O homem que plantava árvores, Jean Giono Quem dera que a história de Elzéard Bouffier, um pastor que sobretudo plantava árvores, fosse verídica... Durante cerca de 30 anos, Bouffier plantou diariamente – de forma solitária, generosa, gratuita e paciente - carvalhos, bétulas e faias que, a pouco e pouco, tornaram habitável uma região do sul dos Alpes franceses, outrora árida e deserta, e se transformaram numa floresta nascida de “forma espontânea”, aos olhos de quem andava distraído e queria apenas colher louros. Dei com este conto num manual escolar do 10º ano, há cerca de 8 anos atrás, e foi ele que despertou em mim um profundo reconhecimento e gosto por árvores, florestas, hortas e caminhadas.
Jean Giono (1895-1970) Escritor francês cuja obra se inspira no mundo rural da Provença.
Aprendi com ele o incrível poder da gratuidade e o valor de “pequenos passos” que se tornam num caminho de transformação à nossa volta. Um livro que urge ler a quem ama a Natureza e se preocupa com o ambiente. Não vou deixar o leitor à míngua…por isso aqui fica o início: «Para que o caráter de um ser humano revele qualidades verdadeiramente excecionais, é preciso ter a sorte de o ver em ação durante muitos anos. Se esta ação estiver despida de egoísmo, se a ideia que a guia for de uma generosidade sem exemplo, se for indubitável que não pretende qualquer recompensa e, além disso, ainda deixar marcas visíveis no mundo, nesse caso, estamos, sem dúvida alguma, perante um caráter inesquecível.»
“1 livro, 1 testemunho” Teresa Bento Lopes /out.017