Partituras de luz

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Partituras de Luz - O Ensaio sem Fim Celso Peixoto


Editorial Trabalho de Conclusão da Disciplina de Fotojornalismo Curso Superior de Tecnólogo em Fotografia - Univali Título: Partituras de Luz - O Ensaio sem Fim Professor: Robson Souza Acadêmico: Celso Peixoto - SC 01716-RF Texto de introdução: Fabricia Prado - SC 03103 JP Textos e legendas: Celso Peixoto Revisão de textos: Nina Coitinho - Relações Públicas Edição e diagramação: Celso Peixoto Fotógrafos de 1980 até 1999: Sergio Dias, Neto, Rivo Biehl, amigos e familiares Fotógrafo de 2000 até 2010: Celso Peixoto Foto contra capa: Ariston Sal Junior Foto capa: Celso Peixoto


“ Partituras de Luz - O Ensaio sem Fim” “Partituras de Luz – O Ensaio sem Fim” retrata dois momentos de uma mesma vida. O projeto, num primeiro momento, revela a trajetória do fotógrafo e autor deste trabalho, Celso Peixoto, no início dos anos 80, quando iniciou sua carreira de músico nos palcos do Rio Grande Sul, até o ano 2000, já nos palcos de Santa Catarina. Na sequência, Peixoto nos apresenta a música sob uma nova perspectiva, não mais como músico fotografado e sim como fotógrafo, carreira a qual se dedica desde 1999. Nesta fase, alia as técnicas recém aprendidas da fotografia com a sensibilidade da arte que ainda lhe toca, para retratar o trabalho daqueles músicos com quem, até então, dividia os palcos e desafiava improvisos. Aqui aparecem também as dificuldades, como a falta de estrutura e as desilusões enfrentadas por estes profissionais que enxergam no trabalho a luta pela sobrevivência e o amor pela arte aonde a maioria do público vê apenas uma simples distração. Por fim, as mãos que antes dedilhavam o violão, revelam agora a arte do fotógrafo amadurecido, mas com o mesmo amor pela música dos idos de 1980. Já estabelecido como profissional da imagem, fotografa, agora, os grandes profissionais do som e consagrados músicos que revelam nas suas fotografias a paixão de quem hoje está atrás das lentes. O objetivo de Celso Peixoto neste trabalho vai além de expor suas carreiras – de músico ou fotógrafo. É o resgate do valor histórico da fotografia, mostrando sua importância como registro de tempos remotos até a supervalorização da imagem nos dias de hoje. É a busca pelo respeito e o verdadeiro sentido que ela teve e tem para o músico. Seja na estrutura de um artista internacional ou nos ruídos obscuros de uma banda de garagem, do K7 ao MP3, do filme ao pixel, Peixoto nos mostra música e fotografia como artes interdependentes, numa prazerosa mistura de sentidos, luzes e sons, cores e emoções. Fabricia Prado Jornalista


Rio Grande do Sul de 1980 a 1988 Do amador ao profissional Fotos feitas em filme

No inicio, tudo era excitação. A primeira guitarra nem afinava direito. O som... qualquer caixa resolvia. Na fotografia, então, ninguém pensava. O momento era ali e agora. É possivel ver nas imagens o amadorismo de quem colocava o som, os operadores, tudo visivel em cima do palco. Não havia iluminação adequada, preocupação estética, quase tudo era improvisado. Mas a vontade de tocar tinha de sobra.


1º Festival Colégio La Salle - Canoas (RS)

Banda Buraco na Parede - 2º Festival de Música de Viamão (RS)

Mostra Artística - Viamão (RS) 1982

Primeira guitarra - Viamão (RS)1983


Mostra de Cultura de Viamão (RS) 1984

Banda Essência Extinta - Viamão (RS) 1987

Banda Essência Extinta - Autódromo Internacional de Tarumã Viamão (RS) 1985


Banda Essência Extinta- Viamão (RS) 1988

O tempo passa e o artista tem que evoluir. Começa a se preocupar mais com a imagem. Como estão lhe vendo. Como quer aparecer.


Santa Catarina 1989 - 1995 Muda o Estado mas as dificuldades continuam

Banda 765 - Balneário Camboriú (SC) 1990

Banda Essência Extinta - Campos Novos (SC) 1989



Mesmo com pouca estrutura um click profissional faz a diferença

Celsinho - Jornal do Almoço em Balneário Camboriú (SC) 1991

Celsinho e Banda - Balneário Camboriú (SC) 1993



Santa Catarina 1999 O músico Celsinho, aos 37 anos, resolve virar Celso Peixoto, o fotógrafo. Começa sua caminhada pelo conhecimento. Faz cursos, compra revistas, livros, manuais, pergunta aqui e ali. Começa fotografando, festas, aniversários, casamentos e outros eventos. O fato de ter vivido da música durante muito tempo, faz com que seus amigos que precisavam de fotos, o chamem para fotografar seus shows. Daí para frente, sempre que possível, fotografa espetáculos, shows e peças de teatro, com o olhar de músico. Em 2003, quando começa a trabalhar na Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Balneário Camboriú como fotojornalista, as oportunidades de fotografar espetáculos aumentam muito, devido aos inúmeros eventos que acontecem na cidade promovidos pela administração municipal. Até 2003, o trabalho ainda é feito com filme. Mas, já com uma pequena máquina de 3 megapixel, dava início a transição para o formato digital.

Banda Essência Extinta - Itajaí (SC) 1994-1995


Almir Sater - Itajaí (SC) 2000

Chico Cezar - Itajaí (SC) 2000

Hermeto Pascoal - Itajaí (SC) 2000

Tom Zé - Itajaí (SC) 2000


Banda Syndrome - BalneĂĄrio CamboriĂş (SC) 2000 Trabalho feito para o primeiro CD da banda que foi gravado na Argentina



Banda Teahupo - Balneário Camboriú (SC) 2001


Banda Rodia - Balneário Camboriú (SC) 2003

Noite da Máfia - Balneário Camboriú (SC) 2003


Camerata Florianópolis - Balneário Camboriú (SC) 2004


Camerata Florianópolis - Balneário Camboriú (SC) 2004


Mundo digital 2003 O fotógrafo dá inicio a transição do equipamento de filme para o digital de forma gradual. Muda muita coisa. E não é somente a máquina fotográfica. Tem o computador, os programas. Tudo que envolve o universo da fotografia digital. Nessa época usava uma CANON G3 Power Shot de 4 mega pixel. Na Prefeitura fotografou com a famosa Sony Mavica, de disquete.

Banda Sinfonica da Marinha do Rio de Janeiro Balneário Camboriú (SC) 2003


Milton Nascimento - ItajaĂ­ (SC) 2003


Lenine - ItajaĂ­ (SC) 2003


Alegre - ItajaĂ­ (SC) 2003


Dominguinhos - Itajaí (SC) 2003

Noite da Máfia - Balneário Camboriú (SC) 2004


Família Fagundes - Balneário Camboriú (SC) 2004

Belchior - Itajaí (SC) 2005

Maria Faceira - Balneário Camboriú (SC) 2004


Camerata Allegro - B. Camboriú (SC) 2004

Tributo a Elis - Balneário Camboriú (SC) 2009

Jota Quest - Balneário Camboriú (SC) 2009


Kleiton & Kledir - ItajaĂ­ (SC) 2010


Brique da Cultura 2010 Espaço para manifestação de vários artistas


Partituras de Luz, o Ensaio sem Fim, continua ... O tempo passa, os eventos continuam rolando e o fotógrafo, que tem essa paixão pela música ainda muito forte, nos reserva bons ensaios fotográficos de shows pela frente. É esperar para ver... Agradecimentos a todos que de alguma forma colaboraram para este trabalho. Balneário Camboriú (SC) 2010


Nascido em 19 de outubro de 1963, em Viamão, Rio Grande do Sul, Celso Peixoto é músico desde os 14 anos e sempre esteve envolvido com as artes. Estudou na Ordem dos Músicos em Porto Alegre (RS) e, em 1989 vem para Santa Catarina, passando a viver exclusivamente da música. Mas, em 1999, descobre a fotografia e se apaixona. Começam os estudos e cursos, dentro e fora do Estado. Em 2003 passa no concurso para Repórter Fotográfico da Prefeitura de Balneário Camboriú. Realiza várias exposições fotográficas, individuais e coletivas, em galerias e espaços culturais renomados. Participa de Salões de Arte e é premiado nas Maratonas Fotográficas de Indaial e Florianópolis. Realiza um de seus sonhos em 2009, ao começar a faculdade de Fotografia na Univali - Itajaí (SC)

" Acredito na capacidade transformadora da sociedade quando doamos nossas habilidades, dispondo de nosso tempo tão precioso em prol de alguém" Celso Peixoto Balneário Camboriú, novembro de 2010


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