Revista NA MOCHILA - ed. 21

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R$ 5,00

Tiragem auditada 13 mil exemplares

NA MOCHILA Amigos invisíveis | Coqueluche | Odeio Matemática!

ODEIO matemática!

Veja como ajudar seu filho a se dar bem nesta disciplina

Férias

DIV ERTIDAS

Ano 4 – 2012 – nº 21

Brincadeiras pra alegrar as crianças dentro de casa

Amigos

Invisíveis Quando a criança brinca com alguém que só existe pra ela


Editorial

Síndrome dos 3 F´s Já ouviu falar nessa síndrome? É a famosa: “Frio, Férias, Filhos”. Muitas famílias ficam aflitas quando chega essa época do ano, pois parece que todos os problemas acontecem juntos. Doenças do inverno, não ter o que fazer com as crianças e aguentar em casa toda a energia acumulada dos pequenos, que não estão nem aí para o clima. Eles querem mesmo é diversão. Pensando nisso, preparamos todo o nosso conteúdo para que vocês, pais, passem bem por este período do ano. A jornalista Marisa Sei, que adora escrever sobre saúde, entrevistou especialistas que explicam tudo sobre Coqueluche e Vitamina S (a tal da vitamina que toda criança precisa para criar as defesas do organismo). Já a Rose Araújo, que é mãe de uma menina linda de 6 anos, a Luíza (o xodó aqui da editora), cuidou do conteúdo relacionado a comportamento. Se o seu filho tem problemas com Matemática, você vai ver que a disciplina não é um bicho-de-setecabeças. É preciso entendê-la, não tem jeito. Outro tema abordado por nossa jornalista é o Transtorno Opositor Desafiador (TOD), que muita gente não conhece e pode estar passando por isso. Neste mês saiu também a primeira edição especial da NA MOCHILA – a revista Espetáculos, que traz uma cobertura jornalística dos eventos de final de ano preparados pelas academias de

dança de Sorocaba e que são um verdadeiro show de talentos. A edição está sendo distribuída nas próprias escolas de ballet. Mas se quiser ver a versão online, acesse www.namochila.com/espetaculos. E aguarde, pois mais novidades vão pintar neste ano!

Lucy De Miguel Editora lucy@editoravetor.com.br

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Índice

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Uma dose de vitamina S

Higiene excessiva pode favorecer aparecimento de doenças

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Alta resistência

Passe o inverno livre das doenças típicas da estação

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Meu amigo invisível

Ter amizades imaginárias na infância não faz mal

30 Odeio matemática!

Ajude seu filho a se dar bem nesta disciplina

Unidos contra a Coqueluche

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Adultos também devem se vacinar

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Férias divertidas

Aproveite o recesso com as crianças sem sair de casa!

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Não é só agressividade

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Você conhece o Transtorno Opositor Desafiador?

Dente, dentinho, dentão...

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Dentistas respondem às principais dúvidas relacionadas à infância


Sempre aqui A revista Na Mochila é uma publicação bimestral, com distribuição dirigida, em parceria com escolas particulares da cidade de Sorocaba, Itu e região.

Curtinhas. . ........................... 8 Informações atualizadas sobre o universo infantil

Tiragem de 13 mil exemplares auditada pela ASPR Auditores Independentes www.aspr.com.br. Certificado a disposição dos interessados.

Nossa Capa

Maria Eduarda, 2 anos e 8 meses Fotos: Marina Zanon Roupas: Loja Sonho Meu Agradecimentos: Loja Mercatto

Ano 4 ‐ nº 21 - Junho 2012 Diretoria Executiva: Lucy De Miguel, Cassiano Ricardo Cantero Diretoria de Novos Projetos: Marcus Oliveira (15 7835-8560) marcus@ editoravetor.com.br

Moda................................. 48

Coleção Inverno 2012 pra deixar as crianças no maior estilo!

Redação: Marisa Sei e Rose Araújo Editora de Arte: Josemara Nascimento Fotos: Dani Bahu, Fernando Paiva e Marina Zanon (Efeito Fotografia)

Blogueiras. . ....................... 55 Mamães compartilham a experiência da maternidade

Assistente de Produção: Carina Alves

Bibliotekids...................... 57 Livros para você e para as crianças

Álbum de família........... 60 Planeta melhor............... 42 Aprenda a fazer uma peteca com garrafa pet

Fotos das crianças para guardar de recordação

Escolas............................... 64

Relação dos colégios parceiros do Projeto NA Mochila

Cecília 66

Minimercado.................. 58 Novidades e lançamentos para o mundo dos pequenos

Você também vai se apaixonar por ela

Tratamento de imagens: Josemara Nascimento e Wilson Luiz Monaco Jr. Departamento Comercial: Marcus Oliveira, Edilaine Strób e Rosana Caruso Relacionamento com escolas: Rosana Caruso (escola@namochila.com) Jornalista responsável: Lucy De Miguel (MTB 24.662) Impressão: IBEP Gráfica Vetor Comunicação e Editora Rua Braz Laino, 305 - Jd. Emília Comercial: Av. Antonio Carlos Comitre, 510 - sl. 113 Sorocaba - SP Fone: (15) 3211-0999 Para anunciar: comercial@editoravetor.com.br


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Curtinhas

Aulas de música beneficiam bebês Muito já se sabe sobre os benefícios da música para a nossa saúde, mas agora descobriu-se que o treinamento musical ajuda os bebês a interagirem com o mundo. Segundo pesquisa realizada na Universidade McMaster, no Canadá, bebês de um ano e meio que participaram de aulas de música interagem mais com o ambiente, sorriem mais, se comunicam melhor e seus cérebros apresentam respostas mais sofisticadas para a música. Para fazer o estudo, os pesquisadores dividiram os bebês em dois grupos: um que participou das aulas de música e outro que não. Antes da pesquisa, todos os bebês apresentavam

comunicação e desenvolvimento social semelhantes. Os resultados foram publicados nas revistas Science, Developmental e Annals of New York Academy of Science. Uma outra pesquisa, realizada em Israel, indica que bebês prematuros que ouvem uma sonata de Mozart por dia têm menos necessidade de cuidados médicos. De acordo com os médicos da Universidade de Tel Aviv, as músicas do compositor do século 18 estão associadas a um ganho de peso mais rápido entre esses recémnascidos, tornando os bebês mais fortes e menos propensos a necessitar de cuidados médicos.

Estresse na infância pode acelerar o envelhecimento

Os pais fazem de tudo para proteger a criança de traumas e violência, porém abusos e estresses vivenciados na infância podem acelerar seu envelhecimento biológico, ou seja, as crianças podem parecer mais velhas do que já são, correndo o risco de morte prematura. Neste estudo, desenvolvido na Universidade Duke (Estados Unidos), os pesquisadores observaram os telômeros do DNA, que ficam nas pontas dos cromossomos e diminuem com cada divisão de célula. Assim, eles são um indicativo confiável do envelhecimento do corpo. A literatura médica mostra que pessoas com telômeros mais longos têm chances maiores de terem tido infâncias tranquilas. Os pesquisadores acreditam que o estresse seja o causador do encurtamento dessas estruturas, já que a violência causa maiores níveis de inflamação no corpo. Esse aumento na inflamação seria então responsável pelo menor comprimento dos telômeros. O estudo ressalta a importância vital da redução da exposição à violência em crianças – tanto do bullying quanto do abuso familiar. 8 | Na Mochila

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Curtinhas

Depressão das mamães pode atrapalhar sono dos filhos Mães que acordam com qualquer barulhinho do bebê e correm no quarto para acudilo, ou que estejam sofrendo de depressão podem prejudicar o descanso dos filhos, principalmente se transferem a criança de cama durante a noite, para aliviar sua ansiedade. Uma pesquisa realizada na Pennsylvania State University

e publicada no periódico Child Development comparou o comportamento de mães saudáveis e deprimidas. As que sofriam da doença tinham chances maiores de acordar as crianças sem necessidade. “Problemas de sono frequentemente duram até depois do início da infância, e podem ter um efeito negativo em vários aspectos do desenvolvimento,

incluindo o funcionamento emocional, comportamental e acadêmico. Entender como a depressão materna e os problemas de sono se combinam e afetam o desenvolvimento da criança é importante para o desenvolvimento de intervenções que ajudem a reduzir essas consequências negativas”, explica o pesquisador Douglas Teti.

Comer em casa é mais saudável

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A correria da vida moderna faz com que cada vez mais famílias se alimentem fora de casa. Porém, estudos comprovam que comer em casa, além de mais barato, também é mais saudável. Uma pesquisa feita pela Universidade do Estado de New Jersey, nos Estados Unidos, concluiu que comer fora de casa está associado a escolhas alimentares pobres em nutrientes e ruins para a saúde. Os pesquisadores analisaram resultados de 68 relatórios científicos previamente publicados, considerando a associação entre refeições familiares e saúde das crianças. Entre os benefícios, as refeições feitas em casa proporcionam um aumento maior da ingestão de frutas, legumes, fibras e alimentos ricos em cálcio e vitaminas. Além disso, o índice de massa corporal (IMC) dessas crianças é menor do que o dos que se alimentam fora de casa, diminuindo as chances de obesidade.


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Curtinhas

Exercícios físicos na infância equilibram níveis de triglicérides

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Um estudo realizado pela Universidade Estadual Paulista e publicado na Biblioteca Virtual da Fapesp mostra que iniciar atividade física apenas na fase adulta não previne a dislipidemia, doença que provoca alteração dos níveis de gordura no sangue – triglicérides, além de LDL (colesterol ruim) e HDL (o colesterol bom) – e atinge cerca de 16% da população brasileira. Os pesquisadores entrevistaram 2.720 adultos a fim de saber se eles praticaram atividades físicas na infância (7 a 10 anos), adolescência (11 a 17 anos) e idade adulta, e se haviam recebido resultados de “colesterol alto”, “baixo colesterol bom” ou “alto colesterol ruim” no último exame de sangue. Com base nas respostas, constatou-se que a falta de exercícios na infância e na adolescência foi associada a um maior número de quadros de dislipidemia na idade adulta. Além disso, os pesquisadores notaram que os adultos vítimas da doença que não praticaram atividades esportivas na infância, mas que iniciaram exercícios de intensidade leve após o diagnóstico, não apresentaram melhoras na doença.

Suco, néctar ou refresco? Uma alimentação saudável não dispensa o consumo de frutas frescas e seus derivados, como: sucos e refrescos. Mas para hidratar-se com saúde é preciso entender a diferença entre os produtos disponíveis nas prateleiras dos mercados. De acordo com a Nutróloga Liliane Oppermann, a principal distinção é a mistura química.“Os sucos concentrados

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são feitos a partir de frutas frescas e maduras, livre de aromas e corantes, o que conserva os nutrientes. Já os refrescos, que são produzidos apenas com até 10% das frutas originais e misturados com corantes, possuem menores quantidades de vitaminas e sais minerais”, diz a nutróloga. O néctar da fruta utiliza até 20% da poupa, mas

pode concentrar conservantes segundo as legislações do Brasil e também conter corantes e açúcares. O consumidor deve ser informado sempre sobre a procedência dos produtos para escolher, com consciência, o que estará na mesa de casa. Para a nutróloga é importante que haja a obrigatoriedade de diferenciar as bebidas através de rótulos.

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Curtinhas

Doenças de pele em bebês

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5. Lanugem: são pelos que alguns bebês têm

no rosto, tronco e costas. Mas são eliminados de forma natural. Hiperpigmentação dos genitais: alguns bebês podem apresentar um tom mais escuro nos órgãos genitais que desaparece com o tempo. Hiperplasia sebácea: são bolinhas que surgem na região do nariz e somem em pouco tempo. Dermatite das fraldas: ocorre devido à ação irritativa da amônia da urina, associada às bactérias ou fungos presentes na região. Desaparece totalmente, até sem tratamento, quando a criança para de usar fraldas. Dermatite de contato: como a criança tem a pele mais delicada, é mais suscetível à alergia. Por isso, é melhor evitar talcos perfumados, hidratantes e sabonetes. Pintas e manchas de nascença: o bebê pode nascer com uma mancha vermelha na nuca, porém a lesão normalmente desaparece. Se a criança tiver alguma pinta de nascença escura deve ser avaliada por um especialista, para evitar evolução para outro tipo de lesão.

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Quando se tem um bebê em casa, os cuidados com sua pele devem ser redobrados. Nos pequenos, ela é mais fina, tem menos cabelo e as glândulas sudoríparas são menos ativadas. Em um recém-nascido, por exemplo, a pele tem menos fibras elásticas e colágeno. Isso justifica porque na infância a penetração de substâncias tóxicas pela pele é muito maior. “É mais fácil os pequenos desenvolverem bolhas ou feridas ao serem expostos ao calor, irritantes químicos, traumatismos, além das doenças inflamatórias”, diz o dermatologista Fernando Passos de Freitas. Conheça os problemas mais comuns: Dermatite seborréica: é um tipo de caspa que, geralmente, surge de forma leve na cabeça no bebê. No entanto, pode evoluir e se espalhar para outras regiões do corpo. É muito comum e pode desaparecer ao longo dos meses. Cútis marmorata: espécie de rendilhado que surge na pele do bebê nos dias mais frios, devido a uma reação vasomotora. É considerada normal. Icterícia fisiológica: mais popular, é identificada quando a pele do bebê fica em um tom amarelado; mas se não desaparece em alguns dias, um médico deve ser consultado. Substância caseosa: uma camada que recobre a pele, semelhante ao efeito do verniz. Não deve se removida, pois possui função bactericida e acaba se soltando naturalmente com a sequência de banhos.


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Saúde

Uma dose de

vitamina S

A higiene excessiva pode favorecer o desenvolvimento de alergias e outras doenças inflamatórias. Que tal se sujar um pouco?

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texto Marisa Sei

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S

eu filho já tomou uma dose de vitamina S hoje? Ela não é encontrada nas frutas, nem nos legumes, mas é necessária para fortalecer a imunidade na infância. O “S”, na verdade, vem da palavra “sujeira”. Mas, calma aí: nenhuma criança precisa sair por aí se sujando. “Dizer que a sujeira favorece o sistema imunológico foi uma história inventada porque as mães, hoje, são muito influenciadas por propagandas de indústrias de limpeza, e de antibióticos, para manter o máximo de assepsia. Assim, os filhos acabam não tendo contato com o meio ambiente por medo de que adquiram alguma infecção”, explica o clínico geral Paulo Olzon Monteiro da Silva. Ou seja, o cuidado excessivo com a higiene para que as crianças não fiquem doentes acaba sendo prejudicial. Essa ideia foi sugerida há mais de duas décadas com a Hipótese da Higiene, segundo a qual o contato com micróbios na infância pode evitar o desenvolvimento de doenças inflamatórias como a asma, e alergias como a rinite. “Temos observado alguns estudos recentes reforçando essa ideia. A justificativa

Atualmente, o número de pessoas com algum tipo de alergia nos Estados Unidos é duas vezes maior do que na década de 80. No Brasil, estima-se que 30% da população seja alérgica seria a de que o sistema imunológico teria dois ‘caminhos’ a tomar. O primeiro, via linfócitos TH1, caso a pessoa entre em contato com micro-organismos presentes em ambientes menos limpos. A outra via, TH2, seria tomada na ausência desses micro-organismos e resultaria na liberação de fatores relacionados à alergia”, informa a pediatra Eliane Cabello dos Santos. A especialista ressalta que, no entando, ainda existem questões a serem esclarecidas, como identificar os micro-organismos considerados benéficos, quanto de “sujeira” seria necessária e a partir de que idade.

Vai brincar, criança! Videogame, computador, vida em apartamentos: esses fatores contribuíram para que as crianças tivessem convivessem

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em cada 10 pessoas, 8 moram em ambientes urbanos. Sem contato com a natureza, o sistema imunológico das crianças não se desenvolve como deveria Na Mochila | 17


menos com a natureza. Ou seja, não são os cuidados com a limpeza que prejudicam a imunidade, e sim a falta de contato com micróbios presentes na terra, nas plantas, nos animais. “Esse contato é importante para desenvolver o sistema imunológico, porque o organismo cria anticorpos ao ter contato com certos vírus e bactérias presentes no meio ambiente. O recomendado é que os pequenos brinquem em parques, ou com bichos de estimação”, indica Paulo. Portanto, deixar as crianças livres para se sujarem um pouquinho só faz bem à saúde. “Continuam sendo fundamentais os bons hábitos de higiene, como lavar as mãos, tomar banho diariamente, escovar os dentes, lavar os alimentos adequadamente. Por outro lado, por que deixar a criança de sapatos o dia todo dentro de casa? Ou desesperar-se porque o bebê levou a mão do chão à boca? Sem tanta neurose, mesmo que a teoria não se confirme, a vida será bem mais divertida!”, opina Eliane.

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Saúde

Pesquisas confirmam Em um estudo realizado nos Estados Unidos, 474 voluntários foram acompanhados pelos primeiros sete anos de vida. As 184 crianças que conviviam com dois ou mais bichos no cotidiano apresentaram metade das chances de ter quadros alérgicos do que o restante, que não foi exposto a animais em casa. Outra pesquisa, da Escola de Medicina da Universidade Harvard, também nos Estados Unidos, mostrou que camundongos criados em ambientes esterilizados tinham mais chances de desenvolver doenças inflamatórias do que os que viviam em ambientes normais, expostos a micróbios, e que tiveram o sistema de defesa desenvolvido adequadamente.

Imunidade garantida Os anticorpos adquiridos na infância podem proteger o organismo até quando ficamos velhinhos. “É na infância que o sistema imunológico se desenvolve. É a fase do primeiro contato com as bactérias e os vírus, em que o organismo vai produzir células que vão defendê-lo para o resto da vida. Por exemplo: é fácil descobrir quando uma pessoa adulta, ou mesmo um idoso, teve sarampo na infância, porque o organismo tem os anticorpos específicos”, revela Paulo.

ambiente (plantas, bichos de estimação, terra). » Quanto é necessário: o bom senso deve prevalecer. A criança pode brincar na natureza à vontade, desde que os cuidados de higiene, como um bom banho, sejam mantidos. » A carência provoca: aumento das chances de desenvolver alergias e doenças inflamatórias, como a asma.

VITAMINA S » Função: desenvolver a imunidade na infância. » Como adquirir: contato com o meio

Nossas fontes Eliane Cabello dos Santos é pediatra em Bauru (SP) Paulo Olzon Monteiro da Silva é clínico geral da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

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Saúde

Alta

resistência Com alguns cuidados, é possível passar o inverno livre das doenças típicas da estação texto Lucy De Miguel

udo começa com uma dorzinha de garganta, febre, tosse, nariz escorrendo... E os pais já sabem que boa coisa não vem durante os próximos dias. Nos casos mais graves, quando a criança apresenta dificuldade para respirar e falta de ar, a família já fica preparada para as possíveis idas ao pronto-socorro, fora as noites mal dormidas. Mas, com alguns cuidados básicos, é possível evitar todo esse pesadelo. De acordo com o Departamento de Pediatria da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), a permanência em ambientes fechados, cheios de gente ou com pouca circulação de ar é a principal razão para o contágio de diversas doenças respiratórias tão comuns nesta época do ano, podendo evoluir para pneumonia ou crises de asma em pacientes suscetíveis. A recomendação é para que as pessoas, ainda que passem mais tempo dentro de casa, procurem deixar as janelas abertas para que os ambientes fiquem ventilados, evitando-se assim a propagação de vírus e 20 | Na Mochila

bactérias, principalmente nas crianças, que ainda estão com o sistema imunológico em formação. Os dois primeiros anos de vida são os mais críticos, mas os cuidados devem se estender até os cinco anos de idade, quando então a criança já produziu anticorpos contra essas doenças.

Sinal de alerta A pneumonia é, sem dúvida, a doença respiratória mais preocupante para os pais. Fique atento para sintomas de tosse, febre e dificuldade para respirar. Se perceber que a criança não se alimenta ou dorme corretamente, é imprescindível procurar ajuda médica para uma avaliação. Ao perceber sintomas de gripe, deixe a criança descansar. Nada de ir à escola ou ao shopping, pois o contato com outras crianças ou em ambientes de grande circulação só pode agravar ainda mais o quadro infeccioso. Mesmo em casa, o contato entre www.namochila.com

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Cuidados básicos Hábitos simples podem evitar uma infecção por vírus ou bactérias. Veja como: Nos dias mais frios, a criança deve agasalhar-se bem e não tomar chuva. O choque térmico agride as vias aéreas e facilita as infecções. A alimentação deve ser equilibrada. Mantenha horas regulares de sono e faça com que a criança pratique atividades físicas para melhorar a defesa do organismo. Mantenha o ambiente sempre ventilado e, se possível, com uma temperatura agradável. Ofereça muito líquido às crianças, para hidratar e ajudar a manter normal a temperatura do corpo. A criança deve lavar as mãos com frequência, para evitar a transmissão de agentes infecciosos. Segundo recomendações da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia, as crianças devem ser vacinadas contra a gripe, de preferência, dois meses antes do inverno, para uma melhor reação do organismo e criação de anticorpos. Na Mochila | 21


Saúde

os familiares deve ser evitado, bem como compartilhar copos e talheres, que devem ser bem lavados após o uso.

uma boa higiene ambiental fazem parte das orientações de tratamento. Cuidados locais como uma boa higiene nasal e evitar colocar qualquer tipo de objeto dentro das orelhas podem ajudar.

dor de ouvido Outra inimiga das crianças (e dos pais) é a tão temida otite, uma dor que judia dos pequenos. A doença é comum nesta época do ano porque não há tanta produção de muco e movimentação de cílios que estão no nariz e nas árvores respiratórias, o que dificulta as defesas mecânicas do nosso organismo. De acordo com o pediatra Dr. Moises Chencinski, o principal sintoma de otite, independentemente da idade e do tipo dela, é a dor, que pode ser intensa. A febre pode ser outro sintoma associado. Esses quadros de infecção podem ser agudos (que são infecciosas) ou crônicos. As mais comuns em crianças são a otite média e a otite externa (essa aparece, por exemplo, quando a criança faz natação sem o protetor auricular, ou vai para a praia, nas férias e mergulha muito no mar). O tratamento varia de acordo com o problema, mas os médicos costumam prescrever antibióticos, anti-inflamatórios, analgésicos, antitérmicos e até homeopatia. Compressas quentes (e secas) também ajudam a melhorar a dor. E o médico adverte as mães para que não pinguem nada no ouvido antes de consultar um especialista, pois isso pode atrapalhar no diagnóstico correto. Cuidados gerais como boa alimentação (iniciando sempre pelo aleitamento materno exclusivo até o 6º mês), hidratação, 22 | Na Mochila

Nossas fontes Departamento de Pediatria da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia Dr. Moises Chencinski, pediatra e homeopata www.namochila.com


Informe Publicitário

força

Ritmo, e agilidade U

ma dança surgida na periferia de Nova Iorque e que leva este nome pelo fato de a coreografia valorizar o “break” da música. Assim é o Breaking, ritmo preferido por crianças e adolescentes, principalmente os meninos, que fazem as aulas na Escola de Dança Spaço Alfa, com o professor Redlen Naason.

Fotos Shutterstock e João Rampim

Dizem que esta dança foi inventada pelos porto-riquenhos, que expressavam sua insatisfação com a guerra do Vietnã e se inspiraram nos movimentos das artes marciais, principalmente do Kung Fu. O fato é que o Breakdance se espalhou entre as gangs

Assim é o Breaking, coreografia preferida pelos meninos na Escola de Dança Spaço Alfa

de Nova Iorque no final da década de 1960, mas tornou-se fenômeno mundial nos anos de 1980.

Movimentos acrobáticos Quem gosta de Breaking sabe que tem que ter fôlego para fazer os gestos bruscos e movimentos acrobáticos, já que a dança exige um bom condicionamento físico para fazer os movimentos ondulatórios do corpo, bem como a rotação do corpo apoiado apenas na cabeça ou nas costas. Outros passos conhecidos são os movimentos de pernas tipo moinho de vento ou o arrastamento dos pés. Nas aulas são aplicados exercícios técnicos, bem como sequências que preparam o aluno para que possa apresentar uma dança de qualidade em qualquer lugar do mundo. Há ainda um caráter competitivo na dança. Nas áreas nova-iorquinas de South Bronx ou Harlem, por exemplo, grupos organizados de jovens juntavam-se na rua para competições de breakdance (fights), com o objetivo de “derrotar” o oponente sendo mais criativo e inovador nos movimentos de dança. Tudo isso “sem violência”, garante o professor Redlen, que indica a dança para crianças a partir dos 7 anos.

Rua Caracas, 492 | Campolim | Sorocaba – SP Fone: (15) 3346-1266 | www.spacoalfa.com.br


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Comportamento

Meu querido

amigo invisível Criar amizades imaginárias na infância favorece o desenvolvimento social e intelectual. Os pais só precisam ficar atentos para que essa relação não atrapalhe a rotina da criança texto Marisa Sei

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moda, da Jennifer. Ela dava dicas de ra uma vez uma menina chama er momento, a e estava ao seu lado a qualqu ian Lid de os red seg os os tod ouvia Lidiana e nin, Jenifer só podia ser vista por era só chamar seu nome. Porém ou s quatro anos sua imaginação. “Ela tinha trê guém mais, já que fazia parte da enho animado me engano, por ter visto o des não se , iga am a ess u crio ndo qua o jornalista Márcio Torres. Charlie e Lola”, conta o pai, e. “Ter amigos da vai ver uma cena semelhant A maioria dos pais já viu ou ain m pesquisas ste sete anos é muito comum. Exi imaginários entre os três e os de imaginária”, a três crianças tem uma amiza que apontam que uma em cad llara. afirma a psicóloga Vivian Cance

Preparação para o real Assim como os adultos treinam em frente ao espelho para falar em público, ou falam sozinhos antes de contar para alguém uma informação importante, as crianças simulam conversas e criam situações para se preparar. “Os amigos imaginários surgem para que elas possam treinar os diálogos que um dia serão reais, além de ser uma forma de desenvolver a criatividade, fantasia e imaginação”, explica Vivian. Para uma criança, as situações a serem enfrentadas ainda são novidade e imaginar como lidarão com elas torna mais fácil encará-las. A criação também é capaz de estimular o aprendizado. “Tanto os amigos particulares quanto os mais coletivos, como Papai Noel e Coelho da Páscoa, ajudam no desenvolvimento mental. Pesquisas indicam que crianças que convivem com companheiros invisíveis desenvolvem antes suas capacidades psicológicas e lingüísticas e tendem a ser melhores alunos”, revela a psicóloga. Uma amizade invisível também pode representar necessidade de companhia, o que é natural principalmente para filhos únicos. “Todo filho único sente ou sentirá em algum momento um pouco de solidão. A Lidiana não é uma menina fechada, tem

muitas amizades, mas mesmo assim criou uma amiguinha para se divertir, contar segredos e até extravasar. Acho válido, pois todos nós precisamos pôr para fora o que nos incomoda e nem sempre temos coragem”, opina Márcio.

Participando da brincadeira Acompanhar o mundo imaginário da criança permite aos pais o conhecimento sobre suas necessidades, a aproximação e o estreitamento dos vínculos familiares. “É saudável perguntar sobre esse amigo invisível, fazer a criança contar sua história, e tentar entender o mundo dela a partir desse amigo, mas sem criar um interrogatório”, diz a psicóloga Cecília Zylberstajn. Ficar de olho nessa amizade é importante também para que os pais percebam se há algo de errado com a criança. “Um amigo imaginário pode surgir naturalmente ou quando há um evento mais difícil, uma ruptura na rotina, em que a criança tenta lidar com a situação usando a fantasia”, destaca Cecília. Caso a amizade criada seja fruto de um momento complicado, como a separação dos pais, dificuldade de adaptação na escola, entre outros, os pais devem ficar atentos, pois a criança Na Mochila | 25


Comportamento

Imaginação com limites Para Cecília, criar amizades na fantasia é uma brincadeira e faz parte do desenvolvimento na infância. Mas é preciso dar uma “liberdade vigiada”, ou seja, observar sem interferir. “O problema é quando esses amigos imaginários são substitutos dos reais e a relação faz a criança perder a possibilidade de manter diálogos com pessoas reais”, diz Vivian. Pôr a culpa no amiguinho, usar o nome dele para fazer perguntas ou dar opiniões também é aceitável, mas dentro dos limites. “Com isso, as crianças expressam seus sentimentos, sobre os quais talvez não conseguissem falar se não fosse através da amizade imaginária. Entretanto, quando a atitude de culpar o amigo é frequente, é hora de procurar ajuda profissional e fazer o filho perceber que algumas atitudes e opiniões são emitidas por ele próprio”, ensina Vivian. 26 | Na Mochila

Você sabia?

mantêm a relação Muitas vezes, as crianças nária somente quando com uma amizade imagi outras pessoas. estão sozinhas, longe de chegam a saber da Por isso, os adultos nem quando a criança existência desse amigo e, uece. cresce, geralmente se esq dem a desaparecer Os amigos imaginários ten o a criança começa após os sete anos, quand . “Por ser um a criar mais vínculos sociais ficam o tempo todo s processo natural, se os pai saber sobre o amigo interrogando o filho para apalhe o processo de invisível, pode ser que atr ”, diz Vivian. desapego e esquecimento tanto pessoas com Esses amigos podem ser mais, objetos ou a mesma idade quanto ani que só os pequenos mesmo formas abstratas, sabem o que é. adrinhos e desenhos Muitos personagens de qu s invisíveis. É o caso animados possuem amigo tterson, um menino de Calvin, criação de Bill Wa imaginação, dá vida de seis anos que, em sua . No desenho Charlie ao tigre de pelúcia Haroldo ssa personagem e Lola, inspiração para a no um amigo imaginário Lidiana, Lola também tem chamado Soren Lorensen.

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pode precisar de mais atenção nessa fase. “Não precisa ser motivo de grande preocupação, pois isso tende a passar. Só é preciso procurar ajuda profissional, do pediatra ou de um psicólogo, se a amizade imaginária interferir no comportamento da criança ou se persistir até a adolescência”, avisa Cecília.

Nossas fontes Cecília Zylberstajn é psicóloga psicodramatista em São Paulo Vivian Cancellara é psicoterapeuta infantil e palestrante em Sorocaba www.namochila.com


Em família

divertidas Saiba como agitar as crianças na época do recesso escolar, sem sair de casa e sem passar frio

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Férias texto Rose araujo

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O

s dias de descanso são cada vez mais raros, até mesmo para as crianças, que hoje têm uma agenda digna de executivo da bolsa de valores. Por isso, é preciso se programar para aproveitar ao máximo esse período delicioso e necessário: o recesso escolar. Se está faltando criatividade e sobrando impaciência nos pequenos, que querem curtir pra valer esse momento, é hora de criar alternativas interessantes para tirar o melhor proveito dessa época do ano. Em julho, surge a imprevisibilidade do tempo: frio, garoa, vento... muitas vezes, passeios externos são raros e o melhor a fazer é transformar sua casa no quartel general dos baixinhos. “Os pais precisam canalizar a energia que provém da garotada para opções sadias e inteligentes de lazer”, destaca Tiago Aquino da Costa e Silva, o Professor Paçoca, presidente da Associação Brasileira de Recreadores (Abre). Ele sugere as brincadeiras tradicionais como forma de lazer, que ajudam a desenvolver a linguagem, o pensamento, a socialização, a iniciativa e a autoestima. “São atividades que levam a marca cultural, pois o avô brincou, o pai aprendeu e ensinou ao filho”, ressalta Tiago. Os programas em família também não devem ser esquecidos. Sempre que puder, invista nos passeios em parques, teatro, cinema, museus e shows. Eles são fundamentais para aumentar o laço afetivo entre pais e filhos. Tiago aproveita para listar algumas atividades deliciosas para fazer com os pequenos nessa e em outras épocas do ano.

Dança das cadeiras cooperativas Materiais: Cadeiras (o mesmo número de cadeiras para o de jogadores), CD com músicas animadas e aparelho de som. Descrição: Colocam-se as cadeiras em círculo, uma de costas para a outra. Para iniciar o jogo, o recreador deverá colocar uma música bem animada e posicionar os jogadores de frente para suas cadeiras. Os participantes dançarão em volta das cadeiras. Quando a música parar de tocar, os jogadores deverão sentar nas cadeiras. Após essa primeira fase, tira-se uma cadeira, ou seja, teremos uma cadeira a menos do que o número de participantes. Na próxima rodada, os participantes terão de sentar, todos com uma cadeira a menos, e assim sucessivamente, até restarem três cadeiras e todo o grupo estiver sentado, uma pessoa no colo da outra. É uma atividade cooperativa e bem interessante para a participação lúdica dos adultos.

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Em famĂ­lia

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dá início ao pega-pega. Ao pegar alguém, os jogadores deverão mostrar os cartões de funções. A polícia ganha do ladrão, o ladrão ganha da vítima e a vítima ganha da polícia. O ganhador recebe o dinheiro do jogador perdedor. Após um tempo preestabelecido pelo recreador, deverá ser contado o dinheiro dos jogadores. Vence quem tiver mais dinheiro.

Volençol Materiais: Lençóis e bolas de voleibol Descrição: O grupo será formado por quartetos que deverão segurar, um em cada ponta, um lençol ou uma toalha. Os quartetos deverão brincar com a bola de voleibol, tentando mantê-la sobre o lençol, não a deixando cair no chão. Após essa etapa, os quartetos farão a interação uns com os outros e, assim, realizarão lançamentos e recepções das bolas. Criar estratégias e o trabalho em equipe são desafios propostos para essa atividade. A progressão do jogo poderá ser na realização de um jogo de voleibol tradicional com os lençóis. Pega-pega dinheiro do ladrão Materiais: Dinheiro de papel e cartão com as funções (dois são policiais, três são ladrões e os demais jogadores são vítimas). Descrição: Cada jogador recebe dez dinheiros de papel e um cartão com a função. Inicialmente, cada jogador deverá “guardar segredo” sobre a sua função. O recreador

Ao amigo com carinho Materiais: Papel e caneta Descrição Cada participante recebe um pedaço de papel e uma caneta ou um lápis. Cada pessoa escolhe outro integrante do grupo e escreve no pedaço de papel o nome da pessoa escolhida e uma tarefa a ser realizada por ela. Após o recolhimento dos papéis de todos os participantes, o animador fará o sorteio e avisará, nesse momento, que quem realizará a tarefa é a pessoa que escreveu. Qual é a música? Materiais: CD com músicas de vários ritmos. Descrição: O grupo de passageiros deverá ser dividido em duas equipes. O recreador seleciona um CD com músicas de vários ritmos e, dado o início, deverá dar stop, e, após, alguém deverá continuar cantando a música. A cada acerto de música, a equipe ganha um ponto. É vencedora a equipe que acumular dez pontos primeiro. Bingo humano Materiais: Pedaços de papel sulfite e uma caneta para cada jogador. Na Mochila | 33


Em família

Descrição: Cada jogador receberá um pedaço de papel em branco e desenhará uma tabela de jogo da velha (nove quadrantes). A cartela deverá ser preenchida com o nome mais o sobrenome (comida, de preferência) dos jogadores, como Marlene Salada. Ao sinal do recreador, os jogadores deverão se interagir e preencher a cartela com os nomes. Após o término, será iniciado o bingo. O recreador escolherá uma pessoa para iniciar o bingo, que escolherá um dos nomes que constam em sua cartela, pronunciando-o em voz alta. Por sua vez, este escolherá outra pessoa de sua cartela, e assim sucessivamente. O jogador que preencher primeiro a cartela é considerado o vencedor. Como variações, poderão ser utilizados para a composição do sobrenome países, cores ou figuras geométricas.

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Nossas fontes Tiago Aquino da Costa e Silva, o Professor Paçoca, presidente da Associação Brasileira de Recreadores (Abre) e Vice-presidente da ABRAPEFE (Associação Brasileira dos Profissionais de Educação Física e Esportes)

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Saúde

Todos contra a

coqueluche A vacinação em adultos é indispensável para prevenir a doença em bebês © Can Stock Photo Inc. / mangostock

texto Marisa Sei


Saúde

A

os dois meses de idade, os bebês precisam receber a primeira dose da vacina tríplice bacteriana (DTP), que protege da coqueluche, além de difteria e tétano. A vacinação é gratuita e as crianças são o principal alvo das campanhas de imunização. Isso porque, até os seis meses de idade, o sistema imunológico está imaturo e a coqueluche pode provocar consequências graves, como convulsões, pneumonia, distúrbios neurológicos e até mesmo a morte. Contudo, para proteger de vez os pequenos, adolescentes e adultos também precisam estar imunizados. Mas a falta de informação e de campanhas de vacinação destinadas a esses grupos faz com que apenas uma pequena parcela se vacine regularmente. Estudos divulgados na publicação médica Pediatric Infectious Diseases mostram que mães, pais, irmãos e avós são as principais fontes de transmissão da doença aos recémnascidos. “Vários países adotaram estratégias para prevenção da coqueluche, como vacinar todos os adultos que têm contato com bebês principalmente abaixo dos dois meses de idade. Infelizmente, o Brasil não possui essas estratégias e nem disponibiliza a vacina gratuitamente”, informa a infectologista Melissa Palmiere, do Hospital Villa-Lobos.

Mas então, como se imunizar? Em clínicas privadas de imunização, a vacina custa em média 150 reais. O 36 | Na Mochila

investimento vale a pena já que, vacinando os adultos, previne-se a doença também nas crianças. “A vacinação para adultos deve ser feita de 10 em 10 anos ou em períodos de surto. Por exemplo, se a pessoa sabe que já faz cinco anos que ela tomou a última vacina e está ocorrendo uma epidemia na região, o melhor é procurar um serviço de vacinação”, orienta Melissa.

Que doença é essa? A coqueluche é causada pela bactéria Bordetella pertussis e afeta o sistema respiratório causando, nas duas primeiras semanas de contágio, sintomas semelhantes aos da gripe, como coriza, tosse e mal-estar. Por isso, a doença muitas vezes passa despercebida em adultos. “As tosses intensas representam um estágio mais avançado e só nesse momento grande parte dos pacientes percebe que não portava apenas um resfriado”, acrescenta o clínico geral Renato Marandino, do Hospital São Vicente de Paulo, no Rio de Janeiro. A doença é conhecida como “tosse comprida” porque, após a chamada fase catarral, dos sintomas mais leves, permanece a tosse seca contínua, com guincho característico. www.namochila.com


Coqueluche em números

Em 2011, foram confirmados 593 casos da doença no Brasil. Desses, 541 ocorreram em bebês menores de um ano e 15 crianças morreram, segundo dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan), órgão do Ministério da Saúde. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em todo o mundo são 50 milhões de casos de coqueluche por ano. Na última década, a circulação da bactéria causadora da doença aumentou cinco vezes na América Latina. Totalmente seguras Por muito tempo, acreditou-se que algumas vacinas, incluindo a contra a coqueluche, pudessem causar autismo e outras reações graves. Com medo das reações, alguns pais ainda deixam de levar os filhos aos postos de imunização. Porém, uma avaliação completa de mais de mil estudos, realizada nos Estados Unidos e divulgada pelo Instituto de Medicina, mostrou que não há relação entre vacinas e autismo e os poucos e raros efeitos colaterais cessam em pouco tempo. “A vacina contra a coqueluche é uma das mais seguras do

mercado e apenas 10% das pessoas apresentam alguma reação, como febre, dor local e vermelhidão. Ela só é contraindicada para quem tem alergia aos componentes ou tem a síndrome de Guillain-Barré (doença autoimune que atinge os nervos periféricos)”, assegura Melissa. Antes de chegar aos postos de saúde, as vacinas passam por testes de segurança e eficácia. Portanto, não há o que temer! Deixar de imunizar a criançada e se imunizar pode trazer prejuízos graves à saúde dos pequenos. A melhor saída é sempre a prevenção.

Nossas fontes Melissa Palmiere é infectologista do Hospital Villa-Lobos, em São Paulo (SP) Renato Marandino é clínico geral do Hospital São Vicente de Paulo, no Rio de Janeiro (RJ) Na Mochila | 37


Comportamento

agressividade! Algumas crianças muito hostis e rebeldes podem ter Transtorno Opositivo Desafiador, uma síndrome mental que exige atenção e cuidados redobrados texto Rose araujo

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Can Stock Photo Inc. / MarinDumitru

Não é só


B

irra, agressividade, comportamento desafiador... quem é pai ou mãe certamente já presenciou algumas atitudes como essas por parte do filho. Elas fazem parte do desenvolvimento infantil e volta-e-meia se manifestam na relação familiar. No entanto, em alguns casos, elas passam do limite considerado aceitável e ganham outra roupagem, mais séria e comprometedora, o denominado Transtorno Opositivo Desafiador (TOD). Ainda pouco difundido, ele se caracteriza por comportamentos hostis, muita agressividade e desobediência crônica. “Geralmente a criança age contrariamente àquilo que se pede ou espera dela”, explica a psicóloga Denise Lavínia Mazetto. Os primeiros sintomas costumam surgir na idade pré-escolar ou na adolescência. Ainda não há uma definição clara para as causas dessa doença, mas os especialistas acreditam numa combinação de genética, ambiente familiar e até desequilíbrio de certas substâncias no organismo, como a serotonina.

Laudo técnico Dos primeiros sintomas até o diagnóstico de TOD leva-se, no mínimo, seis meses. Isso porque, para que o comportamento negativista e agressivo possa ser caracterizado como um distúrbio e não simples atitudes da idade é necessário uma frequência regular. Isso na teoria, é claro! Na prática, muitas vezes leva-se anos para descobrir o que a criança tem. A empresária Lígia*, mãe de Renato*, 12 anos, sabe bem como é essa peregrinação em busca do diagnóstico. Até descobrir o que o filho tinha foram cinco anos de luta. “Foram anos perambulando

por psicólogas, neurologista, psiquiatra, pastor, pedagogas... até que, aos 9 anos, uma psicóloga, que só faz avaliação e não tratamento, fez o diagnóstico”, relembra. Lígia conta que o menino sempre foi uma criança tachada de difícil, intempestiva, agressiva... “Em resumo: um problema! Ele ia bem até quando meu pai morreu e minhas duas irmãs casaram e tiveram seus filhos. Eu morava com minha família e acho que ele perdeu o eixo e eu não entendi nada. Ele foi ficando mais agressivo e começou a brigar na escolinha”, conta a empresária. De acordo com a psicóloga Patricia Adnet, para que a criança seja diagnosticada com TOD, é necessário que ela apresente pelo menos quatro dos seguintes sintomas: » perda de paciência » discussão com adultos » desafio ou recusa em obedecer a regras ou solicitações feitas por adultos » fazer coisas que aborreçam as pessoas de propósito » responsabilizar outras pessoas por seus próprios erros ou mau comportamento » incomodar-se facilmente com os outros » ficar com raiva, ressentimento ou ser vingativa ou maldosa. Ela explica como os pais podem dissociar o distúrbio de padrões normais de comportamento. “Se mesmo com a educação dos pais, da escola e dos que estão ao seu redor a criança mantiver os mesmos padrões de conduta, com uma frequência longa, é necessário que seja feita uma avaliação por parte de um profissional, como o psicólogo, para a compreensão do quadro e posteriores orientações.”

Rótulos Lidar com essa situação em casa não é nada fácil. Mesmo porque, antes de obter o Na Mochila | 39


diagnóstico da doença, os pais passam pelos mais variados julgamentos. “Não sabia o que fazer, como fazer e praticamente não encontrei ninguém para ajudar com capacidade de verdade. Minha família defendia o ‘desce a cinta’, o pai dele achava ‘que o problema é que sou permissiva’ a escola ‘achava que ele era um problema e não podia perder outros alunos por causa dele’”, descreve Lígia. Embora apresentando o TOD, Renato tem amigos e brinca como outras crianças da sua idade. “Os primos o adoram e todos os finais de semana tem criançada dormindo em casa. Ele é amável, mas também há brigas, que ocorrem em qualquer reunião de crianças. Ele não é apegado ao material e é bagunceiro. Empresta tudo o que tem, dá para outra pessoa e é muito sensível à dor humana. Chora em comercial”, descreve a mãe.

Tratamento Os cuidados são intensos e exigem muito da família. Geralmente, há uma associação de acompanhamento psiquiátrico, psicológico e, em alguns casos, é necessário o uso de medicamentos. Denise destaca que a linha de terapia mais indicada é a psicoterapia individual, na linha Cognitiva Comportamental.

“Ela concentra-se no reforço seletivo e elogios ao comportamento apropriado, ao mesmo tempo em que ignora e não reforça o comportamento inapropriado, entre outros aspectos. É muito importante ainda, aconselhamento e treinamento direto para os pais, acerca da habilidade de manejo com a criança”, ressalta. Para Lígia, a grande dificuldade é obter um bom tratamento para o filho. “Encontrar profissionais que entendessem o problema e que soubessem o que fazer foi muito difícil. Quando se acha um, é tão caro que quase impossibilita. Gastei uma rescisão de dez anos de empresa cobrindo os últimos dois anos de tratamento”, salienta a mãe. Depois de idas e vindas a consultórios médicos, hoje Renato está sendo acompanhado por uma psiquiatra e tem um quadro estável. “A médica diagnosticou primeiro uma depressão forte e medicou por mais de dois anos. Agora está sendo retirado para entrada de outro medicamento. Há terapia uma vez por semana, mas o ideal seriam duas, porém, não tenho como pagar. O custo do tratamento dele hoje é de aproximadamente R$ 1.500 ao mês, fora escola, transporte, comida...”, diz Lígia.

Como os pais podem lidar com os filhos que apresentam TDO:

Realizar esportes coletivos, para auxiliar na socialização e na formação de conceitos como disciplina e respeito; Explicar claramente regras e instruções; Propor acordos de forma assertiva; Elogiar atitudes positivas; Evitar punições físicas; Retirar privilégios em casos de agressividade; Realizar momentos com toda a família, pois a integração familiar é essencial para o manejo do transtorno

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Fonte: Gustavo Teixeira, autor do livro Transtornos Comportamentais na Infância e Adolescência

Comportamento


Amor: sempre fundamental Arcar com todas as despesas não é o mais difícil para mãe. Lidar com os altos e baixos do filho, sim! Mas, para isso, ela recorre ao mais puro e autêntico sentimento da mulher: o amor maternal. “Deixo-o deitar no meu colo e chorar quando acontece algo e não fico cobrando, ele se cobra. Ele passou a refletir mais e aprendi que não importa quantas escolas digam que ele é um problema, quantas pessoas desejem que ele vire sei lá o que, não importa se o pai dele está longe e se outras crianças são boazinhas. O que importa é o meu filho. Ele é o ser que recebi para cuidar, educar e proteger sim... Não temos uma cura, temos uma estrada para percorrer, um tratamento para ajudá-lo a se entender com o mundo e a viver nele.”

Nossas fontes Denise Lavínia Mazetto, especialista em neuropsicologia e reabilitação neuropsicológica pelo Cepsic/Hospital das Clínicas de São Paulo Patricia Adnet, psicóloga especializada em terapia cognitivo-comportamental * os nomes foram trocados em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) Na Mochila | 41


Planeta melhor

Petecapet

Que tal brincar de peteca e fazer o seu próprio brinquedo com garrafa pet? A dica é do Ricardo Girotto, autor da coleção Ecobrinquedos, da Just Editora

Material necessário ❯ Garrafa PET ❯ Pedaço de pano ❯ Areia ❯ Plástico de embalagem ❯ Barbante ❯ Tesoura sem ponta

Como fazer:

Recorte pequenas tiras de garrafa PET, conforme a foto acima. 42 | Na Mochila

Embrulhe uma pequena porção de areia em um pedaço de plástico. www.namochila.com


Encaixe as tiras de PET no saquinho com areia e embrulhe com o tecido.

Prenda tudo com um pedaço de barbante e recorte as sobras de tecido. Está pronto!

Dica de leitura Coleção Ecobrinquedos, da Just Editora

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Saúde

Dente, dentinho,

dentão... texto Rose araujo

© Can Stock Photo Inc. / mangostock

Tudo o que você quer saber sobre a saúde bucal do seu filho, mas nunca conseguiu perguntar ao dentista


Q

uando o assunto é cuidados com os dentes de nossos filhos, sempre surgem diversas dúvidas. Afinal, que pai ou mãe não morre de medo da cárie? Ou de ver seu filho usando aparelho? São situações que, em boa parte dos casos, podem ser evitadas. Consultamos duas especialistas para tirar dúvidas e auxiliar no quesito “dente são”.

É necessário que meu filho escove os dentes toda vez que come algo doce? Salete Moura: Sim, pois as guloseimas

contêm açúcar, que é o principal alimento das bactérias envolvidas na cárie. Mas essa estratégia não é a melhor. O mais racional é fazer um consumo inteligente desses alimentos. Isso quer dizer: ensinar a criança, desde pequena, que há momentos certos para eles serem consumidos, ou seja, como sobremesa após uma refeição. Por exemplo, é melhor comer três bombons em uma hora, do que três bombons divididos ao longo do dia. Aí, então, é mais fácil que ela se habitue a escovar os dentes após seu consumo.

É verdade que alimentos como suco de soja e achocolatados prontos para beber contêm muito flúor e que isso pode prejudicar os dentes das crianças? Maria Isabel Latuf: Sim. Pesquisas

recentes revelaram que alguns tipos de achocolatados em caixinha, bolachas recheadas e sucos possuem flúor em sua composição, o que se deve provavelmente ao uso de água fluoretada no processo de industrialização. Sendo assim, o ideal é evitar o consumo excessivo desses alimentos e sempre

consultar o rótulo para verificar os componentes do produto. É importante esclarecer que o flúor não é prejudicial aos dentes das crianças, muito pelo contrário, ele é um forte aliado no fortalecimento da estrutura dentária, tornando o esmalte dental menos susceptível as ações dos microrganismos que causam as cáries. No entanto, a ingestão inadvertida, excessiva e a associação de várias fontes de ingestão de flúor durante a fase específica de formação dos dentes pode causar fluorose dentária (manchas em geral esbranquiçadas, podendo ser até acastanhadas nos casos mais severos).

Quando é necessário levar a criança ao dentista para arrancar os dentes de leite? Maria Isabel: Não existe idade exata para a remoção dos dentes de leite. Espera-se que a criança inicie a troca dos dentes de leite pelos permanentes por volta dos 6 a 7 anos de idade. No entanto, atualmente é possível observar que a idade para essa troca tem variado bastante de criança para criança, sendo comum observar umas trocando mais cedo e algumas mais tarde do que o esperado. Independentemente da idade cronológica, é importante que o odontopediatra acompanhe em que estágio de desenvolvimento da dentição essa criança se encontra, pois só assim será possível avaliar se essa troca está acontecendo na época mais apropriada. Quanto à realização da remoção ou não do dente de leite, o natural seria deixar que os dentinhos fiquem bem molinhos até caírem sozinhos.

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Saúde

Antibiótico pode manchar os dentes e enfraquecê-los? Maria Isabel: Os antibióticos não afetam em nada os dentes já formados. Já a tetraciclina pode, sim, causar manchas no elemento dentário quando ingerida durante a fase de formação desses dentes. No entanto, atualmente esse tipo de antibiótico é mais utilizado em crianças.

O que são alimentos cariogênicos? Salete: São alimentos com capacidade

de favorecer o crescimento das bactérias que estão envolvidas na etiologia da cárie dentária, pois servem de alimento para elas, sendo que o açúcar é o principal deles. Assim, cuide da saúde bucal de seu filho, controlando a ingestão de alimentos ricos em açúcar, preferencialmente os pegajosos, pois ficam muito tempo em contato com os dentes (ex: biscoitos recheados, balas moles, gomas, pirulitos, cereais açucarados, etc). Alimentos líquidos açucarados, como sucos de

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fruta, leite, chá, vitaminas etc. são potencialmente perigosos, principalmente se forem consumidos lentamente ou durante o sono.

O dente permanente do meu filho quebrou. O que eu faço? Salete: Procure imediatamente um

cirurgião dentista para avaliar a extensão do problema e solucioná-lo o mais rápido possível. A demora no atendimento pode causar até a necrose ou “morte” do dente, sendo necessário um tratamento mais complexo e caro, com prejuízos até para o futuro do desenvolvimento da dentição da criança.

Meu filho range os dentes durante o sono? O que isso pode acarretar para a dentição dele? Maria Isabel: O mais recomendado é

que, ao observarem qualquer sinal do bruxismo na criança, os pais procurem um odontopediatra para uma correta

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avaliação e acompanhamento. Cada caso deve ser avaliado individualmente, pois o bruxismo pode ocorrer em determinadas fases do desenvolvimento da dentição e poderá ser temporário. Não existe uma causa única para o bruxismo, sua etiologia é multifatorial e complexa. No entanto, o fator preponderante é o psicológico. Situações como a troca de escola, a chegada de um irmãozinho ou a mudança para outra cidade podem proporcionar momentos de estresse e ansiedade.

Chupar chupeta ou o dedo pode comprometer a formação dos dentes? Salete: Sim, mas não é uma regra para

todas as crianças. Esses hábitos fazem parte de um instinto natural dos bebês, principalmente os que não mamam no peito. Porém, chupar o dedo ou a chupeta não fornece os movimentos ideais para o desenvolvimento da musculatura, da fala, da deglutição, da mastigação, nem dos ossos. Dependendo da frequência, intensidade e duração, normalmente não interferimos antes do 4 anos de idade. Mas, se após essa idade esses “vícios” persistirem, caberá ao profissional, conhecendo a criança e sua família, fazer um trabalho conjunto para buscar a melhor solução sem causar nenhum problema.

Os dentes de leite da minha filha são muito separados. Ela terá de usar aparelho no futuro para corrigir essa falha? Maria Isabel: Nem sempre as crianças

que possuem espaço entre os dentes (diastemas) precisam usar aparelho para

sua correção. Vários fatores devem ser avaliados pelo odontopediatra antes da indicação do uso ou não de aparelhos.

A partir de qual idade é indicado usar fio dental? Salete: O fio dental deve ser usado para

higienizar o espaço entre os dentes. Portanto a partir do momento que a criança tiver dois dentes vizinhos muito juntos, impedindo que a escova dentária limpe entre eles, é necessário o uso do fio dental. Assim o uso do fio também está indicado para alguns bebês.

Como escolher a escova de dente correta? Salete: Normalmente, as escovas de

marcas tradicionais reconhecidas já indicam a idade para a qual ela está indicada. De qualquer maneira, a cabeça deve ter um tamanho compatível com o tamanho da boca de quem vai usá-la. Para uma criança, ela deve ser pequena, com as cerdas todas retas e extramacias. O cabo deve permitir a empunhadura pela criança e pelo adulto, para ajudá-la, até que ela tenha destreza manual para realizar a escovação sozinha. Ensine seu filho a usar somente a própria escova e a lavá-la bem em água corrente após o uso. Lembre-se: deixe a escova secar em lugar arejado e limpo, nunca a guardando úmida em local fechado.

Nossas fontes Salete Moura Bonifácio da Silva, professora doutora responsável pela Área Departamental de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo (FOB/USP) Maria Isabel Latuf é Ortodontista e Odontopediatra de Sorocaba Na Mochila | 47


Moda

Friozinho gostoooso! Coleção de inverno vem cheia de estilo, mantendo as crianças quentinhas mesmo nos dias mais frios fotos Dani Bahu Agradecimento: Espaço Família – GPACI

Nathalia se diverte num vestido de cetim (R$ 79,90)

Pedro veste calça de sarja (R$ 62,00) e camisa listrada (R$ 60,00)

Valentina usa conjunto de veludo cotelê floral (R$ 120,00)

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Rua Antonio Fernandes, 306 – CS. 01 Jd Gonçalves – Sorocaba (15) 3388 8801/ 3017 4165 www.douceepetit.com.br

Giuliano usa conjunto Milon, calça sarja e blusa com capuz em algodão (R$ 94,00), jaqueta flanelada Tóing (R$ 88,00) e cachecol Milon (R$ 37,00)

Letícia usa vestido Plush Milon (R$ 89,00) meia calça rosa bebê fio 40 Trifil (R$ 15,00) tiara Tata Acessórios (R$ 18,00) e cachecol Milon (R$ 42,00)

Maria Eduarda arrasa num conjunto Kyly, calça legging e casaco com bordado (R$ 89,00), tiara Tata Acessórios (R$ 18,00) e cachecol Milon (R$ 42,00) Na Mochila | 49


Moda

Rua Santiago, 137 – Sorocaba (15) 3033-2470 l www.justforkids.com.br

Eduardo veste camisa xadrez e calça jeans black Puramania Kids

Matheus usa camiseta manga longa, blusa de moleton Junior Authentic Kids e calça jeans com cinto Puramania Kids 50 | Na Mochila

Gabriela usa blusa listrada com aplique e calça jeans com cinto Puramania Kids

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Felipe usa macacão Ano Zero em Plush

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Aline arrasa num conjunto com Vestido Balonê em plush listrado e calça em Molicotton

Bruno veste Conjunto Ano Zero com Blusa em Moletom e Calça em Cotelê

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Educação

Por que algumas crianças têm tanta dificuldade para aprender essa disciplina, enquanto outras têm verdadeira paixão?

© Can Stock Photo Inc. /4774344sean

texto Rose araujo

la é uma das disciplinas com pior fama entre os alunos (e pais de alunos também). Acusada de ser difícil de compreender, complicada e sem aplicação no dia a dia, a matemática sempre foi o calcanhar de Aquiles da educação. De onde vem o temor com relação a essa ciência? Para a professora Maria Lucia Azevedo, o que existe, na verdade, é preguiça de pensar. “Eu acredito que as pessoas possuem medo do que desconhecem. Por exemplo: quando um aluno entende uma equação de primeiro grau, ele passa a adorar resolver os exercícios, caso contrário ele odeia com ‘todas as forças’. Os alunos precisam entender o porquê de aprender aquela determinada matéria em matemática, onde poderá aplicar no seu dia a dia”, destaca. Ela, que ministra diversas disciplinas na área de exatas em Escolas Técnicas Estaduais e colégios particulares, toca num ponto fundamental com relação ao aprendizado da matemática: a língua portuguesa. Sim, porque muitas vezes o x da questão está no enunciado. “A interpretação de texto é um grande problema. Verifiquei que, como

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vivemos em um mundo multimídia e altamente conectado, os livros e revistas ficaram um pouco esquecidos. Muitos alunos não leem com tanta frequência textos complexos, poesias, crônicas, reportagens científicas, políticas entre outros. Conclusão: falta a eles coerência para entender onde poderão aplicar as equações, bem como fórmulas.”

De pai para filho Não é raro encontrar pessoas que digam aos quatro ventos o quanto odeiam matemática. E, quando essas palavras soam dentro de casa, isso pode de alguma maneira influenciar os pequenos na aversão à disciplina. Maria Lúcia destaca que isso pode ser “hereditário”, sim. “Há pais que não aprenderam a gostar de matemática e falam para os filhos. A criança, tomando isso como exemplo, age da mesma forma. E, se não gosta, não consegue ficar quieta ou focar para aprender durante a aula. Ela ‘viaja’, manda


Educação

bilhete, cutuca o colega, mas resolver os exercícios, tirar dúvidas com o professor, prestar atenção nas explicações, é muito para ela”, frisa a professora. Isso serve de alerta para qualquer outra matéria. Como os pais são espelhos para os pequenos, sempre é bom se “policiar” ao emitir opiniões. Como nem tudo é regra três, na casa da jornalista Joelma Marino Rosa, a situação é diferente. Apesar de ela não apreciar a ciência dos números, a filha, Jackeline, de 9 anos, adora matemática. “Ela fica muito empolgada para resolver os problemas e gosta de desafios. Está tirando notas bem altas, a metodologia da escola é boa, leva a raciocionar”, diz a mãe. Entre as notas mais altas no boletim estão as dessa matéria. “Sempre tira de 9,5 a 10”, comemora a mãe orgulhosa.

Incentivo e didática Sem ter a mãe como espelho, como Jackeline desenvolveu o gosto pela disciplina? Joelma diz que isso é uma coisa bem pessoal da garota, que é bastante sistemática e gosta de seguir à risca o que aprende com a professora. Mas, por trás desse gosto todo pela matéria, estão dois fatores importantíssimos: o incentivo dos pais e a didática dos professores. “Eu sempre estimulo a Jackeline a estudar, a querer aprender. Acho isso importante! Quando não se tem incentivo, fica mais difícil gostar das matérias”, frisa a jornalista. Maria Lúcia reitera a posição de Joelma. Para a professora, é preciso haver uma parceria entre pais e mestres no que diz respeito a despertar a vontade de aprender. “Os professores precisam se aproximar dos 54 | Na Mochila

alunos, verificar quais as dúvidas, explicar individualmente ou até mesmo em grupo. Utilizar de brincadeiras concretas e lúdicas para as crianças e para os adolescentes. Se perceber que falta base, se falta leitura, tem de dar sugestões.” Já os pais, na opinião dela, devem estimular a leitura. “Mas não apenas a leitura do facebook, a leitura de um livro, de uma revista. Se eles não leem sozinhos, os pais devem ler primeiro a revista e comentar as reportagens interessantes, dizer que adorariam discutir sobre o assunto. Mas não pode ser imposto, tem que acontecer de um jeito natural. Se o aluno adquire o hábito de leitura, ele melhora não apenas em matemática, mas em todas as outras disciplinas.”

Tabuada precisa ser decorada? Não, segundo a professora Maria Lúcia Azevedo. “Existe uma maneira de aprender sem ter que decorar: entendendo que 3x2=6 porque eu somo duas vezes o três, ou seja, 3+3=6. O aluno pode contar no dedo ou somar várias vezes. Não há vergonha nenhuma em contar no dedo para acertar um resultado de uma conta. Vergonha é tentar adivinhar um número e errar feio o resultado, sendo que poderia acertar se tentasse contar no dedo ou realizar continhas até obter a solução correta.”

Nossas fontes Maria Lucia de Azevedo, professora de cursos técnicos e Ensino Médio, mestranda em Inovações em Televisão Digital - Unesp Bauru www.namochila.com


Blogueiras

Alimentação saudável

Cada vez mais percebemos que melhor do que comer bem é comer de uma forma saudável. Pensando nisso, este blog oferece diversas dicas que vão melhorar a qualidade de vida das pessoas, com alimentos que previnem doenças e teorias sobre os elementos essenciais ao nosso corpo como vitaminas e minerais. O bacana também é que além de dicas sobre alimentação, o blog ainda mostra os benefícios das atividades físicas e outros assuntos para uma saúde completa! www.alimentacao-saudavel.com

No mundo das crianças

Existe mundo melhor que o mundo das crianças? Por gostar tanto desse mundo, a autora deste blog resolveu fazer um especialmente para este universo, com brinquedos super legais e que podem ser feitos em casa, moldes de máscaras, dobraduras e uma infinidade de coisas divertidas e que despertam a imaginação da criançada. O blog tem um monte de sugestões que podem ser úteis tanto para os papais quanto para professores! www.nomundodascriancas.blogspot.com.br

Blog da alergia

Este blog, sem fins lucrativos, foi criado pela equipe médica da Clínica de Alergia da Policlínica Geral do Rio de Janeiro e tem como objetivo a informação, divulgação e o esclarecimento de dúvidas relativas a temas médicos sobre alergia. Nele, os pais podem tirar dúvidas através do chat (ou por email) ou, simplesmente, conhecer mais sobre este assunto. www.blogdalergia.blogspot.com.br

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Blogueiras

De peito aberto

Mais do que falar sobre a importância de amamentar, este blog dá dicas para fazer com que esse lindo gesto de amor e cumplicidade entre mãe filho seja mais fácil. Através dele, as mamães recebem apoio (principalmente as que estão com dificuldade para amamentar), tiram dúvidas e aprendem umas com as outras. Afinal, ninguém nasce sabendo! www.amamentacaoexclusiva.blogspot.com.br

Test Drive Mami

Não dá apenas pra “testar” como é ser mãe, mas dá pra testar muitas outras coisas! Este site oferece um monte de dicas sobre o universo infantil, tudo para auxiliar as “novas” e as “velhas” mamães no dia a dia. O bacana é que além de posts pra lá de interessantes sobre saúde, comportamento e educação, o site ainda testa passeios, programação cultural, dicas de compras, realiza sorteio de brindes e muito mais. www.testdrivemami.com

Vizinhos de útero

Este blog é da autora Jemima Pompeu e é totalmente dedicado aos gêmeos adultos e familiares, agregando, de forma simples e objetiva, algumas de suas descobertas do mundo dos gêmeos encontradas em dois anos de pesquisa. O blog fez (e faz) tanto sucesso que a autora decidiu escrever um livro com o mesmo título, com os posts de março de 2010 a março de 2012. www.vizinhosdeutero.com.br

Participe da seção Blogueiras! Se você tem um blog ou site voltado para pais e/ou filhos e quer compartilhar com outras pessoas, envie um email para redacao@namochila.com 56 | Na Mochila

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Bibliotekids

Tem tupi na oca e em quase tudo o que se toca Autêntica Este livro é todo escrito em versos, com métrica e rima e mistura o português e o tupi-guarani, revelando muitas palavras usadas no dia-a-dia de origem indígena e que aguça a curiosidade da criançada. Além de palavras conhecidas, uma variedade de novas palavras é apresentada ao leitor, em forma de trava línguas e versos simples. As ilustrações coloridas e alegres de animais, índios e flores transportam os pequenos ao mundo dos primeiros habitantes do nosso país. Preço sugerido: R$ 27,00 – Para crianças a partir de 8 anos

Xii! Meu corpo está crescendo! Planeta Infantil Sol é uma garota muito especial e observadora, mas às vezes, não entende muito bem sobre a passagem do tempo e, para ajudá-la, decide olhar um álbum de foto para se ver em várias idades e tamanhos. Observando seus amigos, começa a perceber que ninguém é igual a ninguém: um é magrinho, outro gordinho, um é bem alto, outro bem baixo e assim por diante. Este livro mostra de uma forma simples e divertida a difícil fase de crescimento, além de ensinar a respeitar as diferenças e o melhor: a conviver com elas! Preço sugerido: R$ 24,90 – Para crianças de 5 a 7 anos

Fotos Divulgação

Hunf! Quero, quero... porque quero! Planeta Infantil Este livro conta a história de Carla, uma garotinha como outra qualquer, só que quando seu desejo não é atendido, ela vira uma fera! Grita, chora, esperneia e faz todo mundo morrer de vergonha com suas birras. Mas, num belo dia, tudo mudou assim que ela provou do seu próprio veneno! Uma história pra lá de divertida, cheia de ilustrações coloridas e que vai ensinar as crianças a serem mais pacientes e a respeitar o próximo. Ótima opção de leitura para pais e professores! Preço sugerido: R$ 24,90 Na Mochila | 57


Minimercado

Nova estação, novos looks! Nada de preguiça neste frio, as meninas querem mesmo é se exercitar! A Grazie Ballet, que fica em Sorocaba (Rua da Penha, 1135 – Centro – 15 3211 4288) preparou lindos looks para as bailarinas se aquecerem neste inverno. São casacos transpassados de helanca, polainas de lã, saias em tule e collants de vários modelos e cores, tudo para as dançarinas arrasarem em todas as estações do ano!

Comer, comer... A inserção de frutas e legumes na alimentação é uma das fases mais importantes para o crescimento e evolução dos bebês. Pensando nisso, a loja Sonho Meu, que fica em Sorocaba (15 3418 6040 - www. boutiquesonhomeu.com.br) oferece o “Alimentador de frutas e legumes” da Munchkin, que auxilia o bebê a descobrir o sabor dos alimentos de uma maneira segura, diminuindo o risco de asfixia, uma vez que impede que pedaços grandes sejam engolidos. Recomendado a partir dos 6 meses. Preço sugerido: R$ 24,90

As fotos não precisam ser guardadas apenas no computador, mas também em álbuns pra lá de charmosos e cheios de estilo, que vão realçar ainda mais todo encanto e beleza desses momentos marcantes. A Contos e Pontos, que fica em Sorocaba (Mercadão Campolim - Boxes 127 e 128 – 15 3327 0389) oferece uma grande variedade de álbuns: infantil, mamães, 15 anos, casamento, chá de bebê, cozinha e lingerie, assinaturas e o que mais sua imaginação desejar! Todos possuem apliques diferenciados e mensagens criativas. Ótima opção de presente! - Meu álbum de fotos: R$ 43,90 - Álbum da Mamãe: R$ 76,90 58 | Na Mochila

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Fotos divulgação

Recordação em grande estilo


Delícia, delícia... Os doces, principalmente os chocolates, além de deliciosos são uma ótima opção para presentear, ainda mais se forem personalizados e finos. A Nha Doce Boutique, que fica em Sorocaba (Rua Humberto Notari, 334 – Jd. Gonçalves - 15 3033 1116) oferece uma grande variedade de chocolates, cupcakes e lembrancinhas personalizadas (comestíveis) para todas as ocasiões, além de cestas que podem ser montadas ao gosto do cliente. O mais legal é que tudo é feito lá e pode ser combinado tanto na embalagem, quanto nos formatos, desde os brigadeiros da festa até as lembrancinhas.

Velas exclusivas Todo o luxo e glamour das famosas velas americanas Voluspa, conhecidas no mundo inteiro pelas fragrâncias e embalagens inovadoras, você encontra exclusivamente na loja Mercatto, que fica no Mercadão Campolim (Boxes 98 e 99 – 15 3019 2970). Essas velas são ideais para presentes requintados. Divididas em sete linhas, são 52 fragrâncias que inspiram até mesmo personalidades famosas.

Massas artesanais Se o seu filho adora macarrão, uma boa opção são as massas Nonno Franciulli (Rua Gustavo Teixeira, 225, Mangal – 15 3231- 6160 – Sorocaba), que traz receitas artesanais do Sul da Itália. Entre as opções frescas, há lasanha, rondelli, canelone, conchiglia e sofiateli, além do tagliarine (seca). Há ainda pães italianos fresquinhos e antepastos. Abre de terça a sábado, das 9h às 19h e aos domingos, das 9h às 14h. Na Mochila | 59


Álbum de família

Estas páginas são dedicadas às meninas e meninos que são o motivo principal desta revista. Para ver sua criança aqui, envie uma foto com o nome completo e idade para o e-mail namochila@editoravetor.com.br

Pedro Luiz Mariano, 9 anos

Manuela Matias dos Santos, 2 meses

Rafaella Nunes da Silva, 8 anos 60 | Na Mochila

Nicolas de Sousa Longo, 2 anos

Lívia Gonsales Vital, 8 meses

Antonio Henrique Mendonça, 6 anos

Julia Ferraz Rey, 9 meses

Manoella Nunes da Silva, 10 anos

Gustavo Messias Barbosa, 3 anos www.namochila.com


Laura C. Chini, 5 anos

Bárbara Fernandes de Oliveira, 5 meses

Rafael, 7 anos e Gabriel de Luccas Molinari, 9 anos

Marina Moltocaro Andreoli, 2 anos

Cauã Florentino Rufino, 2 anos

Melissa Jimenes Coelho, 3 ano

Matheus de Pontes Costa, 4 anos

Yasmin Moraes Américo, 8 anos

Igor, 4 anos e Mariana Cristina de Souza, 2 anos

Isadora Moreno Zucoli Ramos e Samara Júlia Pereira Soler, 10 anos

Nicolle Rodrigues Benavides, 3 anos

Arthur Henrique Teberges de Souza, 6 anos Na Mochila | 61


Álbum de família

Miguel Augusto, 11 anos e Milena de Lima Guedes, 9 anos

Nicolly e Nayara Renda de Almeida, 1 ano

Manoela Raszl Gagliardi, 6 anos

Gustavo Gabriel Galan De Meneses, 8 anos 62 | Na Mochila

Gabrieli Jardim Pontes Furlan, 5 anos

Luísa Carvalho Rosa, 5 anos

Kaique Melo, 2 anos

Arthur Henrique Freitas de Oliveira, 1 ano

Nathália Gandolfe Crivelli, 1 ano

Lucas Carvalho Rosa, 1 ano

Elizabeth dos Santos, 1 ano

Maria Clara Amato de Campos, 3 anos www.namochila.com


Isabela Lambiazzi Soares, 6 anos

João Guilherme, 8 anos e Elisa, 5 anos

Gabriel Rodrigues Ramos, 4 anos

Rafael Ernesto, 4 anos

Ana Luisa Soares Paulino, 3 anos

Leonardo Rossi, 2 anos

Maria Giovanna Alvarenga Rabelo, 7 anos

Melissa Marchi dos Santos, 6 anos

Nicolas Perry, 11 meses

Igor Ribeiro Castro, 3 anos

Julio César, 6 meses

Ana Carolina Gardenal, 3 meses Na Mochila | 63


Distribuição

Escolas parceiras do Sorocaba Colégio Aconchego dos Anjos Rua Antonio Brunetti, 59 | V. Hortência Rua Antonio R. Sanches, 30 | Jd. Ipê Sorocaba - SP | Fone: (15) 3227-2667 aconchegodosanjos@yahoo.com.br

Colégio Ágape Sorocaba Rua Pedro José Senger, 223 | Vila Haro Sorocaba - SP | Fone: (15) 3237-1772 www.colegioagapesorocaba.com.br

Colégio Alpha R. Santa Cruz, 229 | Centro Sorocaba - SP | Fone: (15) 3211-8047 www.alphaeduca.com.br

Colégio Ápice Av. General Osório, 432/448 Sorocaba - SP | Fone: (15) 3231-4312 www.colegioapice.com.br

Colégio Ativo Av. São Paulo, 1536 Árvore Grande | Sorocaba - SP | Fone: (15) 3031-4111 www.colegioativo.com.br

Escola Beija-Flor R. José Marchi, 693 | Jardim Pagliato | Sorocaba - SP Fone: (15) 3339-9310 | www.beijaflorsorocaba.com.br

Escola Catatau Rua Capitão Grandino, 243 Sorocaba - SP | Fone: (15) 3211-6086 www.escolainfantilcatatau.com.br

Escola Compasso Rua Profa. Ossis S. Mendes, 485 | Sorocaba - SP | Fone: (15) 3231-8500 www.escolacompasso.com.br

Escola Cantinho Bom Av. Dr. Pereira da rocha, 158 Vila Hortência | Sorocaba - SP Fone: (15) 3211-0508 escolacantinhobom@hotmail.com

Espaço Criança Rua Con. Januário Barbosa, 366 Jd. Vergueiro | Sorocaba - SP Fone: (15) 3234-4689 www.portalespacocrianca.com.br

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Colégio Dialético l Pé de Moleque Rua Gustavo Magalhães, 386 Jd. Faculdade | Sorocaba - SP Fone: (15) 3211-8687 www.pedemolequesorocaba.site.com.br

Colégio Maricel Rua Pedro José Senger, 132 Vl. Augusta | Sorocaba-SP Fone: (15) 3227-6606 | escolamaricel@uol.com.br

Colégio Dom Aguirre Av. General Osório, 2012 Trujillo | Sorocaba – SP

Colégio Montesso R. Catulo da Paixão Cearense, 97 Vila Jardini | Sorocaba - SP Fone: (15) 3222-9929 www.escolamontesso.com.br

Fone: (15) 2101-2000 www.domaguirre.com.br

Dó Ré Mi R. Curupaiti, 454 | Vila Jardini Sorocaba - SP | Fone: (15) 3221-8283 www.escoladoremisorocaba.com.br

Nova Escola Rua Tocantins, 659 | Vila Jardini Sorocaba - SP | Fone: (15) 3202-6253 www.novaescolasorocaba.com.br

Centro Educacional Futura Rua Benedito de O. Lousada, 526 Pq. São Bento | Sorocaba - SP Fone: (15) 3223-4371 | cefutura@hotmail.com

Colégio Parque das Águas Av. Dr. Arthur Bernardes, 745 Jd. Maria do Carmo Sorocaba - SP | Fone: (15) 3234-1279 www.colegioparquedasaguas.com.br

Escola Centopéia’s Rua Oswaldo Martins, 73 Jd. Refúgio Rua João Wagner Wey, 802 | Elton Ville | Sorocaba - SP Fones: (15) 3321-5263 / 3321-2751 www.escolacentopeias.com.br

Colégio Renascer Rua Comendador Vicente do Amaral, 802 Central Parque | Sorocaba - SP | Fone: (15) 3202-5656 www.colegiorenascer.com.br

Colégio Educare Rua Comed. Hermelino Matarazzo, 1421 | Vila Sta. Rita | Sorocaba - SP Fone: (15) 3231-0762 educareeduca@yahoo.com.br

Colégio Galileu Rua Jerônimo da Veiga, 83 Jd. Ana Maria | Sorocaba - SP Fone: (15) 3411-0267 | www.colegiogalileu.com.br

Colégio Iguatemi Rua Limeira, 265 | Jd. Iguatemi Sorocaba - SP | Fone: (15) 3228-3822 www.colegioiguatemi.com.br

Escola Magnus Junior Rua Evaristo da Veiga, 574 Sorocaba - SP | Fone: (15) 3222-1353 www.escolamagnus.com.br

Salesiano R. Gustavo Teixeira, 411 | Mangal Sorocaba - SP | Fone: (15) 3229-3600 www.salesianosorocaba.com.br

Colégio São Gabriel Rua Epaminondas Neves, 463 Jd. Astro | Sorocaba - SP Fone: (15) 3237-5762 | www.colegiosaogabriel.com.br

Colégio Ser R. Mario Campestrini, 100 Campolim | Sorocaba – SP Fone: (15) 2101-0101 www.colegioser.com.br

Colégio Sorocaba R. Atanázio Soares 3.700 Sorocaba | Fone: (15) 3302-2690 www.colegiosorocaba.com.br

Colégio Victória Av. Pereira da Silva, 226 Santa Rosália | Sorocaba - SP Fone: (15) 3231-8455 | www.colegiovictoria.com.br


Projeto NA MOCHILA Sorocaba Escola Viver e Aprender R. Siqueira Campos, 203 | Jd. São Paulo Sorocaba - SP | Fone: (15) 3222-5851 www.escolavivereaprender.com.br

Colégio Uirapuru Avenida Prof. Arthur Fonseca, 633 Jd. Panorama | Sorocaba - SP Fone: (15) 2102-6600 www.colegiouirapuru.com.br

Escola Viking Rua Itajubá, 147 – Trujillo Sorocaba - SP | Fone: (15) 3231-4307 www.escolaviking.com.br escolaviking@terra.com.br

Araçoiaba da Serra Santa Escolástica Av. Manoel Vieira, 306 Araçoiaba da Serra - SP Fone: (15) 3281-1361 csesantacruz@hotmail.com

Colégio Magna Vida Rua Daniel Vieira Rodrigues, 115 Araçoiaba da Serra - SP Fone: (15) 3281-3834 magna.vida@hotmail.com

Boituva Anglo Boituva Ensino Fundamental e Médio Travessa Nüssli, 20 | Boituva - SP Fone: (15) 3263-2136 www.angloboituva.com.br

Colégio Peres Guimarães Rua São Benedito, 594 V.N.S. Aparecida Boituva - SP | Fone: (15) 3363-4523 www.colegioperesguimaraes.com.br

Colégio Terra Mater Rua Ângelo Ribeiro, 700 Boituva - SP | Fone: (15) 3263-1174 www.colegioterramater.com.br

Cerquilho Escola Cata-Vento / Anglo Rua Alfredo Carlos Madeira, 37 Cerquilho - SP | Fone: (15) 3384-1375 www.escolacatavento.com.br

Ibiúna Colégio Dom Bosco de Ibiúna Rua Cel.Salvador Rolim de Freitas, 290 | Ibiúna - SP Fone: (15) 3241-2001 aledombosco@hotmail.com

Escola Cooperativa de Ibiúna Rua Dr.Gabriel Monteiro da Silva, 390/408 | Ibiúna - SP Fone: (15) 3241-1021 www.coopibiuna.com.br

Porto Feliz Rede São José Pça. Dr. José Sacramento e Silva, 43 | Porto Feliz - SP Fone: (15) 3261-9460 | www.saojosepf.g12.br

Salto Escola Sagrada Família Av. Dom Pedro II, 804 | Salto - SP Fone: (11) 4028-9616 www.esf.g12.br

São Roque Colégio Objetivo - S. Roque R. Tiradentes, 550 | São Roque - SP Fone: (11) 4784-9777 www.objetivosaoroque.com.br

Escola Aquarela R. Antonio dos S. Santinhos, 115 São Roque - SP | Fone: (11) 4712-8122 escolaaquarela@bol.com.br

Piedade Colégio Objetivo Piedade Rua Benjamin Constant, 81 | Centro Piedade - SP | Fone: (15) 3244-1322 www.objetivopiedade.com.br

Votorantim Colégio Dimensão Unid. I – Av. Carmen Galan Burgos, 121 | Unid. II – Rua Paula Ney, 277 Votorantim - SP Fone: (15) 3243-2200

Colégio Objetivo Ibiúna Rua Raimundo Santiago, 110 Centro | Ibiúna – SP Fone: (15) 3241-2327 www.objetivoibiuna.com.br

Itu Turma do Pincelito R. Santa Rita, 1.391 | Itu - SP Fone: (11) 4013-3907 www.escolapincelito.com.br

Escola Nova Geração R. do Patrocínio, 526 | Itu - SP Fone: (11) 4025-8161 www.novageracaoitu.com.br A revista NA MOCHILA é subsidiada pelas escolas aqui relacionadas e distribuída gratuitamente para os pais dos alunos do Ensino Infantil e Fundamental I.

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Cecília

Brincar, brincar e brincar

Não sei nem por que a gente tem que dormir. Há tantas brincadeiras, passeios, festinhas pra gente ir que se eu pudesse nem dormia… Aliás, essa é uma eterna “briga”com mamãe e papai. É só me dizerem que é hora de descansar que eu tento arrumar forças pra continuar com a brincadeira. Afinal já estou bem crescidinha, com 3 anos e 4 meses, e deveria poder escolher o quê e quando fazer, sempre! Na maior parte do dia sou eu quem decido e uma das minhas brincadeiras prediletas é fazer meus bichinhos de pelúcia e bonecas conversarem. Na maior parte das vezes peço pra minha mãe brincar junto comigo, mas também brinco sozinha com eles. Mamãe gosta de todos até do sapo, mas uma vez, perto da praia, quando viu um sapinho pequenininho gritou “Credo!”. Não entendo esses adultos. Outro bicho que minha mãe não pega é minhoca. Papai sim, entra no galinheiro comigo e procura as minhocas para que eu dê às galinhas da vovó. Galinhas são muito rápidas quando se trata de comida e comem até da minha mão se eu demorar pra jogar. Gosto de alimentá-las, jogo milho, verduras, pão. Elas comem de tudo e quando bobeiam perto de mim, pego uma no colo. Outra coisa que adoro são caixas, de todos os tamanhos. Brinco de dar presentes, de carrinho, construo cabanas para os meus bichinhos de mentira… E, quando crescer, vou ganhar um cachorrinho de verdade todo branquinho, sem pintinhas, e vou colocá-lo na caixa também. Estou brincando bastante também no computador, mas essa é outra história. Na próxima edição conto mais,

Beijinhos da Cecília arte Kilder Catapano

A cada edição de Na Mochila você pode acompanhar minhas conquistas, experiências, enfim tudo que aprendi nesses três anos... Se quiser acompanhar mais sobre o meu dia a dia, veja o blog feito pelo meu pai, que é designer: http://blogdacecilia.wordpress.com/

Luciane Murae é jornalista e mãe de Cecília. Foi convidada para registrar nessa coluna o crescimento dessa garotinha.

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