luiz carvalho et al 2009_comun(ica) informa(ção) lê-se..eu leio_estudos dos suportes de informaç

Page 1

Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas Universidade Técnica de Lisboa

Projecto

Comum(ica) Informa(ção) – Lê-se? Eu leio! Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores Autores Luís Miguel Martins Crespo de Carvalho Maria Amélia A. Pinto de Almeida Vasconcelos Maria de Fátima Jesus Simões Faria de Deus Lisboa, 24 de Outubro de 2009

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

ii


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Índice

conteúdos

página

Introdução

-

1

Enquadramento teórico

-

12

Orientações metodológicas

-

21

Apresentação e discussão da informação

-

49

Conclusão

-

81

Referências

-

83

Anexos

-

Fichas de registo dos documentos

-

Registos fotográficos da informação

-

Tabelas de análise de dados

-

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

iii


Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas Universidade Técnica de Lisboa

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Introdução

«Nosso cérebro está sendo remodelado para ficar eficiente em buscar informações, mas perde a capacidade de contemplação, reflexão, concentração·»

A escolha do tema que iremos desenvolver no trabalho obedeceu a vários critérios, tendo em conta a realidade específica das escolas a que pertencemos, embora saibamos de antemão que a problemática em questão, provavelmente, será comum à maioria dos Agrupamentos de Escolas/Escolas. Pertencemos a escolas que obedecem a características substancialmente diferentes, mas a nossa atenção focalizar-se-á, essencialmente, no Agrupamento de Escolas de Carcavelos. Nas sociedades actuais todos temos, certamente, a percepção que a informação é essencial. No entanto, apesar da importância que ela reveste, a forma como se lida com ela e os meios utilizados para proceder à sua comunicação e divulgação, muitas vezes, revelam a ausência de critérios, ou melhor, nem sempre se traduz num processo adequado assente no rigor, clareza e transparência, possibilitando que os seus principais destinatários tenham um verdadeiro conhecimento dela. As escolas como qualquer outra organização, enquanto representação social, não escapam a esta situação. Os diversos actores que integram a escola e estão envolvidos neste processo, desde Professores, Alunos, Funcionários, Pais/Encarregados de Educação e outros membros da Comunidade Educativa poderão ter consciência desta situação, em diversos momentos e determinadas situações, mas noutras circunstâncias, provavelmente, não se aperceberão que algo não chegou ao seu conhecimento em tempo útil. Como poderemos justificar que a informação não chegue a quem se destina, não surja da forma mais adequada, ou no tempo certo? Uma multiplicidade de factores poder-nos-ão ajudar a responder a esta problemática. Tendo a noção exacta que não somos possuidores da verdade, não queremos deixar de colocar algumas questões que poderão, de alguma forma, contribuir para uma reflexão. Será que os responsáveis pela produção da informação recorrem a critérios de selecção e divulgação? Haverá, por ventura, interesses que justifiquem que a informação não chegue atempadamente, ou de forma clara, aos principais destinatários?

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

1


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Todos estarão suficientemente atentos, de forma a contactarem com a informação que é importante e lhes é dirigida? Haverá um excesso de informação que funciona como um elemento distractor ou perturbador? Várias respostas poderiam ser dadas a este problema, que sentimos e julgamos ser transversal, com o intuito de encontrar soluções. Outras questões, igualmente pertinentes, poderiam surgir, que de imediato nos conduziriam a uma nova reflexão. Na era da informação, com múltiplos dispositivos ao nosso serviço confrontamo-nos com uma série de questões, para as quais não existem respostas conclusivas. Estamos perante uma problemática complexa e controversa, que constitui para nós, um desafio e, simultaneamente, nos seduz, na medida que nos permitirá analisar aspectos fundamentais que dizem respeito a todos os que trabalham na escola/organização e com ela se envolvem. A informação articula-se directamente com a comunicação. «Comunicação é mais que informação; a informação subsidia, actualiza e nivela o conhecimento». 1 As pessoas comunicam recorrendo a vários processos que lhes permitam a recepção das mensagens por parte dos destinatários, promovendo assim, a elaboração da informação. A relação entre o fluxo da informação e o público-alvo a quem se dirige o conhecimento tem sido alterada com o tempo, através da utilização das novas tecnologias. A produção da informação por parte dos emissores e a aceitação pelos receptores é indispensável para a construção do conhecimento.

Metodologia

Ao longo do trabalho procurámos recolher informação afixada nos diferentes espaços das escolas e proceder à sua classificação em função de determinados critérios:

1

Origem;

Conteúdo;

Destinatários;

Legibilidade;

Pertinência;

Emílio Odebrecht Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

2


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Actualidade;

Tratamento gráfico;

Manuseio;

Relevância;

Localização;

Acessibilidade;

Apreciação global.

Numa primeira fase procedemos à recolha da documentação afixada, através da utilização da fotografia, no período que coincidiu com o encerramento do ano lectivo de 2008/2009, para, posteriormente, a compararmos com a informação afixada no início do ano lectivo subsequente. Essa era a nossa intenção, não concretizada quanto à comparação por impossibilidade temporal. Gostaríamos de ter feito um trabalho de campo mais desenvolvido aplicando questionários aos destinatários da informação, mas não foi possível, dado que de acordo com as datas previstas para a apresentação do trabalho não haveria tempo. Por outro lado, a população escolar, sobretudo, a nível dos professores iria sofrer alterações significativas e os resultados obtidos poderiam, de certa forma, não evidenciarem a situação real. Embora tenhamos a noção que a análise de conteúdo da informação é de extrema relevância, apenas iremos abordá-la numa perspectiva, quiçá, demasiado simplista, mas considerámos ser preferível recorrer a essa estratégia, do que «ignorá-la» por completo. O trabalho é composto por quatro partes que passamos a descrever.

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

3


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

PRIMEIRA PARTE

Tipo de informação; Espaços de afixação da informação; Origem da informação; Destinatários/público-alvo; Qualidade da informação – tratamento gráfico, legibilidade, actualidade, pertinência.

SEGUNDA PARTE

Fundamentação teórica. Importância da informação e da sua divulgação.

TERCEIRA PARTE

Orientações metodológicas. Levantamento de documentação de informação nos espaços públicos da escola.

QUARTA PARTE

Apresentação e discussão da informação.

Conclusão.

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

4


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

PRIMEIRA PARTE Tipo de informação

Informação Produzida a nível interno

Produzida a nível externo (Publicidade)

Legislação;

Cartazes

Ofícios;

Associações Profissionais; Associações

Circulares;

Culturais,

Ordens de serviço;

Entidades Económicas, Sindicatos;

Convocatórias de reuniões:

Folhetos

publicitários

Associação

de

informativos

Editoras,

Estudantes,

Editoras,

Conselho Geral, Conselho Pedagógico, Associações Profissionais, Associações Departamentos Curriculares, Conselho de Culturais; Directores Grupos

de

Turma,

Disciplinares,

Conselhos

de Publicidade.

Conselhos

de

turma; Conselhos disciplinares, Reunião da Associação de Pais; Avisos; Faxes; Pautas; Actas de reuniões; Horários dos alunos; Horário de atendimento dos Directores de Turma; Horário de funcionamento dos serviços: Serviços

Administrativos,

Biblioteca,

Centro de Recursos, Sala de Estudo, Papelaria, Reprografia, Bar, Refeitório; Informações

da

Associação

de

Estudantes; Informação sindical; Preçário dos produtos vendidos no Bar; Ementa do refeitório; Sinalização.

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

5


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

A informação pode ser escrita, oral ou de carácter iconográfico.

Escrita

Oral

Iconográfica

Ordens de serviço; Legislação; Actas; Horários;

Conversas;

Sinais;

Regras de funcionamento;

Entrevistas,

Imagens;

Cartazes;

etc.

Grafismos

Panfletos; Sinalização; Publicidade, etc.

Espaços de afixação da informação

Locais de afixação da informação

Sala de Professores

Reprografia

Sala de Funcionários

Papelaria

Serviços Administrativos

Bar

Biblioteca

Refeitório

Centro de Recursos

Portaria

Sala de Estudo

Átrio

Sala de Alunos

Corredores

Salas de aula

Portas das salas de aula

Associação de Estudantes

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

6


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Origem da informação

Ministério da Educação Câmara Municipal Conselho Geral Direcção Conselho Pedagógico Departamentos Curriculares

Origem da informação

Directores de Turma Coordenadores de Grupos Disciplinares Professores Funcionários Alunos Associação de Pais Sindicatos Editoras Associações Profissionais; Instituições Culturais, Sociais e Económicas

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

7


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Destinatários da informação

Professores Alunos

Destinatários

Funcionários Pais/Encarregados de Educação Outros membros da Comunidade Educativa

O público-alvo da informação nem sempre tem a percepção da informação que está à sua disposição e, muitas vezes, não procede a uma análise do seu conteúdo, o que pode ter explicações de natureza diversa. No entanto, esta situação poderá provocar consequências, que deverão ser objecto de reflexão, de forma a produzirem alterações nos procedimentos adoptados. A multiplicidade de informação, ou uma divulgação inadequada poderão funcionar como factores condicionantes e trazerem efeitos nefastos para a Escola/Organização. Toda a informação contém um determinado conteúdo que vai ser objecto de uma análise, que corresponde à sua descrição. A análise de conteúdo traduz-se na resposta a um estímulo que corporiza uma técnica de investigação sobre o conteúdo da informação e da comunicação. A sua abordagem pode ser em termos qualitativos e quantitativos. A utilização dos computadores possibilita maior rigor a nível dos procedimentos adoptados para a análise da informação. Actualmente, a generalização dos computadores pessoais traz novos contributos. Na análise de conteúdo da informação há que ter em consideração o número de pessoas implicadas na produção da informação, natureza da mensagem e respectiva comunicação.

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

8


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Qualidade da informação

A informação implica comunicação, o que conduz à relação entre pessoas de modo a que chegue ao conhecimento dos outros. A informação pode ser entendida de duas formas, a nível do conteúdo, qualquer que seja a sua natureza e informação como sinónimo de conteúdo noticioso, cuja transmissão constitui uma das intenções dos órgãos de comunicação social. As novas tecnologias facilitam o processo de comunicação. A mediatização corresponde a um conjunto de funções que têm como objectivo melhorar as técnicas utilizadas para garantir a qualidade das comunicações. A comunicação pode ser directa ou presencial, envolve duas ou três pessoas, não implica espaços específicos e scripto, constituída pela informação colocada em superfície com carácter permanente. Passar uma informação significa supor que alguém não tem conhecimento dela, mas necessita de ter. Informar implica que algo deva ser ouvido, visto, ou lido. No entanto, este processo passa, automaticamente, por uma selecção da informação. Ser informado é ser orientado por alguém que, antecipadamente, tinha determinados objectivos. A passagem de uma informação leva à comunicação e por sua vez ao conhecimento. Embora haja uma interligação entre a informação e o conhecimento, impõe-se a selecção da informação e proceder à sua organização, Há que diferenciar informação e comunicação e comunicação e saber. A comunicação depende do emissor que a transmite e do receptor que a vai interpretar, de acordo com as suas capacidades. Praticar a comunicação é reconhecer a existência de pessoas em acção, é uma acção comum. A comunicação privilegia os instrumentos que vai utilizar para melhor atingir as suas finalidades.

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

9


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Elementos do discurso Informo

Discurso e linguagens

Suportes

Tipo de documento

Instrumentos; Equipamentos; Serviços

Scripto Texto

manuscrito

ou

Livro, Papel ou equivalente

impresso; Texto alfanumérico; Outras superfícies.

Desenho e pintura;

Gráficos e diagramas;

jornal,

revistas,

Caneta,

pincel,

buril,

folha, cartaz, letreiro.

decalque

Transparência

Máquinas

Sinais de trânsito

máquinas de compor e

Superfícies

pintadas

ou

de

escrever,

desenhar

gravadas

Tipografia

Gravura, pintura

Telefax Telex

Fotografia;

Fotografia

Máquina fotográfica

Diapositivo

Retroprojector

Película fotográfica

Mapa,

Outros

códigos

de

Acetato

de

diapositivos

linguagem escrita

Fotocopiadora

Elementos de discurso Audio I Discurso e linguagens

Suportes

Tipo de documento

Instrumentos; Equipamento; Serviços

Áudio Linguagem verbal; Linguagem vocal;

Mecânica vinil;

Microfone; Disco convencional;

(canto) Magnético;

Música;

Sons ambientes; Sinais sonoros; Ruído

Instrumentos musicais; Bobine-audio cassete; CD-Compacto disco

Ritmo; Disco óptico

Leitor, gravador de áudio;

Sintetizador, Telefone; Radiodifusão; Emissor/receptor pessoal; Sinalizador

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

10


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Os documentos escritos continuam a ter grande relevância e exigem reflexão. A sua arquitectura deverá ter como linhas orientadoras critérios de concepção, elaboração e abordagem. Actualmente, existem textos electrónicos que apresentam vantagens a nível da sua consulta, mas os materiais escritos são acessíveis a qualquer utilizador. A informação que comportam pode ser encontrada rápida e facilmente, não depende da utilização de equipamento para a sua leitura. O tratamento gráfico da informação é muito importante. Ao pretender-se que o seu conteúdo chegue ao público-alvo, de acordo com os objectivos definidos, há que ponderar nas metodologias mais adequadas, proporcionando a transmissão da mensagem de forma eficaz e apelativa. O processo comunicacional passa também pela clareza, actualidade e pertinência da informação que se procura levar ao conhecimento dos destinatários. A

mensagem

tem

que

ser

precisa

e

concisa

para

ser

compreendida,

independentemente do instrumento utilizado. Produção de informação em excesso, de difícil acesso, desactualizada e cuja pertinência seja discutível deverá ser evitada. Todos nós temos a noção que ao entramos num determinado espaço, seja ele qual for, e nos depararmos com um excesso de informação, que não foi tratada de forma criteriosa, olhamos para ela, mas não a «vemos», passou despercebida. A informação tem que ser percebida e ser considerada pertinente. Necessita de ser contextualizada. O tratamento gráfico não deve ser descurado, sobretudo, quando a intenção é tornar apelativa a informação, de modo que a mensagem seja perceptível e facilmente entendível pelo público-alvo. Neste caso há que sublinhar a função que os cartazes têm no processo comunicacional. O cartaz constitui um dos suportes mais importantes do discurso scripto, pela força que imprime. Os elementos fundamentais do cartaz são o tema, que contém a ideia fundamental, a ilustração composta por imagens e o texto que completa a ilustração. O objectivo do cartaz determina o tipo de linguagem utilizada, mais imperativa, ou mais informativa.

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

11


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Enquadramento teórico

Informação ou comunicação?

A resposta a esta questão é complexa. Informação e Comunicação integram a mesma realidade, estão interligadas, ou pelo contrário, correspondem a conceitos diferentes? A palavra informação tem vários significados, depende do contexto em que é utilizada. Etimologicamente informação vem do Latim, «informationem», que significa dar forma, conceber uma ideia. O termo informação começou a ser usado com maior frequência a partir dos anos 50 (século XX), para significar notícias, mensagens, conhecimento. Informação relaciona-se com a qualidade da mensagem que um emissor envia para os receptores. A informação é sempre sobre algo, que foi comunicado a alguém que tem a capacidade de compreender a mensagem. Resulta do processamento e da organização de dados que permitem o conhecimento de quem os recebe. Muitas vezes é vista como um estímulo que influencia. A visão da informação como mensagem destacou-se com a publicação de uma dissertação de Claude Shannon, em 1948, conhecido como o «pai da teoria da informação». Shannon chamou à medida da informação contida numa mensagem, em oposição à parte da mensagem que é estritamente previsível, a medida da entropia. Foi o primeiro a associar os conceitos de entropia e informação. Considerava que nenhuma mensagem enviada por um emissor chegava sem «ruídos» ao receptor. Os canais de comunicação provocavam alterações, fazendo com que a mensagem não chegasse de forma correcta. A entropia definida por Shannon está relacionada com a entropia definida pelos físicos Boltzmanne Gibbs, que desenvolveram um trabalho sobre termodinâmica estatística. A teoria da informação de Shannon é adequada para avaliar a incerteza sobre um espaço desordenado. Actualmente, vivemos na "era da informação" ou sociedade da informação, considerada o advento da "era do conhecimento" ou "sociedade do conhecimento". Nesta sociedade, a tecnologia da informação, a ciência da informação e a ciência da computação deram um novo conceito de informação que alterou um pouco o significado que tinha adquirido ao longo dos tempos.

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

12


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Informação é, hoje, um termo com muitos significados, mas podemos generalizar dizendo que é uma mensagem recebida e entendida. Ela representa o conhecimento adquirido, é o resultado da organização de dados reconhecidos pela pessoa que os recebe.

«A percepção é a tomada de consciência que fazemos do mundo exterior através da observação e do conhecimento dos objectos e de tudo o que tenha estimulado os nossos sentidos».2 Através dos sentidos as mensagens são captadas, mas é o cérebro que as interpreta. A nossa percepção varia de acordo com as associações que estabelecermos com as nossas referências. Através do que capta pelos sentidos, o Homem pode, hoje, relacionar-se com o mundo que o envolve. É pelos sentidos que nos ligamos ao mundo. São eles os responsáveis pelas admiráveis experiências da visão, da audição, do tacto, do paladar e do cheiro. Os sentidos representam a nossa primeira defesa contra todas as agressões e, ao mesmo tempo, ajudam a manter-nos vivos e em comunicação com os outros. O processo comunicacional, hoje, envolve vários factores, socialmente enraizados. Os seres humanos são seres sociais. Relacionam-se entre si e com o meio envolvente, comunicando e utilizando diferentes linguagens. A visão é o sentido que mais contribui para a percepção daquilo que nos rodeia. Cerca de oitenta por cento do que percepcionamos é visual: imagens, letras, símbolos, cores e outros elementos que podemos designar por signos visuais. Quase um terço da matéria cinzenta do cérebro humano é usado para encaminhamento da informação visual. O cérebro dá resposta aos estímulos dos sentidos. Ao receber os estímulos visuais referentes a uma determinada imagem, o nosso cérebro vai reconhecê-la, dando-nos conta do que sabe sobre ela. Para essa resposta, contribuem muitos factores, como a própria forma das imagens, a sua relação com o meio onde se inserem, o conhecimento que temos delas, a nossa cultura, etc. Assim, referimos a seguinte expressão: ”Os olhos vêem, a mente interpreta.” A informação tornou-se, nos nossos dias, a mercadoria mais valorizada. Hoje, fala-se da tecnologia da informação, dos serviços informativos prestados, perante a comunidade, com grande relevância.

2

Attilo Marcolli Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

13


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Por esta razão, diz-se que "O conhecimento é moeda do nosso tempo", e a velocidade de mudanças é a "taxa de inflação". Devemos, pois, ter um cuidado especial na escolha da informação que nos é constantemente oferecida, principalmente a que circula na Internet.

A importância da forma

A forma como a informação é disponibilizada deverá ter em consideração determinados critérios, cuja relevância não deverá ser subalternizada. Na conceptualização da forma, a teoria de Gestalt constitui uma referência. Para a Gestalt há três conceitos fundamentais: o Campo, a Estrutura e a Forma. Nela são salientadas as qualidades próprias da forma, na medida em que ela corresponde a um todo e não resulta exclusivamente da soma dos elementos que a compõem. «As formas são transponíveis, ou seja, algumas das suas propriedades conservamse através de mudanças que afectam de certo modo todas as suas partes».3 O Campo corresponde ao espaço onde surge a informação: sala de professores, corredores, paredes, armários, etc. No entanto, o Campo também inclui a noção de tempo, isto é, o Campo tem uma natureza espácio-temporal. A Estrutura e a forma são conceitos que estão interligados. A Estrutura permite a definição de uma forma, independentemente dos elementos que a integram. Com os mesmos elementos podemos constituir muitas formas. Às formas contrapõe-se o fundo, o mesmo será dizer, todas as zonas que se conservam neutras, ou seja, excluídas pela Estrutura. O fundo, como tem características homogéneas, passa despercebido.

A importância da cor

A percepção da cor varia de acordo com as cores que a rodeiam. A cor depende das fontes de luz, que pode ser cromática ou acromática. A acção da luz pode destruir certas cores como o vermelho e o amarelo, o que podemos verificar em cartazes expostos durante um espaço de tempo prolongado o que não ocorre com a cor azul é resistente.

3

Paul Guillaume Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

14


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

A cor, embora seja uma das características da forma, tem sido objecto de estudos científicos. É um factor muito importante na transmissão de uma mensagem. Além de nos possibilitar uma informação rica e diversa, provoca-nos uma grande sensação de beleza. A cor, ao possuir vários significados, deverá ser estudada com rigor. Experiências fitas vieram demonstrar que a mesma forma pode ser alterada através da cor. Existem as cores primárias e as secundárias

As cores primárias não podem ser conseguidas por combinação de outras cores, mas ao combinarem-se entre si dão origem a novas cores. São cores primárias o amarelo, o vermelho e o azul. As cores secundárias resultam da combinação de cores primárias puras. O verde resulta da combinação do azul e do amarelo, o violeta resulta da combinação do vermelho e do azul e o laranja resulta da combinação do vermelho e do amarelo. Não aparece a cor branca nem preta por serem consideradas a soma de todas as cores e a sua ausência. As cores que permitem contraste e harmonia são as que se encontram nos vértices dos triângulos, embora não apresentem maior contraste. Normalmente, associam-se as cores a predisposições psicológicas das pessoas que as visualizam.

Vermelho

Dinamismo, entusiasmo, erotismo, violência

Verde

Tranquilizante e repousante

Laranja

Estimulante, atrai os indecisos

Azul

Calmo e um pouco frio

Violeta

Cor neutra sem um valor preciso

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

15


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

A Comunicação

Comunicação deriva da palavra latina, «communis», que significa tornar comum, estabelecer comunhão, participar da comunidade através da troca de informações. Este conceito poderá ter abordagens diferentes, científica, filosófica e estrutural. Do ponto de vista sociológico, a comunicação provoca interacção que se reflecte nos comportamentos, nas relações sociais. A comunicação significa partilha de elementos ou modos de vida e comportamentos, devido à existência de um conjunto de normas. Do ponto de vista psicológico pode ser definida como resposta seleccionada a um estímulo. A comunicação não é apenas a resposta, mas a relação estabelecida pela transmissão de estímulos e pela provocação de respostas. A comunicação constitui um factor de modelação do comportamento de nós pr´prios e dos outros. Tudo é comunicação e o termo pode perder um significado preciso. A mesma palavra é utilizada em diferentes meios para designar realidades heterogéneas. A pluralidade semântica conduz a uma mais valia. A imprecisão do termo imprime-lhe flexibilidade. Neste processo temos presente um emissor, um receptor e um canal de comunicação. A existência de um código é imprescindível para a passagem da mensagem.

Mensagem

Emissor

Canal

Receptor

Esquema da comunicação

Os canais de comunicação, no entanto, não são inócuos, procuram adequar a mensagem às suas características. A evolução tecnológica produziu novas ferramentas que proporcionam uma grande ajuda no processo comunicacional.

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

16


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

A comunicação é um processo horizontal, em que o diálogo é essencial. Os diversos interlocutores podem emitir e receber mensagens, interpretá-las e reinterpretá-las visando a construção de um significado. Neste processo é raro que a mensagem tenha apenas um significado. O emissor emite e recebe mensagens do seu receptor, ou seja a comunicação é bidireccional.

Formula Codifica Transmite Mensagem Emissor

Receptor

Mensagem Transmite Interpreta Descodifica

Processo cíclico da comunicação

Frequentemente, a mensagem é recebida, pelo receptor, de forma diferente da enviada pelo emissor. Esta situação é justificada pela existência de «ruídos» nos canais de comunicação, o que determina uma grande atenção, da parte do comunicador, para que não haja deformação no processo comunicacional.

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

17


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Interferências mediáticas Media comerciais e de entretenimento

Receptores

Emissores

Mensagem

Barreiras psicológicas Verbalismo Referências confusas

Fontes de ruído no canal de comunicação

Por outro lado, a comunicação entendida com acto de informar ou dar conhecimento a alguém é mais categorizada e menos mutável. Neste caso, o emissor tem um papel mais activo, através da selecção da emissão de mensagens, e o receptor transforma-se num ser passivo ao longo do processo. Nos sistemas autoritários verifica-se a tendência para a adopção desta forma de comunicação. Para melhor percebermos o funcionamento da comunicação, na sua globalidade impõe-se a sua análise na óptica do conflito. Em todas as organizações existe uma hierarquização de funções, com diferentes competências comunicacionais, que origina que a comunicação feita por determinadas pessoas seja considerada mais importante. Assim, poderemos concluir que o contexto da comunicação tem uma influência directa no processo. Quanto mais rígida for a hierarquia, maiores serão os conflitos. O poder de falar, de decidir e de agir faz com que os outros se limitem, na prática, a cumprir. Numa comunicação de carácter horizontal, como a que se processa em trabalho de equipa, a intervenção é possível. A comunicação e a informação não podem ser analisadas separadamente, no entanto, existem diferenças. A informação relaciona-se com o conteúdo de uma mensagem e a comunicação traduz-se na promoção da circulação e da compreensão da informação. Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

18


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

A informação desenvolve o nosso conhecimento. O processo comunicacional e informacional deve procurar formas eficientes e eficazes que correspondam às expectativas dos interlocutores, levando em linha de conta as suas diferenças.

Análise de conteúdo

A análise de conteúdo deve ser aplicada a todas as formas de comunicação. Uma leitura pouco atenta corre o risco de não tornar credível a informação emitida. Torna-se necessário descobrir a estrutura do seu conteúdo, o que se pretende transmitir com as mensagens e esclarecer os seus elementos que no permitem a compreensão. «Tudo o que é dito ou escrito é susceptível de ser submetido a uma análise de conteúdo».4 Existem determinadas regras. Numa primeira fase devemos sistematizar o conjunto dos tipos de comunicações, de acordo com as pessoas envolvidas na comunicação, a natureza do código e do suporte da mensagem. É necessário adoptar um procedimento de carácter investigativo e reflexivo a partir dos emissores e dos destinatários da comunicação. A análise deverá passar pela compreensão da mensagem, na sua essência. Não basta fazer uma leitura linear, impõe-se a análise do significado da mensagem. Dever-se-ão aplicar operações de natureza analítica, adaptadas aos materiais que vão ser objecto de análise, visando a sua interpretação correcta. A prudência e a diplomacia deverão estar subjacentes na análise da informação. A impulsividade deve evitar-se. O importante é a obtenção de resultados. Os temas contidos nas diversas formas utilizadas para a produção de informação carecem de técnicas de análise, a nível qualitativo e quantitativo. Há que proceder à análise do texto no que concerne a determinados aspectos.

Número total de palavras presentes (ocorrências);

Número total de palavras diferentes (vocabulário);

A relação entre as ocorrências e o vocabulário;

Palavras portadoras de sentido: substantivos, verbos, adjectivos;

Palavras de ligação, artigos, preposições, pronomes, advérbios, conjugações.

O modo e o tempo dos verbos utilizados poderão, também., ser analisados. A análise qualitativa envolve aspectos sintácticos, a riqueza do vocabulário.

4

P. Henry e S. Moscovici, Badin, Laurence. (2008), Análise de Conteúdo, Edições 70, p.34 Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

19


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Tratar os materiais implica o recurso à codificação. «A codificação é o processo pelo qual os dados em bruto são transformados sistematicamente e agregados em unidades, as quais permitem uma descrição exacta das características pertinentes do conteúdo».5 A codificação compreende, numa análise quantitativa, a escolha das unidades, a enumeração e a classificação. A escolha das unidades corresponde ao registo do que é considerado como unidade de base, em termos de conteúdo. Geralmente, o tema é considerado a unidade de base de registo. A enumeração tem a ver com o modo de contagem. Toda a análise e conteúdo remete para a análise da própria mensagem, que é o ponto de partida, que permite o decifrar da sua significação. Constitui um instrumento de indução para se investigarem as causas a partir dos efeitos. A análise do discurso faz parte da análise de conteúdo. Existem várias abordagens sobre esta questão, desde a anglo-saxónica à francesa. «Qualquer discurso pode ser alinhado nas várias pautas de uma partitura.»6

5 6

O. R. Holsti, Badin, larence. (2008), Análise de Conteúdo, Edições 70, p. 129 Lacan (Badin, larence. (2008), Análise de Conteúdo, Edições 70, p. 274) Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

20


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Orientações metodológicas

Identificação e caracterização do contexto

O presente trabalho de investigação tem como objecto de análise e avaliação todo o tipo de documentos afixados em dois locais da escola7, o primeiro diz respeito àquele em que a circulação da Comunidade Educativa é livre8 e de acesso directo, o outro respeita ao espaço restrito da sala dos professores. Portanto é no meio escolar que se desenvolve a actividade de investigação. O espaço onde ocorre o levantamento dos documentos disponíveis, para leitura e para consulta, desenvolve-se numa escola constituída por seis monoblocos de duplo piso e um monobloco de piso térreo que se dispõem ao longo de uma galeria coberta, paralela às duas entradas e descentrada em qualquer dos seus eixos de acesso perpendicular. Do conjunto destaca-se o pavilhão administrativo9, de costas para a entrada principal e o pavilhão alunos10 que está defronte ao anterior, onde se identificaram os espaços físicos que contêm estruturas formais e informais de afixação regular de documentos e de arquivo de consulta. Atente-se na planta da escola.

Figura 1 Planta de implantação da escola sede legenda da planta esquemática

A – pavilhão administrativo D – pavilhão alunos

entrada principal

7

A escola em referência é a escola sede do Agrupamento de Escolas de Carcavelos, cuja designação oficial é Escola Básica e Secundária de Carcavelos 8 Entenda-se livre na medida em que a entrada na escola está sujeita a identificação por cartão magnético nominal (professores, alunos e funcionários não docentes) e por identificação pessoal e do assunto a tratar, no caso dos encarregados de educação, pais e outros membros da Comunidade Educativa como, por exemplo, os fornecedores habituais de produtos e serviços 9 Identificado como Pavilhão A 10 Identificado como Pavilhão D Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

21


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

As estruturas informais encontram-se localizadas no pavilhão A, vidros das janelas da sala de professores e no pavilhão D, vidros das janelas da sala de alunos e Bufete e de uma segunda sala de alunos/actividades lúdicas11, acedidas no percurso da entrada principal aos pavilhões centrais, com as respectivas entradas voltadas para a galeria, as quais nos seus vidros se constituem como mais um espaço informal de afixação. Estas estruturas informais são exteriores com a excepção de no pavilhão A se encontrar uma situação de estrutura informal no átrio de entrada para os Serviços de Administração Escolar, com o aproveitamento dos vidros das portas de acesso para afixação de informação. Observe-se o esquema de localização dos mesmos.

Figura 2

Planta de localização dos espaços informais de informação legenda da planta esquemática

A – pavilhão administrativo D – pavilhão alunos lugares de afixação de informação em espaço livre exterior entrada principal

Deixamos algumas imagens das estruturas informais detectadas.

11

Esta sala lúdica encontra-se, neste ano lectivo de 2009 – 2010, afecta exclusivamente às actividades lectivas, situação decorrente da gestão de espaços de aula e do aumento da relação turmas/alunos Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

22


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Figura 3 Vidro da porta de entrada do pavilhão A12

Figura 4 Vidro da porta de entrada para a Secretaria

12

Em anexo pode ser consultado “Registos fotográficos da informação” Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

23


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

As estruturas formais encontram-se espalhadas pelos átrios de entrada e acessos dos pavilhões A e D, podendo ser vitrinas expositoras, cavaletes e painéis amovíveis que se colocam conforme a situação, o contexto e as necessidades. Estas respeitam ao espaço de circulação livre, mas no espaço de circulação restrita que é a sala de professores vamos encontrar vitrinas, painéis expositores de cortiça ou aglomerado de madeira, costas de armários preparados com cortiça, estantes de madeira e metálicas, biombos, assim como as próprias paredes. Seguem-se alguns exemplos.

Figura 5 Vitrina expositora no átrio do pavilhão D

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

24


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Figura 6 Costas de um armário forrado a corticite na sala de professores

Figura 7 Painel expositor de corticite na sala de professores

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

25


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Figura 8 Biombo e armários na entrada principal da sala de professores

Figura 9 Painel expositor de aglomerado de madeira na sala de reuniões

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

26


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Há outros espaços da escola onde é habitual haver informação afixada, por exemplo nos vidros das portas de acesso a cada um dos pavilhões, em algumas vitrinas expositoras e, actualmente, de cartazes sobre a gripe H1N1 [A] em paredes várias. Estes espaços encontram-se fora do âmbito do presente trabalho pois não se pretende identificar os locais onde é afixada informação, que tipo de informação e avaliar o seu conteúdo e aparato cénico-gráfico. Outra razão que levou a excluir estes espaços prende-se com o facto de a informação aqui disponibilizada ser direccionada especificamente aos alunos, logo a maioria dos membros da Comunidade Educativa não terá a ela acesso, em condições normais de funcionamento da escola13. Convém referir que foram ainda excluídos espaços do pavilhão A que, considerados de circulação livre, alargariam demasiado o âmbito geográfico da investigação e não reflectiriam, na prática, qualquer incremento significativo de informação para análise, não só porque não é hábito aí haver senão exposições ocasionais e trânsito com destino à Direcção da escola, triado no piso térreo por uma assistente operacional. Pela mesma ordem de razões se excluíram o Refeitório e o Pavilhão Gimnodesportivo. No âmbito geográfico desta investigação estão contemplados quase todos os serviços essenciais à Comunidade Educativa, a saber: Direcção, Serviços de Administração Escolar, central telefónica, Bufete, sala de alunos, sala de professores, Papelaria e Reprografia, Gabinete Médico e Serviços de Acção Social Escolar.

Identificação e caracterização da informação

Já foi referido que o âmbito do trabalho se reporta ao tratamento da informação, em suporte físico e disseminada na escola, nos percursos e espaços de acesso livre pela Comunidade Educativa, nos pavilhões A e D e no caso de um espaço de acesso restrito, a sala de professores, localizada no pavilhão A, que servirá de contraponto à análise que se pretende realizar. Trata-se, portanto, de analisar o documento físico e o contexto de tempo e de adequação aos públicos-alvo. Considera-se informação todo e qualquer suporte físico cuja função seja a de transmitir uma qualquer informação, oficial ou não, em múltiplos formatos.

13

Considera-se “condições normais de funcionamento” as que respeitam ao tempo de actividades lectivas diurnas, apesar de haver actividade nocturna, num período de maior concentração até às 15h25m e com algum decréscimo, pouco significativo, até às 17h05m portanto de ocupação plena Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

27


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Dada a diversidade de formatos foi necessário categorizá-los de acordo com um critério: agrupar os documentos por famílias e definir o âmbito de cada uma delas. Assim teremos os seguintes onze tipos de documentos, a que atribuímos códigos de representação.

Figura 10 Tabela do tipo de documentos e códigos de representação

sindical [ s ] arquivador [ arq ] anúncios [ a ] informação geral [i] informação oficial [ io] carta ofício [ co ] legislação normas [ l ] cartaz [ c ] folheto [ f ] imagem [ im ] diversos [ d ]

Qual o âmbito de cada uma destes classificadores?

Sindical – documentos resultantes da actividade dos trabalhadores da função pública, quer por via organizacional quer por via pessoal;

Arquivador – suporte de guarda de documentos disponíveis para consulta no local de arquivo;

Anúncios – documentos que fornecem um serviço exterior à escola;

Informação geral – documentos que abordam assuntos directamente relacionados com a vida da escola e o desenvolvimento da profissionalidade de cada um dos actores da Comunidade Educativa;

Informação oficial – documentos provenientes dos órgãos de gestão e administração da escola e estruturas coordenadoras das actividades;

Carta ofício – documento formal endereçado a um sujeito, individual ou colectivo;

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

28


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Legislação normas – documento oficial da tutela ou dos órgãos de gestão e administração da escola;

Cartaz – formato poster;

Folheto – desdobrável;

Imagem – documento visuo-gráfico em forma de desenho, ilustração ou fotografia;

Diversos – documentos indiferenciados.

Estes classificadores foram estabelecidos após uma análise prévia à informação em presença. Recorreu-se ainda a outras formas de categorização dos objectos de acordo com as características do documento em termos de origem, datação, público-alvo, do local de exposição e do conteúdo temático.

Figura 11 Tabela das categorias e classificadores dos documentos e códigos de representação

tipologias dos documentos instrumentos autonomia [ ia ] informação administrativa [ i ] estatística [ est ] logótipo [ log ] anúncios [ al ] avaliação docente [ add ] humor [ h ] diversos [ d ] legislação [ l ] condição estudante [ e ] actividade sindical [act ] formulários [ for ] acesso superior [ as ]

comunidade educativa [ed ] comunidade escolar [ esc ] encarregados educação [ ee ] alunos [ a ] professores [ p ] interno [ i ]

auxiliares [ aux ]

sim [ s ]

livre [ l ]

externo [ e ]

funcionários [ f ]

não [ n ]

restrito [ r ]

origem

público-alvo

data

espaço

calendário [ cal ] normas escola [n] divulgação actividades [ da ] actas reuniões [a] convocatórias [c] carreira docente [ cd ] formação docente [f] notas alunos [ not ] temática

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

29


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Vejamos agora o âmbito de todos estes classificadores. Quanto à sua origem:

Interno – documento emanado por órgãos de gestão e administração da escola ou por qualquer outra estrutura interna, em nome individual ou colectivo;

Externo – documento proveniente de qualquer entidade exterior à escola, de qualquer natureza institucional e fonte.

Quanto ao público-alvo:

Comunidade Educativa – documento dirigido aos membros da Comunidade Educativa enquanto tal, portanto dirigido a todos os actores do processo educacional e organizacional, sejam eles internos ou exteriores à escola;

Comunidade Escolar – documento dirigido aos actores do processo ensino/aprendizagem, do processo administrativo e do processo de governança organizacional na escola, enquanto utilizadores diários dos serviços educativos aí prestados;

Encarregados de Educação – documento dirigido aos pais e encarregados de educação dos alunos da escola, enquanto actores indirectos do processo ensino/aprendizagem;

Alunos – documento dirigido aos alunos da escola, enquanto actores directos do processo ensino/aprendizagem;

Auxiliares – documento dirigido aos funcionários públicos da escola, assistentes

operacionais

e

técnicos,

enquanto

actores

do

processo

administrativo e processo de governança organizacional;

Professores – documento dirigido ao corpo especial da função pública, carreira docente, enquanto actores directos do processo ensino/aprendizagem e do projecto de desenvolvimento profissional;

Funcionários – documento dirigido aos funcionários públicos da escola, independentemente da sua categoria e carreira.

Quanto à sua datação:

Sim – documento datado;

Não – documento sem data.

Quanto ao espaço:

Livre – espaço de acesso e circulação aberta à Comunidade Educativa, sem restrição que não seja a de identificação obrigatória na portaria da escola;

Restrita – espaço de acesso condicionado aos professores e aos assistentes da escola.

Quanto à sua temática:

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

30


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Instrumentos Autonomia – documentos relacionados com o desenvolvimento dos instrumentos de autonomia da escola, enquadrados no processo de governança organizacional e no processo educacional;

Informação Administrativa – documentos relativos à relação dos actores da Comunidade Escolar com um dos órgãos de gestão e administração, a Direcção, e os Serviços de Administração Escolar;

Estatística – documentos de apresentação de dados e quadros de avaliação estatística do processo ensino/aprendizagem, do processo de governança organizacional e de serviços prestados pela escola;

Logótipo – imagem corporativa de organizações e projectos;

Anúncios – documentos relativos à oferta de serviços a prestar no exterior da escola;

Avaliação Docente – documentos relativos ao desenvolvimento do processo de avaliação de desempenho docente;

Humor –

documentos escritos ou desenhados relativos a situações

humorísticas;

Diversos – documentos indiferenciados e não categorizados;

Legislação – documentos oficiais publicados em Diário da República ou outro suporte legal;

Condição

Estudante

documentos

relativos

ao

desenvolvimento

da

profissionalidade de estudante;

Actividade Sindical – documentos relativos ao desenvolvimento da actividade de representação laboral dos funcionários públicos, quer organizacional quer individual;

Formulários – documentos relativos a fichas de inscrição numa organização, actividade ou evento;

Acesso Superior – documentos relativos ao processo de candidatura ao ensino superior;

Calendário – documentos relativos a marcação de reuniões conjuntas, cronogramas de tarefas, actividades e projectos e fases do desenvolvimento do processo administrativo organizacional;

Normas Escola – documentos relativos à prescrição de regras e normas dentro da Comunidade Escolar emanadas pelos órgãos de gestão e administração da escola e pelos Serviços de Administração Escolar;

Divulgação Actividades – documentos relativos à publicitação de eventos a realizar na escola e no exterior e a resultados de competições em que a escola participou; Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

31


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Actas Reuniões – documentos oficiais relativos a actas e súmulas de actas das reuniões de órgãos de gestão e administração da escola, de reuniões de projectos e de estruturas intermédias, assim como de reuniões de estruturas de representação dos funcionários públicos;

Convocatórias – documentos relativos a convocatórias formais de reuniões destinadas ao desenvolvimento do processo ensino/aprendizagem, do processo de governança organizacional e dos projectos e actividades do Plano Anual de Actividades da escola;

Carreira

Docente

documentos

relativos

ao

desenvolvimento

da

profissionalidade docente, nos seus enquadramentos legal e institucional;

Formação Docente – documentos relativos à publicitação de acções e cursos de formação de professores, enquadrados na formação contínua e na formação académica;

Notas Alunos – documentos relativos à classificação dos alunos no desenvolvimento do processo ensino/aprendizagem.

Para a caracterização da tipologia dos documentos temos, então, 6 categorias e um total de 45 classificadores. Para melhor esclarecimento sobre as categorias criadas, se bem que a sua denominação possa parecer clara, vejamos.

Figura 12 Tabela das categorias dos documentos tipo documento

origem

público-alvo

data

espaço

temática

O âmbito de cada uma destas categorias é o seguinte:

Tipo de Documento – qualidade da relação entre o formato e a forma do documento;

Origem – qualidade relativa à proveniência do documento;

Público-alvo – qualidade relativa à entidade a quem é dirigida a informação do documento, para além da formalidade do endereçamento;

Data – qualidade relativa à data de emissão do documento;

Espaço – qualidade relativa à localização do documento;

Temática – qualidade relativa ao conteúdo do documento

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

32


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Critérios e estratégias de selecção da informação

O âmbito geográfico duma escola com a configuração desta levou a que se fizesse uma opção inicial que foi a de restringir a selecção da informação, conformada aos seguintes critérios: 1. Abordar a informação exposta à Comunidade Educativa e contrapor a informação disponível especificamente a um dos actores dessa mesma comunidade, os professores; 2. Abordar a informação exposta em espaços de acesso livre à Comunidade Educativa, restringindo essa abordagem física aos pavilhões A e D nas infraestruturas formais de afixação e nas informais; 3. Abordar a informação exposta à Comunidade Educativa no percurso do acesso principal da escola aos pavilhões A e D, nas estruturas informais; 4. Abordar a informação exposta na sala de professores, nas infra-estruturas formais e nas informais; 5. Todo

o

documento

afixado

e

arquivado

é

objecto

de

análise,

independentemente da sua qualidade institucional. Os 4 primeiros critérios respeitam à acção no âmbito geográfico e físico do espaço da escola, ao passo que o 5º critério diz respeito à acção de recolha e análise dos documentos físicos. Interessa, então, referenciar os espaços onde será efectuada a recolha de informação, de acordo com os critérios atrás explicitados.

Figura 12a Planta de localização dos documentos afixados em espaço livre no pavilhão D Planta do pavilhão alunos [ D ] piso 0 legenda da planta esquemática

espaços de afixação públicos

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

33


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Figura 12b Planta de localização dos documentos afixados em espaço livre no pavilhão A

Planta do pavilhão administrativo [ A ] piso 0 legenda da planta esquemática

espaços de afixação públicos espaços de afixação restritos

Figura 12c Planta de localização de documentos afixados em espaço restrito do pavilhão A diagrama da sala de professores entrada principal

entrada secundária

24/54

24/54

24/54

24/54

24/54

24/54

24/24 24/54

estante madeira livros ponto noite

espaços de afixação de documentos

estante madeira livros ponto dia

estante metálica azul estante madeira correio

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

34


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Metodologias de recolha da informação

Em primeiro lugar optou-se por realizar um registo fotográfico da informação afixada nos espaços seleccionados e esse registo teve lugar no dia 21 de Julho de 2009. Em segundo lugar elaborou-se uma ficha destinada ao registo individual de cada documento, numa primeira fase um esboço que foi sendo melhorado até à sua versão final. Esta ficha contempla na sua estrutura as várias categorias estabelecidas para a sua classificação formal, os descritores de avaliação e respectivas escalas de qualificação, a apreciação global do documento e registo de observações. O trabalho de levantamento e descrição dos documentos foi manual14, cada documento foi objecto de um registo individual pelo que se contabilizaram 104 documentos registados. Convém aqui referir que se considerou documento aquele que, podendo ser constituído por várias páginas, folhas ou anexos, se poderia referir como uma unidade física, temática e decorrente de um mesmo acto processual ou administrativo. Assim vamos encontrar alguns documentos unitários que são expostos com as suas várias páginas em sequência, são analisados de forma única e, como exemplos, referimos o caso da lista de manuais adoptados na escola para o ano lectivo de 2009 – 2010 ou o da lista dos alunos inscritos para o 1º ciclo nas escolas básicas deste agrupamento de escolas. Para breve apreciação da ficha de registo deixamos dois exemplos da sua evolução.

Figura 13 Ficha de registo de documentos – primeiro esboço Local

Tipo

Origem

Data D/M/A

14

Destinatário

Conteúdo Resumo

Anexos

Público Alvo

Tratamento Gráfico Não

Sim

Acessibilidade -

=

+

Legibilidade

Manuseio

Actualidade

Apreciação

-

-

-

-

=

+

=

+

=

+

=

+

Em anexo pode ser consultado “Fichas de registo dos documentos” Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

35


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Figura 14 Ficha de registo de documentos – versão final15 Local

Tipo

Origem

Data

Destinatário

D/M/A

Conteúdo

Anexos

Resumo

Público

-

Localização -

Local

Tipo

Origem

Data

Destinatário

D/M/A

Conteúdo

Anexos

Resumo

=

+

Origem

Data

Destinatário

D/M/A

Conteúdo

Origem

Data

-

=

+

D/M/A

Conteúdo Resumo

=

+

Legibilidade -

=

+

Pertinência -

=

+

-

=

+

-

=

+

Apreciação global -

Anexos

+

Acessibilidade -

=

+

Manuseio

Actualidade

-

-

=

+

=

Público

+

Legibilidade -

=

+

Pertinência -

=

+

-

=

+

-

=

+

Apreciação global -

Anexos

Acessibilidade -

=

+

Manuseio

Actualidade

-

-

=

+

=

Público

+

Legibilidade -

=

+

Pertinência -

=

+

-

=

+

-

=

+

Apreciação global -

=

+

Acessibilidade -

=

+

Manuseio

Actualidade

-

-

=

+

=

+

Legibilidade -

=

+

Pertinência -

=

+

Observações

+

Relevância

Alvo

-

=

Tratamento gráfico

Critérios Localização

Observações

+

Relevância

Critérios

+

=

Tratamento gráfico

Alvo

=

Observações

+

Relevância

Critérios

=

=

Tratamento gráfico

Alvo

Resumo

Destinatário

+

-

-

Tipo

=

Público

Localização

Local

-

Actualidade

-

Tipo

Acessibilidade

Manuseio

Localização

Local

Apreciação global

Critérios

Alvo

=

Observações

+

Tratamento gráfico -

=

+

Relevância -

=

+

A ficha de registo dos documentos está acompanhada da respectiva legenda descritiva, em rodapé, para que possa ser utilizada não só pelos sujeitos do presente trabalho mas por qualquer outro sujeito numa situação de análise de informação exposta.

Figura 15 Legenda da ficha de levantamento Local – Salas de professores, de Funcionários, Secretaria, Átrios, Biblioteca e Centro de Recursos; Tipo – Ofício, Ordem de serviço, Informação, Fax, Cartaz, Convocatória, não identificado; Origem – quem mandou ou assinou; Data – dia – mês – ano; Destinatário – primeiro destinatário do documento; Conteúdo – fazer um resumo do conteúdo principal; Anexos – indicar quais, se os houver, por exemplo ficha de inscrição, cronograma, calendário, etc.; Público – a quem se destina a informação; Localização – dentro e fora do campo visual; Acessibilidade – o documento é de fácil acesso para leitura; Legibilidade – o documento é legível em modo normal, sem esforço de maior; Tratamento gráfico – o documento foi objecto de algum tratamento gráfico, ampliado, sublinhado, montado, editado, etc.; Manuseio – o documento ou pasta de informação é utilizável de forma fácil; Actualidade – o documento está em dia com a informação que presta; Pertinência – adequação ao público-alvo; Relevância – do interesse do público-alvo; Apreciação – qualidade do documento no contexto em que se insere, se não se presta a confusão, se não passa despercebido no conjunto, se está enquadrado, etc.

O levantamento e registo manuscrito, em rascunho, dos documentos foi efectuado a 23 de Julho de 2009 estando o documento “Fichas de registos dos documentos” concluído em Setembro de 2009. Este levantamento teve em consideração os critérios definidos e as categorias de agregação de documentos, de que já demos conta em linhas anteriores.

15

Esta ficha não foi a utilizada nos registos manuais que só tinha o correspondente a 3 documentos por página, enquanto a versão final está configurada para o registo de 4 documentos por página Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

36


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Para a análise dos documentos em termos de apreciação das suas qualidades físicas formais e das suas qualidades informacionais optou-se por criar um conjunto de categorias de avaliação agrupadas segundo os critérios:

da análise do documento físico, o suporte16;

da análise do documento informativo, na relação do conteúdo com o públicoalvo em termos de tempo17.

Criou-se um quadro de referência de classificadores para a apreciação dos documentos para cada categoria. Na categoria Suporte temos: 1. Localização; 2. Acessibilidade; 3. Legibilidade; 4. Tratamento gráfico; 5. Manuseio. Na categoria Conteúdo temos: 6. Actualidade; 7. Pertinência; 8. Relevância

A clarificação do conceito de cada um dos classificadores deve ser feita para se obter um quadro de referenciação global da análise efectuada. Então temos:

Localização – qualidade do documento que evidencia a integração espacial dentro ou fora do campo visual do sujeito da acção;

Acessibilidade – qualidade do documento que evidencia a exposição em local de acesso e circulação com ou sem conflitos;

Legibilidade – qualidade do documento que evidencia a sua leitura e apreensão de forma regular e sem esforço visual;

Tratamento gráfico – qualidade do documento que evidencia se o mesmo foi objecto de algum tratamento gráfico, ampliado, sublinhado, montado, editado, etc.;

Manuseio – qualidade do documento que evidencia se o mesmo é utilizável de forma fácil e sem conflitos;

Actualidade – qualidade do documento que evidencia que está em dia com a informação que presta;

16 17

Categoria adiante designada simplesmente por “Suporte” Categoria adiante designada simplesmente por “Conteúdo” Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

37


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Pertinência – qualidade do documento que evidencia a sua adequação ao público-alvo;

Relevância – qualidade do documento que evidencia o interesse para o público-alvo;

Apresenta-se um esquema que permite perceber como se apreciou o classificador localização e, também, o de manuseio.

Figura 15a Esquema de leitura e de manuseio de documentos

Para a apreciação qualitativa de cada classificador estabeleceu-se uma tabela com 3 valorações que a seguir se apresenta.

Figura 16 Escala de apreciação qualitativa dos documentos18 nível nível = nível +

qualidade inferior à do padrão regular qualidade do padrão regular qualidade superior à do padrão regular

Como se esperava concretizar em tempo uma valoração quantitativa do conjunto das apreciações efectuadas optou-se por converter a escala qualitativa, por equivalência dos seus 3 factores, para uma escala numérica que permitiu um tratamento estatístico mais apurado. Vejamos a equivalência das tabelas.

18

Considera-se “padrão regular” aquele que se refere ao estado de um documento que é apresentado exposto tal como foi editado e produzido Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

38


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Figura 17 Tabela de equivalência das escalas Escala

Escala

qualitativa

numérica

Nível -

1

Nível =

2

Nível +

3

Para a apreciação dos documentos ser o mais objectiva possível elaborou-se uma tabela com os descritores respeitantes a cada um dos classificadores das duas categorias. Assim temos para a categoria Suporte:

Figura 18 Tabela de descritores da categoria Suporte Critério

Localização

Acessibilidade

Legibilidade

Tratamento gráfico

Manuseio

Valor

Descritor

+

Dentro do campo visual com um A4 ao alto ao nível dos olhos, mais um A4 acima e outro abaixo.

=

Dentro do limite superior do campo visual.

-

Fora do limite inferior do campo visual.

+

-

Acesso com espaço de circulação de proximidade mínimo de 50 cm e de circulação normal de mais 50 cm. Acesso com espaço de circulação de proximidade igual a 50 cm, sem obstáculos de permeio. Acesso com espaço de circulação de proximidade inferior a 50 cm, com ou sem obstáculos.

+

Fácil leitura mesmo fora dos limites do campo visual.

=

Leitura regular dentro do campo visual.

-

Leitura irregular mesmo dentro dos limites do campo visual.

+

Original ou cópia com tratamento ou realce, ou de boa qualidade de impressão.

=

Original ou cópia regular sem qualquer tratamento ou realce.

-

Original ou cópia irregular, de fraca qualidade de impressão, com ou sem tratamento ou realce.

+

Facilidade de consulta e leitura ou arquivado e devidamente identificado.

=

Consulta e leitura regular ou devidamente arquivado.

-

Consulta e leitura irregulares ou mal arquivado.

=

E para a categoria Conteúdo temos: Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

39


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Figura 19 Tabela de descritores da categoria Conteúdo Critério

Actualidade

Pertinência

Relevância

Valor

Descritor

+

Prazo legal e antecipando uma regular margem de manobra.

=

Prazo legal ou margem de manobra estrita.

-

Prazo legal sem margem de manobra ou desactualizado.

+

Perfeitamente adequado ao público-alvo.

=

Adequado ao público-alvo.

-

Desadequado ao público-alvo.

+

Do maior interesse para o público-alvo.

=

Regular interesse para o público-alvo.

-

Sem interesse da maior para o público-alvo.

No âmbito da apreciação dos documentos, para além dos classificadores ora apresentados, optou-se por criar um índice de apreciação global que deve reflectir a qualidade que lhe é atribuída na escala qualitativa. O seu significado é:

Apreciação – qualidade do documento no contexto em que se insere, se não se presta a confusão, se não passa despercebido no conjunto, se está enquadrado, etc.

Esta clarificação pressupõe que a valoração desta apreciação é feita de acordo com a qualificação realizada em todos os classificadores de um dado documento, de acordo com os descritores e pretende revelar uma tendência para um dos níveis de qualificação. Também importa aqui referir que foi levado em conta, quer na apreciação global quer face aos classificadores da categoria suporte, as características de circulação de pessoas no espaço em observação para se poder ajuizar dos potenciais focos de conflito no acesso aos documentos. Deixamos referenciados os vários focos de conflito detectados.

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

40


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Figura 20 Planta de localização de pontos de conflito entre circulação e acesso aos documentos no pavilhão D PAVILHÃO D – PISO 0 legenda da planta esquemática circulação livre Papelaria

lugares de afixação de informação em espaço livre

Reprografia

Sala de aulas ( de recurso )

áreas de conflito

WC-m WC-d

WC-f

Bufete Sala de alunos

Figura 21 Planta de localização de pontos de conflito entre circulação e acesso aos documentos no pavilhão A

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

41


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

PAVILHÃO A – PISO 0 legenda da planta esquemática circulação livre

Secretaria

circulação de professores lugares de afixação de informação em espaço livre áreas de conflito

WC-f

WC-m

Sala de informática

Sala de professores Sala de reuniões

Figura 22 Planta de localização de pontos de conflito entre circulação e acesso aos documentos na sala de professores diagrama da sala de professores entrada principal

entrada secundária

24/54

24/54

24/54

24/54

24/54

24/54

24/24 24/54

espaços de afixação de documentos zonas de conflito

Os critérios assim definidos globalmente em 18 de Julho de 200919 foram objecto de pequenas afinações descritivas ou de reescrita, concluídas até ao final do mês de Setembro de 2009.

19

A estrutura não sofreu qualquer alteração após a data de 18 de Julho Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

42


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

No que respeita ao enquadramento das metodologias de recolha de informação, com base nos documentos expostos na escola, ela está feita. Recapitulemos os passos dados: 1. Definição do âmbito geográfico e físico para a acção de recolha da informação com base nos documentos expostos na escola; 2. Definição dos critérios de classificação dos documentos; 3. Definição dos critérios de avaliação dos documentos; 4. Definição do âmbito de apreciação dos documentos; 5. Definição dos descritores de classificação dos documentos; 6. Elaboração

da

escala

de

apreciação

qualitativa

dos

descritores

de

classificação; 7. Elaboração da ficha de registo do levantamento dos documentos expostos; 8. Realização do registo fotográfico dos documentos expostos; 9. Determinação dos pontos de conflito entre circulação e acesso aos documentos nos pavilhões A e D; 10. Realização dos registos individuais20 dos documentos expostos de acordo com os critérios e a ficha de registo individual; 11. Registo de observações ocasionais nos registos individuais dos documentos; 12. Apreciação com a escala qualitativa dos descritores de classificação e efectuar a apreciação global de cada documento; 13. Elaboração da escala de apreciação quantitativa.

Figura 22a Exemplo de ficha de registo preenchida

20

Em anexo pode ser consultado “Fichas de registo dos documentos” Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

43


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Metodologias de análise da informação

Formatados e editados todos os documentos de apoio e registo, concretizadas as apreciações formais aos 104 documentos registados, importa agora saber como se preparou a tarefa de análise estudo estatístico da informação recolhida. Em primeiro lugar registe-se a necessidade de criar uma base de dados a compilar toda a informação manualmente registada e isto foi feito com recurso ao programa Excel do Microsoft Office 2003. Atente-se nos exemplos gráficos da estrutura da base de dados.

Figura 23 Tabela de registo dos documentos e classificadores do suporte e do conteúdo ordem documento 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23

localização

acessibilidade

legibilidade

2 2 2 3 3 3 3 2 2 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3

2 2 2 3 3 3 3 2 2 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 2 2

3 2 2 2 2 3 3 2 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

tratamento gráfico 2 2 2 2 2 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 2 2 2 2

manuseio

actualidade

pertinência

relevância

3 3 2 3 3 2 3 2 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 2 3 3 3

3 3 2 3 3 2 3 2 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3

3 3 2 3 3 2 3 2 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3

Figura 24 Tabela de registo dos documentos e classificação por categorias 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23

tipo documento

origem

público-alvo

data

espaço

temática

io io io l io io io io io io io io io io io io io io io io io io l

i i i e e i i i i i i e i e e i i i i i i i e

esc esc esc esc esc esc esc esc a esc a a esc a a a esc esc ed esc esc a esc

s s n s s s n n n n s n n n n n s s s s s n s

l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l

da n i l i i i i i cal n e cal n cal as not not e not not n n

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

44


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

De notar que a transposição para formato electrónico dos dados de registo obrigou, por questões de natureza de tratamento estatístico e gráfico da informação, a converter as apreciações qualitativas, produzidas nos classificadores e na apreciação global, para a escala numérica já referida. Isto pode ser constatado na fig. 23. Já na fig. 24 se pode verificar que os documentos foram referenciados pelos seus códigos de representação, de acordo com os classificadores de cada categoria. Por manipulação de dados foram extraídas tabelas representativas21 das situações que se analisaram e que são objecto de apresentação gráfica para exemplificação.

Figura 25 Tabela de distribuição dos documentos por níveis de qualificação localização

acessibilidade

3 63 38

39 42 23

nível nível = nível +

legibilidade ratamento gráfic 10 62 22

1 69 24

manuseio

actualidade

pertinência

relevância

9 14 0

17 40 40

3 54 47

6 55 43

Figura 26 Tabela de distribuição percentual dos documentos por níveis de qualificação 104

104

94

94

23

97

104

104

nível -

2,88%

37,50%

10,64%

1,06%

39,13%

17,53%

2,88%

5,77%

nível =

60,58%

40,38%

65,96%

73,40%

60,87%

41,24%

51,92%

52,88%

nível +

36,54%

22,12%

23,40%

25,53%

0,00%

41,24%

45,19%

41,35%

total

Figura 27 Tabela de distribuição dos documentos pelos classificadores da categoria públicoalvo comunidade educativa comunidade escolar encarregados educação

21

3 39 0

alunos

9

professores auxiliares

53 0

funcionários

0

Em anexo pode ser consultado “Tabelas de análise de dados” Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

45


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Assim foram quantificados dados relativos a:

Quantidade de documentos registados;

Classificações numéricas dos descritores das categorias suporte e conteúdo;

Quantidade de classificações por escalão de todos os descritores das categorias suporte e conteúdo;

Quantidade de documentos por categoria e classificadores quanto às tipologias.

Os dados foram objecto de tratamento estatístico na sua forma gráfica e deles se apresenta um exemplo.

Figura 28 Gráfico do número de documentos por nível de qualificação para o descritor localização

descritor localização número de documentos classificados por nível

3 38

nível nível = nível + 63

Na medida em que se criaram duas categorias para a avaliação do documento, a de suporte e a de conteúdo estabeleceu-se a necessidade extrair as médias22 das classificações de cada descritor e determinar a média correspondente às médias dos descritores de cada categoria, por documento. Vejamos uns exemplos.

22

Estamos a referirmo-nos à utilização da média aritmética dos valores em presença Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

46


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Figura 29 Tabela das médias de cada descritor médias

2,34 localização

1,85 acessibilidade

2,13 2,24 legibilidade ratamento gráfic

1,61 manuseio

2,24 actualidade

2,42 pertinência

2,36 relevância

Figura 30 Tabela das médias das categorias suporte e conteúdo e média global média suporte

média conteúdo

média global

2,12

2,34

2,21

Figura 31 Tabela das médias das categorias suporte e conteúdo e média global, por documento média suporte 2,25 2,00 2,00 2,50 2,50 3,00 2,75 2,00 2,25 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,75 2,50 2,50 2,25 2,25

média conteúdo 3,00 3,00 2,00 3,00 3,00 2,00 3,00 2,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 2,67 3,00 3,00 3,00

média global 2,57 2,43 2,00 2,71 2,71 2,57 2,86 2,00 2,57 2,71 2,71 2,71 2,71 2,71 2,71 2,71 2,71 2,71 2,86 2,57 2,71 2,57 2,57

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23

Foram estabelecidos 3 intervalos correspondentes à escala em uso de modo a que se pudesse distribuir as várias médias por cada um dos escalões, assim temos o intervalo de [1;1,67] para o nível – (qualificação má), o intervalo ]1,67;2,34[ para o nível = (qualificação regular) e o intervalo [2,34;3] para o nível + (qualificação boa). Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

47


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Na sequência dos dados relativos às médias estabeleceram-se os diferenciais correspondentes aos desvios da média de cada descritor para a média da categoria respectiva e para a média global. Foram calculados os desvios acumulados nas médias dos descritores na média do suporte e na média do conteúdo, tal como se procedeu ao cálculo do desvio acumulado pelos descritores na formação da média global. Determinou-se o desvio para a média global de cada uma das médias das categorias suporte e conteúdo. Veja-se o quadro síntese.

Figura 32 Tabela de quantificação dos desvios observados médias

2,34

1,85

2,13

tratamento gráfico 2,24

variação para média do suporte variação para a média global

0,22 0,13

-0,27 -0,36

0,01 -0,08

0,13 0,04

desvio acumulado do suporte desvio acumulado do conteúdo desvio acumulado do global

-0,43 0,01 -0,48

localização acessibilidade legibilidade

manuseio

actualidade pertinência

relevância

1,61

2,24

2,42

2,36

-0,51 -0,60

-0,10 0,03

0,09 0,22

0,02 0,15

desvio da média global

média suporte 2,12

média conteúdo 2,34

-0,09

0,13

média global 2,21

A manipulação de dados permitiu extrair tabelas que nos levaram à comparação e quantificação de situações que se pretendiam observar. Saber por exemplo23:

A distribuição no espaço livre dos documentos classificados pela categoria temática;

A determinação da variedade de documentos na categoria tipo em espaços livre e restrito;

Verificar a relação entre a quantidade de documentos e a distribuição pala categoria público-alvo;

Comparar as distribuições e quantificações no espaço livre e no espaço restrito;

Comparar a variedade da categoria temática nos espaços livre e restrito;

Verificar a incidência do tipo informação oficial em espaços livre e restrito;

Verificar a origem do tipo informação oficial em espaços livre e restrito;

Quantificar os documentos datados e não datados;

Comparar a incidência dos documentos com origem interna e externa;

Comparar os desvios das médias dos classificadores para a média global das categorias e para a média global.

Este é então o caminho que prosseguimos para a recolha da informação. 23

A descrição não pretende ser exaustiva, é mais uma carta de intenções que está condicionada pelo tempo disponível para a concretização da análise multivariada Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

48


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Apresentação e discussão da informação

A primeira constatação a fazer é a de que foram analisados 104 documentos unitários, não tendo sido contabilizado o total de páginas expostas para visualização e para consulta, que obviamente são muitas mais.

Análise respeitante ao espaço livre da escola

Como se optou por fazer um levantamento em dois tipos de espaços, um com circulação livre e o outro com circulação condicionada, verificamos uma distribuição equilibrada dos documentos por ambos os espaços, a saber:

Figura 33 Gráfico de distribuição dos documentos pelos espaços livre e restrito distribuição dos documentos pelos espaços livre e restrito

32 livre restrito

72

Esta situação objectiva que 30,8 % dos documentos estão no espaço livre da escola e levanta uma pergunta para a qual a resposta não é evidente. Porque

razão

a

quantidade

de

documentos

expostos

no

espaço

livre

é

substancialmente menor que no espaço da sala de professores? Estamos no período de final do ano lectivo, com as actividades lectivas regulares já terminadas vai para quatro semanas e, tendo havido movimentos que respeitam à afixação de documentos respeitantes ao processo ensino/aprendizagem – as pautas com as classificações dos exames 2009, primeira fase foram expostas, tal não justifica este diferencial.

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

49


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Então por o porquê destes números? Em primeiro lugar o espaço com infra-estruturas para exposição de informação com acesso pela Comunidade Educativa localiza-se no pavilhão D, em que todo o átrio do piso térreo está forrado de vitrinas expositoras. Queira-se ou não este é o centro vital para a disseminação da informação a expor. Podemos juntar a esta capacidade uma vitrina expositora no átrio do pavilhão A que pouco acrescenta em termos de área e uma pequena vitrina na entrada do mesmo pavilhão. Será a capacidade instalada a suficiente? A resposta é não, se nos ativermos a situações de maior movimento informativo como acontece no princípio e final de cada período escolar e se levarmos em conta que a quantidade e a qualidade da informação a expor não é objecto, regularmente de um projecto de comunicação devidamente estruturado. Esta é a realidade de uma escola, esta escola. O facto de se questionar a pertinência de um plano de comunicação subjaz à observação preliminar efectuada aos espaços e documentos afixados que demonstram que se expõe porque é preciso expor, com poucos ou nenhuns critérios a presidir ao acto expositivo com a excepção feita ao espaço livre e disponível na ocasião. E bastas vezes isto acontece, independentemente do espaço próprio para tal. A regra obedece a um princípio não definido formalmente, que resulta da prática habitual na escola, a de que toda a fixação de documentos em massa se processa ocupando as vitrinas situadas à esquerda da entrada do pavilhão D. Existirão outras pequenas regras, como por exemplo a de que a vitrina colocada de frente para a entrada do pavilhão D respeita a assuntos dos cursos nocturnos. Se nos tivéssemos abalançado a estudar as áreas de exposição, o que não era nosso propósito, teríamos chegado a um valor próximo dos 80 % de área dedicada aos assuntos dos cursos diurnos considerando que há ocupação máxima da restante área pelos cursos nocturnos se considerarmos, em especial, períodos específicos dos ciclos avaliativos objecto de exibição massiva de documentos. Essa realidade é verificável no levantamento fotográfico então realizado. Dos documentos expostos no espaço livre temos 25 com origem interna (78,1 %)24, 23 destinados à Comunidade Escolar (68,8 %) e só 9 destinados especificamente a alunos (28,1 %), com pouca variedade de tipo de documentos já que temos 29 como informação oficial (90,6 %) e 19 documentos não datados (59,4 %).

24

Todas as referências a percentagens são feitas considerando que os factores em análise sejam superiores ou somem mais de 50 % Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

50


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Figura 34 Tabela dos documentos expostos em espaço livre 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 102 103 104

tipo documento

origem

público-alvo

data

espaço

temática

io io io l io io io io io io io io io io io io io io io io io io l l io io io io io io io io

i i i e e i i i i i i e i e e i i i i i i i e e i i i i i i i i

esc esc esc esc esc esc esc esc a esc a a esc a a a esc esc ed esc esc a esc esc esc a esc esc a esc esc esc

s s n s s s n n n n s n n n n n s s s s s n s s n n s s s s s s

l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l

da n i l i i i i i cal n e cal n cal as not not e not not n n n e e not i i i i i

Como se vai perceber adiante numa comparação com o que acontece na sala de professores, aqui verificamos que há poucos tipos de documentos, que maioritariamente têm proveniência interna e que se destinam a um público-alvo específico, a Comunidade Escolar. Já quanto à temática encontramos uma maior variedade de classificadores, que se distribuem irregularmente por 8 classificadores de onde se destacam com 4 documentos para a condição estudante (12,5 %), 5 para notas alunos (15,6 %) 6 para normas escola (18,8 %) e 11 em informação administrativa (34,4 %). Estes quatro classificadores representam 81,3 % do total dos documentos expostos em espaço livre, em que a informação administrativa é superior a 1/3. Parece notar-se uma discrepância entre o facto de os documentos se dirigirem essencialmente à Comunidade Escolar e termos mais que

1

/3 a serem informação

administrativa, sendo que tal situação se justifica com a afixação das pautas com os resultados dos exames nacionais que, objectivamente, interessam aos alunos, aos encarregados de educação, aos professores e, porque não, aos funcionários que directamente mais contactam com os alunos. De notar que se verificasse a afixação dos resultados escolares no final de um período lectivo a situação seria exactamente a descrita, com pequenas variações nas distribuições obtidas. Em tempos intermédios de um período lectivo, situação que não é a correspondente à do presente estudo, haverá menor número de documentos expostos com uma distribuição mais equilibrada quanto à temática. Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

51


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

A afirmação baseia-se na experiência e vivência do quotidiano do espaço escolar. Já agora ocorre perguntar como é possível haver um só documento que respeita à divulgação de actividades quando, presume-se, o desenvolvimento do plano anual de actividades contempla maioritariamente acções dirigidas aos alunos e para os alunos. E não há documentos especialmente dirigidos aos encarregados de educação? Estranho, dir-se-á. No entanto na escola não funciona uma associação de pais e encarregados de educação25, situação que não justifica tal ausência significativa. Aliás, não é hábito surgirem documentos expostos e orientados para tal público. Não há resposta cabal mas podemos adiantar que, a espaços, vão sendo afixados documentos dando conta de algumas acções ou resultados mas não o é de forma sistemática. E como é que estamos quanto à classificação das categorias? Na categoria suporte obtivemos os seguintes valores:

Figura 35 Tabela de distribuição das classificações dos descritores por níveis e média de cada descritor, na categoria suporte localização

acessibilidade

legibilidade

tratamento gráfico

manuseio

0 9 23 2,72

0 13 19 2,59

0 25 7 2,22

0 30 2 2,06

0 0 0 #DIV/0!

nível nível = nível + média

Ressalta logo à vista desarmada que no espaço livre da escola não há documentos para manuseio, ou seja, destinados a consulta em local apropriado para tal. Aqui levanta-se uma questão pertinente, que não é objecto deste estudo, que pode ser respondida a partir da experiência acumulada e se refere ao facto de o centro de recursos da escola não estar habilitado a dar resposta a este tipo de situações, não só porque não foram previstas como se tornariam talvez pesadas para as condições físicas do espaço onde funciona. E na sala de alunos há condições para que isso aconteça, ainda que de modo informal.

25

Em tempos foi instituída uma associação que entretanto não tem funcionado de forma regular desde 2007, daqui resultando que os representantes dos pais e encarregados de educação nos órgãos de gestão e administração se faça por via de eleição entre os representantes daqueles em cada uma das turmas do ensino regular diurno Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

52


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Não existem é condições de infra-estruturas de apoio a arquivo documental dinâmico para os fluxos informacionais e de apoio em recursos humanos, questão que será abordada quando nos referirmos à sala de professores e à sua gestão de informação. Não há, igualmente, documentos classificados no nível -, o que é significativo. Por um lado temos, de acordo com as distribuições anteriormente referidas, o facto de estarmos

perante

documentos

que

resultam

de

um

processo

ou

procedimento

administrativo, editados e expostos como tal, por outro lado temos de reafirmar que a infraestruturação do átrio do pavilhão D concorre, em muito, para este resultado. Realça-se que é o classificador localização que em conjugação com o classificador acessibilidade que objectiva a qualidade acima da média, já no patamar inferior do intervalo da qualificação boa, pois se nos ativermos à legibilidade e ao tratamento gráfico a qualificação é meramente regular. Temos 71,8 % de qualificação boa no classificador localização e 59,4 % no classificador acessibilidade e quanto à qualificação média obtivemos 78,1 % no classificador legibilidade e 93,8 % no de tratamento gráfico. A distribuição das médias dos documentos pelas classes de qualificação e a média global do classificador suporte podem ser consultadas na figura abaixo.

Figura 35a Tabela de distribuição das médias dos documentos por níveis e média global na categoria suporte

nível nível = nível + média

média suporte 0 13 19 2,40

Considera-se que não há homogeneidade na classificação média da categoria suporte pois temos 59,4 % de qualificação boa e isto é o reflexo da exposição de informação tal como foi editada e produzida, mesmo levando em linha de conta que há documentos que são reproduções fotocopiadas de originais. Na categoria conteúdo temos:

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

53


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Figura 36 Tabela de distribuição das classificações dos descritores por níveis e média de cada descritor, na categoria conteúdo actualidade nível nível = nível + média

1 4 27 2,81

pertinência 1 3 28 2,84

relevância 1 3 28 2,84

A primeira nota vai para o facto de termos um documento classificado com nível – para o qual talvez tenhamos sido demasiados severos pois trata-se de um horário de uma turma de um curso nocturno, do ano lectivo corrente. A questão colocou-se pois, quando se qualificou o documento, considerou-se a extemporaneidade de exposição na data em que foi registado, isto é, a sua actualidade é negativa dado as actividades lectivas já estarem concluídas há muito, pelo menos duas semanas e quanto à pertinência ela repercute-se em função da oportunidade com o tempo, sucedendo o mesmo com a relevância. Este é o único caso, em espaço livre, que parece levantar mais dúvidas pois quando abordámos a sala de professores deparámo-nos com várias situações e elas foram dirimidas com maior senso, apesar das dúvidas suscitadas. A qualificação boa é apanágio da categoria conteúdo pois temos 84,4 % no classificador actualidade e 87,5 nos restantes dois classificadores, levando a média de cada um deles para o patamar intermédio do intervalo de nível +. Temos, assim, uma classe homogénea de classificações boas nesta categoria, ao contrário do que acontece na categoria suporte. Ocorre-nos que a localização maioritária no pavilhão D dos documentos em espaço livre ajude a média de análise dos factores intrínsecos do suporte físico, enquadrados no campo visual sem excepção, a contrabalançar a média da categoria suporte projectando-a para o tal limiar superior do segundo intervalo, mesmo considerando as classificações medianas dos factores que se prendem com a análise visuo-comunicacional do documento. O mesmo não sucede com a análise da categoria conteúdo que parece enquadrar muito bem o âmbito dos documentos para o público a que se destina, ou seja, estão no tempo certo com temas de aceitação focalizada. Quanto às distribuições das médias dos documentos e à média da categoria conteúdo temos:

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

54


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Figura 37 Tabela de distribuição das médias dos documentos por níveis e média global na categoria conteúdo

nível nível = nível + média

média conteúdo 1 3 28 2,83

Obtivemos uma classificação no intervalo superior com uma distribuição acentuada, de 87,5 %, no nível +. Marca-se assim a diferença entre a qualidade visuo-gráfica mediana com um nível superior da qualidade informacional dos documentos.

Análise respeitante ao espaço restrito da escola

Percebemos que os documentos expostos na sala de professores, em número de 72, representam 69,2 % do total dos registos. Portanto em muito maior número do que seria expectável acontecer se comparado com o espaço de divulgação pública, até porque o número de professores, a rondar os 150, é cerca de 8 vezes menos que o dos alunos, por exemplo. Se fossemos a considerar esta proporção a quantidade de documentos que deveriam estar expostos nos espaços livres teria de ser na ordem inversa da distribuição determinada. Haverá mais ou menos selecção de documentos a expor no espaço livre da escola? Haverá restrições do ponto de vista financeiro que obviem a maior exposição de informação no espaço público? Estas e outras questões já atrás colocadas não são para serem respondidas aqui pois saem do âmbito do trabalho, no entanto devem ser objecto de reflexão em ocasião oportuna. A questão de enquadramento do trabalho de levantamento que se colocou para o espaço livre sobre o período em que foi realizado o levantamento fotográfico e o registo individual dos documentos é agora retomada noutros termos. O final do ano lectivo não proporciona grandes movimentações nos documentos expostos e não é habitual haver uma “limpeza” nesta altura, logo os documentos registados não são uma novidade. Eis os documentos analisados.

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

55


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Figura 38 Tabela de documentos expostos em espaço restrito 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101

tipo documento

origem

público-alvo

data

espaço

temática

i io l i i l l l io io io io i i c c d c im d c a co io io i i io co co d im im arq arq arq arq arq arq arq arq arq arq im im im s s s c io i c f io io io c c io io i f io c io im a io c c c

e i i i i e e e i i e e e i e e i i i i e e e i i e i i e i i i i i i i i i i i i i i e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e i i i e i e e e

p ed ed p esc p p esc esc p p p p p p p p esc p p esc esc p p p esc esc p p p p esc esc p esc p p esc p p p esc p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p esc esc p p esc p esc p

n s n n n s s s s n n n s n s n n n n n n n s n s n n n n s n n n n n n n n n n n s n n n n n n n n n n n n s n n n n s s s n n n s n n n s n n

r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r

for ia ia add n l l l a cd f f da add da f h da h h da da da da c da da da da da d da log act ia f d n l act act est add log log log for for f for f cd add act act for for act add al da f act for i cal i al i f da da

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

56


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

A primeira constatação é de que temos somente 17 documentos datados, o que implica termos 76,4 % de documentos sem data e isto não é bom sinal se atendermos a que nestes se encontram tipos de documentos oficiais, 1 de legislação normas, 1 de carta ofício e 10 de informação oficial, segundo os classificadores, o que representa 16,7 % do total. Considere-se que existem 33 (45,8 %) documentos com proveniência interna. Registamos 9 arquivadores, 12,5 % do total, e a apreciação formal que deles se fez não é abonatória para o espírito que presidiu à sua institucionalização, ou seja, há um arquivador que está em conformidade com o objectivo com que foi criado pois é uma resenha das estatística do aproveitamento escolar dos alunos dos cursos diurnos, datado de 2008, e organizado por secções ciclos, anos de escolaridade e turmas, com as médias das disciplinas. Os restantes 8 arquivadores, 11,1 % do total, não são praticamente manuseados em termos de actualização e de organização o que diz bem do estado da gestão de informação que se faz (produz) na escola. Novamente a questão de haver ou não um plano de comunicação e gestão da informação na escola. A ela retomaremos mais tarde. Todos os tipos de documentos estão representados na sala de professores, ao contrário do que acontece no espaço livre da escola. A informação oficial surge com 17 documentos que correspondem a 23,6 %, 12 de informação geral que significam 16,7 %, 10 arquivadores que valem 13,9 % e 7 imagem correspondem a 9,72 %. O principal destinatário da informação são os professores com 53 documentos que representam 73,6 % do total, no entanto é de salientar que o destinatário Comunidade Escolar tem 17 documentos e eles são 23,6 % do total. Este pormenor é relevante se considerarmos que no espaço livre obtivemos referências a 22 documentos com o mesmo destinatário e temos referida uma percentagem significativa deles que não é do conhecimento público. Mais um mau sinal. Já quanto à temática observada nos documentos obtivemos referências a 18 de 21 classificadores, muito mais do que aconteceu no espaço livre da escola e nota-se uma igual concentração em quatro classificadores que não são, expectavelmente, os mesmos. Temos então 16 documentos no classificador divulgação actividades que representam 23,5 % do total, 8 no classificador formação docente (11,8 %) 7 em formulário e actividade sindical (10,3 % cada). Aqui temos que fazer notar o facto de 23,5 % destes documentos destinados à divulgação de actividades na escola se encontrar enclausurado em espaço restrito, ao Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

57


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

contrário do que seria de esperar pois só registámos 1 documento assim classificado em espaço livre. É evidente que nem todos os documentos são destinados à Comunidade Escolar, contabilizámos 7, o que significa 9,72 %, já que a maioria, 9 documentos (12,5 %), está destinada aos professores. De qualquer modo não é uma situação normal. E que resultados obtivemos nas categorias suporte e conteúdo? Vejamos. Primeiro a categoria suporte.

Figura 39 Tabela de distribuição das classificações dos descritores por níveis e média de cada descritor, na categoria suporte

nível nível = nível + média

localização

acessibilidade

legibilidade

tratamento gráfico

manuseio

3 54 15 2,17

39 29 4 1,51

10 37 15 2,08

1 39 22 2,34

9 14 0 1,61

A primeira constatação é a de que há dois classificadores com uma média global no patamar superior do intervalo de nível -. Um deles, o do manuseio, respeita a 10 arquivadores, 2 folhetos, 1 informação oficial que corresponde ao exemplar de consulta do projecto Educativo do Agrupamento de Escolas e outros, que estando afixados desordenadamente, são penalizados em termos de consulta normal. Quanto aos arquivadores temos a referir que 40 % deles não estão organizados senão pela ordem de entrada de documentos, relacionados com a formação docente, legislação o que neste caso é mau sinal, Assembleia de Escola e Conselho Pedagógico e outro de actividade sindical, e 20% estão vazios, um de assuntos diversos e outro, espante-se, relativo a actividade sindical, pelos vistos inexpressiva. Devidamente organizados estão 30 %, relativos ao Regulamento Interno da escola, o que é natural, o de estatística relativo aos resultados dos alunos em 2008 e um com toda a informação relacionada com a avaliação de desempenho docente, tema candente durante todo o ano lectivo, portanto pleno de oportunidade e relevância para o público-alvo Aqui estão considerados somente 23 documentos susceptíveis de consulta dos quais 14 (60,8 %) estão qualificados no nível =, não havendo registo de algum no nível +.

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

58


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Considerando o classificador acessibilidade já detectamos um conjunto de problemas que estão intimamente ligados ao espaço físico da sala e à disposição dos equipamentos no mesmo. Há problemas que foram objecto de um estudo de requalificação e ordenamento deste espaço e que não resolveram coisa nenhuma26. Veja-se o esquema já apresentado sobre os pontos de conflito na sala de professores, para se perceber o âmago do problema. Só um projecto de raiz pode solucionar a gestão dos pontos de conflito, ademais considerando que há uma afluência na sala em picos de horas, os intervalos das aulas, que pode chegar a 50 % do efectivo dos professores. Esta questão coloca-se com a mesma pertinência como que se coloca a da fraca adequação física do espaço livre de exposição informativa, com recurso, em excesso, a estruturas informais de apoio aos documentos, conforme já foi ilustrado nos registos fotográficos. Daí que encontremos na acessibilidade 39 (54,2 %) documentos adstritos ao nível – e só 4 (5,6 %) ao nível +. No classificador localização registamos 54 (75 %) documentos no nível = e 15 (20,8 %) no nível +, a puxar a média para cima tal como se verifica no classificador tratamento gráfico onde estão 39 (62,9 %) no nível = e 29 (35,5 %) no nível +. No da legibilidade a distribuição é mais harmónica à curva de Gauss onde 37 (51,4 %) documentos estão num nível médio e os outros distribuem-se por 20,8 % no nível + e os restantes 13,8 % no nível -. Quanto à categoria suporte obtivemos os seguintes resultados.

Figura 40 Tabela de distribuição das classificações dos descritores por níveis e média de cada descritor, na categoria suporte actualidade

nível nível = nível + média

16 36 13 1,95

pertinência

2 51 19 2,24

relevância

5 52 15 2,14

26

O projecto foi apresentado em Julho de 2008 mas só teve consequências na reorganização da sala de professores, pelo que a pretensão de dinamizar um projecto de gestão da informação não foi acolhida por quem de direito Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

59


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

A primeira observação vai para o classificador actualidade que apresenta uma distribuição gaussiana com as seguintes percentagens 24,6 %, 55,4 % e 20 % do nível inferior ao superior. Temos, portanto uma percentagem significativa de documentos desactualizados ou não conformes às de um qualquer acontecimento. Os outros dois classificadores apresentam uma distribuição centrada no nível = a tender para o superior, com 70,8 % e 26,4 % no de pertinência e 72,2 % e 20,8 % no de relevância. No seu conjunto considera-se uma marcada concentração no nível = quanto às distribuições e o que leva a que as médias se encontrem no patamar intermédio do intervalo de qualificação regular. Temos então documentos actualizados e adequados ao público-alvo, maioritariamente os professores. Façamos agora uma comparação entre as médias obtidas nas duas categorias em espaço livre e espaço restrito.

Figura 41 Gráfico de comparação das médias dos descritores da categoria suporte, em espaço livre e restrito

comparação das médias dos descritores da categoria suporte, em espaço livre e restrito manuseio

1,61

0,00

2,34 2,06

tratamento gráfico

1,51

acessibilidade

1,00

2,00

média suporte livre 2,59

2,17

localização 0,00

média suporte restrito

2,08 2,22

legibilidade

2,72 3,00

Verifica-se de imediato que só num classificador do espaço restrito se obtém uma média superior à do espaço restrito, o do tratamento gráfico, que encontra explicação no facto de haver expostos 12 cartazes (16,7 %) e 7 imagens (9,72 %), portanto documentos que foram objecto de edição gráfica específica.

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

60


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Esta situação não se verificou no espaço livre, conforme já registámos. O classificador manuseio não tem elementos de comparação pois no espaço livre não há documentos de consulta. Nos restantes classificadores o espaço livre leva vantagem pouco significativa no de legibilidade, mas a diferença acentua-se nos de acessibilidade e localização. O equilíbrio nas médias de legibilidade explica-se pelo facto de a maioria dos documentos expostos ser o resultado da edição e produção regular de um qualquer documento escrito, com algumas excepções. Mesmo considerando o factor cartazes, imagens e os arquivadores que não foram objectos de classificação neste domínio, a média do espaço restrito é inferior à do espaço livre. Voltamos ao problema de conflitos na sala de professores o que objectivou classificações mais baixas em variados documentos por questões que se prendem com obstáculos e problemas de acessibilidade, diminuindo a acuidade no campo visual.

Figura 42 Gráfico de comparação das médias dos descritores da categoria conteúdo, em espaço livre e restrito

comparação das médias dos descritores da categoria conteúdo, em espaço livre e restrito 2,14

relevância

2,84 2,24

pertinência

média conteúdo livre

1,95

actualidade

0,00

média conteúdo restrito 2,84

2,81 1,00

2,00

3,00

Na categoria conteúdo a vantagem na comparação vai toda para o espaço livre nos três classificadores com vantagens significativas e que já foram explicadas. A maior concentração temática e menor variedade de tipo de documentos expostos no espaço livre é uma das explicações, a que acresce o facto de 71,8 % destes estar direccionada à Comunidade Educativa e Comunidade Escolar.

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

61


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Mostra uma maior coerência de conjunto dos documentos expostos no espaço livre da escola.

Alguns elementos da análise de conjunto

Uma das preocupações que se nos colocou aquando do levantamento e registo dos documentos foi o de sabermos quantos deles estão ou não datados, não só este pormenor é importante como também o de perceber se a prática da escola é a de assinar, identificando a proveniência.

Figura 43 Gráfico dos documentos datados e não datados datação número de documentos com e sem data

36 sim não 68

Logo se verifica que há 80,9 % de documentos não datados e que só 19, 1 % estão em espaço livre, o que por um lado é bom sinal pois estamos perante uma exibição pública. No entanto não deixamos de salientar que grande parte deste correspondem a actos relacionados com o processo ensino/aprendizagem e a classificação dos alunos nos seus exames nacionais ou em provas internas, ou seja, estamos a falar de pautas que, necessariamente, estão assinadas e datadas. A proveniência da maior parte dos documentos que não estão assinados é subentendida, melhor, presumida. Esta situação não abona a favor das boas práticas que deviam ser apanágio da escola até por se considerar que muitos dos documentos têm origem interna, 55,8 %, que a maioria deles está na sala de professores e que resultam de necessidades decorrentes do processo de gestão organizacional.

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

62


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Figura 44 Gráfico de documentos segundo a origem origem dos documentos número de documentos por origem

46 interno externo 58

Figura 45 Tabela de identificação dos documentos não datados em espaço livre 3 7 8 9 10 12 13 14 15 16 22 25 26

tipo documento

origem

público-alvo

data

espaço

temática

io io io io io io io io io io io io io

i i i i i e i e e i i i i

esc esc esc a esc a esc a a a a esc a

n n n n n n n n n n n n n

l l l l l l l l l l l l l

i i i i cal e cal n cal as n e e

A não datação em espaço livre corresponde a documentos do classificador informação oficial (100 %) e são maioritariamente de origem interna 76,9 %, referentes a 3 do classificador calendário, a 1 do de normas escola e a 4 do de informação administrativa. Já no espaço restrito a situação é mais variada pois não se espera a datação dos arquivadores e das imagens expostas que são 42,4 % do total de 33 documentos com proveniência interna. Isto reforça o que já foi dito sobre as boas práticas na escola e não nos parece que a questão seja despicienda, não só porque não se reflecte como exemplo na Comunidade Educativa como não possibilita o controlo formal para se poder trabalhar com indicadores de desempenho na escola, não que eles já existam mas porque se prevê a necessidade de com eles vir a trabalhar. Confira-se a tabela seguinte.

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

63


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Figura 46 Tabela de identificação dos documentos não datados em espaço restrito 30 32 33 34 39 40 41 43 45 46 47 48 49 50 51 53 55 56 57 58 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 85 86 87 88 92 93 94 96 97 98 100 101

tipo documento

origem

público-alvo

data

espaço

temática

i l i i io io io i c d c im d c a io i i io co d im im arq arq arq arq arq arq arq arq arq im im im s s s c io i c f io io c c f io c im a io c c

e i i i i e e i e i i i i e e i e i i e i i i i i i i i i i i i e e e e e e e e e e e e e e e e e i i e i e e

p ed p esc p p p p p p esc p p esc esc p esc esc p p p esc esc p esc p p esc p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p esc p p esc esc p

n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n

r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r

for ia add n cd f f add f h da h h da da da da da da da d da log act ia f d n l act act add log log log for for f for f cd add act for for act add act for i i al i da da

A distribuição global dos documentos pelos classificadores da categoria tipo documento mostra uma concentração no da informação oficial o que representa 44,2 % do total, vindo o sindical com 11,5 %, o arquivador com 9,6 % e o informação geral com 8,7 %. Do classificador informação oficial temos 36,9 % no espaço livre da escola o que é manifestamente pouco dadas as características do documento e temos que considerar que

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

64


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

47,8 % do total se destina à Comunidade Escolar, apesar de só 6,5 % se encontrar em espaço restrito. Os quatro classificadores referidos, 36,3 % do total dos mesmos, representam mais de 50 % da informação em 11 classificadores, logo a distribuição não é homogénea.

Figura 47 Gráfico de distribuição dos documentos pelos classificadores da categoria tipo documento tipo de documentos número de documentos por tipologia sindical arquivador 2

7

3

3

10

12

anúncios

2 9

informação geral informação oficial carta ofício

7

legislação normas 3

cartaz 46

folheto imagem diversos

O público-alvo dos documentos está dividido por 7 classificadores e detectámos que dois deles não têm documentos registados, auxiliares e funcionários, que a distribuição é desigual e concentrada em dois deles, professores com 53 (51 %) e Comunidade Escolar com 39 (37,5 %), a que acresce o do alunos com 9 (8,6 %). Assim se compreende que haja mais documentos registados na sala de professores do que no espaço livre da escola e bem fizemos notar que existem 17 documentos (16,3 %) que estando em espaço restrito deveriam estar expostos em espaço público pois são dirigidos à Comunidade Escolar, tal como acontece com outros 2 (1,9 %) que o são à Comunidade Educativa. Atente-se no gráfico seguinte.

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

65


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Figura 48 Gráfico de distribuição dos documentos pelos classificadores da categoria públicoalvo público alvo número de documentos por destinatário

comunidade educativa

03 39

comunidade escolar encarregados educação alunos professores

53 9

0

auxiliares funcionários

Quanto à distribuição na categoria temática verificamos que temos dois classificadores com 17 documentos no de divulgação actividades (16,3 %) e 14 no de informação administrativa, sendo que só 1 de divulgação actividades está exposto em espaço livre e que 8 (47,1 %) se dirigem à Comunidade Escolar e estão em espaço restrito. Ao passo que dos 14 de informação administrativa só 3 (21,4 %) estão em espaço restrito mas 2 deles (66,7 %) deveriam estar em espaço público, pois são dirigidos à Comunidade Escolar. A distribuição nos restantes classificadores já é mais homogénea e não encontramos um que não tenha pelo menos um documento registado, o que diz bem da variedade temática, bastante mais vincada na sala de professores como já referimos. Confira-se no gráfico a seguir apresentado.

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

66


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Figura 49 Gráfico de distribuição dos documentos pelos classificadores da categoria temática tipo de conteúdo número de documentos pelos classificadores temática instrumentos autonomia informação administrativa estatística logótipo anúncios avaliação docente humor diversos 11 2

5

8

3

14

legislação 1

17

8

4

1

7

7

4

5

4 2

2

5 3

condição estudante actividade sindical formulários acesso superior calendário normas escola divulgação actividades actas reuniões convocatórias carreira docente formação notas alunos

Quanto às médias globais dos descritores das categoria suporte e conteúdo o que é que temos? Vejamos os gráficos seguintes. Eles só vêm reforçar muitas das afirmações feitas sobre a apreciação produzida à informação exposta, quer em espaço público quer no espaço restrito a sala de professores. Quanto à categoria suporte. Encontramos o classificador localização com uma média no limiar inferior do intervalo de qualificação boa fruto do desempenho dos documentos expostos no espaço livre, a do tratamento gráfico no limiar superior do intervalo de qualificação regular e as restantes médias encontram-se no na média do intervalo de qualificação regular. O desempenho dos documentos expostos na sala de professores é o maior responsável pelos valores mais baixos verificados nos classificadores manuseio, acessibilidade e legibilidade.

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

67


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Figura 50 Gráfico das médias globais dos descritores da categoria suporte classificação dos suportes média das classificações por descritor manuseio

1,61

tratamento gráfico

2,24

legibilidade

2,13

acessibilidade

1,85

localização

2,34

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

E na categoria conteúdo? Encontramos médias no limiar inferior do intervalo do nível de qualificação boa fruto do melhor desempenho dos documentos expostos no espaço livre da escola, situação já referida atrás. Veja-se o gráfico seguinte.

Figura 51 Gráfico das médias globais dos descritores da categoria conteúdo

classificação do conteúdo média das classificações por descritor

relevância

2,36

2,42

pertinência

2,24

actualidade

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

As distribuições das classificações médias também podem ser observadas nos gráficos abaixo. Elas reforçam muito do que já foi dito até ao momento.

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

68


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Figura 52 Gráfico de distribuição das classificações médias dos documentos pelos níveis de qualificação, na categoria suporte descritores do suporte número de documentos por nível em cada descritor manuseio

9

14 0

tratamento gráfico 1

69

24 nível -

legibilidade

10

62

nível =

22

nível + acessibilidade

39

42

localização 3

23

63

0

20

38 40

60

80

100

120

Figura 53 Gráfico de distribuição das classificações médias dos documentos pelos níveis de qualificação, na categoria conteúdo descritores do conteúdo número de documentos por nível em cada descritor

6

relevância

55

43 nível -

pertinência 3

54

nível =

47

nível + actualidade

17

0

40

20

40

40

60

80

100

120

É de destacar a quantidade de médias no nível de qualificação má no classificador acessibilidade 39 que representa um valor de 37,5 % e a de 17 no classificador actualidade que vale 16,3 %, fruto das classificações registadas nos documentos expostos na sala de professores. As restantes distribuições concentram-se mais no nível de qualificação regular na categoria suporte ao passo que há um relativo equilíbrio nas distribuição entre a qualificação regular e a boa na categoria conteúdo, aqui fruto das médias alcançadas pelos documentos expostos em espaço livre.

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

69


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

E as médias globais das categorias suporte e conteúdo e respectivas distribuições pelos níveis de qualificação? Atente-se nos gráficos seguintes.

Figura 54 Gráfico de comparação das médias das categorias com a média de apreciação global comparação das classificações médias classificações médias por classe e apreciação global

média global

2,21

média conteúdo

2,34

média suporte

2,12

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

Figura 55 Gráfico de distribuição das médias parcelares e global pelos níveis de qualificação apreciação parcelar e global número de documentos por nível de classificação

média global

7

56

41 nível -

média conteúdo

17

43

nível =

44

nível + média suporte

16

0

59

20

40

29

60

80

100

120

A média da categoria suporte, de todos os documentos, está no patamar superior do intervalo médio do nível de qualificação regular, tal como acontece com a média de apreciação global de todos os documentos. Já a média da categoria suporte está no limiar inferior do intervalo do nível de qualificação boa.

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

70


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Frutos de desempenhos diferentes, pois o espaço livre valorou a média conteúdo e o espaço restrito condicionou a média suporte, assim como a média de apreciação global. Como estamos a falar de médias verifiquemos os desvios encontrados nas suas várias hipóteses.

Figura 56 Tabelas de desvios das médias e de desvios acumulados médias

2,34

1,85

2,13

tratamento gráfico 2,24

variação para média do suporte variação para a média global

0,22 0,13

-0,27 -0,36

0,01 -0,08

0,13 0,04

desvio acumulado do suporte desvio acumulado do conteúdo desvio acumulado do global

-0,43 0,01 -0,48

localização acessibilidade legibilidade

manuseio

actualidade pertinência

relevância

1,61

2,24

2,42

2,36

-0,51 -0,60

-0,10 0,03

0,09 0,22

0,02 0,15

desvio da média global

média suporte 2,12

média conteúdo 2,34

-0,09

0,13

média global 2,21

Figura 57 Gráfico dos desvios dos descritores da categoria suporte para a média global suporte classificação do suporte desvio dos descritores para a média da classificações 0,40 0,30 0,20 0,10 0,00 -0,10 -0,20 -0,30 -0,40 -0,50 -0,60

0,22 0,13 0,01

-0,27 -0,51 localização

acessibilidade

legibilidade

tratamento gráfico

Figura 58 Gráfico dos desvios dos descritores da categoria conteúdo para a média global conteúdo

classificação do conteúdo desvio dos descritores para a média de classificações 0,15 0,09

0,10 0,05

0,02

0,00 -0,05 -0,10 -0,10 -0,15

actualidade

pertinência

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

71


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Figura 59 Gráfico dos desvios da média dos descritores para a média de apreciação global apreciação global desvio dos descritores para a média global 0,30

0,22

0,20 0,10

0,15

0,13 0,04

0,03

0,00 -0,10

-0,08

-0,20 -0,30 -0,40

-0,36

-0,50 -0,60 -0,70

-0,60 localização acessibilidade legibilidade tratamento manuseio gráfico

actualidade relevância pertinência

Figura 60 Variações dos desvios acumulados dos descritores para as médias das categoria suporte e conteúdo e para a média de apreciação global

média global

média conteúdo média suporte

desvios acumulados das médias dos descritores para as médias parcelares e global

-0,48

0,01

-0,43

-0,60

-0,50

-0,40

-0,30

-0,20

-0,10

0,00

0,10

Todos estes desvios encontram explicação em muitas das conclusões que atrás foram sendo produzidas e que agora são reforçadas em termos de imagem. Não há muitos comentários a fazer. Vamos agora apresentar uma leitura gráfica das comparações das médias das categorias suporte e conteúdo, dos espaços livre e restrito para as médias de cada categoria e para a média de apreciação global. Em espaço livre.

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

72


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Figura 61 Gráfico de comparação da média dos descritores da categoria suporte em espaço livre para a média global da categoria suporte comparação da média dos descritores em espaço livre com a média geral, da categoria suporte manuseio

1,61 0,00

tratamento gráfico

2,24 2,06

legibilidade

2,13 2,22

média descritores geral média descritores livre

1,85

acessibilidade

2,59 2,34 2,72

localização 0,00

1,00

2,00

3,00

Figura 62 Gráfico de comparação da média dos descritores da categoria conteúdo em espaço livre para a média global da categoria suporte comparação da média dos descritores em espaço livre com a média geral, da categoria conteúdo 2,36

relevância

2,84

2,84

média descritores conteúdo

2,24

actualidade

0,00

média descritores geral

2,42

pertinência

2,81 1,00

2,00

3,00

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

73


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Figura 63 Gráfico de comparação das médias das categorias suporte e conteúdo e média global em espaço livre com as médias globais comparação das médias de suporte, conteúdo e geral em espaço livre com as médias gerais globais 2,21

média global

2,58

médias geral

2,34

média conteúdo

2,83

médias livre

2,12 2,40

média suporte

0,00

1,00

2,00

3,00

Figura 64 Gráfico de comparação da média dos descritores da categoria suporte em espaço restrito para a média global da categoria suporte comparação da média dos descritores em espaço restrito com a média geral, na categoria suporte 1,61 1,61

manuseio

2,24 2,34

tratamento gráfico

média descritores restrito

1,85 1,51

acessibilidade

2,34 2,17

localização 0,00

médias descritores geral

2,13 2,08

legibilidade

1,00

2,00

3,00

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

74


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Figura 65 Gráfico de comparação da média dos descritores da categoria suporte em espaço restrito para a média global da categoria conteúdo comparação da média dos descritores em espaço restrito com a média geral, na categoria conteúdo 2,36 2,14

relevância

média descritores geral

2,42 2,24

pertinência

média descritores conteúdo

2,24 1,95

actualidade

0,00

1,00

2,00

3,00

Figura 66 Gráfico de comparação das médias das categorias suporte e conteúdo e média global em espaço restrito com as médias globais comparação das médias de suporte, conteúdo e geral em espaço restrito com as médias gerais globais 2,21 2,04

média global

médias restrito

2,12 1,99

média suporte

0,00

médias geral

2,34 2,12

média conteúdo

1,00

2,00

3,00

Finalmente deixamos uma leitura gráfica das comparações possíveis entre as médias das categorias suporte e conteúdo considerando os documentos expostos em espaço livre e em espaço restrito.

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

75


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Figura 67 Gráfico de comparação das médias dos descritores da categoria suporte em espaços livre e restrito comparação das médias dos descritores da categoria suporte, em espaço livre e restrito manuseio

1,61

0,00

2,34 2,06

tratamento gráfico

média suporte restrito

2,08 2,22

legibilidade 1,51

acessibilidade

2,59 2,17

localização 0,00

1,00

média suporte livre

2,00

2,72 3,00

Figura 68 Gráfico de comparação das médias dos descritores da categoria conteúdo em espaços livre e restrito comparação das médias dos descritores da categoria conteúdo, em espaço livre e restrito 2,14

relevância

2,84 2,24

pertinência

média conteúdo livre

1,95

actualidade

0,00

média conteúdo restrito 2,84

2,81 1,00

2,00

3,00

Encontramo-nos novamente na situação de deixar claras afirmações já produzidas e que graficamente confirmam as assumpções. Passemos a outras análises finas e vamos abordar a categoria temática e verificar o que acontece com a distribuição de alguns documentos. Atentemos no classificador divulgação actividades. Temos 17 documentos registados e detectámos 7 (41,2 %) dirigidos à Comunidade Escolar mas que estão expostos em espaço restrito, o que não deveria acontecer e destes há 3 (17,6 %) que são de origem exterior.

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

76


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

No entanto não podemos deixar de frisar que nestes documentos não há um que se diga ter importância relevante para obrigar a que estivesse exposto em espaço público. Apenas mais uma confirmação do muito que já foi sugerido sobre o dito plano de gestão da informação na escola e a falta dela.

Figura 69 Tabela de documentos de temática divulgação actividades 1 42 44 47 50 51 52 53 55 56 57 58 59 61 90 100 101

tipo documento

origem

público alvo

data

espaço

temática

io i c c c a co io i i io co co im io c c

i e e i e e e i e i i e i i e e e

esc p p esc esc esc p p esc esc p p p esc p esc p

s s s n n n s n n n n n s n s n n

l r r r r r r r r r r r r r r r r

da da da da da da da da da da da da da da da da da

Vejamos agora o classificador informação administrativa. Temos 14 documentos registados e somente 3 (21,4 %) estão na sala de professores e 2 deles (66,7 %) estão deslocados, ou seja, estão dirigidos à Comunidade Escolar e são do tipo cartaz e informação oficial, pelo que deveriam estar em espaço público.

Figura 70 Tabela de documentos de temática informação administrativa 3 5 6 7 8 9 28 29 94 96 98 102 103 104

tipo documento

origem

público alvo

data

espaço

temática

io io io io io io io io c im io io io io

i e i i i i i i i i i i i i

esc esc esc esc esc a esc a esc p esc esc esc esc

n s s n n n s s n n n s s s

l l l l l l l l r r r l l l

i i i i i i i i i i i i i i

Atentemos agora no classificador normas escola.

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

77


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

São 8 os documentos registados sendo 2 deles (25 %) expostos em espaço restrito mas estando dirigidos à Comunidade Escolar estão em local errado, contrariam aquilo que seria expectável, a exposição pública e ambos são de origem interna. Até porque um desses documentos é uma análise estatística aos resultados escolares dos alunos no final do ano lectivo de 2008. E no classificador instrumentos autonomia?

Figura 71 Tabela de documentos de temática instrumentos autonomia tipo documento

origem

público alvo

data

espaço

temática

io l arq

i i i

ed ed esc

s n n

r r r

ia ia ia

31 32 64

São 3 os documentos e temos 1 (33,3 %) dirigido à Comunidade Educativa e outros 2 (66,7 %) dirigidos à Comunidade Escolar, todos em espaço restrito quando deveria ser o contrário, portanto exposição pública, ademais considerando o conteúdo dos mesmos que versa tão só o Projecto Educativo do Agrupamento de Escolas e o Regulamento Interno do Agrupamento de Escolas e este é um duplicado, um em arquivador e o outro em modo de consulta exposta. Desta apresentação e discussão da informação recolhida e tratada não nos foi possível abordar todas as vertentes previstas, nomeadamente uma que teria bastante interesse sobre o ponto de vista da apreciação, documento a documento, à luz da Teoria da Gestalt. Isto era outro trabalho e a produzir em condições diversas das presentes. Dar-nos-ia uma perspectiva da relação do observador com a forma e a cor, no contexto de leitura e apreensão da informação em suporte escrito e gráfico. No entanto ficou-se com uma panorâmica global sobre o contexto de afixação de documentos em espaço público e restrito e tirámos algumas conclusões. As principais conclusões prendem-se com o facto de ser perceptível a não existência de um plano de comunicação na escola. Se se pode afirmar que a gestão dos fluxos de informação é feita de forma aleatória e dependente da necessidade do momento, verificou-se que o tratamento expositivo da maior parte dos documentos não obedece a qualquer tipo de regras, salvo raríssimas excepções. Vejamos então quais as conclusões relacionadas com o espaço expositivo. O espaço livre, espaço público de exposição documental da escola, está infraestruturado para tal função no pavilhão D e no átrio de entrada do pavilhão A mas não está

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

78


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

dimensionado para os fluxos de informação que ocorrem em períodos específicos dos trimestres lectivos. Não nos esqueçamos que esta escola tem uma concepção com cerca de trinta anos e à época não era expectável que a gestão de informação pudesse ser um núcleo central da actuação da escola, para além das necessidades formais que decorrem do processo ensino/aprendizagem e com o processo de gestão organizacional, mesmo não nos preocupando muito com as questões de accountability. Do mesmo modo podemos considerar que a sala de professores tem uma infraestrutura de suporte à informação mas que padece dos mesmos defeitos apontados ao espaço livre, a que acresce o facto de os equipamentos disponíveis na organização do espaço serem um factor de conflito quando estamos a considerar a circulação de pessoas, nomeadamente em picos de fluxos que ocorrem nos intervalos das aulas. Não se pode dizer que as áreas de circulação nos dois espaços seja a mais adequada à gestão de percursos diversos como a saída e entrada nos pavilhões e a consulta de informação ou o acesso aos serviços que a escola presta, principalmente no pavilhão D. A sala de professores deveria ser objecto de um projecto de requalificação. O local para afixar determinado documento não está pré-determinado, surge na maior parte das vezes em função do espaço disponível. Afixa-se sem cuidar muitas vezes do aspecto formal e estético do contexto, tanto faz estar direito como de esguelha, como se fixa com dois pionés ou com um, ou mais, como se isso não fizesse diferença no conjunto. São mais as atitudes implícitas e não estudadas que prejudicam a avaliação que se faça à informação exposta. Claro que não é neutra a atitude de informar nem a maneira de informar, mas um mínimo de regras ajudaria a tornear um problema de qualidade informacional, se considerarmos o suporte e a adequação de conteúdos aos públicos-alvo. Também sabemos que informação é poder. E podemos ilustrar com um pequeno exemplo daquilo que é uma boa prática mas mal dirigida – o centro de recursos da escola publica mensalmente uma estatística das frequências de requisição de livros para todos os anos dos 2º e 3º ciclos e secundário e afixa-a na sala de professores. A questão que se coloca é: são ou não os alunos, e por via indirecta os encarregados de educação, o público-alvo desta publicação? Então porquê na sala de professores? Este exemplo ilustra muito do que é a prática normal na escola (será em todas?). Uma proposta que poderia ser feita à escola era a de encontrar um parceria que colocasse na galeria da escola uns quatro ou cinco expositores de exterior, como aqueles Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

79


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

que a JCDecaux tem espalhados por vários pontos da cidade de Lisboa, para descongestionar os acessos do pavilhão administrativo e o dos alunos. Este era um primeiro passo e talvez não muito oneroso e complicado, que ajudaria a descongestionar os pontos de conflito de circulação e acesso no espaço público. O segundo passo passaria por criar um grupo de gestão dos fluxos de informação que para além de fixar normas específicas relativas ao local e acto de afixar documentos, tivesse responsabilidade na actualização e limpeza dos espaços.

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

80


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Conclusão

Este trabalho permitiu-nos analisar e aprofundar os nossos conhecimentos sobre a informação, apesar de não termos abordado todos o aspectos, não por que não fossem, por nós, considerados importantes, mas porque a nossa atenção focalizou-se, por excelência, na informação, que normalmente, aparece nas escolas e a forma como se lida com ela, de acordo com descritores explicitados no trabalho. Por outro lado, chegámos a determinadas conclusões, das quais destacamos as seguintes:

A informação conduz à comunicação. Não basta informar, é preciso comunicar a informação e recorrer aos mecanismos mais adequados, consoante o tipo de informação que se quer transmitir e os seus destinatários;

A informação tem um valor polissémico;

A comunicação estabelece uma relação de proximidade, provoca interacção;

A informação manipulada condiciona a opinião dos receptores;

Em cada acto de comunicação existe um conjunto de circunstâncias, de carácter físico ou sensorial que determina a qualidade da informação;

A informação deve ser comunicada, deve ter uma fonte e um destino distintos no espaço e no tempo, onde se forma o elo que os une e que constitui o canal de comunicação. Para que a mensagem circule é necessário reduzi-la a sinais adequados a essa transmissão, ou seja à codificação.

Por outro lado colocamos algumas questões que, na nossa opinião, deveriam merecer a atenção dos que têm maior responsabilidade nas escolas/organizações no que respeita à informação e comunicação. Será que documentos que constituem a identidade da escola, como o Projecto Educativo, Projecto Curricular de Escola e Regulamento Interno, não deveriam estar acessíveis aos elementos da comunidade escolar e a alguns membros da comunidade educativa? De acordo com os critérios, geralmente utilizados, a informação não assumirá um carácter redutor? Documentação, pouco pertinente, ou desactualizada não deveria ser devidamente arquivada?

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

81


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Provavelmente, nas escolas impunha-se que alguém assumisse funções nestes domínios, evitando que existisse um sentimento generalizado, que se traduz na ideia de que existe informação, mas não colocada à disposição dos principais destinatários de forma criteriosa. Finalmente, apesar de constituirmos um grupo, queremos referir o trabalho minucioso do Luís, que revelou um extremo cuidado na forma com tratou a informação, quer através das fotografias, quer pelos tratamentos gráfico e estatístico dos dados recolhidos, o que constitui, sem dúvida, uma mais-valia reconhecida pelos outros elementos do grupo.

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

82


Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores

Referências bibliográficas

Areal, Zita, (2002). Visualmente 7/8/9, Areal Editores Bardin, Laurence, (2008). Análise e Conteúdo, Edições 70 Breton, Phllippe, (1992). A Utopia da Comunicação, Instituto Piaget Jardim, António. (1978). O Signo, o Comunicado, o Código. Introdução à Linguístuica Teórica, Livraria Almedina Lage, Alexandra e Dias, Susana, (2001). Teoria do Design, desígnio, Porto Editora Modesto, António e outros (2002), Manual de Educação Visual, Porto Editora Rocha, Carlos Sousa, (1995). Teoria do Design, Plátano Editora Trindade, Armando Rocha, (1990). Universidade Aberta

www.dm.com.br/. , 04 de Outubro de 2009 www.yellowlantern.wordpress.com, 04 de Outubro de 2009

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4

83


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.