III Workshop sobre Desenvolvimento Sustentável em Ambientes Montanhosos e II Conferência Internacional sobre Pesquisa para o Desenvolvimento Sustentável em Regiões Montanhosas - 2018
Composição química dos voláteis de lúpulo Cascade em pellets e Cascade em flor cultivado no Brasil por SPME 1*
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Autores: Camila T. D. Silva , Paulo R C Cordeiro , Vanessa Moreira Osório , Calos Alexandre Pinheiro , 3 1 Alexandre Fontes Pereira , Patrícia F. Pinheiro *camilataiany@hotmail.com 1 Departamento de Química e Física (DQF), Centro de Ciências Exatas, Naturais e da Saúde CCENS/Universidade Federal do Espírito Santo - UFES, Alto Universitário s/n, Bairro Guararema, CEP 29.500-000, Alegre-ES. 2 Produtor de Lúpulo, Comunidade de Amparo, Nova Friburgo-RJ 1 Departamento de Química (DQF), Universidade Federal de Viçosa - UFV, Avenida Peter Henry Rolfs, s/n Campus Universitário, 36570-900, Viçosa-MG Palavras Chave: Humulus lupulus L., caracterização química, SPME.
Introdução O lúpulo (Humulus lupulus L.) é uma planta utilizada em larga escala na produção de cervejas, sendo 1 bastante reconhecido pelos seus aromas e amargor . O Brasil está entre os maiores produtores e consumidores de cerveja no mundo, porém a maior parte da matéria-prima para a produção dessa bebida é importada. Após sucessivas tentativas sem sucesso no cultivo do lúpulo no Brasil, em 2011 surgiram as primeiras plantas de lúpulo brasileiro. O plantio no país vem se expandindo, mas ainda não há uma grande 2 produção, e o lúpulo brasileiro vem sendo usado na produção de cervejas artesanais . Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi determinar a composição química dos voláteis do lúpulo brasileiro de uma amostra in natura do cultivar Cascade, cedido por um produtor da cidade de Friburgo, RJ e uma da mesma variedade mas em pellets importado, adquirido em lojas especializadas em insumos cervejeiros em Belo Horizonte – MG. As amostras foram cortadas manualmente em pequenos pedaços e colocadas em frascos para headspace e colocadas no bloco de aquecimento com 35ºC por 10 minutos com a fibra de SPME – DVB/CAR/PDMS - no modo headspace, imediatamente, após a perfuração do septo do frasco. A quantidade de amostra de lúpulo a ser analisada foi de 0,01 g. Após dessorvidos, os compostos voláteis, foram analisados por cromatografia gasosa acoplada ao espectrômetro de massas (CG-EM), em equipamento com detector seletivo de massa, modelo QP-PLUS-2010 (Shimadzu). Os procedimentos foram realizados em triplicata.
Resultados e Discussão Tabela 1: Composição Química dos voláteis de Humulus lupulus L. Área de pico do GC (%) no. Compound RI FLO PEL 1 beta-Pinene 980 1,0 42,80 16,37 2 Beta-Myrcene 991 3 dl-Limonene 1031 1,82 10,85 4 Pyrazine 1080 1,84 5 Linalool L 1095 1,78 6,93 6 alpha-Ylangene 1372 0,36 0,63 7 alpha-Copaene 1376 1,95 8 cis-Caryophyllene 1404 0,57 9 trans-Caryophyllene 1418 9,61 17,34 10 alpha-Bergamotene 1436 0,65 1,48 11 alpha-Humulene 1454 17,45 25,15 12 beta-Farnesene 1458 3,44 3,33 13 beta-Selinene 1485 1,43 2,39 14 alpha-Selinene 1494 1,36 2,36 15 delta-Cadinene 1524 0,82 1,84 16 gamma-Cadinene 1513 1,33 Os compostos são listados por ordem de eluição na coluna Rtx-5MS. RI: Índice de Retenção comparado aos alcanos lineares (C9 e C26). As porcentagens de área de pico são calculadas em GC (cromatografia gasosa) Rtx-5MS.Brazylisk Cascade em flor de Nova Friburgo (FLO); Cascade em pellets importado (PEL).
Os componentes encontrados nos voláteis de lúpulo foram mostrados na tabela 1, sendo os majoritários o beta-myrcene, transCaryophyllene, alpha-Humulene e betaFarnesene nas duas amostras, como 3 referenciado na literatura . Podemos observar a presença significativa do dl-Limonene e do Linalool L nas duas amostras, contudo na amostra em pellets a % da área foi maior. Apenas o beta-myrcene apresentou maior área no lúpulo em flor.
III Workshop sobre Desenvolvimento Sustentável em Ambientes Montanhosos e II Conferência Internacional sobre Pesquisa para o Desenvolvimento Sustentável em Regiões Montanhosas - 2018
Conclusões As amostras de Lúpulo Cascade (importado e brasileiro) foram similares em termos de compostos voláteis.
Agradecimentos Ao Sr. Paulo R.C. Cordeiro, pela doação de amostras de lúpulo brasileiro em flor para as análises químicas. ___________________ 1
Vázquez‐Araújo, L.; Rodríguez-Solana, R.; Cortés-Diéguez, S.; Domínguez, J. J. Sci. Food Agric. 93, 2568, 2013. Furlan, R. http://lupulo-brasil.webnode.com/ Acesso em: 30 mai. 2017. Farag, M. A.; Porzel, A.; Schmidt, J.; Wessejpohann, L. A. Metabolomics, v.8, 492, 2012. 4 Haas, J.I. Guia de lúpulo Barth-Haas: O guia do cervejeiro para as variedades de lúpulo e seus produtos. 2013. 2
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