MIP N.º 3 2016

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Revista Made in Portugal - Ano 1, n.º3

MÚSICA POR MÚSICA Old Jerusalem descreve cada tema de “A rose is a rose is a rose” ENTREVISTA David Carreira fala-nos da “Dama do Business”

LINDA MA RTINI TODOS M E E R P M MOS SE Á T N E T S Ó “N ZEMOS I F E U Q S O OS DISC ETIR” P E R S O N NÃO

ENTREVISTA

Os Mundo Secreto despedem-se de “Néons e Lasers” e iniciam a gravação do quarto álbum de originais. Para além destes temas, em entrevista, o grupo fala-nos dos 17 anos de carreira e da atualidade da música em Portugal.


SUMÁRIO

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NOVOS DISCOS Conheça os novos discos que serão (ou foram) editados

NOVOS SINGLES

Novos temas que antecipam novos álbuns

ENTREVISTA

David Carreira falou-nos da “Dama do Business” e da sua carreira

ENTREVISTA

Mundo Secreto avaliam os 17 anos de carreira

MÚSICA POR MÚSICA

Old Jerusalem conta-nos a história de cada tema do novo disco

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CAPA Em entrevista Linda Martini desvendam-nos “Sirumba”

PARA LÁ DA MÚSICA

Fadistas celebraram a Páscoa no IPO de Lisboa

REPORTAGEM

Márcia levou “Quarto Crescente” pela primeira vez a Braga

REPORTAGEM

Marco Paulo celebrou 50 anos de carreira no Coliseu dos Recreios

REPORTAGEM

Diogo Piçarra levou o seu “Espelho” ao Theatro Circo

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QUEM SOMOS O Made in Portugal é uma plataforma online que se destina a divulgar projetos originais da música em Portugal, independentemente do género musical. No site - www.madeinportugalmusica.pt – encontra diariamente uma vasta informação sobre a música nacional. Já a revista online é um compacto referente a cada mês, com algumas novidades, que estará disponível para leitura na última semana de cada mês. De referir que o Made in Portugal não envolve qualquer financiamento. É um projeto onde as pessoas envolvidas dedicam o seu tempo livre, por gosto e em prol da música nacional.

HIPERLIGAÇÕES

Ao longo da revista irá encontrar vários icons com hiperligações. Ouvir uma música / ver videoclip Ver galeria de fotos

Download gratuito de música

LOGÓTIPO O logótipo do Made in Portugal tem três cores: verde, amarelo e vermelho. Em cada edição da revista online usaremos um dos logótipos e a sua cor predominante ao longo da revista.

Logótipo elaborado pela designer Sara Constante

QUERES COLABORAR CONOSCO? Gostas de música? De Fotografia? De escrever? Queres fazer parte da equipa Made in Portugal? Envia-nos um email com a tua idade, localidade, gostos musicais e um texto e/ou trabalho fotográfico para: madeinportugalgeral@gmail.com

REPORTAGEM Concerto à luz de velas com Carminho e Sara Tavares

AGENDA

Revista online n.º 3 ‘Made in Portugal’ realizada por: Daniela Henriques; Sofia Reis; Joana Constante; Adriana Dias; Márcia Filipa Moura; Geraldo Dias; Ricardo Oliveira e Luís Flôres.

Várias datas de concertos de Norte a Sul do país

NOVIDADE

Fadista luso-americana Nathalie fala-nos do novo disco

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CONDECORAÇÃO

BURAKA SO

A despedida

Está marcado para dia 1 de julho o último espetáculo dos Buraka Som Sistema. A data está englobada no en à Torre de Belém, em Lisboa. Depois de em 2015, a banda ter anunciado a paragem por tempo indeterminada, faltava a data que marcar mais de 800 concertos pelo mundo, e em que simbolicamente, encerra na cidade que viu nascer a banda: L Em 10 anos de atividade, o grupo – composto por Branko, Riot, Kalaf, Conductor e Blaya – andou na estrad musicais, ideias e projetos com inúmeros artistas internacionais, lançou dois EP, três álbuns e dezenas de s e dos seus fãs. A ponte multicultural é a síntese do ADN dos Buraka Som Sistema, grupo que olha o mundo como um todo Londres e Nova Iorque.

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OM SISTEMA

a dos palcos

ncerramento das Festas de Lisboa de 2016, num evento organizado pela EGEAC. O concerto terá lugar junto

ria esse momento. Agora já é conhecido. Dia 1 de julho é dia de celebrar 10 anos de carreira e um ciclo de Lisboa. da e levou o novo som eletrónico da Buraca para todo o mundo, deu concertos e cruzou inspiração, géneros singles, ganhou prémios nacionais e estrangeiros, e por fim, regressa a Lisboa para se despedir do mundo e lhe apresentou uma sonoridade musical única criada entre Luanda e Amadora, Lisboa e o Rio de Janeiro,

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NOVOS DISCOS

Isabel Rato lança disco de estreia “Para além da curva da estrada” chega a 11 de abril

Estreando-se na composição e na realização do seu primeiro disco, este projeto é a concretização do que Isabel Rato tem realizado nos últimos anos, numa vertente mais artística e pessoal. Como líder do grupo tem formação e profundo interesse em várias áreas musicais. Isabel Rato procura trazer assim uma fusão de sonoridades, em que não tenta obedecer a nenhum estilo, apenas à sua expressão e vontade de escrever música.

Toda a música original ganha agora vida com músicos do panorama do jazz português: Desidério Lázaro no saxofone, João David Almeida na voz, Gonçalo Neto na guitarra, André Rosinha no contrabaixo e Alexandre Alves na bateria. Do jazz, da música clássica, da música tradicional portuguesa e da world music. São estas as principais influências e traços que vestem a sua música. A poesia é também uma das fontes de inspiração. Este disco, “Para Além da

Curva da Estrada”, convidanos a uma viagem pelo

som, pelas cores, memórias, lugares, sensações ou estados de espírito.

Sallim apresenta álbum de estreia “Isula” já se encontra disponível

Sallim, compositora e intérprete lançou o seu primeiro álbum, com selo da editora independente lisboeta Cafetra Records. “Isula” foi gravado e produzido nas Olaias por Leonardo Bindilatti. Contou também com a participação de Yan-Gant Y-Tan – nome com o qual Zé Pedro Duarte

assina o seu perfil musical e sob o qual tem vindo a dar a conhecer as suas composições baseadas na improvisação. Esta participação descobre-se assim nas segundas guitarras que surgem em algumas das canções de “Isula”, criando texturas que se sobrepõem e se propagam em delays. “Isula” é um disco que reúne 6

imagens sonoras de cores torradas pelo sol num final de tarde à deriva pela cidade de Lisboa. E quando o sol se põe é também a vida em voo nocturno e a memória de um lugar na lua às tantas da madrugada onde Sallim olha para dentro de si própria.


Piruka lançou 1.º álbum de originais “Pára e Pensa” já à venda em formato físico e digital

Piruka é André Silva, nascido e criado na Linha de Cascais, mais propriamente em Madorna. Com uma juventude marcada por problemas, próprios da idade, das dificuldades da vida, Piruka refugiou-se na música para exprimir os seus sentimentos e relatar as suas vivências através de um rap “cru”, onde tenta retratar tudo o que o rodeia, os seus anseios, sem lugar a adornos ou floreados. “Pára e Pensa” é o seu primeiro álbum de originais de Piruka, que nos dá a conhecer o mesmo Piruka introspetivo mas, mais adulto e com outras abordagens sobre a vida. Ser pai, ajudou-o a crescer enquanto homem, e dálhe novos horizontes e metas a cumprir na vida. As suas letras retratam o dia-a-dia de um jovem, que quer ir mais além, através da sua mensagem pelos caminhos da música. Com mais de 50 mil subscritores nas redes sociais, e mais de 8 milhões de visualizações no YouTube, sagra-se assim no 2.º artista de hip-hop a nível nacional com mais seguidores nessa mesma plataforma. 7


NOVOS DISCOS

Rui Massena tem novo disco “Ensemble” é editado a 15 de abril O pianista, maestro e compositor Rui Massena prepara-se para editar o álbum sucessor de “Solo”. O novo disco discográfico chama-se “Ensemble”, e desta vez o maestro leva o seu piano para outros mundos, tendo-se feito acompanhar da Czech National Symphonic Orchestra. Em “Ensemble”, Rui Massena mantém a “tranquilidade” que já caracterizava o seu primeiro disco de originais, mas agora dá-lhe toda uma envolvência orquestral, que traz também uma nova luz às composições

do pianista e maestro. As novas composições assinadas por Massena são muito inspiradas pelo espírito que se vive em Sintra, local onde estas foram compostas e maioritariamente gravadas. O maestro já tem dois concertos agendados, para apresentar ao vivo o seu novo trabalho: a 30 de abril atua no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, seguindo no dia 2 de maio até à Casa da Música, no Porto. Nestas viagens o seu piano prometendo o músico uma estará também acompanhado constante partilha com o de uma orquestra de cordas, público que tanto o acarinha.

Sean Riley & The Slowriders com novo álbum O novo disco de originais chega dia 8 de abril

Sean Riley & The Slowriders estão de regresso com um novo álbum de originais. O registo homónimo tem edição agendada para 8 de abril. Este é um disco mais direto do ponto de vista da criação, uma homenagem ao espírito impulsionador das primeiras gravações. Por outro lado, nunca nenhum disco de Sean Riley & The Slowriders foi tão conceptual, seguindo por novos caminhos sem nunca perder de vista a essência da banda. “Dili” é o tema de apresentação do novo disco.

Anarchicks

“We Claim The Righ To Rebel and Resist” é o novo álbum das Anarchicks. Este novo trabalho é um álbum enérgico, um apaixonado manifesto de pulso firme. e um pontapé musical. A banda espera não magoar ninguém mas pelo menos deixar marca.

Sequin

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“Eden” é o novo disco de Sequin, que tem vindo a fazer o seu caminho nas melodias doces da pop e na volupia dos sons delicados. “Eden” é o ponto de partida para a impossibilidade, focando-se nos tempos em que esta não existia, em que tudo estava na palma da mão de Ana Miró e em que a utopia dizia, apenas, que ainda sabia sonhar.


Youthless – a viagem de um mundo antigo para um mundo novo Sebastiano Ferranti e Alex Klimovitsky fazem parte do projeto português Youthless, que editou no dia 7 de março pela nosdiscos.pt o primeiro álbum “This Glorious No Age”. Este traalho será também editado em Inglaterra no dia 4 de abril pela Club.the. mamoth / Kartel. Em conversa, Alex revelounos mais deste trabalho.

“This Glorious No Age” é vosso álbum de estreia. Do que nos falam as músicas que integram este disco? As músicas individuais falam de coisas muito pessoais que aconteceram na minha vida (durante um período muito turbulento) e na do Sebastiano mas o disco em si é um álbum conceptual. Tem uma história específica com várias temáticas ressurgentes. Grande parte da temática deste LP é inspirada num pensador chamado Marshal Mcluhen que aborda como as ferramentas que os homems criam moldam a sua sociedade, e muito especificamente, a eletricidade. Por isso o LP traça a viagem de um mundo antigo (em termos do Marshal Mcluhen, o mundo “pré-eléctrico”) para um mundo novo para o qual caminhamos.

Como este é nosso segundo trabalho discográfico (depois do primeiro EP Telemachy), e como nós somos um duo, decidimos também esconder os nomes de famosos duos da história de rock dentro dos títulos de muitas das músicas, de forma cronológica, para realçar esta ideia da transição do mundo acústico, ou mundo das leis mecânicas do Newton, para um mundo elétrico, do relativismo de Einstein e da subjetividade das leis quânticas. Tudo isto é a estrutura conceptual, mas depois as várias temáticas dentro desta estrutura são abordadas de forma muito pessoal. Todas falam de experiências muito pessoais, sobre namoros, mortes, coisas reais que aconteceram nas nossas

vidas, mas vistas através desta lente de partida de um mundo para o outro.

Desde o princípio da banda que tocamos tanto lá fora como aqui

A internacionalização é um objetivo vosso? Sim, desde o princípio da banda que tocamos tanto lá fora como aqui, especialmente no Reino Unido onde já lançámos por várias editoras, mas também na América do Norte, Espanha e Itália. De momento temos um tour em Inglaterra organizada pela nossa editora inglesa que também vai lançar o LP em abril.

“This Glorious No Age” está disponível em download legal e gratuito no site da Nos Discos.

[Entrevista completa no nosso site]

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NOVOS DISCOS

The Lemon Lovers com novo disco “Watching The Dancers” já chegou às lojas “Watching The Dancers” já chegou às lojas físicas e digitais. O processo de gravação do disco, em fita analógica, caracteriza-se por registar o som da fonte sonora como um sinal contínuo no tempo. Um método pouco recorrente e quase abandonado desde a chegada do digital, mas que, para os The Lemon Lovers, aproxima-os exatamente da sua sonoridade. “O som que pretendemos é um som que remeta para uma sonoridade vintage, típica das décadas de 60 e 70. Nada

Samuel Úria

“Carga de Ombro” é o título do novo álbum de Samuel Úria, que será editado a 29 de abril. “Dou-me Corda” é o single de avanço.

assumidamente retro, apenas uma reinterpretação desse espírito por quem vive e ouve música feita em 2016”. “Watching The Dancers” é o

segundo álbum de originais da banda que sucede o “Loud, Sexy & Rude” apresentado em mais de 30 palcos, por 9 países, e tudo em apenas 40 dias.

Carlão lança EP “Na Batalha” Edição exclusivamente digital

Capitão Fausto

“Capitão Fausto têm os Dias Contados” é o nome do terceiro álbum de originais que será lançado em breve. “Amanhã tou melhor” é o single de avanço, que está disponível para donwload gratuito no bandcamp.

Trevo

Gonçalo Bilé, Ivo Palitos e Ricardo Pires sãos os Trevo. Lançaram recentemente o tema “Querote mais que uma semana”, que fará parte do disco de estreia que irão lançar em abril.

“Na Batalha” chega um ano depois de “Quarenta”, o álbum que marcou o regresso de Carlão à rima, e aprofunda as suas temáticas centrais, como as questões existenciais e as minudências do quotidiano. São quatro temas num registo reflexivo, pessoal e autobiográfico, 10

com a produção de Branko & Dotorado no tema-título, “Na Batalha”, Moullinex, em “Hardcore” (feat. Bruno Ribeiro), King Kong & Here’s Johnny em “Uma Vez é Demais” (feat. Bruno Ribeiro) e Here’s Johnny em “A Minha Cena”. “Na Batalha” é o segundo single retirado deste EP.


NOVOS SINGLES

“Ma Belle” é o novo single de Berg Em dueto com Boss AC Berg está de regresso com “Ma Belle”, que conta com a participação de Boss AC. Este tema fará parte do novo álbum, com data de edição prevista para abril. Este novo disco de Berg será totalmente interpretado em português, mas que continua a evidenciar a versatilidade vocal e o domínio de vários instrumentos deste talentoso cantor e compositor.

Rogério Charraz

“Põe de lado o GPS” é o primeiro avanço do novo disco de Rogério Charraz. Uma letra de José Fialho Gouveia que fala da necessidade de, por vezes, seguirmos o nosso instinto e aproveitarmos a vida, sem fazer muitos planos. O disco tem a edição prevista para o mês de abril, e terá como título “Não tenhas medo do escuro”.

Novo single de Mastiksoul ganha vida no Uganda O vídeo do single foi gravado por crianças no coração de África Fernando Figueira, mais conhecido como Mastiksoul pelos seus dotes musicais, acaba de lançar um novo tema, “Good For You”. Mas as novidades não se ficam por aqui. Em mais uma colaboração com o conceituado cantor Shaggy, que não sendo inédita apresenta provas de sucesso, o produtor português ilustra o single com um vídeo gravado no Uganda, cuja direção ficou a cargo de crianças locais. A ideia surgiu após ter conhecido o projeto destas crianças, que criavam vídeos a dançar ao som de várias músicas. “É um dos projetos mais

significantes da minha carreira como músico. Uma honra unir forças com o Shaggy para uma música com uma mensagem de imagem e música ....tão forte”, refere

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Mastiksoul. Ao longo de três minutos, numa aldeia no Uganda, as crianças dão vida ao tema e o resultado é sem precedentes. Mastiksoul espera que “pelo menos durante três minutos as pessoas sorriam e sejam felizes”. Após chegar de uma viagem ao continente americano, onde esteve na Colômbia e na cidade de Nova Iorque, o conceituado dj e produtor está de volta a solo nacional com novas datas na agenda em Torres Vedras, Viseu e na vizinha Espanha, em Punta Umbría.


NOVOS SINGLES

Agir lançou dois novos temas

Num só vídeo Agir dá a conhecer dois novos temas: “Makeup” e “One Night Stand”. O vídeo com ambos os temas foi lançado no youtube no dia 23 de março e já conta com mais de 350 mil visualizações.

Fingertips com novo single

Os Fingertips estão de volta e apresentam uma lufada de ar fresco, com um mood indiepop cheio de energias positivas. O novo tema chama-se “Kiss Me” e é a agitação da juventude reconciliada com a música. Num hino à paixão, a canção fala-nos do amor à primeira vista e da rebelião que os corações acelerados provocam.

Quinta-Feira 12 e a “Carrinha Trágica”

Quinta Feira 12 é o projeto de João Correia e Rodolfo Jaca que nos apresentam “Carrinha Trágica”, o single de avanço do álbum “Fiasco” que se encontram a preparar e que será editado ainda na primeira metade de 2016.

Montalvor apresenta single

“Didn’t Hear The Bell” é o single de avanço no cantor e compositor Montalvor. O tema conta com as participações especiais de Helena Andrade e Catarina Henriques das Anarchicks e de Fast Eddie Nelson. Este tema fará parte do álbum de estreia que Montalvor se encontra a preparar.

Meio-Irmão lançam “Ai De Mim”

“Ai de mim” é o single de avanço do álbum que está já a ser trabalhado e preparado pelos MeioIrmão. O single surge depois do lançamento do seu EP de estreia que atingiu o 1º Lugar no Top nacional de bandas da plataforma digital Tradiio e que lhes valeu a distribuição digital pela Universal Music Portugal.

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DAVID CARREIRA & a

“Dama do Business” ...

“Dama do Business” é o novo single de David Carreira. Este tema que integra o mais recente trabalho do jovem cantor “3”, conta com a participação de Plutónio. O vídeoclip, que só está visível para maiores de 18 anos, tem uma linguagem mais crua e suja no seguimento do enredo das 8 músicas do disco, que contam uma só história. Em entrevista David Carreira falou-nos mais deste novo single e respetivo videoclip, bem como projetos para o futuro.

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ENTREVISTA

O que te levou a realizar um videoclip assim arrojado? Foi para seguir basicamente a onda da música. Por si a música já tem essa onda mais dark, mais beat também na letra e eu queria seguir basicamente essa onda no vídeo, queria fazer a ligação. No álbum há oito músicas e oito videoclips que formam uma história e eu queria que nessa parte dessa história – na parte da “Dama do Business” – houvesse uma onda mais dark e um pouco mais pesada.

ouvir que um álbum em três meses fica um álbum já quase antigo. Portanto, esta ideia de ir apresentado pouco a pouco vários capítulos de uma história é uma forma de prolongar ainda mais a vida de um álbum e é uma forma de o público ir percebendo a história que há por trás deste álbum.

da música.

Em conversa com o Plutónio ele elogiou bastante a tua dedicação e o facto de te desdobrares com outros projetos. Disse inclusive que o que fazes em Portugal está muito à frente do que aqui é feito. Pergunto, o teu objetivo é sempre fazer mais e mais e tentar que a música em Portugal se aproxime mais do que se faz lá fora? Eu também partilho.... da mesma opinião em relação ao Plutónio,. . . porque... também acho que a música que ele faz no hip-hop é algo muito internacional, é uma cena que pouco a pouco vai-se vendo cada vez mais em Portugal, acho eu. Na minha opinião ele é um dos pioneiros do hip-hop com essa onda mais americana, mais francesa também e eu gosto dessa ligação com o hiphop internacional. Portugal é um país que não tem uma grande cultura do pop e hiphop internacional e pouco a pouco isso vai entrando cada vez mais, sinto eu. As pessoas estão cada vez mais habituadas a ouvir rap, cada vez mais habituadas a ouvir Drake, Rihanna, a ouvir Beyoncé… e sinto que pouco a pouco vai haver mais artistas, aliás já há alguns artistas a fazer essa onda também… Eu nos álbuns anteriores, não

É UMA FORMA DE O PÚBLICO IR PERCEBENDO A HISTÓRIA QUE HÁ POR TRÁS DESTE ÁLBUM

O final do videoclip dá a entender que haverá continuação e como referiste que haverá oito videoclips, que contarão uma história… O final deste videoclip já está em ligação com o videoclip “Primeira Dama” que saiu à um ano. Neste momento ainda só lançamos três vídeos deste álbum, o “In Love”, “Primeira Dama” e agora a “Dama do Business”, quando lançarmos mais um quarto e quinto videoclip, as pessoas vão começar a perceber a ligação de todos os vídeos.

Este novo single conta com a participação de Plutónio. Como é que surgiu esta colaboração? Foi muito bom. Eu conheci o Plutónio em estúdio, estava a trabalhar no álbum cá em Portugal e ele estava em estúdio a trabalhar com o Richie Campbell e acabámos por nos encontrar. Eu já tinha este beat da “Dama do Business” e uma ideia também de história e ele do lado dele começou também O facto de ires lançando a trabalhar na música e já novos videoclips de temas que essa onda mais trap é que integram o teu mais mesmo a especialidade dele recente álbum é uma forma e ele conhece, mais do que de dares a conhecer ao eu, muito bem este género máximo o disco? musical, eu sou mais ligado A música hoje em dia fica a tudo o que é eletrónico e rapidamente… não digo fora bpms mais elevados, então de moda, mas é que as pessoas foi ele que acabou por fazer tem tanta música nova para grande parte da composição 16


neste, tive dificuldade em encontrar equipas portuguesas de composição, de makers, etc, para trabalhar comigo, porque nem sempre consegui encontrar a sonoridade fresh internacional que eu queria. Neste álbum já consegui porque já há malta como os Karetus, que na onda eletrónica são brutais, como o Plutónio a nível de melodias, o Kasha dos DAMA, o Agir… sinto que já se está a criar uma nova geração de artistas que também aposta muito nessa onda internacional e portuguesa ao mesmo tempo. Eu gosto de tentar sempre algo mais, arriscar sempre um pouco mais. Há muitos artistas

Neste momento já tenho metade do disco feito. Durante este mês de março regresso a Paris para finalizar mais um pouco o álbum e preparar já o single que vamos lançar este verão em França. Em Portugal, no mês de abril iremos ter a reedição do álbum, na qual vai ser basicamente duas reedições do álbum português, uma das edições será uma edição toda branca com temas inéditos mais pop e a segunda reedição será uma reedição toda preta com outros temas inéditos mais agressivos, mais hiphop. Isto para Portugal. Para França é o novo álbum que irá lá sair depois do verão.

EU GOSTO DE TENTAR SEMPRE ALGO MAIS, ARRISCAR SEMPRE UM POUCO MAIS que nunca querem arriscar e não querem sair da zona de conforto, mas eu acho que vamos sempre melhorando e crescendo mais quando se sai da zona de conforto.

Entrevista por: Daniela Henriques

A nível internacional, como está a correr a tua carreira em França? Irás lançar um novo disco francês?

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Os Mundo Secreto, banda portuguesa de Leça da Palmeira, fez as despedidas do álbum “Néons e Lasers com o single “Cocktail Molotov”, tema dedicado aos seus fiéis seguidores. Atualmente o grupo, que há cerca de 10 anos atrás meteu todo o país a dançar com “Pôe a Mão No Ar”, “Chegamos à Party”, entre outros temas de grande sucesso, encontra-se atualmente a preparar o quarto álbum de originais. Leia a entrevista que realizámos a Miguel Moreira, um dos elementos dos Mundo Secreto.

Encontram-se atualmente em estúdio a gravar um novo álbum, mas antes, falemos um pouco ainda de “Neons & Lasers”. Que avaliação fazem deste álbum, um ano depois do seu lançamento? O álbum “Néons & Lasers” foi de facto um trabalho extremamente importante para nós, não só pelo seu momento, mas por aquilo que o mesmo representa. Em

primeiro lugar foi um disco inteiramente idealizado e produzido pelos Mundo Secreto e editado de forma independente. As músicas são o reflexo da nossa enorme emancipação musical e capacidade de sobrevivência num mercado cada vez mais competitivo e solitário. O sucesso alcançado nos dois primeiros discos fez com que tocássemos bastante por todo o país, privando-nos um pouco das gravações. “Néons e Lasers” foi o religar dos motores e voltar a carregar no acelerador.

“Cocktail Molotov” foi o tema que escolheram para encerrar a última etapa do disco de “Neons & Lasers”. O que vos levou a escolher este tema para, digamos, a despedida de um álbum e o começar de outro novo? Exatamente. Quisemos nos despedir deste disco com uma última homenagem, uma música dedicada a todos os que gostam e são seguidores da banda. Por isso escolhemos um tema que transmite uma das principais características dos Mundo Secreto, e que é apontada por que quem nos ouve e mais gosta - a nossa energia.


A música é inconstante e para o artista, muitas vezes uma surpresa

“Cocktail Molotov” é para todos esses fãs que vibram connosco nos concertos e que nos dão cada vez mais vontade de continuar a fazer o que fazemos, da maneira que nós fazemos. O Videoclip do tema é o reflexo disso mesmo, ou seja, Mundo Secreto + MDS Street Team = Cocktail Molotov. Quanto ao quarto álbum de originais que se encontram a preparar. O que é que nos podem para já desvendar? Tudo o que podemos dizer para já é que o quarto disco já esta a ser preparado, e que ainda durante este ano vamos desvendar novidades. Agora tudo resto fica para já em segredo.

Em 2006 as vossas músicas eram das mais tocadas nas rádios, lideravam tops, deram inúmeros concertos, chegaram inclusive a abrir concertos de artistas internacionais como Pussycat Dolls e Rihanna. Hoje, como recordam esses tempos? Sentem que aconteceu tudo muito rápido? Foi tudo rápido mas pensando bem, fomos humildes o suficiente para saborear a

maioria desses momentos. A música é inconstante e para o artista muitas vezes uma surpresa. Quando mais esperas não tens feedback, e quando menos esperas acontecem coisas que nunca imaginarias que iriam acontecer. O nosso era lançar um disco, fizemos isso e muito mais do que alguma vez pudemos sonhar. Por isso saboreamos esses momentos de grande reconhecimento, top’s de rádio, concertos no Pavilhão Atlântico [agora chama-se Meo Arena], tours de verão gigantes, ficarão para sempre guardados na memória. Ambicionam puder voltar a viver algo como nessa altura, que foi certamente a altura de maior sucesso do grupo?


nós, provavelmente, somos a única banda de hip-hop em Portugal

Como já referi a arte, e como ela se manifesta é a grande surpresa do artista. Hoje continuamos a trabalhar como sempre o fizemos, seria falso dizer “been there, done that” e que já não nos importa muito. Pelo contrário queremos sim voltar a passar por uma fase de agenda completamente cheia. Contudo, não somos obcecados por isso, porque efectivamente já experienciamos isso. Digamos que estamos no mar à procura da onda perfeita e se nos aparecer um tsunami para surfar ainda melhor. Os Mundo Secreto quando iniciaram apresentaram-se em formato MC e DJ, e depois com suporte de banda.

Na altura isso não era comum, hoje o estranho é não terem banda de suporte... Sentem-se orgulhosos por terem sido, praticamente, pioneiros nesta ideia? Uma correção, nós não temos uma banda de suporte, os Mundo Secreto são uma banda. Aliás nós, provavelmente, somos a única banda de hip-hop em Portugal. Abandonámos bem cedo o formato de Dj e MC porque a nossa cena era ser como os The Roots. Queríamos misturar samples com baterias e guitarras, queríamos sentir a música fora dos programas de computador. O nosso orgulho é sermos uma banda que tem 22

conseguido sobreviver às inúmeras tribulações que as bandas passam, continuarmos aqui com o mesmo núcleo principal de sempre a fazer o que mais gostamos: música!

O mercado discográfico alterou-se. Vendem-se cada vez menos discos e na tentativa de lutar contra a pirataria aposta-se no mercado digital. Como veem todas estas mudanças na música? Os Mundo Secreto lançaramse discograficamente em 2006 e apesar de sermos novos, enquanto grupo pudemos ver com os nossos próprios olhos estas transformações, sobretudo os comportamentos


das editoras para com os artistas. Mas no fundo acho que esta transformação é positiva. A pirataria, é ilegal, contudo, pelo bem e pelo mal esta ilegalidade acabou por mostrar aos músicos que se calhar nem tudo dever ser vendido. Por exemplo, ao possibilitar um download de um single ou EP estamos a fazer com que a médio longo prazo tenhamos uma maior rentabilidade na venda de um disco. Os fãs querem ouvir música e se gostarem da banda compram um disco. Os artistas devem olhar para esta relação e perceber que ao darse parte do nosso trabalho está-se a chegar a mais gente e por isso mais hipóteses se criam de alguém lhes comprar seja o que for. Isto por sua vez mostra que o artista tem em si também o poder

de controlar e gerir a sua carreira. Estamos no boom da música independente nacional. Hoje existem mais artistas portugueses a cantar em português e mais rádios a passar música portuguesa e muito em parte devido á pirataria. Os Mundo Secreto surgiram em 1999. Volvidos 17 anos que avaliação fazem do vosso percurso? Muito Positivo. Aliás nós fizemos um grande feito. Saímos de um pontinho no mapa chamado Leça da Palmeira e saltamos para o panorama nacional. Queríamos gravar um disco e acabamos por criar uma carreira já com muitos anos. Queremos continuar a fazer o que gostamos e ver até onde é que isso nos pode levar.

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E de um modo geral, como é que avaliam atualmente a música em Portugal? Sentem que o povo português ouve e respeita cada vez mais a música que se faz por cá, em vez de idolatrar somente o que vem de fora? Achamos que existe uma maior consciencialização sobre o valor da música nacional. Os artistas hoje sabem que com esforço e trabalho conseguem lançarse sem apoios discográficos e as pessoas dão valor a isso, ajudando o artista a ganhar motivação extra. Desde já deixar um abraço a todos os artistas em Portugal. Sofrese bastante, não é? Mas se estão vivos e continuam a fazer a sua arte então são uns verdadeiros sobreviventes!


MÚSICA POR MÚSICA

OLD JERUSALEM música por música

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epois de um período de interregno desde o último álbum homónimo editado em 2011, Old Jerusalem regressa às edições discográficas com “A rose is a rose is a rose”, o sexto trabalho de longa duração do projeto. Em conversa com Francisco Silva, mentor do projeto, este referiu que estes cinco anos sem editar um novo disco teve a ver com questões de agenda. “Tinha decidido que iria fazer este disco com a colaboração próxima do Filipe Melo, que por sua vez acabou por “arrastar” para o projeto mais alguns músicos, o que exigiu que se conciliasse as agendas de todos os envolvidos, o que fez com que o processo se distendesse algo mais no tempo”, explica. Sobre “A rose is a rose is a rose” Old Jerusalem refere que este “é provavelmente o disco em que se sente de forma mais notória a intervenção criativa de outros músicos que não eu”. Salienta que

“todos os envolvidos imprimiram de forma mais enfática o seu cunho pessoal, sem que isso se fizesse de forma intrusiva”. Old Jerusalem refere ainda que este novo trabalho é para si “um disco de maturidade acrescida, talvez algo mais “jazzístico” num sentido muito amplo, sereno mas enfático no seu ambiente estético”. Old Jerusalem já tem alguns concertos agendados para a apresentação de “A rose is a rose is a rose”. A 2 de abril atua na Galeria Zé dos Bois em Lisboa, no dia 8 nos Maus Hábitos no Porto e no dia 16 de abril no Teatro Gil Vicente em Barcelos. Sobre os concertos de apresentação o músico refere estar ansioso, num sentido de responsabilidade para com o público, “de tentar transmitir estas canções nesse contexto de concerto da melhor forma que nos for possível”. Música por música Francisco Silva falou-nos de cada tema que integra o seu novo álbum (caixa ao lado).

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AIRS OF PROBITY Noto por vezes que me tenho em demasiado boa conta em vários aspetos, e os factos demonstram várias vezes que esses “ares de probidade” a que me dou assentam frequentemente numa dose de complacência que precisa de ser condimentada de tempos a tempos por uma dose de humildade…

algo asbtrata, fruto da perspetiva semi-consciente que temos da realidade quando são altas horas da noite e temos muita estrada ainda pela frente. FLORENTINE COURSE Uma canção sobre o que vamos deixando para trás.

SUMMER STORN As tempestades no verão costumam ser fortes mas de curta duração.

TRIBAL JOYS Há pontos da nossa existência que representam saltos abruptos para outros patamares de existência. Tudo se mantém como estava, mas já nada é como dantes na forma como A ROSE IS A ROSE IS A interpretamos a realidade. ROSE Ou “A é A”, as coisas são DAYSPRING o que a sua natureza Uma revisitação a um determina que sejam. tema mais antigo de Old Jerusalem, cuja primeira ALL THE WHILE versão consta do álbum Uma canção sobre as “The temple bell”, de 2007. pessoas que pacientemente assistem à nossa tentativa TWENTIES de desfazer os nós em Uma canção sobre como que frequentemente a experiência de ter 20 enredamos a nossa vida. anos não tem de ser necessariamente o retrato ONE FOR DUSTY LIGHT do nosso futuro. Uma canção evocativa,

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Texto: Daniela Henriques

A CHARM É uma canção sobre os nossos mecanismos mentais em situações de forte adversidade: o esforço de repor alguma ordem e de encontrar o “talismã” que nos ofereça uma certa redenção.




LINDA MARTINI Estivemos à conversa com André Henriques, um dos elementos dos Linda Martini que nos falou do novo álbum “Sirumba”.

“Sirumba” foi um jogo da nossa infância e pré adolescência. A escolha deste nome deve-se ao facto de todos vocês o terem jogado ou porque se pode transpor a sua moral para a sociedade em que vivemos? O nome foi muito imediato, antes de ser nome do álbum, é nome da primeira música do disco, e lembramo-nos disso, porque vamos tendo sempre alguns nomes e conceitos que todos nós gostamos em carteira e que depois são eleitos ou não, quando chega ao momento de escrever as músicas ou pensar em títulos. Este nome surgiu mais por nos lembrar isso, um jogo da infância, sem pensar muito na moral dos polícias e dos ladrões ou quem ganha o jogo. Era um jogo que estava na escola preparatória,

onde nós os quatro andámos no início dos anos 90 e todos jogámos esse jogo, portanto desde logo houve consenso entre nós, todos se lembram com alguma saudade desse jogo. Quanto à letra do tema “Sirumba” - usando aqui uma metáfora -, o objetivo é chegar ao outro lado, e passares pelos obstáculos, neste caso os tais policias que estão nos corredores e que te vão tentando impedir que passes e isso acaba por ser uma analogia com muitas das coisas que acontecem na tua vida, desde os tempos de estudos, às relações que vais tendo, aos empregos pelos quais vais passando. Há coisas que vais tentando cumprir e vais-te deparando com algumas dificuldades, algumas externas a ti, outras que às vezes estão na tua cabeça e que te vão

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impedindo de chegar ao outro lado, de completar esses teus objetivos e a letra foi construída um bocado nessa perspetiva. Não houve uma ideia moralista de falar em polícias e ladrões ou ter qualquer tipo de intervenção na sociedade, o objetivo é mais pessoal.

NÓS TENTÁMOS SEMPRE EM TODOS OS DISCOS QUE FIZEMOS NÃO NOS REPETIR

“10 Tostões” foi o primeiro tema que tocaram depois de “Turbo Lento” e vocês já revelaram que de certa forma, ele serviu de ponte para o “Sirumba” e citando o André “soava a nós, mas consegue-se perceber tudo”. Significa que andavam à procura


de uma nova sonoridade? Sim, é um bocado transversal ao resto do nosso percurso, nós tentámos sempre em todos os discos que fizemos não nos repetir, tentámos encontrar soluções e formas de nos exprimirmos e que de alguma forma fossem mostrando facetas diferentes e isso é reconhecível. O nosso segundo disco, o “Casa Ocupada” é muito diferente do primeiro disco, tal como foram sendo os restantes. E neste houve de facto uma procura, tal como nos outros, de soar a uma coisa diferente. Somos sempre os mesmos quatro que compõem e que tocam, portanto há sempre alguma coisa de reconhecível no nosso trabalho e vai sempre existir. “10 Tostões” foi algo muito espontâneo, foi isso que tu disseste, fui eu e o Pedro no quarto dele, não

havia a confusão de salas de ensaio, de barulho e toda a gente ao mesmo tempo então o que ela (a musica “10 tostões) nos ensinou foi isso, que às vezes com contenção podemos chegar ao mesmo sítio mas usado recursos diferentes.

para mim, quando estávamos a fazer o disco, mais no contexto das melodias, dos refrões, na forma como ele utilizava as harmonias de voz, isso era uma coisa que ouvimos muito. Se fores ouvir a discografia dele vais ouvir muito pouco contato com “Sirumba”, mas de alguma Quais foram as vossas influências forma influenciou-me a procurar musicais para “Sirumba”? outras formas de cantar, para tentar É difícil dizer… sendo que somos sair um bocadinho fora do que fazia quatro, todos ouvimos muita antes. coisa, é difícil encontrar algo que seja comum aos quatro, é difícil [TIM MAIA] encontrar um nome que seja INFLUENCIOU-ME A muito influente para os quatro na PROCURAR OUTRAS produção deste disco. Há um nome que temos citado algumas vezes que FORMAS DE CANTAR, é o Tim Maia, um cantor brasileiro PARA TENTAR SAIR UM que vem de uma onda mais soul/ BOCADINHO FORA DO funk, que não tem muito a ver com QUE FAZIA ANTES o que encontras neste disco, mas que foi muito influente pelo menos

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UM DISCO É COMO TIRARES HOJE UMA FO E DAQUI A UM ANO OLHAS PARA A FOTOGRAF Neste novo álbum, os instrumentos dão espaço uns aos outros, nos álbuns anteriores pareciam mostrar mais ansiedade, revolta, confusão… agora surgem músicas com instrumentais que se respeitam, sem tantas distorções. É uma prova de que agora estão mais calmos, mais tranquilos? Sim, há alguma tranquilidade mais aparente, porque houve essa intenção de não estarmos sempre no vermelho, naquele limite da distorção e toda a gente em cima a todo o momento, isso era uma coisa que nós explorámos muito nos discos anteriores, apesar de também termos músicas mais calmas e continua a ser uma coisa que nos caracteriza ao vivo. Foi de facto uma coisa que aprendemos com a música “10 Tostões”, das coisas não se comerem umas às outras e perceber-se de alguma forma os pormenores que cada um vai fazendo, por isso é que a voz está um pouco mais á frente, já

que estou a cantar faz sentido olhas para a fotografia e vão estar que as pessoas percebam o texto todos muito diferentes e fazer um que está a ser dito e o mesmo foi aplicado aos instrumentos. Diria que há uma tranquilidade, mas é uma tranquilidade aparente, porque há menos distorção no geral, isso é um ponto evidente, mas o trabalho das guitarras e as harmonias todas é muito exigente até é muito mais complexo do que coisas que fizemos no passado, só que no passado dá-te essa ideia de complexidade, mas é só porque o som está mais enrolado, está muita coisa a acontecer em simultâneo e as coisas estão todas a gritar. Desta vez as coisas foram surgindo, e fomos fazendo assim, foi um caminho que encontrámos para fazer as canções soarem de uma forma diferente.

Em “Sirumba” encontraram o vosso som? Consideram que nele se exprimem melhor? Cada disco acaba por refletir um momento, um disco é como tirares hoje uma fotografia de ti ou dos disco é um bocado isso. Foi aí que teus amigos, e daqui a um ano sentimos que ajudava as músicas 30


Fotos: Tiago Alves Silva

OTOGRAFIA DE TI OU DOS TEUS AMIGOS, FIA E VÃO ESTAR TODOS MUITO DIFERENTES que tínhamos feito, e também em que valorizava este conjunto de conjunto com o Makoto e com o canções, daqui a um ano quando começarmos a compor para outro disco de certeza que também vamos procurar fazer uma coisa diferente, portanto não sei se será este o caminho que vamos fazer ou se vamos seguir por uma outra abordagem. Desta vez foi isto que fez sentido, e estamos muito contentes com a forma como as musicas estão a soar, mas nada é escrito sobre pedra e não te posso dizer que agora todos os discos vão soar a isto.

Fixaram estúdio e sala de ensaios no Haus. Essa estabilidade e possibilidade de terem o vosso próprio ritmo e espaço está espelhado em “Sirumba”? Sim, essa ideia de espaço foi essencial. Acho é o que o que caracteriza este disco, como já falamos, esta ideia do espaço, cada instrumento perceber-se e ocupar o seu devido espaço. Fábio, que foram os produtores E também a interpretação de do disco, foi aquilo que sentimos espaço temporal, nunca tivemos 31

tanto tempo de estúdio para gravar, nós tivemos praticamente o mês de janeiro só concentrados a gravar e produzir o disco, enquanto que das outras vezes tivemos muito menos tempo. E a própria composição também foi muito mais alargada e calhou bem neste disco, também tivemos mais disponibilidade nas nossas vidas particulares e conseguimos fazer quase um horário de escritório, das nove às cinco, tínhamos dias inteiros para dedicar em exclusivo à composição e no passado as coisas nunca tinham sido assim, nós ensaiávamos uma vez por semana e normalmente ao final do dia, já cansados de uma jornada de trabalho, portanto já muito mastigados, muitas vezes o que acontece é que quando te sentas com a banda para tocar ao final do dia, muitas vezes às onze da noite é difícil de sair da tua zona de conforto, por muito que queiras fazer coisas diferentes. O que pode mudar isso é a questão do tempo, a partir do momento que consegues ter mais tempo,


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A MÚSICA PORTUGUESA ESTÁ DE BOA SAÚDE um espaço só para ti, teres a guitarra e amplificador sempre ali, para pegares e tocares, acaba por facilitar e tirar-te aquele peso de cima. Tivemos dias onde saíam coisas, dias em que não saía nada, mas fomos tendo tempo para lidar com as frustrações e com as alegrias, até ficarmos contentes com o produto final. “Turbo lento” diretamente n.º2 do top de vendas.

entrou para o

Expectativas de um primeiro lugar para “Sirumba”? Não sei, nós nunca fazemos assim grandes cálculos, a nossa principal preocupação é mesmo fazer a música que nos soa bem e ficarmos felizes no processo e darmo-nos por contentes, essa é sempre a nossa principal preocupação. Depois de o fazermos obviamente ficamos curiosos, um bocado a roer as unhas, na expectativa de como os outros vão perceber isso. Mas isso só nos passa pela cabeça depois das músicas já estarem feitas. O feed back para já, desde que o disco ficou disponível para audição na sexta-feira passada no spotify, é muito positivo, as pessoas têm gostado, reconhecem que temos aqui um esforço de não seguir pelo caminho óbvio ou por aquilo que as pessoas estavam à espera, que seria o caminho mais fácil, mas não quisemos ir por ai. E isso alegranos, agora onde este disco pode chegar, vai depender da forma como as pessoas o

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acarinhem, vai depender dos concertos que vamos ter ao vivo.

São mencionados como banda mais relevante da vossa geração, a nível nacional. O que têm a dizer sobre esse título? Para quem está na banda, são coisas que tu lês e ficas sempre muito lisonjeado, mas são coisas de nós não conseguimos avaliar. Seria preciso um distanciamento de nós próprios que nós não temos. Há muita gente hoje em dia, e felizmente a música portuguesa está de boa saúde, que contribui tanto ou mais do que nós, para puxar as canções e forma de fazer música em Portugal para outro patamar. Fico obviamente lisonjeado do público e das pessoas ligadas à crítica reconhecerem que nós podemos ter algum papel nisso, mas isso para nós é sempre um bocadinho difícil de ajuizar, porque quando se vai para uma sala de ensaios, não se está a pensar que se vai mudar a forma como a geração atual ouve música ou a forma como a música é feita em Portugal. Entrevista por: Sofia Reis


PARA LÁ DA MÚSICA

Maria Ana Bobone, Mariza e Camané cantaram no IPO de Lisboa

Maria Ana Bobone, foram convidados a cantarem enquanto embaixadora da noutras salas do IPO. APCL (Associação Portuguesa Contra a Leucemia), convidou os fadistas Mariza e Camané, com a colaboração da APCL e do IPO de lisboa, para tornarem a Páscoa do hospital mais especial. Foi com muita surpresa e entusiasmo que os cantores, acompanhados pelos seus músicos, foram recebidos na sala de espera de radioterapia do IPO de lisboa. A Maria Ana Bobone deu início à ação anunciando a “alegria que sentia em ter conseguido juntar dois grandes amigos e músicos para uma causa tão especial”. Cantou uma música da sua autoria, o “My Wings”, hino oficial da APCL. Camané aqueceu a sala com o seu fado “Sei de um Rio” e a Mariza não ficou atrás aproximando-se dos espetadores a cantar a sua música intimista, “Melhor de Mim”. A notícia de que Maria Ana, Camané e Mariza estavam Fotos da iniciativa no IPO de Lisboa no IPO de lisboa, espalhou- Passaram pela sala de serviço se rapidamente por todo o de hematologia e no final, pela hospital e os três cantores sala de oncologia. 34

IPO DE LISBOA O Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPO de Lisboa) nasceu em 1923, fruto da iniciativa do professor Francisco Gentil. É a primeira instituição do país a dedicar-se ao estudo e investigação do cancro, à formação médica e ao tratamento e reabilitação de doentes oncológicos. É reconhecido como o principal centro de referência para a oncologia em Portugal. Em Portugal, o número de pessoas com cancro está a aumentar e o número de doentes assistidos no IPO de Lisboa também. Só em 2015 foram assistidos mais de 11.300 novos doentes e, por ano, o Instituto acompanha mais de 50 mil pacientes. Em média, por ano, o IPO de Lisboa recebe 160 novos casos de cancro em idades pediátricas e o Hospital de Dia do Serviço de Pediatria assiste cerca de 400 crianças.


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Márc

“Quarto a

F

oi no dia 19 de março, que Braga recebeu pela primeira vez Márcia. A lisboeta esteve no Theatro Circo para a apresentação do seu mais recente álbum “Quarto Crescente”. Márcia encantou as centenas de espetadores, mostrando que não sabe apenas cantar mas também tocar guitarra elétrica, guitarra acústica e até piano, no entanto, mesmo antes de tocar avisou em tom de graça: “desenganem-se se acham que toco bem piano”. Por ser dia do Pai, Márcia não deixou passar em vão e dedicou a todos os Pais um dos seus maiores sucessos “A Pele Que Há Em Mim”. Também brindou as famílias presentes na sala com o tema “Ledo Sorriso”. Depois de apresentar alguns temas do último álbum, cantou também músicas dos álbuns “Dá” e “Casulo”. O que fez com que cada vez mais o

público se rende-se à magnífica voz de Márcia. Ac por demonstra-lo com palmas ao fim de cada tema. A meio do concerto Márcia teceu elogios a Braga e ao T Circo, dizendo: “Braga é especial… Esta sala deve ser bonita do país”. Elogio que foi muito bem recebido po do público que mais uma vez aplaudiu de forma vigo A futura mamã, que deu o concerto em plena gr fez questão de dizer e brincar com o assunto, revelan várias vezes que não é fácil fazer concertos quando grávida, demonstrando também o seu excelente sen humor. O concerto terminou com o público a dar um ovação em pé à artista, o que fez com que a mesma v ao palco.


cia levou

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A Cantora cedeu ao pedido de uma fã ao tocar o tema “Cabra Cega”. O público recebeu com muito bom agrado e acompanhou cantando com os braços levantados a música do início ao fim. A plateia, que estava a adorar a ideia, foi insistindo para que Márcia ficasse em palco, surgindo cada vez mais pedidos. Desta forma o concerto foi-se esticando até cerca das 00:15h. A noite terminou com Márcia a dar voz a uma música que não era de sua autoria, o que fez com que Márcia se “perdesse” a dada altura, contando com a ajuda de um jovem que subiu ao palco fazendo com que a cantora recuperasse e cantasse uma parte. No final de tudo, foi a própria Márcia e a sua banda a aplaudir e fazer uma vénia ao estimado publico.

Clique na imagem de galeria e veja todas as fotos do concerto de Márcia no Theatro Circo, em Braga.

Texto: Geraldo Dias Fotografia:

Ricardo Oliveira


REPORTAGEM

Marco Paulo celebrou

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u 50 anos de carreira

F

oi no dia 12 de março Marco Paulo subiu ao palco do Coliseu dos Recreios, em Lisboa, para celebrar 50 anos de carreira. Figura incontornável do meio da música em Portugal, com várias canções que se tornaram grandes êxitos da música nacional, Marco Paulo atuou pela primeira vez na carismática sala lisboeta. “Como passaram os anos, como mudaram as coisas e aqui estamos lado a lado como dois enamorados, como na primeira vez” – são estas as primeiras palavras cantadas que abrem o concerto que durou quase três horas e onde se ouviram sucessos como “Joana”, “Taras e Manias”, “Anita”, “Eu Tenho Dois Amores”, entre outras mais românticas e que fazem parte da sua carreira de sucesso como “Que Pecado” ou “Na Hora do Adeus”. Ao longo do concerto, o público que esgotou a sala, maioritariamente composta por mulheres, cantava e a cada terminar de uma canção aplaudia fervorosamente o cantor, que durante o espetáculo recebeu vários ramos de flores e ouviu várias palavras de carinho. A canção mais entusiasta da noite e que levou algum público à emoção foi o tema “Nossa Senhora”. Terminou o concerto com “Sempre que brilha o sol”, mais um dos grandes êxitos do cantor. O público não arredou pé e pedia mais. Marco Paulo regressa ao palco para cantar “Ninguém Ninguém” e “Maravilhoso Coração”. O concerto terminou, mas a noite para Marco Paulo naquela sala ainda ia continuar por mais algum tempo, onde recebeu as fãs que o mimaram com várias lembranças e palavras de gratidão por aquele momento. O cantor correspondia sempre de sorriso no rosto beijinhos e abraços. Fotografia:

Luís Flôres

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www.luisflores.pt

Clique na imagem de galeria e veja todas as fotos do concerto de celebração dos 50 anos de carreira de Marco Paulo no Coliseu dos Recreios.


REPORTAGEM

Diogo Piçarra em concerto no Theatro Circo

U

m ano após a edição do álbum de estreia de Diogo Piçarra – Espelho – e na semana em que o disco atingiu o galardão de ouro, o jovem cantor deu três concertos especiais: no Centro Cultural de Belém, em Lisboa; no Theatro Circo, em Braga e na Casa da Música, no Porto. O Made in Portugal marcou presença no concerto em Braga, no dia 12 de março, e testemunhou que de facto Diogo Piçarra é um dos mais promissores jovens na música em Portugal, não só pelo seu talento vocal e de composição, mas também pela performance em palco, onde revela o seu lado de músico, tocando vários instrumentos, nomeadamente piano.

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Clique na imagem de galeria e veja todas as fotos do concerto de Diogo Piรงarra no Theatro Circo, em Braga.

Fotografia:

Ricardo Oliveira

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www.ricardofotografia.pt


REPORTAGEM

TALENTO À LUZ DE VELAS

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chuva não afastou quem foi ver Sara Tavares e Carminho juntas no Parque Eduardo VII, no dia 19 de março. Um concerto à luz de velas para assinalar a Hora do Planeta e poupar energia. Só não se poupou talento. Bastou Carminho e Sara Tavares entrarem em palco para receberem um forte aplauso. Começam juntas com “Luzinha” e “Chuva no Mar”. Em seguida, Carminho canta o fado tradicional “Porquê”. “Coisa tão chata, esta mulher cantar assim desta maneira!”, diz Sara

Texto:

Adriana Dias Fotografia:

Márcia Moura

Tavares depois de a ouvir. A fadista começa a rir e diz-lhe para cantar. E Sara Tavares avança a solo com “Lisboa Kuya” e “Ponto de Luz”, canção a que Carminho se junta. Entre fados como “Meu Amor Marinheiro”, e mornas como “Ó Mar”, de Cesária Évora, as duas artistas vão contando histórias e contando piadas como se estivessem em casa, conseguindo vários momentos divertidos. Porém, o melhor momento chega com “Escrevi Teu Nome no Vento”, não só pela interpretação arrepiante de Carminho, mas porque

também Sara Tavares se atreve (e muito bem) a cantar fado. “Saia Rodada” e “Bom feeling” são as últimas canções, e conseguem pôr o público a dançar, mesmo de chapéu de chuva na mão. “Aqui não chove, a gente vai cantando!”, dizem. Se tivessem cantado mais, o público teria continuado ali. Uma hora de concerto em ambiente intimista, entre o fado e a música do mundo, em que a verdadeira luz veio das artistas. Como disse Carminho, “esperemos que se possa repetir muitas vezes!”.



AGENDA

MIMICAT TAGV, Coimbra Dia 8 abril, 21h30

OLD JERUSALEM Galeria Zé dos Bois, Lisboa Dia 2 abril, 22h00

DEOLINDA Cine Teatro Avenida, Castelo Branco Dia 8 abril, 21h30

LINDA MARTINI Coliseu de Lisboa Dia 2 abril, 21h30

DEAD COMBO Casa da Música, Porto Dia 2 abril, 21h30

ANARCHICKS Musicbox, Lisboa Dia 2 abril, 22h30 SAMUEL ÚRIA CCB, Lisboa Dia 2 abril, 18h00

JIMMY P Hard Club, Porto Dia 8 abril, 21h30

ANAQUIM Passos Manuel, Porto Dia 8 abril, 22h00 MIMICAT CAE Portalegre Dia 9 abril, 22h00

ANA MOURA Meo Arena, Lisboa Dia 9 abril, 21h30

BIRDS ARE INDIE + HOMEM EM CATARSE Convento do Carmo, Braga Dia 9 abril, 21h30

ANA MOURA Teatro das Figuras, Faro Dia 2, 3 e 4 de abril, 21h30

ANAQUIM Teatro do Bairro, Lisboa Dia 7 abril, 21h30

OLD JERUSALEM Maus Hábitos, Porto Dia 8 abril, 22h00

MIMICAT B. Leza, Lisboa Dia 13 abril, 21h30

ANAQUIM TAGV, Coimbra Dia 15 abril, 21h30

MÃO MORTA & REMIX ENSEMBLE Theatro Circo, Braga Dia 15 abril, 21h30

ANA MOURA Coliseu do Porto Dia 15 e 16 de abril, 21h30

ISABEL RATO Centro Cultural de Cascais Dia 17 abril, 18h00 MÃO MORTA Casa da Música, Porto Dia 19 abril, 22h00

CARLA PIRES Casa da Música, Porto Dia 6 abril, 21h30

DUARTE Museu do Fado, Lisboa Dia 7 abril, 19h00

PAULO DE CARVALHO Teatro Tivoli BBVA, Lisboa Dia 12 abril, 22h30

CAMANÉ Coliseu de Lisboa Dia 9 e 10 de abril, 21h30

SALVADOR SOBRAL Jardim de Inverno, São Luiz, Lisboa Dia 12 abril, 21h00 44

THROES + THE SHINE LUX, Lisboa Dia 21 abril, 22h30

CAPICUA Teatro São Luiz, Lisboa Dia 21 abril, 22h30

DEOLINDA Teatro Tivoli, Lisboa Dia 22 abril, 21h30


RICARDO RIBEIRO Coliseu dos Recreios, Lisboa Dia 30 abril, 21h30 BIZARRA LOCOMOTIVA Sabotage Club, Lisboa Dia 22 e 23 de abril, 22h30 RETIMBRAR Casa da Música, Porto Dia 23 abril, 16h00 e às 22h00

MARAFONA Teatro Ibérico, Lisboa Dia 23 abril, 21h30

YOUTHLESS Convento do Carmo, Braga Dia 23 abril, 21h30 MARCO PAULO Arena, Portimão Dia 24 abril, 21h30

CAPITÃO FAUSTO LUX, Lisboa Dia 28 abril, 22h00

CAMANÉ Coliseu do Porto Dia 29 abril, 21h30

RUI MASSENA CCB, Lisboa Dia 30 abril, 21h30

SENSIBLE SOCCERS + THE GLOCKENWISE + PZ + FILHO DA MÃE Gnration, Braga Dia 30 abril, 22h00

LUÍSA SOBRAL + BIG BAND ESTARREJAZZ Cine-Teatro, Estarreja Dia 30 abril, 21h30

JOÃO PEDRO PAIS Cine-Teatro, Estarreja Dia 21 maio, 21h30

MINTA & THE BROOK TROUT Auditório de Espinho Dia 27 maio, 21h30

RUI MASSENA Casa da Música, Porto Dia 2 maio, 21h30 SAMUEL ÚRIA Casa da Música, Porto Dia 5 maio, 21h30 DEOLINDA Casa da Música, Porto Dia 6 maio, 21h30

TONY CARREIRA Multiusos de Guimarães Dia 7 maio, 21h30

SAMUEL ÚRIA Teatro São Luiz, Lisboa Dia 29 abril, 21h00

FESTIVAL ROCK IN RIO Parque da Bela Vista, Lisboa Dia 19 e 20 de maio

FANDANGO Cine Incrível, Almada Dia 14 maio, 21h30 CAPITÃO FAUSTO Gnration, Braga Dia 14 maio, 22h00 45

FESTIVAL ROCK IN RIO Parque da Bela Vista, Lisboa Dia 27, 28 e 29 de maio

MARCO OLIVEIRA Centro de Artes do Espectáculo, Portalegre Dia 28 maio, 21h30

DEOLINDA Cine-Teatro António Lamoso, Santa Maria da Feira Dia 28 maio, 21h30


Nathalie A fadista luso-americana e o seu “Fado Além”

N

athalie, fadista luso americana, que vive nos Estados Unidos da América editou no mês de março o seu segundo disco “Fado Além”. Em conversa ao Made in Portugal a fadista referiu que o fado sempre a fez sentir mais próxima de Portugal e matar as saudades que sentia ao estar longe. Quanto ao seu percurso, até ingressar no fado, revelou-nos que em bebé, enquanto o pai que é músico cantava, ela dormia por trás das colunas em cima das caixas do teclado e que foi aos 13 anos de idade que descobriu o poder que o Fado tem sobre o público e nunca mais parou de cantar. Sobre “Fado Além” Nathalie refere que com este trabalho sente que está pela primeira vez a cantar temas que são mesmo seus e por isso sente que se está a dar a conhecer ao mundo inteiro, “até ao publico que já me acompanha desde que comecei a cantar. É sem dúvida uma etapa nova para mim no meu percurso musical”. Neste disco a fadista lusoamericana teve a oportunidade de criar temas novos, o que “foi um grande desafio para mim porque sempre cantei fados tradicionais. Este disco também me deu a oportunidade de gravar com músicos Portugueses pela primeira vez, o que me inspirou muito.” Nathalie já atuou em salas míticas como Carnegie Hall, Kennedy Center, entre outras, mas salienta que pretende “mostrar ao resto de Portugal” o seu fado. De volta aos EUA, depois de ter apresentado “Fado Além” no Teatro Tivoli em Lisboa, concerto que define como “uma noite de muitas emoções”, Nathalie vai agora continuar a apresentação do seu novo álbum nos EUA em teatros e festivais de verão e em junho regressa a Portugal, “mal posso esperar”, diz. Texto: Daniela Henriques Foto: Sofia Ribeiro



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