Que hoje é aqui? – como desenhar calendários mestiços? –
Maíra das Neves
“Primero fue el viento” Luis de Lión1
Voltei monstruosa, com a realidade desnaturalizada e com vontade de contar diferente. Bastou um mês na Guatemala, ou Ixmulew em língua maia.
1. Frase de abertura de El Tiempo Principia en Xibalbá, primeiro romance do escritor maia guatemalteco Luis de Lión. O livro foi publicado postumamente, em 1985, pois o autor fôra sequestrado e assassinado pelo governo opressor no ano anterior.
Em abril de 2015, eu vivia pensando em futuros impossíveis, fim de mundo, colapso das cidades e do capitalismo. O mundo teria acabado em dezembro de 2012, lembra? Porque o calendário maia chegaria ao fim. É claro que o boato não deu em nada, 2013 chegou e nada mais foi igual. Desde então quis saber mais sobre isso: que fim foi esse, traduzido como fim de mundo, como os maias contam o tempo, e por que ele acaba? Consultei o oráculo: na rede só encontrava calendários maias em inglês, versões adaptadas por um escritor new age estadunidense, mais focados nos signos (nawales) como ferramenta de autoconhecimento. Difícil encontrar algo sobre contagem de tempo mesmo, ou uma outra concepção de tempo. Ao chegar na Guatemala, procurei o calendário ancestral. Mesmo sendo o calendário mais preciso da humanidade, ele não parece estar em vigor naquele país, não oficialmente. O calendário regido pelo Estado é o da Igreja Católica. Estamos definitivamente depois de Cristo por lá. Mesmo com a maioria da população indígena e mestiça, as datas comemorativas, feriados, início do ano, calendário escolar, tudo é regido pelo calendário gregoriano.
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Quanto mais me aproximava, menos entendia dessa noção do tempo. Eu precisava ver desenhado, ficava tentando comparar o calendário gregoriano com o maia, queria de todo jeito poder visualizar. Talvez por procurar com esses meus olhos ocidentalizados, mas calendário ancestral só nas livrarias para turistas. O desejo dos viajantes produz calendários de diversos tipos, impressos, tridimensionais, alguns híbridos pra facilitar a comparação, mas que não explicam muito, na verdade. Só interessam aos de fora mesmo. O ainda recente genocídio dos indígenas durante a guerra civil2 mantém internalizadas e no âmbito privado muitas manifestações da cultura maia.
2. A Guerra Civil na Guatemala foi de 1960 até 1996.
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Platicar é conversar. Edgar Calel, artista kaqchickelguatemalteco também no grupo em residência, nos contou bastante coisa, inclusive sobre o calendário sagrado: e ele era completamente diferente dos que eu tinha visto em inglês, até os nawales eram outros. Os dias têm características próprias e podem até ter durações diferentes. Lá o dia é elástico. Os astrônomos maias conheciam as órbitas de todos os planetas do nosso sistema milhares de anos antes do Ocidente, eram obsessivos na contagem dos ciclos. O calendário maia envolve os ciclos todos, não só o da Terra em relação ao Sol. As combinações tantas se repetem na eternidade.
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Parece que eles têm um mapa das estrelas por dentro. Eles sabem que dia é hoje, não precisam ver desenhado pra acompanhar o calendário maia. Sabem de todas as camadas do dia. O dia impresso é o outro, o da folhinha.
3. Colonialismo interno se refere aos processos de dominação e opressão ainda em vigor, pressupondo que o fim do processo histórico de colonização não significou o fim das relações de colonialidade. Para o sociólogo mexicano Pablo Gonzalez Casanova, o colonialismo interno está presente em todas as dimensões, na economia, na política, na sociedade e na cultura. (CASANOVA, 2007)
Ao observar como eles percebem o tempo, o meu tempo se desnaturalizou. Senti cada minuto como uma ideia construída, carregada de poder, de política. A principal percepção que tive nesta viagem foi do colonialismo interno3 que persiste, tanto lá como cá e em tantos outros lugares.
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NAJT
Eu encontrava pessoas e perguntava sobre o tempo. Sobre presente, passado e futuro. São perguntas muito ocidentais. Começa que perguntar já é algo bem ocidental. Era constante a sensação de não conseguir respostas, simplesmente porque a pergunta já é tão alienígena que não existe resposta pra ela, não nos mesmos termos. Eu queria saber sobre a concepção ancestral de tempo, mas nela não existe esse tempo assim separado do espaço. Encontrei em um livro de Carlos Barrios:
4. Carlos Barrios é antropólogo, ajq’ij, pesquisador e historiador guatemalteco. (BARRIOS,2013; pg. 116) Livre tradução minha. 5. Um dos povos de origem maia e também o nome deste idioma maia, um dos muitos falados ainda hoje.
“O Ocidente separou o espaço do tempo, criando uma manifestação de elementos distintos a partir de uma só realidade, assim a visão ganhou outro sentido. O tempo se tornou fonte de limites (horários-agenda), ao ponto de surgir a frase ‘tempo é dinheiro’... E o espaço se reduziu a uma manifestação física territorial (propriedade). Tal divisão é a causa do desarranjo que resultou em grandes conflitos.”4
A palavra em kaqchikel5 é uma só: najt. Tempoespaço tudo junto. Essa ideia aparece também já há algum tempo no pensamento ocidental, na Teoria da Relatividade de Einstein. Mesmo assim, continuamos
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sem ter uma palavra única nos idiomas ocidentais, continuamos a viver um tempo linear. Tempo-espaço, tempoéspaço, espaçempo, tempspaço? Época de fim de ano, eu criança costumava imaginar o ano como uma linha bidimensional num fundo infinito. O ano acabava, a gente caía no nada e ia flutuando à esquerda, até chegar no começo da linha de baixo. Minha eternidade era um caderno pautado. Daí a gente cresce, e o tempo vem desenhado em vários formatos, quadriculados em calendários, em páginas de agenda, ilustrado nos livros de história, sempre progressivo, linear e irreversível. Um tempo com direção. Com um passado que fica pra trás, o presente aqui, e o futuro em frente.
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Fiz uma visita à Academia de Lenguas Mayas de Guatemala. Fica na capital, em um prédio grande, bem colonial, com um espaço interno aberto. Dei umas voltas meio sem saber aonde ir. Até que me abordaram, e me indicaram a biblioteca. Entrei na pequena sala, cumprimentei a funcionária e juntei uma pilha de livros. Depois de mais de uma hora de leitura e anotação, abri um pacote de biscoitos. Ofereci à funcionária. Ela aceitou e já se sentou ao meu lado. Só a gente ali. Começamos a conversar, e ela me contou muitas coisas. Logo perdi interesse nos livros e passei o resto da tarde platicando com Nádia.
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Ela me contou um montão de coisa. Nádia é jornalista, vem de um pueblo chamado Huehuetenango, me mostrou fotos, disse que sua filha mora lá com a avó enquanto ela trabalha na capital. Nádia faz também ativismo contra a mineração de ouro que prejudica a sua região, tem um programa de rádio. Claro que fiz minhas perguntas, ela respondeu estranhando, como se fosse meio óbvio. Ela disse que o passado existe pois o percebemos, sabemos dele. O presente está aqui, e fez um gesto com as mãos. Manifesto, está aqui -agora. E “o futuro não há, seguimos com o dia”. Como assim? Seria mais um equívoco tradutório6?
6. O antropólogo brasileiro Eduardo Viveiros de Castro chama de equívoco tradutório todas essas confusões geradas no embate tradutório entre cosmologias distintas: “A comparabilidade direta não significa necessariamente tradutibilidade imediata, assim como a continuidade ontológica não significa transparência epistemológica.” (VIVEIROS DE CASTRO, 2004). Livre tradução minha.
Por causa da nossa residência, muitas pedras e livros viajaram também7. Logo nos primeiros dias, Calel trouxe desde Comalapa até Antigua boa parte de sua biblioteca. Me esbaldei. Encontrei lá um dicionário kaqchikel – espanhol, com alguns trechos sobre a gramática kaqchikel. Procurei então ver como os tempos verbais eram explicados, e logo de cara os verbos não têm tempo! Eles têm aspectos8:
7. A história da viagem das pedras é do Calel pra contar. 8. do Diccionário Bilíngüe Estándard Kaqchikel Ilustrado. Livre tradução minha.
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Aspecto completivo:
é uma ação que se completou
Aspecto incompletivo: é uma ação que ocorre ou se executa de forma habitual e no tempo atual Aspecto progressivo:
indica o decorrer da ação ou a realização em progresso
Aspecto potencial:
este aspecto indica uma ação que tem possibilidade de se realizar
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A gente aqui tão massacrado pelo futuro, com a promessa de país do futuro, forçados a atravessar a ponte para o futuro, imagina só se simplesmente não existe mais futuro! Claro, claro, não é bem assim, o futuro não existe assim nesses termos, é algo que não dá pra traduzir assim tão fácil. Com esses ‘aspectos’ já consegui ter algum vislumbre de como essa outra realidade se configura. Seguindo a pista do tempo nos idiomas, encontrei outro exemplo da percepção temporal ameríndia, desta vez na América do Sul. Parece que em aymara, língua falada pelo povo homônimo do Altiplano Andino, a palavra nayra significa ao mesmo tempo, ‘frente’, ‘olho’, ‘vista’ e ‘passado’. Já a palavra qhipa significa ‘costas’, ‘atrás’ e ‘futuro’:
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“...os falantes de aymara tendem a recusar quaisquer especulações sobre o futuro, dada a impossibilidade de percebê-lo com os sentidos. O futuro, necessariamente desconhecido, está atrás, fora do alcance da visão, e o passado, por sua vez, mantém-se a nossa frente – é tudo que podemos conhecer.”9
9. Pesquisa antropológica sobre a posição do ego em relação ao tempo. (NÚÑEZ, SWEETSER, 2006). Livre tradução minha. 10. Humberto Ak’abal é um escritor guatemalteco. Livre tradução minha.
Outra pista sobre um outro futuro: em um conto de Humberto Ak’abal, uma avó repreende seu neto por machucar uma coruja: “Todos os animais podem ler o futuro, pois o pressentem de diferentes maneiras”10. Saber o futuro é sentir antes?
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Quando Thais Medeiros11 voltou do México, ela me emprestou um livro que trouxe de lá, da Silvia Rivera Cusicanqui. Gostei tanto que comecei copiar alguns trechos à mão e quase copiei o livro todo:
11. Thais Medeiros é uma artista carioca e editora da Rébus, e também participou da residência Lastro Centro-América. Viajamos em diferentes grupos, eu fui só à Guatemala e ela, só ao México.
“o mundo indígena não concebe a história linearmente, o passado-futuro estão contidos no presente: a regressão ou progressão, a repetição ou a superação do passado estão em jogo a cada conjuntura e dependem mais de nossos atos do que de nossas palavras”12.
12.(CUSICANQUI, 2010) Silvia Rivera Cusicanqui é socióloga boliviana. Livre tradução minha. 13. (FUENTES, 1971). Carlos Fuentes foi um escritor e diplomata mexicano. Livre tradução minha do original em espanhol.
E essa noção completamente diferente de tempoespaço tem que conviver com o calendário ocidental, atender ao ritmo do capital, de produção, de progresso. O tempo ocidental é o oficial, o tempoespaço ancestral é invisível, secreto, ou visível apenas a partir de uma distância histórica, anacrônico. Existe uma simultaneidade de tempos. Carlos Fuentes disse, lá do México, que “o tempo is pánico é o veículo original da tradição ocidental”13.
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ZERO-PEDRA
Para começar uma contagem, determina-se um ponto de partida. Foram os maias os primeiros a desenvolver o conceito de zero na humanidade14. Um zero que não é o nada: é completude. É tanto o começo de um ciclo como o fim dele. Como símbolo, usam o desenho de uma concha – parece também um olho. Importantes datas eram gravadas em pedras, eles desenhavam glifos em estelas e códices para marcar pontos de referência na macroespiral infinita da eternidade. As pedras fixam, permanecem.
14. BARRIOS, 2013. 15. Aníbal López foi um artista contemporâneo guatemalteco. Calel me contou sobre ele, enquanto víamos uma escultura de López onde o número 1492 aparece repetidas vezes.
Cada um tem seus zeros, os nossos geralmente são marcados em papeis (talvez seja bom dizer a quem me refiro como ‘nós’ nesse texto, falo de nós, brasileiros ocidentalizados, descendentes de imigrantes e dos colonizadores). Temos o zero do nosso nascimento, nossa idade, um zero pessoal. Temos o zero da família, da chegada de nossos antepassados neste continente. Eu sou quarta geração, por exemplo. Temos o zero nacional fixado em 1500. O grande zero global está com Jesus. Mas os judeus têm seu zero, que marca o Êxodo, os chineses têm outro zero, começam com uma determinada dinastia. Para o artista Aníbal López, o início da contagem nas Américas deveria ser em 1492 d.C.15 Estaríamos hoje no ano de 525 depois de Colombo. Ou poderíamos estar no ano de 517 depois de Cabral aqui no Brasil.
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É uma questão de reconhecer o fim de um mundo e o começo de outro. Mas o tempo aqui transplantado já começou começado. O calendário aqui catequisado é uma construção, já passou por diversas adaptações e ajustes desde que deixou de ser lunissolar, em 45d.C. Tornou-se global só mesmo no século XX, ao ser finalmente implementado por países como União Soviética, Grécia, China e Turquia. Bem recente! Longe de perfeito, ele precisa dos anos bissextos para ajustes. O melhor calendário católico é o Romano, que vem com um retrato de padre gato a cada mês. Quando o atual calendário gregoriano foi instituído, substituindo o descompassado calendário juliano, foi necessário um ajuste considerável: em 1582, da quinta 4 de outubro fomos direto pra sexta 15 de outubro! Como num passe de mágica – vários dias fora do tempo. Séculos se passaram até que todos os países estivessem sincronizados, devido à diferenças entre
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católicos, protestantes e cristãos ortodoxos. Por muito tempo, as datas não batiam: era um dia na Espanha e um outro completamente diferente na Inglaterra. Este certificado de casamento russo de 1907, mostra duas datas oficiais: 23 de novembro e 6 de dezembro.
16. Walter Benjamim, foi um filósofo judeu alemão. (BENJAMIN, 1994) grifo meu.
Fecha-era: o início dos tempos. Começar uma contagem é começar a narrativa de uma sociedade. Não à toa, a Revolução Francesa tratou logo de instituir um novo calendário. Para Walter Benjamim,
“o dia com o qual começa um novo calendário funciona como um acelerador histórico. No fundo, é o mesmo dia que retorna sempre sob a forma dos dias feriados, que são os dias da reminiscência. Assim, os calendários não marcam o tempo do mesmo modo que os relógios. Eles são monumentos de uma consciência histórica...”16
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Chegamos no óbvio: nossa consciência histórica em vigor permanece colonial. Existem alguns feriados que buscam reparar violências, mas é impactante a diferença com que os judeus e os negros brasileiros comemoram o fim de suas respectivas épocas de escravidão. Se, para os primeiros, o momento da fuga para o deserto marca o início de um novo tempo e instaura um novo calendário, aqui no Brasil, o dia 13 de maio nem é feriado nacional. Talvez porque ainda não haja o que celebrar. O povo negro saiu da escravidão para entrar na miséria e na clandestinidade, houve apenas uma mudança no sistema de exploração. Mas não é simplesmente decretando feriados que vamos reparar tortura e genocídio. No meu tempo de escola, meus colegas judeus podiam perder alguns dias aula quando era feriado deles. Mesmo se caísse em dia prova ou algo assim, dava-se um jeito. Já os alunos indígenas da Bahia to-
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mam falta quando há festividades ou funerais, pois esses eventos costumam durar dias e o calendário escolar tradicional não admite isso. Porém, se a diretora da escola for indígena também, daí não tem problema. Quem me contou foi Gilson Jithay Matos, um pataxó professor de matemática que conheci nos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas no Tocantins, em 2015. O tempo linear, progressivo, moderno, interessa ao vencedor, pois nele sua história conta como única, definitiva. Por aqui, os vencedores bandeirantes e coronéis correspondem hoje à atual elite capitalista, a quem o tempo colonizado do ocidente cai muito bem. A industrialização gerou uma outra noção do tempo, intrinsecamente ligado ao rendimento de produção. Desde então o relógio passou a fazer parte do corpo, no pulso, no bolso. Corpos e máquinas sincronizados. Batimentos por minuto. Acelerado. Futuralizamos tanto que o futuro já era.
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DÁ TEMPO
Voltei da Guatemala contando diferente, com um calendário a mais. Cada dia é bom pra uma coisa: dia do vento é bom pra comunicar, dia da coruja é bom pra falar com os mortos. Dia da serpente é bom pra paquerar. Dia do espelho é dia de cortar pela raiz. Seria ótimo se os ciclos da lua fizessem parte do dia-a-dia. Imagina dizer: “te vejo na cheia”, ou “faz luas que não te vejo”. Aliás, nem sei como se conta em luas. Quando dizem que algo vai acontecer em duas luas, por exemplo, significa daqui dois ciclos completos da lua ou daqui duas fases da lua? Se alguém souber, por favor, compartilhe. Li em algum lugar que aqui neste sul, muito antes do apocalipse dos brancos, o começo dos anos era em junho, no dia em que as Plêiades amanhecem antes do Sol no horizonte. Faz mais sentido do que começar no meio do verão, não? Festa de réveillon seria uma festa junina! Daí julho seria férias e o ano começaria mesmo só em agosto. Afinal, ano no Brasil sempre demora pra começar.
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Bibliografia: AK’ABAL, Humberto. “El Tecolote Dormido/ Warinaq Tukur”. In: El Animal de Humo. Guatemala: Piedra Santa Editorial, 2014. BARRIOS, Carlos. Ch’umilal Wuj – Libro del destino; Guatemala C.A.: Maya’ Wuj Editorial, 2013. BENJAMIN, Walter. “Sobre o conceito de história”. In: ______. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994a. CASANOVA, Pablo Gonzalez. “Colonialismo interno: una redefinición”. In: La Teoría Marxista Hoy; Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales – CLACSO; Buenos Aires; 2006. CUSICANQUI, Silvia Rivera; Ch’ixinakax Utxiwa – una reflexión sobre prácticas y discursos descolonizadores; Editora Tinta Limón, Buenos Aires; 2010. FUENTES, Carlos; Tiempo Mexicano; 1971. NÚÑEZ, Rafael E. e SWEETSER, Eve. “With the Future Behind Them: Convergent Evidence From Aymara Language and Gesture in the Crosslinguistic Comparison of Spatial Construals of Time”. In: Cognitive Science 30; Cognitive Science Society, Inc.; 2006. PATAL MAJZUL, Filiberto. Rusoltzij Ri Kaqchikel – Dicionário Bilingüe Estándard Kaqchickel Ilustrado. Guatemala: OKMA, 2007. VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. “Perspectival Anthropology and the Method of Controlled Equivocation” in Tipití: Journal of the Society for the Anthropology of Lowland South America: Vol. 2: Iss. 1, Article 1, 2004.
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Que hoje é aqui? – como desenhar calendários mestiços? – Maíra das Neves versão outubro 2017 São Paulo, Brasil
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