CURRÍCULO
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LUÍS FERNANDO COUTO
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CURRÍCULO
Coletiva - 1980 Miniaturas - DEC/Lido - Feira de Artesanato/RJ Coletiva - 1982 Miniaturas - UERJ/RJ Coletiva - 1984 Miniaturas - UERJ/XXV Congresso Mundial - INSEA/RJ Individual - 1985 Papel Mágico - SESC/Ramos/RJ Individual - 1985 Papel Mágico - Centro Cultural Laurinda Santos Lobo/RJ Coletiva - 1985 Miniaturas - Faculdades Integradas BENNETT/RJ Individual - 1985 Papel Mágico - Planetário da Gávea/RJ Coletiva - 1985 Miniaturas - Faculdades Integradas BENNETT/RJ Individual - 1986 Papel Mágico - Inst. Nacional do Folclore - Sala do Artista/RJ Individual - 1986 Relevos - Editora José Olympio - Espaço Cultural/RJ
Participação - 1986 Cenário - 9ª Bienal do Livro/Pavilhão do Ibirapuera/SP Individual - 1986 Papel Mágico - SESC/Criciúma/SC Coletiva - 1986 Relevos - Galeria Ateliê Aberto - São José dos Campos/SP Individual - 1986 Papel Mágico - SESC/Lages/SC Individual - 1986 Papel Mágico - SESC/Blumenau/SC Coletiva - 1986 Esculturas - Rio Sheraton Hotel - Salão Panorâmico/RJ Individual - 1987 Papel Mágico - SESC/Macapá/AP Individual - 1987 Papel Mágico - SESC/Belém/PA Individual - 1987 Papel Mágico - SESC/Goiânia - Salão Nobre/GO Individual - 1987 Papel Mágico - SESC/Cuiabá - Espaço Cultural/MT
Individual - 1987 Papel Mágico - SESC/Rio Branco - Hall de Exposições/AC Coletiva - 1987 Relevos - Rio Design Center/RJ Individual - 1987 Papel Mágico - SESC/Piauí - Hall de Exposições/PI Individual - 1987 Papel Mágico - SESC/Natal - Salão de Exposições/RN Coletiva - 1987 Relevos - Casarão do Catete/RJ Individual - 1987 Papel Mágico - SESC/Recife e Fundação Cultural - Salão Expo/PE Individual - 1987 Papel Mágico - SESC/Alagoas - Hall de Exposições/AL Coletiva - 1987 Miniaturas - Faculdades Integradas BENNET/RJ Individual - 1988 Papel Mágico - SESC/Natal - Salão de Exposições/RN Coletiva - 1989 Metageometral - Fundação Cultural IBAM/RJ
Individual - 1991 Trifásico - Galeria Escelsa/Vitória/ES Coletiva - 1992 Ecos da Criação - Biblioteca Estadual Celso Kelly/RJ Individual - 1992 Relevos - Galeria Augusto Malta - Arquivo da Cidade do RJ Convidado - 1993 Exposition Sur "Invention et Creative" - Maison de I'UNESCO/Paris Coletiva - 1994 Amigos Casa da Flor - Oficina de Arte Maria Tereza Vieira/RJ Individual - 1994 Entrelaçados - Restaurante Day Trade/RJ Individual - 1994 Relevos Substanciais - SESC/Três Rios/RJ Individual - 1994 Relevos Substanciais - SESC/Barra Mansa/RJ Individual - 1999 Orixás, a lenda colorida da luz - SINTUFRJ - UFRJ/RJ Coletiva - 1999 Vidas - UniversidArte - Universidade Estácio de Sá/RJ
Individual - 1999 Orixás, a lenda colorida da luz - 1º Cong. Religiões Negras - UERJ Individual - 2002 Orixás, a lenda colorida da luz Galeria de Artes Pretos Novos - RJ Participação - 2002 Sinfonia dos Orixás, de Almeida Prado, regente Lígia Amado,, Cine Arte UFF Coletiva - 2006 Recilclasa - Palácio das Artes - BH Coletiva - 2006 Recilclasa - Palácio das Artes - Centro Cultural - SP Coletiva - 2006 Recilclasa - Palácio das Artes - BH Coletiva - 2006 Reciclasa - Biblioteca Pública Governador - Menezes Pimentel - Fortaleza Coletiva - 2007 Recilclasa - Pinacoteca do Estado do Rio Grande do Norte - Sala 3 - Térreo - Natal Coletiva - 2007 Recilclasa - Centro de Memória e Referência de Goiânia - Grande Hotel - Goiânia Coletiva - 2007 Reciclasa - Centro Cultural Bernardo Mascarenhas - Juiz de Fora
Coletiva - 2007 Reciclasa - Instituto de Arquitetos do Brasil - Departamento do Rio de Janeiro - RJ Coletiva - 2007 Reciclasa - Centro Mun. de Cultura Dr. Henrique Ordovás Filho - Salão de Artes - Caxias do Sul Coletiva - 2007 Reciclasa - Shopping Iguatemi - PA Coletiva - 2007 Reciclasa - Espaço Cultural Frans Krajcberg - Jardim Botânico - Curitiba Coletiva - 2007 Reciclasa - UNIP - Universidade Paulista - São José dos Campos Coletiva - 2007 Reciclasa - EMEI - São Sebastião - Hortolândia Prêmio Urbanidade - 2007 Instituto dos Arquitetos do Brasil, com a obra Celo
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INDIVIDUAL Papel Mágico (1985) Luís Fernando Couto - carioca, programador visual de uma agência de publicidade - cria, com suas mãos habilidosas e com o auxilio apenas de uma tesoura e de uma faquinha, miniaturas de instrumentos musicais, imagens reduzidas e tridimensionais, de uma precisão e semelhança espantosas. O que mais surpreende, porém, no seu trabalho é o resultado a que consegue chegar. Com materiais bem comuns, não nobres - papel (basicamente), papelão, cola, lápis de cor, tinta guache -, alcança em sua obra um nível de qualidade artesanal difícil de encontrar. Magicamente, e com muito amor, consegue dar um tratamento ao papel - que ele corta, dobra, amarrota e alisa -, transformando-o de material estático em substância moldável com a qual ele modela e monta os carros esporte, os ônibus, os carros antigos, caminhões e instrumentos musicais diversos - flauta, violino, cítara, banjo, harpa, piano, bateria, sanfona, gaita, violão, guitarra, contrabaixo e saxofone. Perfeccionista, consegue efeitos surpreendentes, como o brilho do metal, que ele obtém polindo o papel após a pintura, ou a textura da madeira, que ele imita com lápis de cor. Sem preconceitos, vai utilizando restos de produtos industrializados - a sucata doméstica - para compor os efeitos almejados. Amélia Zaluar, professora de Arte
INDIVIDUAL Papel Mágico (1985) Se para o Eclesiastes (capítulo I, versículo 9/10) "nada é novo sob o sol e, por isso, ninguém pode dizer: eis algo de novo, porque já existia nos séculos que nos antecederam", estabelece a lei da Física que "nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". Esses dois conceitos, um bíblico e outro humano, parecem ter inspirado Luís Fernando Couto, que, depois de vitorioso exercício com miniaturas de automóveis, envereda pelas artes plásticas, através de um artesanato cuja matéria prima é a sucata - tampas de canetas, fios de nylon, alfinetes e papel, entre outros materiais descartáveis - que, com o toque de seu engenho e arte, se transformam em instrumentos musicais. Autodidata puro, Luís Fernando Couto resgata restos do "lixo da civilização" e recria objetos artísticos semelhantes aos seus originais, nas mínimas minúcias, dando-lhes o toque do real. E isso é ARTE. Carlos Menezes, jornalista de "O Globo"
ORIXÁS, A LENDA COLORIDA DA LUZ Acrílica sobre tela, 100x100cm1998 O artista, grande cúmplice dos elementos, se reveste de mago para captar os seus mistérios. Deuses que representam a dignidade, a luta e a preservação dos costumes de um povo massacrado devido à escura tonalidade de sua pele. Durante mais de 350 anos os navios negreiros transportaram através do Atlântico os escravos, e com eles seu modo de vida e suas crenças. Os orixás são a própria encarnação da natureza, base da religião africana, e existem enquanto forças místicas, derivadas da profunda relação que o homem mantém com a natureza e com forças psíquicas. Na estrada desde 1980, Luís Fernando passa da exploração do hiper-realismo para o abstrato, e deste para a profunda experiência de representar a plena subjetividade da energia pulsante da vida. O que podemos dizer do seu magnífico trabalho sobre esses cavaleiros da luz? Luís Fernando teve a sutil percepção e a plena sintonia para transmitir a energia que emana em toda a plenitude desses deuses encantados do povo negro. O resultado se encontra em muitos metros quadrados de pinturas em acrílica sobre tela. São 16 quadros, cada um representando a essência característica de cada divindade. Os orixás são a raiz de tudo. A lenda que cada um traz dentro de si. A história da força motriz da vida. Mergulhemos, pois, em cada um deles e no todo. Suas cores, seus matizes, seu poder. Eliane Amaral, jornalista
COMENTÁRIO Papel Mágico (1985) Luís Fernando Couto, carioca do bairro do Flamengo, fez do seu ambiente profissional - artes gráficas - o laboratório onde desenvolveu a magia de suas fórmulas, que assumem hoje nas artes plásticas brasileiras um papel se não de todo inovador, pelo menos criativo e diferente. Papel Mágico, título geral de suas exposições, é um momento ainda de evolução que se iniciou nos bancos escolares, com o contato e manuseio dos primeiros cadernos. Arrojado, a criança então não se limitou apenas ao lazer de fabricar inocentes aviõezinhos. Com estruturas de caixas de sapato (papelão) e algumas folhas de caderno viu crescer sua primeira obra: a maquete da escola onde completou o primário. Luís Fernando fez da convivência com diversos tipos de papel, de diferentes gramaturas e variadas texturas, o caminho de sua arte. Inicialmente, surgiram carros fantásticos, compostos em sua maioria apenas de papel. Aos poucos, foram se aglutinando diversas peças de sucata - o chamado "lixo da civilização" - e hoje são até dirigidos por controle remoto. Pesquisa, muito suor e mais pesquisa! E tudo por conta própria, pelo gosto de fazer. O artista é autodidata. Agora, Luís Fernando Couto nos apresenta um outro ângulo de suas miniaturizações em papel. São instrumentos musicais, tão perfeitos quanto os originais, onde o papel é pintado, dobrado ou alisado para assumir forma, textura e resistência de madeira, metal ou fibra. Esse trabalho tridimensional do artista pode ser definido (?) como pintura-escultura, pois as duas artes se mesclam aqui em perfeita harmonia. Com apenas uma tímida apresentação em uma feira de artesanato, foi convidado a ser um dos seis representantes brasileiros na exposição montada durante o XXV Congresso Mundial da Sociedade de Educação Através da Arte, realizada no campus da UERJ, em julho de 1984, pela originalidade da sua arte: tão simples, tão apurada e tão importante pela dimensão que assume no mundo de hoje - um tempo de fórmulas prontas. Fernando Cardoso, jornalista
RELEVOS SUBSTÂNCIAS URBANAS Acrílica sobre papel telado, 1991 Da etapa primeira tem-se um retrato fiel e quase que vivo já de elementos do cotidiano, instrumentos musicais em instigantes miniaturas de papel com o poder mágico de tocar sensibilidades várias. Depois o real assume uma visão toda peculiar. São partes de cenários mundanos mas que parecem abstratos, ganhando forma de esculturas, também em papel, a refletir a imagem da curiosidade. Então vem o desafio. O tridimensional transporta-se para quadros - e aí o papel se faz de tela -, fragmentando aquelas mesmas cenas reais e comuns com que se convive todo dia, e nem sempre se dá conta de sua existência mas vem o artista e lhes confere novo contorno. A luz (a vida) é onipresente, em seus caminhos e suas projeções Luís Fernando Couto se permite estabelecer e dominar, ousando ainda, aqui e ali, trazer de volta os volumes na forma de relevos. Jacqueline Freitas, jornalista
INDIVIDUAL Acrílica sobre papel telado, 1994 Elementos de uma etapa intermediária e única, assim podemos definir as obras do artista plástico carioca Luís Fernando Couto. Trata-se, ainda, dos seus consagrados Relevos - que aqui receberam o nome de "Relevos Substanciais" - mas agora refletindo um momento transitório, e que por isso mesmo não mais se repetirá, onde o artista buscava um novo estilo, segundo ele "um desejo de trabalhar mais livre de linhas e traços marcantes, sem compromisso geométrico". Assim surgiram os novos relevos, em 10 quadros que mantém a técnica (acrílica sobre papel telado) mas que, se antes nasciam a partir da pintura, inverteram esta condição para assumir função dominante: é a pintura que deles rompe, mais uma vez calcada na luminosidade do sol e da lua, presença constante na obra de Luís Fernando até aqui. Os temas urbanos também cederam lugar, e nesta etapa ímpar o artista traz à tona suas inquietações através de "uma relação mais profunda com a natureza e seus elementos, com a consciência que eles têm de si", define. O resultado pode revelar a solidão de uma raiz, os olhos acuados de animais, o movimento do sol, a inexorabilidade do tempo, a necessidade de um mundo mais justo ou o simples vôo de um pássaro. Jacqueline Freitas, jornalista
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