BIBLIOTECA PARQUE GÊNESIS Mayara Cristina Gomes I TC 2016
UNIP – Universidade Paulista Campinas Arquitetura e Urbanismo
Trabalho de Conclusão | 2016
BIBLIOTECA PARQUE
Acadêmica: Mayara Cristina Gomes Orientadora: Profª. Ms. Carolina S. Gutmann
Fonte: caffe-literarioo.tumblr.com Fonte: https://catracalivre.com.br/
DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a meus pais: Roseli Mendes e Jairo Gomes, por todo suporte, incentivo e amor durante os anos de graduação.
Fonte: https://catracalivre.com.br/
A Deus, por ter me dado saúde e força para a realização deste sonho.
Por todo o incentivo e suporte, principalmente aos meus Pais e namorado Artur Birolli que sempre acreditou em mim.
À minha amiga Marcia Cristina, Pela amizade verdadeira e por não me deixar desistir. Os meus amigos de curso, por toda a amizade, apoio, e pelos anos de convivência e troca de experiências. Aos arquitetos e engenheiros da Coordenadoria de Arquitetura Escolar da Prefeitura Municipal
de Campinas , pela ajuda e incentivo no desenvolvimento do trabalho e por sua grande amizade. A todos os professores que passaram por estes 5 anos, principalmente a minha orientadora Profª. Ms. Carolina S. Gutmann , pela sabedoria e conhecimento transmitido durante a elaboração deste trabalho.
Fonte: http://quote-de-livros.tumblr.com/
AGRADECIMENTOS
À minha família,
SUMÁRIO 1. Introdução
10
6. Visitas Técnicas
44
2. Justificativa
11
6.1 Livraria Cultura
44
2.1 Bibliotecas de Campinas
11
6.2 Biblioteca Parque Vila Lobos
46
2.2 Avanços tecnológicos e inclusão
14
6.3 Biblioteca Mario de Andrade
49
2.3 Bibliotecas Parque – Melhoria Social
15
6.4 Biblioteca Centro Cultural São Paulo
50
3. Objetivos
18
7. Análise da área
54
3.1 Objetivo Geral
18
7.1 Área de Estudo
54
3.2 Objetivos Específicos
18
7.2 Evolução da Mancha Urbana
56
4. Tema
22
7.3 Patrimônio Histórico
57
4.1 Bibliotecas Histórico
22
7.4 Sistema Viário
59
4.1 Bibliotecas Públicas
23
7.5 Equipamentos Públicos
62
4.2 Bibliotecas Públicas no Brasil
25
7.6 Equipamentos Públicos Educação
62
4.3 Bibliotecas Públicas em Campinas
27
7.7 Equipamentos Públicos Saude e Lazer
63
4.4 Bibliotecas Parque
30
7.8 Uso real do solo e densidade
65
5. Referências Projetuais
34
7.9 Vazios Urbanos
67
5.1 Biblioteca Pública Ana Maria Matute
34
7.10 Áreas Verdes
68
5.2 Biblioteca Municipal Vila Franca de Xira 36
7.11 Legislação Incidente
69
5.3 Museu de Arte do Rio
38
7.12 Escolaridade
70
5.4 Biblioteca São Paulo
40
7.13 Vulnerabilidade Social
71
7.14 Ocupações Irregulares
72
7.15 Renda por Domicílio
73
76
11. O Projeto
102
8.1 Partido
76
11.1 Partido Arquitetônico
102
8.2 Mobilidade Urbana
77
11.2 Croquis iniciais do Projeto
103
8.3 Parques Lineares e ciclovias
79
11.3 Programa
104
8.4 Parques Lineares e eixos verdes
81
11.4 Fluxograma
107
8.5 Equipamentos Públicos
82
11.5 Sistemas Estruturais
109
9. Plano Urbano Local
85
11.6 Materias
111
9.1 Partido
85
12. Plantas
116
9.2 Analise da área
86
12.1 Implantação
117
9.3 Projeto
89
12.2 Pav. Subsolo - Cota 624
120
10. O terreno
92
12.3 Pav. Térreo - Cota 629
123
10.1 Localização
92
12.4 1º Pavimento - Cota 635
126
10.2 Macrozona
93
12.5 2º Pavimento - Cota 639,6
129
10.3 Legislação
93
12.6 Pav. Cobertura - Cota 644
132
10.4 Topografia
94
12.7 Cortes
135
10.5 Macro Clima
94
12.8 Elevações
138
10.6 Local de Intervenção
95
12.9 Detalhes Projetuais
141
10.7 Levantamento fotográfico
98
13. Referências Bibliográficas
161
Fonte:http://voceprecisadecor.com.br/tag/livros-leitura-skoob/
SUMÁRIO
8. Plano Urbano
BIBLIOTECA BIBLIOTECA DA DA UNIVERSIDADE UNIVERSIDADE CATÓLICA CATÓLICA DE DE RUZOMBEROK, RUZOMBEROK, ESLOVÁQUIA ESLOVÁQUIA Fonte: Fonte: http://www.archdaily.com.br http://www.archdaily.com.br
INTRODUÇÃO
1 . INTRODUÇÃO
“O conceito de biblioteca pública baseia-se na igualdade de acesso para todos, sem restrição de idade, sexo, status social etc. E na disponibilização o à comunidade de todo o tipo de conhecimento” (FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL, 2010)
A partir dos estudos realizados na área, o terreno escolhido para a realização deste trabalho localiza-se na Rua Francisca Arruda Camargo, no Núcleo Residencial Gênesis. Esta região
Campinas faz parte uma grande metrópole, hoje o terceiro
possui diversos problemas de conexão com o restante da
município mais populoso de São Paulo, a décima cidade mais
cidade, devido principalmente a limitação causada pelo
rica do Brasil, constitui um grande pólo de tecnologia, pesquisa
Ribeirão Anhumas e pelos diversos condomínios murados que
e desenvolvimento e concentra algumas das universidades
segregam a população, o local também possui um histórico de
mais importantes do país. Porém, apesar de possuir números
problemas com criminalidade e violência.
muito relevantes, a cidade sofre com falta de equipamentos
A principal proposta deste projeto visa requalificar a área; e
públicos para a população que propiciem atividades de cultura
as principais referências são as políticas públicas de ocupação
e lazer.
e resgate de áreas antes marginalizadas que foram utilizadas
As bibliotecas da cidade não são suficientes para atender a população,
não
acessibilidade
e
possuem
infraestrutura
adequada
com
recursos
tecnológicos,
além
não
de
na implantação de bibliotecas parque na Colômbia (Figura 1).
constituirem espaços atraentes para os usuários que muitas vezes desconhecem a sua existência. A principal motivação para o desenvolvimento deste trabalho, foi a carência de um ambiente cultural público que atraisse as pessoas para a biblioteca promovendo cultura, lazer e convívio e melhorando a qualidade de vida da população residente do Núcleo Residencial Gênesis, em Campinas, que sofre com um contexto de fragilidade social.
10
Co BIBLIOTECA PARQUE
FIGURA 1 - Biblioteca Virgílio Barco, em Bogotá Fonte: http://pensadordelamancha.blogspot.com.br/2015/10/da-narco-guerrilha-as-bibliotecasas.html
BIBLIOTECAS DE CAMPINAS
Co
Campinas hoje conta com cinco bibliotecas públicas, com uma
Segundo
a
presidente
do
Conselho
Federal
de
população de mais de um milhão de habitantes e área de 801
Biblioteconomia (CFB), Regina Céli de Sousa, em entrevista
Km². Este número é insuficiente para atender a demanda da
para o site G1:
O principal problema não diz respeito somente ao número de bibliotecas na cidade mas também aos serviços que elas oferecem aos seus usuários. Das cinco bibliotecas públicas existentes na cidade, a mais importante e que possui maior acervo é a Biblioteca Pública Ernesto Manuel Zink, localizada ao lado do Paço Municipal. As outras são de menor porte e não
“Em muitos estados do Brasil, o que existem são apenas espaços com amontoados de livros sem nenhum tipo de controle, organização, serviço e produtos para a sociedade; estão lá apenas para justificar as verbas recebidas. É difícil encontrar bibliotecas públicas do país com espaços prazerosos, com acervo atualizado que contribuam para que a população frequente esses espaços”. (SOUSA,2014)
possuem um acervo significativo. Além do número de bibliotecas ser pequeno para suprir as necessidades de informação e educação da população, os espaços que elas oferecem não são interessantes e não possuem ambientes estruturados para receber esse tipo de uso, muitas
2 . JUSTIFICATIVA
população.
vezes até mesmo improvisados. Com excessão da biblioteca central Ernesto Manuel Zink, as outras bibliotecas são pequenas e pouco divulgadas pelo município, fazendo com que a população desconheça a sua existência. O antigo modelo de biblioteca estática como um local para apenas armazenamento de livros não funciona mais no contexto atual. O principal motivo deve-se a evolução tecnológica e mudanças na sociedade conforme análisa Morigi e Souto (2005).
BIBLIOTECA PARQUE
Co
FIGURA 2 - Biblioteca Pública Cora Coralina em Campinas, espaço sem nenhum atrativo para a população Fonte: Arquivo pessoal da autora
11
BIBLIOTECAS DE CAMPINAS
Co
BIBLIOTECAS PÚBLICAS
1. Biblioteca Pública Joaquim de C. Tibiriçá
2 . JUSTIFICATIVA
R. Quintino Bocaiúva, s/n° Praça da Ópera Salvador Rosa –Bonfim
2. Biblioteca Infantil Monteiro Lobato Bosque dos Italianos - Praça Samuel Wainer, R. Albano de Almeida Lima s/n – Jardim Guanabara
3 . Biblioteca Pública Ernesto Manuel Zink Av. Benjamin Constant, n°1633 - Centro
4 . Biblioteca Pública Guilherme de Almeida R. Cabo Oscar Rossin, n° 63 – Sousas
5. Biblioteca Espaço Cultural Cora Coralina Av Cardeal Dom Agnelo Rossi, s/n – Vila Padre Anchieta
A partir do mapeamento de bibliotecas públicas em Campinas pode-se notar que a grande maioria delas
ÁREA DE INTERVENÇÃO
concentram-se próximas a região central do município, a área
BIBLIOTECAS
de intervenção não possui nenhuma biblioteca que atenda a RAIO DE 1 KM
demanda de sua população.
FIGURA 3 - Mapeamento bibliotecas em Campinas (sem escala) Fonte: Elaborado pela autora
Co
12
BIBLIOTECA PARQUE
BIBLIOTECAS DE CAMPINAS Segundo Gascuel (1987 apub Lourdes de Souza Moraes, 2008, p.28) a biblioteca tem um aspecto exterior que pode tanto atrair o público, como ficar despercebida ou até mesmo afastar os usuários pouco interessados. Portanto a aparência do
FIGURA 4 - Biblioteca Pública Ernesto Manuel Ziink
FIGURA 5 - Biblioteca Pública Distrital de Souzas
Fonte: Arquivo pessoal da autora
Fonte: Arquivo pessoal da autora
FIGURA 6 - Biblioteca Pública Monteiro Lobato Fonte: Arquivo pessoal da autora
BIBLIOTECA PARQUE
2 . JUSTIFICATIVA
edifício é fator fundamental para que obtenha sucesso com seu público.
FIGURA 7 - Biblioteca Pública Joaquim Catro Tibiriça
Co
Fonte: Arquivo pessoal da autora
13
2 . JUSTIFICATIVA
AVANÇOS TECNOLÓGICOS E INCLUSÃO
Co
Dados de uma pesquisa realizada pelo Instituto Pró-Livro,
De acordo com o 1º Censo Nacional das Bibliotecas Públicas
revelam que 76% dos brasileiros não frequentam bibliotecas.
Municipais, realizado em 2011 pela FGV, a inclusão também
Dados da associação mostram também que 50% das
é negligenciada amplamente pelas bibliotecas públicas
pessoas com mais de 5 anos não praticam o hábito da leitura
municipais. Apenas 9% oferecem serviços para deficientes
no Brasil, e que a média de leitura no país é de 1,3 livro por
visuais, como audiolivros ou obras em Braille, e 6%
ano enquanto em países desenvolvidos com França e EUA
desenvolvem
essa média chega a 11. Outro dado obtido pela pesquisa
mentais ou físicos. Serviços básicos como a disponibilização
relata que as pessoas preferem ir a livrarias onde os livros
de computadores com acesso à internet ao público estão
são mais atualizados, com facilidades de uso e espaços
presentes em menos de 30% das instalações.
atividades
para surdo-mudos,
deficientes
agradáveis de leitura e convívio, sendo assim o acesso à informação de qualidade no Brasil tem sido determinado pelo poder aquisitivo e restrito em meios privados. Outro problema relacionado às bibliotecas de Campinas diz
respeito
a
falta
de
investimento
em
atualizações
tecnológicas. Segundo a superintendente da Leitura e do Conhecimento da Secretaria de Estado de Cultura, Vera Schroeder em entrevista ao site Agência Brasil EBC (2016), essa discussão ocorre no mundo todo e a tendência é de não
negar o avanço tecnológico, mas incorporá-lo às bibliotecas. Bibliotecas em todo mundo, assim como os museus, têm se FIGURA 8- Acervo Inclusivo para portadores de deficiência – Biblioteca Parque do Rio de Janeiro
repensado enquanto espaço cultural para se tornar cada vez mais vivos.
14
BIBLIOTECA PARQUE
Fonte:http://teretotal.blogspot.com.br/2014/09/bibliotecas-parque-tem-acervo-exclusivo.html
Co
BIBLIOTECAS PARQUE – MELHORIA SOCIAL Co política de implantação de bibliotecas-parque tornouse referência em desenvolvimento social e enfrentamento à violência urbana. O comprometimento do poder público com a estratégia, no caso de Medellín, investindo 40% do orçamento municipal em educação e 5% em cultura, foi capaz de superar os altos índices de criminalidade pelos quais a cidade tornou-se notória durante os anos 1990.” (VIANNA,2013)
para influenciar o comportamento das pessoas e reduzir a violência é comprovada pela economista Kalinca Léia
Becker na sua tese de doutorado realizada em 2012. Seus estudos mostram que políticas públicas voltadas para educação podem diminuir os números de criminalidade, em dois aspectos. O primeiro porque pessoas mais educadas tem mais oportunidades de trabalho e secundariamente
A área selecionada para intervenção neste trabalho
porque a educação muda a concepção de crime para essas
localiza-se em uma área de grande fragilidade social,
pessoas, elas ficam mais propensas a obdecer as leis já que
segregada da cidade, com várias ocupação irregulares e falta
tornam-se mais ponderadas e mais esclarecidas sobre
de equipamentos públicos de qualidade para a população.
diversos assuntos. A pesquisa mostra também que quando
Levando em consideração a localidade a ser implantado o
ocorre o investimento de 1% na educação, 0,1% do índice de
projeto e os outros problemas relacionados às bibliotecas de
criminalidade é reduzido. Ou seja quanto mais investimento
Campinas e do Brasil, a implantação de uma biblioteca
em educação maior vai ser a capacitação das pessoas,
2 . JUSTIFICATIVA
“Em Bogotá e Medellín, na Colômbia, a bem-sucedida
A potencialidade da educação e cultura como um fator
parque visa instalar um equipamento público que possa ser
promovendo melhoria social e consequentemente diminuindo
referência na cidade com acervo atualizado e multimídia e
sua propensão à criminalidade.
espaços inclusivos e adequados para atender a população.
Exemplos de implantação de bibliotecas parque em
comunidades fragilizadas socialmente , mostram o benefício desses equipamentos como instrumentos para o resgate social.
Co BIBLIOTECA PARQUE
15
BIBLIOTECA BRASILIANA, BRASIL Fonte: http://www.archdaily.com.br
OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
Co OBJETIVOS ESPECÍFICOS Revitalizar espaços vazios, isolados e fragmentados,
Implantação de uma Biblioteca Pública, com espaços multifuncionais, acessíveis e agradáveis para os usuários .
integrando-os a malha urbana;
3 . OBJETIVOS
Promover a convivência social, lazer e acesso a cultura; Garantir acesso a todos os visitantes (acessibilidade); Desmarginalização da área; Proporcionar
cultura
e
lazer,
através
de
ambientes
interessantes que convidem a população a frequentar o local; Conectar
a
biblioteca
com
os
novos
equipamentos
propostos para o bairro; Criar espaços não somente de leitura, mas que possam abrigar atividades interativas e que proporcionem acesso a vários tipos de mídia.
Co
18
BIBLIOTECA PARQUE
OBJETIVOS
Co
O QUE?
ONDE?
PORQUE?
NO NÚCLEO RESIDENCIAL GÊNESIS ENTRE OS BAIRROS JD. SANTANA E JD. NILÓPOLIS EM CAMPINAS.
PARA TRAZER CULTURA, CONVÍVIO E LAZER PARA UMA REGIÃO DA CIDADE QUE SOFRE COM UM CONTEXTO DE FRAGILIDADE SOCIAL.
3 . OBJETIVOS
BIBLIOTECA PARQUE
PARA QUEM? PARA TODAS AS PESSOAS DA CIDADE DE TODAS AS FAIXAS ETÁRIAS, MAS PRINCIPALMENTE PARA A POPULAÇÃO RESIDENTE NO BAIRRO.
BIBLIOTECA PARQUE
19
BIBLIOTECA PARQUE LÉON DE GRIEFF , COLÔMBIA Fonte: http://www.plataformaarquitectura.com
TEMA
4 . TEMA
BIBLIOTECAS HISTÓRICO
Co
“Desde o início da humanidade, o homem tem se preocupado em registrar todo o conhecimento por ele produzido. Esta forma de registro evoluiu desde os blocos de argila até o armazenamento de dados em uma rede digital.” (SANTOS,2012, p.175)
bibliotecas de guardiãs de livros para dissiminadoras de
Segundo Matins (apud Santos 2012, p.176) foram muitas as
uma visão de mundo mais antropocêntrica, onde a qualidade
bibliotecas na Antiguidade. Seus acervos, diferentemente da
humana mais estimada passa a ser a inteligência. A
disposição atual eram organizados em armários e arrumados
valorização da Antiguidade Clássica também promove maior
lado a lado, contendo etiquetas. Nesse período, as
interesse pelo armazenamento de informações, já que todo
bibliotecas ainda não possuiam o caráter de difusoras de
conhecimento
informação da maneira que a conhecemos atualmente, eram
documentos que sobreviveram ao tempo.
lugares
de
armazenamento
onde
os
livros
Conforme Santos (2012, p. 186) a mudança da função das
conhecimento ocorre durante o renascimento,
período em
que ocorre a transição de um pensamento teocentrico para
sobre essa
época
provinha
de
estariam
guardados. Dentre as mais importantes Bibliotecas da Antiguidade pode-se citar a de Nínive, a de Pérgamo, as gregas, as romanas e, principalmente, a Biblioteca de Alexandria (Figura 9), a mais famosa e importante do mundo antigo (BATTLES, apud SANTOS, 2012, p. 176). Apesar da importância e grandiosidade “[...] nenhuma Biblioteca da Antiguidade sobreviveu” (SOUZA, apud SANTOS, 2012, p.177), principalmente devido a catástrofes e guerras. FIGURA 9 - Simulação de como seria a biblioteca de Alexandria
Co
22
BIBLIOTECA PARQUE
Fonte: www.maiscuriosidade.com.br/30-fatos-surpreendentes-sobre-a-biblioteca-dealexandria/
antigos
BIBLIOTECAS PÚBLICAS
Co
A idéia de biblioteca pública parecida com os conceitos
Segundo afirma Medeiros (2012, p.50,51) no panorama
atuais foi invenção de Júlio César. Depois de sua morte,
atual a tendência é que as bibliotecas públicas tenham como
Asínio Pólio, um de seus partidários, levou o projeto adiante
uma de suas finalidades a função de fortalecer os laços com
e em 39 a. C, foi construída a primeira biblioteca pública de
a comunidade, oferecendo um grande número de atividades,
Roma (MARTINS apud SANTOS, 2012, p.179).
acervo
explorando
todo
o
universo
de
Após o final da Segunda Guerra Mundial, surgem os
possibilidades que as TICs (Tecnologias da Comunicação e
primeiros computadores para facilitar o trabalho nas
Informação) tem a oferecer. Essas instituições direcionam-se
bibliotecas. A partir da introdução desta tecnologia e
principalmente para as parcelas menos privilegiadas da
posteriormente a sua evolução as bibliotecas passaram por
população e tem como finalidade não somente a inclusão
grandes transformações, atualmente contando com diversos
digital e cultural mas também a inclusão social.
recursos tecnológicos que vão muito além de apenas
Países
como
Estados
Unidos,
Inglaterra,
Canadá,
empréstimos de livros. O desenvolvimento da informática
Austrália, os paises nórdicos e Singapura são exemplos bem
possibilitou a criação da internet que rompeu com a
sucedidos desse novo tipo de instituição. Na América Latina
comunicação
esses equipamentos ainda tem certa dificuldade em
unidirecional
(MILANESI,
apud
MORIGI;
SOUTO, 2005, p. 193).
4 . TEMA
atualizado,
funcionar prioritariamente voltados para suas comunidades,
Com o advento das novas tecnológias a biblioteca deixa de
pode-se citar contudo alguns exemplos positivos como a
ser apenas a “caixa” armazenadora de livros, para começar a
Biblioteca Pública de Santiago, no Chile (Figura 11) e as
ter função social como uma instituição viva que tende a se
bibliotecas parque em Bogotá e Medellín (Figura 12) na
adequar ao local onde está inserida, atendendo as
Colômbia.
necessidades de seus usuários.
Co BIBLIOTECA PARQUE .
23
BIBLIOTECAS PÚBLICAS
Co
No Brasil apesar da maioria das bibliotecas públicas serem apenas “caixas” de livros, fechadas para seu público, implantadas em edifícios improvisados que não comportam as atuais necessidades de uma
biblioteca, existem também exemplos positivos como a Biblioteca São Paulo (Figura 10) localizada no Parque da Juventude, antiga Casa de Detenção de São Paulo. Oferece diversos serviços para a comunidade
4 . TEMA
como
salas
multimídia,
acervo
atualizado
e
inclusivo,
sendo
considerado um novo conceito de biblioteca para o país. É um exemplo de como a cultura pode alterar antes um espaço degradado e marginalizado na cidade; transformando-o e reinterpretando o espaço de modo que ele pode ser recriado como lugar
FIGURA 11 - Biblioteca pública de Santiago , no Chile Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Biblioteca_de_Santiago.jpg
simbólico, promovendo conexão e pontos de encontro.
.
FIGURA 10 - Biblioteca São Paulo, Brasil Fonte:piniweb.pini.com.br/construcao/arquitetura/aflalo-gasperini-se-inspirou-em-experienciada-cidade-de-santiago-162398-1.aspx
24
BIBLIOTECA PARQUE
FIGURA 12- Biblioteca Parque Leon de Grief, Medellin, Colômbia
Co
Fonte: http://www.archdaily.com/593/leon-de-grief-library-park-giancarlo-mazzanti
BIBLIOTECAS PÚBLICAS NO BRASIL
Co
“Atualmente, pouco se sabe sobre a existência de livros e bibliotecas na primeira metade do século XVI no Brasil. Os documentos são escassos e as pesquisas são poucas. Não seria incorreto afirmar que a demanda de livros nesse período fosse quase insignificante e que os que estavam em solo brasileiro eram aqueles indispensáveis aos padres e magistrados no exercício de suas funções.” (SANTOS,2010, p.51)
Diferentemente da Biblioteca Nacional a Biblioteca Púlica da Bahia iniciu suas atividades com um acervo pequeno de livros, até meados 1863 a bibioteca funcionava em uma Catedral, sendo transferida sucessivamente a vários locais improvisados até que em 1912 um grande incêndio aflingiu
seu edifício, restando apenas 300 volumes do acervo que em
58). Atualmente a Biblioteca Nacional da Bahia possui um
Até o século XIX as bibliotecas do país passaram por três etapas, primeiramente com as bibliotecas localizadas nos
edifício específico
com um acervo de 600 mil exemplares
conventos jesuíticos, depois com a fundação da Biblioteca
segundo informações da Secretaria de Cultura do Estado da
Nacional instituída após a vinda da Família Real Portuguesa
Bahia. (Figura 14).
para o Brasil e posteriormente com a criação da Biblioteca
.
4 . TEMA
1911 contava com 42 mil volumes (SANTOS,2010, p. 56 a
Pública da Bahia (SANTOS, 2010, p.51) De acordo com Suaiden (1980, p.5) a primeira biblioteca verdadeiramente pública do Brasil foi a Biblioteca Pública da Bahia (Figura13) inaugurada em 1811. As outras existentes anteriormente não eram verdadeiramente públicas, como as
.
dos conventos e a Biblioteca Real do Rio de Janeiro, posteriormente denominada de Biblioteca Nacional do Brasil; já que esta já existia em Portugal tratando-se no caso apenas de uma transferência de sua sede. FIGURA 13 - Biblioteca Pública da Bahia Fundada em 1811
Co BIBLIOTECA PARQUE
Fonte: http://www.uneb.br/print/2010/05/12/uneb-participa-de-comemoracao-aos-199-anosda-biblioteca-publica-da-bahia/
25
BIBLIOTECAS PÚBLICAS NO BRASIL
Co
Mesmo no século XX, somente algumas bibliotecas públicas no Brasil possuiam edifícios adequados para o uso, alguns ainda funcionavam em edifícios improvisados. Alguns Exemplos positivos de bibliotecas públicas que foram construídas com assessoria de bibliotecários são: as bibliotecas públicas do Paraná, Pernambuco,
Bahia e Municipal de São Paulo. (SUAIDEN,1980, p.9)
4 . TEMA
“Inaugurada em 1926, a Biblioteca Pública Municipal Mário de Andrade foi um marco importante na Biblioteconomia brasileira é um exemplo para a América Latina. Ocupando um a área de 15.000 m ², está localizada no centro de São Paulo, sendo um verdadeiro monumento à cultura.” (SUAIDEN,1980, p. 9)
FIGURA 14 – Biblioteca Pública da Bahia, sede atual Fonte: http://www.guiadasemana.com.br/salvador/turismo/bibliotecas/biblioteca-publica-do-estado-dabahia
De acordo com Suaiden (1980, p.12) somente a partir de 1970 que as bibliotecas começam a receber mais ênfase no Brasil, por começarem a fazer parte de políticas públicas de Educação e Cultura. Atualmente o foco
das bibliotecas volta-se principalmente a sua
função social relacionada com a formação de leitores e melhoria das condições de vida de seus usuários, através do amplo uso das TIC‟s (Tecnologias
da
Informação
e
Comunicação)
aproximando
a
instituição da comunidade. No Brasil este novo conceito de biblioteca começa a se difundir, podemos citar exemplos positivos como os das
Bibliotecas Parque no Rio de Janeiro, a Biblioteca São Paulo e a Biblioteca Parque Villa Lobos em São Paulo (Figura 15).
26
BIBLIOTECA PARQUE .
FIGURA 15- Espaço para interação infantil Biblioteca Parque Villa Lobos, São Paulo
Co
Fonte: Arquivo Pessoal da autora
Co
A primeira Biblioteca fundada em Campinas surgiu após 136
Atualmente a biblioteca conta com um acervo de: Área Permanente: 9.882 volumes,
anos da inauguração da Biblioteca Real do Rio de Janeiro.
Área Circulante: 28.804 volumes,
Localizada atualmente ao lado do Paço Municipal de Campinas, a Biblioteca Professor Ernesto Manoel Zink foi a
Infantil: 2.220 volumes,
primeira a ser inaugurada em Campinas em 1946 na gestão do
Coleções especiais,
então prefeito Joaquim de Castro Tibiriça (GUIA DA MEMÓRIA,
Obras raras 2.580 volumes,
2003, nº 17 apud BARBIN, 2015, p.31).
Coleção Magalhães Teixeira: 356 volumes,
Antes de se instalar ao lado do Paço Municipal de Campinas, a
Acervo de Campinas e Autores Campineiros: 1.603 volumes,
biblioteca passou por cinco lugares diferentes: o primeiro foi
Hemeroteca: 3.057 pastas, organizadas por assunto,
em um prédio na Rua Barão de Jaguara onde ocupou apenas
Mapoteca: 434 mapas,
três salas no local. Depois disso ficou localizada no Teatro
Revistas e Jornais.
Municipal (Figura 16) por doze anos e acabou transferindo-se
(Dados Prefeitura Municipal de Campinas)
para a rua Dr Quirino em 1966 ficando no local por sete anos,
4 . TEMA
BIBLIOTECAS PÚBLICAS EM CAMPINAS
quando foi transferida novamente para a Avenida da Saudade permanecendo dois anos local. Então em 1968 transferiu-se para o Paço Municipal até o ano de 1976 (GUIA DA MEMÓRIA, 2003, nº 17 apud BARBIN, 2015, p.31).
.
Segundo dados do site da Prefeitura Municipal de Campinas, em 09 de Janeiro de 1975 em um terreno ao lado da prefeitura iniciou-se a construção da biblioteca. A inauguração da Biblioteca Professor Ernesto Manoel Zink na Avenida Benjamin Constant em Campinas aconteceu no dia 21 de Outubro de 1976 onde está localizada até os dias de hoje.
BIBLIOTECA PARQUE
Co
FIGURA 16 - Teatro Municipal de Campinas, demolido em 1965 , abrigou por 12 anos a biblioteca de Campinas Fonte:http://campinassim.blogspot.com.br/2014_08_01_archive.html
27
BIBLIOTECAS PÚBLICAS EM CAMPINAS
Co
4 . TEMA
Além da biblioteca Municipal Ernesto Carlos Zink Campinas conta ainda com mais 4 bibliotecas públicas, sendo elas: Biblioteca Pública Municipal 'Joaquim de Castro Tibiriçá„
Biblioteca Pública Municipal „Cora Coralina„
Fundada em 1976, possui um acervo de livros com 12.631
A Biblioteca Pública Municipal Cora Coralina instalada no Espaço
volumes e hemeroteca com 320 pastas (Dados Prefeitura
Cultural Maria Monteiro no bairro Padre Anchieta, foi inaugurada em
Municipal de Campinas). Localizado na Praça da Ópera Salvador
2011 (Dados Prefeitura Municipal de Campinas). Trata-se de uma
Rosa no bairro Bonfim, o edifício passa despercebido pela
sala dentro do complexo com um acervo bem pequeno, é um
população que desconhece seu uso; já que também não há boa
espaço pouco frequentado. Localizado na sala ao lado da biblioteca
sinalização indicando que ali funciona uma biblioteca.
funciona uma laboratório de informática que concentra a maior parte dos usuários deste complexo.
. . FIGURA 17 – Biblioteca Pública Municipal Joaquim de Castro Tibiriçá Fonte: Arquivo pessoal da autora
FIGURAS 19, 20 e 21 - Sala de leitura denominada Biblioteca Municipal “Cora Coralina” dentro do Espaço Cultural Maria Monteiro FIGURA 18 – Biblioteca Pública Municipal Joaquim de Catro Tibiriçá Fonte: http://www.viracopos.com.br/campinas/atracoes/
28
BIBLIOTECA PARQUE
Fonte: Arquivo Pessoal da autora
Co
Co
Biblioteca Pública Infantil 'Monteiro Lobato'
Biblioteca Pública Distrital de Sousas 'Guilherme de Almeida'
Fundada em 1946 como uma subdivisão da biblioteca pública
Inaugurada em 1966 possui um acervo de livros de 15.248
municipal Ernesto Emanuel Zink, em 1985 é transferida para o
volumes, hemeroteca com 185 pastas, 35 títulos de revistas, 5
Bosque dos Alemães endereço onde localiza-se até hoje (Dados
títulos de jornais e 162 pastas com fotos antigas da história de
Prefeitura Municipal de Campinas). Esta biblioteca de caráter
Sousas (Dados Prefeitura Municipal de Campinas). Assim como as
infantil, possui mobiliário e edifício adequado para a finalidade da
outras bibliotecas da cidade esta parece estar distanciada de seu
qual é destinada, porém por estar localizada em um bosque que
público, mal localizada, com salas pequenas e horário de
é pouco frequentado pela comunidade acaba não sendo muito
funcionamento que não favorece o uso do espaço.
utilizada.
.
4 . TEMA
BIBLIOTECAS PÚBLICAS EM CAMPINAS
. FIGURA 24 – Biblioteca Pública Distrital de Sousas FIGURA 22 – Biblioteca Pública Infantil Monteiro Lobato
Fonte: http://campinas.sp.gov.br/noticiasintegra.php?id=14838
Fonte: Arquivo pessoal da autora
FIGURA 23 – Biblioteca Pública Infantil Monteiro Lobato Fonte: https://michellelopess.wordpress.com/tag/biblioteca-infantilmonteiro-lobato/
BIBLIOTECA PARQUE
Co
FIGURA 25 – Biblioteca Pública Distrital de Sousas Fonte:Arquivo pessoal da autora
29
BIBLIOTECAS PARQUE
Co
A biblioteca pública a ser proposta neste trabalho adota o conceito
de
biblioteca
parque
e
possui
ênfase
no
desenvolvimento social e enfrentamento da violência urbana.
Utiliza os bem sucedidos modelos de Bogotá e Medellin, na
“ As bibliotecas públicas passam, mundialmente, por grandes transformações, para responder a um novo conceito, em que livros, espaços, mobiliário só têm significado se contribuírem para enriquecer a vida do usuário.” (MEDEIROS, ANA LÍGIA e SIMÕES, SIMONE,2014)
Colômbia, onde através de cultura, educação e reformas urbanas nos bairros mais pobres foi possível reduzir consideravelmente a
4 . TEMA
violência e promover melhoria de vida para a população. Segundo Meca (2012, p.7) Este tipo de biblioteca tem como
finalidade transformar o espaço urbano onde está inserida através de três eixos: o educacional, cultural e social , proporcionando mais ligações urbanas e integração social. Esses espaços proporcionam não somente empréstimos de livros mas oferecem atividades relacionadas a arte, cultura,
educação, convivência, cidadania e recreação; o foco da instituição está nos usuários e na comunidade onde está inserida. A biblioteca Parque promove o aumento da autoestima dos usuários, alterando a concepção do local transformandoo edifício
em referência para a comunidade, visando a formação de novos leitores e aumento da qualidade de vida, propõe cursos e
30
oficinas e utiliza amplamente todas as novas tecnologias
FIGURAS 26, 27 e 28 – Ambientes internos da Biblioteca Parque do Estado do Rio de Janeiro
disponíveis .
Fonte: http://bsf.org.br/2014/04/04/biblioteca-publica-parque-estadual-rio-de-janeiro/
BIBLIOTECA PARQUE
Co
BIBLIOTECAS PARQUE
Co
“De conceito bastante subjetivo, o que fica claro nas discussões é que a biblioteca é uma instituição viva, portanto dinâmica e com grande capacidade de se adaptar ao ambiente onde está inserida” (RUSSO,2013, p.3)
Geralmente localizadas em bairros periféricos, as bibliotecas parque são um espaço de convivência
inclusão social e transformação social (MECA, 2012, p.10).
No Brasil este novo conceito foi aplicado no estado do Rio de Janeiro onde há 4 bibliotecas que adotam esse modelo: a Biblioteca Parque da
FIGURA 29 – Biblioteca Parque da Rocinha, RJ Fonte: http://biblioo.info/bibliotecas-parques/
FIGURA 30 - Biblioteca Parque do Estado do Rio de Janeiro, RJ Fonte: http://biblioo.info/bibliotecas-parques/
Rocinha (Figura 29), a Biblioteca Parque do Estado
4 . TEMA
para a comunidade, e fazem papel importante na
do Rio de Janeiro (Figura 30), a Biblioteca Parque de Niterói (Figura 31) e a Biblioteca Parque de Manguinhos (Figura 32). Esse modelo de biblioteca foi escolhido para ser implantado no terreno escolhido devido a sua localização
em
uma
região
periférica,
com
problemas de conexão com o restante da cidade e um abismo social entre os moradores. Visa integrar a área a malha urbana e transformar o local onde está inserido diminuindo o distanciamento social.
BIBLIOTECA PARQUE .
FIGURA 31 - Biblioteca Parque Niterói, RJ
FIGURA 32 - Biblioteca Parque de Manguinhos, RJ
Fonte: http://biblioo.info/bibliotecas-parques/
Fonte: http://biblioo.info/bibliotecas-parques/
Co
31
BIBLIOTECA PÚBLICA ANA MARIA MATUTE, ESPANHA Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/
REFERÊNCIAS PROJETUAIS
5 . REFERÊNCIAS PROJETUAIS
BIBLIOTECA PÚBLICA ANA MARIA MATUTE Co A estrutura neste projeto é um elemento expressivo e não FICHA TÉCNICA
representa apenas valores de economia e eficiência mas determina a arquitetura,
Arquitetos: RSP Arquitetos Localização: Calle Comuneros de Castilla 30, Carabanchel, Madrid, Spain Área: 3500 m² Referência projetual para: implantação e forma
as
instalações
estão
evidentes
mostrando
construção nua com baixo custo de manutenção. Os conceitos utilizados nesse projeto como referência são a
implantação a partir de um terreno com declive acentuado e a integração entre ambientes internos e externos. No terreno escolhido para projeto também ocorre um desnível considerável 15m
A biblioteca pública Ana Maria Matute localiza-se em
localizado de um ponto mais alto onde é possível ter boa observação
Madrid, Espanha, está implantada em um terreno com
do bairro. A intenção é que assim como ocorre na biblioteca pública
declive acentuado (12 m) voltado para o norte com uma vista
Ana Matute exista uma relação entre o bairro e a biblioteca.
sem obstruções de onde é possível observar a cidade a partir do centro histórico para as montanhas. As decisões sobre a volumetria do edifício e sobre suas aberturas foram tomadas de forma a integrar espaços internos com externos para que tanto as pessoas que estivessem de fora pudessem observar as atividades no interior da biblioteca como os leitores pudessem participar da cidade, por isso a sala principal de leitura encontra-se voltada para a cidade. Os princípios utilizados para a sua construção foram: flexibilidade, espaços abertos, vistas de dentro para fora e ajuste para o programa funcional.
34
uma
.
BIBLIOTECA PARQUE
FIGURA 33 – Fachada Frontal Biblioteca Ana Maria Matute, vista para a cidade
Co
Fonte: http://www.archdaily.com.br/
FIGURA 34 – Instalações evidentes baixo custo de manutenção Fonte: http://www.archdaily.com.br/
FIGURA 36 – Vista da sala de leitura para o centro histórico, integração com a cidade Fonte: http://www.archdaily.com.br/
BIBLIOTECA PARQUE
FIGURA 35 – Ambiente de leitura principal com vista para a cidade Fonte: http://www.archdaily.com.br/
5 . REFERÊNCIAS PROJETUAIS
BIBLIOTECA PÚBLICA ANA MARIA MATUTE Co
FIGURA 37 – Elevação lateral direita mostrando a implantação em conformidade com o desnível acentuado
Co
Fonte: Elaborado pela autora
35
5 . REFERÊNCIAS PROJETUAIS
BIBLIOTECA MUNICIPAL VILA FRANCA DE XIRA Co Foi utilizado como referência projetual a conexão entre os edifícios através de uma passarela, questões como a demonstração da
FICHA TÉCNICA
verticalidade através da criação de mezaninos e escadas que Arquitetos: Miguel Arruda Arquitectos Associados Localização: 2600 Vila Franca de Xira, Portugal Área: 3200 m² Referência projetual para: conexão e verticalidade espacial
evidenciam os sistemas de circulação também foram utilizados.
A Biblioteca Municipal Vila Franca de Xira está localizada a margem norte do rio Tejo, onde anteriormente o local era ocupado por uma fábrica de arroz. Os conceitos utilizados nesse projeto foram a proximidade com o rio Tejo e as características volumétricas da antiga fábrica que ocupava o terreno. Além dos tradicionais espaços
FIGURA 38 – Biblioteca Municipal Vila Franca de Xira Fonte: http://www.archdaily.com.br/
de leitura o programa também abrange áreas multimídia, cafeteria e sala de exposições. A verticalidade do edifício fica marcada pelo pano de vidro triangular
de
onde
pode-se
visualizar
os
mezaninos
sobrepostos de forma a promover contato visual entre eles. Para transpor as duas quadras cortadas por uma rua foi projetada uma passarela de ligação que conecta a biblioteca com a calçada, as escadas de comunicação evidenciam
36
novamente o conceito de verticalidade. .
BIBLIOTECA PARQUE
Co
FIGURA 39 – Croqui da proposta para a biblioteca Vila Franca de Xira Fonte: http://www.archdaily.com.br/
FIGURA 40 – Passarela de pedestres, conexão entre os edifícios Fonte: http://www.archdaily.com.br/
FIGURA 41 – Passarela Fonte: http://www.archdaily.com.br/
FIGURA 42– Mezaninos sobrepostos Fonte: http://www.archdaily.com.br/
Caixa de escada demostrando conceito de conexão
Conexão entre os edifícios
FIGURA 43 – Verticalidade e conexão de mostrados com escadas aparentes Fonte: http://www.archdaily.com.br/
BIBLIOTECA PARQUE
5 . REFERÊNCIAS PROJETUAIS
BIBLIOTECA MUNICIPAL VILA FRANCA DE XIRA Co
FIGURA 44 – Conexão entre os edifícios através de passarela de pedestres Fonte: http://www.archdaily.com.br/
Co
37
5 . REFERÊNCIAS PROJETUAIS
MUSEU DE ARTE DO RIO
Co As principais referências deste projeto tratam da conexão dos
FICHA TÉCNICA
Arquitetos: Bernardes + Jacobsen Arquitetura Localização: Praça Mauá, 5 - Centro, Rio de Janeiro RJ, Brasil Área: 11240 m² Referência projetual para: transposição da quadra por pedestres
edifícios através da passarela e a transposição do terreno e conexão com a rodoviária formando uma praça central que permite a passagem direta de pessoas. A utilização da cobertura como espaço de lazer também foi observada como referência.
O projeto teve o objetivo de unir três construções já existentes: o Palacete Dom João prédio histórico tombado, o prédio que anteriormente era utilizado pela polícia e a antiga rodoviário do Rio. O projeto faz parte de um programa que visa requalificar o centro antigo do Rio de Janeiro. Foi estabelecido um sistema de fluxos para que os edifícios
FIGURA 45 – Museu de Arte do Rio Fonte: http://www.archdaily.com.br/
funcionassem de forma integrada e eficiente. Uma praça suspensa na cobertura do edifício da polícia abriga um bistrô e reune os acessos desta forma a visitação é realizada de cima para baixo. O Palacete abriga o museu enquanto o antigo prédio da polícia abriga a escola do olhar. A conexão entre os dois é feita através de uma passarela suspensa, no centro entre os dois edifícios uma praça seca conecta a rodoviária e permite a transposição da quadra.
38
BIBLIOTECA PARQUE
FIGURA 46 – Programa Museu de Arte do Rio Fonte: http://www.archdaily.com.br/
Co
Co
Praça seca
Conexão entre os edifícios
FIGURA 49 – Sistema de conexões do projeto Fonte: http://www.archdaily.com.br/ FIGURA 47 – Praça seca faz conexão com a rodoviária Fonte: http://www.archdaily.com.br/
FIGURA 48 – Bistrô localizado na cobertura Fonte: http://www.archdaily.com.br/
BIBLIOTECA PARQUE
5 . REFERÊNCIAS PROJETUAIS
MUSEU DE ARTE DO RIO
FIGURA 50 – Transposição da quadra Fonte: http://www.archdaily.com.br/
Co
39
5 . REFERÊNCIAS PROJETUAIS
BIBLIOTECA SÃO PAULO
Co Como referência projetual foi utilizado o conceito de iluminação
FICHA TÉCNICA
zenital, a conexão gerada através do mezanino e a setorização.
Arquitetos: Aflalo & Gaperini Localização: Parque da Juventude, São Paulo - SP, Brasil Área: 4527 m² Referência projetual para: iluminação natural, conexão entre pavimentos através de mezanino e setorização
Localizada no Parque da Juventude onde antes funcionava FIGURA 51 – Biblioteca São Paulo
uma prisão o local foi requalificado e hoje abriga uma Etec,
Fonte: http://www.archdaily.com.br/
um parque e a Biblioteca São Paulo. Com iluminação zenital criada a partir do emprego de sheds a estrutura é constituida por 20 pilares e 10 vigas espaçadas a cada 10 metros. A biblioteca está organizada como uma livraria visando atrair o público não leitor, o programa é constituído por térreo com recepção, auditório e acervo infanto juvenil, o pavimento superior concentra o acervo adulto, multimídia e áreas para leitura. O espaço amplo facilita a circulação e o grande mezanino favorece a iluminação natural e proporciona a integração entre os pavimentos.
FIGURA 52 – Iluminação zenital e mezanino biblioteca São Paulo
Co
40
BIBLIOTECA PARQUE
Fonte: http://www.archdaily.com.br/
Co
LEGENDA Acervo adulto Área de funcionários Sanitários Área de leitura externa FIGURA 53 – Pavimento térreo Fonte: http://www.archdaily.com.br/
Entrada de visitantes
Circulação vertical Auditório
Caixa de escada demostrando conceito de conexão
Recepção
Café Acervo infantil
5 . REFERÊNCIAS PROJETUAIS
BIBLIOTECA SÃO PAULO
FIGURA 54 – Primeiro Pavimento Fonte: http://www.archdaily.com.br/
Co BIBLIOTECA PARQUE
41
LIVRARIA CULTURA, BRASIL Fonte: http://www.archdaily.com.br/br
VISITAS TÉCNICAS Biblioteca Virgílio Barco - Colômbia Fonte: pensadordelamancha.blogspot.com.br/
LIVRARIA CULTURA FICHA TÉCNICA
Co A estrutura da arquibancada leva o visitante ao mezanino aberto a
6 . VISITAS TÉCNICAS
circulação. O programa conta ainda com uma sala multiuso, uma Arquitetos: Diana Radomysler, Luciana Antunes, Marcio Tanaka, Mariana Ruzante, Studio MK27 Localização: Shopping Iguatemi, São Paulo - SP, Brasil Área: 2500 m² Ano: 2012 Data da visita: 24/04/2016
sala de workshop e sala de livros e jardim para o público infantil.
A livraria Cultura localiza-se no shopping Iguatemi em São Paulo. Segundo o arquiteto autor do projeto Marcio Kogan a principal premissa foi criar um ambiente não apenas de compras mas também um lugar de convívio e permanência. No primeiro piso, de menor dimensão, estão os produtos multimídia e um café. Subindo as escadas rolantes chega-se a um piso intermediário chamado de Espaço Geek onde encontram-se produtos como brinquedos e histórias em quadrinhos. O piso superior é formado por um grande salão, onde uma arquibancada de 21 metros de largura convida os leitores a permanecer no local. Os livros são dispostos em estantes que envolvem toda loja, o que permite maior liberdade aos clientes no manuseio dos exemplares.
FIGURAS 55,56 E 57 – Livraria Cultira São Paulo – Piso Superior Fonte: Arquivo pessoal da autora
.
44
BIBLIOTECA PARQUE
Co
LIVRARIA CULTURA
FIGURA 58 – Acesso a Livraria
FIGURA 59 – Espaço com acervo infantil Fonte: Arquivo pessoal da autora
Fonte: Arquivo pessoal da autora
FIGURA 60 – Sala de Work Shop Fonte: Arquivo pessoal da autora
Após visita a Livraria Cultura a percepção que tive do local é de que se trata de um projeto muito bem resolvido. A variedade de obras, o mobiliário atraente e o programa são fatores que contribuem para que a livraria seja frequentada e não apenas um ambiente de compras mas também local de permanência e convívio. Ambiente convidativo
6 . VISITAS TÉCNICAS
Co
Mobiliário confortável Material atualizado Atende público variado Programa dinâmico Arquibancada de leitura FIGURA 61 – Espaço Geek Fonte: Arquivo pessoal da autora
FIGURA 62 – Café Fonte: Arquivo pessoal da autora
BIBLIOTECA PARQUE
Co
45
BIBLIOTECA PARQUE VILLA LOBOS
Co Acessível a todos os públicos a biblioteca possui acervo inclusivo
6 . VISITAS TÉCNICAS
FICHA TÉCNICA Arquiteto: Decio Tozzi Paisagismo: Rodolfo Geiser Localização: Parque Villa Lobos, São Paulo - SP, Brasil Área: 4000 m² Ano: 2014 Data da visita: 24/04/2016
com equipamentos como: folheador de páginas e conversor de textos em braile.
A Biblioteca Parque Villa Lobos está inserida no Parque Villa Lobos na zona oeste de São Paulo. Ocupando uma área de 4000 m² divididos em três andares a biblioteca propõe uma programação cultural diversificada com atividades para todos os públicos. As atividades do local
FIGURAS 64 – Acervo Acessível - Mesa tátil Fonte: Arquivo pessoal da autora
FIGURAS 65 – Acervo Acessível Leitor de áudio Fonte: Arquivo pessoal da autora
incluem: contos de histórias, mediação de leitura, cursos, oficinas, apresentações musicais e teatrais, exposições e saraus.
.
FIGURAS 63 – Biblioteca Parque Villa Lobos Fonte: Arquivo pessoal da autora
46
BIBLIOTECA PARQUE
FIGURAS 66 – Acervo Acessível - Folheador de páginas
Co
Fonte: Arquivo pessoal da autora
Co
Seguindos os moldes de sua antecessora a Biblioteca São
O foco é no público não leitor que ao frequentar o parque
Paulo propõe um programa com atividades e espaços
encontra uma biblioteca, quebrando assim o paradigma de que
variados, incluindo salas de criatividade, sala de jogos
livros estão apenas ligados a estudo e obrigação.
eletrônicos, ludoteca, computadores com acesso à internet e
O projeto do edifício realizado pelo arquiteto Decio Tozzi utiliza
deck externo com vista para o parque.
estrutura de concreto aparente formando pórticos que se interligam a grelha na fachada. Ao redor plantas que fazem parte
do Bioma brasileiro interagem com o edifício. Os materiais utilizados são: concreto, aço e vidro o que permite uma arquitetura racional e com baixo custo de manutenção. Para uma melhor eficiência luminosa a cobertura recebeu blocos de vidro que proporcionam iluminação zenital e diminuem
gastos energéticos. FIGURA 67 – Deck com vista para o parque Fonte: Arquivo pessoal da autora
6 . VISITAS TÉCNICAS
BIBLIOTECA PARQUE VILLA LOBOS
FIGURA 70 – Estrutura de concreto aparente Fonte: Arquivo pessoal da autora FIGURA 68 – Computadores com acesso à internet Fonte: Arquivo pessoal da autora
BIBLIOTECA PARQUE
FIGURA 69 – Iluminação Zenital Fonte: Arquivo pessoal da autora
Co
47
BIBLIOTECA PARQUE VILLA LOBOS A Biblioteca Parque Villa Lobos faz parte de uma nova geração de bibliotecas, onde cultura e educação são
Co Um dos elementos que mais chama atenção é a estrutura de madeira utilizada para contos de histórias no interior da biblioteca.
6 . VISITAS TÉCNICAS
transmitidos de forma natural tornando a leitura um hábito prazeroso. Devido ao fato de estar localizada dentro de um parque consegue unir lazer e cultura, além de chamar atenção para as questões de sustentabilidade Nesse conceito através de programa e atividades variadas o local consegue atingir um público de todas as faixas etárias. Porém ao realizar a visita técnica ficou claro que o local é frequentado na sua maioria pelo público infantil e infanto-juvenil.
.
Iluminação zenital
FIGURAS 71 – Sala de jogos
FIGURAS 72 – Espaço para contos
Fonte: Arquivo pessoal da autora
Fonte: Arquivo pessoal da autora
Estrutura racional e econômica Espaço para contos infantis Integração interno/externo Sala com jogos eletrônicos Integração com o Parque Villa Lobos
Co
48
BIBLIOTECA PARQUE
FIGURAS 73 – Acervo infantil Fonte: Arquivo pessoal da autora
BIBLIOTECA MÁRIO DE ANDRADE
Co
Arquiteto projeto original: Jacques Pilon Arquiteto ampliação: Piratininga Arquitetos Associados Localização: Rua da Consolação, Centro,São Paulo SP, Brasil Área: 12000 m² prédio principal e 7000 m² anexo Ano: 1925 construção original, 2010 ampliação Data da visita: 24/04/2016 A Biblioteca Mário de Andrade localizada no centro de São Paulo, foi construída a partir do projeto do arquiteto Jaques Pillan. Considerada um marco da arquitetura art-déco é a maior biblioteca de São Paulo e a segunda maior do país. Entre os anos de 2005 e 2010 a biblioteca passou por uma
FIGURA 74, 75 ,76 e 77 – Ambientes após a reforma e ampliação Fonte: Arquivo pessoal da autora
Com um extenso acervo a Biblioteca Mário de Andrade destina-se principalmente ao público acadêmico e ao armazenamento adequado de obras importantes, não sendo o leitor comum sua prioridade.
reforma e ampliação onde foi construído um anexo que
Área externa para leitura
permitiu o aumento do acervo circulante.
Iluminação adequada para leitura
A torre de 22 andares guarda o acervo de 400 mil volumes
Integração interno/externo
6 . VISITAS TÉCNICAS
FICHA TÉCNICA
não expostos ao público geral, o embasamento de três andares reune as dependências de acesso público e os setores administrativos. Os espaço para acervo circulante criado após ampliação faz conexão com a praça Dom José Gaspar possibilitando atividades externas. .
BIBLIOTECA PARQUE
Co
FIGURA 78 – Área externa para leitura Fonte: Arquivo pessoal da autora
49
BIBLIOTECA DO CENTRO CULTURAL SÃO PAULO Co A proposta do projeto era criar uma biblioteca moderna em que o
6 . VISITAS TÉCNICAS
FICHA TÉCNICA Arquitetos: Eurico Prado Lopes e Luiz Telles Localização: Rua Vergueiro, Paraíso, São Paulo - SP, Brasil Área: 46500 m² Ano: 1982 Data da visita: 01/07/2016
leitor tivesse acesso livre ao acervo com ambientes convidativos que atraissem a população. Foi aberto um concurso para receber propostas para o projeto e o arquiteto Eurico Prado Lopes venceu. O
projeto
idealizado
pelo
arquiteto
apresentava
conceitos
inovadores para a época como: integração e multidisciplinaridade, para a viabilização das formas arrojadas propostas utilizou-se
Na década de 70 começa a história do Centro Cultural São
materiais como : vidro, concreto, aço, acrílico, tijolo e tecido.
Paulo, localizado entre a Rua Vergueiro e a Avenida 23 de Maio foi cedido pela Prefeitura o terreno de aproximadamente 300 mil m², resultante de desapropriações ocasionadas pela construção do metrô.
. FIGURA 80 – Detalhe estrutura Centro Cultural SP Fonte: Arquivo pessoal da autora
.
FIGURA 79 – Imagem interna Centro Cultural SP Fonte: Arquivo pessoal da autora
50
BIBLIOTECA PARQUE
FIGURA 81 – Vidro empregado no projeto Fonte: Arquivo pessoal da autora
Co
FIGURA 82 – Rampas em concreto e aço Fonte: Arquivo pessoal da autora
Através de um projeto multidiciplinar o centro cultural
Apesar da localização privilegiada e acervo atual questões
consegue atrair um público muito variado, a maior parte dos
como mobiliário e conforto poderiam ser melhoradas, assim
espaços não possui usos pré definidos o que permite que a
como um investimento maior em acervo multimídia e acesso à
diversidade floresça, lá as pessoas se encontram para
internet.
conversar, namorar, estudar, ler e dançar. O objetivo idealizado na concepção do projeto foi alcançado pois o local não somente cumpre sua função como
centro cultural
como supera
expectativas se tornando um local de encontro e uma referência
para a cidade. A biblioteca é um dos ambientes mais frequentados da
FIGURA 84 – Acervo Braile Fonte: Arquivo pessoal da autora
FIGURA 85 – Espaço infantil Fonte: Arquivo pessoal da autora
FIGURA 86 – Poltronas multimídias (sem funcionamento) Fonte: Arquivo pessoal da autora
FIGURA 87 – Mesas de estudo Fonte: Arquivo pessoal da autora
instituição, utilizado principalmente por estudantes. As mesas com tomadas para a utilização de dispositivos eletrônicos como notebooks e celulares são as mais disputadas pelos usuários.
6 . VISITAS TÉCNICAS
BIBLIOTECA DO CENTRO CULTURAL SÃO PAULO Co
Acessibilidade Acervo inclusivo Área de estudos Mesas com tomadas FIGURA 83 – Biblioteca do Centro Cultural SP Fonte: Arquivo pessoal da autora
BIBLIOTECA PARQUE
Espaço amplo
Co
51
BIBLIOTECA VILA FRANCA DE XIRA, PORTUGAL Fonte: http://www.archdaily.com.br/br
ANÁLISE DA ÁREA
7 . ANÁLISE DA ÁREA
A ÁREA DE ESTUDO
Co
A área de estudos onde foi elaborado um plano macro
Por possuir um território muito extenso com características muito
abrange uma grande área que se estende desde a Estação
diferenciadas entre si, a leitura urbana foi separada por setores
Guanabara até a Estação Anhumas (Maria Fumaça) e engloba
(Figura 88) para facilitar o entendimento e melhor compreenção da
bairros como: Jardim Novo Botafogo, Vila Itapura, Jardim São
área. A área em vermelho mais próxima ao centro será tratada como
Domingos Sávio, Jardim Bela Vista, Jardim. Lídia, Novo
setor 1, e a área em laranja localizada a noroeste do município como
Taquaral, Jardim Madalena, Jardim Dom bosco, Jardim
setor 2. .
Santana, Jardim Nilópolis entre outros. A região estudada sofre principalmente com as barreiras urbanas ocasionadas por elementos físicos: o Ribeirão Anhumas e o leito ferroviário desativado da antiga Companhia Mogiana de Estradas de Ferro. Por se tratar de uma área muito extensa, apresenta
SETOR 2
características muito diferenciadas em sua extensão. Na área localizada mais próxima ao centro da cidade (em vermelho) apresenta principalmente problemas com relação ao sistema viário e falta de espaços públicos, não existem muitas áreas livres e há muita oferta de infraestrutura urbana.
SETOR 1
Já a parte da área de intervenção localizada mais a noroeste do município (em laranja) é menos menos ocupada e sofre com problemas de desarticulação. Alguns locais possuem difícil acesso, existem ocupações irregulares e muitos condomínios fechados que “viram as costas para a cidade” e acabam por criar ambientes hostis.
54
. BIBLIOTECA PARQUE
FIGURA 88 – Área de estudo (sem escala) Fonte: Elaborado pela autora
Co
A ÁREA DE ESTUDO
UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas)
Parque Taquaral
Centro
7 . ANÁLISE DA ÁREA
Co
RODOVIAS ÁREA DE INTERVENÇÃO MACRO LOCAL A IMPLANTAR A BIBLIOTECA PARQUE PONTOS DE REFERÊNCIA NA CIDADE Aeroporto Internacional de Viracopos FIGURA 89 – Localização da área de intervenção macro no município de Campinas Fonte: Elaborado pela autora
55
EVOLUÇÃO DA MANCHA URBANA
Co
A cidade de Campinas inicia seu desenvolvimento em volta da Igreja matriz da cidade em 1840. Em meados de
Rodovia Dom Pedro I
7 . ANÁLISE DA ÁREA
1878 a cidade continua sua evolução seguindo o traçado Área de implantação da Biblioteca Parque Hipermercado Carrefour
da linha férrea. Em 1950, continua a sua evolução com a expansão industrial com foco em indústrias automobilísticas e bens de consumo. A multiplicação dos bairros acontece nas
Shopping Galleria
proximidades destas fábricas e nas proximidades da
rodovias, nesta época a Rod. Anhanguera. Na década de 60, a cidade de Campinas vê o inicio da dispersão urbana e de seus modais rodoviários. Dos anos Parque Taquaral
1950 a 1990 bairros que não tinham urbanização/infraestrutura conseguem uma condição melhor. De 1970 a
1980 a migração nos bairros levou a quase duplicar a população. Em meados de 2000, acontece a ampliação do setor terciário, e um dos principais vetores de desenvolvimento
Castelo Shopping Iguatemi
passa a ser as rodovias.
Igreja Matriz
56
Anos 2000 vetor de crescimento rodovias
FIGURA 90 – Evolução da mancha urbana Fonte: Elaborado pelo aluno Caue Martins . Dados Prefeitura Municipa de Campinas
PATRIMÔNIO HISTÓRICO
Co
Na área de intervenção existem no total 9 bens tombados, Área de implantação da Biblioteca Parque
Hipermercado Carrefour
1. O Liceu Salesiano Nossa Senhora, tombado pelo CONDEPACC 2. O Instituto Agronômico de Campinas, tombado pelo Shopping Galleria
CONDEPACC e CONDEPHAAT 3. Áreas e Prédios do Complexo Ferroviário da Antiga
Companhia Mogiana, tombado pelo CONDEPACC 4. Praça de Esportes Horácio Antônio da Costa (Antigo Estádio
do
Esporte
Clube
Mogiana),
em
estudo
Parque Taquaral
de
tombamento pelo CONDEPACC 5. Fábrica de Chapéus Cury, tombado pelo CONDEPACC
6. Antiga Fábrica de Tecidos e elásticos Godoy e Valbert S/A (Atualmente Igreja Nazareno), tombado pelo CONDEPACC
Castelo
7 e 8. Colégios Culto à Ciência e Bento Quirino, tombados
7 . ANÁLISE DA ÁREA
sendo eles:
pelo CONDEPACC E CONDEPHAAT 9. Estação Anhumas, tombado pelo CONDEPACC
De toda a área de intervenção o setor 1 é o que concentra o maior número de patrimônios históricos, por se localizar em
FIGURA 91 – Mapeamento Bens Tombados Fonte: Elaborado pela autora
uma área próxima ao centro, de onde a cidade começa a se desenvolver.
57
7 . ANÁLISE DA ÁREA
PATRIMÔNIO HISTÓRICO
Co
No setor 2 a Estação Anhumas (Figura 92) é um dos
A maior parte dos edifícios históricos possui uso específico
patrimônios tombados remanescentes da antiga Companhia
e no geral encontra-se em bom estado de conservação. A
Mogiana de Estradas de Ferro. Atualmente apenas o trecho
problemática principal em relação ao patrimônio envolve as
que vai da estação Anhumas até a divisa com o município de
áreas da antiga Companhia Mogiana localizadas no bairro
Jaguariúna é tombado, seus trilhos são utilizados para o
Guanabara.
passeio turístico de trem (Maria Fumaça) que parte da Estação Anhumas até a Estação de Jaguariúna.
93) encontra-se sob a administração da Unicamp. O restante
A atual utilização da Estação é uma boa opção para o local,
da área permanece sem uso, sendo uma barreira na malha
pois além de preservar e manter viva a história de Campinas
urbana da cidade e um grande vazio. As antigas residências
beneficia a cidade com um equipamento de cultura e lazer
dos operários da ferrovia também fazem parte da área
evitando que o patrimônio fique abandonado. Entretanto falta
tombada, a chamada Vila Mogiana (Figura 94). Essas
por parte do município maior valorização e integração deste
edificações
patrimônio com o restante da cidade para que seja
guanabara e estão deterioradas por ação do tempo. Vários
reconhecido e melhor aproveitado.
projetos de requalificação do local já foram propostos porém
apresentam
tipologia
diferente
do
bairro
até hoje nenhum foi executado .
58
Atualmente o antigo prédio da Estação Guanabara (Figura
FIGURA 92– Estação Anhumas Fonte: http://singletrips.com.br/promocao-por-que-viajar-em-grupofaz-bem/
.
FIGURA 93 – Estação Guanabara, atualmente sob administração da UNICAMP Fonte: Arquivo pessoal da autora
FIGURA 94– Tipologia residencial Vila Mogiana Fonte: Arquivo pessoal da autora
SISTEMA VIÁRIO
Co
O setor 1 da área de estudo, por estar localizado em uma área mais próxima do centro da cidade, com vários pontos de
vocação médica localizada ao sul da Avenida Barão de Itapura atrai grande número de pessoas diariamente para o local e cruzamentos entre vias arteriais de grande importância
Área de implantação da Biblioteca Parque
na cidade causam nós de trânsitos, como por exemplo entre a Avenida Orozimbo Maia e a Avenida Brasil (Figura 97).
No setor 2 observa-se a fragmentação do sistema viário, é um dos fatores mais preocupantes do sistema e do próprio urbanismo local, pois o leito ferroviário desativado separa e cria uma barreira de transposição de duas áreas importantes da cidade tanto de veículos, quanto de pedestres. Alguns dos
pontos chaves que acabam por gerar também pólos de Avenida Brasil
trânsito são: o Parque Taquaral, a Praça Arautos da Paz em dias de evento, o Carrefour, o Sam's Club e o Shopping
7 . ANÁLISE DA ÁREA
atração possui grande circulação veículos e ônibus. A
Galeria com seus setores empresariais. .
Avenida Orozimbo Maia
FIGURA 95 – Sistema Viário Fonte: Elaborado pelo aluno Caue Martins. Dados Prefeitura Municipal de Campinas
59
SISTEMA VIÁRIO
Co
O perímetro da área de intervenção possui vias de extrema importância na cidade, não só local para trânsito local, mas
7 . ANÁLISE DA ÁREA
algumas de conexão intermunicipal.
Rodovia Dom Pedro (Figura 44)
Na região localizada mais próximo ao centro de Campinas (Setor 1) os ônibus são frequentes e no geral disponibilizam acesso a todas as demais regiões da cidade. Entretanto
Área de implantação da Biblioteca Parque
segundo estudo realizado pela SEPLAMA (2006) o principal
Hipermercado Carrefour
motivo do sistema público ser ineficiente em Campinas é
devido a 70% das linhas passarem na região central sendo
Shopping Galleria
que apenas 40% dos usuários tem como destino final o centro. Na região localizada mais a norte do município delimitada
Parque Taquaral
pela rodovia Dom Pedro I (Setor 2), o transporte público que a
atende é em parte insuficiente, em outra ineficaz, seja por falta de veículos que atendam a população ou que possuam rotas tortuosas, deixando de atender algumas áreas, devido as barreiras físicas presentes.
Castelo
Shopping Iguatemi
Atualmente o único modal presente na cidade é o sistema de
ônibus.
Área localizada próximo ao centro da cidade
Os terminais de ônibus concentram-se na região central da cidade sendo o setor 1 beneficiado com a maior oferta de transporte. O setor 2 não possui terminais de ônibus que
60
atendam a região.
Estação ferroviária FEPASA
Bosque dos Jequitibás
FIGURA 96– Sistema viário Fonte: Elaborado pelo aluno Caue Martins. Dados Prefeitura Municipal de Campinas
.
Co
FIGURA 98 – Hospita Renascença na Avenida Barão de Itapura, região com vocação médica Fonte: Arquivo Pessoal da autora
FIGURA 97 – Nó de trânsito entre Avenida Orozimbo e Avenida Brasil Fonte: Arquivo Pessoal da autora
FIGURA 99 – Rodovia Dom Pedro I agente delimitador no setor 2 da área de estudo Fonte: Arquivo Pessoal da autora
7 . ANÁLISE DA ÁREA
SISTEMA VIÁRIO
61
EQUIPAMENTOS PÚBLICOS EDUCAÇÃO
Co
No geral os equipamento públicos do setor 1 encontram-se em bom estado de conservação. Os equipamentos sociais geralmente
7 . ANÁLISE DA ÁREA
instalam-se em construções residenciais e se adaptam para o novo uso. Os equipamentos que apresentam maior carência são:
Área de implantação da Biblioteca Parque
Esportes : Não há nenhum nenhuma unidade pública na região. Cultural: Existem mas exercem pouca influência, estão mais concentrados no centro da cidade, sendo eles: o teatro do colégio Culto a Ciência, Ateliê Cromo, Ateliê Aberto e o Espaço Cultural República Cênica.
Shopping Galleria
Saúde: Possui apenas um centro de saúde com grande capacidade de atendimento, o Centro de Saúde Taquaral.
O setor 2 é a área que apresenta maior fragilidade social e portanto necessitaria
de
mais
equipamentos
e
de
melhor
Parque Taquaral
qualidade.
Atualmente a região conta com : 3 escolas municipais de ensino infantil: EMEI Recanto da Alegria (Figura 103), Emei Fadinha Azul e Cemei São João Batista Algumas áreas destinadas a esportes como quadras e o Ginásio Municipal Nabi Abi Chedid (Figura 104) no geral em estado de
Castelo
conservação ruim e pouco utilizados pela comunidade.
Shopping Iguatemi
1 Centro de Saúde no bairro São Quirino (Figura 105) que encontrase em mau estado de conservação e sofre com a superlotação. Duas principais áreas de lazer, o Bosque Chico Mendes e a Praça
Arautos da Paz (Figura 106). O Paque Taquaral também exerce influência sobre a região. Analisando a região como um todo pode-se notar uma carência
62
geral de equipamentos públicos.
Estação ferroviária FEPASA FIGURA 100 – Equipamentos públicos de educação Fonte: Elaborado pelo aluno Caue Martins. Dados Prefeitura Municipal de Campinas
EQUIPAMENTOS PÚBLICOS DE SAÚDE E LAZERo
Área de implantação da Biblioteca Parque
Bosque Chico Mendes
Hipermercado Carrefour
Shopping Galleria
São Quirino
Shopping Galleria
A Praça Arautos da Paz juntamente com o Parque Taquaral é um importante ponto de lazer na cidade
Parque Taquaral
Parque Taquaral
Centro de Saúde Taquaral
Castelo
Estação ferroviária FEPASA
Shopping Iguatemi
Bosque dos Jequitibás
Castelo
Estação ferroviária FEPASA
7 . ANÁLISE DA ÁREA
Ginásio Nabi Abi Chedid
Shopping Iguatemi
Bosque dos Jequitibás
FIGURA 101 – Equipamentos públicos de saúde
FIGURA 102 – Equipamentos públicos de Cultura e Esportes
Fonte: Elaborado pelo aluno Caue Martins. Dados Prefeitura Municipal de Campinas
Fonte: Elaborado pelo Aluno Caue Martins. Dados Prefeitura Municipal de Campinas
63
7 . ANÁLISE DA ÁREA
EQUIPAMENTOS PÚBLICOS
64
Co
FIGURA 103 – Escola Municiapl de Eduacação Infantil Recanto da Alegria , Jardim Nilópolis
FIGURA 104 – Ginásio Municial Nabi Abi Chebib
Fonte: Arquivo Pessoal da autora
Fonte: Arquivo Pessoal da autora
FIGURA 105 – Centro de Saúde São Quirino
FIGURA 106 – Praça Arautos da Paz
Fonte: Arquivo Pessoal da autora
Fonte: Arquivo Pessoal da autora
A área de intervenção possui uso predominantemente
Observa-se a fragmentação do território causada pelo pátio da
residencial em quase toda a sua extenção. O setor de
antiga estação da Companhia Mogiana e pelo Ribeirão
serviços está mais concentrado nas áreas próximas ao centro
Anhumas, respectivamente.
da cidade, ao lado sul da avenida Barão de Itapura (Figura
No setor 2 o uso do solo é predominantemente residencial
107) sua concentração é grande onde também há grande
com execeção de alguns grandes comercios e serviços como:
fluxo de pessoas e veículos. Essa concentração excessiva de
o shopping Galleria, o Sam‟s Club e o hipermercado Carrefour.
serviços nessa região faz com que durante o período noturno
A densidade demográfica diminui consideralvelmente devido ao
a localidade se torne pouco movimentada.
condomínios de alto padrão localizados em grandes áreas e
Com relação ao gabarito de altura, o aumento ocorre novamente em direção ao centro da cidade, Vila Itapura. Os edifícios
de
maior
gabarito
são
que tem uma média de habitantes por domicílio baixa (Figura 109).
predominantemente
residenciais (Figura 108).
FIGURA 107 – Avenida Barão de Itapura
FIGURA 108 – Vila Itapura maior gabarito de altura
FIGURA 109 – Condomínio Chácaras de São Quirino
Fonte: Google Maps
Fonte: Arquivo pessoal da autora
Fonte: Google Maps
7 . ANÁLISE DA ÁREA
USO REAL DO SOLO E DENSIDADE DEMOGRÁFICA Co
65
7 . ANÁLISE DA ÁREA
USO REAL DO SOLO E DENSIDADE DEMOGRÁFICA o
Hipermercado Carrefour
Área de implantação da Biblioteca Parque
Shopping Galleria
Parque Taquaral
Parque Taquaral
Condomínios de alto padrão com baixo índice habitacional
Castelo
Shopping Iguatemi
Castelo
Avenida Barão de Itapura Estação ferroviária FEPASA
66
Núcleo Gêneses população em situação de vulnerabilidade social, muitos habitantes por domicício
Bosque dos Jequitibás
Shopping Iguatemi
Região Central maior gabarito, maior densidade. Estação ferroviária FEPASA
Bosque dos Jequitibás
FIGURA 110 – Mapa de Usos do solo
FIGURA 111 – Mapa de densidade Habitacional
Fonte: Elaborado pelo aluno Caue Martins. Dados Prefeitura Municipal de Campinas
Fonte: Elaborado pelo aluno Caue Martins. Dados Prefeitura Municipal de Campinas
VAZIOS URBANOS
Co
Campinas ao desativar algumas de suas linhas férreas, deixa algumas
cicatrizes
em
seu território, favorecendo
uma Hipermercado Carrefour Área de implantação da Biblioteca Parque
urbanos e em alguns pontos uma barreira física. O Ribeirão Anhumas também favorece áreas de vazio urbano, tanto o ribeirão como o leito da antiga Companhia Mogiana são barreiras físicas que atrapalham a transposição de áreas dentro
Shopping Galleria
da cidade. . Parque Taquaral
Castelo
7 . ANÁLISE DA ÁREA
fragmentação de bairros, proporcionando grandes vazios
Shopping Iguatemi
Estação ferroviária FEPASA
Bosque dos Jequitibás
FIGURA 112 – Vazio Urbano leito férreo da antiga Companhia Mogiana
FIGURA 113– Mapeamento de Vazios Urbanos
Fonte: Arquivo pessoal da autora
Fonte: Elaborado pelo aluno Caue Martins. Dados Prefeitura Municipal de Campinas
67
ÁREAS VERDES .
Co
No setor 1 pode-se dizer que a maior parte das áreas verdes está em bom estado de conservação. No geral nota-se que os
7 . ANÁLISE DA ÁREA
espaços onde ocorre um uso misto de comércio, pessoas e Área de implantação da Biblioteca Parque
da própria recreação infantil tendem a ser mais preservados,
Hipermercado Carrefour
nas praças onde isto não ocorre o conjunto acaba ficando abandonado. É possivel observar também a partir da análise Shopping Galleria
do mapa ao lado que a incidência de áreas verdes neste setor é limitada. O setor 2, possui grande potencial em recuperação e aproveitamento das áreas verdes disponíveis, uma vez que a
Parque Taquaral
região ainda não possui em sua totalidade grande densidade de edificações, permanecendo resquícios de áreas verdes subutilizados ou em mal estado de conservação.
Setor 2
A localidade possui potencial para áreas verdes e de
Potencial urbanístico de áreas verdes subaproveitado
lazer,fazendo limite com a área do Parque Taquaral, uma
Castelo
referência para a cidade como equipamento de lazer e áreas
Shopping Iguatemi
verdes. O Ribeirão Anhumas e demais cursos d‟água que compõem o sistema hidrológico da região, em parte, ainda encontram-se sem grandes intervenções de canalizações ou
Setor 1
retirada total da vegetação que compõem suas APPs.
Baixa incidência áreas verdes Estação ferroviária FEPASA
68
Bosque dos Jequitibás
. FIGURA 114 – Mapeamento sistema de áreas verdes Fonte: Elaborado pelo aluno Caue Martins. Dados Prefeitura Municipal de Campinas
LEGISLAÇÃO INCIDENTE
Co
A área de estudo possui zoneamento variado ao longo do sua
predomina-se o zoneamento misto e faixas de comércio ao Área de implantação da Biblioteca Parque
longo da extensão da Avenida Barão de Itapura. O setor 2
Hipermercado Carrefour
possui predominância de áreas com uso residencial e grandes áreas reservadas a proteção ambiental. Shopping Galleria
.
Parque Taquaral
Castelo
7 . ANÁLISE DA ÁREA
extensão. O setor 1 mais proximo do centro da cidade
Shopping Iguatemi
Avenida Barão de Itapura
FIGURA 115 – Mapeamento de zoneamento na área de intervenção Fonte: Elaborado pela Aluna Elise Pio . Dados Prefeitura Municipa de Campinas
69
ESCOLARIDADE .
Co
Com relação aos níveis de escolaridade a partir da análise do mapa com os dados do Senso do IBGE de Área de implantação da Biblioteca Parque
7 . ANÁLISE DA ÁREA
2010 na área de estudo nota-se que predominantemente ele se mantém alto nas faixas de 96,5% a 98,3% e acima de 98,3%, é possível notar também a partir da análise do mapa que em alguns pontos principalmente em locais próximos a cursos de água em ocupações
Shopping Galleria
irregulares ocorre a concentração de população idosa majoritariamente analfabeta, fato que tem relação direta com o alto índice de fragilidade social das pessoas que residem nessas áreas.
Parque Taquaral
.
Castelo
70
Hipermercado Carrefour
População idosa analfabeta localizada em áreas próximas a cursos de água, população carente
FIGURA 116 – Mapeamento do nível de escolaridade na área de estudo Fonte: Elaborado pelo aluno Caue Martins. Dados Prefeitura Municipal de Campinas
VULNERABILIDADE SOCIAL
Co
Especiais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo a
prefeitura
do
município
elabora
um
mapeamento
Figura 118
de
Hipermercado Carrefour
vulnerabilidade social na cidade. Com base em dados de políticas sociais de saúde, educação, trabalho, emprego e renda, esportes, cultura e segurança
Shopping Galleria
pública o mapa indica as áreas com maiores demandas de
serviços sociais.
Grupos
Socio econômico
Demográfica
IPVS 2010
Situação e tipos de setores por grupos
1
Muito alta
Família jovens, adultas e idosas
Baixíssima vulnerabilidade
Urbanos e rurais não especiais e subnormais
2
Média
Família adultas e idosas
Vulnerabilidade muito baixa
Urbanos e rurais não especiais e subnormais
3
Média
Famílias jovens
Vulnerabilidade baixa
Urbanos e rurais não especiais e subnormais
4
Baixa
Famílias adultas e idosas
Vulnerabilidade média
Urbanos e rurais não especiais e subnormais
5
Baixa
Famílias jovens em setores urbanos
Vulnerabilidade alta
Urbanos não especiais
6
Baixa
7
Baixa
Famílias jovens residentes Vulnerabilidade em aglomerados subnormais muito alta Famílias idosas adultas e jovens, em setores rurais
Vulnerabilidade alta
Parque Taquaral
Castelo
7 . ANÁLISE DA ÁREA
Em 2005 a partir de um mapeamento de Inclusão e Exclusão . social em Campinas elaborado pelo Instituto de Estudos
Shopping Iguatemi
Urbanos subnormais
Rurais
Estação ferroviária FEPASA
Bosque dos Jequitibás
FIGURA 117 – Levantamento de Vulnerabilidade Social Fonte: Elaborado pelo aluno Caue Martins. Dados Prefeitura Municipal de Campinas
71
OCUPAÇÕES IRREGULARES
Co
De acordo com levantamento realizado pela Prefeitura Municipal de Campinas em 2010 os moradores do Núcleo
7 . ANÁLISE DA ÁREA
Residencial Gênesis e Favela Moscou são os que
Área de implantação da Biblioteca Parque
apresentam maior índice de vulnerabilidade social (Grupo 4,
Hipermercado Carrefour
5 e 6). No geral nota-se a predominância de médios e baixos índices de vulnerabilidade na região. Com relação as ocupações irregulares é possível notar
Shopping Galleria
que a maioria localiza-se próxima ao leito ferroviário
desativado e ao curso do Ribeirão Anhumas, comprovando novamente a necessidade de requalificação dessas áreas. Parque Taquaral
Castelo Shopping Iguatemi
72
FIGURA 118 – Núcleo Gênesis, alto índice de vulnerabilidade Fonte: Arquivo pessoal da autora
Estação ferroviária FEPASA
Bosque dos Jequitibás
FIGURA 119– Ocupações irregulares e favelas Fonte: Elaborado pelo aluno Caue Martins. Dados Prefeitura Municipal de Campinas
RENDA POR DOMICÍLIO
Co
Conforme dados do Senso realizado pelo IBGE em 2010
Área de implantação da Biblioteca Parque
renda domiliciar de 8,1 a 44,3 salários mínimos podem ser
Hipermercado Carrefour
classificadas como famílias de classe média a alta. Novamente nota-se a partir da análise dos mapas que a população com menores rendas estão localizadas próximas aos
cursos
de
rios
em
ocupações
irregulares
Shopping Galleria
e
principalmente no setor dois no Núcleo Residencial Gênesis onde a renda por domicílio varia de 1,4 a 3,5 salários mínimos, por possuir condomínios de alto padrão no setor Parque Taquaral
dois também pode-se encontrar população com alta renda por domicílio.
. Castelo
7 . ANÁLISE DA ÁREA
na área de análise a maior parte da população concentra
Shopping Iguatemi
Estação ferroviária FEPASA
Bosque dos Jequitibás
FIGURA 120 – Mapeamento de renda por domicílio Fonte: Elaborado pelo aluno Caue Martins. Dados Prefeitura Municipal de Campinas
73
BIBLIOTECA PARQUE ESTADUAL, RIO DE JANEIRO Fonte: http://bsf.org.br/2014/04/04/biblioteca-publica-parque-estadual-rio-de-janeiro/
PLANO URBANO
8 . PLANO URBANO
PARTIDO
Co
Um grande parque linear na área do piscinão reconecta e
Os demais equipamentos públicos são propostos conforme a
restaura uma grande lacuna entre áreas verdes importantes
necessidade local da comunidade. A proposta de quadras
da cidade de Campinas: Parque Taquaral, Fazenda Santa
abertas e espaços públicos e semi-publicos possibilitam a
Elisa, Lago do Café, Mata Santa Genebra, Parque Ecológico
conexão na cidade, áreas de estar, de encontro e de fruição
Monsenhor Emílio José Salim, Pedreira do Chapadão, Bosque
do espaço livre, o que gera integração entre o homem e a
dos Jequitibás e Bosque São José, criando integração e
natureza.
conexão ao longo de seu eixo. O projeto macro proposto para a área de estudo do TFG se organiza a partir da ocupação e distribuição do programa por toda
a
área,
ligado
por
um
grande
eixo
verde.
A proposta de revitalização e reestruturação viária inicia-se pelo partido de criação de eixos verdes. Dessa maneira é possível ter uma leitura clara de toda a área a ser projetada, além de proporcionar aos usuários o passeio e a „experiência visual‟ pela cidade, pois permite a criação de vias de
circulação alternativas na escala do pedestre (ciclovias e passeios públicos). Os eixos verdes garantem ligações entre pontos chave da cidade, motivando a dinâmica urbana. .
FIGURA 121 – Área de intervenção (sem escala) Fonte: Elaborado pela autora, Dados Google Earth
Co
76
BIBLIOTECA PARQUE
MOBILIDADE URBANA
Co
Foi proposto a implantação de linhas de metrô de forma a garantir a melhoria da mobilidade urbana. A estruturação da linha de metro foi realizada com base nas necessidades atuais
8 . PLANO URBANO
existentes na cidade. Para isso foi realizado um levantamento identificando os bairros com maior densidade habitacional para que fossem estabelecidas as rotas do metrô. Através de uma linha eixo principal (linha azul) que corta a cidade no sentido centro, outras quatro linhas são conectadas
e fornecem transporte para bairros onde já existe demanda para este tipo de transporte.
FIGURA 123 - Sistema de metrô a ser implantado na cidade (sem escala) Fonte: Elaborado pela autora
FIGURA 122 - Mapa de densidades por UTB em Campinas (sem escala) Fonte: Prefeitura Municipal de Campinas
BIBLIOTECA PARQUE
Co
77
Área de implantação da Biblioteca Parque
78
FIGURA 124 - Esquemático com as estações de metrô propostas a partir das densidades habitacionais por bairro (sem escala) Fonte: Elaborado pela autora
PARQUES LINEARES E CICLOVIAS
Co
. O projeto propõe a criação de um parque linear que segue o percurso do Ribeirão Anhumas permitindo a melhoria da
8 . PLANO URBANO
qualidade ambiental e também integração da cidade com o Ribeirão. Ao longo de todo o percurso do parque linear ocorre a implantação de ciclovias. Os pontos de aluguel de biblicletas são posionados em pontos estratégicos com relação a pontos de interesse e integração de modais (metrô e ônibus). Na avenida Orozimbo Maia é proposto a criação de um Boulevard que inverte o sistema viário existente, traz a
circulação de pedestres e a ciclovia para perto do rio e desloca o leito carroçável (Figura 125). A transposição do ribeirão junto ao parque é estabelecida com a utilização de passarelas para pedestres em alguns pontos (Figura 126). Para a área do córrego atualmente poluída e sem área de
APP na maioria do percurso, a proposta tem como referência a intervenção realizada no Córrego Cheonggyecheon, na Coréia do Sul (Figura 128). FIGURA 125 - Ilustração demostrando proposta para avenida Orozimbo
. Maia com a criação de um Boulevard. Fonte: Elaborado pela aluna Marina Leme , UNIP, 2016
FIGURA 126 - Ilustração demostrando a proposta de pontes para a transposição do córrego Fonte: Elaborado pela aluna Marina Leme, UNIP, 2016
Co BIBLIOTECA PARQUE
79
PARQUES LINEARES E CICLOVIAS
Co Projetos de requalificação em córregos urbanos como o proposto para o México (Figura 127) e o executado na Córeia do Sul (Figura 128) foram utilizados como referência, eles
8 . PLANO URBANO
reconectam as cidades com seus rios, promovem a recuperação do centro da cidade, devolvendo aos moradores a possibilidade de usufruir das áreas verdes e de um novo espaço de lazer. São soluções a serem utilizadas em casos como o de Campinas, onde grande parte do córrego não possui mais sua área de proteção APP. Para as vias onde não é possível implantar ciclovias devido a largura do leito carroçável ou a impossibilidade de demolições foi proposto um sistema de FIGURA 127 - Projeto de Parque Linear na cidade do México Fonte: arcoweb.com.br/noticias/arquitetura/cidade-mexico-ganhara-parque-linearfernando-romero
FIGURA 128 - Projeto Linear Córrego Cheonggyecheon, na Coréia do Sul Fonte: http://portalarquitetonico.com.br/uma-impressionante-renovacao-urbana-emseul/
80
BIBLIOTECA PARQUE
ciclofaixas diminuindo o espaço para veículos e criando faixas para as bicicletas (Figura 129).
FIGURA 129 - Proposta para ciclofaixa em vias em que não há a possibilidade de criação de cliclovias Fonte: altaplanning.com/services/design-and-engineering/bicycle-boulevard-design/
Co
.
Área de implantação da Biblioteca Parque
PARQUES LINEARES E EIXOS VERDES
Área de intervenção Parque linear Pontos de aluguel de bicicletas
FIGURA 130 - Proposta de parques lineares e eixos verdes (sem escala) Fonte: elaborado pela autora
81
EQUIPAMENTOS PÚBLICOS
Co
As propostas para novos usos foram alocadas de acordo com as necessidades constatadas em cada região. Novos
8 . PLANO URBANO
equipamentos também foram propostos ao longo do parque
linear que margeia o Ribeirão Anhumas de forma a manter o local sempre ativo. Como forma de manter a privacidade dos moradores residenciais a proposta para alternativa para os loteamentos fechados
são
quadras
com
miolo
residencial
com
características mais privativas e a parte externa da quadra com uso diversificado. O partido utilizado em Paraisópolis de identificação de lotes vazios ou sub utilizados para criação de novos espaços para a população é referência no projeto.
FIGURA 132 – Proposta modelo de substituição para loteamento fechados Figura 131 - Hector Vigliecca Paraisópolis Fonte: http://www.vigliecca.com.br/pt-BR/projects/paraisopolis
82
BIBLIOTECA PARQUE
Fonte: Elaborado pela aluna Marina Leme, UNIP, 2016
Co
N
1 2 3
4
5 6 7 8 9
16
10 11 12
22 27
13 14 15 16 17 18 19 20
21
21 22
20 19
23 24 25
3
26
15 16 19 18
3
27 28
DE CONTROLE DE CHEIAS
29 30 31 32 33 34 35
us om ist
o
36 37
3
38
2 3
39
1
40
5
3
11
4
8 4
6
BIBLIOTECA DA UNIVERSIDADE DE DALARNA, SUÉCIA Fonte: http://casavogue.globo.com/Arquitetura/
PLANO URBANO LOCAL
PARTIDO
Co
9 . PLANO URBANO LOCAL
O plano de intervenção local proposto visa atender as necessidades da população
residente nos bairros Jardim
Nilópolis e Núcleo Residencial Gênesis.
De toda a área de intervenção este setor é o que apresenta maior índice de vulnerabilidade social, possui áreas de ocupações irregulares
em
áreas de APP e famílias
residindo em submoradias, além de sofrer com a falta de equipamentos públicos de qualidade.
O plano de intervenção local propõe medidas de âmbito local que possam melhorar a qualidade de vida dos habitantes, visando a desmarginalização da área e promoção FIGURA 133– Imagem aérea da área de intervenção
social.
Fonte: Elaborado pela autora. Dados Google Earth.
Assim como o plano macro, o partido trata da conexão de áreas a partir de eixos verdes. É proposto um parque linear que segue o curso do Ribeirão Anhumas, com o objetivo devolver o contato com a água para a população tornando o curso do ribeirão parte integrante da cidade e não uma barreira física como acontece atualmente, impedindo que ocorram novas ocupações irregulares na APP. Em todo trajeto do parque linear são propostas ciclovias que permitem o passeio na área, e estão conectadas com sistemas de ciclofaixas que fazem conexão com os outros modais.
FIGURA 134 – Ocupação em área de APP na Rua Herculano Graciole, Residencial Gênesis Fonte: Arquivo pessoal da autora
Co
85
BIBLIOTECA PARQUE
FIGURA 135 – Ocupação de submoradias, Núcleo residencial Gênesis Fonte: Arquivo pessoal da autora
ÁNALISE DA ÁREA
Co
.
ações para a recuperação de APP‟s degradadas. Por estarem parcialmente
Ribeirão Anhumas
ocupadas foi analisado as áreas em que
ainda
seria
possível
o
remanejamento de famílias de forma a tentar reverter o dano causado ao ambiente. Cei Recanto da Alegria
LEGENDA APP PARCIALMENTE OCUPADA E DEGRADADA
9 . PLANO URBANO LOCAL
A proposta de intervenção prevê
EDIFICAÇÕES EM ÁREA DE APP A SEREM RETIRADAS EDIFICAÇÕES EM ÁREA DE APP A SEREM MANTIDAS QUADRAS FORA DE ÁREAS DE APP
FIGURA 136 – Áreas de App e retirada de famílias (Sem escala) Fonte: Elaborado pela aluna Elise Pio
BIBLIOTECA PARQUE
Co
86
ÁNALISE DA ÁREA .
Co
Na Rodovia Eng. Miguel Noel Nascentes Burnier é proposto uma
9 . PLANO URBANO LOCAL
estação do metrô, a estação intermodal Jardim Nilópolis,
que
realizará a conexão entre o metrô e ônibus. Além disso o projeto propõe melhorias do sistema viário com a abertura de novas vias
que tornam o bairro mais permeável. A existência de uma grande área não ainda loteada é uma das principais problemáticas do setor de intervenção, a partir de sua fragmentação, foi possível a criação de novos usos para área e implementação de equipamentos públicos que possam atender as necessidades da população residente como : Uma UBS que atenda a demanda da área já que a mais próxima localiza-se no bairro São Quirino Novas unidades habitacionais entre lotes residenciais e dois conjuntos de habitação de interesse social para realocação das famílias
removidas
de
ocupações
irregulares
em
APP
e
Biblioteca Parque
submoradias. Requalificação do Ginásio de Esportes Nabi Abi Chedid Reconstrução da escola de educação infantil Recanto da Alegria em conjunto com uma nova escola de educação fundamental Construção de uma biblioteca parque Centro de bem estar para criança e adolescente Novas praças e áreas de lazer que propõem atividades para a população e permitem a preservação de áreas remanescentes de preservação ambiental.
87
BIBLIOTECA PARQUE
Co
FIGURA 137 - Novo sistema de circulação Fonte: Elaborado pela autora
ANÁLISE DA ÁREA
Co
predominantes atualmente, e algumas áreas ainda não possuem zoneamento definido (SZD) caracterizado por
aglomerados subnormais. Uma das propostas do projeto é a regularização destas quadras
que
já
possuem
famílias
com
residências
consolidadas. A Zona 18 é a área de proteção ambiental decorrente do Ribeirão Anhumas, a Zona 03 regulariza
principalmente habitações uni e multifamiliares horizontais ou verticais e serviços profissionais domiciliares, a Zona 1 abrange habitações, serviços locais, domiciliares
e de FIGURA 138 - Zoneamento atual
educação informal, a Zona 11 possui a legislação mais abrangente
permitindo
uso
comercial,
Fonte: SEPLAMA Campinas
intitucional,
habitacional, uso misto, serviços, saúde, esporte, hotelaria e lazer. O projeto de intervenção tem como principal referência os projetos de requalificação urbana propostos em cidades da
9 . PLANO URBANO LOCAL
A área de intervenção possui cinco tipos de zoneamento
Colômbia (Figura 140) em regiões que apresentavam
grande índice de fragilidade social e violência.
FIGURA 139 - Biblioteca Parque España Fonte:http://www.plataformaarquitectura.cl/cl/02-6075/biblioteca-parque-espana-giancarlo-mazzanti
Co BIBLIOTECA PARQUE
88
PLANO URBANO LOCAL – PROJETO
Co
O plano urbano local visa melhorar a qualidade de vida na área de
9 . PLANO URBANO LOCAL
intervenção, criando novas habitações que atualmente são o principal déficit do bairro já que muitas residências encontram-se em áreas de preservação ou ocupações irregulares. A proposta propõe a regularização da situação dessas famílias preservando as APPs de forma a integra-las a comunidade. São criados também novos equipamentos públicos para atender a demanda dos moradores com qualidade.
FIGURA 141 – Perspectiva da área após a intervenção, habitação de interesse social Fonte: Elaborado pelas alunas Mayara Gomes e Amanda Armbrust
HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL PARQUE CRIADO PARA PRESERVAÇÃO DE APP
FIGURA 140 – Perspectiva da área após a intervenção, quadra com App remanescente preservada Fonte: Elaborado pelas alunas Mayara Gomes e Amanda Armbrust
FIGURA 142 – Perspectiva da área após a intervenção, parque linear proposto seguindo o curso do Ribeirão Anhumas Fonte: Elaborado pelas alunas Mayara Gomes e Amanda Armbrust
89
UBS
BIBLIOTECA PARQUE
Co
FIGURA 143 – Perspectiva da área após a intervenção, habitação de interesse social, UBS e parque criado para proteção de APP Fonte: Elaborado pelas alunas Mayara Gomes e Amanda Armbrust
ETE ANHUMAS
NOVO ACESSO RODOVIA - BAIRRO
SP -34
0
4
5 CAMINHOS NA APP COM PEDRISCO
6 3
13
9 10
11
COM ISCO
PEDR
2
12 RESIDENCIAL JARDIM SANTANA
1
BIBLIOTECA PARQUE ESPAÑA, COLÔMBIA Fonte: http://en.medellinconventionbureau.com/galerias/parque-biblioteca-espana/
O TERRENO
LOCALIZAÇÃO
Co
A área proposta para a implantação do projeto está localizada entre os bairros Jd. Nilópolis e Jd. Santana no Núcleo Redidencial Gênesis, próximo a Rodovia Dom Pedro (Figura 144 e 145).
10 . O TERRENO
Localizado em uma área periférica a construção de uma biblioteca parque na localidade visa a promoção social da população residente através da cultura. O equipamento localiza-se próximo ao sistema de parque linear proposto. Com relação a mobilidade para atender a região e receber
também os usuários de outras localidades uma linha de metro (amarela) possui parada no Jardim Nilopólis.
FIGURA 145 – Localização do Terreno em Campinas Fonte: Elaborado pela autora
ÁREA: 12985 M²
FIGURA 144– Localização do Terreno em Campinas, Google Earth Fonte: Elaborado pela autora
92
BIBLIOTECA PARQUE
Co
FIGURA 146– Imagem aérea terreno Fonte: Elaborado pela autora
LEGISLAÇÃO Co
A área de intervenção está inserida dentro da Macrozona 4,
A área de intervenção pertence a Zona 03, zoneamento
caracterizada como sendo a região mais adensada do
voltado para habitações e comércios domiciliares, para
município abrangendo toda a área central e seus bairros
execução do projeto propõe-se a alteração do zoneamento
envoltórios , possui grande oferta de serviços, infra estrutura
de Zona 03 para Zona 11 onde é permitido uma variedade
urbana, equipamentos públicos e ocupações do município e
maior de usos do solo com usos institucionais, comerciais,
é cortada pelas principais vias de acesso.
habitacionais e de serviços.
Por abranger uma área muito extensa a Macrozona 4 possui características diversas nos bairros abrangidos por ela já que se sobrepõe sobre quase toda a área urbana da cidade.
Área de projeto
Área de projeto
FIGURA 148 – Zonemaneto incidente
LEGENDA
FIGURA 147 – Macrozonas de Campinas (Sem escala) Fonte: Elaborado pela autora. Dados Prefeitura Municipal de Campinas
BIBLIOTECA PARQUE
Co
10 . O TERRENO
MACROZONA
Zona 01
Zona 03
Zona 11
Zona 18
Fonte: Seplama Campinas
SZD
93
TOPOGRAFIA
MACRO CLIMA Co
O terreno possui uma área de 12985 m² com declive de
para estão voltadas para a Rua Projetada 2 e para a Rua
10 . O TERRENO
aproximadamente 15 metros.
94
De acordo com a insolação incidente as melhores fachadas
A cota mais alta (637) está localizada na Rua Joaquim
Francisca Arruda Camargo, as fachadas voltadas para a Rua
Gomes Ferreira a partir da qual o terreno começa cair até
Projetada 1 e a Rua Joaquim Gomes Ferreira recebem maior
chegar na cota mais baixa (623) nível da nova rua projetada.
insolação e por isso deverão apresentar sistemas de controle
Devido a alta declividade do terreno as soluções propostas visam
equilibrar
a
topografia
do
terreno
solar e conforto térmico. O ventos predominantes localizam-se na direção Sudeste.
garantindo
acessibilidade dos pedestres. . Rua Joaquim Gomes Ferreira
Rua Projetada
FIGURA 149 – Maquete Topográfica (Sem Escala)
FIGURA 150– Insolação e Ventos Predominates
Fonte: Elaborado pela autora
Fonte: Arquivo pessoal da autora
Co BIBLIOTECA PARQUE
Co
Atualmente no terreno está instalada a Cei Recanto Da Alegria.
Durante o tempo que estagiei na Prefeitura Municipal de
A proposta é que a escola que atualmente encontra-se em
Campinas na Coordenadoria de Educação Escolar tive a
péssimas condições seja reconstruída na quadra posterior a que
oportunidade de visitar a Cei Recanto da Alegria algumas vezes. A
se encontra hoje, acrescentando a sua estrutura também uma
atual instalação da escola não é adequada para atendimento das
escola de educação fundamental, já que o bairro não possui
crianças podendo até mesmo ser considerada insalubre para a
nenhuma unidade deste tipo próxima que atenda a região.
atividade que exerce. São atendidas 100 crianças nessa unidade
.
conforme informação da Secretaria de Educação Escolar de Campinas.
FIGURA 151 – Foto interna da Cei Recanto da Alegria Fonte: Arquivo pessoal da autora
FIGURA 152 – Refeitório da unidade Fonte: Arquivo pessoal da autora
BIBLIOTECA PARQUE
FIGURA 153 – Cozinha
FIGURA 154 – Forro de PVC
Fonte: Arquivo pessoal da autora
Fonte: Arquivo pessoal da autora
Co
10 . O TERRENO
LOCAL DE INTERVENÇÃO
FIGURA 155– Lavanderia Fonte: Arquivo pessoal da autora
95
LOCAL DE INTERVENÇÃO
Co
O prédio da escola não possui iluminação, ventilação e instalações adequadas para funcionários e alunos. Além disso a escola não possui laje, o forro é de pvc o que favorece o aquecimento no interior das salas e conforme relatado por
10 . O TERRENO
funcionários da unidade serve de abrigo para pombos o que
pode fornecer contaminação e transmissão de doenças. Outro ponto negativo é que até o momento a unidade escolar não possui nenhum sistema que garanta acessibilidade para portadores de necessidades especiais. Remanejamento e reconstruções de unidades escolares não
são incomuns, podendo ocorrer quando há necessidade. Por se tratar de um grande projeto de requalificação urbana a
FIGURA 156 – Escola padrão modelo Nave Mãe Fonte: http://www.portalcbncampinas.com.br/?p=40674
antiga unidade da Cei Recanto da Alegria abrigará os alunos até o término das obras da nova unidade, e a construção da biblioteca parque se iniciará após a demolição da antiga escola. Segundo o engenheiro civil Flávio Suzuki da Coordenadoria de Arquitetura Escolar da Prefeitura Municipal de Campinas a construção de uma nova unidade utilizando o sistema construtivo pré fabricado do modelo padrão na cidade, as Naves Mães (Figuras 157 e 158), costuma levar de 6 a 8 meses para término da obra.
96
Co BIBLIOTECA PARQUE
FIGURA 157 – Construção de uma Nave Mãe, sistema construtivo pré fabricado Fonte:http://vereadorcanario.com.br/?p=916
LOCAL DE INTERVENÇÃO Devido as condições gerais da escola e a necessidade de
A proposta é que a biblioteca sirva de elemento estruturador
implantação de uma unidade de educação fundamental
cultural para a nova dinâmica proposta para o bairro, sendo ela
propõe-se então a realocação da Cei Recanto da Alegria no
um corredor a ligar o projeto de habitação de interesse social
mesmo bairro onde já encontra-se implantada, para que
que realoca as famílias em áreas de preservação e conecta a
ocorra a melhoria da unidade e ampliação do quadro de
escola e o centro de apoio a criança e adolescente formando
vagas.
um eixo de equipamentos públicos para atender principalmente
.
a população jovem fornecendo a ela cultura, lazer e educação. .
CENTRO DE ATENÇÃO A CRIANÇA E ADOLESCENTE
NOVA ESCOLA
BIBLIOTECA PARQUE
UBS
10 . O TERRENO
Co
PARQUE HABITAÇÕES LINEAR
FIGURA 158– A biblioteca como agente integrador Fonte: Elaborado pela autora
Co BIBLIOTECA PARQUE
97
LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO
Co
Localizado em uma cota mais alta do terreno pode-se ter uma vista de todo o bairro. As Rua Joaquim Ferreira Gomes e a Rua Francisca Arruda
10 . O TERRENO
Camargo possuem pouco tráfego de veículos e pedestres durante todo o dia.
1
3
FIGURA 159 Vista 1 Fonte: Arquivo pessoal da autora
FIGURA 161– Vista 3 Fonte: Arquivo pessoal da autora
4
2 FIGURA 160– Vista 2 Fonte: Arquivo pessoal da autora
98
BIBLIOTECA PARQUE
Co
FIGURA 162– Vista 4 Fonte: Arquivo pessoal da autora
Co
10 . O TERRENO
LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO
2 FIGURA 163– Vista 2 Fonte: Arquivo pessoal da autora
1 FIGURA 164– Vista 1 Fonte: Arquivo pessoal da autora
3
Co BIBLIOTECA PARQUE
FIGURA 165 – Vista 3 Fonte: Arquivo pessoal da autora
99
BIBLIOTECA PARQUE GÊNESIS Fonte: Elaborado pela autora
O PROJETO
PARTIDO ARQUITETÔNICO
Co
O partido arquitetônico adotado na concepção do projeto trata de conexões.
A fragmentação da quadra a partir de um eixo de conexão central deu origem a uma proposta formada por dois edifícios separados
A proposta é adotar um conceito de quadra aberta onde uma
praça seca central faz a conexão entre as extremidades do
que se conectam em nível (629) através da praça seca e por duas
passarela s de pedestres suspensas.
11 . O PROJETO
terreno tornando o projeto da biblioteca parque um agente de
102
conexão entre os novos equipamentos do bairro, a idéia principal é que as pessoas principalmente a população mais jovem diariamente passe pelo projeto seja para ir para a escola ou para
o centro de atenção ao jovem e ao adolescente localizados nas quadras posteriores ou no percurso de volta para suas casas.
FIGURA 166– Relações de conexão entre o projeto e o entorno (Sem escala)
FIGURA 167– Eixos de Conexão no projeto (Sem escala)
Fonte: Elaborado pela autora
Fonte: Elaborado pela autora
Co BIBLIOTECA PARQUE
Co
FIGURA 169 – Croqui proposta inicial Fonte: Elaborado pela autora
FIGURA 168 – Sistemas de conexão croqui inicial Fonte: Elaborado pela autora
11 . O PROJETO
CROQUIS INICIAIS DO PROJETO
FIGURA 170 – Croqui proposta inicial Fonte: Elaborado pela autora
BIBLIOTECA PARQUE
Co
103
11 . O PROJETO
PROGRAMA O Programa está distribuido entre os dois edifícios que
O projeto da biblioteca prevê além do acervo ambientes de
compõe a biblioteca parque e estão conectados através de
leitura e espaços multimídia, o programa estabelecido visa
duas passarelas, separa-se por áreas comuns edifício 1
atender a todos os tipos de público porém possui ênfase principal
(Tabela 1), áreas comuns edifício 2 (Tabela 2), setor
nos jovens e no público não leitor, o acervo inclusivo está
administrativo (Tabela 3) e serviços (Tabela 4).
distribuido por setor não ocorrendo segregação entre o público. ÁREAS COMUNS EDIFÍCIO 1
AMBIENTE
ÁREA
OBSERVAÇÕES
Guarda Volumes
40 m²
Hall de Entrada
140 m²
Recepção
44 m²
Arquibancada de leitura
120 m²
Arquibancada de leitura formada a partir do desnível
Espaço de leitura
235 m²
Local destinado a leitura de atualidades, jornais e revistas
Espaço do ócio
235 m²
Espaço para descanço com cadeiras confortáveis, revistas e publicações
Sanitários
50 m²
Conjunto de sanitários masculino, feminino e P.N.E separados por sexo 1 por pavimento
Auditório
275 m²
Auditório com capacidade para 200 pessoas
Cabine técnica
Ambiente para armazenamento de objetos pessoas
17,00 m²
Controle de som, audio e vídeo em apresentações
Foyer
325 m²
Ambiente de estar e espera para os eventos do auditório
Espaço para exposições
345 m²
Ambiente livre destinado a receber exposições
Chapelaria
58 m²
Mediateca
550 m²
Sala de vídeo e som
55,8 m²
TABELA 1
104
Co
BIBLIOTECA PARQUE
Ambiente com acervo digital
Co
PROGRAMA
Co
Recepção e Entrada
130 m²
Guarda Volumes
40 m²
Ambiente para armazenamento de objetos pessoas
Sanitários
50 m²
Conjunto de sanitários masculino, feminino e P.N.E separados por sexo 1 por pavimento
Espaço para contos infantis
55 m²
Espaço lúdico para contos infantis
Acervo infantil e infanto juvenil
650 m²
Ambiente para vídeo games
115 m²
Área multimídia infantil
70 m²
Mesas de leitura de gibis
45 m²
Mesas interativas para leitura digital de gibis
Salas multiuso
184 m²
Três salas destinadas a diversos usos. Duas com 70,00 m² e uma menor com 44,00 m²
Salas de WorkShop
84 m²
Duas salas.Ambiente com mesas para diversas atividades
Laboratório de informática
70 m²
Acervo geral
1050 m²
Aquários de Estudos
120 m²
Ambiente aberto onde serão instaladas poltronas e equipamentos de vídeo game
Acervo e espaços de leitura Três saletas com paredes de vidro, mesas e cadeiras para estudos em grupo ou individuais
11 . O PROJETO
ÁREAS COMUNS EDIFÍCIO 2
Localizada na cota 624 está sala sem uso pré definido pode abrigar diversas atividades como dança, artes, leituras e saraus Sala para atividades diversas
220 m² Espaço coberto onde podem ser propostas pela instituição atividades externas
Espaço coberto para atividades externas
450 m²
Terraço
160 m²
Ambiente ao ar livre para convívio e estar
Café
150 m²
Localizado na cobertura. Inclui balcão de atendimento, cozinha, sanitários e mesas internas e externas
TABELA 2
Co BIBLIOTECA PARQUE
105
PROGRAMA
Co
11 . O PROJETO
SETOR ADMINISTRATIVO Catalogação de artes
38 m²
Destinado a catalogação de obras antes de sua liberação para o acervo
Coordenação
38 m²
Uso restrito a funcionários
Secretaria
50 m²
Uso restrito a funcionários
Administração
50 m²
Uso restrito a funcionários
Direção
38 m²
Uso restrito a funcionários
Reunião
36,2 m²
Uso restrito a funcionários
Sanitário de funcionários
9,85 m²
Pequeno sanitário de uso restrito a funcionários
Catalogação de livros
12,85m²
Destinado a catalogação de obras antes de sua liberação para o acervo
TABELA 3 SETOR DE SERVIÇOS Casa de máquinas
10,95 m²
Sala de controle de infraestrutura do edifício
Depósito
10,95 m²
Depósito de materiais no geral
Doca Depósito de lixo
45 m²
Carga e descarga de mercadorias
10,95 m²
Portaria
23 m²
Controle de acesso ao estacionamento inclui sanitário para o funcionário
Vistiário de Funcionários
30 m²
Separados por masculino e feminino
Copa de funcionários
48 m²
Estacionamento
1050 m²
Estacionamento para funcionários com 32 vagas
TABELA 4
106
Co BIBLIOTECA PARQUE
FLUXOGRAMA
A circulação dentro da biblioteca visa proporcionar acessos em
No primeiro (cota 635) e segundo (cota 639,6) pavimentos
ambas as ruas que delimitam o projeto, já que o terreno possui
passarelas suspensas conectam os dois edifícios, a circulação no
um desnível considerável, a conexão entre os 2 edifícios
interior de cada um deles é realizada através de escadas e
propostos é feita através de uma praça de transposição de
elevadores que conectam todos os pavimentos.
quadra que nivela os acessos principais no térreo (cota 629).
ENTRADA RUA JOAQUIM GOMES FERREIRA
GUARDA VOLUMES
PRIMEIRO PAVIMENTO
HAL DE ENTRADA
FOYER SEGUNDO PAVIMENTO
CIRCULAÇÃO VERTICAL
CIRCULAÇÃO VERTICAL ENTRADA AUDITÓRIO
RECEPÇÃO
SANITÁRIOS
MEDIATECA ESPAÇO DE EXPOSIÇÕES
LEITURA ATUALIDADES
PRAÇA
11 . O PROJETO
Co
SALA DE VÍDEO E SOM ESPAÇO DO ÓCIO
SANITÁRIOS SANITÁRIOS CHAPELARIA
ARQUIBANCADA DE LEITURA
PASSARELA CONEXÃO COM EDIFÍCIO 2
EDIFÍCIO 1
BIBLIOTECA PARQUE
SAÍDA DE EMERGÊNCIA
Co
ENTRADA AUDITÓRIO PARA PALESTRANTES E EQUIPE TEC.
107
FLUXOGRAMA
Co ENTRADA E RECEPÇÃO
PRAÇA
PRIMEIRO PAVIMENTO
GUARDA VOLUMES
ESPAÇO PARA ATIVIDADES EXTERNAS
SEGUNDO PAVIMENTO
SANITÁRIOS
SANITÁRIOS
11 . O PROJETO
CAFÉ SANITÁRIOS
CATALOGAÇÃO CIRCULAÇÃO VERTICAL
ACERVO INFALTIL E INFANTO JUVENIL
CIRCULAÇÃO VERTICAL COORDENAÇÃO
CATALOGAÇÃO DE VOLUMES
SECRETARIA
AQUÁRIOS DE ESTUDOS
SUBSOLO MULTIMÍDIA INFALTIL E INFANTO JUVENIL SALA PARA ATIVIDADES DIVERSAS
COPA DE FUNCIONÁRIOS
ESTACIONAMENTO
PORTARIA MESAS DE LEITURA INTERATIVA DE GIBIS
AMBIENTE DE VÍDEO GAMES COPA DE FUNCIONÁRIOS
DEPÓSITO
DEPÓSITO DE LIXO
ACERVO GERAL
ADMINISTRAÇÃO
DIREÇÃO
PASSARELA CONEXÃO COM EDIFÍCIO 1
SALA DE REUNIÕES
DOCA COPA DE FUNCIONÁRIOS
SANITÁRIO DE FUNCIONÁRIOS
VESTIÁRIO DE FUNCIONÁRIOS SALA DE MÁQUINAS
EDIFÍCIO 2
108
BIBLIOTECA PARQUE
SALAS WORK SHOP
Co
LABORATÓRIO
SALAS DE USO MULTIPLO
SISTEMAS ESTRUTURAIS
Co
O concreto armado foi adotado como sistema estrutural para a construção da biblioteca, unindo laje nervurada (Figura 171) , pilares (Figura 172) e vedação externa (Figura 173). A utilização da laje nervurada permite vencer grandes vãos,
dispensa o uso de vigas. Racional, esse sistema proporciona economia na construção pois utiliza menos concreto e aço em relação as lajes maciças convencionais. Segundo Nappi (1993, p.20) as lajes nervuradas têm como principais vantagens: FIGURA 171 – Sistema de laje nervurada
Simplicidade na execução Possibilidade de obtenção de teto plano, facilitando a limpeza,
Fonte:http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arq uitextos/04.044/622
FIGURA 172 – Execução de pilar de concreto armado Fonte:http://www.portaldosequipamentos.com.br
melhorando a ventilação e não limitando previamente os espaços; Maior rigidez ao conjunto da estrutura;
11 . O PROJETO
além de se tratar de uma estrutura com ótima estética e que
Viabilidade para vencer maiores vãos e suportar maiores cargas; Maior flexibilidade no posicionamento das paredes; Possibilidade de haver descontinuidade de sua superfície. Para a fundação o sistema utilizado para suportar o peso do
FIGURA 173 – Vedação em concreto Fonte: http://globalwood.com.br/texturas-do-concreto-aparente/
edifício é a estaca de concreto pré moldado.
Co BIBLIOTECA PARQUE
109
SISTEMAS ESTRUTURAIS
Co
O projeto propõe dos edifícios separados ligados por passarelas suspensas, com modulações diferentes os edifícios possuem vãos de 15 e 10 metros.
Para determinar a altura da laje foi utilizado o gráfico de
50.0
11.O PROJETO
dimensionamento de lajes nervuradas do livro Bases para Projeto Estrutural na Arquitetura, do autor Yopanan C. P. Rebello, p. 171 (Figura 174). A altura da laje foi determinada a partir do valor do maior vão
que é de 15 metros, assim conforme o gráfico foi adotada a altura de laje de h = 60 cm.
h mínima
h adotada
FIGURA 174 – Gráfico para o dimensionamento de laje nervurada Fonte: Livro Bases para projeto estrutural. Autor Yopanan C.P.Rebello. Editora Zigurate.4ª edição.
FIGURA 175 – Infográfico modulação adotada Fonte: Elaborado pela autora
110
Co BIBLIOTECA PARQUE
MATERIAIS
Co Os elementos inseridos na fachada frontal reforçam o partido
racionalidade e funcionalidade, mas também é um elemento
do projeto, conexões.
expressivo do edifício.
A estrutura metálica delimita o ambiente e faz parte da
Optou-se então por não aplicar acabamentos nas fachadas
estética do projeto, além de funcionar como suporte para as
deixando o concreto aparente. Esse material apresenta
aberturas. As principais referências para utilização desse tipo
vantagens como: resistência, durabilidade e economia além
de estrutura foram a biblioteca Ana Maria Matute na Espanha
de fornecer beleza às fachadas.
e o Museu da Memória e Direitos Humanos no Chile (Figura 177). Nas fachadas Norte e Leste sob as aberturas do setor de funcionários foi instalado um painel metálico com trama de
muxarabis para proteger e dar privacidade aos ambientes.
FIGURA 176 – Edificação com concreto aparente Fonte: http://globalwood.com.br/texturas-do-concreto-aparente/
FIGURA 177 – Detalhe estrutura metálica Museu da Memória e dos Direitos Humanos, Chile
11 . O PROJETO
No projeto a estrutura exposta denota valores como
FIGURA 178 – Detalhe painél de muxarabis Fonte: Elaborado pela autora
Fonte: http://eye4design.com.br/museu-da-memoria-e-direitos-humanos-nochile/
Co
BIBLIOTECA PARQUE
111
11 . O PROJETO
MATERIAIS Na fachada Sul (Rua Francisca Arruda Camargo) optou-se
Os vãos do mezanino de ambos os edifícios foram marcados
por caixilhos de pele de vidro, pois proporciona resistência
com vidro para iluminação zenital, proporcionando a entrada
estrutural, iluminação natural além de beleza ao edifício.
de luz natural ao ambiente. Além de economizar energia, o
As vantagens são:
elemento faz parte da estética do edifício.
Auxilia na redução de raios ultravioletas. Tem como finalidade propagar a luz natural nos ambientes e ao mesmo tempo proteger contra ações adversas do tempo.
O vidro além de proporcionar beleza ao conjunto permite que ocorra a relação dos usuários da biblioteca com o bairro podendo ter uma integração com o seu entorno.
FIGURA 179– Painéis de vidro na fachada da biblioetca Ana Maria Matute na Espanha Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/
112
Co
BIBLIOTECA PARQUE
Co
FIGURA 180 – Iluminação zenital Pinacoteca do Estado de São Paulo Fonte: Arquivo pessoal da autora
Co
O terreno está localizado próximo ao Ribeirão Anhumas e
Um telhado verde foi aplicado na cobertura de um dos
outras áreas de preservação permanentes (APP), por esse
edifícios. As principais vantagens desse sistema são: melhora
motivo para melhor drenagem, escoamento das águas pluviais
no conforto térmico e acústico, maior retenção de águas
e preservação do meio ambiente optou-se pela utilização de
pluviais, redução do consumo de energia no interior do edifício
pisos do tipo drenante.
e aumento da biodiversisdade.
Pisos drenantes são placas de base cimentícia nas quais
O principal fator para a escolha foi seu desempenho na
parte da água da chuva retorna às camadas subterrâneas da
redução da temperatura interna do edifício, e também como
terra, dando continuidade ao ciclo natural da água, reduzindo
forma de embelezamento já que o edifício à direita possui
riscos de alagamentos. Além disso os pisos drenantes são
cobertura com acesso ao público, desta maneira os usuários
atérmicos, a superfície deles não esquenta demais em áreas
da biblioteca poderão visualizar o telhado jardim tendo uma
externas onde há maior incidência solar.
vista mais agradável do local.
FIGURA 181 – Projeto de área externa com uso de piso drenante Fonte: http://fotos.noticias.bol.uol.com.br/entretenimento/2012/06/18/veja-as-areas-verdes-eajardinadas-da-26-casa-cor-sp.htm?abrefoto=10
BIBLIOTECA PARQUE
11 . O PROJETO
MATERIAIS
FIGURA 182 – Camadas telhado verde
Co
Fonte: http://sociedadeverde.org/br/telhado-verde/
113
BIBLIOTECA PARQUE GÊNESIS Fonte: Elaborado pela autora
PLANTAS
12.1 IMPLANTAÇÃO
IMPLANTAÇÃO
Co
Localizado em uma cota mais alta em relação ao bairro o edifício
A entrada de veículos e carga e descarga foi alocada na Rua
foi implantado visando que seus usuários pudessem ter uma vista
Projetada 1 em um ponto onde a caída do terreno é maior, neste
do bairro criando uma relação entre a biblioteca e a população,
mesmo nível estão as dependências de funcionários. Na Rua
por esse motivo a fachada e os acessos principais estão voltados
Joaquim Gomes Gomes está localizada a entrada para o auditório
para a Rua Francisca Arruda Camargo.
e com acesso pela Rua Projetada 2 foi proposta uma sala para
A relação com a topografia foi um dos fatores determinantes
realização de atividades diversas.
escolha dos demais acessos, com um desnível considerável da Rua Joaquim Gomes em direção a Rua Projetada 2 foram criados
acessos em ambos os níveis garantindo assim permeabilidade ao ENTRADA DE VEÍCULOS CARGA E DESCARGA ENTRADA DE FUNCIONÁRIOS
terreno.
SAÍDA DE EMERGÊNCIA AUDITÓRIO SALA DE ATIVIDADES ACESSO PRINCIPAL DE VISITANTES ENTRADA AUDITÓRIO
FIGURA 183 – Implantação e acessos
116
Co BIBLIOTECA PARQUE
Fonte: Elaborado pela autora
i = 2,2 %
25.10
25.70
i = 2,4
%
Ramp a i=5%
63 5
118
Figura 184. Perspectiva acervo infantojuvenil Fonte: Elaborado pela autora
Figura 185. Perspectiva a partir da praรงa central Fonte: Elaborado pela autora
119
12.2 PAV. SUBSOLO – COTA 624
Co O pavimento subsolo, cota 624 (Figura 183) conta com área
Com um terreno com grande desnível o objetivo foi garantir a
para estacionamento e doca para carga e descarga, com acesso
permeabilidade ao projeto e acessos nos níveis das ruas, sendo
pela rua Projetada 1 o estacionamento destinado a funcionários
assim com acesso pela Rua Projetada 2 foi alocada uma grande
possui 32 vagas.
sala para atividades diversas como: leitura, dança, saraus,
A circulação ocorre através de escada e dois elevadores que dão
brincadeiras e música a serem propostos pela instituição.
acesso aos demais pavimentos Neste pavimento também está a área de funcionários com: portaria, depósito, depósito de lixo, sala de máquinas, copa,
vestiários e sala de estar para funcionários.
LEGENDA Estacionamento ACESSO DE FUNCIONÁRIOS
Área de funcionários
ACESSO DE VEÍCULOS
Sala de atividades Doca (carga e descarga) Circulação vertical Acesso Público Acesso Privado ACESSO DE VISITANTES
FIGURA 186 – Setorização pavimento subsolo (Sem Escala) Fonte: Elaborado pela autora
120
Co
BIBLIOTECA PARQUE
RUA PROJETADA 1 Acesso ao Estacionamento
55.20
JOAQUIM GOMES FE RREIRA
TADA 2 RUA PROJE
i = 2,2 %
30.20
A D U R R A A C S I C AN R F RUA
O G R A CAM
122
Figura 187. Espaço multimĂdia infanto juvenil Fonte: Elaborado pela autora
Figura 188. Perspectiva a partir da Rua Projetada 2 Fonte: Elaborado pela autora
123
TÉRREO – COTA 629
Co
12.3 PAV. TÉRREO – COTA 629
No pavimento térreo, cota 629 (Figura 185) estão concentrados
No edifício 2 (à direita) o pavimento concentra o acervo
os acessos principais a biblioteca.
infantojuvenil com espaços para contos, video games e multimídia,
No edifício 1 (à esquerda) neste pavimento estão localizados
além de uma varanda com espaços para leitura externo.
espaços para a leitura e descanso com ambientes como
Ambos os edifícios contam com conjunto de sanitários e guarda
arquibancada de leitura, espaço para leitura de atualidades e uma
volumes. A circulação vertical é feita prioritariamente por escadas
área denominada espaço do ócio para leitura e descontração,
e para aqueles com mobilidade reduzida o acesso aos demais
nesta cota também estão o acesso de palestrantes e funcionários
pavimentos é feito através de elevadores.
LEGENDA
ao auditório e a saída de emergência.
Sanitários Espaço de leitura externo Auditório Área de leitura
SAÍDA DE EMERGÊNCIA AUDITÓRIO
Acervo Infantojuvenil Circulação vertical Guarda Volumes ACESSO DE VISITANTES
Acesso Público Acesso Privado
ACESSO DE VISITANTES
Acesso Semi Público
FIGURA 189 – Setorização pavimento térreo (Sem Escala) Fonte: Elaborado pela autora
124
BIBLIOTECA PARQUE
Co
RUA PROJETADA 1
1.00
24.80
1.80
25.10
8.1
75
17.
5
25.70
9.35 35.60 20.65
i = 2,4
1.80
5.00
% 0
0 18.
15.85
JOAQUIM GOMES FE RREIRA
13.90
55.20
25.80
A C S I C N A R F A U R
A D U ARR
O G R CAMA
TADA 2 RUA PROJE
i = 2,2 %
10.30
54.80
126
Figura 190. Espaço multimĂdia infanto juvenil Fonte: Elaborado pela autora
Figura 191. Bancos externos cota 629 Fonte: Elaborado pela autora
127
12.4 1º PAVIMENTO – COTA 635
PRIMEIRO PAVIMENTO – COTA 635
Co
Com acesso pela Rua Joaquim Gomes Ferreira no primeiro
Ambos edifícios contam com conjuntos de sanitários e
pavimento, cota 635 (Figura 187) estão o acesso principal ao
circulação vertical independentes. A circulação prioritária ocorre
auditório, o foyer e um espaço destinado a realização de
pelas escadas nos mezaninos e para aqueles com mobilidade
pequenas exposições.
reduzida o acesso aos demais pavimentos é feito através de
Através de uma passarela que conecta os edifícios obtem-se
elevadores.
acesso em nível ao edifício 2 (à direita).
LEGENDA
O segundo edifício abriga neste pavimento o setor administrativo
Área de convívio
e as salas de atividades para os usuários da biblioteca e um Sanitários
terraço de onde pode-se apreciar a vista do bairro.
Terraço Auditório Setor administrativo Salas de Workshop Circulação vertical Chapelaria Acesso Público Acesso Privado
ENTRADA AUDITÓRIO
Acesso Semi Público ACESSO DE VISITANTES
FIGURA 192 – Setorização primeiro pavimento (Sem Escala) Fonte: Elaborado pela autora
128
BIBLIOTECA PARQUE
Co
RUA PROJETADA 1
0
11.75
2.7
20.65
10.00
5.00
15.25
i = 2,4 %
5.0 3
15.85
JOAQUIM GOMES FE RREIRA
45.20
30.10
29.90
15.35
45.25
R F A RU
A C S I ANC
A D U ARR
O G R CAMA
TADA 2 RUA PROJE
11.95
3.60
i = 2,2 %
30.20
15.25
25.00
25.70
130
Figura 193. Perspectiva interna edifício 1 – Espaço leitura atualidades Fonte: Elaborado pela autora
Figura 194. Perspectiva a partir da Rua Joaquim Gomes Ferreira Fonte: Elaborado pela autora
131
12.5 2º PAVIMENTO – COTA 639.6
SEGUNDO PAVIMENTO – COTA 639,6
Co
O segundo pavimento, cota 639,6 (Figura 189) possui acesso
Os edifícios contam com conjuntos de sanitários independentes e
através dos demais pavimentos por meio de escadas e
sistemas de circulação vertical.
elevadores.
A circulação é feita através de escadas nos mezaninos de onde o
Neste pavimento no edifício 1 (à esquerda) encontra-se a
usuário tem visibilidade dos demais pavimentos.
midiateca com acervo e mobiliário confortável para os usuários,
A pele de vidro na fachada Sul permite que de todos os andares
além de uma saleta para áudio e vídeo.
o usuário possa ter uma bonita vista para o bairro reforçando
Através de uma passarela os edifícios se conectam neste nível.
assim a conexão entre a biblioteca e o local onde está inserida.
No edifício 2 (à direita) neste pavimento está o acervo geral com
mobiliário, 3 saletas de paredes de vidro com maior privacidade
LEGENDA
destinadas a estudos e uma sala para catalogação de
Midiateca
exemplares.
Sanitários Sala de catalogação Acervo geral Circulação vertical Salas de estudos Acesso Público Acesso Privado
FIGURA 195 – Setorização segundo pavimento (Sem Escala) Fonte: Elaborado pela autora
132
Co
BIBLIOTECA PARQUE
RUA PROJETADA 1
1.00
8.70
2.70
1.70
20.65
18.70
i = 2,4 % 15.85
JOAQUIM GOMES FE RREIRA
30.70
45.25
R F A RU
A A C S ANCI
C A D RRU
O G R AMA
i = 2,2 %
30.20
25.00
25.60
TADA 2 RUA PROJE
55.20
134
Figura 196. Perspectiva interna edifĂcio 1 Fonte: Elaborado pela autora
Figura 197. Perspectiva interna da passarela de conexĂŁo entre os edifĂcios Fonte: Elaborado pela autora
135
12.6 PAV. COBERTURA – COTA 644.2
COBERTURA – COTA 644,2
Co
A cobertura, cota 644,2 tem acesso por escadas e dois
Para cobertura do edifício 1 (à esquerda) foi empregado laje
elevadores.
impermeabilizada com telhado jardim, assim os visitantes
O terreno escolhido para implantar a biblioteca encontra-se em
poderão ter uma vista diferenciada. Em ambos os edifícios os
uma cota mais alta em relação ao restante do bairro, por esse
vãos do mezanino foram marcados com vidro que proporcionam
motivo optou-se em propor atividades na cobertura para que os
iluminação zenital no interior da biblioteca.
usuários pudessem ter um espaço para lazer e descanso. O terraço possui áreas permeáveis com vegetação, bancos e uma cafeteria com deck externo, neste pavimento foi proposto
também uma área coberta para utilização livre com mobiliário onde atividades externas podem ser propostas pela instituição.
Área para atividades externas Sanitários Cozinha/balcão café Café Ambiente externo café Circulação vertical
AUDITÓRIO
EDIFÍCIO 1 TELHADO JARDIM
Acesso Público Acesso Privado Iluminação zenital
FIGURA 198 – Setorização segundo pavimento (Sem Escala) Fonte: Elaborado pela autora
136
LEGENDA
Co
BIBLIOTECA PARQUE
RUA PROJETADA 1
55.20
30.20
20.63
% 15.87
JOAQUIM GOMES FE RREIRA
30.45
i = 2,4 45.55
RUA
CA S I C FRAN
A D U ARR
O G R CAMA
TADA 2 RUA PROJE
2.92
25.18
25.72
i = 2,2 %
30.20
138
Figura 199. Perspectiva interna edifĂcio 1 Fonte: Elaborado pela autora
Figura 200. Perspectiva da cobertura Fonte: Elaborado pela autora
139
140
Figura 201. Perspectiva da cobertura Fonte: Elaborado pela autora
.20
.30
4.00
.60
4.15
5.00 3.80
4.00
Acervo Geral
.60
estudos
4.00 Passarela
Passarela
5.40
6.00
.60
Acesso
2.50
5.40
.60
636,00
Passarela
4.00
.60
Passarela
4.40
.60
atualidades
Estacionamento
atividades variadas
Acesso
.60
5.40
corte aa
corte bb
co
142
Figura 202. Perspectiva a partir da Rua Projetada 2 Fonte: Elaborado pela autora
Figura 203. Perspectiva das passarelas Fonte: Elaborado pela autora
143
144
Figura 204. Perspectiva geral Fonte: Elaborado pela autora
Passarela
636,00 Passarela 633,00
628,00
146
Figura 205. Perspectiva pista de skate Fonte: Elaborado pela autora
Figura 206. Implantação Fonte: Elaborado pela autora
147
148
Figura 207. Varanda edifĂcio 2 Fonte: Elaborado pela autora
150
Figura 208. Espaรงo para contos acervo infantojuvenil Fonte: Elaborado pela autora
Figura 209. Perspectiva interna acervo infantojuvenil Fonte: Elaborado pela autora
151
152
Figura 210. Perspectiva interna acervo infantojuvenil Fonte: Elaborado pela autora
Mesa
.55
.55
.55
.55
Vazio
Vazio
Vazio
Vazio
Nervura
Jardim
Armadura Principal
Piso drenante Planta Mini Guia
-0.05
Arquibancada de leitura
Piso Drenante
0.00
4-6 cm - Pedrisco 4-6 cm - Brita 1
Corte
cort
154
Figura 211. Perspectiva interna acervo infantojuvenil Fonte: Elaborado pela autora
Figura 212. Perspectiva arquibancada de leitura Fonte: Elaborado pela autora
155
154
Figura 212. Perspectiva interna edifĂcio 1 Fonte: Elaborado pela autora
1.20
Concreto laje
Detalhe 04
4.00
15mm
.60 Detalhe 05
4.00
5.40 .60 4.40 Contra Piso
corte bb
156
Figura 213. Perspectiva interna – espaço do ócio Fonte: Elaborado pela autora
Figura 214. Vista da varanda – EdifĂcio 2 Fonte: Elaborado pela autora
157
ESPAÇO MULTIMÍDIA INFANTIL BIBLIOTECA PARQUE GÊNESIS Fonte: Elaborado pela autora
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