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JORNALISMO DETERMINADO E APAIXONADO

Este título de Zero Hora dos dias 5 e 6 de dezembro poderia ser considerado irônico algum tempo atrás se não fosse o resultado da intimidação que anunciantes bolsonaristas fizeram contra a RBS e alguns de seus jornalistas. Uma manchetezinha covarde e ridícula, que atende à ideia do bandido bom é bandido morto, é a única reação que uma empresa que se pretende de jornalismo produz. “Soldado determinado e pai apaixonado” é expressão de release institucional escrito por assessor de imprensa amador. Schröder

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RITUAL JORNALÍSTICO

No dia 3 de novembro, terça feira, a Zero Hora saiu com uma daquelas capas pensadas para servirem de exemplo negativo em qualquer curso de jornalismo. A manchete principal, no continuado e exaustivo esforço de negar a pandemia que assola o país, o estado e a capital e construir um clima favorável ao consumo e aos negócios, repete suposta “manchete econômica” que indicaria a retomada da economia no Rio Grande do Sul. Só que, além de ser uma miragem econômica, é também um equívoco jornalístico. É um erro primeiro porque traz um suposto aquecimento num setor econômico que diz respeito a uma parcela minúscula da população que ainda tem coragem e dinheiro para viajar de avião. Em segundo lugar a manchete também repete um vicio recorrente de aplicar o “jornalismo desejo”, isto é: a notícia é da negociação e não da decisão da ampliação dos voos regionais da empresa aérea Azul.

Numa segunda e secundária manchete o jornal revive um dos momentos mais dramáticos do jornalismo gaúcho das últimas décadas. Sem fazer qualquer autocrítica à sua matéria em que criou o místico título “Ritual Satânico”, assumido por todos os veículos da empresa, o jornal noticia a condenação a seis anos de prisão do delegado que anunciou o tal ritual que teria esquartejado duas criança , assumido pela RBS, e denunciou suspeitos que chegaram a ser presos. A matéria do jornal demonstrava um repórter desconfiado com as bobagens do delegado alucinado, mas que não teve forças para modificar a linha sensacionalista e absurda da edição. O jornal só foi desmentido na outra semana quando o delegado titular retornou das férias, destituiu o lunático agora condenado e garantiu uma das mais pitorescas anedotas do jornalismo gaúcho. Schröder

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