Teatro Multiconfiguracional de Pindamonhangaba

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TEATRO MULTICONFIGURACIONAL DE PINDAMONHANGABA Um espaço de Arte, Cultura e Lazer

Monografia apresentada à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Anhanguera de Taubaté, como requisito para conclusão da Graduação.

Aluno: Marcos Nunes Pereira Orientador: Prof.ª. Ms. Rosenéa Cristina da Silva Menezes

Taubaté/SP - Junho 2019



FACULDADE ANHANGUERA DE TAUBATร CAMPUS II

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

TEATRO MULTICONFIGURACIONAL DE PINDAMONHANGA Um espaรงo de Arte, Cultura e Lazer



MARCOS NUNES PEREIRA - RA: 192773512773

TEATRO MULTICONFIGURACIONAL DE PINDAMONHANGA Um espaço de Arte, Cultura e Lazer

Monografia apresentada à Faculdade Anhanguera de Taubaté, curso Arquitetura e Urbanismo, como requisito para conclusão da graduação. Orientadora: Profª. Ms. Rosenéa Cristina da Silva Menezes Taubaté / SP Junho, 2019



DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho à minha família, em especial a minha esposa Anícia Ribeiro da Silva, pelo com-panheirismo, apoio e compreensão, enquanto eu me dedicava integramente ao estudo da arquite-tura, Obrigado Anícia.



RESUMO

O presente estudo Teatro Multiconfiguracional, apresenta para Pindamonhan-gaba, um espaço de arte cultura e lazer. Pindamonhangaba uma cidade que respira peças teatrais, tem a necessidade de possuir um espaço que possa receber com excelência os mais de 200 espetáculos que se apresentam no município. A proposta tem como objetivo atender a falta de um espaço adequado aos espetáculos, população e cultura. Com métodos utilizados de observação, estudos de caso, análise dos problemas, pretendemos com este projeto criar um local apropriado para espetáculos teatrais, que atendam os anseios de atores e público, oferecendo a todos uma experiencia agradável de bem-estar profissional, familiar e social, estimulando desenvolvimento à cultura e a integração social.



SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 20 1.1 Problema .................................................................................................... 20 1.2 Justificativa ................................................................................................. 21 2. OBJETIVOS ...................................................................................................... 21 2.1 Objetivo geral ............................................................................................. 21 2.2 Objetivo específico ..................................................................................... 21 3. METODOLOGIA ............................................................................................... 22 4. DELIMITAÇÃO DO TEMA ................................................................................ 22 4.1 Arquitetura Clássica – Teatro Grego .......................................................... 22 4.2 Arquitetura clássica – teatro romano .......................................................... 23 4.3 Renascimento do Teatro – tipologias ......................................................... 25 5. CARACTERÍSTICAS DO MUNICÍPIO .............................................................. 28 5.1 História ....................................................................................................... 28 5.2 Desenvolvimento Urbano - Dados IBGE .................................................... 31 5.3 Desenvolvimento Regional - Dados IBGE .................................................. 32 5.4 Desenvolvimento Humano - Dados IBGE .................................................. 34 5.5 Pindamonhangaba e os objetivos PNUD ................................................... 35 5.6 Legislação – Zoneamento e uso do solo ................................................... 39 5.7 Plano Diretor do Município ......................................................................... 40 6. REFERENCIAL PROJETUAL ........................................................................... 41 6.1 Teatro Total ................................................................................................ 41 6.2 Opera de Sydnei ......................................................................................... 42 6.3 Cidade Das Artes ....................................................................................... 43 7. REFERÊNCIAL TEÓRICO ............................................................................... 45 7.1 Projetos - Layouts Teatro Cacilda Becker ................................................. 46 8. ESTUDO DE CASO .......................................................................................... 47 8.1 Teatro Galpão ..................................................................................................... 47 8.2 Teatro Galpão – Fotos ................................................................................ 49 8.2.1 Problemática .................................................................................................. 54 8.3 Teatro Metrópole de Taubaté – visita Técnica ............................................ 55 8.4 Teatro loccitane – Visita Virtual .................................................................. 61 9. PARTIDO ARQUITETÔNICO ........................................................................... 64

10. TERRENO ........................................................................................................ 64 10.1 Análise do terreno ...................................................................................... 64 10.2 Levantamento climático Pindamonhangaba ............................................... 70 10.3 Análise de Pluviometria .............................................................................. 72 10.4 Regime dos ventos ..................................................................................... 73 10.5 Rios: ........................................................................................................... 74 11. Região de Intervenção – dados do entorno ...................................................... 75 11.1 Perfil do entorno ......................................................................................... 77 12. VISÃO AÉREA .................................................................................................. 80 12.1 Visão Macro e Micro ................................................................................... 81 13. PROGRAMA DE NECESSIDADES .................................................................. 84 14. SETORIZAÇÃO DO PREDIO ........................................................................... 86 14.1 Área de implantação ................................................................................... 86 14.2 Setorização – Modulação ........................................................................... 86 14.3 MÓDULOS - Detalhamento ........................................................................ 87 15. FLUXograma..................................................................................................... 89 16. ESPAÇO MULTICONFIGURACIONAL - SUBSOLO ........................................ 90 17. CROQUIS ......................................................................................................... 94 18. VOLUMETRIA ................................................................................................... 96 19. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 98 20. REFERENCIAL BIBLIOGRAFICO .................................................................... 99 21. ANEXOS ......................................................................................................... 101 21.1 Anexo 01- Transcrição resumida/adaptada da entrevista: ....................... 101 21.2 Anexo II .................................................................................................... 105


1. INTRODUÇÃO

A busca por pesquisar a arquitetura teatral, se deu pela necessidade de contribuir com a realização de projeto para a construção de um teatro para a cidade de Pindamonhangaba em São Paulo. Pindamonhangaba está localizada no eixo São Paulo x Rio de Janeiro e possui uma população estimada em 166.000 habitantes, realizando diversos eventos culturais que são destaques no município e região. A cidade possui apenas um único espaço o Teatro Galpão, um galpão transformado em teatro sem uma estrutura adequada. O método para desenvolvimento deste trabalho foi fundamentado em pesquisas bibliográficas e pesquisa de campo realizadas nos teatros: Teatro Galpão de Pindamonhangaba/SP e Teatro Metrópole de Taubaté/SP, que permitiu estudo e análise para melhor compreensão da arquitetura e configurações de espaços teatrais. O desenvolvimento deste projeto envolveu questões como: Facilidade de acesso para o público, ambiente que atenda maior gama de apresentações, ambiente agradável ao público e atores. Local que possa ser utilizado durante o ano, recebendo eventos de pequeno, médio e grande porte. O Teatro Multiconfiguracional de Pindamonhangaba é um local de convívio social público, um novo marco para a cidade.


1.1 Problema O teatro é uma atividade cultural que tem como missão encantar pessoas através da arte, e por isso merece um espaço que ofereça qualidade ao espetáculo. Neste trabalho buscou-se responder questões de como criar um local que possa ser multiuso, com qualidade, compromisso técnico e o rigor que o espetáculo teatral merece. Diante destas observações iniciais, apresentamos um espaço que se propõe atender os mais diversos tipos de espetáculos e de público.

1.2 Justificativa Segundo Vitrúvio (80 a.C. – 15 a.C.) Uma vez estabelecido o foro, deve-se escolher para o teatro o lugar mais saudável possível. Nossa proposta é criar o espaço mais adequado possível, utilizando-se de recursos tecnológicos de vanguarda, em um espaço amplo, localização privilegiada, criando um projeto de teatro que incentive a visitação pública.


2. OBJETIVOS 2.1 Objetivo geral O objetivo deste estudo foi desenvolver um projeto de teatro para atender a falta de um espaço adequado para a arte, cultura e lazer. Entendendo a estrutura dos teatros e suas arquiteturas, para que fosse possível criar um teatro com um novo modelo arquitetônico para Pindamonhangaba. 2.2 Objetivo específico • Apresentar uma arquitetura teatral diferenciada, que permita o desenvolvimento cultural do município e sua população. • Estimular a apreciação de apresentações teatrais através de um ambiente agradável e singular. • Proporcionar o convívio social entre diferentes classes, faixa etária e gêneros em um ambiente público cultural. • Criar um ambiente que possa atender a diversas configurações de tipologia sem prejuízo da edificação estimulando o desenvolvimento cultural artístico. • Estabelecer um marco para a cidade estimulando o turismo.

3. METODOLOGIA Para o presente estudo utilizou-se o método denominado como exploratório que consiste em demonstrar o conhecimento dos conceitos dos temas abordados, analisar a problemática e compreender a necessidade de ambos. Os procedimentos adotados para a coleta de dados foram através de pesquisa bibliográfica, leitura documental, fontes primárias e secundárias e visitas técnicas a um estudo de caso. 4. DELIMITAÇÃO DO TEMA A arquitetura teatral é pensada desde a antiguidade e é vinculada ao conceito de tipologia, sendo uma das arquiteturas mais antigas que está presenta nos dias de hoje em sua forma original, palco e plateia.


4.1 Arquitetura Clássica – Teatro Grego O teatro surgiu na Grécia por volta do século VI a.C. através de encenações realizadas por escravos ao deus Dionísio. Segundo a tradição o deus Dionísio morria durante o inverno e renascia na primavera. Para seus seguidores, esse renascimento na primavera, acompanhado pela floração e frutificação das árvores, personificava a ressureição do deus, e para os escravos esse renascimento era motivo de festa. A comemoração pelos participantes se dava com cânticos, danças e muita bebida e consequentemente, embriagues. Nesta mesma época eram realizados, celebrações e procissões com pessoas usando máscaras, entoando cantos líricos. Com o passar do tempo estas celebrações e procissões evluíram para representações cênicas. De acordo com Siqueira (2013, p.3) As celebrações juntamente com a procissão, cujo as pessoas estavam fantasiadas e entoando cantos líricos durante as celebrações evoluíram para uma forma de representações cênicas e com o tempo foram inseridas algumas narrações feita por poetas; sendo essa evolução facilitada pela rápida ascensão da poesia grega. Desta forma “estas narrativas associadas às danças ditirâmbicas tornaram-se cada vez mais elaboradas. Os versos cantados em uníssono ou divididos entre os coros não demoraram a assumir a forma de um diálogo individual” (SIQUEIRA, 2013, P.3). O Teatro Grego tem suas características dividas em duas partes devido as invasões persas, o primeiro chamado de período antigo quando os teatros eram construídos em áreas acidentadas e constituídos em 3 partes: uma parte mais baixa destinado aos músicos, uma parte para o palco e a terceira parte arquibancadas.


4.2 Arquitetura clássica – teatro romano A partir do século III a.C., a arquitetura teatral romana passa a ser construídos em áreas menos acidentadas, distantes dos barrancos, deixando o aspecto de arenas e se caracterizando em um espaço teatral que conhecemos até os dias atuais, construído com suas áreas bem definidas.

1 - Palco e atores; 2 - Cenário 3 - Atores e orquestras; 4 - Cobertura; 5 - Vestiários e camarins 6 - Rampa; 7 - Escadas; 8 - Arcos; 9 - Galeria; 10 - Velarium (Tenda de proteção sol e chuva);

TEATRO ROMANO X TEATRO GREGO


4.3 Renascimento do Teatro – tipologias Novas tipologias de salas são definidas desde à época do Renascimento, inovações surgiram nas arquitetura dos espaços teatrais, o objetivo era se afastar dos modelos medievais, são eles, o tipo Arena que possui um palco ao ar livre ou coberto em um nível mais baixo que a plateia, o tipo Elisabetano que possui um palco retangular com o público em frente e laterais do palco e o mais tradicional o teatro italiano, um espaço retangular fechado com a plateia totalmente à frente do palco. Teatro Tipo Arena:

Teatro tipo Elisabetano:


Teatro Tipo Italiano:

Historicamente a construções de espaços teatrais seguem conceitos e definições desde o aparecimento de salas de espetáculos no Renascimento, quando surgiu os esquemas formais, voltados para a função teatral. “A própria função do edifício passou a ser considerada como um condicionante tipológico, frente a uma diversificação das novas necessidades urbanas prementes a partir de então.” (Masseran, 2011, p. 15). Ainda, segundo Masseran (2011, p. 22) “[...] O Tipo construtivo pode sofrer variações internas sem, no entanto, modificar sua própria estrutura, alterando-se somente o gênero.” Nosso objetivo foi buscar no passado informações sobre a arquitetura teatral através de pesquisas bibliográficas e compará-las a produção atual dando base para desenvolver nosso projeto de teatro multiconfiguracional, pois Lima e Cardoso (2010, p. 10) descreve “A história da arquitetura do Brasil não privilegia a arquitetura teatral.” Em nossa pesquisa, vimos que que a atividade teatral surge em uma época denominada Idade Média e o que os espaços para apresentações teatrais, surgem como edifícios a partir do século XVI e a partir do século XVII foram estabelecidos os aspectos de uma arquitetura de teatros, mais especificamente para óperas que vinha se desenvolvendo em toda a Europa. Também foi na Itália que se construiu o primeiro teatro público de ópera, o Teatro San Cassiano de Veneza, em 1637 (Masseran, 2010, p. 39).


Ainda no século XVII, não tínhamos o teatro como uma construção própria e independente. O teatro sempre esteve associado a um casarão, uma igreja ou palácio e a partir do século XVIII começa a existir mudanças nesta situação quando surge na Itália três importantes espaços teatrais, o Teatro Argentina de 1732, em Roma, o Teatro São Carlos em Nápoles de 1737 e em 1740 em Turim o Teatro Real de Turim. Como foi percebido neste estudo, a configuração de um teatro exige uma evolução que atenda característica mais adaptáveis, um teatro moderno. Nossa proposta vem com esse ideal, um teatro total, e definimos como um Teatro Multiconfiguracional. O Projeto Totaltheater, um edifício teatral polivalente permitiria uma série de mobilidade e multifunções espaciais, poderia ser utilizado como anfiteatro, arena ou palco lateral. Apresentava dispositivos cênicos, como palco giratório, passarelas laterais e todo tipo de configuração cênica necessária a um espetáculo didático para as massas”. (Urssi, 2006, p. 57) O Teatro Multiconfiguracional de Pindamonhangaba traz para a cidade um novo paradigma de espaço multiuso em estilo contemporâneo, incorporando novas tecnologias e sustentabilidade.



5. CARACTERÍSTICAS DO MUNICÍPIO 5.1 História Pindamonhangaba possui duas teorias sobre sua história, conforme verificou-se em estudos na página eletrônica da prefeitura municipal da cidade. A primeira teoria diz que os irmãos Leme adquiriram da Condessa de Vimieiro, que eram glebas de terra ao norte da Vila de Taubaté, bem à margem direita do Rio Paraíba e que aos 12 de agosto de 1672 o Sr. Antônio Bicudo Leme e Braz Esteves Leme, iniciaram a construção da capela em honra a São José e fundaram a povoação de São José de Pindamonhangaba. Essa capela foi edificada no alto de uma colina, exatamente onde hoje se localiza a Praça da República Largo do Quartel, baseado nesta teoria, em 07/12/53 o então Prefeito Dr. Caio Gomes Figueiredo oficializou pela Lei n° 197 a data de 12 de agosto de 1672 como a data da Fundação de Pindamonhangaba, tendo como Fundadores: Antônio Bicudo Leme e Braz Esteves Leme. A segunda teoria apresenta que no início do Século XVII, diversas sesmarias vão sendo concedidas na zona de Taubaté, Pindamonhangaba e Guaratinguetá, destacando-se uma que é concedida em 17/05/1649, ao então Capitão João do Prado Martins, em um ponto de parada denominado Pindamonhangaba. De acordo com a respectiva carta de doação, esse povoador, vindo de São Paulo, com a família e agregados já estava de posse de suas terras, naquela paragem, desde o dia 22 de julho de 1643, que é considerada a data de Fundação de Pindamonhangaba, pois o sítio então aberto por João do Prado se situava no rocio mesmo da futura vila e cidade de nossos dias. A partir daí, da paragem à margem direita do rio Paraíba, forma-se um bairro dependente de Taubaté, para onde vão afluindo novos povoadores e moradores. Começa a funcionar no bairro uma igreja, de porte pequeno, cujo orago é Nossa Senhora do Bom Sucesso. A sua ereção é devida ao padre João de Faria Fialho, considerado o Fundador de Pindamonhangaba. Pindamonhangaba ganhou do cronista e poeta Emílio Zaluar1 o título de “Princesa do Norte”, foi elevada a cidade por lei provincial de 03 de abril de 1849. O ciclo do café extinguiu-se no final da década de 1920, não tendo resistido aos golpes produzidos pela exaustão das terras, a libertação dos escravos e a crise econômica mundial. A partir daí a economia de Pindamonhangaba passou a se apoiar na constituição de uma importante bacia leiteira, em extensas culturas de arroz e na produção de hortigranjeiros. Foi uma época de pequeno crescimento econômico, que se estendeu até o final da década de 1950, quando o Município entrou no ciclo pré-industrial. O período de 1970 a 1985 foi, para Pindamonhangaba, uma fase de crescimento industrial extremamente acelerado, que mudou, profundamente, a face do Município.

1Augusto Emilio Zaluar foi um escritor, poeta e jornalista. Nascido em Lisboa, emigrou para o Brasil em 1850 e naturalizou-se cidadão brasileiro em 1856 - Nascimento: 14 de fevereiro de 1826, Lisboa, Portugal Falecimento: 3 de abril de 1882, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro


O município de Pindamonhangaba (nome indígena que significa “lugar onde se fazem anzóis”) está situado na região central do Vale do Paraíba Paulista está à 140km da capital de São Paulo e à 260 Km do Estado do Rio de Janeiro, cortada pela Rodovia Presidente Dutra que liga os dois estados, ao norte da cidade está a Serra da Mantiqueira e ao sul a Serra do Quebra Cangalha, contraforte da Serra do mar.



5.2 Desenvolvimento Urbano - Dados IBGE

GRÁFICO 02 – PRODUTO INTERNO BRUTO PER CAPTA ECONOMIA

Com área territorial de 729.998km² e população estimada em 166.475 habitantes o município possui PIB per capta de R$ 41.346,39, situando-se na posição de nº 5570º no país, 645º no estado e 8º na microrregião - em renda, conforme dados disponibilizados pelo sítio do IBGE em setembro de 2018. TABELA 1 – ÍNDICE NO PIB PER CAPTA NA CIDADE DE PINDAMONHANGABA

Desenvolvimento Regional - Dados IBGE GRÁFICO 03 – ÍNDICE DE MORTALIDADE INFANTIL GRÁFICO 01 – PRODUTO INTERNO BRUTO PER CAPTA


Pindamonhangaba teve sua emancipação política em 10 de julho de 1705, conforme a Lei Municipal nº 1336 de 09 de março 1973, o munícipio possui um distrito, Moreira César, distante 13 quilômetros da sede do município, o distrito de Moreira César é um dos maiores do Estado de São Paulo, possuindo 234 km2 de área, o que corresponde a aproximadamente 1/3 do território de Pindamonhangaba e com população estimada em 40.000 habitantes distribuídos por 30 localidades, entre bairros e loteamentos residenciais.


5.4 Desenvolvimento Humano - Dados IBGE

GRÁFICO 06 – PIRÂMIDE ETÁRIA

TABELA 3: DADOS DA POPULAÇÃO DE ACORDO COM IBGE 2018

GRÁFICO 05 – POPULAÇÃO DE ACORDO COM ÚLTIMO CENSO

5.5 Pindamonhangaba e os objetivos PNUD


Há quinze anos, durante a Cúpula do Milênio, realizada pelas Nações Unidas (ONU), 189 nações e 23 organizações internacionais se comprometeram com uma série de objetivos e metas para a melhoria das condições de vida das populações mais pobres do planeta. Àquela época, cerca de 1 bilhão de pessoas vivia na extrema pobreza, faltava água potável e alimentação adequada, assim como cuidados básicos com a saúde e serviços sociais necessários para a sobrevivência. Esse compromisso para combater a pobreza, a fome e outros males da sociedade ficou conhecido como Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), divididos em oito prioridades, 21 metas e 60 indicadores (PNUD). Foram analisados dados quantitativos do município de Pindamonhangaba, e foi possível relacionar temas relevantes como a Longevidade, Renda e Educação, rela-cionados ao IDH, que contribuem e confirmam a proposta do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Unir forças de governos, setor privado, sociedade civil e cidadãos comuns para garantir que deixaremos um planeta melhor para as futuras gerações, com ações contra a pobreza, proteção do planeta e garantia de que todas as pessoas te-nham paz e prosperidade que são os “Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, também conhecidos como Objetivos Globais” do PNUD. De acordo com informações disponíveis na plataforma Atlas de consulta ao Ín-dice de Desenvolvimento Humano Municipal, dados extraídos dos Censos Demográ-ficos de 1991, 2000 e 2010, mostram que o IDHH de Pindamonhangaba foi de 0,773, em 2010, o que situa o município na faixa de Desenvolvimento Humano Alto (IDHM entre 0,700 e 0,799). A dimensão que mais contribui para o IDHM do município é Longevidade, com índice de 0,843, seguida de Renda, com índice de 0,745, e de Educação, com índice de 0,736.

No item Longevidade, a pesquisa mostra que a mortalidade infantil (crianças com menos de um ano de idade) no município passou de 17,0 óbitos por mil nascidos vivos, em 2000, para 12,9 óbitos por mil nascidos vivos, em 2010. Em 1991, a taxa era de 29,7. Já na UF, a taxa era de 13,9, em 2010, de 19,4, em 2000 e 27,3, em 1991. Entre 2000 e 2010, a taxa de mortalidade infantil no país caiu de 30,6 óbitos por mil nascidos vivos para 16,7 óbitos por mil nascidos vivos. Em 1991, essa taxa era de 44,7 óbitos por mil nascidos vivos. Com a taxa observada em 2010, o Brasil cumpre uma das metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas, segundo a qual a mortalidade infantil no país deve estar abaixo de 17,9 óbitos por mil em 2015. O indicador utilizado para compor a dimensão Longevidade é a esperança de vida ao nascer. No município, a esperança de vida ao nascer cresceu 2,1 anos na última década, passando de 73,5 anos, em 2000, para 75,6 anos, em 2010. Em 1991, era de 67,5 anos. No Brasil, a esperança de vida ao nascer é de 73,9 anos, em 2010, de 68,6 anos, em 2000, e de 64,7 anos em 1991 segundo pesquisa da Atlas Brasil. Com relação a renda per capita média, foi possível verificar na pesquisa que o município apresentou um crescimento nas últimas duas décadas 61,10%, passando de R$ 512,75, em 1991, para R$ 662,88, em 2000, e para R$ 826,02, em 2010. Isso equivale a uma taxa média anual de crescimento nesse período de 2,54%. A taxa média anual de crescimento foi de 2,89%, entre 1991 e 2000, e 2,22%, entre 2000 e 2010.


O Instituto de pesquisa Atlas Brasil, mostram também que a proporção de pes-soas pobres, ou seja, com renda domiciliar per capita inferior a R$ 140,00 (a preços de agosto de 2010), passou de 20,31%, em 1991, para 15,73%, em 2000, e para 6,79%, em 2010. A evolução da desigualdade de renda nesses dois períodos pode ser descrita através do Índice de Gini (instrumento usado para medir o grau de con-centração de renda), que passou de 0,56 em 1991 para 0,56 em 2000 e para 0,52 em 2010.

No município, a proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola é de 92,61%, em 2010. No mesmo ano, a proporção de crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino fundamental é de 91,09%; a proporção de jovens de 15 a 17 anos com ensino fundamental completo é de 71,03%; e a proporção de jovens de 18 a 20 anos com ensino médio completo é de 55,54%. Entre 1991 e 2010, essas pro-porções aumentaram, respectivamente, em 59,16 pontos percentuais, 35,34 pontos percentuais, 39,43 pontos percentuais e 40,21 pontos percentuais.

No critério Educação foi utilizada a avaliação do IDEB (Índice de desenvolvi-mento da Educação Básica) que funciona como um indicador nacional e possibilita o monitoramento da qualidade da Educação pela população por meio de dados concre-tos, com o qual a sociedade pode se mobilizar em busca de melhorias. Para tanto, o IDEB é calculado a partir de dois componentes: a taxa de rendimento escolar (apro-vação) e as médias de desempenho nos exames aplicados pelo Inep. Os índices de aprovação são obtidos a partir do Censo Escolar, realizado anualmente. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Pesquisas e Estatística) em 2015, os alunos dos anos inicias da rede pública da cidade tiveram nota média de 6.4 no IDEB. Para os alunos dos anos finais, essa nota foi de 5. Na comparação com cidades do mesmo estado, a nota dos alunos dos anos iniciais colocava esta cidade na posi-ção 202 de 645. Considerando a nota dos alunos dos anos finais, a posição passava a 229 de 645. A taxa de escolarização (para pessoas de 6 a 14 anos) foi de 98.2 em 2010. Isso coloca o município na posição 286 de 645 dentre as cidades do estado e na posição 1768 de 5570 dentre as cidades do Brasil. A proporção de crianças e jovens frequentando ou tendo completado determi-nados ciclos indica a situação da educação entre a população em idade escolar do estado e compõe o IDHM Educação.

A educação é a mais poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano. A meta é que meninas e meninos completem, gratuitamente, as escolas primária e se-cundária até 2030 de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvi-mento (PNUD). Segundo a pesquisa a cidade Pindamonhangaba ocupa a 197ª posição entre os 5.565 municípios brasileiros segundo o IDHM (Índice de Desenvolvimento Hu-mano) que mede o progresso de uma nação a partir de três dimensões: renda, saúde e educação. Nesse ranking, o maior IDHM é 0,862 (São Caetano do Sul) e o menor é 0,418 (Melgaço), no estado de São Paulo. Nosso projeto para o Teatro Multiconfiguracional relaciona-se com os objetivos do PNUD, podemos observar através dos seguintes tópicos, Objetivo 3 - SAÚDE E BEM-ESTAR do PNUD, o projeto contempla um amplo espaço de lazer, oferecendo ao munícipe um local de lazer e aprendizado através da arte, o que garantindo uma vida mais saudável promovendo o bem-estar social para todos e todas as idades, classes sociais e diversidades, contribuindo para a convivência social em meio a natureza, pois a sociabilidade, cognição, produ


cognição, produtividade e são capazes de promover desenvolvimento humano. Ainda observamos o objetivo 4: EDUCAÇÃO DE QUALI-DADE, nosso projeto através dos espaços Oficinas, salas que são abertas ao público em geral, é possível o acompanhamento ou participação em oficinas e ensaios, contri-buindo para o interesse as mais diversas artes culturais: música, desenhos, danças entre outras. Objetivo - 6: ÁGUA LIMPA E SANEAMENTO. Nosso complexo através da cap-tação de água de chuvas, contribui para diminuir a escassez de água que afeta mais de 40 por cento das pessoas do mundo, um número alarmante que irá crescer com o aumento da temperatura global do planeta, resultado da mudança global do clima. Nosso complexo possui cisternas que armazenam águas para reuso em limpeza de áreas externas e cuidados paisagísticos. Em concordância com o objetivo 7, o projeto possibilita um maior aproveita-mento da luz solar, quando oferece ao público um amplo teatro ao ar livre.


5.6 Legislação – Zoneamento e uso do solo De acordo com dados obtidos no Plano Diretor de Pindamonhangaba, temos os seguintes tipos de zoneamento, são eles:

• Zona de Interesse Ambiental – ZIA • Zona Central – ZC • Zona Mista – ZM • Zona de Predominância Residencial -ZPR • Zona Mista Especial ZMe • Zona de Proteção Ambiental e Desenvolvimento Estratégico – ZPADE • Zona Empresas Industriais Leves – ZEI a • Zona Empresas Industriais Média – ZEI b • Zona de Interesse Ambiental – ZIA


5.7 Plano Diretor do Município O plano diretor de Pindamonhangaba tem em seu conteúdo dois artigos que tratam a região de desenvolvimento do projeto. Artigo 92: A Zona de Proteção Ambiental e Desenvolvimento Estratégico – ZPADE, corresponde à área da Fazenda do Estado com uso predominante de preser-vação ambiental e institucional, que deverá ser objeto de um Plano Diretor de Desenvolvimento Estratégico, visando a pesquisa e o desenvolvimento ecoló-gico nas diversas áreas do conhecimento, em parceria com o Governo do Es-tado. O coeficiente de Aproveitamento Básico e Máximo é de 0,1. Artigo 93: A Zona de Interesse Ambiental – ZIA, corresponde às áreas onde haja inte-resse na proteção ambiental e no uso sustentável. O coeficiente de Aproveita-mento Básico e Máximo é de 0,1. Por se tratar de uma área estratégica para o município, realizamos consulta junto ao departamento de planejamento e em conversa com o Sr. José Maurício Sales de Abreu - Diretor de Infraestrutura, o fato do projeto de teatro contemplar o plano de desenvolvimento na área cultural, foi permitido projetar além dos coeficientes defini-dos no plano diretor, que nos permitiu elaborar o projeto aqui apresentado. O períme-tro de intervenção dentro do parque não possui edificações, sendo uma ampla área verde, e de fácil acesso como apresentado anteriormente, o que deu liberdade de ótimo aproveitamento.


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