ARQUITETURA CENOGRAFICA - TFG I

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ARQUITETURA E CENOGRAFIA Espaรงo Cenogrรกfico FARM


Maria Victória Frezzarin

Arquitetura e Cenografia: Espaço Cenográfico FARM Rio

Orientador: Paulo Sergio Teixeira

Trabalho Final de Graduação apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo na UNIMEP - Universidade Metodista de Piracaciba.


/SUMÁRIO Introdução

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Cenografia Espaço Cor. Material. Textura Som Iluminação

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Produção Cenográfica

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Pesquisas Lovemarks - Conceito Linguagem Visual Visual Merchandising Proposta Babilonia Feira Hype FARM rio Consumidor Comunicação Espaço FARM

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Localização

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Processo de Criação Soluções Croquis + Elementos Referências

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Considerações Finais

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Bibliografia

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/INTRODUÇÃO Este trabalho final busca investigar as zonas de fronteira entre as linguagens cenográficas e arquitetônicas. A cenografia não pode ser identificada apenas como um instrumento para representar espaços, lugares e objetos, esta linguagem está intimamente associada à arquitetura, sem essa ligação ela não poderia existir, cenografia é definida tendo como um dos seus pontos de partida a arquitetura na qual está inserida e assim, explorando esses recursos, designar um trabalho de criação de espaço e formas, expondo um conteúdo.

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/CENOGRAFIA “De sua origem etimológica grega (skené = tenda, abrigo rústico edificado, a cenografia é a arte de representar em perspectiva...)” Bary; Tobelem (1998)

O termo cenografia skenographie vem do grego; skené = cena e, graphien: desenhar, pintar, colorir. A cenografia, por séculos, foi sinônimo de representação pictórica. Na cenografia, a representação não está limitada à substituição de um original: ela é também um elemento narrativo, um auxiliar que permite situar espacial e temporalmente o tema abordado. ROSSIN,Elcio - Cenografia No Teatro e Nos Espaços Expositivos A cenografia contemporânea projeta e instaura novos espaços para serem vivenciados pela experiência direta do corpo dos expectadores, deixando de ser apenas um signo e se tornando uma linguagem representativa, uma boa cenográfica deixa de ser algo externo e tende a se identificar com o sensorial de quem passa por ela se tornando um ato criativo no qual adquire habilidade para composição de um espaço tridimensional no qual encena a proposta definida.

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Espaço

Cor. Material. Textura.

O trabalho de um cenógrafo é dominar teorias, técnicas, modelagem e composição. Está nas mãos desse profissional trazer a identidade da proposta para um espaço físico. É importante abordar a funcionalidade e criatividade no projeto assim como layouts e soluções criativas para as problemáticas encontradas. A criação do espaço exige compreensão e domínio das questões conceituais e praticas citadas em seguida, buscando na criação do espaço manter a identidade da marca e trazendo a tona novas reflexões e sensações operando num mesmo espaço.

A visibilidade é a maior percepção humana desta maneira cores e materiais e texturas estão claramente ligadas assim como a iluminação essas tecnicas tem sua importância em um projeto cenográfico que visa mexer com os sensoriais dos seus expectadores. Nos distinguimos as cores por seus respectivos comprimentos de onda assim definido, as cores são fontes de informações para nosso sistema sensorial (faz com que o indivíduo capte estímulos e informações do ambiente que o cerca) a percepção da luz e materiais pode ser usada para expressar e intensificar a informação visual, o que faz agregarmos diversos significados associativos e simbólicos ao espaço, deste modo associamos cores quentes como estimulantes de sensações de calor, densidade e cores frias estimulam frieza, transparência e calma.

“Os diversos aspectos do trabalho cenográfico são motivados pela questão da habitabilidade do espaço, no sentido de sua natureza experimental e/ou vivencial e consequentemente das suas repercussões na percepção do corpo e do espaço.[...] a cenografia é pensada como criação de espaços que efetivamente possam ser habitados, ao invés da concepção estática e unidirecional dos cenários clássicos. Propõe-se atualmente uma abordagem dinâmica e multidimensional da cenografia, em que predomina, face a outros modelos cenográficos eventualmente mais canônicos, o universo dos objetos performáticos e autônomos.” Ribeiro (2007, p.81)

A reação à cor se torna algo instintivo, as experiências que os usuários têm acumulado em sua memória no decorrer de sua vida é o que define as sensações quando se depara com alguma cor. O emprego dessas técnicas nas áreas propostas no espaço cenográfico tem em seu âmbito, aumentar o reconhecimento da marca é o fator principal para atrair e ganhar confiança dos usuários/clientes, o aspecto visual causado é direto no nosso cérebro, a maneira como algumas cores são escolhidas acabam por influenciar no seu publico.

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Som Outra maneira de estimular o sensorial dos expectadores é pela audição, em um espaço cenográfico podem motivar as ações e estimular diversas emoções nos espectadores, o efeito sonoro, musica e até mesmo o silencio é usado como um suporte cênico importante na criação do espaço. As imagens usadas como exemplos, são do Pavilhão da Agua do Grupo NOX, onde ss sons produzidos vêm de alto-falantes dispostos de maneira que o expectador ouça o som do pavilhão e não um som num edifício, os sons nos dois pavilhões são diferentes e são estimulados por movimento, velocidade e condições climáticas. A exposição conta com dois pavilhões, no pavilhão de água doce os sons são baseados em metáforas de um rio, uma fonte de água. O pavilhão de água salgada é inspirado pelo seu som virtual, a superfície da água do mar. Os dois pavilhões partem de um conceito de promover experiências individuais. Duas pessoas que visitam o edifício podem ter experiências diferentes.

Imagens: Pavilhão da água - Nox, que se baseia na ideia de criar um ambiente de arquitetura e comunicação e usa o som como instrumento de comunicação.

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Iluminação A iluminação é um dos elementos compositivos de maior importância na cenografia as lâmpadas e equipamentos originalmente desenvolvidos para uso comercial se tornam fontes concretas para ressaltar os elementos essências. O efeito da iluminação num projeto de cenografia tem sua importância devido a sua repercussão na percepção humana. Como já citadado a visibilidade é uma das maiores percepções humanas e a iluminação desempenha esse papel, a presença da luz diferenciada nos espaços, quantidade e intensidade, discretamente sugere as funções dos ambientes; de descanso, trabalho, diversão e atividades específicas, definem cenicamente o tempo e o espaço da ação. As características de cada espaço cênico como texturas, superfícies e materiais determinam o seu tipo da luz. Todo projeto de iluminação, parte da necessidade encontrada por um cenógrafo em definir mudanças e características ao espaço.

Imagens: Galeria Melissa Convent Garden – Foi projetada pelo brasileiro Muti Randolph. A iluminação do espaço reage com a presença de pessoas e som, com a intenção dos visitantes se sentirem transportados e seus sentidos e emoções guiados pelos arredores.

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/PRODUÇÃO CENOGRÁFICA Na produção cenográfica fica evidente a ligação entre duas linguagens, a arquitetônica e a cenográfica. A linguagem arquitetônica é de suma importância na produção do projeto, o domínio da mesma auxilia na visão projetual (representação, leitura e detalhes) e proporciona melhor concepção da proposta, o que facilita sua execução. A capacidade de combinar essas duas linguagens na produção, faz com que o projeto seja executado com maior clareza, garantindo qualidade aos seus expectadores. O projeto busca representar a realidade da proposta e, contando com habilidades de um profissional (Cenógrafo/Arquiteto) torná-la em um espaço físico real. Para isso, é ideal acompanhar o desenvolvimento completo do projeto, cujo objetivo é a compreensão do conceito e sua originalidade. Em sua apresentação, é necessário que as ideias e novos conceitos dialoguem. Quando ao planejamento, é preciso uma composição visual forte e uma organização tridimensional do ambiente, antes mesmo de sua execução. Ao compreendermos os usos das duas linguagens, o aprendizado adquirido da cenografia como instrumento e da arquitetura como espaço, podemos proporcionar aos expectadores informações físicas e sensoriais que irão compor o espaço cenográfico proposto.

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/PESQUISAS Lovemarks Esta técnica de comunicação foi inventada por Kevin Roberts (Chief Executive Officer da Agência de Publicidade Saatchi & Saatchi). Segundo o autor, para criar uma lovemarks, são necessários três ingredientes: mistério, sensualidade e intimidade. Lovermarks, são ideias e conceitos, as marcas conseguem acessar os sentidos das pessoas, foram criadas com a intenção de vender um conceito e não um produto em si, atentas aos principais desejos e emoções dos seus consumidores criam um grupo de pessoas que ‘’ame’’ a marca, sendo assim a simbologia da marca, uma Lovemark, conhece seus usuários, seus costumes, suas necessidades sendo assim conseguem mexer com o fator sensorial do consumidor. “Lovemarks são marcas e empresas que criam conexões emocionais genuínas com as comunidades e redes com as quais se relacionam. Isso significa tornar-se próximo e pessoal. E ninguém vai deixar você se aproximar o suficiente para tocá-lo, a menos que respeite o que você faz ou quem você é.” ROBERTS(2004, p.60)

Nike, além de ser uma das marcas mais respeitadas do mundo, consegue criar, através dos seus anúncios, uma relação com o consumidor falando dos benefícios do desporto e de como é divertido praticá-lo, através do slogan "just do it".

Em um comparativo com as marcas tradicionais, as Lovemarks se destacam pela forma como se relacionam com seus consumidores.

“Vem curtir comigo o dia já vem Abra a felicidade você também Vamos sentir algo novo Vem curtir comigo, isso faz tão bem” (Musica da Campanha – Abra a Felicidade) Em todos os comercias, a Coca – Cola, vende um sentimento, A Felicidade, e não o produto em si, como se ele ficasse em segundo plano.

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Linguagem Visual

Visual Merchandising

A intenção do projeto tem em seu âmbito preservar o conceito e fazer uma seleção e combinação de signos para que entre o projeto e o “expectador” exista uma conexão - a estratégia para essa criação é transitarmos pelas duas linguagens e suas potencialidades representativas, essa comunicação entre o espaço e seu expectador são feitas por signos que falam sem palavras, são linguagens não – verbais,o uso de signos táteis, sonoros, cênicos evidencia a participação da cenografia no projeto que por sua vez está incompleto até a ação do expectador, já que buscamos mexer com o fator sensorial. A estratégia de criação dos signos que afetam o fator sensorial na arquitetura e na cenografia é transitarmos pela cultura humana e pela proposta definida.

Diretamente ligada com a linguagem visual, visual merchandising é uma das técnicas de comunicação humana a conquista do expectador pelo olhar, defende que por mais que os seres humanos sejam completamente diferentes, possuem algumas semelhanças e são essas semelhanças que definem um publico alvo.O uso de ferramentas organizadas como, identidade visual, conceito, ações de comunicação, o produto, o layout e a atmosfera do conceito, faz- se importante para o conhecimento do público, sendo assim produzindo estímulos e ambientes para atrair e reter o expectador. Segundo Blessa (2001, p. 22) Visual Merchandising é a “Técnica de trabalhar o ambiente do ponto-de-venda criando identidade e personificando decorativamente todos os equipamentos que circundam os produtos. O merchandising visual usa o design, a arquitetura e a decoração para aclimatar, motivar e induzir os consumidores à compra”. “O traje usado para cobrir o corpo, o meio de transporte adotado não são de ordem estritamente funcional, ao contrário,dizem, sem palavras, nossas preferências, explicitam nossos gostos. Escolher cores, modelos, tecidos, marcas significa expectativas socioeconômicas, mas sobretudo revela o que queremos que pensem de nós; aquelas escolhas representam, são signos da auto- imagem que queremos comunicar” Ferrara (2001, p.07)

“Cenografia não é apenas um signo que denota e conota um ambiente e/ou uma época, ou que informa um espaço, configurando-o: a boa cenografia é a que participa também da ação narrativa, que não é apenas algo externo a ação, decorativamente, mas que se identifica até com o estado psicológico dos personagens ou o ambiente da cena. Como o nome está dizendo, a cenografia é uma escritura da cena, é uma escrita não - verbal, icônica, que deve imbricar-se nos demais elementos dramáticos, trágicos ou cômicos.” (Pignatari, 1984, p.72).

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Visual Merchandising Qualquer signo marcante que um ambiente traga seja ele relacionado, a musica, localização, referencias,influencias importantes, cores, iluminação, entre outros, remetem alteração no comportamento dos expectadores conforme os estímulos ques recebem. “[...] são símbolos que determinam o que sentimos quando os vemos, ouvimos ou percebemos, não importa se de forma consciente ou inconsciente. Existem inúmeras definições para os arquétipos e cada uma mostra um aspecto da verdade. Os arquétipos podem ser formas, sons, gestos, símbolos, comportamentos, atitudes, situações, odores, toques, personalidades etc.” Couto (2004, p. 28). A Melissa passou de ser um calçado, mas um objeto de design que ultrapassa forma e conteúdo chegando à verdadeira mensagem que quer transmitir: a do plástico como opção. Para a marca a tecnologia está a serviço das emoções humanas, o que pode ser considerado fundamental desencadeando processos mentais que vão gerar lembranças desejos e bem estar, criando vínculos emocionais com a marca.

Imagens: Lounge Melissa - SPFW 2010

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/PROPOSTA A seguir apresenta-se um levantamento de dados que auxiliaram na definição da nossa proposta, iniciamos as pesquisas pela Babilônia Feira Hype que por sua vez tem grande importância no andamento do projeto em seguida partimos para FARM rio assim trazendo a proposta completa nessa primeira fase de trabalho.

Babilônia Feira Hype Criada em 1996, é a feira cultural e turística oficial do Rio de Janeiro, reunindo moda, arte, design, decoração, artesanato e gastronomia em um só lugar. A BFH é a única feira deste segmento regulamentada por Lei Municipal no. 3005 de 18/01/2000, as edições contam com a participação de 120 a 150 expositores e, tendo já ultrapassado 3,5 milhões de pessoas em mais de 350 edições realizadas. Ponto de partida de mais de 5 mil novas marcas e mais de 300 empresas implantadas, a feira é a melhor vitrine para novos criadores iniciarem suas trajetórias como pequenos empreendedores e aprenderem através do contato direto e retorno do público (pessoas antenadas as tendências e que buscam novidades) como melhor desenvolver seus negócios e tornarem-se grandes marcas, a exemplo de muitas que ali começaram e hoje são destaque no mercado brasileiro. Um dos elementos de destaque na história da BFH é a sua identidade visual, com peças publicitárias tão originais quanto o evento, lembradas até hoje por seus conceitos inusitados, divertidos, diferentes e criativos. Enfim, hype como o seu público.

BFH - Downtown, Barra - RJ, 2015

BFH – Forte de Copacabana - RJ, 1997

Primeira edição da feira foi o no Forte de Copacabana em 1997, a feira ainda era pequena contava com tendas e estandes menores.

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BFH - Lagoon, Lagoa Rodrigo Freitas - RJ. 2016

A mais recente edição da Feira, aconteceu em abril e foi na Lagoa Rodrigo Freitas. A localização privilegiada proporciona uma vista pro mar, onde se localizam os food trucks, a organização interna da feira se mantém, com estande de 4m² assim como em todas as edições, geralmente a feira reúne 12 mil pessoas nesse local em torno de 150 expositores, reunindo moda, gastronomia, decoração e design ao evento. Além disso, a programação conta com teatro infantil, performances, parquinho e práticas de ações sociais. Esta edição trouxe opções de programa multicultural com 30 expositores gastronômicos instalados em barracas gourmets, food trucks e bikes no terraço e na orla. A característica principal da feira é ser um espaço de exposição de marcas iniciantes brasileiras nas áreas de moda, arte e decoração. Esse espaço por si só retrata muito da identidade da iniciante Farm.

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FARM Rio

Consumidor FARM

A Farm é uma marca carioca de roupas femininas. Criada em 1997 por Kátia Barros e Marcello Bastos, começou sua trajetória na Babilônia Feira Hype, tem uma identificação muito grande com o espírito do Rio de Janeiro. Tecidos leves, fluidos, estampados e coloridos, representativos da natureza carioca.

A Farm sempre teve como princípio a identificação do público como pessoas. Pessoas tem anseios, desejos, curiosidades, expressões.

Muito do legado da Babilônia Feira Hype permanece nas decisões da marca, alem do publico –alvo que é o mesmo, o modo como é apresentada aos seus consumidores por outros canais de relacionamento, fazendo com que o publico abrace o conceito da marca e não seus produtos. A FARM garanta grande parte do investimento em mídia alternativa criando ambientes de loja, apostando em comunição online, parcerias, eventos promocionais como o cine rua que é um cinema com parceria com a telecine que acontece Praia Vermelha e o agita aê que vem a ser um programa de incentivo a pratica de esportes, até mesmo uma casa de verão que conta com oficinas, espaço beleza, musica e uma área de alimentação e permanencia.

Para melhor direcionar as ações de marca, a Farm trabalha com quatro personas, que se dividem e se sobrepõem como o público alvo chave da marca: meninas jovens cariocas universitárias. “É a menina da Zona Sul do Rio de Janeiro.” ‘’Uma menina que faz faculdade, que freqüenta os melhores lugares da cidade, tem uma relação forte com a praia e a natureza. Adora o dia. Tem informação de moda e quer se diferenciar” afirma Kátia Barros em entrevista (LACERDA, 2009).

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Comunicação FARM A comunicação dentro do contexto do marketing e do branding, para a Farm, tem um objetivo único e claro: a criação de um relacionamento com as consumidoras. Partindo do pressuposto que a marca tende vender seu conceito então o relacionamento com o seu publico alvo, terá de ser feitos de maneira interativa e, que suportem tal disseminação do conteúdo. As áreas de foco dessa comunicação é desenvolver ações de relacionamento direto com o consumidor. A Farm tem concepts stores espalhadas por todo Rio, uma delas se localiza em Ipanema todos os elementos que compõem esse espaço remetem uma experiencia sensorial.

Imagens: Concept Store - Ipanema, RJ

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Outro projeto FARM, foi criado pelo escritório da Triptyque e, ganhou recentemente 1º lugar da categoria Obras Concluídas, da 8ª Bienal Internacional de Arquitetura. O diferencial da loja é o design moderno, seu conceito de arquitetura verde e sua sustentabilidade – o prédio possui sistema próprio de tratamento e reutilização da água, as madeiras utilizadas são reflorestadas e há plantas por todo o local Além disso a loja é ponto também para exposições, palestras e eventos. ‘’Nossa estratégia de comunicação é diferente. Ela é voltada para o relacionamento direto com a cliente – nas redes sociais, na loja, nos eventos. E a gente não faz as ações que são de alcance de massa, como campanha, anúncio e desfile, por exemplo. Preferimos trabalhar de maneira focada na pessoa que queremos atingir.” SANTOS (2013)

Imagens: Concept Store - Vila Madalena, Sp

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Espaço Cenografico - FARM Construir um espaço FARM partindo de sua identidade e de onde surgiu visando promover seu conceito e não o seu comercio, geralmente a FARM tem um estande de apenas 4m² na feira, já a proposta consiste em uma espaço maior e em anexo da Feira (Babilônia Feira Hype). A marca já tem uma linguagem visual marcante, o uso de materiais, sons, cores, publico, localização e até mesmo nas suas lojas conceitos, serão usadas como principais referências, contamos também com o conteudo das pesquisas já apresentadas além de técnicas de visual merchandising, exposição de produtos, setorização, fluxo e circulação, sons, ambientação e comunicação visual, com intuito de influenciar no sensorial e estimular para o conhecimento do conceito da marca, além de proporcionar experiências memoráveis para os consumidores. Ao transitarmos entre Arquitetura e Cenografia buscando transformar essa identidade em um espaço físico, contaremos com áreas interativas baseada na história da marca e suas referências.

A programação espacial tem suas denominações utilizadas pela própria marca: Área Alimentação – Food Park Espaço destinado a alimentação, que terá a intenção de representar os momentos de “pré e pós praia” . Com trucks espalhados ao ar livre propondo uma praça de alimentação. Área “Agita Aê” Área disponibilizada para a pratica de esportes a FARM nesse espaço será disponibilizado Balance Board e Slackline. As infraestruturas para pratica desses esportes são simples o que torna ideal para um projeto itinerante e que acontece durante o dia todo. Casa Verão A Casa Verão é um espaço para descanço e relaxamento que seguirá padrões da campanha FARM + Oppa! É (uma campanha onde eles renovam cômodos sorteados, se baseando nas cores da Oppa e as estampas da FARM) seguindo uma linha sustentável. Bazar FARM È o único espaço destinado para vendas. Nesse espaço usaremos algumas lojas conceitos como referencias, mantendo uma linha orgânica, sustentável. Área de Atrações É o espaço destinado para integração do publico, haverá atrações como Pocket Shows e acústicos, que por serem de curta duração é ideal para a feira. Um sunset para convidados e o mais importante o Cine Rua (é o primeiro projeto audiovisual da marca).

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/LOCALIZAÇÃO A localização foi baseada nas necessidades da feira, como população esperada e numero de estandes. Sendo assim o Pier Mauá – Rio de Janeiro atende questões relativas quanto a execução do projeto. No seu entorno estão presente pontos marcantes da cultura do Rio de Janeiro como o Museu de Arte do Rio (01) e o Museu do Amanhã (02). A área proposta para feira é de 3500m² (um pavilhão) contando com estandes, espaço gourmet, banheiros e uma circulação de qualidade, as estandes se posicionam nas arestas do pavilhão. O espaço FARM, estará em anexo da feira e contará com uma área de 2500m², onde estarão implantadas todas as áreas de interatividades já propostas.

Espaço FARM rio

B.F.H


/PROCESSO CRIAÇÃO Soluções

Nessa parte do processo de criação é onde solucionaremos de maneira criativa questões importantes que garantem a qualidade do espaço. Iniciaremos pela circulação, optamos por setorizar os ambientes do espaço de maneira que ao chegar na feira, o expectador terá uma visão de todas as áreas dispostas, trazendo a tona a curiosidade pelo o que está sendo oferecido no inicio da feira, pela FARM. As estandes internas estão dispostas nas arestas do armazém contam com uma circulação grande e confortável para os visitantes, no centro foi proposto espaços gourmet que comportam permanência rápida de pessoas e banheiros. Outro instrumento que tomamos conhecimento para abordar tais soluções, alem da circulação, é a quantidade de pessoas esperadas, a feira comporta 3 pessoas/m², com isso conta com estrtura para 18 mil habitantes rotativos, o que já é uma boa média sendo que já existiu edições da BFH em que o numero de visitantes foi de 15mil pessoas. Dimensionamento Proposto

Circulação Proposta

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Croquis + Elementos

Vistas do Palco

Conceitos FARM:

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Referências A busca por referências nessa parte do trabalho partiu da concepção de demonstrar instrumentos e técnicas usados nos espaços cenográficos que tem o objetivo proporcionar experiências sensoriais e definir algumas das areas de interatividade, mantendo a identidade da marca. Lojas conceitos, tiveram grande importancia nessa parte.

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/CONCLUSÃO FINAL Neste trabalho final introduzimos uma reflexão sobre duas linguagens em um projeto. No projeto proposto, o trabalho de pesquisa e o processo criativo trazem algumas definições dos instrumentos que auxiliam na execução e compreensão das técnicas usadas, as pesquisas selecionaram dados relevantes para que a execução tenha um resultado qualitativo. No TFG II, entramos com a parte projetual onde o conteúdo pesquisado terá sua finalidade, contarei com plantas e detalhes, maquete digital para representar o trabalho final.

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/BIBLIOGRAFIA FERRARA, Lucrécia D' Alesso. Palavras sem leitura. Editora Ática, 2010. URSSI, Nelson José. Linguagem Cenográfica. Universidade de São Paulo, São Paulo, 2000. AMANTE, Joana Rita. Arquitetura Imagem e Cenografia. Universidade de Coimbra, Portugal, 2013. MARTINS, Fernanda Zolet. Influencia do visual merchandising. Centro Universitário de Brasilia, Brasilia, 2012. TEIXEIRA, Luisa Rosa. Um estudo de caso da marca FARM. Universidade Federal Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2014. BABILONIA FEIRA HYPE. Coletivo Urbano e Criativo. Disponível em: <http://www.babiloniafeirahype.com.br>. Acesso em: abr. 2016. MULTI RANDOLPH. Work. Disponível em: <http://www.mutirandolph.com>. Acesso em: abr. 2016. STUDIO EDWIN VAN DER HEIDE. Water Pavilion. Disponível em: < http://www.evdh.net>. Acesso em: abr. 2016.

/BIBLIOGRAFIA IMAGENS I HATE FLASH. Babilonia Feira Hype. Disponível em: <http://ihateflash.net/tags/>. Acesso em: abr. 2016. I HATE FLASH. Rio Food Park. Disponível em: <http://ihateflash.net/tags>. Acesso em: abr. 2016. FRAME WEB. Galeria Melissa. Disponível em: <http://www.frameweb.com>. Acesso em: abr. 2016. ADORO FARM. Inspira. Disponível em: <www.farmrio.com.br/>. Acesso em: abr. 2016. GAROTAS DE PROPAGANDA. Farm Concept Store. Disponível em: <https://garotasdepropaganda.wordpress.com>. Acesso em: mar. 2016.

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