Abril de 2015 Nº 108
Luxo informal, sol, luz e mar em The Oitavos Era uma vez um senhor muito abastado que se apaixonou por uma grande terra junto ao mar que só tinha dunas e vegetação rasa. Este senhor comprou essa terra a pensar nos filhos. Estes porém zangaram-se quando o pai morreu e não se falaram durante várias décadas. Todos queriam o quinhão maior. Quando finalmente, passados muitos anos, dividiram a terra, começar a investir. Construíram um picadeiro, um spa, um hotel. E de todo o mundo acorriam as pessoas para desfrutar das maravilhas operadas.
@ M. Margarida Pereira-Müller Texto: M. Margarida Pereira-Müller Fotos: Hans-Jürgen Müller infobus, Comunicação e Serviços, Lda Tel.: 00351-214351054 Email: guidapereiramuller@gmail.com
Uma lenda? Não, esta é a história da Quinta da Marinha e do hotel The Oitavos, entre Cascais e o Guincho.
Para estabilizar as dunas, inicia em 1922 um programa de plantação de pinheiros em todo o terreno. Em 1937, constrói um centro hípico.
Em 1920, Carlos Montez Champalimaud, médicocirurgião, empresário e visionário, compra ao conde de Moser os terrenos inóspitos, arenosos e quase desérticos, onde se encontra a Quinta da Marinha, para os quais anteviu grande potencial urbanístico.
Após a sua morte, os projetos ficaram parados por os irmãos, desavindos, não acordarem com a herança. Na década de 1970, os terrenos da Quinta da Marinha foram finalmente divididos. Carlos de Sommer Champalimaud, um dos quatro filhos de Carlos Montez Champalimaud, deu conti-
nuidade ao projeto inicial do pai, ampliando-o. Foram construídas estradas, abertos furos para o abastecimento de água. Em 2001, foi construído o campo de golfe de 18 buracos, em 2004 um ginásio e clube desportivo de última geração e, finalmente, em 2010, foi inaugurado o hotel The Oitavos, o culminar do grande sonho, da visão e da filosofia desta família. É com grande entusiasmo que Miguel
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C a d e r n o s
os quartos tenham vista para o mar.
Terraço
Champilamud, diretor-geral do hotel e bisneto do fundador da Quinta da Marinha, fala do The Oitavos e do envolvimento de toda a família no planeamento do hotel. As varandas dos quartos dos cantos permitem uma vista do oceano a 180º.
“Queríamos algo inovador para a região”, conta aos Cadernos de Viagem Miguel Champalimaud. “Na região de Cascais a maioria dos hotéis de luxo foram construídos a partir de casas apalaçadas existentes. Nós construímos de raiz, tirando partido da península onde estamos instalados”. O projeto foi dado ao arquiteto José Amaral Anahory que criou um edifício em forma de um Y perfeito, com braços simétricos, permitindo assim que todos
O azul do mar, ali tão perto e sempre no campo de visão dos hóspedes, reflete-se igualmente no interior do edifício, cujo interior é todo em azul. “Sabemos que a grande maioria dos turistas que visitam a região de Cascais são do Norte e do Centro da Europa vêm com grande sede de sol e de luz”. Assim, todo edifício tem paredes de vidro para deixar entrar a luz e o sol. Outra característica importante é a sensação de espaço que se tem no hotel. Todo o andar térreo é um
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V i a g e n s ,
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open space com 2000 m2, cheio de luz, onde informalidade, design contemporâneo e luxo estão de mãos dadas.
Tudo sobre rodas
Todos os móveis — sofás, mesas, biombos — têm rodas. A decoração do espaço é assim facilmente mudada conforme as necessidades dos clientes. Também o lay out dos quartos se baseia no conceito de open space. As grandes varandas permitem
Piscina exterior de água salgada, aquecida
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do concelho de Cascais.
Varanda de um quarto “Premium loft corner”
“aumentar” o quarto para o exterior. O hotel tem 143 quartos de hóspedes, todos com soalheiras varandas privativas. Especialmente espaçosos são os “Premium loft corner”, com uma área de 120 m2, e configurados como uma suite em open space com casa de banho integrada e uma ampla zona de estar. As fantásticas varandas permitem uma vista do oceano a 180º. O creme de la creme do The Oitavos é a vila, privada, com 120 m2, escondida entre as dunas, com sala de estar, cozinha equipada, terraço/
solário e piscina privada de água salgada aquecida. Aliás, as duas piscinas comuns do hotel, a interior, no spa, e a exterior são de água salgada e aquecida — as únicas aquecidas
A um hotel de luxo não poderia faltar um spa. Um espaço mágico de paz e tranquilidade, em completa harmonia com a natureza, o spa oferece um serviço completo que proporciona uma abordagem completamente natural de bem-estar, ao combinar as propriedades curativas da água do mar com uma seleção de tratamentos orgânicos de saúde e beleza inspirados no oceano. São usados em exclusivo produtos Voya, uma marca irlandesa conhecida pelos seus excecionais tratamentos de beleza, cosméticos e terapias biológicas certificadas à base de algas marinhas. O bem estar gastronómico, da responsabilidade do chef Cyril Devilliers, também não foi esquecido, com uma alargada oferta inovadora.
O The Oitavos tem diversas zonas de Sauna com vista para a natureza refeições. O Ipsylon Restau-
O bem estar gastronómico é assegurado pelo chefe Cyril Devillers
rante & Bar é um espaço informal com um ambiente elegante e cosmopolita. Uma cozinha onde as influências da costa atlântica e da Um recanto do cozinha restaurante Ypsilon tradicional portuguesa e francesa se associam e combinam na perfeição. Ao jantar, “Le Diner du Chef” é a proposta gastronómica de excelência, a escolha diária do Chefe. Para os que procuram algo diferente, “The chef’s table” é a resposta: sentados no meio da cozinha, os clientes podem deliciar-se com um menu de degustação preparado especialmente por Cyril Devilliers.
As estátuas que estão espalhadas pelo hotel assim como a que acolhe os clientes à entrada do The Oitavos são da autoria de José Amaral Anahory
sashimi numa nova fusão de sabores. The Oitavos é assim mais do que um hotel, é um experiência de sol, luz e gastronomia.
À 6º feita e ao sábado um dos três bares do hotel transforma-se num japonese bar, onde o sushi master prepara à frente dos clientes sushi e Apreciando a natureza que rodeia o hotel