julho de 2015 Número 112
Saint Augustine, a primeira cidade americana Foi há 500 anos que Ponce de Leon desembarcou no Novo Mundo, onde 50 anos depois nasceu Saint Augustine, a primeira localidade a ser estabelecida no continente norte americano. É a cidade mais antiga dos EUA! Inspiradas em quase 500 anos de história local pitoresca, as atrações temáticas e os locais históricos em Saint Augustine dão vida à história da cidade.
@ M. Margarida Pereira-Müller Texto: M. Margarida Pereira-Müller Fotos: Hans-Jürgen Müller, Daniela Müller infobus, Comunicação e Serviços, Lda Tel.: 00351-214351054 Email: guidapereiramuller@yahoo.com
Quando a primeira colónia inglesa no Novo Mundo foi fundada em Jamestown, na Virgínia, Saint Augustine já era uma cidade costeira próspera há mais de 40 anos. Fundada pelo explorador espanhol Pedro Menendez de Aviles, em 1565, a influência histórica espanhola ainda é
evidente nos nossos dias, mais de quatro séculos depois. A melhor maneira de conhecer a cidade é de trolley no
sistema de “hop on, hop off”. Assim, apanhámos o trolley na 1ª paragem e partimos à descoberta da herança espanhola.
Bairro Colonial É um museu de história viva onde o passado histórico da cidade é recreado com atores vestidos com trajes históricos autênticos e que nos permitem sentir as várias eras da cidade: Século XVI Espanhol – A Primeira Cidade;
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Século XVII – A Cidade Espanhola Fortificada; Século XVIII – A Cidade Espanhola de Garrison; Século XVIII Britânico – A 14ª Colónia.
Destelaria A meio da viagem de trolley o condutor avisou “Próxi ma parag e m : Destilar i a ” . Saímos p a r a ficar a conhecer o l o c a l onde os sabores da
Flórida se transformam em whiskey, rum, gin & vodka, a partir de matéria-prima da vizinhança.
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Castelo de São Marcos Esta enorme fortaleza, que demorou mais de vinte anos a ser construída (1672-1695) ajudou a proteger as frotas espanholas carregadas de tesouros dos ataques constantes dos ingleses e dos piratas. Projetado por Ignacio Daza, um engenheiro espanhol que vivia em Cuba, é o forte de alvenaria mais antigo nos Estados Unidos. Com uma traça única de quatro pontas em solo americano, é também único no que refere o material com que foi construído: rocha calcária “coquinha”, formada por rochas e corais compactados e encontrada junto à costa. Essa rocha oferece grande proteção, graças à absorção dos impactos da artilharia inimiga ficando apenas com pequenos danos na estrutura. Do castelo pode ver-
se a Ponte dos Leões, que levanta a parte central sempre que um barco mais alto tem de passar.
Parque Arqueológico da Fonte da Juventude Para celebrar a descoberta de La Florida pelo explorador espanhol Ponce de Léon e a sua lendária busca da Fonte da Juventude, os arqueólogos descobriram que este
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é local exato onde nasceu a colónia espanhola de Saint Augustine, em 1565. O local foi reconstruído ao estilo da época, incluindo uma igreja franciscana em madeira e um estaleiro naval do século XVI. Várias vezes ao dia, é disparado um verdadeiro canhão militar espanhol. O cemitério índio foi também restaurado. Descobertas arqueológicas sugerem que antes de Ponce desembarcar já aqui viviam índios há pelo menos 500 anos. Conhecidos como os T i m u c u a , viviam da caça, da pesca e da agricultura. Lamentavelmente com a chegada dos Europeus, foram dizimados com as doenças trazidas do Velho Mundo. Aqui perto está a Missão Nombre de Dios
No dia em que Pedro Menendez de Aviles desembarcou, o P ad re Francisco Lopez celebrou n e s t e local a primeira missa em solo americano, estabelecendo aqui a primeira paróquia católica da colónia. Praça da Constituição Construída em 1573, a praça da cidade foi batizada com este nome em 1812, quando foi erigido o monumento à Constituição. Pouco tempo depois, quando os ingleses tomaram conta da região mandaram destruir todos os monumentos à Constituição nos territórios espanhóis. No entanto, o governador de Saint Augustine ter-se-á recusado. Acreditase que o monumento original, que ainda hoje existe, é
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o único que resta em todo o mundo. Terminámos a visita
na antiga cadeia que fica junto do museu. A fome apertava e fomos jantar ao Harry’s, um simpático restaurante com um belo pátio com árvores frondosas, não sem antes irmos ver o farol do final do século XIX.