Ilumininação Urbana

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Formado em 1987 em engenharia elétrica com ênfase em eletrotécnica pela Escola de Engenharia do Instituto Mauá de Tecnologia, iniciouse na área da iluminação através de estágio na empresa Ilumatic, atuante na área da iluminação pública e industrial, no segundo ano de faculdade. Em uma segunda oportunidade na profissão, na empresa Projeléctra, especializada em projetos de instalações, foi requisitado a desenvolver um software específico para cálculos de iluminação. Buscando referências técnicas no assunto, solicitou constantes auxílios ao engenheiro Adriano Genistretti, gerente de projetos do Departamento de Projetos de Iluminação da multinacional Philips – DEPI, que no futuro marcaria sua carreira como “O Mestre”. Em 1987, passou por um processo de seleção na mesma multinacional, aprovado para atuar como estagiário no mesmo DEPI, responsabilidade do engenheiro Isac Roizenblatt, um dos ícones da iluminação no Brasil. Neste período teve contato com as suas referências técnicas e profissionais. Após o estágio, foi convidado para atuar como engenheiro de aplicações, desenvolvendo projetos de iluminação de grande porte, como estádios, indústrias e iluminação pública. Após um período afastado da área de iluminação, Plínio foi reconduzido às atividades, desta vez na General Electric, chefiado pelo saudoso Horácio Olandin, atuando na área de produtos importados para o mercado São Paulo - Sul. Nesta empresa conheceu outro de seus mestres, Milton Martins Ferreira, grande nome da história da iluminação no Brasil, que por ser humano e extremamente competente, engrandece a profissão.. Desde 1993, Plínio atua de forma independente na área de projetos de iluminação, mas foi em 2002 o salto de sua carreira, com o surgimento da Godoy Luminotecnia, complementada em 2003 com a empresa Luz Urbana, fundada após um período de viagem pela França nesta época vislumbrou oportunidades de crescimento para o Brasil no campo da iluminação urbana. O aprimoramento de seus conhecimentos na área veio com as diversas experiências internacionais, viajando por centros tecnológicos na Bélgica, Holanda e França, além de desenvolver importante relacionamento com o lighting designer francês Roger Narboni. Em 2006, assumiu a coordenação da Divisão 03 do Comitê Brasileiro de Iluminação – CIE-Br, órgão responsável pelos estudos no campo da iluminação de ambientes internos, entidade científica suportada pelo INMETRO, associado à Comissão Internacional de Iluminação – CIE com sede na Áustria, maior referência científica nas áreas da iluminação e cor. Além da Divisão 03, atua também na Divisão 05, responsável pelos estudos no campo da Iluminação Urbana. No Brasil, entre os projetos que lhe deram projeção como lighting designer estão o do Museu São Paulo, também conhecido como Museu do Ipiranga, localizado na cidade de São Paulo; o Teatro Municipal de São Paulo, em que foi chefiado pelo arquiteto Nelson Dupré, por quem desenvolveu grande respeito e admiração; a iluminação pública do centro histórico conhecido por “Pelourinho”, em Salvador; a iluminação das fachadas do Tribunal de Justiça de São Paulo e a conhecida Ponte Estaiada em São Paulo, entre outros projetos. O autor considera que o avanço da percepção das questões qualitativas em iluminação, relacionadas ao conforto e à beleza da cidade, são fatores importantes para o desenvolvimento da iluminação urbana, principalmente com o avanço da imagem brasileira no cenário mundial.

Paulo Candura “Um homem de visão técnica” é como se define o engenheiro mecânico Paulo Candura, formado pela Escola Politécnica da Universidade São Paulo (USP). Especializado em troca de calor, seu funcionamento e como se propaga, adquiriu boa visão espacial, o que foi especialmente importante para sua atuação na área de iluminação, quando em 1991, por possuir esses conhecimentos, ingressou por concurso público no Departamento de Iluminação Pública da cidade de São Paulo (ILUME) e participou do desenvolvimento e especificação de luminárias para lâmpadas de vapor de sódio. Convidado a assumir a chefia de um dos agrupamentos dentro da Divisão de Materiais do Ilume em 1992, o engenheiro passou a entender sobre os materiais utilizados para a iluminação pública, como são utilizados e como é feita a manutenção da rede de iluminação pública. Gerenciou nesta época o controle dos materiais em garantia que possibilitam a melhoria das especificações dos mesmos. Em 1998, no comando de todos os setores da Divisão de Materiais, teve sob sua responsabilidade a aquisição de todos os equipamentos necessários para os serviços de iluminação, além dos agrupamentos que elaboram especificação de materiais e do almoxarifado. Suas primeiras providências foram a elaboração de um modelo de avaliação e homologação de fornecedores e equipamentos, e a informatização e divulgação de todos os dados referentes às especificações para um dos maiores parques de iluminação do mundo, a cidade de São Paulo, que conta atualmente com 580 mil lâmpadas. Nesta época, surgiu a oportunidade de desenvolver alguns trabalhos junto à Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), vindo a ser, atualmente, coordenador de duas comissões de estudos - “Luminárias e Acessórios e Medições Fotométricas” e “Aplicacações Luminotécnicas” - da ABNT/COBEI (Comitê Brasileiro de Eletricidade, Eletrônica e Telecomunicações). Em 2002, o engenheiro se ausentou do Ilume, retornando em 2005 como diretor interino deste departamento, permanecendo nesta função até setembro do mesmo ano. Após esse período, solidificou esta parceria com o lighting designer Plínio Godoy da empresa Luz Urbana, onde agregou à sua visão extremamente técnica o lado artístico e estético da iluminação. A parceria rendeu frutos a ambos, como alguns projetos de iluminação viária importantes para a cidade de São Paulo, como a Rua Oscar Freire, Nova Radial Leste, Complexo Viário Jurubatuba, Complexo Viário Jacú-Pêssego, Nova Bandeirantes, Túnel Odon Guedes e Complexo Viário Real Parque. Reconduzido ao cargo de diretor técnico do Ilume em março de 2009, Paulo Candura considera a iluminação da Ponte Estaiada um grande marco e um divisor no campo da iluminação urbana em São Paulo.

Iluminação Urbana - Conceitos e Análise de Casos

Plínio Godoy

Iluminação Urbana

Conceitos e Análise de Casos

Paulo Candura e Plinio Godoy


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