Tertuliando
Fanzine da Casa Comum das Tertúlias http://fanzinetertuliando.blogspot.com
As conclusões das tertúlias
LIBERDADE E SABEDORIA
Tertuliando Fundador e Director: Luís Norberto Lourenço
nº2 Abril 2006 Fanzine da Casa Comum das Tertúlias http://fanzinetertuliando.blogspot.com
Maria João Capelo*
A nossa resposta editorial Como sempre se disse, há sempre uma primeira vez para tudo na vida! Vou dar início à escrita de artigos de opinião esperando levar a bom porto esta tarefa, dando assim a minha parca contribuição a esta Fanzine. Começarei por felicitar o promotor das Tertúlias, o meu querido amigo Luís Lourenço, ao proporcionar um espaço de debate amplo e democrático, no qual, convivem pessoas de diversos quadrantes de pensamento ideológico, religioso ou não, cultural, etc. Devo ainda acrescentar que a experiência tida nestas tertúlias permite-me afirmar que é na divergência que se conseguem alguns consensos nas ideias defendidas por todos os participantes, para além, da possibilidade de aquisição de novos conhecimentos. Venho partilhar convosco o meu ponto de vista acerca do tema da última tertúlia: Liberdade ameaçada? O caso dos cartoons sobre Maomé. Reconheço a complexidade desta temática dado que envolve questões de cariz religioso versus o direito da liberdade de expressão. Perante a polémica suscitada pelos cartoons, ficamos com a percepção que, mesmo em países democráticos, a palavra liberdade de expressão reflecte diferentes opiniões por parte dos diversos intervenientes, nomeadamente do meio jornalístico. Será que a liberdade de expressão deverá ser incondicional? Por outro lado, a questão da religião e a maneira como o Homem poderá interagir, isto é, deverá aceitá-la sem a criticar? Um pouco de humor, será assim tão nefasto neste âmbito?
As respostas não são fáceis até porque a situação despoletada pela publicação dos cartoons, extravasou os limites do que é racionalmente aceitável. A resposta foi a desmesurada violência como forma de protesto. Verificou-se que estes incidentes foram perpetrados por minorias radicais, no entanto, a indignação estendeu-se à restante comunidade muçulmana um pouco por todo o mundo. Perante este cenário urge reflectir de forma a equilibrar os dois pratos da balança para reencontrar consensos.
Por Luís Norberto Lourenço »» pág. 3
Convite tertuliano
La sanidad transfronteriza
Provavelmente a melhor forma de se entender a indignação muçulmana é tentar compreender e aceitar que são culturalmente diferentes. Esta atitude não significa que não se possa ter uma opinião crítica acerca de alguns costumes impressos nestas sociedades. No entanto, deverá ser expressa imbuída de algum bom senso. Portanto, defendo que a liberdade de expressão deverá ter em conta uma linha de fronteira, relembrando um célebre ditado que diz o seguinte: Não nos tornamos livres por negarmos a aceitar algo superior a nós, mas por aceitarmos aquilo que está realmente por cima de nós. (Goethe).
Por José María Francia Viña »» pág. 4
Holocausto, por favor Visitas culturais
Poema de João Nery »» pág. 5
Campo da poesia
Em suma, parece que o melhor aliado da Liberdade de Expressão é a sabedoria no uso desse direito. Caberá a cada cidadão que, quando queira utilizar a sua liberdade de expressão, reflicta sabiamente acerca da sua eficácia e relevância.
»» pág. 3
Apresentações de revistas
Poema de Magda Nisa e de Ana Fonseca »» pág. 6
Exposições
Liberdade e sabedoria Por Maria João Capelo »» pág. 8
*Licenciada em História
pub. > Criação de lógotipos > Catálogos / Desdobráveis > Ilustração > Web sites > CD-Rom interactivos > Animação e modelação 3D > Embalagem > Projecção de stands para exposição > Sinalização exterior e interior Castelo Branco Portalegre
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Tertúlias
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edições Casa Comum das Tertúlias
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FICHA TÉCNICA TERTULIANDO
Fanzine da Casa Comum das Tertúlias Fundador e Director: Luís Norberto Lourenço (e-mail: luis.lourenco@portugalmail.pt)
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Resumo das iniciativas realizadas pela CCT até hoje (da 31.ª à 45.ª, de 121):
31. APRESENTAÇÃO DO LIVRO “O CITRÖEN QUE ESCREVIA NOVELAS MEXICANAS”, DE JOEL NETO com a presença do autor – 13 de Julho de 2002 – 17h, Esplanada do Café Rosel, CB
32.
APRESENTAÇÃO DO LIVRO “O CITRÖEN QUE ESCREVIA NOVELAS MEXICANAS”, de JOEL NETO com a presença do autor – 13 de Julho de 2002 – 21h PORTALEGRE, CAFÉ TARRO
Colaboradores: António Jacinto Pascoal, Lopes Marcelo, Magda Nisa, Ana Fonseca, Maria João Capelo, Nuno Alexandre Barbosa, Carlos Casaquinha, Jorge Manuel Costa Hernâni Cajado Grafismo: Loop Design, Comunicação e Multimédia, Lda. Propriedade: Casa Comum das Tertúlias (e-mail: casa_comum_tertulias@portugalmail.pt) Edição: Edições Casa Comum das Tertúlias Local: Castelo Branco Impressão: Loop Design, Comunicação e Multimédia, Lda.
33. EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIA DE LUÍS SABINO – de 1 a 31 de Julho de 2002 – Bar Platinium, CB
34. APRESENTAÇÃO DE CADERNOS PERIFÉRICOS – fanzine d’arte
Campo da poesia Voei até ao mais alto ponto E olhei para cima de tudo. Ouvi canções saídas dos ribeiros e ventos, Troquei danças com pinheiros e urzes. Soletrei as palavras capazes de inventar poemas, Andei por caminhos que se cruzam com doçura. Despertou em mim a vontade de silenciar toadas, que compõem os versos de vidas soltas e apertar nas mãos outras mãos, cheias de nada capazes de tudo. Magda Nisa*
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Tertúlia: LIBERDADE AMEAÇADA? O CASO DOS CARTOONS SOBRE MAOMÉ.
Local: Clube de Castelo Branco Data: 2 de Março de 2006
fotografia e poesia, (N.º 2), AMOR LOUCO – 23 de Agosto de 2002 – Biblioteca Municipal de Castelo Branco
35. EXPOSIÇÃO DE PINTURA DE DANIELA MARQUES – de 31 de Agosto a 29 de Setembro de 2002 – Bar Sebastião, CB
36. APRESENTAÇÃO DO LIVRO “LEITURAS IV” DE ANTÓNIO SALVADO – 6 de Setembro de 2002 – 21h 30m, Bar Platinium, CB
37. POESIA NUM BAR PERTO DE SI. OFERTA DA TERTÚLIA. (um p/ semana) – desde 10 de Setembro de 2002, em vários bares de CB
38. A CIÊNCIA, A ÉTICA, A LIBERDADE E A SEGURANÇA – 21 de Setembro de 2002 – Bar Sebastião, CB
39. Prisões: um sistema em crise? – 28 de Setembro de 2002 – Teatro de Portalegre
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DECLAMAÇÃO DE POESIA DE AUTORES REPUBLICANOS DOS SÉCULOS XIX E XX, POR ACTORES DO “VÁATÃO”
Periodicidade: mensal
– 5 de Outubro de 2002 – Bar Sebastião, CB
Tiragem deste n.º: 200 exemplares
41. EXPOSIÇÃO DE PINTURA DE RICARDO LOURENÇO E DE
Publicidade: Contactar o Tlm. 966417233
– 6 de Out./2 de Nov. de 2002 – Bar Sebastião, CB
FERNANDO SEBASTIÃO
42. EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIA “REPÚBLICA” DE HENRIQUE
Sítio: BENTO E DE MIGUEL PROENÇA http://casacomumdastertulias5out2001.planetaclix.pt – 5 de Outubro a 2 de Novembro de 2002 – Adega Latina Pub, CB Blogs: http://republicalaica.blogspot.com * http://cctertulias.blogs.sapo.pt * http://casacomumdastertulias.blogspot.com * http://fanzinetertuliando.blogspot.com
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“Poesia à solta nas Biblioteca”: selecção de poemas de vários autores, distribuídos (um poema por quinzena; 13 no total) na Biblioteca Municipal de Penamacor (BMP), desde o dia 8 de Outubro de 2003. Apoio da BMP.
44. APRESENTAÇÃO DO LIVRO MOMENTOS DE POESIA de José Castilho, Editado pela ALMA AZUL – Biblioteca Municipal de Penamacor, 16 de Outubro de 2002, 21h
Há pessoas que cruzam o nosso caminho, as que percorrem do nosso lado e as que vemos entre um passo e outro. A todas chamamos de amigos. São muitos, como as folhas de uma árvore. Os primeiros são o amigo-pai e o amigo-mãe, que nos mostram o que é ter vida. Depois vem o amigo-irmão, com quem dividimos o nosso espaço. Há os amigos do peito. São verdadeiros, sabem o que nos faz feliz. Às vezes, um deles estala o nosso coração e então o chamamos de amigo-namorado, que dá brilho aos nossos olhos, música aos nossos lábios, pulos aos nossos pés. Há os que são amigos por um tempo, talvez um dia ou uma hora. Eles colocam sorrisos na nossa face enquanto estão por perto. Há os que estão longe, que ficam nas pontas dos galhos, e aparecem quando o vento sopra. O tempo passa, o outono chega e perdemos algumas das nossas folhas. Mas elas continuam alimentando as raízes com lembranças de momentos maravilhosos. Desejo a ti, folha da minha árvore, paz, amor, saúde, sucesso, prosperidade. Cada pessoa que passa em nossa vida é única, deixa um pouco de si e leva um pouco de nós. Esta é a maior prova de que duas almas não se encontram por acaso Ana Fonseca**
45. TERTULIANDO SOBRE “A FRUIÇÃO CULTURAL” – 17 de Outubro de 2002 – 21h 30m, Bar Roxanne, CB
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* e ** publicados em: http://fanzinetertuliando.blogspot.com
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A Casa Comum das Tertúlias é notícia
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A nossa resposta editorial Tertuliando acolheu uma revolução gráfica pelas mãos de Hêrnani Cajado, como está bom de ver. As dificuldades são potencialmente criadoras? Aqui está a nossa resposta! Chamámos para a nossa beira, para participar no TERTULIANDO, os nossos tertulianos e todos aqueles que se revejam no projecto. A minha querida amiga Maria João capelo, albicastrense, Licenciada em História – acompanha-nos desde a 3ª tertúlia – aceitou o nosso repto e escreveu as conclusões da última tertúlia. Cabe-lhe dar voz aos tertulianos presentes na última tertúlia, numa conclusão possível sobre o debate. Sim, que nós lançamos debates, não os fechamos.
acompanha desde o início e é com essa filosofia que acolhemos a poesia de João Nery a 1 de Abril de 2006, no Clube de Castelo Branco, em mais uma iniciativa com apoio desta instituição centenária. O nosso Arquivo Tertuliano / Hemeroteca da Casa Comum das Tertúlias está a ser organizado, como divulgámos em comunicado, tendo sido disponibilizados alguns dos documentos nos nossos blogs. A causa da Democracia e da Cultura são as nossas bandeiras, SEMPRE, por Castelo Branco. Luís Norberto Lourenço
Juntam-se a nós três tertulianos novos: Ana Fonseca, João Nery e Hernâni Cajado. Este número será bibilingue: incluindo um texto em castelhano (espanhol), da autoria de Dr. José María Francia Viña, médico espanhol, tertuliano que faleceu em 2005. Que este número seja uma homenagem a ele. A entrada nas nossas iniciativas é livre, sempre foi, este será também um espaço de liberdade, desde que quem pretenda usar esta publicação, a não queira utilizar para defender princípios que combatam a Democracia! Sejamos claros: a Democracia é um desígnio de que não abdicamos. Não daremos espaço aos que apodam todos de igual forma, acenando com ditadores iluminados, salvadores da pátria que nos tirarão do caos, da decadência,
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A POESIA REGRESSA À CASA COMUM DAS TERTÚLIAS, servida por
João Nery 1 de Abril de 2006 pelas 21h30m
Lançar novos valores é um objectivo que nos
Clube de Castelo Branco Largo de S.João nº26
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As conclusões das tertúlias
LA SANIDAD TRANSFRONTERIZA José María Francia Viña *
El pasado sábado día 17, en un acto organizado en los salones del Porvenir de Ciudad Rodrigo por la Casa Común de la tertulias de Castelo Branco y por la tertulia los Escudos IV de Salamanca, tuve ocasión de debatir y reflexionar con un amplio grupo de amigos sobre el futuro de la sanidad transfronteriza. Que sean dos tertulias las que se reúnan para debatir los graves problemas sanitarios de la raya de Portugal y efectuar propuestas al respecto, dice mucho de la importancia que nuestras instituciones, (Diputación, ayuntamientos, Junta de Castilla y León y gobierno central), han concedido, hasta el presente, a la discusión de los problemas de salud pública que se detectan en una de las bolsas de pobreza más importantes de Europa: la raya de Portugal. Pero nunca es tarde si la dicha es buena, y ya en la mañana del día 17 se me aparecieron Julián Lanzarote y Alfonso Fernández Mañueco en forma de letra impresa, (tan unidos y al unísono como siempre), para darme la clave de lo que debería ser el núcleo del debate que por la tarde se celebraba en Ciudad Rodrigo. Manifestaban nuestro alcalde y el consejero de Presidencia de la Junta de Castilla y León en LA GACETA, su malestar porque José Luís Rodríguez Zapatero no hubiese efectuado en su discurso de investidura la más leve referencia “al Plan Oeste” que prometió Jesús Caldera en la reciente campaña electoral. Me dije entonces a mi mismo: “si Ciudad Rodrigo, Guarda y Castelo Branco están en el oeste, si el PSOE se ha comprometido a impulsar un Plan Oeste, y si Julián Lanzarote y Alfonso Fernández Mañueco reivindican, ahora, este Plan del gobierno central, es muy posible que
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haya llegado, por fin, el momento que tanto habíamos esperado algunos: el de discutir sin cortapisas los problemas sanitarios de la raya de Portugal y el de poner encima de la mesa todos los proyectos que son necesarios para resolverlos”. Solo me faltaba, claro está, enterarme de lo que se establece en el citado Plan Oeste sobre el desarrollo de nuestros servicios sanitarios y de salud pública. Y tras algunas indagaciones, tengo que confesarles que, mas allá de la popular propuesta de construcción de un Hospital en Ciudad Rodrigo, (si, si como lo leen ustedes de un Hospital en toda regla), no he sido capaz todavía de conocer mas detalles sobre los contenidos sanitarios de dicho Plan. Tan popular es la propuesta estrella sanitaria del Plan Oeste (la de construir un Hospital en Ciudad Rodrigo), que no me extrañaría nada, si alguien no lo impide, que el senador y alcalde de Mirobriga Javier Iglesias pida cualquier día de estos que Caldera haga realidad sus promesas: esto es que desde el Ministerio de Sanidad se financie la construcción de un Hospital como Dios manda en su pueblo. ¿Pero se resolverían así los problemas sanitarios de la zona? ¿No deberían contenerse en el Plan Oeste alguna previsión sobre cuidados a domicilio, sobre camas de larga y media estancia, sobre reorganización de los servicios de salud pública, sobre sanidad ambiental, sanidad veterinaria o sobre el contenido y modelo de gestión del centro de especialidades que se está construyendo en Ciudad Rodrigo? Estoy dispuesto, como lo estaban el sábado todos los convocados en los salones del Porvenir, a sumarme a quienes reclaman que la raya de Portugal, disponga de forma
urgente de un plan que permita conocer y abordar con realismo y rigor la compleja problemática sanitaria que se plantea a un lado y otro de la frontera. El observatorio hispano-luso cuya creación propuso en su intervención el Dr. Carlos Manuel Almeida del Centro de Saude de Castelo Branco con el fin de llevar a cabo un diagnostico de los principales problemas, como primer paso para establecer prioridades parece una propuesta razonable. Pero a estas alturas del acontecer político, tanto Jesús Caldera y la nueva ministra de sanidad Elena Salgado, como Julián Lanzarote, Alfonso Fernández Mañueco, Cesar Antón, Mª Jesús Ruiz y Rosa Valdeon, deberían reconocer que está casi todo por hacer en la tarea de identificar con rigor las necesidades sanitarias de la zona. Deberían reconocer que solo si se hace efectiva la cooperación internacional y la participación local, solo si se facilita la elaboración de proyectos que den respuesta a las necesidades reales de la zona, y solo si se dispone de una adecuada financiación sanitaria adicional podrán hacerse realidad las políticas integrales de salud que deben incluirse en el Plan Oeste. La recién nombrada ministra de Sanidad, a la que le doy la bienvenida y le deseo lo mejor, haría bien por otra parte en releer lo que en relación con las finalidades del fondo de cohesión sanitaria establece la disposición adicional quinta de la Ley de Cohesión y Calidad del Sistema Sanitario: “el Ministerio de Sanidad a través del fondo de cohesión sanitaria realizará políticas que aseguren la cohesión sanitaria y la corrección de las desigualdades. Estas políticas se desarrollaran mediante planes integrales de salud…”. Todo un reto porque no solo Madrid o Baleares pueden reivindicar el fondo de cohesión para los desplazados. Un reto para todos.
Holocausto, por favor aos Cães à Solta O que este mundo precisa é de um holocausto poderoso, cáustico como soda; melhor ainda, uma bebida servida a frio, a sangue em copo de cristal. É tempo de expulsar esta holocasta de labregos - Bestas que dão mau nome à palavra MENTIRA Que se beijam escondidos em armas de destruição maciça CHIÇA! Está já gasto este holocântico fúnebre Entoado em uníssono na garganta do mundo Há que votar pelo amor, senão: Holocausto, por favor! Serão hologramas de demónios ou projecções de porcos, os seres que avançam no horizonte fecundo, em passo largo, profano, profundo carregando quilos de horror i-mundo?
João Nery S.
pub.
Médico de Sanidad Nacional Foi publicado em “La Gaceta de Salamanca” 21 de Abril de 2004
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