IOM em Revista - Ed. 8

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SUMÁRIO

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Editorial O Instituto Dicas de Saúde Convidado Especial Quem Faz o IOM Mitos e Verdades

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Artigo Saúde Ocular Curiosidades Por Dentro do IOM Mais Esclarecimento e Menos Receio Acontece no IOM

EXPEDIENTE avenida comendador palmeira, 122, Farol – Maceió – al. cep: 57051-150 - tel.: (82) 2126-3600

www.iom-al.com.br diretoria

Jornalistas

produção

responsável técnico

Diretor-Geral Dr. allan teixeira barbosa

Márcia asevedo

Selles & henning Comunicação integrada

Dr. allan teixeira barbosa

34423/rJ

crM 2229

Diretor Médico Dr. carlos paes crM 200

aline Ferreira 35448/rJ

Felipe lima

estagiário de Jornalismo

Projeto Gráfico luiz Felipe beca Diagramação luiz Felipe beca

PLANOS DE SAÚDE CREDENCIADOS

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crM 2229


Editorial Bons investimentos geram

excelentes resultados!

Para falar um pouco mais sobre investimento, esta edição traz algumas matérias que retratam tal preocupação do IOM. O setor Gestão de Pessoas é o link entre empresa e funcionários: a partir das ideias discutidas, são elaboradas atividades de acordo com as demandas existentes, como o direcionamento de metas e objetivos que mantêm a essência da empresa. Na seção Quem faz o IOM vamos mostrar um pouco sobre o setor de pessoas e seus projetos. Ainda sobre o tema valorização de pessoas, o Programa Colaborador Talento está em sua primeira edição, e fizemos uma matéria explicando toda a dinâmica dessa premiação que chegou para motivar os colaboradores do IOM; leia na seção Por dentro do IOM. Faz parte do investimento em motivação a qualidade fornecida para o desenvolvimento de cada função. A tecnologia tem ditado o nível de qualificação de serviços de saúde, e o IOM se mantém ligado nas novidades. O Pentacam é um importante equipamento para realização de exames oftalmológicos, saiba um pouco mais sobre o assunto em O Instituto.

Dr. Allan Teixeira Barbosa Diretor-Geral

Mas, além de tantos acontecimentos, vamos levar até você informações preciosas que podem ajudar na prevenção e tratamento de problemas oculares. Como um artigo sobre retinose pigmentar, já ouviu falar sobre isso? Ainda mais, vamos esclarecer pontos sobre anestesia em procedimentos oftalmológicos em Mais esclarecimentos e menos receio. Vale a pena passar para a próxima página e saber mais sobre o que o Instituto de Olhos tem feito para atingir objetivos que redundam no melhor atendimento para você!

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O Instituto por Felipe liMa _

Pentacam (Oculus): nova tecnologia adQuirida pelo iom

o

Instituo de Olhos de Maceió (IOM) está sempre disposto a proporcionar o que há de mais moderno e inovador no mercado oftalmológico. Portanto, a nova aquisição tecnológica de 2015 é o aparelho Pentacam (Oculus). Um equipamento que realiza tomografia do segmento anterior do olho (córnea, câmara anterior, cristalino) com a ajuda de uma câmera fotográfica rotatória e um sistema diferenciado (o Sheimpflug). Com ele é possível fazer variados registros fotográficos em alta resolução. O aparelho também tem outras funções na leitura do segmento anterior:

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• Capturar imagens detalhadas da superfície anterior da córnea até a face posterior do cristalino; • Capturar imagens em 3-D da câmara anterior, informando: as medidas do ângulo, o volume e sua profundidade; • Fazer a topografia da córnea de limbo a limbo, o que resulta na análise de 2500 pontos (possibilitando a construção dos mapas: axial, tangencial, paquimétrico e de elevação anterior e posterior); • Informar a densidade do cristalino, avaliando seu grau de opacidade; • Informar as principais características da córnea, como excentricidade, astigmatismo e o raio de curvatura central. todo esse processo é realiZado pelo eQuipamento em menos de dois segundos!

O exame feito com Pentacam é recomendado para acompanhamentos oftalmológicos de pacientes com problemas oculares, como: astigamtismo e ectasia (distensão/ dilatação), também conhecida como predisposição corneana (referente a sinais semiológicos sugestivos de ectásia, de antecedente familiar que possui algum tipo de ectasia e ceratoconjuntivite alérgica). O exame também é solicitado em pacientes que precisam de uma avaliação mais objetiva para ajudar a revelar outros diagnósticos: avalia pacientes candidatos à cirurgia refrativa; avalia a opacidade do cristalino referente à catarata; avalia as 4

características do ângulo da câmara anterior para classificar o tipo de glaucoma; fornece dados para iniciar uma boa adaptação de lentes de contato, entre outras funções. A Dra. Martina Barbosa, especialista em córnea, falou sobre o que o Pentacam representa em relação à importância dos resultados em pacientes que precisam deste tipo de exame. “Além de proporcionar um acompanhamento mais estável, como nos casos de ectasia, o exame também oferece uma seleção mais segura para pacientes que serão submetidos à cirurgia refrativa e ainda auxilia na indicação de cirurgias de catarata”, informou a especialista.


Dicas de Saúde

Como prevenir e identificar

por Márcia Asevedo _

a contaminação por doenças respiratórias?

A

melhor forma de reduzir os riscos de contágio de doenças respiratórias transmissíveis, como gripes e resfriados, é adotar bons hábitos de higiene, como: lavar as mãos com frequência, utilizar lenços de papel descartáveis para higiene nasal, cobrir o nariz e a boca quando espirrar ou tossir, evitar compartilhar objetos de uso pessoal e ambientes com alta concentração de pessoas. A vacinação também é uma importante ação na prevenção da gripe, mas também não dispensa as medidas básicas de proteção citadas. Os sintomas da gripe e do resfriado, muitas vezes, acabam confundindo o infectado. Mas, ainda que sejam parecidas, tais doenças são causadas por vírus diferentes e a recuperação de cada uma é distinta. A gripe – a influenza sazonal – é uma doença respiratória aguda provocada pelo vírus influenza, podendo ser contraída por meio da respiração, gotículas de saliva, tosse e espirro e/ou indireta, no caso de contato com superfícies contaminadas: corrimão, torneira e maçaneta. Em média, a gripe dura até uma semana e os sintomas são: febre acima dos 37 graus, congestão nasal, tosse, dor de garganta, dores musculares, dores nas articulações e coriza. Geralmente, se manifestam a partir de dois dias após o contágio.

O resfriado, frequentemente confundido com gripe, é uma doença respiratória causada por diversos vírus, os mais comuns deles são: rinovírus, influenza e o vírus incicial respiratório (RSV), que afeta principalmente crianças. Apesar de serem parecidos com a gripe, os sintomas do resfriado são mais brandos e menos duradouros, entre dois a quatro dias: tosse, congestão nasal, coriza, dor no corpo e dor leve de garganta.

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Vale lembrar que essas informações não substituem a consulta médica. Ao apresentar os sintomas descritos, é fundamental procurar um médico para avaliação e recomendações.

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Convidado Especial por Márcia Asevedo _

O Conselho Brasileiro de Oftalmologia na luta para

diminuir a cegueira evitável no Brasil

A

revista do IOM entrevistou o presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), Dr. Milton Ruiz Alves, que falou um pouco do que tem sido feito para diminuir as estatísticas de cegueira evitável no Brasil. O CBO é a principal entidade representativa dos médicos oftalmologistas no país e sua missão é promover a saúde visual e ocular da população, desenvolvendo várias ações para o aprimoramento técnico e científico da especialidade. 6

Qual a ação do CBO para a realização de programas de atenção à saúde ocular na população adulta e pediátrica para detectar erros de refração não corrigidos (a 2ª causa mais comum de cegueira evitável)? O CBO está propondo ao Ministério da Saúde e MEC que os alunos previamente identificados nas suas escolas pelos seus professores com problemas visuais sejam submetidos ao exame oftalmológico, incluindo exame de refração nas suas próprias escolas (por médicos oftalmologistas), e uma vez identificada a necessidade de uso de óculos, o aviamento e o seu fornecimento ocorrerão no mesmo momento da avaliação oftalmológica (o óptico monta os óculos a partir de armações e lentes prontas). Os alunos identificados com outros problemas oftalmológicos terão a garantia de referência para serviços especializados em Oftalmologia, no âmbito do Serviço Único de Saúde (SUS). Para a sua operacionalização, uma equipe multidisciplinar (médico oftalmologista, agente de saúde e óptico) com equipamento acomodado em mala ou mochilão percorrerá as escolas e nelas examinará os escolares, prescreverá e entregará os óculos prescritos sem demora. O CBO está propondo nas áreas carentes o uso de unidades móveis para a avaliação dos indivíduos com 15 ou mais anos de idade que apresentam dificuldades visuais, particularmente aqueles acima de 40-50 anos de idade; representa boa oportunidade para a identificação de outras condições que podem levar à cegueira, como catarata, glaucoma e retinopatia diabética. Além dessas propostas, a organização de centros ou unidades oftalmológicas de alto fluxo nas grandes cidades para exame oftalmológico incluindo exame de refração pelo médico oftalmologista. Estas unidades deverão estar alinhadas com as políticas de saúde do MS e localizadas de acordo com as regionais de saúde.


Quais resultados efetivos para a população brasileira o Projeto Olhar Brasil proporcionou? Como foram percebidos esses resultados? O Programa “Olhar Brasil” trouxe uma estruturação necessária ao atendimento oftalmológico, principalmente para os escolares, representando um avanço na qualidade do atendimento em massa inaugurado pelas diversas campanhas desenvolvidas pelo CBO como “Veja bem Brasil” e “Olho no Olho”. O CBO quer transformar essa experiência de sucesso em modelo de desenvolvimento de Atenção Primária em Oftalmologia. Hoje ninguém aceita que um escolar do ensino fundamental deixe de ter a sua visão avaliada, e quando necessário deixe de ter a correção de seu erro de refração realizada pelo médico oftalmologista e o acesso aos óculos fornecido pelo programa.

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O que representa, na prática, para a população mundial, a aprovação do Plano Global para Prevenção da Cegueira Evitável e Deficiência Visual 2014-2019? O que efetivamente mudou desde a aprovação (2013) até os dias atuais? Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2010, mais de 26 milhões de pessoas na Região das Américas sofriam de algum impedimento visual, com mais de três milhões cegas, das quais cerca de 80% dos casos poderiam ter sido evitados. Graças à execução de programas de prevenção da cegueira na Região, a prevalência da cegueira e das deficiências visuais tem diminuído. No entanto, ainda, a catarata não operada continua sendo a causa mais importante de cegueira e os erros de refração não corrigidos continuam sendo a causa principal de impedimento visual. O conjunto de ações que o CBO protocolou junto ao MS e que compõem o Programa “Mais Acesso à Saúde Ocular” busca reduzir a espera por consulta oftalmológica, diminuir a cegueira e o impedimento visual causado por falta de correção óptica. Segundo o MS, o Programa “Mais Especialidades Oftalmologia” deverá inicialmente focar também em catarata, glaucoma, retinopatia diabética e erros de refração não corrigidos.

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), de 2014, apontam que cerca de 285 milhões de pessoas em todo mundo possuem alguma deficiência visual. Desse total, 14% – cerca de 39 milhões de pessoas – são cegas. Segundo a OMS, 80% dos casos poderiam ser evitados por meio de cirurgia ou prevenção.

Fonte: Universidade Aberta do SUS (UMA-SUS) – Governo Federal

Para facilitar a execução de novas políticas de saúde ocular, o CBO tem gerado aproximação com o Legislativo por meio de ações, como o Fórum de Saúde Ocular. Qual tem sido a receptividade por parte de tais autoridades? O Legislativo reconhece e dá créditos ao CBO desde a década de 1990 quando desencadeou grandes campanhas comunitárias nacionais para detecção e tratamento de distúrbios visuais. Também, pelos quatro Fóruns Nacionais de Saúde Ocular e pelo seu envolvimento na elaboração e aprimoramento das ações do Programa Nacional de Atenção em Oftalmologia vigente, hoje carecendo de atualização e aprimoramento. Portanto, a receptividade no Legislativo, que já era boa, no momento político atual está excelente!

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Quem Faz o IOM por Aline Ferreira _

A importância do setor de Gestão de Pessoas:

o coração da empresa

É

muito comum compararmos as empresas com “organismos vivos” e equipararmos o seu funcionamento ao do corpo humano. Sob esta ótica, os funcionários são a alma da empresa e o setor de Gestão de Pessoas ou Recursos Humanos, o coração dela. O Instituto de Olhos de Maceió acredita que uma equipe integrada e alinhada com os valores da empresa faz toda a diferença. Criado há pouco mais de dois anos, o setor de Gestão de Pessoas do Instituto é supervisionado pela psicóloga e gestora Stella Leão. Ele tem como missão ser a ponte entre a direção e os colaboradores, alinhando estratégias, a fim de que todos

caminhem em prol de um objetivo comum. “O RH define a diretriz da organização por meio dos colaboradores, pois desenvolve, seleciona e qualifica pessoas e setores, trabalhando para equilibrar o racional e o emocional de uma empresa. Sendo também o principal responsável pela identificação e desenvolvimento de talentos dentro da empresa”, reforça Stella. Entre as atribuições executadas, estão: recrutamento e seleção de pessoas, treinamentos, reuniões, confraternização, pesquisa de satisfação, suporte quanto às necessidades da empresa, auxílio na resolução de conflitos, fechamento mensal de ponto, banco de horas, compra de vale-transporte etc.

Algumas das metas e

projetos para Manual do Colaborador: no qual podem ser encontradas informações como a história do IOM, os setores que a empresa atua, além dos direitos e deveres do Instituto e seus colaboradores; Projeto Crescer: objetiva integrar os setores, identificar conflitos e conscientizar os colaboradores da importância do trabalho em equipe. O Projeto tem duração de, no mínimo, seis encontros de 2h. Iniciado no ano passado, foi realizado pela primeira vez com o setor do SUS, e este ano a ideia é realizar com os setores de Faturamento e Recepção; Projeto Fique Atento: em fase de implantação, visa a promover o conhecimento e aumentar o interesse dos colaboradores no próprio crescimento profissional. A ideia é que os funcionários apresentem as palestras uns para os outros sobre diversos temas relacionados ao mercado de trabalho; 8

2015

Área de vivência para os colaboradores: local onde os colaboradores poderão descansar, nos intervalos do expediente. O projeto compreende uma sala de repouso, banheiros com armários e chuveiros, um refeitório e uma área de lazer. A planta está sendo elaborada e a previsão é de que a área esteja pronta em dois anos. Stella Leão fala que desde que entrou na empresa ficou admirada com a maneira com que a direção preza pelos funcionários, e desde então busca realizar projetos que aumentem cada vez mais essa visão do IOM: “Quando cheguei pude observar que esta é uma organização diferente das outras. Pois olha com cuidado e atenção para a satisfação de seus colaboradores. Diante disso, passei a buscar procedimentos dentro da empresa que estivessem sempre valorizando os colaboradores, e que estivessem em acordo com a visão. Esta foi a política que aprendi com o diretor do Instituto, Dr. Allan Teixeira Barbosa”, concluiu.


Mitos e Verdades por Márcia Asevedo _

Quando achamos que

não há dúvidas...

O

s cuidados com a visão começam com as informações corretas sobre questões que envolvem o cuidado com os olhos. Como forma de ajudar na prevenção da saúde ocular dos leitores desta publicação, seguem algumas verdades e mitos acerca do uso de lentes de contato e maquiagem.

Soro fisiológico é ideal para higienizar as lentes de contato. Mito. O soro fisiológico é ineficaz para higienização de lentes de contato porque não possui agentes de limpeza adequados para lubrificar e desinfetar o material. O ideal é utilizar apenas produtos específicos para limpar as lentes. Lentes de contato podem ser usadas na prática de esportes. Verdade. Na prática de esportes, as lentes de contato dão mais segurança e conforto aos usuários, pois não embaçam e nem se deslocam com facilidade. Além de proporcionar o melhor campo de visão periférica durante a prática. Lentes de contato não devem ser utilizadas em viagens de avião. Mito. Não há problemas em usar lentes de contato em viagens de avião. Porém, se o voo passar de 4 horas de viagem, é recomendável retirá-las, pois o ar que circula dentro do avião é muito seco. Com isso, as lentes podem deixar o usuário com sensação de olho seco, causando irritação e ardência nos olhos. Solicite ao oftalmologista um colírio lubrificante para usar sobre as lentes em viagens de avião.

Dormir sem remover cuidadosamente a maquiagem faz mal para os olhos. Verdade. A maquiagem dos olhos requer uma cuidadosa remoção e limpeza no local. Caso contrário, durante a noite podem entrar facilmente partículas de cosméticos nos olhos e provocar irritações. Não há problemas em aplicar a maquiagem usando as lentes de conato. Verdade. As lentes de contato devem ser colocadas antes de aplicar a maquiagem. Na hora de remover a maquiagem, é preciso tirar as lentes de contato primeiro. Usar maquiagem todos os dias faz com que as lágrimas sequem. Mito. A utilização de cosméticos na região dos olhos pode ser prejudicial apenas quando a maquiagem está com a data vencida.

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Importante

!

É fundamental estar em dia com a consulta ao oftalmologista, pois o diagnóstico dos sintomas previne problemas oculares. Este cuidado é necessário para manter a saúde dos olhos. Agende regularmente uma consulta preventiva e deixe que as situações diárias fiquem longe o suficiente do alcance dos olhos.

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Artigo por Dr. HoMero JosÉ De oliveira _

retina & vÍtreo Hospital Do olHo - rJ presiDente socieDaDe alaGoana De oFtalMoloGia 2015/2016

Retinose Pigmentar

a

Retinose Pigmentar (RP), também chamada por vários autores de Retinitis Pigmentosa, configura-se num dos maiores desafios para Oftalmologia mundial, posto se tratar de uma severa doença neurodegenerativa da retina, numa prevalência de 1 a cada 4000 pessoas, que se inicia com um quadro de “cegueira noturna”, também chamada de nictalopia – o paciente começa a ter muita dificuldade em enxergar em ambientes escuros e/ou com baixa luminosidade -, devido ao extenso dano dos bastonetes (células responsáveis pela visão nestas condições) e que, progressivamente, na maior parte dos casos, evolui para a formação de campo de visão tubular – o paciente enxerga como se tivesse vendo através de um “cano” (figura 1); podendo atingir, nas fases mais tardias, também os cones, que são as células mais especializadas da retina humana, situadas na área central da visão, numa região chamada de mácula e que desempenham a função da visão de cores, além dos detalhes mais finos das imagens, como a nitidez e o brilho destas (figura 2).

Figura 1 – Visão normal (à direita) e com retinose em estágio avançado (à esquerda).

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Há, progressivamente, a destruição da retina e de uma camada que fornece suporte nutricional e de proteção para esta, chamada de epitélio pigmentar da retina, levando à formação, nas fases mais tardias, de um sinal característico dessa doença, as “espículas ósseas” (figura 3).

Figura 2 – Retina normal. área macular (seta azul).

Figura 3 – Retinose Pigmentar avançada. “Espículas ósseas” (lesões negras) e acometimento macular.

As várias formas de acometimento e gravidade de cada caso dependem da idade de início, a taxa de progressão, a quantidade e a extensão da perda visual são frequentemente relacionadas ao modo de herança genética - existindo em torno de 40 genes ligados às formas dominantes e recessivas desta doença -, mas os casos esporádicos são o grupo mais comum, além de termos aqueles associados a algumas doenças sistêmicas. Muito já se evoluiu na Oftalmologia moderna e vários tipos de tratamento já foram propostos para tentar frear e até mesmo reverter esta entidade tão avassaladora e debilitante do ponto de vista visual, que é a RP, tais como a terapias nutricional e genética, o uso de suplementação com vitamina A e, recentemente, o uso do ácido valproico, que é uma medicação usada, majoritariamente, em crises convulsivas, mas também utilizada em transtornos bipolares e profilaxia para enxaqueca, mas os resultados ainda carecem de estudos clínicos com maior número de pacientes para que tenhamos deduções mais confiáveis e cientificamente válidas. Aqueles pacientes que evoluem para uma baixa visual mais profunda e incapacitante podem e devem ser avaliados quanto ao uso de recursos ópticos que maximizem o residual de visão, numa das subespecialidades da Oftalmologia, que é a Visão Subnormal. Dadas as várias formas de transmissão genética desta doença, costumeiramente encaminhamos nossos pacientes a procurar uma avaliação com um geneticista, a fim de que sejam orientados quanto ao padrão genético de seu caso e os cuidados de uma eventual gravidez, para que possam estar cientes das chances de transmissão a sua prole. Aguardamos para os próximos anos novidades, principalmente aquelas relacionadas ao estudo com transplante de células tronco e o implante de chips na retina, o que certamente poderão ser divisores de água para esses pacientes e suas famílias.

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Saúde Ocular por Felipe Lima _

Atividades ao ar livre em períodos

ocular

com temperatura alta podem

causar problema

A

Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO) informa que os períodos de temperatura alta exigem que os brasileiros tenham uma atenção redobrada com a saúde dos olhos. Assim como a pele, os olhos são partes sensíveis do corpo que ficam expostas aos perigos provocados pelos raios ultravioleta (UV), que podem causar vários problemas à saúde ocular. Por isso, é importante se proteger dos perigos e efeitos nocivos do sol, do mar, da areia da praia, do cloro da piscina e outros elementos relacionados, que facilitam ainda mais a manifestação de vírus e bactérias durante as atividades feitas ao ar livre. Pensando nisso, separamos alguns dos problemas oculares mais comuns em períodos de calor intenso, indicando principais sintomas e o melhor cuidado para aproveitar as práticas com mais tranquilidade e segurança. 12


Conjuntivite Doença ocular contagiosa que mais afeta as pessoas em períodos de temperatura alta, pois pode ser transmitida por meio de objetos contaminados, água do mar e da piscina, ambientes fechados com acúmulo de pessoas e contato direto de mãos sujas na região dos olhos. Os sintomas dos tipos bacteriana e viral são: inflamação nas pálpebras, olhos vermelhos e lacrimejados, secreções, coceira e sensação de fotofobia (sensibilidade à luz). Especialistas da SBO afirmam que o melhor tratamento para os tipos viral ou bacteriana é a aplicação de compressas de água filtrada local e, para prevenir, evitar esfregar ou coçar a região dos olhos, higienizar sempre as mãos e usar toalhas de uso próprio ou de papel para secar.

Pterígio

Doença ocular provocada por inflamação na córnea, causada por exposição prolongada dos olhos ao sol (superior a 6 horas), sem usar nenhum tipo de proteção. Os sintomas característicos são: sensação de areia nos olhos, vermelhidão e dor na região ocular. É recomendável procurar um oftalmologista rapidamente para que o profissional faça uma avaliação do caso, indicando tratamento adequado e confiável. A melhor maneira de evitar a manifestação da doença é usando: óculos de sol, viseiras, chapéu e boné.

“Essa alteração acontece devido à frequente exposição (ano após ano) dos olhos ao sol e à poeira, sem o uso de qualquer tipo de proteção durante essas ações.”

Fonte: socieDaDe brasileira De oFtalMoloGia

Ceratite actínica

É um desconforto ocular caracterizado pelo crescimento de uma massa vermelha fibrovascular localizada na membrana conjuntiva (que reveste o olho) em direção à córnea. Essa alteração acontece devido à frequente exposição (ano após ano) dos olhos ao sol e à poeira, sem o uso de qualquer tipo de proteção durante essas ações. O crescimento desta massa na membrana ocular é considerado um sintoma específico da doença. O tratamento para o pterígio dependerá de uma avaliação médica e do uso de acessórios preventivos.

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Curiosidades por Márcia Asevedo _

Como funciona

esse equipamento?

M

uitas vezes essa é uma pergunta que surge na mente de muitos pacientes, quando é pedido um exame mais específico. Procuramos um equipamento comum em exames de rotina.

Vamos falar um pouco mais sobre ele:

Para que serve um Tomógrafo Computadorizado? Este equipamento é um dos responsáveis por gerar imagens das estruturas humanas internas, sem que seja necessário abrir o paciente, ou seja, um diagnóstico por método não invasivo. O tomógrafo computadorizado é um dispositivo emissor de energia radiante que converte energia elétrica em raios x. A passagem dos raios x pelo corpo do paciente é registrada dando origem a imagens de diferentes estruturas. O sincronismo entre emissão dos raios x e o movimento da mesa permite a visualização de partes do nosso corpo nos planos: sagital, coronal e axial; a reconstrução de uma imagem pode ser feita em 3D.

Tomografia Computadorizada Multislice Nova tecnologia, também conhecida como multidetectores, permite a redução no tempo de acesso das imagens, além de melhor definição. Formas de exames: identificação e monitoramento de nódulos minúsculos localizados nos pulmões, endoscopia virtual, inclusive com imagens do intestino grosso (cólon), de forma também segmentar, permitindo a identificação de pequenos pólipos. E seu maior benefício foi a tomografia computadorizada das artérias coronárias. Tem atuação na área de cardiologia, na contribuição do diagnóstico de pacientes com doença coronariana que não sejam portadores de riscos tradicionais, como: hipertensão, diabetes e dislipidemia. Possibilita a imagem do coração, oferecendo um diagnóstico de sua anatomia e função do órgão.

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Por Dentro do IOM por Márcia aseveDo _

iom reconhece o potencial de seus colaBoradores

em evento com premiação

o

Programa Colaborador Talento está no rol de atividades direcionadas ao crescimento pessoal e profissional da equipe. Com esse nível de investimento em pessoas, obter bons resultados é uma consequência do trabalho realizado. Em julho de 2014, foi iniciado o Programa com a intenção de reconhecer a performance de seus colaboradores. Durante três meses (julho, agosto e setembro), os funcionários foram avaliados, e o processo foi baseado em critérios estabelecidos: pontualidade, relações interpessoais e qualidade nos serviços. Os gestores se reuniram e escolheram funcionários considerados exemplares – um ou mais –, no período analisado, que receberam pontuação relatada em um formulário. “No caso de empate, conversamos e avaliamos, dentro daquele período, aquele que mais se destacou”, explica a coordenadora de Recursos Humanos, Stella Leão. Assim é definido aquele que se sobressaiu nos meses de avaliação. O nome da colaboradora Josefa Lima de Araújo Ferreira, do setor de Faturamento, foi anunciado como Colaboradora Talento, em uma reunião com todos os funcionários. Ela recebeu um certificado, além de um prêmio. Como parte da homenagem, uma foto da homenageada foi colocada no refeitório do Instituto.

“{ “Foi muito emocionante porque na hora em que anunciamos, durante a reunião geral, todos os funcionários aplaudiram e gritaram de alegria. Eles adoraram a ideia, percebemos que ficaram na expectativa de quem será o próximo.” stella leão

coordenadora de rh

Funcionária do IOM desde 2001, Josefa Lima de Araujo Ferreira foi a primeira a receber o Prêmio Colaborador Talento. Nos 13 anos que trabalha no Instituto, já passou pelos setores de Administração, Recepção e, agora, trabalha como faturista. Após tantas oportunidades recebidas em sua trajetória, ela só tem a agradecer pelo reconhecimento por anos de colaboração: “Foi uma surpresa muito gratificante. É muito bom a gente saber que o nosso trabalho está sendo reconhecido. Que a gente vai servir de exemplo; foi assim que eu ouvi do próprio Dr. Alan. Estou orgulhosa e feliz!” 15


Mais Esclarecimento e Menos Receio por Aline Ferreira _

Anestesia em procedimentos oftalmol贸gicos:

o que devo saber?

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Q

“São muito raras as complicações anestésicas nas cirurgias oftalmológicas. Mas, dentre elas, podem acontecer: hematomas no local de punção, reações alérgicas, queda de pálpebra e infecção.”

{

uando se trata de anestesia, o assunto costuma gerar certa ansiedade em quem precisa se submeter a algum procedimento cirúrgico. Em grande parte, esses “medos” ocorrem por conta da falta de conhecimento das pessoas e devido aos mitos que cercam o tema. Segundo a Sociedade Brasileira de Anestesia (SBA), a anestesia é o estado total de ausência de dor e outras sensações de desconforto durante uma operação, exame diagnóstico ou curativo. Trata-se de um procedimento que visa bloquear temporariamente a capacidade que o cérebro tem de reconhecer estímulos dolorosos. A evolução da Medicina deixou a anestesia ainda mais eficaz e segura. De acordo, com o anestesiologista oftalmológico, Dr. Ernani Lino, existem três tipos de anestesias para os olhos: local com ou sem sedação (utilizada em exames ou procedimentos cirúrgicos na superfície do globo ocular é realizada com a aplicação de colírios anestésicos); bloqueio com sedação (colocação de anestésico local atrás ou ao lado do globo ocular, nesse procedimento, uma agulha pequena é introduzida no espaço entre o olho e os ossos da face que estão ao redor do olho); e anestesia geral (utilizada tanto para a realização de cirurgias intraoculares como extração de catarata, tratamento de glaucoma, retirada de corpo estranho do globo ocular, cirurgias de retina e vítreo, quanto para extraoculares como estrabismo). O Dr. Ernani considera que na maioria dos casos de cirurgias oftalmológicas, opta-se pela anestesia tópica (colírio anestésico) e o uso de medicamentos sedativos (calmantes) para o melhor conforto dos pacientes. Uma vez que esse tipo de anestesia permite boa analgesia com o mínimo de efeitos adversos, além de alta precoce. Vale lembrar, porém, que a escolha varia em cada caso, pois leva em consideração as condições físicas e psíquicas do paciente, além do o tipo e duração do procedimento, o regime do mesmo (ambulatorial ou internação) e as características do cirurgião. São muito raras as complicações anestésicas nas cirurgias oftalmológicas. Mas, dentre elas, podem acontecer: hematomas no local de punção, reações alérgicas, queda de pálpebra e infecção. “Quanto melhor for a avaliação pré-operatória, menor será o risco”, explica do Dr. Ernani.

A importância do anestesiologista Além de aplicar anestesia, o anestesiologista também atua como guardião do paciente, cuidando dele em três fases. No pré-operatório, ele verifica o estado de saúde, o histórico médico, o exame físico e as condições para que se realize a cirurgia da melhor forma possível. Durante o procedimento cirúrgico, ele controla os sinais vitais do paciente (a pressão arterial, pulso, ritmo cardíaco, respiração, temperatura e outras funções orgânicas), garantindo a segurança do paciente. E no pós, usa técnicas que diminuem a dor e auxiliam na recuperação. O Dr. Ernani dá a dica: “Conheça melhor os serviços que a clínica oferece e se possível conheça previamente o seu anestesista, assim você irá se sentir mais confiante e reduzirá o grau de ansiedade que o ato anestésico possa promover”, conclui.

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Acontece no IOM

#

IOM é um dos patrocinadores do evento

vemcaminhar por Aline Ferreira _

N

o dia 07 de março, às 07 horas da manhã, aconteceu na praia de Pajuçara, em Maceió, o evento #vem caminhar. Organizada por alguns colaboradores do Instituto – impulsionados pelo professor de educação física Alisson Henrique –, a caminhada visa a combater o sedentarismo e promover a maior qualidade de vida. O evento, que durou três horas, contou com a participação de mais de 60 pessoas, entre eles: funcionários, familiares e amigos. Na ocasião, os presentes puderam participar das seguintes atividades: alongamento, aula de zumba, jogos de competição, treino funcional e caminhada. Além disso, puderam desfrutar também de um delicioso café da manhã com frutas. Para a supervisora de atendimento e faturamento e uma das organizadoras do evento, Carla Bárbara Beltrão da Paz Santos, a iniciativa é fundamental e a ideia é que ela continue: “Esse evento busca descontrair e motivar as pessoas à prática do exercício para ter uma vida saudável e dizer não ao sedentarismo. Queremos realizar pelo menos duas vezes no ano um evento como esse”. Segundo o diretor-geral do IOM, Dr. Allan Teixeira Barbosa, o patrocínio de um evento como esse mostra a preocupação do Instituto de Olhos de Maceió: “Patrocinar eventos desta natureza é uma das formas que o IOM encontra para contribuir com a sociedade alagoana, incentivando o cuidado com a saúde como um todo, e não somente com os olhos. Acreditamos que este é o melhor caminho para promovermos a saúde de uma forma geral”.

O CBO cria comissão de oftalmologistas para direcionar diálogo com o

Ministério da Saúde por Márcia Asevedo _

N

o último dia do 36º Simpósio Internacional Moacyr Álvaro (SIMASP), realizado em 07/03/2015, após o seminário “Mais Acesso á Saúde Ocular”, promovido pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), o professor doutor Suel Abujamra falou sobre a criação da Comissão Representativa dos Prestadores de Oftalmologia do SUS, com objetivo de ampliar o diálogo dos prestadores de Oftalmologia do SUS com o Ministério da Saúde, viabilizar os protocolos de atendimento SUS, melhorar a tabela de pagamentos e introduzir novos itens no rol de procedimentos oftalmológicos. Segundo o Dr. Suel Abujamra, o que falta para o sistema de saúde corresponder com as expectativas é o pronto-atendimento e o livre acesso da população a um sistema de Oftalmologia que pres-

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te serviço em todo o Brasil. Diante da necessidade percebida, o Dr. Milton Ruiz Alves, presidente do CBO, viu a possibilidade de criação de uma comissão para cuidar de todos os interesses da população no sentido de ter uma assistência oftalmológica dentro dos princípios do SUS; um sistema único de saúde integral, universal, igual, gratuito e de qualidade para toda a população. Os integrantes da Comissão são os doutores Allan Teixeira Barbosa, Alexandre Taleb, Hamilton Moreira, Fabíola Mansur e Wagner Batista, sob a coordenação do Dr. Suel Abujamra, que, na ocasião, declarou: “Vamos criar um serviço dos prestadores de Oftalmologia do SUS mais competente, equacionado e com um diálogo mais construtivo com o Ministério da Saúde”.


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