Teatro Multiconfiguracional de Pindamonhangaba

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FACULDADE ANHANGUERA EDUCACIONAL ARQUITETURA E URBANISMO

Marcos Nunes Pereira

TEATRO MULTICONFIGURACIONAL DE PINDAMONHANGABA Um espaço de Arte, Cultura e Lazer

Taubaté Junho/2019


FACULDADE ANHANGUERA EDUCACIONAL ARQUITETURA E URBANISMO

Marcos Nunes Pereira

TEATRO MULTICONFIGURACIONAL DE PINDAMONHANGABA Um espaço de arte, cultura e lazer

Monografia apresentada à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Anhanguera de Taubaté, como requisito parcial para conclusão da disciplina Trabalho de Conclusão de Graduação II. Orientador: Prof.ª. Ms. Rosenéa Cristina da Silva Menezes

Taubaté Junho/2019


Marcos Nunes Pereira

TEATRO MULTICONFIGURACIONAL DE PINDAMONHANGA Um espaço de Arte, Cultura e Lazer

Monografia apresentada à Faculdade Anhanguera de Taubaté, curso Arquitetura e Urbanismo, como requisito parcial para conclusão da disciplina Trabalho Final de Graduação II.

Data da Aprovação: Taubaté ____/____/_______

EXAMINADORES

______________________________________________ Orientador: Prof. Ms. Rosenéa Cristina da Silva Menezes ______________________________________ Prof. Convidado: Nome completo ______________________________________ Arq. Convidado: Nome completo

Taubaté Junho/2019


DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho à minha família, em especial a minha esposa Anícia Ribeiro da Silva, pelo companheirismo, apoio e compreensão, enquanto eu me dedicava integramente ao estudo da arquitetura, Obrigado Anícia.


AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente à Deus. Aos meus familiares que acreditaram em mim, agradeço aos professores que contribuíram para meu aprendizado ao longo deste complexo curso de graduação, foram 5 anos de paciência e orientações, são pessoas que entendem que o compartilhamento do conhecimento é essencial para um futuro melhor e com suas experiencias nos ensinam a arte de projetar, sou muito grato à todos, são amizades que levarei para sempre.


EPÍGRAFE

“Acredito que as coisas podem ser feitas de outra maneira e que vale a pena” Zaha Hadid


RESUMO

O presente estudo Teatro Multiconfiguracional, apresenta para Pindamonhangaba, um espaço de arte cultura e lazer. Pindamonhangaba uma cidade que respira peças teatrais, tem a necessidade de possuir um espaço que possa receber com excelência os mais de 200 espetáculos que se apresentam no município. A proposta tem como objetivo atender a falta de um espaço adequado aos espetáculos, população e cultura. Com métodos utilizados de observação, estudos de caso, análise dos problemas, pretendemos com este projeto criar um local apropriado para espetáculos teatrais, que atendam os anseios de atores e público, oferecendo a todos uma experiencia agradável de bem-estar profissional, familiar e social, estimulando desenvolvimento à cultura e a integração social.

Palavras-Chave: Teatro; Multiconfiguracional; Arquitetura; Arte; Cultura.


ABSTRACT

The present study Multiconfiguracional Theater, presents for Pindamonhangaba, an area of art culture and leisure. Pindamonhangaba, a city that breathes theater plays, has the need to have a space that can receive with excellence the more than 200 spectacles that appear in the city. The purpose of the proposal is to address the lack of an adequate space for spectacles, population and culture. With methods used for observation, case studies, problem analysis, we intend with this project to create an appropriate venue for theatrical performances that meet the wishes of actors and the public, offering everyone a pleasant experience of professional, family and social welfare, stimulating development to culture and social integration.

Keywords: Theater, Architecture, Configuration, Art, Culture.


Lista de Figuras Figura 1: Epidaurus Theatre ........................................................................... 23 Figura 2 :Teatro Romano - Caracteristicas ..................................................... 24 Figura 3: Teatro Grego x Romano .................................................................. 24 Figura 4: Representação teatro tipo Arena. .................................................... 25 Figura 5: Representação teatro tipo Elisabetano. ........................................... 26 Figura 6: Representação teatro tipo Italiano. ................................................. 26 Figura 7: Mapa aéreo do estado de São Paulo. ............................................. 30 Figura 8: Mapa aéreo Pindamonhangaba São Paulo e Rio de Janeiro. ......... 30 Figura 9: Indice PIB ........................................................................................ 31 Figura 10: Produto interno bruto per Capta 01 ............................................... 31 Figura 11: Produto interno bruto per Capta 02 ............................................... 32 Figura 12: Indice de mortalidade infantil ......................................................... 32 Figura 13: Esgotamento sanitário adequado ................................................. 33 Figura 14: Mapa aéreo Moreira César (destaque) em Pindamonhangaba. ... 33 Figura 15: População ...................................................................................... 34 Figura 16: Censo IBGE ................................................................................... 34 Figura 17: Pirâmide etária............................................................................... 35 Figura 18: Objetivos PNUD ............................................................................. 35 Figura 19: Mapa de Zoneamento Urbano de Pindamonhangaba ................... 40 Figura 20: Teatro Total de Walter Gropius...................................................... 42 Figura 21: Opera de Sydnei ............................................................................ 43 Figura 22: Espaço Cidade das Artes. ............................................................ 44 Figura 23: Teatro Calda Becker configurações ............................................... 46 Figura 24: Teatro Calda Becker configurações ............................................... 46 Figura 25: Mapa aéreo centro Taubaté – Teatro Metrópole. .......................... 56 Figura 26: Mapa aéreo da cidade de Pindamonhangaba. .............................. 66 Figura 27: Mapa aéreo da região de intervenção. .......................................... 66 Figura 28: Mapa de região – Análise carta solar ............................................ 71 Figura 29: Índice temperatura ......................................................................... 72 Figura 30: Índice pluviométrico ....................................................................... 73 Figura 31: Mapa de região – Análise direção do vento ................................... 73


Figura 32: Mapa de região – Análise direção do vento ................................... 74 Figura 33: Mapa de região – Rios ................................................................... 74 Figura 34: Mapa de região – Afluentes ........................................................... 75 Figura 35: Mapa Sistema Viário- Anexo 1 - Pindamonhangaba. .................... 75 Figura 36:Mapa Sistema Viário - Anexo 2 - Pindamonhangaba. ................... 76 Figura 37: Mapa aéreo da região de intervenção ........................................... 77 Figura 38:Mapa aéreo região – perfil do entorno. ........................................... 77 Figura 39: Rede hoteleira. .............................................................................. 78 Figura 40: Destaque Região Vale do Paraiba/SP ........................................... 81 Figura 41: Mapa de Zoneamento de Pindamonhangaba ................................ 83 Figura 42: Modulação teatro ........................................................................... 87 Figura 43: Modulação teatro - Subsolo ........................................................... 87 Figura 44: Modulação teatro - Térreo ............................................................. 88 Figura 45: Modulação teatro - Ligação Subsolo, Térreo e Superior ............... 88 Figura 46: Modulação teatro - Arquibancada Teatro Livre .............................. 89


Lista de Fotos Foto 1 Fachada Teatro Galpão ...................................................................... 50 Foto 2 Hall de Entrada Teatro Galpão ........................................................... 50 Foto 3: Poltronas estofadas Teatro Galpão .................................................... 51 Foto 4: Visão palco Teatro Galpão ................................................................. 51 Foto 5: Visão varas de iluminação Teatro Galpão .......................................... 52 Foto 6: Visão do palco Teatro Galpão ........................................................... 52 Foto 7: Visão das poltronas a partir do palco Teatro Galpão .......................... 53 Foto 8: Copa Teatro Galpão ........................................................................... 53 Foto 9: Área para os atores Teatro Galpão .................................................... 54 Foto 10: Palco Teatro Metópole ..................................................................... 57 Foto 11: Palco e poltronas Teatro Metrópole ................................................. 57 Foto 12: Poltronas Teatro Galpão .................................................................. 58 Foto 13: Varas de iluminação Teatro Metrópole. ............................................ 58 Foto 14: Mecanismo para controle varas Teatro Metrópole........................... 59 Foto 15: Mecanismo para controle varas Teatro Metrópole........................... 59 Foto 16: Entrada sala de espetáculos Teatro Metrópole. ............................. 60 Foto 17: Mapa de poltronas Teatro Metrópole. .............................................. 60 Foto 18: Fachada Teatro Metrópole. ............................................................. 61 Foto 19: Teatro Locctane - vista. .................................................................... 62 Foto 20 :Teatro Locctane – área coberta ....................................................... 62 Foto 21: Teatro Locctane – palco aberto ...................................................... 63 Foto 22: Teatro Locctane - Sala oficina ....................................................... 633 Foto 23: Portal Parque da cidade Pindamonhangaba .................................. 67 Foto 24: Parque da Cidade: João Antonio de Oliveira – Zé do Jornal ........... 67 Foto 25 : Parque da cidade............................................................................. 68 Foto 26: Parque da cidade Pindamonhangaba ............................................... 68 Foto 27: Parque da cidade.............................................................................. 69 Foto 28: Parque da cidade.............................................................................. 69 Foto 29: Parque da cidade.............................................................................. 70 Foto 30: Parque da cidade.............................................................................. 70


Foto 31: Mapa de região – Análise carta solar ............................................... 71 Foto 32: Hotel SleepIn. ................................................................................... 78 Foto 33: Hotel InterCity ................................................................................... 79 Foto 34: Hotel Colonial Plaza ......................................................................... 79 Foto 35: Hotel Majore ..................................................................................... 80 Foto 36: Visão Aérea ...................................................................................... 80


CROQUIS Croqui 1: .................................................................................................................... 94 Croqui 2: .................................................................................................................... 94 Croqui 3 ..................................................................................................................... 94 Croqui 4 ..................................................................................................................... 95 Croqui 5 ..................................................................................................................... 95


VOLUMETRIA Volumetria 1 .............................................................................................................. 96 Volumetria 2 .............................................................................................................. 96 Volumetria 3 .............................................................................................................. 96 Volumetria 4 .............................................................................................................. 97 Volumetria 5 .............................................................................................................. 97


LAYOUTS Layout: 1.................................................................................................................... 90 Layout: 2.................................................................................................................... 90 Layout: 3.................................................................................................................... 91 Layout: 4.................................................................................................................... 91 Layout: 5.................................................................................................................... 92 Layout: 6.................................................................................................................... 92 Layout: 7.................................................................................................................... 93 Layout: 8.................................................................................................................... 93


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABNT

Associação Brasileira de Normas Técnicas.

CTAC

Centro Técnico de Artes Cênicas

FDE

Fundação para o Desenvolvimento da Educação

FUNARTE

Fundação Nacional de Artes

IBGE

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IDEB

Índice de Desenvolvimento da Educação Básica

MEC

Ministério da Educação e Cultura

ODM

Objetivos de Desenvolvimento do Milênio

PNUD

Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento


SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 20 1.1

Problema .................................................................................................... 20

1.2

Justificativa ................................................................................................. 21

2.

OBJETIVOS ...................................................................................................... 21

2.1

Objetivo geral ............................................................................................. 21

2.2

Objetivo específico ..................................................................................... 21

3.

METODOLOGIA ............................................................................................... 22

4.

DELIMITAÇÃO DO TEMA ................................................................................ 22

4.1

Arquitetura Clássica – Teatro Grego .......................................................... 22

4.2

Arquitetura clássica – teatro romano .......................................................... 23

4.3

Renascimento do Teatro – tipologias ......................................................... 25

5.

CARACTERÍSTICAS DO MUNICÍPIO .............................................................. 28

5.1

História ....................................................................................................... 28

5.2

Desenvolvimento Urbano - Dados IBGE .................................................... 31

5.3

Desenvolvimento Regional - Dados IBGE .................................................. 32

5.4

Desenvolvimento Humano - Dados IBGE .................................................. 34

5.5

Pindamonhangaba e os objetivos PNUD ................................................... 35

5.6

Legislação – Zoneamento e uso do solo ................................................... 39

5.7

Plano Diretor do Município ......................................................................... 40

6.

REFERENCIAL PROJETUAL ........................................................................... 41

6.1

Teatro Total ................................................................................................ 41

6.2

Opera de Sydnei......................................................................................... 42

6.3

Cidade Das Artes ....................................................................................... 43

7. 7.1 8.

REFERÊNCIAL TEÓRICO ............................................................................... 45 Projetos - Layouts Teatro Cacilda Becker ................................................. 46 ESTUDO DE CASO .......................................................................................... 47


8.1 Teatro Galpão ..................................................................................................... 47 8.2

Teatro Galpão – Fotos ................................................................................ 49

8.2.1 Problemática .................................................................................................. 54 8.3

Teatro Metrópole de Taubaté – visita Técnica............................................ 55

8.4

Teatro loccitane – Visita Virtual .................................................................. 61

9.

PARTIDO ARQUITETÔNICO ........................................................................... 64

10. TERRENO ........................................................................................................ 64 10.1

Análise do terreno ...................................................................................... 64

10.2

Levantamento climático Pindamonhangaba ............................................... 70

10.3

Análise de Pluviometria .............................................................................. 72

10.4

Regime dos ventos ..................................................................................... 73

10.5

Rios: ........................................................................................................... 74

11. Região de Intervenção – dados do entorno ...................................................... 75 11.1

Perfil do entorno ......................................................................................... 77

12. VISÃO AÉREA .................................................................................................. 80 12.1

Visão Macro e Micro ................................................................................... 81

13. PROGRAMA DE NECESSIDADES .................................................................. 84 14. SETORIZAÇÃO DO PREDIO ........................................................................... 86 14.1

Área de implantação ................................................................................... 86

14.2

Setorização – Modulação ........................................................................... 86

14.3

MÓDULOS - Detalhamento ........................................................................ 87

15. FLUXograma..................................................................................................... 89 16. ESPAÇO MULTICONFIGURACIONAL - SUBSOLO ........................................ 90 17. CROQUIS ......................................................................................................... 94 18. VOLUMETRIA................................................................................................... 96 19. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 98


20. REFERENCIAL BIBLIOGRAFICO .................................................................... 99 21. ANEXOS ......................................................................................................... 101 21.1

Anexo 01- Transcrição resumida/adaptada da entrevista: ....................... 101

21.2

Anexo II .................................................................................................... 105


1.

INTRODUÇÃO A busca por pesquisar a arquitetura teatral, se deu pela necessidade de

contribuir com a realização de projeto para a construção de um teatro para a cidade de Pindamonhangaba em São Paulo. Pindamonhangaba está localizada no eixo São Paulo x Rio de Janeiro e possui uma população estimada em 166.000 habitantes, realizando diversos eventos culturais que são destaques no município e região. A cidade possui apenas um único espaço o Teatro Galpão, um galpão transformado em teatro sem uma estrutura adequada. O método para desenvolvimento deste trabalho foi fundamentado em pesquisas bibliográficas e pesquisa de campo realizadas nos teatros: Teatro Galpão de Pindamonhangaba/SP e Teatro Metrópole de Taubaté/SP, que permitiu estudo e análise para melhor compreensão da arquitetura e configurações de espaços teatrais. O desenvolvimento deste projeto envolveu questões como: Facilidade de acesso para o público, ambiente que atenda maior gama de apresentações, ambiente agradável ao público e atores. Local que possa ser utilizado durante o ano, recebendo eventos de pequeno, médio e grande porte. O Teatro Multiconfiguracional de Pindamonhangaba é um local de convívio social público, um novo marco para a cidade.

1.1 Problema

O teatro é uma atividade cultural que tem como missão encantar pessoas através da arte, e por isso merece um espaço que ofereça qualidade ao espetáculo. Neste trabalho buscou-se responder questões de como criar um local que possa ser multiuso, com qualidade, compromisso técnico e o rigor que o espetáculo teatral merece. Diante destas observações iniciais, apresentamos um espaço que se propõe atender os mais diversos tipos de espetáculos e de público. 20


1.2 Justificativa Segundo Vitrúvio (80 a.C. – 15 a.C.) Uma vez estabelecido o foro, deve-se escolher para o teatro o lugar mais saudável possível. Nossa proposta é criar o espaço mais adequado possível, utilizando-se de recursos tecnológicos de vanguarda, em um espaço amplo, localização privilegiada, criando um projeto de teatro que incentive a visitação pública.

2.

OBJETIVOS 2.1 Objetivo geral

O objetivo deste estudo foi desenvolver um projeto de teatro para atender a falta de um espaço adequado para a arte, cultura e lazer. Entendendo a estrutura dos teatros e suas arquiteturas, para que fosse possível criar um teatro com um novo modelo arquitetônico para Pindamonhangaba. 2.2 Objetivo específico

Apresentar

uma

arquitetura

teatral

diferenciada,

que

permita

o

desenvolvimento cultural do município e sua população. •

Estimular a apreciação de apresentações teatrais através de um ambiente agradável e singular.

Proporcionar o convívio social entre diferentes classes, faixa etária e gêneros em um ambiente público cultural.

Criar um ambiente que possa atender a diversas configurações de tipologia sem prejuízo da edificação estimulando o desenvolvimento cultural artístico.

Estabelecer um marco para a cidade estimulando o turismo.

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3.

METODOLOGIA Para o presente estudo utilizou-se o método denominado como exploratório

que consiste em demonstrar o conhecimento dos conceitos dos temas abordados, analisar a problemática e compreender a necessidade de ambos. Os procedimentos adotados para a coleta de dados foram através de pesquisa bibliográfica, leitura documental, fontes primárias e secundárias e visitas técnicas a um estudo de caso.

4.

DELIMITAÇÃO DO TEMA A arquitetura teatral é pensada desde a antiguidade e é vinculada ao conceito

de tipologia, sendo uma das arquiteturas mais antigas que está presenta nos dias de hoje em sua forma original, palco e plateia.

4.1 Arquitetura Clássica – Teatro Grego

O teatro surgiu na Grécia por volta do século VI a.C. através de encenações realizadas por escravos ao deus Dionísio. Segundo a tradição o deus Dionísio morria durante o inverno e renascia na primavera. Para seus seguidores, esse renascimento na primavera, acompanhado pela floração e frutificação das árvores, personificava a ressureição do deus, e para os escravos esse renascimento era motivo de festa. A comemoração pelos participantes se dava com cânticos, danças e muita bebida e consequentemente, embriagues. Nesta mesma época eram realizados, celebrações e procissões com pessoas usando máscaras, entoando cantos líricos. Com o passar do tempo estas celebrações e procissões evoluíram para representações cênicas. De acordo com Siqueira (2013, p.3) As celebrações juntamente com a procissão, cujo as pessoas estavam fantasiadas e entoando cantos líricos durante as celebrações evoluíram para uma forma de representações cênicas e com o tempo

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foram inseridas algumas narrações feita por poetas; sendo essa evolução facilitada pela rápida ascensão da poesia grega. Desta forma “estas narrativas associadas às danças ditirâmbicas tornaram-se cada vez mais elaboradas. Os versos cantados em uníssono ou divididos entre os coros não demoraram a assumir a forma de um diálogo individual” (SIQUEIRA, 2013, P.3).

Figura 1: Epidaurus Theatre Fonte: https://i.ytimg.com/vi/_2UPxu0ObY4/maxresdefault.jpg

O Teatro Grego tem suas características dividas em duas partes devido as invasões persas, o primeiro chamado de período antigo quando os teatros eram construídos em áreas acidentadas e constituídos em 3 partes: uma parte mais baixa destinado aos músicos, uma parte para o palco e a terceira parte arquibancadas. 4.2 Arquitetura clássica – teatro romano

A partir do século III a.C., a arquitetura teatral romana passa a ser construídos em áreas menos acidentadas, distantes dos barrancos, deixando o aspecto de arenas e se caracterizando em um espaço teatral que conhecemos até os dias atuais, construído com suas áreas bem definidas. 23


Figura 2 :Teatro Romano - Caracteristicas Fonte: https://www.thinglink.com/scene/901143793888133123

Legenda: 1 - Palco e atores; 2 - Cenário 3 - Atores e orquestras; 4 - Cobertura; 5 - Vestiários e camarins 6 - Rampa; 7 - Escadas; 8 - Arcos; 9 - Galeria; 10 - Velarium (Tenda de proteção sol e chuva); TABELA 01: DIFERENÇAS ENTRE O TEATRO GREGO E TEATRO ROMANO

Figura 3: Teatro Grego x Romano Fonte: https://www.thinglink.com

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4.3

Renascimento do Teatro – tipologias

Novas tipologias de salas são definidas desde à época do Renascimento, inovações surgiram nas arquitetura dos espaços teatrais, o objetivo era se afastar dos modelos medievais, são eles, o tipo Arena que possui um palco ao ar livre ou coberto em um nível mais baixo que a plateia, o tipo Elisabetano que possui um palco retangular com o público em frente e laterais do palco e o mais tradicional o teatro italiano, um espaço retangular fechado com a plateia totalmente à frente do palco. Teatro Tipo Arena:

Figura 4: Representação teatro tipo Arena. Fonte: http://www.ctac.gov.br/espaco/arena.htm

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Tipo Elisabetano

Figura 5: Representação teatro tipo Elisabetano. Fonte: http://www.ctac.gov.br/espaco/elisabet.htm

Tipo Italiano

Figura 6: Representação teatro tipo Italiano. Fonte: http://www.ctac.gov.br/espaco/italiano.htm

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Historicamente a construções de espaços teatrais seguem conceitos e definições desde o aparecimento de salas de espetáculos no Renascimento, quando surgiu os esquemas formais, voltados para a função teatral. “A própria função do edifício passou a ser considerada como um condicionante tipológico, frente a uma diversificação das novas necessidades urbanas prementes a partir de então.” (Masseran, 2011, p. 15). Ainda, segundo Masseran (2011, p. 22) “[...] O Tipo construtivo pode sofrer variações internas sem, no entanto, modificar sua própria estrutura, alterando-se somente o gênero.” Nosso objetivo foi buscar no passado informações sobre a arquitetura teatral através de pesquisas bibliográficas e compará-las a produção atual dando base para desenvolver nosso projeto de teatro multiconfiguracional, pois Lima e Cardoso (2010, p. 10) descreve “A história da arquitetura do Brasil não privilegia a arquitetura teatral.” Em nossa pesquisa, vimos que que a atividade teatral surge em uma época denominada Idade Média e o que os espaços para apresentações teatrais, surgem como edifícios a partir do século XVI e a partir do século XVII foram estabelecidos os aspectos de uma arquitetura de teatros, mais especificamente para óperas que vinha se desenvolvendo em toda a Europa. Também foi na Itália que se construiu o primeiro teatro público de ópera, o Teatro San Cassiano de Veneza, em 1637 (Masseran, 2010, p. 39). Ainda no século XVII, não tínhamos o teatro como uma construção própria e independente. O teatro sempre esteve associado a um casarão, uma igreja ou palácio e a partir do século XVIII começa a existir mudanças nesta situação quando surge na Itália três importantes espaços teatrais, o Teatro Argentina de 1732, em Roma, o Teatro São Carlos em Nápoles de 1737 e em 1740 em Turim o Teatro Real de Turim. Como foi percebido neste estudo, a configuração de um teatro exige uma evolução que atenda característica mais adaptáveis, um teatro moderno. Nossa proposta vem com esse ideal, um teatro total, e definimos como um Teatro Multiconfiguracional.

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O Projeto Totaltheater, um edifício teatral polivalente permitiria uma série de mobilidade e multifunções espaciais, poderia ser utilizado como anfiteatro, arena ou palco lateral. Apresentava dispositivos cênicos, como palco giratório, passarelas laterais e todo tipo de configuração cênica necessária a um espetáculo didático para as massas”. (Urssi, 2006, p. 57)

O Teatro Multiconfiguracional de Pindamonhangaba traz para a cidade um novo paradigma de espaço multiuso em estilo contemporâneo, incorporando novas tecnologias e sustentabilidade.

5.

CARACTERÍSTICAS DO MUNICÍPIO

5.1 História

Pindamonhangaba possui duas teorias sobre sua história, conforme verificouse em estudos na página eletrônica da prefeitura municipal da cidade. A primeira teoria diz que os irmãos Leme adquiriram da Condessa de Vimieiro, que eram glebas de terra ao norte da Vila de Taubaté, bem à margem direita do Rio Paraíba e que aos 12 de agosto de 1672 o Sr. Antônio Bicudo Leme e Braz Esteves Leme, iniciaram a construção da capela em honra a São José e fundaram a povoação de São José de Pindamonhangaba. Essa capela foi edificada no alto de uma colina, exatamente onde hoje se localiza a Praça da República Largo do Quartel Baseado nesta teoria, em 07/12/53 o então Prefeito Dr. Caio Gomes Figueiredo oficializou pela Lei n° 197 a data de 12 de agosto de 1672 como a data da Fundação de Pindamonhangaba, tendo como Fundadores: Antônio Bicudo Leme e Braz Esteves Leme. A segunda teoria apresenta que no início do Século XVII, diversas sesmarias vão sendo concedidas na zona de Taubaté, Pindamonhangaba e Guaratinguetá, destacando-se uma que é concedida em 17/05/1649, ao então Capitão João do Prado Martins, em um ponto de parada denominado Pindamonhangaba.

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De acordo com a respectiva carta de doação, esse povoador, vindo de São Paulo, com a família e agregados já estava de posse de suas terras, naquela paragem, desde o dia 22 de julho de 1643, que é considerada a data de Fundação de Pindamonhangaba, pois o sítio então aberto por João do Prado se situava no rocio mesmo da futura vila e cidade de nossos dias. A partir daí, da paragem à margem direita do rio Paraíba, forma-se um bairro dependente de Taubaté, para onde vão afluindo novos povoadores e moradores. Começa a funcionar no bairro uma igreja, de porte pequeno, cujo orago é Nossa Senhora do Bom Sucesso. A sua ereção é devida ao padre João de Faria Fialho, considerado o Fundador de Pindamonhangaba. Pindamonhangaba ganhou do cronista e poeta Emílio Zaluar 1 o título de "Princesa do Norte", foi elevada a cidade por lei provincial de 03 de abril de 1849. O ciclo do café extinguiu-se no final da década de 1920, não tendo resistido aos golpes produzidos pela exaustão das terras, a libertação dos escravos e a crise econômica mundial. A partir daí a economia de Pindamonhangaba passou a se apoiar na constituição de uma importante bacia leiteira, em extensas culturas de arroz e na produção de hortigranjeiros. Foi uma época de pequeno crescimento econômico, que se estendeu até o final da década de 1950, quando o Município entrou no ciclo préindustrial. O período de 1970 a 1985 foi, para Pindamonhangaba, uma fase de crescimento industrial extremamente acelerado, que mudou, profundamente, a face do Município. O município de Pindamonhangaba (nome indígena que significa "lugar onde se fazem anzóis") está situado na região central do Vale do Paraíba Paulista está à 140km da capital de São Paulo e à 260 Km do Estado do Rio de Janeiro, cortada pela Rodovia Presidente Dutra que liga os dois estados, ao norte da cidade está a Serra da Mantiqueira e ao sul a Serra do Quebra Cangalha, contraforte da Serra do mar.

1

Augusto Emilio Zaluar foi um escritor, poeta e jornalista. Nascido em Lisboa, emigrou para o Brasil em 1850 e naturalizou-se cidadão brasileiro em 1856 - Nascimento: 14 de fevereiro de 1826, Lisboa, Portugal Falecimento: 3 de abril de 1882, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro

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Figura 7: Mapa aéreo do estado de São Paulo. Fonte: Imagem de satélite pelo aplicativo Microsoft Edge / Earthstar Geographics SIO 2018

Figura 8: Mapa aéreo Pindamonhangaba São Paulo e Rio de Janeiro. Fonte: Imagem de satélite pelo aplicativo Microsoft Edge / Earthstar Geographics SIO 2018.

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5.2 Desenvolvimento Urbano - Dados IBGE

Com área territorial de 729.998km² e população estimada em 166.475 habitantes o município possui PIB per capta de R$ 41.346,39, situando-se na posição de nº 5570º no país, 645º no estado e 8º na microrregião - em renda, conforme dados disponibilizados pelo sítio do IBGE em setembro de 2018. TABELA 1 – ÍNDICE NO PIB PER CAPTA NA CIDADE DE PINDAMONHANGABA

Figura 9: Indice PIB Fonte: IBGE, 2018

GRÁFICO 01 – PRODUTO INTERNO BRUTO PER CAPTA

Figura 10: Produto interno bruto per Capta 01 Fonte: IBGE, 2018

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GRÁFICO 02 – PRODUTO INTERNO BRUTO PER CAPTA ECONOMIA

Figura 11: Produto interno bruto per Capta 02 Fonte: IBGE, 2018

5.3 Desenvolvimento Regional - Dados IBGE GRÁFICO 03 – ÍNDICE DE MORTALIDADE INFANTIL

Figura 12: Indice de mortalidade infantil Fonte: IBGE, 2018

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GRÁFICO 04 – ESGOTAMENTO SANITÁRIO ADEQUADO

Figura 13: Esgotamento sanitário adequado Fonte: IBGE, 2018

Pindamonhangaba teve sua emancipação política em 10 de julho de 1705, conforme a Lei Municipal nº 1336 de 09 de março 1973, o munícipio possui um distrito, Moreira César, distante 13 quilômetros da sede do município, o distrito de Moreira César é um dos maiores do Estado de São Paulo, possuindo 234 km2 de área, o que corresponde a aproximadamente 1/3 do território de Pindamonhangaba e com população estimada em 40.000 habitantes distribuídos por 30 localidades, entre bairros e loteamentos residenciais.

Figura 14: Mapa aéreo Moreira César (destaque) em Pindamonhangaba. Fonte: Imagem de satélite pelo aplicativo Microsoft Edge / Earthstar Geographics SIO 2018

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5.4 Desenvolvimento Humano - Dados IBGE TABELA 3: DADOS DA POPULAÇÃO DE ACORDO COM IBGE 2018

Figura 15: População Fonte: IBGE, 2018

GRÁFICO 05 – POPULAÇÃO DE ACORDO COM ÚLTIMO CENSO

Figura 16: Censo IBGE Fonte: IBGE, 2018

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GRÁFICO 06 – PIRÂMIDE ETÁRIA

Figura 17: Pirâmide etária Fonte: IBGE, 2018

5.5 Pindamonhangaba e os objetivos PNUD

Figura 18: Objetivos PNUD Fonte: Nações Unidas, 2015. Online.

35


Há quinze anos, durante a Cúpula do Milênio, realizada pelas Nações Unidas (ONU), 189 nações e 23 organizações internacionais se comprometeram com uma série de objetivos e metas para a melhoria das condições de vida das populações mais pobres do planeta. Àquela época, cerca de 1 bilhão de pessoas vivia na extrema pobreza, faltava água potável e alimentação adequada, assim como cuidados básicos com a saúde e serviços sociais necessários para a sobrevivência. Esse compromisso para combater a pobreza, a fome e outros males da sociedade ficou conhecido como Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), divididos em oito prioridades, 21 metas e 60 indicadores (PNUD).

Foram analisados dados quantitativos do município de Pindamonhangaba, e foi possível relacionar temas relevantes como a Longevidade, Renda e Educação, relacionados ao IDH, que contribuem e confirmam a proposta do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Unir forças de governos, setor privado, sociedade civil e cidadãos comuns para garantir que deixaremos um planeta melhor para as futuras gerações, com ações contra a pobreza, proteção do planeta e garantia de que todas as pessoas tenham paz e prosperidade que são os “Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, também conhecidos como Objetivos Globais” do PNUD.

De acordo com informações disponíveis na plataforma Atlas de consulta ao Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, dados extraídos dos Censos Demográficos de 1991, 2000 e 2010, mostram que o IDHH de Pindamonhangaba foi de 0,773, em 2010, o que situa o município na faixa de Desenvolvimento Humano Alto (IDHM entre 0,700 e 0,799). A dimensão que mais contribui para o IDHM do município é Longevidade, com índice de 0,843, seguida de Renda, com índice de 0,745, e de Educação, com índice de 0,736.

No item Longevidade, a pesquisa mostra que a mortalidade infantil (crianças com menos de um ano de idade) no município passou de 17,0 óbitos por mil nascidos vivos, em 2000, para 12,9 óbitos por mil nascidos vivos, em 2010. Em 1991, a taxa era de 29,7. Já na UF, a taxa era de 13,9, em 2010, de 19,4, em 2000 e 27,3, em 36


1991. Entre 2000 e 2010, a taxa de mortalidade infantil no país caiu de 30,6 óbitos por mil nascidos vivos para 16,7 óbitos por mil nascidos vivos. Em 1991, essa taxa era de 44,7 óbitos por mil nascidos vivos. Com a taxa observada em 2010, o Brasil cumpre uma das metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas, segundo a qual a mortalidade infantil no país deve estar abaixo de 17,9 óbitos por mil em 2015. O indicador utilizado para compor a dimensão Longevidade é a esperança de vida ao nascer. No município, a esperança de vida ao nascer cresceu 2,1 anos na última década, passando de 73,5 anos, em 2000, para 75,6 anos, em 2010. Em 1991, era de 67,5 anos. No Brasil, a esperança de vida ao nascer é de 73,9 anos, em 2010, de 68,6 anos, em 2000, e de 64,7 anos em 1991 segundo pesquisa da Atlas Brasil. Com relação a renda per capita média, foi possível verificar na pesquisa que o município apresentou um crescimento nas últimas duas décadas 61,10%, passando de R$ 512,75, em 1991, para R$ 662,88, em 2000, e para R$ 826,02, em 2010. Isso equivale a uma taxa média anual de crescimento nesse período de 2,54%. A taxa média anual de crescimento foi de 2,89%, entre 1991 e 2000, e 2,22%, entre 2000 e 2010. O Instituto de pesquisa Atlas Brasil, mostram também que a proporção de pessoas pobres, ou seja, com renda domiciliar per capita inferior a R$ 140,00 (a preços de agosto de 2010), passou de 20,31%, em 1991, para 15,73%, em 2000, e para 6,79%, em 2010. A evolução da desigualdade de renda nesses dois períodos pode ser descrita através do Índice de Gini (instrumento usado para medir o grau de concentração de renda), que passou de 0,56 em 1991 para 0,56 em 2000 e para 0,52 em 2010. No critério Educação foi utilizada a avaliação do IDEB (Índice de desenvolvimento da Educação Básica) que funciona como um indicador nacional e possibilita o monitoramento da qualidade da Educação pela população por meio de dados concretos, com o qual a sociedade pode se mobilizar em busca de melhorias. Para tanto, o IDEB é calculado a partir de dois componentes: a taxa de rendimento escolar (aprovação) e as médias de desempenho nos exames aplicados pelo Inep. Os índices de aprovação são obtidos a partir do Censo Escolar, realizado anualmente. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Pesquisas e Estatística) em 2015, os alunos dos anos inicias da rede pública da cidade tiveram nota média de 6.4 no 37


IDEB. Para os alunos dos anos finais, essa nota foi de 5. Na comparação com cidades do mesmo estado, a nota dos alunos dos anos iniciais colocava esta cidade na posição 202 de 645. Considerando a nota dos alunos dos anos finais, a posição passava a 229 de 645. A taxa de escolarização (para pessoas de 6 a 14 anos) foi de 98.2 em 2010. Isso coloca o município na posição 286 de 645 dentre as cidades do estado e na posição 1768 de 5570 dentre as cidades do Brasil. A proporção de crianças e jovens frequentando ou tendo completado determinados ciclos indica a situação da educação entre a população em idade escolar do estado e compõe o IDHM Educação. No município, a proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola é de 92,61%, em 2010. No mesmo ano, a proporção de crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino fundamental é de 91,09%; a proporção de jovens de 15 a 17 anos com ensino fundamental completo é de 71,03%; e a proporção de jovens de 18 a 20 anos com ensino médio completo é de 55,54%. Entre 1991 e 2010, essas proporções aumentaram, respectivamente, em 59,16 pontos percentuais, 35,34 pontos percentuais, 39,43 pontos percentuais e 40,21 pontos percentuais. A educação é a mais poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano. A meta é que meninas e meninos completem, gratuitamente, as escolas primária e secundária até 2030 de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Segundo a pesquisa a cidade Pindamonhangaba ocupa a 197ª posição entre os 5.565 municípios brasileiros segundo o IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano) que mede o progresso de uma nação a partir de três dimensões: renda, saúde e educação. Nesse ranking, o maior IDHM é 0,862 (São Caetano do Sul) e o menor é 0,418 (Melgaço), no estado de São Paulo. Nosso projeto para o Teatro Multiconfiguracional relaciona-se com os objetivos do PNUD, podemos observar através dos seguintes tópicos, Objetivo 3 - SAÚDE E BEM-ESTAR do PNUD, o projeto contempla um amplo espaço de lazer, oferecendo ao munícipe um local de lazer e aprendizado através da arte, o que garantindo uma vida mais saudável promovendo o bem-estar social para todos e todas as idades, classes sociais e diversidades, contribuindo para a convivência social em meio a 38


natureza, pois a sociabilidade, cognição, produtividade e são capazes de promover desenvolvimento humano. Ainda observamos o objetivo 4: EDUCAÇÃO DE QUALIDADE, nosso projeto através dos espaços Oficinas, salas que são abertas ao público em geral, é possível o acompanhamento ou participação em oficinas e ensaios, contribuindo para o interesse as mais diversas artes culturais: música, desenhos, danças entre outras. Objetivo - 6: ÁGUA LIMPA E SANEAMENTO. Nosso complexo através da captação de água de chuvas, contribui para diminuir a escassez de água que afeta mais de 40 por cento das pessoas do mundo, um número alarmante que irá crescer com o aumento da temperatura global do planeta, resultado da mudança global do clima. Nosso complexo possui cisternas que armazenam águas para reuso em limpeza de áreas externas e cuidados paisagísticos. Em concordância com o objetivo 7, o projeto possibilita um maior aproveitamento da luz solar, quando oferece ao público um amplo teatro ao ar livre.

5.6 Legislação – Zoneamento e uso do solo De acordo com dados obtidos no Plano Diretor de Pindamonhangaba, temos os seguintes tipos de zoneamento, são eles:

Zona de Interesse Ambiental – ZIA

Zona Central – ZC

Zona Mista – ZM

Zona de Predominância Residencial -ZPR

Zona Mista Especial ZMe

Zona de Proteção Ambiental e Desenvolvimento Estratégico – ZPADE

Zona Empresas Industriais Leves – ZEI a

Zona Empresas Industriais Média – ZEI b

Zona de Interesse Ambiental – ZIA

39


Figura 19: Mapa de Zoneamento Urbano de Pindamonhangaba Fonte: http://www.pindamonhangaba.sp.gov.br/

5.7 Plano Diretor do Município

O plano diretor de Pindamonhangaba tem em seu conteúdo dois artigos que tratam a região de desenvolvimento do projeto.

Artigo 92: •

A Zona de Proteção Ambiental e Desenvolvimento Estratégico – ZPADE, corresponde à área da Fazenda do Estado com uso predominante de preservação ambiental e institucional, que deverá ser objeto de um Plano Diretor de Desenvolvimento Estratégico, visando a pesquisa e o desenvolvimento ecológico nas diversas áreas do conhecimento, em parceria com o Governo do Estado. O coeficiente de Aproveitamento Básico e Máximo é de 0,1.

Artigo 93: 40


A Zona de Interesse Ambiental – ZIA, corresponde às áreas onde haja interesse na proteção ambiental e no uso sustentável. O coeficiente de Aproveitamento Básico e Máximo é de 0,1. Por se tratar de uma área estratégica para o município, realizamos consulta

junto ao departamento de planejamento e em conversa com o Sr. José Maurício Sales de Abreu - Diretor de Infraestrutura, o fato do projeto de teatro contemplar o plano de desenvolvimento na área cultural, foi permitido projetar além dos coeficientes definidos no plano diretor, que nos permitiu elaborar o projeto aqui apresentado. O perímetro de intervenção dentro do parque não possui edificações, sendo uma ampla área verde, e de fácil acesso como apresentado anteriormente, o que deu liberdade de ótimo aproveitamento.

6.

REFERENCIAL PROJETUAL

6.1 Teatro Total

Teatro Total de Walter Gropius, permitindo vária configurações de estilo, da arena ao palco italiano foi um projeto não edificado realizado para Erwin Piscator, sua caracterização remetia a democracia e não foi construído devido a ascensão do nazismo.

41


Figura 20: Teatro Total de Walter Gropius Fonte: http://www.vitruvius.com.br/

O projeto consistia em um espaço teatral variável e se modificava de acordo com as necessidades do espetáculo. Em nosso projeto acreditamos que o espaço Multiconfiguracional amplia o poder do espetáculo, diversifica aproxima o público para os eventos culturais.

6.2 Opera de Sydnei

A Ópera de Sydney se tornou símbolo da Austrália e entrou para a lista de Patrimônios da Humanidade da Unesco. O espaço, projetado pelo arquiteto dinamarquês Jorn Utzon no ano de 1959, está localizado na baía de Sydney e foi inaugurado apenas em 1973. Composto por cinco teatros, cinco estúdios de ensaio, dois auditórios, quatro restaurantes, seis bares e lojas de suvenires.

42


Figura 21: Opera de Sydnei Fonte: https://www.archdaily.com.br

Arquitetos

-

Jorn Utzon

Localização

-

Austrália

Arquiteto Responsável

-

Jorn Utzon

Ano do projeto 1973

Referencial relevante para o nosso projeto é ter um espaço Multiconfiguracional, permitindo não só um teatro, mas a possibilidade de existir cinco, seis teatros em um único lugar. A funcionalidade de configuração do espaço cênico é que permitiu este referencial.

6.3 Cidade Das Artes

A Cidade das Artes se localiza entre o mar e a montanha, no centro da baixada de catorze quilômetros de extensão que se desenvolveu recentemente no novo 43


grande bairro do Rio de Janeiro: Barra da Tijuca. O entorno é uniforme, de certo modo monótono, carente de traços urbanos fortes e de espaços públicos. O terreno é definido por duas avenidas que se cruzam. No centro desta cruz imaginada por Lucio Costa, a Cidade das Artes está no cerne da nova cidade. Cidade das Artes reúne em uma grande variedade de espaços: uma sala de concertos única no mundo, que pode se converter em sala de ópera e em teatro, uma sala de música clássica e de música popular, salas de cinema, de dança, de ensaio, áreas de exposição, restaurantes e uma midiateca.

Figura 22: Espaço Cidade das Artes. Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/01-158494/cidade-das-artes-slash-christian-de-portzamparc

Arquitetos

-

Christian de Portzamparc

Localização

-

Rio de Janeiro, Brasil

Área

-

46000.0 m2

Ano do projeto

-

2013

Referencial relevante para o nosso projeto uso do concreto, espelhos d’água dão charme a edificação, trazendo beleza e sofisticação. O espaço reúne uma grande variedade de espaços que pode se converter em sala de ópera e em teatro, uma sala de música clássica e de música popular, salas de cinema, de dança, de ensaio, áreas de exposição, restaurantes e uma midiateca. A obra um marco para a cidade, algo que pretendemos para o teatro Multiconfiguracional de Pindamonhangaba. 44


7.

REFERÊNCIAL TEÓRICO Apresentamos os arquitetos estudado para a teoria e o desenvolvimento do

projeto, sendo aplicadas algumas técnicas a fim de se obter um resultado satisfatório em conceito em arquitetura Teatral Robson Jorge, com sua obra, arquiteto especializado em arquitetura de auditórios, teatros, centros culturais e semelhantes, incluindo especialidades de acústica, cenotécnica e iluminação cênica, com dezenas de projetos e centenas de consultorias técnicas executadas em todo o Brasil. Walter Gropius (18 de maio de 1883, Berlim, Alemanha / Falecimento: 5 de julho de 1969, Boston, Massachusetts, EUA) considerado um dos principais nomes da arquitetura do século XX, tendo sido fundador da Bauhaus. Christian de Portzamparc é um arquiteto e urbanista francês. Graduou-se na École Nationale des Beaux Arts em Paris, em 1970 e desde então tem sido notado por seus projetos arrojados e seu toque artístico; seus projetos refletem uma sensibilidade com seus ambientes e a cidade é um princípio básico de seus trabalhos.

O projeto desenvolvido possui características que são definidas com o título deste trabalho: Teatro Multiconfiguracional de Pindamonhangaba, um espaço de arte, cultura e lazer. Que considera as variáveis de tipologias do espaço cênico, para atender diversas modelos de espetáculos, permitindo o desenvolvimento teatral, cultural e de lazer da cidade. Nossa proposta de um teatro que se modifica conforme o espetáculo e que recebeu o nome de Teatro Multiconfiguracional de Pindamonhangaba, é um teatro que pode assumir diversas configurações como, arena, semiarena, italiano, passarela e até um espaço vazio. Esse estilo de teatro não é algo novo, no brasil este tipo de arquitetura teatral é desenvolvida pelo arquiteto Robson Jorge, especializado em arquitetura de 45


auditórios, teatros, centros culturais. Nossa principal referência de layouts, Jorge é um dos arquitetos pesquisados com seus projetos para os Teatros: •

Cacilda Becker – Rio de Janeiro/RJ 1996.

Teatro Garagem – Brasília/DF 1998

Teatro SESC Prainha – Florianópolis/SC -2001

Teatro Oi Futuro – Rio de Janeiro/RJ 2001

O nome Teatro Multiconfiguracional, neologismo para designar esse tipo de espaço, ”teatro com múltiplas configurações”, surge com Jorge (Jorge, 2017, p. 30).

7.1 Projetos - Layouts Teatro Cacilda Becker

Teatro Cacilda Becker –

Figura 23: Teatro Calda Becker configurações

Figura 24: Teatro Calda Becker configurações

46


8.

ESTUDO DE CASO 8.1 Teatro Galpão

Nome

Teatro Galpão

Endereço

R. Luiza Marcondes de Oliveira, 2750 - Parque das Nações, Pindamonhangaba - SP, 12420-420

Tipologia

Italiano

Capacidade

220 Lugares

Palco

14 metros de boca, 7 metros profundidade

Visita

01 de setembro 2018

Fotos

Marcos Nunes Pereira

Pontos fracos

Sem espaço para ensaio varas fixas Sem espaço para os atores Copa pequena Galpão improvisado

O Município de Pindamonhangaba com grande potencial turístico, tem se destacado com diversos segmentos da cultura, podemos destacar alguns: •

Turismo Cultural e Religioso

Turismo de Negócio

Turismo de Estudo e Intercâmbio

Turismo de Aventura

Ecoturismo

Turismo de Eventos

Turismo Rural e de Pesca

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A cidade de Pindamonhangaba destaca-se pelo seu rico patrimônio natural, histórico e cultural, o que a torna uma cidade atrativa e acolhedora. A cidade também é um importante polo teatral, que mesmo possuindo um único e adaptado lugar para apresentações teatrais, é destaque nacionalmente, através da realização de um dos mais importante festival de teatro da região, o FESTE, realizado pela primeira vez em 1974. Uma cidade com vocação para o teatro. O sitio do Festival de Teatro de Pindamonhangaba, o FESTE, afirma: “Em 1974 o Prof. Diógenes Chiaradia Feliciano criou o Grupo Teatral São Francisco, realizou com esse grupo diversas apresentações no Salão Paroquial e nesse ano realizou na Associação Atlética Ferroviária o festival de teatro, que ganhou o nome de FESTE - que hoje é o nosso Festival Nacional de Teatro de Pindamonhangaba. Nos anos seguintes, Diógenes deparou-se com muitas dificuldades para prosseguir com o Festival. Mas a sua tenacidade foi conquistando a colaboração de seu grupo e comovendo alguns empresários, que foram cedendo o uso de seus espaços, possibilitando as apresentações. Em 1975 o Festival aconteceu novamente no Salão Paroquial, em outubro, com nove grupos participantes, tendo sido necessário o processo de seleção dos espetáculos, devido ao grande número de inscritos. Em 1976 foi realizado no então Cine São José. Em 1977 o Festival começou a ser realizado no Clube Literário e Recreativo, ali permanecendo até o ano 2000.”

Em uma reunião realizada em agosto de 2000, com o então prefeito do município senhor Vitor Ardito Lerário a comunidade artística da cidade juntamente com cidadãos interessados pela arte de Pindamonhangaba, foi firmado um acordo para que o município assumisse as despesas de um galpão para que o mesmo pudesse se transformas em um espaço de produção de arte, realização de cursos e oficinas para melhorar a qualidade técnica dos artistas da cidade, e oportunizar o surgimento de novos, contribuindo desta forma com uma produção mais eficaz da arte; surge o Teatro Galpão de Pindamonhangaba. Na ocasião foi decidido que quatro companhias de artes cênicas do município, Cia Teatral Cadê Otelo? Grupo Teatrando, Cia Teatral Controvérsias e Cia de Dança

48


Shivadélica, juntamente com a administração do município transformassem um galpão num teatro para a cidade. Já no ano de 2000, o espaço sediou o Festival de Teatro de Pindamonhangaba, o festival de teatro mais antigo da região. Em 2005 foi criada a Associação Cultural Cootepi, uma entidade civil de utilidade pública, após a criação da Cootepi, a associação tornou-se um parceiro efetivo da prefeitura de Pindamonhangaba e a partir de então vem realizando diversos festivais na cidade. •

Festival de Teatro de Pindamonhangaba – FESTE

Festival de Teatro de Pindamonhangaba – FESTIL

Festival de Poemas de Pindamonhangaba – FESTIPOEMA

Encontro de Artes Cênicas

Festival de Música da Juventude

Em 2011, o local foi fechado para reforma, reabrindo somente em 2013, e o teatro passou a chamar-se ESPAÇO CULTURAL TEATRO GALPÃO hoje possui atualmente as seguintes características: •

220 poltronas em formato de arquibancada

1 palco medindo 14,00m L x 7,00m P

Coxia de 2,00m de cada lado

04 pernas de cada lado e 05 varas fixas. TABELA 04 - TEATRO GALPÃO EM NÚMEROS

Ano

Dias utilizados

Público

2015

108

15.000

2016

248

23.285

2017

218

20.000

Tabela 1 TEATRO GALPÃO EM NÚMEROS Fonte: Departamento de Cultura da Prefeitura de Pindamonhangaba

8.2 Teatro Galpão – Fotos

49


Foto 1 Fachada Teatro Galpão

Fonte: Arquivo pessoal do autor, 2018

Foto 2 Hall de Entrada Teatro Galpão

Fonte: Arquivo pessoal do autor, 2018.

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Foto 3: Poltronas estofadas Teatro Galpão

Fonte: Arquivo pessoal do autor, 2018.

Foto 4: Visão palco Teatro Galpão

Fonte: Arquivo pessoal do autor, 2018.

51


Foto 5: Visão varas de iluminação Teatro Galpão

Fonte: Arquivo pessoal do autor, 2018.

Foto 6: Visão do palco Teatro Galpão

Fonte: Arquivo pessoal do autor, 2018.

52


Foto 7: Visão das poltronas a partir do palco Teatro Galpão

Fonte: Arquivo pessoal do autor, 2018.

Foto 8: Copa Teatro Galpão

Fonte: Arquivo pessoal do autor, 2018.

53


Foto 9: Área para os atores Teatro Galpão

Fonte: Arquivo pessoal do autor, 2018.

8.2.1 Problemática

O Teatro Galpão de Pindamonhangaba não atende as expectativas do município, percebeu-se através de relatos obtidos em entrevista e nos estudos apresentados, a necessidade de criar para a cidade um local adequado. Verificamos que o Teatro Galpão é um atrativo para Pindamonhangaba, que recebe anualmente diversos eventos, e como foi identificado na tabela 5.2.1.1 Tabela 03 – Teatro Galpão em números, que somente nos últimos 3 anos, 2015, 2016 e 2017, recebeu um total de 52.285 espectadores; Não está contabilizado nesta conta, atores, pessoal de apoio e funcionários. No anexo 1, é possível verificar entrevista realizada com Mauro Moraes, ator e atuante no departamento de cultura de Pindamonhangaba, que nos recebeu para um bate papo descontraído sobre o tema deste trabalho. O Teatro Galpão de Pindamonhangaba, assume responsabilidade como espaço cultural muito distante do que a cidade merece. Um local adaptado sem 54


características de teatro. Mesmo que atualmente receba espetáculos e muitos espectadores, existem outros fatores que estão ocultos e passam desapercebidos. Questões como segurança e acessibilidade precisam ser questionados.

8.3 Teatro Metrópole de Taubaté – visita Técnica

Nome

Teatro Metrópole

Endereço

R. Duque de Caxias, 312 - Centro, Taubaté CEP 12020-050

Tipologia

Italiano

Capacidade

556 Lugares

Palco

13 metros de boca, 9 metros profundidade

Visita

012 de setembro 2018

Fotos

Marcos Nunes Pereira

Nome

Teatro Metrópole

Tipologia

Italiano

Fotos

Marcos Nunes Pereira

Foi importante realizar visitas técnicas aos teatros próximos ao município de Pindamonhangaba, as informações obtidas contribuíram para um melhor entendimento da arquitetura destes prédios e sua relação com a cultura teatral, suas estruturas, observando os fatores positivos e negativos, com isto foi possível elaborar um projeto que seja o mais adequado possível. O Teatro Metrópole foi construído em 1919 e inaugurado em 21 de junho de 1921. Inicialmente chamado de “Cine-Teatro Polytheama”. Contando com diversos estilos arquitetônicos como Art Noveau e Neoclassicismo, após um período inativo o prédio foi reinaugurado no ano e 1939 como Cine Metrópole.

55


Figura 25: Mapa aéreo centro Taubaté – Teatro Metrópole. Fonte: Imagem de satélite pelo aplicativo Microsoft Edge / Earthstar Geographics SIO 2018

Em 1986 passou a integrar o Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural da cidade e após muitas reformas, em 1999 o município adquiriu o imóvel adequando o prédio as mais modernas técnicas de uso e segurança para o público. Com capacidade para 565 lugares, a casa passou por um último reparo em 2008, quando adicionou banheiros e acesso especial para cadeirantes. Construído no coração da cidade, além de grandes espetáculos o teatro ainda é palco dos principais eventos artísticos do município como a Mostra e o Festival de Teatro de Taubaté. Em visita realizada no dia 12 de setembro de 2018, fomos recepcionados pelo Técnico e ator Maximiliano Gomes que gentilmente nos apresentou o espaço e forneceu dados importantes para uma compreensão mais refinada das áreas que compõe um teatro, mostrando e explicando os seguintes dados: • • • • •

Coxia: Espaço destinado para atores que aguardam seu momento de apresentação. Perna: Tecido que auxilia no encurtamento ou aumento do palco. Geralmente são de tecido grosso, na cor preta e possuem de 5 a 10 metros de altura, conforme o pé direito sobre o palco. Ciclorama: Painel ao fundo utilizado para reprodução de imagens. Rotunda: Pano preto que auxilia na saída de atores de cenas, fica ao fundo do palco. Varas: Barra que são utilizadas para fixação de iluminação. 56


Urdinamento: espaço sobre o palco 9.3.1 Teatro Metrópole Taubaté – Fotos

Foto 10: Palco Teatro Metópole

Fonte: Arquivo pessoal do autor, 2018.

Foto 11: Palco e poltronas Teatro Metrópole

Fonte: Arquivo pessoal do autor, 2018.

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Foto 12: Poltronas Teatro Galpão

Fonte: Arquivo pessoal do autor, 2018.

Foto 13: Varas de iluminação Teatro Metrópole.

Fonte: Arquivo pessoal do autor, 2018.

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Foto 14: Mecanismo para controle varas Teatro Metrรณpole.

Fonte: Arquivo pessoal do autor, 2018.

Foto 15: Mecanismo para controle varas Teatro Metrรณpole.

Fonte: Arquivo pessoal do autor, 2018.

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Foto 16: Entrada sala de espetรกculos Teatro Metrรณpole.

Fonte: Arquivo pessoal do autor, 2018.

Foto 17: Mapa de poltronas Teatro Metrรณpole.

Fonte: Arquivo pessoal do autor, 2018.

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Foto 18: Fachada Teatro Metrópole.

Fonte: Arquivo pessoal do autor, 2018.

8.4 Teatro loccitane – Visita Virtual

Nome

Teatro loccitane

Endereço

Estrada Municipal de Trancoso km 19- Trancoso BA - CEP 45.818-000

Tipologia

Italiano

Capacidade

Teatro fechado -1000 Lugares Teatro aberto -1000 Lugares

Pesquisa Fotos

2018 https://teatroloccitane.com.br

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Foto 19: Teatro Loccitane - Vista

Fonte: https://teatroloccitane.com.br

Foto 20 : Teatro Loccitane – årea coberta

Fonte: https://teatroloccitane.com.br

62


Foto 21: Teatro Loccitane – Palco aberto

Fonte: https://teatroloccitane.com.br

Foto 22: Sala Oficina

Fonte: https://teatroloccitane.com.br

63


9.

PARTIDO ARQUITETÔNICO

O local de intervenção para desenvolvimento de nosso projeto, Parque da Cidade, encontra-se em uma área privilegiada da região, e passam por ele importantes avenidas de ligação de vários pontos importantes do município. Um local amplo, com boa ventilação, boa insolação e praticamente plano, sem grandes desníveis. A construção de um equipamento cultural irá consolidar ainda mais a grande área do parque, oferecendo aos usuários e ao público teatral um espaço adequado, com uma sensação de conforto, segurança e que irá contribuir para o convívio e apreciação da arte, cultura e lazer. A palavra grega “theatron”, significa literalmente “lugar de ver”, afirma Evelyn Lima (2010, p. 10). E neste sentido nosso partido arquitetônico é lugar de ver. Lugar de ver espetáculos, cultura e arte. De características contemporânea, edificado em concreto, aço e madeira laminada colada, o projeto surge da concepção de um térreo em um desnível, blocos laterais em um nível acima e um terceiro e amplo espaço ao ar livre, que recebe em sua cobertura um teatro em estilo italiano, com uma arquibancada descoberta e palco em concreto.

10. TERRENO 10.1

Análise do terreno

O local escolhido para desenvolvimento do projeto é a FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO, hoje denominado Parque da Cidade de Pindamonhangaba, localizado no endereço:

Avenida Professor Manoel César Ribeiro, 4338-4630, Bairro Cidade Nova - Pindamonhangaba/SP CEP: 12.411-010

64


Com uma área total de 476.000m², o parque é administrado pela prefeitura municipal e encontra-se aberto à população, estando a 6km do centro da cidade, oferece as seguintes atrações para o público: • • • • • • • • • •

Pista de caminhada e corrida. Bicicletas gratuitas. Trilhas em contato com a natureza. Mesas para piqueniques. Bebedouros inclusive para cães. Playgrounds para as crianças. Mesas de jogos. Área de estacionamento. Pista para bicicletas estilo Cross 2 quadras de areia uma para futebol e outra para vôlei.

O local de intervenção é uma área com aproximadamente 11.300m² dentro do Parque da Cidade, escolhida previamente junto a prefeitura após visita ao Setor de Infraestrutura e Planejamento em conversa com o diretor de planejamento da prefeitura, senhor José Maurício2.

A área de intervenção foi definida em visita ao setor de Planejamentos de Pindamonhangaba quando foi apresentado a proposta de desenvolvimento de um projeto de teatro para a cidade, tema do trabalho final de graduação para o curso de Arquitetura em Urbanismo, e foi de encontro com o objetivo do setor, que planeja a construção de um novo espaço que contemple apresentações artísticas e culturais para a cidade. O Parque da Cidade é um espaço de fácil acesso a população, o endereço pertence ao um trecho do anel viário Dr. Geraldo José Rodrigues Alckmin, o anel viário tem acesso fácil de qualquer ponto da cidade para aquele que se deslocam de automóveis, em seu entorno possui ciclo-faixas o que permite acesso ao ciclistas e a empresa de transportes urbanos da cidade mantem uma linha de ônibus regular saído do centro da cidade e de bairros, passando na entrada principal do parque.

2

José Maurício Sales de Abreu - Diretor de Infraestrutura da Prefeitura Municipal de Pindamonhangaba.

65


Figura 26: Mapa aéreo da cidade de Pindamonhangaba. Fonte: Adquirida pelo autor, através de imagem de satélite pelo aplicativo Google Earth, 2018

Figura 27: Mapa aéreo da região de intervenção. Fonte: Adquirida pelo autor, através de imagem de satélite pelo aplicativo Google Earth, 2018

66


Foto 23: Portal Parque da cidade Pindamonhangaba

Fonte: Arquivo pessoal do autor, 2018.

Foto 24: Parque da Cidade: João Antonio de Oliveira – Zé do Jornal

Fonte: Arquivo pessoal do autor, 2018.

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Foto 25 : Parque da cidade

Fonte: Arquivo pessoal do autor, 2018.

Foto 26: Parque da cidade Pindamonhangaba

Fonte: Arquivo pessoal do autor, 2018.

68


Foto 27: Parque da cidade

Fonte: Arquivo pessoal do autor, 2018.

Foto 28: Parque da cidade

Fonte: Arquivo pessoal do autor, 2018.

69


Foto 29: Parque da cidade

Fonte: Arquivo pessoal do autor, 2018.

Foto 30: Parque da cidade

Fonte: Arquivo pessoal do autor, 2018.

10.2

Levantamento climático Pindamonhangaba

10.2.1 Coordenadas geográficas •

Latitude Sul......................................................22º55’50" 70


Longitude Ocidental.........................................45º27’22"

10.2.2 Análise de Insolação - Carta Solar

Figura 28: Mapa de região – Análise carta solar Fonte: https://www.sunEarthtools.com

Foto 31: Mapa de região – Análise carta solar Fonte: https://www.sunEarthtools.com

71


A carta solar para a região de intervenção possibilitou compreender como é a incidência do sol para o local e como beneficiar-se da iluminação natural. 10.2.3 Análise do clima e temperatura •

Clima : sub-tropical quente, inverno seco com baixa pluviosidade.

Temperaturas Médias Anuais : 17º C a 27º C

Temperaturas Verão : Mínima = 21º C e Máxima = 32º C

Umidade Relativa do Ar : média anual = 75,9%

Temperatura do Ar : 20,4º C

GRÁFICO 07 –

Índice de temperatura em Pindamonhangaba

Figura 29: Índice temperatura

Fonte: https://www.ncdc.noaa.gov

10.3

Análise de Pluviometria

GRÁFICO 08 – PRODUTO INTERNO BRUTO PER CAPTA

Média anual = 1000 mm (chuvas bem distribuídas durante o ano).

72


Figura 30: Índice pluviométrico

Fonte: https://www.ncdc.noaa.gov/

10.4

Regime dos ventos

O movimento dos ventos no Município é influenciado pela topografia da região. A circulação do vento de superfície se processa predominantemente nas direções NE, SO e E, em qualquer época do ano, isto é, o vento sopra no corredor formado pelas duas Serras. Pode-se verificar nas imagens obtidas através do software WINDFINDER a direção do vento na região de intervenção para o mês de outubro de 2018, observouse que o houve alterações significativas.

Figura 31: Mapa de região – Análise direção do vento

Fonte: https://pt.windfinder.com

73


Figura 32: Mapa de região – Análise direção do vento

https://pt.windfinder.com/#14/-22.9250/-45.4372/2018-10-18T18:00Z - 18/10/2018

Após verificação dos dados climáticos para a região de intervenção, foi percebido que o elemento natural vento que incide no local, por ter diversas direções oferece ao local ventilação satisfatória. 10.5

Rios:

Pindamonhangaba recebe a passagem do Rio Paraíba do Sul que é o resultado da confluência dos rios Paraibuna e Paraitinga, que nascem no estado de São Paulo e seus cursos d’água percorrem a região de Minas Gerais até desaguar no Oceano Atlântico, em São João da Barra (RJ).

Figura 33: Mapa de região – Rios

Fonte: http://gripbsul.ana.gov.br

74


Afluentes: Rio Piracuama; Rio Uma Ribeirão do Curtume Ribeirão Tapanhão, Ribeirão Grande.

Figura 34: Mapa de região – Afluentes

Fonte: Imagem do auto extraída com uso do software QGIS

11. REGIÃO DE INTERVENÇÃO – DADOS DO ENTORNO

As vias de acesso à região de intervenção são vias tronco, estruturais do tipo 2 inter-regional e tipo 3 inter-bairros, permitindo fluxo continuo e fácil, que facilitam o fluxo de automóveis dos munícipes e de veículos que chegam da Rodovia Presidente Dutra. Vale lembrar que o local conta com ciclo-faixas em toda sua extensão.

Figura 35: Mapa Sistema Viário- Anexo 1 - Pindamonhangaba.

Fonte: http://www.pindamonhangaba.sp.gov.br

75


Figura 36:Mapa Sistema Viário - Anexo 2 - Pindamonhangaba.

Fonte: http://www.pindamonhangaba.sp.gov.br

O local de intervenção está amplamente consolidado, em seu entorno temos grandes bairros, comercio, serviços, hospitais e uma grande rede hoteleira. Bairros próximos: • • • • • •

Jardim Santa Cecília. Residencial Maricá. Vila Nossa Sra. Das Graças. Residencial São Sebastião. Jardim Santa Luzia. Parque Ipê.

76


Figura 37: Mapa aéreo da região de intervenção

Fonte: Adquirida pelo autor, através de imagem de satélite pelo aplicativo Google Earth, 2018

11.1

Perfil do entorno

Figura 38:Mapa aéreo região – perfil do entorno.

Fonte: Adquirida pelo autor, através de imagem de satélite pelo aplicativo Google Earth, 2018

• • • •

Posto da Policia Militar do Estado de São Paulo. Unidade do Poupa Tempo do Governo do Estado de São Paulo. Hipermercado. Pronto Socorro Municipal

Próximo ao Parque da Cidade, local onde encontra-se a região de intervenção existe excelentes opções de hospedagem, contando com estabelecimentos em ótimas condições para atendimento a turistas. Hotéis em destaque: 77


Figura 39: Rede hoteleira.

Fonte: Adquirida pelo autor, através de imagem de satélite pelo aplicativo Google Earth, 2018

Hotel Sleep Inn Pinda Avenida Dr. Francisco Lessa Junior, 2385, Pindamonhangaba-SP Tel.: (12) 3550-0663 www.sleepinnPindamonhangaba.com.br – 200 apartamentos / 101 leitos

Foto 32: Hotel SleepIn.

Fonte: www.sleepinnPindamonhangaba.com.br

Hotel Intercity Pátio Pinda - Rua Alclides Ramos Nogueira, 782, Pindamonhangaba-SP Tel.: (12) 2126-3000 - 126 apartamentos / 250 leitos 78


Foto 33: Hotel InterCity

Fonte: Fonte: Adquirida pelo autor, através de imagem de satélite pelo aplicativo Google Earth, 2018

Colonial Plaza Hotel - Avenida nossa senhora do Bom Sucesso, 4201Pindamonhangaba-SP. Tel.: (12) 3644-3644 www.colonial plazapinda.com.br - 131 apartamentos / 250 leitos

Foto 34: Hotel Colonial Plaza

Fonte: www.colonialplazapinda.com.br

Hotel Majore - Rodovia Vereador Abel Fabricio Dias, 2902, Água Preta, Pindamonhangaba-SP Tel.: (12) 3644-1200 http://www.majorehotel.com.br/ - 80 apartamentos / 150 leitos 79


Foto 35: Hotel Majore

Fonte: http://www.majorehotel.com.br/

12. VISÃO AÉREA

Foto 36: Visão Aérea

Fonte: Fonte: Adquirida pelo autor, através de imagem de satélite pelo aplicativo Google Earth, 2018

80


12.1

Visão Macro e Micro

Figura 40: Destaque Região Vale do Paraiba/SP

Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/User:Raphael.lorenzeto

Em Janeiro de 2012, O Governo do Estado de São Paulo cria através da lei complementar número 1.166 a Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte que estabelece o planejamento regional para o desenvolvimento socioeconômico e a melhoria da qualidade de vida na região. Integram a Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, participa deste polo Pindamonhangaba e os seguintes municípios: Aparecida, Arapeí, Areias, Bananal, Caçapava, Cachoeira Paulista, Campos do Jordão, Canas, Caraguatatuba, Cruzeiro, Cunha, Guaratinguetá, Igaratá, Ilhabela, Jacareí, Jambeiro, Lagoinha, Lavrinhas, Lorena, Monteiro Lobato, Natividade da Serra, Paraibuna, Piquete, Potim, Queluz, Redenção da Serra, Roseira, Santa Branca, Santo Antonio do Pinhal, São Bento do Sapucaí, São José do Barreiro, São José dos Campos, São Luiz do Paraitinga, São Sebastião, Silveiras, Taubaté, Tremembé e Ubatuba. A lei nª 1.166 em seu artigo 4º, divide as regiões em 5 sub regiões:

81


I - Sub-região 1: Caçapava, Igaratá, Jacareí, Jambeiro, Monteiro Lobato, Paraibuna, Santa Branca e São José dos Campos; II - Sub-região 2: Campos do Jordão, Lagoinha, Natividade da Serra, Pindamonhagaba, Redenção da Serra, Santo Antônio do Pinhal, São Bento do Sapucaí, São Luis do Paraitinga, Taubaté e Tremembé; III - Sub-região 3: Aparecida, Cachoeira Paulista, Canas, Cunha, Guaratinguetá, Lorena, Piquete, Potim e Roseira; IV - Sub-região 4: Arapeí, Areias, Bananal, Cruzeiro, Lavrinhas, Queluz, São José do Barreiro e Silveiras; V - Sub-região 5: Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba. Extensa, a região concentra mais de 2,5 milhões de habitantes, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2018, e gerou 5,3% do Produto Interno Bruto (PIB) paulista em 2015. A Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte – RMVPLN, está situada entre as duas Regiões Metropolitanas mais importantes do país: São Paulo e Rio de Janeiro. Destacando-se pela intensa e diversificada atividade econômica. A produção industrial é altamente desenvolvida, predominando os setores automobilístico, aeronáutico, aeroespacial e bélico nos municípios localizados no eixo da Rodovia Presidente Dutra. Destacam-se também as atividades portuárias e petroleiras no Litoral Norte e o turismo na Serra da Mantiqueira, Litoral e cidades históricas. A região caracteriza-se, ainda, por abrigar importantes patrimônios ambientais de relevância nacional, como as Serras da Mantiqueira, da Bocaina e do Mar, e pelas fazendas de valor histórico e arquitetônico.

A cidade de Pindamonhangaba destaca-se na região pelo grande polo industrial e pelo pelos eventos culturais

82


Município

Área (km²)¹

Pindamo-

730,00

População

Densidade Demográfica

TGCA

PIB 2015

2018¹

2018 (hab/km²)¹

2010/2018 (%)²

(mil reais)¹

166.475

228,05

1,57

6.640.810

nhangaba

A área de intervenção está localizada dentro da macrozona urbana e situa-se uma área dentro do município com 150.000.78m².

O Parque da Cidade, local onde está inserida a área de intervenção encontrase na microrregião ZPAD = Zona de Proteção Ambiental e Desenvolvimento Estratégico.

Figura 41: Mapa de Zoneamento de Pindamonhangaba

Fonte: http://www.pindamonhangaba.sp.gov.br/planodiretor/mapas.asp

83


13. PROGRAMA DE NECESSIDADES TABELA 5: PLANO DE NECESSIDADES TEATRO MULTICONFIGURACIONAL

Plano de necessidades Teatro Multiconfiguracional Área externa Local

Descrição

Quantidade

Praça

Espaço de circulação pública

1

Teatro Livre

Espaço externo descoberto para eventos 1 culturais

Rampas

Rampas de acesso ao teatro livre

1

Escada

Escada

1

Elevador

Elevadores acesso subsolo, térreo e 5 palco aberto

Banheiros

Banheiros destinado ao público, 2 feminino e masculino (Espaço com cabines) Fem = 10 , Masc = 8 cab + 8 mic

Espelho D’água

Espelho D’água .

Estacionamento 1

Estacionamento para profissionais e 1 funcionários do teatro

Estacionamento 2

Estacionamento para publico

2

1

Áreas internas Administrativas - Térreo Local

Descrição

Quantidade

Administração Térreo

Salas para setor administrativo

3

Copa Administrativo

Local para alimentação de funcionários

1

Banheiros Administração

Banheiros feminino e masculino para 2 funcionários, espaço com cabines :

84


Fem = 4 , Masc = 3 + 3 mic Banheiros acessíveis Banheiros acessíveis Administração Fem / Masc

2

Banheiros Administração

Banheiros visitantes

2

Arquivos/almoxarifado

Almoxarifado

1

Sala Reuniões

Sala reunião

1

Banheiros térreo

públicos Banheiros feminino e masculino, espaço 2 com cabines : Masc = 8 cabines, 9 mic, 3 cab. acessíveis Fem = 10 cabines, 3 acessíveis

Oficinas

Espaços destinados para treinamentos e oficinas

Sala público

atendimento Espaço para atendimento ao público uso 2 geral

Enfermaria

ensaios, 10

Enfermaria

1

Áreas internas Subsolo Salão principal

Espaço Multiconfiguracional

1

Palco 1

Palco fixo

1

Palco 2

Palco móvel/configurável

1

Banheiros térreo

públicos Banheiros feminino e masculino, espaço 2 com cabines : Masc = 8 cabines, 9 mic, 3 cab. acessíveis Fem = 10 cabines, 3 acessíveis

Camarins Especiais

Camarins especiais individuais

Camarim

Camarim de uso geral

com

banheiros 2 1

85


Banheiros atores

Banheiros equipados com chuveiros:

2

Feminino com 4 cabines sendo 1 acessível, 4 cabines de banho 1 acessível. Masculino com 3 cabines sendo 1 acessível, 3 cabines de banho 1 acessível.

Tecnologia

Sala de tecnologia

1

Almoxarifado

Almoxarifado

1

Copa artistas

Espaço para refeições dos artistas

1

Coxia

Área técnica para artistas/atores

2

Apoio

Sala apoio

1

Nota:

14. SETORIZAÇÃO DO PREDIO

14.1

Área de implantação •

Av. Prof. Cesar Ribeiro x Av. Geraldo José Rodrigues Alckmin - Bairro Cidade Nova - `Pindamonhangaba/SP

O Teatro Multiconfiguracional está modulado em partes, o que facilita o desenvolvimento do projeto, seccionando os espaços, ciando um ambiente mais agradável. Desta maneira o projeto é compreendido em 4 unidades interligadas e um amplo vão entre o setor 2 e 3. 14.2

Setorização – Modulação

1. Teatro Multiconfiguracional – Nível -5,00. 2. Salas administrativas – Suporte - Atendimento – Nível 0,0. 86


3. Camarins, Salas Adm, Acessos – Nível -5 até nível + 4,00. 4. Teatro ao ar livre – Nível 4,00.

Figura 42: Modulação teatro

14.3

MÓDULOS - Detalhamento

Composição dos módulos projeto Teatro Multiconfiguracional Módulo 1:

Figura 43: Modulação teatro - Subsolo

O módulo 1 compreende o espaço teatral multiconfigurável, possuindo os espaços de uso técnicos e salas adicionais para utilização de profissionais, o local poderá ser configurado em até 6 tipologias através de arquibancadas modulares, contém um palco móvel e um palco fixo. 87


Módulo 2

Figura 44: Modulação teatro - Térreo

Composto pelo setor administrativo, terá em sua área externa um espaço para uso do público, com café e um espaço de apreciação.

Módulo 3 Espaço reservado a áreas técnicas.

Figura 45: Modulação teatro - Ligação Subsolo, Térreo e Superior

88


Módulo 4 Teatro ao ar livre.

Figura 46: Modulação teatro - Arquibancada Teatro Livre

15. FLUXOGRAMA

Entrada / Saída Estacionamento 1 (Carga / Descarga / Funcionários)

Estacionamento 2 TÉRREO

(Público)

Administração Salas para oficinas Bicicletário

Alimentação Banheiros

SUBSOLO

SUPERIOR

Espaço

Teatro Livre

Multiconfiguracional

Palco

Banheiros

Arquibancada

Camarins

89


16. ESPAÇO MULTICONFIGURACIONAL - SUBSOLO Apresentação de alguns layouts .

Layout: 1

Layout: 2

90


Layout: 3

Layout: 4

91


Layout: 5

Layout: 6

92


Layout: 7

Layout: 8

93


17. CROQUIS

Croqui 1:

Croqui 2:

Croqui 3

94


Croqui 4

Croqui 5

95


18. VOLUMETRIA

Volumetria 1

Volumetria 2

Volumetria 3

96


Volumetria 4

Volumetria 5

97


19. CONSIDERAÇÕES FINAIS O desenvolvimento deste projeto, permitiu conhecer a arquitetura teatral e suas particularidades. É oportuno citar a dificuldade de se obter material que retrate a arquitetura teatral no pós-modernismo, as informações existentes relatam obras de séculos anteriores ao atual, e no Brasil não temos uma cultura de ensino para estas edificações. Tivemos ainda a oportunidade de conhecer aspectos culturais de nossa cidade Pindamonhangaba e sua relação com o teatro. Após este estudo e maior entendimento, verificou-se que os espaços teatrais em sua grande maioria não são projetados com a visão do artista, o principal responsável pela magia dos espetáculos, muito menos com olha do público. Nossa proposta apresenta um estudo que possibilita o desenvolvimento de um espaço com a função de suprir esta lacuna, um teatro que atenda um número maior de espetáculos, proporcionando um ambiente agradável, para atores, equipes de apoio e público. Oferecendo oportunidades a todas as faixas etárias, um local agradável e acessível. O Teatro Multiconfiguracional de Pindamonhangaba, foi projetado para atender uma grande gama de espetáculos, seu espaço configuracional, permite a utilização sob a ótica do espetáculo ou evento, uma vez que o espaço pode ser ajustado de diversas maneiras. O térreo possui espaços para oficinas e ensaios que possibilitam a acompanhamento do público, sem que haja interferências e por último o grande teatro livre, um palco elevado e uma arquibancada descoberta, oferecendo para os atores e ao público uma opção agradável de espetáculos ao ar livre.

98


20. REFERENCIAL BIBLIOGRAFICO

BUXTON, Pamela. Manual do Arquiteto: Planejamento, dimensionamento e projeto. Tradução Alexandre Salavaterra – 5ª Ed--. Porto Alegre: Bookman, 2017.

CARVALHO JUNIOR, Roberto de. Instalações elétricas e o projeto de arquitetura. São Paulo: Blucher, 2015.

CARVALHO JUNIOR, Roberto de. Instalações hidráulicas e o projeto de arquitetura. São Paulo: Blucher, 2016. FERREIRA, Avany de Francisco; Mello, Mirela Geiger. FDE - Arquitetura escolar Paulista – estruturas pré-fabricadas. São Paulo: FDE – Diretoria de Obras e Serviços, 2006.

JORGE, Robson. Teatros multiconfiguracionais: o espaço cênico experimental como um jogo de amar. Rio de Janeiro: FUNARTE,2017.

LIMA, Evelyn F. Werneck; Cardoso, Rocardo J. Brugger. Arquitetura e teatro. O edificio teatral de Andrea Palladio a Christian de Portzamparc. Rio de Janeiro: Contra Capa/Faperj, 2010.

MASSERAN, Paulo Roberto. Theatro Paulista (1840-1930): fundamentos da arquitetura teatral em São Paulo. São Paulo: Editora Unesp, 2011.

NEUFERT, Ernst, 1900-1986. A arte de projetar em arquitetura / Ernst Neufert. Tradução Benelisa Franco. --18ª ed. --. São Paulo: Gustavo Gili, 2013.

POLLIO, Vitruvius. Tratado de arquitetura Vitrúvio. Tradução M. Justino Maciel. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

CTAC. Disponível em http://www.ctac.gov.br, Acesso em 26/08/2018

Sitio da prefeitura Municipal de Pindamonhangaba, disponivel no endereço: http://www.pindamonhangaba.sp.gov.br- Acesso em 04/09/2018

99


SunEarthTools.com - Ferramentas de energia solar. https://www.sunEarthtools.com/ Acesso em 17/10/2018. Siqueira, Sônia. Do Théatron grego à caxa mágica barroca. Disponível em http://publicacoes.fatea.br/index.php/angulo/article/view/1206/945 - Acesso em 10/11/2018. Teatro grego x teatro romano – Disponível em: http://turomaquia.com/teatro-grego-x-teatro-romano/ Acesso em 10/11/2018. Urssi, N. J. A Linguagem Cenográfica. [Dissertação de mestrado]. São Paulo ECA/USP, 2006. Windfinder - Serviço meteorológico para relacionadas ao vento. Disponível em: https://pt.windfinder.com/ Acesso em 17/10/2018. Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil – Disponível em: http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil_m/2928 - Acesso em 15/11/2018 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/pindamonhangaba/panorama - Acesso em 15/11/2018. PNUD Brasil – Disponível em: http://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/idh0/conceitos/o-que-e-o-idh.html Acesso em 15/11/2018

100


21. ANEXOS

21.1

Anexo 01- Transcrição resumida/adaptada da entrevista:

Entrevista

com

Mauro

Moraes

do

Departamento

de

Cultura

de

Pindamonhangaba, realizada em 27 de agosto de 2017. •

Entrevistado: Mauro Moraes

Local: Departamento de Cultura de Pindamonhangaba.

Endereço: Palecete 10 de Julho

Rua Deputado Claro César, 33 – Centro – Pindamonhangaba/SP

CEP: 12.400-220

Telefone: (12) 3642-1080 / 3642-2690

E-mail: cultura@pindamonhangaba.sp.gov.br

Data: 27/08/2018

A entrevista foi em forma de um bate papo, e a transcrição tenta ser o mais fiel possível desta conversa, o áudio original encontra-se no endereço: Pasta Google Drive: https://drive.google.com/drive/folders/1Vtji67JFzNK-BPfaTO7w6tg6tu3zjzoM?usp=sharing

Marcos: ...O melhor departamento para eu tratar de assunto acredito ser o departamento de cultura, Mauro o que você pode me dizer sobre este projeto? Mauro: ... É bem interessante esta questão de teatro e você ter vindo até aqui e nos procurar, pois este setor que você irá obter as especificações para um teatro, ou mesmo tentar chegar a um ideal...para que o artista possa realmente fazer seu teatro, não adianta você construir um auditório, achando que é um teatro. 101


Marcos: Realmente existe muito disto...as pessoas constroem um espaço, um quadrado e diz estou construindo uma casa de show, e teatro não é isso.

Mauro: Existem questões de acústica, questões de altura, iluminação...que em um teatro mesmo, aliás nosso teatro é um espaço adaptado... ele cumpre sua função, mas não é um teatro... Marcos: Era um galpão exatamente?

Mauro: Sim, era um galpão, e uns grupos de teatro reuniram-se e fizeram uma cooperativa de teatro e com o tempo o espaço foi se adaptando...hoje não é mais uma cooperativa...era um local para apresentações e ao passar do tempo ele foi sendo um local para apresentação teatral.

Mauro: Um teatro, você precisa que as varas desçam, sempre precisa que as varas desçam para cuidar da iluminação...e ali elas não descem!...e os técnicos tem que subir, perde-se muito tempo... se elas descessem seria muito melhor...é muito difícil...um teatro para ser teatro tem que ter toda esta perspectiva...exemplo, um caminhão com cenário consegue chegar ao palco...um exemplo é o teatro de Caraguatatuba que possui uma rampa de acesso ao palco... Mauro: Já existiu na cidade um projeto de construção de teatro em gestões passadas...existiu até uma maquete...mas este projeto não foi pra frente...hoje não sei dizer se existe um projeto.

Marcos: Você acredita que a cidade comporta um teatro?...Pindamonhangaba realiza o FESTE, festival de Teatro, a cidade de Pindamonhangaba respira cultura?

102


Mauro: ...olha é muito legal Marcos, falarmos sobre isto...além de trabalhar no departamento de cultura eu sou ator. Nossa região do Vale do Paraíba a nossa cidade tem tradição no teatro...no fazer teatral...temos companhias bem interessantes...ao longo de nossa história a gente teve companhias que passaram pela cidade e tiveram destaque na região, hoje a gente ainda continua este destaque...e por isso que é necessário um teatro...não só pelo teatro, mas pela dança que vem crescendo e por tudo que um teatro pode receber...quando pensamos em um teatro, acho que tem que ser um lugar multidisciplinar, ele tem que ser um teatro, tem que ter uma sala de exposição...tem que ter uma sala de ensaio...tem que ter uma sala de palestra...na verdade estamos falando em um complexo cultural...é difícil falar essa palavra COMPLEXO, porque você pensa...nossa deve ser uma coisa gigantesca, mas não necessariamente...

Marcos: Aproveitando a deixa, meu trabalho tem um nome: Teatro Multiconfiguracional de Pindamonhangaba, seria exatamente isso mesmo que você falou, um espaço que possa se adaptar aos eventos...minha intensão ao desenvolver este projeto é que ele tenha espaços para oficinas, palestras...e que ele consiga ser configurado de tal forma que atenda...e também possa ser configurado para abertura para área externa, atendendo um público maior...

Mauro: ...quando você fala isso, é extremamente relevante...saindo um pouquinho do teatro ... nós não temos um espaço de exposição de artes plásticas...temos espaços adaptados... o saguão da prefeitura...tem o museu...temos este espaço aqui no Palacete 10 de Julho, mas não são espaços criados para a artes plásticas...não são adequados...temos muita incidência do sol, temos que adequar o posicionamento, não podemos ter luz direta...tendo esse espaço do teatro, você pode fazer toda uma arquitetura criada para receber arte...um espaço pensado...

Mauro: A tradição no teatro...o festival vai fazer 40 anos esse ano...não aconteceu algumas vezes por conta das administrações...mas é interessante, pois a gente recebe grupo do pais inteiro, e é tão interessante isto e os moradores de Pindamonhangaba precisam saber desta questão nossa... as pessoas precisam consumir arte....temos que valorizar o que é nosso...este festival tem 40 anos e é o mais antigo da região...isso é de extrema importância, ele surgiu na década de 70, onde o Brasil era uma outra realidade...e até hoje ele vem acontecendo...então mostra que realmente a gente tem uma tradição... 103


...O ano passado (2017) foram 21 espetáculos em categoria infantil, adulto e teatro de rua...este ano vai ter o festival, o regulamento vai ser lançado agora...tem vários grupos querendo participar porque é muito importante participar deste festival aqui em Pindamonhangaba...fora o FESTE, temos o FESTIL que é um festival infantil... este ano com 30 peças do Brasil inteiro...em outubro o FESTIPOEMA...que é um dos festivais impares no país, porque ele tem o formato bem interessante que são...as pessoas inscrevem seus poemas...e os poemas selecionados são interpretados...então de novo nós temos a apresentação multidisciplinar...temos a literatura aliada ao teatro...performance... a fotografia e vídeo agora, as pessoas podem se expressar com fotografias em determinados poemas...e é bem legal esta linguagem!

104


21.2

Anexo II

MEMORIAL DESCRITIVO

TEATRO MULTICONFIGURACIONAL DE PINDAMONHANGABA Um espaço de Arte, Cultura e Lazer Projeto

: Av. Profº Manoel César Ribeiro, 4338-4630

Quadra

: Parque da Cidade

Bairro

: Cidade Nova

Cidade

: Pindamonhangaba/SP

ZONA DE USO: ZPAD U USO :Zona de Proteção Ambiental e Desenvolvimento Estratégico ÁREA DO TERRENO: 12.100m² A - ÁREA EXISTENTE: 0 B - ÁREA A REGULARIZAR: 0 C - ÁREA A CONSTRUIR:

Características Técnicas:

Terreno plano e limpo, localizado dentro do parque municipal onde será construído o Teatro Multiconfiguracional de Pindamonhangaba, um espaço cultural e lazer. O complexo é composto por 4 setores compreendidos em:

1.

Teatro Multiconfiguracional – Nível -5,00 espaço multiuso;

2.

Salas administrativas, espaço oficina, café e pátio – Nível 0,0;

3.

Palco superior nível +4,00;

4.

Arquibancada Descoberta nível +4,00 até nível +6,00.

105


Infraestrutura: para execução das fundações serão providenciadas escavações mecânicas de acordo com o estudo de sondagem do solo. Será feito a marcação da obra conforme projeto.

FUNDAÇÕES •

GERAIS

-

As fundações serão executadas de acordo com o projeto estrutural es-

pecífico, quanto ao tipo de fundação, as dimensões, armaduras, localização e traço de concreto dos elementos estruturais. -

Observar os níveis definidos no projeto arquitetônico e o posicionamento

das paredes. -

Deverão ser observados as interferências da fundação com os projetos

elétrico e hidrossanitário, prever as passagens para as tubulações tanto na horizontal como na vertical nas vigas. -

Recobrimento da ferragem deverá ser de no mínimo 2,5cm concreto com

resistência de 18MPa ou maior. -

Deve seguir a norma da ABNT NBR 6122/96 – Projeto e execução de

fundações e a NBR 6118/03 - Projeto de Estruturas de Concreto •

OBRA

-

Executar os blocos das sapatas conforme o projeto, a locação e os níveis

indicados no projeto. -

Os pilares terão suas dimensões conforme apresentado no projeto, de-

verá seguir orientações de medidas e altura de acordo com os dimensionamentos descritos em cada prancha arquitetônica. -

Antes da execução do contrapiso colocar uma camada de 10cm de brita

isolando o mesmo do solo. -

Executar as emendas da parte existente com a nova com o devido cui-

dado conforme recomendações do projeto estrutural.

106


-

Nas paredes a ser executadas junto às portas deverá ser cravado duas

brocas para sustentação das mesmas.

ESTRUTURA •

ESTRUTURA DE CONCRETO

- O concreto a ser aplicado deve ser calculado atendendo à norma NB-1/78 (NBR 6118) - Projeto de Estruturas de Concreto - da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Todo o concreto estrutural deverá ser exclusivamente usinado. -

Toda estrutura deverá ser executada obedecendo as medidas e o posi-

cionamentos indicados no projeto. O aço e o concreto a aplicar deverão estar descritos no projeto e memoriais específicos. -

Recobrimento da ferragem deverá ser de no mínimo 2,5cm concreto com

resistência de 20MPa ou maior. -

Todos vãos de portas e janelas, cujas partes superiores não venham a

facear vigas ou lajes, terão vergas de concreto, armadas em todo o vão, apoiadas no mínimo 20 cm de cada lado, na alvenaria. -

Todas as passagens de tubulação na estrutura deverão constar do Pro-

jeto Estrutural, serão feitas com caixas ou buchas adequadas em medida, e de modo a não enfraquecer a estrutura: na hipótese de se incorrer um enfraquecimento, a zona em questão será devidamente reforçada. -

As vigas externas e algumas internas deverão possuir alturas iguais as

vergas das esquadrias, exceto quando indicado em projeto.

PAREDES

ALVENARIA EM BLOCO 107


-

Deverão obedecer as posições e dimensões das paredes constantes no

projeto arquitetônico.

As cotas de espessura de paredes no projeto arquitetônico consideram com revestimento, espessura do tijolo mais uma camada de emboço de 1,5cm em cada face. -

As cotas de espessura de paredes no projeto arquitetônico que conside-

ram revestimentos, terão acréscimo de emboço de 1,5cmem cada face. - As cotas de espessura de paredes no projeto arquitetônico que permanecerão sem emboço, consideram-se bloco a vista, terão suas espessuras determinados pelo bloco utilizado conforme projeto arquitetônico, excentuam-se áreas molhadas, que receberam revestimentos conforme projeto, vestiários, cozinhas, banheiros. -

As paredes serão em alvenaria serão assentados com massa polimérica

com juntas de 15mm. -

As fiadas deverão ser travadas, alinhadas, niveladas e aprumadas.

-

As paredes de vedação, sem função estrutural, serão calçadas nas faces

inferiores das vigas ou lajes com blocos de concreto dispostos obliquamente ou com argamassa e expansor, executados depois de oito dias de cura. -

Os vãos de portas e janelas, que não estiverem sob vigas, terão vergas

e contravergas de concreto armado, com dimensão horizontal ultrapassando em 20cm para cada lado. -

Na união de alvenarias com vigas, lajes e pilares deve ser utilizado

massa polimérica para maior aderência. -

Tubulações hidráulicas e elétricas serão embutidas na alvenaria con-

forme projeto, parte da tubulação elétrica será sobrepor conforme projeto arquitetônico.

OBRA

-

Será utilizado na obra bloco com medidas de 19x19x39cm.

108


-

Nas paredes laterais no nível subsolo (-5,00m) a alvenaria deverá ser

executada sobre a viga baldrame e revestidas com impermeabilizantes. -

Nas paredes nível térreo (0,0) a alvenaria deverá ser executada sobre a

já existente, mantendo a prumada. •

ESTRUTURA DE AÇO

-

A estrutura de aço para a arquibancada, deverá dimensionadas adequa-

damente para suportar as lajes nervuradas para os vãos a que se submeterão. -

As vigas serão do tipo “ Perfil I” e “Perfil U” suas medidas estão especi-

ficadas conforme projeto. -

Todos os perfis de aço deverão ser tratados com revestimento Intumes-

cente afim de estar dentro das norma NBR 14.323 Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios em situação de incêndio.

ARQUIBANCADA

-

Com capacidade para 600 espectadores, possui 588 cadeiras fixa em

polipropileno elevado de alta qualidade e resistente a impactos, 12 vagas para cadeirantes, rampa acessível. •

OBRA

-

Estrutura em aço, lajes nervuradas conforme projeto arquitetônico, pro-

teção em aço tubular e placas acrílicas com 200mm em todo sua extensão, com 2,00mts.

109


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