias de suas lojas, reconhecidas pelo potencial de artesanato nacional, recebe muitos turistas e visitantes diariamente. Segundo administração, de segunda à sexta-feira são os dias mais movimentados da
galeria, e aos finais de semana, por sua vez, recebe um fluxo ameno. Figura 22: Calçadão SP/spcity
2.2.3. GALERIA CALIFÓRNIA ANÁLISE
46
Edifício comercial em Salto
subsolo
O subsolo do edifício e Galeria Califórnia está passando por restauração, e a situação atual é bem precária. Para a reforma, o edifício fez uma concessão com a UNIESP (União das Instituições Educacionais de São Paulo)
para
utilizar
o
espaço,
e
em
contrapartida, restaurar todo o pavimento.
Subtitle
Espaço Cultural UNIESP Circulação vertical Vestiário/W.C. Circulação
Antigamente funcionava o mais charmoso
cinema da capital paulista, hoje, infelizmente, não está mais em atividade.
Figura 23: Restauração 1/Uniesp
Figura 24: Restauração 2/Uniesp
47
2.2.3. GALERIA CALIFÓRNIA ANÁLISE
2º ao 12º pavimento Um conjunto arquitetônico relevante e de grande influência para as demais galerias construídas posteriormente. Com terreno um terreno irregular em formato de “L”, os escritórios
são
dispostos
nesse
formato,
deixando um grande pátio interno, para que pudesse fazer as aberturas e ventilações
Subtitle
Salas comerciais Circulação vertical W.C/Copa Circulação
suficientes, de modo a atender as legislações.
Com seis elevadores e corredores largos, possui uma estrutura apta para grandes fluxos, além de sanitários e copas exclusivos para cada sala comercial. A escada de emergência é bem estreita e em formato de caracol, sendo um eventual problema, caso ocorra algum acidente que necessite
da
evacuação
imediata
dos
condôminos.
2.2.3. GALERIA CALIFÓRNIA ANÁLISE
48
Edifício comercial em Salto
O
edifício
basicamente
e
em
Galeria sua
Califórnia
composição
tem
quatro
volumes, conectados pela sua circulação. Duas partes estão voltadas para rua, enquanto as duas restantes fazem frente para este belo pátio interno (imagem ao lado). O projeto foi concebido na época em que Oscar Niemeyer fazia outras grandes obras na
capital paulista, como o Parque Ibirapuera, e chamou muito atenção pela maneira que resolveu o edifício diante de um terreno irregular
e
logradouros
com
legislações
distintas. A forma em que ele conecta a implantação com o entorno é esplêndida, sendo considerada como uma das melhores galerias construídas no século XX. Figura 25: Jardim Galeria Califórnia/spcity
49
2.2.3. GALERIA CALIFÓRNIA ANÁLISE
W.C./Copa
Acesso
Lojas
Recepção
Escritórios
W.C./Copa
Circulação vertical
Jardim interno
Espaço UNIESP
Vestiário/W.C.
2.2.4. GALERIA CALIFÓRNIA FLUXOGRAMA
50
Edifício comercial em Salto
Figura 27: Jardim no pátio interno/divulgação
Figura 28: Galeria/Cynthia Augusta
“os pilares em “V” de Niemeyer devem seu valor estético a suas proporções exatas e ao contraste dinâmico que eles oferecem com o aspecto estático do paralelepípedo retangular puro que os encima; o fato de se tornarem mais finos à medida que se aproximam da massa suportada reforça a impressão de um equilíbrio audacioso e a sensação de leveza daí resultante.” (BRAND, 2002, p. 153).
Figura 26: Galeria Califórnia/passeiosp
51
GALERIA CALIFÓRNIA
GALERIA METRÓPOLE
Edifício e centro Figura 29: Galeria Metrópole/Foursquare
2.3. GALERIA METRÓPOLE
52
Edifício comercial em Salto
O edifício Metrópole e Centro Metropolitano de Compras é um dos
Todo
o
entorno
nesta
época
estava
passando
por
intensas
grandes exemplares da arquitetura modernista de São Paulo, na década
transformações na morfologia urbana, porque estavam sendo construídos
de 60. Na época em que foi construído, não havia ainda grandes
grandes obras como: Praça da República, Terraço Itália, edifício Eiffel,
shopping-centers, e a população utilizavam muito essas galerias. Como
Copan, Conde Silvio Penteado, Zarvos, Galeria Nova Barão e Praça Dom
as pessoas circulavam maiormente a pé na grande São Paulo, a intenção
José Gaspar.
do projeto foi aproveitar da localização privilegiada, e integrar sua
O projeto da Galeria Metrópole foi concebido através de concurso
estrutura em meio ao tecido urbano, essencialmente fazendo com que as
público, e tinha como base um edifício vertical alinhado a rua para
pessoas entrassem na galeria sem ao menos perceber, pois estava no mesmo nível da rua e suas portas largas passam a sensação de continuidade, o que torna o limite entre o prédio e a área externa difícil de
discernir. Na época de sua construção, edificações de multiuso já eram uma tendência mundial, e o programa da Galeria Metrópole basicamente era: torre comercial, cinema, lojas e restaurantes em um mesmo lugar. Situado na Avenida São Luiz, esquina com a Praça Dom José Gaspar, no Centro de São Paulo, tem acesso também pela rua Basílio da Gama. Figura 30: perspectivas/Arcoweb
53
2.3.1. GALERIA METRÓPOLE ANÁLISE DA ESCOLHA
para abrigar salas comerciais, enquanto que,
conecta intuitivamente com o entorno, deixa
no seu interior, um edifício horizontal aberto ao
como uma das grandes referências para o
público, com grandes lojas e cinemas. O
TFG.
prédio vertical seguia uma modulação que se adaptava as necessidades do projeto, com pilares a cada 7,8 metros. Além disso, o prédio não esconde sua engenhosidade, e em seu interior, é visível toda sua estrutura, que percorre, inclusive, a fachada do prédio. Durante a execução houve modificações por
cortes
financeiros,
deixando
por
essas
circunstâncias, um aspecto de “não concluído”. Sobretudo, é um projeto extremamente interessante e funcional para sua tipologia, e entender o como funciona sua arquitetura que
2.3.1. GALERIA METRÓPOLE ESCOLHA DA ANÁLISE
Figura 31: Galeria Metrópole/História de SP
54
Figura 32: corte parcial da galeria metrópole/Arcoweb
Edifício comercial em Salto
FICHA TÉCNICA Arquitetos: Gian Carlo Gasperini Salvador Candia Ano: 1956 Área do terreno: 8,000 m² Área construída: 48,000 m² Localização: Av. São Luis (esq. Pça. Dom José Gaspar) - nº 187 – São Paulo Pavimentos: 19 Período de construção: 1959 - 1964 Estado de conservação: bom Uso: Comercial e serviços Sistema construtivo: concreto
LOCALIZAÇÃO Figura 33: Google Earth PRO/Autor
55
2.3.2. GALERIA METRÓPOLE FICHA TÉCNICA
Estacionamento - subsolo
O subsolo,
estacionamento
é
localizado
no
com acesso pela rua Basílio da
Gama, conta com 132 vagas (particulares e
Subtitle
Estacionamento Circulação vertical
consorciadas), tem uma rotatividade grande de veículos durante a semana, e o horário mais
Sala de máquinas
intenso é a partir 11h30m, onde os paulistanos frequentam os restaurantes durante o almoço. acesso
Figura 34: Acesso estacionamento/Foursquare
2.3.3. GALERIA METRÓPOLE ANÁLISE
56
Edifício comercial em Salto Subsolo 1 – Pav. Nova Iorque
Intitulado de ‘Nova Iorque’ o pavimento
Subtitle
ainda no subsolo, acima do estacionamento,
Lojas
concentra os maiores restaurantes, e tem
Circulação vertical
amplo espaço para praça de alimentação em frente ao jardim. Quase todos os recintos do ‘Nova Iorque’
Circulação W.C./Copa
tem escadas que levam para o pavimento superior, e alguns utilizam o espaço para
Jardim
depósitos e área administrativa. Há duas escadas rolantes, além de elevadores, e escada de emergência, que é comumente utilizada pelos usuários todos os dias. É um ambiente muito tranquilo, seguro e com qualidade de espaço público. Figura 35: Galeria Metrópole/Centro em Foco
57
2.3.3. GALERIA METRÓPOLE ANÁLISE
Térreo – Pav. São Paulo Subtitle
Lojas O pavimento térreo, chamado de ‘São Paulo’ é totalmente integrado com a área externa, por conta das três grandes acessos, o que o torna muito movimentado e utilizado não apenas como espaço para consumo, mas
Recepção eventos
Circulação vertical Circulação W.C./Copa Jardim
também de passagem. Funcionava até a década de 90 um cinema na galeria, e com o passar dos anos a
Recepção
procura foi caindo em consequência do
acesso
acesso
surgimento dos grandes shopping-centers, com isso, foi fechado em 1998. Hoje, após a adaptação, abriga espaços para multieventos, com recepção própria e totalmente privativo. Com corredores largos e ambientes bem acessíveis, o espaço é muito agradável. Bancos,
agências
de
turismo,
lojas
e
escritórios são os mais populares no local.
2.3.3. GALERIA METRÓPOLE ANÁLISE
Figura 36: Pavimento São Paulo/spcity
acesso
58
acesso
Edifício comercial em Salto Pav. Londres Subtitle
Lojas O pavimento Londres tem o grande espaço para multieventos, com uma sala ampla e bem privativa, oferece duas saídas opcionais, que dão acesso direto para a galeria. Com um comércio bem diversificado, é muito
frequentado.
Entretanto,
Circulação vertical Circulação W.C./Copa Espaço multieventos
uma
observação é que não há um conjunto de
sanitário para uso coletivo, sendo necessário cada recinto comercial oferecer os sanitários individuais
para
os
clientes,
caso
seja
solicitado. O espaço tem ventilação cruzada e iluminação natural em consequência dos grandes vãos laterais e da abertura central no teto. Além disso, o conjunto de escadas rolantes formam um “X”, sendo extremamente funcionais, além de deixar linhas modernistas. Figura 37: Pavimento Londres/spcity
59
2.3.3. GALERIA METRÓPOLE ANÁLISE
Subtitle
Lojas Com a maior sala do edifício e galeria metrópole, o espaço de multieventos ocupa grande parte do pavimento ‘Paris’. Os espaços comerciais, por sua vez, são da mesma tipologia do pavimento inferior, no entanto, encontra-se escritórios e pequenas
Pav. Paris
Circulação vertical Circulação W.C./Copa Espaço multieventos
agências, afim de locais mais tranquilos.
Figura 38: Pavimento Paris/spcity
2.3.3. GALERIA METRÓPOLE ANÁLISE
Figura 39: Sacada em frente Avenida/spcity
60
Edifício comercial em Salto
Subtitle
Lojas No último pavimento da galeria, acesso principal do prédio de salas comerciais, chamado de ‘Passeio Capri’ tem grande parte da área para circulação em função das lojas e do fluxo para a torre. Neste
piso
da
torre
tem
recepção,
Pav. Passeio Capri
Circulação vertical Circulação W.C./Copa Espaço multieventos
conjunto de elevadores e grande área para convívio
dos
condôminos,
administração e sanitário privativo.
além
de
Térreo/convívio Recepção
Administração Jardim
Figura 40: torre de salas comerciais/Divulgação
61
2.3.3. GALERIA METRÓPOLE ANÁLISE
Do 5º ao 19º pavimento As salas comerciais seguem 4 tipologias,
todas coma com a mesma área, com copas e sanitários. A circulação vertical ocorre no centro.
O
conjunto
dispostos
em
tornando
a
duas
de
sanitários
paredes
arquitetura
ficam
hidráulicas,
extremamente
Salas comerciais Circulação vertical Circulação W.C./Copa
funcional. As salas tem planta livre, e totalmente flexível para todos os tipos de escritórios.
Figura 41: torre de salas comerciais 2/Divulgação
2.3.3. GALERIA METRÓPOLE ANÁLISE
Figura 42: Galeria metrópole/Veja SP
62
Subtitle
Edifício comercial em Salto
W.C./Copa
Acesso
Escritórios/ADM
Lojas
Recepção
Esp. multieventos
Circulação vertical
Estacionamento
W.C./Copa
63
2.3.4. GALERIA METRÓPOLE FLUXOGRAMA
Figura 43: Conjunto de escada/Arquivo Arq.
Figura 44: Conjunto de escadas rolantes/Arquivo Arq.
Figura 45: Pavimento térreo da Galeria Metrópole/Arquivo Arq.
A Galeria integrado a praça Dom José Gaspar, estabelece um intenso fluxo de pessoas, seja para consumo, passagem ou Circulação vertical
apenas permanência. Isso faz da Galeria Metrópole, um dos maiores exemplos de arquitetura comercial com integração ao entorno. Figura 46: Praça Dom José Gaspar/Autor
GALERIA METRÓPOLE
64
Figura 47: Corte da Galeria Metrópole/Vitruvius
Edifício comercial em Salto
Visita técnica realizada em 14 de abril de 2018
Galeria Metrópole: Endereço: Av. São Luís, 187 - Centro, São Paulo - SP Período de visita: das 10h às 14h
Galeria Califórnia: Endereço: Rua Barão de Itapetininga, 255 - República, São Paulo - SP Período de visita: das 14h às 15h
Edifício Itália: Endereço: Av. São Luiz, esquina com Av. Ipiranga, 50 – Centro – SP Período de visita: das 15h30m às 17h
65
2.4. VISITA TÉCNICA DATAS
66
Edifício comercial em Salto
67
3. DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO
O Brasil é um país predominantemente urbano, com cerca de 80%
região metropolitana de São Paulo, tornam os problemas ainda maiores.
da população vivendo em cidades, seguindo passos da tendência
Em
mundial. Entretanto, o nosso país sofre devido aos déficits em trabalho,
Transportes), o estado tem 18 das 20 melhores rodovias do país,
educação, saúde e lazer, além das outras necessidades para o bem-
diminuindo problemas das malhas viárias.
estar do cidadão.
compensação,
segundo
CNT
(Confederação
Nacional
dos
A mobilidade tornou-se uma política pública, especialmente após a
Mesmo sendo a 7ª maior potência do mundo, com PIB estimado em
criação do Ministério das Cidades em 2001, no qual pleiteia a
U$ 1,7 trilhão e, com expectativa de crescimento pós-crise, segundo
elaboração de planos de mobilidade urbana para municípios com mais
Banco Mundial, o país é um dos lugares com a distribuição de renda
de 100 mil habitantes; por sua vez, o planejamento do transporte
mais desigual do mundo, refletindo na segregação espacial de muitas
coletivo, a qualificação das vias e do calçamento, são os principais
cidades, inclusive, de Salto.
desafios de qualquer cidade.
A mobilidade urbana dos grandes centros brasileiros é ainda um
Para diminuir deslocamentos, as construções estão adotando uma
problema a ser solucionado. O trânsito caótico, combinado com a falta
arquitetura de multiuso, integrando restaurantes, lojas, cinemas e
de infraestrutura viária e da qualidade do transporte coletivo, coloca o
museus no mesmo espaço, fazendo mais em cada vez menos espaço.
país entre as piores do mundo neste quesito.
Tudo
O Estado de São Paulo, o mais desenvolvido do país, tem as melhores condições urbanas de todo território nacional, mas o alto índice populacional (45,3 milhões), concentrado maiormente na
3.1. O PAÍS
68
isso
promove
agregação
das
mais
variadas
classes,
movimentando as cidades e construindo um país em direção ao grande desenvolvimento econômico.
Edifício comercial em Salto
BRASIL
Salto está localizada em uma das regiões mais promissoras do SALTO
estado de São Paulo. Com infraestrutura em constante crescimento, a cidade busca sua autonomia visando melhorar o desempenho dos comércios e indústrias, para ser cada vez mais competitiva.
SÃO PAULO
Situada no eixo da Rodovia Santos Dumont e Rodovia do açúcar, tem fácil acesso as principais vias do estado, como a Castelo Branco, Raposo Tavares, Bandeirantes e Anhanguera. Além disso, possui malha férrea duplicada com mais de 200 quilômetros A 100 quilômetros da capital do estado, está a 20 minutos do Aeroporto de Viracopos, o maior do ramo de cargas do país. Outra alternativa para o transporte de mercadorias é o Porto de Santos, localizado a menos de 200 quilômetros da região, sendo o mais movimentado de toda América Latina. Com um centro consolidado, entretanto com uma pequena diversidade de equipamentos, a cidade vem ganhando prédios de uso misto aos poucos, suprindo cautelosamente o déficit, no qual continua perdendo demanda para as cidades vizinhas.
Figura 48: Edifício Novo Centro/Divulgação
69
Figura 49: Edifício Universo/Prefeitura de Salto
3.2. A CIDADE
Figura 50: Central Parque/Cipasa
3.3. O BAIRRO
70
Edifício comercial em Salto
A futura área de intervenção era uma antiga fazenda, denominada como
“Rancho
Feliz”,
de
propriedade
da
Eucatex,
com
aproximadamente 2,0 milhões de metros quadrados. Após o consórcio com as empresas Cipasa Desenvolvimento Urbano S/A, Scopel Desenvolvimento Urbano S/A, Prata Investimentos Imobiliários e Construção Civil Salto S/A, todas do ramo imobiliário, visaram um EDIFÍCIO COMERCIAL
projeto ambicioso: um loteamento comercial e residencial, lançados em grandes etapas. Segundo o grupo, a área loteada do empreendimento corresponde a 1,2 milhões metros quadrados, e o rendimento estimado é de R$ 250 milhões, sendo este o maior empreendimento imobiliário da história da cidade. Aprovado em meados de 2012, o residencial Central Parque e o Ilha Capri foram as primeiras etapas lançadas. Paralelo à Avenida Getúlio Vargas, estão dispostas diversas glebas, no qual o grupo imobiliário aprovou na Prefeitura sua subdivisão, através do processo 3687/2009, sendo uma delas a área em que será projetado o prédio comercial deste Trabalho Final de Graduação.
Glebas subdivididas
71
Gleba do Edifício Comercial
3.3. O BAIRRO
Zona 16 Zona Consolidada 1 Área de Intervenção
O terreno está localizado na Zona Consolidada 1, de acordo com a Nova Lei de Uso e Ocupação do Solo – 3.694/2017.
3.4. USO DO SOLO
72
Edifício comercial em Salto
Área verde/Lazer Residências EDIFÍCIO COMERCIAL
Comércio local variado Indústrias Institucional Comércio alimentação Hoteis e Pousadas Supermercado Terminal Rodoviário Posto de combustível Lote vazio
73
3.5. MAPEAMENTO DO USO DO SOLO
EDIFÍCIO COMERCIAL
Alto (5 ou mais pavimentos) Médio (3 a 4 pavimentos) Baixo (1 a 2 pavimentos)
3.6. GABARITO
74
Edifício comercial em Salto
Figura 51: Vista aérea de Salto através de drone - 2016/Robson Silva
Figura 52: Centro consolidado – Salto, SP/Prefeitura de Salto
Salto carrega características de um desenvolvimento horizontal. A evolução
Atualmente o desenvolvimento se dirige à densificação, pois o executivo
da cidade ocorreu por um constante crescimento demográfico aliado a
através do plano diretor limitou a expansão da mancha urbana. A zona
expansão do perímetro urbano, disseminando diversos pontos latentes.
consolidada vê a redensificação como opção para crescimento.
75
3.6. GABARITO
INDAIATUBA
‘
EDIFÍCIO COMERCIAL
ITU
Via arterial Via coletora Via coletora (em construção)
Via local Via local (condomínio) Figura 53: Central Parque – Google Maps/Autor
3.7. FLUXO VIÁRIO
76
Edifício comercial em Salto
Via coletora
Acesso imediato
Figura 54: Avenida Getúlio Vargas/Cipasa
Via arterial
Acesso em: 700 metros
Figura 55: Rodovia Santos Dumont – SP-75/Autor
Avenida Getúlio além de conectar a cidade com a zona noroeste, coleta e
A SP-75, no trecho de Salto chamada de Rodovia Santos Dumont, contorna
distribui o trânsito para a via arterial SP-75.
o perímetro urbano da cidade. É uma via de grande impacto na região, pois conecta com o Aeroporto Internacional de Viracopos.
77
3.7. FLUXO VIÁRIO
Circular 01 Circular 02 Santa Cruz – Exp. Madre Paulina Icaraí Nair Maria São Judas/Nações Laguna Guaraú/Centro EDIFÍCIO COMERCIAL
Parque do Lago Olaria Santa Cruz/Iracema Chapada
T
Fonte: Nardelli Auto ônibus Salto
3.8. TRANSPORTE COLETIVO
78
Representa o local do ponto de ônibus, e sua cor, a respectiva linha
Edifício comercial em Salto
O transporte coletivo de Salto abrange toda extensão da cidade (urbana e rural) com linhas intermediárias, e de acordo com a demanda do bairro, incluem linhas expressas, que fazem o trajeto de modo mais rápido e frequente. O terminal rodoviário, localizado em um ponto estratégico, recebe todas linhas municipais e 4 intermunicipais, o que intensifica o fluxo em horário de pico. A Avenida Getúlio Vargas, por sua vez, serve como via coletora e atende ao intenso tráfego viário com total fluidez, conectando o centro com a zona noroeste do município. Devido sua extensão, foram colocados diversos pontos de ônibus em seu percurso; com isso, será
necessário percorrer por apenas 2 minutos até chegar no Edifício Comercial, garantindo flexibilidade e otimizando o fluxo do pedestre com o terreno adotado para realização deste TFG. Uma das premissas do trabalho é priorizar o percurso a pé, fornecendo subsídios e desenvolvendo estratégias para torná-lo eficiente. Em tempos da
Figura 56: Terminal Rodoviário de Salto/Autor
discussão de mobilidade urbana, é imprescindível a busca por uma cidade com pedestre de valor equânime.
79
3.8. TRANSPORTE COLETIVO
Um dos grandes problemas da vida urbana do século XXI é sem dúvidas o número de veículos que crescem a cada ano, que afetam diretamente o trânsito das cidades. As principais consequências são o aumento do tráfego, emissão de gases poluentes, falta de vagas nas ruas e os preços dos estacionamentos privados, que só tendem a subir. Na Avenida Getúlio Vargas não há vagas em toda sua extensão, cabendo a cada edificação dedicar um espaço em seu terreno para tal função, conforme prevê a legislação municipal, lei 3.694/2017:
g) 1 (uma) vaga para automóvel em edificações unifamiliares, 1 (uma) vaga para edificações multifamiliares até o limite de 2 (dois) Dormitórios, edificações com 03 (três) ou mais dormitórios deverá ser exigido 02 (dois) vagas por unidade, podendo admitir vagas enclausuradas para a mesma unidade. Para edificações comerciais, 1 (uma) vaga para automóvel para cada 90m² (noventa metros
quadrados) de área construída (Lei 3.694/2017 p. 4).
3.9. ESTACIONAMENTO
Figura 57: Aeroporto de Guarulhos/Divulgação
80
Edifício comercial em Salto
Hospital São Camilo Posto Shell
McDonald’s
Terreno Burger King
Salto Hotel Plaza
IFSP/Rodoviária
Sup. São Vicente
Figura 58: Vista aérea de Salto – Google Earth PRO/Elaborado pelo autor
81
3.10. LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO DO ENTORNO
Distância: 270 metros
Distância: 110 metros
Figura 60: Acesso McDonald’s/Autor
Figura 59: Hotel Plaza/Autor
O
Hotel
Plaza
é
considerado
o
maior
As grandes redes de fast-food como McDonald’s e
empreendimento do ramo na cidade; conta com 87
Burger King, marcas conceituadas e protagonistas
apartamentos, 07 salas de eventos, além de toda
da cultura globalizada, já estão funcionando no
infraestrutura de alto padrão para Restaurante, Bar
entorno do Central Parque, visando futura demanda
e Espaço Gourmet.
do novo centro.
3.10. LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO DO ENTORNO
82
Edifício comercial em Salto
Distância: 500 metros
Distância: 550 metros
Figura 61: Hospital São Camilo/Grupo MR
Figura 62: Supermercado São Vicente/Autor
O Hospital Municipal São Camilo está localizado em
Uma das maiores e mais promissoras companhias
um dos pontos mais altos da cidade, no bairro
de varejo e supermercados do país, a rede São
Jardim Celani, próximo do Central Parque. Segundo
Vicente tem uma loja na Avenida Getúlio Vargas,
a Secretaria de Saúde, o local tem capacidade para
situada na maior gleba do Central Parque/Rancho
atender cerca de 10 mil pessoas por mês.
Feliz.
83
3.10. LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO DO ENTORNO
A área em que se pretende projetar o Edifício Comercial faz parte de uma gleba do Empreendimento Rancho Feliz, propriedade da Eucatex, em situação regular para aquisição. Localizada na Avenida Getúlio Vargas, é um dos pontos mais altos, privilegiados e nobres do município, além de apresentar uma topografia em declive, ideal para estacionamento no subsolo. Em qualquer ponto do terreno permite grande permeabilidade visual e física entre a cidade e o centro; o que potencializa um eventual mirante no topo do edifício, resultando em uma visão panorâmica. Uma das (futuras) preocupações do projeto é sua a harmonia e o equilíbrio
com
seu
entorno;
sua
arquitetura
seguirá
linhas
contemporâneas, todavia conectando com a arquitetura já existente, seja pelo seu gabarito, sua volumetria ou pelas cores da fachada. É preciso agregar os tecidos urbanos consolidados e procurar integrar ao
máximo, de modo subjetivo com sua vizinhança.
3.10. LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO DO ENTORNO
84
Figura 63: Gleba AC3/Autor
Edifício comercial em Salto
Figura 64: Gleba AC3 2/Autor
Sua topografia
Figura 65: Nível da Avenida Getúlio Vargas/Autor
já apresenta movimentação de
A nível do leito viário e próximo à edificações
terra. A área tem potencial para subsolo, podendo
importantes da cidade, é viável aproveitar a
concentrar todo o estacionamento abaixo do nível
urbanidade da via e integrá-la ao pavimento térreo,
da
desempenhando sua função de público-privado.
rua,
melhorando
e
racionalizando
sua
implantação.
85
3.10. LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO DO ENTORNO
Figura 66: Topografia Gleba AC3/Autor
Figura 67: Declividade Gleba AC3/Autor
Após o nível da rua, a gleba apresenta uma
O
declividade inicial de aproximadamente dois metros,
estaqueamento e instalação de rede de esgoto.
e no meio do desce mais quatro metros, devido seu
Nota-se que mesmo no nível mais baixo do terreno,
corte de terra.
ainda tem uma visão parcial do centro da cidade.
3.10. LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO DO ENTORNO
86
limite
da
gleba
é
visível
devido
seu
Edifício comercial em Salto
Figura 68: Fundo das construções no entorno/Autor
Figura 69: Avenida de acesso/Autor
As edificações existentes trabalharam com platôs e
O acesso aos loteamentos fechados ‘Central
taludes, gerando uma movimentação de terra
Parque’ e ‘Ilha Capri’ se dá por essa avenida. Esta
consideravelmente alta.
área tem um dos maiores valores venais da cidade.
87
3.10. LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO DO ENTORNO
A topografia é um dos grandes desafios para o projeto. Apresenta um declive de 10 metros,
532
conforme mostra representação ao lado.
533 534 535 536
542 537
538 539 540 541 Figura 70: Topografia/Autor
3.11. LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO DO TERRENO
88
Edifício comercial em Salto Gleba: AC3 – Rancho Feliz Processo da divisão de Gleba: 3687/2009 Inscrição Imobiliária: 01.02.0195.0080.0001 Endereço: Avenida Getúlio Vargas, s/n Área do terreno 1: 4,450,84 Área do terreno 2: 2,084,59
Proprietário: Eucatex Agro-Florestal Ltda Valor do terreno por m²: 342,11 Valor de tributos anuais: R$ 39,970,27 Valor venal do terreno: R$ 1,598,810,72 Zoneamento: Área Consolidada 1 Taxa de Ocupação: menor ou igual 70% Taxa de Permeabilidade: 5% - (222,54 m²) Coeficiente de aproveitamento: 2,5 – (16,338,57 m²) Estacionamento: 1 vaga a cada 90,00 m² construído Recuo frontal: 11 metros (pode colocar abrigo) Dados: Prefeitura da Estância Turística de Salto
89
3.12. CARACTERÍSTICAS DO TERRENO
d)O Gabarito de altura respeitará um limite máximo de forma que altura dos edifícios
§ 3° - Fatores limitantes baseados no Art. 15 do PDir deverão ser exigidos de forma a
deverá ser tal, que a linha que une a parte mais alta da fachada principal à face oposta
assegurar linhas de visibilidade preservando também as características urbanas que
da rua no plano do meio fio, forme um ângulo, no máximo igual a 57o 30' (cinquenta e
conferem a identidade a Salto. (Lei 3.444/2015, p. 51)
sete graus e trinta minutos) (Lei 3694/2017 p. 5) Art.15. São diretrizes para a paisagem urbana: Art.27.
São
diretrizes
para
a
gestão
estratégica
na
área
econômica:
III – incentivar, nos termos da lei, a expansão urbana vertical (Lei 2.771/2006, p. 16)
I – promover o ordenamento dos componentes da paisagem urbana, assegurando o equilíbrio
visual
entre
os
diversos
elementos
que
a
constituem;
II – preservar o patrimônio paisagístico; Art.28. As áreas sujeitas à expansão urbana vertical, incentivadas pelo Inciso III do Art.
III – consolidar e promover a identidade visual do mobiliário urbano, equipamentos e
27 do PDir, gozarão de liberdade maior quanto ao gabarito de altura, a ser
serviços municipais, definindo, padronizando e racionalizando os sistemas para sua
regulamentada por Decreto, o qual respeitará um limite máximo de forma que altura dos
melhor identificação, com ênfase na funcionalidade e na integração com a paisagem
edifícios deverá ser tal, que a linha que une a parte mais alta da fachada principal à face
urbana;
oposta da rua no plano do meio fio, forme um ângulo, no máximo igual a 57o 30'
IV – implementar os instrumentos técnicos, institucionais e legais de gestão da paisagem
(cinquenta e sete graus e trinta minutos)
urbana;
§ 1° - Para determinação da altura dos prédios a serem construídos no entorno de
V – promover a participação da comunidade na identificação, valorização, preservação e
praças, parques, largos, cruzamento ou confluência de vias públicas, a largura a ser
conservação dos elementos significativos da paisagem urbana;
considerada é a da via mais estreita que atinge o logradouro.
VI – promover programas de orientação a respeito da valorização da paisagem urbana
§ 2° - Em lotes que se estenderam de uma rua a outra, através do quarteirão, a
como fator de melhoria da qualidade de vida da população. (Lei 2.771/2006, p. 9)
construção obedecerá em cada fachada, às restrições impostas pela largura da respectiva rua.
3.13. LEGISLAÇÃO MUNICIPAL
90
Edifício comercial em Salto
Visita no terreno e entorno realizada em 22 de abril de 2018
Gleba AC3: Endereço: Av. Getúlio Vargas, s/n, Salto SP Período de visita: das 11h às 14h
Figura 71: Perspectivas do Central Parque/Autoria da Cipasa
91
3.14. VISITA NO TERRENO DATA
4. REFERÊNCIAS PROJETUAIS
92
Edifício comercial em Salto
93
4. REFERÊNCIAS PROJETUAIS
Figura 72: Galeria Califรณrnia/Arcoweb
4.1. GALERIA DO ROCK
94
Edifício comercial em Salto
FICHA TÉCNICA Arquiteto: Alfredo Mathias
Ano: 1962 Área do terreno: --Área construída: --Localização: Av. São João, 439 – São Paulo, SP Pavimentos: 6 (30 metros) Período de construção: 1962 - 1963 Estado de conservação: bom
Figura 73: Alfredo Mathias/CAU
Uso: Comercial e serviços Estrutura: concreto
Figura 74: Aberturas em formas ovais/Arcoweb
95
4.1.1. GALERIA DO ROCK FICHA TÉCNICA
A galeria do Rock foi um dos prédios comerciais mais frequentados do século XX na grande São Paulo. Inaugurado em 1963,
.
chamava atenção pela capacidade de comportar 400 lojas e sobrelojas.
O arquiteto Alfredo Mathias queria trazer uma nova tipologia para o comércio imobiliário e compreendia muito bem a relação das pessoas com a cidade e equipamentos urbanos. Sua arquitetura com linhas curvas e fachada aberta, convida as pessoas para adentrar. O partido do projeto era utilizar rampas e o desnível do terreno para fazer acesso com níveis distintos: subsolo e térreo. Não há marquises no projeto, em contrapartida, as lajes foram feitas com curvas delicadas e no pavimento térreo foi feito um grande recuo na laje, resultando em um pé-direito duplo para evidenciar sua imponência arquitetônica. As lojas estão dispostas nas laterais do terreno e na área central tem corredores largos com a circulação vertical no centro, através de
Figura 75: Vista aérea de São Paulo - Google Earth/autor
escadas rolantes.
4.1.2. GALERIA DO ROCK ANÁLISE
96
Galeria do Rock
Edifício comercial em Salto
A circulação vertical também escadas e elevadores dispostos no
e frequentados por diversos amantes da música.
meio da implantação. O que chama muito atenção em sua arquitetura
A circulação vertical também escadas e elevadores dispostos no
são as aberturas nos pisos em formas ovais, não seguindo uma
meio da implantação. O que chama muito atenção em sua arquitetura
sequência padrão nos pisos, criando uma expectativa para os clientes
são as aberturas nos pisos em formas ovais, não seguindo uma
da galeria.
sequência padrão nos pisos, criando uma expectativa para os clientes
Além de elegantes, a cor laranja dos guarda-corpos que seguem
da galeria.
as curvas nas fachadas causam um ritmo arquitetônico, além de
Sua volumetria contrasta com todo seu entorno, não somente
proporcionar uma visão panorâmica em todos os pavimentos. As lojas
pela arquitetura, mas também pelo padrão de comércios voltados para
tem vedação com vidro e madeira e as com pinturas em tons claros.
música, alfaiataria, sapataria, estúdio de tatuagem, produtos eletrônicos
Os pisos com tons de cinza e marrom, além dos painéis decorativos com formas geométricas construtivistas foram realizados
e esportivos. Antigamente era chamada de Galeria 24 de maio, mas há décadas é chamada popularmente por ‘Galeria do Rock’ devido ao
pelo artista Bramante Buffoni. A elegância da arquitetura integrada com a sofisticação dos
público que frequenta.
pisos criam pavimentos com identidades marcantes. No terraço há uma
As galerias paulistanas funcionavam como o grande comércio,
grande claraboia e um jardim, dedicado a apresentações de músicas e
sendo elementos importantes que marcaram a urbanização e expansão
encontros, afinal, a Galeria do Rock é um dos destinos mais conhecidos
do centro novo. O declínio dessas galerias aconteceu na década de
97
4.1.2. GALERIA DO ROCK ANÁLISE
oitenta com a chegada dos grandes shopping-centers, mas ainda este prédio é um equipamento importante para a cultura paulistana. A Galeria ganhou força novamente com a grande influência do rock no Brasil nos anos 90. O local tem uma grande permeabilidade no fluxo, que faz com que a pessoa possa circular entre as Rua 24 de Maio e Avenida São João, além da permeabilidade visual, entre o espaço público e privado. Com grande tráfego de pessoas por dia, ela funciona como extensão do espaço público. É um símbolo de boa relação com o centro da cidade, que agrega todo o entorno e potencializa o comércio. Além
da volumetria sinuosa, esse potencial como lugar é um dos motivos da Galeria do Rock ser uma das referências projetuais para este TFG. Figura 76: Corredor da Galeria do Rock/CAU-SP
4.1.2. GALERIA DO ROCK ANÁLISE
98
Edifício comercial em Salto
Figura 77: Fachada Galeria do Rock/Veja
Figura 78: Vista aérea de São Paulo/Veja
Figura 80: Corredor interno da Galeria do Rock/Foursquare
Figura 79: Fachada Galeria do Rock/Arcoweb
99
Figura 81: Sacada da Galeria do Rock/Arcoweb
4.1.2. GALERIA DO ROCK ANÁLISE
W.C.
Circulação vertical
Lojas
Figura 82: Galeria do Rock - 1/Arcoweb-Autor
Figura 83: Galeria do Rock - 2/Arcoweb-Autor
4.1.2. GALERIA DO ROCK ANÁLISE
100
Edifício comercial em Salto
O projeto com sacadas côncavas exibe uma plasticidade arquitetônica muito presente na arquitetura brasileira nos anos
50. Os pavimentos e mezaninos com extremidades vazadas resultam na ventilação cruzada, na permeabilidade visual do entorno, e é altamente convidativa.
PONTOS FORTES: • Plasticidade • Ventilação cruzada • Permeabilidade visual Figura 84: Galeria do Rock - sacada/Arcoweb
101
4.1.2. GALERIA DO ROCK ANÁLISE
Figura 85: Edifício Valongo Brasil – Fachada principal/Arcoweb
4.2. EDIFÍCIO VALONGO BRASIL
102
Edifício comercial em Salto
FICHA TÉCNICA Arquitetos: Aflalo/Gasperini
Ano: 2011 Área do terreno: 3,892 m² Área construída: 43,300 m² Localização: Rua Alexandre Gusmão, 11, Santos, SP Pavimentos: 21 (67 metros) Período de construção: 2011 - 2015 Estado de conservação: bom Uso: Uso misto Estrutura: concreto e metálica
Figura 86: Equipe/Aflalo – Gasperini
103
Figura 87: Integração do Edifício/Arcoweb
4.2.1. EDIFÍCIO VALONGO BRASIL FICHA TÉCNICA
Edifício Valongo Brasil
Localizado em eixo importante na cidade de Santos, o Edifício Valongo Brasil é um dos maiores destaques na entrada na cidade. Com uma arquitetura de uso misto, funciona como hotel, salas comerciais e lojas, atendendo todos os tipos de pessoas, seja para trabalho, compras ou turismo. O partido arquitetônico do projeto é a criação de duas asas que permitem total permeabilidade visual da cidade, além de integrar com todo o entorno. No pavimento térreo estão dispostas lojas que dão acesso direto a rua. Sua arquitetura contemporânea une diversas funções em um
empreendimento de 21 pavimentos, tendo: 329 salas comerciais e 7 lojas no térreo. Em um terreno de aproximadamente 4 mil metros quadrados, ainda abriga um hotel com 240 quartos, em parceria com a rede Ibis. Figura 88: Vista aérea de Santos - Google Earth/Autor
4.2.2. EDIFÍCIO VALONGO BRASIL ANÁLISE
104
Edifício comercial em Salto
O bairro do valongo em Santos é uma região que faz parte do centro histórico da cidade, e tem despertado interesse das imobiliárias desde o anúncio do investimento da Petrobrás nessa região, com a implantação da nova sede. A volumetria do prédio é composta basicamente por dois volumes apostos que se unem e formam um V, aumentando longitudinalmente a sua extensão, chegando na extremidade do lote, uma parte da estrutura é para salas comerciais e outra para hotel. Com as estruturas entrelaçadas através de diversas sacadas, o prédio fica totalmente integrado e também privilegia sua relação com o espaço público. Não era viável utilizar subsolo, porque analisando a topografia, seria necessário projetar superestruturas, então o estacionamento ficou semienterrado e com mais 5 pavimentos. As lojas, seguindo uma volumetria destacada do prédio, ficam de frente para rua, incentivando e potencializando o comércio local.
Figura 89: Edifício Valongo Brasil/Odebrecht
105
4.2.2. EDIFÍCIO VALONGO BRASIL ANÁLISE
As lojas (7) ficam na fachada principal do empreendimento, todas tem sanitário e copa. A recepção dos escritórios (9) e a do hotel (3) trabalham de modo independente, inclusive na circulação vertical. Na parte do hotel tem uma cozinha industrial,
restaurante
e
salas
para
funcionários.
Figura 90: Pavimento térreo – Ed. Valongo Brasil/Arcoweb
4.2.2. EDIFÍCIO VALONGO BRASIL ANÁLISE
106
Edifício comercial em Salto
O mezanino do pavimento térreo funciona
essencialmente aos funcionários
que trabalham no empreendimento. Tem
gerência
(1),
sala
de
funcionários administrativos do Ibis (2), sala de funcionários do Ibis (3), sala de máquinas do hotel (4), administração Valongo (7), funcionários administrativos do Valongo (8), sala de máquinas do Valongo (9) e a área restante é voltada para o estacionamento
(10).
Figura 91: Mezanino pavimento térreo – Ed. Valongo Brasil/Arcoweb
107
4.2.2. EDIFÍCIO VALONGO BRASIL ANÁLISE
No segundo e terceiro pavimento a maior
parte
do
espaço
é
para
o
estacionamento (3). Tem um vestiário (2) para ciclistas que estão no hotel ou trabalham nas salas comerciais. As demais áreas (1) são para salas de máquinas, energia e hidráulica.
Figura 92: 2 e 3 Pavimentos – Ed. Valongo Brasil/Arcoweb
4.2.2. EDIFÍCIO VALONGO BRASIL ANÁLISE
108
Edifício comercial em Salto
Os demais pavimentos, do quarto ao vigésimo são dispostos de modo isolado a parte do prédio comercial e da rede de hotel Ibis. Na
ala
esquerda
tem
as
salas
comerciais (1), cada uma com sanitário e copa, além dos elevadores (2) e escadas exclusivos aos condôminos. Na ala direita fica concentrado os quartos do hotel (7/8), que também possui elevadores (9) e escadas exclusivas. Essa arquitetura funciona muito bem no empreendimento, porque a circulação Figura 93: Do 4º ao 20º pavimento – Ed. Valongo Brasil/Arcoweb
vertical acontece de modo independente, atendendo ambas as partes com o mesmo padrão de qualidade.
109
4.2.2. EDIFÍCIO VALONGO BRASIL ANÁLISE
A cobertura do Edifício Valongo Brasil é a área mais nobre do empreendimento, conta com salas comerciais duplex (1/2) que possuem jardins e uma sacada no terraço. Também
funciona
as
salas
de
máquinas da parte comercial (3) e do hotel (4).
Figura 95: Cobertura – Ed. Valongo Brasil/Arcoweb
Figura 94: Construção – Ed. Valongo Brasil/Valongo
4.2.2. EDIFÍCIO VALONGO BRASIL ANÁLISE
110
Edifício comercial em Salto
A forma em que foi disposta as lojas, de
frente
para
empreendimento
rua com
resulta
em
qualidade
um
público-
privado; esta integração com a rua é uma das premissas deste trabalho final de graduação. Um dos pontos mais interessantes neste edifício é a maneira em que foi desenvolvido
para
atender
as
suas
multifuncionalidades, definindo um novo tipo de integração, que se conectam mas não interferem no desempenho da outra. Em um edifício, a circulação vertical é uma das prioridades de suma importância para solucionar em no projeto, afinal é através dela que empreendimento funciona. O Edifício Valongo Brasil apresenta uma proposta muito interessante na implantação.
Figura 96: Circulação vertical - Ed. Valongo Brasil/Aflalo
PONTOS FORTES: • Circulação vertical • Setorização
111
4.2.2. EDIFÍCIO VALONGO BRASIL ANÁLISE
Figura 98: Acesso principal Ed. Valongo Brasil/Aflalo
Figura 97: lateral do Ed. Valongo Brasil/Aflalo
EDIFĂ?CIO VALONGO BRASIL
Figura 99: Sala corporativa Ed. Valongo Brasil/Aflalo
112
Figura 100: Bairro Valongo, Santos/Arcoweb
Edifício comercial em Salto
Figura 101: Sacadas do Ed. Valongo Brasil/Aflalo
Figura 102: lateral do Ed. Valongo Brasil/Aflalo
Figura 103: Recepção do Ed. Valongo Brasil/Aflalo
113
Figura 104: Corredor principal Ed. Valongo Brasil/Aflalo
EDIFÍCIO VALONGO BRASIL
Figura 105: Conjunto Nacional/Divulgação Condôminio
4.3. CONJUNTO NACIONAL
114
Edifício comercial em Salto
FICHA TÉCNICA Arquitetos: David Libeskind
Ano: 1955 Área do terreno: 14,600 m² Área construída: 111.083,24 m² Localização: Av. Paulista, 2073, Consolação, São Paulo SP Pavimentos: 25 (100 metros) Período de construção: 1955 - 1962 Estado de conservação: bom
Figura 106: David Libeskind/ArchDaily
Uso: Multifuncional Estrutura: concreto armado
Figura 107: Fluxo Conjunto Nacional/Arcoweb
115
4.3.1. CONJUNTO NACIONAL FICHA TÉCNICA
Conjunto Nacional
O Conjunto Nacional é um edifício multifuncional localizado na Avenida Paulista, uma das vias mais populares e influentes da América Latina. É formado por um conjunto de funções e usos em um mesmo empreendimento, tal como residencial, comercial, serviços e lazer. Com arquitetura de traços emblemáticos modernistas, sua volumetria é composta essencialmente por duas lâminas, sendo uma horizontal, que ocupa toda a implantação do edifício para fins de uso coletivo (comércio, serviços e lazer) e a vertical, de 25 pavimentos (privada), onde ficam 47 apartamentos. O edifício estabelece uma relação imediata com a calçada, pois
está interligado com as quatro ruas confrontantes e possui cinco acessos disponíveis. Essa premissa projetual faz com que a galeria de lojas funcione como grandes passeios internos e estabeleça um poder de fluxo ininterrupto.
4.3.2. CONJUNTO NACIONAL ANÁLISE
Figura 108: Vista aérea de São Paulo - Google Earth/Autor
116
Edifício comercial em Salto
Foi o primeiro edifício com aglomerado de lojas da América Latina, e nos dias de hoje ainda apresenta grande influência pelo comércio diversificado e renomado. Em sua base há 66 grandes estabelecimentos, entre eles Grill Hall, Tenda Paulista, Restaurante Viena, Cinema Cine Art, Teatro Eva Hertz, Academia Bio Ritmo, além da livraria Cultura, a maior do continente. Em menores dimensões funcionam 562 comércios e 107 salas comerciais. O
Conjunto
funciona
numa
magnitude
de
proporções
gigantescas para atender ao fluxo de 35 mil pessoas por dia. Conta com 716 vagas no estacionamento do subsolo, 24 elevadores, duas escadas rolantes e uma rampa helicoidal. No ano de 2005 o prédio foi tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) e é tido como um dos grandes exemplos da arquitetura
Figura 109: Conjunto Nacional/Catraca Livre
modernista brasileira.
117
4.3.2. CONJUNTO NACIONAL ANÁLISE
Em meados dos anos 50, o empresário bem-sucedido José
era permitido na Avenida Paulista; então na lâmina vertical colocou três
Tjurs estava disposto a construir o primeiro edifício multifuncional do
edifícios 25 pavimentos: o residencial Guayupiá e dois comerciais, Horsa
país. A priori o empreendimento deveria ter hotel, restaurantes, bares,
I para salas comerciais e Horsa II para empresas de grande porte.
cinemas, lojas, salas comerciais e apartamentos residenciais. O primeiro
Na década de 50, a Avenida Paulista era predominantemente
passo foi adquirir não somente alguns lotes, mas sim comprar uma
residencial, enquanto a Rua Augusta já tinha centro comercial com lojas
quadra inteira na Avenida Paulista, esquina com a Rua Augusta.
de boutique, porém não existia shopping-center. Analisando o espaço,
Para elaboração do projeto, o grupo empresarial Tjurs realizou um concurso, sendo vencido pelo arquiteto David Libesking, na época com apenas 26 anos, desconhecido e com três anos de atuação.
David propôs uma grande área comercial na lâmina horizontal, para aproveitar o fluxo da Rua Augusta e incentivar o comércio nas outras. Quando pronto, o Conjunto Nacional era, de fato, o primeiro
O projeto com traços simples e funcionais evidenciava na época
edifício de multifuncional do Brasil, inclusive apelidado de “cidade” por
uma arquitetura frente a seu tempo. No andar térreo ficou disposta a
ter tudo num lugar só. Em pouco tempo tornou-se o cartão postal da
galeria, com quatro corredores largos, ocupando um espaço de 1.600
cidade e serviu como referência no processo de verticalização para toda
metros quadrados. Com acesso pela Avenida Paulista, Rua Augusta,
a região metropolitana de São Paulo.
Rua Padre João Manoel e Alameda Santos, o piso de pedra portuguesa
Nos anos 70, o empreendimento já tinha o maior valor venal do
na calçada é o mesmo do espaço interno. Este detalhe faz uma
país, alcançando valores estratosféricos e movimentando toda a
integração entre o ambiente interno e externo, exercendo a função de
economia da maior cidade do país.
4.3.2. CONJUNTO NACIONAL ANÁLISE
118
Edifício comercial em Salto
O projeto seguiu a premissa da arquitetura modernista, principalmente pelo terraço-jardim e na ornamentação dos pilotis. As duas lâminas foram separadas pelos pilotis, e no terraço abriga um salão de festas e a grande cúpula geodésica, que dá suporte as rampas
DIAGRAMA
e ao hall central.
Figura 110: Diagrama do Conjunto Nacional/Luana Pedrosa
Figura 111: Conjunto Nacional/Divulgação
119
4.3.2. CONJUNTO NACIONAL ANÁLISE
O subsolo 2
é uma área dedicada
essencialmente para o estacionamento. O acesso dos automóveis é feito por uma rampa helicoidal, e
o
acesso para
clientes
e
condôminos é através de quatro elevadores. A área de serviços é exclusiva para funcionários;
nela
funciona
as
principais
operações e controle do empreendimento.
Subtitle
Serviços Circulação vertical Estacionamento Figura 112: Subsolo 2 – Conjunto Nacional/Arquivo Arq
4.3.2. CONJUNTO NACIONAL ANÁLISE
120
Edifício comercial em Salto
O
estacionamento
para
os
apartamentos residenciais funciona de modo independente, através da Alameda Santos, enquanto o acesso para clientes se dá pela Rua Padre João Manuel. São fatores que contribuem
para
a
racionalização
da
circulação vertical e na distribuição de fluxo de pessoas.
Subtitle
Serviços Circulação vertical Estacionamento 1 Estacionamento 2 Figura 113: Subsolo 1 – Conjunto Nacional/Arquivo Arq
121
4.3.2. CONJUNTO NACIONAL ANÁLISE
Acesso subsolo (moradores)
O
pavimento
térreo
tem
quatro
corredores, com acesso por todas as vias confrontantes. Todas
as
lojas
possuem
copas/sanitários e contam com vitrines em toda sua extensão. A
circulação
principalmente
pelos
vertical
é
elevadores,
feita e
secundariamente pela rampa helicoidal.
Acesso subsolo (clientes)
Subtitle
Serviços Circulação vertical Figura 114: Pavimento Térreo – Conjunto Nacional/Arquivo Arq
4.3.2. CONJUNTO NACIONAL ANÁLISE
122
Edifício comercial em Salto
O comerciais,
primeiro
pavimento
lojas,
restaurantes
tem salas e
teatro
funcionamento ao mesmo tempo, no mesmo pavimento de modo fluído e integrado. Tudo
isso está relacionado a boa elaboração da circulação
vertical,
que
é
um
grandes
potenciais como referência projetual para o TFG. A escala do prédio tem perspectiva para que o usuário consuma, permaneça ou apenas circule, não há restrições e atende à todos os níveis sociais. Subtitle
Serviços Circulação vertical Figura 115: Primeiro pavimento – Conjunto Nacional/Arquivo Arq
123
4.3.2. CONJUNTO NACIONAL ANÁLISE
Figura 116: Escada Rolante – Conjunto Nacional/Arquivo Arq
Subtitle
Serviços Circulação vertical Figura 117: Segundo pavimento – Conjunto Nacional/Arquivo Arq
4.3.2. CONJUNTO NACIONAL ANÁLISE
124
Edifício comercial em Salto
No terraço-jardim dá acesso ao salão de festas, e também inicia a lâmina vertical, que
abriga
os
apartamentos
e
salas
comerciais. A cúpula geodésica é estruturada por uma peça pentagonal de concreto no centro, a qual apoia em toda circulação vertical. Nas laterais foram alocados pilares curvos para distribuição de cargas em valores equânimes. Subtitle
Serviços Circulação vertical Circulação vertical Figura 118: Terraço Jardim – Conjunto Nacional/Arquivo Arq
125
4.3.2. CONJUNTO NACIONAL ANÁLISE
PONTOS FORTES: • Galeria comercial • Circulação vertical • Terraço-jardim Nos anos 80 o Conjunto Nacional entra em decadência e as principais lojas fecharam as portas, além do grande incêndio que deteriorou parte da fachada. A nova administração do empreendimento
convidou David Libeskind, aos 70 anos de idade para restaurar o Conjunto Nacional. Ele desobstruiu todos os corredores, que estavam ocupados por lanchonetes e vendas de ambulantes, além de fazer todas as regularizações necessárias. A
nova
administração direcionou
espaços
para receber
exposições temporárias de diferentes níveis sociais e culturais, que é um sucesso até nos dias de hoje. Aos poucos o comércio foi retomando seu poder de fluxo e atualmente é um dos edifícios de maior impacto do país. O projeto multifuncional distribuído num empreendimento de dois volumes com traços simples da arquitetura modernista, faz alusão as obras do arquiteto Oscar Niemeyer. A galeria, bem como os corredores,
o terraço-jardim e a circulação vertical são as maiores referências projetuais para este trabalho final de graduação.
4.3.2. CONJUNTO NACIONAL ANÁLISE
Figura 119: Croqui David Libeskind/Família Libeskind
126
Edifício comercial em Salto
Figura 120: Fluxo ininterrupto/SescTV
Figura 121: Corredores do Conjunto Nacional/SescTV
Figura 123: Cúpula do Conjunto Nacional/SescTV
Figura 122: Terraço-jardim/Barbieri
127
Figura 124: Lâmina vertical - Conjunto Nacional/SescTV
CONJUNTO NACIONAL
Figura 125: Maquete eletrĂ´nica proposta/Samuel Dantas
5. PROPOSTA
128
Edifício comercial em Salto
CONCEITO O conceito baseia-se na integração com a urbanidade em potencial, incorporando comércios e serviços através de uma relação direta com a calçada, o que garante preceitos de um equipamento público-privado.
PARTIDO ARQUITETÔNICO O partido está fundamentado na integração da topografia com seu
entorno,
desenvolvendo
acessos
funcionais
com
traços
proporcionais. Os módulos racionalizam a estrutura pré-moldada, enquanto o drywall em seu interior possibilita flexibilidade espacial.
Os volumes retangulares quando unidos ilustram uma hierarquia harmoniosa, fazendo com que as intricadas composições estruturais evidenciem um design ininterrupto.
Figura 126 Volumetria da proposta/Autor
5.1. CONCEITO E PARTIDO
129
PROGRAMA DE NECESSIDADES SETOR PÚBLICO SETOR PRIVADO SETOR ADMISTRATIVO AMBIENTE
QTD.
ÁREA UNIT. (m²)
ÁREA TOTAL (m²)
LOJA TIPO 1
8
28,00
224,00
LOJA TIPO 2
8
55,00
440,00
LOJA TIPO 3
2
110,00
220,00
RESTAURANTE
1
160,00
160,00
ADM - RESTAURANTE
1
3,86
3,86
Área do terreno 1: 4,450,84 m²
SANITÁRIO RESTAURANTE
1
3,86
3,86
VEST. FEM. RESTAURANTE
1
6,30
6,30
Área do terreno 2: 2,084,59 m²
VEST. MAS. RESTAURANTE
1
6,30
6,30
Área total: 6,535,43 m²
COZINHA
1
52,00
52,00
Taxa de Ocupação: menor ou igual 70%
SANITÁRIO MAS.
2
19,40
38,80
SANITÁRIO FEM.
2
25,30
50,60
SANITÁRIO MAS. (PNE)
2
3,40
6,80
SANITÁRIO FEM. (PNE)
2
3,40
6,80
FRALDÁRIO
2
16,20
32,40
DPTO. MATERIAL LIMPEZA
2
10,80
21,60
PROJETO:
RECEPÇÃO
1
16,80
16,80
Pavimento térreo: 1.667,40 m²
CFTV
1
16,80
16,80
SALA DE CONVENÇÕES
1
160,00
160,00
ADMINISTRAÇÃO
1
16,00
16,00
3º ao 8º pavimento: 5.239,08 m²
COPA - ADM
1
5,00
5,00
CONF. EXECUTIVA
1
52,00
52,00
9º ao 17º pavimento: 4.740,12 m²
OFFICE TIPO 1
21
43,70
917,70
Área total: 9.979,20 m²
OFFICE TIPO 2
60
97,70
5862,00
Taxa de ocupação: 25,51%
SANITÁRIO - OFFICE
81
2,00
162,00
SANITÁRIO - OFFICE (PNE)
81
2,40
194,40
COPA - OFFICE
81
5,90
477,90
CIRCULAÇÃO
1
825,28
825,28
285
1747,40
9979,20
TOTAL
CÁLCULO DE ÁREAS:
TERRENO:
Taxa de Permeabilidade: 5% - (222,54 m²) Coeficiente de aproveitamento: 2,5 – (16,338,57 m²)
Pavimento superior: 1.667,40 m²
Coeficiente de aproveitamento: 1,52
130
5.2. INFORMAÇÕES TÉCNICAS
5.3. FLUXOGRAMA 131
AVENIDA GETÚLIO VARGAS
Officemall é um tipo de arquitetura que agrega diversas funções em um único empreendimento; para tanto, mostra-se imprescindível a ideia de racionalizar o fluxo da circulação, de modo a precaver sua atratividade para todas as escalas sociais e suas diferentes finalidades.
Figura 128: Infográficos de setorização 2/Autor
Figura 127: Infográficos de setorização/Autor
132
5.3. DIAGRAMA
Edifício comercial em Salto
PRAÇA Visando a localização estratégica, aliada ao fluxo do comércio no entorno, foi proposto uma praça para aproveitar essa demanda e potencializar a qualidade urbana da zona circundante. A praça segue a mesma premissa de modulação do edifício, o que garante geometria proporcional dos canteiros e espelho d’água. Propõe a instalação de piso intertravado, pois suas vantagens vão além da estética, propendendo a eficiência na drenagem e escoamento de água, além da praticidade em áreas públicas.
ACESSO ÀS LOJAS
Com quatro grandes acessos, nos dois primeiros pavimentos estão dispostas 18 lojas de pequeno e médio porte, além de restaurante e cafeteria.
Figura 129: Intertravado /Pisopav
133
Figura 130: Proposta Officemall Itália - Praça
5.4. INFORMAÇÕES PROJETUAIS
ACESSO ÀS SALAS COMERCIAIS Do 3º ao 8º pavimento, estão concentradas 42 salas comerciais. O acesso é controlado através da recepção, que conta com 3 elevadores de alta tecnologia, onde apenas os condôminos e funcionários
do
empreendimento
tem
suas
impressões
digitais
cadastradas, e, consequentemente torna-se privativo.
PRINCIPAIS MOBILIÁRIOS URBANOS DO PROJETO: 6 bancos de madeira & concreto 4 cancelas automáticas 13 postes de iluminação com aço galvanizado preto
ÁREA DE DESCOMPRESSÃO
44 balizadores de sinalização
No 9º pavimento, propõe uma área exclusiva aos funcionários administrativos, desde fornecer um break de relaxamento, até reuniões
ao ar livre, potencializando a qualidade de vida e o bem-estar de todos.
Figura 131: Proposta Mobiliários urbanos/Warehouse
5.4. INFORMAÇÕES PROJETUAIS
134
Edifício comercial em Salto
SALAS COMERCIAIS
ESTACIONAMENTO
Do 9º ao 17º pavimento estão implantadas mais 39 salas
Para um empreendimento deste porte, é essencial atender a
comerciais, totalizando no empreendimento 81 espaços destinados a
demanda de veículos dos consumidores e condôminos. Para tanto,
locação. Para atender aos portes de escritórios da cidade e região,
aproveitou-se a topografia em declive para criação de dois subsolos,
propõe-se duas tipologias, uma com módulo simples, numa área de
além do térreo, para abrigar 181 vagas. O acesso é controlado por
54m², e o módulo duplo, com 108m², ambas os modelos equipadas com
cancelas automáticas, tanto na entrada, quanto na saída.
copa e sanitários adaptados aos portadores de necessidades especiais (PNE).
ÁREA RECREATIVA Para aproveitar a grande espaço da laje do pavimento superior,
destinou-se uma proposta que serve como uma extensão da praça, além de servir como um amparo para eventos, exposições temporárias e Figura 132: Rampas para o subsolo/Autor
oficinas.
135
5.4. INFORMAÇÕES PROJETUAIS
MODULAÇÃO ESTRUTURAL
Para melhor disposição espacial na implantação, para atender à todos os itens listados no programa de necessidades, optou-se pela modulação 7,5x7,5, o que contribuiu para ambientes amplos, funcionais e alinhados. A escolha do sistema construtivo pré-moldado traz diversas vantagens. A maior delas, são os pilares, que asseguram a sustentação de grandes vãos, que aliados ao desempenho estrutural da laje alveolar, potencializam grande flexibilidade no interior, principalmente para as lojas, devido ao uso de vedação com drywall.
Figura 133: Eixos estruturais/Autor
5.4. INFORMAÇÕES PROJETUAIS
136
Em tempos de grandes discussões a respeito dos problemas
A escolha estratégica do terreno, no novo centro e próximo às
urbanos e da qualidade de vida da população, este trabalho final de
maiores rodovias, trouxe os desafios essenciais para a realização deste
graduação apresenta uma proposta para que as cidades do interior
Trabalho Final de Graduação, desde a topografia em declive, a integral
como Salto, potencialize seu comércio explorando cada vez mais a
compreensão da legislação municipal, além do comportamento do
verticalidade, que é uma tendência arquitetônica e uma das alternativas
mercado local diante das demandas para que assim pudesse
para suprir a demanda deste setor. A população procura pela região
proporcionar a população diversas atratividades e serviços em um único
mais atraente e com comércio mais diversificado para consumir,
lugar.
aumentando
assim
o
distanciamento
entre
as
pessoas
e
consequentemente tornando o comércio consolidado local cada vez mais obsoleto. Aprofundei-me, então, em base de pesquisa de mercado e análise teórica para propor uma infraestrutura de Officemall, que visa a
priori, atender a todos os tipos de comércios em um único empreendimento, estabelecendo assim agregação de pessoas de todos os níveis sociais, podendo ter fluxo de consumo, permanência ou apenas passeio.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
137
Edifício comercial em Salto
AFLALO/GASPERINI – “Valongo Brasil”. Disponível em: <http://aflalogasperini.com.br/blog/project/valongo-brasil/>. Acesso em: 04 de maio de 2018. ARCOWEB – “Aflalo/Gasperini arquitetos: edifício comercial Valongo Brasil, Santos, SP”. Disponível em: <https://www.arcoweb.com.br/noticias/arquitetura/aflalogasperini-edificio-valongo-brasil-santos-sp>. Acesso em: 06 de maio de 2018. ARQUIVOARQ – “Conjunto Nacional”. Disponível em <http://www.arquivo.arq.br/conjunto-nacional>. Acesso em: 20 de maio de 2018.
BARBARA, F. Duas tipologias habitacionais: O conjunto Ana Rosa e o Edifício COPAN. Contexto e análise de dois projetos realizados em São Paulo na década de 1950 (dissertação de mestrado). São Paulo, FAUSP, 2004. CAU/BR – “Galeria do Rock”. Disponível em: <http://arquiteturaurbanismotodos.org.br/galeria-do-rock/>. Acesso em: 02 de maio de 2018. CONDOMÍNIO CONJUNTO NACIONAL – “Informações Técnicas”. Disponível em: <http://www.condominioconjuntonacional.com.br/historia/>. Acesso em: 23 de maio de 2018. ESTADÃO – “Galeria do Rock”. Disponível em: <http://www.estadao.com.br/blogs/reclames-do-estadao/galeria-do-rock/>. Acesso em: 02 de maio de 2018. EUCATEX S.A. “Demonstrações Financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2016, de 2015 e parecer dos auditores independentes” Disponível em: <http://ri.eucatex.com.br/pt-br/>. Acesso em 17 de março de 2018. FONTENELE, S. Relações entre o traçado urbano e os edifícios modernos no centro de São Paulo. Arquitetura e cidade (1938/1960). São Paulo: USP, 2010, p. 129. GEOSALTO – “Sistema de Geoprocessamento da Prefeitura da Estância Turística de Salto” – Disponível em <http://www.geosalto.geonet.net.br/>. Acesso em: 10 de abril de 2018.
138
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
IBGE – “Salto, SP” – Disponível em: < https://www.ibge.gov.br/ >. Acesso em 05 de março de 2018. IBRE/FGV – “Pesquisa de mercado” – Disponível em: <http://portalibre.fgv.br> acesso em 15 de março de 2018. NARDELLI – “Horário das linhas em tempo real”. Disponível em: <http://nardellisalto.com.br/>. Acesso em: 12 de abril de 2018. OREALIZAÇÕES – “Valongo Brasil, Santos, SP”. Disponível em: <https://www.orealizacoes.com.br/comerciais/valongo-brasil/>. Acesso em: 08 de maio
de 2018. PREFEITURA DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE SALTO – “Lei 3.694/2017 – Nova Lei de Uso e Ocupação de Solo”. Disponível em: <http://salto.sp.gov.br/site/?page_id=10681>. Acesso em: 05 de abril de 2018. SÃO PAULO CITY – “Um passeio na Galeria do Rock”. Disponível em: <https://spcity.com.br/um-passeio-na-galeria-do-rock/>. Acesso em: 03 de maio de 2018. SEADE – “Salto, SP” – Disponível em: <http://www.seade.gov.br/>. Acesso em 10 de março de 2018. SECOVI-SP – Boas perspectivas para o mercado imobiliário do interior. São Paulo: Secovi, 2017, edição 279. SECOVI-SP – “Indicadores de mercado”. Disponível em: <http://www.secovi.com.br/pesquisas-e-indices>. Acesso em: 10 de março de 2018. SESCTV – “Arquiteturas: Conjunto Nacional”. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=KVM19KMWy4I>. Acesso em: 24 de maio de 2018. VARGAS, H. – O comércio e os serviços varejistas: principais agentes e sua inserção urbana: GEOUSP Espaço e tempo, n.8, p. 77-87, 2000. VARGAS, H. – O papel das galerias comerciais na revitalização do centro de São Paulo São Paulo: URBS, v.8, p. 41-49, 1998.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
139
Edifício comercial em Salto
140
DIAGRAMAÇÃO: LUCAS DOS SANTOS GABRIEL TEMPLATES: VIDEOBLOCKS & SLIDEMODELS