Em virtude da divisão sexual do trabalho, às mulheres foi atribuído o papel da
administração doméstica, fazendo com que ficassem por muito tempo excluídas
da economia ativa. Em decorrência dessa responsabilidade pela família, elas
passaram a sentir situações de emergência de forma mais imediata que seus
companheiros e começaram a assumir responsabilidade pela organização de
protestos em seus bairros.
Este trabalho busca entender de que forma algumas experiências decorrentes
do papel social atribuído às mulheres têm influência na sua participação nos
movimentos de moradia e de mobilidade urbana. E também, a partir disso, entender
a importância da liderança feminina para esses movimentos.