O QUE É SEMINÁRIO?
Procedimento essencialmente realizado por meio da oralidade no qual se expõe argumentos revela suas ideias, enfim, posiciona-se acerca de um determinado assunto. O seminário confere às pessoas que dele participa a oportunidade de apresentar os conhecimentos adquiridos mediante o estudo de um determinado tema. Nesse sentido, torna-se essencial que os apresentadores adotem posturas condizentes com o contexto no qual se encontram inseridos, levando em conta todos os aspectos requeridos pela situação comunicativa em questão. A palavra de ordem, num primeiro momento, é “planejamento”. Assim, todo apresentador deve se conscientizar de que o público-alvo espera “no mínimo” domínio do conteúdo abordado. Para tanto, cercar-se de todas as informações é imprescindível, sendo essas obtidas por meio de uma pesquisa muito bem preparada, através de livros, meio eletrônico, jornais, revistas, vídeos, etc. Uma vez elencadas, torna-se necessário elaborar um esquema, no sentido de pontuar aquelas informações importantes, essenciais. O esquema funciona como uma espécie de roteiro que guiará o apresentador. Assim, trabalhando a hipótese de que algumas das principais ideias podem ser esquecidas, entra em ação o roteiro previamente elaborado. Mas isso não dá ao apresentador o direito de “ler” aquilo que anotou, salvo em se tratando de uma citação, proferida por outrem, haja vista que aí não há como proceder de forma difere. Outro aspecto reside no fato de que os demais participantes precisam estar em sintonia com tudo aquilo que está sendo apresentado. Principalmente no ambiente escolar, o que mais se constata é a “distribuição de partes”, isto é, cada um fica com uma fala determinada – fato que corrobora tão somente para que o discurso se manifeste como truncado, denotando não haver nenhum entrosamento entre o grupo. Nesse sentido, é essencial que todos estejam bem preparados e dispostos a responder aos questionamentos da plateia. Mas e em relação à postura, como essa deve ser concebida? Saiba que se trata de algo notadamente importante, pois a imagem que devemos passar às pessoas que nos assistem tem que ser positiva, a começar pelas vestimentas, gestos, entonações, expressões faciais. Nesse sentido, antes de tudo, você deve passar uma ideia de respeito para com o público, utilizando-se de um tom de voz que consiga atingir a todos, ou seja, nem estridente ao extremo, nem monótono demais. Posicionar-se de frente é também sinal de postura firme. Mesmo quando há a necessidade de escrever no quadro-negro ou realizar algum procedimento nos recursos audiovisuais, é sempre bom ficar de lado para a plateia, nunca de costas. O uso da linguagem, não menos importante, deve estar de acordo com a situação, sendo essa materializada por uma linguagem formal, totalmente isenta de chavões, gírias, cacoetes ou quaisquer sinais que porventura possam contradizer o “protocolo”. Cabe ressaltar, ainda, que a apresentação deve seguir alguns critérios básicos, tais como a abertura, que normalmente fica a cargo do professor ou de uma pessoa designada a tal. Feito isso, é chegado o momento de passar a palavra ao apresentador (a), que explanará acerca do que será abordado durante a apresentação. Na sequência, dá-se início ao desenvolvimento do assunto em pauta e, ao final, faz-se uma retomada daquilo que foi falado, bem como se apresentam as conclusões a que o grupo chegou mediante o trabalho realizado. Postas em prática tais ações, a conquista de bons resultados é fato certeiro, sempre lembrando que o fator “tempo” também impera nessas questões, principalmente, quando outros grupos também deverão realizar um seminário. Respeito e cordialidade nunca são demais! De qualquer maneira, um grupo que se propõe a desenvolver um seminário precisa estar ciente da necessidade de cumprir alguns passos:
Determinar um problema a ser trabalhado; Definir a origem do problema e da hipótese; Estabelecer o tema; Compreender e explicitar o tema- problema; Dedicar- se à elaboração de um plano de investigação (pesquisa); Definir fontes bibliográficas, observando alguns critérios; Documentação e crítica bibliográficas: Realização da pesquisa; Elaboração de um texto, roteiro, didático, bibliográfico ou interpretativo.
Para a montagem e a realização de um seminário há um procedimento básico: 1º O professor ou o coordenador geral fornece aos participantes um texto roteiro apostilado, ou marca um tema de estudo que deve ser lido antes por todos, a fim de possibilitar a reflexão e a discussão; 2º Procede-se à leitura e discussão do texto-roteiro em pequenos grupos. Cada grupo terá um coordenador para dirigir a discussão e um relator para anotar as conclusões particulares a que o grupo chegar; 3º Cada grupo é designado para fazer: a - exposição temática do assunto, valendo-se para isso das mais variadas estratégias: exposição oral, quadro-negro, slides, cartazes, filmes etc. Trata-se de uma visão global do assunto e ao mesmo tempo aprofunda-se o tema em estudo; b - contextualizar o tema ou unidade de estudo na obra de onde foi retirado do texto, ou pensamento e contexto histórico-filosófico-cultural do autor; c - apresentar os principais conceitos, ideias e doutrinas e os momentos lógicos essenciais do texto (temática resumida, valendo-se também de outras fontes que não o texto em estudo); d - levantar os problemas sugeridos pelo texto e apresentar os mesmos para discussão; e - fornecer bibliografia especializada sobre o assunto e se possível comentá-la;
4º Plenário é a apresentação das conclusões dos grupos restantes. Cada grupo, através de seu coordenador ou relator, apresenta as conclusões tiradas pelo grupo. O coordenador geral ou o professor faz a avaliação sobre os trabalhos dos grupos, especialmente do que atuou na apresentação, bem como uma síntese das conclusões. Outros métodos e técnicas de desenvolvimento de um seminário podem ser acatados, desde que seja respeitado o plano de prontidão para a aprendizagem. Finalizando, apontamos que todo tema de um seminário precisa conter em termos de roteiro as seguintes partes: a - Introdução ao tema; b - Desenvolvimento; c - Conclusão.
Fonte: Guia para a elaboração de trabalhos escritos – UFRGS