O SABER E O FAZER
M USEU DO F OLCLORE II
NO
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C oleção C adernos
de
Folclore
23o Volume 2013
São José dos Campos
Coleção Cadernos de Folclore Realização
Pesquisas e textos
Prefeitura Municipal de São José dos Campos Fundação Cultural Cassiano Ricardo Diretoria de Patrimônio Cultural Museu do Folclore de São José dos Campos
Fábio Martins Bueno e Maria Siqueira Santos
Idealização
Design gráfico
Centro de Estudos da Cultura Popular Angela Savastano
Gestão do Projeto Francine Maia
Edição de textos
Avelino Israel e Angela Savastano
Revisão de textos Vera Maria Costa
Fotografias
Francisco José Lacaz Ruiz (Chico Abelha) Arquivo Museu do Folclore de São José dos Campos Magno Studio
Tratamento de imagens e editoração Gabriel Sá
Colaboração
Maria da Fátima Ramia Manfredini - UNIVAP
Impressão
JAC Gráfica e Editora Ltda – São José dos Campos – SP
Entrevistas
Fábio Martins Bueno
Ficha catalográfica elaborada por Cíntia Cássia Soares - CRB 8R/8848 B942s Bueno, Fábio Martins; Santos, Maria Siqueira O saber e o fazer no Museu do Folclore II / Fábio Martins Bueno e Maria Siqueira Santos. -São José dos Campos / SP: CECP/FCCR/Prefeitura Municipal de São José dos Campos, 2014. p.108; 21cm x 24cm; (Cadernos de Folclore; v.23) 1. Cultura Popular / Folclore – São José dos Campos – SP 2. Arte Popular / Artistas Populares – São José dos Campos 3. Programa Museu Vivo – Museu do Folclore/Centro de Estudos da Cultura Popular e Fundação Cultural Cassiano Ricardo I. Santos, Maria Siqueira. II. Título. CDD: 390 CDU: 398 Copyright @ Fábio Martins Bueno e Maria Siqueira Santos – 2013 Todos os direitos reservados Fundação Cultural Cassiano Ricardo Avenida Olivo Gomes, 100 – Santana – 12211-115 São José dos Campos – SP – Brasil www.fccr.org.br
Sumário Abertura 6 Ampliar o relacionamento institucional 7 Apresentação 8 Cap. 1 - Pedro Adão Paulino 11 Cap. 2 - Vitor Ribeiro e Luiza Maria Ribeiro 19 Cap. 3 - Júlio César Ribeiro 25 Cap. 4 - Miguel Fernandes de Faria 31 Cap. 5 - Saturnino de Barros Silva 37 Cap. 6 - Agenor Lessa 45 Cap. 7 - Sofia de Faria Ramos 53 Cap. 8 - José Augusto Ramos 59 Cap. 9 - Margarida Liesack Baptistini 67 Cap. 10 - Fátima Regina Capinam 75 Cap. 11 - Cândida Morais Bernardes 83 Cap. 12 - Irma Valiante 93 Referências Bibliográficas 101 Perfis dos Pesquisadores 102 Perfil do fotógrafo 103 Fundação Cultural Cassiano Ricardo (FCCR) 104 Centro de Estudos da Cultura Popular (CECP) 105 Agradecimentos 106 Relação das Edições Anteriores 106
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com grande satisfação que a Fundação Cultural Cassiano Ricardo, em parceria com o Centro de Estudos da Cultura Popular, comemora os 15 anos de existência do Projeto Museu Vivo, apresentando à comunidade mais uma publicação da Coleção Cadernos de Folclore: O Saber e o Fazer no Museu do Folclore II. Para a Fundação Cultural Cassiano Ricardo, a importância da Coleção está exatamente em expressar os pilares de uma política mais avançada e arrojada de patrimônio cultural: o direito à cidadania, ao pertencimento e à transformação da realidade na qual se vive. Caminhando rumo à nova política pública de cultura que está sendo implantada em São José dos Campos, os relatos e experiências dos mestres e fazedores aqui reunidos demonstram a importância do diálogo entre a administração e a população, expandindo os horizontes rumo ao fomento e à difusão cultural em nossa cidade. Reconhecer os trabalhos desses mestres para a cultura do município torna São José dos Campos mais humana. Esperamos, portanto, que esta nova edição se constitua em mais uma ferramenta cultural à disposição de todos para que sejam agentes transformadores da nossa realidade. Alcemir Palma Presidente da Fundação Cultural Cassiano Ricardo
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Pedro
Adão Paulino
Você sabe o significado do palhaço na Folia de Reis?
A d ã o P a u l i n o , nascido na região de Caxambu, Minas Gerais, é um dos palhaços da Folia de Reis da Irmandade de Santos Reis, em São José dos Campos. Em entrevista realizada em sua casa, explicou o significado do palhaço (o marungo) na Folia: “Você sabe o significado do palhaço na Folia de Reis? Vou te contar. Quando José e Maria estavam fugindo de Herodes, para ele não alcançar, então, surgiu essa ideia em três rapazes: vestir aquela roupa toda fantasiada e começar a pular, fazendo graça, ali na frente de Herodes. Como ele nunca tinha visto aquilo ali, ficava entretido e nisso José e Maria esticavam.”
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C ap Ătu lo 2
Vitor
Luiza
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Vitor Ribeiro e Luiza Maria Ribeiro
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Nós somos uma família
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Folia
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R e i s é a celebração da história narrada na Bíblia, no 2o capítulo
de Mateus, sobre a visita dos Reis Magos ao menino Jesus, alguns dias após o seu nascimento. Esta história conta que Melquior, Gaspar e Baltasar, os três reis do Oriente, seguiram uma estrela até Belém, na Judeia, e que essa estrela lhes indicava o local onde se encontrava o rei dos judeus. A tradição da Folia de Reis, segundo registros históricos, é do século 11. Consta que naquela época foi realizado um ritual semelhante durante a missa em uma comunidade no interior da França. Entretanto, afirma-se também que este festejo teve influência de uma tradição germânica, uma ritualização do solstício de inverno, que acontece por volta do dia 6 de janeiro na Europa.
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um santo que fala do nascimento de Jesus. Então a pessoa chama: “Vamos lá na minha casa”. Porque muitas vezes as pessoas não sabem, têm medo às vezes. Mas os mais antigos que sabem, que entendem, eles levam a bandeira para dentro da casa deles, nos quartos, choram, não quer que vá embora. Daí eles dão dinheiro, muitas vezes eles já dão o dinheiro lá para a Bandeira. Aí os palhaços que têm que ver: eles vão ajoelhados, chegam perto da bandeira, ficam procurando o dinheiro até achar. Daí eles fazem um sinal para o mestre vim pegar a oferta.” (Luiza) Entre os dias 25 de dezembro e 6 de janeiro, a Folia sai para sua jornada. “Começa depois do trabalho, das duas horas em diante e volta meia noite ou uma hora da madrugada, todos os dias. Mas não cansa porque é uma tradição da gente [...](Vitor).” São percorridos cerca de 10 bairros distribuídos entre as cidades de Jacareí, São José dos Campos e Aparecida. Além disso, o grupo participa de programas de rádio tanto em Aparecida como em São José dos Campos. A jornada, que antes as famílias de Vitor e Luiza faziam em Conceição do Rio Verde, percorrendo as casas espalhadas pelas fazendas, agora é feita em São José dos Campos. No lugar de pastos e pequenas estradas de terra, agora há ruas, avenidas e rodovias.
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Júlio César Ribeiro
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É um dom de Santos Reis
C é s a r R i b e i r o , 29 anos, é um dos mestres de Folia de Reis da Irmandade de Santos Reis. Sua mãe, Luiza, atribui a uma graça de Santos Reis o fato de ele cantar como seu avô, Pedro Linda Vicente. Ainda muito novo, com aproximadamente 13 anos de idade, Júlio foi coroado mestre de Folia de Reis. O episódio aconteceu na Folia realizada no Jardim das Indústrias, em São José dos Campos. Na ocasião, o Sr. Sebastião Cota, um folião antigo, pediu a palavra e, para espanto dos presentes, anunciou que, naquele momento, o garoto – que já havia sido marungo, tipe, contra-tipe e tala – estava sendo consagrado mestre de Folia de Reis.
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Agenor
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Então nós começamos a cantar no cinema
L e s s a e s u a fa m í l i a cultivam o gosto pela música caipira. Com sua esposa Nilza, sua filha Fernanda e seu cunhado Mauro, costuma se apresentar no espaço Zé Mira e no Museu do Folclore, em São José dos Campos. Hoje com 72 anos, Agenor nasceu em Caçapava, mas logo foi morar em Eugênio de Melo com os pais, que eram meeiros de café. Desde cedo mostrou interesse pela música, pois conta que já aos doze anos teve condições de se apresentar com o parceiro Augusto em um evento promovido pelo grupo escolar. Na ocasião, a música tocada e cantada por eles foi ‘Tristeza do Jeca’, de Angelino de Oliveira.
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Sofia de Faria Ramos
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Aprendi muita coisa com minha mãe
Ingredientes: 1 litro de leite e 1 quilo de açúcar; Modo de fazer: colocar e o leite e o açúcar dentro de uma panela, levar ao fogo e deixar ferver, sempre mexendo para que o leite não transborde e/ou não grude no fundo. Quando começar aparecer o fundo da panela desligar o fogo e bater bem o doce até esbranquiçar. Colocar em uma assadeira e quando estiver morno cortar em quadradinhos.
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eu aprendi com minha mãe, minhas avós, lá todo mundo fazia.” Sofia de Faria Ramos nasceu em Candelária, comunidade rural que já pertenceu a São Bento de Sapucaí (SP) e depois se tornou distrito de Brazópolis (MG), passando a se chamar Luminosa. Aos cinco anos, Sofia foi com os pais e irmãos morar em Campos do Jordão, onde viveram por cerca de sete anos, até que o pai decidisse voltar para Luminosa. Dois anos depois, porém, o irmão mais velho de Sofia mudou-se para São José dos Campos. O pai logo gostou da ideia, vendeu a terra em Minas e comprou uma casa no bairro Jardim Paulista. Foi nesse momento que Sofia começou a fazer doces.
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doce
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Mas depois as filhas tiveram de mudar de São José e ela não quis continuar o trabalho sozinha. O marido de Sofia é natural de São José dos Campos. Durante seus anos de vida, João viu a cidade passar por grandes transformações, especialmente no que diz respeito ao rio Paraíba do Sul, pois vem de uma família de piraquaras, pescadores típicos deste rio. Questionado sobre o motivo que o fez parar de pescar, João afirma que foi devido à poluição e à chegada das dragas para retirar terra do rio. Os clientes não queriam mais comprar os peixes do Paraíba porque diziam que tinham gosto de poluição. Atualmente, porém, almeja voltar a pescar. Sofia participa do Museu Vivo desde 2002. Ela começou fazendo bolinho de chuva, mas depois ampliou bastante seu cardápio. Fez cuscuz, doce de leite, doce de abóbora, licor de vários tipos, bolachinhas de Natal, paçoca.
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José Augusto Ramos
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Aí eu tornava a fazer de novo!
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eu viajo sem sair de casa. Eu fico riscando as coisas e pensando o que será que vai sair daqui.” Desbastando a madeira com seu canivete, José Augusto produz suas réplicas em miniaturas. Reproduz, com notável precisão, mecanismos importantes dos tratores, caminhões e carros de boi. Com a mesma precisão, transforma pedaços pequenos de madeira em animais do campo, chaveiros em forma de porteiras de fazendas, réplicas de mesas, armários e jangadas. A maioria dos temas de suas miniaturas está ligada a algum momento de sua vida. Para estes, José Augusto narra várias histórias.
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Margarida Liesack Baptistini
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O gosto de ensinar e o gosto de aprender
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novamente e abre o papel. “Depois eu coloco na mesa até terminar. Aí eu dobro e coloco no arame, amarro aqui um pouquinho com linha 10, daí que vou abrir um por um. Depois você passa o batom.” Assim Margarida narra como se faz o cravo de papel. Sorrindo, acrescenta: “Até menina de sete anos vem aqui e diz ‘eu quero aprender também’. Eu digo: ‘venha aqui’! E isso é muito bom!” Margarida Liesack Baptistini possui vários saberes e gosta de transmiti-los. Ela se entusiasma com o interesse das pessoas em aprender o que sabe ensinar. Ela também gosta de aprender coisas novas, conta que sempre está matriculada em algum curso. Aposentouse como professora primária, tendo trabalhado por 30 anos no Colégio Olímpio Catão, escola estadual localizada na região central da cidade. Além das aulas no colégio, Margarida dava aulas de culinária para crianças e adultos. Atualmente, ainda vai às escolas da região a convite de outros professores para ensinar alguns de seus fazeres. Em sua casa, há várias caixas de flores de papel, pastas com anotações diversas na estante e arranjos de flores pela sala. Seu apartamento fica na zona central da cidade de São José dos Campos, em frente à Praça do Sapo, local onde com frequência recebe as amigas para tecer a linha do crochê, experimentar receitas novas, tomar uma xícara de café, colocar a conversa em dia. 68
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Cândida Morais Bernardes
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O trabalho tem um valor especial
O f u x ico m i n ei ro consiste na feitura de bolsas e colchas a partir de pequenos pedaços de tecidos, costurados uns aos outros. Os pedaços são cortados por Cândida usando um molde em formato hexagonal. Ela explica que foi em São José dos Campos que soube que o que ela faz é o ‘fuxico mineiro’. A questão é que o fuxico que ela faz é diferente do fuxico que usualmente se faz no Estado de São Paulo. “Aqui em São José que eu fiquei sabendo que este daqui é o fuxico mineiro, porque é o paulista que faz aquele franzido. [...] Quando eu trouxe ninguém conhecia porque aqui a pessoa conhece o fuxico franzido, redondinho. Este é o fuxico que a gente corta os quadradinhos, aí tem o molde... A gente vai fazendo um por um com o molde, esse aqui é o que minha mãe usava, é de papelão. Aí a gente coloca o papelão em cima, vai dobrando, depois costura tudo aqui, aí depois vai emendando um por um... Depois a gente vai montando, a
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“A cidade, as pessoas, minhas amigas de antigamente. Se eu pudesse voltar, eu voltava. Eu gosto muito da natureza. Eu gostaria mesmo de viver na casa onde eu morava. Quando meu pai faleceu, nós vendemos a casa, o senhor que comprou está lá até hoje. Só que no quintal nosso tinha um pomar, a gente criava porco, criava galinha, pato, tinha cachorro, gato, criava pombo, e tinha ainda as hortaliças que meu pai plantava, aqueles canteiros enormes: alface, tomate, repolho, chuchu, beterraba, cenoura, couve. A gente regava, tinha aquela..., eu não sei, aqui eu nunca vi em casa nenhuma, era um tanque d’água que a gente pegava o regador enchia de água e regava as plantas todo o dia de tarde. Aquele barulho da água caindo na folha do alface é inacreditável, é um som que não tem igual, não existe... Então tudo isso eu sinto saudade, é muito bom, o som da chuva caindo nas plantas.” Em São José, Cândida costuma passear no Parque da Cidade, caminhar pelos bosques e ir até o lago ver os peixes, tartarugas e pássaros. Foi num desses seus passeios que conheceu o Museu do Folclore. Conta que tudo começou quando viu uma conhecida sua fazendo fuxico durante as atividades do Museu Vivo.
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Os segredos da cozinha caipira
Maria Cheminand Valiante aprendeu a fazer doces com sua mãe, Irma Almada Cheminand, na época em que ela morava em Bananal, município paulista do Vale do Paraíba, que faz fronteira com o Estado do Rio de Janeiro. Ela conta que sua mãe possuía muitos saberes culinários advindos do cotidiano na roça e que gostava de lhe ensinar os segredos da cozinha caipira. “Na fazenda, na zona rural, todo tipo de produto era aproveitado. Fazia-se muito doce das frutas que eles tinham. Isso eu aprendi com a minha mãe, sabe. Na época da goiaba, por exemplo, a gente fazia a goiabada para durar o ano inteiro. Guardava em caixetas, colocava a palha de milho e depois o papel impermeável. O doce era colocado no papel impermeável, fechava a caixeta e guardava para o ano inteiro. Eu tinha uns 14, 15 anos e ajudava a minha mãe a fazer a goiabada, bananada. Era naquele tacho enorme de cobre que a gente ficava mexendo, no fogão de pedra.”
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ábio Martins Bueno trabalha como professor de história e pesquisador na área de patrimônio cultural. Tem experiência como escritor de textos acadêmicos e didáticos. É autor do 22º volume da Coleção Cadernos de Folclore, O saber e o fazer no Museu do Folclore, publicado em 2012 pela Fundação Cultural Cassiano Ricardo – FCCR e Centro de Estudos da Cultura Popular – CECP. É graduado em História pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Possui, pela mesma universidade, os títulos de especialista em História Social e mestre em História Social, na linha ‘Culturas, Representações e Religiosidades’. (fm_bueno@yahoo.com.br).
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aria Siqueira Santos tem experiência como redatora e editora de textos acadêmicos e didáticos. Foi professora de História na rede pública de ensino e orientadora online no programa Redefor/ Unicamp. Também já trabalhou como professora de inglês e com produção de programa de rádio. É graduada em Psicologia pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e em História pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), onde também concluiu mestrado nesta área. (mariasiquantos@gmail.com).
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Francisco José Lacaz Ruiz (Chico Abelha) é pesquisador e fotógrafo autodidata. Por 30 anos viveu na zona rural de São José dos Campos, onde vivenciou, registrou e divulgou (em rádios comunitárias) os saberes e fazeres do homem do campo. Realiza e divulga (pelas redes sociais) produções audiovisuais independentes de diversas manifestações folclóricas da região. Nos anos de 2011, 2012 e 2013 identificou e registrou (em vídeo, foto e texto) informações sobre diferentes manifestações da cultura popular local para o Projeto Piraquara, da Fundação Cultural Cassiano Ricardo – FCCR. Realiza atualmente a identificação de novos ‘fazedores’ para o Projeto Museu Vivo do Museu do Folclore, da FCCR. (chico.abelha@hotmail.com).
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Este livro foi composto com a família tipográfica Adobe Caslon, corpo 11,5 / 15 e impresso em Couché Fosco 150g/m. Tiragem de 1500 exemplares. São José dos Campos, dezembro de 2013.