GearShark 3 - #Swag - Cambria Hebert

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Disponibilização: Lizzie Tradução: Regina, Poia Fanti, Drika e Nedi Pré-Revisão: Regina, Poia Fanti, Drika e Nedi Revisão Inicial: Cris Silva Revisão Final: Nedi Leitura Final: Fabi


Esses pilotos têm #swag... Correr está em seu DNA. Juntamente com dinheiro e poder. Quando você é a filha de um dos homens mais poderosos do país, você tem que trabalhar mais duro para obter o sucesso. Joey

Gamble é uma garota

em uma pista dominada por homens. Com um pai que pode comprar o que quiser. Mas ela não quer nada... exceto GANHAR a sua reputação.

Correr é a sua paixão. Problemas o seguem por toda parte. Alguns até dizem que ele os convida. Quando você está beliscando as lanternas traseiras do novo melhor piloto da NRR, você tem que lutar com garra por cada sucesso. Nunca foi fácil para Lorhaven. É por isso que ele não cumpre as regras. Ele é um homem sério com um chip no ombro contra o circuito de corrida pro. Nós da GearShark queremos saber o que está acontecendo. Também ouvimos rumores... De um profissional que quer ir para a Indie. Convidamos a realeza das corridas e o motorista do lado errado da faixa para sentar e conversar com a gente sobre uma possível transição. Esperávamos faíscas voando quando Joey e Lorhaven cruzaram os caminhos. Essas faíscas irão se transformar em um inferno? Leia o artigo completo de recursos dentro de...


Um agradecimento especial a Adrienne Ambrose por toda a conversa de corridas, o tempo gasto lendo e conversando!


"Ter swang não é sobre o que vestir ou o penteado, mas sobre ser confiante em si mesmo." — Autor desconhecido


HOMEM VS MULHER Verdades que você precisa saber, mas você não faz. VERDADE MASCULINA Os homens desperdiçam milhares de litros de gás todos os anos, porque eles não vão parar e pedir direções. CAPÍTULO 1

Joey

Meu pai sempre me disse que eu poderia ser o que quisesse, quando crescesse. Então me tornei uma mulher em um mundo de homens. Acontece que eu tinha bolas maiores do que muitos homens. Eles não aceitam isso muito bem. Adicione que também sou a filha do homem mais poderoso em todo o estado — bem, digamos que eu não estava ganhando nenhum concurso de popularidade. No entanto, eu não me importava. Eu não estava aqui para ganhar a rainha do baile. Estava aqui por respeito, que pensei que seria muito mais fácil de ganhar do que era. A coisa era, se eu tivesse um pau entre as minhas pernas e muito menos dinheiro em minha conta bancária, provavelmente seria a idiota mais popular nesta pista. Mas eu não tinha essa anatomia em particular (apesar do meu nome sugerir o contrário) e meus bolsos não estavam vazios. Eu era uma idiota, no entanto. A experiência me ensinou essa característica. Sobrevivência me deu a prática. Ser a única mulher piloto pro neste lado do país exigiu muita resistência. Às vezes, a minha resistência descia para um monte de palavrões e me recusando a tomar merda de ninguém. Assim resolvi aceitar relutantemente os meus colegas e a satisfação de que, independentemente do que alguém achar, eu merecia estar aqui. Eu provei isso. Mais de uma vez.


Era também outra razão pela qual eu era como um pedaço de carne preso entre os dentes desses caras. Você pensaria que um bando de machistas, atléticos e conduzidos por homens estariam mais seguros com eles mesmos que ter uma ‘menina’ na pista com eles não seria tão imbecil. Mas era. Uma vez sugeri que talvez fosse o tamanho do que tinham em suas calças que os deixavam tão inseguros... Tive algumas ofertas obscenas sobre ver por mim mesma (vomitei) e ganhei exatamente zero ponto em direção ao respeito que achava que merecia. Tanto faz. Aprendi há muito tempo que nem sempre você consegue o que merece. Você recebe o que você ganha. Ganhei o meu lugar na pista, e não tinha nada a ver com o dinheiro do papai. Fim da história. Pelo menos eu queria que fosse. A dura verdade era que não haveria um fim para essa história, até que eu desligasse as chaves do carro, o que eu não tinha planos de fazer num futuro próximo. Eu teria que lutar com garra por cada vitória, cada fragmento de oportunidade e cada gota de sucesso. Apesar do que a maioria das pessoas pensava, eu estava determinada a fazer a minha carreira sem a influência do meu pai. Talvez algumas crianças com pais ricos e bem-sucedidos fossem felizes por ter tudo entregue a eles. Inferno, na verdade vi reality shows na TV baseados no conceito. Eu não era uma dessas crianças. Meu pai queria um menino, algo que ele nunca teve problema em me deixar saber. A razão pela qual o meu nome Josephine foi encurtado para Joey quase no segundo em que nasci. Talvez fosse algum tipo de coisa de sucessor masculino. Sabe, ele queria um homem para que ele pudesse entregar as rédeas do seu império um dia. Talvez tivesse sido casado diversas vezes para saber que não queria lidar com uma filha


(Deus me livre ser como qualquer uma de suas três ex-mulheres!), porque uma criança não era alguém com quem ele pudesse se divorciar. Ou talvez este fosse um pensamento que me permiti ter, talvez ele apenas pensasse que as mulheres eram fracas. Independentemente de quais eram as suas razões (eu nunca tinha perguntado), ele tinha uma filha. Sua única filha. Tornei-me muito mais parecida com ele do que alguém jamais pensou que seria. É provável que seja a razão pela qual a minha mãe (ex-mulher nº 3) decolou com uma bolada no acordo de divórcio, mudou-se para o seu apartamento em Paris e nunca ligou, visitou ou escreveu. Irônico, meu pai não queria uma menina porque poderia acabar como a minha mãe, e minha mãe nos deixou porque eu era muito parecida com o meu pai. Uma terapeuta teria um dia de campo com a minha família. Gostaria de dizer uma coisa sobre Ron Gamble. Ele não saiu quando as coisas ficaram difíceis. Na verdade, ele parecia prosperar em um desafio. E ele me amava. Eu poderia não ter sido o que ele originalmente planejou, mas ao contrário de todos os outros homens ao meu redor, eu tinha ganhado o respeito dele. Gostaria de pensar que, depois de vinte e dois anos, se perguntassem, o meu pai diria que estava contente que ele tivesse me escolhido em vez de um filho. Talvez fosse isso que me deixasse tão incrivelmente impulsionada. Querendo provar a ele que eu era tão valiosa, se não mais, quanto um filho seria. Ou talvez eu fosse apenas teimosa. Derrota em qualquer nível era algo que eu nunca gostaria de me submeter. Meu pai sabia disso e, no entanto, ainda assim, às vezes, ele tentava. Bem, não necessariamente me derrotar. Mais como para me dissuadir. Mudar minha mente. Raramente aconteceu... Eu mudar de ideia. Não vai acontecer agora, com isso. Eu posso garantir. Ainda assim, aqui estava eu. Sentada no escritório do meu pai, depois de ter sido convocada para o que eu sabia que ia ser outra tentativa de balançar a minha decisão.


Equilibrando um copo transparente e redondo na palma da minha mão, cheio de uísque de primeira, esperei que meu pai terminasse seu telefonema. A poltrona de couro era macia e de apoio contra as minhas costas. Relaxei nela e tomei um gole do líquido âmbar. Gostei da trilha quente que ele deixou quando deslizou pela minha garganta. Era reconfortante de alguma forma. Familiar. A maioria das pessoas ficaria nervosa como o inferno sendo chamado por Ron Gamble. Eles definitivamente não estariam relaxando em uma cadeira e observando-o com interesse aberto, beirando o tédio, enquanto ele acabava algumas chamadas de negócios mundanos, mas necessários. Eu era sua filha, e a cadeira em que eu estava sentada tinha estado nesta sala desde que nasci. O homem sentado atrás da mesa, reconhecidamente intimidante, não era apenas um homem poderoso para mim. Ele era o homem com quem passei todas as manhãs de Natal, desembrulhando presentes e bebendo chocolate quente. Muitas pessoas não sabiam, mas Ron Gamble não era apenas tudo sobre negócios. Ele sempre quis ter um filho, mas nunca me tratou com qualquer tipo de desdém ou decepção. Eu sabia que ele me amava desde o momento em que nasci. Ele nunca agiu como se eu fosse uma tarefa ou até mesmo um incômodo. Eu era a única que sentia a necessidade de provar que era digna do amor que ele já tinha me dado. Outra rodada de uísque escorregou em minha língua quando ele desligou o telefone. Antecipação me fez sentar um pouco mais reta. Eu não estava nervosa para falar com ele, mas eu sabia que estava provavelmente em outra luta. Ele não era apenas o meu pai. Ele era o meu patrocinador. Era a sua companhia, o seu dinheiro, que pagava as minhas despesas com o carro de corrida e a entrada nas grandes corridas pro. Eu fazia parte da equipe de corrida que ele construiu. Então, tecnicamente, ele era o meu chefe. Mencionei que eu não lidava muito bem com autoridade? Isso levou a algumas partidas de gritos ao longo dos anos. Minha decisão mais recente foi o canal para os mais recentes. Eu não estava disposta a isso essa noite, discutir. Mas eu faria isso, porque deixar alguém ver que eu estava cansada não era uma opção. Em vez disso, tomei mais um gole de álcool e agucei o meu olhar. Meu pai ainda estava vestido para o escritório, mesmo que fossem quase oito horas da noite. Ele estava em casa há algumas horas, mas ele vinha diretamente


para cá trabalhar. Eu não estava em casa quando ele chegou, mas eu não precisava estar. Estava familiarizada com suas rotinas. Seu paletó estava pendurado na cadeira, à gravata em volta do pescoço tinha desaparecido e as mangas da camisa foram empurradas para cima. Um copo que parecia com o meu estava ao lado do seu cotovelo, vazio. Papéis cobriam a sua mesa, mas não de forma desorganizada. Eu sabia que, se pedisse, ele provavelmente poderia recitar todos os documentos a sua frente, e ele sabia exatamente onde cada folha de papel pertencia. "Precisa que eu encha?" Perguntei, gesticulando para o seu copo. O olhar de sal e pimenta em sua cabeça cheia de cabelos escuros não o fazia parecer mais velho do que seus cinquenta e cinco anos; apenas o fazia parecer mais distinto. "Não diria que não." Ele empurrou o copo na minha direção com um dedo. Abandonei o meu próprio copo em uma mesa próxima e cruzei para a garrafa de uísque. "Dia longo"? Perguntei quando ele estava cheio e já em seus lábios. "Até os sonhos dão trabalho, garota," ele respondeu. Não foi a primeira vez que ouvia esse sentimento de seus lábios; e não seria a última. Eu nunca tinha entendido isso até que comecei a correr. Um sonho é apenas isso. Um pensamento melancólico, um desejo. Claro, os sonhos se realizam... Mas na maioria dos casos, eles faziam isso porque era algo que foi trabalhado nessa direção. Gamble não nasceu com uma colher de prata na boca. Ele nasceu de seus pais (meus avós), que lutaram toda a sua vida para fazer face às despesas. Seu pai trabalhava em dois empregos, às vezes mais, para alimentar a sua família, e sua mãe limpava casas para outras pessoas. Tudo o que ele tinha hoje foi o resultado de seu próprio esforço e crença em si mesmo. "Há um prato de comida na cozinha para você. Quer que eu vá aquecê-lo?" Perguntei, me movendo em direção à porta. Ele balançou a cabeça e acenou de volta. "Mais tarde. Vamos conversar." Atravessei de volta para a minha cadeira e sentei. Cachos escuros caíram nos meus olhos e empurrei-os de volta para as costas. Meu cabelo sempre ficava no caminho.


"A revista GearShark ligou," anunciou. Pisquei. Isto não era o que eu esperava. "Certo..." Esperei, eu não tinha certeza do que isso tinha a ver comigo. "Parece que aqueles boatos" — ele começou, enfatizando a última palavra — "estão encontrando seu caminho para a imprensa." E, lá estava ele. Suspirei. "Não são boatos, pai. Você sabe que estou falando sério sobre ir para a Indie." Ele me estudou por cima da borda do copo dele. Ele tinha um olhar penetrante, do tipo que poderia fazer a rocha mais sólida um pouco enjoada. "Nós já conversamos sobre isso." O copo fez um barulho alto no topo da mesa quando ele o abaixou. "Não," eu disse com irritação contida. "Você me disse que não, e eu disse que eu não sou sua marionete." "Eu pago por aquele carro que você corre.” Rolei os meus olhos. "Você quer jogar isso na minha cara? Já avisei que vou arrumar outro patrocinador. Você sabe que posso." Seria difícil... Acontece que não eram apenas os pilotos que não gostavam de mulheres na corrida, mas os patrocinadores também. Ter uma mulher ferida ou possivelmente morta em um acidente de corrida aparentemente seria mais perigoso para os negócios do que um motorista masculino. Essa foi uma das razões pelas quais meu pai me patrocinou. Eu não queria no início, mas assim como um monte de coisas, às vezes, era tudo sobre quem você conhecia. No minuto em que o meu pai colocou dinheiro para me patrocinar, várias outras empresas menores também fizeram. E, além disso, eu confiava no meu pai e na equipe de pessoas que ele empregava. Eu podia confiar neles com o meu carro. "Você está sob contrato." Lembrou-me, como se eu precisasse de um lembrete.


Levei o uísque até os meus lábios. "Estou bem ciente disso, e é por isso que não me inscrevi para nenhuma preliminar para a NRR. É por isso que estou sentada à margem da primeira temporada." Tivemos essa conversa mais de uma vez. Era sempre a mesma coisa. Eu dizia que queria ir para a Indie, e ele me dizia que não. E eu não sabia o porquê, mas mudar de profissional para Indie não é algo que o meu pai quer que eu faça. Eu suspirei quando ele só me observava. "Você sabe que todos os meus contratos terão que ser renovados neste inverno. Todos eles, até o seu. Você poderia facilmente transferi-lo para o lado Indie. Diabos, você é o dono da divisão." "Não toda," ele corrigiu. Eu acenei para fora suas palavras. "Você sabe o que quero dizer." Meu pai começou a NRR (New Revolution Racing 1 ), mas rapidamente cresceu tanto que ela precisava de mais do que apenas ele. Agora, havia três grandes proprietários da corporação, com um monte de patrocinadores e colaboradores sob eles. Meu pai era um dos três, mas desde que ele era o homem que começou tudo, ele tinha a maior parte. "Já tenho um corredor na NRR." Cerrei meus dentes e os forcei a relaxar. "E o Drew é o melhor. Se ele continuar do jeito que esta, ele vai trazer-lhe o troféu do campeonato no final da temporada. Mas você pode ter mais de um corredor, assim como tem no lado pro." Ele se moveu como se quisesse dizer alguma coisa, mas o cortei. "Além disso, sou parte da razão do porquê Drew é tão bom. Eu ajudei a treiná-lo." "Pergunto-me o que Drew diria sobre isso?" Ele refletiu. "Ele provavelmente me diria para enfiá-lo," eu disse e a diversão me tirando um pouco da irritação que essa conversa causou. Drew era apenas mais uma razão pela qual eu queria mudar para o lado Indie. Ter um amigo de verdade na pista era algo que eu nunca tinha tido antes. Trent, também. Ele não pode dirigir, mas ele ficava no pit stop, e eu sabia que ele era um aliado.

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Corrida da Nova Revolução


"A maioria das pessoas na sua posição estaria muito grata. Eles não estariam tentando sair." Suas palavras me deixaram quente e fria ao mesmo tempo. Ele não entendia as minhas razões. Ele provavelmente achava que eu estava apenas sendo inconstante e querendo entrar na coisa nova. Eu poderia tentar explicar, mas não queria. Eu não sabia se ele entenderia de alguma forma. Ou talvez ele entendesse. Eu não sabia qual era pior. "A maioria das pessoas provavelmente apostou contra você quando iniciou o seu primeiro negócio aos dezenove," brinquei. Seus olhos brilharam com diversão. Era um olhar que eu estava familiarizada. Significava que ele estava orgulhoso de mim, mas também não necessariamente queria demostrar. Tipo quando uma criança faz algo impróprio e tem que ser repreendido, mas o pai só quer rir. Lentamente, ele sentou, pegou o uísque e tomou outro gole. Não me contorci no meu lugar, nem me mexi. Eu sabia o que queria. Eu não ia mudar de ideia. Bebi o meu whisky e olhei em volta. "Você está no meio da temporada. Você já está registrada para as corridas." Isso foi uma rachadura em sua posição firme? Forcei o meu rosto para que ficasse como estava. Não ia ficar toda animada sobre a possibilidade de que eu estava acabando com ele. Devia ter adivinhado. "Eu honro meus compromissos. Ainda estou dentro de toda esta temporada com os profissionais. Estive treinando e trabalhando com Hopper e o resto do pessoal no Autódromo quase o tempo todo." "Eu sei". Ele assentiu. "A temporada terminará neste inverno; meus contratos serão renovados. Posso fazer a transição e estarei pronta para as preliminares da primavera e para a corrida no verão." A temporada de corridas pro é longa, quase dez meses. A temporada da NRR é mais curta, abrangendo apenas os meses de verão para as corridas da temporada real. Preliminares são realizadas na primavera e tecnicamente não fazem parte da temporada, mais alguns diriam que sim. Pelo menos, essa era a maneira da NRR


por agora. Em poucos anos, isso poderia mudar. Se continuar a crescer em popularidade, mais corridas serão adicionadas. Era muita sorte que muitos dos meus contratos de patrocínios teriam que ser renovados neste inverno. Era o momento perfeito para eu fazer a troca. "A GearShark quer uma entrevista," afirmou, sem responder diretamente às minhas palavras. O choque me fez olhar para ele como se tivesse acabado de anunciar que bebês alienígenas pousaram no telhado e poderiam estar se movendo para o meu quarto. "Comigo?" Eu perguntei, duvidosa. "Por que não você?" Ele perguntou. Revirei meus olhos. "Você sabe por quê," respondi. "Você sabe que nunca recebo tanta menção como os homens." "Como eu disse, eles estão interessados nos rumores de que você quer deixar os profissionais e atravessar para o território Indie." Meio que me irritou que eles estivessem me chamando agora. Como se a única razão pela qual, de repente, valesse a pena me entrevistar fosse porque eu estava fazendo algo que provavelmente pensavam que era tolice. Agora eu poderia imaginar as manchetes: Piloto feminina não pode competir com os profissionais, vai para Indie! Ou Filha de Ron Gamble cometendo um grande erro. "Diga-lhes para chamar outra pessoa para o canto vazio na traseira de seu pano," disse. Não me importei se soei amarga. Era difícil não ter um chip no meu ombro2 quando parecia que tudo funcionava contra mim. "É uma entrevista de destaque." Olhei para cima. Ele tinha me chocado outra vez. Por que diabos o fato de eu querer ir para a Indie me faria uma manchete em destaque?

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É uma expressão utilizada em inglês que equivale em Português a ‘sentir rancor ’, ‘guardar um ressentimento’, ‘ficar ressentido’, ‘ficar emburrado o tempo todo’, ou ‘ter complexo de inferioridade’.


De qualquer forma isso não importa. "Você disse a eles que estavam latindo para a árvore errada, certo?" Eu disse, recostando-me de volta na cadeira, descontente. "Na verdade, não." Dei uma olhada para baixo, para o uísque na minha mão. O que foi isto? Eu estava ouvindo coisas. "Desculpe-me, o que?" Papai riu, era um som quente. Sua aparência tinha mudado ao longo dos anos. Seu cabelo tinha se tornado grisalho, o rosto mais enrugado com linhas. Mas sua rica risada nunca mudou. "Uma entrevista de destaque é uma boa oportunidade para você. Olha o que fez para o Drew e a NRR." "O que você está dizendo, pai?" Sentei-me para frente. Eu estava pronta para a linha de fundo. "Termine a temporada profissional forte, obtenha a boa mídia interessada em você..." "E....?" Eu pressionei. "E então vou transferir o seu contrato de patrocínio para a NRR." Pulei da cadeira, um sorriso largo dividindo o meu rosto. "Sério?" Ele riu novamente e assentiu com a cabeça. Então, como qualquer pai, teve que ir e arruiná-lo com um monte de condições e tagarelando. "Mas Hopper vai gerenciar você." "Mas, e os profissionais?" Perguntei, perplexa. Hopper trabalha comigo e com o resto dos pros que meu pai patrocina. "Vou encontrar responsabilidades."

outra

pessoa

para

ajudar

a

assumir

as

suas

Franzi a testa. Eu gostava de Hopper. Trabalhar com ele definitivamente não era uma dificuldade. Ele era um amigo, mas não queria que ele sentisse que estava sendo empurrado para fora de um trabalho que amava apenas para tomar conta de mim. "Ele quer fazer isso," papai disse, lendo meu rosto.


"Ele quer"? "Aparentemente, sem regras para competir apela para ele também," papai brincou. Eu sorri. "Você também vai estar presente em mais eventos com Drew. Ele é a cara da NRR, equilibrado como o primeiro campeão. A imprensa vai ser boa para você." Balancei a cabeça, prontamente concordando. Mas então fiz uma careta. "As pessoas vão dizer que só sou patrocinada por você, porque você é meu pai." Eu odiava isso. Mas ao mesmo tempo... Meu pai abriu as portas para mim. "Prove que estão errados." Ele desafiou. "Assim como nos profissionais." Uma onda de fadiga me invadiu. Quantas vezes uma pessoa tinha que provar a mesma coisa? Queria um novo começo... Não um novo começo da mesma coisa. Enquanto eu lidava com os meus próprios pensamentos, ele continuou. "Quando você não está nas corridas pro, você precisa estar na Indie." Apenas concordei. Já planejava isso de qualquer maneira. "É basicamente o dobro do trabalho." Ele listou todas essas condições como se fossem de alguma forma, sentenças de morte e coisas que eu não seria feliz em assumir. Ele parecia quase arrependido de estar concordando em transferir o meu contrato. "Não tenho medo de trabalho duro." Mesmo que isso me deixasse exausta. Foi um momento que senti que não deveria fazer. Trabalhei mais do que qualquer outro piloto que ele patrocinou. Não disse isso por arrogância, é apenas um fato. Um fato que meu pai conhecia bem. Ele esfregou uma mão sobre o rosto, de repente parecendo cansado. "O mundo Indie é diferente do profissional. Os pilotos são de um modo diferente..." Ele procurou uma palavra. "Calibre." Foi como se uma lâmpada de megawatt piscasse para a vida dentro das áreas escurecidas do meu cérebro. É por isso que ele não me quer na NRR.


Esqueci de provar a mim mesma. Esqueci sobre o trabalho que estava assumindo. Fui transportada para trás. Para um tempo diferente. "Eu não sou mais aquela garota," eu disse com firmeza. "Há muito tempo." "Uma divisão sem regras pode ser tentador, no entanto." Ele advertiu. "Quem está falando agora?" Perguntei, minha voz baixa. "Meu patrocinador ou o meu pai?" "Ambos." Eu queria rir. Se ele soubesse a metade da porcaria que lidei sendo a única garota no meu mundo, ele não estaria trazendo isso à tona. "Posso assegurar ao meu patrocinador que não sou um mau investimento. Você já viu a minha condução e conhece a minha ética de trabalho. Não vou fazer nada que prejudique todo o tempo e esforço que eu investi para chegar onde estou hoje." Ele assentiu. "Eu sei. É a razão pela qual estou concordando com isso." Então, realmente era só o pai falando. "Você não precisa se preocupar comigo, pai." Eu jurei. "Não foram os profissionais que me endireitaram ou as regras da divisão. Eu cresci." Sua voz era rouca. "Eu sei que não digo isso muitas vezes, mas estou orgulhoso de você, garota." Isso significava algo para mim. Não. Não é algo. É tudo. "Obrigada", eu sussurrei. "A entrevista com a GearShark é na próxima semana. Todos os detalhes estão sendo enviados." Uma sensação de vertigem surgiu dentro de mim, como se, de repente eu me enchesse com todas as bolhas de um refrigerante quando ele era colocado no copo pela primeira vez. "Eu estarei lá."


Caminhei para a porta, supondo que a reunião tivesse acabado. Gostaria de aquecer o seu jantar e depois me dirigir ao outro lado da casa, onde ficava o meu quarto e talvez tomar um banho quente. "Joey". Sua voz me parou. Eu me virei. "Há algo sobre a entrevista que eu ainda não te contei." É claro. Eu não tinha imaginado que possivelmente não poderia escapar com apenas o terceiro grau? "O que?" Perguntei. "Não é uma entrevista individual. Há outro piloto sendo entrevistado também." Eu ri, um som áspero. Sabia que era bom demais para ser verdade. Por alguma razão, eu sozinha não era uma história boa o suficiente. "Quem?" Perguntei, já chateada com a pessoa desconhecida. "Ele é um piloto da Indie. Eu acho que eles querem fazer um duplo ponto de vista sobre o crossover em potencial." Claro que sim. "Quem é?" Perguntei novamente. Sabendo que não era, mas esperando que fosse o Drew. "Lorhaven." O fundo do meu estômago caiu. "Você deve estar brincando comigo." Falei, me virando completamente para enfrentar o meu pai. "Esse cara é um imbecil classe A. E ele odeia os pilotos pro." "O que provavelmente é por isso que eles querem a sua perspectiva." Meu pai apontou, o magnata dos negócios nele reconhecendo o giro que a revista poderia colocar nisso. Eu fiz um som rude. "Não é tarde demais para mudar de ideia." Ele me lembrou. Eu fiz uma cara. "Vou fazer a entrevista." Eu não ia desistir. Era exatamente o que os homens como Lorhaven queriam.


Todos, incluindo a GearShark, eles achavam que eram superiores. Pensavam que eu era só uma peça no tabuleiro de xadrez, uma torre em vez de uma rainha. Eles estavam errados. E eu provaria. Todos eles beijariam a minha bunda, incluindo o homem que pensava que era tão épico que só precisava de um nome.


MENS VS WOMENS Verdades que você precisa saber e não sabe. VERDADE FEMININA As mulheres têm sempre razão. Discorda? Você está errado.

CAPÍTULO DOIS

Lorhaven Nunca fica velho. A sensação por trás do volante de um carro rompendo barreiras, de transportar um homem mais rápido na terra do que ele jamais pensou que iria. Picos de adrenalina surgem através do meu sangue como combustível através de uma linha de injeção de combustível. O suco martela sob a minha pele, fazendo com que as minhas mãos tremem, mas meus pés estão constantes e com certeza firmes apertando para baixo sobre o acelerador. Mesmo que eu esteja sentado, o aspecto físico da condução é intenso. Meus batimentos cardíacos sofrem picos quando estou correndo em uma esteira, manchas de suor sob as minhas roupas e estou tão imerso no que estou fazendo que a minha concentração quase dói. Mas é um bom tipo de dor. O tipo que um homem como eu anseia. Não importa que tipo de pista estou, quem estou contra. No segundo em que meus pneus cantam fora da linha de partida, torna-se um pouco menos sobre quem está na estrada comigo e um pouco mais sobre me empurrar ao máximo. Eu amo o controle da condução. O poder absoluto debaixo das minhas mãos e ronronando através do motor de um carro. Estou no comando aqui, no comando completo da máquina que ruge debaixo do meu corpo. Meus únicos limites são meus. A extremidade trazeira do Corvette girou para fora, à deriva para frente para liderar como fumaça da queima dos pneus muito caros saturados no espaço ao


redor do corpo branco. Mesmo que eu estivesse dentro do carro, eu sabia o que parecia ser para todas as pessoas que estavam nas ruas. Parecia foda, porra. Então, porra ruim, era bom. Quase etéreo, o nevoeiro branco levantando e cortando o corpo branco lustroso, brilhante com perfeita precisão. Justamente quando parecia que eu poderia ir muito longe, giro o volante e coloco a extremidade trazeira de volta onde ela pertencia e martelo o nariz para frente para disparar na frente na última reta. Atrás de mim, um Dodge Charger entrou rápido, farejando perto da parte de trás do meu Vette e colocando pressão sobre mim para me mover ou sair. Eu ri. Sob meu controle, o volante obedeceu cada comando. O carro desviou com pequenos empurrões decisivos. Direita — esquerda, então direita — esquerda novamente. O Charger atrás de mim desviou uma vez, pensando que ia poder passar em torno de mim, mas eles deviam saber melhor agora. Voltei solidamente na frente, me afastando e pisando na sua esperança. Acho que eu era o tipo de leão que gostava de brincar com a comida antes de dar a mordida fatal. Agressividade e frustração do piloto no meu retrovisor estalaram no ar, e pressionei o acelerador, ordenhando o meu carro para um desempenho ainda maior. O mecanismo respondeu, e eu deslizava para frente, criando mais um abismo entre nós. Suas emoções estavam começando a nublar sua condução. Eu podia senti-lo quase que imediatamente. Isso deixou um gosto na minha boca. Essas emoções iam ser a sua ruína. Não o fato de que ele tinha qualquer. Diabos, todos nós fizemos. Mas eles não pertenciam a uma corrida de rua. Acontece que eu estava certo. Em sua pressa, ele pressionou para baixo sobre o injetor NOS instalado no carro dele. Ouvi o gemido do seu motor mesmo sobre o zumbido do meu ronronar, suave.


O tiro do Charger para frente, fazendo picadinho da distância que coloquei entre nós fez com que entrasse quente no para-choque do meu Vette. Desviei, mas não importava. O garoto atrás do volante não aguentou o poder. Ele não tinha conhecimento suficiente para usar o músculo que acabara de convocar. O tempo desacelerou. Minha própria respiração ecoou nos meus pulmões quando ele perdeu uma fração de segundo de controle. Uma fração de segundo, às vezes era tudo o que precisava. O canto frontal do seu carro bateu no meu para-choque, me enviando em um círculo. Eu dirigi para ele, não lutei contra isso, sabendo que poderia usar o impulso do golpe para girar de volta, em linha reta em direção à linha de chegada. Ele não teve tanta sorte. O Charger virou e começou a rolar. Eu tinha uma vista privilegiada através do meu para-brisa quando o meu carro girou ao redor. Vindo por trás do Charger, sem permissão, um carro que eu conhecia muito bem. O Camaro preto que o meu irmão sempre dirigia chegou perigosamente perto, e cada músculo do meu corpo ficou preso. "Não!" Gritei e comecei a lutar com o meu carro, na intenção de submetê-lo. O Charger rolou e capotou sobre o pavimento, como se não fosse um pedaço de metal, mas um acrobata realizando alguma rotina fabulosa. Minha atenção zerou. O Vette disparou para frente, derrapando um pouco enquanto eu forçava para fora da rotação e avançava para frente, agora dirigindo na direção oposta à que tinha ido. Uma cabeça loira era o meu foco. Através do para-brisa do carro do meu irmão, vi seus olhos redondos, seus ombros tensos e suas mãos apertadas no volante. Quando um homem estava dirigindo tão rápido quanto todos nós estávamos, tudo acontece muito rápido, muitas vezes muito rápido para ter tempo suficiente para antecipar ou até mesmo reagir. Quando o meu irmão viu o naufrágio em movimento, ele já estava tão perto, que mesmo pisando em seus freios não o impediria de se tornar uma vítima.


O fodido Charger estava indo direto para ele. Eles iriam colidir, meu irmãozinho aterrissando por baixo. Lembra quando eu disse que você não podia deixar a emoção atrapalhar a sua condução? Havia uma exceção. Família. Meu irmão mais novo. Forcei meus olhos para fora dele. Não podia deixá-lo me paralisar. Meu pé socou o acelerador até o chão. Raramente fazia isso, nunca houve uma razão para isso. Empurrar o carro para o seu máximo absoluto nunca foi uma necessidade. Até agora. O som dos meus pneus no pavimento foi tão alto que ecoou na noite. O fim do Charger ricocheteou na calçada e foi para mais uma rotação, a rotação que cairia em cima de meu irmão. Foi uma decisão de momento. Que eu teria feito mesmo se tivesse cinco minutos para considerá-la. Quando o carro atingiu o pico no ar, o meu Vette deslizou por baixo dele, pisei duro no freio de emergência e desviei a roda com mais violência do que normalmente faço nos meus passeios. O carro sacudiu. O meu corpo bateu contra a porta e saltou, e o carro continuou a inversão de marcha afiada. Minha parte traseira se chocou contra o Camaro, empurrando-o para o lado, quando o meu carro assumiu o lugar que era suposto ser para o meu irmão. Joguei o carro em marcha ré e bati no acelerador novamente. Nem sequer olhando para onde estava indo. Apenas fui. O Charger caiu do céu como um avião com a falha completa do motor. Metal triturando, vidro quebrando e gemidos altos encheram os meus ouvidos. O impacto do Charger sobre o Corvette foi como se meu corpo tivesse atingido uma parede de água de uma queda de seis metros. O cinto de segurança me apertando dolorosamente quando o meu corpo foi empurrado mais uma vez. O


airbag implantado, perfurando meu corpo e roubando o meu ar. Minha cabeça bateu para trás, o sabor do sangue na minha língua, e então tudo ficou em silêncio.

O tipo de silêncio que se segue a destruição é sempre meio sinistro. Como a calma depois da tempestade... você sabe, onde tudo ao seu redor está fazendo o inventário do que diabos aconteceu e quanto dano havia para recuperar. Num piscar de olhos, os meus movimentos meio lentos quando empurrei o airbag enchendo a minha visão. O peso do meu braço se moveu o suficiente para eu ter uma vista de quão perto estive de virar uma panqueca sobre esta estrada escura. O Charger estava de cabeça para baixo no meu teto. Balançava como uma gangorra no vento. Vidros quebrados estavam por toda parte como escombros, e os faróis lançavam um brilho para o lado da estrada. O corpo do Charger estava mutilado e amassado, a pintura, parcialmente raspada pelo tombo, e as janelas todas quebradas. Meu para-brisa estava cheio de mil rachaduras, fazendo parecer uma teia de aranha gigante. Tudo o que precisava era de um ligeiro cutucão e a coisa toda cairia. O som de metal contra metal me causou calafrios sobre a parte de trás do meu pescoço. De repente, tudo pareceu explodir em movimento novamente, os sons das pessoas gritando encheram o ar e o corpo do meu carro sacudiu como se alguém estivesse pulando no capô. "Lor!" Uma voz familiar gritou. Ouvi o alarme, o tom de medo, e meu corpo enrijeceu. Lutei para empurrar a maçaneta, mas o maldito airbag não saia do caminho.


"Lor!" ele gritou novamente, e a minha porta foi aberta. O ar da noite veio zumbindo de forma sufocante dentro do carro. O airbag foi empurrado para fora e apareceu a cabeça loira do meu irmão. Linhas de preocupação vincando o seu rosto, seus olhos frenéticos. "Estou bem." Eu lhe garanti e estendi a mão para as fivelas do cinto de segurança. "Que porra você estava pensando?" Ele gritou, puxando fora as extremidades do cinto de segurança, depois que eu os soltei. Não me ofendi, porque o medo subjacente em seu tom me cortou. Não quero morrer. Isso é o que eu estava pensado. "Você está bem?" Perguntei, querendo sair do assento do motorista. Eu estava um pouco instável, mas empurrei de volta, me recusando a mostrar qualquer tipo de fraqueza, mesmo depois de quase virar comida de peixe. Poupei um olhar ao meu Corvette branco gelo uma vez perfeito. A extremidade dianteira inteira estava amarrotada na frente, o capô amassado em torno do Charger em ângulos estranhos. Fumaça saia dos pneus e o cheiro de borracha queimada tingia o ar de fluido de freio. Meu carro, provavelmente, deu perda total. Eu não ia ser capaz de corrigir o dano feito. É totalmente horrível porque este era o meu carro favorito. "Eu"! Arrow zombou, me lembrando de que eu devia estar tendo certeza de que ele não foi ferido. Concentrei-me nele enquanto ele empurrava os longos fios caindo sobre o lado de sua cabeça. "Você acabou de cabeça em um naufrágio." Dei-lhe um sorriso. "Mas eu morri?" "Sua boca esta sangrando," ele disse, não encontrando humor na minha piada. Limpei os meus dentes, meus dedos ficaram vermelhos. Dei de ombros. "Mordi a minha língua quando o airbag ativou." "Não faça isso novamente," Arrow disse, sua voz um pouco oca e baixa. Olhei para cima bruscamente. Seu rosto estava fantasmagoricamente pálido, os olhos dele estavam arregalados parecendo pires, brancos em seu rosto.


"Ele estava indo direto para você." Limpei a minha boca um pouco mais, não tirando os meus olhos dele. Seu corpo mudou, sua voz focou áspera. "Eu tinha tudo sob controle." Talvez. Mas ele era meu irmão. "Como eu ficaria se você morresse Lor?" Ele empurrou o meu ombro. "Prefiro ir do que ficar aqui sem você." A declaração ousada apertou o meu coração. Puxei-lhe contra o meu peito e o envolvi em um abraço apertado. "Não fale assim," sussurrei e bati-lhe no ombro. Ele agarrou as minhas costas como se estivesse com medo de que eu pudesse desaparecer. Eu não era de mostrar qualquer tipo de emoção, especialmente, não em uma corrida no meu próprio território. Mas o garoto estava claramente abalado. Ele tinha passado por muita coisa. Ele não precisava que eu o afastasse, como se eu fosse muito macho para abraçá-lo. Movimento vindo em nossa direção me fez olhar para cima. Raiva, cortando todos os carinhos de família e empurrei meu irmão para trás. "Seu maldito filho da puta!" Eu rugi e explodi para a frente. Meu punho se dirigiu para o seu rosto. Senti o osso dar forma quando seu corpo recuou com a força da batida. Quando ele estava esparramado sobre o chão, fiquei sobre ele, o peito arfante. "Seu estúpido, arrogante quase matou o meu irmão," rosnei. Seus olhos estavam ligeiramente sem foco quando ele olhou para mim, mas sabia que seus ouvidos funcionavam muito bem. Ele parecia bastante ileso considerando que o seu carro apenas bateu no meu. Minhas mãos tremiam com a necessidade de corrigi-lo. "Foi um acidente," ele murmurou. "Perdi o controle." "Você nunca teve o controle!" Eu cuspi. "Nunca mais volte no meu território. Você está fora." Meu ponto de vista, qualquer homem podia conduzir, mas ele tinha que ser real sobre isso. Pensar que você poderia lidar com muito poder muito rápido era uma maneira das pessoas morrerem.


Conduzir da maneira que nós fazíamos não é um esporte seguro por qualquer meio. Mas algumas pessoas eram muito idiotas. Este idiota era um poser com um belo carro, que pensou que poderia ser melhor e me fazer parecer um tolo em meu próprio território. "Mas..." Ele tentou se levantar, mas caiu de volta. Senti o meu lábio superior curvar-se em desgosto. As pessoas se aglomeravam ao nosso redor, olhando cautelosamente. Senti o olhar crítico de alguém perto, incrédulo que eu agredia um homem que quase morreu. Ele deve ser novo aqui. Todos aqui sabiam que eu não me importava. Se ele tivesse morrido, teria sido culpa dele. "Tire-o da minha frente!" Rosnei. Eu não tinha tempo para isso. Uns caras apareceram e levou ele. "Jones"! Eu lati e virei às costas. Apareceu um cara em um conjunto de macacão e um chapéu para trás. "Vou precisar de seus caminhões de reboque esta noite, homem." Ele assentiu. "Tenho-os aqui em cinco minutos." Estendi a minha mão, e nós batemos. "Obrigado, cara." Aqui no meu território, não chamamos a polícia. Eles nos atirariam na cadeia, de qualquer maneira. Eu não gostava muito de gaiolas de metal onde eles gostavam de trancar os pilotos. Acidentes aconteciam, e nós os limpávamos. Além disso, eu tinha certeza de que se isso acontecesse, meu patrocinador leria a porra do ato de motim. Tive sorte que não tivesse sido pior. Eu tinha uma corrida chegando. Talvez seja hora de uma pequena pausa das ruas. Pelo menos até a minha próxima corrida acabar. "Você tem certeza de que está bem?" Arrow perguntou, chegando ao meu lado enquanto eu estudava a bagunça que estava o meu Corvette. "Estou bem," respondi.


"Eu tinha tudo sob controle. Eu ia me mover," ele disse com arrependimento e agitação em seu tom. Ele estava chateado que pulei na frente dele. Chateado porque o protegi. Meu irmão viveu muito tempo sem proteção contra idiotas. Ele poderia ficar irritado com tudo que quisesse, mas isso não me impediria de ser o irmão que deveria ter sido antes. "Perdeu o controle das ruas," alguém disse por trás. Afastei-me dos carros destroçados e olhei fixamente para o homem que se aproximava. Kurt Bodean tinha uma participação regular nas ruas. Ele corria aqui, vivia aqui e geralmente me irritava aqui. Nem sempre foi assim, pelo menos a última parte, de qualquer maneira. Na verdade, costumávamos ser bem próximos. Tínhamos crescido juntos, trabalhávamos em algumas lojas de carro juntos, mas ao longo dos anos, tínhamos crescido separados. Sempre tivemos uma relação de equilíbrio na linha de amigos e rivais. Quanto mais velhos, mais parecia que só estávamos mantendo o outro perto para manter um olho sobre o outro. O fato de que eu tinha dinheiro sempre foi um ponto de atrito com ele. Mas quando comecei a correr e assumir o controle do território, todas as ‘vantagens’, que eu tinha se tornou muito difícil de ignorar. O ciúme era um monstro feio. "Eu acho que controlei a rua muito bem esta noite," eu disse lentamente. "Deixar juniores em suas corridas não parece controle para mim." Virei a minha cabeça em direção a Kurt e nivelei meus olhos com ele. "Você sabe muito bem que júnior sempre esteve ao redor há um tempo. Ele estaria bem se não tivesse instalado um monte de merda em seu carro para o qual ele não estava preparado." Kurt olhou para os carros, depois voltou. "Estou pensando que sua atenção deve estar muito dividida ultimamente, com a NRR e tentando manter o controle aqui."


Ele tinha um corte que sugeria que não tinha tempo de se preocupar com o seu cabelo, mas em seu queixo tinha um cavanhaque que mantinha claramente aparado. Então meus pensamentos sobre o seu estilo e talvez alguns dos seus problemas fosse calvície prematura. "Você está de olho no meu lugar?" Perguntei, meus olhos estreitando-se. O que aconteceu com essa gente esta noite? Um homem não conseguia ter uma noite de folga sem que alguém tentasse tirar algo dele? "Talvez", respondeu Kurt. Bem, pelo menos ele foi sincero. E ao contrário do júnior que destruiu o meu carro, ele realmente tinha alguma merda para sustentá-la. Fui até ele. Medimos um ao outro como se nós nunca tivéssemos nos conhecido antes. "Meu lugar aqui não está vago," eu disse uniformemente. "Talvez devesse estar." Não gostei do brilho nos olhos dele. "Você deve cuidar de si mesmo," avisei. Ele não recuou, mas eu não esperava que ele fizesse isso. Eu não teria se cobiçasse o topo. Eu não era burro. Eu sabia que isso ia acontecer. A maneira que algumas pessoas vieram por aqui, agora que eu estava dirigindo para a NRR, não precisava estar nas ruas para saber. Eu implorei para diferir. Nunca esqueça de onde você veio. É exatamente aí que transformou um homem em quem ele era. Eu vim destas ruas. Eu não era algum piloto profissional mimado que tinha tudo de mão beijada. Para mim, estas ruas foram o caminho que me levaram até a NRR. Jones chegou em um caminhão de reboque, seguido por outro igual. As pessoas ao nosso redor entraram em ação, preparando-se para erguer o Charger, o meu carro e rebocar ambos.


Eu tinha visto o que acontecia quando os homens esqueciam. Uma vitória, um passo em um nível superior, onde eles eram arrogantes. Os faziam pensar que eram melhores do que aqueles que deixaram para trás. Na verdade, éramos todos iguais. Eu, Kurt... inferno, até mesmo o júnior que arruinou o meu carro. O que nos diferenciava era pura determinação. Pura vontade... E uma dose pesada de trabalho duro. Mesmo que o mais amargo < inserir Kurt > gostasse de dizer que era dinheiro e sorte. Dinheiro e sorte não doíam. Mas não era definitivo. Às vezes, nem mesmo todas as alternativas acima eram o suficiente. Às vezes, nós somos forçados a voltar para onde começamos, e temos que começar de novo. É por isso que saber de onde você vem não era algo que você poderia deixar para trás. Se eu tivesse que começar de novo, gostaria que fosse aqui, no meu território. Até esse ponto, meus pés estariam firmemente plantados em ambos os mundos das corridas. Este e a NRR. E ninguém ia ficar no meu caminho.


MEN VS WOMEN Verdades que você precisa saber, mas você não faz. VERDADE MASCULINA Os homens desfrutam longas e românticas caminhadas... Para o frigorífico de cerveja

CAPÍTULO TRES

Joey

Haviam rapazes na minha cozinha. Não quaisquer rapazes. Trent e Drew. "Como vocês entraram aqui?" Eu fiz uma careta. Fiquei feliz em vê-los, mas era de manhã e eu ainda não havia tomado café. Além disso, hoje era o dia. "A governanta nos ama," Trent disse em torno de uma mordida em um enorme bolo caseiro. Drew estava ocupado com uma xícara fumegante de café, mas ele sorriu quando Trent respondeu. A governanta ama os dois. Todos amavam. Eles eram praticamente o par mais amável de homens em todo o planeta. E o fato de que eles se amavam só fazia ser mais cativante. "Meu pai chamou vocês aqui," eu disse enquanto derramava a bebida escura, ricamente perfumada em uma caneca branca sentada ao lado do pote. Drew apareceu silenciosamente ao meu lado e empurrou o seu copo meiovazio debaixo do meu nariz. Lutei contra um sorriso enquanto eu enchia para ele


de novo. Ele parecia tão descontente como eu me sentia pela manhã. Seu cabelo também estava artisticamente arrumado para parecer despenteado ou... Conhecendo o Drew, estava apenas despenteado. A barba em seu queixo era um dispositivo elétrico permanente. Parecia um pouco mais pronunciada esta manhã, e pela primeira vez, ele não estava usando uma jaqueta de couro e jeans preto. Em vez disso, ele estava vestido com uma calça de jeans azul solta, uma camiseta branca e uma camisa de botão xadrez aberta. Era amarelo brilhante e azul cobalto. As cores pareciam deixar seus olhos azuis ainda mais azuis. "Finalmente consegui convencê-lo a te passar para o lado escuro da caverna," ele meditou, escrita na sua cara de café a aprovação. Quando o conheci, eu estive interessada em sermos mais do que amigos. Se eu não tivesse visto como ele olhava para o seu melhor amigo, provavelmente eu o teria perseguido. Mas seu coração já estava tomado, e agora eu não podia imaginá-lo como algo diferente de um amigo. "Ron Gamble não tem caverna." Acertei-o no peito. "E seu acordo veio com uma lista de condições." Virei-me para encostar contra o balcão e deixei o primeiro gole de café na minha garganta tocar a minha alma. Era uma boa merda. "Uma dessas condições é uma entrevista dupla com Lorhaven," Trent desnecessariamente apontou enquanto empurrava o resto do seu bolinho entre seus lábios. Dei-lhe um olhar azedo, e ele sorriu com mirtilos preso em seus dentes. Além da sua boca cheia de comida, Trent era muito mais puxado do que Drew, na aparência, de qualquer maneira. Ele tinha toda a vibração ‘sem esforço, mas ainda conseguindo parecer fresco’ acontecendo. Seus cabelos loiros escuros estavam estilizados de um jeito desalinhado, usava um shorts de tênis da marinha pendia abaixo dos seus quadris e um polo de algodão branco com os dois botões superiores desfeitos abraçava o seu corpo superior e parecia esticar ao redor dos músculos de seus bíceps.


Empoleirado no topo de sua cabeça estavam um par de Oakleys, e em seus pés estavam chinelos. Eu honestamente nunca pensei que os homens pareciam bons em chinelos ... mas ele sim. "Uma das condições para obter algum tempo de mídia." Eu corrigi. Em seguida, murmurei, "Lorhaven vem com a maldita entrevista." Agora que ele tinha uma caneca cheia de café, Drew se deslocou para onde Trent estava e se apoiou contra o balcão ao lado dele. Automaticamente, Trent deslocou-se para que seus lados fossem pressionados juntos. Drew estendeu sua caneca, e Trent pegou-a para tomar um gole. Quando ele terminou, colocou de volta na mão de Drew, permitindo que seus dedos se demorassem em Drew por alguns segundos antes de se afastar. O quarto ficava crepitante sempre que eles estavam lá. Eu honestamente nunca vi nada parecido. Certamente não com meu pai e minha mãe, não com meu pai e qualquer outra mulher que tinha vindo e ido de sua vida desde que eu tinha nascido. Eu nunca tinha experimentado isso também. Eu teria argumentado que atração como essa não existia, mas não podia negar o que estava bem na minha frente. Fez-me pensar se algo assim nunca tocaria a minha vida, ou se era reservado apenas para poucos. "A situação se inverte," Drew meditou, a covinha em sua bochecha fazendo uma aparição. Claramente, o café estava começando a bater sua corrente sanguínea. "O quê?" Perguntei. Claramente, não estava atingindo o meu ainda. "Parece que ontem você foi enviada para ajudar a me preparar para dirigir na NRR. E agora eu estou sendo enviado para ajudá-la a atravessar.” Eu fiz uma careta. "Você não precisava de ajuda. Eu também não.” Drew apenas sorriu. Ele nunca pareceu levar minha natureza independente para o coração. “Não, mas isso nos dará uma desculpa para sair.” "Sim, você vai nos deixar no pit na sua próxima corrida?" Trent perguntou, abanando as sobrancelhas.


Drew riu. Eu ri. Eu senti falta deles. Às vezes passávamos semanas sem nos vermos, especialmente quando Drew estava correndo em todas as preliminares para a primeira temporada Indie. Mesmo que nós esperássemos ver uns aos outros mais agora, eu sabia que ainda seria difícil de nos encontrarmos. A temporada de NRR estava começando, e minha temporada já estava em andamento. Eu disse a meu pai que honraria os meus compromissos, e o faria. Nunca voltei com a minha palavra. Mas meio que queria poder. Eu nunca diria isso em voz alta para ninguém, mas os profissionais estavam me desgastando. Era difícil lutar (e lutar sozinha) quando não havia fim para a luta à vista. Eu adorava carros. Adorava a corrida e a sensação da estrada sob meus pneus. Eu até adorava estar presa a um carro de corrida sem muito espaço para me mover. Mas eu estava pronta para uma mudança. Estava pronta para abraçar o mundo Indie, e esperava que eles me abraçassem também. "Eu tenho um passe com seus nomes nele," disse a ele e peguei um muffin. A ideia de Trent e Drew no pit com a minha equipe me fez olhar para frente às minhas corridas um pouco mais. "Eu tenho uma camiseta para você." "Uma camiseta?" Perguntei, enrugando o meu nariz. Trent sorriu e rapidamente fez um gesto em direção ao pedaço de tecido na ilha. Eu nem tinha notado. Abandonando o meu café da manhã, peguei o tecido no balcão e o segurei. A camiseta era amarela, uma cor que parecia se tornar a assinatura de Drew, e na parte de trás dizia: Drew Forrester


PIT CREW3 Eu sorri e puxei-a de volta contra o meu peito, segurando-a para que eles pudessem ver. Um rápido olhar para baixo, e vi o esboço de um carro de corrida na frente. "Adorei," disse a eles e dobrei-a cuidadosamente para colocá-la para baixo. "Obrigada." "Vamos ajustar os horários mais tarde. Jantar?" Perguntou Drew. Eu balancei a cabeça. "Vocês ficarão na cidade por um tempo?" “Até a corrida da próxima semana,” respondeu Trent. Isso era certo. A primeira corrida Indie da temporada oficial era no Gamble Speedway. "Vocês não podem ficar em um hotel a semana toda," eu disse a eles. "Fiquem aqui." "Eu não sei," Trent disse. "Este lugar é meio pequeno." Drew riu. Eu revirei os olhos. “Acho que podemos encaixar vocês. Vocês podem ficar com a suíte perto da minha ala.” "Eu estava meio que esperando que você dissesse isso," Trent admitiu. Ao lado dele, o rosto de Drew ficou escuro. O que foi aquilo? Antes que pudesse perguntar, Drew empurrou o balcão. “Você está pronta? Não pode ser tarde para sua grande entrevista.” “Tenho certeza de que Lorhaven não se importaria,” murmurei. "Ele provavelmente preferiria. Porco da atenção." Trent soltou uma gargalhada e passou o braço pelos meus ombros. "Dê-lhe o inferno."

3

Pessoal dos boxes


Atravessamos a casa, mas na porta da frente, Drew fez uma pausa com a palma da mão na maçaneta. “Você se importa de dirigir?” Perguntou por cima do ombro. Esse olhar estava de volta em seus olhos. "Claro que não. O Skyline está bem lá fora.” Trent assentiu. "Nós vimos isso no caminho." Puxei as chaves do meu bolso, e fomos para o sol do verão. Era cedo, por isso não estava muito quente, mas eu poderia dizer pelo ar abafado que ia ser um dia quente. Fiquei no banco do motorista, Drew subiu na parte de trás e Trent pegou uma arma. Ninguém disse nada enquanto caminhava pelo longo caminho de entrada, mas quando nos aproximamos dos portões, a tensão no carro parecia aumentar. Olhei para Trent e depois para Drew. "O quê?" Eu disse finalmente. Trent agarrou o queixo em direção a algo do outro lado do portão. Um SUV preto e um carro estranho estavam estacionados na rua. Enquanto observava, a janela do passageiro do SUV rolou para baixo e uma câmera com uma lente enorme apareceu. "A imprensa está te seguindo?" Perguntei com irritação em meu tom. "Os malditos sanguessugas estavam esperando no saguão do hotel quando desci esta manhã," ele cuspiu. E isso explicava porque Trent parecia aliviado quando lhe ofereci um quarto aqui. Atrás dos portões, onde a imprensa não conseguia entrar. A raiva aqueceu as minhas bochechas. "Eles perseguem muito vocês?" “Só quando estamos na estrada,” disse Drew. “Agora temos portões em casa.” "Graças a merda," Trent murmurou. Eles estavam muito na estrada. Eu não poderia imaginar ter uma câmera até a minha bunda toda vez que eu pisava fora. Dei um olhar para Trent. Ele estava olhando para baixo, para o SUV preto com algo perto de raiva sob seu olhar fixo.


"Ei," eu disse e toquei o seu braço. Seus olhos castanhos colidiram com os meus. Eu vi a borda dura lá, o aço absoluto e a determinação para proteger Drew de tanto da intrusão quanto possível. Isso me deixou triste por eles. Eles não eram um ato de circo. Eram dois homens realmente apaixonados. Eram amigos, irmãos, empresários. Eles mereciam privacidade e uma chance de viver suas vidas sem Trent ficar na defensiva cada vez que saíam de casa. "Você pode ficar na minha casa sempre que vier à cidade," eu disse a ele suavemente, acariciando-o com a mão. O cara relaxou, quase o brincalhão que vi esta manhã na cozinha voltou à superfície. Ele agarrou a minha mão e beijou a parte de trás dela. "Obrigado." "Vocês dois parecem terrivelmente confortáveis lá em cima," Drew arrastou do banco de trás. Trent piscou para mim. "Não pegue seus pugilistas em um bando, Forrester. Você sabe que você é meu favorito.” Drew resmungou como se estivesse satisfeito, e puxei o carro para a rua, observando que quase imediatamente, os paparazzi se retiraram para segui-lo. Acho que não importou que deixássemos o Fastback para trás; os idiotas sabiam que Drew e Trent estavam comigo. "Então me diga," eu disse, me afastando do retrovisor e esperando distrair os caras dos urubus atrás de nós. "Quanto de um idiota Lorhaven vai ser hoje na entrevista?" Drew bufou. "Em uma escala de um a dez?" Ele perguntou. "Vinte." Oh, ótimo. Algo para olhar para frente. Não.


MENS VS WOMENS Verdades que você precisa saber e não sabe.

VERDADE FEMININA Em média, uma mulher tem quatro parceiros sexuais em sua vida.

CAPÍTULO QUATRO

Lorhaven

Ferro velho. Não corrigível. Totalmente fodido. Todas essas coisas descrevem a condição de meu belo Corvette branco. Uma vez que conseguimos voltar para o hangar, parecia ainda mais sem esperança sob os feixes brilhantes e duros dos holofotes. Recusando-me a admitir a derrota, passei por aquele carro como se estivesse procurando ouro. Arrow ajudou, embora soubesse que ele pensava que era impossível. Depois de várias horas e um longo momento de silêncio, puxei uma capa sobre ele e liguei para ela. Morto à chegada. Arrow me ofereceu o Camaro. Eu não ia pegar o carro do meu irmão. Ele adorava a forma como deixei o Corvette. Tivemos alguns outros carros em nossos hangares. Eram carros agradáveis. Um Nissan, um Dodge, até mesmo um modelo mais velho do Corvette. Dirigi em um Mustang por uma semana.


Não era um Fastback, mas me sentia como um aspirante a Forrester. Então vendi. Não demorou mais de um dia. Tudo o que tinha que fazer era dizer que estava vendendo um dos meus carros. Um dos motoristas que eu estava acostumado a ver ao redor de minhas corridas comprou. Pagou todo o dinheiro. Não perguntei de onde ele tinha todo esse dinheiro, porque realmente não me importava. Era verde, e aumentou a minha linha de fundos. Pessoalmente, pensei que era muito fodidamente estúpido para o cara comprar o meu carro, porque sabia que iria aparecer em minhas corridas com ele. Ele nunca me vencerá dirigindo um carro praticamente construído. Eu conhecia todas as nuances do Mustang. A menos que ele fizesse muito trabalho sob o capô, eu o espancaria sem nem tentar. Mas ele iria pegar algumas vitórias no meu relvado quando eu não estivesse correndo. Talvez ele não quisesse ser o melhor como Kurt. Talvez ele só quisesse ser melhor do que era agora. Eu respeitava isso. Olhei através de listagens, para outro Vette. Mesmo teste dirigiu um cupê. Não me sentia bem. Era como tentar substituir o seu jeans favorito. Não importava se eram exatamente iguais, porque o original era sempre o melhor. Em suma, eu estava em um maldito humor fodido. E eu nunca diria isso a ninguém, mas meu pescoço doía muito. Acho que ter a minha cabeça estalada de volta no acidente, puxou algum músculo ou alguma merda. Na manhã da minha entrevista com a GearShark, Arrow se levantou e saiu do hotel cedo. Achei que ele iria tomar café da manhã. Tomei um banho quente e coloquei uma calça jeans e uma camiseta preta com o logotipo do patrocinador nela. Não demorou muito para que algumas ofertas chegassem ao meu caminho. Estendi, porém, até que o melhor veio. Ted Bayer era um dos três homens que possuíam a corporação New Revolution Racing. Ele era rico e conectado. Seu negócio principal era uma companhia enorme de pneus que tinha uma rede de lojas em cada estado no país. Ele tinha suas mãos em outros negócios também, mas era o logotipo de Brickstone Tire que estava proeminentemente exibido na maior parte da minha merda.


Quando Arrow entrou na sala sem qualquer café ou comida em suas mãos, dei a ele um olhar de WTF. "Você não me trouxe café, idiota?" Arrow sorriu debaixo do chapéu de beisebol que usava. “Te trouxe algo melhor.” No caminho para o elevador, empurrei a minha carteira e o telefone em minha calça jeans e dei-lhe o brilho da morte até que entramos na calçada de tijolos do hotel. Eu parei em meus pés na visão. Olhei entre Arrow e o objeto estacionado lá. "Você fez isso?" Ele sorriu como se pensasse que ele era fodidamente brilhante. "Cara, você tem sido como um velho com um caso ruim de gota e algumas hemorroidas extragrandes ultimamente." "Foda-se," eu disse a ele, ainda olhando. Era a porra de um Lotus. Um próspero Lotus Elise. Este carro é basicamente mistério e sensualidade embrulhado em um pacote de duas portas. Havia muita história de corridas e algumas vitórias impressionantes em torno do Lotus Elise. Era o tipo de carro que as pessoas soltavam suas vozes uma oitava quando falavam sobre isso. Ele só tinha esse tipo de atração majestosa. Lotus era realmente uma marca bem conhecida em meus círculos, o fabricante tendo, basicamente, tirado uma Ave Maria. Alguns anos atrás, muitos dos fabricantes de automóveis na Grã-Bretanha estavam falindo, e parecia que iria cair com eles. Mas a empresa jogou todo o último recurso que tinham na Elise. E valeu a pena. Ele literalmente salvou a marca inteira. Esse é o tipo de mágica que eu estava falando aqui.


E sentar-se a menos de seis metros de distância não passava de um bom espécime. Além disso, era branco. Aproximei-me lentamente do carro, estudando cada linha e curva em seu corpo perfeitamente projetado. As rodas eram pretas com um leve acetinado expresso em forma de Y. Os pneus dianteiros eram dezesseis polegadas, enquanto as traseiras eram dezessete. As aberturas arredondadas atrás das duas portas eram ferozes. Luzes traseiras redondas ancoravam a palavra L O T U S escrita entre elas. O telhado era um topo duro removível e luzes auxiliares instaladas na parte dianteira. Era um pequeno carro esportivo, tinha apenas espaço suficiente para dois, mas meu Deus, tinha muita presença. Francamente, estava me dando um duro. "Onde diabos você achou isso?" Perguntei a Arrow, olhando sobre o capô para onde ele estava na calçada. Você pode encontrar qualquer coisa na internet. Procurou um carro para mim. E ele encontrou isto. Eu estava maravilhado. Meu momento chegou a Jesus, mas foi interrompido quando alguém abriu a porta do motorista e entrou. Eu enrijeci e corri ao redor do capô para o homem. "Quem diabos é você!" Exigi. Ele achava que podia roubar o carro? Meu carro? Ele limpou a garganta e olhou para mim. Eu rosnei. Ele estava usando uma calça que era muito curta e dava uma bela vista de suas meias e sapatos. Sua camisa estava dobrada como se estivesse empurrada até o fundo de suas calças, seu traseiro provavelmente poderia prová-lo. O que diabos um fodido como este, estava mesmo tocando o meu carro? Arrow olhou para mim. “Ele é o dono, Lor. ”


Eu ri. O homem com as chaves e as calças ruins franziu o cenho. "Você é dono deste carro?" Zombei. "Eu sou um colecionador de carros," ele respondeu, sua voz apertada. Eu balancei a cabeça. Uma porra de vergonha. Ele provavelmente nem mesmo dirigiu esta beleza. Provavelmente estava guardada em sua garagem controlada por temperatura e chorava todas as noites quando as luzes se apagavam. Olhei para o carro. Vou salvar você. "Desculpe por isso, cara," eu disse, aproximando-me dele e oferecendo a minha mão. "Eu pensei que você estava tentando decolar com ele." Ele limpou a garganta e apertou minha mão oferecida. "Seu irmão disse que você está procurando um carro novo." Eu balancei a cabeça. “Este aqui está à venda?” "Pelo preço certo." Fodidos homens de negócios. Sempre achando que podiam conseguir grana com alguém como eu, porque eu parecia um menino rico que só queria impressionar seus amigos com um brinquedo novo e brilhante. "Um motor de oito cilindros. Toyota, certo?" O olhar do homem apontou um pouco. "Sim." "Cinco ou seis marchas?" Perguntei. "Cinco." Eu apertei meus lábios. "De zero a sessenta em quatro ponto dois segundos, zero a cem em quatro ponto seis," eu disse enquanto andava ao redor e admirava o corpo um pouco mais. "Duzentos e dezessete cavalos de potência e um poder máximo em um quarenta e cinco?" Ele assentiu. "Sim." Zombei. "Eu poderia chegar a um sessenta."


"É um bom projeto," disse ele. "A velocidade não foi sacrificada pela segurança. Este modelo tem ambos." Eu balancei a cabeça. Teria ainda mais velocidade quando eu tivesse terminado de modificá-lo. Eu girei para Arrow. “Que tal um teste?” "Bem, vou precisar ir com você," disse o homem, olhando para Arrow. Eu arranquei as chaves de sua mão. "Não é necessário. Vou lidar com ela com luvas de criança." "Você não pode simplesmente levar o meu carro," ele protestou com sua voz dura. Puxei a minha carteira de motorista do meu bolso traseiro e entreguei a ele. Então lhe entreguei as chaves do Camaro de Arrow. "Aqui está alguma garantia. Você não pode esperar que eu pague por um carro que nem fui capaz de dirigir. " "Você não pode esperar que eu deixe você ir embora com ele," o homem retrucou. "Eu tenho uma entrevista com a Revista GearShark." Eu dei de ombros. "Não pode ser tarde." "Revista GearShark." Ele zombou. "Eu sou um motorista na NRR." Seus olhos se tornaram especulativos. Fechei essa merda instantaneamente. "Aqui está o acordo. Vou levá-la. Nos encontraremos de volta aqui, digamos, três horas? Se eu gostar do carro, vou dar-lhe sessenta mil no local. Dinheiro." "Este carro vale setenta!" Ele fervorou. Cruzei os meus braços sobre o meu peito. "Não. Vai valer setenta quando eu terminar." "Você não pode simplesmente me dar um número e esperar que eu o aceite," o homem argumentou. “E você não vai sair daqui com o meu carro.” "Tudo bem." Segurei as chaves entre nós.


Sobre o capô, Arrow olhou com interesse. Espero que você esteja aprendendo alguma coisa, irmãozinho. "Desculpe-me?" O homem perguntou, olhando para as chaves. "Você não gosta do meu número ou dos meus termos? Tenho certeza de que você tem outro comprador disposto a dar-lhe setenta mil no local. ” A boca do homem baixou. Ele sabia tão bem quanto eu que não iria obter setenta mil dólares por este carro. Talvez se fosse novo e tivesse algumas atualizações, mas como está? Ele poderia ir se foder. "Eu vou precisar das chaves do Camaro do meu irmão de volta." Estendi a minha mão. “E minha licença.” Ele olhou para o material que estava segurando. Seus olhos pareciam aguçar minha identificação. "Você é o Lorhaven que dirige para Brickstone?" "Eu mesmo," arrastei, impaciente fazendo sinal para a minha merda. "Bem, eu acho que seria bom se você pegasse o carro um pouco." Sua mão se enrolou em torno de meu ID como se ele pretendesse mantê-lo. Acho que o meu preço caiu para cinquenta e cinco mil. Idiota. Sem mais uma palavra, me virei e me ajeitei no banco do motorista. Havia menos espaço aqui do que no meu Vette, mas gostei da maneira como o carro pareceu abraçar o meu corpo. O motor ronronou quando apertei o botão para começar e o homem na calçada ficou lá como se estivesse em choque. Abaixei a janela. "Vejo você em algumas horas," eu disse, então saí. Arrow olhou para o banco do passageiro. "Boa escolha para o seu próximo carro." Ele sorriu. Eu segurei o meu punho para ele acima do console de couro. O interior era todo de couro preto, aparado com Alcântara em vermelho.


"Bom olhar para fora, mano," eu disse a ele enquanto batíamos as mãos. Na estrada principal, eu a abri. Ela respondeu sob minhas mãos melhor do que qualquer amante jamais tinha. Droga, este era um carro doce. "Então?" Disse Arrow quando baixei a velocidade enquanto me aproximava da pista de corrida, onde a equipe da GearShark estaria esperando. "Você vai comprá-la?" "Pensando nisso," respondi, me perguntando por que eu disse isso e não um inferno imediato sim. Viramos na pista de corrida da Speedway e estacionamos no pavimento. Eu queria o carro. Este era o mais próximo que eu tinha vindo a dirigir desde que o Vette foi totalizado. No entanto, por alguma razão, algo me impediu de dizer isso. Havia uma ligeira hesitação em minha vontade, geralmente rápida de puxar o gatilho. E não era o preço. Enquanto eu dirigia através dos portões menores para o estádio, peguei a visão distinta de um Skyline amarelo brilhante. Não, não era o dinheiro. Era outra coisa.


MEN VS WOMEN Verdades que você precisa saber, mas você não faz.

VERDADE MASCULINA Os homens passam uma média de seis meses de suas vidas raspando.

CAPÍTULO CINCO

Joey

Meu cabelo. Havia tanta coisa, ela teve sua própria sentença. Minha mãe era latina. Sim, a ironia de uma mulher latina vivendo em Paris não estava perdida em mim. Ela era toda curvas, cabelos escuros e pele verde-oliva. Ela era uma mulher linda, na verdade; era a razão pela qual ela capturara os olhos de meu pai e conseguira se tornar a sua terceira e última ex-mulher. Eu tinha herdado um monte de características dela, como minhas curvas intermináveis e a massa espessa de cabelo escuro, encaracolado, que francamente, encontrava indisciplinado e às vezes incômodo. Meu tom de pele não era pálido, mas não era tão azeitona e dourado quanto algumas mulheres latinas. Isso foi cortesia do meu pai, junto com a minha altura, pelo que eu estava grata. Eu tinha tantas curvas que não poderia imaginar tentando embalá-las todas em um quadro mais curto. Pelo menos, sendo cinco sete, o comprimento do meu corpo é fino para fora dos meus quadris e no peito. Não que funcionasse muito. Tantos dias, tinha amaldiçoado o meu corpo feminino. Trabalhando numa correção de campo dominada pelos homens - um campo onde os homens


pensavam que era um presente de Deus para as mulheres, eu desejava mais de uma vez que meu peito estivesse achatado e minha botina também estivesse. Mesmo assim, não costumo cobrir as minhas curvas com roupas largas. Tentei isso; só me fez sentir como se estivesse usando um saco e ainda tive alguns comentários obscuros e proposições de qualquer maneira. Sempre longe do alcance do meu pai ou de qualquer um de seus empregados leais, é claro. E eu nunca disse uma palavra. Eu não estava prestes a correr de volta para o meu pai e tagarelar. Eu era uma garota grande e poderia lidar com um monte de pau. Não literalmente. Figurativamente Fisicamente, eu preferia meus paus um de cada vez. :-) Eu também não me vestia sugestivamente. Francamente, eu não precisava. Meu corpo tinha a capacidade de transformar qualquer roupa em algo que eu trabalhava. Normalmente, na pista, usava leggings e tops encobertos por macacões que eu tinha feito com todos os logos do meu patrocinador e marcas sobre eles. Eu não estava em um negócio onde necessariamente tinha que me vestir para trabalhar. Embora eu tivesse um sentimento de que poderia estar mudando nos próximos dois meses. Ou, hum, agora. Foi aí que meu cabelo entrou na equação. Fomos os primeiros a chegar no set da entrevista. Mais uma vez, GearShark tinha toda uma equipe de pessoas em standby para fazer a entrevista e fazer acontecer. Eu nunca tinha feito uma sessão fotográfica antes. Claro, eu tinha feito headshots4, mas era dos ombros para cima. Fotógrafos contratados pelo meu pai nunca ousariam tirar uma foto de corpo inteiro de sua única filha. <Inserir rolo de olho aqui> 4

Fotos de rosto.


Às vezes, nas corridas, a imprensa tirava fotos de mim, geralmente quando estava meio vestida de macacão e pendurava em volta da minha cintura como se eu tivesse um suéter gigante amarrado lá. Eu já estive em revistas antes. Nunca em um artigo de destaque, embora. No início, vinha para o circuito de corrida pro pensando se ser uma mulher podia realmente me ajudar. Poderia me separar e captar alguma atenção. Isso me separou bem. Para todos. Claro, algumas revistas publicaram artigos sobre mim, nunca mais de meia página, e eles sempre eram acompanhados pelo tipo de tiro que um fotógrafo acidentalmente estalou quando estava tirando fotos de alguns dos outros pilotos. Eu sabia que alguns desses fotógrafos tinham fotos de mim no pódio dos vencedores, mas nenhuma dessas fotos se tornou pública. Conspiração? Tentei não pensar. Alguns dias eram difíceis. No segundo em que Drew, Trent e eu saímos do carro, estávamos cercados. Parecia que a equipe hoje era a mesma equipe das entrevistas de Drew e Trent. Ambos tinham agraciado a capa da GearShark, e ambos os problemas tinham vendido um monte de cópias. Especialmente Trent, porque ele estava sem sua camisa. Fui levada quase instantaneamente para fazer o cabelo e a maquiagem. A estilista deu uma olhada nos meus fios muito longos, muito crespos e me perguntou se eu iria permitir-lhes alisar. Eu ri. Mas ela estava falando sério. Eu disse a ela que levaria horas. Ela bateu na minha cabeça como se dissesse: "Eu sou profissional. Veja isso." Jogo iniciado. Eu gostava de meus cabelos lisos; era muito bom ser capaz de correr meus dedos através dele. Também gostava da forma como refletia luz quando estava elegante. Mas conseguir alisar agora?


Quase impossível. Eu era o tipo de menina que lavava e usava. Você sabe, shampoo, condicionador e, em seguida, usava alguns produtos para tentar torná-lo controlável. E assim que ele secava ao ar livre, ele ficava com cachos que assumiam uma mente própria. Muitas mulheres invejam. Não era que eu pensasse que era feio; era apenas uma dor na bunda. Eu não podia nem cortar. Fiz isso uma vez, em um ataque de rebeldia. Eu parecia uma pirâmide por um ano inteiro. Fui convidada para um pequeno trailer onde o meu cabelo seria lavado, condicionado e outras coisas. Honestamente, parei de prestar atenção porque uma das meninas me entregou uma mimosa. Quando o secador de cabelo e os acessórios de salão apareceram, coloquei meus fones de ouvido e minha lista de reprodução. Eu, na verdade, gosto de estar aqui sendo mimada. Eu quase nunca vou ao salão arrumar o meu cabelo. E quase nunca consigo apenas sentar e relaxar. Eu estava sempre muito ocupada para uma pessoa, sempre em movimento. Ser obrigada a sentar enquanto o meu cabelo e a maquiagem eram feitos foi um refúgio bem-vindo. Eles até fizeram minhas sobrancelhas. Eu podia ter me sentido ofendida que estava tomando tanto esforço apenas para me deixar pronta para começar algumas fotos, como se me importasse bastante o que todos pensavam. Eu não era uma modelo. Eu era um piloto de corrida. Trent e Drew entravam e saíam do trailer. E Emily, a mulher que fazia a entrevista disse que queria nos entrevistar ao mesmo tempo. Eu tentei convencê-la a sair. Isso só parecia fazer com que ela quisesse fazer mais.


Finalmente, eu estava pronta. O estilista me virou na cadeira giratória e apontou-me para o espelho rodeado por luzes. Eu fiz duas vezes. Lentamente, levantei e tirei os fones de ouvido fora de minhas orelhas e me inclinei para frente. Meus cabelos estão parecendo incríveis. Tão bons que quase me deixou ciumenta. Olhei através do espelho para as duas garotas ali de pé. "Como você fez isso com o meu cabelo?" “Alisar?” Perguntou ela. "Fazer com que se comporte," respondi, olhando para o espelho. Parecia mais escuro assim. Quase preto. Talvez porque estava tão brilhante, quase como vidro. E suave... eu nem sabia que o meu cabelo era tão suave. Meus dedos pentearam através das costas caídas no meu peito. Estava ainda maior agora; ele passava dos meus seios. "Está suave," murmurei. "Totalmente linda," disse a garota atrás de mim. "Eu preciso de uma lista de tudo o que você usou nisso," disse a ela. Ela riu e acenou com a cabeça. Eu não faria isso em uma base diária, mas seria bom, às vezes, ficar desta forma. "O alisamento deve durar três ou quatro dias. Você pode usar algum shampoo seco nas raízes, se necessário, para dar um impulso." "A maquiagem ficou como um sonho, também," a outra garota falou. Eu nem tinha notado a maquiagem. Estava muito ocupada, admirando o meu cabelo. Mas parecia boa, também. Eles davam um olhar natural, que eu estava grata por isso. Eu não queria parecer com alguém que não era. "Nós vamos casual para as fotos." A menina continuou. "Aqui está você." Ela me entregou uma pilha de roupas. "Quando tiver terminado, encontre-nos lá fora."


Uma vez que estava sozinha, olhei para baixo no jeans rasgado e no top branco ‘esposa-batedora’. Não era exatamente o que eu estava esperando, mas eu gostei. Eu tirei o short e a camiseta que estava vestida e, em seguida, demorei alguns minutos olhado para o meu cabelo. Eu não era vaidosa. Longe disso. Mas era quase chocante vê-lo tão contido. Depois de me enfiar nas sandálias pretas de salto alto, deixei todas as minhas coisas e saí do trailer para o sol da manhã. Já estava mais quente aqui. No segundo em que os meus olhos se ajustaram, realmente esqueci tudo sobre o meu cabelo e a foto. Havia um Lotus Elise Sport 220 nas proximidades. Ele era exuberante e tão como uma sirene acenando em frente. Eu não iria tão longe como dizer que um Elise era raro, mas não acho que já tenha visto um aqui em Maryland. Aproximei-me e deixei minhas pontas dos dedos rastejarem ao longo do capô, observando que o motor ainda estava quente e esperava que a o trouxesse como um suporte para a filmagem. Talvez eles me deixassem dirigir. Eu amo o meu Skyline, era o melhor, mas este carro era... cativante. "Você gosta?" Uma voz arrastou atrás de mim. Eu ainda estava encantada pelo modo como o sol brilhava no branco. "É um sexo enlouquecido sobre rodas." Suspirei. "Isso é bom?" Olhei animada para cima, empurrei meus dedos para trás e girei. Os saltos estúpidos que estava usando quase me jogaram no chão, mas joguei fora uma mão e firmei-me no carro que apenas tinha igualado ao sexo sobre rodas. "Você." Entonei. "Eu tenho um nome, querida," ele disse de um jeito que provavelmente achava sexy.


"Chame-me de querida novamente e suas bolas vão se familiarizar intimamente com o meu pé." Ele sorriu um sorriso lento, auto satisfeito, como se a minha promessa de chutar seus meninos fosse de alguma forma excitante. Meu estômago mergulhou um pouco. "Não consigo tirar as mãos dela, você consegue?" Ele apontou para o carro que eu ainda estava me inclinando como apoio. Puxei a minha mão para trás e me endireitei. "Não posso deixar de admirá-lo," eu disse, tentando não contrariá-lo bem antes de nossa entrevista. Uma brisa apanhou, trazendo com ele uma agitação morna de ar. Os fios brilhantes do meu cabelo deslizaram para trás sobre meu ombro e roçaram minhas omoplatas. Estendi a mão e puxei uma mão através do estilo elegante porque podia. "Você já dirigiu um?" Perguntei. Ele ficou em silêncio por um momento, seu olhar escuro foi capturado por algo logo acima do meu ombro. Eu limpei a minha garganta, e ele piscou. "O que?" Eu apontei para o carro. “Você já dirigiu um Lotus?” "Uma ou duas vezes." Ele sorriu. Deus, o jeito como ele sorriu. Era como se eu só tivesse pedido uma costela para um jantar chique e ele concordasse em me entregar, embora soubesse que era exatamente isso que ele gostaria. "Espero que eles me deixem dirigi-lo," pensei, curvando-me para olhar pela janela do lado do motorista. Tinha acentos vermelhos no couro preto. Era uma máquina de sexo. "Eles?" Eu acenei distraidamente. "GearShark." "Não é o carro da revista." Sua voz era baixa, mas alta, mais próxima do que antes. Eu girei para cima. Uma mão morna e larga se assentou sobre o meu quadril, estabilizando-me. Eu balancei para trás, efetivamente trazendo as minhas costas contra o seu peito.


Como diabos ele chegou aqui tão rápido? Engoli em seco e girei. Eu não podia ir a lugar nenhum, entretanto, porque estava presa entre ele e o carro. Como um sanduíche de sexo. Meu Deus! Por que continuo pensando em sexo? Pare! Eu comandei o meu cérebro. Não havia nada sobre Lorhaven que fosse sexy. Nada. Ele era um retardado total. "O que você disse?" Pressionei de volta no carro, tentando me afastar dele. Seus olhos varreram o meu rosto. Não havia nem uma polegada que seus olhos não tocassem, e juro que sentia cada olhar arrebatador. Seus olhos estavam muito escuros. Quase pretos. Como infinitos poços escuros. Quando eu era uma menina, minha mãe me levava para a Argentina. No centro de uma praça da cidade, havia um poço de desejos. Eu costumava ficar acima dela e olhar para baixo. Atirava as moedas e esperava para ouvir o som delas batendo no fundo. Uma vez nunca chegou. Era como se fosse tão profundo que não havia fundo. Eu costumava dizer a minha mãe que queria pular e ver o quão longe iria. Queria ver o que me esperava quando finalmente atingisse o chão. Ela ria e me dizia que eu era boba. Mas oh, o mistério do poço. As possibilidades que eu usei para ter certeza de que continha. Aqueles eram seus olhos. Era desconcertante. Era intrigante. Eu queria pular e descobrir o quão profundo Lorhaven poderia ir.


A brisa soprou novamente, escovando contra a minha pele subitamente quente. Eu a senti fria, embora não estivesse. Eu tremi. “Você me ouviu?” Ele perguntou. A profundidade de sua voz também era algo que eu achava que queria explorar. "O quê?" Murmurei. Ele se moveu, o movimento principalmente nos quadris. Isso trouxe seu corpo muito mais perto do meu. Eu me inclinei ainda mais contra o Lótus. Seus dedos escavaram em meu quadril. Agarrando-me, segurando-me lá. "Eu disse que não é o carro do GearShark. É meu. Você pode dirigi-lo sempre que quiser.” Minha boca ficou seca. Como se eu tivesse, de repente, caminhado pelo Saara e estava na extrema necessidade de uma bebida fresca. "Ei," uma voz familiar rosnou. "Recue." Eu pisquei. Drew estava de pé a vários metros de distância, carrancudo, com os braços cruzados sobre o peito. A maneira como ele olhou para Lorhaven me lembrou que eu também não gostava dele. Eu trouxe as minhas mãos para cima entre nós e empurrei-o para trás duro. Ele tropeçou, com um olhar de surpresa cruzando o rosto. Joguei o meu cabelo para trás e me ergui. Com esses saltos, era quase tão alta quanto ele. Ele não me intimidou. Nenhum homem fez. "Não acho que é realmente possível," eu disse. "O que é isso?" Ele respondeu. Ugh, a arrogância em seu rosto e corpo era tão repugnante. Ele precisava de alguém para derrubá-lo um ou dois pinos.


"Que um carro poderia ser deixado imediatamente no fundo da minha lista de must-drive5." Eu dei de ombros. "Mas aconteceu. Acontece que não quero ter nada a ver com nada que você tenha tocado.” Seus olhos se estreitaram. Um ar perigoso flutuou ao seu redor. Empurrei fora do carro e andei - não - eu me afastei. Direto para o lado de Drew. Seus olhos saltaram entre os meus. "Você está bem?" Eu sorri. "Claro." Ele sorriu de volta e pegou um punhado de meus cabelos. "Parecendo muito bom, J." Atrás de nós, Lorhaven fez um barulho rude e então saiu. "Você fica debaixo de sua pele," Drew disse, orgulho em sua voz. Seu braço caiu sobre o meu ombro, e ele me guiou em direção a um grupo de pessoas onde Trent estava. "Me faz fodidamente vertiginoso." Eu ri. "Vamos acabar com isso para podermos nos divertir." "Amém," orei. Quanto mais rápido me afastasse de Lorhaven e seu presente do céu, melhor.

5

Deve dirigir


MEN VS WOMEN Verdades que você precisa saber, mas você não faz.

VERDADE FEMININA O orgasmo feminino dura em média 4x mais do que o masculino.

CAPITULO SEIS

Lorhaven Você sabe o que era melhor do que a visão do meu talvez Lotus branco pela primeira vez? A visão de uma deusa de cabelos longos de meia-noite de pé, ao lado dele. Ela pensou que era sexo sobre rodas. O meu talvez carro só se tornou certo.


MEN VS WOMEN Verdades que você precisa saber, mas você não faz.

VERDADE MASCULINA Homens mentem em média seis vezes por dia, as mulheres somente três.

CAPITULO SETE

Joey

Nós tivemos uma plateia. Não que houvesse um nós. Foi mais como eu e Lorhaven tendo uma troca de palavras e as pessoas assistiram. Uma pessoa em particular parecia intrigada pelo modo como discutimos um com o outro. Pena que ela era a responsável pela filmagem. Eu estava em um pequeno grupo com Drew, Trent e Hopper (ele veio como meu gerente, mas também para o apoio moral) quando Emily se aproximou. Lembrei-me dela quando entrevistou Drew para o seu artigo. Ela parecia a mesma. Cabelo loiro, figura esguia e uma saia apertada. "Joey." Ela começou, e todos nós paramos nossa conversa para que eu pudesse virar para ela. "Nós gostaríamos de fazer primeiro a fotografia. Está tudo bem para você?" "Claro." Balancei a cabeça e caí em passo ao lado dela enquanto ela me levava para onde eles planejavam tirar as fotos. Meus passos cambalearam um pouco quando olhei para frente, onde Lorhaven estava de pé. Os estilistas devem ter acabado com ele porque suas roupas e cabelos eram diferentes do que há pouco tempo atrás. "Uh," eu disse, observando que ele parecia estar esperando por Emily.


"Estávamos pensando..." Emily começou, medindo-me do canto do olho enquanto ela continuava andando. Não, não, não. "Seria muito divertido tirar algumas fotos de vocês dois juntos. Você sabe, um simbolismo de ambas as divisões de corrida. E uma vez que é uma entrevista dupla..." "Você quer que posemos para fotos juntos?" Minha voz estava cortada. "Eu não pude deixar de notar o jeito que vocês dois pareciam estar ali juntos," disse ela. Meu ombro ficou rígido. "Vocês dois são lindos. Vocês fazem uma combinação impressionante. Além disso," ela apressou-se a acrescentar, "isso daria uma nova dinâmica a uma capa da GearShark. Normalmente, temos apenas modelos únicos ou carros. Um casal... um casal de corridas seria realmente um vendedor." Ela disse capa? "Nós não somos um casal." Eu indiquei. "Claro que não." Emily falou. "Você sabe o que quero dizer." Minha resposta foi contundente. "Na verdade, não." A repórter parecia surpresa que eu não apenas prontamente concordei com o que ela queria. Ela começou a gaguejar, como se não soubesse o que dizer. Como se me dizendo o que ela realmente queria dizer só me irritaria mais. Meu humor escureceu. Essa entrevista foi uma má ideia. Nós mal começamos e eu já estava irritada e insultada. Lorhaven escolheu esse momento para entrar na conversa. Seu braço caiu sobre os meus ombros e eu me ergui. O movimento e o peso de seu braço puxaram o meu cabelo me enviando arrepios de dor no meu couro cabeludo. Eu o fitei, dando a ele um olhar mordaz. Ele agiu como se nem tivesse percebido. Isso me irritou. Pensei ardentemente em pisar o meu calcanhar no seu pé. Deixe Emily colocar isso em seu artigo. Meu pai teria uma intimação. E então eu estaria presa no circuito profissional. "Ela está apenas nervosa, vou ficar melhor do que ela." Deus, ele era incrivelmente arrogante. Fiz um som e empurrei o seu braço para longe de mim.


Emily ergueu uma sobrancelha. "Essa tensão é porque vocês estão em lados opostos da pista, ou é um tipo diferente de tensão?" Lorhaven abriu a boca. Eu dei-lhe um olhar de advertência. "É porque ele é um idiota," eu disse. "Meus sentimentos estão feridos," ele declarou, virando os olhos tristes e escuros para Emily. A única coisa triste era o fato de eu ter que posar para fotos com ele. "Então..." Emily olhou entre nós. "Isso é um não para a filmagem?" "Não. Nós faremos isso," Lorhaven respondeu. Sua mão encontrou as minhas costas e empurrou levemente para me impulsionar para frente. “Somos profissionais.” "Bom." Emily sorriu e fez um gesto para o fotógrafo. Ele se inclinou no meu ouvido enquanto caminhávamos. Mesmo que eu estivesse me movendo bem ao lado dele, ele manteve sua mão sobre as minhas costas. "Eles querem algumas fotos com o meu carro. Não deveria ser difícil para você, já que você estava babando nele por toda parte.” "Isso é ridículo," eu murmurei. Abruptamente, sua mão deixou as minhas costas e seu corpo girou em torno e diretamente na minha frente. Parei de andar. Seus olhos se dirigiam diretamente para os meus. "É da capa que estamos falando." Ele falou baixo, nem uma pitada do sarcasmo como normalmente existia em seu tom. "É uma boa publicidade. Poderíamos usá-la. Eu vou estar no meu melhor comportamento." Ele estava certo. Essa era uma oportunidade que eu nunca tinha sido apresentada nos três anos em que estava correndo. Mesmo que eu estivesse amargurada que eles não achavam que eu pudesse carregar uma capa sozinha, mesmo que eles quisessem esse idiota ao meu lado por isso... poderia usá-lo para minha vantagem. Poderia usar isso para me impulsionar mais e obter a imprensa que meu pai queria para que pudesse atravessar. "Tudo bem." Cedi. “Mas mantenha as mãos onde eu possa vê-las.” Seu rosto caiu um pouco mais perto do meu. Ele tinha os lábios cheios e largos... "Agora, que diversão teria isso?" Levantei o queixo um pouco em um desafio. As pontas do meu cabelo escovando as minhas costas. "Melhor comportamento." Lembrei-lhe. Ele levantou as mãos, as palmas para fora como se estivesse se rendendo. Eu sabia melhor.


O fotógrafo começou a latir ordens e nós nos movemos para o capô do Lotus. "Eu vou fazer você se sentar lá," ele disse para Lorhaven, apontando para o capô, entre os faróis. "Abra suas pernas," ele instruiu. Lorhaven tinha pernas longas e magras, e quando ele estava sentado no capô branco seus jeans rasgados pareciam esticar. O tecido estava tão gasto e esfarrapado que um de seus joelhos estava completamente exposto. Observei enquanto ele seguia as instruções do fotógrafo e apoiava um pé na bota preta na frente para que seu joelho estivesse dobrado e mostrasse ainda mais de sua pele. "Ótimo," disse o fotógrafo, fazendo o backup e verificando a foto em sua câmera. "Desabotoe a camisa." Lorhaven estava usando uma camisa branca fina e transparente que abotoava na frente. Assisti seus dedos longos habilmente abrir a camisa e revelar o seu torso forte, musculoso. Ele tinha uma pele genuína em tons de azeitona. O tipo que fica bronzeada durante todo o ano. Era o tipo de tom de pele que a maioria das pessoas na Argentina tinha, onde minha mãe cresceu. Robusto, ela o chamaria - um espécime primoroso de um homem viril. Quando a brisa soprou, uma mecha de cabelo escuro saiu do lugar e caiu sobre a sua testa. Alisou-a para trás, passando as mãos pelos fios mais compridos do topo, o que lhe dava uma aparência feita, mas não muito. "Joey..." O fotógrafo fez um gesto. "Se eu pudesse te colocar entre as pernas dele." Lembrei-me que isso era para o trabalho e fiz o que me disseram. Eu esperava ver algum tipo de humor ou satisfação doente em seu rosto, porque fui literalmente instruída a ficar entre as pernas, então quando olhei para cima, foi com desafio. Ele precisava saber que eu estava fazendo isso porque tinha que fazer. Não porque quisesse. Os olhos de Lorhaven já estavam nos meus quando o encontrei. Não havia nenhum olhar de satisfação em seu rosto. Em vez disso, havia um brilho predatório, como se eu fosse um coelho pisando diretamente em suas garras. Mas ele não ia me comer. Ele estava indo para jogar. E eu ia gostar. Uma eletricidade invisível de algum tipo estava queimando entre nós. Como uma corda, ela me rebocou para frente. Se meus quadris balançavam um pouco mais provocativamente, era por causa da câmera, porque eu estava fazendo o meu trabalho.


Seu olhar caiu primeiro, escorregando para o meu peito, onde ele permaneceu. Elas estavam muito expostas por causa do top em que me colocaram, e não era como se eu nunca tivesse tido homens que me olhassem desse jeito antes. Mas ele não estava zombando agora. Lorhaven estava... me deixando com fome. Eu soltei meus olhos e girei, certificando-me de que meu cabelo o atingisse no rosto. O som de sua pulverização me fez sorrir. "Ok, bom," o fotógrafo chamou. Eu podia ouvir o clique da câmera. "Incline-se para trás," ele me disse. Eu fiz. “Mais perto,” ele insistiu. Meu corpo estava apertado. Eu estava desconfortável. Sessão de fotos claramente não era para mim. E tampouco estar sentada no colo de um idiota. "Relaxe," murmurou Lorhaven, passando um braço em volta da minha cintura para me puxar para trás completamente contra ele. Minha bunda se encaixou bem contra sua virilha; Minhas costas pressionaram contra o seu peito. Fiquei rígida por alguns segundos, mas então, sem nenhum tipo de força, relaxei nele. Ele parecia como um cobertor apenas fora do secador ou uma camisa que eu deixei pendurada ao sol enquanto estava na piscina. Ele irradiava o tipo de calor que só poderia ser gerado naturalmente. Seu peito roçou as costas de meus braços nus, e sem qualquer aviso, o braço enrolado em torno da minha cintura encontrou a bainha do meu top e levantou-se para que sua mão pudesse esticar-se sobre a parte curva da minha cintura exposta. Eu respirei e fiquei tensa mais uma vez. “O que você está fazendo?” "Dando-lhes o que eles querem," ele sussurrou contra o meu cabelo. Olhei para cima e, de fato, o fotógrafo parecia entusiasmado. "Sim," ele disse, clicando algumas vezes mais. "Apenas vá com ele." As pontas de seus dedos acariciaram o meu lado e minha pele estourou em arrepios. Sua mão livre levantou, puxou todo o meu cabelo para um lado e deixou-o cair sobre meu ombro. Meus braços se soltaram e uma mão caiu para descansar em cima de sua coxa. Logo abaixo da ponta dos meus dedos estava um rasgo, e escovei, acidentalmente, contra sua pele. Contra a minha parte inferior das costas, seus músculos do estômago apertaram.


Por dentro, sorri e fiz de novo, desta vez deixando os meus dedos pararem sobre o rasgo, pressionando completamente contra a sua pele. Um queixo desalinhado bateu no meu ombro nu, e seu braço se apertou em torno de minha cintura. "Enrole suas pernas..." O fotógrafo começou, mas Lorhaven já estava se movendo. Fui puxada para o capô do Lotus, mantida firmemente entre as pernas. Conforme ele se moveu e me segurou, eu não tinha certeza... mas estava me deixando um pouco sem fôlego. Uma vez que estávamos no centro do capô, aquelas pernas longas e magras que eu estava olhando fixaram em volta de mim por trás. Meus músculos do estômago tremeram e saltaram. Eu respirei. "Agora, ambos os braços," chamou alguém. O braço de Lorhaven foi substituído por ambos, e de repente, eu estava totalmente cercada por ele. Meus olhos se fecharam. Deixei o meu cabelo cair para proteger um pouco do meu rosto, porque... porque... Oh, Deus. Ele me afetou. Ele era forte e duro. Não era tímido em colocar as mãos em mim, e mesmo que soubesse que isso era apenas uma sessão de fotos... Senti-me possuída. Reivindicada. Eu comecei a me afastar. Não gostei disso. "Ei." Sua mão pegou o meu rosto e puxou suavemente, então eu estava olhando para ele por cima do meu ombro enquanto o seu corpo estava quase enrolado ao redor do meu. Eu não era uma mulher pequena... mas me encaixava em seu círculo. Havia bastante de seu corpo para cobrir tudo de mim. Nossos olhos se encontraram. A brisa apanhou de novo. Meus cabelos voaram para trás, saindo atrás de mim enquanto estava sentada no capô de seu maldito carro sexy, embrulhada em um par de braços dolorosamente firmes. Meu lábio inferior tremeu. Ele não quebrou o contato visual, mas sorriu. Um olhar de conhecimento veio em seus olhos. Afastei-me, tão rapidamente que eu teria deslizado para a direita fora do carro, se ele não tivesse uma fortaleza tão forte. "Largue," rosnei. Ele me soltou imediatamente. Levantei-me e caminhei a poucos metros de distância. O fotógrafo veio correndo, radiante. "Isso foi ótimo. Agora, podemos entrar?”


"Dentro?" Eu disse, alarmada. Ele assentiu. "Eu tenho um estúdio portátil montado. É pequeno, mas faz o trabalho. A iluminação de hoje não é ideal, por isso algumas fotos de interior com o meu equipamento seria uma boa opção para ter." "Você quer algumas fotos só de mim?" Perguntei. Ele franziu o cenho. "Estava realmente esperando que você aceitasse mais algumas em duo." "Eu estou no jogo," Lorhaven cantou, arrastando um polegar em seu lábio inferior. Era como se ele estivesse tentando me lembrar que o meu próprio lábio estava tremendo. E ele era a razão. Era como um desafio. Ele pensou que eu não podia lidar com isso. Bem, amigo... Ele não estava surpreso? Olhei para o fotógrafo e sorri. "Vamos fazer isso."


MEN VS WOMEN Verdades que você precisa saber, mas você não faz.

VERDADE FEMININA Tudo soa melhor para uma mulher quando sussurrado em seu ouvido.

CAPITULO OITO

Lorhaven Eu estou sob sua pele. Eu preferia estar debaixo de suas roupas. Parecia tão errado que ela tivesse o nome de um cara, porque esse corpo dela? Era toda mulher. Eu não era um estranho para mulheres bonitas como ela. Elas eram praticamente um centavo de uma dúzia nas ruas. Elas apareciam em cada corrida, em cada festa. Suas roupas eram minúsculas e sua moral ainda menor. Essa não é a parte onde lhe digo como era chato. Gosto de bunda. Gosto de sexo. E tinha ambos. Frequentemente. Eu não tive um problema com um sexo fácil. Não precisava da emoção de perseguir uma garota que jogava duro para conseguir. Tenho minhas emoções atrás do volante de um carro. Joey não me queria. Mas seu corpo certamente sim. Isso a irritava, também. Isso me excitou. O fato de eu poder influenciar seu próprio corpo contra sua mente. O jeito que acabara de provar para ela. Vi o desafio em seus olhos, senti a luta nos músculos de seu pescoço. Mas seu corpo se derretia como manteiga. Ela deslizou para a direita contra mim e se rendeu ao meu toque. Se ao menos não tivéssemos cercados por pessoas. Se ao menos tivesse sido só ela, eu e o capô do meu carro.


Eu a teria levado ali mesmo e teria sido gratificante ouvi-la gritar o meu nome. Honestamente pensei que ela recusaria mais fotos. Então fiz isso como um desafio. A verdade era que eu não tinha terminado ainda. Não estava cansado de senti-la em conformidade com a forma das minhas palmas. Vi o brilho em seus olhos quando falei, a maneira como minhas palavras incitavam uma necessidade ardente de provar que estava errado. Traga isso, querida. O fotógrafo (esqueci o nome dele, corrigindo, não me importava o suficiente para ouvir quando ele me disse qual era.) levou-nos a um edifício improvisado. Como eles ergueram, eu não sabia. Realmente não me importo com isso também. Cheguei à porta primeiro e puxei-a aberta, dei um passo atrás para que todos pudessem entrar primeiro. O sujeito com a câmera pendurada em cima dele parou abruptamente e se virou, Emily (a jornalista) quase correu para ele. Ela gritou e parou abruptamente, apenas tímida de bater em suas costas. "É um espaço apertado," disse ele. “Só eu e os modelos, por favor.” Forrester e Trent estavam um de cada lado de Joey, como se planejassem ir com ela para proteger sua honra. Isso me irritou. "Eu não sei," Drew entoou e deu um passo adiante, ele olhou para mim com um olhar duro, desconfiado em seus olhos. Eu sorri, deixando todos os meus brancos perolados se mostrarem. "Ei, mano." Chamei Arrow. Ele girou ao redor, rosa florescendo sobre suas bochechas. Olhei ao redor, me perguntando que merda ele estava olhando, mas não vi nada. Com um grunhido, puxei as minhas chaves e as atirei pelo ar. "Olhe o meu carro. Posso demorar um pouco.” Drew resmungou. Trent se levantou, as mãos em seus lados como se estivesse pronto para me jogar para baixo. Joey revirou os olhos e olhou para eles. "Consigo lidar com isso." Trent acenou com a cabeça, mas ambos me olharam. Eu deveria me intimidar? O fotógrafo já estava lá dentro, e Joey passou rapidamente, nem sequer me dando a hora do seu dia.


Seu cheiro se deteve mesmo depois de ela ter passado. Não era um cheiro feminino, florido. Em vez disso, era doce e profundo... como açúcar e especiarias. Impertinente e agradável. Acenei para Drew e Trent antes de permitir que a porta se fechasse atrás de mim. Idiotas. Dentro estava brilhante, tão brilhante que meus olhos precisaram se ajustar. Maldição. Ele deve ter um milhão de luzes acesas. Todos apontavam para um pano de fundo branco, iluminando-o como o quatro de julho. "Vai ficar quente aqui por causa de todas as lâmpadas," ele advertiu, movendo-se para virar em alguns ventiladores oscilantes. "Vamos tentar fazer isso rapidamente para que vocês possam chegar à entrevista." Joey estava parada na beira do pano de fundo, meio que nas sombras de todas as luzes. Eu me movi para cima ao lado dela. Pensei que ela iria embora, mas não foi. Em vez disso, seus olhos verdes pegaram os meus, e ela sorriu como um gato. "Pronto para isso?" "Pode vir." "Ok, vamos começar com algumas fotos básicas," o fotógrafo instruiu, tomando posição no chão coberto de branco. Nós nos movemos na frente dele e seguimos suas instruções conforme tirava o que parecia 500 imagens. Eram entediante e básicas. Elas fizeram minhas mãos coçar e uma parte muito grande de mim puto. E, fiel à sua palavra, o pequeno espaço quadrado parecia ter um milhão de graus. Já bastava. Estendi a mão, penteei os quadris de Joey e puxei-a para dentro de mim. Instantaneamente, Joey se arqueou como um gato. Sua cintura estreita se curvou para fora, mas seu pescoço e ombros empurraram contra a minha parte superior do corpo. Uma de suas mãos subiu e enrolou a parte de trás da minha cabeça; seus dedos roçaram o cabelo quase zunido em minha linha do cabelo. "Oh, isso é bom," murmurou o fotógrafo, tirando fotos. Enfiei a minha mão no bolso dianteiro de seu jeans, e ela balançou seu quadril em minha mão. "Precisamos de música." O fotógrafo disse e desviou o olhar para ligar uma fonte de música portátil.


O som encheu o espaço. Era pesado com baixo e fez a minha mão puxar o seu bumbum arqueado para mim. Consegui dois segundos dela contra mim antes que girasse se afastando. Seus olhos me enganaram, mãos ansiosas agarraram as bordas abertas de minha camisa e arrancaram. O tecido deslizou livre de meus ombros e agrupou ao redor de meus cotovelos, descobrindo toda minha parte superior do corpo. Arqueei uma sobrancelha para ela, e sua boca em forma de coração se curvou para cima. Os ventiladores sopraram seus cabelos em torno de seu rosto e puxou o top que ela usava. Enfiei meus dedos em sua cintura, curtindo a forma como ela se curvava. Sua figura de ampulheta era basicamente construída para as minhas mãos. "O sexo vende," murmurou o fotógrafo, mas mal ouvi. Estava muito focado nela. Tiramos mais algumas fotos de frente para o outro, meu peito nu contra o seu vestido, e então a câmera parou de clicar. Olhei ao redor, irritado. Nós já terminamos? Eu não tinha terminado. Joey ainda apertava a frente da minha camisa, mas ela soltou o tecido e alisou as palmas das mãos sobre o meu pescoço. "Sua pele é suave," ela murmurou, espiando acima de uma linha grossa, escura da barba. Levantei uma mão, envolvi-a ao redor de seu ombro e deixei a almofada do meu polegar escovar para frente e para trás sobre a sua pele. "Eu tenho uma ideia." O fotógrafo interrompeu. Um estrondo de desagrado vibrou no meu peito. Por que ele ainda estava aqui? Joey afastou as mãos e o corpo, virando-se para o homem. "Eu não quero ir para frente. Sei que vocês dois não são um casal..." "Apenas diga," eu disse. Ele engoliu em seco. Joey me lançou um olhar de censura. “Não se importe com ele. Ele é apenas um idiota.” Diversão, bem como tesão encheu-me conforme eu observava aquela bunda redonda falar. Eu gostava de ouvir palavras sujas de sua bela boca. O fotógrafo assentiu e se concentrou nela. Vi o desejo em seus olhos. Ele pensou que ela era sexy, também. Olhei para o jeans dele. Se ele tivesse uma ereção, eu iria fodê-lo aqui.


"Eu quero fazer algo realmente diferente, simples, mas ao mesmo tempo realmente sexy. Acho que seria um grande sucesso, não só com a revista demográfica, mas com o público que a NRR está tentando puxar." Fãs não-corrida. Pessoas que não se sentiam como se pertencessem em qualquer lugar. A NRR queria ser um lar para todos - especialmente aqueles que se sentiam como marginalizados e marginalizadas. "Parece bom," Joey respondeu encorajadoramente. "O que você tem em mente?" "Uh..." Ele esfregou a nuca. "Você se importaria de tirar sua camisa?" Oh, inferno sim! Meu pau gritou. Vi suas omoplatas se juntarem. Ela não estava esperando isso. Ela olhou de volta para mim, quase espiando pela cortina de seu cabelo de foda-me. A sério. Era tudo cetim e seda. Implorava por minhas mãos. Eu dei de ombros. "Claro," ela disse instantaneamente. Corajosa. Eu gostei. Joey virou-se, olhou para mim, então despiu aquele top branco, não transparente através de sua cabeça. Assisti o tecido cair de seus dedos para o chão. Depois disso, não vi nada a não ser a maneira como seus grandes e redondos peitos saltaram sob o laço de seu sutiã enquanto ela caminhava para onde eu estava. A maioria das tetas que eram grandes eram falsas. As dela eram todas naturais. Senti a minha língua correr pelo meu lábio inferior. De repente, estava realmente com sede. Ela sorriu, e tive um momento de clareza onde pensei, ela está jogando comigo agora? Mas estava aqui e se foi, porque sua mão alcançou a minha. Eu pisei. Ficamos olhando um para o outro, peito para peito. "O sutiã?" Gritou o fotógrafo. Os dentes de Joey afundaram em seu lábio inferior. Vi um flash de algo em seus olhos, mas então ela jogou para trás o seu cabelo e alcançou atrás dela. Antes que eu pudesse entender o que estava acontecendo, ela estava lá, completamente nua, da cintura para cima.


Sua pele parecia seda, veludo... E seus mamilos... eles eram a sombra mais profunda de rosa que eu já tinha visto, e eles estavam eretos. "Que merda!" Eu rugi, pegando todo mundo desprevenido. Joey saltou de alarme quando gritei. Rapidamente, rasguei minha camisa aberta e sacudi-a atrás dela, enfiando a frente fechada, escondendo o par mais perfeito de tetas que já vi. "Lorhaven?" Meu nome era uma pergunta. Isso me irritou. Algo sobre o meu nome na língua dela não parecia certo. "Segure isso," eu disse, áspero, segurando a camisa fechada. Ela o agarrou. Caminhei até onde o fotógrafo estava parado. Agarrei-o pela frente da camisa e puxei-o para fora dos pés. Que jogo você está jogando?" Rosnei. "N-nenhum jogo," ele gaguejou, choque e medo em suas íris. "Você diz às mulheres para tirar suas roupas na frente de sua câmera o tempo todo?" Eu cuspi. Meu peito subia e caia rapidamente. Era uma coisa admirar o corpo de Joey, pensar em me enterrar profundamente... para fazê-la se contorcer um pouco abaixo do meu toque. Mas era inteiramente outra coisa que algum sujeito (que não era eu) pedir-lhe para tirar sua roupa para fotos que ele poderia levar para olhar mais tarde. Inferno. Não. "É para a capa!" Ele insistiu. Senti o meu lábio superior se curvar. "Eu não queria que as alças de seu top interrompessem o movimento fluido da imagem." "Blah, blah, você estava tentando olhar para aquela garota nua." "Não!" “Lorhaven,” disse Joey atrás de mim. A voz dela continha uma nota de surpresa. "Pare de me chamar assim," rosnei. "Seu nome?" Ela se perguntou. Eu fiz um som. O que diabos estava acontecendo?


Coloquei o fotógrafo para baixo e dei um passo para trás. Uma mão esbelta deslizou sobre a minha parte inferior das costas, quase mergulhando na cintura da minha calça jeans. “Vou colocar a minha camisa de volta.” Me endireitei e me virei. Dois dos botões da camisa estavam dispostos ao acaso, escondendo o peito. "Seja como for," eu disse. "Não me importo." Ela piscou. "Eu realmente não quis ser desrespeitoso," disse-lhe o fotógrafo, dando um passo à frente. Eu dei a ele um olhar minguante e ele parou. "Acabei de ver uma foto na minha cabeça e queria recriá-la." Joey sorriu. Ela fodidamente sorriu para ele. "Mentes criativas," ela disse, como se isso compensasse. Ele era um maldito pervertido. "Nós podemos terminar," ele disse, olhando fixamente para mim com cautela. "Não me importo de tirar mais algumas. Talvez eu deixe a camisa." Senti seu olhar de soslaio. "Eu não sei..." O fotógrafo protestou. "Oh, por amor de merda," eu declarei. "Vamos fazer isso." Agarrei a mão de Joey e a puxei na minha frente, empurrando-a. Eu estava sendo ridículo, mas não pude deixar de colocar o meu corpo entre o dela e o do pervertido. "Talvez um casal com a camisa dele?" Sugeriu o homem quando se inclinou para pegar o sutiã. Joey olhou para mim. “Posso pegar sua camisa um pouco mais?” "Seja como quiser," eu disse, brincando. Claro, eu já tinha arruinado o cartão de cara legal com a minha explosão. “Lorhaven, vire-se,” instruiu o fotógrafo, voltando ao modo de trabalho. Eu fiz, e ele instruiu Joey para pressionar a sua frente ao longo de minhas costas, seu braço veio em torno do meu quadril e seu polegar enganchado no meu bolso de jeans dianteiro. Eu senti seu suspiro quando sua bochecha atingiu o topo do meu ombro.


“Gosto do seu cheiro,” murmurou, quase como se falasse consigo mesma. Mas eu ouvi. Eu definitivamente ouvi. "Cabelo para trás," foi-lhe dito, e senti-a escovar o cabelo. Ele estalou algumas fotos e depois olhou para Joey e fez um gesto para que ela soltasse a camisa de um ombro. Meu corpo inteiro ficou tenso. Ele achava que eu era estúpido e cego? "Ele não pode ver nada," ela sussurrou, suave o suficiente para que só eu pudesse ouvir sobre os ventiladores e a música. Sua palma roçou o centro das minhas costas, um movimento destinado a me tranquilizar. Funcionou. Eu relaxei, não todo o caminho, mas o suficiente. Ouvi o ruído suave da minha camisa e então o seu braço estava de volta ao meu redor, à sensação de seus seios redondos, perfeitos e nus estava pressionada em minhas costas. Seus mamilos estavam duros. Senti os botões rígidos no centro da suavidade quente. Meus olhos se fecharam brevemente. "Tudo bem?" Ela perguntou, sua bochecha descansando de volta em meu ombro. Foi o primeiro sinal de insegurança que já tinha ouvido dela. A emoção inchou no centro do meu peito. Engoli tudo. "Sim, querida, está bem." Murmurei sobre meu ombro. Ela apertou um pouco mais. "Oh, isso é bom." O fotógrafo interrompeu. Enrijeci novamente. Automaticamente, meu braço saiu um pouco, na frente de seu braço, instintivamente protegendo-a. Pensei que seria divertido. Pensei que poderia provocá-la, irritá-la, fazê-la me querer. Isso não era o que estava acontecendo.


Em vez disso, eu era o único irritado. Eu era o único que estava aqui com uma dor por baixo da minha calça jeans. Eu não gostava dela. Ela era uma motorista pro. Uma motorista pro com um pai rico que pensava que ela poderia dançar valsa em meu mundo que ela o possuía. Mas aqui estava eu, de pé com o meu braço para fora esperando que o ousado homem até mesmo olhasse para ela errado. Eu estava com os olhos atentos para que ele não ficasse muito perto. Ela tinha virado a mesa. Eu fui jogado. Pelo meu próprio jogo. Abruptamente, me afastei. Sem meu corpo para apoiar o dela, Joey tropeçou para frente. Com um baixo juramento, a alcancei. Enquanto a estabilizava, peguei um flash do seu peito. Meu pau latejava. "Nós terminamos," eu lati. Minhas mãos ainda estavam sobre ela, então puxei a camisa para cima, tendo um momento para virar a gola em torno de seu pescoço e abotoei vários botões. "Lor-" Eu rosnei. Sua voz caiu. Meu corpo girou. Assisti o homem se agitar, desligando a maioria das luzes e ventiladores. A música foi cortada. Nós três ficamos em uma caixa quadrada, parcialmente iluminada. "Vou enviar a prova da capa para aprovação final antes de submetê-la," disse ele, olhando para mim. Eu tinha certeza que o contrato que assinara dizia que todas as imagens eram da revista e eu não tinha palavras. "Faça isso," respondi. Eu queria ter certeza de que ele não estava tentando arrumar um jeito rápido, de colocá-la meio nua em uma revista apenas para ganhar dinheiro. Nunca me importei com essa merda antes. Inferno, eu olhava revistas de mulheres nuas e via pornô como qualquer outro cara. Mas não ela.


Ela estava fora dos limites. O homem acenou com a cabeça. "Ela precisa se trocar," eu disse com uma sugestão de aço em minha implicação. Ele correu para fora da caixa mais rápido do que eu pensava que ele era capaz. Fechei a porta atrás dele e encostei-me contra ela. Joey estava lá com as mãos nos quadris, olhando para mim. “Que porra é o seu problema?” "Eu gosto quando você xinga," eu disse, olhando para sua boca. Ela revirou os olhos. "Eu sei que você é um burro, mas o que diabos aconteceu para você agir assim?" “Diga uma palavra mais imunda,” avisei, dando um passo ameaçador em sua direção. Meu sangue estava batendo em minhas veias. O suor se agarrava às minhas omoplatas e minhas palmas coçavam. Seus mamilos ainda eram pequenos botões apertados e quando ela respirou, eles pressionaram contra o fino tecido da minha camisa. "Ou o quê?" Ela desafiou, levantando o queixo. "Eu vou te mostrar," entonei. "Você é tão idiota." Eu atiro longe da porta e agarro o seu pulso, puxando-a para que ela caia contra o meu peito. Seus olhos brilharam em mim, e rosnei. Em poucos segundos, a levantei de seus pés, suas pernas enrolaram ao redor da minha cintura, e a bati contra a porta. Eu não fui gentil. Ela não se importou. Assim como eu tinha desejado fazer desde que a vi de pé ali na minha Lotus, empurrei minhas mãos em todos os seus cabelos de meia-noite. Um gemido rasgou entre os meus lábios, e então a ataquei. A parte de trás da sua cabeça bateu contra a porta quando os meus lábios se fecharam sobre os dela. Suas unhas cavaram em meu pescoço, puxando-me perto quando nossas bocas foram uma contra a outra como a primeira rodada em uma luta de MMA. Ela beijou como falou.


Sujo, duro e atrevido. Ela não era fácil como todas as outras meninas. Era como se ela tivesse me dado uma briga, o nosso bloqueio dos lábios foi excitante, intoxicante e me emocionou todo o caminho até o meu núcleo. Nós fomos um contra o outro. Eu teria comido seus lábios se pudesse. Ela era um desejo que não sabia que tinha, a mais cara garrafa de champanhe que um restaurante de cinco estrelas poderia oferecer. E sua língua. Ela a empunhava como uma espada. Isso me matou. A forma como ela envolveu a minha e mergulhou profundamente em minha boca... Fodidamente certo. Aproximei-me, enchi minhas mãos com seu traseiro e apertei enquanto ferrava sua boca com a minha. Eu estava tão duro que pensei que poderia rasgar o meu jeans. Queria me bater tão profundamente nela que nunca poderia sair. Queria sentir aqueles quadris bem torneados girarem sobre o meu pau e queria que suas paredes internas me apertassem até que atiro uma carga profunda em suas profundezas. Rasguei a minha boca livre e pressionei a minha testa contra a porta apenas por cima de seu ombro. Joey respirou profundamente, engolindo em seco. Cada ascensão e queda de seu peito me deixaram com mais fome. Contra o seu corpo, a minha mão flexionou. Ela era uma motorista pro. Uma dor na minha bunda. Tão ruim quanto eu queria mergulhar dentro dela, não ia acontecer. Fodidamente errado. Afastei-me e ela deslizou pela minha frente como gelatina. “Como devo chamá-lo?” perguntou ela, com a voz ainda ofegante. Olhei para baixo. O intenso verde trevo de seus olhos me perfurou. Seus lábios estavam inchados e macios com o meu beijo. Eu queria beijá-la novamente. Eu não podia.


"Jace," mordi fora. Minha voz era de cascalho. “Me chame de Jace.” Eu a peguei e a afastei da porta, então quase a rasguei da parede quando corri para o sol de verão. As pessoas olhavam para cima, surpresa em seus rostos. Dei-lhes um olhar como se estivessem imaginando coisas e fui casualmente em direção ao meu carro para obter a camiseta que tinha aparecido aqui. Eu disse a ela para me chamar pelo meu primeiro nome. Ninguém me chamava pelo meu primeiro nome. É assim que eu sempre quis. Até agora.


MEN VS WOMEN Verdades que você precisa saber, mas você não faz.

VERDADE MASCULINA Um homem casou com uma cadela na India. #Fato

CAPITULO NOVE

Joey Por que todos os idiotas tem que beijar tão bem? Ele lançou um desafio. Eu respondi, por sua vez. Queria irritá-lo. Dar-lhe um gosto de sua própria medicina. Servi-lo até uma fatia humilde de uma torta saborosa. No entanto, eu era a única que estava aqui com os seios doloridos e pesados. Meus lábios ainda tremiam pela maneira como ele me devorou. Meus ouvidos ainda ecoavam quando ele me chamou de baby. Eu não era uma garota feminina. Não me vestia toda ou passava horas em meu cabelo e maquiagem. Não batia meus olhos ou mordia meu lábio para chamar a atenção de um homem. Os homens eram porcos. Eu não queria sua atenção, de qualquer maneira. Queria seu respeito. Mas ele me chamou de baby. Por um momento, esqueci-me do fotógrafo. Por um momento, tinha sido só ele e eu. Meu corpo e o seu. Deus, o jeito que sentia me enrolar em suas costas e pressionar contra ele. Eu nunca tinha me sentido assim antes. Pequena. Protegida. Desejada.


Sim, desejada. Não estou falando sobre o desejo de toda mulher quando via um homem olhar para a sua bunda, assobiar enquanto andava perto ou mesmo propor a ela um jantar e um encontro. Isso não era desejo, não realmente. Era luxúria. Querer. O desejo era completamente diferente; pelo menos naquele momento. O desejo tornou-se tangível. Ele transcendeu o físico; embora a atração física estivesse definitivamente lá. Pois não era apenas seu corpo que estava presente naquele momento; era parte dele que eu nunca tinha visto ou sentido antes. Uma parte que o senti querendo compartilhar, como se, enquanto isso, ele pudesse cobiçar o meu corpo, parte dele sussurrou por um pedaço do meu coração. Ele me disse seu nome. O que nunca tinha ouvido antes. Era como se aquele pedaço dele fosse sussurrando para meu coração, quisesse ser reconhecido. Por mim e apenas por mim. Uma garota poderia ficar alta em pensamentos assim. Era perigoso e me sacudiu. Este era Lorhaven, o cara que, quando nos conhecemos, literalmente tentou tirar o carro que eu estava para fora da estrada. Ele e Drew estavam sempre na garganta um do outro, e Trent parecia odiá-lo por alguma razão não identificada. Ele era um esnobe. Um esnobe de corrida. Ele odiava os profissionais porque era um Indie. Chame-me de Jace. Rapidamente tirei sua camisa e deixei-a ali no chão. Levava seu cheiro. Gostei, então deixei para trás. No segundo em que saí do estúdio improvisado, fiquei cercada. Trent, Drew e Hopper ficaram ali, com um olhar preocupado. "O quê?" Eu bati. "Eu estava prestes a entrar," Drew entoou. "E?" Girei com a mão. E daí? Os olhos azuis de Drew se estreitaram. “Alguma coisa aconteceu entre você e Lorhaven?” "Além de ele ser seu burro de mula usual? Não." Senti o olhar de Drew, como se ele estivesse tentando decidir se eu estava mentindo. O olhei bem nos olhos. Ele cedeu depois de um minuto. "Estava quente lá dentro. Estava apenas me refrescando." Era uma mentira velada na verdade.


Senti o olhar atento de Trent e olhei para cima. Ele não disse uma palavra, mas vi. Ele sabia que eu tinha mentido. Ele, de alguma forma, sentiu uma tempestade se agitando dentro de mim. “Emily está pronta para você,” disse Hopper, tirando a minha atenção de Trent. Seus olhos azul claro eram penetrantes. Era como se ele também estivesse tentando me ler. Mas ele não era tão bom quanto Trent. Senti-me exalar. Segui atrás de Hopper, observando a cor azul profunda de seus jeans e a tensão em seus músculos das costas. O pulso ao seu lado estava embrulhado no bracelete de couro marrom escuro que sempre usava. Havia pregos de ouro opaco ao redor dele com outra coisa do mesmo metal no centro. Eu nunca tinha realmente olhado de perto o suficiente para ver o que era que ele usava cada vez que o via. Ele me levou para uma pequena área onde Emily e Lorhaven já estavam sentados. Antes de sair do caminho, ele se virou para me encarar, colocando uma mão firme no meu braço. "Você está bem, Joey?" Ele murmurou baixo. "Se você tiver terminado, nós iremos." "Não," coloquei a minha mão sobre a dele. “Estou bem, mas obrigada.” Ele me estudou por um segundo mais, depois assentiu e se afastou. Jace e Emily entraram em plena visão. A única cadeira vazia estava ao seu lado. Ele nem sequer olhou para mim quando me sentei. Senti os meus pelos se erguerem. "Um quarenta e cinco você diz?" Emily ronronou. Sua voz ralou em meus nervos. Ele assentiu com a cabeça e sentou-se como se tivesse a cadeira. "Eu posso empurrá-la mais rápido." "Nunca fui tão rápida antes." Ela fez beicinho. Oh, bom Deus. Se ela tivesse um pau, provavelmente iria puxá-lo para fora e pedir-lhe para chupar isso para ela. "Talvez eu te leve para um passeio em algum momento," ele respondeu. O tom suave de sua sugestão fez vômito borbulhar até a parte de trás da minha garganta. "Podemos começar?" Perguntei, franca. “Tenho um lugar onde preciso estar.” A postura de Lorhaven na cadeira não mudou; se alguma coisa, ele se espreguiçou. Não olhei para ele. Se fizesse, provavelmente o socaria. Eu não gostava de ser jogada.


“Claro.” Seus olhos me cortaram, e um olhar que reconheci bem brilhava em suas profundezas. Então era assim que ia ser, hein? Minhas mãos agarraram os braços. Por alguma razão, ela me viu como uma ameaça. Conhecia ciúme quando via. Sabia quando um gato tinha suas garras. Poderia comer esta pequena repórter no café da manhã. Mas eu estava cheia. Lorhaven cuidou disso. "Vou apenas fazer algumas perguntas, e então posso fazer o resto da entrevista com Lorhaven." Não pude evitar. Olhei para Lorhaven. Seus olhos brilharam para os meus, depois para longe. Havia uma qualidade de desafio em seus olhos, talvez porque eles estavam tão escuros? Porque há muito mais sob a superfície de Lorhaven. Como Jace. Meus dentes traseiros se juntaram, e peguei a pequena senhorita Saia Lápis com um olhar duro. "Oh, apenas algumas perguntas? Então você pode me relegar para a última página com apenas algumas linhas de texto." Seus olhos se arregalaram. "Claro que não." "Não seria a primeira vez." Continuei. "A GearShark parece ter uma reputação de ser um bom clube de meninos, um que tem uma frente e um centro não permitido para as mulheres." “Não sei ao certo o que você quer dizer?” "Claro que não," cuspi. “Porque você flerta e faz o que lhe dizem.” Seus olhos se iluminaram de raiva. Levantei a mão. "Peço desculpas. Isso foi rude." Realmente não estava arrependida. Mas imaginava meu pai estourando uma veia em sua cabeça se o que eu dissesse para a ‘imprensa’ saísse. "Eu sou apenas um pouco... amarga," admiti. "A última vez que fui mencionada na revista, tive uma linha de estatísticas. Todos os outros pilotos obtiveram biografias com fotos." "Então você acha que é discriminada por causa do seu sexo?" A repórter escovou os cabelos para trás e olhou para mim com interesse. Bem, talvez alguns dos lápis em sua caixa ainda tivessem alguma nitidez depois de tudo. “Eu sei.”


"A maioria das pessoas ririam ou zombariam disso. Este é o século XXI. Os direitos das mulheres estão em vigor há muito tempo." "São direitos para gays, pessoas de diferentes raças..." respondi sem humor. "Mas meus melhores amigos são odiados por amar uns aos outros. A notícia cheira a injustiça contra todas as raças." “Touché.” "A verdade é," eu disse, franca, "os homens não querem as mulheres em corridas. Eles simplesmente não querem. Isso irrita suas penas." Lorhaven emitiu um som. Olhei para ele por cima do meu ombro. “Algo para acrescentar, Lorhaven?” Seus olhos se estreitaram e entre as fendas, brilhavam como diamantes negros. Jace ainda estava lá, em algum lugar, ou ele não se importaria que o chamasse de outra coisa. Estendeu a mão para que eu continuasse. “Acho isso fascinante.” Eu apenas aposto que ele faz. Me afastei dele. Foda-o e ao carro em que entrou. Mesmo que fosse um lótus branco sexy. "Lá fora, na pista, um monte de testosterona está bombeando. Os homens estão em uma forma primitiva. Seja o melhor. Seja o mais forte. Eles são intimidados por uma mulher que vem junto tentando vencê-los." "Você disse tentando. Você já ganhou?" Emily questionou. Eu me sentei de volta. "Claro. Se eu tivesse mais tempo de impressão nessas revistas de corridas e canais esportivos, você já saberia disso." "E como foi para você depois que ganhou?" Senti um ombro dar de ombros. "Não importa se eu ganhar ou perder, é sempre o mesmo." Tive que trabalhar para manter a exaustão do meu tom. “Não sou querida; eles tornam isso claro. Estou muitas vezes isolada, à esquerda para trabalhar no meu próprio canto. Eles não querem falar comigo. Quando tento entrar em uma conversa, falar sobre as peças do motor ou relação de torque, eles de repente começam a agir como se eu fosse muda ou uma criança.” "Você já foi assediada?" Senti o peso de mil olhos, mesmo que fosse apenas um conjunto pertencente ao homem ao meu lado. Movi-me desconfortavelmente. "O pro circuito de corrida proíbe trote de qualquer membro."


"Falou como a filha de um magnata de negócios." "Outra greve contra mim," respondi. “A filha do patrão.” "Eu não poderia ter talento ou ambição, você sabe," eu disse, amarga. "Meu pai me compra tudo." “Ele é seu padrinho, não é?” interrompeu Lorhaven. “Meu principal patrocinador, sim,” respondi. “Mas tenho outros.” "Você acha que ele a patrocina porque você é sua única filha?" Eu virei os olhos fixos para Emily. "Meu pai é um empresário e acho que suas realizações atestam isso. Você realmente acha que um empresário iria gastar tanto dinheiro em um patrocínio de corrida para alguém se não fosse obter um retorno sobre o investimento?" “Para sua única filha?” pensou Lorhaven. "Absolutamente." "Você não tem um pai rico?" Perguntei. Seus olhos se estreitaram. "Ele não me patrocina na NRR. Brickstone Tires me patrocina." "Mas acho que ele nunca te ajudou em sua carreira. Ou comprou um carro ou peças de carro,” eu disse. Emily olhou para ele com expectativa. Lorhaven encolheu os ombros. Deus! Que idiota. Por que era bom para ele tirar do seu pai, mas não eu? "O que aconteceu com o seu Corvette, de qualquer maneira?" Perguntei. "Você finalmente o destruiu tentando tirar alguém da estrada?" "Algo assim," disse ele, desviando o olhar. "Isso é tudo muito interessante." Emily interrompeu. "Eu gostaria de conversar mais com vocês dois. Mas primeiro, realmente quero saber..." Ela se virou para mim. "É verdade que você vai deixar o circuito profissional de corrida para um patrocínio na NRR?" "Sim," eu disse, não segurando. É para isso que estava aqui. "Estou terminando a minha temporada profissional e então estarei atravessando." As botas de Lorhaven atingiram o chão quando ele se sentou mais ereto. "Você não gosta de motoristas profissionais. Você nunca escondeu esse fato,” disse Emily. "Não."


"O que há com isso?" Ela perguntou. Eu me virei para ele, esperando. "Porque eles são um bando de idiotas arrogantes." "Deixe-me adivinhar. Você tentou e eles não quiseram você," eu disse. "Eu não deixaria meu pai comprar o meu passe para dentro," ele estalou. Sensível. “Vamos voltar a isso,” disse Emily. "Então, quais são seus pensamentos sobre este crossover e uma motorista na NRR?" Eu era idiota. Deixei-me enganar. Por um beijo, e um nome compartilhado, de alguma forma me esqueci de quem estava sentado ao meu lado. E por que aquele beijo seria tudo o que nós teríamos. "Eu acho que ela não pode sair dos profissionais. Ela acha que vai ser mais fácil na NRR." Ele sentou-se para frente. Eu estava tão louca que o meu corpo inteiro tinha ficado rígido. Nossos olhos guerreavam uns com os outros e não era o tipo de guerra que se sentia bem. "Adivinha, querida?" Ele murmurou. "A NRR é mais difícil do que os profissionais. Nenhuma regra de corrida é para meninas." Lentamente, levantei da minha cadeira. Emily me observou cautelosamente enquanto me movia com rigidez. "Obrigada por me receber. Aprecio a oportunidade de falar, ainda que brevemente, sobre as mulheres nos esportes. Mais especificamente, as mulheres em corridas." “Não terminamos,” disse ela, alarmada. "Oh, terminei," eu disse, sem espaço na minha voz para discutir. "Além disso," adicionei, "acho que você queria terminar a maior parte da sua entrevista em privado." Me inclinei para ela, para sussurrar em voz alta, "Você sabe, então você pode oferecer para explodi-lo dentro desse carro rápido dele." Sua boca formou um pequeno O. Revirei os olhos e me endireitei. Lorhaven estava sentado lá ainda esparramado para fora como se ele fosse algum tipo de rei de corrida. O sorriso em seu rosto me irritou ainda mais. Sem outra palavra, trouxe a minha perna para cima e bati o calcanhar do meu sapato para baixo em seu dedo do pé.


Ele uivou, sua postura relaxada ficou rígida. "Que merda!", Ele gritou. Todo mundo no set parou e olhou para o nosso lugar. Em algum lugar perto, ouvi Hopper suspirar insuportavelmente. Ele começou. "Isso é por me chamar de querida," entonei. Então o esbofeteei no rosto. O som agudo era como música para os meus ouvidos. As narinas dele brilharam enquanto ele trabalhava sua mandíbula onde eu tinha acabado de bater. Minha mão doeu, então esperava que tivesse doido. "E isso," eu disse, "foi por dizer que não posso atravessar." Virei e me afastei. Eu o ouvi pular e seus passos bateram atrás de mim. Continuei indo. Nem sequer olhei para trás. "Joey," ele rosnou. Eu continuei andando. Drew e Trent apareceram. Não me deixei olhar para eles muito perto. Estava com medo de chorar. Você sabe quando você fica tão cheio de raiva e humilhação que tudo o que resta são lágrimas? Eu estava lá mesmo. Não havia nenhuma maneira no inferno que eu deixaria qualquer uma dessas pessoas me verem chorar. “Se mova,” Lorhaven exigiu. A voz de Drew retumbou uma resposta baixa. “Joey?” gritou Hopper. "O que ele disse?" "A verdade," Lorhaven cuspiu por trás. "Tudo que eu disse foi a verdade!" "Apenas me deixe ir." Eu pedi a Hopper, minha voz muito baixa assim só ele poderia ouvir. Consegui talvez mais alguns passos antes de ser parada novamente. "Ei..." Uma mão familiar envolveu o meu pulso. Olhei para cima. Trent olhou para mim. A restrição que eu tinha em minhas lágrimas começou a esticar. "Fale comigo," ele implorou.


"Eu não posso agora," disse, agarrando a minha compostura. “Quer que eu bata nele?” ele ofereceu, mas foi dito sem humor. Trent iria chutar totalmente a bunda de Lorhaven. Mas eu luto as minhas próprias batalhas. Balancei a cabeça. "Eu tenho que ir. Tenho que dirigir." Ele soltou o meu braço e deu um passo atrás. "Vá. Vamos dar um passeio com o Arrow. Te vejo em casa.” "Obrigada," eu sussurrei. Minha maldita voz aquosa. O motor do Skyline foi disparado. Rasguei fora sem olhar para trás. Eu tive um lapso momentâneo no julgamento que doía mais do que queria admitir. Não havia Jace dentro de Lorhaven. Ele provavelmente usou essa linha cem vezes. Inferno, todos em seu relvado, todas as mulheres, provavelmente o chamam de Jace. Ele era como todos os outros neste esporte. Para ele, eu não era nada além de um jogo.


MEN VS WOMEN Verdades que você precisa saber, mas você não faz.

VERDADE FEMININA As mulheres passam quase um ano de suas vidas decidindo o que vestir.

CAPITULO DEZ

Lorhaven Terceiro lugar. Sabe o que é isso em corridas? Perdedor. Eu estava bem fodidamente lívido comigo. Sabia que teria um tempo atrás do traseiro de Drew, mas planejava dar-lhe uma rasteira na volta ao redor da pista. Em vez disso, dei-lhe uma rasteira cerca de oitenta por cento da corrida. Em seguida, os outros vinte, estava ocupado tendo a minha bunda batida. Minha primeira corrida oficial com a NRR e terminei em terceiro lugar. Eu estava envergonhado. Fora do meu jogo. Foi tudo culpa dela. Durante o dia, o meu rosto ainda ecoava com a força de sua bofetada, e à noite, os meus lábios tremiam com a memória de seu beijo. Agi como um idiota durante a entrevista. Ela apenas cavou tão profundamente sob a minha pele que me deixou louco. Ao ouvi-la falar sobre a maneira como os homens a tratavam neste esporte me deixaram com raiva, mas então tinha ido e feito exatamente a mesma coisa.


Fiz o que pretendia. Para afastá-la. Para obter essa distância entre nós, essa linha de separação desenhada na areia. Eu odiava admitir isso. Na verdade, era apenas mais uma coisa para me envergonhar. Achei que deveria apenas fazer tudo isso aqui e agora. Porque não planejei ficar embaraçado nunca mais. Beijá-la me assustou. Era como se um pedaço dela estivesse no fundo e pegasse um pedaço de mim. Eu não era um daqueles caras que zombavam do amor. Não acreditava nisso. Eu sabia que existia. Também sabia que poderia torcer você e machucá-lo. Eu não tive tempo para nada disso. Meu foco era a minha carreira. E meu irmão. Eu não tinha espaço para mais ninguém. Mas terminei em terceiro lugar. Foooooda. Ninguém mais parecia pensar que a minha colocação era tão grande como eu. Minha tripulação de pit aplaudiu e me parabenizou. Sorri, aceitei e agradeci a eles pela merda que fizeram para me manter na pista. Ted Bayer ligou. Esperava uma revisão mordaz do meu desempenho. Ele também estava positivo. O terceiro lugar ainda estava no topo. Foi bom anúncio e promo para Brickstone. Eu prometi a ele que iria reforçá-lo. Ele não parecia preocupado. Eu sim. Arrow sabia, no entanto. Com ele, eu poderia ser real. Deixei ele ver a frustração em meus olhos por alguns segundos antes de bancá-lo e voltar para meus sapatos de irmão mais velho. A tripulação do pit estava empacotada e apenas saindo. Meu carro (um Chevy Cherryvermelho modificado) foi empacotado e enviado. Ele iria me encontrar na próxima corrida, que era na próxima semana, no Colorado.


Os estandes estavam vazios e os terrenos eram muito mais silenciosos do que tinham sido apenas uma hora antes. Eu ainda estava vestindo o meu macacão coberto de logotipos, a maioria deles a imagem de Brickstone Tire. Por baixo eu estava suado e cansado. Queria um chuveiro e uma cerveja. Não necessariamente nesta ordem. Eu queria vê-la. Queria me desculpar, mas desculpas não eram realmente algo em que eu era muito bom. Não tinha muita prática. Normalmente nunca me importei quando encomodei alguém. A coisa era que eu acho que ela não deveria estar correndo com a gente. Não foi porque era sexista também. É porque este era um esporte perigoso e arriscado. E, na verdade, ela tinha razão. Os homens não queriam uma mulher na pista. Que tipo de vida lhe deu? Eu tinha visto sua reação quando perguntada sobre o assédio. Ela deu a resposta politicamente correta. Uma mentira. Aposto que o seu pai não sabia o que aqueles fodidos provavelmente lhe faziam diariamente. No meu colo, minha mão apertou. Ela não era problema meu. Seu pai era Ron Gamble, por Chrissakes. E ela conquistou um inferno de um sucesso, mesmo com uma palma aberta. Joey deixou claro que podia cuidar de si mesma. E ela era uma boa motorista. Eu tinha olhado suas estatísticas, eu até mesmo assisti uma corrida (ou duas) ela tinha ido bem. Eu não deveria ter dito a ela que não poderia atravessar. Ela podia. Eu só queria ficar sob sua pele do jeito que ela estava sob a minha. O som de um motor familiar acelerou atrás de mim e me virei. O Fastback azul cobalto de Forrester parou e as portas se abriram. "Queria te parabenizar pela sua vitória," disse Drew, vindo em minha direção. Dei-lhe o dedo. Ele deu uma gargalhada. "Sério, foi um pouco de condução agradável lá fora. Mahone queria seriamente seu lugar, mas você o impediu.” "Mahone," eu cuspi. Drew riu. Olhei para ele e depois para Trent, que estava perto. Ele estava usando uma camisa amarela brilhante com o número do carro de Drew (quarenta e cinco) na frente.


“Parabéns, homem,” disse Trent. Eles falavam sério. “Deve ser fácil parabenizar quando você é o número um,” eu disse, olhando para a pista. "Vantagem da pista de casa," disse Drew. "Eu não serei o número um em todas as corridas." “Eu queria pelo menos o número dois,” murmurei. "Você quase conseguiu." Drew me deu um tapa nas costas. "Todos nós temos dias de folga." Não na primeira corrida da minha carreira. "Olhe, seu ego está mostrando," Drew disse, sem corte. "Você sabe muito bem que o terceiro lugar é fodidamente incrível. Põe-o no mapa do relógio para as corridas seguintes." "Meu ego?" Ecoei. “Precisa de uma coleira, homem,” Trent falou. "Não fique chateado com você, porque você está um lugar atrás de onde queria. É sólido, e vi você dirigir. Você estará no ponto número dois em breve." "Então eu estou vindo para o número um," eu disse. “Não vá à frente de você,” advertiu Trent. Drew riu. "Me desculpe, cara. Tenho o meu olho no campeonato." Eu também. "Então, o que está fodendo com você?" Trent perguntou. Eu girei. "Hã?" "Algo está acontecendo que está mexendo com a sua cabeça hoje?" Drew franziu o cenho. "Não é Arrow, não é? Ele parecia bem da última vez que falei com ele.” “Meu irmão está bem.” "Ele me contou sobre o Corvette," Drew me disse. Eu estraguei a minha cara. "O que é isso, 90210? Soap Opera Weekly? Você e meu irmão sentam-se juntos e fofocam cada vez que você o vê?" Arrow tinha passado muito tempo com Drew e Trent nas últimas semanas. Eu aprovava.


Mesmo que eu achasse que Trent era, às vezes um chato e Drew era o meu rival. Eles eram bons amigos para o meu irmão, e ele precisava disso. Eles eram um exemplo sólido de como dois homens em um relacionamento poderiam fazê-lo funcionar. Porra, eles estavam pavimentando o caminho na NRR para a aceitação de todos os tipos de pessoas. Com um irmão que era gay e que (sim, eu admito) parecia o Justin Bieber, estava grato a esses caras. Então, sim, talvez eu também goste deles. "Joey realmente bateu feio em você na entrevista." Trent apontou. Eu endureci. "Ela só estava chateada que eu disse que não achava que ela devesse atravessar." "O que te interessa?" Drew zombou. Dei de ombros. "Certo," Trent disse. "Nós estamos fora. Vamos pegar algumas batatas fritas e ir para casa por uns poucos dias. O vemos no Colorado na próxima semana." Batatas? Aqueles eram caras estranhos. Acenei, e eles partiram. A casa parecia boa, no entanto. As ruas. Talvez voltar para onde eu morava poderia me ajudar a lembrar onde eu pertencia.


MEN VS WOMEN Verdades que você precisa saber, mas você não faz.

VERDADE MASCULINA Os homens têm 50% mais músculo e 50% menos gordura corporal do que as mulheres.

CAPITULO ONZE

Joey Eu ainda estava fumegando. Eu estava fumegando sobre o que aconteceu com ele por tanto tempo que eu estava quase sem combustível. Minha corrida tinha sido uma vadia total. Os caras estavam piores do que o normal. Acho que eles não gostaram de eu ter chamado a atenção para longe dos profissionais e em direção a NRR. Porque você sabe, o meu desastroso encontro com a imprensa correu tão bem. Pessoas bem intencionadas me disseram para não levar isso a sério. Você sabe, os inimigos habituais vão odiar e só estão com ciúmes. Dane-se isso. Os homens do circuito profissional eram apenas idiotas. E eu não era desejada aqui. Danem-se eles. Eu não estava correndo para a NRR por causa disso. Mas estava cansada. Eu só queria fazer o que amava sem tanto maldito drama. E as pessoas diziam que as mulheres eram dramáticas. Okay, certo. Os homens eram tão ruins. Grande grupo de bebês. Mas eu poderia lidar com isso. Poderia e iria lidar com qualquer coisa que eles atiraram em mim. Não só porque eu estava forte, mas porque era muito teimosa para deixá-los tirar o melhor de mim.


Minha próxima corrida não era até depois de duas semanas. Eu não estava correndo em uma semana a partir de agora, algo que não fiquei desapontada. Então vim para casa por alguns dias. Meu Skyline precisava de algum trabalho e foi uma boa oportunidade para tirar um ou dois dias de inatividade, porque eu não ia obter muito daqui em diante. Só porque a minha corrida não era até daqui duas semanas não significava que a minha agenda estava vazia. Eu estava indo para a próxima corrida de Drew para fazer alguma imprensa. Eu estava fechada na minha ala da casa (a minha ala = uma sala de estar privada, uma pequena cozinha, um enorme quarto e um banheiro privativo). Drew e Trent tinham ido para casa, e parecia um pouco mais tranquilo do que o habitual. Eu tinha me acostumado a tê-los por aí na semana passada. Eu já sentia a falta deles. Eles não tinham fronteiras no que diz respeito ao espaço. Eles entravam diretamente em meu quarto sem nem mesmo bater (bem, exceto no banheiro). Tivemos uma noite de cinema e comemos pizza. Nós dirigimos e falamos sobre carros. Nunca houve uma onça de qualquer tipo de competição ou azedume porque eu era uma motorista do sexo feminino ou porque meu pai era influente. Depois de um banho quente, peguei uma camiseta e nada mais (não tenho que usar calças no meu próprio quarto) e abri o meu e-mail. Eu tinha ignorado por alguns dias e não poderia mais. Tinha convidados e agendamentos que eram necessárias confirmar. Se eu não fizer isso, Hopper estará aqui me chutando a minha bunda. Sentei-me com uma garrafa de cerveja gelada (gosto de Miller Light) e dobrei as minhas pernas nuas debaixo de mim. Um dos primeiros e-mails foi de Emily Metcalf da GearShark. A linha de assunto dizia: Corredores obtiveram #Swag6. Rascunho de seu artigo de destaque. Eu bufei. Não ia ser um grande recurso porque eu basicamente andei fora dela. Um pouco de constrangimento arrepiou a minha nuca. Eu meio que agi como uma pirralha naquele dia. Eu não deveria ter deixado que ele tirasse o melhor de mim, ou Emily, por causa disso. Alguns dias eram apenas difíceis de não me sentir tão... suprimida e julgada porque era uma mulher. Sem mencionar a sessão de fotos, o beijo... ele. Tudo tinha sido uma sobrecarga para os meus circuitos. Levantei o meu pescoço longo e olhei para a linha de assunto. Foda-se. Cliquei nele e abri o artigo. Não me permitiria ficar envergonhada. Eu era forte. Capaz. E me senti da maneira que fiz e agi da maneira que fiz por uma razão. Eu não precisava pedir desculpas a ninguém. 6

Balanço


Exceto a meu pai. Eu bebi mais cerveja. Se Emily esboçasse o meu... uh, comportamento neste artigo, meu pai estaria uma merda de um tijolo. Esqueça a NRR! Ele diria. Você está regredindo, Joey. É melhor você se controlar antes de terminar onde estava. Meus cachos longos ainda estavam úmidos do chuveiro e as pontas saturaram a minha camisa com umidade. Peguei a toalha da minha mesa para espremer o excesso de água (nunca esfregue o cabelo encaracolado com uma toalha, o frizz é certo) quando comecei a ler o artigo.

Lorhaven e Joey G. Esses motoristas tem #SWANG

Escrito por Emily Metcalf

(Comentário Adicional: Notei que Lorhaven era o único nome usado, ele não tinha dado o seu primeiro nome, me fez pensar quantas pessoas o conhecia. Jace) (Nota Lateral: Fui por Joey G. com a imprensa. Tentei minimizar o meu relacionamento com o meu pai. Queria minha própria identidade. Eu não queria ser conhecida apenas como ‘filha de Ron Gamble.’)

As páginas da revista GearShark foram preenchidas com muitos primeiros no ano passado. As características da primeira vez, notícias de última hora do circuito, então Indie de competição conhecido agora como a New Revolution Racing (NRR), e uma diversidade de pilotos que não foram vistos no passado. Nós já vimos e ouvimos de pessoas nos bastidores da competição, como Trent Mask, que, sem saber, começou muita discussão no esporte sobre atletas e aceitação.


Talvez isso seja o que me trouxe para esta entrevista hoje. Bem, isso e uma boa dose de zumbido em torno da nova NRR e o circuito de corrida profissional. Para ser franca, a divisão profissional não está muito feliz. Eles têm tido que compartilhar os holofotes, as páginas de revistas de corrida e sua base de fãs com os homens que a maioria deles considera não serem motoristas profissionais. O mundo da corrida está mudando a uma velocidade que rivaliza com a de um carro de Fórmula 1. A maior parte dela foi recebida com entusiasmo e expectativa. Mas para os pilotos no circuito profissional tem sido um tempo de fechamento das fileiras. Aqui na GearShark, aprendemos que muitos motoristas acham o nascimento da NRR uma bofetada na cara de todo o trabalho duro que colocaram para chegar onde estão. Pessoalmente, acho que é tudo sobre oferta e demanda. Os fãs de corrida querem ver mais condução. Eles querem a emoção de assisti-los subjugados com seus pedais de gás. E, como Drew Forrester e outros motoristas da NRR, como também meu convidado principal hoje, Lorhaven, provaram que ter um contrato profissional não faz de você um piloto mais hábil. Eles também deram voz a algo que parece que a corrida não tem: diversidade. Isso é onde o meu outro convidado caracterizado entra hoje. Sim, não tenho um, mas dois pilotos aqui para uma perspectiva única sobre o mundo das corridas. Você pode estar familiarizado com Lorhaven e as menções anteriores dele na GearShark. Ele é um piloto NRR com muita promessa, tanto que ele fechou um cobiçado patrocínio por um dos proprietários de uma nova corporação gigante. Brickstone Tires colocou um monte de apoio para o motorista com apenas um nome. O que é mais interessante é que esse cara tem um quê em seu ombro em relação aos profissionais. Eu o vi no dia em que ele dirigiu a minha entrevista com Drew Forrester e aceitou o desafio de seu rival. Lorhaven não gosta do circuito profissional. Ele não gosta de motoristas profissionais. Eu queria saber por quê. Isso me levou a chamar Joey G. Não só ela é um piloto, mas ela é uma mulher. Agora, no mundo da corrida, existem duas pilotos mulheres. Joey é a única deste lado do país. Ela tem enormes acordos de patrocínio com Gamble Enterprises, Friars Fueling e Rimmel London (a primeira empresa de cosméticos a patrocinar um motorista). Oh, e ela também é a filha do magnata empresarial Ron Gamble. Eu admito que armei esta entrevista porque queria ver as faíscas voarem quando coloquei Lorhaven (o cara do lado errado das faixas?) E Joey G. (corredora profissional da realeza?) na mesma sala. A tensão certamente é alta entre esses dois. Acrescente o fato de que tenho ouvido muitos rumores sobre um crossover potencial para Joey G. dos profissionais para a NRR ... bem, vamos apenas dizer que esta entrevista foi tão quente que sai quase queimada. Devido à natureza tumultuada da entrevista e alguma amargura notável da parte de Joey G., a dupla parte da entrevista não foi tão longa como eu teria gostado.


Mas não se preocuparem, esta jornalista não desiste tão facilmente, e consegui algumas informações, um pouco de reflexão e uma resposta para a questão do crossover. Além disso, tive um tempo um a um com Lorhaven que é certo para agradar. Antes de cortar a parte da entrevista desta característica gostaria de apenas apontar se a minha descrição do fogo entre estes dois motoristas não estava clara, talvez você deva fechar a revista (mas salvar o seu lugar!) E conferir isso novamente. As imagens falam mil palavras, você sabe. A palavra número um que esta capa está falando? Intensidade. Outra coisa divertida: Esta é a primeira edição da história da GearShark com dois modelos em vez de apenas um. Uma maneira de abraçar a diversidade GS! E agora, leitores, liguem seus motores. Preparem-se. Estamos prestes a levá-lo para um passeio crepitante.

GS: Eu só vou fazer algumas perguntas, e então posso fazer o resto da entrevista com Lorhaven. JG: Oh, apenas algumas perguntas? Então você pode me relegar para a página de volta com apenas algumas linhas de texto. GS: Claro que não. JG: Não seria a primeira vez. GearShark parece ter uma reputação de ser um bom Clube de Velhos Meninos, uma que tem um sinal de não mulheres permitidas na frente e no centro. <Eu fiquei surpresa com esta resposta e praticamente disse isso. > JG: Eu estou apenas um pouco... amarga. A última vez que fui mencionada na revista, tive uma linha de estatísticas. Todos os outros pilotos obtiveram biografias com foto. <Para o registro, eu não escrevi o artigo que ela parece estar referenciando. No entanto, não posso imaginar um tempo GS que trataria qualquer motorista de forma diferente por causa de seu sexo. > GS: Então você acha que é discriminada por causa do seu sexo? JG: Eu sei. GS: A maioria das pessoas riria ou zombaria disso. Este é o século XXI. Os direitos das mulheres estão em vigor há muito tempo. JG: Eram direitos para gays, pessoas de diferentes raças... Mas meus melhores amigos são odiados por amar um ao outro. A notícia cheira a injustiça contra todas as raças. GS: Touché.


JG: A verdade é que os homens não querem mulheres em corridas. Eles simplesmente não querem. Cortam suas penas. <Até agora, Lorhaven estava deitado na cadeira, com as longas pernas acentuadas em uma calça jeans desgastada e baixa, lançada de forma relaxada. Ele estava ouvindo, assistindo... algo que eu tenho a impressão de que esse motorista fazia muitas vezes. As palavras de Joey G. o fizeram fazer um som. > JG: Algo para acrescentar, Lorhaven? L: Eu acho isso fascinante. <Ela ignorou muito Lorhaven nesta entrevista. Algo que achei interessante. Lorhaven é um homem muito bonito, com pele verde-oliva e um olhar intenso. Eu achei difícil não olhar para ele. > JG: Lá na pista, muita testosterona está bombeando. Os homens estão em uma forma primitiva. Seja o melhor. Seja o mais forte. Eles são intimidados por uma mulher que chega junto e tenta vencê-los. GS: Você disse tenta. Você já ganhou? JG: Claro. Se eu tivesse mais tempo de impressão nessas revistas de corrida e canais de esportes, você já saberia disso. GS: E como foi para você depois que ganhou? JG: Não importa se eu ganhar ou perder, é sempre o mesmo. Eu não sou querida. Eles deixam isso claro. Estou muitas vezes isolada, deixada para trabalhar por conta própria. Eles não querem falar comigo. Quando tento entrar em uma conversa, falar sobre as peças do motor ou relação de torque, eles, de repente, começam a agir como se eu fosse muda ou uma criança. GS: Você já foi relacionada a seu pai? JG: O circuito de corrida proíbe o favorecimento de qualquer membro. <Eu achei que a resposta foi muito interessante, e também fez a jornalista em mim querer cavar em torno de aprender mais sobre crescer nos esportes. Também ficou cada vez mais claro que Joey G. também se sentia sufocada pelo fato de que Ron Gamble é seu pai. Esta jornalista agora sabe por que ela só usa a primeira letra de seu sobrenome. É claro que esta é uma mulher forte que quer dirigir seu próprio caminho no mundo. > GS: Você acha que ele [Ron Gamble] a patrocina porque você é sua única filha? JG: Meu pai é um empresário, e acho que suas realizações atestam isso. Você realmente acha que um empresário afundaria tanto dinheiro em um patrocínio de corrida para alguém se ele não recebesse um retorno sobre o investimento? GS: Isso é muito interessante. Eu gostaria de conversar mais com vocês dois. Mas primeiro, só quero saber.... É verdade que você vai deixar o circuito profissional de corrida para um patrocínio na NRR?


JG: <sem hesitação> Sim. Estou terminando a minha temporada profissional, e então estarei atravessando. <A reação de Lorhaven a essa admissão foi muito interessante. Ele estava quase zangado. > GS: Você não gosta de motoristas profissionais. Você nunca escondeu esse fato. O que há com isso? L: Porque eles são um bando de idiotas arrogantes. JG: Deixe-me adivinhar. Você tentou e eles não quiseram você. <Claramente, esta mulher não tem nenhum problema em dizer o que está em sua mente. > GS: Então, quais são seus pensamentos sobre este crossover e uma piloto feminina na NRR? L: Eu acho que ela não pode atravessar. Ela acha que vai ser mais fácil na NRR. <Joey endureceu com suas palavras, e os dois começam com um olhar fixo que me deixou desconfortável. > L: <para JG> Adivinha, querida? A NRR é mais difícil do que os profissionais. Nenhuma regra da competição é para meninas. <Neste ponto da entrevista, Joey G. decidiu que ela estava pronta. Frustração e determinação brilharam em seu rosto enquanto ela me agradecia pelo meu tempo e dirigiu-se em um impecável Nissan Skyline amareloe-preto. Voltei para Lorhaven depois de alguns momentos de digerir o que aconteceu. > GS: Você acha que nenhuma regra de corrida é um bom lugar para uma condutora? Porque não há regras? L: Não. GS: Justo o suficiente. Você poderia talvez elaborar sobre sua experiência com a divisão profissional? L: Eu tenho dirigido toda a minha vida. Meus carros estão no topo da linha; assim são as partes. Levei anos para fazer um teste, e admito, meu pai teve que usar algumas conexões dele. <O pai de Lorhaven é um empresário de sucesso aqui em Maryland. Possui muitas empresas, incluindo dois aeroportos. > GS: Acho que o teste não correu bem? L: <risos> Eu não tinha um agente ou qualquer patrocinador interessado, e por alguma razão, o cara que eu dirigi tinha um pau por cima de seu traseiro sobre Corvettes. GS: Você fez um teste com um Corvette. L: Sim. E como bem sabia, os patrocinadores viriam se o interesse chegasse, mas ele não estava disposto a mostrar qualquer interesse.


GS: Por que você acha que é isso? L: <Sua expressão é a de alguém que apenas comeu algum queijo ruim.> Porque eu não estava na ‘multidão’ com a divisão. Meu pai não conhecia as pessoas certas. E eu também não. E porque (ele diz de má vontade) tenho um registro. GS: Um registro criminal? L: Sim. GS: Pelo quê? L: Apostas ilegais. GS: Bem, eu poderia ver como isso pode levantar alguns problemas de confiança. L: <encolhe os ombros> GS: Você não parece muito preocupado sobre isso. L: <Suas botas pretas batem no chão enquanto ele se senta para frente. Eu tenho que dizer que seus olhos estão tão escuros quando se assentam em mim, que me sinto parcialmente engolida, e me pego inclinando para ele.> Por que eu deveria estar? Eu poderia ter um pai rico e não cresci no que algumas pessoas chamam de gueto, mas fui criado nas ruas. É disso que venho. Essa é a desconexão entre os profissionais e o resto do mundo. Nem todo mundo é preparado do nascimento para ser redigido por um clube exclusivo. Alguns de nós temos que trabalhar para isso. Alguns de nós temos que construir a nossa reputação de baixo para cima. Corrida não é como jogar My Little Pony. Os carros estão nas ruas, onde os motoristas reais são carregados. Esse é o tipo de condução que me valeu um lugar na NRR. GS: O que seu pai pensa de sua corrida? L: Não importa o que ele pense. Eu dirijo para mim. Não para ele. GS: Isso significa que ele não aprova? L: Meu pai me apoia. <Algo me diz que há muito mais na dinâmica desse relacionamento pai-filho, mas esse tópico específico parece estar fora dos limites.> GS: Você mencionou um Corvette e Joey G. Estou supondo que você tem um, mas você dirigiu um Lotus Elise aqui hoje. O que aconteceu com o Corvette? L: Casualidades de uma corrida de rua. GS: Você o quebrou? <Sua mandíbula apertou conforme a pergunta o deixou irritado. > L: Sim.


GS: Eu acho que alguém tão hábil na condução não estragaria seus carros. L: A merda acontece. <Instantaneamente, alguém saiu da margem. Eu fiz uma dupla porque, francamente, o cara parecia muito com Justin Bieber. > Bieber: Isso não é exatamente verdade. L: <Vira para olhar.> Calado, Arrow. GS: Quem é esse? L: Meu irmão, Arrow. Ele também é um piloto. GS: Arrow Lorhaven? Arrow: <Olha para longe, desconfortável.> Não. Meu sobrenome é Ambrose. GS: Vocês dois são meio-irmãos, então. L: Nós somos irmãos. AA: Lor não destruiu seu carro por causa de sua condução. Ele realmente o quebrou de propósito. GS: Eu não consigo imaginar por que ele faria isso. AA: <Olha para Lorhaven, que suspira e encolhe os ombros. Isso parece ser algum tipo de aprovação porque Arrow continua.> Outro motorista estava sendo errático e virou o seu carro. Lor estava na liderança, virou o carro, dirigiu debaixo dele e empurrou o meu carro para fora do caminho. GS: O que aconteceu depois? L: O outro carro caiu sobre o Vette e deu perda total. Então eu comprei um Lotus. GS: Você tem uma reputação de... L: <encolhe os ombros> Ser um idiota? GS: Francamente, sim. L: Eu sou um idiota. Mas esse é o meu irmão. GS: Onde você se vê no final da primeira temporada da NRR? L: No topo. GS: O homem a bater é o seu rival, Drew Forrester. Pensa que você pode fazê-lo? L: Sim.


GS: Você e Drew realmente se odeiam tanto quanto a mídia fez parecer? L: <encolhe os ombros> GS: Mais uma pergunta antes de terminarmos. Você disse a Joey G. que acha que as mulheres não pertencem às corridas e não acha que ela será capaz de atravessar. Eu vi suas estatísticas. Ela é uma boa motorista. Você realmente acredita nisso? L: Eu acho que ser uma mulher em um esporte dominado pelos homens tem que ter coragem. Ela claramente tem isso. Estou com toda a igualdade e diversidade das mulheres. Você tem que deixar as pessoas ser quem querem ser. GS: Mas você acha que ela pertence à NRR? L: Não.

Como você pode ver, ambos os motoristas têm # swag. E não, não estou falando sobre o tipo de swag que impulsiona os homens jovens a vestir as calças abaixo de suas bundas e permitir que seus traseiros saiam (a sério, o que há com isso?). Eu não estou falando sobre algum tipo de termo de rap usado em uma canção popular. O tipo de #swag que estou referenciando é a confiança na qual uma pessoa se carrega. Para ter #swag, você precisa ser carregado com ele. Algo, eu acho, que ambos os motoristas têm em espadas. Além disso, esta entrevista levantou um monte de bons pontos de discussão que não acho que foram abordados pelo mundo de corrida. O que você acha das mulheres nas corridas? Você acha que as mulheres são tão hábeis e capazes como os homens para dirigir e dirigir rápido? Quais são seus pensamentos sobre Joey G.? Você acha que ela tem razão ao pensar que foi tratada injustamente pelo mundo das corridas? Você tem uma posição sobre o Pro vs NRR, sobre qual é a divisão de corrida mais ‘legítima’? A diversidade pertence aos esportes? Vamos começar uma discussão! Acesse nossos fóruns online no GearShark.com/RacingDiversity para compartilhar seus pensamentos e opiniões. Como este continua a ser um tema na frente e no centro do mundo das corridas, aqui na GearShark prometo trazer-lhe cobertura contínua e atualizações sobre todas as coisas de corrida, seja no lado profissional ou na NRR.

Eu me sentei para trás, longe da tela do computador e levantei a cerveja para meus lábios em pensamento. Nenhum líquido bateu em minha língua. Virei mais a garrafa, e quando ainda não fui recompensada com o sabor fresco de conforto, arranquei-a afastando com um grunhido agravado.


Vazia. Aparentemente, este artigo me fez chutá-la para baixo. Eu empurrei para fora da cadeira de mesa, joguei a garrafa em uma lixeira próxima e agarrei outra longneck da minha geladeira. Uma vez que estava aberta e o primeiro gosto de um malte recém-aberto deslizou pela minha garganta, fui capaz de ponderar o que acabei de ler. Inclinando um quadril contra o balcão, olhei para o outro lado da sala, na tela iluminada do laptop. Poderia ter sido pior. Eu honestamente pensei que Emily iria me rasgar em pedaços, considerando que basicamente aleguei que ela estaria dando a Jace um boquete quando saí. Uh-oh. Ele se tornara Jace em meus pensamentos. Não Lorhaven. Isso era perigoso com um capital D. Emily saltou sobre minhas piores partes do dia e até errou no lado de me dar o benefício da dúvida. Quase arriscaria dizer que ela podia ver meu ponto em tudo isso. Mas ainda não foi ótimo. Eu senti como se tivesse sido muito revelador... Eu tinha sido um pouco honesta demais. Não que fosse contra a honestidade. Eu não era. Odiava mentirosos. Mas não pude deixar de me perguntar que tipo de efeito este artigo teria quando saísse e no que os caras com quem eu corria na pro pensariam quando lessem o que eu disse sobre eles. E depois, havia o lado NRR. Lorhaven literalmente saiu contra mim. Ele disse que não me queria lá. Os outros motoristas seguiriam sua liderança? Eu seria uma pária entre os meus pares antes mesmo de ter uma chance de provar a eles de outra forma? Você tem Drew e Trent dessa vez. Você já tem apoio. Isso me fez sentir um pouco melhor, porque tê-los atrás de mim era mais do que tive quando comecei nos profissionais. Mas ainda... por que ele tem que ser tão brusco e sem apoio no artigo? No final do artigo, ele fez uma espécie de retrocesso, um pouco. Ele disse que eu tinha coragem. Ele afirmou que ele era tudo para a diversidade. E então tinha o Corvette. Ele se colocaria em perigo de bater seu irmão fora do caminho. Ele mostrou lealdade e mesmo amor para com sua família nesse ato. As ações falam mais alto que palavras. E o jeito que ele agiu quando me beijou... Eu tremi. Então, mais uma vez, tenho um vislumbre de Jace.


"Ele literalmente disse que você não podia fazer a transição, J," eu disse a mim mesma e empurrei fora do balcão para ir mudar a camisa úmida para que pudesse terminar de verificar os meus e-mails. No meu closet (que estava parcialmente vazio porque eu não era uma daquelas garotas que gostava de comprar e comprar um monte de roupas que provavelmente só usaria uma vez), puxei um jeans preto e uma camiseta cinza. Minha mente continuou vagando para o artigo, para Jace e para a menção que Emily fez da capa. Eu queria vê-la. Tomando minha cerveja meio vazia junto comigo, voltei para a minha mesa. No artigo, voltei para o e-mail de Emily para lê-lo, já que não tinha me incomodado em primeiro lugar.

Joey, Aqui está a prova final da entrevista para a GearShark. Se você tiver alguma mudança, por favor, envie-as imediatamente, como nossa equipe de produção decidiu que este artigo será lançado na edição do próximo mês (em vez do mês seguinte), o que significa que está entrando em produção em poucos dias. O artigo é um grande sucesso no escritório, e o editor está ansioso para obtê-lo em stands. Eu também anexei à capa para que você possa dar uma olhada. Nenhuma alteração será permitida a ela. Além disso, gostaria de pedir desculpas, porque sinto que você e eu não tivemos o melhor começo. Como uma mulher que trabalha em uma revista com leitores predominantemente masculinos, quero que você saiba que posso ver os tipos de... desafios que você deve enfrentar em sua carreira escolhida. Eu não fui tão simpática como deveria ter sido. Vou culpar o fato de Lorhaven estar sentado lá conosco, e sua presença foi muito perturbadora ;-).

Emily Metcalf Revista GearShark

Emily e eu nunca seríamos amigas. Ela irritou-me de maneira que um tecido sintético irrita minha virilha. E achei besteira sobre o fato de que ela estava ‘distraída’ por Jace. Ela estava ligada, excitada e ciumenta porque me via como uma competição. No entanto, apreciei as partes da entrevista que ela omitiu. Cliquei no anexo para abrir a capa. A imagem apareceu na tela.


Meu estômago apertou. Meus seios se apertaram e o calor se acumulou entre minhas pernas. Eles escolheram a imagem de mim contra suas costas, em sua camisa, com ela escorregando pelos meus braços. Ainda me lembrei do modo como seu corpo se sentia contra o meu, da forma como a minha bochecha encaixava em seu ombro. Estava tudo bem lá em meus olhos, a atração e o calor que sentia por ele. Era quase elétrico. E Jace... aquela foto era toda Jace, nenhum vestígio de Lorhaven. A maneira como ele segurava seu braço na minha frente e o olhar em seus olhos... Eu não tinha visto seu rosto durante a filmagem porque também estava focada na câmera. Deus me ajude, ele era sexy. E perigoso. Era como se ele desafiasse alguém que ousasse a se aproximar de nós dois. A imagem era em preto e branco, feita em tons de cinza. Eu não pude deixar de fazer um paralelo com isso. Era como eu e ele. Joey e Jace existiam no cinza do mundo das corridas. Como se estivéssemos em lados separados, separados mas juntos... Juntos, estávamos em outro lugar completamente. Eu minimizei a tela e me levantei para acelerar. De repente, senti-me cheia de energia e tensão. A minha necessidade de um dia tranquilo e relaxante foi soprado para o inferno. Senti a necessidade de derramar tudo. Os sentimentos que ele incitava em mim. A imagem da nossa foto queimou um buraco na parte de trás do meu cérebro. Acima de tudo, o queria fora do meu sistema. Não queria estar em um nó tão bem amarrado. Peguei o meu celular e apertei um botão. Ele respondeu no primeiro toque. "Eu preciso de uma corrida. Estilo NRR," disse, ainda andando. “Nossa porta está sempre aberta,” respondeu Drew. "Vejo você em algumas horas," disse e cortei a conexão. Voltei para o meu armário para jogar algumas coisas em uma mochila. Jace ia comer suas palavras. Ele pensou que eu não poderia atravessar para o seu mundo? Eu provaria que ele estava errado.


MEN VS WOMEN Verdades que você precisa saber, mas você não faz.

VERDADE FEMININA A menina mais jovem a se divorciar tinha dez anos de idade. #Fato

CAPITULO DOZE

Lorhaven Eu tinha essa parte da cidade. Não no sentido monetário, mas no sentido de linha pontilhada, no sentido tácito, mas reconhecido. Eu estive correndo as ruas nesta parte de Maryland por muito tempo. Desde que tinha idade suficiente para dirigir. Nunca me encaixei no mundo do meu pai. Não. Apague isso. Me encaixava. Simplesmente não queria. Eu não gostava. Seu mundo de números, ternos e festas tediosas e chatas me fazia sentir como se estivesse sufocando. Como se tivesse um pé na minha sepultura. Eu gosto de conforto. Gostava de ter uma casa agradável para crescer e um pai que cuidava de sua família. Mas na parte de trás da minha cabeça, sempre havia essa voz. Essa urgência dentro de mim. Há algo mais lá fora. Quando atingi meus anos de adolescência, eu era como qualquer outro garoto, não importa como ele era criado. Curioso, querendo testar meus limites e explorar. Acabei no outro lado da cidade uma noite, em uma festa de alguém que nem conhecia. A música era alta, as meninas eram rápidas e os carros eram ainda mais rápidos. Eu tinha ido a muitas festas. Estive bêbado, experimentei drogas e definitivamente não era virgem. Mas este era um mundo totalmente novo para mim. Uma vibração diferente. Aquela voz sempre sussurrando em minha cabeça de repente se calou.


Eu amei a descascada natureza das ruas. A maneira como tudo era preto ou branco. Não havia espaço para BS aqui, e enquanto o dinheiro falava (não importava onde você estivesse, o dinheiro sempre falava) não era o número um. O respeito era. Todos aqui viviam com um código. E os carros, droga quente, os carros estavam fora da cadeia. Para um garoto que estava acostumado a coisas legais, este era um novo jogo de bola. Nada comparado a um corpo brilhante, pneus novos e um motor que fazia o seu interior vibrar quando acelerado. Este mundo era um contraste áspero ao estilo de vida leve que eu cresci dentro. Era corajoso aqui. Eu amei. Depois disso, não havia volta. Eu conheci Kurt, cujo pai era dono de uma garagem e comecei a passar o tempo lá depois da escola e nos fins de semana. Kurt e eu trabalhamos em carros, perseguimos mulheres e fomos a todas as corridas de rua que pudemos. Eu costumava ser o cara à margem. Costumava ser aquele que estava sentado entre os gases de escape, música alta e planejando quando iria ser eu a chegar da linha de partida. Nós corremos de policiais quando eles apareceram e festejamos com os motoristas. Estava em casa, mais do que no lugar onde cresci. Senti-me mais aceito aqui, mais como eu do que em qualquer outro momento ou lugar. Mas eu queria mais. Eu queria ser o único a possuí-lo. Queria a lealdade e o respeito. Afinal de contas, eu era filho de meu pai. Acho que algumas coisas só vinham com a genética. Eu queria ser o melhor. Meu primeiro carro era um Toyota. Eu o enganei, o modifiquei e comecei a competir. Perdi muito, mas cada perda era uma lição. Comecei no Chesapeake Speedway e peguei muita habilidade. Meu pai não estava muito emocionado com o meu novo hobby. Ele pensou que meu tempo seria mais bem gasto sendo maçante e pateta como ele. Ele parou de pagar por minhas peças de carro e meu gás. Comecei a fazer apostas e arrecadar muito dinheiro na estrada. Até que, claro, alguém me expulsou. Esse foi o meu erro. Se estivesse nas ruas e não na estrada, ninguém diria merda. Você não expulsa um dos seus próprios. Idiotas.


Mas eu ainda não era chefe, e os poderosos não eram muito amáveis comigo e não queriam que eu arranjasse uma tonelada do dinheiro para fazer o meu carro melhor do que os deles sobre seu próprio relvado. Meu pai pagou muito dinheiro para me livrar de problemas. Eu nem sequer passei uma noite na prisão. Mas fui banido das trilhas. Mas para mim, isso era apenas detalhes. Algumas pessoas me chamaram de trapaceiro. Foda-se. Eu não fiz trapaça. Eu tinha honra. Dirigi honestamente. Como disse, queria respeito, e traidores eram como goma no fundo de um sapato de piloto real. Depois disso, meu subsídio começou a aparecer na minha conta novamente. Acho que meu pai achou que preferia me deixar gastar o dinheiro com o que estava fazendo do que usá-lo para me livrar de problemas. Eu peguei o dinheiro. Por um tempo. Comecei a correr mais nas ruas e comecei a ganhar. As pessoas começaram a bater palmas quando meu carro puxava muito. Kurt sempre esteve lá, quer na minha retaguarda, quer na espingarda. Meu pai não aprovou minhas escolhas de estilo de vida e deixei claro que não dava uma foda voadora. Ele aceitou, nunca me virando para fora e sabia que ele estaria sempre lá se me metesse em algum problema. Sempre me perguntei por que, até que, claro, descobri. Fiquei obcecado com a vitória, com ser o melhor. Entrei em algumas corridas pela cidade, no relvado de outra pessoa. Foi hostil e tumultuado, mas fiz de qualquer maneira. Eles apenas me viram como uma criança que poderia pegar um carro. Fui eu que saí com os papéis. Ganhei alguns carros agradáveis com atualizações caras. Vendi todos eles e comprei o Corvette. Demorou um tempo para torná-lo imbatível, mas usando todas as habilidades que tinha aprendido na garagem do pai de Kurt, além de alguma paciência, fiz isso. Quando o motorista número um na cidade foi pego trapaceando, houve de repente um lugar aberto no topo. Eu não estava tecnicamente na corrida.


Passei muito tempo em outros círculos, ganhando e pegando carros. Fiz alguns inimigos e ganhei uma reputação. Desafiei o tipo excitante do excitador da maneira que um beta desafia um alfa. Houve uma grande corrida; Todos os melhores pilotos estavam lá. Eles riram porque eu tinha jogado o desafio. Eu rolei no Vette e fumei todos eles. Ninguém nunca riu novamente. Tornei-me o número um, e isso se tornou a minha cidade. Kurt e eu estávamos nos distanciando, e este era o prego no nosso caixão. Alguns amigos crescem juntos, e alguns crescem separados. Agora ele olhava para mim com algum tipo de zombaria. Com raiva que tomei o lugar que era legitimamente dele. Não cresci tecnicamente nas ruas, mas ele tinha. Coisa era ele nunca me bateu. Eu nunca o deixaria. Então nos tornamos estranhos em vez de amigos. Eu não o odeio. Na verdade, houve um tempo que pensei em tentar consertar a fratura entre nós. Puxei-o para mais perto, mas isso é o mais longe que consegui. Fui aos hangares uma noite depois de correr e encontrei meu irmão... Depois disso, tudo mudou. Na minha obsessão com as corridas, tinha perdido muita merda e ele lidou com tudo sozinho. Tornou-se cristalino naquela noite por que o meu pai nunca me cortou e sabia por que ele aguentava as minhas corridas. Em seus olhos, havia coisas piores que eu podia fazer. E em meus olhos, ele nunca tinha sido pior. Minha obsessão mudou para incluir meu irmão e ele tomou residência ao meu lado. Cortei todos os outros. Eu estava no topo e me isolei a fim de proteger Arrow. Meu isolamento, em muitos aspectos, trabalhou em favor da solidificação da minha liderança, porque isso deixou as pessoas cautelosas. Minha reputação entre os outros círculos das corridas, minha prisão ilegal de apostas, o fato de eu ter acesso a mais dinheiro do que qualquer outra pessoa nas ruas - tudo isso me deixou quase impossível. Ah, e o fato de eu ter batido a merda de algumas pessoas que mereciam fez um monte de gente pensar duas vezes antes mesmo de me desafiar. E não estou falando que ganhei algumas lutas.


Quero dizer que literalmente bati em algumas pessoas dentro de uma polegada de suas vidas. Meu pai pagou para me tirar disso também. Não tinha muitas pessoas que sabiam os detalhes sobre isso. Ele enterrou e eu não estava abrindo a minha boca. Mas sempre há sussurros. As ruas têm uma maneira sobre elas. A palavra se espalha. Basicamente, tenho tudo o que queria desde aquela primeira noite que fui para aquela festa de rua. Estava no topo. Nada acontece aqui que eu não sabia. E abriu caminho para o meu patrocínio com a NRR. Além disso, eu tinha meu irmão ao meu lado. Coisa engraçada quando você começa tudo que trabalha para somente ver que você necessita mais. Mas o que faltava, eu não sabia. Mas sabia de uma coisa. Chegar em casa me fazia sentir bem. Quando apareci com a Lotus, as pessoas pararam, viraram-se, e as multidões na rua se separaram naturalmente como um mar para deixar passar o carro de elite. Essa é a coisa com o Lotus. Pode ser pequena, mas trazia presença. Houve também o fato de que estava na minha cor de assinatura (eu tinha uma coisa para carros brancos), e todo mundo sabia que meu Corvette virou lixo. As janelas estavam tão escuras que eu sabia que quando as pessoas olhavam para dentro não conseguiam perceber quem estava dirigindo. Mas então o meu irmão e seu Camaro preto apareceram. Os olhares de especulação voltaram-se para o conhecimento. Parei no centro da multidão entreaberta, uma familiar corrida de energia e um sentimento de pertencimento lavando-me. Antes mesmo de subir, o Lotus estava cercado, com apenas espaço suficiente para eu sair. Logo à frente, já havia uma linha e vários carros estavam estacionados ali, prontos para uma corrida. Eu não tinha certeza se ia correr esta noite. Poderia apenas sentar e mergulhar dentro de tudo. "Lorhaven!" Meu nome ondulou através da multidão, sorri e bati as mãos com todos ao alcance. "Nenhum lugar é como em casa," eu disse. "Terceiro lugar é fodidamente épico para sua primeira corrida," disse um dos caras mais próximos a mim.


Essas pessoas eram todas minhas amigas. Mas nenhum deles me conhecia. "Aprecio-o," disse sem deixar transparecer que estava decepcionado como o inferno com o terceiro lugar. Conversa virou-se para o meu novo campeonato, a primeira corrida NRR, e um bando de pessoas falando merda uns aos outros. Alguns dos meus ’amigos’ mais próximos me encheram de tudo o que eu poderia ter perdido, e Beneto, o cara que normalmente supervisionava as corridas, correu em torno para definir as apostas desta noite. Eu mantive um olho em meu irmão (sem ele perceber), mas ele era tudo de bom. Ele tinha amigos aqui como eu. Pessoas com quem ele estava. Mas, tanto quanto sabia, ele manteve-os no comprimento do braço também. Ele estava bem. Arrow teve decepção suficiente para durar uma vida inteira. Ele não precisava de mais. Ninguém ainda tinha tentado chegar mais perto dele. Provavelmente porque eles sabiam que eu era um bastardo. Os amigos mais íntimos que ele havia feito desde que eu o trouxe para dentro foi Drew e, pouco depois, Trent. Ele passou um tempo no complexo da família, também, e sabia que o resto da família de Drew o tratava bem. Eu tinha visto uma mudança em meu irmão por causa desses relacionamentos. Uma mudança pela qual eu estava grato. Pouco tempo depois que cheguei, as meninas fizeram seu caminho através das multidões e vieram até mim e meu carro. Elas eram ratos de rua - não um termo depreciativo por aqui; apenas significava que elas estavam em cada corrida. O que eu poderia dizer? Eu tinha minhas próprias groupies. Richelle tinha cabelos longos e lisos, que eram tingidos de vermelho e ela preferia calções que não deixavam nada à imaginação e apertados tops que mostravam tudo. Muita de sua pele estava a mostra, então olhei para ela mais do que seus olhos castanhos, pesadamente confeccionados e lábios rosados e brilhantes. Sua amiga, Verônica, tinha cabelos mais curtos, mas ainda pendia sobre seus ombros e era da mais natural sombra de marrom. Metade dele estava puxado para cima e ela tinha um par de grandes brincos brilhantes em seus ouvidos. Ela também estava escassamente vestida com uma saia branca e curta que mostrava o fundo de suas nádegas quando ela caminhava. A camisa que usava era baixa e sem costas, então ela não estava vestindo um sutiã. Ela estava claramente indo para o look ‘estudante impertinente’ porque as meias que ela usava se estendiam até os joelhos e tinha arcos nos lados. Eu não estava no olhar da estudante impertinente. Eu gostava de mulheres. Como Joey. "Senhoras," eu disse, encostando-me de volta ao meu carro.


Richelle aproximou-se, arrastou um dedo pelo meu peito e então ergueu para parar na beira do capô. Ela cruzou as pernas e girou em minha direção e deslizou sua língua em seus dentes. "Eu gosto do novo carro." Ela era basicamente um sexo ambulante para mim. Eu sorri preguiçosamente para baixo e deslizei um pouco mais perto para colocar um braço ao redor de sua cintura. Não mergulha no lado como o dela. Não é feito para as minhas mãos. "Viu qualquer outra coisa que você gosta?" Perguntei, minha voz caindo. Ela pôs a mão no meu peito e inclinou a cabeça para trás. “Ouvi dizer que você vai estar na capa de uma revista.” Fiquei surpreso que a palavra se espalhou rapidamente filtrada através de mim, mas não mostrei. "Acha que eu faço um bom modelo de capa?" "Oh sim," ela ronronou, sua palma esfregando sobre o meu pau. Eu tinha recebido o e-mail ontem, com o rascunho do artigo e a prova de capa. Realmente recebi a capa duas vezes, uma vez de Emily e uma vez do fotógrafo pervertido. Vendo a foto pela primeira vez tinha sido como um soco no meu estômago. Eu ainda me senti ligeiramente oco no local, mesmo que tentasse ignorá-lo. Deus, ela era incrivelmente linda. E vê-la praticamente enrolada contra mim dessa maneira... Eu quase disse ao pervertido para mudar a foto. Não queria que ninguém a visse assim. Era muito íntimo. Muito sexy... E isso me lembrou a maneira como seus seios se sentiam contra minhas costas nuas. Mas então exclui o e-mail. Eu queria que as pessoas vissem. De um modo doentio, era como apostar minha reivindicação em algo que não era nem remotamente meu. "Quer ir dar uma volta?" Perguntei, empurrando a imagem, o artigo e a mulher fora de meu cérebro. "Não está correndo hoje à noite?" Ela perguntou. "Eu preferia ser montado em vez disso."


Um brilho sexy entrou em seus olhos. "Um passeio é." O som de motores ronronantes cortava o som da multidão. Minha cabeça levantou-se. Encontrei Beneto na multidão. "Você convidou alguns pilotos?" “Não, cara. Não fui eu.” Eu sabia pelo som dos motores que os carros estavam no topo da linha. Fez-me ainda mais curioso e suspeito. Comecei a me afastar da garota do meu braço, mas ela não estava prestes a me deixar ir. “Para onde você acha que vai?” A multidão começou a separar o caminho que tinha para mim. Richelle, encostou-se contra o meu lado, como se estivesse marcando seu território, mas mal notei. Um Skyline brilhante amarelo e preto manobrou na vista. A última vez que tinha visto, os pneus estavam levando-o para fora da vista. Senti naquele momento da maneira que fiz agora. Como se um pedaço de algo estivesse preso na minha garganta. Como se fosse um pouco difícil respirar profundamente. Meu peito parecia meio vazio, combinando com aquela sensação oca que tinha desde que vi a capa. Deixou-me estranhamente desconfiado que o espaço sob minhas costelas estivesse vazio porque o meu coração tinha acabado de se mudar para minha garganta. Por trás do Skyline estava o cobalto de Drew, Fastback. Claro que ele estaria aqui. Ele e Trent agiam como se fossem guarda-costas de Joey. Ambos os carros pararam quase simultaneamente. O nome de Drew ondulou entre a multidão; Todos o conheciam aqui. Sua presença em minhas corridas era irritantemente comum. Mas ninguém conhecia o Skyline amarelo. Eu sim. Joey está aqui. Eu pensei que quando ela tinha ido embora mais de uma semana atrás, não iria vê-la novamente por um longo tempo. A porta do motorista se abriu, duas pernas longas e bem torneadas se desdobraram e um par de saltos pretos atingiram o pavimento. Ela se endireitou, jogando para trás uma pesada cortina de longos cachos e fechou a porta. Os gritos e assobios começaram quase instantaneamente. Eles colocaram meus dentes traseiros na borda e meus punhos cerraram.


"Você a conhece?" Richelle perguntou, esfregando o meu peito. Deus, ela ainda estava lá? Joey usava jeans pretos com rasgos nas coxas. O contraste de sua pele contra o tecido escuro era como uma maldita luz de néon, e isso me irritava. A cintura montou seus quadris e a camisa sob o casaco de couro preto foi cortada para que seu umbigo fosse exposto. Ao contrário de todos os ratos de rua, ela não estava usando uma merda de maquiagem; Na verdade, não poderia dizer se ela usava qualquer uma em tudo. Ela não precisava disso, de qualquer maneira. Eu ouvi Drew e Trent sair do Fastback e cumprimentar algumas das pessoas ao redor da área, mas meus olhos nunca deixaram Joey. Como se ela pudesse sentir o meu olhar, ela olhou para mim. O desejo de agarrá-la e foder sua boca com a língua como tinha feito antes quase roubou-me da minha visão. Manchas pretas nadaram diante de meus olhos, e quando aclararam, ela ainda estava olhando para mim. Enquanto eu olhava, seu queixo levantou e seus olhos se estreitaram. Ela ainda estava chateada. Oh, isso me excitou. "Não estamos saindo?" Richelle ronronou e arqueou contra mim. Os olhos de Joey escorregaram dos meus para a menina enrolada ao meu redor. O olhar de raiva que ela usava intensificou-se, e os cantos de seus lábios pararam em desgosto. Olhei para Richelle. "Partir agora seria rude," eu disse, fazendo parecer que as palavras calmas que eu falava eram muito mais excitantes. "Os convidados só apareceram." Richelle estendeu o lábio em um beicinho. "Eu pensei que você queria dar um passeio." Oh, eu sei. Eu queria que Joey estivesse sobre o meu colo e se esmagasse tanto contra mim que minha metade inferior ficasse entorpecida. Eu sorri ao pensar. Richelle pensou que eu estava sorrindo para ela. Senti Joey ainda assistindo. Esperava que ela estivesse com ciúmes. "Você deve estar perdida, garotinha," a voz de Kurt cresceu. "Porque corredores pro não são bem-vindos nesta parte da cidade." Eu girei minha cabeça enquanto Kurt se aproximava de Joey. Ela se afastou completamente de mim, plantou as mãos nos quadris dela e olhou para o estranho.


"A única coisa pequena por aqui é o pau em suas calças," ela retornou. Houve um momento de silêncio chocado, como ela ousaria dizer uma coisa dessas. Minha risada assassinou aquele silêncio. Ele estourou fora do meu peito. Os olhos de Kurt dispararam em minha direção e ele franziu o cenho. Todos os que estavam ao alcance do ouvido rugiam. Risos, gargalhadas e mais irromperam durante a noite. Seu rosto brilhou de vergonha, mas também de raiva. As garotas aqui não eram como Joey; Ele não esperava um retorno tão forte. Queria fazê-la pagar por isso. Eu o observei se aproximar e inclinar-se para frente. Seus lábios se moveram. Era muito longe para eu ouvir o que ele estava dizendo. Eu observei o rosto de Joey porque isso seria um claro indicador do que ele disse. Ela revirou os olhos. Meus lábios se contraíram, mas então um sentimento não tão humorístico saiu da diversão. Joey não pareceu tão chateada com o que Kurt disse, mas isso irritou Drew e Trent. Os dois homens avançaram defensivamente. Trent foi tão longe que empurrou Kurt para trás. Abandonei Richelle onde ela estava, ignorei o seu chamado e caminhei para frente. As pessoas se moviam enquanto eu caminhava. "Corredores pro não são bem-vindos neste relvado. Então, a menos que você queira me pegar na minha oferta para descobrir o quão pequeno meu pau é, sugiro que você saia antes-" Trent atacou-o, mas Kurt estava pronto e saltou para fora do alcance. Mas ele se chocou comigo. Ele se contorceu, surpresa em seu rosto. Cruzei os meus braços sobre o meu peito. "Parece que você está aqui entregando ordens quando não é seu lugar." "Elas são suas ordens, não minhas," ele estalou e apontou para Joey. “Você sabe quem é?” "Estou bem ciente de quem é Joey Gamble," respondi, duro. Ele me irritou, ele não sabia. Ele não sabia quem era ela para mim. Ela não é ninguém para você. Mentiroso.


"Gamble?" Kurt ecoou. A ferocidade em seus olhos deslizou, e ele olhou para ela. A parte de trás do meu pescoço formigava. Minha mandíbula se apertou. "Não faça jogos de merda, Kurt. Você sabe quem ela é.” "O G é para Gamble. Você é filha de Ron Gamble," ele disse, como se estivesse apenas constatando. Ele era muito bom em agir realmente estúpido. Ele não estaria ganhando nenhum prêmio da Academia nesta vida, então acho que isso o fazia um idiota. Joey ergueu o queixo. "Você tem algum problema com isso?" Ela era nada menos do que desafiadora, mas não pude deixar de me sentir como se tivesse acabado de fazer algo errado. Pensei que todos aqui soubessem quem ela era. A primeira e única vez em que ela esteve no meu território foi quando Drew apareceu com ela. No segundo em que ela saiu do carro, as pessoas a conheciam. Eles a chamaram imediatamente. Você não sabia que ela era filha de Gamble... Olhei para Kurt. Assisti o clique de realização, assisti seus olhos encherem com uma emoção que não gostei. "Os profissionais não são bem-vindos aqui," eu disse a ela, com força. Olhei para Drew. "Você sabe que não é, também." Perto, Arrow endureceu. Ótimo. Mais tarde teria que ouvi-lo como uma cadela sobre tratar o seu BFF mal. Tanto para ficar de volta e esfriar hoje à noite, apreciando a minha casa. "Eu irei quando ela for," Drew disse. Ele entendeu. Ele sabia que eu não podia simplesmente abrir meus braços e agir como se ele fosse meu irmão há muito perdido. Ele meio que me irritava que eu tinha que colocar em uma frente. Eu nunca tive antes. "Eu não estou indo a lugar nenhum. Ainda não, de qualquer maneira,” respondeu Joey, dispensando Kurt e olhando para mim. “Você me convidou.” Senti minhas sobrancelhas dispararem até a metade da minha testa. "Eu convidei você?"


"Sim, quando você disse a GearShark que eu não poderia atravessar no mundo das corridas." Um grupo de ooohs e ahhhs acompanhados por alguns gritos de ‘Quente’. As observações me fizeram sorrir. "Eu disse isso?" Zombei. Ela fez uma careta. “Qual é o problema, Lorhaven?" Ela falou. “Medo que eu venha provar que você está errado?" Pro ou não pro, quando um piloto - um feminino naquele momento - entrou em meu próprio campo e jogou um desafio como este, um homem não tinha outra escolha a não ser aceitar. "Tudo bem, querida," disse em resposta. Imaginei se ela ia me chamar de L-, eu a chamaria de S-. "Mostre-nos tudo o que você tem." As pessoas começaram a torcer e fazer apostas. "Beneto," chamei por cima do meu ombro. "Qual é o pote até esta noite?" Joey fez um som. "Uh-uh. Não quero seu dinheiro.” "Não?" Eu sorri e passei um pouco mais perto. Ela ainda cheirava impertinente e agradável. Eu amava impertinente e agradável. Ela tirou a jaqueta de couro dos braços e jogou-a no capô do carro. Proporcionou-me uma melhor visão de todas aquelas curvas. E todo mundo. Meus olhos se estreitaram. "Se eu bater você, quero dirigir o seu carro." Seus braços cruzaram no seu peito e sua camisa subiu ainda mais. Mais oohs e ahhhs ecoaram. Eu nunca deixei ninguém dirigir os meus carros. Sobre o corpo a corpo, ela acrescentou, "E você admitirá que posso dirigir." Eu zombei. “E se eu ganhar?” "Se você ganhar, eu não vou chutar sua bunda." Mais risadas. Balancei a cabeça. "Se eu ganhar, você vai me deixar olhar sob o seu capô."


O que estava sob o capô do motorista era sagrado. Era privado. Era um culminar de seu trabalho duro, dinheiro e sonhos. E para um vencedor, era um segredo para uma porção de seu sucesso. Ela franziu os lábios, depois assentiu com a cabeça uma vez. "Combinado." "Tem certeza de que você não quer o dinheiro?" Beneto cortou. "O pote é dez vezes grande hoje à noite." Eu balancei a cabeça. O que havia entre mim e Joey não era dinheiro. Claro, ninguém mais sabia disso. "Nah. Vamos deixar isso para os outros pilotos.” "Esta é uma corrida aberta?" Kurt falou. Olhei para Joey. Ela encolheu os ombros. Já havia carros na linha de partida. Mais carros podem torná-lo mais interessante. "Sim, a corrida anterior está ok. O primeiro atrás de mim ganha o dinheiro.” "Ou eu." Joey cortou com confiança. Eu brilhei um sorriso. "Primeiro atrás de mim ou Joey pega o dinheiro." A excitação estalava pelo ar. Todos se dispersaram para a margem e os pilotos que planejavam correr (eram quatro) foram para os carros. Kurt era um deles. "Você está?" Gritei para Drew. Ele me deu um aceno de cabeça, reconhecendo o fato de eu ter jogado fora o convite. "Não," ele disse. “Acho que vou assistir isso.” Joey já estava em seu Skyline, empurrando-o para a linha de partida. Eu fui para o Lotus. Hoje à noite se tornou muito mais interessante.


MEN VS WOMEN Verdades que você precisa saber, mas você não faz.

VERDADE MASCULINA 1 em cada 4 pede chinês para levar.

CAPITULO TREZE

Joey Quando a multidão se separou e meu carro deslizou através, tive um tempo difícil freando. Você sabe porque? Porque havia uma prostituta de cinco dólares com um mau trabalho de tintura cobrindo todo o Jace. Meu pé pairou entre o gás e o freio. O desejo de derrubá-la era forte. Sua lápide diria: Aqui está uma cadela que tocou o que não deveria. No segundo que senti a intensidade de seu olhar, que surpreendentemente se tornou familiar para mim depois de apenas uma sessão de fotos, a verdade me meteu no olho como um tiro barato de um boxeador afortunado. Eu estava aqui por ele. Não apenas para provar que ele estava errado sobre minha condução, também. Eu queria vê-lo. Vi que tinha, e agora estava sentada na linha de partida de uma corrida de rua. Minha primeira corrida de rua. Sim, tecnicamente, tinha estado em uma com Drew, mas não tinha dirigido.


Enquanto me sentava e esperava, a energia me deixou nervosa. Era o mesmo antes de cada corrida. Era como se o meu corpo soubesse o que estava chegando e já estava lutando para provar a primeira onda de adrenalina. Eu era uma viciada. Meu vício era a velocidade. Um rap acentuado na janela do lado do motorista me trouxe ao redor. Um GPS carregado com as coordenadas da corrida foi deslizado para mim, e tive um momento de pânico que não seria capaz de trabalhar. Então disse a mim mesma para parar de ser uma burra e fazê-lo. Era um GPS para o bem de merda, não um problema de palavra em geometria. Sério, eu tinha pesadelos sobre geometria. Tudo já estava parado e pronto para ir. Tudo que tinha que fazer era furar o meu párabrisa e ouvir. Ao meu redor, carros começaram e as pessoas aplaudiram. Lorhaven estava estacionado ao meu lado. Olhei através da janela do passageiro, em seu Lotus. As janelas estavam muito matizadas para vê-lo, mas não precisava. Senti o seu olhar. "Prontos em um," anunciou o GPS. Rasguei meus olhos longe do Lotus e envolvi minhas mãos ao redor do volante, soprando para fora uma respiração profunda. Os momentos antes de colocar no gás eram sempre os mais difíceis. Meu corpo já estava lá, a toda velocidade, mas ainda estava imóvel. Basicamente, cada célula dentro de mim me encorajou a ir em frente, gritou para ir, mas minha mente lutou contra esse impulso e me forçou a permanecer imóvel. Pensamentos de Lorhaven, os profissionais, NRR e tudo mais cessaram. Eu estava prestes a conhecer uma liberdade que apenas um seleto grupo já experimentou. "Prepare-se em três, dois... um." A voz feminina robótica contou para baixo, e então nós estavamos todos descascando a linha de partida e correndo pela rua vazia. Eu não sabia quanto tempo duraria esta corrida. Nem sabia quantas milhas ou onde estavam indo. Tudo o que tinha era uma linha vermelha no GPS, um ponto em movimento que me representava, e a voz me dizendo para onde ir. A corrida estava indo em algumas estradas traseiras, estradas menos viajadas assim que o tráfego não era uma edição. Seis carros estavam correndo, mas na minha mente, o único que estava correndo era Jace. Eu queria tanto fazê-lo comer suas palavras.


Quando disparei pela primeira vez da linha de partida, fiquei um pouco para trás, resisti ao impulso de forçar o meu caminho para frente. Preferia me segurar um pouco. Só poderia estar preocupada com bater em Jace, mas lá tinham outros carros na estrada conosco. Os observei, sentindo a maneira como eles dirigiam. O cara que me ofereceu de uma forma um tanto grosseira para me mostrar o quão pequeno seu pau não era estava atrás do volante de um Nissan vermelho cereja. Atualmente, ele estava à minha frente, algo que tinha certeza de que ele estava amando. Gostaria de usá-lo para minha vantagem. Sempre gostei de jogar um pouco de um jogo com alguns dos maiores idiotas com quem corria. Queria que ele pensasse que ele me tinha, que eu tinha sido tudo falar. Apenas quando sua cabeça ficasse boa e grande, explodiria logo e destruiria seu ego. Boom. Não, não era bom manipular os motoristas, especialmente enquanto estávamos viajando a velocidades tão altas, mas não me importava. Cada motorista atrás do volante sabia o risco que tomavam. Incluindo eu. Ultrapassei dois carros, posicionando-me atrás do Nissan vermelho e de um Toyota direto ao lado dele. Jace estava à frente de ambos, tendo disparado para frente, não instantaneamente, mas com bastante rapidez. Gostei de como ele não saiu na volta e tomou a liderança imediatamente. Então, novamente, já sabia que ele era um cara para os jogos. A Toyota ao lado do carro vermelho começou a recuar um pouco e depois foi superada completamente. O GPS brilhou uma curva na estrada à frente, então peguei, facilitando, em seguida, perfurei o combustível e ultrapassei-os. Montei duro no final da cauda da Nissan, colocando pressão sobre ele para acelerar o inferno. Atirei para frente, mas não o suficiente. Desviei enquanto a estrada era larga o suficiente para nós lado a lado e deslizei para a direita ao lado dele. A raiva irradiou do assento do motorista e seu foco foi rasgado entre a estrada e a raiva que sentia porque estava ganhando dele. Eu sorri. Uma fração de segundo depois, peguei a maneira como suas mãos espremiam na roda e reagi. A Nissan cortou em direção a mim, tentando bater em meu lado para me empurrar para fora da estrada. Freei; Seu carro perdeu o meu por centímetros. De repente, os pneus do meu lado do carro saíram da estrada e caíram em pedregulhos soltos. O som das pedras pingando meu trem de pouso e sendo chutados pelos meus pneus assaltou meus ouvidos.


O carro ligava-se ligeiramente devido ao pavimento irregular, ao mesmo tempo, ao lado do ombro e da estrada. O Nissan manteve a pressão, acariciando a estrada, e virou para mim a cada poucos segundos. Ele achou que eu ficaria surpresa com seu comportamento? Será que ele pensava que ficaria escandalizada com sua abordagem de não-regras e desrespeito? Isso é o que esses homens não entendiam. Eu poderia estar vindo dos profissionais, mas nunca fui tratada como uma. Conhecia os truques. E não fui jogada fora por isto. Mais cascalho levantou; Um pedaço golpeou o lado do meu pára-brisa, e estremeci um pouco. Desviei um pouco quando o interior dos meus pneus bateu a borda da estrada, e um som horrível encheu a noite. O flash de milissegundo de luzes de freio à frente despedaçou a minha atenção. Jace tinha batido no freio, só por uma fração de segundo. O suficiente para as luzes de freio cintilar. Ele viu o que estava acontecendo? Teria pensado em intervir? Parafuse essa merda. Eu não precisava dele para intervir. Não precisava de ninguém para lutar minhas batalhas por mim. Eu era forte o suficiente para fazer isso sozinha. Olhei pela janela para o cara do Nissan. Ele sorriu e me deu um beijo. Puxei a roda do meu carro e bati contra seu pára-lamas lateral. Porque ele não estava esperando isso (porque você sabe, apenas os homens agem como ferramentas, as senhoras nunca... acho que agora ele sabe que não sou uma maldita dama), seu carro girou. Disparei na frente e virei todos os quatro pneus de volta para a estrada. Através do meu espelho retrovisor, assisti o vermelho Nissan patinar em um pleno trezentos e sessenta antes de chegar a uma parada completa no centro da estrada. Em apenas uma questão de segundos, ele estaria de volta no meu rabo, mas estava tudo bem. Agora ele sabia que se ele fodia comigo, eu fodia de volta. Toda a minha atenção estava focada à frente, observando o Lotus que agora tinha mais distância entre nós. É quase como se agora ele visse que estava bem e puxando à frente. "Rodovia à frente," alertou o GPS. Olhei para o roteiro. Indicava que tudo estava sendo condensado em uma faixa estreita que era tecnicamente o rebordo da estrada. Eu precisaria de pneus novos depois desta noite.


Sorri. Isso foi divertido como o inferno. O gás socou para baixo e meu carro respondeu como sabia que ele faria. A paisagem ficou borrada em torno de mim conforme persegui o Lotus. Eu virei para fora para ver quanto espaço tinha deixado e se ultrapassá-lo agora era possível. Não era. Abaixou a marcha, manobrou o carro e disparou entre duas fileiras de cones laranja. Eu fiz o mesmo, não recuando de sua retaguarda. A estrada torceu e virou um pouco. A poeira e a sujeira do rebordo se erguiam ao redor dos carros como nuvens negras no céu já noturno. Um carro veio para trás e girou em seus feixes altos. Apertei os olhos, afastando-me da luz ofuscante. Que merda foi essa! Eu tinha passado por muita porcaria com os motoristas, mas tentando cegar um quando estavam dirigindo por estradas estreitas e desconhecidas? Sujo. Girei minha retaguarda para desviar uma parte da viga e coloquei um óculos de sol. À frente, o Lotus desviou-se, a estrada se alargando novamente. Ansiosa para ser feito, irrompi para fazer o mesmo. Dirigi-me ao lado de Jace, mas não me permiti olhar para ele. Eu não estava jogando onda para o meu vizinho. Ele atirava o motor, deslizando para frente. Eu fiz o mesmo. Por cerca de uma milha, nós dois fizemos este tipo de dança juntos. Eu desviava de um caminho; Ele iria para o outro. Eu iria para frente, e ele também faria. Era quase como se pudéssemos antecipar o outro sem nem mesmo tentar. “Uma milha até o seu destino,” informou o GPS. Olhei para a tela. Havia uma curva em forma de S à frente, depois uma linha em que a linha de chegada estava piscando. Achei que todo mundo já estava lá, esperando para ver quem iria cruzar primeiro. Ia ser eu.


Me desloco, dou a meu Skyline mais suco do que o habitual, e estouro em torno do Lotus. Com um alto, "Whoop!" Eu não deixei o gás, escolhendo em vez de continuar a voar para frente. Poupei um olhar para trás, observando que Jace não estava muito atrás, e logo atrás dele estava a Nissan vermelha. Ele não tinha mais seus feixes altos. Acho que tinha sido um pouco de bônus apenas para mim. O S estava logo à frente. Meu estômago mergulhou um pouco conforme antecipei as manobras que teria que fazer. Não estava familiarizada com essa estrada, esse tipo de pista. E porque estava escuro, eu só via até onde meus faróis permitiam. Decidi não planejar, apenas permitir que meus instintos de motorista me levassem sobre isso. Quando estava encostada na primeira curva na estrada, o som de um motor próximo me fez olhar para cima. O Lotus compacto literalmente deslizava/fazendo drifting em torno da curva no interior, como se eu não estivesse lá. De lá, ele se moveu para a próxima curva como se tivesse feito isso mil vezes. Meu foco voltou à minha própria direção enquanto me endireitava da primeira curva e me preparava para entrar na próxima. Atrás de mim, o Nissan tentou balançar para dentro, para também me alcançar. Movi-me, forçando-o a voltar. Seus pneus chiaram quando pegamos a segunda curva e apertei o gás antes mesmo que estivesse completamente fora do movimento. Minha frente estava quase tocando o Lotus agora, e meu sangue batia, meus dedos queimavam. Eu tinha que fazer isso agora ou perderia. Ele estava indo tão rápido, provavelmente quase no máximo que o carro permitiria. Olhei para baixo no botão para o NOS que tinha instalado, mas muitas vezes não utilizei. Poderia usá-lo aqui nas ruas; Tudo era justo na competição. Puxei, empurrando o meu carro à frente, agora quase mesmo com a porta do lado do motorista. Meu dedo acariciou o botão, e sorri. De repente, fui sacudida do lado. Eu saltei no assento do motorista e bati a minha cabeça na janela. THUMP THUMP THUMP... Meu corpo ficou rígido quando o som irrompeu. Ao mesmo tempo, minha extremidade traseira pescou fora da estrada e peguei um flash de vermelho.


Aquele filho da puta me atingiu! De alguma forma, ele se esfregou contra meu pneu traseiro do passageiro e empurrou-me para fora. Eu me virei na forma como meu carro desviou e bati no freio porque seu carro veio para frente, então nós estávamos paralelos. Se não amasse tanto o meu carro, teria acertado o gás em vez disso e corrido para a cabeça do seu lado. Meu carro parou, o cheiro de borracha queimando meu nariz. O motorista da Nissan virou-me e depois disparou para frente. Segui o exemplo, e mesmo com meu pneu agora ruim, andei ao redor dele e sobre a linha de chegada onde Jace já estava estacionado. Filho da puta. Eu perdi. Eu nunca ia ouvir o fim disso. E agora eu sempre me perguntaria se minha perda foi porque fui batida de lado ou se era porque Jace era um melhor piloto. Seus olhos estavam no meu carro quando ele saiu, veio ao redor e se apoiou contra o capô de seu Lotus. Pessoas rodeavam-no, mas era como se nem estivessem lá. Tudo que vi foi ele. Esperava mais de um vencedor. Em vez disso, o poder sombrio em seus olhos parecia focado em algo além de sua vitória. Em mim. O Nissan parou perto do meu carro, e só de olhar para ele era como uma bandeira vermelha, e eu era o touro. Minha porta se abriu e me afastei. Eu nem sequer me preocupei em fechá-la. Meus calcanhares aplaudiram contra o chão enquanto corria através do pavimento, em torno do carro para onde o cara com a sucata minúscula desdobrou de seu passeio. Ele olhou para mim com um sorriso afetado, e puxei meu punho para trás e o acertei. Os ossos em minha mão sacudiram com a força do meu sucesso, mas não me arrependi. Nunca tinha jogado tanta força em um soco antes. Esse cara merecia isso. Ele merecia um soco muito mais forte do que eu era capaz de dar. Sua cabeça bateu para trás e sua base tremeu. Ele não caiu, em vez de endireitar-se mais rápido do que queria poder. Choque e fúria lotaram seus olhos e sangue fresco e vermelho manchou o canto do seu lábio. "Deve realmente picar para saber que você não pode me bater sem trapacear," cuspi. Eu tive que lutar contra o desejo de sacudir a minha mão e puxá-la para o meu peito. "Inferno, você não pode mesmo bater-me quando você engana."


Ele enxugou sua boca ensanguentada. Uma vez. Duas vezes. Rapidamente, voou através do pavimento, fechando a pequena distância entre nós e agarrou os meus braços, empurrando-me para frente. Eu trouxe o meu joelho para cima e fiz contato com suas bolas. Seus olhos se arregalaram, afastei meu corpo dele e tropecei de volta. "Você cadela," ele rosnou e veio para mim novamente. O olhar em seus olhos era real e era mau. Eu tinha ido longe demais, sabia, mas às vezes simplesmente não podia me ajudar. Às vezes as pessoas mereciam. "Whoa!" Alguém gritou, e imediatamente, os corpos maiores do que o meu convergiram. Eu fui empurrada para trás. Drew e Trent se plantaram diante de mim, e na frente deles, os sons de uma briga me fizeram grudar meu pescoço para ver. O idiota minúsculo estava voando para trás, batendo em seu carro e caindo lateralmente. Jace ficou em frente a Drew e Trent, seu corpo completamente rígido e suas mãos em seus lados. Havia um ar de ameaça em torno dele, o tipo que me fez curtir. "Os homens de verdade não atingem as mulheres," declarou. O idiota avançou e empurrou seu corpo em direção a Jace. "Eu ajudei você! Ela quase fumou você.” Jace quebrou o pescoço de um lado para o outro e emitiu um som rude. "Você me ajudou?" Ele zombou, olhando ao redor do público intencionado. As pessoas sorriram e riram. "Quando eu precisei de ajuda para ganhar uma corrida? Os verdadeiros pilotos ganham por mérito próprio, não porque alguém os ajudou." "Você a sério vai ficar aqui na frente de todo o seu território e do lado dessa cadela pro sobre o seu próprio irmão que é leal a você!" Ele gritou. "Kurt. Você não fez isso por lealdade a mim. Você fez isso porque está chateado que estava perdendo para uma mulher." Kurt se apressou para Jace como um touro em uma loja de porcelana. Sua cabeça caiu, seus ombros se ergueram, e ele carregou. Jace nem sequer se moveu. Em segundos, ele varreu os pés de Kurt por debaixo dele e o colocou de costas. Empurrei para ficar entre Drew e Trent para ter uma visão melhor do que estava acontecendo.


A mão de Drew segurou o meu cotovelo como se ele pensasse que poderia ter que me conter. Jace inclinou-se para baixo, agarrou punhados da camisa de Kurt e arrancou sua parte superior do corpo do asfalto. "Se eu ver você levantar a mão para uma mulher de novo, vou listálo." Ele balbuciou e hesitou, tentando sair da espera de Jace. "Ela balançou primeiro! Isso não está certo. Um homem deve ser capaz de se defender." O lábio superior de Jace se curvou. "Se você precisa se defender contra uma mulher, precisa se perguntar por quê." Com isso, ele atirou Kurt de volta para baixo e cruzou os braços. “Saiam daqui.” "Eu ganhei o pote," disse ele, subindo. "Esse dinheiro é meu por direito." Jace o mediu por um longo momento. Todos esperaram para ver o que ele diria. Juro que a tensão no ar era tão espessa que era difícil respirar. "Dê-lhe o dinheiro," Jace disse, rude, para um cara na beira da multidão. Acho que ele o chamou de Beneto mais cedo. Depois disso, todos pareciam sentir que o drama havia terminado. Era como se Jace lhes dissesse que estava terminado sem dizer uma palavra. As pessoas começaram a falar de novo, saindo em grupos como se nada tivesse acontecido. Jace permaneceu no lugar, seu corpo ainda rígido, enquanto Kurt embolsava o dinheiro e entrava em sua Nissan. Drew e Trent viraram os olhos para mim. "Isso foi uma porra de merda," Drew disse. "Você tem um grande gancho, certo," acrescentou Trent. Eu ri sob a minha respiração e exalei. "Aquele cara estava chegando. Ele tentou me tirar da estrada mais de uma vez essa noite, e quando isso não funcionou, tentou me cegar com suas altas vigas." A boca de Drew diminuiu. “Não há regras correndo,” ele murmurou. "Alguns caras acham que nenhuma regra também não significa honra." "Você teria totalmente ganhado se ele não tivesse puxado aquele movimento," Trent anunciou. "De jeito nenhum." Os caras se voltaram para Jace, que estava se aproximando rapidamente. Olhei para as luzes traseiras de Kurt.


Todos os três caras se mediram, e todos os outros pareciam ter entrado no modo de festa, então peguei a fração de segundo de adiamento e sacudi a mão. Ouch. Eu não ia em torno de socos muito frequentemente, e meus pobres dedos estavam sentindo. “Admita, Lorhaven,” disse Drew com nervuras. "Ela é uma maldita boa motorista." Ele encolheu os ombros. “Ela ainda perdeu.” Eu balancei a cabeça. Realmente pensei que ele era melhor do que isso. "Não prego você para um motorista que levou uma vitória com base em um tecnicismo." "Não há detalhes técnicos nas corridas," retrucou ele. "Você é o primeiro em cima da linha de chegada ou você não ganha." Drew não disse nada, mas no fundo dos seus olhos, vi que ele concordava. "Tudo bem." Cedi. Eu não era uma perdedora dolorida. "Você ganhou. Boa corrida essa noite.” A surpresa piscou em seus olhos, como se ele não esperasse que eu aceitasse o código de rua. Um sorriso lento puxou sua boca cheia para cima e me lembrou como era sentir isso inclinando-se sobre mim. “Obrigado,” disse ele. As palavras soaram oxidadas saindo de seus lábios, como se usar de boas maneiras não fosse algo que ele estava acostumado. Grande surpresa. "Então, por nossa aposta, acredito que há algo que você me deve." Eu revirei os olhos. "Eu suponho que você planeja ver agora?" Por favor, diga sim. ^^^^Acho que poderia estar tendo uma pausa psicótica. "Nenhum momento como o presente." Seus olhos de ônix fixaram nos meus. Um leve arrepio percorreu minha espinha. "Mostre-me o que você tem debaixo desse capô."


MEN VS WOMEN Verdades que você precisa saber, mas você não faz.

VERDADE FEMININA A maioria das crianças que nasceu de uma mulher é sessenta e nove.

CAPITULO QUATORZE

Lorhaven Drew e Trent se nomearam os protetores de Joey. Eu tinha acabado de vê-la literalmente bater em um cara depois de correr com um carro através de rodovias escuras que ela provavelmente nunca tinha visto antes. Eu tinha certeza de que ela poderia cuidar de si mesma. Não impediu você de pular quando Kurt foi atrás dela. Eu era um idiota. Tinha quebrado um monte de leis e ninguém realmente gostava de mim. Eles só gostavam do meu status. Contudo… Os homens não batiam nas mulheres. Tempo. E eles especialmente não o faziam no meu território. Além do mais, Kurt mereceu o que conseguiu. Eu vi o jeito que ele dirrigiu toda a corrida. Era quase como se ele não estivesse correndo pelo dinheiro, mas apenas como uma desculpa para tentar machucá-la. Ela conseguiu isso bem, melhor do que muitos dos caras que conhecia. Joey podia segurar um carro; Ficou claro como cristal. Também estava claro que esta noite não era a primeira vez que ela tinha que lidar com alguém como Kurt. Foi como eu disse, no entanto. Não havia tecnicismos nas corridas, apenas vitórias e derrotas. Ganhei esta noite. Uma aposta era uma aposta.


Eu não tinha ideia quando a veria novamente, então estava aproveitando antes de deixá-la fora da minha vista. Olhar para ela definitivamente não era uma dificuldade, e esta noite, ela tinha me ensinado uma lição. As mulheres que dirigiam como ela, jogavam socos sem hesitação e preenchiam um jeans, quando elas faziam isso, eram o meu tipo. Sexy. Como. Inferno. Eu tinha começado a corrida com um maldito pau duro. Ele só desceu quando vi o carro dela tomar um empurrão de Kurt e girar para o lado. Mas não se preocupe. Ele se recuperou. Meu pau era um campeão assim. Não poderia mantê-lo para baixo por muito tempo. No segundo em que ela saíra de seu carro e literalmente tirou sangue do rosto de Kurt, estava de volta em atenção total. O antigo aeroporto sempre teve um certo silêncio sobre ele depois que o sol se pôe. O gramado um pouco longo demais em torno das tiras de asfalto, os antigos aviões abandonados parados como relíquias gigantes que ninguém mais se importava e as ervas daninhas cutucando entre rachaduras nas estradas. Temos quatro hangares com carros neles. Todos eles eram edifícios de metal com portas largas na frente que abria para permitir o armazenamento de aviões pequenos. Nós usamos para conduzir nossos carros dentro e fora. Um dos quatro hangares foi montado como uma garagem, e na parte de trás foi onde Arrow ficou. Eu não gostava que ele morasse aqui. Pedi, pedi e pedi que viesse viver comigo. Eu tinha uma casa não muito longe daqui, e havia mais do que espaço suficiente para ele. Ele se recusou a mover-se, recusou-se a mudar para dentro. Sabia que ele gostava de seu espaço e gostava de estar aqui com os objetos de sua paixão. Mas havia mais do que isso. Ele nunca disse isso em voz alta, e nunca perguntei, mas sabia que havia uma parte de Arrow que achava que viver em uma garagem era o que ele merecia. Tentei não pensar nisso muitas vezes, porque, francamente, me cortava como nada mais. A culpa que sentia quando pensava no meu irmão e na merda que perdi era inigualável. O que provavelmente foi porque quando o empurrão veio, nunca o obriguei a sair daqui. Além dele pensar que não merecia melhor do que um hangar, este lugar era seu consolo. Era um retiro. As cercas que cercam a propriedade, o portão trancado... Ele proporcionava uma sensação de segurança.


Violentemente, empurrei para longe esses pensamentos. Já estava em um estado tênue o suficiente sem adicionar todos os meus demônios para a mistura. O Lotus foi primeiro através do portão do aeroporto. Atrás de mim estava o Skyline amarelo, então o Fastback, e finalmente Arrow e seu Camaro. Quando Joey se recusou a abrir o capô lá na rua em frente a todos festejando, sugeri que nós fossemos para algum lugar um pouco mais privado. Ela concordou, mas também seus guarda-costas. Eu disse-lhes que não foram convidados, mas aqui estavam eles. Tanto faz. Meu irmão gostava deles. E acho que eles não eram tão ruins. Tinha que respeitar o fato de que eles estavam cuidando dela. Parei na frente do hangar do Arrow e todo mundo parou ao meu lado. Arrow bateu o controle remoto que carregava em seu carro e a porta grande se abriu. O centro da frente estava vazio, e uma vez que a porta estava aberta o suficiente, ele puxou o Camaro preto para dentro onde estaciona-o todas as noites. Provavelmente beijava-o antes de ir para a cama, também. Eu bufei. Perdedor. Embora estivesse escuro, havia altos postes iluminando o perímetro da propriedade. Não era um aeroporto enorme, mas havia muita terra. As luzes lançavam um tom amarelado. Uma das lâmpadas mais próximas de nós piscou e fez um som de zumbido. O ar era ameno e quente; Uma brisa se moveu ao nosso redor. Sempre pareceu um pouco ruidoso aqui, e eu quis saber se era por causa da falta das árvores. Joey era todo o negócio uma vez que estava fora do carro. Eu a ouvi puxar o trinco para abrir o capô, e ela se moveu como se estivesse indo para sustentá-lo aberto bem ali. Eu gostava de pessoas que pagavam suas dívidas. "Whoa." Eu a paralisei. “Está muito escuro aqui fora. Você pode puxá-lo lá para dentro," disse, apontando para outro hangar. Estava a uma curta distância, do outro lado do de Arrow. “O que há de errado com isso?” perguntou ela, apontando para o mais próximo. "Já tem carros. Sem espaço.” "Aquele ali tem algum espaço de garagem, então seria melhor," disse Arrow, me apoiando. “Seja o que for,” disse Joey.


"Estou bem atrás de você," chamou Drew perto de seu Mustang. Joey acenou e voltou para seu assento atrás do volante e foi até onde eu tinha instruído. Arrow se jogou no hangar aberto e apertou um botão para que a porta se abrisse. "Há uma razão que você está tão acima de sua bunda, Forrester?" Eu desafiei antes que ele pudesse correr para seguir. Drew virou-se para olhar para mim. Trent empurrou a porta de volta, fechada. "Há uma razão que você está tentando se livrar de nós?" “Além do fato de eu não gostar de vocês?” “Eu pensei que vocês fossem amigos agora.” Irmãos mais novos. Fazendo tudo mais difícil desde o dia em que nasceram. "Estou pensando que isso não tem a ver muito com a amizade," disse Trent. Maldito seja ele e seu tom de conhecimento. "Foda-se, Mask," disparei. "Vocês querem ficar e sair com o meu irmão, vão para ele. Mas aquele hangar lá não é grande o suficiente para nós cinco.” Trent sorriu maliciosamente. Às vezes, realmente queria dar um soco no cara. Drew afastou-se do carro e caminhou para frente. Se não fosse por seus cabelos claros, ele se misturaria totalmente com a noite. Sua calça preta, jaqueta e camiseta lhe davam um manto de invisibilidade parcial. "Você parece uma cabeça flutuante." Eu zombei, observando ele se aproximar. "Boa. Então você não verá meus punhos virem quando eu começar a jogá-los." Meus olhos se estreitaram. Nós caminhamos um para o outro, medindo as fraquezas. Atrás de nós, sentia Trent e Arrow observando como se eles pensassem que uma luta era iminente. "Qual é o seu negócio com Joey?" Ele falou baixo. "Trata-se de eu começar a olhar sob o seu capô." “De que capô você está falando agora?” Minha língua deslizou sobre meus dentes da frente, e meio que rosnei. “Tenho certeza de que ela pode cuidar de si mesma.” "Eu estou certo de que se você foder com ela, você vai ver um lado de mim que nunca viu." Forrester jurou, falando com força e apenas em um volume que eu iria ouvir.


"Você realmente acha que vou machucá-la?" Perguntei. Eu desejei instantaneamente poder retomar as palavras. Não por causa do que disse, mas pela maneira como eu disse isso. Era como se eu praticamente admitisse querer mais dela do que apenas cumprir os termos de uma corrida. Assim? Talvez eu queira. Talvez quisesse foder seu cérebro. Esse não era o negócio de Forrester. Nem foi o fato de que eu estava chocado com a ideia de feri-la. "Antes de hoje à noite, diria que absolutamente." Drew se moveu, relaxando uma fração. "E agora?" Perguntei. "Depois de ter te visto em ação exatamente no mesmo momento em que T e eu fizemos quando aquele fodido do Kurt foi para ela, agora estou mais inclinado a dizer talvez não." "Isso foi um respaldo, Forrester?" Eu sorri. Ele bufou. "Sim, e sou a fada dos dentes." "Boa conversa." Dei uma bofetada no ombro dele. "A cerveja está na geladeira. Fique a vontade." Ele agarrou o meu braço enquanto eu estava puxando-o de volta. “Estou falando sério, Lorhaven. Ela não é um dos seus chamados ratos de rua.” Puxei meu braço para fora de seu aperto. "Sim, bem, ela não é uma violeta murcha. Ela não precisa de você arrastando-a para onde quer que vá.” Ele olhou para longe, depois para trás. Eu dobrei meus braços sobre meu peito. "Diga." "Gamble me pediu para ficar de olho nela." Ele admitiu. "Você quer dizer espião," cuspi, realmente me sentindo chateado em seu nome. “Pensei que fossem amigos.” "Nós somos," ele disse, apertado. “É por isso que concordei”. Ele fez uma pausa, depois suspirou. "Olha, quando Ron Gamble pede para você manter um olho em alguém e ajudar com o crossover, ele tem suas razões. Esta é sua filha, cara. Ele não estava me perguntando como empresário. Ele veio a mim como um pai." "Por que ele está tão preocupado?" Perguntei. Ele balançou sua cabeça. "Eu não sei. Talvez ele esteja apenas sendo um pai."


Mas Drew não pensou isso. Ele pensou que Gamble tinha razões, então ele concordou, porque, verdadeiramente, sabia que Drew e Trent se importavam com Joey. Você foi assediada? A pergunta que Emily fez a Joey no dia da entrevista flutuou pela minha cabeça. Logo depois veio a resposta do PC de Joey. Era isso? O Ron Gamble descobriu que Joey estava sendo incomodada? Parecia que um homem como ele esmagaria esse problema. Tinha que haver mais para ele fazer isso. "Eu não vou machucá-la," eu disse. Ele correu direto para a perseguição. “Mas você pode fodê-la.” Senti meu sorriso lentamente se espalhar. "Oh, eu definitivamente vou fazer isso." Os olhos de Drew se estreitaram. “Não se preocupe, Forrester. Ela vai gostar.”


MEN VS WOMEN Verdades que você precisa saber, mas você não faz.

VERDADE MASCULINA Em 2013, um homem comprou uma casa ao lado de sua ex-esposa apenas para instalar uma estátua gigante de um dedo médio para que ela tivesse que vê-lo diariamente.

CAPITULO QUINZE

Joey Drew e Jace estavam conversando. Engraçado como ele já não era Lorhaven para mim, de jeito nenhum. Ele lentamente, ao longo da última semana e meia tornou-se Jace. O artigo foi um grande empurrão nessa direção, e não foi porque ele era tão sensível e doce nisso. Essas duas palavras provavelmente nunca poderiam ser usadas na mesma frase com ele, de qualquer maneira. Sensível e doce nunca seria minha coisa. Eu estava muito cansada para isso. Muito independente. Eu queria ser forte. Queria ser capaz. Desejei um homem que seria confiante e resistente o suficiente para lidar comigo, mesmo no meu pior. Era pesado ser uma mulher ‘áspera e cair’. Eu ainda procurava o equilíbrio. Equilíbrio entre a mulher que era e aquela que, no fundo, queria algo... talvez um pouco mais suave para dar a todos as bordas duras em mim uma pausa. Força era a única coisa que poderia alcançar essa suavidade, embora. A maioria assumiria o oposto, que para me dar algo suave, eles teriam que ser suave. Não é verdade. A autoridade era a chave para permitir que alguém como eu fosse vulnerável. Assim como a confiança. Nunca poderia confiar em alguém com esse lado de mim se eles não fossem feitos de aço. Não muitos homens eram tão sólidos. Não era algo que era aprendido. Era uma característica com a qual se nasce e se aprimora com a vida.


Eu não tinha certeza se Jace era aquele homem. Mas me sentia cada vez mais atraída por ele, cada vez mais interessada em descobrir. Observando-o a poucos metros de distância, enquanto ele e Drew pareciam medir um ao outro, senti-o. Ele ainda parecia Lorhaven. A tensão e o perigo emanavam dele; O mesmo aconteceu com seu idiota. O perigo permeava a energia que sempre o cercava e ele ainda estava tão presunçoso e sexy como sempre fora. Mas havia mais. Eu pensei que poderia ser a única a vê-lo. A senti-lo. Não. Ele não era mais Lorhaven para mim. Ele só podia ser Jace. E eu queria mais. Os dois homens se separaram, Drew ficou plantado onde estava, mas Jace começou a vir em direção a mim e ao hangar. Senti seus olhos, os de Drew e os de Trent. Primeiro, olhei para Jace. Ele estava envolto na escuridão, mas o caminho familiar que ele andava e o modo como seus quadris giravam era inteiramente visível. A excitação formigava meus nervos, fazendo minha barriga saltar. Num esforço para me acalmar, olhei para Drew, que ainda estava na mesma posição, só que agora Trent estava bem ao seu lado. Os dois homens olharam para mim como se esperassem por um sinal, algum tipo de gesto para deixá-los saber que eu não queria ficar sozinha com Jace. Mas eu queria ficar sozinha com ele. Acenei, uma espécie de tipo de onda de vê-lo mais tarde, em seguida, cai a minha mão. Eles olharam por mais um longo momento antes que Arrow os chamasse. Meu olhar seguiu o seu chamado; Estava dentro do hangar ao lado do Camaro preto, com algumas garrafas de cerveja nas mãos. Drew e Trent cederam e foram em direção a seu amigo. Mais emoção desabrochou dentro de mim. Jace estava muito mais próximo agora. Suas mãos estavam nos bolsos dianteiros de sua calça jeans, e seus passos eram pesados contra o chão. Ele era alto, ele tinha uma boa e forte construção, mas ele não era enorme como Trent. Ele não precisava disso, porque tudo sobre ele gritava força.


Seu cabelo escuro parecia muito com a última vez que o vi (na corrida), cortado muito perto dos lados, mas o topo era longo e escovado para trás, fora de seu rosto. Os planos angulares em seu rosto podem ter sido demais, mas a leve varredura de pescoço sobre sua mandíbula serviu para abafar as bordas. E fazia-o parecer ainda mais sexy. Ele chegou perto o suficiente e todos os seus recursos eram visíveis a partir da luz dentro do hangar. Não importava a quantidade de luz que havia, embora - seja a luz fraca de uma sobrecarga atrás de nós ou a luz mais brilhante de um sol brilhante - seus olhos permaneceram os mesmos. Escuro como segredos, mas como tudo - sabendo a verdade. Lentamente, a jaqueta de couro preta puxou seus ombros e deslizou abaixo de seus braços atrás dele. Ele usava uma camiseta branca, lisa, fina e seguramente macia ao toque. Era o mesmo tipo de camiseta que você via nos comerciais de roupas íntimas ou naqueles anúncios Calvin Klein quentes como o inferno. Isso me fez pensar em sexo, como se ele estivesse vestido para o quarto e não para a garagem de carros. A manga direita tinha de algum modo enrolado um pouco debaixo de sua jaqueta, expondo mais dos músculos definidos em seu braço. Porque a camisa era realmente o que eu suspeitava que era feita para vestir sob outra camisa, era mais curta no comprimento e a bainha travada na frente de sua calça jeans, quase como se ele houvesse dobrado para frente porque era justo e desejável . Chamou a atenção que ele já não escondia a protuberância entre as pernas. Trabalho com homens em uma base diária. Muitos deles eram bonitos, mas nunca tive um problema em me concentrar no meu trabalho ou o que estava fazendo até agora. Ele cheirava a sexo. Como se tivesse acabado de tê-lo, como se quisesse naquele momento... E a maneira que ele se movia prometia que iria querer de novo em apenas uma hora. A fome roia-me, baixo na barriga, nas pontas dos meus dedos. Meus lábios formigavam lembrando o que sentiria, e meu cérebro sussurrou, Mais. “Abra o capô,” disse ele, apenas parando ao meu lado, continuando a jogar o casaco na bancada de trabalho nas proximidades. Virando o meu calcanhar, fui em torno do meu carro para onde o capô ainda estava desbloqueado. Jace acendeu mais algumas luzes, tornando-a mais brilhante quando levantei o capô para deixá-lo ter seu cobiçado olhar dentro do meu motor. Antes de vir ver, um interruptor foi acionado e o som da porta do hangar deslizando fechada preencheu o espaço. Recostei-me na frente do carro, apoiando minha mão no corpo de metal. Jace apareceu, seu corpo fechado, seus olhos tocando nos meus antes de varrer o meu corpo.


Estava quente aqui, muito quente para o casaco que eu coloquei de volta antes de dirigir para o aeroporto. Eu queria tirar isso, mas não queria que ele pensasse que estava tirando porque eu queria fazê-lo olhar para mim. Esperar. Foda-se. Eu nunca fiz nada em nome de outra pessoa. Se estivesse quente, eu tiraria meu casaco, e ele poderia superar a si mesmo. Puxei e joguei no teto do carro. Quando voltei, ele já tinha as mãos para baixo em meu motor, olhando toda a minha merda. "Whoa," liguei. "Eu disse que você podia olhar. Eu não disse nada sobre tocar." Ele terminou o que estava fazendo antes de puxar para trás. "Você tinha uma tampa solta." Ele gesticulou para isso, mas eu estava muito ocupada estudando a forma como a graxa escura manchou seus dedos. "Isso é uma merda legal," ele disse, colocando as mãos para trás, quando eu disse para ele não mexer mais. Um fio de cabelo caiu sobre sua testa, mas ele ignorou e continuou olhando. Algumas das peças foram especialmente encomendadas de lugares que apenas pros poderiam conseguir. Ele me deu o terceiro grau sobre alguns deles: desempenho, custo, manutenção, etc. Eu respondi, relaxando na conversa e esquecendo tudo sobre como irritado ele deixou meu interior. Gostava de falar de carros com ele. Ele não falou baixo para mim ou assumiu que eu não entendia exatamente o que toda a merda abaixo do meu capô fazia. Isso é o que geralmente acontecia. Mesmo depois de provar que sabia o que estava falando, eles ainda tinham merda para dizer. Nunca deixou de me surpreender como grandes idiotas alguns caras poderiam ser. Depois de um pouco de conversa de carro, ele se moveu, puxou seu corpo para cima e olhou para mim. “Você quebrou a mão?” "O quê?" Eu perguntei, assustada com a conversa. Sem qualquer pensamento, ele limpou suas mãos gordurosas na frente de sua camisa branca, uma vez imaculada. Instantaneamente, tornou-se manchada com traços e sombras escuras. "Quando você deu um soco em Kurt." Ele gesticulou para mim, notou mais graxa e levantou a bainha para limpar sua mão ainda mais. A ação expôs seus abdômen plano e quadris. "Uh..."


A camisa caiu de volta no lugar, agora enrugada e ainda mais suja. Limpei minha garganta e olhei para baixo. Eu estava favorecendo isso sem perceber. "Não," me apressei a dizer. "Só está um pouco dolorida." Não havia razão para mentir; Ele já tinha visto o jeito que eu estava agindo. "Deixe-me ver." Ele pegou a minha mão, levantando-a entre nós. "Esta vermelha," ele murmurou, escovando a parte de trás de seu polegar sobre os nós dos dedos. Uma raia de óleo ficou na minha pele. “Flexione os dedos,” instruiu ele. Eu fiz sem pensar. Mencionei ainda que sua aparência suja adicionou somente à reputação do trapaceiro que exalava? “Não está quebrada,” anunciou. "Foi o que eu disse." Lembrei-lhe. "Parece que dói, no entanto." Ele olhou para cima. Seus intermináveis olhos de cor noturna me provocaram. "Isso é o que acontece quando você bate na cara de alguém." "Esse idiota merecia isso," eu disse, movendo-me para puxar a minha mão. Jace assentiu. "Ele merecia." Ele concordou comigo? Pensei que poderia ser a primeira vez. "Eu tenho o que você precisa para isso," disse ele. As palavras acariciaram minha espinha como uma massagem de uma hora. Em vez de soltar minha mão, ele meteu-a debaixo do braço e me rebocou para a parte de trás do hangar. Eu mal consegui fazer qualquer coisa além de andar pelas paredes de metal prateado porque estava muito focada nele. A costura no canto do bolso traseiro estava solta. Isso fez com que o material caísse um pouco. Cada vez que ele balançava a perna para frente, conseguiria um pequeno vislumbre da cueca que usava abaixo. "Aqui," ele disse, parando na frente de um freezer e congelador de tamanho normal. Ele pegou um pacote de gelo, que devidamente foi enrolado em uma toalha e aplicada na parte de trás da minha mão. "Eu deixei graxa em você," ele murmurou, notando a mancha. Eu dei de ombros. “Perigo do trabalho.” "É sexy."


Puxei o gelo sobre ela, escondendo-a. Como se em retaliação, ele passou dois dedos em minha bochecha. Isso deve ter deixado uma mancha, porque seus olhos se tornaram presunçosos. "Eu gostaria de vê-la coberta de manchas, cada uma delas feita por minhas mãos." Sexo era algo que eu gostava, mas a forma como ele olhou para mim me fez sentir como se nunca tivesse experimentado antes. Pelo menos não de qualquer forma ou da maneira que seria com ele. "Elas ficam bem em você, também," eu disse, gesticulando para sua camisa. Só porque meu interior parecia um vulcão borbulhante não significava que tinha que mostrá-lo. Seu corpo se moveu um pouco mais perto. “Qual é o seu verdadeiro nome?” Levantei uma sobrancelha. "Como você sabe que não é Joey?" "Não há nenhuma maneira no inferno que alguém que pareça como você tenha somente um nome de menino." "É Josephine," respondi, tendo algum prazer no fato de que ele gostava do jeito que eu parecia. "Todo mundo me chama de Joey." “Não estou lhe chamando assim.” Não era uma pergunta, uma sugestão ou uma declaração. Era o que seria. "Não?" Deus, exatamente do jeito que ele olhou para mim. Na verdade, rasguei meus olhos dele para ter certeza de que o gelo na minha mão não estava completamente derretido. Com um som baixo, ele passou por mim, voltando ao meu motor. Eu segui, uma vez mais olhando para o rasgo em sua calça jeans. Uma vez lá, ele se virou, agarrou um punhado da camisa branca manchada e puxou-a sobre sua cabeça. Esta não era a primeira vez que o via sem camisa. Inferno, senti sua pele contra a minha de forma íntima. Mas o cenário tinha sido qualquer outra coisa. Agora estávamos sozinhos. Eu não tinha que fingir, e não tinha que jogar um jogo. Ele sabia que eu estava atraída por ele, assim como eu sabia que ele estava por mim. A energia era inegável. O tremor em minhas mãos me desafiava a negá-lo e o batimento do meu coração era impossível de ignorar.


Parei na frente dele, de frente um para o outro na frente do meu carro nas sombras lançadas pelo capô aberto. Jace pegou o gelo que eu estava segurando e o jogou sobre seu ombro. Eu mal ouvi o som quando bateu contra o chão de concreto. Debaixo da barra da minha camiseta, suas mãos ainda sujas envolveram a minha cintura, seus polegares apertaram a carne e deslizaram. Eu olhei para baixo. Duas marcas pretas manchavam a minha cintura. Estendi a mão. Sem olhar, minhas mãos encontraram as partes mais sujas do motor e trabalharam ao redor. Segundos depois, puxei para trás, os dedos cobertos de sujeira, e arrasteios para baixo em seu peito, sobre seu pescoço e em direção a seu abdômen. Três linhas longas foram deixadas para trás e descobri algo. "Você estava certo," eu disse. "É sexy." O som que emitia era apenas um rosnado. Ele agarrou a minha mão e colocou-a sobre ele novamente, cobrindo-a com a dele, pressionando-a com força contra seu ombro e esfregando. Quando meus dedos começaram a se mover, puxando em direção à clavícula, ele permitiu, e tracei mais linhas em toda a sua pele. Ele cheirava a uma mistura entre sabão não identificável e óleo de motor. Sua pele era lisa; Meus dedos estavam lisos. De repente, meu jogo tornou-se demais. Um longo braço me envolveu e me puxou contra seu corpo. A palma de sua mão achatou e esfregou para cima, serpenteando sob a minha camisa e todo o caminho acima de minhas alças de sutiã, debaixo do meu cabelo, agarrando a parte de trás do meu pescoço. Eu olhei para cima. Ele me beijou. Não. Ele devastou minha boca, meu corpo e cada pensamento coerente que poderia ter tido. Não havia nada além da sensação dele contra mim, a pressão de seus lábios sobre os meus. Eu não sabia como ele fazia isso. Como ele beijava com tanta intensidade, mas nunca parecia precisar de ar. Meus pulmões estavam perto de explodir, tão perto que me contorci contra ele. Jace rasgou a boca, mas não respirei automaticamente. Era como se meu corpo já não fosse meu... Fosse dele. “Respire, Josie.” Respirei. A queimação no meu peito foi aliviada, mas o batimento do meu coração aumentou.


Meu coração pulava tanto e tão rápido que quase doeu. Quase me assustou. Antes que pudesse entender o jeito que ele me fazia sentir, seus lábios estavam nos meus mais uma vez. A sensação de sua língua grossa fez meus joelhos balançarem e a dor em minha mão foi esquecida. Ele não estava usando uma camisa e o cabelo baixo na parte de trás do seu pescoço era muito curto para me ancorar. Em vez disso, alcancei e agarrei suas orelhas, puxando sua cabeça para baixo ainda mais perto. Eu era alta, mas ele era mais alto, então ele veio, pressionando em torno de mim. Um gemido vibrou da minha garganta e ecoou através de minha boca na sua. Não havia outro lugar para o som viajar porque Jace não me deixava livre. Seu beijo era uma prisão. Sua língua meu diretor e seu corpo a minha cela. Em um movimento rápido, ele rasgou sua mão debaixo de minha camisa e ambas as mãos encontraram a bainha. Levantei os braços e ele riu. Nós nos separamos para que ele pudesse remover o tecido e fazer o trabalho curto do meu sutiã. Meu sutiã se espalhou. A plenitude de meus seios era pesado e sentia-me ainda mais pesada agora. Necessidade agrupada neles; Eles formigavam e doíam. Eu não tive que perguntar ou até mesmo esperar. Suas mãos os cobriram, amassando a carne, e gemi. Minha cabeça caiu para trás, e arqueei com suas investidas. Seus lábios encontraram a cavidade do meu pescoço e começaram a chupar. Eu agarrei seus quadris. Meus dedos escavaram conforme ele chupava o meu pescoço e atravessava a minha clavícula. Tão bom. Tão. Porra. Bom. Quando ele começou a recuar, coloquei as minhas mãos em suas costas e cavei minhas unhas, forçando-o mais uma vez. Dois lábios quentes, dispostos, presos a um mamilo duro, e gritei. Tiros de prazer atravessaram o meu corpo, todo o caminho até os meus dedos. Acariciei suas costas e finalmente empurrei as minhas mãos em seu cabelo, certificando-me de não ser áspero como nas costas porque ele parecia tão fora de controle como eu. Não demorou muito para a minha boca ficar com ciúmes de minhas mamas. Não sendo gentil, puxei seu cabelo, forçando a cabeça para trás.


Olhos escuros e brilhantes encontraram os meus. Seus lábios eram gordos e vermelhos, e mergulhei neles. Nossas línguas lutaram, tentando provar quem queria o outro mais. Desejo bombeado através de mim, apagando todo o resto. Minha calcinha não estava apenas úmida; estava encharcada. Entre as minhas coxas, eu doía; Dor real vibrou em meu abdômen inferior. Quando a mão de Jace encontrou o botão no meu jeans, meu corpo gritou de alívio. O botão cedeu e a minha calça deslizou para baixo. Sua mão grande e quente empurrou para baixo a frente da minha calça para expor o meu sexo. Meus lábios hesitaram nos dele. Meu rosto caiu, minha testa bateu em seu ombro. Ele não me acariciou. Ele não mergulhou sob o tecido da minha calcinha. Em vez disso, ele pegou um dedo grosso do meio e apertou-o completamente contra a minha fenda. Ele descansou lá com uma forte pressão e eu literalmente latejava contra ele. Eu me contorci, querendo mais. "Jace," exigi. Ele se afastou totalmente. Sua mão deixou a minha virilha e o seu corpo deixou o meu. Observei os músculos ondulando em suas costas e a forma como seu abdômen se contraiu quando ele destrancou o capô e bateu de volta no lugar. Ele girou de volta, um olhar de puro domínio em seu rosto. “Você está tomando a pílula, Josie?” Eu balancei a cabeça. Ele me agarrou pela cintura. Sem ser áspero, me puxou para que eu estivesse em pé na frente do meu carro, de volta para o pára-brisa, mas de frente para ele. "Deixe-me fazer uma coisa muito clara," ele entoou. A qualidade rouca em sua voz me fez tremer. "Eu sou o único no controle agora. Você pode exigir tudo o que quiser querida, mas você não vai conseguir uma coisa até que eu esteja pronto para dar a você." Senti meus olhos estreitarem. “Vá em frente e tente me dominar,” grunhiu Jace. "Isso me excita mais. Lá fora,” indicou com o queixo em direção às portas, “é outra coisa, mas quando você está nua sob minhas mãos, sou eu quem dá os tiros.” Aqui estava. A chance de me render a algum tipo de controle, a chance de ser manipulada.


"Deixe-me fazer uma coisa muito clara," eu ronronei, soltando o botão em seu jeans com um simples movimento das minhas mãos. "Você pode estar no controle, mas eu ainda estou participando. Eu dou o melhor que consigo." "Querida, estou contando com isso." Sua boca caiu sobre a minha. Havia agressão em seu beijo, propriedade. Ele me queimou de dentro para fora. As mãos fortes se fecharam em torno da minha cintura, levantou-me e sentou-me no capô do meu carro. Chutei meus calcanhares e ele puxou meu jeans pelas minhas pernas e os chicoteou dos meus tornozelos. Usando apenas uma calcinha de cetim preto, estendi as pernas e ele deu um passo à frente. Adorei o tamanho de suas mãos. Grande, forte, sem errar. Elas enrolaram as minhas coxas e puxaram. Meu traseiro coberto de cetim deslizou sobre o capô lustroso do carro, e a minha virilha colidiu com o seu corpo. Jace me aliviou, de modo que me deitei pelo capô, meu corpo esticado sobre as curvas do carro, e minhas pernas enroladas ao redor de seu traseiro. Arqueei para cima, empurrando o meu peito perto quando ele se inclinou sobre mim e sua boca quente lambeu sobre o centro. Seus quadris se moveram, triturando em meu centro e a sensação de sua haste rígida coberta de brim era deliciosa. Minhas mãos o exploraram, aprenderam as curvas de seu corpo, o comprimento de suas costas. Traços de graxa prejudicavam nossos corpos e só aumentavam a vontade com que eu o desejava. Impaciente, empurrei seu ombro para que pudesse sentar e pegar seu jeans. Ele fez um som e afastou minha mão. Cabelos escuros caíam sobre os meus ombros quando meu peito se arqueou, e ele tirou as calças e a cueca do seu corpo. Ele tinha o maior pau que já vi. Era grosso e inchado, a cabeça redonda e cheia. Suas bolas eram grandes, apesar do fato de que ele já estava longe; Elas estavam esticadas contra a pélvis. E ele estava completamente raspado. Nem um traço de cabelo ao redor de seu pênis, em suas bolas ou acima de tudo. Lambi meus lábios, sabendo que ele encheria a minha boca totalmente. Quando ele se dobrou para chutar as calças de seus pés, dobrei os meus joelhos, descansando os meus pés no pára-choque dianteiro. Quando ele se endireitou, meus olhos voltaram para o espécime glorioso bem na minha frente. "Toque nisso," ele exigiu.


Agarrei-o, acariciei para cima e para baixo e então lambi a cabeça. Um som satisfeito rolou para fora de sua boca e fiquei ainda mais ousada para chupá-lo profundamente em minha boca e esfregar as bolas enquanto trabalhava com a minha boca. Assim como eu estava começando a realmente deleitar-me na forma como ele se sentiu contra a minha língua e arrastando contra o telhado da minha boca, ele agarrou a minha cabeça e me guiou para longe. Mais uma vez, ele me colocou sobre o capô e me empurrou um pouco mais longe, então eu estava totalmente em exibição. A calcinha de cetim desapareceu em segundos, e um dedo arrastou sobre o meu vinco. Ele fez um som de apreciação e olhei para ele através de olhos parcialmente fechados. Ele estava olhando para o meu centro, observando seu dedo girar em meu calor sedoso. Eu também estava raspada completamente, então ele tinha uma visão completa de exatamente o que eu parecia. A ponta de seu dedo cutucou o meu clitóris dolorido. Apenas o toque mais breve me fez estremecer, e minhas pernas caíram automaticamente fechadas. Eu já estava perdendo a capacidade de segurar os meus membros. Ele pareceu saber e segurou as minhas coxas, apertando contra elas, e baixou o rosto para a minha virilha. Olhei para cima uma vez. Tudo o que vi foi o topo de sua cabeça escura e então tudo caiu. Sua língua me espetou. Engasguei. E ele fez de novo. Uma lambida completa em meu clitóris disparou ondulações de prazer em todo o meu corpo. Enquanto ainda estava formigando, dois dedos aliviaram dentro da minha abertura e começaram a me foder lentamente. "Jace," sussurrei, minha cabeça caindo para o lado. Meus olhos estavam abertos, mas não via nada. "Josie," ele respondeu, então não disse mais nada. Segundos depois, seus dedos abandonaram sua posição, mas não houve tempo para me recuperar. Ele puxou a minha bunda para baixo e se endireitou entre as minhas pernas. "Diga meu nome quando eu entrar em você, Josie," ele me disse. O comando em sua voz foi substituído por puro desejo. A ponta de sua grande cabeça cutucou a minha entrada. Suspirei. As mãos agarraram meus quadris e puxaram. Seu comprimento inteiro empurrou dentro de mim. Meu calor o embainhou, esticando-se e dando espaço para levá-lo todo. Eu gemi seu nome, o som ecoando através da sala de metal.


"É isso aí, querida," ele rosnou e começou a se mover. Ele me fodeu duro e rápido, exatamente do jeito que eu queria. Cada vez que ele ia fundo em mim, eu gemia. Eu não era quieta; não havia nenhuma maneira no inferno que eu poderia ser. Eu disse seu nome até que era a única palavra que conhecia, e então ele me disse para dizer de novo. "Jace," choraminguei, tendo balançado no pico da liberação ofuscante por tanto tempo que eu estava realmente começando a me sentir emocional. Isso fez pânico rastejar sob a beira da felicidade. Três coisas aconteceram de uma vez: 1.) Seus dedos alcançaram entre nós, encontrando o ponto e acariciando. 2.) Seu peito veio sobre o meu, pressionando sobre mim, e sua língua deslizou suavemente entre os meus lábios. 3.) Felicidade rolou sobre o meu corpo na forma do orgasmo mais intenso que já tive. Eu ainda estava cheia de prazer quando seu corpo ficou rígido, seus lábios caíram dos meus e seu rosto enterrou profundamente em meu pescoço. Ele gritou, seguido por gemidos suaves quando ele se sacudiu e me sacudiu com gozo. Ele estava tão duro e tão grande que senti cada centímetro de seu orgasmo. Senti o aperto em seu pau, senti a maneira como ele explodiu e senti os pequenos tremores que o envolviam quando meu corpo apertou seu pau por mais. Estávamos ambos saturados de suor, respirando com dificuldade e eu já podia dizer que ia ficar com dor nos lugares certos. Pensei que ele iria se afastar. Rapidamente ele deixaria o meu corpo e talvez voltasse para o bastardo frio que normalmente era. Mas este era Jace. O homem que eu não conseguia resistir. O homem que via mais e mais vezes sempre que olhava seus olhos sem fundo. Ambos seus braços deslizaram debaixo de mim, embalando minhas costas contra o carro. Com um empurrão cheio, ele manteve seu comprimento dentro de mim, e envolvi minhas pernas em torno dele para ajudar a mantê-lo lá. Ele se endireitou, levando-me com ele como se eu não pesasse nada. Seus braços apertaram, puxando-me para perto quando ele atravessou a sala. Eu não sabia para onde estávamos indo. Nem olhei. Coloquei a minha cabeça em seu ombro, disposta a ir a qualquer lugar que ele me levasse.


Segundos depois, ele se sentou, ainda completamente nu, em uma cadeira próxima, me mantendo em seu colo. Balancei-me sobre ele, e ele acariciou as minhas costas, brincou com o meu cabelo. A intensidade com que o desejava há alguns momentos ainda estava lá; Apenas mudou para outra coisa. Sentimentos. Sentei-me numa fraca tentativa de fugir. Era fácil para uma menina pensar que estava sentindo coisas que ela realmente não estava quando alguém fodia seu cérebro do jeito que ele tinha. Suas mãos não iriam soltar a minha cintura; Ele me manteve em seu colo, ergueu a cabeça e me olhou diretamente nos olhos. Eu gostei dele. Gostei da sua franqueza. Gostei da maneira como ele simplesmente me levou sem toda a conversa bonita ou promessas vazias. E ainda mais... gostei da maneira como ele não me empurrou quando terminou. Gostava do jeito que ele ficava dentro de mim e não hesitava em me olhar nos olhos. Depois do que acabamos de fazer, pensaria que a timidez seria impossível, mas parecia que depois de algo tão intenso como aquilo, a timidez era a resposta perfeita. Ainda assim, ele me fez sentir como se isso não fosse apenas nós em um ataque de atração. Me fez sentir que ele não se arrependeu. Mesmo depois que a alta liberação começou a desaparecer, ele ainda estava aqui, ainda dentro de mim. Jace não fez o que era esperado. Ele não fez perfeito, e ele definitivamente não fez o que todos os outros cara que já tranzei fizeram. Não que eu estivesse namorando com ele. Você sabe o que quero dizer. “Deixe o seu carro aqui. Vou consertar o que Kurt fez com ele," ele disse, passando meu cabelo pelos meus ombros para que o meu peito fosse acessível aos olhos dele. "Eu conserto meu próprio carro," eu o informei. "Você não pode dirigir todo o caminho através do estado naquele pneu temporário." Antes de deixarmos o local da corrida, coloquei o sobressalente, porque o que Kurt raspou estava arruinado. Tinha certeza de que ia precisar de um novo aro também, porque dirigi de qualquer maneira só para vencê-lo até a linha de chegada. Valeu a pena.


Havia também alguns arranhões na carroçaria, nada que a loja da Gamble Speedway não pudesse consertar em uma tarde. "Eu sei. Drew me levará para pegar um pneu novo, talvez outro aro, amanhã." Sua mandíbula apertou, mas ele não disse nada. Eu não estava prestes a começar a depender de qualquer homem para a manutenção do meu carro. Bons motoristas faziam seu próprio trabalho, ou pelo menos sabiam o suficiente para ficar em volta e assistir enquanto outra pessoa o fazia. Quando um motorista estava lá fora na rua, na pista ou em qualquer lugar em uma corrida, a qualidade de seu carro às vezes significava vida ou morte. O trabalho feito no carro era igualmente importante. Serviço de má qualidade deixou mais de um homem morto. Era a razão de que os carros de corrida da pro eram inspecionados completamente a noite antes de cada corrida. Uma vez que passavam por uma série de verificações, eles eram atestados e trancados a sete chaves. Sem alterações. Nem uma cobertura de volante poderia ser adicionada sem acusações de trapaça, multas pesadas e penalidades que poderiam incluir ser desqualificado. Não era que eu não confiasse em Jace (embora, eu admita que ele ainda estava ganhando isso de mim. Eu não confiava facilmente); Era um código do esporte. Assim como deixar que outros motoristas olhassem sob o capô era algo sagrado. Eu consertava o meu próprio carro. Eu não precisava ou dependia de mais ninguém para fazê-lo. "Eu adquiriria um novo aro." Ele concordou. "Se fosse o meu carro." Eu balancei a cabeça. "Sim, é uma boa chamada." "Drew tem tudo que você precisa para consertá-lo?" Ele perguntou. Dei de ombros. "Não tenho certeza. Acho que ele e Trent ainda estão montando uma garagem de trabalho no complexo que compartilham com a família.” “Mande-me uma mensagem se você precisar de um lugar. Você pode vir aqui, usar a garagem.” "Eu não tenho o seu número, Jace." Eu usei o nome dele, não porque precisava, mas porque eu adorava dizer isso. Era a minha palavra favorita. Meu som favorito, e eu amava a maneira como ele olhava para mim quando seu nome rolava para fora da minha língua. "Ninguém mais me chama assim." Ele confidenciou. Seu tom, juntamente com a declaração, despedaçou um pedaço do meu coração. "Não?" Inclinei a minha cabeça, considerando suas palavras. O calor de sua palma se infiltrou em minha bochecha quando ele a segurou. "Ninguém."


"Ninguém nunca me chamou de Josie." Admiti, querendo dar-lhe um pouco do que ele tinha acabado de me dar. “Fica bem com você,” murmurou ele, acariciando a minha bochecha e então passando os dedos pelos meus longos cachos. "Você é tão linda." Momento total da menina. A emoção brotou em minha garganta. Surpreendeu-me, e pude perceber pelo olhar cauteloso que rastejou em seus olhos que ele viu. Eu não pude evitar. “Ninguém me chama de bonita,” sussurrei. Ele fez um som zombador e revirou os olhos. Agarrei seu rosto e obriguei-o a olhar para mim. "Estou falando sério." A descrença obscureceu seus olhos. Espelhando a minha posição, ele segurou o meu rosto com as mãos. "Isso é impossível. Você é sem dúvida a mulher mais linda que eu já vi." "Eu não preciso de palavras bonitas, Jace," disse a ele. "Bom, porque eu não tenho nenhuma. Digo como é, e sua beleza é apenas." Um milhão de coisas borbulharam e derramaram sobre a minha língua. Ninguém nunca me olhou da maneira que você me olha. Eu amo a escuridão em seus olhos. Gosto da forma como o seu cabelo é muito curto nos lados, mas longo no topo. Você tem um pau realmente grande. Não disse nada disso em voz alta. Eu mantive tudo dentro. Deixei isso girar em torno de mim e esperava que logo encontrasse um lugar para pousar. Uma noite de sexo muito bom não significava que tinha que dizer a ele como ele era incrível. "Eles são ainda mais difíceis para você do que você fala, não são, Josie?" Ele perguntou suavemente. Meu coração parou de bater por uma batida, mas parecia muito mais. O aperto em minha garganta afundou. "Quem?" “Os outros motoristas.” Dei de ombros. "Não é tão ruim." Ele olhou para mim como se soubesse melhor, como se visse mais fundo. Beijei-o, envolvi meus braços ao redor de sua nuca e pressionei. Era um beijo lento e preguiçoso, muito diferente dos que compartilhamos antes.


Me perdi em sensações, na forma como seu fôlego se misturava com o meu, como ele respirava sem me soltar completamente. Gostei da maneira como as pontas dos seus dedos esfregaram ao longo de minha espinha enquanto nós fizemos e a maneira que seu pau começou a crescer dentro de meu corpo. Meus olhos se abriram, surpresos de que ele estava me enchendo de novo. Ele não poderia estar ficando duro já... não fazia tanto tempo. Inferno, ele ainda não tinha me deixado. Eu o senti sorrir enquanto continuamos a nos beijar. Seus olhos se abriram e olharam para os meus. Seus quadris se ergueram. Ele estava definitivamente ficando duro novamente. Seu desejo era suficiente para incitar o meu. Umidade nova combinou, misturando-se com a velha que eu ainda tinha. Rasguei minha boca livre para beijar abaixo de seu pescoço, em seu ombro, e então em seu pescoço. Ele se espreguiçou de volta como se estivesse descansando, da mesma forma que tinha se sentado no dia da nossa entrevista. Só que desta vez suas longas pernas estavam nuas. Senti os músculos flexionarem nas coxas enquanto ele se movia debaixo de mim. Comecei a me mover também, usando o ritmo que ele começou. As mãos alcançaram atrás de mim, cheias com as minhas nádegas e amassavam enquanto eu o montava. Trabalhei com ele da maneira que dirigia, acelerando, mas sempre sabendo quando recuar. Essa era a chave para uma boa condução - conhecer a estrada. Eu poderia ter acabado de estar com Jace, mas o meu corpo instintivamente parecia conhecê-lo. Soltei e fiz o que sentia. Ele se moveu comigo, e logo nós estávamos esticando um contra o outro e meus dentes estavam afundando em seu ombro quando luz brilhante explodiu atrás de meus olhos. Desmoronei, completamente gasta, em cima dele, sabendo que ele não estava bem lá, sentindo seu pau dentro de mim. Tentei empurrar para cima, mas estava tão malditamente lânguida. Ele era tão incrivelmente bom. Jace assumiu o controle, mesmo debaixo de mim. Eu não sei como, mas ele me levantou para cima e para baixo, literalmente deslizando meu núcleo sobre seu pênis. Fez-me gemer de novo. Vi a borda em seus olhos quando ele estava prestes a gozar, e abaixei sobre ele e balancei de modo que sua cabeça esfregou contra as minhas paredes internas. Ele gritou o meu nome. O único que ele chamou.


Outro pequeno pedaço do meu coração se despedaçou. Jace era perigoso. Mas eu estava longe demais para me importar.


MEN VS WOMEN Verdades que você precisa saber, mas você não faz.

VERDADE FEMININA 80% das mulheres usam o sutiã tamanho errado. #SutiãsSãoEstúpidos

CAPITULO DEZESSEIS

Lorhaven Eu ofereci para arrumar o carro dela. Ela me disse que não. Eu gostei dela ainda mais por isso. O fato de ela estar nua e embalando o meu pau dentro de seu corpo quando ela disse isso? Fez isso a coisa mais sexy que eu já tinha ouvido. Sabia que seria quente com ela porque vi a paixão que correu sob sua pele. Tudo o que tinha visto Josie fazer não era sem paixão. O jeito que ela correu, o jeito que ela falou, a maneira como ela tirou fotos... inferno, até mesmo a maneira como ela me deu um tapa na cara. Josie não era exatamente quem eu pensava que era. Ok, ela não era o que eu supunha que seria. Minha opinião inicial era que ela era uma garotinha de papai mimada que conseguia tudo o que queria, e agora, ela queria um carro de corrida bonito e um show de corrida de fantasia. Normalmente, eu era um bom juiz de pessoas, mas desta vez, estava tão longe da base que era como se estivesse no espaço sideral. O que era pior era que a maioria das pessoas pensava o mesmo que eu. Algum dos outros motoristas já tentou conhecê-la? Será que eles nunca olharam a luta que ela tinha todos os dias? Ela deve estar exausta. Sabia que ela poderia cuidar de si mesma; Eu vi. Estranhamente, sua independência me fez querer fazer mais.


Josie não pediu nada. Isso me fez querer dar tudo a ela. Não só isso, mas ela era fodidamente fantástica no sexo. Uma leoa ao meu leão. Um banquete de vinte e quatro polegadas para o meu apetite furioso. Porra. Sim. Atualmente, a minha bunda nua estava presa a uma cadeira. Não era a melhor posição para estar, mas não estava pronto para me mover ainda. Josie estava debruçada sobre mim, seus cabelos em quase todos os lugares. Eu não sabia quanto tempo ela estaria na cidade, por que ela estava aqui mesmo, ou se a veria logo depois que saísse hoje à noite. Eu queria vê-la novamente; queria muito. Seu corpo quente se agitou. Sua mão empurrou contra o meu ombro, usando o meu corpo como alavanca para sentar em meu colo. Sem vergonha, a encarei. Suas curvas estavam balançando. A forma de ampulheta que toda a sua força estava embalada era agradável aos olhos. E ao toque. Sua cintura era estreita, o busto e os quadris erguidos, e suas longas e esbeltas pernas se encaixavam perfeitamente em minha cintura. "Eles provavelmente estão se perguntando onde estamos," disse ela. Eu dei de ombros. "Eles não são estúpidos." "É sobre isso que você e Drew discutiam antes?" "Nós não estávamos discutindo," refutei. "Mas sim, ele é protetor com você." "Ele é meu amigo. Trent, também.” Eu fiz um som. “Você está no lugar deles?” Ela assentiu. Eu queria dizer a ela para vir ficar no meu. A imagem dela no centro da minha cama King size era muito sedutora. As coisas que eu poderia fazer para seu corpo quando eu tivesse tempo e uma cama... Mas não disse nada. Meu pau saiu dela quando ela se moveu. Depois de tudo o que fizemos e dois orgasmos, ambos estávamos um pouco confusos. Eu a levantei do meu colo e peguei duas toalhas de um armário próximo. "Aqui," eu disse, levando-a pelo quarto e entregando a ela.


Ela olhou para baixo. "Está limpa." Eu assegurei a ela. Nossos dedos roçaram quando ela pegou. Meu estômago parecia que tinha dado um mergulho na estrada a toda velocidade. Nós tranquilamente nos limpamos, mas não foi difícil. Quando terminamos, desembaraçamos nossas roupas e encontramos o resto. Eu a observei enquanto se vestia, a mesma maneira que os jeans negros deslizavam para cima de suas pernas e moldavam seu traseiro redondo e alegre. Sua calcinha não era pequena como a da maioria das mulheres. Elas abraçavam seus quadris e seu traseiro, parecendo calções pequenos. Gostei delas mais do que a merda das outras. Elas eram sexys. Quando se inclinou para pegar o sutiã, eu não gostei da distância entre nós. Movi-me para a direita atrás dela e apertei meus quadris contra a sua bunda. Ela se levantou, suas costas escovaram o meu peito. Envolvi um braço em volta dela. Ficamos ali por alguns minutos, sem dizer uma palavra, enquanto eu a segurava uma última vez esta noite. Não havia nada sexual sobre esse contato, e por essa razão, me sacudiu mais. Depois de um minuto, puxei para trás, e terminamos de nos vestir. Quando ela terminou, usei a ponta limpa de uma toalha para limpar a graxa na sua bochecha. "Onde está o seu telefone?" Perguntei. Ela o agarrou do carro. Peguei e salvei o meu número. “Me escreva amanhã. Vou abrir a garagem para você.” "OK." Agarrei o seu pulso. "Escreva para mim sempre que você quiser. Para qualquer coisa." "Mesmo sexo?" Ela abanou as sobrancelhas. Eu ri. "Sou perfeito para uma rapidinha." Fiz uma pausa, então acrescentei: "Mas para qualquer outra coisa, também." "Onde está o seu telefone?" Ela perguntou. Eu peguei, entregando-a.


Ela se adicionou aos meus contatos, e então o devolveu. “Se precisar de alguma coisa.” "Atrevida," eu disse. "Você realmente arruinou seu Corvette para proteger o seu irmão?" Ela perguntou depois de abandonar o seu telefone de volta dentro de seu carro. Gemi. "Eu disse a ela que estava fora do registro." "Bem, algo me diz que Emily não escuta muito bem." “Ela fala demais,” murmurei. "Aww, você não a levou para um passeio?" Um sorriso lento puxou os meus lábios. “Alguém está com ciúmes.” Ela encolheu os ombros. “Gosto do seu carro.” “É tudo o que você gosta?” "Alguém está pescando para um elogio." Ela me cutucou nas costelas. Peguei sua mão, dobrando-a dentro de uma das minhas. “Você vai me dar um?” Ela debateu. Claramente, a vi pensando em seu olhar. Estava ofendido. Claramente, eu era muito elogiável. "Você não é tão ruim quanto eu pensava." Eu zombei. Ela riu. Nunca a ouvi rir antes. Eu gostei. "Isso é tudo o que você tem, Josie?" Eu rebati. Ela murmurou algo que eu não consegui ouvir. Apertei a sua mão. “Quero voltar amanhã,” disse ela novamente. Desta vez ouvi cada palavra. "Para que possa vê-lo novamente." Parecia que eu havia acabado de correr pela linha de chegada em primeiro lugar em uma grande corrida. A apertei e a beijei devagar. Gostei do modo como ela se derreteu contra mim quando levei o meu tempo contra a boca dela. Quando levantei a cabeça, ela abaixou a dela. Sua testa bateu no meu peito por apenas um segundo antes dela se afastar.


“Jace?” "Sim?" "Eu apreciaria se nós pudéssemos manter o que aconteceu aqui entre nós. Prefiro não dar a ninguém qualquer coisa para falar." Agora me irritou. Cruzei meus braços. "Você realmente acha que eu faria isso?" "Eu sei como os caras podem ser na pista." Apaguei o meu temperamento. Mesmo que quisesse ser um idiota, decidi não ser, porque ela estava certa. “Ninguém vai ouvir merda de mim.” "Obrigada." O fato de ela ter dito tudo sem escárnio ou acusação foi o que drenou o resto do meu aborrecimento. Ela ficou aliviada... quase agradecida. Era apenas mais uma coisa que me fazia me perguntar como seria sua vida neste esporte. Seu pai estava certo por pedir a Drew para ficar de olho nela? Era esta a razão que ela queria atravessar? O que exatamente Josie não estava dizendo?


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VERDADE MASCULINA Um homem fala cerca de duas mil palavras por dia: uma mulher cerca de sete mil.

CAPITULO DEZESSETE

Joey A nova edição da GearShark chegou uma semana depois. Emily não estava brincando quando disse que colocou na via rápida e iria entrar em produção imediatamente. Depois de passar um tempo curto com Drew e Trent em sua casa (e gastar uma noite bombástica com Jace), voltei para casa para cuidar de todos os negócios que adiei mais uma vez para atravessar o estado. Hopper estava respirando pelo meu pescoço, e eu tinha recebido uma ligação de meu pai, certificando-se de que eu estava bem. Certificar-se de que eu estava bem = pai falar para obter a sua bunda em casa e lidar com suas responsabilidades. Demorou vários dias para recuperar o atraso, um dia inteiro na loja pro obtendo o Skyline para ficar em perfeito estado, e pelo tempo eu estava apanhado em todas as outras coisas de ‘negócio’ que tinha que lidar, só tinha um dia antes de estar voando para o Colorado para participar da corrida NRR. Consertei o meu pneu antes de dirigir de volta para casa, mas não usei a garagem de Jace como ele me disse que eu poderia. Uma vez que estava fora de seus braços, senti falta dele. Não era uma coisa ruim perder alguém. A menos, é claro, que esse alguém não fosse realmente parte de sua vida. Então doeu. Doía. Fez-me sentir como se estivesse de alguma forma perdendo um pedaço de mim.


Um pedaço grande... um pedaço que eu poderia nunca mais ter de volta. Então fiquei longe. Drew e Trent me ajudaram com o pneu. Nós saímos com sua família (que eram todos realmente legais), e, em seguida, fui para casa. Jace não me enviou um texto, e foi preciso esforço para não me perguntar por quê. Ele não me deve nada, assim como eu não devia nada a ele. No entanto, aqui estava eu, quase uma semana inteira depois, com a necessidade de aconchego em meus membros. Olhei para o meu telefone mais do que queria admitir, perguntando se ele iria mandar um texto ou ligar. Eu estava muito preocupada, pensando, lembrando... revivendo o jeito que me sentia sob seu toque. Sexo com ele tinha sido o melhor que eu já tive. Qualquer um ou qualquer coisa que não fosse ele seria um passo para baixo. Percebi que podia escrever-lhe um texto; Os telefones funcionavam nos dois sentidos. Seu nome e número estavam em meu telefone, mas não procurei. Sabe como descobri que a revista estava em circulação? Estava na linha em Target, atrás de uma mulher com mais crianças em seu carrinho do que itens reais, com os braços cheios de coisas que eu precisava antes de embarcar em um avião no dia seguinte, quando vi. Lá na prateleira superior, com todas as outras revistas, estava a nossa. A imagem em preto e branco de Jace e eu pressionados juntos, ambos olhando para fora da página, respirei fundo. Era uma sensação instantânea de ser perfurada bem no estômago. Eu nunca tinha visto a GearShark tão proeminente exibida, mas mesmo eu tinha que admitir que se encaixava lá ao lado das revistas de moda, as revistas de roupas de celebridade e os temas de entretenimento. Aproximei-me da prateleira, meus olhos incapazes de mover-se da imagem que fizemos. Olhando para essa foto agora, me pareceu uma preliminar. Como um prelúdio definitivo para os fogos de artifício que saíram quando ele me colocou na frente do capô do meu carro. Na época, estava um pouco irritada, chateada, e não me sentia realmente como uma modelo. Então o fotógrafo nos dirigiu atrás de portas fechadas. Ele parecia sentir o que eu não tinha. Foi por isso que ele me pediu para ficar meio nua? Ele sabia? A minha pele nua pressionada contra Jace, a filmagem em si mudou. Tornou-se muito mais real. Esta fotografia capturou o que eu estava sentindo perfeitamente. Capturou a intensidade que parecia gerar entre Jace e eu. Esse olhar em seus olhos. Tão feroz. Tão perigoso.


Eu peguei a revista, a cobertura brilhante lisa contra os meus dedos. Não achava que fosse possível sentir sua ausência mais. Eu fiz agora. Dirigi para casa e joguei um monte de coisas na minha mala. A revista na minha cama, a capa na tela cheia. O telefone bipou com um texto, e meu coração saltou. Então caiu quando vi o nome de Hopper na tela. Revirei os olhos para meu próprio comportamento. Estava agindo como se estivesse na oitava série. “Cresça, Joey.” Estarei lá cedo para buscá-la para ir ao aeroporto. Vôo sai na horrível hora das 7 da manhã, Hopper enviou uma mensagem de texto. Vejo você então. Eu confirmei enquanto ria. Hopper estava viajando comigo para o Colorado. Desde que ele estava me gerenciando através do meu crossover e uma vez que estava firmemente na NRR, só fazia sentido ele vir a esta corrida NRR. Quanto mais pudéssemos pegar, melhor. A maioria das pessoas provavelmente pensava que corridas eram corridas, mas eles estavam errados. A dinâmica entre motoristas, pilotos e até patrocinadores era diferente em todos os lugares. A NRR estava em uma liga própria; Não era como os profissionais. Não era para ser. Assim que terminei a mala, olhei para o relógio e percebi que era hora do jantar. Esta noite estava comendo com o meu pai; Ele queria ter uma refeição ‘família’ comigo antes de ir. Eu tinha vinte e dois anos e ainda morava em casa. Mas às vezes parecia que tinha o meu próprio lugar. Esta era uma casa grande, e meu pai trabalhava muito. Às vezes, passávamos dias sem nos vermos. Eu ainda vivia aqui porque, bem, por que não? Esta era uma casa linda. Cresci aqui. Tinha a minha própria ala, não pago aluguel, e havia uma pequena equipe que ajudava com coisas como limpeza e a manter a comida no freezer. E honestamente, gostava de não ter que fazer a minha própria lavanderia. Além disso, havia o bônus adicional de ter portões ao redor da propriedade. Servia como maior segurança e privacidade. Meu pai era um homem de alto perfil, então coisas assim eram muito importantes. Não entendi o incômodo em me mudar para jantar, mas sai das minhas leggings, camiseta branca e um grande casaco de flanela de abotoar. Estava procurando as camisetas brancas na minha gaveta ultimamente. Não era porque me lembrava de Jace.


Bem, talvez fosse. Com a revista sob o braço, fiz o meu caminho para a sala de jantar, esperando para ser a primeira lá. Eu era a última. E havia mais pessoas sentadas do que apenas o meu pai. Trent e Drew sentaram-se do mesmo lado da mesa, afastando-se da entrada. Mas no segundo em que entrei, ambos se viraram e sorriram. Sorri imediatamente. Eu gostava de seus rostos. "Lá vão vocês, apenas se esgueirando de mim novamente," eu disse com carinho. Fiquei feliz em vê-los. Na verdade, a solidão que estava sentindo ultimamente era algo que eu não estava acostumada, e isso meio que me assustou. Fui em frente, coloquei a revista sobre a mesa e joguei um braço ao redor de seus pescoços. "Abraço de grupo," declarou Trent, e eu ri. “Trazendo material de leitura para o jantar?” Perguntou Drew, pegando a revista antes que eu pudesse agarrá-la. "Nós não somos tão chatos." Enquanto ele falava, ele a virou para cima em suas mãos para que estivesse à vista, revelando Jace e eu. "Droga," Drew disse, dando uma olhada. Eu a peguei, ligeiramente envergonhada, mas ele a puxou para longe. "Essa é uma foto muito sexy," ele disse, ainda olhando para ela. Meus olhos deslizaram para o meu pai sentado na cabeceira da mesa observando nós três. Sexy e o meu pai não pertenciam ao mesmo quarto. Eu nunca corei, mas senti minhas bochechas esquentarem. "Eu só fiz o que o fotógrafo pediu. Ele tinha uma visão artística, você sabe," murmurei. A realidade de que milhares de pessoas estariam vendo esta revista de repente caiu sobre mim. Os nervos queimaram em minha barriga e me deixaram enjoada. De repente, todo o empenho e determinação que senti para virar as mesas em Jace no dia da foto e chamar seu blefe parecia uma ideia muito ruim.


"Esse fotógrafo é bom para levar as pessoas a tirar suas camisas," disse Trent, inclinandose e pegando a capa. "Ele fez a mesma coisa comigo." Drew fez um som rude. "Então ele tentou fazer T modelar roupas íntimas para ele. Roupa íntima.” Trent me deu um olhar divertido e piscou. Eu não pude deixar de sorrir porque era tão óbvio que o ciúme de Drew o entretinha. Meu pai limpou a garganta, e praticamente pulei e peguei a revista novamente. Drew tentou o jogo de manter novamente e dei-lhe um olhar aguçado. "Papai ainda não viu." Eu dei-lhe um olhar severo, esperando que eles se calassem sobre o meu estado de despir na revista nacional. Drew fez uma careta e entregou-a. "Desculpe," ele disse para o meu pai. Andei ao redor da mesa ao lado de Drew e Trent e ao lado de meu pai para sentar. A mesa já estava posta com pratos e copos, e havia pão no centro. Eu não estava prestes a ser tímida sobre a foto. Obviamente, papai iria vê-la. Eu não ia ficar envergonhada porque não fiz nada de errado. Me inclinei, colocando a revista (capa para cima) ao lado de seu prato. Ele nem sequer olhou para baixo. “Já vi,” anunciou ele. "Você viu?" Eu exigi. Ele me deu um olhar que dizia: Você me subestima. "Dez cópias foram entregues no meu escritório ontem de manhã." Eu engasguei. “Você não disse nada.” “Você estava ocupada.” "Eu nem sabia que estava em circulação até que vi no Target mais cedo." “Eles não lhe enviaram uma prova do artigo?” perguntou Drew. Eu balancei a cabeça. "Sim, mas não achei que eles iriam lança-la tão rápido." Papai fez um som. "É chamado de bom negócio. Nenhum ponto em sentar-se em um produto que conduzirá claramente vendas." "Então você gosta?" Perguntei.


Eu era uma mulher adulta, minha própria pessoa. Mas cada filha se importava com a opinião do pai. Mesmo que ela nunca quisesse admitir isso. "Estou supondo que havia toda uma equipe de funcionários presente para a foto?" Ele questionou. Eu balancei a cabeça. "Quando entramos, a equipe foi reduzida devido às limitações de espaço, mas sim." Lorhaven conta como pessoal... certo? Drew olhou para mim e sorriu. Pensei em jogar um pedaço de pão no rosto dele. "Desde que você não tenha sido pressionada." Papai continuou. "Eu não fui. Eles disseram que era a primeira edição que já fizeram com um casal, e queriam algo um pouco diferente." Olhei para Drew. "Aparentemente, a capa sem camisa de Trent vendeu muito bem." Drew franziu o cenho e Trent engasgou com o chá gelado que estava bebendo. Meu pai assentiu. "Bem, definitivamente tem... apelo. E o outro modelo, ele foi respeitoso?" Trent riu como se fosse a coisa mais engraçada que já ouviu. Meu pai franziu o cenho. "Lorhaven -" Trent começou, e dei-lhe um olhar que o calou instantaneamente. “Jace foi perfeitamente respeitoso, pai. Na verdade, ele gritou com o fotógrafo por me pedir para tirar a camisa e depois me fez colocar a dele.” “Jace?” observou Drew. Trent ergueu a sobrancelha. OMG! Eles eram como dois irmãos irritantes que só queriam que eu me metesse em encrenca! "Esse é o nome dele," respondi. “Interessante,” murmurou Trent, como se falasse apenas com Drew. Eles compartilharam um olhar entre eles. “Onde está Ellen? Eu estou morrendo de fome." Na verdade, não estava, mas queria dar aos boca grande algo para fazer além de falar.


Como se fosse uma sugestão, ela apareceu. Alguns pratos cobertos foram colocados na mesa, e pulei para ajudá-la a recuperar o resto. Uma vez que toda a comida estava posta, começamos a passá-la ao redor. Esta noite, estávamos tendo tortas de caranguejo Maryland, pão de milho, legumes assados e algum tipo de prato de massa com manteiga e molho de creme. Mais uma razão que escolhi morar aqui em vez de obter o meu próprio lugar. Eu não podia cozinhar. Em tudo. De fato, se não fosse pelo serviço de quarto, morreria de fome quando estava na estrada. Uma vez que todos tinham seus pratos cheios, o papai olhou para mim. “Eu li o artigo.” "O que você acha?" "Eles deram a Lorhaven mais tempo de imprensa." Eu queria estremecer. Se não tivesse saído, poderia ter certeza de que ele não tivesse. "Você está surpreso?" Perguntei. "O fato de eu estar na capa me choca demais." "O entrevistador disse que você teve que sair mais cedo." Ele me deu um olhar. “Você não me disse isso.” "Eu não recebo o mesmo respeito que os outros motoristas," eu disse, deixando de lado o meu garfo. "Você sabe disso. Às vezes eu fico enjoada." "Lorhaven não pareceu pensar que sua recepção com a NRR seria melhor." Meu pai apontou. Peguei a minha água, desejando que fosse cerveja. “Lorhaven tem a reputação de ser um imbecil,” insistiu Trent. Drew assentiu com a cabeça. "Tenho certeza de que ele não acha isso agora." "Por que isso?" Papai se virou para os caras. “Porque ela quase o fez creme em seu próprio campo na semana passada.” Trent mostrou os dentes. "Foi doce." "Quase?" "Furei um pneu," eu me apressei a dizer. Ambos os rapazes olharam para mim, sabendo que havia mais do que isso. Meus olhos disseram para fechar o bico. Eles ouviram.


"No geral," papai disse, tomando uma mordida de comida, "acho que o artigo será bom para a sua carreira e vai ajudar a colocar o centro das atenções em você." "Muitas pessoas na sede já viram isso?" Perguntei, pensando em todos os pilotos pró que me acompanhavam no Gamble Speedway regularmente. Meu estômago se torceu quando imaginei que eles leriam o artigo, olhariam para a capa... "Eu enviei várias cópias para lá, então imagino que alguns já tenham visto isso." Digeri essa informação, de repente me sentindo muito cheia para comer a minha comida. Depois de um tempo de todo mundo comendo, olhei para Drew, percebendo que nem tinha perguntado, "O que vocês estão fazendo aqui?" “Imaginei que poderíamos voar para o Colorado juntos,” respondeu Drew. "Eu tenho o meu avião no aeroporto pronto para todos vocês." Depois disso, deixei os caras guiarem a conversa, só entrando quando faziam uma pergunta. Caso contrário, empurrava alimentos ao redor do meu prato (exceto o bolo de caranguejo, comi isso, estava totalmente bom) e poupei olhares persistentes para a cópia da minha revista ainda sobre a mesa. Uma vez que todas as panelas foram limpas e o café foi servido, meu pai anunciou que tinha alguns documentos para Drew. "Você se importaria de olhar por cima agora?" Ele perguntou. Drew sacudiu a cabeça. "Você se importa, Joey?" Perguntou meu pai. Eu acenei. "Claro que não. Obrigado pelo jantar, pai.” "Venha me ver no meu escritório antes de você ir para que eu possa dizer adeus." Eu balancei a cabeça. Quando eles se foram, me concentrei no meu café, mas minha atenção estava em Trent, que me olhava com essa expressão conhecida em seus olhos. Finalmente, olhei para cima. "O quê?" Perguntei, irritada. "Eu sei um pouco sobre querer alguém que você não deveria." Meu estômago afundou. "O quê?" Murmurei. A palavra soou muito diferente de apenas alguns segundos atrás. Ele sorriu, não o sorriso Eu já entendi tudo, mas o sorriso Eu entendo e não te julgo.


Abandonando a sua cadeira, empurrando o café, ele caminhou até onde eu estava sentada, puxou o assento de madeira ao meu lado e caiu nele. Meu coração vibrou, os nervos se enrolando em mim. Não sabia que estava sendo óbvia. Eu não queria ser. Orgulhava-me de ser um livro fechado. “Relaxe,” disse ele, recostando-se na cadeira. "Você não é tão óbvia." Minha boca se abriu. "Como você sabe?" Ele fez um som. "Eu estive lá." Balancei a cabeça. Eu acho que ele tinha. Ele e Drew não tiveram as corridas mais fáceis. Mas olhe para eles agora, tão felizes, estáveis e aparentemente impermeáveis ao que os outros pensam. Olhei de volta para a revista. Se a reação de Drew a primeira vista foi de que era sexy, se a minha primeira reação para encontrá-la nas prateleiras foi à forma como parecemos juntos, então o que todos os outros pensariam? Trent cutucou a minha perna com o pé. "Quer falar sobre isso?" Ele tinha essa calma sobre ele que ninguém mais que eu conhecia tinha. Essa maneira de relaxar alguém mesmo quando eles se sentiam julgados. Era como com Trent, ele entendeu e ouviu... Mais do que tudo, senti que não importava o que dissesse, ele não iria segurá-lo contra mim. Todos aqueles olhares de conhecimento que vi no olhar dele, a maneira tranquila que ele assistia a cada situação. Coloquei o meu queixo em minha mão e tentei ignorar o cabelo selvagem tentando roubar a minha visão. "Eu não acho que preciso dizer nada. Você já sabe, não sabe?” O lado de sua boca se curvou para cima. "Provavelmente." "Não tenho certeza do que aconteceu," sussurrei, deixando cair a minha mão sobre a mesa. “Seu coração escolheu.” Eu olhei para cima. "O que?" "As pessoas pensam..." Ele parou como se estivesse procurando o que dizer. "Eles pensam que têm uma palavra a dizer. Que quando a pessoa ‘perfeita’ entra em sua vida e verifica todas as caixas, eles vão se apaixonar instantaneamente. Não funciona dessa maneira. Não conseguimos dizer nada. Na verdade, estaria muito disposto a apostar que o universo ri quando criamos as caixas de seleção do companheiro perfeito. Então nos envia o oposto completo para nos mostrar quem é realmente o chefe."


Eu me senti quente e fria ao mesmo tempo. Senti-me compreendida e confusa. No entanto, suas palavras se instalaram dentro de mim, como no fundo do meu intestino, como se fossem exatamente onde elas pertenciam. Mesmo assim, zombei. "Você acha que estou apaixonada por Jace?" "Você está?" "Claro que não," me recusei, pegando o meu café para colocá-lo em minhas mãos, levantando-o para os meus lábios. De repente, minha garganta estava muito seca. "É a sua cabeça ou o seu coração falando?" Bem, maldito ele e seus caminhos conhecidos. "Nós não temos um relacionamento, nem mesmo uma amizade," eu argumentei. Ele tinha pelo menos uma amizade com Drew que estava no centro deles se apaixonando. Ele apertou os olhos. “Tem certeza disso?” "Foi só sexo. Uma vez." Duas vezes. Minha mente me lembrou. Como se meu corpo pudesse esquecer. E não, eu não me sentia estranha dizendo a Trent que fiz sexo com Jace. Já disse que Trent tinha algum tipo de habilidade exclusiva para me fazer sentir que poderia dizer qualquer coisa. E para ser honesta? Parecia bom conversar com alguém. Eu não tinha amigas. Não o tipo que poderia chamar e conversar. Não o tipo que se reunia para o café e ninguém que eu poderia falar sobre a minha vida sexual e relacionamentos. Minha mãe saiu quando eu tinha catorze anos, bem na época em que uma garota poderia começar a pensar em meninos e namorar. Não ousaria falar com o meu pai sobre isso, mesmo sabendo que poderia. Era provavelmente a razão pela qual eu não tinha muitos relacionamentos. Além de um namorado na escola e algumas conexões desde então, não namoros. Meu trabalho era a minha vida. As pessoas provavelmente assumiram que tinha a escolha de todos os homens. Então não era verdade. Se alguma coisa, só piorou. Ninguém queria namorar alguém que fosse tão bom em dirigir como eles, ou até melhor. Além disso, mesmo se conseguisse encontrar alguém que realmente quisesse sair comigo e pudesse olhar além do meu trabalho, apenas ouvir a merda que me diziam diariamente seria suficiente para fazê-lo pensar duas vezes. Isso não incluía o que diziam quando eu não estava por perto.


Uma vez na escola, Ellen me encontrou chorando na cozinha sobre o sorvete e eu falei com ela sobre os meus problemas de menino, mas isso foi apenas uma vez. Francamente, só piorou quando mais velha eu crescia. "Às vezes é apenas sexo, mas às vezes não é," Trent respondeu, indo para a direita junto com o tópico sem perder uma batida. "Quem disse que não é agora?" Desafiei. "Quantas pessoas o chamam pelo seu primeiro nome? Eu nem sabia disso até você dizer. Parecia terrivelmente familiar em sua língua.” Cada palavra de sua boca era como uma bomba de sabedoria. Decidi não contar a ele que Jace me chamava de Josie. Isso só o provaria mais. "Ele é um idiota." Suspirei. Trent riu. "Totalmente." Mas então ele mudou. "Até mesmo os idiotas são capazes de amar." "Por que você não gosta dele?" Eu perguntei corajosamente. Trent ponderou a pergunta, tomou um gole de café e depois o deixou de lado. "Bem, há o óbvio fator de idiota." Eu sorri. "Mas talvez seja porque ele é muito menos idiota do que todos lhe dão crédito." Meus olhos se arregalaram. Eu não esperava isso. "Há uma diferença entre ser um idiota e ser um bastardo. Eu acho que Lorhaven age da maneira que faz porque ele tem que agir assim. Porque há muito peso em seus ombros.” "Isso realmente não explica porque você não gosta dele." Eu apontei. “Porra, não é?” Eu ri. "Conte-me." "Ele é um monte de coisas que não sou. Realmente confiante. Realmente franco. Sua condução está perto do nível de Drew..." Ele limpou a garganta. "Você não pode estar com ciúmes dele," murmurei. Trent sacudiu a cabeça. "Não muito ciumento. Apenas, acho que parte de mim pensou que ele tinha a capacidade de assumir o meu papel na vida de Drew." Ele sorriu desequilibrado. “Sabe, antes de nos tornarmos mais que amigos.”


Eu balancei a cabeça. Acho que poderia entender isso. Foi da mesma maneira que ele não gostava de mim quando apareci pela primeira vez na cidade. Trent estendeu o braço e deslizou a revista entre nós. "Lorhaven ficou puto quando você tirou sua camisa, hein?" Eu revirei os olhos. "Disse ao fotógrafo que tínhamos terminado." Trent sorriu. "Um homem que só está interessado em sexo não faz isso. Ele também não desafia um dos seus quando eles vão atrás de um estranho." Ele quis dizer a noite da corrida de rua, com Kurt. "Eu não sei," sussurrei. Parecia que ficar com minhas esperanças seria um erro. "Ele não gosta de motoristas profissionais. Parece que somos de dois mundos diferentes." "Nah, você está apenas em lados diferentes da rua. Mas você está atravessando.” "Ele não quer que eu faça." Bati na revista, referenciando o artigo dentro. "Ele deixou isso muito claro." "Sim, e eu disse que era em linha reta por muito tempo." “Você acha que ele mentiu?” “Talvez não tenha mentido. Eu acho que quando alguém protesta tanto quanto Lorhaven tem, é porque eles estão com medo. Protesta demais e toda essa merda." Ele acenou com a mão quando disse a última parte. “Talvez,” murmurei. Trent deu um tapinha no meu joelho quando ouvimos Drew voltando para a sala de jantar. “Aquele tipo soa como um cavalo,” disse Trent com carinho. "Obrigada por falar comigo," sussurrei. “A qualquer hora, Joey. Dê um tempo, está bem? Veja o que acontece no Colorado.” Drew entrou na sala, roubando totalmente a atenção de Trent. Ele foi bem. Eu me sentei de volta na minha cadeira com um oomph. Tanto quanto meus pensamentos tinham vagado para Jace na semana passada, nunca pensei sobre o fato de que iria vê-lo na corrida NRR. Eu só estava pensando no passado, sobre a noite no hangar. Agora todos os meus pensamentos mudaram para o presente e para o futuro.


MEN VS WOMEN Verdades que você precisa saber, mas você não faz.

VERDADE FEMININA Apenas 2% das mulheres se descrevem como lindas.

CAPITULO DEZOITO

Lorhaven Eu tinha sido convocado. As únicas vezes que aconteceu isso foi quando eu estava fazendo algo que ele não aprovava. Ele é o meu pai. Nosso relacionamento era tumultuoso na melhor das hipóteses. Nem sempre foi assim. Bem, sim, talvez tivesse. Mas nos últimos anos, tornou-se mais. Por muito tempo, eu disse a mim mesmo que era porque um menino não poderia ser seu próprio homem se ainda estivesse na sombra de seu pai. No entanto, o fato de eu estar respondendo a sua convocação e entrar em um elevador em seu escritório esta provado, de certa forma, que eu estaria sempre na sua sombra. Acho que nunca importava como um filho crescia; Ele ainda era de alguma forma vulnerável ao seu pai. Um ponto que realmente me deixou amargo. Não em meu nome, mas no de meu irmão. Parecia-me que um homem poderoso como Sullivan Lorhaven criava dois tipos de crianças: 1.) Poderoso, forte, e com vontade de suportar qualquer coisa e tinha uma unidade com fome ou


2.) Inseguros, tímidos que tinham medo de nunca alcançar as expectativas de seu pai. Eu era o primeiro tipo. Infelizmente, Arrow era o segundo. Eu não o culpo. Culpei meu pai por fazê-lo dessa forma, e essa era apenas mais uma razão para o abismo entre nós crescer. Eu também me culpava. Na verdade, pensei que depois de tantos anos, meu pai cresceria para aprovar o que eu tinha escolhido fazer com a minha vida, mas foi como tinha sido desde que ele me salvou dos problemas de apostas. Aceitação relutante. Houve um tempo, alguns anos atrás, quando pensei que havia mudado, quando eu tinha pegado o olho da divisão profissional só tempo suficiente para notá-los olhando. Depois disso, gastei toda a minha energia tentando obter um teste. Eu falhei em cada turno. Rejeição sugada. Aprendi que o meu pai manteve as abas em mim, em minha carreira. Ele me fez uma entrevista e um teste. Chegou mesmo ao hangar para ver o meu carro e mostrei-lhe como o estava preparando para o teste. Esse teste foi um grande e fodido desperdício do meu tempo. Senti-me tão estúpido que às vezes ainda provava o sabor amargo dele na parte de trás da minha língua. Aqui está a coisa sobre a divisão profissional: eles são um monte de peões presos. Um bando de homens velhos e esnobes, ricos, com trajes, que nunca dirigiram um carro em sua vida (isso é o que os motoristas de limusine eram, você sabe) chamaram todas as corridas. E gostavam de exclusividade. Isso os fazia se sentir superiores, porque sem seu dinheiro e laços, eles não teriam nada. Eu não passei no controle de qualidade. Sim, eu tinha um pai rico, uma boa criação e uma conta bancária saudável. Nem mesmo o dinheiro poderia comprar o meu caminho passado o fato de que tinha gasto todo o meu tempo levando o meu teste nas ruas com pessoas que não tinham os nomes e reputações certas. Fodidamente me queimou por dentro. Ainda fazia quando pensava. Não importava que eu dirigisse como um campeão, eu tinha um pai que me apoiaria se necessário (minha primeira escolha era o meu próprio patrocinador, mas meu pai teria me patrocinado de alguma forma), e conheci todos e quero dizer todas as qualificações necessárias para serem redigidas nos profissionais. Tudo o que viram foi um piloto de rua. Terceiro lugar não foi bom o suficiente em minha primeira corrida NRR. Você sabe porque?


Porque não foi uma foda o suficiente. Às vezes, quando as pessoas se recusavam a notar você, você tinha que fazê-las notar. Oh, e a divisão profissional me notaria. Eles fodidamente se arrependeriam do dia em que me disseram que não era bom o suficiente. Infelizmente, eu não era o único que tomou essa rejeição pessoalmente. Meu pai também. Em vez de levá-lo para fora sobre os homens que tomaram a decisão, ele me olhou como se faltasse alguma coisa em mim, causando a recusa. Em seus olhos, se eu não poderia ser o melhor na divisão profissional e espero chegar a uma corrida NASCAR, então não havia nenhuma razão para dirigir a todos. Para ele, meus esforços eram um desperdício. Não importava que enquanto fazia tudo isso e dirigia meu próprio território, segurava um emprego. Em uma de suas empresas. Ele pagava bem, então entre o meu salário, todas as corridas que ganhei e carros que vendi, não precisava mais do seu dinheiro. Meu fundo de confiança literalmente estava intocado. No dia em que assinei o meu contrato de patrocínio com Brickstone, deixei meu trabalho diário. Era a minha maneira de dar ao velho o dedo. Só o vi uma vez desde então. Fez-me perguntar por que recebi uma chamada esta noite, por que minha presença em seu gabinete ostentoso foi praticamente exigida. Eu não tinha tempo para isso. Estávamos saindo pela manhã para o Colorado. Deveria estar focando na corrida. No entanto, aqui estava eu, saindo do elevador de painéis largos com suas portas em aço inoxidável polidas. Os pisos eram feitos de grandes azulejos de mármore da cor da areia. Estendiam-se pela sala larga e retangular, com uma enorme mesa de mogno no centro, em direção à parede. Naquela parede havia uma grande fonte criada sob encomenda. O som lembrou-me de um fluxo apressante e adicionado à atmosfera de basicamente a área de ‘recepção’ de meu pai. Havia um grande L embutido na frente da recepção, polido tão completamente que eu podia ver o reflexo de minhas pernas vestidas de jeans. Não, eu não me vesti. Eu estava aqui. Isso era tudo o que ele estava recebendo. Bethany, a assistente de meu pai estava sentada em seu posto com um dispositivo Bluetooth ligado a uma orelha. Quando ela olhou para cima, dei-lhe um sorriso preguiçoso e encantador.


Bethany tinha provavelmente a minha idade, talvez até mais nova. Seus longos cabelos loiros provavelmente não eram reais; Nem eram seus peitos enormes. Seus olhos eram azuis e seus lábios tinham injeções. Ela se levantou quando me aproximei, revelando seu traje muito profissional de uma saia vermelha, terno e de uma blusa com um grupo de babados em torno do pescoço e de um decote mergulhando. Ela era uma mulher atraente, por isso trabalhava aqui. Não ficaria surpreso em descobrir que ela estava dormindo com o meu pai. Inferno, ela provavelmente subia debaixo de sua mesa enquanto ele tinha uma hora de chamadas de conferência e chupava-o. Foi assim que ela pagou a metade da sua beleza. Sim, eu era um idiota. Mas era verdade. "Ei, Bethany," disse. “Lorhaven,” disse ela, sem fôlego. Eu me perguntava se ela falava assim porque achava que a fazia parecer sexy. Pessoalmente, gostava de mulheres que não tinham que tentar ser sexy. Como a Josie. "Eu não sabia que você viria esta noite." Isso é porque você não estava chupando o meu pai quando ele ligou e me disse para vir. "Chamada de última hora," expliquei, e ela assentiu. “Vou entrar.” "Bem, eu deveria ligar para ele." Ela se preocupou. "Ele está me esperando," chamei por cima do meu ombro enquanto ia em direção a seu escritório. Ele era localizado no final do hall atrás de duas portas de mogno. Seu nome estava em ambas as portas. Sabe, no caso da Barbie, quero dizer Bethany, esquecer seu nome em seu caminho para trazer-lhe o seu café. Então talvez eu estivesse com raiva. Tinha todo o direito de estar. Empurrei a porta e entrei. Sullivan Lorhaven estava de pé diante da parede de janelas que se estendia por toda a parede traseira do escritório. Ele estava vestido com um terno de designer de três peças e sapatos de grife. Seu cabelo era escuro como o meu, quase preto, sem uma pitada de cinza. Eu estava pensando que ele tinha tintura, mas não me importava o suficiente para perguntar. “É grosseiro entrar sem bater,” disse sem se virar. "É rude chamar o filho que você não falou em meses e esperar que ele solte tudo e apenas venha."


Ele se virou para finalmente olhar para mim. Sua gravata era vermelho sangue, olhos tão escuros como os meus e nunca o tinha visto com nada menos do que um barbear. “Você estava ocupado?” "Você sabe que a temporada para a NRR começou." Eu poderia falar com ele quase nunca, mas Sully sabia exatamente o que eu estava fazendo. Não havia nenhuma maneira no inferno que não soubesse tudo sobre a minha carreira. Ele era muito controlador para não saber. "Indo para o Colorado em breve, certo?" Viu? "Eu vou embora amanhã, então se isso pode esperar..." Estendi as mãos como se dissesse que não tinha nenhum problema em sair. Aproximou-se de um bar no lado oposto da sala para pegar um copo de cristal; Foi esculpido a mão e completamente abastecido. "Bebe?" Ele ergueu o vidro decantador cheio de licor de cor escura. "Eu prefiro cerveja," disse. Honestamente, gosto de tudo. Eu só gostava de ficar sob sua pele. Em outra nota, não ia beber na frente dele. Isso implicava que precisava de uma bebida para estar na sala com ele. Eu não precisava. Era mais forte do que isso. Ele encolheu os ombros e derramou algumas pontas dos dedos das coisas em seu copo e levou-o para sentar-se atrás de sua mesa. Há um sofá perto do bar e duas cadeiras. Ele poderia ter sentado lá. Mas então, ele não seria capaz de me ‘intimidar’ com seu poder. Sentei-me em uma cadeira em frente a sua mesa, chutando de volta de uma maneira relaxante. As pontas do meu casaco de couro caíram abertas e afastadas do meu corpo. Tudo o que eu tinha abaixo era uma camiseta branca. Estava usando muitos delas ultimamente. "Eu li o artigo sobre você na GearShark deste mês." Estava em circulação? Como diabos perdi isso? "Apressou-se para os estandes para obtêla, não é?" "Na verdade, a editora me enviou várias cópias. Eles sabem que você é meu filho.” Ele estava tentando insinuar que ele era a razão de eu estava na capa? Que entrei na NRR? Ele poderia beijar a minha bunda.


Certifiquei-me de que minha voz soava boa e entediada. "Está certo. Esqueci. Você não faz coisas mundanas, como comprar revistas." Ele suspirou e se inclinou para frente. "Na verdade, quando Bethany veio esta manhã, ela estava acenando ao redor. Pensei que as cópias que recebi foram antecipadas. Eu não sabia que eles estavam circulando. Mas ela tinha chegado no café ao virar da esquina. Mandei-a de volta para comprar o resto.” Eu não disse nada. Só esperei ele chegar ao ponto. Ele suspirou novamente. “Eu me importo com você, Jace.” "Não me chame assim," mordi. Ele franziu o cenho. Ele não podia entender por que nos últimos anos, quase mastiguei a cabeça de todos que ousaram usar o meu primeiro nome. Ele e Mamãe poderiam ter escolhido esse nome, mas isso não lhe dava o direito de usá-lo. Não mais. Denotava uma certa familiaridade. Uma proximidade que ele e eu não tínhamos. Meu pai não me conhecia. Não muitas pessoas fizeram. Meu primeiro nome era reservado. Reservado para aqueles que eu julgava adequado o suficiente para usá-lo. Agora, isso era apenas duas pessoas: Arrow e Josie. Arrow mal usava, preferindo chamar-me de Lor. Isso deixou a Josie... a garota que talvez não me conhecesse bem, mas talvez sim. Deveria ter ligado para ela. Enviado mensagem. Alguma coisa. Meu orgulho ficou no caminho. Minha necessidade de nunca perseguir uma pessoa. Talvez algumas pessoas valessem a pena perseguir. "Eu sei que não falamos muito, mas estou sempre aqui se você precisar de mim." Meu pai falou, me lembrando que estava em seu escritório. "E o seu outro filho?" Desafiei. Ele se recostou, a voz se apertando. “Não te chamei para discutir.” "Por que você me chamou aqui?" “Para lhe dizer que estou orgulhoso de você.” Houve alguns segundos de silêncio enquanto processava o que ele dizia. "Você está orgulhoso de mim," ecoei. "Sim, esse artigo foi bem feito. É claro que você fez um nome para si mesmo e sua carreira está realmente decolando."


"Você está surpreso?" "Não, eu sempre soube que você conseguiria tudo que você queria." Eu fiz um som zombador. "Isso é uma carga de merda de cavalo." Ele tomou um gole de sua bebida e me estudou enquanto engolia. "Por quê?" "Você realmente precisa me perguntar isso?" Desafiei. Qual era o objetivo disso? "Eu não te apoiei sempre? Tirá-lo para fora de problemas, certificando-me de que os detalhes permanecessem enterrados assim você poderia continuar a fazer o que você faz?" "Escrever alguns cheques não é o que eu chamo de apoio; É certificar-se de que seu nome não ficasse acima nas chamas." "Proteger a própria imagem não é algo a se envergonhar. Eu acho que você sabe tudo sobre isso. Você tem uma imagem e uma reputação própria.” Ele estava comigo lá. “Porém, não esqueci um dos meus filhos, por causa do meu bom nome,” retorqui com raiva. "Eu tenho o meu avião na minha pista de pouso. Está abastecido e em espera. Você só precisa chamar seu plano de vôo para que ele possa ser arquivado. O piloto tem instruções para esperar no Colorado até que esteja pronto para voltar para casa." "Eu já tenho passagens de avião." Não esperava que ele respondesse à minha acusação anterior. Ele não podia. "Sim, bem, isso será mais confortável. Sem linhas, dor de cabeça no aeroporto e sem escalas." "Por que você faria isso?" "Eu te disse. Tenho orgulho de você, filho. Quero apoiá-lo. Quero ver você ter sucesso." "Fiquei em terceiro lugar na minha primeira corrida," disse. Não foi uma vitória. Não para mim e, portanto, definitivamente não seria para ele. Ele era a única pessoa a quem eu seria essencialmente batido para obter o melhor. "Terceiro lugar é louvável. Você só virá de lá.” Eu pisquei. Não estava esperando isso. Então tentei de novo. "Arrow está vindo comigo para o Colorado." “Assumi isso.” Esta era a Zona de Crepúsculo?


"Estou tentando aqui, Lorhaven." Ele falou.” Estive pensando muito ultimamente. Quando um homem fica tão velho quanto eu, ele começa a refletir, e lamento o modo como nosso relacionamento tem sido." "Você? Arrependido?" Eu levantei minhas sobrancelhas. "Quando sua mãe morreu, deveria ter sido um pai melhor, mais presente. Eu só... Perder Jackie foi muito difícil. Amava muito a sua mãe. Você me lembra dela, você sabe." Seu rosto suavizou, o que deu lugar à sua idade (seus sessenta anos). Um tom melancólico que não pensava que já tinha ouvido preencheu sua voz geralmente crocante. Meu estômago se aninhou e engoli pelo nódulo em minha garganta. Minha mãe morreu quando eu tinha cinco anos. Não tinha muitas lembranças dela porque era tão jovem, mas as que eu tinha, carregava perto do meu coração. Ela era uma boa pessoa, gentil, generosa, mas também forte. Sempre ouvi dizer que ela era o tipo de mulher que nunca tolerava a besteira do meu pai e que ia até o seu escritório para colocá-lo em seu lugar sempre que achava necessário. Eu tinha uma foto dela na minha cabeça que sabia que era de minhas próprias experiências, não apenas a fotografia que ainda estava emoldurada na mesa do papai. Seu cabelo era longo, a cor de brilhantes diamantes negros. Em minha memória, era tão reto que refletia luz, e quando ela sorria para mim, caia como uma cortina em torno de seu rosto magro. Ela tinha sido uma modelo em Paris antes de casar com meu pai. Ela falava francês e seu inglês tinha um sotaque que costumava me acalmar para dormir. Ela era alta, quase um metro e oitenta e dois, muito fina, e tinha olhos castanhos com uma pitada de mel dentro. Ela me amava, o suficiente para que até agora eu o sentisse. Às vezes pensava nela à noite quando estava na cama e me perguntava como seria meu pai se ela não tivesse morrido de repente. "Engraçado, a maioria das pessoas diz que sou como você," respondi, tentando me afastar um pouco das memórias inundando minhas emoções. "Você é." Ele riu. "Mas ela é a razão pela qual você seguiu seu próprio caminho e não tem problema em me dar um tempo difícil." Vi o amor que ele tinha por ela em seu rosto naquele momento... Isso fez com que parte da raiva que sempre sentia em relação a ele escapasse. "Você se casou de novo." Estava destinado a ser uma declaração, mas saiu como uma acusação. "Eu pensei que você gostasse de Donna. Ela foi boa para você. Ainda é." Donna era a segunda esposa de meu pai. Ele casou com ela cerca de dois anos depois que minha mãe morreu de um ataque cardíaco em uma idade que ninguém pensava que mulheres morressem de ataques cardíacos.


Donna era a mãe de Arrow e realmente a mulher que me criou. No segundo em que ela entrou na mansão do meu pai, ela me olhou como dela, nunca sugerindo que eu não fosse. Isso era uma coisa sobre meu pai... Ele tinha bom gosto por esposas. Mas as mulheres que ele as traiu eram outra história. "Eu gosto dela. Ainda a vejo muito.” Ele assentiu. "Eu imaginei." Eles se divorciaram há vários anos. Outro produto de seu tratamento de Arrow (e provavelmente seus negócios). Donna não estava prestes a ficar de pé e aceitá-lo. Arrow era seu filho e não lhe importava se ele era gay ou se parecia com Justin Bieber. Ela o amava. Eu só queria que ela tivesse sido um pouco mais forte, um pouco mais rápida, porque talvez se ela tivesse, meu irmão não teria sofrido tanto. "Ela está indo bem, então?" "Ela está bem," eu disse. Ele sabia disso. Foi ele que lhe comprou a propriedade de um milhão de dólares para onde se mudou. “É uma das principais razões pelas quais me casei com ela, sabe. Porque sabia que ela seria maravilhosa para você. Como eu não conseguia me recompor, queria que você tivesse pelo menos uma mãe que estivesse presente." "Você quer que eu seja grato?" Perguntei. "Dê graças que você me trouxe uma mãe de substituição e não louco que nunca veio ao redor, exceto para nos dizer quando não fomos bons o suficiente? Seu dinheiro não pode comprar isso." "Eu percebo isso. Gostaria de uma oportunidade para compensar o passado, mas talvez tenha um relacionamento melhor no futuro." "Por quê?" Perguntei, franco. "Porque não quero morrer com arrependimentos." Claramente, ele era melhor em ser brusco do que eu. “E Arrow?” desafiei. Seus olhos se obscureceram. "Eu gostaria de tentar com ele também. Pensei que talvez você pudesse falar com ele.” Bati um riso e fiquei de pé. “É por isso que estou aqui? Porque você quer que eu convença meu irmão a perdoá-lo por toda a merda que você fez? Foda-se isso e foda-se. Minha lealdade é para ele.” "Não fale nesse tom comigo." Ele também se levantou. "Estou bem ciente de como fodido meu relacionamento com meu filho está. Não preciso que você me diga e tenho certeza que não preciso que você conserte."


Eu tenho o lado idiota da minha personalidade dele. "Pensei que talvez você pudesse ver se ele estaria disposto a falar comigo." "Ele não esta," eu disse, teimoso. “Pergunte.” "Não prenda a respiração," respondi e comecei a andar para a porta. "Lorhaven." Sua voz dominante me parou. Que grande contraste era quando ele falava sobre minha mãe. Ele nunca soou assim quando falou sobre Donna. Ter perdido minha mãe era algo que o alterou para sempre? Ela era a única que ele realmente amava? "Eu realmente queria te dizer que li o artigo, estou orgulhoso de você e tenho observado sua carreira. Você ganhou onde está hoje." Eu voltei. "Obrigado." Eu queria poder dizer que suas palavras não significavam nada. Mas ainda assim. “Sua mãe também estaria orgulhosa. Ela estaria nas arquibancadas em cada corrida." Novamente, meu estômago apertou. Sentia-se pesado, como se fosse afundar dentro de mim e, no seu caminho, tirar todos os meus outros órgãos no processo. "Eu tenho que ir," eu disse. "Então, a menina," disse ele, ignorando as minhas palavras. “A que está na capa com você.” "O que tem ela?" Desafiei. Aquela sensação de afundamento que tinha em meu estômago rapidamente saiu e tensão familiar se enrolou dentro de mim. É melhor ele assistir a si mesmo trazendo Josie. "Você não acha que as mulheres pertencem às corridas," afirmou. "Eu não acho que você pode me dizer merda sobre discriminação." Ele sorriu. “Essa é a coisa, filho. Sei tudo sobre discriminação, e esse olhar em seu rosto..." Ele levantou uma cópia da GearShark de sua mesa. Eu não tinha percebido que estava ali. Meus olhos foram direto para Josie, para o modo como ela se enrolou nas minhas costas.


Isso me deixou com fome. Porra, com fome. Meu pai continuou. "O olhar em seu rosto nesta foto, não é isso." "O que você está dizendo?" Cruzei meus braços sobre o meu peito. "Não seja estúpido como eu, filho. Não afaste as pessoas. Eu tive o olhar que você tem em seus olhos uma vez, há muito tempo. Perdi isso. Passei o resto da minha vida enterrado no trabalho e irritando todo mundo. Aqui estou aos sessenta e sete anos, com pilhas de dinheiro, mas tenho de ameaçar praticamente o meu próprio filho para vir me ver.” "Eu não sei do que você está falando." Menti. "Você está no ápice agora. Uma carreira, uma mulher, uma vida que você quer. Não fodase.” Suas palavras me deixaram desconfortável. Ele era um idiota, mas não era burro. Mais uma vez, comecei a sair. Parei. Eu não olhei para ele. Em vez disso, mantive minhas costas viradas. Era mais fácil perguntar o que queria sem olhá-lo nos olhos. "Quando os profissionais me derrubaram alguns anos atrás, por que você me deixou? Por que você esqueceu que eu existia de novo?" "Você sempre existiu para mim, Jace," ele disse, e endureci. "Mas você tinha que fazer o trabalho para chegar onde você está agora. Eu não poderia fazer isso por você, porque você é o tipo de homem que tem que fazer isso por conta própria. Eu recuei. Vejo agora que recuei muito longe, mas foi só porque sabia que você faria o seu caminho. Sempre estive aqui, observando, silenciosamente te animando." Eu limpei minha garganta e puxei a porta aberta. No corredor, sua voz seguiu. “Não se esqueça do avião. Está esperando.” Puxei a porta e fui para o elevador. Se Bethany disse alguma coisa para mim, não ouvi. Essa conversa foi a última coisa que esperava. Estava acostumado a trocas e críticas acaloradas. Estava com raiva de meu pai por tantas coisas. Agora, era difícil estar cem por cento zangado. Alguma parte de mim estava cansado demais para isso. Eu me senti em um monte de maneiras chocado. Meu pai não era exatamente quem eu pensava todos esses anos? Havia um pouco mais enterrado sob sua pessoa fria, distante e julgadora?


Será que realmente importava? Muitos danos foram feitos nos últimos anos, alguns deles irreversíveis. Uma conversa não faria melhor. Claro que me fez sentir como se tivesse sido chutado em um rim, no entanto. Se eu estivesse sentindo falta de Josie antes, fiz ainda mais agora. Eu não tinha certeza quando a veria de novo, mas de repente, isso não era logo o suficiente. Puxei meu telefone e disparei um texto. Era apenas uma palavra, mas para mim, era mais. Talvez em alguns aspectos, fosse um teste. Uma maneira de ver se o olhar que meu pai dizia que estava em meus olhos era retribuído. Ela entenderia o que eu não disse? Ou talvez… Talvez esse texto fosse apenas a minha maneira de chegar a alguém que não queria nada de mim. Alguém que me fez sentir um pouco como se o homem que eu era (embora falho e fodido) fosse tudo que eu precisava ser.


MEN VS WOMEN Verdades que você precisa saber, mas você não faz.

VERDADE MASCULINA O homem terá em média de seis a oito parceiras sexuais durante a sua vida.

CAPITULO DEZENOVE

Joey

Tentando não pensar nele era bastante difícil, mas agora sabia que ele estava pensando em mim também. Releio esse texto mais de uma vez. Eu nunca soube que uma troca simples de dois nomes poderia dizer tanto.


MENS VS WOMENS Verdades que você precisa saber e não sabe.

VERDADE FEMININA 38% das mulheres se masturbam numa base diária

CAPÍTULO VINTE

Lorhaven

Ela entendeu. Eu não sabia porque ela me chamou de volta ou até mesmo na resposta que ela mandou em uma mensagem (embora isso fosse bem revelador). Como é que eu sabia? Eu vi isso em seus olhos. Ela estava aqui. No Colorado. Olhei para cima do box com as pessoas espalhadas por todo lado, e lá estava ela. Eu não sabia que ela ia estar aqui, mas era impossível perdê-la, mesmo à distância, enquanto ela também estava no centro do caos no box da Forrester. Nossos olhos focados, como se soubessem exatamente onde procurar. Vi o entendimento nas profundidades verdes. Ela sabia. Assim como eu sabia. Eu não sabia que um olhar, uma coisa tão simples, poderia alterar o meu humor tão inequivocamente. Um estado de espírito que tem estado precário, silencioso e mais taciturno do que o habitual.


Eu me senti energizado, de repente, mais no controle. Era mais fácil fechar a tempestade de merda na minha cabeça que o meu pai tinha agitado e apenas estar no momento. Foi como se uma cortina pesada tivesse sido levantada e tudo ao meu redor voltasse ao foco. Eu precisava disso, mais do que acho que nunca precisei antes. Seu cabelo estava solto e não na massa selvagem de cachos desde a última vez que a vi. Em vez disso, estava elegante e suave, assim como na capa da GearShark. Ele caía sobre os ombros, para baixo sobre seu peito, emoldurando seu rosto. Ela estava linda, a mais bela vista que já coloquei meus olhos. Ela usava um top de alças branco e uma calça jeans desbotada. Ela estava desgastada, ligeiramente solta, e tinha alguns rasgos nos joelhos e o que parecia manchas de óleo em vários lugares. Todas as suas curvas estavam em exposição, mas não me deixou ciumento; deixou-me orgulhoso. Isso me deixou com tesão. Isso me fez querer ela. Eu gostava de sua força, a maneira sem remorso de ser quem ela era. Nenhuma merda. Essa era a sua vibração. Como se ela não se importasse com nada. Ela não precisava ser salva. Ela nem sequer precisava ser protegida. Ela poderia estar ao lado de um homem. Ela poderia ir de igual para igual com ele. Talvez fosse o espaço de poucos segundos, ou talvez fosse alguns minutos. Não sei quanto tempo nós olhamos fixamente, mas, eventualmente, o caos ao nosso redor estendeu a mão e envolveu-nos de volta para as suas muitas dobras. A equipe de câmera liderada por um homem com um microfone se aproximou e gritou para ela. Arrow apareceu ao meu lado e me chamou. O momento foi quebrado, mas tinha sido suficiente. Levantei o lado da minha boca, sentindo-me mais como eu do que nas últimas vinte e quatro horas. Ela também sorriu algo semelhante, em seguida, virou-se para as pessoas que disputavam sua atenção. "O carro está pronto," disse Arrow.


Eu lhe dei um tapa nas costas. "Bom homem." "Você está bem, Lor?" Ele perguntou, dando-me um olhar desconfiado. "Eu pareço bem?" Estendi meus braços. "Na verdade, sim, você parece bem, de repente, é o contrário de como você estava desde que entrou no avião." O avião de nosso pai. Algo que Arrow não tinha ficado muito entusiasmado. Mas como eu, ele viu o benefício. Voar privado foi definitivamente o caminho a percorrer. Talvez eu devesse ter desistido do avião do meu pai, mas parecia que um voo ininterrupto, tranquilo, seria muito melhor do que um comercial. Especialmente desde que minha cabeça já estava na sobrecarga. Arrow me perguntou cerca de três centenas de vezes o que estava errado. Não contei a ele. Não estava pronto para entrar nisto. Obviamente, ele sabia que tinha algo a ver com o meu querido pai, porque os nossos traseiros estavam sentados em seu avião. Ele não insistiu, no entanto, por respeito a mim, mas também porque ele provavelmente tinha medo de perguntar. "Basta chegar na zona da corrida," digo lentamente, olhando para o meu carro modificado. Era vermelho, com o logotipo Brickstone bem visível no capô. Vários outros logos cobriam o carro também. Eu estava vestido com um macacão vermelho. Eu parecia bem. Em meus pés estavam botas pretas, e havia um par de Oakleys na minha cabeça. Cerca de quatro membros da minha equipe de mecânicos se juntaram ao redor do carro, certificando-se de que estava cem por cento pronto para correr. "Joey está aqui," ele disse, dando-me um olhar. "É ela?" "Como se você não tivesse olhos apenas para ela." Arrow zombou. Coloquei o meu braço ao redor de seu pescoço e puxei-o para o meu corpo. "Eu não olho para as pessoas," eu declarei, bagunçando o seu cabelo muito loiro.


Ele me empurrou para trás com um olhar feroz e alisou sua juba selvagem. "Eu golpearia você se não fosse o maldito carro ." Eu mostrei meus dentes. "Ahh, maninho, não me odeie." "Foda-se." "Isso é uma boca que você tem," comentei, seco. "Eu estou cansado de todo mundo me tratar como uma criança," ele anunciou com um brilho teimoso em sua mandíbula. "Eu não sou. As pessoas precisam começar a tratar-me como homem." "Whoa." Meus olhos se estreitaram. Toda a minha atenção voltou-se para ele. Claramente, eu bati um nervo, e claramente, eu não era o único chateado. "O que está acontecendo, A?" "Eu sei que você o viu." Sua voz era baixa e firme. Bem, merda. Minha recusa em falar sobre o que aconteceu com meu pai só foi destinada a me dar algum tempo para pensar, mas ainda estava tão complicado como sempre. Meu silêncio só serviu para fazer Arrow se sentir da mesma maneira que eu estava, só que ele não entendia por que. "Sim, eu fiz," respondi. "E a minha mente me ferrou, ok? Não estou guardando isso de você de propósito. Estava apenas tentando protegê-lo e manter a minha cabeça na corrida." Ele acenou com a cabeça uma vez. "Eu fico mantendo sua cabeça na corrida. Mas você não pode me proteger disto. Não é sua função." Meu olhar dispara diretamente no seu. "Sim. Isso é." Ele se ergueu. Ele não era tão alto ou largo quanto eu, mas ele não estava completamente desprovido de tamanho. "Eu sei que você pensa isso. Inferno, até entendo. Costumava estar muito confuso. Mas sou mais forte e melhor agora. Consigo lidar com isso. Eu tenho isso. Essa é a minha vida. Não vou me esconder em sua sombra, Lor. Te respeito, sou leal a você em primeiro lugar, sempre..., mas tenho que ser meu próprio homem."


Eu não sei quando isso aconteceu... mas em algum lugar ao longo do caminho, ele se tornou mais do que o meu pequeno irmão. Ele se tornou meu melhor amigo. Mas, além disso... era quase como se ele se tornasse meu. Esquisito. Eu sei. E não quis dizer isso em algum sentido romântico. Deus, toda essa merda, onde os caras estão? Ela é minha. Foda-se. Eu não queria ter uma mulher. Possuir algo era apenas reivindica-lo. Como ir para uma loja de autopeças e pagar um preço fixo pelo item. Uma mulher não estava à venda. As pessoas em geral não estavam à venda. Para mim, possuir uma mulher era uma maneira extravagante de retê-la. Eu não queria reter ninguém. Queria ser escolhido. Dia após dia. Noite após noite. Esse era o verdadeiro amor, a liberdade de escolher e ser escolhido todos os dias. Merda. Talvez o meu cérebro estivesse mais complicado do que eu pensava. Recomponha-se, Lor. Trata-se de Arrow, agora. Acho que o que eu quis dizer foi, em certo sentido, que me tornei seu protetor, o puxei para debaixo da minha asa, quase como um pai com um filho. Era quase impossível parar de me sentir assim, ao ouvir que ele queria cuidar de si mesmo. Não queria segurá-lo ou sufocá-lo com a minha proteção. É apenas a imagem dele de alguns anos atrás, na parte de trás do hangar... eu nunca iria esquecer. Mas eu não podia permitir que ele sofresse com isso também. Era algo que ele estava empurrando de volta para mim. Algo que ele queria estar em mais pé de igualdade. Eu tinha que deixar que isso acontecesse, mesmo que sentisse que fosse impossível. Eu ainda poderia protegê-lo. Inferno, eu sempre faria. Só tenho que encontrar uma maneira mais calma de fazer isto. Ou talvez mais quieto.


Uma vez que, você sabe, meu silêncio sobre o que aconteceu com o pai foi o que me trouxe aqui em primeiro lugar. Merda. Eu precisava de uma cerveja. Ou quatro. Depois de vencer esta corrida. "Eu entendo isso," disse a ele. "Você tem o direito de saber. Eu não estava guardando segredos, simplesmente não estava pronto para falar sobre isso." "Sim." Ele empurrou para trás os cabelos loiros caindo sobre o lado de sua cabeça. "Eu sei. Desculpa." Eu sorri. "Não peça. Vamos falar após a corrida." "Eu não fodi com sua cabeça, não é?" Ele se preocupou. "Nah." Olhei por cima do ombro para onde Josie ainda estava de pé, conversando com o repórter. Ela parecia confiante e fresca. "Estou firme." "Dê-lhes o inferno lá fora, mano." Arrow sorriu e me guiou em direção onde meu carro me esperava. Oh, eu planejava isso.


MEN VS WOMEN Verdades que você precisa saber e não sabe.

VERDADES MASCULINAS Homens gostam de dispositivos com muitos botões; isto os fazem se sentir importantes.

CAPÍTULO VINTE E UM

Joey

Eu me sentia como uma garota de verdade. Quer dizer, sou uma garota, mas nunca fui uma que conseguisse o sentimento palpitante de antecipação quando um cara estava por perto e eu estava apenas à espera de um vislumbre dele. Então eu fiz. Minha pressão arterial subiu. Realmente senti subir como se fosse o tiro de um canhão. Meu pulso começou a martelar e um sentimento quase vertiginoso entrou em erupção no fundo do meu estômago. Estava totalmente envergonhada. Eu nunca tinha me sentido assim antes. Nem mesmo na escola com a minha primeira paixão, meu primeiro namorado, ou até mesmo a primeira vez que fiz sexo. Eu era geralmente mais calma, mais moderada mesmo. Claro, eu ficava animada para ver um cara ou alguém que realmente gostava. Nós riamos e nos divertíamos juntos. Sexo sempre foi bom. Jace era diferente. Ele me fez sentir como uma mulher de maneiras que nunca tinha sentido antes, de maneiras que pensei que nunca iria. Sinceramente acreditava que crescendo sob o teto de meu pai, onde ele uma vez esperava que eu fosse um filho e não uma filha, me influenciou. Claro, minha


mãe me vestia quando era pequena e ela tentou me ensinar a ser uma senhora e me levar para onde ela ia e tentou me moldar à sua imagem. Eu nunca fiz isso. A ela. A maioria me descreveria como uma moleca. Não sei o que diabos isso significava. Só estava sendo eu, e que não era uma menina feminina. Gostava de carros rápidos, jeans rasgados, filmes de ação e não dependia de um homem para qualquer coisa. No entanto, quando cheguei no Colorado (um dia antes da corrida), todos fomos ao centro e caminhamos em torno das lojas e jantamos em um restaurante com o melhor peixe caseiro e batatas fritas. Do outro lado da rua tinha um lugar que chamou a minha atenção. Um lugar que eu nunca tinha visto ou estive antes. Um bar de blow-dry. Se você for como eu, então está sentado se perguntando: "O que é isso, agora?" Um bar de blow-dry é um lugar aonde as mulheres vão para ter o seu cabelo lavado e seco de forma rápida. Não é um salão de beleza. Eles não cortam; eles não fazem coloração. Eles simplesmente usam shampoo, condicionador e, em seguida, secam seu cabelo em um estilo elegante e lindo que supostamente irá durar vários dias, porque, aparentemente, os secadores são preenchidos com pó de fada. Ok, eles não são. Mas da maneira como eles anunciam, eles poderiam muito bem ser. Naturalmente, zombei ao ver quando estava sentada perto da janela do restaurante do outro lado da rua e mastigando o meu bife. Se eu entrasse lá, as mulheres provavelmente ficariam horrorizadas. Elas não saberiam o que fazer com um cabelo como o meu. Inferno, nem eu sabia o que fazer com ele. O pensamento me divertiu muito. Naturalmente, eu queria ir lá. Eu disse a mim mesma que era porque queria mostrar a estas fadas que usavam o secador que nada que fizessem poderia domar essa fera na minha cabeça... mas realmente, a atração do cabelo perfeitamente liso, brilhante, da mesma maneira como ele estava na capa da GearShark totalmente me chamou.


Jace tinha gostado. Eu vi o jeito como seus olhos me seguiram, e me lembrou exatamente como me sentia ao ter suas mãos passando por ele. Confesso, eu gosto dos meus cachos, mas esta era uma oportunidade de me sentar em uma cadeira e tê-lo domado sem ter uma cãibra no ombro tentando fazer isso sozinha. FYI7: Quando eu ‘escovo’ o meu cabelo, acabo usando um chapéu. Porque, você sabe, faço um trabalho de merda. Então, depois do jantar, fui lá (ficam abertos 'até 21:00 da noite! Claramente, as senhoras ao redor daqui eram sérias sobre seu cabelo) e entrei, esperando os gritos. "Garota, sente-se. Vamos consertá-la," uma das meninas disse. Ela usava um avental que a fazia parecer uma funcionária. Cerca de uma hora e meia depois, paguei um preço que eu nunca pensei que pagaria para alguém lavar e secar o meu cabelo enquanto admirava no espelho enorme atrás da mesa na saída. Eles fizeram isso. Eles realmente domaram a fera. Ele parecia ainda melhor do que estava para a sessão de fotos da revista. Eu estava pensando que talvez houvesse algum pó de fada em todos os produtos que ela usava... estava longo, macio, mas não liso, e refletia as luzes do teto, como vidro. Eu não poderia deixar de notar como os meus olhos pareciam ainda mais verdes quando estava assim. Era quase mais escuros, mais ricos. Então aqui estava, no centro da segunda corrida NRR, percebendo que tinha muito mais de menina em mim do que tinha imaginado. Meu cabelo. As borboletas cortesia de estar em algum lugar perto de Jace. E pela primeira vez? Pela primeira vez, não parecia ser uma coisa ruim. Então, o que tem se eu gostasse de ter o meu cabelo feito, e se eu totalmente procurasse Jace no meio da multidão? Sentia-me como se tivesse passado a minha vida inteira tentando compensar o fato de ter nascido uma menina. Lutei contra os estereótipos e tentei provar o meu valor. Todo esse tempo pensei que estava rompendo barreiras. Pensei que era forte e muito boa. E se não fosse? E se tudo o que eu estava fazendo era tentando fazer outras pessoas felizes por ser quem elas queriam que eu fosse? Ao deixá-los me empurrar para baixo quando eu estava tentando subir.

7

É a abreviação para o termo na língua inglesa “For your information,” que em português significa “para sua informação.”


Por que eu não poderia ser uma motorista com o cabelo realmente bom? Por que não poderia querer namorar e ser tratada como uma mulher, mesmo que trabalhasse com um grupo de homens? Eu poderia ser dura e macia. Poderia, mas então tornaria isso mais difícil para mim. Mostrar qualquer tipo de suavidade é, às vezes, como abrir uma porta o suficiente para alguém calçar seu pé e deixá-la aberta. Passei todo esse tempo mandando todos se foderem, mas em alguns aspectos, suprimi alguns de quem eu queria agradar. Uau. Senti-me fodida. Tudo porque tenho o meu cabelo seco com secador e os olhos focados em Jace. Estranho como, às vezes, as pequenas coisas fazem a maior mudança. Eu estava mudando? Eu não tinha certeza. Estávamos ali, olhando um para o outro quando os repórteres apareceram. Hopper estava com eles, como se tivesse liderando o caminho. Concentrei-me nele, tentando desalojar Jace da dianteira da minha mente. Ele estava vestindo calça jeans de cor escura padrão que não pareciam desbotadas ou desgastadas como o tipo que Jace usava. Sua camisa era preta, apertada, e de mangas compridas. Nos cotovelos tinham remendos de couro e havia manchas correspondentes em seus ombros. Hopper era magro, não era um cara enorme, mas tinha ombros largos e o resto do seu corpo era definido. O material apertado da camisa moldava em torno desses poderosos ombros, bíceps em forma e cintura estreita apertada. Ele estava usando um boné, um vermelho (que combinava com o logotipo do meu patrocinador), puxado sobre a penetrante leveza de seus olhos. O cabelo castanho-escuro desgrenhado em sua cabeça estava coberto pelo boné, mas as extremidades demasiadas longas enrolavam-se em torno da base do boné em seu pescoço, para fora, como se ele não tivesse sequer se incomodado em penteá-lo. Seu queixo era pontudo, mas não excessivamente, e parecia que o boné puxado sobre os olhos dava ênfase para o queixo e os lábios cheios atualmente puxados em concentração enquanto ele conduzia a equipe de câmera para mim.


Normalmente, os repórteres não eram autorizados no box, especialmente antes do início de uma corrida. Mas isso era a NRR, e muitas coisas aqui não passavam nos profissionais. "Joey G.?" Disse o homem, um passe de imprensa sobre o peito do paletó. Ele agarrou um microfone na mão e foi seguido por um operador de câmara. A câmera era muito grande. Você pensaria que tão avançados como estávamos, com a tecnologia nos dias de hoje, ele não estaria sobrecarregado com um enorme pedaço de equipamento. "Sim," eu disse, perguntando o que diabos ele queria comigo. "Eu sou John Lennox da KW3. Queria saber se você tem alguns minutos antes do início da corrida para dá-nos uma breve entrevista." Olhei para o seu distintivo novamente. Ele trazia o logotipo da emissora de TV nacional que cobria um monte de corridas. Era a primeira vez que uma estação nacional tinha se aproximado de mim, inclusive depois de algumas das corridas que tinha ganho, que pensei que eram grandes negócios. Meus olhos deslizaram para Hopper, que estava perto. Ele assentiu encorajadoramente. "Claro." Eu sorri para o repórter. "Ótimo!" Eu não tinha ideia do que esperar. O que ele iria perguntar, o que sairia da minha boca. Mas era para isso que estava aqui. Isso era o que meu pai queria. E eu também. Não queria mais atenção? Mais igualdade na pista? Agora é a sua chance. "Gravando em três..." disse John ao cameraman. "Não é muito alto aqui?" Perguntei preocupada, olhando para trás de mim, onde a equipe de mecânicos estava trabalhando e gritando uns com os outros. Drew e Trent estavam ao lado de seu carro de corrida amarelo brilhante enquanto se preparavam para se prender e conduzir para a pista. "O ruído de fundo é autêntico," explicou. "Podemos atenuar o som na sala de edição." "Parece ótimo." Concordei. "Você pode me dar um segundo?"


Hopper olhou-me por debaixo da aba do boné como se eu tivesse perdido minha maldita mente. Sorri para ele. "Claro," disse John, um pouco surpreso. Corri para o carro amarelo brilhante, observando o pequeno decalque no canto do painel. Tinha que ser algo que Trent colocou lá. "Queria dizer-lhe para rasgá-lo lá fora," falei sobre o ruído. A brisa soprou pelo meu cabelo, chicoteando-o por trás de mim. "Obrigado!" Drew respondeu de volta, os dentes brancos piscando. Os fios loiros de seu cabelo eram selvagens e havia uma faísca de excitação em seus olhos. Ele está totalmente alto. Alto da adrenalina, a multidão e a corrida. Deus, eu amava esse sentimento. Eu pulei para frente e joguei os braços em volta do pescoço para um abraço. "Queime a borracha," sussurrei em seu ouvido. Ok, mais como gritei acima do barulho. Ele riu. "Vou fazer!" Deixei-o com Trent e corri de volta para o repórter. Não foi perdido em mim que a câmera estava seguindo meus movimentos. "A notícia foi divulgada na nova edição da Revista GearShark recentemente que você teria confirmado a sua transferência para a divisão de corridas para a NRR." Balancei a cabeça e praticamente ouvi Hopper gritando comigo através de sua mente. Claramente, balançar a cabeça não era aceitável para uma entrevista de TV. "Sim, isso é verdade," eu disse. "Vou terminar a minha temporada com o circuito de profissionais deste ano, e no próximo ano vou entrar na NRR." "Você parece ser muito próxima da estrela da NRR, Drew Forrester. É porque você gosta dele ou porque seu pai o patrocina?" "É porque ele é um piloto muito bom e está prestes a provar mais uma vez hoje."


John assentiu. Ele parecia um pouco decepcionado por não ter sido capaz de me incitar com essa pergunta. Olhei para Hopper e observei a maneira como ele estava olhando para John. Me estabeleci um pouco mais firme no chão e sorri para a câmera. "Será que o seu pai, Ron Gamble, também estará te patrocinando na travessia?" "Sim, junto com vários outros patrocinadores de grande porte." Eu não tinha ideia de quem eram ainda... só rezava. Eu tenho alguns. "Você ainda vai se sentir tão calorosa com Drew Forrester quando ele for seu concorrente?" "Eu não penso nele como o meu concorrente. Não vejo qualquer outro piloto dessa forma. Eles são meus companheiros, e todos nós fazemos o mesmo trabalho. Só espero fazê-lo um pouco melhor." Sorri e corri minha mão pelo meu cabelo. John piscou. Eu sorri mais amplo. "Algumas pessoas estão especulando que a razão que você está atravessando é um romance com outro piloto NRR." Eu ri enquanto o meu estômago apertava. "Tenho certeza de que você sabe que Drew está fora do mercado." "Não estou falando de Drew Forrester. Estou falando sobre Lorhaven, o homem que apareceu na capa com você." "Acho que se esse alguém leu esse artigo, saberia que ele não gosta muito da minha passagem," respondo, baixo. Todo mundo estava chegando a essa conclusão. Por que eu não tinha pensado sobre isso quando estávamos fazendo a filmagem? Porque meus hormônios tinham tomado conta. Ugh. "De acordo com algumas das nossas fontes e relatórios on-line, alguns dos motoristas profissionais não estão muito felizes com isso também."


Isso era novidade para mim. Eu tinha estado tão ocupada que nem sequer prestei atenção à reação das pessoas à reportagem... aparentemente, isso não tinha sido muito inteligente. "Bem, considerando que eles também não gostavam de me ter na divisão, em primeiro lugar, estou surpreendida que eles se importassem que eu fosse embora." "Você acha que a sua relutância com sua carreira profissional é por causa de seu pai?" Pensei sobre isso por um segundo, olhando para Hopper. Seus olhos azulgelo enviaram um aviso. Foda-se. "Honestamente? Não, não acho que isso teria importância se fosse um homem. Acho que é pelo fato ser uma mulher que todos os profissionais odeiam tanto." Hopper suspirou alto. Eu o ignorei. "É por isso que você está atravessando? Sua entrevista com a revista parecia ter sido cortada antes que você pudesse responder a isso," disse John, olhando para a câmera como se estivesse dizendo aos telespectadores. "É definitivamente parte disso." "Então o que estou ouvindo é que você sente que é discriminada como mulher no esporte de corridas?" "Sei que eu sou." "Importa-se se nós e os telespectadores em casa tivéssemos um exemplo?" "Bem, esta entrevista, por exemplo." Apontei. "As primeiras coisas que você me perguntou foram sobre o meu pai e status de relacionamento." "Eu não consigo ver como isso é discriminação." Dei de ombros. "Não tecnicamente, mas vi você em inúmeras entrevistas. Meus colegas pilotos do sexo masculino nunca são questionados sobre quem são seus pais ou qual é seu status de relacionamento. Você foi efetivamente transformando toda a atenção aos homens na minha vida em vez de perguntar-me sobre ser um piloto do sexo feminino."


Hopper enviava punhais olhando fixamente para mim. Comporte-se! Sua expressão dizia. O cinegrafista olhava divertido e John parecia um pouco chocado. Ele limpou a garganta. "Então, como é a vida como um piloto de corrida feminino?" Sorri brilhantemente. "Tem sido muito interessante recentemente." Ele parecia com medo de me pedir mais detalhes. Evidentemente, acho que eu também estava. "O que você espera ganhar de seu cruzamento com a NRR?" Aqui está a sua chance... "Mais tempo de condução, mais diversão e menos regras." Ele começou a puxar o microfone para longe, então adicionei rapidamente, "e passar mais tempo com Drew Forrester, que provavelmente vai ser o primeiro campeão NRR." "Então acho que sei para quem você está torcendo hoje?" Eu ri. "Claro." "Então uma última vez..." Ele fez uma pausa. "Gostaria de comentar sobre o seu relacionamento com Lorhaven?" Inacreditável. "Realmente não tenho um comentário," disse. Então, com um sorriso, acrescento: "Talvez se ele me chamar para sair, eu saia." John Lennox virou na frente da câmera e sorriu para ele. "Aí vocês têm, pessoal. A conversa exclusiva com Joey G., a primeira piloto a desistir dos profissionais em favor de uma divisão não estabelecida de corrida." Eu me irritei. Ele me fez soar tão... inconstante. A raiva ferveu dentro de mim. Fez-me muito arrependida por todas as coisas que não tinha dito. "E..." Ele continuou, com a voz insolente. Atenção = algo estúpido estava prestes a sair de sua boca. "Parece que é um desafio direto para o piloto NRR Lorhaven pedir a este pequeno foguete para sair." Pequeno foguete? A luz vermelha na câmera disparou e deixei cair o meu sorriso. John se virou.


"Ei, obrigado-" Meu dedo cravou em seu peito, e suas palavras foram cortadas. "Por que você estava tentando me provocar?" "Eu não sei o que você quer dizer?" ele falou, como se fosse um idiota. Revirei os olhos. "Certo. Bem, obrigada por ter tempo para me entrevistar." John e seu amigo com sua gigantesca câmera em punho saíram apressados. Hopper fez uma careta e começou a avançar. Virei-me para a corrida que já estava em andamento. A equipe estava com tudo pronto se Drew pudesse precisar na frente e no centro. Olhei para cima, apertando os olhos contra o sol de verão em Trent, que estava de pé sobre o longo trator-reboque com o nome de Drew rabiscado em todo o lado, junto com o logotipo do negócio do meu pai e o logotipo da NRR. Sua camisa era amarela brilhante, com o nome de Drew rabiscado em suas costas largas, e havia um boné de beisebol preto puxado sobre o rosto. Óculos de sol ao redor de seus olhos, e um fone de ouvido repousava sobre seus ouvidos com um microfone em seus lábios. Seus olhos nem uma vez deixaram a pista, mais especificamente, a posição de Drew. Vi como os lábios de Trent moviam, e ele sorriu rápido. Então ele ficou sério novamente e voltou para o trabalho que levava muito a sério. Trent servia como observador de Drew, os olhos em toda a pista, para avisálo de pontos cegos, problemas potenciais e ele também seria capaz de garantir que a tripulação pudesse entrar em ação exatamente quando Drew precisasse estacionar. Eu nunca tinha estado nesta pista antes. Não era uma pista profissional. Ele não iria passar todos os códigos e requisitos para torná-lo com qualidade profissional. Não era uma pista perfeita de forma oval como estava acostumada. O circuito de corrida profissional era mais sobre a ciência e precisão. Nós mediamos à quantidade de combustível que colocávamos de forma a não pesar o carro. A pressão dos pneus era sempre exata e planejamos cada parada no box com perfeição, pois um passo em falso poderia custar uma volta, um atraso ou basicamente uma perda total. As variáveis nas corridas profissionais eram mais padrão em uma série de maneiras... mais controladas. Essencialmente, todos os pilotos estavam em pé de igualdade. Este não era o caso com a NRR.


Essa pista era maior, mais longa e tinha um monte de curvas como uma estrada rural. Nenhuma pista era exatamente a mesma. Enquanto a primeira corrida da temporada era mais padrão porque estava na pista de corrida do meu pai, esta era muito mais emocionante e mostrava aos fãs do que a NRR se tratava. Mais variáveis. Mais incógnitas. Essa era a NRR. Havia uma seção de cascalho em vez de asfalto que os motoristas tiveram que transitar enquanto eles dirigiam, e havia uma estrada de terra que cortava para a direita através do centro do curso que eles tinham que atravessar de carro. A poeira da agitação encheu o ar e flutuou para baixo por toda a fila dos boxers. Nesta divisão, tudo se resume a quem era um piloto melhor. Era mais como corridas off-road. Isto dependia do piloto que poderia manobrar melhor, controlar o seu veículo melhor nas curvas, as transições dos tipos de estrada... Era mais do que velocidade. Eu gostei. Isto acrescentava muito mais elementos para a corrida. Acrescentava mais drama e areia. E, para mim, adicionava mais coração. Deixava os pilotos realmente mostrar para o que eles foram feitos. Pelo som vindo da arquibancada era um enorme sucesso. Eu amava a sensação do dia de corrida. Era como ser contaminado com um vírus, só que não era uma doença brutal; era mais como uma epidemia que você gostava de varrer seu corpo. As vibrações do carro, o som da multidão rugindo. Os gritos, os locutores, as pessoas gritando em cada turno. Nem sempre consegui um assento para ver uma corrida. Na maioria das vezes, estava no banco do motorista, onde um monte de som era abafado pelo meu próprio carro. Mas cara, amei ambos igualmente. "Discriminação, Joey?" Disse Hopper, me cutucando no lado. Acho que não poderia fingir que ele não estava lá para sempre. Olhei para ele com o canto do meu olho. "Como se você não concordasse cem por cento." "Olha, sei que não tem sido fácil, mas a entrevista poderia ter ido muito melhor."


Eu fiz um som, ainda observando a corrida. Drew estava na liderança, Jace estava em quarto, mas sabia apenas olhando que ele estaria em terceiro, após a próxima curva. "Confie em mim; poderia ter sido muito pior," murmurei. Todas as coisas que queria dizer, as palavras e emoções que às vezes sentia estavam me sufocando, estava tudo ali. Preso. Porque eu estava com medo. Medo do que aconteceria se abrisse a minha boca. "E o que é isso sobre Lorhaven? Essa capa, J, tem sido um pesadelo. Todo mundo pensa que você está atravessando por causa de um cara." Ele estava claramente exasperado tentando me gerir e manter o meu pai feliz também. Eu ri. Não é apenas um cara. É um monte deles. "Olha." Tirei os meus olhos para fora da pista e os coloquei em Hopper. A mordida na minha atitude caiu no esquecimento quando vi a expressão em seus olhos azuis. Ele não estava tentando ser um idiota. Ele era meu amigo. Ele estava preocupado e também era o meu empresário. Sabia que Hopper se preocupava com a minha carreira. Ele era o único nos círculos profissionais que me tratava como se eu pertencesse lá. Suspirei e olhei para trás, para fora, esticando meu pescoço a tempo de ver Jace em terceiro lugar. Um sentimento de orgulho encheu-me. Eles aceleraram fora da vista e caminhei em direção a um monitor grande, onde podia ver a seção da pista que não podia ver daqui. Hopper agarrou o meu pulso, não de forma brusca, apenas o suficiente para chamar a minha atenção. Eu não me afastei. "Sinto muito, Jay," eu disse, usando seu primeiro nome, na esperança de mostrar a ele que eu realmente quis dizer isso e me aproximei. "Eu só... Ele me irritou no início, tentando me incitar. É como se tudo o que eles quisessem é que eu quebrasse ou algo assim. Assim, eles poderiam dizer que eu não pertenço aqui. E então as coisas com Jace..." "Jace?"


"Lorhaven." Eu corrijo. "Isso foi uma piada para a mídia sobre ele te convidar para sair, ou você estava falando sério?" Revirei os olhos. Ele fez um som. "Você gosta dele?" Dei de ombros. "Ele não é tão mau como eu pensava." Hopper balançou a cabeça e olhou na direção da equipe de Jace. Sua atenção parecia concentrar-se em algo lá e fora de mim. Comecei a me virar para ver se algo estava errado, mas ele olhou para trás. "Esse é o seu irmão?" Olhei para Arrow, que tinha um fone de ouvido já sobre a sua cabeça loira. "Este é Justin Bieber." Eu brinquei. Hopper sorriu, mas não o tipo de sorriso que normalmente enfeitava seu rosto. Este foi um pouco.. .mais aperfeiçoado? Encantado? Olhei para ele, mas ele não notou; ele olhou para trás na direção de Arrow. "Sim, é seu irmão. Arrow." "Ele é um piloto, certo?" Havia curiosidade definitiva em seu tom. Eu balancei a cabeça. Hopper cruzou os braços na frente dele, um olhar pensativo vindo sobre ele. "Ele é bom?" "Eu não o vi dirigir, mas se ele é qualquer coisa como Jace, então sim, provavelmente." "Ele parece jovem," disse ele, quase para si mesmo. Inclinei a cabeça. Era Hopper verificando o irmão de Jace? Como a verificálo? Interessante. Ele deve ter notado meu escrutínio, porque se concentrou em mim e limpou a garganta. "Da próxima vez que você estiver na frente de um repórter, talvez seja um pouco menos..."


"Eu?" Terminei para ele. Ele riu. "Mais você mesma. Não era você lá atrás, Joey. Aquela era a mulher que você queria que todos pensassem que você é." Ouch. Ele atingiu seu ponto. Resmunguei uma resposta, em seguida sai para assistir a corrida. Talvez eu tivesse mentido para mim mesma. Talvez eu não estivesse lutando contra os estereótipos... talvez estivesse me escondendo atrás deles.


MEN VS WOMEN Verdades que você precisa saber e não sabe.

VERDADES FEMININAS Nos países árabes, as mulheres podem pedir o divórcio se o marido se recusar a servir o café para elas. #CafééSério

CAPÍTULO VINTE E DOIS

Lorhaven

Meu segundo, como eu gostava de chamá-lo, era Arrow. Você conhece o cara cuja voz enchia o meu ouvido quando eu estava correndo. O auxiliar. Quando comecei a aprender mais sobre a condução de carros de corrida (algo além da rua) a ideia de alguém no meu ouvido enquanto dirigia me incomodava. Eu não precisava de nenhum pau, de pé na margem, com uma visão de merda, me dizendo como dirigir. Estava no controle do meu carro, minha corrida. Ele não. Aprendi que era necessário. Acho que até mesmo os cães mais teimosos podiam ser ensinados truques novos. Ou talvez eu realmente quisesse ganhar. Meu gerente e cabeça da minha equipe de mecânicos nos dias de corrida tecnicamente preenchia esse papel. Ele era um bom rapaz, nós nos dávamos bem e ele tinha investido na minha carreira, então gostava dele. Mas ele não era o meu irmão.


Confiança e lealdade não eram algo que eu entregaria numa bandeja de prata para quem sorrisse. Para isto seria preciso muito mais do que trabalhar com ele durante vários meses e até mesmo viajar para pistas, entrevistas e trabalho de merda para conseguir que eu o queira como meus olhos. Eu só confiava em Arrow com isso. Ele poderia não ser o observador mais experiente, mas aquele garoto sabia como manter os olhos abertos para problemas. Ele aprendeu isso da pior maneira. Ele também sabia muito sobre a condução. Eu tinha lhe ensinado tudo o que sabia. Durante meses e meses depois que ele se mudou para o hangar, isso é tudo o que fizemos. Dirigir, trabalhar em carros e dirigir um pouco mais. Era seu santuário, seu salvador, e de muitas maneiras, sua vingança. Por causa disso, ele aprendeu muito rápido, e ele era um natural. Não havia ninguém que eu preferia ter no topo do meu trailer hoje. Atualmente, estava em terceiro lugar. Porra, eu odiava terceiro lugar. Era o pior lugar para mim e não ia acabar aqui novamente. O terceiro lugar era patético. Denotava que eu não era ruim o suficiente para entrar em uma posição mais baixa, mas não era bom o suficiente para vir em uma mais alta. O segundo lugar não era a minha escolha (obviamente), mas era um inferno de muito melhor do que terceiro. Pelo menos o segundo combina com talento, com o potencial de ultrapassar o topo em um dado momento. Basicamente, o terceiro lugar significava que eu como piloto, era medíocre. Foda-se, medíocre. Estávamos dirigindo contra o relógio, havia apenas uma volta para a esquerda, e eu estava montado no para-choque do número dois como uma erupção de calor no verão. Ele ia ter que limpar o pó de si mesmo por um mês após essa merda ser feita porque eu não estava recuando. Não muito longe estava a seção de cascalho. Eu poderia usá-la para minha vantagem. Passei um verão inteiro há dois anos dirigindo em uma seção de cascalho do meu terreno perto de um lago onde ninguém nunca foi.


Eu estava confiante de que poderia levá-lo a uma velocidade ainda mais rápida do que eu tinha dado na volta anterior. Alguns dos caras estavam diminuindo a velocidade quando atingimos a seção. Entendi o porquê; mesmo eu não queria rasgar os meus pneus. Era arriscado assim tão perto da linha de chegada. Se estragasse um pneu (e eles já estavam ficando desgastados por esta corrida), não estaria em segundo. Não estaria nem mesmo em terceiro. Olhei para frente, meu pé trêmulo sobre o acelerador. Às vezes, mesmo quando eu debatia sobre um movimento, quando eu sabia que era perigoso ou poderia até mesmo falhar, meu intestino já sabia. Senti a decisão muito antes de fazer isso. Isto deixou o meu pé feliz no acelerador. Claramente, eu já sabia o que eu ia fazer hoje. Às vezes você apenas tinha que ter coragem para fazê-lo. Forrester estava segurando firme na primeira posição. Eu odiava olhar para as luzes traseiras daquele cara. Odiava mais sabendo que ele era muito bom piloto. Talvez por isso chegar em segundo lugar não fosse tão embaraçoso como deveria ser, porra. Eu nunca admitiria isso em voz alta, mas eu não seria contrário em ver Forrester ganhar o primeiro campeonato NRR. Isso não significava que eu entregaria para ele, apesar de tudo. De jeito nenhum. Se eu tiver a chance de vencêlo, eu aceitaria. "Eu vou pegar o cascalho a toda a velocidade e tentar voltar esta ferramenta para o interior e levar até o número dois," digo para Arrow. "Como está parecendo o meu ponto cego?" "Esse é um movimento muito corajoso," foi sua resposta. Só que não era a voz do meu irmão. Era Josie. Meus dedos se apertaram ao redor do volante, estudando a curva com ainda mais precisão do que nunca. Mantive meus olhos treinados na estrada, mesmo que eles quisessem muito procurá-la.


Apenas o som de sua voz era como octanageno prémium8 injetado em meu coração. Embora eu estivesse começando a correr um pouco mais baixo na reserva de adrenalina e energia, ela era como uma injeção de epinefrina9 direto no meu peito. "Mas você tem isso. Ele está ficando irritado com você até agora no seu rabo." Ela continuou como se não tivesse ideia do que fazia comigo. "Josie," digo, colocando pressão sobre o cara na minha frente. "Eu gosto do som da sua voz em meu ouvido quando dirijo rápido." "Tive que tirar o fone de ouvido da cabeça do Bieb," ela brincou. Eu ri. "Tudo bem, se concentre." Sua voz mudou, tornou-se um pouco mais cortada, mais grave. "Estive observando-o um pouco. Como eu disse, ele está impaciente. Não gosto da aparência de seu pneu do lado do passageiro de trás. Ele vai ter que diminuir para que não exploda. Mas você precisa estar em guarda no caso dele fazer. Ele vai jogá-lo para fora, também, com você tão apertado contra ele." "Roger," eu disse, concentrando-me novamente. Ela não era uma distração, talvez porque não podia vê-la, apesar de saber que ela estava me assistindo. Suas instruções eram claras, concisas e me colocou em um estado estável. Eu confiava nela. Com a minha vida. Não sou dramático. Isso é o que era às vezes, a vida e a morte. Agora, se levasse uma batida nesta velocidade, meu tempo poderia acabar. "Chegando em seu ponto cego, do lado de fora," ela advertiu. "Deslize sobre ele, suave, apenas algumas polegadas." Eu me mudei. "É isso aí." Eu podia ouvir o sorriso em sua voz. "É o caminho para colocá-lo em seu lugar." "Cascalho vindo." 8 9

Unidade em que se mede a octanagem de um combustível Também conhecida como adrenalina, é um hormônio secretado pela glândula adrenal


"Ele vai balançar um pouco. Ele vai ter que balançar por causa desse pneu. Ele não pode derivar através do cascalho e não pode levar isso por sua vez, no interior de modo acentuado." Balancei a cabeça, entendendo seu processo de pensamento. "O cara atrás de você não é um problema," disse ela. "Prepare-se para socá-lo. Vou te dizer quando a ferramenta começar a vantagem." Eu sorri, enquanto me sentava um pouco mais reto. Se o meu coração batesse mais rápido, precisaria de remédios para fazê-lo bater normalmente. Fazer isso com ela, pegar este cascalho e confiar nela para me dizer quando acionar era como preliminares para mim. Porra de preliminares quentes. Sua respiração aumentou. Senti seu foco. Meus pneus dianteiros encontraram o cascalho. "Vá, agora!" Ela gritou. Empurrei tanto o acelerador que meus pneus traseiros fizeram um som guinchando na calçada, pouco antes deles transferirem para o cascalho. As pedras giraram para cima e os sons delas batendo em meu carro eram como o som de chuva em uma janela, à noite. Caótico, mas calmante ao mesmo tempo. "Por dentro," ela exigiu, assim que as minhas mãos puxaram o carro para dentro. "Merda!" ela xingou. "Ele não está se movendo rápido o suficiente." "Eu tenho isso," eu disse. "Mexa-se, filho da puta!" Ela grita. Eu gostei de sua boca pecaminosa. Especialmente enquanto ela gritava em minha competição. Deslizei para dentro, mais longe do que queria. Meu carro estava indo quase na velocidade máxima com o cascalho um pouco curvado com a estrada. Tirei uma página do livro de Forrester. Eu não me curvei com isto.


Meus dois pneus laterais estavam no cascalho, praticamente pulverizando o cara em segundo lugar quando puxei ao lado dele. Os dois pneus do meu lado bateram na sujeira. Na verdade, meio que ajudou com a tração. Maltratei a roda e forcei o meu carro no lugar que queria. Estava a apenas uma polegada de passar o motorista ao meu lado, mais uma polegada era tudo que precisava. "Acelere!" Josie gritou. "Assuma." Minha extremidade traseira levantou um pouco. Meu estômago virou. "Você consegue, Jace," Josie sussurrou em meu ouvido. Eu bati no acelerador. Disparei para frente. Reforçou meu competidor e dei uma guinada na posição atrás do parachoque amarelo brilhante de Forrester. Josie gritava com alegria e eu podia ouvir Arrow gritando nas proximidades. "Foda-se, sim!" Rugi, mas tentei não pensar muito sobre isso. Eu não poderia comemorar ainda. Ainda tinha que me manter para o resto desta volta. “Tudo bem, o brinde é seu pneu. O cara que você ultrapassou está chegando por dentro." Josie avisou. Desviei um pouco, segurando-o de volta. Eu não estava dando essa merda. Ele teria que me empurrar para fora da pista. Que, francamente, não estava fora do reino das possibilidades. Os pensamentos de Josie pareciam estar em linha com os meus. "Ponha um pouco de distância entre vocês." "Sobre ele." Eu fiz. Praticamente podia ouvir meus pneus gemerem. "Estes pneus estão acabados," eu reclamei. "Apenas se concentre," disse ela, calma. "Eu posso vê-los. Eles aguentarão."


Ela estava certa. Eles seguraram. Levaram-me todo o caminho até a linha de chegada, logo atrás de Forrester. Segundo lugar. Porra. No meu ouvido, Josie e Arrow estavam gritando e aplaudindo. Ela riu de alguma coisa que ele disse, mas eu não consegui entender. Eu sorri, euforia me deixando quase tonto. "Estou devolvendo-o para o seu comandante," disse ela, com um sorriso na voz. "Ei, Josie," eu disse enquanto diminuía. "Jace?" "Não vá muito longe quando isso acabar. Eu estou indo para você." "Vou ter certeza que serei fácil de encontrar." Lentamente agora eu era capaz de olhar por cima em direção ao meu pit, à poeira levantou-se no ar, criando um véu no céu. Mas lá estava ela. De pé em cima do meu trailer, meu irmão ao lado dela. Mechas escuras de seu cabelo longo fluíam para fora atrás dela como uma bandeira que acena ao vento. Essa que era uma mulher. Aquela que podia conduzir tão bem quanto podia montar... (meu pau). Sim, eu definitivamente estarei indo para ela esta noite.


MEN VS WOMEN Verdades que você precisa saber e não sabe.

VERDADES MASCULINAS 55% dos homens se masturbam em uma base diária. (Tem mais alguém surpreso que este número não é maior?)

CAPÍTULO VINTE E TRÊS

Joey

10

Eu estou indo para você. Tão ameaçador. Muito gostoso. A promessa que Jace sussurrou em meu ouvido bateu logo abaixo da minha pele como um segundo pulso. Eu o senti lá martelando abaixo da minha camada externa, mas não era irritante. Eu me alegrava com isso.

10

Qual seu quarto?


No momento em que ele cumprisse sua promessa e me encontrasse, estaria tão excitada que não precisaria de preliminares. Deus, eu o queria. Eu queria o tamanho esmagador e inflexível de seu pau batendo dentro de mim. Eu queria suas mãos no meu cabelo, seus lábios nos meus e mais do que tudo, queria ouvi-lo dizer o meu nome cerca de mil vezes antes da noite acabar. No momento em que a corrida acabou, os equipamentos e os caminhões foram empacotados, todos os fãs tinham deixado às arquibancadas. Eu sabia que alguns estariam vagando no estacionamento; alguns com passes especiais para os boxes ainda circulavam ao redor. Mas este lugar estava cerca de oitenta por cento mais vazio do que estava antes. O cheiro de combustível queimado, borracha quente e de escape ainda permanecia. A poeira ainda percorria os espaços abertos me batendo ocasionalmente no rosto e o som de risos ainda ecoava. Drew estava comemorando sua segunda vitória. Ele agora era de dois para dois. Meu pai ia ficar mais feliz do que um porco com a alimentação orgânica e a lama fresca para rolar dentro. Todo mundo no box estava no céu e a maioria de nós estava rouca de tanto torcer alto quando entregaram a Drew o seu troféu brilhando. Bem no pódio, Jace estava ao lado dele, seu sorriso menos afetado e seus olhos menos contemplativos do que estava acostumada, mas ele ainda fazia o meu coração disparar. O cabelo mais comprido no topo de sua cabeça estava todo bagunçado e louco, seu rosto estava manchado de suor e poeira, mas seu sorriso era genuíno. A maneira como ele e Drew apertaram as mãos e posaram para fotos foi honesto. Depois de um tempo, conseguimos voltar para o hotel, este ótimo lugar que tinha uma sensação de chalé. Embora fosse verão, a enorme lareira de pedra estalava com um fogo na entrada principal. Eu tinha certeza de que eles estavam com o ar condicionado e a lareira ligados juntos, mas entendi o porquê. O ambiente do fogo brilhante era uma visão maravilhosa e bem-vinda. Todos os pisos do hotel eram de madeira, algo que eu não via muito. Normalmente, era tapete ou ladrilhos, mas os pisos de madeira eram perfeitos para este lugar. Tudo era neutro, feito em tons quentes com salpicos de vermelho. Minha suíte era no mesmo andar de Drew e Trent. Subimos no elevador juntos e nos separamos no corredor.


"Nós vamos ficar," Drew disse quando parei na minha porta. "Pediremos algum serviço de quarto, para acalmar." Balancei a cabeça. "Claro. Você provavelmente está exausto. Provavelmente vou fazer o mesmo." Ambos pareciam um pouco culpados, sentindo-se como idiotas por me deixarem sozinha. Pensei que eles eram bonitos e, obviamente, ainda estavam embrulhado um no outro e ainda precisavam de um tempo sozinhos. "Vão." Eu os enxotei. "Tenham algum tempo de caras." Pisquei. "Nós vamos tomar café da manhã." "Não muito cedo," Drew resmungou. Trent riu. Eu balancei a cabeça sabiamente. "Apenas aproveitem e vou encontrá-los na sala de jantar." Fiquei um pouco surpresa quando Trent avançou, me beijou no topo da cabeça, e sussurrou, "Boa sorte." Olhei para ele, e ele piscou. Ele não poderia saber o que Jace disse. Ele não podia imaginar que eu estava esperando por ele. Podia? Assisti os rapazes caminharem até o seu quarto. Drew abriu a porta, deixou escapar um longo suspiro e entrou. Trent parou em sua porta, olhou para trás e riu. Ele sabia totalmente. Perceptivo ou psíquico? Eu fiz uma careta. Ele riu novamente, em seguida, desapareceu dentro do quarto. Dentro do meu próprio quarto, olhei ao redor, notando a grande cama kingsize no centro. Era toda feita em branco com um lance vermelho no pé da cama. O quarto era praticamente padrão para qualquer hotel, apenas com um toque de chalé.


Olhei o menu de serviço de quarto com meu estômago roncando. Mas minha pele estava arenosa com uma fina camada de poeira. Banho primeiro, comida depois. Com meus chinelos de banho na mão, fui para o banheiro, tirei minhas roupas de dia de corrida e deslizei sobre os chinelos. Uma vez que a água do chuveiro estava ligada, escovei meus cabelos, surpreendentemente ainda estava reto e elegante. Não estava prestes a perder o estilo o lavando. Em vez disso, envolvi o meu cabelo em uma pequena toalha e fixei com um prendedor da minha bolsa. A água estava boa, o sabonete ainda melhor. Eu amava a pista, mas era suja, e não gosto de me sentir suja. Não demorou muito tempo para me limpar, especialmente desde que não tinha que completar a tarefa com o meu cabelo. Assim que me enxuguei, passei um pouco de loção corporal perfumada na minha pele e completei o resto da minha rotina. Depois de escovar os meus cabelos pela segunda vez, peguei algumas roupas. Coloquei um sutiã branco com um enorme laço sob os bojos (que pensei que acentuava a forma que minha cintura curvada) e uma calcinha combinando, escolhi um short jeans de corte escuro e uma blusa verde-escura de seda com mangas. Assim que terminei, seu texto chegou. No segundo em que digitei o número do meu quarto e clique em enviar, joguei o telefone como uma adolescente e corri para o banheiro. Levou apenas alguns segundos para obter algum creme BB em meus dedos e esfreguei-o no meu rosto. Creme BB = Creme Hidratante ( é conhecido por suas características ‘tudo em um’, substituindo sérum, hidratante, primer, base e filtro solar) Eu não era fã de maquiagem, mas gostava de parecer bonita e no lugar. O creme BB me dava um brilho natural e apenas igualava o meu tom de pele. Quando isso foi feito, rapidamente passei um pouco de pó e um batom que coloriu minha boca de rosa porque era sabor cereja. Quando a batida ecoou pelo quarto, o material caiu da minha mão, caindo na minha frente. Rapidamente, tampei-o, olhei para cima para me certificar de que tudo estava direito (hey, eu mal olhei quando coloquei isto!), e depois fugi do pequeno banheiro.


Jace estava encostado no batente da porta quando eu a abri. O movimento pareceu trazer uma explosão de seu perfume para mim. Meus dedos apertaram no cabo, me segurando firme enquanto o resto de mim tomava tudo dele. Calças jeans soltas que não pareciam muito empenhadas em ficar no alto de seus quadris, uma camiseta preta esticada sobre o peito, flertando com o cós da calça jeans provocante, como se, também, estivesse no jogo de talvez ocultar sua pele da minha vista. A jaqueta que ele usava não era preta, mas branca com costuras pretas e duas faixas pretas ao redor de sua manga esquerda. As mangas estavam enroladas o suficiente para que seus antebraços estivessem à mostra, e um Converse preto cobria seus pés. Claramente, ele também estava fresco do chuveiro. Ele não só cheirava bem, mas o seu cabelo ainda estava úmido, como se ele tivesse esfregado uma toalha sobre os fios molhados na parte superior e os escovado de volta, longe de seu rosto. Notei então o modo que estávamos agora. De pé em uma porta, os olhos percorrendo um ao outro como se fôssemos completamente novos um para o outro. Parecia assim... como se eu já não tivesse feito sexo com ele. Como se eu estivesse à espera do primeiro toque. "Josie," ele finalmente disse com sua voz profunda como o licor mais suave, seus olhos famintos como um lobo. "Jace," respondi. Tínhamos uma coisa com os nomes um do outro. Provavelmente porque com eles vinha a exclusividade. Nomes não eram supostos para serem exclusivo; eles estavam ligados a nós em nossa primeira respiração como identificadores. Um nome era um cartão de visitas de uma pessoa, uma assinatura que ia além de rabiscar uma linha de letras em uma página. Era diferente com Josie e Jace. Não eram apenas os nomes que eram exclusivos; eram as pessoas que éramos quando o usamos. Como deixar alguém entrar em um lugar que nunca foi concedido acesso a ninguém. Era a possibilidade de que a pessoa que está bem aqui na minha frente me visse melhor do que qualquer outra pessoa. Sempre que meu nome deslizava para fora da sua língua, sentia como se as correntes estivessem sendo liberadas dos meus pulsos. Sentia que as coisas que


ninguém sabia e que eu escondia se tornavam transparentes, deixando a única coisa para ele ver que era tudo isso. Tudo de mim. Ele afastou-se do batente da porta, seus movimentos quase preguiçosos. Uma mão enrolada em volta da minha cintura. Através do tecido de seda da minha camisa, seus dedos pressionavam enquanto ele avançava, fazendo-me entrar. De repente, seu corpo se aproximou, sua boca provocando a minha. Exaustivamente, seus lábios esfregaram sobre os meus, o sabor de cereja do meu gloss explodindo entre nós, adicionando mais uma camada ao já satisfatório beijo. Eu suspirei nele e ele sorriu, mas não parou de beijar, em vez disso aumentou a pressão em duas vezes. Minha mão agarrou seu quadril, meu dedo deslizou através do lado do cinto. Parou as provocações e deslizou para baixo o jeans para que o meu polegar pudesse acariciar a pele recém-exposta em seu quadril. Jace segurou o meu rosto, deslocando para mais perto, as pontas de seus polegares pressionados sob os ossos da minha bochecha bem no espaço oco, e persuadiu a minha mandíbula a abrir. Sua língua invadiu a minha boca, massageando contra a minha, e tudo ficou confuso. Com a minha mão livre desajeitadamente puxei a frente da camiseta que ele estava usando enquanto estávamos a meio caminho do meu quarto, no corredor, como dois adolescentes que eram vítimas de seus hormônios. Mas, oh, eu não era vítima de Jace. Eu era uma instigadora. E, a julgar pela forma como ele me beijava agora, também me chamaria de vencedora. Minha pele estava corada quando ele levantou a cabeça. Eu não conseguia nem ficar chateada quando ele voltou uma polegada, porque eu adorava ficar observando o seu movimento corporal. Minha mão afrouxou contra sua camisa e a deixei cair. Ele pegou-a, ligando nossos dedos e deu a meu braço um puxão. "Vamos lá," disse ele, apontando para o corredor. "Vamos." Eu senti meu nariz enrugar. "Ir aonde?" "Você verá." Comecei a andar, só para parar e voltar atrás. "Espere." "Você não precisa levar nada dessas merdas de meninas. Eu tenho dinheiro."


Meu estômago virou um pouco. Uma coisa tão estúpida e tola de tropeçar. Quero dizer, realmente. Não era a primeira vez que alguém tinha me oferecido para pagar por um encontro. Espera. Este é um encontro? Oh, cara, eu deveria ter me esforçado mais com o meu rosto. Eu não me sinto assim. Nem impaciente por ele conseguir me mover também. Era como se ele estivesse se responsabilizando por mim esta noite. Como se ele fosse se certificar de que eu teria tudo o que necessitava onde quer que fôssemos, enquanto ficasse ao seu lado. O sentimento pesava muito. Mas não muito pesado para não me mover pelo caminho. Em um tipo de aterramento, como se eu tivesse encontrado um lugar que eu pertencia. Engraçado, eu nunca soube o que estava procurando. Eu não soltei sua mão. Em vez disso, puxei-o para trás, tentando fazê-lo parar. "Eu preciso de sapatos." Ele olhou para baixo. Mexi meus dedos para ele, e ele riu. "Aqueles parecem com sapatos." Ele ressaltou, ainda olhando para os chinelos pretos que eu usava no chuveiro. "Sim, no chuveiro." "Você tem sapatos para o chuveiro?" Ele perguntou, permitindo que eu o puxasse de volta para dentro do quarto apenas um pé. "Eu vi fotos de fungos nos dedos do pé." Tremi, chutando-os apenas para deslizar meus pés em outro par de chinelos. Estes eram um pouco mais elegantes porém, com sola de couro marrom e toras. No centro tinha uma joia verde-escura que eu achava bonita quando batia a luz. Estendi a mão para o meu telefone, ainda na cama onde joguei. Ele fez um som. "Sapatos, sim. Telefone não." "Sem telefone?" Engoli em seco enquanto ficava indignada. Os dentes brancos brilharam. Eles eram perfeitamente retos, como os meus. Seu pai provavelmente insistiu em aparelhos, algo que tínhamos em comum.


"Sem telefone," ele repetiu. Deixei-o lá e dei um passo para o lado dele, observei o modo como seus dedos fecharam nos meus um pouco mais apertado quando peguei a chave do quarto no armário e enfiei-a no bolso de trás. Atrás de nós, a porta fechou com um trinco audível, e, juntos, caminhamos pelo corredor. Uma coisa simples, mas parecia que apenas tê-lo ao meu lado inspirava todos os tipos de emoções. Ameno foi a melhor palavra que eu poderia usar para descrever o ar quando entramos no lobby, simultaneamente ar condicionado crepitante. O céu estava escuro, estrelas iluminavam o céu e uma calma que só a escuridão poderia trazer à noite. Nós caminhamos sem dizer uma palavra até o estacionamento onde não demorou muito para encontrar o seu Lotus. "Você trouxe o seu carro?" Surpresa leve tingia minha voz. "Eles o trouxeram aqui para mim no reboque com o meu carro de corrida." "Será que eles já fizeram as malas e foram embora?" Questionei. "Meu motorista parte amanhã. Tenho alguma imprensa para fazer e eles queriam o carro de corrida para as fotos." Eu tentei não sentir um pouco de inveja que ele tinha outra grande oportunidade com a imprensa. Não era culpa dele, se me fosse dada a oportunidade, iria pega-la também. Além disso, ele tinha que fazer isso. Era o seu trabalho. Brickstone investiu um monte de dinheiro nele, eu sabia. Não só com o carro, a viagem, taxas de entrada, etc., mas com qualquer coisa que ele estava sendo pago. Eu estava certa de que os poderes constituídos por trás de seu negócio eram insistentes que recebessem valor do seu dinheiro. "Tenho certeza que todos na sua equipe estavam muito animados com a sua corrida de hoje." O cutuquei nas costelas. Ele sorriu e abriu a porta do passageiro. Inclinei-me, então eu estava entre ele e o assento, a porta na nossa frente, então eu estava encurralada em quase todos os lados. "Foi uma boa pedida para chegar," ele admitiu, mas arruinou sua fala humilde com um enorme sorriso.


"Você dirigiu realmente muito bem hoje," eu digo. Não me incomodava em cumprimentar os outros condutores, especialmente quando eles mereciam. Acho que sempre esperava que fizessem o mesmo por mim. O único que já fez até agora foi Drew. "Nós formamos um bom time," ele murmurou, acariciando a minha cabeça com a palma da mão. "Eu gosto do seu cabelo assim." "Sim?" Murmurei, empurrando minha cabeça em sua mão. Ele assentiu e se aproximou. Levantei-me para encontrá-lo, mas de repente ele se afastou e sorriu. "Entre." Pisquei, e ele estava do outro lado do capô no lado do motorista. Risos arrastavam através dele como se soubesse o que tinha feito. Escorreguei no banco do passageiro e esqueci tudo sobre sua provocação. O interior do seu Lotus era tão incrível como o corpo. Bancos de couro preto com detalhes em vermelho, traço impecável, cromado polido, e elegante... tão elegante. Ele era pequeno, tinha apenas dois lugares. A janela traseira estava logo atrás da minha cabeça. Havia uma capota dura neste aqui. Muitos deles vinham com apenas capotas moles, mas este era claramente um carro especial de encomenda. Fechei os olhos, pensando em como seria retirar a capota e deixar o ar ameno escovar a minha pele. Por baixo das minhas pernas, o assento era suave e macio. Estava acostumada com o luxo, mas isso não era apenas luxuoso. Era sexy. O assento do motorista estava todo para trás, permitindo que Jace encaixasse as pernas longas e magras. Em vez de parecer grande demais para um carro tão compacto, ele só apareceu realmente ele próprio. O carro o abraçava como uma amante, como ele, também, queria estar tão perto dele quanto pudesse conseguir. Não prestei atenção para onde estávamos indo. Eu o assisti dirigir. Vi o modo como sua mão agarrava o volante e estava ligada em seus movimentos certos e firmes. O carro estava receptivo, e ele parecia saber exatamente como dirigi-lo. O desempenho dele era bonito e ele me mostrou uma nova apreciação para a forma como ele dirigia.


"Você está me olhando," disse ele, sem tirar os olhos da estrada. "Você dirige o carro da mesma maneira que faz com uma amante," eu disse. "Os carros e os amantes são muito parecidos." Um arrepio correu pela minha espinha. "Como assim?" "Porque você tem que ser gentil, mas no controle. Você tem que ter certeza, mas disposto a deixar que ele faça um pouco do trabalho." Ele olhou para mim, seus olhos mais escuros do que o céu noturno. "Porque quanto melhor você tratálo, melhor será o tratamento que você receberá em troca." As palavras combinadas com o som de sua voz alcançaram dentro do meu peito e apertaram. "Todo esse tempo, pensei que você fosse apenas um idiota.” Eu sorri. Ele piscou, voltando-se para a estrada. "Isso é o que eu a deixei pensar." "Quantas pessoas você deixa pensar que é um idiota?" Perguntei, triste. Ele fez um som rude, e eu ri. Isso significava que todos. "Nós estamos aqui," disse ele, poucos minutos depois. Olhei para cima quando o Lotus diminuiu a velocidade e virou na pista onde tínhamos acabado de passar todo o dia. "O que estamos fazendo aqui?" Perguntei. "Nada melhor do que uma pista só para si." Seu sorriso torto era quase a minha ruína. Isso era engraçado, mas ele fazia coisas para mim. Coisas como soltar meu baixo ventre e começar uma dor nos meus peitos. Deus, tudo sobre ele são preliminares para mim. Até o seu carro. "Ela está fechada," eu disse, tentando ignorar o fato de que estava com tesão. Eu estava pior do que um cara. Nossa. Mas quando você está sentada tão perto de alguém que literalmente encarna prazer, é difícil não pensar em sexo.


"Conversei com alguém antes de sair. Ele me fez um favor." Ele conduziu o carro através de um túnel, parando em um portão fechado no final. Sem uma palavra, Jace saiu, deu um soco em um código e o portão girou para dentro. Piscando um sorriso que era quase tão brilhante quanto os faróis, ele correu para o assento do motorista e nós dirigimos para a pista. Voltei-me para ver o portão fechando sozinho atrás de nós. Deve ter sido um temporizador. "Ele simplesmente deixou você entrar aqui." Eu zombei, meu olhar fixo na pista vazia. "Prometi a ele que ia me comportar." Eu ri. Ele não podia sequer fazer aquele som inocente. Que grande besteira, Jace estava longe de ser inocente. "Então você o pagou." Eu supus. Por baixo da jaqueta de tecido, os ombros encolheram. "O dinheiro fala mais alto." Sim, ele faz. "Muito legal, né?" Ele disse, com a voz baixa, quase reverente. Seu olhar estava trancado para fora do para-brisa. Eu o assisti olhar tudo, como se estivesse vendo o lugar pela primeira vez. Quando não respondi, ele olhou para mim. Através do traço brilhante e pouca iluminação, os nossos olhos se fixaram. Ele continuou a conduzir ao longo da pista, mas não tirava os olhos de mim. Meu peito ficava apertado quando ele olhava para mim desta maneira. Tentando encontrar as palavras para expressar exatamente o que estava sobre os olhos ou a emoção queimando um buraco em meu peito era impossível. Eu não podia descrever algo que nunca tinha sentido. Era como tentar nomear uma cor que nunca tinha visto antes. Tudo o que realmente sabia e sinceramente esperava que este sentimento nunca fosse embora. Jace fez um pequeno som, liberando-o para o espaço próximo ao nosso redor quando o carro diminuiu a velocidade, em última análise, chegando a uma parada completa.


Com o ronronar do motor, ele tirou uma mão do volante e colocou em seu colo enquanto virava para mim. "Quer dirigir?" "Você vai me deixar dirigir?" Gaguejei, ainda tentando existir em um mundo com tanta emoção e ao mesmo tempo, manter uma conversa. Não tinha certeza se gostava disso. Você sabe, ser a única que estava um pouco mais interessada. Não aja como se você não soubesse o que quero dizer. Como às vezes as pessoas dizem que em cada par sempre existe um que ama o outro um pouco mais... Esta era eu. Não estava apaixonada, mas definitivamente estava em algo semelhante. E totalmente em luxúria. Isso era muito evidente que eu sentia mais do que ele. Afinal, era a única que estava lutando para formar uma frase. Ele estava lá dirigindo um carro, olhando para mim e falando. O grande idiota. "Você tem uma senhora tesão pelo meu carro." Ele sorriu. "Sério?" Eu zombei. "Uma senhora tesão? Aprendeu isso na terceira série?" "Provavelmente." Ele riu. Oh meu Deus, ele é bonito, também. Eu totalmente vou ser aquela que ama mais. Ah Merda. Eu só estou pensando em amor? Eu agarro a maçaneta, puxo rapidamente e saio do carro. O ar agradável da noite acaricia minha pele e solto um suspiro agradecida. A porta se fecha suavemente atrás de mim e inclino-me contra ele, ouvindo o barulho suave do motor. "Hey," disse Jace de perto. Olhei para cima. Ele estava de pé ao lado do capô. O branco no seu casaco praticamente o fez brilhar. "Eu pensei que você estivesse vindo para o sexo," soltei.


Indo direto ao ponto, Joey! Ele riu. De alguma forma, o som me relaxou. "Oh, vai haver sexo," ele falou, como se já fosse escrito em pedra. Eu gostava um bocado de sua confiança. "E não estou falando de sexy como o inferno seria sexo sobre o capô de um carro, também." Ele continuou andando para mais perto. "Estou falando do tipo que leva a noite toda. O tipo que mesmo depois que eu tenha que sair amanhã para pegar um avião, sempre que o ar ao seu redor mudar, você ainda vai sentir o meu cheiro na sua pele." Engoli duro ao ouvi-lo. Minha língua molhou meus lábios. "Então por que estamos aqui?" Perguntei. Eu não era o tipo de garota de jogar jogos de cabeça. Eu não gostava de perguntar, e santo inferno, eu estava perguntando. Ele estava me transformando em um gigantesco nó apertado que nunca iria ser desatado e se por alguma chance eu fosse capaz de me desamarrar, nunca mais seria a mesma. Ele se moveu, deixando cair ambas as mãos sobre os lados do carro, me prendendo em seus braços. "Porque, Josie, não será suficiente." Eu suspirei esperando para ele dizer mais. O som de sua voz cantarolava pela minha pele, fazendo-me vibrar. "Não vai?" Perguntei, sem fôlego. Ele balançou a cabeça, os olhos jamais deixando os meus. "Eu não quero apenas sexo de você, Josie. Quero mais. Quero o seu tempo, sua risada, sua suja boca. Quero conhecer você de maneiras que ninguém mais conhece." "Bem, se é isso que você quer..." tentei brincar, mas minha voz, literalmente, tremeu. "Sabe o que mais eu quero?" Ele sussurrou. Eu balancei minha cabeça. "Quero que você queira o mesmo."


Oh, eu queria tudo também. "Você quer isso, Josie?" Minha voz não tremeu. Nem um pouco. "Sim." "Bom. Agora coloque essa bunda sexy e redonda no assento do motorista." Ele deu um passo para trás, dando-me espaço para passar. Eu levantei um dedo. "Primeiro, precisamos esclarecer uma coisa." Sua incrivelmente sobrancelha escura arqueou ao lado de sua testa. "Exigente." "Eu?" Revirei os olhos. "Você foi o único que afirmou que gosta de tudo." Ele me empurrou de volta contra o carro, prendendo-me com seu corpo apertado. "Oh, não," ele rosnou. "Não possuo você, baby. Algumas coisas são apenas bonitas demais para ser domadas. Eu vou ser uma escolha, a que você faz todos os dias." "Você parece muito certo disso," eu digo, seca. Ele se inclinou para sussurrar, seus lábios roçando minha orelha e fazendo cócegas no meu cabelo. "Eu já vejo isso em seus olhos." "Tenha cuidado," avisei, virando a cabeça para olhar para o lado. "As indomadas são difíceis de acompanhar." "Eu não estou preocupado." Ele meditou. "Sou muito bom com a velocidade." Um som rude vibrou meu pescoço, e ele riu. Jace deu um passo atrás, me cutucando no estômago. "Conte-me." "Se alguma vez disser senhora tesão novamente, vou raspar uma das suas sobrancelhas quando você estiver dormindo." Seu sorriso era muito grande. Ele devia estar pensando que eu não estava falando sério. Eu estava totalmente séria. "E não me diga o que fazer," rebati, empurrando-o para fora do meu caminho e passei desfilando pelo caminho até o lado do condutor.


O som de sua rica risada cortou quando ele se sentou no lado do passageiro da Lotus. Eu soltei um suspiro. Por dentro, eu era uma massa derretida tremendo de sentimentos. Ele queria a minha escolha. As palavras que Trent me disse ecoavam em minha cabeรงa. Nรณs nรฃo temos uma escolha. O amor escolhe para nรณs. O amor escolheu para mim. O amor escolheu Jace.


MEN VS WOMEN Verdades que você precisa saber e não sabe.

VERDADES FEMININAS Discutir com uma mulher é como ser preso. Tudo que você disser, pode e será usado contra você.

CAPÍTULO VINTE E QUATRO

Lorhaven

Eu estava em apuros com isso. Profundos problemas. Ela era mandona, teimosa, independente e ameaçou a minha sobrancelha. Apenas uma delas... eu não estava exagerando quando a chamei de indomável. Ela parecia um terremoto sacudindo tudo dentro de mim. Eu não queria comum. Nenhuma mulher poderia prender a minha atenção. Josie me desafiou de maneiras que eu nunca havia sido desafiado antes. A forma que ela parecia sentada atrás do volante do Lotus era a merda dos sonhos molhados sendo realizados. Ela poderia ser uma pinup com todas aquelas curvas e cabelo escuro brilhante. "Espere," eu disse, colocando a mão sobre a dela quando ela agarrou o volante. "Eu nem sequer bati no acelerador e você já mudou de ideia?" Ela fez uma careta. "Que pena. Sem retorno." Eu ri. "Você aprendeu isso na terceira série?"


"Duh." Ela zombou e revirou os olhos de musgo colorido. "Que tal um pouco de ar noturno?" Olhei para o teto. A faísca de interesse em seus olhos foi a única resposta que eu precisava. Depois de um minuto, puxei a capota especial sobre as nossas cabeças e a levantei cuidadosamente para baixo. Cautelosamente, coloquei-a no chão, perto da parede de retenção da pista. "Muito lento!" Ela chamou quando me virei para trás e começou a se afastar. "Hey!" Gritei e corri para a frente e saltei. Sua risada flutuou para trás. Ela provavelmente estava emaranhada em seus cabelos enquanto disparava e o ar de verão inundava o interior da Lotus. Ela não era tímida com o pedal do acelerador. Na verdade, isso me deixou com ciúmes do jeito que ela parecia dar toda a sua atenção. Meu carro voou sobre a pista, logo abaixo, e ela soltou um grito no ar. Suas mãos se enrolaram amorosamente ao volante, mesmo que ela estivesse dirigindo como um morcego fora do inferno, seu toque era suave. O respeito que ela tinha pelo carro e a estrada em si me impressionou. Me sentia fora de controle aqui sentado no banco do passageiro enquanto o carro que só eu normalmente dirigia se deslocava através da escuridão. Talvez fosse o vento ou como o jeito que ela parecia dirigir com olhos brilhantes, cabelos selvagens e um grande sorriso cheio de dentes que me fez sentir tão livre. Ou talvez tenha sido a perda de controle no momento. O fato de que eu estava muito à vontade com ela. Confiava nela mais do que em qualquer um. Não sei como isso veio a ser, mas aqui estava. Eu poderia totalmente afundar no couro e apreciar a noite turva quando tudo estava fora de foco, exceto o jeito que ela parecia. Ser firme e controlado a cada segundo de cada dia era cansativo. Dificilmente eu sentava e deixava alguém dirigir. Dirigir o meu carro. Dirigir o meu coração. Ela reduziu a marcha, diminuindo à medida que se aproximava da parte de cascalho, em seguida girou o volante e chicoteou ao redor, apenas para pisar no acelerador de novo e arrancar na direção oposta.


Eu ri. "Eu amo este carro!" Ela gritou. "Vá em frente," gritei sobre o motor e o vento. Ela olhou por cima. Peguei por um segundo seus olhos questionando antes de seu cabelo pegar a minha visão. Inclinei-me, prendi para trás os fios desafiantes e disse: "Abra-a." Isso é tudo o que ela precisava ouvir. O Lotus disparou para frente enquanto ela empurrava o motor para sua velocidade mais alta. Quando uma curva veio, ela tomou-a suave como manteiga. Doce como o creme. Eventualmente, ela diminuiu a velocidade, o ar agitado mudou para o que parecia ser uma brisa suave e uma de suas mãos saiu do volante e pegou o câmbio manual. Não pensei duas vezes antes de pressionar a minha palma da mão na parte de trás da sua e deslizar os dedos nos dela. Nós rodamos em um silêncio confortável. De vez em quando ela olhava para o céu onde as estrelas pintavam formas em uma tela preta. Fiquei surpreso quando o Lotus rolou até parar. Ela se virou para mim, seus olhos brilhando de felicidade, seu nariz estava rosa e seu cabelo parecendo que havia um ninho de pássaros que viviam nele. "Sua vez," disse ela. Avançando, peguei a sua boca. Um pequeno som de surpresa flutuou na minha, e engoli enquanto saqueava a sua boca. No meu ouvido, meu pulso batia, mas não parei de beijá-la. Eu não podia. Utilizando minha língua, acariciava a sua uma e outra vez. Usando meus lábios, mordisquei sua boca e usando minhas mãos, tentei mostrar-lhe o quanto cobiçava sua presença. "Uau," ela sussurrou quando me afastei o suficiente para que pudéssemos respirar. Beijei-a novamente. Seus olhos estavam vidrados quando fui para a porta do motorista e abri para ela ficar de pé. Eu ri, estendendo a mão para ela e a ajudei a sair.


Ela não precisava da minha ajuda, mas tinha de qualquer maneira. Sua pele era macia, não como a seda, mas veludo. O pulso dela era delicado. Eu podia facilmente envolver o meu dedo indicador e o polegar envolta dele. "Pensei que ia ter que tirá-la do banco do motorista," murmurei. "Eu definitivamente achei que você ia querer dirigir metade da noite." Ela deu de ombros. "Talvez eu tenha perdido o som da sua voz." Meu coração saltou. Havia uma beleza selvagem, especialmente quando algo tão selvagem se aproximava de você. Segurando o seu pulso, inclinei-me dentro do meu carro, apertei o botão e o desliguei. Uma vez que ninguém estava aqui com a gente, deixei a chave dentro e fechei a porta com cuidado quando a puxei junto comigo. Na parede de contenção, ofereci-lhe as minhas mãos para levantá-la. Abandonando seus dois chinelos de dedo no pavimento, seu pé descalço bateu nas palmas das minhas mãos. Não gastei muito esforço para içá-la porque ela ajudou. Uma vez que ela estava sobre o muro, dei um salto correndo e icei-me para cima também. Nós escalamos sobre as grades para os assentos e subimos os degraus de concreto entre as amplas filas para aquela que era alta, escondida e ainda com uma vista para a espaçosa pista. Havia luzes acesas ao redor da pista, tipo quando os postes ficavam quando estava escuro, para maior segurança. Havia provavelmente câmeras, também, mas eu não estava preocupado com isto. A única coisa que me impedia de deixá-la nua aqui e agora. Eu poderia insistir que não possuía Josie, mas ninguém mais tinha permissão para vê-la nua. Só eu. Para sempre. Sentei num banco no meio de uma longa fila, esticando as pernas na minha frente tanto quanto pude. Josie sentou ao meu lado, dobrando seu corpo em direção ao meu, levantando as pernas e colocando-as sobre as minhas pernas estendidas.


Seus pés ainda estavam descalços, as unhas dos pés pintadas de um tom escuro. Eu não poderia dizer qual era por causa do céu escuro. "É calmo aqui," pensou ela, olhando para o céu salpicado de estrelas. "Você parece surpresa." "Eu acho que estou acostumada com lugares como este repleto de caos sem fim." "Você gosta?" Virei a cabeça em direção a ela, estudando o perfil dela enquanto estudava o céu. O lado de sua boca se curvou para cima. "Eu gosto." Nós ficamos em silêncio, mas não era desconfortável. Parte de mim queria falar. Assim como eu disse a ela, queria conhecê-la mais. Queria mais do que apenas seu corpo. Eu não era muito bom em falar. Não o fazia muito. As vezes com Arrow, o que parecia mais fácil de alguma forma. "Você dirigiu muito bem hoje," Josie me disse. Eu sorri. "Você foi uma boa observadora." Ela riu. "Eu prefiro conduzir." "Eu não sabia que você estaria aqui hoje." Seus ombros se moveram sob a blusa. "Eu não tenho uma corrida até o próximo fim de semana. Estarei em todas as corridas NRR que puder." "Porque você está atravessando," eu disse. Eu sabia que essa era a razão. Ainda assim, não podia deixar de querer que ela dissesse que estava aqui por mim. "Sim." Sua voz assumiu um tom pouco diferente com essa palavra. Tipo de guarda. "Eu vi você sendo entrevistada logo antes de eu atingir a pista." Ela fez uma careta. "Eu não sou muito boa com os repórteres." Eu zombei, divertido. "Não?"


Seu queixo caiu; seus olhos verdes me procuraram. "Eles perguntaram sobre você." Isso foi surpreendente. "Eu?" "Há um boato por aí que estou atravessando porque você e eu estamos envolvidos." "Não me diga?" Eu ri. Meus dentes ainda estavam em plena exibição quando ela me deu um olhar fulminante. Aparentemente, isto não a agradava do jeito que me agradava. "Quando ele estava terminando, me perguntou sobre você, perguntou sobre Drew e meu pai." Sua voz era amarga. Ah. "Ele não perguntou sobre sua corrida." Josie fez um som rude. "Ele perguntou quando eu o indaguei sobre isto." Eu ri novamente. Essa é a minha garota, dando-lhes o inferno. O pensamento me impediu de seguir em frente. "Então, uh..." Eu comecei tentando me recuperar. "O que você disse?" "Eu admiti." Isso me surpreendeu. Esqueci tudo sobre os meus pensamentos privados. "Você admitiu?" "Eu dei alguma resposta patética e genérica." Peguei a mão dela. "Nada sobre você é patético, Josie." Ela ficou em silêncio um longo momento. Vi-a olhar para as nossas mãos unidas. Havia uma tempestade dentro dela que se alastrava, constantemente tentando afogá-la. Eu tinha visto isso antes, e via isso agora. "Alguém lhe perguntou sobre o artigo da revista?” Perguntou ela. "Sobre nós?" Meu pai fez. Eu balancei minha cabeça. "Não." "Perto do fim da entrevista, disse algo que você provavelmente deve saber." O arrependimento em sua voz me deixou meio que animado.


"Ah, é?" Eu apertei sua mão. Ela revirou os olhos e realmente corou. "Você disse a eles que estávamos namorando, Josie? Não se preocupe. Vou junto com isto, então não vou embaraçar você." Ela puxou sua mão e me deu um soco no estômago. "Ow!" Eu uivei. "Eu não lhes disse que estávamos namorando, seu idiota." Debrucei-me sobre os meus joelhos como se estivesse machucado, mas na verdade, só estava rindo. Eu adorava quando ela ficava toda mal-humorada. "Eu tentei fazer uma piada," disse ela, nem mesmo preocupada com minha possível lesão. Inferno, ela não estava nem mesmo olhando para mim. Isso me fez rir ainda mais. "Após a entrevista desastrosa, pensei que poderia ajudar," ela murmurou. "Errado." "O que você disse?" Sentei-me, controlando o riso. "Ele me pediu novamente para comentar sobre a nossa relação," disse ela. "Então, eu disse que não tinha um comentário, mas poderia ter, se ele me chamasse para sair.” Eu senti como se tivesse acabado de ganhar uma maratona. Como um vencedor total. "Ele sou eu." "Presunção não combina com você." Sentei-me, apoiando os pés na cadeira em frente a mim. "Você quer que eu te convide para sair." "Eu não." Eu ri. Um som frustrado perfurou o espaço à nossa volta e ela ficou de pé presumivelmente para caminhar para longe. Meus pés tocaram o chão, e a peguei pelo braço, puxando-a para trás até que ela tropeçou no meu colo.


"Onde você pensa que está indo?" Eu sussurrei. "Embora." "Conte-me sobre a entrevista." Eu implorei. "Por que foi desastrosa?" "É como se as pessoas não soubessem como reagir a uma mulher na corrida. Ele tentou me incitar. Ele me queria que eu fosse pouco profissional ou algo assim." "É difícil, hein?" Eu disse, cutucando seu corpo rígido. Ela suspirou, e todo o seu peso se deslocou sobre mim. Eu me inclinei para trás, ajustando minha posição para ganhar mais espaço no meu colo. Suas pernas estendidas sobre o apoio de braços do seu lugar agora vago. "Às vezes meio que suga," ela sussurrou. Sua cabeça bateu no meu ombro. Meu braço frouxamente enrolado em torno de suas costas, segurando-a um pouco mais perto. Minha mão livre caiu sobre o joelho nu dela, deslizando para baixo na parte superior de sua coxa. Coloquei meus dedos entre as pernas e deixou-os lá. "Você tem amigos entre os profissionais?" Perguntei. Desde que ela estava tão perto, eu não tinha que falar muito alto. "Só Hopper." "Seu gerente?" "Sim, tecnicamente, ele ainda trabalha para a divisão profissional, mas acho que ele vai vir comigo quando me transferir." "Algum dos pilotos é agradável com você, Josie?" "Não." Depois que ela percebeu que falou em voz alta, uma nova tensão enrolou debaixo de sua pele. Esfreguei círculos lentos sobre seu lado. "Eu posso lidar com isso, no entanto." "Eu sei." Ela não deveria ter que lidar com isso. "John disse que a reação ao meu anúncio não foi boa na minha divisão. Surpreendeu-me." "Quem diabos é John?" Eu explodi.


Sua cabeça levantou do meu ombro. Ela estava tão perto que eu poderia ver todos os tons de verde em seus olhos. "O cara que me entrevistou." Oh. Certo. "Ele é um idiota," declarei. "Alguma vez você o conheceu?" Ela perguntou. Por que preciso conhecê-lo? "Você concorda comigo." Apontei. "Sim, bem, eu falei com ele." "Bom o suficiente para mim." Dei de ombros e, em seguida, empurrei-a de volta para o meu ombro. "Então, o idiota disse isso e você ficou surpresa." Olhe para mim mantendo uma conversa. Eu estava orgulhoso de mim mesmo. "Eles nem sequer gostam de mim. Gostaria de pensar que ficariam felizes em me ver sair." "Eles são uma dor na bunda," eu disse a ela. "O quê?" Ela começou a olhar para cima, mas eu não iria deixá-la. Gostava de seu peso contra mim. "Talvez eles não gostem de você, mas também não gostem do fato de que você está indo embora. É um insulto para eles que você deixaria o topo depois de ter feito isso. É como dizer que eles não são bons o suficiente para você." "John fez como se eu fosse desistir de algo incrível para ir para a NRR." "Você meio que fez." "Não", ela entoou, a absolvição em sua voz. "E eu pensei que você odiava os profissionais." "Eu faço. Mas é uma divisão legítima. Apenas um de sua espécie. Muita gente ainda a vê como a única divisão com pilotos de verdade." "Isso é um monte de merda." Eu sorri sobre sua cabeça. "Pensei que eu ia conseguir mais aceitação e respeito com a transferência."


"Mas você não conseguiu." "Nem mesmo você acha que eu deveria dirigir. Logo depois insinuou que meu pai comprou a minha transferência, você disse assim na GearShark." Bem, foda-se. "Eu não deveria ter dito isso." Ela respondeu: "Por que, porque você quer fazer sexo esta noite?" Endureci debaixo dela. "Não. Porque foi uma coisa idiota a dizer.” "Sim, foi." Eu poderia ter pedido desculpas, mas qual era o ponto? As palavras eram desnecessárias. Dizer ‘sinto muito’ não iria compensar isso. Ela não admitiria isso, mas eu poderia dizer que as palavras a machucaram. Nunca quis magoa-la. "Você é um bom piloto." Ela riu, achou que eu estava brincando. "Sério." Apertei ela. "Eu vi algumas de suas corridas. E hoje à noite com o Lotus." Sua cabeça escura levantou. Olhei em seus olhos para que ela pudesse ver a verdade. "Você assistiu algumas das minhas corridas?" Era algo que eu não planejava contar a ela. Mas meio que devia a ela depois de colocá-la para baixo em uma revista de circulação nacional. "Vi algumas fitas, uh, na semana passada." Seu sorriso foi brilhante. Me perguntei por que pensei duas vezes antes de admiti-lo. "Você fez? Obrigada." "Eu ainda vou derrotar você, porém," adicionei. Ela revirou os olhos. "Veremos." "Será que o seu pai sabe como tem sido para você nos profissionais? A razão pela qual você quer atravessar é porque você odeia isso?"


Ela deixou de respirar por um longo momento, como se estivesse atordoada. Eu a deixei assim. Também fiquei atordoado com o fato de que ela não gostava dos profissionais. Josie adorava dirigir; era claro como cristal. Mas a divisão profissional? Eu tive um sentimento que se tivesse conhecido ela anos atrás, antes dela ter assinado, teria conhecido uma mulher completamente diferente. Josie era mal-humorada e teimosa por natureza. Ela também estava cansada; isso veio da vida. Fiquei surpreso quando ela não negou. Pensei que ela ia argumentar e me dizer que eu estava errado. Ela não o fez. "Não completamente." "Alguém sabe? Hopper?" Eu pressionei. "Não." Eu podia sentir que ela estava escondendo alguma coisa. Como se estivesse lá e ela quisesse despejar tudo para fora, mas não o fez. Mesmo que Josie não tivesse dito tudo, ainda me disse muito. Eu não acho que percebi o quão sobrecarregada ela estava. O quanto estava cansada. Queria pegá-la e protegê-la. Mas ela não era assim. De certa forma, era bom, porque proteger as pessoas também era cansativo. "Eu sei como é sempre ser o mais forte, também, assumir a responsabilidade e nunca dizer muito." Ela pode não querer a minha proteção, mas alguma compreensão pode percorrer um longo caminho. "Diga-me sobre isso." Sua voz era suave e ela empurrou o rosto mais perto no meu pescoço. As mechas suaves de seu cabelo acariciaram a minha pele. Olhei para baixo, tentando não ser tão afetado por ela. Pela nossa troca de palavras. Falar parecia mais íntimo de alguma forma, mais do que sexo. Porque descobrir o seu corpo em frente a alguém era muito menos assustador do que desnudar seus pensamentos mais íntimos. Suas pernas estavam cobertas de arrepios. Assim estavam os braços.


"Josie, você está com frio?" Minha voz era dura. "Está um pouco frio, estando apenas sentada," disse ela. "Nada demais." Eu fiz um barulho e empurrei-a para longe do meu corpo. Ela ficou confusa. Empurrei meus pés, colocando-a no estreito espaço entre as fileiras. Rapidamente, arranquei a jaqueta de algodão que estava vestindo. Ela já estava balançando a cabeça. "Sente-se," pedi, batendo no meu colo novamente. Seus olhos se estreitaram. "Não me desobedeça, mulher." Ela sentou-se, ficando na mesma posição que estava a alguns segundos atrás. Eu a cobri com a jaqueta sobre seu lado e a parte de suas pernas. Seu suspiro foi ouvido, mas escovado sobre o meu pescoço quando seu rosto empurrado perto. "Eu menti antes," eu disse. "Quando disse que ninguém perguntou sobre nós. Alguém fez." "Quem?" "Meu pai." "Eu sempre tive a impressão de que você não tinha muito de um relacionamento com ele." "Eu não tenho." Minha voz estava cortada e lutei para relaxar meu maxilar de repente tenso para explicar mais. "Ele nunca gostou do meu interesse em carros ou corridas de rua. Isto não se encaixava em seu mundo dos negócios." "Tenho certeza de que tudo correu bem," disse ela com conhecimento de causa. Eu sorri para mim. "Bastante. Eu fiz o que queria, de qualquer maneira. Nos estabelecemos em um relacionamento tolerável, e ele me tirou de problemas, algumas vezes." "Como problemas criminais?" "Sim," disse. "Eu fiz alguma merda. Provavelmente deveria ter passado um tempo na prisão." "Que tipo de merda?"


Ela perguntou, olhando para cima. "Apostas ilegais, lutas..." "Eu não acho que você pode ir para a cadeia pela luta." Ela apontou. "Quando você quase mata algumas pessoas, você pode." Eu vi seus olhos se arregalarem. Medi a reação dela às minhas palavras. Nunca disse a ninguém antes, que bati em alguém quase até a morte. Era um segredo guardado entre meu pai, eu e os envolvidos. Todo mundo foi pago para calar a boca sobre isso. Eu não tinha certeza de quanto Arrow sabia. "Será que eles mereceram?" Ela perguntou em voz baixa, ainda olhando firmemente nos meus olhos. "Oh, sim." Ela assentiu com a cabeça uma vez. "Ok." Então ela enfiou a cabeça para trás em meu pescoço. Eu não ficava chocado com muita frequência, mas estava naquele momento. Meu corpo ficou frouxo, toda a minha energia foi para processar a reação dela. Até o braço que a segurava caiu. Essa fácil aceitação. Sem medo. Nem mesmo quando eu admiti francamente ser violento. Correção, fui provocado. "Jace," ela sussurrou. Ambos os braços dobrados ao redor dela. Minha cabeça virou o suficiente para que pudesse descansar meu queixo em sua cabeça quando olhei a pista vazia. Lá em baixo, o meu carro era um ponto brilhante, a pintura branca na noite como um sinal de néon. "Há alguns anos, meu pai fez algumas coisas, disse alguma merda que arruinou a nossa tolerável relação." "Será que isso tem a ver com Arrow?" Fiz uma pausa. "Você sabe que ele é gay?"


"É um segredo?" "Não realmente," eu murmurei. Mas não é algo que anunciamos. "Hopper perguntou sobre ele, você sabe," pensou ela, o interesse em seu tom. Minha atenção aumentou. "O que diabos?" "Talvez ele esteja interessado." Uh, o quê? "Hopper é gay?" "Sim," respondeu ela. "Ele é muito velho," eu anunciei. Ele poderia esquecê-lo agora, e também nunca olhar para o meu irmão novamente. Josie começou a rir. "Velho!" Eu fiz um som. "Ele tem vinte e seis anos." "Arrow tem vinte," eu respondi, apertado. "Idade é apenas um número..." ela meditou. "Não," eu lati. Ela apenas riu. "Rabugento." "Meu irmão passou por muita merda." Minha voz era dura. "Meu pai só piorou a situação. Ele está danificado agora. Não vou ficar ao redor e vê-lo se machucar novamente." "Ahhh," disse ela, com conhecimento de causa. Seu tom me incomodou. "O que?" "As pessoas que você quase matou... Será que isso tem a ver com o seu irmão?" "Sim," eu disse, não querendo dizer mais. Não era realmente algo que eu gostava de pensar. De fato, algumas noites me perseguia, nos meus sonhos.


Eu poderia ter quase matado alguns caras, mas eu não era um assassino. Essa experiência foi algo que eu nunca esqueceria. "Às vezes me pergunto se o meu pai tivesse me deixado ir para a cadeia, se eu me sentiria-" Meus lábios se fecharam. Eu não tinha percebido que estava falando em voz alta. "Menos culpado?" Ela perguntou suave. Eu balancei a cabeça. "Olha, eu não sei o que aconteceu. Provavelmente poderia adivinhar, mas não vou." "Você não estaria certa. Alguém tão delicada quanto você nunca poderia imaginar algo tão fodido." Ela parou, sentou-se e me olhou nos olhos. Não foi difícil porque quando ela se sentou reta, nossos olhos ficaram nivelados. "Eu não sou tão delicada." Oh, Josie. Que porra é essa que eles te fizeram? Eu escovei minha mão sobre seu cabelo. "Para mim você é." "Nós andamos em torno de um monte de coisas, não é?" Ela perguntou, sua boca virou ligeiramente. "Às vezes você não tem que chegar e dizer tudo para entender," murmurei. "Seu pai perguntou sobre nós?" Perguntou ela. Eu balancei a cabeça. "Ele me chamou em seu escritório imponente e havia a nossa revista sobre a mesa," expliquei. "Eu nem sabia que estava em circulação." "Eu não sei como eles conseguiram isso tão rapidamente," ela meditou. "Eu olhei para cima um dia, e lá estava ela." "Você quis comprá-la?" Provoquei.


Ela corou. Isto fez algo dentro de mim, me senti quente. "Ele pensou que estávamos namorando," eu disse do meu pai. "Eu acho que todo mundo assumiu que estamos." Dei de ombros. Não me incomodava. Na verdade, estava feliz. Ter alguém como Josie ao meu lado nunca poderia ser considerado qualquer coisa, senão uma bênção. "Acho que foi a primeira vez que ele ficou feliz com uma de minhas decisões," pensei. Ela riu. "Então você disse a ele que não estávamos juntos." "Eu lhe disse que estava trabalhando nisso." Ela se afastou, surpresa escrita em suas feições. Eu pisquei. "Ele me disse que estava orgulhoso de mim," admiti calmamente. As palavras me fizeram sentir como uma pessoa importante. "Eu não lembro de ele ter dito isso para mim antes." Sua mão veio descansar no meu queixo, esfregando levemente sobre a minha barba por fazer. "Ele me fez desconfiar, sabe?" Ela assentiu com a cabeça. "Como se ele quisesse alguma coisa." Eu balancei a cabeça. Era exatamente isso. "Ele disse que queria fazer as pazes e sentia muito por ser uma merda de pai. Ele afirmou que saiu quando a minha mãe morreu..." "Sua mãe morreu?" "Quando eu tinha seis anos." Ela se aconchegou de volta em meu peito. Desta vez o braço dela veio ao redor do meu pescoço. Era uma espécie de consolo. Ninguém nunca tinha me confortado antes.


Foi muito agradável. Então peguei a mão dela, beijei a palma, em seguida a coloquei de volta ao redor do meu pescoço. "A mãe de Arrow me criou realmente. Ela é uma boa mulher; ela era boa para mim. Mas nunca o foi mesmo." "Você pode perdoá-lo?" Perguntou ela, fazendo uma incisão direta no coração das coisas. Eu tinha me perguntado isso uma centena de vezes desde que o vi. "Por ser um pai de merda para mim? Sim, eu acho. Mas o que ele fez com Arrow... nunca poderei perdoar." Seu braço apertou em torno de mim. "Talvez um dia você me conte sobre isso." "Algum dia, eu vou." Prometi. Mas não agora. Agora eu sentia como se tivesse colocado tanto para fora que eu tinha que manter algo em reserva. Assim como talvez um dia ela me dissesse que tipo de trote passou. "O que Arrow diz?" Perguntou ela. "Eu, uh, não falei com ele sobre isso. Tenho evitado isso." "Você o protege," ela disse simplesmente. "Ele luta contra isso. Ele quer ficar sozinho." "Ele é forte." Eu concordei. "Mais forte do que parece." "Você o ama," ela sussurrou. Eu sussurrei de volta, "Sim, eu sei." "Você é um bom homem, Jace." "Às vezes." "O tempo todo."


"Não diga isso às pessoas. Eu tenho uma reputação para proteger." Ela beijou o lado do meu pescoço. A risada que escapou dela acariciou minha pele. Bati no lado da sua bunda. “Para cima," ordenei. Josie se desenrolou do meu colo e a jaqueta deslizou-a para o chão. Eu a peguei e me levantei, envolvendo-a ao redor de seus ombros e fechando-a. "Vamos." Peguei a mão dela e levei-a para baixo das arquibancadas para que pudéssemos saltar por cima do muro. "Você quer dirigir de volta para o hotel?" Perguntei. Ela sorriu. "Não dessa vez." Ligeiramente perplexo, agarrei a capota especial e instalei-a de volta na Lotus. Estava tarde agora e o ar estava muito mais frio do que quando chegamos. "Obrigada por me trazer aqui," Josie disse quando eu estava sentado no lado do motorista. Apertei o botão de partida e virei-me para encará-la. "Você quer um pouco de comida?" Sua boca se contorceu. "Na verdade, estou morrendo de fome." "Você gosta de tacos?" "Existem pessoas que não gostam?" "Foda-se, eu sei." Dei de ombros. "Vou passar em um drive-thru no caminho para o hotel." "Quanto tempo até chegarmos lá?" Ela perguntou, sua voz mergulhando. "Baby, posso estar lá em cinco minutos, se você estiver com fome," eu disse lentamente e coloquei o carro em primeira marcha. "Talvez tomar a rota mais longa." Sua mão se estendeu por todo o centro e deslizou na parte da frente do meu jeans. Pela primeira vez em toda a minha vida, o carro parou. "Josie."


Seus dedos encontraram o botão e a abriu. Lentamente, meu zíper desceu. Meus quadris deslizaram mais longe para que ela tivesse um melhor acesso. "Você deveria estar dirigindo, Jace," disse ela, virando-se no banco para que pudesse se apoiar transversalmente. Meu pau deslizou para fora com a ajuda de sua mão; o cós das minhas boxers foi puxado para baixo com a outra mão. Sua mão deslizou para cima do meu pau. Ele estava crescendo mais duro a cada segundo. O motor rugiu e aliviei o carro para frente. "Talvez eu vá apenas dar uma volta antes de dirigir para a estrada principal," murmurei, sentindo sua mão apertar suavemente ao redor da cabeça do meu pau. "Tudo o que você quiser, Jace," ela ronronou. Eu adorava quando ela dizia o meu nome. Sua boca deslizou por cima do meu pau, e eu gemi. Debaixo de minhas mãos, a roda empurrou. Deus, sua boca era tudo. Quente, apertada, molhada. Seus lábios enrolavam no meu eixo com a quantidade perfeita de pressão e trabalhou, deslizando para cima e para baixo. De repente, ela afundou ainda mais, levando tudo de mim. A ponta da minha cabeça bateu no fundo de sua garganta e ela gemeu. Meu pé socou no acelerador de excitação quando sua boca me liberava. Minha mão agarrou o volante; a minha outra enterrou na parte de trás de sua cabeça e empurrou para baixo para que ela pudesse me levar profundamente, mais uma vez. Meus pneus correram sobre a pista enquanto ela chupava o meu pau até que estava ofegante em necessidade. Eu estava pulsando, desesperado pela liberação. Eu não tinha feito sexo desde a noite no hangar, mas ansiava por ela todos os dias. Josie envolveu os lábios em torno da ponta da minha cabeça e sugou profundamente. Senti-me empurrando dentro dela e gemi. O carro desviou, mas não me importei, porque não havia mais ninguém na pista. Infelizmente, o movimento repentino a fez libertar-me e olhar para cima. "É hora de dar a volta," ela disse. Concentrei-me em frente, e a seção de cascalho estava chegando à vista. Peguei o freio de emergência, e puxei-o, depois desviei ao redor de um grande círculo. Ela riu, e empurrei sua cabeça para baixo para o meu pau.


Sua língua me provocou, lambendo os lados, flertando com a cabeça, até que finalmente ela mergulhou de novo sobre ele. "Não pare, Josie." Insisti. Ela não o fez. Ela chupou-me até quase me machucar. Até que pisei no freio e nos trouxe a uma parada brusca. No segundo em que o Lotus parou, ela levou-me profundamente uma última vez e sugou. Eu rebolei no banco, mas ela ficou comigo, me sugando, quando disparei uma carga em toda a sua língua perfeita. Eu gemia e gritei quando gozei, luzes brancas estouraram atrás dos meus olhos até que caí de volta, no assento, gasto. Josie ainda estava me chupando, ainda lambendo cada pedaço de mim. Antes de se afastar completamente, ela deu a meu pau um último golpe profundo com a sua língua e eu estremeci. Olhei para o rosto dela com os olhos semicerrados, quando ela se afastou, lambendo os lábios. "Boquete e dirigir," murmurei. "Sexo e carros. Você apenas combinou minhas duas coisas favoritas.” "Eu ainda quero tacos," disse ela. "E quero a noite toda como você prometeu." Eu ri abotoando as minhas calças. Um carro rápido, um boquete e agora sexo e tacos? A melhor noite de todas.


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CAPÍTULO VINTE E CINCO

Joey

Nós não ligamos uma luz quando entramos no meu quarto de hotel. Não era porque eu não queria vê-lo. Pelo contrário, eu poderia olhar para Jace o dia todo e ainda querer olhar mais. Nós não falamos também. Nem uma palavra quando saímos do estacionamento do hotel, atravessamos o lobby, subimos no elevador e caminhamos pelo corredor silencioso e vazio. Não era porque era estranho ou porque não tínhamos nada a dizer. Depois de me sentar nas arquibancadas no colo dele hoje à noite e ouvir ele e ele me ouvir, eu sabia que conversar nunca seria um problema. Você já quis tanto alguém que você não podia ver? Você já sentiu uma necessidade tão profunda que as palavras não vinham? Luz e as palavras não eram necessárias no momento. Estávamos além disso. Meus sapatos foram os primeiros a sair. Jace deixou cair o saco cheio de tacos sobre a cômoda e se virou. Nem sequer perguntei se ele estaria pronto logo após o carro. Vi isso em seus olhos. Eu senti no ar.


O zumbido do ar condicionado perto da janela era o único som na sala, além do barulho de meu coração. Jace utilizou os dedos ágeis para tirar a jaqueta dos meus ombros. Abandonou-a na cama. O resto das minhas roupas saiu lentamente, dolorosamente lento. Cada peça caiu no chão escuro, sem outro pensamento, e quanto mais perto eu estava de ficar nua, mais antecipação sentia. Meus joelhos sacudiam debaixo da minha pele. Um tremor fino deixou os meus dedos desajeitados enquanto tirava a sua camisa. Ele deve ter percebido o quão longe eu estava porque ele tirou minhas mãos suavemente e se despiu diante do meu olhar aquecido. Entre as minhas pernas eu estava encharcada. Arrepios de dor subiram no meu baixo ventre e os meus seios doíam por suas mãos. A pele nua de Jace era como um farol na escuridão. Cada linha de seu corpo se destacava; a força que emanava parecia fazer-me sentir ainda mais fraca. Impotente não era um sentimento com que me deleitava, mas oh, eu me alegrava com isso agora. Aproximando-me dele, minhas palmas se achataram em seu peito liso e arrastei sobre seus ombros, para baixo em seus bíceps. Suas mãos se contraíram ao redor da minha, mas me mantive em movimento, mantendo meu toque indescritível, o deixando sentir isso, mas não demorando no mesmo lugar tempo suficiente para ele ficar plenamente satisfeito. Eu queria que Jace soubesse como me sentia. Desejava fazê-lo sofrer com necessidade. Se eu fosse amá-lo, então faria isso melhor do que qualquer outra pessoa jamais poderia. E sim, eu ia amar Jace. Eu já estava caindo, em um espiral profundo. Ele ficou sob minha exploração, seu corpo tenso. Ele não se moveu. Só a rápida subida e queda de seu peito. Num impulso, me inclinei para frente, colocando meu ouvido sobre seu coração. O som dele batendo era satisfatório por causa do ritmo acelerado. Fechei os olhos brevemente, levando o ritmo, para perpetrar na memória. Os braços nus de Jace se envolveram ao redor de mim, e as pontas de seus dedos encontraram a minha nuca.


Eu ainda não estava pronta para me afastar dele, do som debaixo da minha orelha, então arrastei minhas unhas suavemente pelas suas costas, apreciando a forma como a sua cintura mergulhava um pouco acima da sua bunda. Levemente, mergulhei mais abaixo, ao longo de suas bochechas, e flertei com a sua fenda para, finalmente, chegar a parte de trás de suas coxas. Entre nós, seu pau me cutucou, um lembrete constante de todo o prazer ainda por vir. Lentamente, puxei para trás, fechando os lábios ao redor de seu mamilo. Jace sugou uma respiração enquanto eu chupava e jogava com o broto ereto, beliscando-o com os dentes. Depois, repeti o processo com o outro, dei beijos quentes para baixo em seus músculos abdominais tonificados, passando por seu umbigo e pela pele lisa acima de seu pau. No segundo em que a minha língua passou por cima dele, suas mãos foram sob minhas axilas e me levantou. Ele caminhou para o lado da cama king-size e com um grande puxão, os cobertores cederam. Entortando um dedo para mim, eu fui para o seu lado e fui pressionada para baixo no centro dos cobertores. Meu braço caiu para o lado, os meus dedos estendidos para ele. Seus Lábios, ao contrário de todos os lábios que eu já tinha conhecido, levemente acariciaram levemente as pontas dos meus dedos, movendo-se para baixo sobre a minha mão, meu pulso e até o meu braço. Ele foi subindo e beijando, ficando mais próximo, até que estava na cama completamente e subiu entre as minhas pernas. Jace passou os braços debaixo de mim. Eu arqueei para chegar mais perto ao mesmo tempo em que ele se moveu sobre mim, deixando-nos peito a peito. Seu peso pressionou-me na cama e soltei um suspiro de satisfação. Eu gostava de estar pele a pele com ele assim, cada parte dele tocando cada parte de mim. Ainda envolta em seus braços, ele começou a me beijar. Primeiro minhas bochechas, pálpebras e, em seguida, a ponta do meu nariz. Emoção inchou dentro de mim, tanto que me deixou sobrecarregada e comecei a mexer, como se quisesse me afastar. Um pouco de pânico se intrometeu em nosso momento, e eu estava com raiva, mas o sentimento era muito forte para ignorar. "Josie." Meu nome soou quase como um comando. Nossos olhos se encontraram.


"Está tudo bem," ele me disse em um tom muito mais suave. Comecei a balançar a cabeça, mortificada, porque esta não era eu. Emoção, como essa nunca me derrubou, mas oh, eu estava me afogando. Eu estava me afogando em Jace. "Está tudo bem, querida." Ele me assegurou. Eu não estava preparada para isso. Estava preparada para o sexo, a satisfação, o prazer alucinante. Não para a emoção. Não para algo mais profundo do que apenas duas pessoas que fundem seus corpos. Isto me fez sentir como se estivesse tentando se fundir em minha alma. Foi assustador. Era muito parecido com o amor. "Jace, eu-" "Eu sei," ele murmurou, empurrando-se sobre os cotovelos para olhar para baixo. Seus olhos refletiam de volta para mim tudo o que eu sentia. Antes que eu pudesse dizer qualquer outra coisa, nossos lábios se encontraram. Sua língua varreu dentro da minha boca. Parecia que ele me pertencia. Ele se sentia em casa. Toda a ansiedade que eu senti foi afastada. Assim, meu corpo foi desossado abaixo dele. Ele sentiu-o dentro de mim, e ele gemeu. Nós ficamos assim por um tempo, nos beijando, fazendo sexo apenas com nossas bocas. Eventualmente, não era o suficiente. Sua boca começou a explorar. Ele chupou meu pescoço e ao longo da minha clavícula. Minha cabeça caiu para o lado quando sua boca fechou ao redor do meu peito enquanto uma mão massageava a carne inchada do outro, necessitado. Eu fiz um som de apreciação e espalhei as minhas pernas. Ele se estabeleceu entre elas, a cabeça de seu grande pau provocando o calor escorregadio do meu centro.


Movi-me com impaciência, mas ele se afastou apenas o suficiente para me conter. Jace trabalhou meu corpo mais, até que meus olhos quase não se abriram. Eu o acariciava quando podia e o beijava quando seu corpo estava perto, mas lentamente, ele trabalhou seu caminho para baixo até que sua cabeça escura estava entre as minhas coxas. Dois dedos separaram as minhas dobras e satisfação retumbou fora dele. Eu estava quase certa de que ele sussurrou o meu nome antes de usar a boca para uma outra finalidade. Ninguém nunca explorou aquela parte da minha anatomia com tanto foco e desejo. Sua língua lambia em toda parte. Seus dedos acariciavam profundamente e rodavam dentro da minha buceta até que eu estava tremendo contra os cobertores. Mas ele não me deixou gozar. Ele parecia contente em me trazer até o pico, em seguida, recuar até que eu estivesse ofegante para ser levantada novamente. Não sei quanto tempo se passou. Quanto tempo nós torturamos um ao outro na cama antes de seu corpo se levantar sobre o meu de uma forma que deixou o meu estômago fraco. Meus joelhos estavam dobrados, os pés apoiados no colchão, enquanto minhas coxas embalavam seu corpo entre o meu com uma paciência que o resto de mim não continha. Os dedos da mão esquerda de Jace ainda estavam um pouco escorregadios do meu prazer quando ele agarrou o meu queixo e olhou nos meus olhos. Com um golpe duro, ele entrou em mim, e gritei. Sua mão caiu, e mesmo que nós tentássemos segurar o olhar um do outro, a felicidade só assumiu. Minhas unhas cravaram em suas costas enquanto ele empurrava profundamente. Seu grande tamanho implacável esticando minhas paredes da melhor maneira. Cada parte de mim se sentia completa. Ele definiu o ritmo, mas mantive-me empurrando para atender cada um dos seus. "Eu quero mais, Jace." Eu ofegava quando sua boca se fechou sobre o meu peito e sugou. "Mais duro."


Sua boca parou e levantou-se em suas mãos. Ele se afastou, quase abandonando meu corpo completamente, então entrou profundo. Minha boca se abriu, mas nenhum som saiu. Ele fez isso de novo e de novo. "Assim?" Ele sussurrou. Eu balancei a cabeça. Seu ritmo aumentou até que ele estava batendo em mim tão duro e rápido que eu provavelmente teria hematomas nas minhas coxas na parte da manhã. Deus, era tão bom. Ele me deu exatamente o que eu precisava, e senti naquele momento que meu corpo vinha esperando por ele a minha vida inteira. "Não pare." Eu ofegava enquanto ele mergulhava no meu corpo. As veias do seu pescoço se destacavam e um brilho de suor revestia minha pele. Eu estava tão perto da borda, mas não queria ceder. Ainda não. Eu não poderia desistir disso. Era como se ele soubesse. Ele sorriu rapidamente no mesmo momento em que ele surgiu. Lutei contra o orgasmo e levantei os ombros para fora do colchão para prender meus lábios em seu ombro. Uma de suas mãos mergulhou em meu cabelo e puxou. Meu rosto voltou e sua boca caiu sobre a minha. Sua língua fodeu a minha boca, enquanto seu pau fodia meu corpo. E então eu estava tremendo, desmoronando sob ele. Ele baixou o meu corpo para os travesseiros e embalou tão perto que a nossa pélvis estava junto. Gritei o seu nome, mas soou como o miado de um gatinho porque o pico do meu orgasmo foi tão intenso que me roubou quase tudo. O corpo de Jace desabou sobre o meu, e com um último empurrão, o senti derramar dentro de mim. O grito dele foi abafado no travesseiro de cima do meu ombro, e todo o seu corpo tremia com a liberação. Passei meus braços e pernas ao redor dele, mantendo seu corpo perto do meu.


Um pouco mais tarde, comemos tacos na cama à luz da lua brilhando através da cortina parcialmente aberta. Quando terminamos, fizemos amor novamente. Adormeci em seus braços, mas não fiquei lá muito tempo. Acordei com a sua boca entre as minhas pernas, sua língua trabalhando o meu clitóris inchado. Gozei em toda a sua língua desta vez, e ele bebeu-o como se nunca tivesse provado nada mais doce. Depois disso, foi como se nossos corpos cedessem, apesar das exigências dos nossos corações. Adormeci com o meu cabelo espalhado sobre o seu peito e o som de seu coração ecoando em minha cabeça.


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CAPÍTULO VINTE E SEIS

Lorhaven

Paixão. Ela tinha muita. Estava começando a ver que Josie não fazia nada sem colocar tudo de si mesma naquilo. Mesmo as partes que ela mantinha escondido. Queria conhecê-la, e não apenas pedaços, mas inteiramente. Nunca quis conhecer ninguém assim. Nunca senti assim, querer ficar ao seu lado, mas também na frente de alguém antes. Eu amava o meu irmão. Faria qualquer coisa por ele. Mas isso era diferente... mais intenso. Felizmente, a imprensa que eu tinha que fazer hoje não era até o meio-dia. Por causa da corrida, nós programamos para mais tarde do que o normal. Dias de corrida normalmente terminavam tardes. Mesmo que não fosse até mais tarde, ainda estava tentado cancelar a merda. Queria prolongar o tempo que tinha com ela. Eu não tinha certeza de quando a veria novamente, uma vez que partimos hoje. Nós não vivíamos na mesma cidade; nós não tínhamos o mesmo calendário de corridas. Isso me deixou ranzinza e, francamente, chateado. Enquanto eu estava lá, e considerava o quanto irado o meu gerente ficaria se lhe disse que não estava indo. Josie se esticou contra mim como um gato. Seu corpo


quente, macio, se curvando em mim, fez o desejo se arrastar até a base da minha espinha. Eu tinha acabado de tê-la há uma hora. Ela tinha me acordado ao subir em cima de mim e afundado em meu pau. O calor de seu núcleo era escaldante, mas da melhor maneira possível. A maneira que me senti embainhado dentro de seu corpo, sem nada entre nós era a coisa mais próxima do céu que eu já havia chegado. Josie não era tímida com o seu corpo, seus desejos ou suas necessidades. O tempo todo ela me montou, eu a assisti. A forma do seu corpo era toda mulher. Adorei a forma como seu corpo curvava para dentro e para fora, a forma como seus quadris giravam e a forma como sua barriga plana apertava quando ela se abaixava sobre mim para esfregar contra esse local perfeito dentro dela. Os seios dela eram cheios e reais. Eles saltavam quando eu empurrava para dentro dela, o que considerei um convite para envolver as minhas mãos ao redor deles. E bem antes dela gozar, seus dentes se afundavam em seu lábio inferior. Como se estivesse preparando-se para o prazer avassalador que estava prestes a cair sobre seu corpo. Não importava se só se passaram uma hora. Eu queria mais. Meu pau ia ficar ferido antes de deixá-la sair desta cama, mas porra, valia a pena. Espalmei a bunda dela, dando-lhe um tapinha. Ela ronronou e pressionou o rosto no meu pescoço. Sem pensar, virei o rosto, beijando sua testa. Ela não disse nada, mas senti o seu sorriso contra o meu pescoço. Parecia-me que as pessoas esqueceram que ela era uma mulher. Como alguém poderia, era um maldito mistério para mim, mas é o que eu sentia. Josie não foi feita para alguém tomar o controle ou lhe mostrar ternura de qualquer tipo. Inferno, eu não estava acostumado a demonstrar ternura. No entanto, não poderia ajudar, mas quero isto com ela, apesar de que o menor gesto de ternura coloca um lampejo de temor em seus olhos cor de esmeralda. O que ela precisava era de alguém para tratá-la como uma igual, mas não se esquecer de quem ela era. As mulheres tinham as mesmas necessidades que os homens, mas as mulheres eram muito mais complexas. Francamente, as mulheres eram dores na bunda.


Mas não essa que está em meus braços agora. Não a que esfrega o peito contra o meu lado enquanto sua mão desliza entre as minhas pernas e segura o meu saco. Eu gosto um bocado disso... na verdade, poderia gostar dela um pouco mais do que isso. "Eu preciso de um banho," ela murmurou, seus lábios roçando o meu peito. "Isso é um convite?" Perguntei. "Sim." Ela continuou a massagear o meu saco enquanto eu corria os meus dedos pelo seu cabelo longo e macio. Nenhum de nós fez um movimento para sair da cama. "A que horas o seu avião vai sair?" perguntei depois de alguns minutos. Um longo suspiro sai de seus lábios. "Só depois do almoço." Seu corpo sacudiu um pouco. "Eu deveria me encontrar com Drew e Trent lá embaixo para comer." Eu faço um som. "Diga-lhes que não está indo." "Eles são a minha carona para o aeroporto." "Vou levá-la até lá." "Você não precisa." Ela se afastou um pouco, e rolei, fixando-a debaixo de mim. "Sei que não preciso fazer," rosnei. "Eu quero." Sua voz era suave."Eu não estou pronto para deixá-la ir ainda," sussurrei, em seguida, beijei-a delicadamente. "E quanto a Arrow?" Perguntou ela ao redor do meu beijo. "Você não pode ver que eu estou tentando conseguir um pouco?" Brinquei e a puxei de volta. Ela sorriu. Seu cabelo era um emaranhado em sua cabeça. Seu rosto estava corado e tinha uma dica de queimadura em suas bochechas da minha barba por fazer. "Arrow pode ir com o meu gerente para a entrevista. Vou encontrá-los lá." "OK."


"Tudo bem?" Eu confirmo. Ela assentiu com a cabeça e abaixei para beijá-la, mas em vez de seus lábios, tive seu rosto, porque ela virou a cabeça. "Dê-me o meu telefone." Eu gemi e rolei de cima dela. "Onde ele está?" Resmunguei. Ela encolheu os ombros. Inacreditável. Josie empurrou para cima em uma posição sentada, os cobertores emaranhados ao redor de sua cintura, o peito nu e totalmente exposto. Com uma vista como essa, eu não estava prestes a reclamar, então fui procurar o maldito telefone. Estava sob a cama. Joguei para ela e ela enviou um texto para, assumi que fosse para Drew. Alguns segundos depois, ele fez um som e ela riu para a tela. "O que?" Ela digitou outra coisa e enviou-o antes de olhar para cima. "Eu lhes disse que iria encontrá-los no aeroporto." "Eles sabem que você está comigo?" Perguntei, sentindo como se estivesse mais ou menos reclamando a minha reivindicação. Era idiota. Ela estava mandando mensagens para um cara gay. "Sim," ela disse, com a voz um pouco tímida. "Eu disse a ele." "Ele quem? Drew?" Ela balançou a cabeça uma vez. "Trent." "Ele vai vir bater na porta para tentar chutar a minha bunda?" "Trent não faria isso." Ela o defendeu.


"Se você acredita nisso, você não o conhece como eu o conheço," digo, pensando na vez em que peguei ele e Drew em uma... posição íntima e ele me bateu contra o armário. Segurando a minha garganta. "Ele é meu amigo," ela anunciou. Aquele brilho teimoso em seu olhar fez uma aparição. "Além disso, ele é o único que me disse que-" Seus lábios se fecham. "Disse-lhe o quê?" Eu pressionei, olhando para ela. Ela balançou a cabeça. Mergulhei nela, empurrando-a para o colchão e fazendo cócegas em suas costas. Ela gritou. Era um som despreocupado, então fiz cócegas um pouco mais. Ela mexeu e se contorceu tentando fugir, mas tudo o que ela conseguiu foi deixar o meu pau duro. "Diga-me," exigi. "Ok!" Ela riu. "Ok!" Eu cedi, mas ainda mantive o meu corpo contra o dela. Por baixo de seus cílios escuros, ela olhou para cima. "Eu falei com ele sobre você, sobre coisas." "Sexo?" Eu pressionei. Realmente eu não me importava se ela disse a ele que fizemos sexo. Inferno, ela poderia dizer ao mundo inteiro. Eu possuiria isso. Eu ficaria orgulhoso. "Mais do que isso," ela sussurrou. Engoli em seco. Mesmo assim, minha voz estava rouca. "Sentimentos?" Ela assentiu com a cabeça uma vez. Eu corri meus dedos em sua bochecha. "Ele lhe disse para ficar longe de mim?" "Não." Isso me surpreendeu. Não havia nenhum amor perdido entre Trent e eu. Nós nunca tínhamos nos dado bem, e nunca poderíamos, mas eu o respeitava. Era bom saber que ele me respeitava.


"Não?" "Ele só quer que eu seja feliz." Seus olhos que eram a sombra vibrante de grama verde assumiu a cor depois de uma tempestade pesada quando tudo estava saturado. "Você está feliz agora, Josie?" Eu sussurrei. “Eu faço você feliz?” "Mais feliz do que estive em muito tempo," admitiu ela, desviando o olhar. Meu coração inchou. Beijei o lugar ao lado de seu olho, deixando meus lábios permanecerem contra sua pele por longos segundos. "Vamos," eu disse. "Vamos tomar aquele banho." Ela usava seus ‘chinelos de banho’ no chuveiro. Eles eram chinelos de dedo pretos, que me divertiu muito. Ela me disse que eu precisava de um par e, quando ri, resolveu me comprar um par, então insistiu na promessa de que eu iria usá-los. Eu prometi. Só porque ela parecia tão bonitinha com os cabelos e encharcados de gotas de água que se agarravam aos cílios e se arrastavam sobre os lábios em forma de coração. Além disso, achei que era uma vitória para mim. Ela querer ter certeza de que eu estava mantendo a minha promessa, e que significou mais chuveiros com ela. Eu tratei o chuveiro como uma sessão de preliminares prolongadas. Claro, ficamos limpos, mas fez com que eu a provocasse enquanto fazia isto. Os sons de prazer que ela fez no chuveiro no box ecoou pelo banheiro minúsculo quando a empurrei contra os azulejos e chupei seus peitos até que ela me pediu para parar. Em retaliação, ela ensaboou as mãos e usou a espuma para pegar o meu pau, até que o sabão fosse completamente enxaguado e as minhas coxas estivessem tremendo. Em seguida, ela caiu de joelhos na minha frente e chupou meu pau em sua boca. A água choveu sobre seus lábios e rastejou pelo meu pau. Ela lambeu a água com a língua, olhando nos meus olhos. No momento em que a água ficou fria e que nós estávamos enrolados em toalhas, tudo o que eu conseguia pensar era em me enterrar dentro de seu corpo.


No chuveiro, notei que ela estava ligeiramente inchada de todas as vezes que havíamos feito sexo durante a noite. Ela me segurou até que eu estava penteando o cabelo úmido e a toalha caiu e deixou a ali de pé, completamente nua. "Josie," eu gemi. Ela sorriu, entendendo em seus olhos. "Seu corpo já teve o suficiente, baby." Forcei as palavras, para além do desejo entupindo a minha garganta. "Eu nunca vou ter o suficiente de você." Ela pegou a minha mão, me levando para fora do banheiro e de volta para a cama. Segui junto como um cachorrinho que queria comer. Ao pé da cama, ela soltou minha mão e agarrou a toalha amarrada em volta da minha cintura. Quando se foi, ela acariciou o meu comprimento duro ainda e sorriu. Comecei a dizer que não, mas ela me beijou rapidamente e subiu na cama. De quatro. Sua grande bunda deliciosa estava no ar, na minha frente. Eu gemi. Seus olhos me fizeram sinal sobre o ombro. Agarrei-a pelos quadris, subi atrás dela e acariciei o seu rosto. Antes de deslizar para dentro, testei seu centro com dois dedos. Ela estava molhada. Ela estava oferecendo-se para mim. E ela estava pronta. Levei-a por trás. Fui fundo, até que meus quadris bateram na sua bunda, e então moí contra ela. Josie se abaixou e pressionou contra o meu pau. Meus dedos cavaram em seus quadris. Então peguei as bochechas do seu rabo e espalhei-as. Puxei para fora, empurrando de volta e seu rosto caiu em um travesseiro; seu gemido abafado encheu meus ouvidos. "Eu não vou durar," avisei. Em resposta, ela se afastou, em seguida, empurrou de volta para baixo em mim. Depois disso, comecei a bater dentro dela, segurando a sua bunda e seus quadris enquanto a peguei furiosamente por trás.


Olhando para suas costas, quadris e gotas de água que pontilhavam sua pele do nosso chuveiro fez as minhas bolas doerem mais que tudo até agora. "Josie," moi fora. "Deus, o que você faz comigo." "Foda-me com mais força, Jace," ela exigiu. Eu segui suas ordens e alcancei seu clitóris. Sua ingestão aguda da respiração foi tudo o que eu precisava ouvir. Usando um pouco de seu desejo, revesti seu clitóris e trabalhei enquanto batia por trás dela. "Goza comigo," eu disse asperamente, tentando me segurar. "Agora mesmo!" Meu corpo se inclinou para frente com a minha última onda. Meu peito subiu contra suas costas, e os meus braços a envolveram por trás. Josie balançou em mim quando eu explodi dentro dela, e então ela estava ofegante e ofegando com o seu próprio orgasmo. Seu corpo basicamente entrou em colapso em meus braços, então a abaixei sobre o colchão antes de me recolher ao seu lado. Foi provavelmente uma boa coisa que morávamos em lugares diferentes. Se não o fizéssemos, teríamos provavelmente matado um ao outro com sexo. Não seria um mau caminho a percorrer. Estou certo? Estou totalmente certo. "Eu vou andar engraçado por uma semana." Ela gemeu. Eu sabia que ela estava brincando, e parte de mim se sentiu muito satisfeito comigo mesmo que pudesse satisfazê-la dessa forma, mas a outra parte de mim estava preocupada. "Eu machuquei você?" Perguntei. Ela sempre me pediu mais forte, mais rápido, mais. E sempre fiz. Talvez eu não devesse ter feito. Ela riu. "Não." "Josie..." Eu joguei o meu braço sobre sua cintura e puxei-a para o meu corpo. "Se eu te machucar, você tem que me contar."


Ela virou o rosto para o meu, acariciando a minha bochecha com a palma da mão. "Você é doce para mim." Zombei. "Eu só estava martelando em você como uma máquina." "Você é doce para mim, Jace," ela disse novamente. "Talvez, às vezes," murmurei, olhando para longe. Mas a minha preocupação por sua segurança, para não a machucar não era doce. Era decência comum. Incomodava-me que ela não parecia fazer essa distinção. Ela puxou o meu rosto de volta. "Ninguém nunca foi doce para mim antes." Sim, vê? Apenas o que eu pensei. "Você gosta disso?" Sussurrei, esfregando os dedos contra o seu lado. Ela assentiu com a cabeça. Pensei ter visto o brilho de lágrimas profundas no seu olhar. "Eu quero vê-la novamente." Confidenciei. "Eu quero ver você também." "Não quero que você veja ninguém além de mim." A possessividade levantou-se dentro de mim. Feroz e forte como uma rajada de vento em um tornado. "Você diz isso como se eu tivesse uma tonelada de ofertas," ela disse, sarcástica. "Você?" Eu perguntei. Bato em todos os seus jumentos. "Eu já te disse que eu não estou acima da violência." Ela revirou os olhos como se eu estivesse brincando. Eu não estava brincando. "Josie," avisei. Ela suspirou. "Ninguém está interessado em mim, Jace. Não assim. Não namoro ninguém há muito tempo." Seus olhos voaram para os meus, vermelho tingindo suas bochechas. "Não que estou dizendo que você quer me namorar." "Eu quero."


Seus olhos se arregalaram como grandes discos. "Quando o próximo repórter perguntar sobre nós, quero dizer a eles que eu sou um idiota sortudo. Quero ficar ao seu lado e me orgulhar de tê-la lá. Quero que você se orgulhe de me ter também." "Jace," Josie murmurou. "Não tenho uma boa reputação. Não sou um cara legal. Já te disse que eu deveria estar na cadeia. E se alguém vier para o meu irmão de novo... eu poderia acabar lá." "Shh," ela abafou e pôs a mão no meu rosto. "Eu sei quem você é, Jace." Eu não pode de deixar de sentir que eu era mais quando ela olhava para mim do jeito que ela estava olhando naquele momento. "Eu venho com muita bagagem." Ela advertiu. "Não mais do que o resto de nós." "Vai ser difícil para você estar comigo. Sua carreira está decolando. Eu-" "Você está dizendo não para mim?" Entoei. Eu não estava aceitando um não como resposta, especialmente quando vi o sim ali em seus olhos. "Eu-" E lá estava ele, um pouco da hesitação que vi ontem à noite. Esse pouco de tudo o que ela não estava dizendo. Ela suspirou. "Não. Não estou dizendo que não." "Você quer ficar comigo?" Perguntei, colocando tudo para fora. "Mais do que qualquer coisa," ela sussurrou. Beijei-a profundamente, então puxei-a em meu peito, envolvendo-a em meus braços. Hoje foi um bom dia. "Jace?" Sua voz era quase inaudível contra o meu peito. Ainda assim, sei que o meu nome estava em seus lábios. "Sim?" "Só sei... sempre que quiser, eu vou entender. Eu não irei tornar mais difícil para você."


Será que ela pensa que eu era algum tipo de putinha que corria ao primeiro sinal de luta? "Eu não vou sai fora, Josie." Ela disse algo. Mesmo que não estivesse claro, com certeza parecia muito com "Espero que não." Seu rosto ficou pressionado no meu peito por longos momentos enquanto eu estava lá com ela em meus braços e me perguntei. De repente, ela levantou a cabeça. "Então, isso significa que não vou aparecer a qualquer uma das suas corridas de rua e encontrar um rato com as mãos em cima de você?" Meus lábios tremeram. "Por que eu iria querer um rato quando tenho você?" Sua voz ficou triste. "Pensei seriamente sobre atropelar ela com o meu carro." Joguei a minha cabeça para trás e ri. "Vou me preparar. Você tem que me alimentar e me dar cafeína antes de me levar para o avião." "Alimentos e café?" Eu provoquei. "Você dá muito trabalho." Ela sorriu, mas não encontrou os seus olhos. Eu sabia que ela estava pensando sobre o que ela colocou na mesa. Que ela prometeu fazer fácil quando eu decidir correr. Eu não estava correndo para lugar algum. Mais uma vez, eu me perguntava por que ela pensou que eu estaria tão ansioso para correr.


MENS VS WOMENS Verdades que você precisa saber e não sabe.

VERDADE MASCULINA Homens jogam suas roupas sujas ao lado do cesto. Não nele. #Fato.

CAPITULO VINTE E SETE

Joey

Quarta-feira, 10:00 AM Indo para charlotte neste fim de semana. Vou precisar de um passe de entrada para os boxes.

Lido.

Três dias. Era o tempo desde que eu o tinha visto pela última vez. Não era como a última vez, no entanto. Nós conversávamos agora. Todos os dias. Nunca achei que Jace fosse um cara que ligasse. Mas ele ligava. E enviava mensagens. Nós não ficamos no telefone por horas; nossos telefonemas eram geralmente apenas alguns minutos. Mas eles eram significativos e tudo o que eu precisava.


Mesmo assim, depois de três dias, comecei a pensar sobre quando iria vê-lo novamente. Quando Drew chamou e me disse que estava vindo para Charlotte para a minha corrida, eu sabia que isso significava que a agenda de Jace estava vazia, também. Então mandei mensagem a ele. Ele enviou mensagens de texto de volta. Deu-me borboletas no estômago. Eu iria vê-lo novamente. Desta vez, eu veria ainda mais dele do que no último fim de semana passado, porque desta vez ele estava vindo apenas para mim. Minha corrida era no domingo, mas nós decidimos voar para lá na sexta-feira de manhã. Meu carro chegaria lá sábado e teria de ser inspecionado, etc., e eu estava sempre lá para isso. O carro de um piloto era valioso e importante. Certificar-se de que estava em plena forma era crucial. Além disso, me daria o dia para entrar no estado de espírito para correr. Trent e Drew chegaram na cidade na quinta-feira à tarde. Eles estiveram aqui tanto nas últimas semanas que eu estava começando a pensar que era estranho quando não estavam. O quarto em que ficavam era agora de Drew e de Trent, e até mesmo a governanta perguntava quando estariam aqui. Eu amava Drew; Ele era possivelmente o meu melhor amigo. Mas Trent era o segundo próximo. Ele tinha se tornado o que sempre procurei para aconselhamento. Era em quem eu pensava primeiro quando precisava falar. Ele era simples para falar. Ele não fazia as coisas complicadas nem as analisava como as mulheres costumavam fazer. Trent era simples, era honesto e tinha uma capacidade de compreensão que, de muitas, maneiras me pegou de surpresa. Eu estava de pé no meu closet com uma mala aberta na minha frente quando ele invadiu. "Espero que você não esteja nua," ele disse quando entrou. Ele nem estava cobrindo os olhos. Revirei os olhos. "O que você quer?" Perguntei carinhosamente. Ele caiu no tapete ao lado da minha mala. “Drew está no chuveiro.”


"E você não está com ele?" Arqueei uma sobrancelha. Seu sorriso era lento. "Você tem uma mente suja." "Por favor," murmurei e voltei para as minhas roupas. Não sei por que, de repente, parecia tão difícil embalar. Eu tinha viajado para as corridas mil vezes e era sempre o mesmo, jeans e camisetas. Agora, fiquei aqui e discuti que jeans e com que camiseta e a cor. Estava meio irritada comigo mesma. "Eu queria fazer o check-in. Ver como você está indo." "Com Jace?" Perguntei com conhecimento de causa. "Bastante." Desisti de escolher as roupas penduradas e sentei no chão perto dele. "Ele é muito mais do que as pessoas pensam," confiei. Trent inclinou a cabeça. "Bom ou mal?" "Bom." “Você o viu desde a corrida?” Balancei a cabeça. "Ele estará em Charlotte neste fim de semana." "Você quer que ele esteja?" Trent pressionou. Ele estava dando totalmente a vibração super protetor de grande irmão. Eu meio que gostei. "Sim. Eu faço." "Tudo o que eu precisava ouvir." Ele grunhiu e se levantou. Senti a minha testa enrugar. "O que?" “Vejo você de manhã,” disse ele, virando-se para ir embora. "Onde você está indo?" Eu chamei atrás dele. “Tomar um banho,” respondeu ele.


O som dele saindo do meu quarto era distinto. Ri e me levantei. “Que esquisito," disse a ninguém. Suspirei. Tentar pegar roupas era uma dor na bunda. Decidi voltar ao meu estilo habitual e apenas jogar algumas coisas lá. Minha mão fechou sobre um par escuro de jeans e camiseta branca sem mangas. Atirei para dentro, voltei e peguei um vestido de verão. O que? É superquente no Sul durante o verão. Um vestido de verão seria confortável. Era de algodão leve em uma forma simples de A-line que iria mostrar a minha forma de ampulheta. Era branco com um padrão de flores minúsculas por toda parte. O tamanho e a coloração pálida de verde mantiveram-no de olhar como cortinas da avó. Certo, tudo bem. Era feminino. A coisa mais feminina que eu possuía. Nada de errado em querer parecer bonita. Depois que adicionei isso, escolhi um short de algodão verde-exército e uma camiseta preta equipada com boné e mangas. Colocar algo que era mais o meu estilo habitual lá depois do vestido me fez sentir um pouco mais como eu. Agora tudo o que era necessário era o material que usaria para correr e meus sapatos. Girei ao redor para pegá-los e percebi uma grande figura pairando na porta do meu armário. Gritei e pressionei uma mão em meu peito. “Jace!” "Você está linda aí em pé, com o cenho franzido sobre suas roupas," ele meditou. "Eu não!" Discuti. De repente, senti-me sem fôlego e animada. "O que você está fazendo aqui?" Ele empurrou para fora da porta e rondou em minha direção. "Eu não tive vontade de esperar até amanhã a noite para te ver." Ele estava perto o suficiente que eu tive que inclinar a cabeça ligeiramente para olhar em seus olhos ricos e escuros. “Você dirigiu todo o caminho até aqui para me ver um dia mais cedo?"


Um sorriso brincalhão puxou os seus lábios. "Eu poderia dizer que você sentiu a minha falta." "Eu senti sua falta?" Zombei. Senti sua mão puxar o nó amarrado em minha camisa e a realidade veio cair no momento ao ver ele aqui, no meu quarto. Meu Deus. Eu parecia uma porcaria! Lá vou eu outra vez com o drama de menina... Mas, seriamente! Eu estava vestida com uma calça de moletom e uma camiseta branca que era muito grande, por isso tinha amarrado em um nó no lado da minha cintura. Meu cabelo estava selvagem com cachos. Eu mal tentei domesticá-lo hoje. Pareço como nos anos oitenta. “Como você entrou aqui?” perguntei. E por que não me deram um aviso? “Estou supondo que foi a governanta que me deixou entrar. Drew e Trent estavam na cozinha comendo e me viram." “Arrow também veio? Trent e Drew sabem que você está aqui?" Trent não tinha dito uma palavra para mim! Ele acenou com a cabeça uma vez, mas franziu o cenho; Um olhar sombrio roubou suas feições. "Trent não me deixou entrar até ter certeza de que você queria me ver.” Eu lutei com um sorriso e perdi. É por isso que ele realmente veio aqui. "Ele é doce." Jace estreitou os olhos. "Ele tentou me manter longe de você." Eu revirei os olhos. ”Você está aqui, não está?” "Falando nisso..." ele rosnou, agarrando-me pela cintura e me levantou. Minhas pernas foram ao redor de sua cintura naturalmente. "Você não vai me mostrar como está feliz que eu estou aqui?" Eu o beijei - entrei e tranquei meus lábios nos dele. Nossas línguas acariciaram-se enquanto eu balançava um pouco mais perto dele.


"Você parece fodidamente quente nessas calças de moletom," disse ele quando levantei minha boca. "Eu fico ainda melhor sem elas." Seu sorriso rápido era emocionante e um tanto louco. Carregando-me, ele saiu do armário e caminhou para o meu quarto em direção à minha cama cheia de almofadas e, literalmente, jogou-me bem no centro. Eu ri enquanto afundava no edredom cheio como se tivesse caído em uma nuvem. Jace rasgou a camiseta que estava usando e a jogou sobre seu ombro. O jeans que ele usava era como sempre, um pouco solto e não escondendo seus quadris. Minhas mãos deslizaram pelo seu cabelo, arranhando as costas enquanto ele rastejava sobre mim e reclamava a minha boca. "Onde está Arrow?" Ofeguei, rasgando minha boca livre enquanto minhas mãos exploravam suas costas nuas. "Com Drew e Trent. Eles estão assistindo a um filme ou alguma merda," disse ele, acariciando o lado do meu pescoço. "A porta," gemi, pensando no hábito dos caras de invadir. "Eu tranquei-a quando entrei," ele me informou, quando o nó na minha camisa foi desamarrado e ele foi acima dela para beijar o meu peito sobre o sutiã de algodão que eu estava vestindo. "Oh Deus, Jace. Eu senti sua falta.” Gemi. Sobre o meu peito, sua boca se acalmou. Tomei consciência de minhas palavras. Foi a primeira vez que disse-lhe isso. Era o mais próximo que eu tinha chegado a realmente admitir o quanto ele tinha vindo a significar para mim. Lentamente, ele se afastou da minha camisa. Seu cabelo estava totalmente bagunçado quando ele olhou para cima. “Diga outra vez, Josie,” ele exigiu, um raspão profundo em suas palavras. O brilho de fome em seus olhos me fez querer dar-lhe mais. Fez-me sentir como eu tinha retido as coisas que ele precisava ouvir e sentir. Subi e agarrei o seu rosto. A rugosidade de sua mandíbula era um contraste com as suas bochechas. Certifiquei-me de olhar diretamente nos olhos dele e em nenhum outro lugar quando falei.


"Eu senti sua falta, Jace," sussurrei. “Muito.” Os lábios dele puxaram para cima, e eu corri o meu polegar ao longo do lábio inferior dele. Ainda mais quieta, disse: "Ninguém nunca me fez sentir como você." Desta vez, quando ele me beijou, foi diferente. Menos feroz, mas mais consumidor. Menos desesperado, mas mais seguro. Dei-me a ele, aos sentimentos que consomem o ar ao nosso redor. Senti-me mais consciente de que ele se movia mais dentro de mim esta noite do que já tive antes. Tudo foi amplificado e a lentidão com que ele fez amor comigo causou um sentimento de bebedeira sobre os meus membros e mente. Ele era um cobertor, pesado e quente; oferecendo abrigo e conforto. Seu corpo abafava tudo mais. Eu sucumbi a tudo. Para ele.


MENS VS WOMENS Verdades que você precisa saber e não sabe.

VERDADE FEMININA Nunca diga a uma mulher que ela é louca. A menos que você queira que ela te mostre a louca.

CAPITULO VINTE E OITO

Lorhaven

Entreguei-lhe o meu coração ontem à noite. E, possivelmente, um pedaço da minha alma. Ela não pediu, mas às vezes as melhores coisas da vida são dadas sem solicitação.


MENS VS WOMENS Verdades que você precisa saber e não sabe.

VERDADES MASCULINAS As ferramentas eléctricas fazem os homens felizes. O mesmo acontece com o sexo.

CAPITULO VINTE E NOVE

Joey

Sexta-feira e sábado passaram em um borrão com a viagem, trabalho e sexo. Jace e Arrow saltaram em nosso surpreendentemente, todos se deram bem.

curto

voo

para

Charlotte

e,

Todos = Jace + Trent + Drew. O que foi ainda mais surpreendente foi à forma como Jace estava comigo na frente de todos os outros. Ele me tratou da mesma maneira de quando estávamos sozinhos. Bem, exceto que ele deixou as minhas roupas. Sim, nós fomos um pouco oficiais (totalmente oficiais), mas não havia facilidade com ele. Era tudo ou nada. Ele segurou a minha mão em público, colocou o seu braço em volta de mim no avião. Beijou-me muitas vezes, não importando quem estivesse na sala. Sempre que Drew ria quando acontecia, a resposta de Jace era totalmente mansa. Totalmente mansa = Mostrava a Drew o dedo do meio. Às vezes, ambos ao mesmo tempo. Uma garota poderia se acostumar com esse tipo de coisa.


Assustou-me. Eu não queria me acostumar com algo que sentiria falta se ele fosse embora. No começo, pensei que o que Jace e eu tivemos foi algum tipo de reação química. Uma compatibilidade sexual diferente de tudo o que eu tinha sentido antes. Foi mais profundo do que isso. Muito, muito mais profundo. Eu nunca quis me apaixonar por ele. Inferno, nem queria gostar dele. Mas aqui estava, totalmente apaixonada, enquanto que lá no fundo da minha mente eu queria saber se duraria. Eu não era uma fã de dúvida ou nuvens pairando sobre a minha cabeça. Eu era direta, então eu esperava que todo o resto fosse. Da maneira como eu via, tinha uma das duas opções: 1.) Ir embora. Ou 2.) Falar para ele. Uma curta distância não era uma opção. Eu daria três passos antes da cadeia invisível que ele inconscientemente ergueu ao redor do meu coração me puxasse de volta. Então contaria para ele. Diria em voz alta o que não tinha dito antes. Meu segredo. Até o meu passado idiota. Poderia mudar a maneira como ele me via. Aquela expressão em seus olhos toda vez que ele me olhava podia mudar. A perda dele me cortaria profundamente. Ainda assim, eu preferiria me ferir do que me torturar com dúvidas a cada segundo de cada dia. Mas só depois da corrida. Enfocando na trilha, na vitória e na minha carreira era meu objetivo. Ter Jace no pit stop hoje foi como um impulso extra de motivação. Eu queria impressioná-lo. Queria mostrar a ele que pertencia a essa corrida. Eu era uma maldita boa motorista. Não importa o que mais acontecesse, disso eu tinha certeza. Até agora, eu estava provando isso.


A adrenalina era um coquetel nas minhas veias hoje. Senti como se tivesse um invisível IV do material fluindo direto em minha corrente sanguínea. Apesar da pressa, minhas mãos estavam firmes no volante enquanto guiava o meu carro ao redor da pista. Estava fazendo isso hoje. Estava provando a todos que eu poderia guiá-lo. Só faltavam cinco voltas, três carros para passar e todos me veriam no topo, e então, talvez, todos eles se calassem sobre um profissional Indie. Talvez eles se calem sobre motoristas mulheres. Minhas costas estavam suadas de estar amarradas no carro por tanto tempo. A vibração do poderoso carro debaixo de mim não era menos visível do que era quando estava na primeira volta. Meu cérebro quase doía da concentração que coloquei hoje, mas por alguma razão, esta corrida parecia mais importante. Crucial para a minha carreira, de alguma forma. Talvez fosse por causa das entrevistas ultimamente ou pela maneira que eu os bombardeava. Talvez isso fosse porque eu sabia que as pessoas estavam me observando mais de perto do que antes, porque estava pensando na Indie. Ou talvez fosse porque estava dando a todos esses motoristas idiotas ao redor de mim uma corrida para o seu dinheiro. Sorri quando olhei para o para-choque do cara atrás de mim. Sim, gostei daquele. "Veja!" Meu observador gritou em meu ouvido, e olhei para cima a tempo de ver um carro surgindo nas proximidades. Afastei-me, fazendo o meu melhor para não me desviar demasiado longe e jogar o meu carro em uma rotação. Era uma linha tênue dirigindo em uma velocidade como essa. "Que porra!" Gritei, endireitando-me. "Ele tentou me tirar!" "Estamos chegando às últimas voltas, Joey. A tensão aumentou. Eu sinto." Por que isso soou como um aviso e não uma conversa de orientação? “Acalme-se,” disse ele ao meu ouvido. "O carro atrás de você ainda está muito perto. Ele pode tentar novamente." Olhei para trás. Ele estava definitivamente muito perto, para conforto. Algo em meu estômago cerrou, mas forcei o sentimento e voltei. Não olhe para trás. Apenas olhe para frente.


Através do meu para-brisa, me concentrei no cara que eu precisava passar. Eu conheceria aquele carro em qualquer lugar. Esse era um dos meus ‘membros da equipe’. Observe as aspas? Sim, há uma razão para elas. Ele era um boçal total e eu o odiava. O que mais? Ele me odiava. Eu queria ficar à frente dele mais do que queria realmente ganhar esta corrida. Nós tínhamos farejado um ao outro na maior parte do dia. Quase podia sentir sua satisfação por eu ainda estar atrás. "Estou indo para passar à frente." Falei em meu microfone. "O que? É muito cedo.” Ele se preocupou. Revirei os olhos. "Não é. Preciso levá-lo agora para que possa ir ainda mais adiante na próxima volta.” "Sim, tudo bem, tente fazê-lo por dentro." "Ele vai totalmente puxar para dentro," discuti, minhas mãos apertando no volante. "Esse é o M.O. de Cannon." "Passar do lado de fora é muito arriscado." O ignorei. Ele sabia que eu poderia fazer isso. Ele estava apenas sendo cauteloso. Esse era outro exemplo de por que era difícil ser piloto quando era filha do meu pai. Os observadores estavam assustados. Se eles me incentivassem a fazer um movimento que terminasse em um acidente de fogo - ou pior, a morte - o medo do que o meu pai faria a eles era intenso. "Estou fazendo isso." "Vou aconselhar contra isso." Empurrei o microfone para longe da minha orelha e abaixo do meu queixo. Foda-se! Sua recusa só me deixou mais determinada. A curva surgiu. Eu me movi e me preparei para me mexer. O motorista em minha bunda balançou dentro porque movi para fora apenas um cabelo. De repente, sua velocidade aumentou, sua extremidade dianteira veio barulhenta em minha retaguarda, eu sabia que ele estava tentando me levar para fora. Puxei a roda e guiei o meu carro para fora e sobre a grama. O motorista que estava tentando me cortar foi pego de surpresa pelo movimento repentino e seu


pneu dianteiro bateu na grama. A mudança no pavimento sacudiu o seu carro e fez girar, mais para o centro da pista. "Vejo você," cantei, enfocando no carro na minha frente. "Eles estão chegando rápido! Encaixotando você!" Gritou o meu observador. Assim que o carro saiu, outro o substituiu, preenchendo a vaga que acabei de deixar. A minha direita, outro carro estava chegando e empurrei a roda, deslizando para empurrá-lo para fora, e depois acertei o acelerador acelerando o meu carro para que eu estivesse dirigindo paralelo com Cannon. Do lado de fora da curva, o meu carro tinha que trabalhar mais do que o dele. Meus dedos doíam de agarrar a direção enquanto eu pressionava o pedal um pouco mais. A pura hostilidade parecia bater no lado do meu carro, e olhei para fora da minha janela para o Veículo azul de Cannon. Sua cabeça estava virada em minha direção. Mesmo que não pudesse ver sua expressão, eu sabia que ele estava chateado que eu tentaria passar por ele desse jeito. "Afaste-se." Meu observador me avisou. "O que! De jeito nenhum!" Gritei e liguei. Eu ganhei no carro azul. Ele acelerou, tentando ganhar o que perdeu, mas não havia nenhuma maneira no inferno que eu ia deixar isso acontecer. Acima, a curva estava começando a se endireitar. Era agora ou nunca. Eu dei ao meu carro quase tudo o que tinha e fui para ele. Puxei adiante, mal longe de seu carro. O movimento fora do meu espelho fez o meu coração sacudir quando Cannon empurrou a roda para a minha extremidade traseira como se estivesse tentando me empurrar para fora da estrada. Cortei a roda afiada, cortando-o completamente e assumindo na frente dele assim que a pista endireitou. "Idiota!" Cuspi e olhei para frente. Eu precisava me concentrar em assumir a liderança, mantendo o progresso que estava fazendo. Abaixo de mim, o carro começou a puxar um pouco, com alguns parafusos necessários frouxos. "Foda-se!" Murmurei e continuei indo.


"Seu carro está puxando. Você precisa entrar." “Eu posso dar outra volta," insisti. "Você está arriscando muito," ele argumentou. “Conheço o meu carro, droga.” "Próxima rodada, entre," disse ele. Ouvi sua voz abafada gritando ordens e exigindo à tripulação para obter a merda pronta. Então pareceu que sua voz se afastou mais. Só ouvi o barulho do seu tom, não o que ele estava dizendo. Cannon apareceu em cima de mim, elaborando uma manobra ainda pior do que a do cara que tinha tentado fazer isso comigo antes. "Saia da minha bunda!" Gritei. Ele apertou mais, subindo no interior do meu canto traseiro esquerdo. Acelerei, meu carro chacoalhando um pouco, mas eu sabia que ele iria segurar. Cannon veio junto comigo. "Qual é a posição dele?" Eu chamei no microfone, encaixando-o contra meus lábios. Sem resposta. "Sua posição!" Eu gritei. Olhei para trás nervosamente. A parte de trás do meu pescoço estava formigando. Cannon ia tentar alguma coisa. Ele ia tentar me empurrar o suficiente para me tirar. “Você está com problemas, Joey. Você precisa ter algum espaço. Ele está desenhando, e parece ruim." Sério? Que diabos estava errado com esse cara? Ele estaria sendo despedido. "Que maneira de ter alguma confiança," gritei. Eu o ignorei, olhando para frente para ver quais eram as minhas opções. Enquanto dirigia, um carro passou por Cannon e ao meu lado. Que porra é essa? Olhei, reconhecendo o motorista como alguém com quem Cannon foi muitas vezes fotografado. Mesmo através de todo o nosso equipamento e as janelas, senti os nossos olhares bloquear.


Isso era uma emboscada. Ele ia montar o meu lado para que eu não pudesse me mover e Cannon ter uma melhor chance de me tirar. Eu sabia que esses caras me odiavam, mas o que eles estavam fazendo agora era francamente perigoso. Ameaça à vida. O suor escorria da minha têmpora. Senti-a rastejar pelo lado do meu rosto. Puxei uma respiração tremula e forcei meus olhos para fora do motorista, adiante. Senti um sussurro de um toque contra o meu lado traseiro esquerdo... "Josie!" A voz de Jace inundou a minha orelha, puxando-me para fora do pânico que estava começando a me engolir. "Jace?" Respondi. "Esses filhos da puta estão tentando te levar para fora," ele rosnou, mas sua voz estava apressada e meio sem fôlego como se estivesse correndo. "Não, merda. Onde está o meu observador?” Ele fez um som feroz. "Eu o golpeei na cara." Assim, me senti mais forte, mais no controle. "Você fez isso?" Perguntei. "Nós vamos fazer isso." Eu bati o gás, pedindo a meu carro por um pouco mais. O ruído ficou um pouco mais intenso; Meu carro puxou. “Lute contra isso,” disse ele. “Venha com isso. Então vamos apertar sua merda." "Essa lombada à frente," eu disse, examinando as minhas opções na minha frente quando o motorista ao meu lado deslizou um pouco mais perto. "Você vai precisar dessa lombada," disse ele, sua voz estranhamente vazia. “Jace?” “Foco, Josie,” ordenou ele. Eu não estava muito longe dos dois carros na minha frente. Todo o empurrão que eu estava dando ao carro para fugir de Cannon estava ganhando-me uma pequena vantagem.


"Ele vai tentar tirar você. Eu vejo a maneira que ele está forçando o carro para a posição," Jace disse. “Tome essa lombada à frente, vá lá embaixo e use a maneira como ela se inclina.” "Entendi." "Você precisa manter esse carro no controle, Josie." Jace soou quase desesperado. De um modo estranho, ele fez a calma lavar sobre mim. Quando eu era criança e acordava de um sonho assustador, perguntava ao meu pai se ele estava com medo. Ele sorria e dizia: Nunca. Quando perguntei como, ele disse, Porque quando a pessoa com quem você se encontra está assustada, você tem que ser forte por eles. Você tem que dar-lhes força. Senti os nervos em Jace. Eu ia fazer isso. Não só para mim, mas também para ele. Fodam-se esses caras, meus colegas de equipe. Um já estava fora porque tentou isso. Agora, aqui, mais dois estavam tentando. Eles estavam trabalhando juntos para me excluir. Eu estava muito cansada. Mas eu não podia deixá-los ganhar. A luz atingiu segundos depois. O carro à minha direita entrou, me forçando para o lado. Dirigi na batida, sentindo minhas rodas traseiras rodarem conforme lutava para manter o controle. A lombada veio rápido, e peguei. O carro saltou e empurrou, mas segurei forte, voando através da grama, rasgando a sujeira enquanto eu acelerava pela inclinação da colina. O som de metal rangendo atrás de mim era tão alto que perfurou as minhas orelhas; Todos os músculos do meu pescoço ficaram rígidos. "Jace!" Eu gritei, querendo saber o que estava acontecendo. “Não importa,” ele insistiu. "Foco, assim mesmo. Fique comigo." "Sempre," eu disse, forçando os sons e ficando ali com o carro e ele.


"Ok, vá em direção à faixa onde há uma abertura para que você deslize de volta." "Entendi," eu disse, fazendo o que ele instruiu. Meu ritmo cardíaco, que tinha sido tão errático começou a nivelar. "À frente, você está indo para a transição de volta para a estrada. A mudança no asfalto dará um chacoalhão em você." Foi chocante, mas não tão ruim quanto às pessoas que tentam tirá-lo para fora. Eu fiz isso, de volta para a pista, ficando acima da posição direita atrás dos dois carros principais. Jace gritou de alívio. "Isso foi incrível, querida! Droga, isso foi uma puta de uma boa condução!" Soltei um grito, aliviada e feliz ao mesmo tempo. Mas só tive tempo por um momento. Esta corrida não terminou. “Onde está Cannon?” "Os dois carros tentando levá-la para fora? Eles se chocaram um com o outro e lançaram um monte de metal atrás de você." "O quê?" Olhei para trás, tentando ver. "Olhos à frente," Jace ordenou enquanto sabia. "É apenas uma pilha de metal. Parece que todos os motoristas estão ilesos. A pista ficará clara quando você passar." "Os carros?" Perguntei. "Eles terminaram. DNF11 e ficaram em uma pilha." Então Cannon estava fora. Removido por sua própria mão. Ele merecia muito pior. "Karma é uma cadela, e eu também,” murmurei. "O que diabos está acontecendo, Josie?" Jace disse, com um pouco menos de urgência em seu tom. "Esta corrida inteira me deu uma fodida azia. Estão na sua bunda todo este tempo." "Bem-vindo ao meu mundo," murmurei. Houve uma pausa. Ajustei-o para fora e focalizei para trás na trilha, em tentar ganhar dos carros na minha frente.

11

Did Not Finish, ou seja, não completou, ficou pelo caminho


"O pit stop está chegando," ele disse em meu ouvido. "Você precisa entrar." "Sim," murmurei sombriamente. O poço. Que merda de tempo. "Vamos, a tripulação vai ter você de volta em segundos. Você vai recuperar qualquer coisa que perder." Ele estava certo. Eu já tinha feito o suficiente hoje; Eu não precisava me tirar da corrida por não manter o meu carro. "Eu vou entrar." Confirmei. "Ei, cabeças de pau!" Jace gritou. "Preparem-se!" Eu ri. Tenho certeza de que o pessoal do poço o amava. "Ei, Jace?" Eu disse. "Ei, Josie," ele respondeu. "Me veja o resto da corrida?" "Você sabe." Baixei quando puxei para o poço. Homens pulavam em torno de mim, ferramentas para fora e o caos reinava. Isso era como estar em uma exposição popular em um jardim zoológico. Fiquei presa, batendo os dedos na direção e balançando o joelho nervosamente. Foi difícil de entrar, difícil de se sentar em uma parada completa quando precisava estar lá correndo e meu corpo ainda estava cheio de adrenalina. “Você esta presa?” A voz de Jace encheu minha orelha. "Eles precisam se apressar," mordi. Sua risada morna lavou sobre mim como uma rajada de ar quente em um dia de inverno. "Eles estão se movendo," ele me assegurou. “Só falta alguns segundos.” Eu fiz um som impaciente, observando todas as pessoas se movendo. "Se eu não estivesse aqui em cima, estaria lá embaixo na sua janela," ele disse, com um sorriso em sua voz. "Gostaria que você estivesse. Isso ajudaria a passar o tempo." Flertei. Sim. Eu flertei.


"Poucas voltas mais," ele disse, "Então vou compensar isso." Meu coração inchou um pouco, meus lábios curvando-se. Um dos membros da equipe bateu no capô do meu carro. Meus olhos se ergueram; As pessoas estavam correndo de costas. O homem que bateu no capô fez um gesto com a mão indicando que estávamos prontos e bati o acelerador. “Aqui está você,” disse Jace. “Vamos ganhar essa coisa.” Eu mal o ouvi. Não porque eu estava tão empenhada em acelerar para fora do poço, mesmo que eu estivesse. Foi porque meu olhar fixou no membro da tripulação que me disse que eu poderia ir. Havia algo sobre a forma como ele estava olhando para mim, algo sobre a forma como ele parecia menos do que ansioso para saltar para trás do carro, mesmo quando acelerei. Algo sinistro. Forcei meus olhos e atirei no motor, voltando à corrida. Esperançosamente, a velocidade desalojaria o estranho sentimento que seus olhos me deixaram.


MENS VS WOMENS Verdades que você precisa saber e não sabe.

VERDADE FEMININA Mulher aparentam estar mais velhas às quartas-feiras às 3:30 PM. #GoogleDizIsso.

CAPITULO TRINTA

Lorhaven

Deslealdade Desonra Malditos ladrões do caralho. Eu costumava pensar que a divisão profissional era a nata dos corredores. Os melhores corredores. Você sabe porque eu pensava isso? Porque é isso o que a divisão profissional quer que todos pensem. As pessoas só sabem das informações que lhes são transmitidas. Aprendi um mundo de coisas nos últimos anos; muitas delas me mostraram que tudo o que eu pensava sobre o mundo das corridas estava errado. Quando você esta de fora, olhando para dentro, as coisas parecem muito mais bonitas. Uma vez que a porta abre, porém? Você encontra as teias de aranha nos cantos, a poeira debaixo das camas... o lixo que ainda não foi levado para fora. Essa não era a primeira corrida profissional da qual eu participava. Era a primeira vez que eu me sentava nos boxes. A primeira vez que assistia a corrida dali com malditas pedras no meu intestino e o coração na minha garganta. Brutal.


A corrida estava brutal hoje. Depois de algumas poucas curvas, se tornou claro que Joey era o alvo. Era como se todos os carros na pista estivessem correndo contra ela. Corrida não era um esporte coletivo, mas hoje os outros corredores pareciam ter se juntado como um time e focado em tirá-la do caminho. Que porra é essa? Era isso o que ela enfrentava diariamente? Eu preferia ter os pelos da minha perna arrancados um por um com uma pinça enferrujada do que ficar aqui parado assistindo à esses caras tentando tirar ela da pista. Eu sabia melhor do que ninguém que o clima das corridas podia esquentar. Era perigoso. Tensão e adrenalina ficavam nas alturas. Mas isso era diferente. Isso era perverso. Eu andava de um lado para o outro. Drew e Trent estavam parados assistindo a tudo com expressões sombrias. Drew começou a gritar na primeira vez que alguém chegou perto demais. Josie conseguiu reverter a situação como uma profissional e seguiu em frente como se ela não tivesse nem percebido. Hopper gritou na segunda vez que aconteceu e Trent ficou lá parado com raiva nos olhos e as veias saltando em seu pescoço. Faltavam cinco voltas para terminar quando percebi um carro se aproximando por trás dela. Olhei para o ajudante de observação dela e o imbecil não estava nem mesmo olhando para ela. Ele deveria ser os olhos dela. As orelhas dela... um parceiro. “Que porra!” Eu gritei. Trent me encarou. “Eles estão pegando pesado com ela hoje.” “É sempre assim?” Eu cuspi. “Não estive em muitas das corridas dela, mas eles nunca foram tão ruins assim antes.” A voz dele estava séria, carregada de raiva. Hopper passou por mim, olhando para frente. Eu o segurei e o puxei. “Que porra você pensa que está fazendo?” “Eu não sei.” Ele discutiu olhando para trás.


“Aqueles são os seus caras lá fora! Eles estão atacando um dos seus!” “Estou tentando resolver isso.” Ele gritou de volta. Eu o empurrei para o lado e ele atendeu o seu telefone o colocando na orelha. “Diga a ele para se afastar, caralho, Grimes!” Ele rugiu enquanto se movia ao redor. Meus olhos ficaram colados no carro de Joey enquanto ela cortava a pista. Me perguntava se ela estava bem, quão cansada ela estava. Quão mentalmente drenada ela estaria se sentindo e o quanto esses malditos estavam mexendo com a cabeça dela. “Então deus me ajude, se ele não se afastar, ele vai se arrepender disso.” Hopper tirou o chapéu da cabeça dele enquanto gritava ao telefone e remexia o seu cabelo preto armado e desarrumado. Os cabelos dele estavam molhados com suor enquanto os olhos dele estavam colados na corrida. Isso não era o bastante. Ele estava ligando para os outros observadores ajudantes e mandando que eles se comportassem não era o bastante. Olhei de volta para o observador de Josie. Ele estava dizendo alguma coisa para ela, balançando a cabeça. O som de metal batendo no metal parou o meu coração. Todas as coisas acontecendo ao meu redor foram substituídas por um alto zumbido. Minhas mãos tremiam violentamente e me senti instável. “Josie.” Eu fiquei sem chão, olhando ao redor, desesperado para ter certeza de que ela estava bem. Foi como se de repente estivesse cego. Não conseguia encontrar ela. Tudo o que via era metal e carros empilhados um sobre o outro seguido do som de freios rangendo. Uma mão atingiu a parte de trás do meu pescoço, apertando-o tão forte que me trouxe de volta a realidade. “Lá, ela está bem, na frente de tudo isso.” Trent disse, voltando a minha cabeça na direção dela. Todo o oxigênio que estava prendendo saiu dos meus pulmões em uma grande expiração. De repente, me sentia como um balão murcho. “Obrigado, Deus.” Eu soltei. Trent deu uma leve apertada no meu pescoço e soltou.


Entrei em ação. Corri adiante e subi as escadas que levavam para o local onde o observador estava posicionado mais acima. A plataforma não era pequena, lá havia espaço suficiente para se mover. O rosto dele tinha uma expressão severa e aborrecida. “Você está com problemas, Joey. Você precisa ganhar espaço. Ele está se preparando e isso não parece coisa boa.” Ele disse ao microfone. Ficou tudo vermelho. Como ele ousava falar com ela assim, como se ele nem mesmo se importasse! Eu fiz um barulho e ele se virou para mim. Os olhos dele se arregalaram quando me aproximei dele. “Dê-me o headset12.” Ordenei. Ele rolou os olhos e balançou a cabeça. Eu ri. Depois soquei o rosto dele. Ele desabou como um castelo de cartas. Boceta do caralho. O nariz dele estava sangrando quando me inclinei e arranquei o headset da cabeça dele. Ele fez um barulho e empurrei a cabeça dele para longe. “Cale a boca.” Eu disse a ele e coloquei o headset na minha cabeça. O alivio na voz dela quando assumi a posição foi nítido, o que me deixou doente. Ela nem mesmo deveria estar numa posição para precisar de alivio. Ela deveria ter alguém falando com ela que não fosse um idiota. Puta que pariu, eu estava tão, tão nervoso. Minhas mãos tremiam de nervosismo. Queria perguntar se ela estava bem, se ela estava chateada. Eu não podia. Nós tínhamos que terminar isso. Corridas eram vencidas pelo tempo, e vencidas por motoristas focados. Naquele momento, ela precisava de orientação e confiança nos ouvidos dela. Mesmo achando que isso era um enorme desastre prestes a acontecer, eu faria a coisa certa por Josie. Senti ainda mais medo quando um motorista começou a se emparelhar com ela pela lateral esquerda e outro a fechou pelo outro lado. Senti-me impotente, 12

Fone de ouvido, comunicador comum entre as equipes.


completamente sem controle. Eu não podia proteger ela. Ela tinha de proteger a ela mesma. Mas se esse cara batesse nela... se ela se machucasse de qualquer forma... Eu seria o pior pesadelo desse filho da puta. “Nós vamos sair dessa.” Disse a ela, forçando a minha voz para parecer confiante. E nós saímos. Ela conseguiu sair. O idiota que esbarrou na traseira dela podia dirigir para casa em seu carro arranhado com o estigma de não ter terminado uma corrida sob o seu cinto. Uma vez que eles foram içados para fora da pista, é claro. Meio que curti a cena do idiota parado no acostamento olhando para a lataria avariada que ele estava dirigindo. A montanha de alivio que senti quando Josie entrou no boxes deixou os meus joelhos fracos. Me inclinei no corrimão e olhei para baixo, para o carro dela. Flertei com ela, porque, embora ela parecesse bem, sabia que ela estava abalada por dentro. Cedo demais, ela estava dirigindo de volta para a corrida e o compasso do meu coração estava tão rápido que tinha quase certeza de que já havia feito todos os meus exercícios de cárdio por um dia. “Vamos ganhar essa coisa.” Eu disse voltando para a corrida. Ela estava confiando em mim para fazer isso, com os olhos dela, com a segurança dela. Eu não iria ser como o bastardo que em algum momento se rastejou para fora e desceu da plataforma. Não iria ser como os frouxos imbecis naquela pista, bravos porque ela estava chutando o rabo deles apesar das merdas que estavam fazendo a ela. Como essa merda poderia ser tolerada por todas as regras das corridas profissionais estava além de mim. Dane-se isso. Danem-se eles. Ela tinha a mim agora.


MEN VS WOMEN Verdades que você precisa saber, mas você não faz.

VERDADE MASCULINA Homens podem não pensar em nada por horas. #ComoElesFazemIsso.

CAPITULO TRINTA E UM

Joey

Meus membros tremiam mais do que o normal. A tremedeira nos meus dedos só acalmou quando agarrei o volante com força suficiente para deixá-los brancos. Eu estava amedrontada lá fora. Eu realmente não podia permitir que esse pensamento passasse pela minha cabeça quando estava na pista. Não podia pensar que um pouco do coração disparado, da emoção que estremecia a minha pele que sentia enquanto corria hoje era porque estava sendo perseguida. Eu tive sorte hoje. Sorte por não ter acabado empilhada com vários outros carros. Sorte de não ter sido morta. Mas... Ainda estava vida e estava sorrindo. Segundo lugar! Na importava o que Cannon ou qualquer dos outros motoristas haviam tentado na pista. Eles não tiveram êxito. Mas eu tive. Nós tivemos. Jace e eu.


No segundo em que o meu carro parou com um berro, minhas mãos começaram a trabalhar ferozmente para soltar os meus cintos para que eu pudesse sair do carro. Pareceu demorar uma eternidade. Meus membros pareciam feitos de gelatina e a exaustão mental me derrubou. Mãos fortes e precisas afastaram as minhas, removendo habilmente os cintos. Olhei para cima. Jace estava ali, com o headset ao redor do pescoço dele agora, o cabelo estava em pé como se ele tivesse passado as mãos pelos cabelos e a pele dourada dele parecia pálida apesar do sol. Ele se parecia com um consolo. Ele tinha o cheiro de casa e transmitia uma sensação de alivio. Retirei o meu capacete, luvas e óculos. Jace soltou os cintos e então eu estava fora do carro. O ar fresco passou pelas minhas bochechas. Me joguei sobre Jace. Ele me segurou, os braços dele eram como prensas ao redor das minhas costas. “Você arrasou lá na pista.” Ele exclamou. Eu ri. “Segundo lugar.” “Essa foi uma das corridas mais equilibradas que já vi, baby. Deus, estou tão orgulhoso de você.” Ele estava orgulhoso e isso era quase tão bom quanto a vitória pela qual lutei. Não havia muitas pessoas que me diziam que estavam orgulhosos. Na maioria das vezes, eu dizia isso a mim mesma. Pensava que isso era o bom o bastante, até que ouvi a mesma coisa da boca de Jace. Agora, bom o bastante nunca mais seria suficiente novamente. “Puta merda!” Drew disse de perto. “Joey, isso foi sensacional.” Jace me colocou no chão e eu abracei Drew e depois Trent. Hopper estava parado lá, com a aparência um pouco mais abatida. Seu cabelo longo demais estava armado, o chapéu havia desaparecido há um longo tempo e o canto dos olhos dele pareciam inchados. Mas ele mascarou tudo isso com um sorriso aliviado. “Isso foi impressionante.” Ele disse e me puxou para um abraço. Quando me afastei, disse silenciosamente. “Você viu?”


As grandes e escuras sobrancelhas dele se abaixaram. “Ah, eu vi. Irei lidar com isso.” Eu não disse mais nada porque as pessoas começaram a se aglomerar ao nosso redor. Dei alguns passos para trás, pois estava me sentindo sobrecarregada e, honestamente, ainda estava abalada. Minhas costas se encostaram contra um peito familiar e me derreti contra ele por longos segundos antes de me endireitar e me afastar. A mão dele envolveu a minha e absorvi a força passada pelo toque dele enquanto a imprensa e o resto das pessoas se amontoavam ao meu redor. Respondi algumas perguntas, sorri para as câmeras e então Hopper disse a eles para se afastarem. “Deem a garota algum tempo para celebrar! Ela vai responder as perguntas depois dos troféus serem entregues.” Ele anunciou e acenou para todos se afastarem. Arrow se posicionou ao nosso lado e sorriu com o seu cabelo loiro caindo sobre a sua testa. “Você arrasou nessa corrida.” Ele sorriu, um pouco tímido. Me aproximei e o abracei forte. Ele hesitou por um segundo, mas então os braços dele vieram ao meu redor e sorri contra o ombro dele. “Obrigada.” Eu disse, alto o suficiente para que apenas ele ouvisse. Quando nós nos separamos, notei que Jace estava nos assistindo, com um olhar caloroso. Ele se aproximou de mim e envolveu seu braço ao redor da minha cintura. Cervejas começaram a ser distribuídas ao nosso redor e um sentimento de celebração preencheu o ar. Embora estivesse excitada por ter ganhado, os meus nervos ainda estavam sensíveis. Esperava que a cerveja em minha mão fosse me ajudar a relaxar, mas a minha garganta ainda estava muito fechada para que conseguisse bebê-la direito. “Josie, você está bem?” Jace se apoiou em mim para sussurrar na minha orelha. Eu olhei para cima e assenti. “Sim, só foi um pouco intenso.”


Os olhos dele escureceram e os seus lábios se comprimiram. “Sim, muito intenso.” Senti que os caras ao meu redor estavam querendo perguntar sobre isso, mas era como se ninguém quisesse tocar no assunto. Compreendia isso muito mais do que qualquer um aqui poderia e definitivamente não estava com pressa para explicar. Inferno, não podia nem mesmo pensar sobre o assunto. Estava ficando fora de controle... as noticias sobre a minha transição estavam deixando tudo pior. Próximo dali havia um alvoroço e ouvi alguém da imprensa gritando. Eu estiquei o meu pescoço para ver o que estava acontecendo. Drew, Trent, Arrow e Jace fizeram a mesma coisa. Um sentimento estranho de agouro passou por mim. Ele me deixou quente, pegajosa e agitada por dentro. Minha mão agarrou a garrafa de cerveja como se ela fosse um salva-vidas... ou talvez uma arma. A multidão se dividiu quando três homens, todos vestidos com ternos e gravatas, um deles com uma prancheta e uma carranca, se dirigiram na nossa direção através dos boxes. Engoli o vomito que estava subindo pela minha garganta. Isso não é bom. Arranquei os meus olhos para longe dos homens, para encontrar Hopper e algum sinal de ajuda. Em segundos, ele estava ali, rapidamente tomando o meu lado. Antes que ele pudesse me perguntar o que estava errado, notou os homens. O corpo dele congelou. Drew não estava muito longe e nossos olhos se cruzaram. Ele franziu a testa e deu um soco na lateral de Trent, que também havia notado os visitantes. Parecia que todos haviam notado eles naquele segundo. Todo o barulho e celebração morreu e foi substituído por um tipo estranho de silencio que eu só havia ouvido em filmes até agora. Jace sentiu também que algo ruim estava prestes a acontecer e se esticou para tentar me proteger com o seu corpo. Eu queria estar atrás do corpo dele, necessitava de proteção, mas não podia aceitá-la. Precisava encarar isso sozinha. Eu meio que queria ele, porém. “Srta. Gamble.” O homem com a prancheta disse, ao nos alcançar.


“Essa sou eu.” “A inspeção do seu carro apenas há alguns minutos nos demonstrou que há alguns problemas.” “Há alguma coisa errada com o meu carro?” Perguntei, alarmada, olhando ao redor para procurá-lo, mesmo sabendo que ele não estava aqui fora. O meu estomago se revirou e minhas palmas começaram a suar. “Como uma corredora profissional, nós sabemos que você foi noticiada sobre a política rigorosa sobre não fazer mudanças no seu carro após a inspeção no dia da corrida.” “É claro.” Eu disse confusa. “Nós inspecionamos o seu carro antes da corrida e novamente após ela.” Ele disse. Eu fiz um barulho. “Eu sei disso. O que você está dizendo?” “O seu carro sofreu alterações desde a inspeção desta manhã. Modificações não permitidas foram feitas.” “O que?” Eu disse, minha voz soou como um eco dentro da minha própria cabeça. Não estava compreendendo nada. Não havia feito nenhuma alteração no meu carro. Eu não iria fazer. Nem poderia! Estava dirigindo ele, pelo amor de deus. O homem assentiu, olhando para as próprias anotações como se ele não soubesse exatamente o que pretendia dizer ao vir até aqui. Ao nosso redor, a imprensa assistia atentamente, as luzes vermelhas das câmeras estavam piscando e todo mundo estava segurando o próprio fôlego, esperando para ouvir o que esse oficial iria dizer. Em outras palavras, o ar tinha cheiro de escândalo e a mídia amava um bom escândalo. “A sua placa de levantamento do motor foi ajustada para permitir que mais oxigênio entre, o que, como você sabe, o resultado disso é a habilidade de ir mais rápido.” “Isso é loucura!” Jace gritou.


Um sentimento de instabilidade e insegurança me dominou. A imprensa começou a enlouquecer, gritando questões, ativando as câmeras. Todo o barulho ao nosso redor ficou sufocante, estava quase se tornando insuportável. Eu olhei para Hopper, incapaz de dizer qualquer coisa. Ele franziu a testa. “Isso é impossível.” Ele disse. “Não é.” O homem disse. “Eu tenho o relatório da inspeção aqui comigo.” “Deixe-me ver.” Hopper insistiu e estendeu a mão esperando pelo relatório. “Como empresário da Srta. Gamble, infelizmente, o senhor também é um dos nossos suspeitos e não somos obrigados a lhe mostrar nenhum dos nossos relatórios.” “Isso é ridículo.” Ele irritou-se. “Nós não temos outra escolha senão lhe desqualificar da corrida de hoje. A divisão profissional de corrida não tolera nenhum tipo de trapaça.” E simplesmente assim, a bolha que havia se criado ao meu redor explodiu. Eles estavam tirando a minha vitória. Transformando tudo o que eu havia feito lá fora – o jeito que havia sobrevivido e superado a todos – em nada. “Você está de brincadeira!” Arquejei. “Eu nunca trapaceei! Não modifiquei o meu carro. Se esse relatório” – apontei o meu dedo para a prancheta dele - “mostra alterações, então quero falar com o gerente das instalações. O meu carro deveria estar seguro aqui. Deveria estar muito bem guardado e com acesso restrito. Se alguém o modificou, então quero saber quem foi!” Você já sabe... O pensamento me congelou. Arfei e dei um passo para trás contra Jace. Meus olhos passaram ao redor da multidão até encontrar quem estava procurando. O cara na minha equipe de boxes, aquele que havia olhado para mim tão estranhamente durante a última parada nos boxes. Foi você... Os olhos dele se arregalaram. Depois ele olhou para longe. Mas não antes que flagrasse a aura de culpa que o rodeava. “Foi a minha equipe de boxes!” Ofeguei. “Eles devem ter mexido no meu carro quando eu não estava olhando!”


O oficial me olhou com descrença e suspeita. “Você está dizendo que a equipe de boxes que você contratou – o seu próprio pessoal – ajustou o seu carro sem o seu consentimento?” Comecei a responder, mas ele me cortou. “Porque essa divisão dificilmente acreditaria que a própria equipe de boxes de um piloto iria sabotar a sua corrida.” Era difícil de acreditar, mas tinha que ser isso. Vacilei nos meus pés. Traição em cada curva. Falsidade me rodeando. Todo esse tempo. Todos esses anos lutei por respeito. Parecia como se toda essa luta tivesse sido por nada agora. Ninguém me respeitava? Ninguém pensava que eu merecia estar aqui hoje? “Eu não fiz isso.” Minha voz soava vazia aos meus próprios ouvidos. Meu estomago se revirou, bile subiu pela minha garganta e o meu peito começou a ficar apertado, tornando dolorosa a tarefa de respirar. “Você está alegando que não sabia sobre as mudanças feitas em seu carro?” O oficial ridicularizou. “Eu não estou alegando nada!” Devolvi. “Estou dizendo a verdade.” “Veja bem, Srta. Gamble, nós sabemos quem é o seu pai...” Me lancei para frente, colocando o meu rosto tão perto do dele que o fez andar para trás. “Não ouse trazer ele para isso! Isso não é sobre ele. Sou uma pessoa independente e os meus atos estão completamente separados dos do meu pai.” Ele agiu como se não tivesse ouvido nada do que eu disse. “Talvez você tenha pensado que nós iríamos relevar as suas... alterações por causa dele, porque você ficou em segundo lugar. Ou talvez você apenas pensou que ele iria assinar um cheque e fazer todos os problemas desaparecerem.” Eu me senti ultrajada e avancei sobre ele mais uma vez. Braços fortes se envolveram ao redor da minha cintura e me puxaram de volta. Meu peito parecia pesado quando tentei respirar. Eu tremia tanto que tinha medo de cair se não estivesse sendo segurada por Jace. Olhei ao meu redor. Minha ruína estava se tornando pública. Tudo isso provavelmente estava sendo transmitido ao vivo para a mídia. Eu havia sido persistente lá fora na pista hoje. Todo mundo estava trabalhando como uma equipe contra mim. E agora isso...


Eles estavam arruinando tudo o que eu havia feito. Minha carreira, meu orgulho, minha reputação. Um sentimento fervente de raiva se espalhou por mim e sentia o meu corpo queimar. “Você realmente acha que eu iria modificar o meu próprio carro, que preciso trapacear para vencer uma corrida?” Eu gritei. O oficial sem a prancheta parecia ter uma resposta pronta. “Talvez o renovado interesse da mídia em sua transformação e subsequente carreira tenha colocado pressão sobre você para que a sua transformação tenha maior publicidade.” Eu gargalhei. Foi um som meio engasgado e infelizmente desesperado. Estava prestes a desmoronar aqui mesmo. Agora. Todo mundo iria ver quão fraca eu realmente era. “Essa é alguma maldita brincadeira?” Uma voz muito familiar esbravejou ao lado da minha orelha. “Vocês, picaretas, não estão realmente parados ai insinuando que ela fez isso. Ela disse que ela não fez.” Jace soltou os braços que estavam ao meu redor e entrou na minha frente, desafiando os homens. Trent parou ao meu lado e Drew se posicionou do meu outro lado. Obrigado a Deus por eles... Como será se eles deixarem você quando descobrirem quão fraca você é? “Porque qualquer outra pessoa iria querer modificar o carro dela?” O homem rebateu. “Para me desqualificar.” Esbravejei. “Certamente tem alguma coisa que pode ser feita.” Drew se pronunciou. Hopper estava balançando a cabeça dele, com uma carranca no rosto. Ele sabia tão bem quanto eu qual seria a resposta para isso. “Não é assim que as coisas funcionam. Ela foi flagrada com um carro modificado. Ela sabe dos regulamentos e as consequências.” Ele olhou para mim. “Você está fora. Não há nenhuma vitória para você hoje. Arrume as suas coisas e vá embora. A divisão entrará em contato com você através do seu gerente sobre o que isso irá significar para o seu futuro nas corridas.” Aquele foi o golpe final na épica batalha que havia sido travada comigo hoje.


Jace me puxou contra a lateral do seu corpo e me encostei nele por um momento enquanto a minha cabeça rodava com a condenação. Minha carreira estava acabada. Eu dirigi como uma louca hoje. Literalmente bati as probabilidades – os homens tentando me arruinar – e arrasei lá hoje. Mostrei para todo mundo que merecia estar na pista. Eu venci. Eu venci apenas para ser desqualificada depois e acusada de trapacear. Mesmo se eles me deixassem correr novamente, estaria marcada como uma trapaceira. Iria perder patrocinadores e credibilidade. A imprensa iria me comer viva por isso. Meu pai iria arrancar a minha cabeça. O homem com a prancheta arrancou um papel dela e o estendeu para mim. No topo da página estava escrito: AVISO DE DESQUALIFICAÇÂO. Encarei o papel com desprezo e choque. Hopper se pronunciou e pegou o aviso quando ficou claro que eu não iria pegá-lo. Eu não podia aceitar isso. Não iria. Os homens com seus ternos e olhares julgadores marcharam para fora. Observei a partida deles, com raiva se construindo dentro de mim. Hopper entrou na minha linha de visão. As feições dele não eram mais do que manchas na frente dos meus olhos. “Eu vou investigar isso até o fim. Não vou deixar que isso toque a sua carreira.” “Já tocou,” disse a ele. “Não importa o que aconteça, estou fora hoje. Tudo o que aconteceu lá fora...” atirei minha mão na direção da pista. “Foi por nada.” Ele concordou involuntariamente. “Você está fora hoje.” “Não foi por nada.” Jace argumentou. “Deve haver alguma coisa que nós possamos fazer.” “Há, mas não hoje. Eles não vão mudar a mente deles sobre a vitória. Eles não vão nem mesmo trazer o carro. Eles irão confiscá-lo.” Hopper disse a ele. “Quem iria fazer isso, Joey?” Drew perguntou, a voz dele era forte. Eu balancei a minha cabeça. Eu não podia... Minha cabeça estava girando.


“Porque?” Drew pressionou quando não respondi, a mão dele se fechou em punho. Olhei para Hopper. “Eles estão tão irritados assim?” Perguntei. Ele empalideceu. Ele na verdade vacilou um passo para trás. “Eles não iriam...” Mas eles iriam. “O que?” Jace demandou, a voz dele estava cheia de suspeita. Estremeci. “Meus colegas de corrida.” Joguei. “Os outros profissionais com quem dirijo. Eles estão irritados que estou avançando. Eles me odiavam antes... mas agora está pior.” “Eu preciso fazer algumas ligações.” Hopper disse. O papel na mão dele amassou em seu punho. “Não irei tolerar isso. Vou levar isso a diretoria desta divisão se for preciso.” Ele puxou o celular dele e marchou para longe com passos nervosos e rápidos. A equipe inteira estava parada ao redor olhando para mim. Alguns estavam sussurrando. Meus olhos encontraram o homem do qual suspeitava. Fuzilei ele. Ele se virou e começou a fugir. “Espere um minuto!” Gritei e corri atrás dele. Toda a multidão pareceu me acompanhar. Segurei ele pelo braço e ele olhou sobre o ombro. “Porque?” Perguntei a ele, baixo. Ele se afastou de mim. “Eu não sei do que você está falando.” “O inferno que você não sabe.” Eu rugi. “O que está acontecendo?” Jace demandou. “Não me culpe porque você foi pega trapaceando.” O mecânico disse. Eu me sacudi como se ele tivesse me dado um tapa. As palavras dele foram como sal sobre a ferida. Ele acabava de negar algo que eu sabia que ele tinha feito, e ele não simplesmente negou, ele negou na frente


da imprensa e ainda deu a entender que eu havia ordenado e estava ciente da alteração feita no carro. Assisti enquanto ele desaparecia em meio a multidão, me deixando aqui... com os pedaços da minha carreira nos meus pés. Paparazzi apareceram como urubus sobre a carniça. Eles sentiam o cheiro de destruição e eles queriam registrar isso em suas câmeras, capturar vídeo para que o mundo inteiro pudesse ver a minha ruína e para que eu tivesse o registro disso para o resto da minha vida. “Joey G., você tem algum comentário sobre ser desqualificada da corrida de hoje?” “Joey G., porque você trapacearia?” “Joey G. você acha que os seus atos irão afetar a Gamble Enterprises?” Eles atiravam perguntas em mim como balas de uma arma elétrica, eram tantas perguntas com tanta força. Cada uma delas me atingiu, cada uma delas furou a minha pele. As paredes estavam se fechando ao meu redor. Eu precisava respirar. Não deixe eles verem você sangrando. “Sem comentários.” Gritei, me afastando de Jace e me endireitando. As questões continuaram. Os microfones estavam no meu rosto. As pessoas me encaravam como se eu fosse uma criminosa. “Você acha que hoje foi a sua última corrida?” Alguém gritou. Desmoronei. Como se tivesse sido quebrada em duas. “Chega!” Gritei e joguei os meus braços no ar. “Retirem as suas merdas daqui!” Rugi. Todo mundo parou onde estava e olhou para mim. Eles agiram como se estivessem em choque com a minha explosão. Isso me enraiveceu. Eu estava em choque. Não eles. Durou provavelmente três segundos. Então todo mundo retomou os seus movimentos. “Joey.” Drew disse, vindo para o meu lado.


Me afastei dele. De todo mundo. Senti o olhar de Jace em mim, mas me recusei a olhar para ele. Estava tão nervosa. Tão chocada. Se olhasse para ele, mesmo que fosse apenas uma vez, provavelmente iria chorar. Chorar era a pior coisa que eu poderia fazer. Não. A pior coisa que poderia fazer era ver o olhar nos olhos de Jace. A condenação. “Eu vou pegar a minha bolsa.” Disse sem me dirigir a ninguém em particular e fui rapidamente para o gigante banheiro com armários para os motoristas e o pessoal. Eles eram todos unissex na sessão de corredores, porque você sabe, até eu começar a correr, não havia nenhuma razão para que houvesse um banheiro feminino num ambiente de corrida masculino. Seria descriminação me manter fora da áreas comuns para os corredores, então a maioria dos boxes ao invés de serem modificados para agregar um novo banheiro, haviam simplesmente recebido mais um símbolo na porta, o símbolo de uma pessoa com saia ao lado da figura masculina. Eu não me importava. Que diferença iria fazer? Havia cabines e não era como se nunca tivesse visto um urinol antes. Ou um pênis. Raramente me aventurava além dos armários porém. Inferno, provavelmente nem mesmo entraria neste lugar se não precisasse de um lugar para guardar a minha bolsa e algumas roupas extra. Nem mesmo havia utilizado ele até a adulteração ter começado. Até um armário ter se tornado necessário. Deveria saber que isso aconteceria. Deveria estar preparada para isso. Porém, como alguém se preparava para algo assim, exatamente? Eu sentia como se as ‘preparações’ que havia feito até esse ponto houvesse servido para me fortalecer, fortalecer meu coração, e alimentar o peso que carregava nos ombros até que pudesse usá-lo como um escudo. O problema dos escudos? Há sempre uma fraqueza. Sempre há alguma coisa que pode penetrá-lo e acertar o seu ponto fraco. Estive tão ocupada com a minha vida, com amigos que vinham à cidade para me ver, a atenção da imprensa e viagens. Com Jace e o jeito que ele me fazia sentir.


Abaixei a minha guarda. O meu escudo. Eu sabia que deveria ter sido mais cuidadosa. Essa era a minha punição. Eu fui até a pia, abri a torneira de água fria e joguei um pouco no meu rosto. As gotas geladas ajudaram a dissipar um pouco nas nuvens que nublavam os meus pensamentos. Ficar sentindo pena de mim mesma não era uma opção. Precisava pensar, agir. Depois que usei um pedaço de papel toalha para secar o meu rosto, tirei o meu prendedor de cabeços e deixei os meus cachos escuros soltos. Me olhei no espelho sobre a pia. Olhei profundamente para os olhos verdes que estavam me encarando no espelho. Tudo isso realmente valia a pena? Sempre parecia que independente do quanto me esforçasse, nunca era o bastante. Apesar dos meus melhores esforços, uma lágrima escapou. Absolutamente solitária, ela deslizou para baixo pelas minhas bochechas vermelhas enquanto assistia. Outra caiu. E outra. Eu amava dirigir, a adrenalina da velocidade e gastar os meus dias atrás de um volante ao invés de uma mesa de escritório. Será que as coisas que vinham junto com a profissão estavam finalmente começando a me destruir? Um soluço de choro se libertou da minha garganta e foi como se a torneira tivesse se aberto de vez. Agarrando outro pedaço de papel toalha, enterrei o meu rosto no pedaço de papel e chorei. Meu corpo tremia como um trovão em meio a tempestade. Chorei pela humilhação, pela perda e até mesmo pela trapaça. Todos esses anos sendo forte, nunca deixando nada me derrubar... resultaram numa vitória hoje... Então essa mesma vitória foi traiçoeiramente roubada. Me permiti chorar por mais tempo do que queria. Na verdade, meu corpo tomou o controle e parecia estar despejando tanto desespero que estava assustada. O que, é claro, me fez chorar ainda mais.


Eventualmente, funguei, levantei o meu queixo e encarei os papeis encharcados e despedaçados em minhas mãos. Lentamente, olhei para cima. Pela primeira vez, o meu reflexo mostrou o que jeito que eu realmente estava por dentro. Quebrada. Danificada. Despedaçada. A pele sob os meus olhos estava inchada e vermelha. A suave pele da minha bochecha estava áspera e quente. Pele seca e ressecada contornava os meus lábios e a ponta do meu nariz estava machucada por causa do maldito papel toalha. Havia uma mancha de sujeira na minha bochecha, provavelmente era da corrida... e isso me transportou para as memórias da primeira noite que passei com Jace. Do jeito que nós nos agarramos e o jeito que ele parecia naquela camiseta suja. Eu comecei a chorar novamente. E se o perdesse junto com todo o resto das coisas que já haviam sido retiradas de mim? Joguei fora os pedaços de papel arruinados que ainda estavam na minha mão e peguei um novo. Depois de limpar as minhas lágrimas uma segunda vez e assoar o meu nariz, o joguei e lavei as minhas mãos. Chega, já deu. Ficar parada no banheiro chorando não iria mudar nada. Sair daqui com o meu rosto denunciando como realmente me sentia já iria ser embaraçoso o bastante. Se ainda quisesse chorar mais tarde, poderia fazer isso na privacidade do meu quarto de hotel. A festa de consolação de uma pessoa só estava agora cancelada. No meu armário, coloquei o código e abri a porta. Minha bolsa marrom de couro esperava por mim na exata posição que estava quando a deixei ali. Não estava completamente pronta para voltar lá fora onde todo mundo estava e encarar as perguntas, as conversas... os olhares. Enrolei, para ter mais tempo, enquanto abria o zíper do macacão de corrida que estava vestindo e o tirava do corpo. Ele cheirava como suor e gasolina. A parte de trás estava molhada por causa das enormes poças de suor que se formavam entre os meus ombros. Por baixo do macacão, estava vestindo calças jeans skinny pretas e uma simples camiseta cinza feita de algodão com uma gola V bem larga. A brisa fria de ar contra a minha recém-libertada pele foi como um beijo de Jace. Tentador, mas refrescante. Suave, mas excitante.


Tive que tirar as botas amarradas aos meus pés para poder tirar completamente o macacão, então sentei para fazer isso mais rápido, mas quando fui colocar as botas de volta, não podia. Estava tão cansada... ao invés, peguei a minha bolsa e encontrei um par de chinelos. Estava colocando tudo de volta na bolsa quando a porta do banheiro de armários abriu e fechou com uma batida. Olhei para cima, pensando que era Jace, sem nenhuma objeção a presença dele. Meio que o queria agora. Apenas queria sentir o suporte dele. Precisava disso. Eu sabia quase que instantaneamente, entretanto, que não era Jace. Minhas costas se endireitaram quando alguém caminhou pelas fileiras de armários antes de entrar no meu campo de visão. Todos os pequenos pensamentos perturbadores, a suspeita que estava guardada no meu subconsciente, veio a superfície. Junto com ela veio a humilhação, a traição... a raiva. “Se fosse você, me viraria de costas e daria o fora daqui.” Eu disse, pegando a minha bolsa e fechando a porta do meu armário com violência. Foi uma boa forma de ressaltar as minhas palavras. “Joey, Joey, Joey.” Ele entoou, se aproximando. “Parece que você esteve chorando.” Ele fez uma cara triste e naquele momento sabia o que era o verdadeiro ódio. Dean Cannon era um bastardo arrogante que pensava que o mundo girava ao redor dele. Ele não era um cara grande, medindo mais ou menos 57, com uma estrutura magra e uma cabeça cheia de cabelos castanhos. Ele definitivamente não era a minha xícara de chá – ou a minha xícara de qualquer coisa na realidade – mas sabia que um monte de fãs pensavam que ele era um galã. Ele gostava de lembrar a equipe inteira disso sempre que possível. Ele tinha a sua própria linha de camisetas, algo com o seu nome nas costas. Ele também tinha uma dúzia de patrocinadores, um dos quais o fazia ser quase um membro da casa. Bem, para qualquer pessoa que assistisse TV e prestasse atenção aos comerciais. Meu pai o patrocinava, assim como algumas outras grandes companhias, mas era o trato que ele tinha com o meu pai que o fazia parte da minha ‘equipe’. Tecnicamente, corredores não tinham times. Mas meu pai patrocinava alguns corredores na divisão profissional. Nosso quartel general era na Gamble Speedway. Todos nós tínhamos apartamentos lá. As garagens e mecânicos eram de lá. Hopper e alguns outros gerentes estavam lá.


Nós dirigíamos juntos muitas vezes. Nós ocupávamos muitas vezes os mesmos locais de treinamento e usávamos o mesmo time de pessoal para nos preparar para as corridas. Todo mundo se relacionava, mas ninguém realmente se gostava. Eu era uma estranha de fora. A corredora que permanecia por fora mesmo num salão lotado. As pessoas reconheciam isso. Eu era conivente com isso. Porque realmente, não me importava. Não muito, de qualquer forma. Ok, tudo bem, as vezes isso machucava como o inferno. As vezes, me sentia como uma criança no jardim de infância que ficava parada no fundo da classe enquanto a criança popular distribuía convites para a sua festa, esperando pelo meu, mas ele nunca vinha. Todo mundo recebia um convite, menos eu. Porque não eu? Quando estávamos trabalhando, eu estava sempre ocupada. Ignorava as brincadeiras, os olhares e os ocasionais comentários maldosos. Não saia para a pizza e cerveja ou assistia a fitas de corridas antigas no espaço de convivência do quartel general depois de horas por lá. Eu era legal com todo o pessoal dos serviços, mas acabei conquistando a reputação de ser indiferente. Sabia que algumas pessoas assumiam que eu pensava que era melhor do que os outros corredores. Alguns pensavam que eu havia sido mimada pelo meu pai. Nunca neguei, mas nunca confirmei também. Não importava, porém, porque aprendi que às vezes o silêncio vinha com um preço. Algumas pessoas sempre queriam acreditar o pior ou transformar tudo em drama, e desde que eu nunca disse nada, eles continuaram a assumir o pior. Isso me incomodava, mas no grande esquema das coisas, o que isso realmente importava? Meu trabalho era dirigir, ser profissional e vencer corridas. Hoje você não venceu. Hoje tudo foi tirado de você. Olhando para trás e olhando direto para Dean agora, talvez eu devesse ter sido um pouco menos profissional. Havia permitido que ele e os outros fossem longe demais. Escondendo atrás de estereótipos.


“A imprensa já esta tendo um dia cheio com isso.” Dean gargalhou, colocando as mãos dele nos seus bolsos sujos, usando seu macacão de corrida suado e uma feição presunçosa. “Era isso o que você pretendia, não era?” Eu disse com conhecimento. “Tirar os meus créditos com a imprensa e tirar a minha vitória de hoje para que eu pareça pior do que você depois que você tentou me tirar da pista e causou um empilhamento de metal no meio do caminho.” Um brilho de raiva cobriu a verdade nos olhos dele. “Você está sugerindo que fui eu que fodi com o seu carro?” “Ah, não estou sugerindo isso.” As mãos dele saltaram dos bolsos dele, os braços dele saltando quando ele se aproximou. Continuei plantada onde estava apesar da minha pele doer com a aproximação dele. Essa é a primeira vez que fico sozinha com ele desde aquela noite. “Se você sabe o que é bom para você, você vai manter a sua boca fechada.” Ele avisou. Baixei a cabeça para o lado e estudei ele. “Você quer dizer como antes?” Os olhos dele se acenderam. “Você ainda não esqueceu isso?” Sorri. “Você gostaria que eu tivesse, não é mesmo?” Os olhos azuis dele se estreitaram. Eles eram um desperdício de cor nele. A alma negra dele os arruinava. Eu dei um passo a frente, desafiando ele. Me recusava a mostrar qualquer tipo de medo ou intimidação por causa dele. Era o que ele queria e mesmo com as minhas mãos ainda tremendo um pouco por causa do nosso confronto, eu era orgulhosa demais para demonstrar. Eu havia me tornado muito boa em esconder o pior da minha fraqueza. “É por isso que você fodeu com o meu carro? Como você o fez Cannon? Será que você se esgueirou até ele depois que você comeu poeira hoje, depois desabafou durante o seu ataque temperamental na pista? Não seria a primeira vez que você mexe com o meu carro.” O rosto dele azedou. “Eu não modifiquei nada.”


“Então quem fez?” Eu perguntei. “Você pagou alguém da minha equipe de boxes?” Os olhos dele brilharam. “Você é uma pequena puta, você sabe disso?” Então foi isso. Eu já havia visto esse olhar no rosto desse cara. Cannon o pagou para modificar o meu carro, pagou para que ele fizesse parecer que eu havia trapaceado. A pior parte? Eu estava sentada no maldito carro enquanto isso acontecia. “Não, Cannon. Você é a puta. Você é tão puta, que você adulterou o meu carro porque venci você hoje. Não apenas uma garota te fez comer poeira lá fora na pista, mas estava roubando toda a atenção profissional, não estava? Eu estava recebendo todos os tipos de novas atenções por causa da minha transição.” Os músculos no pescoço dele ficaram tensos como se ele estivesse tendo problema em se conter. Acho que a verdade machucava. “Publicidade? Ninguém se importa sobre você ou a sua maldita carreira. A única razão de você estar aqui é por causa do seu papai.” “Continue dizendo isso.” Rebati, entediada. Eu o ouvi dizer isso tantas vezes que praticamente poderia ouvi-lo enquanto dormia. “Você nem sequer conseguiu a capa de uma revista sozinha. Eles tiveram de colocar um cara ao seu lado porque ninguém iria comprar a revista se fosse tudo sobre uma corredora mulher.” Isso me atingiu, provavelmente porque parte de mim acreditava nele. “Se você pensa que vou manter a minha boca fechada sobre hoje, você está usando droga. Não há nenhuma chance no inferno de que vou assistir a minha carreira inteira evaporar.” “Depois de hoje, você não vai ter uma carreira.” Ele ameaçou. “Depois de hoje, nem você terá.” Prometi. Os olhos dele se arregalaram um pouco. Isso me fez sentir uma merda. Ele realmente pensava tão baixo de mim? Ele realmente pensava que poderia me provocar dessa forma e sair ileso? Claro que ele pensava. Você já havia permitido isso antes.


“Você não deveria ter vindo aqui, Cannon. Mas você apenas tinha de se vangloriar, não é mesmo? Eu posso ter suspeitado disso antes, mas agora tenho certeza.” “Você não tem prova.” Ele sorriu. “Você tem a minha palavra. E tenho uma linha direta para o homem que assina o seu cheque mais valioso.” Toda a cor foi drenada do rosto dele e ele avançou sobre mim. Cai para trás, meu corpo batendo contra as portas dos armários enquanto tentava evitar as mãos dele. Memórias vieram a tona... sentimentos, pensamentos... medo. Fiz um barulho estrangulado, tentando sair de perto dele. Ele me jogou de volta. Minha cabeça ricocheteou contra o metal e cabeceei ele, determinada a lutar. Você sabe qual é o problema de ser mulher? Ser fisicamente mais fraca do que um homem. O corpo dele prensou o meu. Ele se pressionou contra mim e se esfregou em mim como se fosse um gato em um pau de se espreguiçar. “Eu sei que você sentiu falta disso.” Ele cantarolou, tocando o meu seio. Eu cuspi no rosto dele. O olhar malvado e desprezível com que eu havia me acostumado nele apareceu em sua expressão. A mão dele se afastou, agarrou-me pelo pescoço e me prendeu contra a parede. Agarrei a mão com ambas as minhas, tentando arranhá-lo e fazê-lo me soltar. Ele apenas apertou com mais força, me levantando até que os meus pés estivessem fora do chão e pendendo sobre ele. Enfiei as minhas unhas no braço dele e ele amaldiçoou, mas não foi o suficiente para fazê-lo soltar. Engasguei, desesperada por ar. “Ouça bem, sua pequena puta.” Ele rosnou. “Você mantêm a sua maldita boca fechada, volta para aquela divisão falseta para os pobres e esquecidos Indies e deixa os verdadeiros homens lidarem com a profissional. Você não pertence aqui. Você nunca pertenceu e nunca pertencerá.” Levantei o meu joelho e aceitei bem nas bolas dele.


Os olhos dele quase saltaram para fora, a mão dele soltou a minha garganta e caí do ar, descendo contra o armário, e atingi o chão com uma batida brusca. Agarrei a minha garganta, arquejando e ofegando por ar. Embora a mão dele tivesse saído, ainda sentia como se ele estivesse apertando o meu pescoço. Ainda sentia como se não pudesse respirar. Pânico tingiu o limite da minha visão, rolei e sentei. Eu mal consegui me sentar, ofegar por oxigênio era tudo o que eu conseguia fazer. O corpo de Cannon se curvou sobre ele mesmo. O que eu conseguia ver do seu rosto estava muito vermelho. Eu sabia que precisava me levantar, então comecei a ficar de pé, jogando minhas mãos para me segurar. Com um som de raiva, Cannon lançou-se para mim, me atacando no chão, e me prendendo. "Saia de cima de mim!" Eu rugi, mas soou como um guincho. Ele me acertou. A dor floresceu em meu rosto. Lágrimas queimaram os meus olhos. Eu estava tão inacreditavelmente frustrada e machucada. “Você continua tentando me mostrar quem é o chefe, não é mesmo?” Ele empurrou o rosto dele na frente do meu, saliva dos seus lábios espirando em mim e me encolhi. “Talvez eu deva lhe mostrar quem é realmente o chefe, de uma vez por todas.” Medo, genuíno e pungente me dominou. Num impulso, arremessei um braço para cima na direção dele e o meu cotovelo acertou o olho dele. Ele gritou e o tirei de cima de mim, depois me coloquei de pé tremulamente. Dean saltou para os seus pés enquanto eu fugia, agarrou o meu braço e o puxou. Quando me desequilibrei para trás, trouxe junto o meu punho fechado e consegui acertar ele direto no rosto. “Argh!” Ele gritou, a cabeça dele caiu para trás. Sangue escorreu do nariz dele. Dor explodiu na minha mão, mas agarrei a sensação. Ela me fazia sentir viva. Ele se recuperou muito mais rápido do que eu iria se tivesse levado um soco igual. O seu punho me acertou no lábio. Senti a minha pele se dividir ao meio e o fio de sangue quente. Minha cabeça pulsava com adrenalina e raiva. Minhas mãos tremiam e dentro do meu peito o meu coração saltava. Toquei os meus lábios. Os meus dedos ficaram manchados de sangue.


Ele riu como se me ver sangrando o fizesse feliz. Como se isso provasse algo. “Mantenha a sua boca de vadia fechada ou vou fazer coisa muito pior com você.” Cannon ameaçou. Eu limpei o sangue na minha perna e o encarei. “Como exatamente isso vai ficar pior para mim?” Eu rebati. Ele começou a zombar de mim, como se eu estivesse sendo estúpida, então me balancei e o acertei novamente. Direto no nariz uma segunda vez. Ele rugiu, desta vez caiu para trás contra os armários e trouxe uma mão para cobrir o nariz dele. Meu peito ficou pesado. Eu sentia anos de frustração reprimida e raiva redirecionada explodiu por causa de tudo o que ele havia feito para mim. “O que você vai fazer? Colar alguns absorventes gigantes no meu carro? No meu armário? Nas cabines do banheiro? Você vai pendurar absorventes internos no meu retrovisor e os colocar na minha bebida quando eu não estiver olhando?” Avancei nele com raiva. Lágrimas choviam dos meus olhos, mas não me importava mais. Estava louca de raiva e angústia. Me sentia arruinada, como seu tivesse atingido o fundo do poço. Como chegamos a isso? Como posso ter acabado desqualificada de uma corrida, humilhada e literalmente em uma briga de punhos com um homem? Meus olhos fuzilaram ele e dei outro passo ameaçador na direção dele, ele na verdade se afundou contra os armários um pouco mais, ainda segurando o nariz sangrando. “Você vai pegar o meu carro novamente? Estacionar ele do outro lado da cidade em meio ao gueto em uma viela? Me levou um dia inteiro procurando para encontrá-lo. Você sabe o quanto essa merda me custou? Eu tive de comprar todos os aros novamente e todo o sistema de rádio.” “Cala a boca.” Ele mandou, finalmente tirando a mão do rosto. Sangue manchava a palma da mão dele, os olhos dele estavam sombreados e o nariz estava inchado. Eu esperava por Deus que estivesse quebrado. “Porque?” Chorei. “Você não gosta de ouvir toda a merda que eu tive que aturar de você sem nem mesmo um sussurro de reclamação?” Gritei. “Bem, danese! Você abusou fodidamente demais!”


Eu não podia parar agora. Eu estava tremendo para fora de mim com tanta força que estava imaginando como podia ter mantido isso tudo guardado por tanto tempo. “Que tal a noite em que vocês todos me convidaram para uma festa de equipe? Eu pensei, Merda! Esses caras finalmente decidiram que mereço um pouco de confiança para dirigir com vocês. Pensei que talvez eu realmente experimentaria um pouco da camaradagem que o resto de vocês demonstrava uns pelos outros. Mas não recebi isso, recebi, Cannon? Entrei para encontrar você segurando uma boneca inflável vestida com o meu macacão de corrida nela. Jacobs estava fodendo ela bem na sua frente. Será que você gozou vendo ele gozar? Você foi o próximo a foder com a boneca? Você é um maldito doente.” Ele ofegou. “Nem mais uma maldita palavra.” “Ah e depois há aquela vez que você veio ao banheiro sem que eu soubesse e tirou fotos de mim apenas de calcinha e sutiã enquanto me trocava. Você colou as fotos na garagem. Mas essa não foi tão engraçada, não é mesmo? Porque Hopper as encontrou. Você ainda lava banheiros por causa disso?” Ele deu um passo para frente, claramente prometendo me acertar novamente. Meus lábio estava dolorido no lugar onde ele já havia acertado, mas me recusava a recuar. “Mas isso não é nem mesmo o pior, não é?” Sussurrei, ainda empurrando ele, mesmo vendo que ele já estava enraivecido. “Ainda há aquela noite...” Ele rugiu e se jogou para frente. A mão ensanguentada que ele mantinha sobre o nariz, me acertou, dando-me um tapa no rosto com ela, senti o cheiro quente de sangue. Tropecei, e vi minha bolsa por perto e a peguei, balançando-a na direção dele. A bolsa o acertou no rosto e fugi correndo. Eu não era uma boa corredora, mas era mais leve e claramente havia empurrado ele longe demais. Novamente, ele agarrou o meu braço e me puxou de volta para trás. O meu corpo inteiro entrou na defensiva, pronto para lutar. “Solte. Ela.” O rosnado profundo, ameaçador ecoou pelo salão. Olhei sobre o meu ombro para onde Jace estava parado, no inicio da fileira de armários. Todo o foco dele estava em Dean e o olhar no seu rosto me assustou. Esse não era Jace... Não, esse era Lorhaven.


Até mais, um Lorhaven que nem mesmo eu havia visto antes, e havia visto ele realmente chateado. Os pés dele estavam plantados separados, suas mãos estavam fechadas em suas laterais. A escuridão nos olhos dele parecia quase um buraco negro, como se não tivesse nada dentro dele que pudesse tentar impedir ele de causar a pura destruição que o rugido nos lábios dele prometia. Cannon soltou-me instantaneamente. Tropecei para trás, fora do alcance do braço dele. “Jace,” Eu ofeguei. “Vamos embora.” Ele olhou para mim, analisou bem. “O que aconteceu com o seu rosto?” A voz dele era mortalmente calma. Escondi o sangue. “Eu estou bem.” “Ele. Te. Bateu.” Assenti. “Ela me acertou primeiro. Ela mereceu isso!” Cannon gritou, como se isso fosse salvar ele. “Quantas vezes? Você está machucada. Sangue...” Os olhos dele deslizaram para baixo. “Seu pescoço está vermelho. Inchado.” Ele se aproximou ainda mais de mim, espiando mais abaixo. “Manchas roxas...” O corpo dele ficou rígido. “Isso são malditas digitais!” Ele rugiu a ultima palavra e até mesmo eu me encolhi. Jace correu pela fileira de armários e com um rápido movimento agarrou Dean pela nuca do pescoço e amassou a cara dele no metal dos armários. Cannon fez um barulho abafado de umph antes de cair no chão aos pés de Jace. Jace se virou, os punhos dele ainda fechados. “Tudo o que você acabou de dizer era verdade?” Ele ordenou firmemente. Senti como se alguém tivesse socado o meu estomago. “Quanto você ouviu?” Sussurrei. “Eu ouvi tudo, Josie. Tudo.” O peito dele desceu tão pesadamente e tão rapidamente que realmente me preocupei. Lágrimas desceram pelo meu rosto mais uma vez e as sequei, tentando esconder o fato de que eu estava morrendo por dentro. Meu Deus, me sentia


acuada num canto por tanto tempo... e havia sido um inferno tentar lutar para sair de lá. “Mas há mais, não há? Ouvi você dizendo isso, mas ele parou você. Diga-me o resto, Josie. Diga-me agora.”


MENS VS WOMENS Verdades que você precisa saber e não sabe.

VERDADE FEMININA O único propósito de um clitóris no corpo de uma mulher é o prazer.

CAPÍTULO TRINTA E DOIS

Lorhaven

Déjà-vu: uma sensação de já ter experimentado a presente situação. A emoção se espalhando dentro de mim, enchendo a ponta dos meus dedos e nublando todo o meu julgamento, era familiar. Assustadoramente familiar. Eu já havia ficado nesse estado antes. Não acabou bem. Para ninguém. Entrei no banheiro de armários um pouco depois de Josie entrar. No começo a deixei ir, pensando que ela precisava de distancia. Quanto mais os segundos passavam, mas agitado ficava. Foda-se dar a ela algum tempo para pensar. Ela era independente, mas não estava mais sozinha. Olhei ao redor da equipe de boxes para todos os rostos que não conhecia. Tudo o que via eram pessoas que não se importavam nem um pouco. Sim, homem. Idiotas. Ninguém se levantou por ela quando ela foi acusada de trapacear. Isso era absurdo. Os únicos amigos dela eram aqueles que vieram aqui com ela. Normalmente nenhum de nós vinha, apenas Hopper. Olhei de volta para ele que ainda estava falando acaloradamente ao telefone.


Ela estava totalmente sozinha nisso. Não precisava ser um gênio para perceber porque ela queria ir para a divisão profissional. Me lembrei das usuais respostas politicamente corretas dela ao assedio. Isso fez um sentimento doentio revirar o meu estomago, como se repentinamente tivesse um caso ruim de vermes. Deveria ter tirado isso dela quando ela dava essas respostas. Deveria ter previsto isso. Abandonei a conversa no meio. Não estive ouvindo de qualquer maneira. Estava com ela mentalmente e queria estar com ela fisicamente também. Quando entrei pela porta do banheiro de armários, ouvi uma ameaça agressiva vindo da boca de algum otário. “Mantenha a sua boca de vadia fechada ou eu vou fazer coisa muito pior com você.” Meus dentes de trás bateram com tanta força que minha mandíbula vibrou. Quem era o maldito que estava falando e porque ele pensava que podia falar assim com Josie? Merda, não. Eu estava prestes a ir ao redor dos armários arremessando socos quando Josie começou a falar. O som da voz dela... quase não a reconheci. Roca e profunda. Cheia de dor e angustia. Isso me cortou... Isso me levou de volta para aquela noite com Arrow. A noite que eu nunca iria esquecer. Ficou pior. Quando mais Josie se enfurecia, me sentia ainda mais horrorizado. Foi então que o déjà-vu cresceu dentro de mim, enquanto ficava lá parado ouvindo a tudo o que ela tinha sofrido. Todas as merdas que esses idiotas tinham feito a ela. Ela não disse nada. Nenhuma palavra para ninguém. Ela havia ignorado coisas que aos meus olhos iam além de assedio. Ela escondeu isso, acobertou esses paus e eles continuaram torturando ela. Por quê? Porque ela era uma mulher? Porque ela dirigia melhor ou porque o pai dela tinha dinheiro?


Todas as coisas que eu havia feito com ela no passado. Isso me tornava igual aos homens que estavam ameaçando ela e que haviam mexido no carro dela, como sabia com todas as células do meu corpo que eles haviam feito? Fiquei parado lá plantado no lugar em que estava, ouvindo ela forçar a sua voz para expor todas essas coisas enquanto aquele sentimento de querer matar alguém crescia dentro do meu corpo até que começasse a tremer por causa dele. Estava enraivecido com os caras desta divisão, com raiva do pai dela por não ver o que acontecia, com raiva dela por não dizer nada... e com raiva de mim mesmo por ser mais um destes idiotas quando a conheci. O barulho de uma briga e um pequeno som de desgaste vindo dela destruiu a grande raiva que estava me cegando. Caminhei ao redor do banheiro, meus olhos foram direto para o lugar onde ele estava retendo ela. Ele ouviu a ameaça em minha voz. Ele a viu em meus olhos. Eu sentia o cheiro do medo dele. Me deleitava com ele. Eu dava boas vindas ao medo dele. Então ela olhou para mim. O sangue nos lábios dela. Sangue manchando a bochecha dela; parecia a impressão de uma mão. Uma maldita mão ensanguentada. Os olhos de Josie estavam vermelhos, inchados e aborrecidos. As partes dela que não estavam ensanguentadas, estavam manchadas e havia um machucado inchando em sua bochecha. E a sua garganta... Isso explicava a sua voz rouca. Ele havia estrangulado ela, apertado ela, roubado o ar dela. Haviam marcas de digitais em seu pescoço por causa do jeito que esse homem havia abusado dela. Ele abusou dela. O seu cabelo estava solto. O corpo dela parecia pequeno de certa forma. Talvez isso fosse por causa do jeito que os ombros dela pareciam caídos como se ela já tivesse aturado tudo o que podia suportar. Eu nunca a tinha visto desse jeito antes. Indefesa, desgastada... quebrada. Isso me lembrou de Arrow. Do tipo de pessoa que torturava os outros apenas porque eles podiam.


Não me importava com o que ela tinha feito a ele antes de eu entrar nesta sala. Não me importava nem um pouco. Ele fez isso a ela. Eu odiava ele. Quando olhei para cima a procura do cara que ela chamou de Cannon, percebi que ele estava encolhido aos meus pés, enquanto o rosto dela estava exausto e fechado. Entendia isso. Podia ver o jeito que ela estava sofrendo. Mas não. Antes que interrompesse a pequena discussão deles, ela estava prestes a soltar ainda mais coisa. E ela vai dizer o que era para mim. Nós não íamos sair daqui até que ela tivesse me contado. “Diga-me.” Mandei novamente, lutando contra o impulso de puxá-la para os meus braços e prometer protegê-la para todo o sempre. Morreria se isso pudesse tirar aquele olhar do rosto dela. Eu levaria milhares de socos para nunca ter de ver as marcas do dedo de alguém na pele dela novamente. Faria qualquer coisa por Josie. Qualquer coisa mesmo. Mas eu tinha de saber. Eu tinha de saber exatamente com o que estava lidando. Os ombros dela caíram ainda mais. Foi assim que soube o quão derrotada ela se sentia naquele momento. Ela não discutiu comigo, nem mesmo uma vez. Ela abriu seus lábios sangrando e derramou toda a verdade. “Numa noite depois de uma sessão de treino que foi até mais tarde, usei um dos chuveiros privativos no quartel general.” Ela olhou para mim. Precisei usar toda a força em mim para apenas assentir encorajando ela ao invés de gritar para que ela se apressasse. “Ele abriu a fechadura, entrou no banheiro e roubou as minhas roupas.” Continue se segurando, Jace. Não perca a sua paciência. “Então quando terminei, tive de deixar o banheiro apenas de toalha. Eu tinha algumas roupas extras no meu armário lá embaixo na garagem, então fui até lá para pegar elas. Ele estava na garagem esperando...” A voz dela foi falhando até sumir e ela limpou a garganta. “Eu já estava acostumada com as cantadas, os comentários machistas e o assédio. Ignorei ele e apenas peguei a minha bolsa do meu armário. Quando me virei, Cannon estava lá.” Ela apontou para o imbecil caído no chão, gemendo como uma vadiazinha.


Eu chutei ele. Ele se encolheu na posição fetal, o que me deu um breve sentimento de satisfação. “Ele arrancou a toalha do meu corpo e me jogou contra os armários. Ele, hmm, se esfregou contra o meu corpo e apalpou o meu...” ela apontou para o peito dela. “Eu tentei lutar com ele, mas um dos outros caras de repente apareceu por lá, me segurando contra o armário para que ele pudesse me tocar o quanto quisesse.” “Pare.” Ordenei, brutamente. Eu não podia ouvir isso. “Eles estupraram você?” “Não.” Ela disse rapidamente. “Eles não fizeram. Eles apenas queriam me humilhar e me degradar. Todo o tempo que ele estava me agarrando, ele dizia que eu deveria sair da divisão profissional. Ninguém me queria aqui. Você sabe, a porcaria usual.” Respirei fundo. Não ajudou. “Eu lutei com ele. Mordi a mão dele que estava me contendo e quando ele me soltou. Me joguei sobre Cannon. Ele caiu para trás e soquei ele no rosto. Quebrei o nariz dele. Assim como quebrei hoje de novo.” Soltei um suspiro e engoli, tentando formar a imagem vivida disso na minha cabeça. Elas estavam se repetindo. Elas provavelmente nunca iriam sair da minha cabeça. “Depois que acertei ele, chutei o outro cara nas bolas. Deixei eles lá, entrei no meu carro e dirigi sem rumo. Ainda estava pelada, mas estava escuro lá fora e tinha uma bolsa com as minhas roupas no carro. Apenas queria me afastar deles. Claro, estava correndo, estava chateada...” “O que aconteceu, Josie?” Eu rugi, sabendo que havia mais. “Os freios do meu Skyline não funcionavam. Mais tarde, vi que a linha havia sido cortada. Havia uma trilha de óleo de freio levando até o lugar em que fui capaz de parar.” Praticamente estuprada. Tentativa de assassinato. Como ela podia apenas ficar lá parada e calmamente me dizer isso? Como ela ainda podia estar em pé depois de toda essa porcaria? Enraivecido não estava nem perto de descrever como me sentia. Entorpecido talvez. Oco. Vazio. Num ponto sem retorno. Era assim que eu me sentia.


Já sabia que era capaz de quase matar... dessa vez poderia ir além de quase... desta vez poderia realmente matar. Forcei as palavras para fora. “Você se machucou?” Ela balançou a cabeça. “Não, apenas me assustei. Posso lidar com um carro em alta velocidade, então o fiz. Conduzi até chegar ao pé de uma subida do outro lado da cidade e a subi. O carro foi perdendo a velocidade, começou a descer. Usei os freios de emergência, fiz um cavalo de pau no meio da estrada e acabei parando.” “Para quem você ligou?” Perguntei, pensando nela pelada no escuro no meio de alguma estrada, com um carro danificado, depois de alguns punks lhe assediarem sexualmente. “Ninguém.” Ela respondeu. “Me vesti, chamei um guincho e levei o meu carro para um lugar há duas horas de distância. O levei para consertar, voltei para casa e nunca disse uma palavra.” “Josie.” Eu gemi. “Porque inferno...” “Ela está mentindo!” Cannon se ergueu do chão e se levantou em seus pés. Ele tinha um vergão no meio da sua testa por que eu havia batido sua cabeça no armário. O nariz dele estava definitivamente quebrado, mas ainda não era o bastante. Ele balançou um pouco, mas os olhos dele estavam claros e eles ainda estavam cheios de raiva. “Ela esta inventando tudo isso, tentando se livrar do que fez hoje.” Eu acertei ele. Precisamente na lateral da cabeça dele. Foi bom socar ele. Ele caiu e me agachei sobre ele, dando mais dois rápidos golpes no seu rosto. “Saia de cima de mim.” Ele lamentou, sangue pingando da sua boca. Ergui ele em seus pés, ele se jogou sobre mim. Eu ri, empurrando o braço dele para longe e enterrando o meu punho na boca do seu estomago. Ele fez um barulho como se fosse vomitar e soquei ele novamente apenas porque ele era um marica. “Qual o problema?” Eu rugi. “Não aguenta quando alguém que você briga pode revidar?” O empurrei novamente e ele caiu contra os armários.


Me esquivei e com o meu pé chutei a perna dele para desequilibrá-lo. Ele caiu novamente com uma batida forte no chão. “Jace!” Josie disse, a voz dela estava firme. “Você não disse nada!” Reclamei. “Você deixou esse maldito idiota se safar com tudo o que ele fez para você.” Eu o soquei novamente. Ele gemeu. Josie agarrou-me pelo braço e eu girei para ela, peito arfando, e olhei para ela. Sabia que estava encarando com um olhar enraivecido, mas ela não recuou. “Me solta.” Entooei, flexionando o meu punho. “Isso é o que ele quer.” Ela implorou. “Se você fizer isso, vou ser eu que sairei perdendo.” O lábio inferior dela tremeu. Isso foi a minha ruína. Com um último grito, soquei o armário acima de Cannon, depois lhe dei as costas, abrindo as minhas mãos. “Josie.” Sussurrei. Seu rosto desmoronou. Finalmente, eu a segurei fortemente contra mim. Descansei a palma da minha mão contra a cabeça dela, segurando-a com força, enquanto o meu outro braço a segurava forte. Ela estava tremendo contra mim, os ombros dela estavam chacoalhando. Depois de um minuto, a afastei um pouco, mas ainda a segurei. Olhei para os machucados dela, as marcar de dedo, o sangue. “Ah querida. O que ele fez a você?” “Eu estou bem, Jace. Venha. Vamos embora.” Fiz um barulho, abaixando as minhas mãos. Antes que ela pudesse caminhar para longe, levantei a barra da minha camiseta e a tirei para poder limpar um pouco do sangue que manchava o rosto dela. Mas isso apenas parecia piorar ainda mais a mancha. O idiota no chão ria. Talvez ele estivesse delirando. Ninguém poderia ser tão fodidamente estúpido.


“Me acerte de novo.” Ele riu, sangue saindo dentre os lábios dele. “Quando eu mancar para fora daqui, todo mundo vai sentir pena de mim. Aposto que a mídia ainda está enlouquecida lá fora.” Ele estava certo sobre isso. A noticia de Josie sendo desqualificada se espalhou como um incêndio. Havia ainda mais imprensa do que antes. “Você não vai sair impune com essa merda.” Eu rugi e o agarrei pela parte de trás do pescoço. Me movi rapidamente, praticamente arrastando ele comigo porque os pés dele continuavam escorregando contra o chão. Arrombei a porta do banheiro na minha saída e caminhei para o meio da multidão. As pessoas arquejaram e começaram a falar. Os ignorei e arrastei a bunda sangrenta dele para frente de todos. O pessoal das câmeras se aproximou correndo. Um homem com um microfone colado a boca dele esta praticamente engolindo o microfone. Parei e puxei o idiota para os seus pés, garantindo que todo mundo tivesse uma boa visão do rosto amassado dele. “Dean Cannon?” O reporter ofegou. “O que aconteceu?” O homem se virou para a câmera. “Estou ao vivo com o Channel Twelve e o que tenho em cena na pista de corrida de Charlotte hoje não é apenas uma desqualificação, mas o galã das corridas Dean Cannon parece ter levado uma surra.” “Eu tenho algo a dizer.” Interrompi. Todo mundo se virou para mim, inclusive o homem com o microfone. “Dean Cannon é um fraude e um mentiroso. Foi ele quem mandou fazer a alteração no carro de Joey G. Ele queria que ela fosse desqualificada.” “Porque ele iria querer fazer isso?” perguntou o ancora, desacreditando claramente. “Porque ele não pode suportar que uma mulher dirija melhor do que ele. E porque era apenas mais um jeito de assediar ela. O que ele vem fazendo há anos.” Ouvi Josie ofegar lá de trás, mas não fiz nenhum movimento para me virar e ver a reação dela. “Ouvi ele admitir isso logo depois que socou o rosto dela.” Terminei. “Ele também esganou ela.”


Um barulho de agitação se espalhou pela multidão. Drew e Trent se emprenharam na multidão e apareceram nas proximidades, meu irmão se materializou com eles. Sabia só de olhar para o rosto dele o que estava pensando. Do que ele estava se lembrando. Me senti mal por isso, por tudo. Mas isso era algo que eu tinha que fazer. Ela precisava disso. Dei um passo para o lado e estendi uma mão gentil na direção de Josie, puxando ela para a frente das câmeras. “Olhem para o rosto dela.” Eu disse firme. Um mal estar passou por dentro de mim. “Vejam os hematomas no rosto dela? O sangue? Os lábios inchados. Que tal as marcas de digitas no pescoço dela? Dean Cannon a seguiu até o banheiro de armários para insultar e bater nela. E essa não é a primeira vez.” Dean começou a se debater. “Tudo mentira! Ele fez isso para mim. Vou processá-lo por agressão.” O soquei novamente. Todo mundo ao nosso redor ofegou e se aproximou. Cannon caiu inconsciente e soltei ele no chão na frente de todo mundo. Silencio se arrastou por um longo momento. “Joey G.!” O repórter gritou. “Você tem algo a comentar? Dean Cannon realmente acertou você?” Olhei para ela. Josie estava ao meu lado, parecendo forte e linda mesmo com sangue nos lábios dela. “Eu não me soquei no rosto.” Ela disse. “E sim, eu gostaria de denunciar e deixar claro para todos que não modifiquei o meu carro durante uma parada nos boxes. Um dos meus mecânicos foi pago por Cannon para modificar o carro sem o meu conhecimento. Tenho sido constantemente assediada e enganada pelos meus companheiros da divisão profissional e hoje, parece, todas as coisas que eles fizeram atingiram sua finalidade. Era por causa disso que eu queria fazer a transição. Estava tentando fugir de todo o abuso, mas ainda permanecer no esporte que amo.” Todos convergiram na nossa direção, como um bando de formigas ao redor de um cubo de açúcar. Josie se afundou na minha lateral. A encostei contra o meu peito, olhando para Trent e Drew. Ambos tinham olhares severos e assentiram. Com um braço fortemente envolvido ao redor de Josie, a guiei pelo caminho que Drew, Trent e Arrow estavam abrindo com seus corpos até conseguirmos sair da multidão.


Caos estava em todo lugar e eu sentia a fraqueza do corpo dela. Ela estava tão incrivelmente drenada de tudo que mal podia suportar ela mesma. Eu não estava com o meu carro. Nós tínhamos voado até aqui. Olhei para Trent. Um molho de chaves voou na minha cabeça. Eu as peguei no ar. “Pegue o alugado. Nós vamos voltar com Hopper.” Ele me disse. Hopper se virou uma segunda vez ao ouvir o nome dele ser dito. “Joey, que inferno está acontecendo?” Ele preocupou-se e se aproximou dela. Eu o afastei e não fui gentil ao fazê-lo. “Você teve anos para perceber.” Reclamei. “Anos para ver o que eles estavam fazendo para ela. Você está me dizendo que nunca percebeu? Ou você apenas não se importava?” Hopper empalideceu. “Jace, ele não sabia.” Josie defendeu. A voz dela estava profunda, mas forte embora eu soubesse que ela ressentia isso. “Nós estamos partindo.” Anunciei. Ela começou a dizer algo. Vi o brilho familiar nos olhos dele. Encarei ela com um olhar firme. “Você pode andar ao meu lado ou posso carregar você para fora.” Ela não tinha nenhuma escolha. “Eu vou ver vocês no hotel.” Ela disse a todos. Nós caminhamos para fora, lado a lado. Mas no segundo em que ficamos fora da vista da multidão e das câmeras, ela tropeçou um pouco e se inclinou contra mim. Eu a levantei nos meus braços, mantendo ela mais perto do que já tinha feito antes e a carreguei o resto do caminho. Uma vez que nós estávamos no carro alugado, me virei para ela. “Apenas dirija.” O corpo dela derreteu-se contra o assento. Fiz o que ela pediu, mas no segundo que nós entrássemos no nosso quarto de hotel, ela teria algumas explicações a fazer.


MEN VS WOMEN Verdades que você precisa saber, mas você não faz.

VERDADE MASCULINA A maioria dos homens sorri oito vezes por dia; mulheres sessenta e duas.

CAPÍTULO TRINTA E TRES

Joey

Eu desliguei meu telefone... Meu pai me ligou duas vezes durante o percurso até o hotel. Deixei a ligação ir para a caixa postal. Só o pensamento de falar com ele me fazia querer escapar para um país estrangeiro e mudar o meu nome. Eu estava me curando por dentro. Estava tendo um forte caso de mal estar. Todos esses sentimentos batendo dentro de mim, ricocheteando nos meus órgãos, na minha pele, nos meus ossos... eu apenas queria que eles parassem. Não havia nenhum pensamento coerente na minha mente; era muita coisa acontecendo de uma vez só e isso tornava tudo difícil de processar e organizar o jeito que estava me sentido. Jace não me pressionou. Ele não disse nada. A palma da mão dele na parte de baixo das minhas costas enquanto caminhávamos pelo hotel e atravessávamos o corredor até o nosso quarto era confortante. E eu precisava de conforto. Meu rosto doía. Meu pescoço doía. Minha garganta doía... Inferno, tudo doía. Eu me perguntava o que ele estava pensando agora que sabia o que eu estive escondendo. Gostaria de saber se isso mudava o jeito que ele pensava de mim. Ele nos levou até o quarto, passou pelo banheiro, pela TV e a cama.


Fui direto para o banheiro. Ter o sangue de Cannon no meu rosto era perturbador. E pelo jeito que os olhos de Jace se fixavam na mancha, sabia que isso o perturbava também. Lavei o meu rosto na pia com água gelada. O corte nos meus lábios ardeu quando lavei o meu rosto e o hematoma na minha bochecha estava sensível. A fria temperatura da água não era muito acolhedora, mas pensei que ela deveria diminuir um pouco do inchaço ao mesmo tempo em que limpava um pouco da minha mente. Uma vez que tinha terminado, sequei o meu rosto e passei um pouco de pomada para os lábios nos pontos que estavam mais feridos. O corte no meu lábio ainda estava sangrando um pouco, então pressionei uma toalha contra ele, esperando que fosse parar. Enquanto esperava, olhei para o meu pescoço. Apenas ver ele me fazia encolher de medo. Podia ver agora porque Jace parecia tão chocado. Eu parecia terrível, pior do que já havia aparentado em toda a minha vida. Engraçado, me sentia dessa forma também. Minhas roupas estavam coladas em mim. Me sentia suja e suada. Abaixando a toalha, amarrei os meus pesados cachos. Meu cabelo era usualmente selvagem, mas hoje a noite ele apenas parecia ruim. O prendi em um rabo de cavalo no topo da minha cabeça e o deixei assim. Não era a melhor ideia já que deixava ainda mais aparente os danos feitos ao meu pescoço, fazendo-os parecer ainda pior, mas apenas queria tirar o meu cabelo do meu rosto. Depois tirei as minhas roupas, até mesmo o sutiã que estava vestindo e joguei eles no canto sem olhar duas vezes. Após aplicar um pouco de desodorante refrescante e um pouco de creme para olheiras (por que minhas olheiras estavam seriamente #umdesastre), envolvi o meu corpo numa toalha e sai do banheiro. Jace olhou para mim quando sai do banheiro. Ele não disse nada quando foi até a bolsa dele, caminhando ao redor do quarto, e uma camiseta preta que ele gostava de vestir. Soltei a toalha, deslizei a camisa dele sobre a minha pele, depois peguei uma cueca feminina limpa na minha bolsa. Eu não estava fazendo isso para ficar melhor ou para ganhar tempo. Apenas queria me sentir mais humana, menos como um saco de pancadas desgastado e mais comigo mesma. Uma vez que me senti um pouco mais confortável, me inclinei contra a parede e esperei. Não estava certa do que estava esperando. Que Jace gritasse. Risse. Que ele me dissesse que estava terminando comigo.


“Porque você não me disse?” Ele perguntou, se voltando na minha direção. Não estava esperando ouvir aquele tom de magoa na voz dele. O passe para os boxes que eu havia dado a ele ainda estava pendurado no seu pescoço. A camiseta dele estava vermelha, jeans desbotados. Um par de óculos de sol estava esquecido no topo da cabeça dele. “Eu ia te dizer. Depois da corrida.” Disse baixo. Minha garganta estava sensível. Ele balançou a cabeça, a voz dele estava áspera. “Isso não é bom o bastante.” Assisti os movimentos graciosos dele enquanto tirava uma garrafa de água do mini bar, abria ela e a trazia para mim. Suas palavras me deixaram zangada, mas o gesto com a água e o jeito que ele claramente se importava... eu não conseguia ficar louca. “O que eu deveria ter feito?” Perguntei. “Me jogado contra o seu peito na primeira noite que tivemos sexo no capô do meu carro e despejado todas essas coisas que mantinha dentro de mim?” Jace se aproximou apressado, a expressão dele era uma mascara de raiva. “Não haja dessa forma.” “De que forma?” Desafiei. “Como se tudo o que você fosse para mim é uma porra de uma foda e a única razão pela qual estou aqui é o sexo.” Olhei para longe. “Houve muitas vezes que você poderia ter me dito, Josie. Naquela noite na pista, na noite no seu quarto. Ontem à noite quando estávamos na cama...” “Eu não pude!” Minha voz fatigou-se por causa da explosão. Me afastei da parede. Tentei me afastar dele para colocar alguma distancia entre nós e me mover para o outro lado do quarto. Ele parecia entender que o espaço não era apenas porque estávamos quase discutindo. Era porque a proximidade era demais. Ele pegou a minha mão, puxou-me de volta e não me deixou ir. “Porque você não pode?”


“Porque no começo, você deixou claro como se sentia sobre eu ser uma corredora. Você não me queria na NRR. Você pensou que eu não iria aguentar e você disse que as mulheres não pertenciam às corridas.” Ele começou a dizer alguma coisa, mas o cortei. “Eu sei, Jace. Sei que você se desculpou. Está esquecido. Não guardo ressentimentos. Estou tentando explicar.” Eu ri, algo entre um som nervoso e um som frustrado. “Continue.” Ele insistiu, o polegar dele acariciando a parte de trás da minha mão. “As coisas começaram a mudar entre nós. O sexo ainda era quente, mas havia algo mais também.” Olhei para cima, ele assentiu. “Eu não esperava por isso, e isso me pegou desprevenida. Você me pegou desprevenida. Quando finalmente soube que deveria contar para você, já estava...” fiz um som e comecei a me afastar novamente. Ele firmou o apertou dele e me puxou contra ele. “Você já estava o que?” Só diga de uma vez. Pare de esconder. “Eu já estava apaixonada por você.” Ele respirou fundo. Dei um gole na água, fingindo que fazia porque minha voz estava rouca e não porque precisava de um minuto. Eu havia acabado de dizer a Jace que o amava. Nunca disse isso a ninguém antes. “Estava com medo de que se te dissesse, isso mudaria as coisas. Isso mudaria o jeito que você olha para mim e você me deixaria. Eu ainda não estava pronta para deixar você ir?” “Porque você pensaria isso?” Ele perguntou gentilmente. Eu não queria gentileza. Não estava acostumada a isso. Gentileza me fazia sentir até mais vulnerável do que já me sentia. “Você é forte, Jace. Todo mundo ao meu redor é forte. Esse é um mundo de homens e, às vezes, ser forte é tudo o que posso fazer para sobreviver. Tenho sido vista como o sexo frágil desde que nasci. O meu pai queria um menino, a minha mãe queria uma lady. Eu não era nenhum dos dois. Me envolvi em alguns problemas quando era adolescente. Fiz algumas coisas que não deveria ter feito.”


“Que tipo de coisas?” Ele se virou, se sentou no pé da cama e me puxou para o colo dele. Meus pés se envolveram com os dele no chão. “Você está me ouvindo.” Eu disse involuntariamente, pensando alto. “Porque eu não iria ouvir você?” Ele perguntou acariciando as minhas costas. Meu estomago deu um salto e estremeci. “Você me ouviu quando disse a você que bati em três homens quase até matá-los.” “Eram três?” Eu perguntei curiosa. “É. Meu, hmm, pai não ficou feliz quando Arrow disse a ele que era gay. Ele praticamente fez da vida do meu irmão um inferno. Arrow, ele não é como eu. Ele é mais inocente... suave. Então quando o meu pai basicamente esmurrou ele, ele não sabia como se defender. Ele provavelmente nunca nem mesmo soube que o meu pai era assim.” Assenti e ele continuou. “Eu não estava muito por perto, estava muito ocupado com o meu próprio mundo e tentando ficar fora da casa do meu pai. Arrow veio me procurar numa noite. Meu pai havia expulsado ele e ele não tinha nenhum outro lugar para ir. Ele foi para o endereço errado, o endereço de alguma outra pessoa. Os caras lá, eles bateram muito nele. Estou quase certo de que eles fizeram algo... outras coisas sobre as quais ele não quer falar.” “Jace.” Murmurei. “O encontrei no hangar.” A voz dele tornou-se brusca e feroz. “Fui atrás dos caras e bati neles quase até a morte. A única razão de não ter matado eles é porque um amigo me puxou para longe deles.” “Kurt?” Murmurei. “Como você soube?” Ele olhou para cima, sombras ao redor dos olhos dele. “Senti que havia alguma história ali.” Eu respondi, me lembrando da noite da nossa primeira corrida na rua.


Ele assentiu. “Meu irmão tomou o lugar de Kurt na minha vida. Ele não gostou muito disso. Mas Arrow é meu irmão. Ele é família e minha lealdade é para ele.” “Isso é compreensível.” “Vê isso?” Ele olhou para mim. A parte de trás da mandíbula dele se levantou quando deu um meio sorriso. “Você me ouve quando te conto sobre como o meu pai me livrou das acusações de tentativa de assassinato. Você ouviu agora quando lhe contei os detalhes. Isso é o que nós fazemos Josie. Nós ouvimos um ao outro.” “Pensei que você me acharia fraca.” Confessei. “Você valoriza a força. Você gosta da minha independência e você é tão forte. Pensei que se dissesse a você o que eles fizeram, você perderia o respeito por mim.” “Então isso não era para acobertar eles.” Ele concluiu, compreensão em suas palavras. “Foi por mim.” Terminei. “Estava sendo assediada porque eles pensavam que eu era fraca. Eles pensavam que podam me irritar até que quebrasse e deixasse a divisão. Humilhação é uma boa ferramenta, isso faz as pessoas fazerem coisas que provavelmente não fariam. Não daria a eles a satisfação. Então nunca disse nem uma palavra sobre o que eles faziam. Para ninguém, especialmente não para o meu pai. Só os fracos abrem a boca. Os fortes prosperam de qualquer forma.” “Por quanto tempo isso durou? Por quanto tempo eles fazem essa merda para você?” Ele perguntou. A raiva no tom de voz dele meio que me excitou. Eu sei. Que porra? Mas ele estava com raiva por mim. Eu gostava da vibe de protecionismo que ele estava totalmente emanando. Era quase tão quente quanto a camiseta branca suja. “Quase desde o começo.” Confessei. O músculo da mandíbula dele se estendeu, saltando nos lados do rosto dele. Jace se levantou e me colocou de pé. “Você achava que o seu pai culparia você?” Ele perguntou, andando ao redor com fogo nos olhos. “Não.” Eu disse rapidamente. Meu pai era muitas coisas. Ele tinha as falhas dele mesmo no departamento paternal, mas ele não me culparia pelo comportamento de alguma outra pessoa. “Quando era adolescente, eu era um demônio.”


Ele soltou uma risada. Pensei em chutar ele por isso, mas encaremos, isso não era nenhuma surpresa. “Eu fiz algumas coisas erradas, tomei algumas decisões que foram estúpidas e irresponsáveis. Não era algo que realmente prejudicasse ninguém além de mim mesma.” “Meu pai descobriu e me fez parar com isso. Ele me mandou para terapia e basicamente me colocou em prisão domiciliar. Depois de um tempo, comecei a ficar louca. Sempre amei dirigir... você sabe, com a janela abaixada, vento no meu cabelo e uma boa musica tocando. Então pedi a ele por um carro, algo que pudesse consertar na garagem. Ele me comprou um, é claro, porque isso me dava algo para fazer em casa e ele poderia manter um olho em mim.” “Foi assim que você se envolveu com corridas.” Jace deduziu. Eu assenti. “Comecei com corridas locais e meu pai prometeu me ajudar a ter um tipo de audição com alguns patrocinadores se ficasse fora de problemas. Então eu fiz. E consegui alguns patrocinadores. Acho que a razão dele gastar tanto dinheiro para me patrocinar é porque quer me manter por perto, foi o jeito dele de me apoiar. Do seu jeito próprio.” “Isso realmente faz sentido.” Ele assentiu. “E te enchi o saco porque ele te patrocinava.” Eu fiz um barulho zombando. “Todo mundo me enche o saco por causa disso. Mas ele é meu pai.” “Um melhor do que o que tenho.” Jace murmurou. “Eu queria provar que podia aguentar. Para ele e, talvez, para mim mesma. Sempre foi assim entre nós. Meu pai pensava que eu voltaria ao meu jeito irresponsável. Eu não voltei.” “Dizer a alguém que você está sendo assediada não faz de você fraca.” Ele entoou. “Você deveria ter dito a alguém.” Estremeci, fechei a garrafa de água e a joguei na cama. “Eu não fiz.” Quero dizer, realmente, o que mais havia para dizer? Repassar o que eu tinha feito, o que não fiz e o que ele pensava que eu precisava ter feito era meio inútil.


O riso baixo dele fez com que todo o meu corpo despertasse e eu ficasse bem ciente disso. Tentei não demonstrar isso. Ao invés de demonstrar isso, coloquei as mãos na minha cintura. “O que é tão divertido?” “A maioria dos caras que conheço reclamam que suas mulheres abrem a boca por qualquer coisa, lamentando, gemendo, querendo falar sobre os seus sentimentos e decisões até que eles estão azul de raiva. Eu?” Ele zombou. “Achei uma mulher que me faz ter de arrancar as merdas para fora dela e ainda me olha como se preferisse se jogar sobre o meu pau do que terminar uma conversa.” Merda, me esforcei tanto para esconder a reação do meu corpo. Falha épica. "Primeiro de tudo..." levantei um dedo. "As mulheres não teriam que, abre aspas, 'lamentar e gemer' sobre qualquer coisa, se os homens não fossem tão idiotas e ouvissem da primeira vez que elas falassem." Ele abriu a boca, dei-lhe um olhar mortal e levantei um segundo dedo. "Em segundo lugar, você não arranca qualquer coisa fora de mim. Eu ia lhe dizer. E não quero saltar sobre o seu pau." No momento em que terminei, ele estava com um sorriso enorme, seus dentes brancos e brilhantes todos em exposição. "Eu te amo." A mão que eu mantinha levantada caiu do ar como peso morto. Me senti como um boneco de carro de teste que bateu em um muro de cimento a uma velocidade impossivelmente alta sem o cinto de segurança. A respiração em meus pulmões paralisou. As palavras saíram mais como um chiado. "O quê?" Ele balançou a cabeça dele, seu sorriso ainda firmemente no lugar. "Você está surpresa." Sim. Acho que eu estava. A distância entre nós diminuiu consideravelmente quando Jace atravessou o quarto para ficar na minha frente. Ele girou um dedo ao redor do cacho em espiral que escapou do me rabo de cavalo, puxando-o suavemente. "Eu amo você, Josie."


Uma onda de emoção tão forte brotou dentro de mim que as lágrimas começaram a pressionar a parte de trás dos meus olhos. Meus dedos torceram a camisa dele, como se o estivesse usando para me equilibrar. Eu sussurrei, "Você está me dizendo isso, mesmo depois do que acabei de te dizer?" "Ah, querida." Ele abandonou o meu cabelo para envolver o meu rosto. "Acho que você já me conhece bem o bastante para saber que não amo com muita facilidade. De fato, além de Arrow, você é a única outra pessoa para quem pude dizer isso." Meus dedos apertaram o algodão contra o seu abdômen. "Pensei que talvez a transição deixaria as coisas mais fáceis. Sabe? Eu poderia continuar dirigindo com talvez um pouco menos de assédio. Achei que uma divisão sem regras e com Trent e Drew meio que disseminando a mensagem de que a NRR era para todo mundo independente de quem você fosse, especialmente para os mais desfavorecidos... sou uma pária, Jace. Eu pensei que talvez me encaixaria lá." "Você pertence ao meu lado." Ele falou suave, seu polegar acariciando a minha bochecha. "Eu não acho que você entende." Disse a ele. Meu peito estava apertado. A profundidade do sentimento que sentia por ele era incomparável. Inferno, até agora, eu pensava que era inacessível. Isso me assustou pra caralho. Se eu o perdesse, isso provavelmente me esmagaria. Não podia aceitar suas palavras. Não podia deixar suas palavras perfurarem meu coração antes que tivesse certeza de que ele sabia. "Eu provavelmente ainda vou ser um alvo. Os caras na minha divisão, eles vão ficar ainda piores agora que estou sobressaindo eles. Cannon..." "Não diga a porra do nome dele para mim." Ele rosnou. "Viu?" Eu disse, frustrada. "Você já está preso nisso. Isso vai além de repórteres nos fazendo perguntas sobre o nosso relacionamento. Além de mim, pensando que vai ser magicamente melhor na NRR. Sempre vai haver os caras que não acham que uma mulher pertence àquele lugar. Eles sempre vão olhar para mim pensando que podem me prejudicar. O assédio sexual praticamente vem com o meu trabalho." Os olhos de Jace se aqueceram, transformando e derretendo a raiva dentro dele que estalava sob a sua pele.


Me estabeleci diante dele. "Você não pode bater em todos os caras. Você não pode correr na minha defesa o tempo todo. Você vai ouvir alguns comentários e algumas merdas por estamos juntos. Às vezes, você vai ter que ficar sentado e assistir o que as pessoas fazem para mim." Ele me soltou, afastando-se, apenas para virar e caminhar de volta. "As pessoas podem chupar o meu pau," ele cuspiu. "Não, eles não podem." Eu ri. "Esse é o meu trabalho." Ele riu, passando a mão pelo cabelo. "Estive lidando com idiotas e pessoas que querem me desafiar por um longo tempo, Josie. Se alguém quer me criticar por amar você, então deixe que critiquem. Isso não é nada." Eu abri a minha boca e ele me cortou. "Agora sobre ficar assistindo os homens nesta profissão tratá-la como merda? Porra, não, não vou. Vamos deixar isso claro, agora mesmo. Ninguém, e quero dizer ninguém, vai desrespeitar você na minha presença. E se eles fizerem isso quando não estou por perto, vão se ver comigo. Não há nada que você possa fazer ou dizer para me impedir." "Você não entendeu!" Atirei as minhas mãos para cima, frustrada. "Venho lutando há anos por igualdade. Para ser tratada da mesma forma. Se você entrar no meio e começar a lutar as minhas batalhas e eu o deixar, o que isso vai dizer sobre mim? Vai dizer que preciso de um homem para forçar os outros a me tratar bem. Não, Jace. Quero respeito, porque eu mereço." "Algumas pessoas não vão respeitá-la não importa o quanto você mereça respeito." ele zombou. Meus ombros caíram um pouco mais por causa disso tudo. Ele estava certo. Eu sabia. Mas eu estava certa, também. Era como se estivéssemos num impasse. "Então não importa o que você faz." Eu disse. "Eu não posso fazer as pessoas te respeitarem, Josie, mas essa merda de assédio... Isso acaba agora." "Não preciso de um cavaleiro num cavalo branco." "Sou mais um encrenqueiro do lado negro com um Lotus branco." Ele piscou.


Meus lábios tremeram. Tentei desesperadamente não sorrir. Deus, ele era tão charmoso. Um bom rapaz envolvido por um pacote de bad-boy. Seus olhos escuros e misteriosos não eram muito de um mistério para mim. O jeito escuro e profundo que eles demonstravam era apenas uma fachada. Suas experiências, a merda que o deixou cansado, a atitude de não fazer nenhum prisioneiro é o que transformou ele em Lorhaven. Bem no fundo, por baixo de tudo isso, estava Jace. Um homem que amava ferozmente. Um homem que foi ferido por um pai cuja humanidade impediu que ele fosse um bom pai. Um homem que era assombrado pelas coisas que Lorhaven fez para proteger seu irmão. "Você tem uma alma negra, mas um coração de ouro." Eu disse a ele. "Você gosta de ouro?" Ele aproximou-se de mim novamente, com calor em seu olhar. "Eu amo isso." "Estou com você." Ele disse baixo, mas não menos feroz. "Valorizo muito a sua independência e a sua força, mas você não tem que ser forte o tempo todo, não comigo. Comigo, você pode ter um pouco de suavidade." É o que eu quero. Quero ser forte e suave. Quero alguém que compreenda ambos os meus jeitos. "Você confia em mim?" Ele perguntou, pegando o meu rosto em suas mãos e o levantando. Isso acabou com a minha razão. "Sim." "Confie que não vou fazer nada que irá humilhá-la ou empurrá-la para trás de mim. Além disso, tenha certeza de que irei agir quando achar necessário e apenas porque te amo." Eu cedi. Não havia nenhuma parte de mim que poderia resistir até mesmo a uma pequena parte dele. "Eu amo você, Jace." "Somos eu e você agora, Josie. Não apenas você." "Nós." Eu murmurei. "Nós." Ele concordou. "E Arrow." Adicionei.


Sua boca se curvou para cima. "Meu irmão é parte do pacote, mas não quero que você pense que é menos importante. Você não é." Ele me apertou. "Eu sei." Me inclinei para a frente, deslizando os meus braços ao redor de sua cintura. Pensei em mencionar como eu achava que Arrow estava prestes a se tornar um ‘nós’, mas eu tinha a sensação de que não seria algo com que Jace ficaria muito entusiasmado. Parecia que já havíamos lidado com o suficiente por hoje, então decidi manter esse pensamento para mim mesma. "Então, nós estamos bem?" Perguntou ele, contra o meu cabelo. "Estou bem se você estiver." O jeito nervoso e ofegante que me sentia estava dando lugar a vertigem. Ele me amava. Ele me queria como eu era e não tinha que ser alguém que não era. E pela primeira vez não me assustou que, a fim de ser aceita como era, teria de aceitá-lo por quem ele era. Eu o amava. Ele me ama. "Só me prometa que não vai esconder essa merda de mim nunca mais. Quando algo acontecer, qualquer coisa, quero saber sobre isso." Ah, era difícil abrir mão até mesmo de um pouco de controle. "Ok. O mesmo vale para você." Jace se afastou. Meu nariz enrugou-se quando o assisti cuspir catarro na palma da mão dele. Depois ele estendeu a mesma mão nojenta com catarro na minha direção. "Aperte." Ele disse. "Credo!" Gritei e bati na mão dele para afastá-la de mim. "Isso é nojento!" Ele revirou os olhos e limpou a mão na frente de sua camisa. Credo. "Todo mundo quer ser como um cara até ter que agitar uma mão com cuspe nela." Dei um soco no braço dele (eu não estava prestes a tocar aquela camisa nojenta). "Querer cuidar de mim mesma não faz de mim um cara." Ele riu. Foi mais de uma gargalhada do que qualquer coisa. Uma coisa era certa: as coisas com Jace nunca seriam entediantes.


Eu queria me jogar sobre ele, mas meu corpo estava muito dolorido, também muito cansado para fazer tanto movimento. Em vez disso, me aproximei dele e ele dobrou o meu corpo contra o dele. A próxima coisa que soube, é que suas mãos estavam emaranhadas no algodão de sua/minha camisa, e nós estávamos nos beijando como se não tivéssemos nos beijado em anos. Eventualmente, sua boca se afastou da minha e seus olhos escureceram. "Preciso pegar um pouco de gelo para o seu rosto e o seu pescoço." "Eu não quero gelo." Coloquei os dedos no cós da calça jeans dele. "Quero você." "Você está parecendo horrível, Josie, e honestamente? Estou com um maldito medo de te machucar." Ele pontuou sua honestidade levantando minha mão e deslizou os lábios pelas juntas dos meus dedos que estavam vermelhas e inchadas por causa do soco que dei em Cannon. "Esta doendo como se tivesse quebrado?" Ele murmurou. Eu balancei minha cabeça. "Isso é bom." Ele os beijou novamente. "Jace, por favor," sussurrei. Emoção fechando a minha garganta novamente, uma espécie desesperada de sentimento desaguou sobre mim. Apesar de saber que ele me amava, mesmo depois de ele saber a verdade, ainda estava tão chorosa. "Não posso dizer não para você, Josie." Ele roçou um beijo na minha boca. "Mas nada de: 'mais forte Jace, mais Jace' hoje à noite. Não vou fazer isso. Lento. Calmo. Doce." Enquanto falava, ele me beijava entre uma palavra e outra. O som de sua voz juntamente com a sensação de seus lábios foi o mais poderoso afrodisíaco. "Você sabe que todo mundo vai estar em nossa porta em breve," eu meio que gemi. Jace empurrou seus quadris em mim, ainda pressionando beijos suaves no meu rosto. "Eles vão esperar." Impaciente, puxei sua camisa. Ele levantou seus braços para que eu pudesse tirá-la completamente. Seu corpo estava quente e duro sob as minhas mãos. Queria tocá-lo em todos os lugares ao mesmo tempo e queria sentir sua pele contra a minha. Sua risada baixa encheu a sala e vibrou contra a minha bochecha. "Suave..." "Jace," avisei, num tom desesperado ao dizer o seu nome.


O corpo dele empurrou contra o meu e segurei o seu jeans. No segundo em que eles desabotoaram e abriram, ele tirou as calças junto com sua cueca boxer. Eu estava sentada e ele estava de joelhos diante de mim. Imediatamente, deslizei a minha boca sobre o rígido comprimento dele. Ele gemeu e paralisou os seus movimentos, mas depois se recuperou e puxou a minha camiseta. Soltei-o apenas o tempo suficiente para que ele passasse por cima da minha cabeça antes que eu mergulhasse de volta e o chupasse profundamente. Os dedos de Jace apertaram os meus ombros enquanto o chupava profundamente. Uma mão estava enrolada firmemente em torno da base de seu pau e a outra estava deslizando pelas pernas dele até segurar a sua bunda. Jace fez um barulho profundo, gutural, agarrou minha cabeça e a manteve onde estava. Com os meus lábios ainda enrolados em torno dele, ele começou a se mover, tomando o controle do oral e bombeando seu pau dentro e fora da minha boca. Ele não foi bruto. Ele foi lento, exatamente como disse que seria. Era enlouquecedor, nada mais que uma provocação. Os dedos contra o seu traseiro apertaram e o excitaram ainda mais, incitandoo a fazer mais. Ele riu, mas não aumentou o seu ritmo. Em vez disso, o manteve calmo e suave, mas ainda fodeu completamente a minha boca e amei cada segundo disso. Ele estava rígido e suave. O jeito com que ele deslizava contra a minha língua e se esfregava repetidamente contra os meus lábios, fez com que os meus próprios quadris comecem a girar na direção dele. De repente, Jace se afastou, deixando a minha boca sem qualquer aviso. "Eu quero mais," disse a ele. Ele riu e me empurrou de costas no colchão para que pudesse retirar completamente a minha calcinha. Quando estava tão nua quanto ele, estendi as minhas mãos, querendo preenchê-las com o seu corpo novamente. Ele se elevou sobre mim de joelhos, o cabelo caindo em seus olhos, seus lábios estavam vermelhos e inchados e seu pênis pronto para a ação. Os fios sobre os músculos em seus braços estavam saltados como se ele estivesse tentando se conter, mas não era isso que eu queria. Queria que ele se descontrolasse. O olhar nos olhos dele me disse que ele sabia disso e estava apreciando se controlar.


Sentei-me abruptamente, agarrei os seus quadris e o puxei para a minha boca. Ele resistiu, mas apenas por tempo suficiente para desmoronar ao meu lado e me agarrar pelos quadris. Ele guiou-me para que eu estivesse acima dele e no segundo que eu soube da sua intenção, me arrumei, ambos os joelhos caindo no colchão de ambos os lados da cabeça de Jace. Curvei-me sobre a cintura dele, a minha cabeça virada para o seu orgulhoso e ereto pau e o agarrei. Levei a minha língua na cabeça do pau dele, provei o sabor salgado de sua pré-ejaculação. Ele fez um barulho de apreciação e passou a mão por dentro da minha coxa. Estremeci quando seus dedos separaram as minhas dobras e a sua língua lambeu a minha fenda. Com ele na minha boca, gemi, minhas pernas tremeram. Nós continuamos dessa maneira por longos minutos, torturando um ao outro com prazer oral até que levantei a minha cabeça em um suspiro. "Jace," exigi. "Eu não posso." "Direto na minha língua, Josie" Ele disse, em seguida, voltou a trabalhar com a boca. Pequenos sons começaram a roncar para fora de mim. Agarrei o seu pau, liso da minha boca e o bombeei duro enquanto uma onda de êxtase tomava conta do meu corpo. Ela era tão poderosa que entrei em colapso, soltei o comprimento dele e cai sem ossos sobre o corpo dele, mesmo enquanto o orgasmo ainda rolava por mim. Jace segurou os meus quadris e a parte de baixo do meu corpo em cima do seu e continuou a trabalhar em mim com a sua língua e seus dedos. Eu não conseguia parar de tremer. Quando pensava que iria parar, uma nova onda tomava conta de mim e me deixava gemendo impotente novamente. "Oh meu Deus," respirei quando ele me baixou. Jace resmungou, satisfeito com a completa destruição de qualquer controle que eu tinha sobre os meus próprios membros. Gentilmente, ele rolou para que eu estivesse debaixo dele e, com um impulso lento, me preencheu completamente. Agarrei seus bíceps e me pendurei nele. Tentei me mover debaixo dele, mas não foi de grande ajuda considerando o quão desgastada eu estava por causa do orgasmo que me dominou repetidas vezes.


Algo me diz que esse era o plano dele o tempo todo, me deixar assim para que eu não pudesse agarrá-lo como geralmente fazia. Eu não podia nem mesmo ficar desapontada porque ele estava me protegendo e ao mesmo tempo me satisfazendo. "Jace," choraminguei quando ele estava com as bolas enterradas em mim. Ele se abaixou, com os cotovelos em ambos os lados da minha cabeça e me beijou suavemente e lentamente. A gentileza abriu um buraco no meu coração. Jace me fez sentir tanta coisa, tão rápido e tudo de uma vez. Eu estava oprimida da melhor maneira possível e derrotada pela pessoa que nunca vi chegando. Era como se ele estivesse lá por um tempo, mas no meu ponto cego. No segundo em que ele chegou ao meu lado, estava tudo acabado. Eu estava completamente acabada. Ele era isso para mim. Em meio aos seus beijos luxuriosos e a maneira com que ele se movia tão completamente dentro de mim, disse a ele. "Eu te amo." Seu corpo ficou tenso. Vi a mudança em seus olhos quando ele se afastou e olhou para baixo. Envolvi o seu rosto quando ele gozou e encheu o meu interior, com a sua libertação. Quando ele terminou, ambos os braços dele deslizaram ao redor de mim, segurando o meu corpo entre o seu peito e o colchão. Havia uma ternura nele que eu acho que ninguém jamais acreditaria que ele possuía. Eu estava contente. Gostava de ter essa parte dele para mim. Só para mim. Ele sussurrou que me amava bem ao lado da minha orelha. Parecia que cada estrada que eu já tinha conduzido era para me trazer exatamente até aqui com ele. Minha corrida não tinha acabado; nem a dele. Mas de agora em diante, nós não estávamos dirigindo sozinhos. Nós tínhamos um ao outro.


MENS VS WOMENS Verdades que você precisa saber e não sabe.

VERDADE FEMININA Mulheres são capazes de detectar perigo antes dos seus períodos menstruais. #NãoNosChamedeMocinhas.

CAPÍTULO TRINTA E QUATRO

Lorhaven

Nesta vida as pessoas raramente me surpreendiam. A verdade é que a maioria das pessoas não eram tão maravilhosas. Nós todos tínhamos demônios, esqueletos guardados no armário. Era muito raro alguém continuar inocente e intocado pela vida em geral. Eu não conhecia ninguém – nem uma pessoa – que não era ao menos um pouco calejado ou danificado. Por causa disso, as pessoas não eram difíceis de ler, não se você realmente prestasse atenção. Para mim, prestar atenção era uma espécie de reflexo natural, um mecanismo de defesa. Quanto mais rápido e mais claramente você podia ver o verdadeiro caráter de alguém, mais fácil era de se proteger ou de proteger àqueles com quem você se importava. Eu sabia que Josie tinha tido um tempo difícil na divisão profissional quase desde o segundo em que nos sentamos para a entrevista da GearShark. Só não poderia adivinhar quão difícil havia sido, entretanto. Os eventos e verdades que se desenrolaram hoje me pegaram desprevenido. Sempre soube que ela era uma mulher forte, mas não acho que tinha percebido o quão forte ela era. Puta merda, o que eles a fizeram passar.


Puta merda, o que ela suportou em silêncio. Eu poderia ter matado Cannon. Talvez tivesse se ela não tivesse estado lá prestes a desmaiar sobre os seus próprios pés. Era exatamente como naquela época... lá atrás quando encontrei Arrow e sai a procura dos homens que o machucaram. Raiva incontida era uma coisa poderosa. Ela anulava a razão, o certo e o errado... inferno, até mesmo o valor dado a vida de uma pessoa. Depois daquela noite de anos atrás, quando Kurt me afastou daqueles caras, essencialmente salvando a vida deles, eu tinha ficado com uma pergunta enterrada profundamente dentro de mim. Será que a fúria assassina vive dentro de mim? Foi uma coisa de uma vez ou uma falha de caráter permanente, que me faria sempre me perguntar qual seria a próxima coisa a me tirar do sério? Esta noite provaram duas coisas: 1) Não foi uma coisa de uma única vez. E 2) Não era desenfreada. Essa coisa que vivia dentro de mim não poderia ser classificada como desenfreada porque nas duas vezes eu tinha sido contido. O nevoeiro denso de raiva que tomava conta de mim havia sido atravessado, lembrando-me que havia mais coisas a perder do que apenas a vida de alguns idiotas. Eu compreendia agora. Eu amava ferozmente. Tão ferozmente que esse amor tinha a capacidade de me deixar enlouquecido, mas também tinha a capacidade de me tirar dessa loucura. O amor era um catalisador e um obstáculo para mim, ao mesmo tempo. Não admira que eu fosse tão seletivo ao escolher para quem eu dava amor. Nem todo mundo era merecedor de tão extrema emoção. Mas Josie era.


Todo esse tempo, sentia que ela estava se segurando, que havia mais sobre ela que ela queria contar, mas ela não estava pronta... Tudo saiu. Eu vi tudo dela hoje a noite. E eu a amava. Havia fragilidade na força que muitas pessoas não viam, certamente poucos viam no caso de Josie. Mas eu via mais claramente agora do que nunca. Eu estava triste por ter sido necessário tudo o que aconteceu esta noite para trazer isso à luz. Tê-la envolvida ao meu redor agora, porém, a ouvir respirando e sentir os seus membros relaxados, me fazia secretamente pensar que tudo isso havia valido a pena. Não me entenda mal. As marcas de dedos no pescoço dela, o estrago na garganta e no rosto... eu poderia ficar sem vê-los. Mas agora não havia nada entre nós dois. Nós estávamos completamente unidos. Eu já não era mais um Eu. Éramos um nós. Era um pensamento estranho... mas eu gostava dele. Eu também gostei do jeito que ela protestou quando sai de baixo do corpo dela porque o meu telefone estava tocando continuamente. Vou dizer a verdade. Isso me fez sentir como um homem do caralho. A garota simplesmente não conseguia ter o suficiente. Levantei-me mesmo assim, porém. Você lembra de como eu disse que hoje trouxe todas as coisas para fora? Bem, não estava dizendo isso apenas por causa de Josie. Isso abriu algumas velhas e profundas feridas para o meu irmão também. Eu havia visto nos olhos dele e na palidez de sua bochecha lá na pista, um pouco antes de tirar Josie de lá. Agora que ela e eu tínhamos nos resolvido, meus pensamentos se voltaram na direção do meu irmão. Me perguntava se ele estava bem, se ficar sentado sozinho em seu quarto de hotel estava fodendo com a cabeça dele. Ele era a única pessoa que tinha a capacidade de me tirar desta cama com a minha mulher. Mas tinha de ter certeza de que ele não precisava de mim. Não era ele no telefone, porém. Era Forrester.


No entanto, foi a ligação que me levou até a porta onde eu estava parado na frente agora, batendo. Meu irmão abriu a porta alguns segundos mais tarde, olhando para fora como uma velhinha. "Você me envergonha." Eu disse a ele. Ele revirou os olhos, abriu a porta e fez um gesto para eu entrar. O rico aroma do café enchia o quarto e o inalei com apreço e um pouco de surpresa. "Você fez o café?" Meu irmão não bebia café com muita frequência. "Não há nenhuma cerveja." Ele resmungou. Eu ri. Eu mantinha o hangar abastecido em casa porque meu irmãozinho ainda não tinha vinte e um anos e não podia ir comprar cerveja por conta própria. Sim, sim... Não me venha com essa merda de contribuir com um menor. Meu irmão ganhou o direito de beber. Ele era um adulto e eu não me importava o que diabos sua carteira de motorista dizia. "Eu preciso de um." Disse, indo direto para a jarra ainda parcialmente cheia e vertendo um pouco em um copo barato que o hotel oferecia. Uma vez que o copo estava cheio, derramei mais ou menos uns quatro pacotes de açúcar. Eu gostava do meu café como gostava das minhas mulheres. Escuro, quente e doce... com um pouco de mordida (e sem creme). Quando estava tudo misturado, encostei-me à cômoda e encarei-o enquanto dava um gole. Arrow estava vestido com um short azul de baseball e sem camisa. A manga de tatuagem que se envolvia ao redor do seu braço estava em plena exibição, assim como a tatuagem da seta em seu pescoço. Sim uma seta. Por causa do nome dele. Ele era um cara magro, mas durante o ultimo ano tinha realmente encorpado. O peito dele e ombros estavam definidos e os seus braços estavam musculosos. A pele de Arrow era mais pálida do que a minha, mas ele passava muito tempo ao sol na pista, trabalhando nos carros lá fora, então sempre tinha um bronzeado. O cabelo longo e muito loiro no topo da cabeça dele estava dividido para o lado, como sempre, os lados e a parte de trás eram bem curtos. Não havia nenhum fio de barba a vista em seu queixo e as vezes não podia deixar de pensar que ele tinha uma cara de bebê porque ela era tão lisa o tempo todo.


Ele tinha olhos castanhos como eu, mas eles eram mais como uma cor avelã, com muito mais leveza em seu interior. Sua boca cheia estava puxada em seu eterno beicinho que ele parecia sempre usar. Por um longo tempo, pensei que ele só estava tentando parecer charmoso para as garotas... Até descobrir que ele era gay. Então talvez os caras gostassem de charme, também. Não. Isso era só os lábios dele. Beicinho. "Por que não está com a Joey?" Ele perguntou, olhando para mim da mesma forma que eu o observava. "Ela precisava de alguns minutos." "Ela está bem?" Aquele olhar ligeiramente assombrado que eu havia reconhecido anteriormente na pista flutuava por trás dos seus olhos. "Sim, ela está bem. Quer dizer, não diria bem, mas melhor do que estava." "Que porra aconteceu?" Ele perguntou, sentando-se no lado da cama. "Ela estava aturando um grande numero de abusos, uma porção de bullying... Ela nunca disse nada." Respondi, olhando-o de perto. Ele engoliu em seco, o pomo de Adão balançando em sua garganta. "Foi por isso que você bateu naquele corredor?" "Isso incomodou você, não é?" Perguntei, bebendo mais do café. Eu podia sentir a cafeína começar a infiltrar na minha corrente sanguínea e tinha que admitir que era muito bem-vinda. Ele encolheu os ombros. "Isso me trouxe de volta algumas merdas também," eu disse a ele. Passei muito tempo garantindo que ele soubesse que podia falar comigo, porque com Arrow, engarrafar as coisas dentro de si mesmo era uma coisa perigosa. Então não tinha problemas em dizer a ele que isso me trouxe o passado à tona, especialmente se isso tornasse mais fácil para ele admitir a mesma coisa. "Eu nem sequer estava lá ... mas ainda me fez lembrar, sabe?" Ele falou baixo, sem olhar para mim. Bebi mais do café e pensei sobre o que ele disse. Arrow não estava lá quando bati naqueles três homens até quase os matar. Ele soube sobre isso mais tarde.


Quando voltei para casa com as mãos arrebentadas, ele sabia o que eu tinha feito, mas não pensei que ele tivesse percebido o quão longe havia ido até nosso pai ter de pagar para me manter fora de um julgamento por causa das acusações de tentativa de assassinato. Não sei o que a mente de Arrow havia imaginado sobre aquela noite, mas vendo o rosto dele hoje, sabia que havia muita coisa semelhante com a imagem que eu havia encenado mais cedo lá parado, segurando um machucado e semiinconsciente Dean Cannon. Se ele apenas soubesse... aqueles homens naquela noite... eles pareciam muito piores do que Cannon. Eu não diria isso a ele, porém. Isso era uma coisa que ninguém mais precisava saber além de mim... e Kurt. E os imbecis que levaram a surra. "É compreensível. Eu não queria trazer todas essas lembranças de volta para você. Entrei lá... ele estava batendo nela e ela estava sangrando..." Minha voz sumiu e o rosto de Arrow iluminou-se. Um brilho irritado entrou em seus próprios olhos. Foi esse olhar que me tirou do flashback de ver Josie daquele jeito. Foi esse olhar que me provou o quão longe o meu bro tinha avançado desde aquela época. Sua raiva era bem-vinda. Era real e iria impulsioná-lo ainda mais longe. Foi quando Arrow não reagiu a nada, quando ele parecia oco e sem resposta, que era o mais preocupante. "Eu meio que perdi a razão." Dei de ombros, tomando o café. "Ele mereceu. Homens que atingem as mulheres são escórias." "Minhas palavras.". Concordei. Arrow pegou o seu próprio copo fora do armário nas proximidades e bebeu um pouco, olhando para o líquido. "Acho que eu e ela temos algumas coisas em comum." "Sim, e você sabe... pode ajudá-la, se você um dia quiser falar com ela sobre isso." Ele olhou para cima. Balancei a cabeça. "Poderia ajudá-lo, também." "Estou fazendo o melhor, Lor," disse ele, sem calor.


Balancei a cabeça. "Eu sei. Mas vi o olhar em seus olhos de volta na pista." E ainda vejo traços dele agora. "Às vezes a merda vem à superfície, não é?" "Sim, às vezes." "Você quer falar sobre isso?" Ele fez um som e se levantou, andando para longe. "Não. Pensar nisso suga o suficiente." "Caras como esses, caras como Cannon, eles são fracos como merda. São covardes. Você é melhor do que eles. Mais forte." Ele se virou, seus olhos fixaram-se nos meus. Não havia nenhum indício de raiva em sua resposta. "Eu sei disso. Você não tem que se preocupar comigo, Lor. Estou em um lugar diferente agora do que estava há dois anos." Eu acreditava nele. Sim, todos tinham demônios. Meu irmão tinha mais do que seu quinhão. Seus demônios já não o definiam. Arrow não os alimentava mais. Em vez disso, ele alimentava as partes dentro dele que não ameaçam engoli-lo inteiro. Eu estava orgulhoso dele e o respeitava por isso. Percebi então que talvez eu estivesse errado antes ao pensar que o meu irmão era o elo mais fraco na nossa dupla. Ao pensar que crescer com o meu pai de alguma forma o enfraqueceu enquanto me fortaleceu. Talvez a minha força fosse apenas diferente da de Arrow porque ele era resistente. "Você sabe o que mais você e Josie têm em comum?" Eu disse. "O quê?" "Vocês dois são as pessoas mais fortes que já conheci." Surpresa arregalou os olhos dele. Meus lábios se curvaram em um sorriso. "Até mesmo as pessoas mais fortes tem que desabafar, às vezes. Sempre estarei aqui para você poder fazer isso." Ele balançou a cabeça, passou a mão pelo cabelo, fazendo com que parecesse selvagem em um lado da cabeça, em seguida, falou. "Eu quero falar sobre ele."


Acho que eu deveria ter esperado por isso. Eu adiei falar com o meu irmão sobre a conversa que tive com o nosso pai por mais tempo do que ele queria. Era mais do que provável que a merda que ressurgiu para ele hoje fosse mais sobre o nosso pai – sobre os assuntos não resolvidos lá, do que sobre toda a outra merda. "Sim, eu sei que você quer." "Mas você não," ele zombou. Larguei o meu café e fiz um barulho frustrado. "Parece sem sentido eu acho, porque não importa o que ele diz." "É importante para mim." Suas palavras eram tranquilas. Incrível como algo falado tão suavemente pudesse silenciar todo o resto. As palavras me atingiram como se um saco de farinha de grandes dimensões fosse jogado direto contra o meu estomago. O vento foi meio que batido para fora de mim, deixando para trás esse vazio momentâneo antes que sugasse mais ar para preenchê-lo novamente. Acho que eu sempre soube que ele não tinha sido capaz de apagar o nosso pai das memórias do jeito que eu tinha. Isso me matou, porém, porque queria proteger o meu irmão, e parecia que não importava o que fizesse, o meu pai sempre teria a capacidade de machucá-lo. Na verdade, essa foi à verdadeira razão de ter adiado esta conversa por tanto tempo. Era um convite aberto para o meu irmão se machucar. Mais uma vez. Como eu poderia passar isso a ele? Como poderia ser uma parte disso? Eu realmente não tinha uma escolha, porque quanto mais tempo adiava, maior seriam as chances de Arrow encontrar outros meios de descobrir a razão daquela reunião ter acontecido. Ele poderia ir diretamente ao nosso pai. Eu não queria isso. "Ele me disse que se sentia arrependido por ter sido o tipo de pai que foi. Ele queria uma chance de... ter um relacionamento melhor." "Ele seriamente disse isso?" Arrow perguntou duvidando. "Ele disse." Respondi secamente. "Mas apenas com você, certo? Não comigo."


A suposição perfurou o meu coração. Eu poderia ter herdado a minha natureza babaca do meu pai, mas nunca, nunca iria fazer para um dos meus filhos o que ele tinha feito para Arrow. Esfreguei a palma da mão sobre a minha nuca e peguei um pouco mais do meu café. "Na verdade." Eu disse em torno de um bocado de coisas. "Ele quis dizer nós dois." A pequena faísca de esperança que acendeu nos olhos de meu irmão me deixou sentindo frio. "Eu, também?" "Sim, ele me pediu para falar com você. Ver se você queria, uh, falar com ele." "O que você disse a ele?" "Eu disse para ele ir se foder." Arrow assentiu como se ele já tivesse descoberto isso. "Então você não acha que ele quis dizer isso?" Suspirei pesadamente e terminei o café. Eu queria dizer não. Queria gritar que essa conversa era estúpida pra caralho. Eu não fiz. Meu irmão merecia coisa melhor do que isso. "Eu acho que ele quis dizer aquilo quando ele disse. Mas com o pai, é difícil dizer se pra ele ainda significa a mesma coisa hoje." Arrow assentiu. "Você quer um relacionamento com ele?" "Honestamente, bro?" Eu comecei. "Não acho que algum dia irei perdoá-lo por tudo o que ele fez. Não sou desse jeito." Eu guardava rancor. Para a vida. Não havia nenhum ponto em fingir o contrário. Arrow assentiu, aceitando a verdade da minha resposta. "Será que tudo que ele disse, que ele quer falar comigo?" "Ele leu o artigo da GearShark. Nós conversamos sobre isso por alguns minutos, mas basicamente, sim." "Ele sabia que eu estaria no avião?"


Ele estava pescando, procurando ainda uma gota de algo que poderia suavizar todo o tratamento duro que ele tinha tido de superar nos últimos anos. Doeu-me vê-lo assim. Sua vulnerabilidade, a inocência que ele, de alguma forma, manteve dentro dele, apesar de tudo, cortava profundamente. "Sim, ele sabia." Arrow assentiu e ficou em silêncio por alguns minutos. Ele andou ao redor, deixando-se cair na lateral da cama. "Você vai pensar mal de mim se eu quiser vê-lo?" Fiz um som abafado e sentei-me ao lado dele. "Eu posso nem sempre gostar de todas as escolhas que você faz, mas nunca vou pensar mal de você, A. Vou sempre ser o seu irmão e minha lealdade vai sempre estar com você." O olhar dele se manteve abaixado, olhando para os seus pés e a parte de trás da cabeça dele balançava com o seu aceno. "Isso é bom." Eu meio que sorri e dei-lhe um tapinha nas costas (um tapinha viril). "Tome algum tempo e pense sobre isso, Arrow. As coisas podem não ocorrer do jeito que você quer se você vê-lo, mas compreendo que se você tiver de fazer isso, de qualquer maneira. Quando... se você decidir vê-lo, vou com você." "Obrigado, Lor." Ele falou. "A qualquer hora." "Você esta voltando para o seu quarto ou vai ficar por aqui?" "Eu posso ficar por um tempo." Disse, chutando a cama. "Josie provavelmente vai demorar um pouco." "Estou morrendo de fome," Arrow reclamou. Quando ele não estava morrendo de fome? Dei uma gargalhada. "Vou pedir uma pizza e asas de frango. Extra-apimentado como você gosta." "E quanto a Joey?" Ele se preocupou. Dei de ombros. "Podemos levar a comida para ela quando chegar aqui. Alugue um filme." "Ela vai topar isso?"


Eu zombei. "Topar ficar deitada na cama e assistindo TV? Acho que ela pode lidar com isso." Ele sorriu como se tivesse ganhado na loteria. Isso me aliviou porque o sorriso era genuíno e eu sabia que ele estava bem. Fez-me silenciosamente esperar que ele se afastasse do meu pai, porque eu tinha muito medo de que ele só o arrastasse para baixo. "O que ela está fazendo, de qualquer maneira?" Ele perguntou, cortando os meus pensamentos. Eu gemi e olhei para o relógio. "Exatamente "Provavelmente respondendo a um monte de perguntas."

agora?"

Brinquei.


MEN VS WOMEN Verdades que você precisa saber, mas você não faz.

VERDADE MASCULINA Homens guardam segredos, garotas contam eles. #SemFofocaAqui

CAPÍTULO TRINTA E CINCO

Joey

Meu telefone ainda estava desligado. Eu pretendia deixá-lo assim até que a confusão sobre o que aconteceu na pista hoje desaparecesse... Foi irreal. Esse era um grande escândalo, que não iria apenas ‘desaparecer’ rapidamente. Mas eu poderia viver em negação por algum tempo. Os hematomas em forma de impressões digitais no meu pescoço eram praticamente uma permissão concedida para uma pequena estadia no hotel da negação. Aqui está o problema sobre a negação: só é bom se você pode evitar tudo o que você está tentando ignorar. Alguns problemas vêm batendo... Ou no meu caso, tocando. O telefone de Jace disparou e o seu corpo ficou tenso sob o meu como se ele quisesse se levantar para responder. Fiz um pequeno barulho rouco e apertei o meu corpo (que estava totalmente o cobrindo) em torno dele para que ele não se movesse. Ele era um conforto. Uma verdadeira segurança que eu nem tinha percebido que vivia sem. Se eu perdesse isso, deixaria um buraco na minha vida, e nunca seria capaz de voltar a não saber o que estava perdendo.


Eu estava chateada. Cansada. Ferida. Mas ele me fazia sentir melhor. Uma risada profunda preencheu o espaço acima da minha cabeça. Seu braço puxou-me um pouco mais firmemente contra ele. Suspirei, deixando meus olhos se fecharem. O telefone tocou novamente. Desta vez ele não parava de tocar. Gentilmente, Jace me afastou de cima dele e saiu debaixo da minha forma nua. Protestei, mas ele continuou. "Arrow pode precisar de algo." Eu cedi, nem um pouco chateada de que ele iria pensar em seu irmão. De fato, o amava mais por isso. Ele pegou o telefone e analisei as linhas fortes, finas de seu corpo e a força em sua postura. "O quê?" Ele rosnou ao telefone, fazendo meus olhos piscarem para o rosto carrancudo. Evidentemente, não era seu irmão. Ele fez um som de resmungo e, em seguida, segurou o telefone para mim. "É para você." "Quem?" Murmurei, empurrando para cima e puxando o lençol comigo. "Forrester." Apertei o telefone no meu ouvido. "Drew?" "Seu telefone está desligado." Ele afirmou. "Sim, imaginei que a imprensa estaria enlouquecida." Ele fez um som. "Abutres." "Algo está errado?" Eu me preocupei. Claramente, ele precisava de alguma coisa se estava se dando ao trabalho de ligar para Jace. "Eu queria dar-lhe uma vantagem. Seu pai está na cidade." "O quê?" Gritei. Tecnicamente, tentei exclamar de surpresa, mas quando você é sufocada por um homem, sua voz nem sempre coopera. Senti os olhos de Jace, e olhei para cima. Ele estava franzindo a testa, em seguida, virou-se para pegar alguns shorts de sua bolsa.


"Estamos no nosso caminho para buscá-lo no aeroporto. Ele está vindo diretamente para você." Uma sensação de ansiedade virou a minha barriga e apertei a mão sobre ela. "Josie," Jace disse, roubando a minha atenção. Preocupação estava escurecendo suas feições. "Meu pai está na cidade," disse a ele. O som da minha voz estava rouca e tensa e isso me fez fazer uma careta. Eu não estava pronta para uma conversa com ele. Ainda me sentia abalada e... batida. Queria me sentir mais forte e mais como uma unidade quando o enfrentasse pela primeira vez. Jace fez um som e se afastou da cama. Ele pegou o balde de gelo fora do balcão nas proximidades e o som da porta se abrindo me fez virar o meu pescoço para ver ele tirando uma camisa. "Você pode querer colocar algumas roupas antes que ele chegue ai. Estaremos de volta em cerca de trinta minutos, talvez mais cedo." "Dirija devagar." Implorei. "Você está bem, Joey? Estamos preocupados." Drew perguntou, a voz dele estava evidentemente tensa. Senti uma pontada de culpa. Eu não estava acostumada com as pessoas estando preocupadas. Antes, desligar o meu telefone não era algo que me fazia pensar duas vezes. Mas agora me fazia. Eu tinha pessoas que se importavam (outras além do meu pai), pessoas que não necessariamente queria evitar e deixar ainda mais preocupadas. "Já estive melhor." Disse honestamente "Mas Jace tem sido muito bom para mim." "É realmente difícil odiar um cara quando ele é tão bom para os nossos dois melhores amigos," Drew murmurou. Em algum lugar por perto, Trent riu. Eu sorri. "Ele é uma boa pessoa, Drew." "Sim, eu vejo isso."


"Eu sinto muito por deixar vocês preocupados. Não foi justo da minha parte." Sussurrei. "Não se desculpe. Você tem o direito de passar um tempo sozinha. Eu não teria ligado, mas achei que você gostaria de saber quem ia estar batendo a sua porta." "Obrigada." O som da fechadura da porta me fez esticar o pescoço novamente para ver Jace entrando no quarto. "Falaremos em breve, ok? Precisando de alguma coisa, é só ligar." Meus olhos se encheram de lágrimas, para minha própria admoestação. Eu esperava que já tivesse acabado de chorar por hoje. "Eu realmente aprecio vocês dois," disse a ele, quase sussurrando. "Nós sabemos," Drew brincou e sorri. As rachaduras nos meus lábios repuxaram e fiz uma careta de dor. Depois que eu apertei o botão DESLIGAR na tela, deixei o celular cair nos lençóis e olhei para cima. Jace estava parado lá com uma toalha envolvendo pedras de gelo. "Não sei onde colocá-la primeiro." Ele admitiu, com os olhos viajando do meu pescoço para os meus lábios. "Meu pai voou até aqui." Jace assentiu. "Você está pronta para isso?" "Não," admiti. Agora que eu tinha adquirido um pouco de prática em não ter de colocar uma armadura de aço ao redor dos meus sentimentos em todos os momentos, estava mais fácil dizer quando me sentia vulnerável. Ele afastou uma mecha de cabelo solta do meu rosto. "Quer que eu fique enquanto você fala com ele?" Balancei minha cabeça. "Não, mas obrigada." "Eu fico, se você quiser que fique." Baixei o gelo dos meus lábios e sorri. "Eu sei." Depois disso, a contragosto coloquei algumas roupas que não era a camisa de Jace e puxei o meu cabelo para cima mais uma vez, porque metade dele já tinha se soltado.


Jace foi ao quarto de Arrow para me dar algum tempo a sós com o meu pai, mas admito que no segundo em que fiquei sozinha, queria chamá-lo de volta. Não o fiz, porém. Esta era uma conversa que deveria ser exclusiva entre meu pai e eu. Não havia passado nem trinta minutos depois da ligação de Drew, quando uma batida na porta soou. Em pé diante da porta, eu podia sentir a presença do meu pai do lado de fora, mesmo através das camadas de madeira grossa. Ron Gamble era um homem imponente, mas ele era meu pai. Com uma expiração profunda, abri a porta. Ele ficou ali parecendo um pouco menos imponente do que eu esperava que ele parecesse. Seu terno era o usual tipo feito sob medida e caro, mas ele estava amarrotado, como se ele o estivesse usando por tempo demais e o terno estivesse pronto para uma boa lavagem a seco. A gravata preta de seda no pescoço estava torta e um pouco solta. O cabelo grisalho dele estava desarrumado, como se ele tivesse passado a mão por ele varias vezes ou como se tivesse encostado a cabeça contra o acento do avião. Além disso, havia o olhar nos olhos dele. O olhar ligeiramente atormentado e estressado que substituía a sua habitual expressão confiante e fria-como-umpepino. "Pai." Eu disse asperamente. Juro que minha voz estava pior agora do que antes. Era como se todo o inchaço e a dor finalmente tivessem estabilizado. Seus olhos caíram para a minha garganta. Estava em plena exibição graças ao meu rabo de cavalo, mas percebi que não havia uma forma de deixar aquilo parecendo bom, por isso escolhi ficar confortável. "Eu quero uma explicação, Josephine." Ele respondeu, ríspido. Ligeiramente chocada por ele usar o meu nome completo, dei um passo para trás, então ele pode entrar no quarto. As luzes do quarto estavam acesas para iluminá-lo e eu havia jogado as cobertas sobre a cama na esperança de conseguir esconder o fato de que estive ali com Jace há pouco tempo. "Você não tinha que voar até aqui." Disse a ele. Ele me deu um olhar desestimulante. "Eu vi a cobertura de notícias. Você realmente acha que eu iria ver a minha filha em rede nacional, parecendo uma vítima de disputa doméstica, e não vir?" Estremeci. Então parecia tão mau assim. Maravilhoso.


"Sem mencionar todo o assalto, as acusações de assédio e o fato de que Lorhaven está em todos os noticiários segurando um dos meus corredores, com ele sangrando e semiconsciente." "Pai..." "Você não atendia o telefone, Josephine." Continuou ele. "Eu não queria lidar com a imprensa." "Ou comigo." Meu pai nunca foi de medir as palavras. Eu não estava prestes a tentar contornar a sua rudeza. Ao invés de negar suas palavras, apenas dei de ombros. "Tenho sido um mau pai?" Ele perguntou, com um toque de cansaço em seu tom. Seu tom na verdade combinava com a maneira que ele parecia. "O quê?" Isso me pegou desprevenida. Choque percorreu-me. "Eu tenho sido tão difícil de conviver que você preferiu aguentar os abusos do que vir até mim?" "Não é difícil viver com você." Refutei, um pouco de vergonha queimando dentro de mim. Nunca quis dar a entender que ele era um mau pai; isso não era a verdade. "Por que você não disse nada?" Ele pressionou. "Porque queria te mostrar que eu era mais forte do que qualquer coisa que eles fizessem." "O que eles fizeram Josephine? Quero nomes e quero detalhes." Ah merda. Ele tinha aquele brilho calculista em seus olhos. O tipo que ele usava sempre que fechava grandes negócios ou que estava determinado a conseguir exatamente o que queria. "Por quê? Não vai mudar nada." Insisti. "Você pode me dizer agora ou vou descobrir por outros meios." Ele entoou. Afundei na beira da cama. Eu queria Jace. Eu não estava exatamente feliz com isso, mas isso não muda o fato de que queria um pouco do abrigo que sempre sentia quando estava com ele.


Eu disse ao meu pai. Derramei tudo para fora. Mesmo sobre a noite em que fui assediada enquanto estava nua e com o meu freio cortado. Ele escutou sem dizer uma palavra. Ele se moveu para a janela enquanto eu falava e olhou para a cortina que encobria a vista da noite. Gostaria de saber se ele sequer percebeu que estava olhando para um pano e que a vista estava encoberta. Parecia-me que ele estava perdido nas imagens que as minhas revelações haviam lhe feito conjurar... perdido em vividas imagens e detalhes conjurados. Tentei falar do assunto com naturalidade. Tentei apenas colocar para fora os esqueletos e a verdade nua... mas as emoções obstruíram a minha garganta enquanto eu também revivia não apenas o que havia acontecido hoje a noite nas mãos de Cannon, mas durante todas as noites anteriores. Quando terminei de falar, fiquei em silencio e me movi para tomar um pouco de água fresca para tentar suavizar a minha garganta ferida. "Você já foi ao médico?" Ele perguntou, ainda olhando para a cortina do hotel. "Eu não preciso de um médico." "Pode haver danos nas suas cordas vocais." Sua voz estava tensa, como se ele também tivesse sido sufocado. "Eu estou bem." "Você não está!" Ele gritou. A súbita e poderosa explosão me fez pular. Meu pai era um homem poderoso, mas ele nunca gritou. Ele nunca teve que gritar. Ele sempre conseguia exatamente o que queria, sem nunca levantar a voz. No entanto, ele estava gritando agora. Parte da água da garrafa derramou por cima e escorreu pela minha mão. Limpei-a e olhei para cima. Ele estava de frente para mim agora, me olhando com olhos afiados e enraivecidos. Sua voz se acalmou enquanto ele analisava as minhas lesões mais uma vez. "Cannon fez tudo isso em você?" Eu assenti.


"Ele nunca mais vai correr." Meu pai não fazia declarações vazias. Cinco palavras e o destino de Dean Cannon estava permanentemente selado. "Ele pagou alguém na equipe de boxes para alterar o meu carro hoje. Essa vitória hoje deveria ter sido minha. Ele a tirou de mim." "Esta é a verdadeira razão pela qual você queria tanto se transferir." Ele afirmou. Eu assenti. Os olhos de meu pai ficaram mais calmos. "Você deveria ter vindo a mim." "E dizer o quê?" Explodi. "Oh, papai, os caras no clube estão sendo tão maus pra mim. Eles não gostam de meninas. Eles não me querem por perto." Zombei. "O que você teria feito?" Pressionei, saltando de volta para os meus pés. "Você teria pensado que eu estava sendo fraca como qualquer outra pessoa." Ele ergueu o queixo para olhar para mim, deslizando as mãos nos bolsos da calça. Eu vi o desafio em sua feição rígida, a teimosia se instalando em seus ombros. "Eu sou Joey por uma razão, pai." Comecei, sentindo uma parte da rebeldia em mim desmoronar. Talvez a sua rebeldia fosse mais forte do que a minha. Talvez só não me restasse mais nenhuma essa noite. "Você nunca quis uma menina. Fui uma decepção para você desde o dia em que nasci. Tentei tanto ser o que você queria. Nunca vou ser um homem, mas pensei que talvez se me tornasse uma mulher forte o bastante, você poderia me respeitar da mesma forma." Seu queixo caiu um pouco quando falei, mas agora que estava falando, não queria mais parar. "Tentando ser o que você queria que eu fosse, me fez ser tudo o que a mamãe não queria. Ela era fraca demais para você e ela nunca lhe deu um filho. Ela não estava interessada em mim quando se mudou para Paris. Ela nunca me pediu para ir com ela, sabia disso? Nem uma única vez. Era como se nunca sequer ocorreu-lhe levar a sua única filha." "Sua mãe é uma mulher egoísta." Disse ele, um pouco de arrependimento em sua voz.


"Mas sempre tive um lugar com você. Você deixou isso bem claro, mesmo quando ela não o fez. Era como se não importasse o quão decepcionado você estivesse comigo, você ainda abriria um espaço em sua vida para mim. Mesmo quando eu era uma adolescente, mesmo quando estava determinada a te afastar de mim." "Eu nunca estive decepcionado com você." "Exceto pelo fato de que sou do sexo errado." Ele me mediu, tirou as mãos dos seus bolsos e aproximou-se. "Eu queria um menino. Nunca escondi isso. Estava esperando por mais de uma criança, mas isso não estava nas cartas para mim. Assim como não estava um filho. Isso não significa que estou decepcionado com o que tenho. Lamento que você sinta que nunca foi apreciada por mim. Lamento nunca ter te dito o contrario." "Você não mente." Eu disse, como se isso explicasse exatamente porque ele nunca me disse nada disso. "Então você vai acreditar em mim quando eu disser que eu estou orgulhoso de você. Mais orgulhoso do que você possa imaginar. Foi uma coisa idiota admitir abertamente que queria tanto um filho, porque a verdade é que você não é, nem nunca poderia ser uma decepção para mim. Na verdade, olhando para você agora, estou mais convencido do que nunca de que nenhum filho poderia ser tão bom quanto à pessoa que você é." Balancei um pouco sobre os meus pés. Suas palavras eram como flechas que perfuravam e atingiam suas marcas em uma parte profunda de mim, na carne mais sensível. "Eu queria um herdeiro e isso é exatamente o que eu tenho. Você é minha filha e eu te amo." Bem, foda-se. Eu ia chorar. E não era um choro do tipo fungar e fungar. Era do tipo de choro feio que as pessoas precisavam olhar para o outro lado. O tipo que deixava o seu rosto inchado por um dia inteiro depois que você o secava. Eu esperava uma palestra, uma conversa séria e, sim, preocupação... mas eu não esperava ouvir que ele me amava. Que ele estava orgulhoso de mim. Funguei, sentei na ponta da cama e olhei para baixo, tentando ganhar alguma compostura.


Há quanto tempo estou querendo ouvir o que ele disse? Quão profundamente iam os meus sentimentos por não ser boa o bastante? Fundo. Tão fundo que eu tinha certeza de que eles eram as raízes a partir das quais cresceu o resto do meu caráter. Nunca percebi o quanto essas palavras poderiam curar completamente algo dentro de mim. "Talvez se tivesse dito isso antes, as coisas não teriam ido tão longe quanto foram. Talvez você não estivesse sentada ai, machucada." "Isso não é culpa sua, pai." Eu disse quando ele veio se sentar ao meu lado na cama. Apesar da sua aparência cansada, ele ainda tinha cheiro de loção pós-barba fresca, do tipo que ele usava desde que eu poderia me lembrar. Old Spice. "Não inteiramente. Cannon e alguns outros membros do clube vão ter uma má notícia nos próximos dias. Este comportamento para aqui e agora." "O que você vai fazer?" Perguntei. Olhando para cima, meu estômago se apertou ao ouvir o aço em suas palavras. "Fazer o que eu deveria ter feito há muito tempo. Limpar a casa." "O que isso diz sobre mim, então?" Perguntei. "Que tive de fazer meu pai intervir e lutar as minhas batalhas." "Esta não é apenas a sua batalha, Joey. É a minha, também. Nós somos uma família, e nós lutamos juntos. Eu não deveria ter deixado você acreditar que vir a mim seria de alguma forma uma mancha no seu caráter. Você sofreu abuso por tempo demais e ele vai parar agora mesmo." Uma lágrima deslizou pela minha bochecha, seguida por outra e outra. Meu pai colocou o braço em volta de mim e me inclinei para seu lado. Senti seus lábios no topo da minha cabeça e fez com que a ternura despertasse dentro de mim. Uma menina sempre teria um fraquinho pelo seu pai... não importa quantos anos ela tenha. "Eu te amo, papai," sussurrei. "Eu te amo, minha filha" Ele repetiu. "Agora..." Sua voz era viva enquanto ele apertava o seu braço ao meu redor. "Sem mais desta besteira de silêncio. Você


nunca terá que me provar o quão forte você é. Eu sei. Vejo diariamente. Se alguém estiver assediando você ou tratando mal a minha filha, então quero saber sobre isso." Eu ri. Foi um som aquoso. "Sim, senhor." "Bom. Agora pegue as suas coisas. Vamos para casa. Meu médico pessoal está esperando para examinar você. E vamos estar nos reunindo com os meus advogados também." "Advogados!" Engoli em seco, estremecendo por causa da dor na minha garganta. "Ah, aquele criminoso do Cannon vai embora por um longo tempo. E você não acha realmente que vou permitir que essa desqualificação lhe afete, você acha?" "Ainda quero me transferir." Eu disse, afastando-me para olhar para ele. "Eu imaginei. Você tem a minha bênção completa, mas Joey Gamble não será expulsa da divisão profissional com uma desclassificação sob seus pneus." Papai sempre parecia fazer tudo parecer um pouco menos terrível, sabe? Jace era a minha rocha, a minha segurança... mas nem mesmo ele era tão forte quanto o meu pai. Encostei a cabeça no seu ombro. Ele me cutucou. "Vamos lá, então." "Eu não estou pronta para partir ainda. Prefiro esperar até de manhã." "Você precisa ver um médico." Sentei-me de volta. "Eu vou amanhã." O olhar perspicaz do meu pai caiu sobre a mochila de Jace. "Isso tem a ver com o proprietário dessa bolsa?" Eu assenti. "O pessoal na casa disse que ele estava com você na noite anterior ao seu voo até aqui." É claro que eles disseram. O pessoal era um bando de grandes fofoqueiros. "Eu sou adulta." O lembrei.


"Você sempre será a minha menininha." Derreti um pouco com a sua resposta. "Então, você e Lorhaven... Acho que isso explica por que ele deixou Cannon tão ensanguentado." "Eu causei algum desse dano, também," protestei, indignada. Ele riu. "Disso eu não tenho nenhuma dúvida." Ele se levantou da cama. "Tudo bem, vou ter o médico em casa amanhã, no final da manhã." "Na casa?" Perguntei. Ele assentiu. "Menos imprensa dessa forma." Concordei e caminhei com ele em direção à porta. "Então, quando vou conhecer esse Lorhaven?" "Logo." Prometi. "Estou ansioso por isso. Tenho certeza de que ele deve ter alguma coisa para ter apanhado a atenção da minha filha." Eu sorri. "Ele é alguma coisa." Concordei. Antes de abrir a porta, ele olhou para mim. "Há mais uma coisa que preciso lhe perguntar, Joey." Eu assenti. "Hopper sabia sobre isso? Ele ficou de braços cruzados enquanto você estava sendo assediada?" Eu estava balançando a cabeça antes mesmo dele ter terminado a pergunta. "Eles nunca fizeram isso quando Hopper estava por perto. Honestamente não acho que ele sabia o quão ruim era." "Mas ele sabia que algo estava acontecendo..." ele supôs, uma nota de descontentamento em sua voz. "Ele viu as fotografias que, uh, colaram na garagem. Ele os castigou. Severamente. Eles pararam por um tempo. Acho que Hopper só assumiu que nunca aconteceu de novo."


"Eu entendo." Ele murmurou. O que é que ele entendia, eu não estava muito certa. "Por favor, não desconte isso em Hopper, pai. Você sabe que ele tem seus próprios demônios pessoais para batalhar. Combater contra os meus não é sua responsabilidade." "É, como um gerente." Ele respondeu, firme. "Se eu tivesse falado, Jay teria ido até você," eu disse, com certeza absoluta em minhas palavras. Jay Hopper era um monte de coisas. Uma alma torturada. Um recluso. Um homem privado. Meu amigo. Ele não era um facilitador de abuso. Eu nunca poderia acreditar que ele ficaria parado e permitiria que os homens abusassem de mim. "Você deixa que eu me preocupe com Hopper." Disse ele, inclinando-se para beijar a minha testa. Eu não tinha certeza do que isso significava e isso fez o meu estômago apertar. Ele deve ter lido isso no meu rosto, porque quando se afastou, suspirou profundamente. "Você sabe que tenho uma predileção por Hopper. Não se preocupe." Balancei a cabeça, as lágrimas voltando aos meus olhos. Meu pai franziu a testa e tentei com toda a força de vontade em mim acabar com aquela demonstração de emoções. "Você tem certeza de que não quer vir comigo agora?" Balancei a minha cabeça. "Não, Jace está na porta ao lado. Ele logo estará voltando." "Drew e Trent estão no final do corredor." Disse ele, como se isso o fizesse se sentir melhor. "Eu sei." Sorri. "Eu te amo, Josephine." "Eu também te amo, papai."


Quando ele estava no corredor, chamei por ele. Ele virou. "Obrigada por ter vindo." "Você é minha filha. E é muito boa nisso." Observei-o até o elevador fechar e ele desaparecer completamente. Um suspiro trêmulo deixou o meu peito. Eu ainda estava rígida e dolorida por tudo o que aconteceu esta noite, mas me sentia mais leve. Menos sombria. Meu pai estava orgulhoso de mim. Da mulher que eu era. Eu tinha Jace, livre e esclarecido, sem segredos ou orgulho entre nós. Hoje tinha sido uma merda de dia ruim... Mas talvez não tão merda quanto eu pensei inicialmente.


MENS VS WOMENS Verdades que você precisa saber e não sabe.

VERDADE FEMININA 73% das mulheres dizem que bullying nos locais de trabalho é comum.

CAPÍTULO TRINTA E SEIS

Lorhaven

Eu nunca fui um cara nervoso. E não estava prestes a começar essa merda agora. Não importava que Ron Gamble fosse um homem poderoso. Ele não seria o primeiro figurão com quem eu teria de lidar. Não importava que eu estivesse de pé no centro de seu escritório, que mais parecia um escritório saído da cena de algum filme. Eu tinha estado em escritórios com o mesmo prestígio. Ele era o pai da minha namorada. Correção, o primeiro e único pai que eu conheceria. Nunca tinha tido uma conversa com os pais das namoradas anteriores. Correção, sim, tive. Quando tinha dezesseis anos e estava com um tesão do inferno. Aquelas conversas entraram por uma orelha e saíram pela outra. Eu não ouvia aquela merda. Isso era diferente. Josie era diferente e Gamble era o seu pai. Queria o seu respeito.


Ok. Bem. Eu estava nervoso. Foda-se se eu ia demonstrar isso, entretanto. Josie nem estava aqui. Ela estava na pista com Drew e Trent, provavelmente tendo o momento da vida dela correndo por lá com o meu bendito Lotus. Talvez fosse por isso que as minhas entranhas estavam se revirando. Dei à mulher as chaves do meu carro. Isso me renderia muita ação no quarto mais tarde, porém *abanar de sobrancelhas*. O som de um limpar de garganta me fez girar ao redor. Gamble estava parado perto da mesa dele, olhando para mim, sua sobrancelha levantada. "Você disse algo?" Perguntei. "Você tem um problema de audição?" Ele perguntou, ríspido. "Eu dei a Josie as chaves do meu Lotus," brinquei. Gamble jogou a cabeça para trás e riu. "Pegue um pouco de scotch, filho. Você vai precisar dele." Ele foi até o bar, onde os copos ficavam juntos de uma garrafa escura de líquido e serviu duas taças. Aceitei quando ele me entregou. "Você chama a minha filha de Josie." Ele disse, olhando para mim por cima da borda do copo. Ele tinha um olhar intimidante nele. Gostaria de ver ele e o meu pai na mesma sala. Esse cara, provavelmente, era um bom concorrente para ele. Bem, sua reputação o precedia, mas nunca o tinha conhecido até agora. Mesmo depois de alguns meses namorando Josie e estando com ela em todas as chances que podíamos. "Ao contrário de você, estou muito feliz de que ela é uma menina," brinquei. Seus olhos se estreitaram. Tomei um gole do uísque e apreciei o jeito que ele queimou a minha garganta. Eu poderia não ser o meu pai, mas definitivamente tinha um pouco do seu, hmm, bom senso. "Eu nunca fiz segredo de que queria um filho. Mas amo a minha filha, muito. Ela é a única criança que tenho." "Sei disso. Ela ama você." Eu disse a ele. "Então você deve saber que vou fazer qualquer coisa por ela."


Abaixei o copo da minha boca. "Esta é a parte onde você tenta me espantar e fugir?" "Eu fiz algumas pesquisas sobre o seu passado." "Ah, descobriu todos os esqueletos que escondo no guarda roupa, não foi? Você deveria ter me perguntado. Teria te dado às informações pessoalmente." "Eu realmente acredito nisso." Ele meditou. "Não sou um mentiroso." Eu disse. "Apostas ilegais, jogos de azar e tentativa de assassinato não são coisas para se orgulhar." "Eu não tenho orgulho disso." "Conheci o seu pai. Nós, na verdade, temos alguns negócios juntos." Gamble disse, descartando os meus antecedentes criminais. Por agora, de qualquer forma. "Não gosto dele." Eu disse, tomando outro gole de uísque. Aquele era de boa qualidade. "Nem eu." Eu sorri. Gamble me examinou por trás com um olhar astuto. Aposto que ele lê as pessoas melhor do que a maioria das pessoas lê livros. "Você não é nada como ele, porém, não é?" "Não. E nunca vou ser." Confirmei. "Você bateu em Dean Cannon, expondo ele diante da imprensa." "Ele acertou o rosto da sua filha." Rosnei. "Ele merecia coisa pior do que isso." Ele se afastou do bar, trazendo o seu copo ao caminhar para trás da mesa e o pousou sobre uma pilha de papeis. Ele ainda estava usando os seus trajes de trabalho, embora já estivesse em casa a muitas horas. O terno dele era claramente um modelo feito sob medida e a gravata vermelha dele parecia ter sido amarrada recentemente. Eu poderia apostar que ele vestiu aquela gravata vermelha só por que queria ter um pequeno adereço da cor do sangue em seu visual quando me encontrasse. Como se isso fosse me intimidar.


"Concordo com você. É por isso que disse a ele que se ele prestasse queixa contra você por causa das agressões, ele descobriria exatamente o quão ruim as coisas poderiam ficar para o lado dele." Olhei para ele em choque. "É por isso que ele não apresentou queixa? Porque você o ameaçou?" Gamble levantou um dedo. "Eu não ameaço. Meramente informo." Eu ri. "Certo. Bem, obrigado por me tirar o problema de uma ação judicial. E obrigado pelo castigo que você deu a ele e a alguns outros que estavam envolvidos no assédio de Josie." Todos eles estavam fora de seu clube. Cannon foi totalmente banido das corridas e agora estava preso por cortar o cabo de freio do carro dela. O estúpido imbecil não sabia que a manobra dele de se esgueirar pela garagem e cortar os cabos de freio dela estava gravada no sistema de vigilância. A pequena cena de assedio que eles fizeram quando ela saiu do banheiro para buscar suas roupas na garagem também estava tudo gravado. Quando vi Cannon no tribunal, ele parecia pior do que o rabo de um babuíno. Algo me dizia que Gamble tinha algumas conexões dentro da cadeia, e a estadia dele na prisão enquanto aguardava o julgamento era tudo menos pacífica. "Um monte de homens com a mesma quantidade de poder que eu tenho fazem negócios de forma diferente. Não minto e engano em minhas relações. Meus negócios são todos honestos." Eu não disse nada, apenas olhei para ele. "Mas eu não sou um tolo e não nasci ontem. Este mundo é cruel e quando você tem dinheiro e poder, todo mundo quer sempre um pouco." "Isso resume tudo." Concordei. "Esta não foi a primeira vez que algum merda mexeu com a minha filha. Esta é a primeira vez que perdurou tanto tempo sem a minha interferência. Ela é mais velha agora, tem sua própria vida. Mesmo assim, essa provavelmente não vai ser a última vez que ela será alvo de assedio por causa do que faz e de quem ela é." Só as palavras já fizeram o meu sangue ferver. Bati o copo do outro lado da mesa dele e me inclinei sobre a mesa para analisar ele atentamente. "Eu não vou permitir isso."


A boca de Gamble se curvou de um lado. "Eu sei. Certamente espero que você não seja preso por negócios ilegais no futuro, mas vou admitir que o seu passado duvidoso se parece mais como uma vantagem do que uma negativa." Eu ri. "Bem, essa é a primeira vez." "Quando você tiver uma filha algum dia, você vai entender." A visão de Josie e todo o seu cabelo selvagem com um pequeno embrulho rosa em seus braços passou pela minha mente e perfurou o meu peito. Um sentimento de posse me envolveu ao pensar nessa imagem, como se fosse o cobertor mais pesado com que já me envolvi. "Eu vou fazer de tudo para protegê-la." Disse a ele. "Estou apaixonado por sua filha e amor não é algo que eu dou facilmente." Gamble assentiu, puxou sua cadeira e sentou-se. "Bom. Fico feliz que tiramos isso do caminho." Eu pisquei. Era só isso? Passei pela inspeção paterna? E fiz isso por ser o idiota que eu sempre fui. "Você parece surpreso." Gamble meditou. Sentei-me, peguei a minha bebida da borda da mesa e tomei um gole. "Eu estou." Ele fez um som de escárnio. "Minha filha está mais feliz do que nunca. Mantenha ela dessa forma e você não terá nenhum problema comigo." "Muito justo." Eu disse. "Agora, sobre o seu irmão." Endureci, meu corpo ficou tenso. "O que tem o Arrow?" "Ouvi dizer que ele sabe dirigir." "Quem te disse isso?" Perguntei desconfiado. "Drew, Trent, minha filha." Ele listou. "Ele sabe dirigir." Concordei. "Estou precisando de vários motoristas por causa dessas reviravoltas na divisão profissional."


Senti o meu estomago tombar ao ouvir aquilo. "Você está dizendo que quer o meu irmão dirigindo para você na divisão profissional?" "Isso passou pela minha cabeça." Tudo dentro de mim paralisou. "Não." As sobrancelhas de Gamble se levantaram. "Não?" "Meu irmão é gay." Suas sobrancelhas subiram com a notícia, mas depois ele disse: "E o Drew Forrester também é." "Drew Forrester dirige na NRR que é muito mais liberal. A divisão pro é indigesta e presa aos velhos tempos, um fato que você bem sabe, especialmente depois do que aconteceu com Josie." "Eu posso entender a sua preocupação." Ele concordou. "Acho que a divisão profissional está mudando. A minha filha foi o catalisador disso. Seu irmão poderia estar chegando na hora certa." "Meu irmão não é a sua cobaia." Eu rebato firmemente. "Pense sobre isso. Pergunte se ele gostaria de fazer um teste. Hopper está ansioso para fazê-lo correr." Hopper. Eu ranjo os dentes. "Você tem certeza de que Hopper está interessado no jeito que ele dirige?" Gamble franziu os lábios. "O seu protecionismo se estende ao seu irmão." "Meu irmão já enfrentou um monte de coisas. Ele e Josie estão no topo da pequena lista de pessoas que me interessa." Fiz uma pausa e depois me inclinei para frente. "E francamente, estou malditamente chocado de que Hopper ainda esteja na folha de pagamento. Você realmente acredita que ele não sabia sobre toda a merda que Josie estava sofrendo?" "Eu falei com Hopper. Sobre tudo. Admito, acho que ele se enganou, mas não acho que ele soubesse de tudo o que Josie estava sofrendo. Ele teria punido Cannon por todas as suas ações se soubesse. Acho que Hopper foi tolo e pensou que ele havia lidado com o problema." Eu bufei. "Que imbecil."


"Hopper não irá gerenciar a minha filha na NRR. Ele ira continuar gerenciando os profissionais, embora isso o desagrade. Estou certo de que isso deixará você feliz." "O fato dele ficar longe de Josie? Sim. Mas o fato de você querer colocar ele e o meu irmão juntos? Não." "Anotado." Me levantei. Eu tinha terminado por aqui. "Vou voltar para a pista. Vou me certificar de que o meu carro ainda está inteiro." Gamble se levantou da sua cadeira. Estendi minha mão para ele. "Obrigado por dispor umas horas para se encontrar comigo." "Eu respeito um homem que se disponibiliza para obter a bênção paterna." "Não pedi sua bênção." Eu disse enquanto ele apertava a minha mão. "Não com as palavras exatas, mas é por isso que você está aqui, não é? Você quer ter a certeza de que aprovo o seu relacionamento porque você pretende se casar com a minha filha." "Eu pretendo me casar com ela." Disse sem hesitar. "Mas não agora. Nem sequer tenho um anel." Quero dizer, merda, eu nunca tinha pensado em casamento, até agora. Claro que era uma certeza que iria me casar com ela. Algum dia. Estávamos ocupados demais namorando agora, dirigindo e nos conhecendo melhor. Nós não estávamos nem mesmo morando juntos ainda. Mas isso estava prestes a mudar. Essa coisa de dirigir para lá e para cá para vermos um ao outro era uma merda. Eu não continuaria fazendo isso. Eu a queria na minha cama todas as noites. Como se estivesse lendo a minha mente, ele disse. "Tudo no seu devido tempo." Ele soltou a minha mão. "Esta casa é grande o bastante se vocês dois quiserem viver aqui." "Eu não vou ficar morando com o pai da minha namorada." Um brilho de satisfação surgiu nos olhos dele. "Eu estava esperando que você dissesse isso." Ah, um teste. Sorte a minha que passei.


Fui para a porta. A voz dele soou atrás de mim. "Depois de salvar o seu carro das garras da minha filha, o jantar estará na mesa lhes esperando. Drew e Trent estarão aqui também. Traga o seu irmão." Olhei por cima do meu ombro. "Ok. Nós estaremos aqui." Ele assentiu. "Mas isso não significa que Arrow irá dirigir para você." "Compreendido." Eu gostei do cara. Respeitava ele. Eu definitivamente entendi de quem Josie havia herdado a sua cabeça de mula teimosa. Eu podia ver como teria sido difícil crescer com um pai desses. Inferno, de certa forma, havia tido esse problema também. Eu gostava do jeito dele de viver sem se desculpar. Ele não deixava de ser quem era. Ele não tentava ser outra pessoa, nem mudava. Ele era quem era. Embora ele tivesse sim se desculpado uma vez. Para Josie. Por não ver o que ela estava passando mais cedo e por fazer ela sentir como se tivesse que esconder qualquer dificuldade que passasse. Eles tiveram uma longa conversa sobre o passado dela, sobre como ele não estava usando esse passado contra ela agora ou esperando que ela voltasse a ter o seu jeito de adolescente rebelde. Em resumo, ela finalmente conseguiu a aprovação que sempre quis e o respeito dele. Foi preciso que ele dissesse para ela com todas as palavras para que ela finalmente soubesse disso. Essa descoberta abalou Josie completamente. Ela ainda tinha uma expressão de choque em seu rosto quando a encontrei depois da conversa deles. Mas na realidade, isso é o que me fez respeitar Gamble ainda mais. Ele deu a ela uma coisa naquele dia que ninguém mais poderia dar, algo que ela realmente precisava. Isso os aproximou mais e a deixou um pouco menos amarga sobre o fato de não ter nascido um menino. Nota: Eu nunca diria a ela que achava que ela era um pouco amarga por causa disso. Ela me chutaria as bolas se soubesse. Eles já estavam até planejando a criação de uma fundação para pessoas que se sentiam sozinhas, intimidadas ou que simplesmente precisavam de alguém com quem conversar. Isso havia se tornado um projeto de estimação para a dupla. Isso dava a Gamble a chance de ver a filha dele sob uma nova perspectiva e a ela a chance de fazer algo que a fazia se sentir empoderada.


Deus, ela estava maravilhosa. Malditamente boa. Eu amava mais ela a cada dia. Mas se ela bagunçasse o meu Lotus, eu poderia ter que alterar essa alegação e só amar ela hoje como amava ontem e amar ainda mais amanhã... É. Assistir ela com o seu pai me fazia pensar sobre o meu próprio pai. Se, talvez, deveria dar a ele uma chance. Só não achava que conseguiria. Mas Arrow... eu via nos seus olhos quando ele achava que eu não estava olhando. Disse a ele sobre a minha conversa com o nosso pai. Lhe disse que ele queria um relacionamento e que poderia estar se sentindo mal por tudo o que havia acontecido. Honestamente eu achava que o meu irmão recusaria a aproximação da mesma forma que fiz. Aparentemente, meu irmãozinho ainda guardava a esperança de que o nosso querido e velho Pai voltaria atrás. Isso me deixava doente. O fato de que Arrow poderia ter a capacidade de perdoar ele, uma fração que fosse, já me deixava possesso. Isso também tornava o meu irmão um homem melhor do que eu algum dia poderia ser. Ele estava sentado no Skyline de Josie, a bunda dele no banco do motorista, quando cheguei. Quando deixei o carro, era eu quem estava dirigindo. Acho que ele decidiu que precisava ter a sua vez. Abri a porta do passageiro e me inclinei. "Que porra você está fazendo?" Ele tirou o cabelo loiro dos olhos. "Estou dirigindo." "Você precisa de um corte de cabelo." Reclamei. "Sim, sim, eu sei." Ele murmurou. Sentei no banco do passageiro e fiz sinal para ele dirigir. "Como foi conhecer o papai?" Ele perguntou.


Eu resmunguei. "Bem. Nós vamos voltar para o jantar depois que salvarmos o meu Lotus." "Estou morrendo de fome." Ele disse. Eu revirei os olhos. Ele estava sempre com fome. Claro, eu estava também, então... "Hey, A." Eu disse. Ele olhou para mim enquanto dirigia para fora dos portões na propriedade de Gamble. "Sim?" "Você gosta da Josie, certo?" Ele riu. "Você sabe que gosto, bro. Ela é boa demais para você." Bati na parte de trás da cabeça dele. "Idiota." "Na real, ela é legal. Ela é a única pessoa que não me trata como se eu fosse uma criança." "Eu não te trato como uma criança." Discordei. Ele me deu um olhar fulminante. Eu resmunguei. "Ela é boa para você." Ele disse depois de um minuto. "Você está feliz." Isso foi um pouco de inveja o que ouvi na voz dele? "Ela é da família agora." Ele disse, assentindo uma vez como se isso fosse uma comprovação. Era uma comprovação. Ela era da família. Debati comigo mesmo por dois segundos, depois soltei uma maldição. Arrow me deu um olhar de soslaio antes de olhar de volta para a estrada. "Gamble quer ver você correr. Ele está procurando por novos motoristas profissionais para o time dele." Eu disse a ele. A roda deslizou sob a sua direção. "Você está brincando, é de verdade?" "Infelizmente, é."


"Você não acha que sou bom o bastante." Ele assumiu imediatamente. "Porra, não é isso!" Protestei. "Eu sei que você é bom. Mas veja toda a merda que Josie sofreu." "Não sou uma criança, Lor." Ele argumentou com raiva. "Se quiser fazer um teste, eu vou." "Eu sei disso." disse, calmo. "É por isso que lhe contei sobre a oferta." "Não sou o mesmo garoto que era há dois anos. Quero uma vida, uma vida própria." "Cansado de ser o meu companheiro, é?" Perguntei. Ele riu. "Talvez." Então ele disse: "Mas falando sério, você está construindo uma vida com Josie. Estou feliz com isso. Mas preciso construir uma vida para mim também." "Sim." Eu disse. Sabia que ele precisava. Era difícil abrir mão do controle, apesar disso. Poucos minutos depois, entramos no estacionamento do Gamble Speedway. Arrow estacionou e os sons dos motores dos carros na pista atingiram o Skyline. "Lorhaven." Ele disse quando comecei a sair do carro. Parei, me virei no assento e olhei para ele. "Eu não acho que já te agradeci por toda a merda que você tem feito por mim nos últimos anos. De varias formas, você literalmente salvou a minha vida." "Arrow..." comecei. Meu peito ficou apertado muito rápido. Ele balançou a cabeça e seu pomo de Adão se moveu quando ele engoliu em seco. "Obrigado. Você é um bom irmão. O melhor. Minha lealdade estará sempre com você e eu nunca faria nada que você estivesse totalmente contra. Por um longo tempo, você foi o meu irmão, mas recentemente, você tem sido mais como um pai." Não é um pai... mas um pai. Esse garoto, que não era realmente um garoto, me pegou. Ele pegou e afetou os meus malditos sentimentos. "Eu quero começar a fazer o meu próprio caminho, mas não vou fazer isso a menos que você me dê a sua bênção." Era um dia de bênçãos aparentemente.


Olhei nos olhos dele. Eles eram castanhos, não tão escuros quanto os meus e eles eram mais sinceros do que qualquer outra coisa. "Faça o teste, A." Eu disse. "E se você decidir que a pro não é para você, saiba que nós temos um espaço para você na NRR." "Sério?" Mais uma vez, ele parecia chocado. Eu sorri. "Claro. Gamble está interessado. Isso não vai mudar. Especialmente depois dele te ver dirigindo." Meu irmão sorriu. Excitação brilhando em seus olhos. Isso me deixou muito feliz. "Obrigado, Lor!" Ele disse e saltou para fora do assento do motorista. Nós nos encontramos na frente do carro. "Hey." Eu disse. "Estou orgulhoso de você." Ele se lançou sobre mim, cruzando os braços em volta da minha cintura. Fechei os meus meu redor dele, abraçando-o com força. "Vamos." Eu disse depois de um minuto. "Precisamos salvar o meu carro." Ele riu. Nós estávamos quase atravessando a entrada quando ele disse. "Então você acha que Hopper vai estar na audição?" "O que isso importa?" Eu lati. Ele encolheu os ombros. "Acho que não." Sem namoros. Não estou pronto para essa merda. Especialmente quando o cara farejando o meu irmão é um idiota que, apesar do que disse, tinha que saber que Josie estava sendo malditamente assediada. Se Arrow se envolvesse com alguém, não seria com um cara sem uma maldita espinha dorsal. Eu o mataria primeiro. Poucos minutos mais tarde, nós estávamos de pé ao lado da pista e o meu Lotus não era nada além de uma faixa branca passando do outro lado da pista. Quando ele finalmente se aproximou de onde estávamos, ela deslizou até parar não muito longe de nós.


O motor desligou e ela saltou do banco do motorista. O cabelo dela estava desarrumado, o jeans apertado e o verde dos olhos dela lembravam uma esmeralda brilhante. Quando ela saltou, a segurei. "Eu amo esse carro." Ela anunciou. Eu ri. Ela jogou a chave para o meu irmão. "Aqui, por que você não o leva para uma volta? Esfria o motor um pouco." Arrow pegou a chave e olhou para mim com os olhos arregalados. Eu nunca tinha deixado ele dirigir o meu carro antes. Assenti. "Vá em frente." Ele se foi num piscar de olhos, deixando Josie e eu sozinhos. Pelo menos até que Drew e Trent atravessassem o resto do caminho ao redor da pista. "Como foi com o meu pai?" Ela perguntou, passando as mãos pelo meu cabelo. "Ele acha que deveríamos morar juntos." Anunciei. Ela riu. "Tenho certeza que ele não disse isso." Dei de ombros. "Estou dizendo isso." Seus olhos pousaram nos meus, percebendo que eu estava falando sério. "Sério?" Ela sussurrou. Balancei a cabeça. "Eu quero o seu traseiro na minha cama todas as noites." Ela inclinou a cabeça para o lado. O vento que soprava bagunçou os seus cachos. "Só a minha bunda?" "Seu coração, também." Beijei-a suavemente e me afastei. "Sim?" Ela assentiu uma vez. "Sim." Eu era um bastardo de sorte.


MEN VS WOMEN Verdades que você precisa saber, mas você não faz.

VERDADE MASCULINA Homens realmente podem fraturar os pênis deles. É chamado de fratura peniana. Isso acontecem mais frequentemente durante o sexo.

CAPÍTULO TRINTA E SETE

Joey

Para EmilyM@gearsharkmag.com Assunto: A história real. Querida Emily, Eu sei que você já fez uma matéria sobre mim para um artigo da GS. Mas não te contei realmente a história real. Ao invés dela, lhe contei uma versão de mim que todo mundo esperava. Anexado a esse email está aquilo que eu deveria ter dito, aquilo que realmente queria dizer. Espero que você tire um tempo para ler o anexo. Atenciosamente. Josephine Gamble joeyg@gmail.com


Para: joeyg@gmail.com Assunto: RE.: A história real. Querida Joey, Eu sabia que havia mais para a sua história. Obrigada por confiar em mim para contar o resto. Você é uma inspiração para as mulheres em todos os lugares. Quero imprimir isso. Será uma noticia de uma pagina inteira, com uma imagem que nós tiramos de você na nossa última sessão de fotos. Sozinha. É hora de você brilhar sozinha. Você mereceu isso. Assine a autorização anexada para que possamos imprimir e retorne para mim. Um exemplar do artigo está anexado também. OS: Aquele passeio que Lorhaven disse que ia me dar naquele dia nunca aconteceu. Ele estava muito ocupado olhando na direção em que você saiu dirigindo para sequer se lembrar que eu estava lá. Atenciosamente. Emily Metcalf GEARSHARK Magazine


Apresenta

Joey Gamble Nas palavras dela mesma.

Escrito por Emily Metcalf

Vocês devem se lembrar da história sobre o problema de ruptura que foi publicado por nossa revista há poucos meses atrás, envolvendo a nossa primeira edição com uma capa com dois modelos. Essa publicação recebeu muita atenção e o nosso pessoal aqui na GearShark ficou sobrecarregada com perguntas sobre Lorhaven e Joey G., tanto sobre os dois juntos quanto separados. Parecia que todo mundo via o que o par não estava vendo no dia das fotos. As faíscas entre eles. Desde então, esse dueto conseguiu explodir um completo inferno em suas vidas pessoais e profissionais. Sempre que há fogo, há destruição. Neste caso, a maior parte da destruição atingiu Joey G. Depois da nossa matéria, varias coisas aconteceram: a imprensa ficou curiosa sobre este casal e o relacionamento deles por trás das câmeras, Joey G. foi desqualificada de uma prova das corridas profissionais devido a uma modificação ilegal no carro dela e alegações revelaram as situações abomináveis de assédio que sofreu durante a maior parte da sua carreira. E é claro, ninguém se esquecerá tão cedo da cena feita pelo motorista bad boy ao arrastar, aquele que costumava ser um galã, Dean Cannon, para fora do banheiro de armários, todo ensanguentado, para expô-lo na frente da imprensa.


Mas nós não estamos aqui para falar sobre Lorhaven hoje (não muito de, qualquer forma). Joey G. entrou em contato comigo depois de tudo isso que foi citado acima acontecer porque ela queria me dizer o que realmente queria dizer da primeira vez que eu a entrevistei. Essa matéria não está no meu formato usual. Não é uma entrevista de perguntas e respostas. É mais como um tipo de carta da motorista que antes era ignorada (e ouso dizer suprimida, talvez?) para os nossos leitores aqui da GearShark e, além deles, para todos os verdadeiros fãs de corridas. Quando abri este email e li o que ela tinha para dizer, soube instantaneamente que essa era uma história que queria trazer para vocês. Como vocês irão ler adiante, Joey G. não acha que ela tem muito #swag como nós afirmamos. Terei de discordar. E vocês irão discordar também, uma vez que leiam o que ela tem a dizer. De fato, vocês provavelmente chegarão a conclusão de que Joey Gamble é a própria definição desta palavra.

Eu não tenho tanto #SWAG como a GearShark gostaria que vocês acreditassem. Claro que esse foi um titulo audacioso. E ele fez com que eu e Jace (que para vocês é Lorhaven) parecêssemos mais legais, mas para mim #SWAG é ser confiante. Até recentemente, não podia realmente dizer que eu era tão confiante assim em mim mesma. Ah, eu falava com propriedade e dirigia muito bem também. As vezes, as pessoas usam a força como uma forma de acobertar a falta de confiança que eles sentem. Eu não queria que ninguém soubesse quão ruim alguns dias podiam ser para mim no mundo das corridas. Ser profissional. Ser positiva. Nunca os deixar verem você suar. Esses eram os meus mantras. Como uma mulher nas corridas, tinha que ser mais resistente do que a maioria. Nunca podia abaixar a minha guarda. Você sabe por quê? A verdade é que eu era uma pária. Vê-la suar. Em muitos sentidos, sempre serei. Em minha primeira entrevista aqui com a GearShark, fui rude, estava estranha e na defensiva.


Era praticamente assim todo o tempo e muitas vezes ainda sou assim agora. A verdade é que o mundo das corridas é um esporte predominantemente masculino. Testosterona voa pelo ar. Homens são competitivos, eles são agressivos e todos querem ser o melhor. Estrogênio não se mistura com isso e nem gera esses sentimentos. Eu era um pássaro fora do ninho desde o primeiro dia. Fui discriminada, menosprezada e às vezes completamente ignorada. Ninguém queria me entrevistar. Ninguém queria imprimir a minha pontuação. E quando eu ganhava? Era quase uma vergonha para todos. As pessoas esbarravam em mim, diziam que meu pai, que é Ron Gamble, foi quem comprou a minha entrada no circuito profissional. Eles diziam que as corridas que venci foram compradas por ele também. Eu não poderia possivelmente merecer os meus troféus ou o direito de dirigir... porque era uma mulher. Me recusei a desistir. Me recusei a ser empurrada para o acostamento. Continuei dirigindo. Continuei trabalhando e fingia que nada disso me perturbava. A verdade era que eu estava sendo assediada. Pesadamente. Por corredores que eram o que nós chamávamos ‘a minha própria equipe’. Absorventes nas minhas bebidas. Absorventes gigantes colados por quase todos os lugares. Fotos minhas em roupas intimas apareceram coladas nas paredes da garagem. Eu era verbalmente assediada, desafiada e deixada para fora de todos os momentos mais privados da equipe. As únicas vezes em que eu era tratada de maneira justa (nota: neste caso, justa = tratada com silêncio e olhares escaldantes) era quando o meu gerente e o restante dos membros da minha equipe estavam ao redor. Uma noite, os cabos de freio do meu carro foram cortados. Eu poderia ter morrido. Eu não disse nada. Eu estava envergonhada. Estava humilhada. Era orgulhosa demais para denunciar. Percebo agora que eu era parte do problema. Eu estimulava eles. Nada que fiz era minha culpa. Não pedi por nada disso e nunca revidei. Mas nunca contei a ninguém. Ali estava eu, esta motorista mulher ‘durona’, quebrando as paredes, tentando conquistar igualdade para as mulheres no mundo das corridas e lutando contra os estereótipos. Mas eu não estava realmente lutando.


Percebi mais tarde que eu estava me escondendo por trás do estereótipos. Eu deveria ter lutado contra eles, fazer todo mundo perceber o que as mulheres passavam em um campo dominado pelos homens. Eu não queria ser vista como uma fraca. Ou como alguém que não poderia lidar com aquilo que me era imposto. Então continuei quieta. Deixe-me contar a você o que uma coisa como o assedio pode fazer a uma pessoa. O assédio degrada as pessoas. As fazem se sentirem vulneráveis e sozinhas. Eu olhava sobre os meus ombros todos os dias e, as vezes, não queria ir para o trabalho. Mas não me demiti. Isso era o que eles queriam. Eles queriam que eu saísse. Eles não queriam correr atrás de uma mulher. E quando eu ganhava? O assédio era ainda pior. Essa é uma das razões porque decidi me transferir. Me afastar de uma situação que sabia que não iria mudar, mas não queria desistir da minha paixão. Drew Forrester é um amigo meu próximo, assim como o agente dele, Trent Mask. Vocês podem realmente culpar uma garota por querer ir trabalhar e ver pessoas que aceitam ela? Que ela chama de amigos? Eu amo a NRR. Toda a revolução. Essa divisão é para os párias oprimidos – que era como eu me sentia na divisão profissional. E esperava que a NRR fosse aceitar melhor uma motorista mulher e, honestamente, quem não quer correr sem regras? Minha transferência foi vista como uma traição no mundo profissional. Os homens que me atormentavam por anos estavam ainda mais nervosos porque eu iria dar as costas para uma divisão sancionada por causa de uma que eles viam como algo inferior. Isso é certo. Um monte de corredores profissionais vê a NRR como algo falso. Eles ficaram envergonhados por eu deixar um mundo legitimo e ir para a NRR. Novamente, eles pensavam que as minhas ações refletiam neles, como se eu estivesse dizendo que eles não eram bons o bastante. Deixe-me esclarecer isso: não acho que eles fossem bons o bastante. Como homens. Não como motoristas. Tenho profundo respeito pela divisão profissional de corridas. Talvez se tivesse sido mais rapidamente aceita lá, não iria querer me transferir, mas isso não é como aconteceu e sinto no meu coração que pertenço a NRR. Basta dizer, que foi essa ‘vergonha’ que levou o meu carro a ser modificado durante uma parada nos boxes na minha última corrida profissional. Mediante uma inspeção obrigatória depois que conquistei o segundo lugar, a alteração foi


descoberta e fiquei parecendo uma trapaceira. Também fui desqualificada na mesma hora. <Para mais informações sobre isso, entre no www.gearsharkmag.com/joeygdisqualilfied>

Desde então foi divulgado que o ex-motorista Dean Cannon estava por trás da alteração. Também denunciei o fato de que era Dean Cannon quem liderava os assédios que sofri. Além de ele ter sido removido da divisão profissional, ações legais contra eles estão em andamento atualmente e fui aconselhada pelo meu advogado a não contar nada, além disso. Meu pai, Ron Gamble, retirou o patrocínio dele e de todos os envolvidos no assédio e o mesmo fizeram vários outros patrocinadores. Esta carta não é sobre Dean Cannon. Ela não é sobre nenhum dos outros homens que participaram da minha humilhação. Essa carta é sobre o meu desejo de tornar esses fatos conhecidos para todas as garotas ai fora – inferno, para qualquer pessoa que já se sentiu inferior – saber que você não tem que aceitar isso. Você não tem que sofrer em silencio porque acha que isso é o que faz você mais forte. Estou contando para dizer que o que eles fizeram foi errado. Machucou-me. Mas não me arruinou. Se vocês estão passando por qualquer coisa remotamente semelhante ao que experimentei ou estão apenas lutando com demônios que vocês não conseguem controlar, saibam que vocês não estão sozinhos. Há força na união. Mesmo que seja uma união de apenas duas pessoas. Jace Lorhaven me ajudou a ver isso. Ele me ajudou a perceber que a força vem de varias formas. Se você não tem um Jace na sua vida, então você pode ligar para a nova linha direta que a Gamble Enterprises criou. É o meu amado projeto fora das corridas. Alguém vai responder, alguém vai estar lá e você não terá que se sentir sozinho. <Informações sobre a linha direta: Fundação Força na União: 1-800-CALL ON ME>

Quanto a mim? Eu estrearei na NRR na nova temporada e vocês irão me ver como nunca me viram antes. Isso é uma promessa. E para todas as perguntas ‘Você gostaria de comentar sobre os rumores de seu relacionamento com Lorhaven’... Sim, eu gostaria de comentar. Ele me chamou para sair. Eu tive um ótimo encontro. Ele beija realmente muito bem.


E estou apaixonada por ele. Nós estamos em um relacionamento. E não, não estou preocupada por dirigir contra ele na próxima temporada. O melhor motorista vai ganhar e não importa qual de nós dois vai ser. Dirija rápido, Joey G.

Viram? Joey G. tem #SWAG. Nós na GearShark queremos agradecer a ela por nos revelar isso e por criar a Fundação Força na União. Com todas as coisas acontecendo no mundo dela, me sinto muito confiante em terminar esse artigo dizendo que essa definitivamente não será a ultima vez que nós iremos ver ela nas páginas da GearShark.


MENS VS WOMENS Verdades que você precisa saber e não sabe.

VERDADE FEMININA O medo numero um das mulheres que marcam encontros online é delas se encontrarem com um assassino em série.

CAPÍTULO TRINTA E OITO

Lorhaven Domingo, 19:31 Eu li o artigo.

Estou sentada bem ao seu lado, Jace.

Você gosta das minhas mensagens.

Elas são boas. :P

Você disse ao mundo que me ama. Para sempre, Jace. Para sempre, Josie. Venha até aqui me beijar.

Lida


MEN VS WOMEN Verdades que você precisa saber, mas você não faz.

VERDADE MASCULINA Homens com a cabeça raspada parecem alguns centímetros mais altos do que realmente são e parecem 13% mais fortes do que quando tinham cabelos.

CAPÍTULO TRINTA E NOVE

Joey

Você sabe o que eu aprendi depois de todas essas coisas? Às vezes, para brilhar por si mesma, você precisa do suporte de alguém mais. No meu caso, esse alguém era Jace. E às vezes, a verdadeira força é ser capaz de admitir que você não pode fazer tudo sozinho. Eu dirigi para o mundo das corridas com estrelas nos olhos. Deixei a divisão profissional com uma carga nos meus ombros. Iria me dirigir para a NRR com essa mesma carga e sem nenhuma estrela. Troquei as estrelas por amigos. E por amor. Nada na vida é fácil. Nem mesmo os assuntos do coração. Você tem que aceitar alguém por quem eles são – não apenas os pedaços e as partes que você gosta, mas até mesmo as partes que você não gosta. E se você for sortudo, esse alguém por quem você faz isso irá fazer o mesmo por você. E se você for realmente sortudo, ele também vai abalar o seu corpo todas as noites. Onde me vejo em cinco anos?


Quem pode saber? Mas de uma coisa tenho certeza... Jace vai estar ao meu lado. E nรณs dois ainda estaremos dirigindo rรกpido demais.

Linha de Chegada.


Nada mais do que...

Nossa próxima edição irá para as prateleiras em breve!


Notas da autora.

Estou vesga escrevendo essa nota. A minha bunda está dormente. Não mesmo. Vesga e com uma bunda dormente não é uma boa aparência para ninguém. Mas estive presa há essa cadeira desde sempre! Sim, sempre, olhando para a tela e tentando fazer uma conclusão para esse livro. Senti como se esse fosse um livro que nunca acabava... tenho o sentimento de que já disse isso antes. De qualquer forma. Às vezes, eles todos dão essa sensação. Rá! Talvez fosse porque a minha vida pessoal sempre fica entrando no meio. Nem sempre é fácil escrever tendo duas crianças, um marido e alguns animais. Durante o processo deste livro, minha família teve de dizer adeus para a nossa velha Golden Retriever de quatorze anos. Foi um momento difícil e a casa se tornou muito quieta sem ela. Nós também estamos no processo de tentar treinar o nosso gato que gosta de ficar dentro e fora de casa a ficar apenas dentro. É surpreendente o quanto ele age como uma criança de um ano. Se esse gato está acordado, ele esta aprontando alguma coisa. Não, sério. Estou exausta. Rindo Alto. Também lancei outro livro enquanto escrevia este, um romance Take It Off, Taxi. É um suspense romântico, tão diferente desta série, mas ainda assim muito divertido de escrever. Atualizações pessoais de lado, eu realmente estava nervosa sobre este livro porque eu realmente não tinha certeza de por onde começar ele além do fato de que eles não eram afeiçoados um ao outro. E vamos ser realistas, manter o nível depois de Trent e Drew é uma tarefa praticamente impossível. Uma vez que entrei em suas "vozes", se tornou tudo muito rápido e tenho que dizer, realmente gostei da química entre Josie e Jace. Foi diferente de como eu pensei que seria. Meio que sempre pensei que eles seriam quentes, então isso não foi nenhuma surpresa, mas a outra parte deles atraírem um ao outro, a suavidade, os lados mais doces, achei realmente incrível. Eu sempre gosto quando a história se desenrola e os personagens parecem se desenvolver por conta própria e quando eles trilham caminhos na direção um do outro ao invés de se afastarem. Gosto de como isso aconteceu com esses dois. Eles começaram bem afastados e, no final, estavam sentados no sofá, mandando mensagens um para o outro mesmo estando a centímetros de distância. Na verdade, não é algo que pensei que Lorhaven faria, mas estou grata que ele tenha feito.


Também AMEI trazer de volta Trent e Drew. Eu senti tanta falta deles. No primeiro dia os escrevi, fiquei tão feliz o dia inteiro. Amo esses garotos. Rindo MUITO. Eu também realmente amo a amizade deles com Josie (e a relutância que eles tem em aceitar Lorhaven). Eu tenho que dizer que não tinha certeza de como esse livro iria terminar. Ainda estou um pouco surpresa pelo jeito que terminou. Não porque ele tenha sido uma super surpresa ou um final distorcido. Não foi nem mesmo dramático demais (o que espero que não chateie os leitores; sei que nós todos amamos os nossos dramas!). Só gosto de onde eles terminaram. Espero que vocês todos gostem também. Alguns livros são lançados com um bang... e outros parecem deslizar lentamente para o lançamento como um carro de corrida tentando resfriar o seu motor. Além do mais, senti como se esse livro tivesse uma mensagem por trás dele sobre abusos, se sentir sozinho e compreender que força não é sinônimo de sofrer calado. Espero que a minha escrita sobre essas coisas tenham sido boas. Sei que tentei fazer isso. Eu verdadeiramente espero que vocês tenham gostado desta leitura e que tenham pensado que foi uma boa sequência para a série GearShark. Na sequência (como vocês provavelmente acabaram de ver) virá a finalização da série GS com o problema quatro, que é o livro de Arrow. Eu que não tenho ideia nenhuma de onde esse livro vai me levar. Acho que nós iremos descobrir juntos. Como sempre, obrigada por ler e, por favor, pense em deixar um comentário sobre o livro. Oh, e se você quer ficar por dentro e saber tudo sobre o 4-1-1 no meu mundo, se inscreva na minha newsletter, o link está na próxima página na minha biografia! Eu genuinamente aprecio o tempo que vocês gastaram lendo o meu livro e espero que eles continuem a entreter vocês. Até o próximo livro...

Abraços e Beijos, Cambria.


Cambria Hebert é uma autora premiada, romancista Best-seller de mais de vinte livros. Ela foi para a faculdade para ter um diploma de bacharel, não conseguia escolher uma graduação especifica e acabou com um diploma em cosmetologia. Portanto, tenha certeza de que seus personagens terão sempre um bom cabelo. Além de escrever, Cambria ama um caramelo latte, ficar acordada até mais tarde, dormir e assistir filmes. Ela considera a matemática tortura humana e tem um medo irracional de galinhas (sim, galinhas). Muitas vezes você pode encontrála correndo na esteira (ela preferia estar comendo um donut), pintando as unhas dos pés (porque ela morde as unhas da mão), ou andando com seu chorkie (o verdadeiro chefe da casa). Cambria escreve os gêneros Young Adult e New Adult, pendendo em alguns para títulos paranormais e contemporâneos. O gênero favorito dela para ler e escrever é suspense romântico. Uns dos seus poucos títulos mais conhecidos são: The Hashtag Series, GearShark Series, Text, Torch e Tatoo. Cambria Hebert possui e opera Cambria Hebert Books, LLC.


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