OS RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS E AS ETAPAS DO GRUPO
LUIZ
Nasceu em 1925 em Chicago – Foi Influenciado por Kurt Lewin. Concluiu o doutorado em Psicologia em 1951 Em 1958, Schutz introduziu a teoria das relações interpessoais que ele chamou Orientação sobre Relações Interpessoais Fundamentais. Segundo a teoria de três dimensões das relações interpessoais eram considerados necessários e suficientes para explicar a interação mais humana: Inclusão, Controle e Afeto. Na década de 40, Schutz ingressou no navio da marinha americana na II Guerra Mundial. Estruturou sua teoria e metodologia tridimensional do comportamento humano. Iniciou seus estudos sobre o funcionamento dos grupos.
LUIZ
Schutz trabalhou no Instituto Esalen , em 1960. Mais tarde se tornou o presidente da BConWSA Internacional.
Ele recebeu seu Ph.D. da UCLA . Em 1950, ele fazia parte do grupo de pares, na Universidade de Chicago s 'Counseling Center, que incluiu Carl Rogers , Gordon Thomas , Abraham Maslow e Elias Porter . Lecionou na Universidade Tufts , Harvard University , University of California, Berkeley e do Albert Einstein College of Medicine , e foi presidente do departamento de estudos integral na Universidade de Antioquia até 1983.
Em 1958, Schutz introduziu a teoria das relações interpessoais que ele chamou Fundamental Interpersonal Relations Orientation (FIRO). Segundo a teoria de três dimensões das relações interpessoais eram considerados necessários e suficientes para explicar a interação humana mais: Inclusão, Controle e Afeto. Essas dimensões têm sido usados para avaliar a dinâmica de grupo .
Schutz também criou FIRO‐B, um instrumento de medição com escalas que avaliam os aspectos comportamentais das três dimensões.
LUIZ
Desenvolveu o que chamou de “o encontro aberto”, uma combinação de terapia de grupo, Bionergética (Compreende a personalidade, a qualidade dos relacionamentos, os processos de pensamento e a sexualidade, em função dos processos energéticos).
A abordagem tem como ponto de partida o trabalho corporal, buscando a integração entre corpo, mente e espíritoe psicodrama.
O Psicodrama possui o conceito de espontaneidade‐ criatividade, a teoria dos papéis, a psicoterapia grupal como pontos básicos da sua teoria, além de outros como:
▪ Tele ‐ capacidade de se perceber de forma objetiva o que ocorre nas situações e o que se passa entre as pessoas; ▪ Empatia ‐ tendência para se sentir o que se sentiria caso se estivesse na situação e circunstâncias experimentadas pela outra pessoa.; ▪ Co‐inconsciente ‐ vivências, sentimentos, desejos e até fantasias comuns a duas ou mais pessoas, e que se dão em "estado inconsciente“; e ▪ Matriz de Identidade ‐ lugar do nascimento.
LUIZ
Faleceu em novembro de 2002.
Lis
Estudo com grupos de trabalho: integração x
criatividade Teoria das necessidades interpessoais
Lis
“Você é deus em seu universo Você causou Você fingiu não tê‐lo causado para que pudesse brincar ali. E você pode se lembrar de tê‐lo causado, toda vez que quiser”. (Werner Erhard)
Jussara
Segundo Will Schutz, no seu livro, Profunda
Simplicidade, todas as pessoas são responsáveis pelas escolhas que fazem.
No entanto, nem todas as escolhas são
conscientes, ou seja, em alguns casos, a pessoa não se permite tomar consciência da base na qual fundamenta sua escolha.
Lis
Jussara
Teoria das necessidades
interpessoais (Mailhiot, 1991, 67‐70).
Tipos de Necessidade.
Manuele
Necessidade que experimenta todo membro novo de um grupo em se perceber e em se sentir aceito, integrado, valorizado totalmente por aqueles aos quais se junta. Tentará verificar seu grau de aceitação, procurando provas de que não é ignorado, isolado ou rejeitado por aqueles que percebe como os preferidos do grupo.
É, sobretudo, no momento de tomada de decisão que esta necessidade procura ser satisfeita de maneira mais imperiosa. Esta necessidade, é portanto, a expressão do desejo que experimenta todo membro de um grupo de possuir um status positivo e permanente no interior do grupo.
De acordo com o grau de maturidade social de cada indivíduo, a necessidade de inclusão condicionará e determinará atitudes em grupos mais ou menos adultas, mais ou menos evoluídas.
Nível de Socialização
Joice
Indivíduos menos
socializados procuram integrar‐se ao grupo adotando atitudes de dependência, sobretudo em relação à indivíduos que possuem status privilegiado.
Ana Valéria
Aqueles que não
conseguiram superar a fase da Revolta típica (adolescência): tentam impor‐se ao grupo através de atitudes de contra‐ dependência e forçar, assim, sua inclusão no grupo.
Manuele
‐ Melhor socializados (interdependência): Encontram em suas relações interpessoais uma satisfação adequada à sua necessidade de inclusão, adotando para com os outros membros do grupo atitudes ao mesmo tempo de autonomia e de interdependência.
Lis
Definir para si mesmo as próprias responsabilidades no grupo e as dos demais membros.
O que é: Necessidade que experimenta cada novo membro de se sentir totalmente responsável por aquilo que constitui o grupo: suas estruturas, suas atividades, seus objetivos, seu crescimento, seus progressos. O grupo ao qual ele adere, do qual participa, está sob controle e de quem? Quem tem autoridade sobre quem, em quê e por que?
Todo membro de um grupo deseja e sente a necessidade de que a existência e a dinâmica do grupo não escapem totalmente ao seu controle.
De acordo com o grau de maturidade social esta necessidade se expressará e tentará satisfazer‐se de modo mais ou menos evoluído.
Ana Valéria
Os menos socializados, aqueles que há pouco, no plano da inclusão mostravam‐se dependentes, adotarão atitudes infantis ao exprimir sua necessidade de controle.
Tenderão a demitir‐se de toda responsabilidade e a delega‐la a outros, àqueles que percebem como dotados de poder carismático e adotam atitudes abdicadoras.
Joice
Aqueles que se sentem rejeitados e mantidos à margem das responsabilidades no grupo, tenderão a cobiçar o poder e a querer, se preciso, assumir sozinhos o controle do jogo. Estes últimos adotam em grupo, cada vez que lhes são confiadas responsabilidades, atitudes de autocratas. Alguns chegam mesmo a ambicionar a responsabilidade primeira e absoluta do grupo.
Lis
Os mais socializados, os possuidores de
maior maturidade social, têm tendência a se mostrar democratas, isto é, a pensar e a querer o controle do grupo em termos de responsabilidade compartilhada.
Merriete
É o secreto desejo que todo indivíduo possui de ser percebido como insubstituível no grupo: cada um procura recolher sinais concludentes ou convergentes de que os outros membros não poderiam imaginar o grupo sem ele.
Não somente aquele que se junta a um grupo aspira a ser respeitado ou estimulado por sua competência ou por seus recursos, mas a ser aceito como pessoa humana, não apenas pelo que tem, mas pelo que é.
A expressão desta necessidade de afeição é fortemente determinada e condicionada pelo grau de maturidade social do indivíduo.
Manu
Os menos socializados, os mesmos que há pouco mostravam‐se dependentes no plano da inclusão e abdicadores em relação ao controle, tentam satisfazer suas necessidades de afeto através de relações privilegiadas, exclusivas e geralmente possessivas.
Adotam atitudes infantis, esperando ser percebidos e aceitos no papel de criança mimada do grupo, não desejando, senão, receber. Desejam secretamente estabelecer com o grupo, relações hiperpessoais.
Ana Valeria
Aqueles que, ao contrário, sentem‐se rejeitados ou ignorados, cedem a mecanismos de formação reacional. Estes adotam, como uma reação de defesa contra as necessidades de afeição que experimentam, atitudes adolescentes de aparente indiferença ou frieza calculada.
Preconizam relações unicamente formais e estritamente funcionais entre os membros.
Não querem ou não podem dar ou receber.
Furtam‐se, assim, a toda tentativa de estabelecer a solidariedade interpessoal sobre uma base mais profunda de amizade.
Ocultam sistematicamente sua necessidade de afeição e mostram‐se como hipopessoais.
Merriete
Os mais socializados não obedecem nem a mecanismos de defesa nem a mecanismos de compensação. Desejam ser aceitos totalmente e afeiçoados ao grupo pelo que são.
Mas neles esta necessidade de afeição encontra plena satisfação nos laços de solidariedade e de fraternidade que se estabelecem entre eles e os outros membros do grupo. Somente estes, porque tornaram‐ se capazes de dar e receber afeição, estabelecem suas relações em nível autenticamente interpessoal.
Lis
Nos grupos de treinamento, o coordenador é um educador que orienta o grupo para a aprendizagem de um material de estudo muito especial: o próprio grupo, suas características de constituição e funcionamento.
Através desse estudo, o indivíduo, como membro desse grupo, é levado a estudar também seu próprio papel, sua personalidade e atuação, e seu significado ou conseqüências para os demais membros e o grupo como um todo.
O desenvolvimento interpessoal passa a ser uma necessidade de desenvolvimento organizacional e social.
Sendo a pessoa o subsistema principal da organização, este sistema e o macrossistema social dependerão do funcionamento efetivo do primeiro, em seu contexto habitual ‐ o grupo humano.
Merriete
As teorias de Schutz sobre as necessidades interpessoais marcam um evidente progresso sobre algumas das descobertas de Lewin. Schutz, entre outros, conseguiu explicar experimentalmente o que Lewin havia percebido de modo intuitivo, a saber:como e porque um grupo que que não concluiu sua integração é incapaz de criatividade duradoura. Por outro lado, Schutz não conseguiu ir além do nível das relações interpessoais. Com a ajuda de instrumentos validados por ele, diagnosticou com muito acerto e não sem mérito, que há uma equação entre a integração de um grupo, a solidariedade interpessoal de seus membros e a satisfação em grupo e pelo grupo das necessidades de inclusão, de controle e de afeição de seus membros. Mas eis o que lhe escapou e que Lewin havia pressentido antes dele: as relações interpessoais não podem tornar‐ se mais positivas, mais socializadas e o grupo integrar‐se de modo definitivo, enquanto subsistirem entre os membros fontes de bloqueios e de filtragens em suas comunicações.
A gênese de um grupo e sua dinâmica são determinadas, em última análise, pelo grau de autenticidade das comunicações que se iniciam e se estabelecem entre seus membros. Já se aceita como um dado de realidade que somente em um clima de grupo em que as comunicações são abertas e autênticas, as necessidades interpessoais podem encontrar satisfações adequadas. Lewin teve o grande mérito de, a partir desta descoberta, orientar suas próprias pesquisas para a comunicação humana. Desde então, os teóricos e os práticos da dinâmica dos grupos não cessaram de orientar sistematicamente seus trabalhos e suas observações sobre este problema a fim de conhecelo de modo sempre mais científico, graças a este esforço combinado e prolongado, os dados adquiridos são numerosos. Todos têm centrado o estudo sobre a expressão de si na troca com o outro: como comunicar com o outro para que o diálogo se estabeleça.
Jussara
O Coordenador de grupo: análise
LUIZ
LUIZ
MAILHIOT, G. B. Dinâmica e gênese dos grupos. São Paulo: Duas Cidades, 1985. MOSCOVICI, Fela. Desenvolvimento Interpessoal. Rio de Janeiro, José Olympio, 1998. SCHUTZ, Will. Profunda simplicidade. São Paulo: Ágora, 1989.