Ano 18 - nº 117 – 2017
REVISTA DE NEGÓCIOS PARA A INDÚSTRIA E O VAREJO DE ELETROELETRÔNICOS, ELETRODOMÉSTICOS, CELULARES, MÓVEIS, UTILIDADES DOMÉSTICAS E TI
O MERCADO MUDA AS ESTRATÉGIAS. NADA SERÁ COMO ANTES. A OPINIÃO DOS PRINCIPAIS LÍDERES DA INDÚSTRIA E DO VAREJO DE ELETROELETRÔNICOS.
SUMÁRIO >>>
ELETROLAR NEWS // EDIÇÃO 117
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MATÉRIA DE CAPA VOZES DO MERCADO
ARTIGOS ELETROS . . . . . . . . . . . . . . . . . .
118 FECOMERCIOSP . . . . . . . . . . . . 119 ABRADISTI . . . . . . . . . . . . . . . . 120 SUFRAMA . . . . . . . . . . . . . . . . 122 ABRASA . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123 EDITORIAL . . . . . . . . . . . . . . . . . ESPECIAL: BALANÇO E PERSPECTIVAS
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O ANO DOS SMARTPHONES . . . . . 16 CONTAGEM REGRESSIVA . . . . . . 124
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Alfacomex 28 Allied 29 Amvox 30 Anodilar 31 Antenas Aquário 32 APL Logistics 34 Atlas Eletrodomésticos 35 Berlanda 36 Brasforma 38 Casa & Vídeo 39 CentralAr.com 40 CR Diementz 41 DL 42 Eletromóveis Martinello 43 Elgin 44 Elsys 46 Esmaltec 47 Fastway 48 Filtros Planeta Água 49 Fischer 50 Frahm 52 GA.MA Italy 53 GfK 54 Golden Distribuidora 55 Gree 56 Green Retails Solutions 57 Grupo 3corações 58 Grupo Droid 60 Grupo Gazin 61 Grupo SEB 62 Hamilton Beach 64 Intel 65 JCS Brasil 66 Koerich 68 Latina 69 Lojas Cem 72
137 140 LAVA-LOUÇAS . . . . . . . . . . . . 146 MÁQUINAS DE CAFÉ . . . . . . . 154
CADERNO DIA DAS MÃES CUIDADOS PESSOAIS . . . . . .
DOSSIÊ CAPAS PARA SMARTPHONES
184 CES 2017 . . . . . . . . . . . . . . . . . 186 MOVIMENTO . . . . . . . . . . . . . 190 MERCADO . . . . . . . . . . . . . . .
Ano 18 - nº 117 – 2017
160 LANÇAMENTOS . . . . . . . . . . . 166 12ª ELETROLAR SHOW . . . . . . . . 172 SMARTPHONE CONGRESS 2017 . 176 ENTREVISTA HÉLIO ZYLBERSTAJN . . . . . . .
Lojas Edmil 74 Lojas Lebes 75 Lojas MM 76 Mallory 77 Maxprint 78 Metalúrgica Ventisilva 79 Midea Carrier 82 Mondial Eletrodomésticos 83 Mueller 84 Multilaser 86 Multiloja 87 Nespresso 88 NewEx 89 Nexar 90 Nextel 92 Opeco 93 Panasonic 96 Romera 97 Samsung 98 Schott 100 Schumann 101 Semp TCL 102 Sky 104 Stanley Black & Decker 106 Suggar 107 Thule Group 108 TOTVS 109 TPV 110 Track & Bikes 111 TÜV Rheinland Brasil 112 Ventisol 114 WAP 115 Whirlpool 116 Zeex 117
REVISTA DE NEGÓCIOS PARA A INDÚSTRIA E O VAREJO DE ELETROELETRÔNICOS, ELETRODOMÉSTICOS, CELULARES, MÓVEIS, UTILIDADES DOMÉSTICAS E TI
O MERCADO MUDA AS ESTRATÉGIAS. NADA SERÁ COMO ANTES.
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A OPINIÃO DOS PRINCIPAIS LÍDERES DA INDÚSTRIA E DO VAREJO DE ELETROELETRÔNICOS.
Capa da Eletrolar News, Edição 117
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EDITORIAL >>>
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busca de produtividade e eficiência, ou seja, fazer mais com menos, foi uma constante na vida das empresas no último ano. Os desafios do ano de 2016 levaram a uma análise criteriosa da estratégia e operação de cada uma delas. Decisões dolorosas tiveram de ser tomadas, e muitas vezes, mas sem dúvida esse olhar mais aprofundado para dentro da própria casa resultou em uma série de melhorias, como otimização dos processos, equipes e recursos, além de nova visão e da capacidade de percepção das alternativas. Nesta edição, que traz as perspectivas de importantes executivos das empresas do segmento de eletroeletrônicos para 2017 e um balanço do que foi 2016, observa-se que a crise, se de um lado prejudicou excessivamente as companhias, por outro abriu caminho para muitas enxergarem as boas oportunidades deixadas no mercado. Principalmente as que tiveram coragem e determinação para fazer uma rigorosa autoavaliação e para adotar medidas essenciais para a sobrevivência. Alguns economistas acreditam que 2017 é o ano da retomada e que a aprovação das reformas pode garantir crescimento de 1% do Produto Interno Bruto (PIB). O cenário doméstico, isso é fato, se mostra mais ameno com a queda da inflação, com a diminuição dos juros e a melhora da confiança do consumidor. No entanto, o mercado de trabalho se mantém frágil. Sua recuperação não é rápida, mas os indícios são de fortalecimento nos próximos meses, com o consequente reaquecimento gradual do consumo. Os primeiros sinais deste reaquecimento, mesmo que tímidos, poderão ser vistos no Dia das Mães, a data mais forte da primeira metade do ano para o varejo, e que mereceu um caderno especial nesta edição de Eletrolar News. Grande parte das empresas e redes varejistas já prepara ações específicas para o período que, historicamente, impulsiona as vendas de eletroportáteis. Será um bom teste para todos os envolvidos no universo do consumo e, se vitorioso, um passo importante para colocar a economia nos trilhos.
EXPEDIENTE - ANO 18 - Nº 117
Diretor-executivo - Carlos Clur Diretor - Mariano Botindari Diretora Comercial - Cidinha Cabral Editora-chefe - Leda Cavalcanti (Jorn. resp. – MTb. 10.567) - leda@editoracec.com.br Chefe de Redação - Neusa Japiassu - redacao@editoracec.com.br Repórter - Igor Carvalho - igor@editoracec.com.br Revisoras - Abgail Cardoso e Maria Inês Caravaggi Fotógrafos - Eduardo Topal, Mariana Clur, Studio Thiago Henrique e Roberto Assem Direção de Arte - Fernando Gouvea e Luiz Gustavo Silviano Gerente de Marketing Internacional - Roberta Zogbi Marketing e Assinaturas - Regina Martins e Tatiana Lopes Publicidade - Claudia Clur, Nivaldo Salgado, Ricardo Kühl, Andréa Soares e Leandro Mesquita Souza Gerente Operacional - Marcus Ferrari
Eletrolar News é uma publicação da C&C Comercial do Brasil Ltda. Rua Luigi Galvani, 42 – 5º andar CEP 04575-020 - São Paulo - SP Tel: (55 11) 3035 1030 Fax: (55 11) 3035 1034 www.editoracec.com.br info@editoracec.com.br Editora C&C - Argentina Av. Córdoba, 5.869, 1º A (C1414BBE) CABA Tels. (54 11) 4773-5656 / 7371 / 8737 www.editoracyc.com.ar info@editoracyc.com.ar ELETROLAR NEWS é uma revista de negócios para a indústria e o varejo de eletroeletrônicos, eletrodomésticos, celulares, móveis, utilidades domésticas e TI. As matérias, marcas, produtos, ilustrações e preços têm caráter exclusivo de informação e sua publicação não implica compromisso ou responsabilidade. ELETROLAR NEWS não recebe remuneração pelas informações que publica. Os editores não se responsabilizam pela opinião dos entrevistados, ou pelo conteúdo das matérias recebidas por meio da assessoria das empresas citadas. A reprodução total ou parcial das matérias só será permitida após prévia autorização da editora. Impressão: PROL Editora Gráfica
Bons negócios! Carlos Clur
ELETROLAR NEWS É UM PRODUTO DE:
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R E V I S TA E LE T R O LAR N E WS | E LE TR O LAR S HO W | GUIA DO COMPRA DOR | POR TA L EL ETROL A R.COM | NEW SL ETTER
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MERCADO >>>
O ANO DOS SMARTPHONES A categoria de telefonia foi a que teve maior destaque em 2016, e sua estrela mais brilhante foi o smar tphone com a tecnologia 4G, que hoje praticamente domina o mercado brasileiro. Bom crescimento de vendas também foi registrado pelo televisor UHD, numa prova de que a inovação atrai o consumidor porque lhe permite fazer algo de forma rápida e simplificada. por Leda Cavalcanti
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MERCADO >>>
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s smartphones fizeram bonito no ano de 2016: cresceram 15% em faturamento em relação ao ano anterior. O número é significativo quando se considera que o mercado total de eletroeletrônicos, que abrange as linhas branca e marrom, eletroportáteis, informática e telefonia, teve queda de 16% nas vendas e crescimento de 1,3% no faturamento ante 2015, como mostra o estudo da empresa de pesquisas GfK. “Telefonia foi o segmento de
Na cesta de bens duráveis, a categoria de telefonia representou 41% do faturamento em 2016, ante 35% no ano anterior. maior destaque em 2016, devido à consolidação da tecnologia 4G e à migração do consumidor para celulares premium, principalmente os de tela grande. Com preços mais altos, eles contribuíram para elevar o faturamento”, diz Gisela Pougy, diretora de painéis de varejo da GfK. No ano passado, esses aparelhos foram a aposta de praticamente todos os fabricantes e varejistas. Novas marcas surgiram, algumas tiveram boa performance, outras não, e até lojas foram abertas
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exclusivamente para a venda desses produtos, fatores que levaram a uma diluição do mercado. Em 2015, três marcas concentravam 80% da categoria, número que caiu para 76% no ano passado. Ainda em números, em 2015 os produtos 4G representavam 42% do faturamento da categoria. Em 2016, responderam por 89%, o que comprova que essa tecnologia quase domina o mercado brasileiro. Na cesta de bens duráveis, a categoria de telefonia representou 41% do faturamento em 2016, ante 35% no ano anterior. Inovação custa caro, isso não é novidade, e a diferença de preço entre um produto com tecnologia avançada e outro comum é, em média, de 50%. No caso dos smartphones, sobe para 90%. Mesmo assim, o consumidor é atraído pelo produto, e o varejo atende a essa necessidade viabilizando a compra dos aparelhos através de novas formas de pagamento, incluindo prazos mais dilatados, que chegam a ultrapassar 13 parcelas. “O interessante é que o consumidor deseja consumir inovação, mas não a considera uma quebra de paradigma. Para ele, inovação é o que vai lhe permitir fazer algo de modo mais fácil, simples e rápido”, diz Gisela. PODER DA INOVAÇÃO O faturamento de produtos inovadores de to-
das as categorias de eletroeletrônicos – linhas branca e marrom, eletroportáteis, informática e telefonia – cresce a cada ano. “Em 2015, esses segmentos responderam, aproximadamente, por 16% do faturamento do mercado. No ano passado, o número mais que dobrou, chegou a 37%”, diz Gisela. Em eletroeletrônicos, os destaques de maior visibilidade no ano foram as tecnologias 4G e UHD. Televisores com a tecnologia UHD e tela maior tiveram boa performance em 2016. Esses aparelhos, em 2015, representavam 8% do faturamento da categoria e chegaram a 16% em 2016. Houve maior concentração do mercado em torno de três marcas, as que dispõem de maior respaldo financeiro para enfrentar a crise. Aparelhos de entrada, como os de 32”, de tela fina, ganharam importância em 2016, devido ao menor poder de compra do consumidor: sua participação de mercado subiu para 29%, ante 24% em 2015. O ano consolidou o televisor como o mais importante produto da linha marrom, mas, por outro lado, penalizou a categoria de TI, que caiu 26% em volume de vendas e 16% em valor. “Com a convergência digital, o computador tradicional vem perdendo muito espaço. Hoje há preferência, inclusive para efetuar compras online, pelos aparelhos móveis,
como smartphones, notebooks e tablets”, observa a executiva da GfK. LINHA BRANCA E PORTÁTEIS A linha branca, que tem no refrigerador o seu produto mais importante, também sentiu o baque em 2016. A categoria registrou queda de 6% no faturamento e de 12% em unidades vendidas. Em 2016, o refrigerador perdeu para as lavadoras de roupas, que ganharam participação. O primeiro, em 2015, respondia por 38% do faturamento e caiu para 36% em 2016, enquanto as lavadoras de roupas subiram de 28% para 29%.
Foto: Stúdio Thiago Henrique
As inovações embutidas nos produtos responderam por 37% do faturamento do mercado de eletros, em 2016, ante 16% em 2015.
Gisela Pougy, diretora de painéis de varejo da GfK
No caso da linha branca, produtos como fogão e geladeira já têm alta penetração nos lares brasileiros, então a troca é mais lenta e, na realidade, feita apenas se o equipamento não tiver mais condições de funcionamento. “Como o subsídio para a categoria acabou, na crise o consumidor vai adiando a troca e opta pela compra do celular”, diz Gisela.
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MERCADO >>>
Televisores com a tecnologia UHD e tela maior dobraram sua participação no faturamento da categoria: de 8% em 2015 para 16% em 2016. Em 2016, as vendas da categoria de eletroportáteis caíram 7% em volume e cresceram 3% em valor. Os produtos mais representativos e de melhor performance no ano foram os preparadores de alimentos e os ventiladores. Estes, apesar de serem aparelhos sazonais, com vendas mais significativas no verão, representaram 42% do faturamento total da categoria de eletroportáteis. DOIS VAREJOS O varejo generalista, que também embute o pontocom, puxado pelos grandes varejistas, cresceu 5% em faturamento no ano passado, enquanto o especialista teve queda de 1% em relação a 2015. Na comparação entre o online e o offline, o primeiro se sai melhor com suas promoções sazonais, caso da Black Friday, em novembro, e dos saldões, em janeiro, conta Gisela. “O online oferece descontos acima de 15% nessas promoções”, acrescenta. Uma pesquisa realizada em 2016 mostrou que o consumidor, no ano, lidou de forma diferente com os varejos físico e online. Para comprar no varejo offline, levou em conta, em primeiro lugar, o fator dinheiro e saiu em busca de ofertas especiais; em segundo, optou pela loja que não lhe cobrasse frete para entregar um produto pesado; em terceiro, avaliou a relação custo-benefício; e, em quarto lugar, o bom atendimento dado pelos funcionários da loja. No varejo online, de acordo com o estudo, o primeiro fator que contribuiu para a compra foi a possibilidade de efetuar o pagamento mais rapidamente e de forma segura, o que significa que o preço não foi o mais importante. O consumidor escolheu o varejo que poderia lhe proporcionar uma experiência melhor e mais segura de compra; em segundo, apareceu o fator preço; em terceiro a satisfação com a velocidade da entrega; e, em quarto, o fato de o varejo não cobrar o frete.
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RANKING DE ELETROELETRÔNICOS 2016 1 - Smartphones e celulares 2 - Televisores de tela fina 3 - Refrigeradores 4 - Máquinas de lavar-roupa 5 - Notebooks 6 - Fogões e Fornos 7 - Ar-condicionado 8 - Ventiladores 9 - Tablets 10 - Preparadores de alimentos 11 - Micro-ondas 12 - Aparelhos de som 13 - Freezers 14 - Games consoles 15 - Multifuncionais
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VOZES DO MERCADO por Igor Carvalho, Leda Cavalcanti e Neusa Japiassu
Desafios, mudanças de estratégias e adequações têm acompanhado as empresas brasileiras nesses últimos anos de muitas dificuldades com a estagnação da economia. O ano de 2016 não deixou saudade, mas sim perdas grandes, que levaram alguns até a encerrar suas atividades. O pior já passou, afirmam economistas, analisando os primeiros meses de 2017, que trouxeram algumas notícias alentadoras, como a queda da inflação, a diminuição dos juros e a melhora da confiança do consumidor. O Brasil precisa, agora, de estabilidade e previsibilidade, elementos essenciais para assegurar investimentos e, consequentemente, geração de empregos. As empresas que atuam no segmento de eletroeletrônicos são as personagens das páginas seguintes. Seus presidentes e principais executivos fazem um balanço do ano de 2016, contam como contornaram a crise e falam de suas expectativas para 2017. Os tempos mais difíceis deixaram a certeza de que eficiência e produtividade andam juntas e não podem, nunca, ser deixadas de lado, mesmo nos momentos mais exitosos. As empresas fizeram a sua parte e esperam, em contrapartida, por reformas estruturais que contribuam para o desenvolvimento da economia e, também, diminuam a distância entre a sociedade e a classe política. eletrolarnews
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INDÚSTRIA >>>
ALFACOMEX Fotos: Divulgação
Rafael Assa, diretor
“Uma das metas para 2017 é abrir o leque para produtos com tecnologia que vêm crescendo, como drones, e ligados à internet das coisas.”
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ano passado foi desafiador para a maioria das empresas. “As condições externas foram as mais difíceis desde que decidi trocar a minha vida de executivo de banco pela de empreendedor. Mas soubemos enxergar as oportunidades e, em vez de recuar, expandimos o market share, renovamos a linha de produtos e ampliamos a escala. As margens foram menores, por conta do dólar desfavorável para a importação, mas o faturamento, maior, quando comparado ao de 2015. Então houve a compensação”, diz o diretor da Alfacomex, Rafael Assa. A procura de alternativas para que o negócio não só sobreviva como tenha algum nível de crescimento é fundamental sempre que se enfrenta um momento difícil, explica Rafael. “É a volta o velho ditado chinês de que a crise gera oportunidades. Pensando nisso e analisando nossos produtos, criamos uma linha mais básica e com preço diferenciado, porém mantendo a qualidade, o que nos possibilitou a prospecção de novos leads.”
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Parte do crescimento da Alfacomex deveu-se, principalmente, à atuação dos parceiros, com os quais a empresa quer fortalecer laços com ações efetivas, em 2017. A empresa identificou oportunidades em segmentos correlatos que envolvem mobilidade e vai mostrar as novidades na Eletrolar Show. “Participaremos pela sexta vez. A feira sempre foi o melhor momento para fazer lançamentos, é a maneira mais efetiva de inserir os produtos no varejo e reforçar nossas parcerias”, conta o diretor. Outra meta de 2017 é abrir o leque para produtos com tecnologias que vêm crescendo, como drones, e ligados à internet das coisas. “Na CES, tivemos acesso a muitas inovações que podem ser trabalhadas no Brasil”, diz Rafael, que também continuará o trabalho de entrar em novos varejos e espera algumas medidas do governo. “O empresário brasileiro vive hoje em um manicômio tributário, os que trabalham de forma correta são penalizados pela burocracia e excesso de impostos. Uma reforma trabalhista seria muito celebrada por todos, inclusive pelos empregados, pois o modelo atual é engessado, contraproducente e de elevado risco ao empregador.”
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Ricardo Radomysler, sócio-fundador
“Nosso foco, este ano, será aprimorar uma abordagem comercial diferenciada, mais sofisticada, para agregar valor à cadeia.”
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esmo sob o cenário desafiador de instabilidade econômica, a Allied conseguiu superar os resultados de 2015. “Isso reforçou o DNA da empresa de ser um dos principais provedores de produtos e serviços de tecnologia do País. Enfrentamos o contexto macroeconômico de maneira sustentável, criando bases sólidas para a retomada do crescimento em 2017, seja de maneira orgânica ou por meio de novos negócios”, diz o sócio-fundador, Ricardo Radomysler.
aquisição de novos negócios, melhoria de processos internos e controle absoluto das despesas. “O comprometimento com esses pilares levará a empresa a atingir as metas desenhadas para 2017”, diz Ricardo. Por outro lado, são bem-vindas medidas tributárias que facilitem a circulação de mercadorias no País e outras direcionadas a alavancar o desempenho do varejo e das indústrias, as condições de emprego e a confiança do consumidor.
A crise propiciou uma potencialização do espírito empreendedor nas pessoas e um reforço na importância da visão orientada para resultados, duas fortes competências da empresa, conta Ricardo. “A Allied tem como combustível de crescimento para 2017 o novo momento de mercado, em que as pessoas buscam produtos com recursos melhores e serviços mais práticos e viáveis, aliado aos primeiros sinais de recuperação que a economia vem demonstrando.”
A empresa acredita que o primeiro semestre ainda será difícil, mas o próximo terá recuperação. “As projeções do IDC para o consumo de smartphones, bons balizadores para o setor, apontam que o volume de venda dos fabricantes para o varejo e distribuidores chegará a 44 milhões de unidades contra 41,3 milhões em 2016 e, considerando que uma parcela importante deste volume pertence à Allied, a meta é que nossos negócios cresçam acima de 15% sobre 2016. Vamos, também, aprimorar uma abordagem comercial diferenciada, mais sofisticada, para agregar valor à cadeia”, afirma Ricardo.
Os desafios para o ano percorrem várias frentes, como aumento da capilaridade,
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INDÚSTRIA >>>
AMVOX
Fotos: Divulgação
Guilherme Santos, diretor
“Sobressaímos com estratégias bem planejadas e participação mais ativa no mercado.”
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ara reverter as dificuldades recorrentes em um ano difícil como foi 2016, a empresa se empenhou em fortalecer sua marca perante os parceiros comerciais e em ampliar o seu mix, com lançamento de produtos. Outra iniciativa importante foi a busca constante de equilíbrio das despesas operacionais, algo negligenciado em épocas de pujança econômica, além do empenho da equipe de colaboradores. “Apesar de muitas intempéries, sobressaímos com estratégias bem planejadas e participação mais ativa no mercado”, revela Guilherme Santos, diretor da Amvox. As medidas adotadas começaram a surtir efeito já em novembro e, com a reação das vendas, a empresa conseguiu fechar 2016 com faturamento um pouco acima daquele registrado no ano anterior.
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Os resultados favoráveis vêm se mantendo neste início de ano, na avaliação do diretor da companhia. “Em janeiro, já tivemos uma boa reação, tanto dos clientes quanto dos consumidores, que estão começando a reaquecer o consumo. Vemos 2017 como um ano de recuperação da economia nacional.” Neste ano, a Amvox vai seguir ampliando o seu portfólio, com destaque para a linha de áudio, com lançamentos de caixas amplificadas, categoria que tem tido boa receptividade no mercado. Entre as apostas estão, ainda, o aumento da penetração em vários Estados brasileiros, a ampliação de sua capacidade produtiva e a maior diversificação do mix.
ANODILAR
Lourenço Stangherlin, presidente
“A indústria é a propulsora do crescimento, mas o governo sustenta uma visão míope sobre isso.”
O
ano de 2016 foi de muitas incertezas para a empresa, diz o presidente Lourenço Stangherlin. “A política do País interferiu nos negócios, tanto internos como externos, trazendo muita insegurança. Portanto, foi um ano atípico, que não trouxe benefício à indústria e ao mercado. Tivemos muita dificuldade para nos adaptar, o que afetou os resultados esperados.”
Defensor das reformas necessárias ao País, Lourenço lembra que toda crise, principalmente política, não traz benefícios à produção, e os que militam no setor devem assumir a responsabilidade e não esquecer o seu legado. Ou seja, exigir a implantação das reformas, pois sem elas as empresas não terão condições de fazer investimentos de longo prazo.
Apesar de o saldo do ano não ter atendido à expectativa, ações tomadas pela empresa, inclusive os lançamentos, possibilitaram o crescimento do faturamento e do número de clientes. Em 2017, o investimento está voltado à ampliação das linhas, à melhoria de processos, à renovação do design de produtos e ao aumento da carteira. “São ações internas, com total independência de governos. Se dependermos deles, ficaremos estagnados”, afirma o executivo.
“A indústria é a propulsora do crescimento, mas o governo sustenta uma visão míope sobre isso e nos faz pagar caro. Nosso segmento é fundamental aos pequenos negócios e à ampliação da renda familiar. Temos muito para crescer, mas precisamos de reformas em todos os sentidos para retomar a segurança de investir. Hoje, países do Mercosul aproveitam melhor o momento e crescem mais que o Brasil”, observa o presidente da Anodilar.
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INDÚSTRIA >>>
ANTENAS AQUÁRIO Fotos: Divulgação
Douglas Sendeski, presidente
“Sabemos que tudo é cíclico e nada é eterno. Sendo assim, aprendemos com os momentos difíceis e melhoramos para os que virão.”
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situação econômica do País, em 2016, levou a empresa a olhar para si própria, visando otimizar a gestão de processos, equipe e custos. As medidas deram certo, conta Douglas Sendeski, presidente de Antenas Aquário. “O saldo é uma empresa sólida, mesmo com um mercado ainda frágil. Alcançamos as metas, mas a expectativa de crescimento era baixa.” Hoje, com nova visão, advinda das transformações que ocorreram na cadeia produtiva, nos canais de venda e no comportamento do consumidor, a empresa enxerga novas oportunidades. As mudanças trazem o desafio da reinvenção, diz o executivo. “Sabemos que tudo é cíclico e nada é eterno. Sendo assim, aprendemos com os momentos difíceis e melhoramos para os que virão.”
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Em 2017, Antenas Aquário – que comemora 40 anos de atividades, inclusive com uma campanha institucional – retoma os seus planos de expansão, preparando-se para a ascensão econômica que, acredita, deverá ocorrer em 2018. Os seus maiores investimentos serão direcionados às áreas comercial e de pesquisa e desenvolvimento. “Ampliar nossa cobertura em todo o País e abrir novas linhas de negócios serão o foco e, independentemente de quanto o Brasil vai se desenvolver este ano, queremos crescer dois dígitos. Hoje, enxergamos muito mais oportunidades do que dificuldades”, diz Douglas, que espera, por parte do governo, a adoção de medidas que tragam maior estabilidade econômica e segurança jurídica.
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APL LOGISTICS
Fotos: Divulgação
Gilberto Pinto e Silva, diretor-geral no Brasil
“Em 2017, o Brasil concentrará uma grande parte dos investimentos da APL Logistics.”
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ano de 2016 foi interessante e nos obrigou a revisitar processos, gastos e estratégias comerciais, diz Gilberto Pinto e Silva, diretor-geral da empresa no Brasil. “Reduzimos custos demandados pelo mercado, mas sem impacto na qualidade do serviço prestado, e renegociamos de forma intensa com nossos fornecedores. Apesar dos problemas, avançamos em mercados novos e fechamos o ano com saldo positivo. O faturamento se manteve estável.” Clientes importantes da APL Logistics foram afetados pela crise e reduziram o volume total importado, mas todos foram mantidos devido ao forte vínculo entre as duas partes. “O ano de crise ratificou nossa filosofia do relacionamento profundo e constante com clientes e o entendimento do supply chain”, conta Gilberto. Os projetos desenvolvidos em 2016 devem gerar resultados neste ano.
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A empresa também prepara ações comerciais fortes para os produtos que oferece. “Somos reconhecidos no País pela logística no segmento de varejo, sobretudo em têxtil e fashion, e queremos ampliar a atuação no mercado de bens de consumo. Vamos trazer de Cingapura nossos sistemas de Control Tower e TMS, que já utilizamos nos Estados Unidos e no México. Em 2017, o Brasil concentrará grande parte dos investimentos da APL Logistics.” Contornar a crise de grandes dimensões demanda tempo, diz Gilberto, não será fácil e rápido, mas as medidas econômicas têm se mostrado acertadas. “Algumas ações, como limitar o teto dos gastos, não terão impacto real no curto prazo, mas só a sensação de estarmos caminhando no eixo já é suficiente para criar uma estabilidade necessária para atrair investidores e para as empresas voltarem a contratar, o que ativará a economia.”
ATLAS ELETRODOMÉSTICOS Clovis Simões, diretor comercial
“Executamos ações rápidas, com foco cirúrgico, em conformidade com as características de cada situação.”
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rente à complexidade do cenário brasileiro em 2016, a Atlas Eletrodomésticos teve de adotar estratégias inovadoras, informa Clovis Simões, diretor comercial da empresa. “Demos foco total no ponto de venda, vinculando programas de treinamento com forte apelo motivacional e qualificação do atendimento, o que nos permitiu concluir o ano com evolução de dois dígitos sobre 2015.”
No ano passado, a Atlas também ampliou a sua atuação no segmento de exportação, o que lhe valeu o Prêmio Enaex de Comércio Exterior, na categoria de bens duráveis. Mais um trunfo para a empresa foi o reconhecimento de seu trabalho em benefício do meio ambiente e pela sustentabilidade. Por ele, recebeu o certificado de benefícios socioambientais pelo uso de embalagens com matéria-prima reciclada.
Devido ao momento e ao aumento das demandas, a empresa ampliou sua capacidade de percepção das alternativas. Elas sempre existem, diz Clóvis. “Executamos ações rápidas, com foco cirúrgico, entendendo e reagindo em conformidade com as características de cada situação. Foi um período de grande aprendizado e compartilhamento. Em paralelo, criamos um audacioso programa de desenvolvimento de produtos, incorporando inovação, soluções, tecnologia, design e competitividade.”
Em 2017, seu planejamento inclui o lançamento de produtos inovadores, que fortalecerão o portfólio, potencializando a abrangência da marca. “Ações dirigidas ao PDV serão massificadas, constituindo um importante diferencial, e os investimentos em tecnologia e automação continuarão prioritários”, afirma Clovis, que tem a expectativa de obter resultado semelhante ao do ano anterior, esperando que o governo promova a desoneração fiscal, aliada à recuperação do emprego e da renda.
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BERLANDA Foto: Carlos Suzuki
Nilso Berlanda, presidente
“Temos o projeto de montar lojas voltadas ao modelo do atacado, em cidades estratégicas, e com o mix que já possuímos.”
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os 25 anos de existência da empresa, 2016 foi um dos períodos mais difíceis para os empresários brasileiros e para a Berlanda, afirma o presidente do grupo. “Passamos por inúmeros desafios e mudanças, readequamos nossas estratégias internas e externas para nos mantermos competitivos. Foi um ano de adaptação à nova realidade que o mercado impôs. O resultado financeiro empatou com o de 2015. Houve crescimento na média de cada loja, o que foi positivo diante de um ano nacionalmente difícil”, diz Nilso Berlanda. Em função do cenário macroeconômico, em 2016 a rede fechou 24 lojas (hoje são 281), criou novas estratégias de vendas, como os megafeirões, baixou as despesas, reduziu o horário de acendimento das luzes nas vitrines e ajustou o volume do envio de cargas do centro de distribuição para as filiais, obtendo, com isso, grande economia. Agora, em 2017, quer voltar a crescer em patamares semelhantes aos anos anteriores à crise, isto é, 8%.
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“Temos o projeto de montar lojas voltadas ao modelo do atacado, em cidades estratégicas, e com o mix que já possuímos. Sem a estrutura necessária de varejo, poderemos ter preços mais competitivos. Manteremos a nossa rede varejista, que é a maior de Santa Catarina no segmento de móveis e eletroportáteis, mas traremos essa inovação”, revela Nilso. Outro projeto é a ampliação da produção própria de móveis e o fornecimento para outros clientes do Estado. O ano ainda é de cautela, acredita o presidente, mas a rede mira em uma nova etapa e espera pelas reformas da legislação trabalhista e da tributária, bem como pela redução da taxa básica de juros para o varejo retomar o ritmo de crescimento. “Se o Banco Central fizer a sua parte até meados de junho, o segundo semestre será diferente, e certamente voltaremos a obter resultados como antes desta crise.”
mueller.ind.br/superpop4
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BRASFORMA
Fotos: Divulgação
Gilberto Gonçalves, diretor comercial
“O desafio é buscar novos mercados, prospectar clientes e fortalecer o relacionamento com os atuais.”
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iante da crise econômica e política do ano passado, a Brasforma optou por caminhar na contramão do negativismo, conta seu diretor comercial, Gilberto Gonçalves. “Investimos em ações diferenciadas de marketing, inclusive de relacionamento, em pontos de venda e no desenvolvimento de novos produtos, o que resultou em um balanço positivo. Nosso faturamento ficou estável em relação a 2015.” Na busca de novas oportunidades, a empresa lançou, no ano passado, uma linha de antenas digitais, internas e externas, com 10 modelos, e com a marca Sinal, que pertence ao Grupo. “Aproveitamos o momento de transição do desligamento do sinal analógico para o digital para abrir novos mercados e expandir o nosso mix de produtos.”
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Em 2017, a Brasforma completa 30 anos de atividade e está com boas expectativas, entre elas a intenção de crescer 10% em relação a 2016. “Medidas governamentais, como a redução dos impostos e a criação de incentivos às indústrias, colaborariam, também, para aumentar a demanda de produtos industrializados em todo o País”, acredita Gilberto. Os investimentos, este ano, continuarão focados na área de marketing, o que inclui ações de merchandising, desenvolvimento de novos produtos e participação em feiras. “Temos a expertise do nosso negócio e uma equipe bastante comprometida. O desafio, agora, é buscar novos mercados, prospectar clientes e fortalecer o relacionamento com os atuais”, afirma o diretor comercial.
CASA&VÍDEO Gustavo A. Avellar, presidente
“Temos raiz muito forte em eletroportáteis e reconhecimento dos consumidores. Por isso, queremos ampliar o sortimento de produtos.”
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saldo de 2016 foi o ganho de eficiência, advindo de mudanças feitas pela empresa em sua estrutura operacional, lojas, estoques e margens. “Essa melhoria foi o único caminho para entregar rentabilidade em um cenário tão desafiador de receita. Nos permitiu maior lucro líquido, mesmo com queda de 12% na receita ante o ano anterior”, conta Gustavo A. Avellar, presidente da Casa&Vídeo. No ano passado, o consumidor comprou menos supérfluos por impulso. Preferiu gastar seu dinheiro em produtos mais caros, desde que precisasse deles. Com isso, o tíquete médio na empresa aumentou em relação a 2015. Com a crise, a operação ficou mais enxuta e produtiva, e a implantação do estoque recuado no centro de distribuição evitou o desbalanceamento dos produtos nas lojas. Em 2017, a empresa programa ações estratégicas e criativas, diz Gustavo. “Em
mídia, estamos testando veículos de impacto regional, que conversem com nosso consumidor de forma inteligente; nas lojas, vamos melhorar o merchandising na conversão do autosserviço; com os grandes fornecedores, negociamos a longo prazo para previsibilidade e constância no abastecimento e para ampliar o sortimento de produtos. Temos raiz muito forte em eletroportáteis e vemos oportunidades de expansão em novas áreas e com parceiros de real estate, que financiem a abertura de novas lojas.” Com orçamento cauteloso para este ano, o presidente da Casa&Vídeo acredita que a melhora efetiva do consumo se dará no segundo semestre. “O varejo é muito afetado pela queda do poder de compra, o governo precisa estimular o consumo de forma consciente. Medidas que vem tomando, como o saque do FGTS, a diminuição da taxa de juros e também a do cartão de crédito, ajudam a melhorar a expectativa do empresário e do consumidor.”
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CENTRALAR.COM Fotos: Divulgação
João Ruquena Netto, presidente
“Com a otimização de processos internos e externos, conseguimos registrar um excelente resultado em 2016.”
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crescimento de 35% obtido no ano passado sobre 2015, o faturamento bruto de R$ 300 milhões, a comercialização de 170 mil aparelhos de ar-condicionado e os 9% de market share são os fatos que fazem a CentralAr classificar 2016 como um dos melhores de sua história. “O cenário de crise reduziu o consumo e pressionou as margens e os custos, tornou o período bastante desafiador, mas, com a otimização de processos internos e externos, conseguimos registrar um excelente resultado”, diz o presidente, João Ruquena Netto. A obrigatoriedade de pagamento do ICMS também no destino da mercadoria, para o e-commerce, iniciada no ano passado, provocou impacto nas operações da empresa, comenta o executivo. “A revisão da medida seria interessante e um incentivo às empresas que atuam na plataforma online.”
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Uma das boas iniciativas da empresa, em 2016, foi a formação de parcerias de marketplace com os principais e-commerces brasileiros. “Essas vendas tiveram participação de 20% no nosso faturamento. Agora estamos focados na expansão para novos canais de marketplace, na excelência do atendimento ao consumidor, na melhoria da competitividade, nos prazos de entrega e na oferta de preço justo e competitivo.” É parte da estratégia da empresa dar atenção especial à qualificação de seus gestores, por meio do Programa de Desenvolvimento de Líderes (PDL), e ao fortalecimento do modelo de gestão. “Isso implica metodologia estruturada, metas desafiadoras porém factíveis e objetivos bem definidos para todos os níveis da organização”, diz o presidente, que prevê para este ano crescimento de 15% em relação a 2016.
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CR DIEMENTZ Homero de Toledo, superintendente
“Em 2017, implantaremos tecnologias nas lojas e abriremos cinco unidades.”
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izer que 2016 foi um ano ótimo é muita ousadia, afirma Homero de Toledo, superintendente da CR Diementz. “Não podemos reclamar do resultado, pois ficamos só 5% abaixo do projetado para as vendas. Mas, para quem é do varejo, o ano consolidou a palavra crise e não permitiu a troca por “crie”. Trabalhamos de perto todos os setores, demos atenção especial aos custos, fechamos lojas que não eram produtivas, mas conseguimos abrir outras com menor custo”, acrescenta. O projeto de expansão da empresa, iniciado em 2013, passou por uma revisão, que incluiu a análise de todas as unidades para avaliar se estavam apresentando resultado realmente satisfatório. Outras medidas foram tomadas, como a centralização do crédito na matriz, por causa do aumento da inadimplência e de uma redução de 15% no quadro de funcionários, um fato histórico na existência da rede.
Entretanto, o ano de 2016 também trouxe coisas boas. Um fato importante em 2016 foi o crescimento das vendas via e-commerce, conta Homero. “Com apenas 12 meses de operação, vendemos mais do que 15 lojas nossas, que estão instaladas em cidades com menos de 30 mil habitantes.” Hoje, a rede dispõe de 80 unidades. Neste ano, a CR Diementz dá continuidade às medidas adotadas e volta o foco às oportunidades de crescimento e à implantação de tecnologias nas lojas, com vendedores dotados de tablets. Em fevereiro último, já abriu uma loja em Sapucaia (RS) e prevê mais cinco, no mínimo, em 2017. “Contamos com gestores muito focados na contenção de custos e análise de estratégias comerciais para atingirmos a meta, que é crescer 8% sobre o resultado de 2016”, diz o superintendente.
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Paulo Xu, diretor industrial e fundador da empresa
“Buscamos, este ano, novas tecnologias e soluções para atender o mercado de smartphones.”
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oi um ano em que o segmento de tecnologia apresentou cenário fragilizado devido às dificuldades na economia do Brasil. “As incertezas sobre o futuro, o desemprego, o risco de crédito e o aumento da inadimplência fizeram com que o varejo adotasse estratégia mais conservadora em relação aos anos anteriores. Mesmo assim, a DL cresceu aproximadamente 30% na comparação com 2015”, diz Paulo Xu, diretor industrial e fundador da empresa.
para os bons resultados e atendeu a uma demanda reprimida.”
Em 2016, apesar do aumento no custo dos insumos, a DL definiu sua estratégia visando a resultados, conta Paulo. “Uma das ações foi o desenvolvimento de produtos em parceria com a Intel, o que possibilitou a oferta de soluções diferenciadas ao mercado e sem concorrência. Outro projeto, o de celulares para idosos, também contribuiu
Em paralelo, o executivo aguarda que o governo enfrente o desafio das reformas trabalhista e fiscal e proceda à redução da carga tributária para incentivar a retomada da economia. “Outro ponto importante seria o retorno da política de incentivo às empresas, gerando novos empregos”, acredita o diretor industrial e fundador da DL.
Aprimorar as categorias em que atua (tablets, telefonia celular e informática) é a meta para este ano. A área de engenharia de desenvolvimento vem trabalhando firme na busca de novas tecnologias e soluções para atender o mercado de smartphones. Com isso e mais o suporte de novos negócios, a empresa espera crescimento de 15% ante 2016.
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ELETROMÓVEIS MARTINELLO Osvaldo Martinello, presidente
“Períodos de crise acabam por melhorar a operação e confirmam convicções, como a de que é necessário manter a alta liquidez.”
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pesar do momento econômico, o ano de 2016 foi bem satisfatório, melhor do que havia sido imaginado. “Em 2015, fizemos os ajustes. Revisamos todos os processos, e isso fez a operação andar mais leve e com maior produtividade em 2016. Assim, conseguimos um ano melhor em termos de faturamento e resultado final”, diz Osvaldo Martinello, presidente da Eletromóveis Martinello.
O ritmo do consumo, este ano, será parecido com o de 2016. O i n c re m e n t o d a s v e n d a s p o d e r á ocorrer no segundo semestre, se estendendo por 2018, mas com nova feição, diz Osvaldo. “A sensação é de que navegamos em n o v a o rdem econômica . O consumo pode crescer no curto prazo, mas com maior consciência. A pessoa vai analisar a real necessidade da compra e, então, buscar a melhor oportunidade.”
Períodos de crise, na opinião do executivo, acabam por melhorar a operação, o que possibilita aproveitar muitas oportunidades, inclusive no que se refere à expansão da rede, e confirmam convicções, como a de que é necessário manter a alta liquidez. Em 2017, a previsão é de crescimento considerável e de abertura de lojas em novas cidades do Mato Grosso.
A economia, destaca o presidente da Martinello, poderia ser estimulada se o governo retomasse os investimentos em infraestrutura e concretizasse as tão sonhadas reformas, incluindo a tributária, a trabalhista, a fiscal, a previdenciária e a política. “Enquanto isso, seguimos trabalhando e esperando maiores vendas no segundo semestre.”
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ELGIN
Fotos: Divulgação
Rafael Feder, diretor-presidente
“Em 2017, projetamos crescimento de 22%, com dedicação, determinação, criatividade e muito trabalho.”
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azer a lição de casa foi o primeiro passo dado pela Elgin para atravessar 2016, conta Rafael Feder, diretor-presidente da empresa. “Reduzimos custos, renegociamos prazos e enxugamos nossos estoques. Isso nos deu fôlego para assumir uma postura mais positiva e ousada para enfrentar um ano difícil. Dessa forma, conseguimos crescimento de 12% em relação a 2015.” Com a crise, ficou clara para a empresa a importância de controlar mais os gastos, de maneira geral, e priorizar seu caixa. Com a nova conduta, de acordo com o diretor-presidente, o negócio passou a ser visto de forma diferente, o que possibilitou a descoberta de novas oportunidades no mercado, fator que foi fundamental para superar as dificuldades. A Elgin investiu para otimizar a sua infraestrutura e qualificar seu pessoal, com
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o objetivo de ter profissionais comprometidos com o negócio. “Investimos, também, no desenvolvimento de novas linhas de produtos em todos os segmentos em que atuamos e, com isso, acreditamos que aumentaremos consideravelmente nossa participação. Pretendemos, ainda, entrar em novos mercados”, conta Rafael. Para 2017, as metas são ambiciosas. “Projetamos crescimento de 22%, com dedicação, determinação, criatividade e muito trabalho”, diz o executivo. Em paralelo, observa que o governo precisa dar sinais de estabilidade para atrair mais investimentos, cuidar da infraestrutura e diminuir a máquina fiscal para viabilizar o crescimento das empresas. “Outra medida importante é priorizar a educação. Senão, dentro de pouco tempo, teremos uma carência enorme de gente qualificada para ocupar os postos de trabalho.”
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ELSYS
Fotos: Divulgação
Damian Zisman, CEO e diretor-executivo
“O Brasil já passou pelo pior. Agora, é nos prepararmos para a volta gradual do crescimento econômico.”
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mpresa brasileira que atua há quase 30 anos no setor de eletroeletrônicos, a Elsys desenvolve produtos e serviços para conexão com os universos do entretenimento, da informação e de dados. “Cada vez mais, o mundo converge para conectar as pessoas por meio da digitalização, e o nosso papel é facilitar esta integração, ainda mais em um país carente de infraestrutura como o Brasil”, diz seu CEO e diretor-executivo, Damian Zisman. Apesar das dificuldades do cenário macroeconômico em 2016, o ano foi positivo para a empresa, que manteve o patamar de faturamento com participações diferentes em cada negócio, e espera melhorar em 2017. “Acho que o Brasil já passou pelo pior. Agora, é nos prepararmos para a volta gradual do crescimento econômico. Continuamos investindo em todas as nossas linhas de atuação”, conta Damian.
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Criada como empresa de desenvolvimento, a Elsys, hoje, desenvolve, fabrica, distribui e instala produtos e serviços eletrônicos. Tem forte parceria com a OI TV, para a qual fabrica kits (antenas parabólicas e decodificadores) e presta outros serviços. Em julho de 2016, em parceria com a americana Hughes, iniciou a venda e instalação do HughesNet no Brasil e também desenvolveu o Link 3G, para conexão com a internet em áreas com difícil cobertura. Com uma rede de mais de 9.500 lojas credenciadas, a empresa acredita que, para o Brasil seguir o caminho do crescimento sustentável, as reformas são fundamentais, com simplificação das leis, maior eficiência nos gastos e incentivo para investimentos de longo prazo. “Em todas as áreas, temos legislação extremamente complexa, que demanda uma estrutura desnecessária do Estado e das empresas, inibe investimentos e não agrega valor. Temos que fazer o simples”, afirma o executivo.
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Aélio Silveira, superintendente
“Em 2017, a meta é crescer sobre 2016, principalmente com o melhor mix e novos canais de vendas.”
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ano de 2016 se caracterizou por enormes dificuldades provocadas pela instabilidade política e econômica, o que levou à Esmaltec a fazer uma reengenharia no modelo de gestão e reduzir custos, conta o superintendente Aélio Silveira. “Olhamos para as oportunidades internas, visando à maior agilidade e produtividade, e o saldo final foi uma mudança significativa nos processos. O ano foi difícil, mas conseguimos reverter o resultado no segundo semestre.” Como foi geral em 2016, a crise teve efeitos. “Tivemos queda nos volumes de produção (menor que os números do mercado) e pequeno crescimento no faturamento devido ao mix melhor e à nossa nova linha, posicionada no segmento médio/alto do mercado”, diz Aélio, que tem visão realista para 2017, mas com viés de otimismo a partir de julho. “Investiremos nas principais áreas da empresa e no lançamento de produtos. A meta é crescer sobre 2016, principalmente pelo melhor mix e novos canais de vendas.”
Fazer mais com menos foi um lema para a Esmaltec em 2016, conta o executivo. “Fizemos, também, reajustes de preços mais frequentes para compensar os aumentos de custos, uma ameaça constante para qualquer empresa. Renegociamos aluguéis e contratos terceirizados, negociamos com os principais fornecedores e clientes e fizemos intenso trabalho logístico. A crise mostrou que devemos sempre buscar a eficiência em custos e gastos internos.” A empresa está atenta a todos os movimentos do mercado. “Ele ainda não dá sinais de melhora, razão pela qual continuamos com foco total nas reduções de custos, controle das despesas e ganho de produtividade. Neste ano, programamos participar da feira Eletrolar Show, com lançamentos, foco no ponto de venda, por meio da nossa área de trading, redução do IDC, com a melhora constante da qualidade, além de um trabalho feito a quatro mãos na área de logística, em que o frete tem um valor considerável para a linha branca”, detalha Aélio.
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FASTWAY Fotos: Divulgação
Marcelo Gonzalez, CEO Latin America
“Em 2017, pretendemos chegar a 1,5 milhão de produtos vendidos.”
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ano tende a ser melhor do que 2016, mas não deverá ter um ritmo forte de atividade econômica, diz Marcelo Gonzalez, CEO Latin America da Fastway. “A recuperação virá mais intensa no segundo semestre, mas medidas devem ser tomadas, entre elas elevar os investimentos no País, simplificar o re g i m e t r i b u t á r i o , re d u z i r a s barreiras ao comércio e suprir as carências de infraestrutura para que não seja tão alto o custo de fazer negócios aqui.” E m 2 0 1 7 , a e m p re s a a p o s t a n o crescimento das vendas do conversor digital e das antenas. “Com a TV Record, firmamos um contrato de fabricação e licenciamento do primeiro conversor digital oficial com marca própria de uma rede aberta de televisão, que será vendido no atacado e no
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varejo”, conta Marcelo. O direito de uso da marca, com exclusividade, é de cinco anos. Nos planos da empresa para este ano está o fortalecimento cada v e z m a i o r d a s u a m a rc a S h o p + . A Fastway planeja, ainda, instalar uma unidade fabril no Brasil para produzir antenas, receptores e Lnb digital, com o objetivo de atender, principalmente, as operadoras de telefonia e os órgãos governamentais. “Em 2017, pretendemos crescer acima da curva normal das emp re s a s d e v i d o à re a l e f e t i v a ç ã o do apagão digital nas localidades brasileiras. Temos, também, n o v o s p ro j e t o s d e e x p a n s ã o d a linha, com promoções de vendas aos nossos representantes, para chegarmos a 1,5 milhão de produtos vendidos”, adianta o CEO.
FILTROS PLANETA ÁGUA Leandro Pergher, diretor
“Unimos o útil ao agradável ao fazer nossos clientes e consumidores ganharem junto conosco.”
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empresa classifica o ano de 2016 como desafiador. Ela manteve seu crescimento, embora sucinto, e permaneceu estável na maioria dos meses, não oscilando além da sazonalidade prevista, diz Leandro Pergher, diretor da Filtros Planeta Água. “O resultado final foi positivo. Nosso faturamento aumentou, apesar de não estar como gostaríamos. Fizemos ajustes e alinhamento da estratégia, conforme a necessidade, algo que todos deveriam fazer em tempos de crise.” O ano difícil abriu os olhos da empresa para a necessidade de ajudar seus clientes a vender mais, valendo-se de seu conhecimento de gestão e de marketing dos produtos. “As oportunidades foram percebidas e, a partir disso, ampliamos a nossa carteira de clientes. O mercado não deixa de precisar de filtros de água. Então, unimos o útil ao agradável ao fazer nossos clientes e consumidores ganharem junto conosco”, conta o diretor.
Em 2017, a Filtros Planeta Água completa 15 anos de mercado e comemora com o lançamento de mais de 10 produtos, relançando alguns modelos que precisavam de ajustes no design e na tecnologia. Também irá ajudar seus clientes na divulgação dos produtos e transformará o programa de treinamento da empresa para que possa ser acessado por maior número de pessoas. A expectativa da empresa é alta este ano. “Os índices de confiança do consumidor e dos empresários têm mostrado uma retomada muito importante para a economia e positiva para o nosso modelo de negócio. Os desafios continuarão, mas manteremos os investimentos em tecnologia e treinamento”, diz Leandro, que aguarda redução dos juros e exclusão da substituição tributária para os produtos que vende. “Seriam medidas fundamentais para o giro da economia.”
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Fotos: Divulgação
Ingo Fischer, diretor-presidente
“Neste ano, as palavras de ordem serão eficiência, inovação e originalidade. O foco estará voltado às vendas.”
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ode-se dizer que 2016 foi u m a n o d e a p re n d i z a d o , afirma Ingo Fischer, diretor-presidente da Fischer. “Fomos cautelosos nos investimentos, pois o momento era de reavaliar nossas estratégias para conseguirmos atingir a meta e o crescimento almejados.” Neste ano, na empresa, as palavras de ordem serão eficiência, inovação e originalidade. O foco estará voltado às vendas, buscando sempre boas parcerias. De acordo com o diretor-presidente, em 2017, os consumidores podem esperar por bons lançamentos e produtos modernos e funcionais. “Estamos sempre otimistas e acreditamos que este ano será de mui-
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tas transformações. A Fischer é uma referência no segmento e continuará com seus investimentos em desenvolvimento e lançamento de produtos que aliam inovação e tecnologia”, diz o executivo. Como empreendedor, Ingo deseja que o País tenha uma política industrial bem definida e faça os ajustes necessários. “O Brasil possui a maior carga tributária e a maior taxa de juros do mundo, o que limita os investimentos, a expansão dos negócios e, consequentemente, a oferta de novos produtos. Precisamos de mudanças nas áreas fiscal e trabalhista, bem como redução da burocracia e da carga tributária. A falta de infraestrutura em logística também é fator que impede maior crescimento.”
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Hélio José Pamplona, CEO
“Nos preparamos para 2017 e estamos otimistas em relação ao que poderemos realizar.”
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esmo na crise, sempre há oportunidades a serem exploradas. No ano passado, a empresa conseguiu aproveitar algumas delas, ao adotar medidas que a deixaram mais eficiente e competitiva. A fabricante também investiu R$ 5 milhões, principalmente na área de pesquisa e desenvolvimento, e colocou no mercado 72 produtos novos. Graças a esses esforços, foi possível manter o mesmo faturamento em relação a 2015. “Períodos como aquele que vivemos exigem coragem, determinação, estratégia e muita ação. Nos tornamos mais eficientes, desenvolvemos produtos acima da média e fabricamos mais peças em menos tempo. Juntamente com as novidades que lançamos, aproveitamos para nos preparar para momentos ainda melhores em 2017. Temos muitos mercados a explorar”, conta Hélio José Pamplona, CEO da NH, detentora das marcas Frahm e Hinor.
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O trabalho continua este ano. Hélio aposta em crescimento de 15%, baseado, principalmente, no aumento do portfólio e da equipe de vendas, para melhorar a distribuição e o atendimento às diferentes regiões brasileiras. “Os pontos de venda também receberão investimentos. Entendemos que eles podem proporcionar boas experiências aos nossos consumidores, mediante o contato e o conhecimento das tecnologias embarcadas em nossos produtos.” A empresa seguirá investindo, principalmente em equipamentos para a área industrial. “Dentre essas aquisições, destaco o novo centro de usinagem de madeira, que iniciará suas operações em março e irá aumentar a velocidade de entrega, além de ampliar a nossa capacidade produtiva. Nos preparamos para 2017 e estamos otimistas em relação ao que poderemos realizar, independentemente da situação econômica do País”, diz o CEO da NH.
GA.MA ITALY Felipe Leonard, presidente
“Na crise, não se pode ficar estático, decidimos criar coisas novas para sairmos fortalecidos dela.”
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empresa se preparou para enfrentar as dificuldades de 2016 ainda no ano anterior, com a adoção de várias medidas, incluindo a renovação das linhas de secadores e pranchas, o que possibilitou um crescimento representativo das vendas, conta o presidente, Felipe Leonard. “Lançamos as linhas Aura, Lumina e Bella, e entramos na categoria de barbeadores elétricos. Somado a isso, implementamos vários projetos para melhoria dos processos e aumento da produtividade em todas as áreas.” O comprometimento das equipes internas foi fundamental para o desempenho da GA.MA Italy, que cresceu dois dígitos em 2016, afirma Felipe. “Na crise, não se pode ficar estático, decidimos criar coisas novas para sairmos fortalecidos dela. Aceleramos o processo de modernização e expansão da nossa fábrica de Manaus (AM) e apostamos forte na transformação da imagem de marca, produtos e categorias. Inovação e ousadia comercial viraram nossas bandeiras.”
É nessa direção e com base na nova cultura de gestão colocada em prática durante a crise que a empresa vai apresentar inovações neste ano, tanto nas linhas atuais quanto em outras em que planeja entrar. Para o presidente da GA.MA Italy, tudo indica que 2017 será o ano da retomada, colocando um ponto final na queda dos negócios, o que o leva a esperar, para a empresa, crescimento acima de 30% sobre 2016. Isso será possível com algumas mudanças, diz Felipe. “Acredito firmemente que a prosperidade econômica de qualquer país está estreitamente ligada a um setor privado florescente. Acredito que o setor privado conseguirá acelerar mais, mas para isso é essencial que haja menos burocracia, menos corrupção e mais pressão fiscal, com um estado com leis claras, e justiça eficiente e independente, que garanta um ambiente de negócios justo e competitivo.”
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GFK
Fotos: Divulgação
Minoru Wakabayashi, managing diretor no Brasil
“Especialmente na crise, as ações precisam ter precisão cirúrgica, pois não se permite desperdício de recursos e tempo.”
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O ano de 2016 foi de resiliência, revisão de tudo o que fazemos e como fazemos. As necessidades dos clientes/consumidores mudaram drasticamente, e foi preciso adequar o modus operandi. Isso já vinha ocorrendo desde 2015 ou um pouco antes, mas o processo teve de ser acelerado por questão de sobrevivência das empresas. E, mesmo enfrentando forte pressão nos custos, crescemos em faturamento no ano passado”, conta Minoru Wakabayashi, managing diretor da GfK no Brasil. Há alguns anos, a GfK definiu o Brasil como um dos mercados prioritários dentre os mais de 100 países em que o grupo atua e, assim, vem seguindo um plano de investimento, que não muda em 2017. Com diversas unidades, entre elas Painel de Varejo e Entendimento do Consumidor/Marca, seu desafio é conectar todos esses pontos e entregar algo que faça sentido ao cliente, que gere ação e consequente retorno.
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Monitorar os preços, promoções, parcelamentos, entender o consumidor, a marca, agir sobre tudo isso e acompanhar a participação de mercado da empresa é fundamental, sobretudo na crise, diz Minoru. “As ações precisam ter precisão cirúrgica, pois não se permite desperdício de recursos e tempo. Penso que conseguimos apoiar diversos clientes nesse sentido, provendo a informação certa no momento certo.” O Brasil, lembra Minoru, está em um estágio em que é necessária não só uma recuperação a curto e médio prazo, mas uma política que garanta crescimento sustentável, a longo prazo. “Basear o crescimento econômico somente no consumo já se provou não ser sustentável. Não é apenas uma questão de baixar juros e conceder crédito. Sob essa ótica de sustentabilidade, há que se ajustar urgentemente os pilares macroeconômicos e estruturais. O Senado precisa aprovar o PEC 241, e o País tem de evoluir nas pautas já exaustivamente discutidas, como as reformas tributária, previdenciária e fiscal. O que falta é executar.”
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GOLDEN DISTRIBUIDORA Davi Saadia, CEO
“Em 2017, nossa expectativa é alcançar crescimento de 8% sobre o ano anterior.” 2016 exigiu, diariamente, atenção aos detalhes. Foi difícil para a grande maioria dos brasileiros, pessoas físicas e jurídicas, avalia David Saadia, CEO da Golden Distribuidora. “Apesar disso, passamos com louvor na comparação com o mercado em geral. Não demitimos, negociamos melhor com os fornecedores e aprimoramos os processos. O faturamento foi praticamente o mesmo de 2015, porém com resultado de margem pouco melhor.” A empresa vem buscando oportunidades e analisando para onde vai o mercado. Em um setor em crise e com margens baixas, não adianta querer vender mais do mesmo, explica o CEO. “Isso só vai reduzir mais ainda a margem, pois como distribuidor não vou aumentar o consumo e sim tentar ganhar share de concorrentes por meio de preço. Nesse ambiente, as oportunidades surgem por vários fatores, é preciso ter atenção e agir rapidamente.”
Se 2016 foi de aprendizado, 2017 começou com desafios. A Golden ainda não sentiu melhora no mercado, mas decidiu ampliar a sua equipe interna de varejo, que mira as médias e pequenas lojas em todo o País que revendem produtos eletrônicos e de telecom. Va i i n v e s t i r e m f e r r a m e n t a s d e BigData, em treinamento de pessoal e criar uma célula com foco total nas revendas de automação. Em paralelo, fará um upgrade nas áreas de TI, web e de sistemas e processos. Atenta às situações que podem originar novos negócios, este ano, a empresa também desenvolverá ações estratégicas para o aumento de capilaridade. Incluirá mais uma marca de celulares em seu portfólio e promoverá uma mudança estrutural. “Nossa expectativa é alcançar crescimento de 8% sobre o ano anterior”, diz David.
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Fotos: Divulgação
Ronald Wang, vice-diretor geral
“Fomos a única fabricante de ar-condicionado que não diminuiu a sua produtividade nem parou.”
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esmo com queda de aproximadamente 50% no mercado de linha branca, a empresa comemora os bons resultados de 2016. “Fomos a única fabricante de ar-condicionado que não diminuiu a sua produtividade nem parou. Pelo contrário, aumentamos a produção e as vendas em torno dos 30%”, conta Ronald Wang, vice-diretor geral da Gree. Os Jogos Olímpicos Rio 2016 contribuíram para esse saldo positivo, graças ao fornecimento de produtos para as arenas e acomodações da Vila Olímpica. A empresa manteve-se confiante ao longo do ano passado, mas precisou reduzir custos operacionais para dar continuidade aos investimentos e equilibrar as contas. “Estamos otimistas em relação aos anos vindouros. Estamos no Brasil desde 2001, vivenciamos outras duas crises. Por isso, acreditamos que vamos ultrapassar a atual. Sabemos que elas são temporárias no País e que depois sempre há crescimento. Acreditamos que essa retomada acontecerá ainda em 2017”, explica Ronald.
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H á t a m b é m i n v e s t i m e n t o s p re v i s tos para 2017, independentemente da conjuntura econômica brasileira. “Queremos nos consolidar como a empresa de eletrodomésticos com maior investimento em automação no Brasil”, afirma o vice-diretor geral. Esses esforços miram oportunidades como a baixa penetração de ar-condicionado no País – apenas 18% da população do País tem o aparelho instalado em seus domicílios. “Nossas ações visam manter a liderança mundial, pois um em cada três condicionadores de ar vendidos no mundo é da Gree. Temos a melhor qualidade tecnológica e seguimos esse padrão em qualquer lugar do globo. É uma exigência da sede, na China. Então, não podemos diminuir a qualidade para reduzir custos”, diz Ronald. Para beneficiar essa estratégia, o executivo gostaria de melhores políticas para investidores estrangeiros, com mais flexibilidade.
GREEN RETAIL SOLUTIONS
Thiago Artacho, sócio e diretor comercial
“Vamos expandir o mix de produtos e estruturar um departamento de business intelligence.”
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instabilidade política e econômica de 2016 se refletiu no dia a dia da empresa e de seus clientes varejistas, diz Thiago Artacho, sócio e diretor comercial da Green Retail Solutions. “O grande desafio foi sobreviver. Quem soube se adequar à nova realidade reduziu o impacto da crise e se preparou para a retomada da economia com estrutura mais eficiente. Apesar das dificuldades, tivemos resultados expressivos, com incremento no faturamento em relação ao ano anterior.” O forte esforço da empresa no ano de 2015 para ganhar eficiência na reestruturação dos serviços de logística, instalação e manutenção contribuiu para o desempenho em 2016. Outra iniciativa fundamental, em meio à grande flutuação do dólar, foi o estabelecimento de parcerias internacionais para o desenvolvimento de novos produtos, que viabilizaram a fabricação nacional de itens até então importados.
Em 2016, a Green Retail Solutions lançou no Brasil o SmartCircle, um software para maximizar o potencial de exposição de smartphones e tablets. “Associado a um bom trabalho de equipe, ele garante uma experiência diferenciada no ambiente de vendas, reduz furtos, elimina os precificadores de papel e tem recursos de marketing para coletar informações da experiência do cliente e de sua interação com os produtos”, conta o executivo. A meta, em 2017, é expandir o mix e estruturar um departamento de business intelligence, que atuará no estudo e desenvolvimento de soluções para aumentar a eficiência operacional dos clientes, diz Thiago. “O ano deverá ser estável, com perspectiva de crescimento no segundo semestre, mas a disponibilidade de crédito para investimentos, a redução de impostos para a importação e a simplificação tributária impulsionariam o desenvolvimento econômico da empresa.”
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INDÚSTRIA >>>
GRUPO 3CORAÇÕES Foto: Claudio Pedroso
Pedro Lima, presidente
“Continuaremos investindo em nossas marcas neste ano. Estamos positivos em relação aos negócios.”
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pesar de 2016 ter sido um ano mais complicado para o café, o Grupo 3Corações fechou o período dentro do plan e j a d o , c o n t a o p re s i d e n t e P e dro Lima. “Estamos colhendo os frutos de um trabalho de muitos anos. Tivemos crescimento de faturamento e também de volume em números acima do mercado. O crescimento está atrelado a alguns fatores, como as vendas e a aquisição da companhia Iguaçu.” Tendo atingido as metas, a empresa planeja investimentos relevantes em 2017, destaca o presidente. “Um exemplo é a construção de uma fábrica de cápsulas de café na cidade de Montes Claros, em Minas Gerais. Também continuaremos investindo em nossas marcas. Estamos positivos em relação aos negócios.”
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Olhar de forma constante novas oportunidades é praticamente uma norma para o Grupo, que começou a vender café em 1959, ano de sua fundação, em São Miguel, no interior do Rio Grande do Norte. “Na nossa visão, o objetivo, sempre, é o crescimento orgânico e a criação de valor com as aquisições”, diz Pedro. Sediado em Eusébio, no Ceará, o Grupo comercializa vários tipos de cafés, itens afins e máquinas para o preparo da bebida. Conta com 25 centros de distribuição, cinco plantas fabris, três unidades de compra de beneficiamento de café verde, uma de exportação e uma corporativa, além da Escola de Serviços e Sabores.
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SERVIÇOS >>>
GRUPO DROID Ronald Peach Jr., CEO
“Investiremos no mercado externo e em novos segmentos para o Brasil.”
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omo o objetivo do mercado em 2016 foi melhorar a eficiência e diminuir custos, o Grupo Droid conseguiu aumentar sua carteira de clientes, apesar dos desafios que penalizaram toda a cadeia produtiva. “Nossa missão de aumentar vendas e reduzir perdas teve aderência. Temos todo o portfólio necessário para alavancar o trade, e isso provocou interesse ainda maior dos clientes”, conta o CEO da empresa, Ronald Peach Jr. Embora a receita não tenha correspondido a esse avanço – a empresa faturou menos em comparação a 2015 por conta da diminuição do tíquete médio –, o Grupo teve a confirmação de que a rota adotada é a certa e deve ser mantida. “Nos tornamos mais eficientes e tivemos muitas oportunidades. Nossos parceiros internacionais permaneceram e novos surgiram, pois perceberam que não esmorecemos em esforços de venda, marketing e divulgação,
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além de toda a estrutura de serviços do grupo ter ficado inalterada”, revela o executivo. A movimentação de clientes para este ano já começou, o que aumenta o otimismo de Ronald. Para 2017, ele anuncia uma nova divisão, ligada à área de digital signage, em parceria com a Telefonica On the Spot, além de investimentos para atuar no mercado internacional com produtos fabricados localmente. “O Grupo Droid continuará investindo no marketing de ponto de venda e nos segmentos em que atua hoje – organização, segurança, demonstração e interatividade –, visando proporcionar uma experiência de compra memorável, aumento de vendas e redução de perdas. Com certeza, os negócios vão crescer com relação ao ano passado. Temos bons produtos e clientes, acreditamos no Brasil”, diz o CEO.
VAREJO >>>
GRUPO GAZIN Osmar Della Valentina, presidente
“Investimos 1% do nosso faturamento todos os anos, e neste ano não será diferente.”
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m termos econômicos, políticos e sociais, além de outros acontecimentos, o ano de 2016 foi muito difícil, reconhece Osmar Della Valentina, presidente do Grupo Gazin. “Diante disso e da queda de consumo das famílias brasileiras, também tivemos desafios, mas nosso faturamento cresceu.” Quando se passa por uma crise, é importante que se tenha algum tipo de aprendizado, diz o executivo que, no ano passado, melhorou alguns processos da rede, reduziu despesas e, assim, aumentou a produtividade. Aproveitou, também, as oportunidades que surgiram em pontos interessantes e com baixos aluguéis. “O ensinamento que ficou é que não devemos ter uma empresa inchada em termos de custos e despesas.” O ano de 2017 será enfrentado pela empresa dentro dos princípios da go-
vernança corporativa. Isso inclui, entre outros pontos, o bom atendimento aos clientes, o investimento na equipe de funcionários, a abertura de lojas e a execução, com disciplina e por todas as áreas, das diretrizes traçadas. Por outro lado, espera que o governo atue para gerar emprego, liberar crédito ao consumidor, reduzir a inflação e baixar a taxa de juros. Mudança no consumo, a Gazin só espera a partir do segundo semestre, mas, como todos os anos, investirá 1% do seu faturamento em 2017, afirma Osmar. “Abriremos algumas lojas, bem como ampliaremos e reformaremos outras, mas mudanças no consumo poderão ocorrer só a partir de julho.” O grupo, como um todo, investiu na compra de caminhões, de novas máquinas industriais e, principalmente, em tecnologia. “Esperamos crescer 6% neste ano”, revela o presidente.
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INDÚSTRIA >>>
GRUPO SEB
Foto: Divulgação
Carlos Siqueira, presidente do grupo que detém a marca Arno
“Em 2016, investimos em pesquisa e desenvolvimento de produtos e abrimos uma moderna fábrica.”
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ano de 2016 foi de vários desafios para todo o mercado, mas também de muito aprendizado, afirma Carlos Siqueira, presidente do Grupo SEB, que detém a marca Arno. “Dentro de um plano de modernização, crescimento e desenvolvimento da empresa, inauguramos uma nova planta no sul fluminense, com infraestrutura e layout eficientes, que garantem um fluxo operacional otimizado e altamente produtivo.” Trazer inovações para o mercado, com produtos que auxiliem o dia a dia dos consumidores, impulsiona a economia e é o papel das empresas, observa o executivo. “Foi isso que a Arno fez ao longo do ano passado, quando investiu em pesquisa e desenvolvimento de produtos e abriu uma moderna fábrica.”
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No início de 2017, com as altas temperaturas, voltou sua atenção para a categoria de ventilação e lançou o Silence Force Repelente Líquido, o primeiro ventilador com repelente líquido do mercado. O compromisso, ressalta Carlos, é manter o foco em inovação, pesquisa e desenvolvimento de produtos. Com lançamentos previstos para este ano, a empresa está otimista. “Apresentaremos novidades, tanto na parte de eletroportáteis como em panelas. Investimos em uma nova planta muito moderna, manteremos nossos esforços na m e l h o r i a c o n t í n u a d o p ro c e s s o produtivo e colocaremos no mercado produtos tecnológicos, com soluções inovadoras para atrair nossos consumidores”, assegura o presidente do Grupo SEB.
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HAMILTON BEACH Fotos: Divulgação
Eduardo Meirelles, gerente-geral
“O ano será melhor, mas ainda difícil.”
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m 2016, a Hamilton Beach teve um faturamento ligeiramente superior ao de 2015, mas o ano não deixou saudades, afirma Eduardo Meirelles, gerente-geral da empresa no Brasil. “Foi um ano que queremos esquecer. Há consenso de que nunca tivemos um ano tão difícil, quando uma grave crise política alimentou a crise econômica que havia se instalado desde 2015, levando governo, empresas e investidores à completa imobilidade.” Ao longo do ano, a empresa manteve a sua estratégia básica, porém fez alguns ajustes e, agora, está confiante de que 2017 será melhor, diz Eduardo. “No entanto, sem grande otimismo, uma vez que a situação do País segue extremamente grave e demanda profundos ajustes por parte do governo federal para voltar a crescer de forma sustentada.”
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Na visão do gerente-geral da Hamilton Beach, as principais medidas que contribuirão para esse crescimento, as que são mais urgentes, estão sendo tomadas ou encaminhadas, mas levarão tempo para surtir efeito. “O Brasil, no entanto, não consegue curar doenças e deficiências históricas: protecionismo, infraestrutura insuficiente, má gestão, incompetência governamental, corrupção endêmica e por aí vai...” Mesmo levando em conta todos esses fatores, Eduardo espera crescimento moderado da empresa em 2017. “O ano será melhor, mas ainda difícil. O desemprego alto continuará afetando o consumo das famílias, mas a queda rápida da taxa Selic deverá contribuir para a retomada dos investimentos das empresas. A confiança dos investidores deverá se restabelecer aos poucos.”
INTEL
Mauricio Ruiz, diretor-geral
“Iniciativas como o Plano Nacional de IoT são fundamentais para o desenvolvimento estratégico do setor de TI.” 2016 foi um ano de grandes avanços para a empresa e para o segmento de TI, diz Mauricio Ruiz, diretor-geral da Intel Brasil. “Avançamos nos formatos dos equipamentos, em gaming, em realidade virtual, dando importantes passos com o surgimento da realidade combinada (mundo virtual e real), na internet das coisas e no posicionamento no DataCenter e na Cloud.” Com a aquisição da Altera e o crescimento de diversas áreas, a empresa, mundialmente, teve faturamento recorde de US$ 59,5 bilhões, isto é, um crescimento de 7% sobre 2015. O lucro operacional foi de US$ 16,5 bilhões, com um crescimento anual de 11%. O Brasil, observa Mauricio, enfrenta uma recessão, e os consumidores estão mais cautelosos com seus gastos. “No entanto, o apetite do País por tecnologia continua alto, com grande número de cidadãos ainda não conectados à internet. E o mercado corporativo, por sua vez, olha para cloud computing e inovação como um meio de reduzir custos e manter a
competitividade, o que cria demanda por infraestrutura de TI eficiente.” Para 2017, a Intel definiu suas prioridades: a nuvem, que molda o futuro junto com as “coisas” conectadas a ela, influenciando a indústria de PCs; o segmento de gaming, trazendo algumas inovações para este mercado; e a expansão de parcerias com players locais, em DataCenter/Cloud. O Brasil é um mercado-chave para a Intel e seu diretor-geral crê que o País deve aprofundar a discussão sobre TI, visando à competitividade nacional nos próximos anos. “Iniciativas como o Plano Nacional de IoT são fundamentais para o desenvolvimento estratégico do setor de TI. O mercado de computação vive a sua maior revolução, estamos nos aproximando de um ponto em que um número enorme de objetos que usamos no dia a dia será inteligente e estará conectado à nuvem. E a Intel, como líder global em computação, está no cerne dessa revolução.”
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INDÚSTRIA >>>
JCS BRASIL
Fotos: Divulgação
Dirceu Brugalli, diretor comercial do grupo que detém as marcas Cadence e Oster
“Meta de crescimento para este ano está traçada em 8%.”
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pesar do mercado recessivo, a JCS Brasil, com as marcas Oster e Cadence, obteve bom resultado em 2016. Traçou metas ousadas e sua estratégia comercial elevou as vendas em relação a 2015. “Isso se deveu ao investimento em estoque, aos lançamentos, à abertura de novos clientes e à confiança das marcas junto a estes e aos consumidores”, diz Dirceu Brugalli, diretor comercial da empresa no Brasil.
A meta de crescimento para este ano está traçada – é de 8%. Independentemente da atual situação da economia, a JCS Brasil acredita que haverá uma reação do mercado e consequente aumento do consumo. “Manteremos os investimentos em infraestrutura, como a fábrica na Bahia, e em lançamentos, para oferecer ao cliente soluções completas em eletroportáteis”, conta Dirceu.
Investir em estoque a fim de ter produtos para pronta entrega, evitando ao máximo as rupturas, é uma das estratégias para 2017, ao lado da prospecção de novos clientes e do estreitamento das relações com os já consolidados, através de condições comerciais que atendam às suas necessidades. Também investirá em treinamentos para as equipes de vendas e trademarketing, visando melhorar as ações e a exposição das suas marcas nos pontos de venda.
O desenvolvimento econômico do País, porém, na visão da empresa, virá quando o governo baixar ainda mais a taxa Selic, para que o varejo e o mercado em geral possam financiar as vendas com juros mais acessíveis ao consumidor final. “É importante, também, retomar a confiança política, estabilizar o câmbio, manter a inflação baixa e investir na retomada do crescimento para atrair a confiança dos investidores”, afirma o diretor comercial.
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KOERICH
Fotos: Divulgação
Antonio Koerich, presidente
“Rever estratégias diariamente é uma constante em nossa rotina.”
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ano de 2016 exigiu muito trabalho, foco e engajamento da equipe, avalia Antonio Koerich, presidente da empresa. “Foi desafiador tanto para o comércio quanto para a população, mas pensamos sempre à frente, buscando soluções. Rever estratégias diariamente é uma constante em nossa rotina, então estávamos preparados para enfrentar momentos adversos, tanto que crescemos 10% em relação ao exercício de 2015.” Com uma estratégia que privilegia o engajamento das equipes em busca de resultados, a empresa readequou demandas internas, além de criar e potencializar novos programas de valorização dos profissionais de toda a rede. Com isso, abriu caminho para o surgimento de novas ideias e sugestões, que aprimoraram as ações da empresa e contribuíram para alcançar a meta. Adequar as ofertas à demanda do mercado foi mais uma medida toma-
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da pela Koerich, levando em conta que o consumidor prioriza as próprias necessidades e analisa o custo-benefício dos produtos. Cabe, então, às empresas, na opinião do executivo, trabalhar com criatividade e alinhadas às mudanças e ao novo perfil do cliente, o qual, por sua vez, deverá contribuir para acelerar o consumo a partir do segundo semestre. Mesmo com a previsão de crescer 10%, o ano é visto com certa cautela pela Koerich. “Estamos vivendo um desconforto econômico, mas acreditamos que o cenário deve evoluir positivamente. É preciso investir em pessoas e processos para continuar a crescer”, diz Antonio, que espera chegar ao final de 2017 com 100 lojas. Uma de suas prioridades é a conclusão do novo centro de distribuição de 60 mil m², em Biguaçu, na Grande Florianópolis (SC), no qual investiu mais de R$ 35 milhões, e que será inaugurado neste semestre.
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LATINA
Valdemir Dantas, presidente e CEO
“Em 2017, planejamos ações para reconquistar alguns clientes e desenvolver novos.”
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ara a Latina, o ano de 2016 foi de ajustes internos, segundo seu presidente e CEO, Valdemir Dantas. “As principais medidas tomadas foram a redução de despesas fixas e do portfólio de produtos, reestruturação nas áreas de vendas e administrativa, melhorias no atendimento do SAC 2.0 e no site, não “comprar market share” e desenvolvimento do treinamento.” O faturamento foi 25% menor que em 2015, em função da melhor qualificação de clientes. A crise levou a empresa a revisar processos e a identificar melhor as categorias de produtos, privilegiando os de maior potencial e rápidos de produzir. “Apesar da qualidade e dos prazos competitivos, em algumas regiões o “valor” dos nossos produtos não foi percebido por clientes e consumidores. As oportunidades estão no desenvolvimento de itens que têm
baixo índice de penetração”, diz Valdemir. Dos momentos difíceis do ano passado, o presidente e CEO diz que ficou o ensinamento de que “é preciso olhar para o umbigo e prestigiar o varejo que, entendendo a nossa proposta, nos ajudou. Na crise, pudemos ver as verdadeiras parcerias no varejo, às quais só tenho que agradecer a confiança.” Para 2017, a Latina estuda as estratégias para estruturar o capital através de consultorias mais focadas na geração de caixa. A empresa não fará lançamentos este ano, e os investimentos serão dirigidos à melhoria da qualidade dos produtos e à satisfação do cliente. “Também planejamos ações para reconquistar alguns clientes e desenvolver novos. Nos propomos a crescer 15%, o que é possível, visto o que fomos no passado”, destaca Valdemir.
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LOJAS CEM
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Domingos Alves, supervisor-geral
“Somos uma das poucas redes do varejo brasileiro que nunca fecharam uma filial na sua história.”
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País viveu uma de suas piores crises em 2016, com várias empresas em dificuldades financeiras e mais de 130 mil fechadas, um recorde. Para Lojas Cem, porém, o saldo foi positivo, diz Domingos Alves, supervisor-geral. “Temos um comportamento diferente do mercado, reinvestimos quase todo o lucro, cerca de 90%, na empresa e distribuímos 10% aos acionistas. Atuamos 99% em prédios próprios, não fazemos empréstimos, compramos em prazos curtos ou à vista e financiamos as vendas a prazo, gerando receitas e não despesas. No ano passado, abrimos 11 filiais e reformamos 25. Somos uma das poucas redes do varejo brasileiro que nunca fecharam uma filial na sua história.” Fatores como trabalhar com o pé no chão, adotar um modelo de gestão muito atento aos detalhes e não se deixar surpreender por situações que possam gerar grandes dificuldades contribuíram para a empresa fechar o ano com crescimento de vendas de 2,5% em comparação com 2015. Em 2017, a filosofia não muda. “Estamos muito bem preparados, seja na área financeira ou administrativa, e atuando junto
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ao nosso elenco para proporcionar o melhor atendimento na venda e no pós-venda”, garante Domingos. Nas lojas da rede, as vendas aumentaram bem no último trimestre de 2016, e uma pequena melhora no consumo foi observada já no primeiro mês deste ano, criando a expectativa de que se intensifiquem no segundo semestre. Isso permitirá a 2017 ser muito melhor do que o ano anterior, aposta Lojas Cem, que prevê a abertura de 10 a 12 filiais, climatizadas, todas dentro de seu padrão de 1.400 m², e a reforma de mais de 20 lojas. O Brasil, por sua vez, precisa resolver problemas econômicos e políticos, afirma Domingos. “O mínimo que o governo deve fazer é não atrapalhar, não criar novos impostos nem aumentá-los para suprir os rombos por má administração ou corrupção e parar de criar burocracias que só geram custos e armadilhas para multar as empresas. Precisa, ainda, investir mais em segurança e principalmente de forma inteligente, atuando nos receptadores, que são os principais fomentadores de roubos de cargas e lojas.”
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LOJAS EDMIL
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Adaoney Pereira Valias, diretor-geral
“Gestão é palavra de ordem para a sobrevivência dos negócios.”
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cenário de estagnação do ano de 2016 resultou em um saldo muito pequeno, próximo de zero, mas positivo para Lojas Edmil, conta o diretor-geral da empresa, Adaoney Pereira Valias. “Foi o pior resultado nos 36 anos de existência de nossa empresa. Apesar disso, crescemos 4% no faturamento nas mesmas lojas sobre o ano anterior.” Neste 2017, as expectativas são melhores, tanto que está programada a abertura de duas lojas e a reforma, ampliação e modernização de outras sete. “Estamos otimistas em relação ao crescimento no faturamento”, afirma Adaoney. Crises, em geral, abrem espaço para uma nova visão do negócio e deixam ensinamentos. Desta vez, não foi diferente, lembra o executivo. “Gestão é palavra de ordem para a sobrevivência dos negócios. É necessário ter boa gestão financeira, controladoria e auditoria, bem como profissionais bem qualificados e aptos a gerenciar, principalmente no ponto de venda, onde temos que nos adaptar às necessidades do mercado. O grande ensinamento que
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tivemos é ter muito equilíbrio na tomada de decisões.” Neste momento, o otimismo caminha ao lado da cautela, pois ainda há incertezas. O importante, acredita Adaoney, é concentrar esforços para melhorar cada vez mais a eficiência em todos os setores, como os de atendimento ao cliente e logística, bem como proceder à revisão dos processos. O consumo, por sua vez, só voltará a se aquecer quando melhorar o grau de confiança de todos os setores da economia e, principalmente, dos investidores. “O Brasil tem que valorizar a competitividade se quiser sobreviver em um mundo globalizado. Precisamos avançar nas reformas estruturais, fazer a reforma trabalhista, pois o principal problema do País é o custo da mão de obra, recuperar a estabilidade econômica, reduzir a taxa de juros e manter ostensivo controle para a queda da inflação. O governo também precisa se preocupar com a geração de empregos, pois, com quase 13 milhões de desempregados, dificilmente se aumentará o consumo”, destaca o diretor-geral de Lojas Edmil.
LOJAS LEBES Otelmo Drebes, diretor-presidente
“A empresa pretende, este ano, abrir lojas em pontos estratégicos, onde ainda não está presente.”
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ano passado foi tão difícil quanto o de 2015, com aumento de custos, da carga tributária e da inadimplência, mas quem se preparou atravessou bem o período, diz Otelmo Drebes, diretor-presidente de Lojas Lebes. “Nossa empresa registrou aumento, mas o incremento de receitas globais foi pouco significativo.” No entanto, como em todas as crises, as oportunidades vieram, e a rede varejista se valeu delas para fechar negócios que talvez não fossem possíveis em outras épocas. Neste ano, seu foco está dirigido aos custos, à inadimplência
e à agressividade comercial para manter o nível das vendas. Pretende, também, abrir lojas em pontos estratégicos, onde ainda não está presente. Do governo, espera redução da carga tributária e dos juros. “O consumidor, em geral, está com sua renda altamente comprometida”, afirma o diretor-presidente de Lojas Lebes, cujo desejo é que o consumo comece a se aquecer o quanto antes. “Mas isso ocorrerá assim que as variáveis macroeconômicas estiverem alinhadas e o desemprego cair. Não acredito que seja antes de 2018.”
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LOJAS MM
Emilio Glinski, diretor-executivo
“A crise mudou a nossa visão e nos fez enxergar boas oportunidades deixadas no mercado.”
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azer mais com menos. Essa foi a premissa que norteou os negócios das Lojas MM no ano passado. “A crise mudou a nossa visão e nos fez enxergar boas oportunidades deixadas no mercado”, revela Emilio Glinski, diretor-executivo da rede. Entre os principais ensinamentos adquiridos em um ambiente macroeconômico pouco favorável, o dirigente aponta a otimização dos processos da empresa que, ao serem automatizados e simplificados, proporcionaram maior velocidade à operação. O desempenho da varejista se manteve estável em 2016, equiparando-se ao do ano anterior. As categorias de produtos comercializadas também mantiveram a mesma participação em importância, com destaque para móveis (32%). Os segmentos de linha branca, celulares
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e linha marrom contribuíram com 24%, 20% e 11%, respectivamente. Para 2017, Emilio espera crescimento de 6% nas vendas. “Temos várias ações preparadas: aproveitar melhor os nossos clientes fiéis, o multicanal de vendas e mídias eletrônicas, entre outras.” A recuperação do poder de consumo do brasileiro, na avaliação do diretor-executivo, deve se dar a partir de 2018 e dependerá dos encaminhamentos do governo ao longo deste ano. “A reforma trabalhista é muito importante para a retomada do emprego, assim como a tributária, para uma arrecadação de impostos mais justa em relação ao atual regime tributário das empresas.” Enquanto ainda pairam incertezas, Emilio não prevê inaugurações, apenas a substituição das unidades deficitárias.
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MALLORY
Annette Castro, vice-presidente
“Este ano, a empresa apresenta novas linhas e renova o conceito da marca.”
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ara todos do setor e os demais mercados, 2016 foi um ano difícil. “Vimos o comércio mais cauteloso e, na maioria dos casos, com vendas reduzidas. Para a nossa empresa, foi um ano de reposicionamento e reestruturação, que gerou resultados muito positivos”, diz Annette Castro, vice-presidente da Mallory. Com novas estratégias, processos e equipe, mais o incentivo e a confiança do Grupo Taurus, da Espanha, a empresa aumentou o faturamento em mais de dois dígitos. A crise mudou o cenário econômico e a atitude e postura da indústria, do varejo e do consumidor, conta Annette. “Toda mudança de status nos faz repensar. Em um primeiro momento, os empresários foram mais cautelosos, porém o processo de avanço do mercado nunca para, pode diminuir a velocidade, mas tende a retomar o seu rumo mesmo diante das dificuldades.” A Mallory, no caso, aproveitou para se reposicionar.
Com isso, avançou no desenvolvimento de novos canais e clientes, reconquistando regiões antes pouco atendidas. Investiu em treinamento e motivação das equipes interna e externa, para divulgar melhor o conceito da marca, e tornou-se mais detalhista para atender à maior demanda. “É um processo que não acaba, começou em 2016 mas deve ser aprimorado este ano, trazendo maior velocidade de resposta ao mercado”, explica a executiva. Em 2017, novas linhas serão lançadas e renovado o conceito da marca, abrangendo os produtos de todas as áreas em que a empresa atua: ventilação, cozinha, lar e cuidados pessoais. “Queremos (e devemos) crescer no mesmo nível de 2016. É um grande desafio, mas estamos capacitados e temos um time muito empenhado para que isso se torne realidade”, diz Annette, que também defende uma mudança radical na lei trabalhista para permitir às empresas maior flexibilidade para aumentar a capacidade de produção conforme a demanda.
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MAXPRINT
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Fernando Hachul, diretor comercial e de marketing
“Apresentamos bom desempenho, com melhora nos resultados financeiros e incremento de vendas.”
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ano passado foi marcado por mudanças na Rio Branco, empresa que detém a marca Maxprint. Ao reestruturar sua operação e gestão comercial, medida que integra um plano de expansão a longo prazo, a companhia encerrou 2016 com saldo positivo: houve avanço na comercialização e aumento em sua participação de mercado. “Apresentamos bom desempenho, com melhora significativa nos resultados financeiros e incremento de vendas frente a 2015”, conta Fernando Hachul, diretor comercial e de marketing. A crise de 2016 foi desafiadora, mas também motivou uma série de melhorias, na avaliação do executivo. “Houve redução de gastos, melhora na eficiência da operação e otimização de recursos. Além disso, foi estruturado um planejamento que visa a um crescimento sustentável, na casa de dois dígitos, para os próximos cin-
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co anos.” Em 2017, a empresa seguirá investindo e prepara novidades. “Estamos implantando novos ERP (Enterprise Resource Planning) e sistema de vendas. Também estamos trabalhando em mudanças significativas nas embalagens de todas as linhas de produtos e prevemos investimentos importantes em ações de marketing e de trade marketing, além da participação em feiras e eventos dos setores em que atuamos”, detalha Fernando. O executivo destaca que, para a retomada do País, o governo deve manter questões políticas sob controle, a fim de evitar a desestabilização econômica. Mas, enquanto esses ajustes estão em curso, Fernando acredita que só com muito trabalho as metas estabelecidas serão alcançadas. “Dedicação e foco nos clientes também serão fundamentais para atingirmos os resultados esperados.”
METALÚRGICA VENTISILVA Miriam Mezher Silva, sócia-diretora
“Comemoramos 60 anos, nos orgulhamos da nossa história e estamos determinados a avançar.”
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empresa completa 60 anos de atuação no País em 2017. A data será marcada por inovações no portfólio e mudanças na sua estrutura operacional, de olho nas oportunidades que deverão surgir em 2018, após a economia brasileira voltar a ter melhor performance. “Nos orgulhamos da nossa história e estamos determinados a avançar, com renovação e melhorando os processos de fabricação de produtos. O crescimento será lento, mas teremos frutos em 2018”, diz Miriam Mezher Silva, sócia-diretora.
inflam a máquina administrativa e o chão de fábrica.
Entre as metas estabelecidas, a executiva destaca o aprimoramento da sua produtividade, com a prospecção de profissionais experientes e com melhor qualificação; melhora na qualidade dos produtos, a fim de atender às necessidades dos consumidores da marca; e redução de gastos, ao economizar com supérfluos e abandonar práticas obsoletas, que
Para Miriam, todos esses esforços precisam ser acompanhados de medidas macroeconômicas que beneficiem o consumo e o setor produtivo. “Contamos com um governo mais austero, com a redução nas taxas de juros e com instituições financeiras que possam oferecer recursos às empresas. Transparência também está na ordem do dia.”
Essas medidas vêm sendo adotadas desde 2016, ano de muitos desafios e em que a política influenciou significativamente a economia. A empresa não alterou drasticamente o seu quadro operacional. Compensou um faturamento menor com maior gerenciamento do departamento de compras e custos. E apostou em demandas do público consumidor, ao lançar o ventilador de teto Duo, em estilo retrô, e exaustores para varandas gourmets.
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Felipe Costa, CEO
“Nossa meta é, em cinco anos, estar entre os principais players de eletrodomésticos do País.”
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ano passado marcou a entrada efetiva da companhia no mercado local de eletrodomésticos, com o lançamento das linhas de cozinha Liva e Desea. Outro destaque foi a reorganização de seu portfólio de ar-condicionado, que promoveu a união das marcas de climatização e a adoção da submarca Springer Midea para os produtos da categoria. “Foi um momento de repensar os negócios e estruturá-los de maneira mais sustentável. Apesar de o faturamento ter sido menor, foi superior às perdas do mercado”, diz Felipe Costa, CEO da empresa no País. Segundo o executivo, a Midea Carrier tem como meta estar entre os principais players brasileiros de eletrodomésticos do País em cinco anos. “Como temos um plano de expansão que vislumbra também a América Latina e Caribe, é fundamental investir no Brasil para manter o planejamento na região. Afinal, o mercado brasileiro é duas vezes maior que o do México, o segundo colocado.”
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Para alcançar esse objetivo, a empresa prevê investimento de aproximadamente R$ 60 milhões, direcionado para o desenvolvimento de produtos, marketing, engenharia, pós-vendas e em suas plantas industriais. “Em 2017, vamos dar continuidade à estratégia de expansão e entrar em novas categorias de produto. Ainda neste semestre, teremos os primeiros lançamentos da linha de aspiradores de pó”, conta Felipe. Os planos da Midea Carrier refletem otimismo com a melhora econômica do País. “Estamos preparados para um período mais favorável. Por isso, vamos aumentar o portfólio de eletrodomésticos, consolidando a marca no segmento, assim como na área de climatização. Em relação aos condicionadores de ar, também vamos ter lançamentos ao longo do ano. A receptividade da submarca Springer Midea tem sido excelente”, revela o CEO.
MONDIAL ELETRODOMÉSTICOS Giovanni Marins Cardoso, diretor comercial e de marketing
“Estamos investindo em projetos de melhoria da performance industrial, em novos produtos e avaliando a entrada em novos segmentos.”
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saldo de 2016 foi positivo para a empresa, graças às melhorias implementadas em seu sistema de gestão, o que fortaleceu as operações comerciais, industriais, financeiras e de inteligência. A Mondial também comemorou o aumento da sua participação de mercado e o seu desempenho acima do planejado. “Passamos por esse período estabilizados, controlados e com grande crescimento”, conta Giovanni Marins Cardoso, diretor comercial e de marketing da empresa. Com a economia em baixa, o executivo explica que conseguiu muitos avanços, principalmente por meio da renegociação de custos com fornecedores de matéria-prima, transportes e serviços, o que fortaleceu os resultados da companhia. A empresa também se beneficiou dos novos sistemas de controle que trouxeram ganhos de eficiência em
todas as fábricas e escritórios nacionais e internacionais da marca. Para 2017, a Mondial se mantém confiante. “Estamos investindo em projetos de melhoria da performance industrial, em novos produtos e avaliando a entrada em novos segmentos. Também estamos estruturando a distribuição e investindo na expansão da marca para o mercado internacional, principalmente em países da América Latina e da Europa”, revela Giovanni. O executivo ressalta, também, a importância dos esforços do governo para dar andamento às reformas estruturais e políticas de que o País tanto necessita. “É preciso passar para a sociedade uma agenda positiva e trazer, com isso, o aumento da confiança do empresariado e dos consumidores, o que ampliará os investimentos e promoverá a retomada dos empregos.”
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MUELLER Fotos: Divulgação
John Müller, presidente
“Investimos continuamente com recursos próprios. Vamos manter essa política em 2017.”
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empresa obteve resultados positivos em 2016, mesmo com um mercado recessivo, graças a ações que a aproximaram dos clientes varejistas e a fortaleceram em mercados regionais. “A necessidade de estreitar constantemente esses laços é um ensinamento que vai permanecer”, conta o presidente John Müller. Por meio dessa estratégia, associada ao lançamento de produtos inovadores, a fabricante apresentou discreto crescimento. O portfólio lançado no ano passado apostou em soluções para os problemas dos consumidores, além de oferecer design diferenciado e maior eficiência. As novidades incluíram, entre outras, fogão portátil para camping, lavadoras com ciclo que reutiliza água da lavagem, fornos elétricos com maior eficiência energética e centrífuga com suporte para calçados.
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“Investimos continuamente, com recursos próprios, em melhorias nas linhas de produção e no desenvolvimento de novos produtos. Vamos manter essa política em 2017. Certamente haverá novidades em produtos, que serão apresentadas aos clientes no decorrer do ano. A Mueller mantém uma trajetória de crescimento constante. A expectativa é de expansão, mas ainda é cedo para dar previsões”, informa o presidente. A empresa também vai dar continuidade, este ano, a algumas estratégias adotadas durante a crise. “Em busca de eficiência, implementamos há alguns anos, o sistema de produção enxuta, com controle rígido de estoques de matérias-primas e outras iniciativas para otimizar processos. Já tínhamos bons resultados com essa política. Agora, vimos que é importante reforçar tais práticas constantemente”, destaca John.
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MULTILASER Renato Feder, CEO
“A Multilaser aposta forte em 2017. Nossa meta é crescer 23%.”
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empresa está otimista com 2017 e trabalha para alcançar 23% de crescimento. Para atingir esse objetivo, o CEO da Multilaser, Renato Feder, revela que a estratégia de atuação da companhia está baseada em três pilares: a valorização e renovação de seu portfólio; o controle rigoroso de custos e estoques, a fim de garantir rentabilidade e retorno dos investimentos acima da média do mercado; e o compromisso com o giro das mercadorias no ponto de venda. “Para as empresas que tiverem boa gestão e bons produtos, há oportunidades de crescimento. Algumas diminuíram os mercados em que atuam, outras foram vendidas ou fecharam. Por isso, há muito espaço para quem é competente”, diz Renato. Uma dessas medidas, o cuidado com o estoque a fim de minimizar excessos, foi um dos caminhos trilhados para passar por 2016, um ano difícil.
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“Investimos em nossos clientes para entregar o produto certo e dar todo o apoio para que o giro corresponda às expectativas. S e m p re l e v a m o s m u i t o a s é r i o isso e acompanhamos o estoque da maioria dos parceiros. Fizemos diversas ações para garantir que a venda ocorresse e, assim, conseguimos assegurar crescimento no faturamento em relação ao ano anterior”, conta o CEO. O executivo acredita que o consumo vai se manter ao longo deste ano, o que deve favorecer o reposicionamento de suas marcas no mercado. Algumas das reformas que vêm sendo adotadas pelo governo, visando à estabilidade econômica, devem beneficiar os planos da empresa. “Estamos otimistas. Diminuição dos juros, reforma da previdência e flexibilização da CLT, entre outras medidas, trarão muitos benefícios para a indústria.”
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MULTILOJA
Geraldo Luiz Gonçalves, presidente
“2016 foi um ano divisor em termos de atitudes na gestão e busca de muita produtividade.”
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a forma como 2016 se apresent ou, a cu m u l a d o co m 2015, os varejistas que conseguiram manter o seu negócio levarão uns dois anos para cobrir o estrago causado pela queda do mercado e o custo Brasil, diz Geraldo Luiz Gonçalves, presidente da Multiloja. “No apagar das luzes de 2015, mudanças que oneraram a folha de pagamento, alíquotas de ICMS e a queda da Lei do Bem abriram uma cratera nas estruturas de custos.” Apesar dessas variáveis, o executivo considera que 2016 foi um ano divisor em termos de atitudes na gestão e busca de muita produtividade. Sua empresa, por exemplo, em função da estratégia adotada no período, buscou novos mercados e, principalmente, produtividade. “Nosso grau de inadimplência não cresceu, e o re-
sultado das vendas foi maior do que o registrado no ano anterior.” Crises não são iguais, exigem antídotos diferentes, muita criatividade, administração das ansiedades do dia a dia e visão de futuro. Também propiciam novas oportunidades, garante Geraldo Luiz. “Para as empresas, a maior lição de todas elas é de não se contaminar com o hoje e nunca ficar na zona de conforto.” Com uma estrutura mais enxuta e produtiva em relação a 2016, a Multiloja não tem expansão prevista para este ano, tudo dependerá das oportunidades que surgirem. Prevê crescimento do consumo a partir do segundo semestre de 2017 e espera uma nova legislação trabalhista e reforma geral no sistema de tributos, inclusive entre Estados.
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NESPRESSO Fotos: Divulgação
Jean Marc Dragoli, diretor
“A Nespresso acredita no Brasil e aqui seguirá investindo.”
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pesar dos desafios impostos por 2016, a empresa celebrou 10 anos de atuação no mercado nacional com resultados positivos. A data foi marcada pelo lançamento de produtos, entre eles a primeira linha de máquinas conectadas e o primeiro café com edição limitada, 100% brasileiro. Outro importante marco foi a chegada da marca à Região Sul, com a inauguração de loja em Porto Alegre, além de outras cinco butiques temporárias pelo País. Tais conquistas enchem de otimismo o diretor da Nespresso Brasil, Jean Marc Dragoli. “Em 2017, vamos apresentar inovações, tanto nos cafés de altíssima qualidade como nas máquinas e em serviços, com o objetivo de proporcionar uma experiência cada vez melhor aos consumidores.” A empresa acredita no potencial do País e vai continuar investindo em ações para alavancar suas vendas.
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Os varejistas têm papel de destaque nessa estratégia, conta Jean Marc. “A Nespresso não investe apenas nos seus próprios canais, como as butiques, o aplicativo mobile, o 0800 e a internet. Acreditamos e trabalhamos para oferecer uma experiência diferenciada aos nossos clientes, especialmente dentro das lojas parceiras do varejo”, revela o diretor da companhia. A empresa prevê iniciativas para capacitar e dar suporte aos vendedores dos magazines onde comercializa seus produtos. “Disponibilizamos treinamentos diferenciados a fim de encantar os clientes dos parceiros e incrementar as vendas de máquinas Nespresso. Estamos felizes com os resultados obtidos até o momento e continuaremos trabalhando para oferecer a experiência em café pela qual somos conhecidos em todo o mundo”, garante Jean Marc.
NEWEX
Fotos: Divulgação
Marcelo Sztajn, CEO
“Crescemos, expandimos as nossas marcas em alguns segmentos, como o de games, e ampliamos em 40% a linha de produtos em 2016.”
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ano de 2016 foi atípico, tanto no cenário financeiro quanto no político. Apesar da instabilidade, a NewEx superou os desafios, destaca seu CEO, Marcelo Sztajn. “Crescemos, expandimos as nossas marcas em alguns segmentos, como o de games, e ampliamos em 40% a linha de produtos. Também estabelecemos uma comunicação mais direta com os clientes e consumidores finais.”
A maior preocupação da empresa, no período, foi evitar um retrocesso em relação aos faturamentos anteriores. Conseguiu o objetivo ao atuar de forma mais cautelosa, garantir a entrega de itens com fôlego de giro no ponto de venda e fazer lançamentos nas categorias de acessórios para telefonia e games, além de dispositivos com conexão Bluetooth (áudios e headsets). “Este é um ano de passos lentos, e o principal é evitar o recuo dos números.
Vamos sentir a resposta do mercado e agir conforme as demandas. Faremos ações de marketing para o consumidor final, um intenso trabalho nas redes sociais e pontos de venda e participaremos de eventos de nossa área de atuação, como a feira Eletrolar Show e outros relacionados às funcionalidades de nossos produtos, caso da corrida WRun, ou voltados aos gamers. Dentre os lançamentos deste primeiro semestre, o CEO destaca os OEX Kids, headphones para o público infantil. Sua expectativa é que 2017 seja mais equilibrado e rentável que o ano anterior. “O ideal é que o governo auxilie a oxigenar o mercado novamente, garantindo maior poder de compra ao consumidor. As medidas que têm sido tomadas apontam para essa direção, mas, como empresa importadora, temos que ficar atentos, também, às medidas internacionais que possam afetar nossos negócios”, diz Marcelo.
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NEXAR
Airton Fonseca Joaquim, sócio-diretor
“Nos preparamos para, em 2017, disponibilizar soluções completas para nossos clientes.”
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s últimos dois anos foram desafiadores para a franquia de lojas especializadas em eletrônicos e informática. Para minimizar o impacto da crise, que encolheu em 23% o faturamento de 2016, a rede otimizou sua operação, reduzindo custos e melhorando a eficiência, além de apostar em alternativas para incrementar os negócios. “Vimos a oportunidade de implantar a compra e a venda de consoles e jogos usados”, revela Airton Fonseca Joaquim, sócio-diretor da Nexar.
em trocar de aparelho, sabendo que o antigo poderá ser utilizado como moeda de troca.”
A estratégia ajudou a contornar as perdas e deverá ser ampliada para a revenda de celulares usados, juntamente com a oferta de assistência técnica. “Nos preparamos para, em 2017, disponibilizar soluções completas, por meio das quais o cliente passará a ter a Nexar como referência em serviços de manutenção e quando pensar
Na avaliação de Airton, esse avanço depende de fatores externos aos negócios, como a redução das taxas de juros e da carga tributária e a flexibilização das leis trabalhistas, a fim de resgatar o otimismo de investidores e consumidores. “Com este cenário ligeiramente positivo, esperamos estar preparados para converter esta intenção de compra em vendas.”
Outro investimento previsto é em seu site de vendas, visando a uma atuação multicanal, que possibilitará ao consumidor finalizar as compras online na loja mais próxima a ele. Isso permitirá, também, a redução de custos logísticos. Para este ano, o executivo acredita em expansão de 30% no número de filiais, porém o faturamento deverá retomar o patamar de 2015 (R$ 45 milhões).
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Jorge Braga, COO
“Com a oferta do 4G em São Paulo e a potencial de inovação do Happy, temos expectativas muito positivas em relação a 2017.”
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ouve profunda transformação no relacionamento das operadoras com os clientes em 2016. O modelo de negócio do setor de telecomunicações vem sendo redesenhado, sobretudo pelo aumento do uso de dados e diminuição da comunicação por voz, diz Jorge Braga, COO da Nextel. “Hoje, os clientes buscam transparência, flexibilidade e querem estar no controle das decisões. Para atendê-los, reformulamos processos e criamos soluções para entregar planos flexíveis, qualidade superior, preço justo e total liberdade de escolha.” O saldo foi positivo para a Nextel, que lançou um modelo de comercialização de planos flexíveis, com voz e internet nos tamanhos P, M e G, e expandiu seu market share em São Paulo e no Rio de Janeiro, onde conquistou quase 20% dos usuários da tecnologia 4G. Em 2016, também foi eleita a melhor operadora n a p e s q u i s a “ E s ta d ão M el hores Serviços” e a única de seu setor avaliada como world class pelos serviços e me-
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lhor custo-benefício, no estudo independente da consultoria CVA Solutions. Neste ano, as perspectivas são boas, conta Jorge. “No início de janeiro, começam a disponibilizar em São Paulo a tecnologia 4G, utilizando o sistema Mimo 4x4G, que oferece velocidade significativamente superior à da concorrência. Com isso, esperamos repetir o excelente desempenho conquistado no Rio de Janeiro.” Em 2017, também, deve consolidar em São Paulo e no Rio de Janeiro um modelo disruptivo no mercado de telefonia móvel, a plataforma Happy. Totalmente digital, o app dá ao consumidor total autonomia para contratar, acompanhar o consumo e alterar sempre que quiser seus pacotes de dados e voz, sem a necessidade de contatar o call center. “O Happy é o primeiro no País a permitir a contratação exclusiva de pacotes de dados, de modo que o cliente pague apenas pelos serviços que de fato utiliza”, destaca o COO.
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OPECO
Mauro Strengerowski, diretor-presidente
“Trabalharemos intensamente a fim de conquistar novos mercados e clientes.”
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ara ultrapassar os obstáculos de 2016, a distribuidora cortou custos e priorizou investimentos em áreas de menor risco, como a de vendas online. A empresa passou a oferecer serviço terceirizado de e-commerce, da produção do site à entrega para o consumidor final. A queda de 20% no faturamento foi compensada por ganho de margem e incremento nas vendas, o que garantiu o mesmo resultado dos últimos dois anos. Em 2017, a Opeco completa 25 anos de mercado e segue confiante e atenta às oportunidades, sobretudo de ampliação do seu portfólio. “Pretendemos aumentar o número de parcerias locais para distribuição no atacado e para vendas online B2B e B2C. Gradativamente, pretendemos voltar a crescer no volume de importações das marcas que representamos e conquistar novos clientes, principalmente os que perderam seus fornecedo-
res em função da crise”, revela Mauro Strengerowski, diretor-presidente. Na visão do executivo, o momento é de reverter perdas e preparar o terreno para o próximo ano. “Na nossa avaliação, 2018 será muito especial e propício a investimentos mais ousados.” Para a retomada, além de estímulos ao consumo, Mauro espera um esforço do governo para a fiscalização de produtos que necessitam de certificações para serem comercializados. “Despendemos vultosas quantias nos processos de regularizações exigidos pela Anatel, Inmetro e afins, mas temos que competir com empresas que não se preocupam com essas determinações legais. A guerra fiscal entre Estados também tem criado dificuldades em uma série de negociações. Simplificar o sistema de tributação é outra medida muito bem-vinda”, sugere Mauro.
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Sergei Epof, diretor de marketing
“Não mudamos a estratégia de investimentos. Com isso, para 2017, manteremos o plano de lançamentos e expansão.”
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esmo sentindo os efeitos da crise, que vem desafiando o mercado nacional como um todo, a companhia está satisfeita com os resultados obtidos em 2016. “Ainda não fechamos nosso ano fiscal, mas temos boas perspectivas”, antecipa Sergei Epof, diretor de marketing da empresa no Brasil. As projeções positivas recaem, também, sobre 2017. “Teremos investimentos e prevemos novo crescimento das vendas”, acrescenta o executivo. A diversificação do portfólio da marca é uma das estratégias que serão priorizadas. Além de investir na linha marrom, a empresa prepara novidades nos segmentos B2B e automotivo, de pilhas e para a linha branca. “Esperamos mais um ano com lançamento de produtos e expansão desses negócios.” A melhora do mercado, nos cálculos do diretor de marketing, deverá ocorrer no segundo semestre de 2017 e em ritmo moderado.
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Entre os motivos que ajudaram a empresa a ter saldo positivo em 2016, Sergei destaca os Jogos Olímpicos, que garantiram visibilidade, sobretudo, aos negócios B2B; a aquisição da empresa DNTV, que assegurou a expansão da marca em digital signage; e o crescimento na categoria de linha branca, mesmo diante do mercado em queda. “A crise nos fez rever diversos processos e otimizá-los, além de buscar alternativas na geração de novos negócios.” A empresa também constatou que as categorias tiveram aumento no preço médio, ou seja, o consumidor está comprando menos, mas optando por produtos mais tecnológicos. Com isso, houve aumento nas vendas de smart TV, refrigerador frost free e lavadoras acima de 12 kg. Para que a economia também ajude na retomada, o executivo enaltece medidas que beneficiarão a criação de vagas. “É a melhor maneira para retomar o consumo e o crescimento do País.”
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ROMERA
Marcos Perillo, diretor financeiro
“Tivemos que reinventar a nossa forma de vender e a nossa própria estrutura.”
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om um cenário macroeconômico desafiador, 2016 foi um ano de ajustes para a Romera. Apostou no reposicionamento de sua estratégia de vendas e na reformulação de sua estrutura operacional, medidas que devem assegurar receita de R$ 800 milhões por ano, nos cálculos do diretor financeiro da rede, Marcos Perillo.
plementamos surtiu o efeito desejado, e estamos firmes e fortes para encarar 2017. Dezembro e janeiro foram muito bons. Estamos animados”, conta Marcos. Apesar do tom otimista, o diretor financeiro acredita que os sinais de recuperação efetiva do mercado só serão sentidos no segundo semestre e condicionados a um ambiente político-econômico favorável.
“A crise sempre traz oportunidades. Implementamos vários comitês, entre eles o de estoque e de vendas, que propiciaram melhores margens. Verticalizamos alguns produtos e focamos em lojas mais rentáveis. Alguns concorrentes se foram, o que nos trouxe novas possibilidades. Estamos atentos a elas. Como aprendizado, a crise mais uma vez nos mostrou que a liquidez é soberana.”
“Para voltarmos a acelerar, a atividade econômica tem que melhorar e o desemprego, diminuir. O varejo é movido, basicamente, pelo nível de emprego. O desentrave político também é fundamental para que o Brasil retome o seu crescimento. Enquanto não tivermos um novo líder capaz de trazer investimentos, o País não avançará a passos largos.” A Romera não prevê grandes investimentos este ano, mas perseguirá o ponto de equilíbrio traçado em 2016, ao zelar por seu capital de giro, aprimorar a verticalização do seu portfólio, revisitar sua operação logística e não medir esforços para evitar a ruptura de seu mix.
Os resultados desses esforços já começaram a ser sentidos pela empresa, embora as vendas de 2016 tenham sido menores em relação aos últimos dois anos, como ocorreu com o varejo em geral. “O que im-
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SAMSUNG
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Mario Laffitte, vice-presidente de marketing e assuntos corporativos
“Diante das crises, reafirmamos a grande responsabilidade que temos como líderes.”
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sul-coreana está pronta para 2017, com o lançamento de diversas soluções e produtos previstos. “Faremos de tudo para oferecer aos nossos clientes e parceiros uma vida mais conectada, simples e prazerosa por meio das tecnologias Samsung. Afinal, é para isso que empenhamos mais de 6% dos lucros globais da companhia, além de milhares de horas de trabalho em pesquisa e desenvolvimento”, diz Mario Laffitte, vice-presidente de marketing e assuntos corporativos da Samsung América Latina. Para driblar os obstáculos impostos por 2016 e um mercado altamente competitivo em sua área de atuação, o executivo revela que a companhia passou a valorizar ainda mais seu time de profissionais e a criar um ambiente favorável para produzir mais e melhor. “Nossa equipe arregaçou as mangas e mostrou paixão e orgulho de pertencer à Samsung.”
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O ano passado foi marcado por muito aprendizado e repleto de desafios para a empresa, que, mesmo assim, conseguiu seguir na dianteira do mercado. “Diante das crises, reafirmamos a grande responsabilidade que temos como líderes”, diz o vice-presidente de marketing e assuntos corporativos. A Samsung se empenhou para ir além da oferta de novos produtos, produzidos a partir de necessidades dos consumidores. Segundo Mario, há uma preocupação constante da marca em inovar e não se acomodar. “Mais do que nunca, devemos reconhecer que somos responsáveis por criar tendências, novos padrões de vida e de hábitos de consumo. Despertarmos todos os dias com o compromisso de nos superar e desenvolver produtos e soluções efetivamente capazes de melhorar a vida das pessoas por meio da tecnologia.”
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SCHOTT
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Inés Dédola, diretora da divisão de vendas internacionais na América do Sul
“Inovação e diferenciação foram questões-chave em 2016.”
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m meio a um ano difícil política e economicamente, em 2016 a empresa centrou seus esforços no desenvolvimento de inovações com o objetivo de oferecer aos clientes um portfólio de destaque em relação aos demais players do mercado. Essa estratégia assegurou resultado semelhante ao obtido no ano anterior. “Com a crise, muitas empresas buscaram novas possibilidades para diferenciar seus produtos, chamando a atenção dos consumidores finais quando eles vão às lojas. Inovação e diferenciação foram questões-chave em 2016”, diz Inés Dédola, diretora da divisão de vendas internacionais da Schott na América do Sul. A executiva destaca que, nos dias de hoje, os clientes têm demandado produtos com maior valor agregado. Por isso, a
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companhia investe em pesquisa de mercado para novas aplicações e produtos, a fim de ampliar sua carteira. Entre essas iniciativas, a principal delas é promover a eficiência de suas tecnologias de cocção e de aquecimento por indução, além de materiais vitrocerâmicos transparentes e resistentes ao fogo. Para este ano, Inés se mostra confiante e tem expectativa de ampliar os resultados da área que lidera em relação aos obtidos em 2016. Para isso, a diretora da divisão de vendas internacionais espera que o governo continue adotando medidas que direcionem o País ao crescimento. “É preciso recolocar o Brasil onde ele estava há cinco anos.”
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SCHUMANN
Andre Leonardo Schumann, presidente
“A expectativa para 2017 é a melhor possível.”
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m 2017, quando completa 20 anos, a rede vai aprofundar as melhorias implementadas ao longo de 2016 e que contribuíram para que a empresa crescesse o equivalente a 2015. “Olhamos para cada uma das áreas, a fim de encontrar meios de fazer mais com menos e de estruturar um trabalho sustentável. Nosso dia a dia foi vivido em cima de metas, o que diminuiu custos e aumentou a produtividade”, conta o presidente, Andre Leonardo Schumann. Apesar de toda a turbulência política, com reflexos na confiança do consumidor, 2016 foi positivo, na avaliação do executivo. A forma como a varejista se estruturou fortaleceu sua presença no mercado, tanto que a estratégia adotada terá continuidade neste ano. A rede planeja, por exemplo, o aperfeiçoamento de sua estrutura tecnológica para tomadas de decisões mais rápidas e assertivas.
O plano de ação para 2017 prevê, ainda, a utilização massiva de comunicação, inclusive com ações comerciais explorando os 20 anos da rede; novo layout e nova arquitetura comercial para as lojas; e iniciativas que atendam a particularidades regionais dos mercados em que a Schumann atua. “Vamos melhorar a oferta de produtos e serviços para estreitar ainda mais nossa relação com os clientes, buscando ampliar o market share.” A postura mais cautelosa do consumidor, entretanto, ainda é um obstáculo. Mesmo assim, Andre espera que o governo resgate a confiança no País, principalmente dos investidores, com o bom uso dos recursos e as reformas necessárias para equilibrar as contas públicas. “A expectativa para 2017 é a melhor possível. Estamos confiantes de que os negócios irão crescer, especialmente pela ampliação do mix de produtos e serviços, e pela atuação do nosso e-commerce.”
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SEMP TCL Ricardo Freitas, CEO
“Em 2017, planejamos crescimento acima do que se espera da média do mercado.”
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m 2017, a empresa planeja crescimento acima do mercado, com a introdução de novas linhas em suas três marcas: Semp, TCL e Toshiba. As novidades estarão disponíveis ao mercado a partir do segundo trimestre, com destaque para os televisores da TCL, reconhecidos mundialmente. O otimismo reflete a bem-sucedida estratégia de transição societária, com a celebração da joint-venture com a multinacional chinesa.
se recuperar”, conta Ricardo Freitas, CEO da Semp TCL.
“Com espírito de união e integração, continuamos com a Toshiba, que foi nossa sócia por 39 anos e continuará sendo uma grande parceira. Em paralelo, entramos na categoria de eletroportáteis, e a receptividade ficou acima do esperado. Lançamos um portfólio diversificado, com a mensagem de qualidade e robustez. Acreditamos ter acertado em cheio e vamos escalar no segmento de acordo com a capacidade do mercado de
“Em nossa leitura, o saldo de 2016 foi surpreendentemente positivo. Mais do que nunca, foi fundamental nos preparar para o pior e lutar pelo melhor. Passamos pelo impeachment e terminamos o ano com novo presidente, amparado por uma base de sustentação no Congresso, seguindo um caminho de reformas que, mesmo mínimas, recolocam o País na rota da retomada do crescimento”, analisa o CEO da empresa.
Para Ricardo, a crise estimulou a companhia a pensar fora da caixa e a ser mais ágil na tomada de decisão. “Em momentos assim é que se põe à prova a resiliência de uma empresa e de sua equipe.” Embora o faturamento de 2016 não tenha sobressaído em relação ao do ano anterior, muito por conta da retração do PIB, Ricardo comemora o resultado, que ficou dentro do previsto.
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SKY
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Agricio Neto, vice-presidente de marketing e programação
“Em 2017, a Sky fará um dos investimentos mais significativos em vários anos.”
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segmento de TV por assinatura não ficou imune à crise que desafiou diversos setores da economia brasileira em 2016. Para contornar esse cenário, o vice-presidente de marketing e programação da Sky, Agricio Neto, conta que foi preciso criatividade e agilidade para rever rotas e tomar decisões, a fim de manter, principalmente, a base de clientes. “Consideramos esse momento em nosso plano de negócios e soubemos dar uma resposta adequada ao mercado.” Diante desses desafios, a empresa apostou na modalidade de TV pré-paga e passou a oferecer um portfólio ainda maior, com opções de produtos para todos os perfis de consumo. “Houve uma movimentação importante para ouvir o cliente, e isso se refletiu, por exemplo,
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na oferta de novos pacotes e em recargas mais atraentes”, explica Agricio. A Sky tem boas perspectivas para 2017. Investirá aproximadamente R$ 1,3 bilhão, o valor mais significativo da empresa em vários anos, no lançamento de um novo satélite e na inauguração de seu centro de transmissão e data center em Jaguariúna, no interior de São Paulo. “Com previsão de início das operações no primeiro semestre, o novo centro de transmissão permitirá trazer mais canais e serviços para nossos clientes”, diz o executivo. Agricio revela, também, que a Sky está empenhada em oferecer ainda mais inovação e, principalmente, novas experiências para o consumo de televisão por assinatura.
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INDÚSTRIA >>>
STANLEY BLACK & DECKER Fotos: Divulgação
Paulo Martins, presidente
“Nossa corporação está sempre pronta para fazer investimentos importantes, visando ao crescimento nas esferas local, regional e global.”
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balanço do ano de 2016 da Stanley Black & Decker foi bastante positivo, considerando as dificuldades apresentadas no cenário político e econômico. “Com o lançamento de produtos e novas categorias de negócio, conseguimos alcançar os mesmos níveis de 2015. Para nós, foi uma importante vitória”, avalia o presidente da empresa, Paulo Martins. Para o executivo, a experiência tem mostrado que nas crises é preciso estar de olhos abertos para as novas oportunidades, que sempre surgem. “Em 2016, por exemplo, aproveitamos ao máximo a retomada das exportações e buscamos todas as formas de compensação da retração da demanda interna, ampliando a base de clientes e avaliando, inclusive, o espaço deixado por concorrentes que não atuam mais no País.”
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Este ano, a empresa, conta Paulo, continuará com a mentalidade positiva para a busca de oportunidades, bem como para o lançamento de produtos e para seguir as tendências dos canais que mais crescem. Será, também, um período para aperfeiçoar a comunicação digital com os consumidores e se estruturar para aproveitar ao máximo qualquer sinal recuperação da economia em todos os segmentos. “Nossa corporação está sempre pronta para fazer investimentos importantes, visando ao crescimento nas esferas local, regional e global. Isso inclui o lançamento de produtos adequados ao mercado, ampliação da capacidade de produção e aquisição de empresas e respectivas marcas, algumas anunciadas recentemente. Por isso, nossa expectativa é de crescimento, sem dúvida, em 2017”, revela Paulo.
SUGGAR
Leandro Xavier Costa, presidente
“Não acredito em benefícios fiscais setoriais, as reduções precisam atingir todos os setores da economia.” 2016 foi um ano de olhar internamente para a empresa, otimizando processos para torná-la mais eficiente, conta Leandro Xavier Costa, presidente da Suggar Elet ro d o m é s t i c o s . “ A e m p re s a s e consolidou como líder nacional de vendas de lavadoras de roupas semiautomáticas e depuradores de ar, aumentando o faturamento em relação ao ano anterior.” Apesar do cenário econômico do ano passado, a alta de juros e o aumento do dólar, que vieram junto com a crise, abriram espaço para maior conscientização dos empresários, obrigando-os a ser mais eficientes e zelosos com seus estoques e custos, explica Leandro. “Este é um legado que ficará na empresa para os próximos anos.” Este ano, por vislumbrar uma me-
lhora da economia no segundo semestre, a Suggar programa novos produtos, entre eles uma nova lavadora de roupas já no primeiro trimestre. Vai investir, também, no aumento da produção de sua filial, no Nordeste. “Nossa expectativa para 2017 é crescer 15% com o lançamento de produtos e elevar a participação da empresa no mercado de lavadoras, depuradores, coifas, cooktops e secadoras”, revela o executivo. Da mesma forma que a totalidade dos empresários, o presidente da Suggar tem a expectativa de que haja uma redução da carga tributária e dos juros, o que contribuiria para a recuperação econômica do País. “Não acredito em benefícios fiscais setoriais, as reduções precisam atingir todos os setores da economia”, afirma o presidente da Suggar.
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INDÚSTRIA >>>
THULE GROUP Fotos: Divulgação
Per Henricson, diretor comercial
“Vamos trabalhar para conquistar maior participação de mercado.”
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empresa está otimista em relação a 2017. “Estamos seguros de que vamos crescer”, conta Per Henricson, diretor comercial para a América Latina e Caribe do Thule Group. A estratégia traçada para alcançar esse resultado prevê investimentos nos pontos de vendas e lançamentos de produtos. Entre as novidades que devem ser apresentadas, o executivo destaca a linha Subterra, composta por malas de viagem, de bordo, maletas e mochilas.
O ano passado foi positivo para a companhia, apesar dos desafios, sobretudo pela incorporação local da marca Case Logic, cujo portfólio é composto por mochilas para laptop e cine-foto, além de cases para smartphones e tablets. Nos últimos sete anos, a empresa vem se esforçando para diversificar sua atuação para além do segmento esportivo e automotivo. “Nosso faturamento avançou 5% no ano, e este aumento veio, principalmente, do canal eletroeletrônico”, diz Per.
“Vamos trabalhar para conquistar maior participação de mercado, com as marcas Case Logic e Thule. Vamos investir, melhorar e aumentar a presença delas no varejo e, assim, junto com os nossos clientes e parceiros, venderemos mais. Temos também o objetivo de ampliar nossa presença fora dos grandes centros urbanos”, detalha o executivo.
Esse resultado se deve também à confiança e receptividade dos clientes em relação ao portfólio da empresa. “Estamos com duas marcas fantásticas nas mãos para desenvolver novos negócios e parcerias. Temos muitos desafios pela frente, mas já começamos o ano de maneira muito mais positiva e estruturada, se compararmos com o início de 2016”, afirma o diretor comercial.
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TOTVS
Laércio Cosentino, presidente
“A expectativa é que 2017 seja muito melhor do que o ano passado.”
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saldo de 2016 foi positivo para a empresa, apesar dos obstáculos impostos pelo cenário político-econômico brasileiro. Dentre as conquistas obtidas, o presidente da companhia, Laércio Cosentino, destaca a implementação do novo modelo de comercialização de software, baseado em assinatura em vez de licenciamento. “O comportamento da Totvs foi satisfatório em relação à redução da atividade econômica e do realinhamento de preços em vários setores.” Para atravessar o período de instabilidade, a empresa apostou na reavaliação do desempenho de cada projeto, processo e operação, o que trouxe resultados favoráveis. “A resposta, no final, é positiva. São geradas novas oportunidades de sinergia e, ao mesmo tempo, o redirecionamento de investimentos em itens priorizados faz com que tenhamos foco naquilo que gera maior valor para os clientes.”
As expectativas para 2017 são bem melhores, e a empresa já está trabalhando desde a primeira semana do ano. “Iniciamos com reunião do time de vendas e alinhamento geral com todos os colaboradores. Não existe uma ação especial, nos voltamos para o atendimento de nossos clientes, ao desenvolvimento da evolução de nossos softwares e ao fortalecimento de nossa estratégia digital”, diz Laércio. Faz parte, também, da estratégia de atuação da Totvs para este ano a manutenção de investimentos em pesquisa e desenvolvimento. Segundo o presidente, a companhia aplica entre 12% e 15% da sua receita líquida nessa área. “Em 2017, seguiremos investindo. Uma empresa de tecnologia tem necessidade de pensar e desenvolver novos produtos, sistemas ou tendências com muita antecedência.”
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TPV
Fotos: Divulgação
André Romanon, diretor de marketing e produtos
“Medidas para elevar o crédito ao consumidor teriam efeito direto no aumento da demanda.”
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ara a TPV, fabricante de televisores das marcas AOC e Philips, 2016 foi pautado por austeridade nos gastos e ajustes na organização. A empresa redesenhou grande parte dos processos com o intuito de se adaptar à nova realidade, tornou-se mais leve e ágil e ganhou participação de mercado. “Apesar disso, como todo o mercado, fechamos o ano com menor volume de vendas em relação a 2015”, revela o diretor de marketing e produtos, André Romanon.
cipação de mercado. Projeta, também, ligeiro crescimento no faturamento.
Toda crise é uma oportunidade de se reinventar e rever processos, e esta não foi diferente, na visão de André. “Enfrentamos uma queda na demanda, o que nos impulsionou a tirar maior valor do negócio. E isso foi positivo, pois hoje temos uma operação mais eficiente.” Para 2017, a proposta da empresa é dar continuidade à estratégia adotada em 2016 e manter a mesma parti-
Melhorias na infraestrutura logística, por parte do governo, ajudariam as empresas a reduzir o custo final dos produtos, que chegariam com preço menor ao consumidor, diz André. “Medidas para elevar o crédito ao consumidor também teriam efeito direto no aumento da demanda, uma vez que trariam economia de escala para as empresas, com o aumento do volume de produção.”
“Faremos lançamentos das marcas AOC e Philips e investiremos em produtos adequados ao mercado e à demanda do País, buscando manter os resultados alcançados no ano passado”, conta o diretor de marketing e produtos. Ele também acredita que o mercado, como um todo, apresentará crescimento este ano, embora tímido.
TRACK & BIKES David Soly Kamkhagi, diretor
“As expectativas para 2017 são melhores, com os dois primeiros meses do ano já apresentando crescimento.”
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s expectativas para este ano são positivas, na avaliação do diretor da em p resa , D avi d S o l y K a m k h a g i , que prevê crescimento nas vendas. “Mesmo com a estagnação de 2016, estamos investindo no lançamento de mais modelos, em produtos com melhor composição de componentes e em maquinário.” A nova linha deve ser apresentada ao mercado em julho, durante a 12ª Eletrolar Show. Parte deste otimismo reflete, também, o resultado dos primeiros dois meses de 2017, quando h o u v e c re s c i m e n t o n a s v e n d a s . “O ano começa com algumas boas notícias, como o controle da inflação e o dólar recuando. Porém, ainda temos as incertezas externas geradas pelo governo Trump e as internas devido à crise política, que está longe de um desfecho”, pondera David.
A fim de contornar os efeitos da crise, a empresa focou suas ações na redução de custos e na renegociação de preços e contratos, gerando aumento de eficiência nos negócios. “Do ponto de vista comercial, estivemos muito próximos de nossos principais clientes, acompanhando seus passos e necessidades. Criamos, também, estrutura para atender às exportações, cuja demanda vem aumentando nos últimos anos.” Para a retomada, o executivo ressalta que algumas reformas deveriam ser implementadas para aumentar a competitividade e produtividade da indústria local. “O governo precisa aprovar a reforma da previdência, para equilibrar as contas públicas, atrair investimentos e criar condições de crescimento a médio e longo prazo. Além disso, precisa de outras iniciativas, como as reformas trabalhista e tributária. Se isso não for feito, vamos continuar perdendo competitividade.”
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TÜV RHEINLAND BRASIL Martin Kunze, presidente da empresa no País e EVP regional para a América do Sul
“Acreditamos que 2017 será melhor, principalmente no segundo semestre.”
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resultado de 2016 surpreendeu a empresa. “Esperávamos um ano negativo, mas acabou sendo um pouco melhor do que o planejado”, conta Martin Kunze, presidente da multinacional no País e EVP regional para a América do Sul. As instabilidades político-econômicas impactaram de forma diferente os resultados, com destaque positivo para os serviços voltados a bens de consumo, como eletrodomésticos e itens de informática. “Nessa área, conseguimos manter e até melhorar um pouco o nível dos negócios.” Segundo o executivo, a crise obriga a repensar o modelo de atuação e a forma como as empresas interagem com a clientela, que passa a demandar soluções que agreguem valor ao seu negócio. “Aproveitamos este momento para aprimorar o trabalho em equipe, com foco no cliente. Nesse sentido, o ano tem sido extremamente positivo.” Com essa postura, Martin diz estar confiante de que boas oportunidades irão surgir em 2017.
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“Os bons resultados obtidos em algumas de nossas áreas fizeram com que a matriz recuperasse a sua confiança no Brasil. Neste sentido, estamos, sim, planejando investimentos em alguns setores. De modo geral, acreditamos que 2017 será melhor, principalmente no segundo semestre”, diz o executivo. Parte desse otimismo se deve às melhorias feitas no ano passado, que trouxeram melhor organização, maior solidez e processos internos estruturados e aptos a atender à demanda atual e futura. “Em nosso negócio, temos de pensar na frente. Por esse motivo, estamos atentos às oportunidades e centrados no cliente, em investimentos e inovação”, revela Martin. A companhia espera, ainda, uma melhora no quadro econômico do País, calcada na retomada da confiança de investidores e consumidores. O executivo destaca o controle da inflação como prerrogativa para a redução dos juros, assim como para a retomada de investimentos, determinantes para reanimar o mercado de consumo.
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VENTISOL
Fotos: Divulgação
Alexis Suren Tcholakian, presidente
“Esperamos crescimento a partir do segundo semestre. Continuaremos com o desenvolvimento de novos produtos.”
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empresa acredita que 2017 será o ano em que a economia brasileira esboçará reação. O presidente da Ventisol, Alexis Suren Tcholakian, aposta que, se o País não voltar com tudo de imediato, ao menos começará a se recuperar. “Esperamos crescimento a partir do segundo semestre. Com isso em mente, continuaremos com projetos de pesquisa e desenvolvimento de novos produtos.” O executivo acredita que é durante a crise que as empresas precisam focar no seu core business. Essa foi a estratégia adotada pela Ventisol para atravessar 2016. Para reverter a diminuição de receitas, a empresa voltou sua atenção para a ampliação e renovação do portfólio, medida que deve ser repetida em 2017.
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“Acompanhamos o mercado, com queda em faturamento e redução nas vendas. Diante disso, focamos nossos esforços no desenvolvimento de novos produtos. Trabalhamos em lançamentos embasados em qualidade e economia, adequados ao novo mercado e à realidade nacional”, conta Alexis. Outro ponto importante, que particulariza momentos de retração, citado pelo presidente da companhia, é a importância de olhar e se programar para uma atuação a longo prazo. “Independentemente da situação econômica, devemos pensar adiante e prospectar oportunidades para anos melhores no futuro.”
WAP
Paulo Sanford, CEO
“Nossas principais ações, em 2017, são a consolidação dos lançamentos de 2016 e a melhora do nosso wallet share.”
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empresa entrou em 2016 preparada para enfrentar um ano de muita turbulência e recessão e para colocar as coisas no lugar. Atravessou o período com cautela e, no geral, o saldo foi confortável, diz Paulo Sanford, CEO da WAP. “Fizemos adaptações e lançamentos específicos, voltados para a necessidade real do mercado. Estávamos com os pés no chão e seguros de nossas projeções para 2017.” Disciplina orçamentária e validação de oportunidades foram legados importantes de um ano difícil. Isso levou a empresa a olhar atentamente para dentro do próprio negócio, ver o que estava errado, reestruturar o que era preciso e transformar os setores para deixá-los mais eficientes e produtivos. A empresa entrou em 2017 com a mesma disciplina de 2016 e com
projeção de crescimento baseada em indicadores macroeconômicos vigentes. “As principais ações deste ano estão na consolidação dos lançamentos de 2016 e na melhora do nosso wallet share, ou seja, aproveitar o mesmo canal em que já estamos e inserir linhas de produtos complementares”, conta Paulo. Este ano, a WAP está investindo em sua matriz, que tem grande capacidade de armazenagem, e analisando a estrutura e processos de todas as suas áreas, além de buscar parcerias com grandes universidades e apostar em jovens talentos, informa o CEO. “Estamos, também, em uma fase de consolidação de produtos no mercado e, mesmo com as incertezas econômicas, acreditamos que 2017 será bastante produtivo e positivo para o mercado como um todo. Os negócios deverão crescer em relação a 2016.”
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WHIRLPOOL
Foto: Divulgação
Armando Ennes do Valle Júnior, vice-presidente de relações institucionais, comunicação, eficiência operacional, novos negócios e sustentabilidade
“Identificamos oportunidades de crescimento para quando o mercado voltar aos níveis anteriores.”
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m 2016, o mercado de fogões, geladeiras e lavadoras caiu 10%. Foi o pior resultado em seis anos. A Whirlpool também vivenciou essa retração, todavia teve queda menor que os 10%. “Mesmo em um ano claudicante, ganhamos mercado e seguimos investindo de 3% a 4% do nosso faturamento em inovação”, conta Armando Ennes do Valle Júnior, vice-presidente de relações institucionais, comunicação, eficiência operacional, novos negócios e sustentabilidade da Whirlpool Latin America. A crise impõe algumas medidas para atender aos objetivos do negócio. Segundo o executivo, estoques ajustados, eficiência e produtividade se tornaram palavras de ordem na companhia. “Além disso, como líderes, identificamos oportunidades de crescimento para quando o mercado voltar aos níveis anteriores. Afinal, reconhecemos a situação atual como
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um momento de transição e de necessidade de adaptação.” Uma estabilização do mercado em 2017 já é motivo de otimismo. “Os negócios não devem crescer. Se ocorrer, seria uma ótima notícia, pois o setor tem capacidade ociosa de sobra. Mas isso depende da velocidade da aprovação das reformas. A demanda por produtos essenciais permanecerá dormente, podendo ser retomada à medida que haja uma recuperação da confiança na economia”, diz Armando. Entre os temas urgentes para a retomada, o executivo aponta a reforma tributária e a da previdência. Caso essas iniciativas não venham do legislativo, o mais viável, na opinião dele, é a aprovação da proposta do executivo, ainda mais que, neste momento, parece não haver espaço para medidas setoriais. “A linha branca ainda é um dos setores de bens de consumo essenciais que mais pagam impostos.”
ZEEX
Vinícius M. Ligocky, diretor comercial
“Acreditamos que será possível registrar crescimento este ano, apesar das projeções pouco otimistas.”
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iante das dificuldades impostas por 2016, a empresa não perdeu a esperança, arregaçou as mangas e aproveitou o período desafiador para revisar processos, eliminar desperdícios e reestruturar a operação como um todo, visando adequá-la à realidade atual. “O único lado positivo da crise é o ensinamento que ela traz. Sem a euforia de outros tempos, a empresa é obrigada a examinar tudo”, diz Vinícius M. Ligocky, diretor comercial da Zeex. Devido aos obstáculos, o executivo destaca que também foi preciso maior compreensão sobre o mercado, a fim de identificar onde estavam as oportunidades. Em 2017, a empresa pretende avançar com o trabalho iniciado no ano anterior, dando continuidade ao processo de readequação das linhas, desenvolvimento de novos canais e terceirização de algumas atividades.
“Acreditamos que será possível re g i s t r a r c re s c i m e n t o e s t e a n o , apesar das projeções pouco otimistas dos economistas. Se todas as readequações que fizemos em 2 0 1 6 s u r t i re m e f e i t o , a j u d a d a s por um provável aquecimento da economia a partir do segundo semestre de 2017, teremos avanço de dois dígitos”, estima o diretor comercial. Para ter o trabalho recompensado, Vinícius enaltece a importância de índices positivos por parte do varejo, em resposta a algumas das medidas implementadas pelo governo. “Não adianta mais incentivar o consumo com corte de i m p o s t o , p o i s o E s t a d o p re c i s a arrecadar. O caminho do crescimento só retornará à medida que a economia, as contratações e os investimentos avançarem.”
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UM ANO DECISIVO PARA A RETOMADA DO SETOR Lourival Kiçula, presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos – Eletros
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Brasil passa por um período de turbulências e incertezas. O positivismo ancora-se, então, na política monetária nacional. A queda acentuada da inflação é um fato. O mercado reduziu sua previsão da taxa de inflação para 2017, e os juros devem seguir a inflação, também com redução, e são alternativas viáveis para desfazer o pessimismo vigente. Em 2017, haverá o desligamento do sinal analógico de televisão nas maiores cidades do Brasil, o que
Para a retomada da indústria, a Eletros considera primordial a estabilidade de regulamentos e incentivos para o planejamento de médio e longo prazo, os quais serão importantes para garantir os estímulos corretos para o restabelecimento dos níveis históricos de venda e produção de televisores, eletrodomésticos e eletroportáteis. deve elevar a procura por televisores com tecnologias mais modernas. Em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, boa parte dos consumidores já se antecipou e adquiriu equipamentos capazes de receber o sinal digital. Já em outras regiões, o potencial de crescimento desse mercado ainda é grande. A substituição dos canais analógicos terá início em março, na região metropolitana de São Paulo. Em maio, será a vez de Goiânia, seguida por Belo Horizonte, Fortaleza, Juazeiro do Norte, Sobral e Recife,
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Foto: Divulgação
ELETROS >>>
em julho, e por Franca, Ribeirão Preto, Santos e Vale do Paraíba, em setembro. Rio de Janeiro e Vitória terão apenas o sinal digital a partir de outubro. Para a retomada da indústria, a Eletros considera primordial a estabilidade de regulamentos e incentivos para o planejamento de médio e longo prazo, os quais serão importantes para garantir os estímulos corretos para o restabelecimento dos níveis históricos de venda e produção de televisores, eletrodomésticos e eletroportáteis. Não faltam desafios a serem superados. As altas recentes do preço do aço, a oscilação do câmbio e o ambiente de crédito mais restrito são temas que merecem atenção e serão acompanhados de perto neste ano. Em 2016, as encomendas dos três principais produtos da linha branca (refrigeradores, lavadoras e fogões) recuaram 10,5% na comparação com o ano anterior. A Black Friday e o Natal foram positivos para o quarto trimestre, mas o resultado do ano foi afetado pelos efeitos da vulnerabilidade do cenário econômico. A linha de portáteis registrou queda de 10,3% frente a 2015. E os fabricantes de televisores estimam uma retração de 13,7% nas vendas. Ainda sentimos os efeitos da elevação do desemprego no País e no setor. Os sinais do mercado de trabalho, caso se mostrem positivos, poderão aquecer a demanda por bens de consumo. Com um ambiente de negócios favorável, certamente a indústria terá capacidade de retomar o seu crescimento. O ano de 2017 promete ser decisivo nessa trajetória.
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2017: UMA RELEITURA CONJUNTURAL Abram Szajman, presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo, entidade que gere o Sesc e o Senac no Estado
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o final de 2013 e ao longo dos anos d e 2 0 1 4 e 2 0 1 5 , a F e c o m e rc i o S P projetou cenários delicados, principalmente para o consumo e a produção n a c i o n a l . I n f e l i z m e n t e , e s s a s p ro j e ç õ e s se confirmaram, e o saldo de três anos de queda de consumo e de crise é o acúmulo de mais de 12 milhões de desempregados atualmente. O ano de 2015 já havia sido especialmente negativo para a economia, com queda de 3,8% no Produto Interno Bruto (PIB), aumen-
“A FecomercioSP não espera um ano sem problemas, mas, sim, propício a transformações profundas e duradouras, como não se veem há muito tempo.”
to da taxa de juros, queda de 6% nas vendas do varejo, perda de 8% do produto industrial e aumento significativo do desemprego. Em 2016, o cenário não foi diferente, a não ser por um aspecto especial e, de fato, otimista: ao final do período, a projeção para 2017 é positiva, após três anos seguidos de expectativas e estimativas negativas. Evidentemente, 2016 foi um ano atípico em muitos aspectos, mas principalmente sob o viés político. Um processo de impeachment envolto em um cenário à beira do caos não
é uma situação corriqueira. O desfecho, embora somente no segundo semestre, trouxe algum fôlego mediante os riscos de desestabilização política e econômica pelos quais o País atravessou e ainda atravessa. Algumas reações já puderam ser observadas, como a retomada da confiança de empresários e consumidores (ainda que cautelosa) e, mais ainda, a aprovação da primeira reforma, a PEC 55 - Teto de Gastos Públicos. Sim, estamos confiantes de que voltaremos a crescer. Não será fácil nem rápido e dependerá de passos firmes do governo e da sociedade, em todas as suas esferas. Sob esse novo espírito otimista repousam as projeções para 2017. Poucos países dispõem de condições econômicas de longo prazo tão favoráveis, se criado o ambiente ideal (ou próximo disso) de negócios. A FecomercioSP não espera um ano sem problemas, mas, sim, propício a transformações profundas e duradouras, como não se veem há muito tempo. Empresários e consumidores estão dispostos a participar desse esforço conjunto, que deve dar frutos positivos já no próximo ano: crescimento do PIB, queda da inflação, saldo da balança comercial positivo, forte ingresso de capitais via investimentos diretos e financeiros, resgate da propensão ao investimento por parte de empresários nacionais e estrangeiros e recuperação do consumo. E, finalmente, a retomada do emprego, certamente o maior mal causado pela crise.
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UM BALANÇO DO SETOR DE DISTRIBUIÇÃO DE TI Mariano Gordinho, diretor-executivo da Associação Brasileira dos Distribuidores de Produtos e Serviços de Tecnologia da Informação e Comunicação - Abradisti
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cenário macroeconômico dos últimos dois anos afetou de maneira indistinta praticamente todas as áreas de negócio, e o setor de distribuição de produtos de tecnologia não foi exceção. Apesar do momento desafiador para as empresas, sempre há nichos de oportunidade. A forte tendência de migração para o uso de software e infraestrutura na nuvem vem atraindo a atenção de empresários do setor. O desafio consiste em identificar corretamente as possíveis áreas de atuação dos distribuidores e a capacidade desses em agregar valor aos seus parceiros.
Para analisar os resultados do setor em 2016, decidimos fazer nossa pesquisa setorial ao longo do primeiro trimestre de 2017. O principal objetivo é obter números mais precisos, pois, a essa altura, todos os associados da Abradisti terão seus balanços encerrados. Como parâmetro de análise e comparação, vamos trabalhar com os números de nossa pesquisa setorial de 2015, os quais indicavam que 80% do volume dos negócios da distribuição estava no Sul e Sudeste, 11% no Nordeste, 6% no Centro-Oeste e 3% na Região Norte.
Em um período de mudanças e quebra de paradigmas, cabe a cada distribuidor identificar suas principais virtudes e fraquezas em função da estrutura de negócio, localização geográfica, capacidade de atendimento e dos principais valores que agrega aos clientes. As oportunidades de crescimento dependem dessas variáveis e diferem em função das características regionais. Eventualmente, a venda de software e infraestrutura na nuvem pode ser prioridade para empresas do Sul e Sudeste, enquanto a venda de soluções de rede, servidores e atualização de base instalada de computadores pode ser prioridade no Norte e Nordeste.
Dentre as categorias comercializadas, a pesquisa mostrou que os produtos de hardware responderam por 68% do volume total das vendas de 2015, os não especificamente de TI (smartphones, telefones, câmeras de segurança, entre outros), por 19%, os de software, por 12% e serviços, por 1%. Em produtos, o principal destaque foi a categoria de componentes (processadores, placas-mãe, placas de vídeo, discos rígidos, gabinetes, etc.), uma vez que 98% de tudo o que é comercializado no Brasil passa pela distribuição e por seus canais. Em volume total de vendas, os projetores responderam por 85%, produtos de rede, por 70%, suprimentos, por 68%, energia (estabilizadores, no-breaks, filtros de linha, etc.), por 65%, e impressoras, por 63%.
A organização fiscal tributária do Brasil, sem dúvida, é um enorme desafio para a distribuição. Na maioria das vezes, essa questão impõe condições de logística e operações que não estariam no planejamento estratégico das empresas. A dificuldade de integração das regiões, por exemplo, decorre da complexidade do modelo tributário vigente no País. Exceto por questões de eficiência logística, que justificariam a criação e operação de centros de distribuição em diferentes áreas, empresas se veem forçadas a implantar centros de distribuição regionais para garantir sua competitividade em termos de preços e impostos.
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A Abradisti tem desenvolvido um trabalho para identificar e filiar empresas com atuação regional. Evidentemente, temos na associação companhias sediadas no Sudeste, que têm forte atuação regional, mas o objetivo da Abradisti visa mais à abrangência. Em síntese, a meta é apresentar aos seus associados os projetos, as oportunidades e os serviços que refletem as diferenças regionais de forma eficiente em todo o território nacional.
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ZFM COMPLETA 50 ANOS COM POLO INDUSTRIAL CONSOLIDADO E NOVOS DESAFIOS Rebecca Martins Garcia, superintendente da Suframa
Ao completar 50 anos em fevereiro de 2017, a Zona Franca de Manaus (ZFM) abriga um parque fabril com 460 empresas, a maioria dos segmentos de eletroeletrônicos e de duas rodas. Depois de registrar forte retração nominal no faturamento global em 2015, no comparativo com 2014, elas se mostraram firmes em manter a produção e enfrentar com determinação a crise econômica e política do País vivenciada em 2016. Com faturamento global de R$ 74,4 bilhões, isto é, US$ 22 bilhões, as empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) foram capazes de manter, no último ano, 85 mil postos de trabalho diretos e cerca 400 mil indiretos, inclusive nas Regiões Sul e Sudeste, considerando os fornecedores de componentes e insumos, serviços de logística e marketing, entre outros que envolvem os processos de produção, distribuição e comercialização. Com base na performance dos últimos meses, seria precipitado, neste momento, fazer uma projeção para o ano de 2017, uma vez que a produção do PIM está diretamente ligada à capacidade de consumo do mercado doméstico, a qual depende de fatores internos e externos. Sem dúvida, um cenário favorável na economia mundial e um ambiente interno estável, a partir de uma política de ajustes que favoreça a competitividade, é o que determinará a retomada de crescimento, não apenas do Polo Industrial de Manaus, mas de toda a indústria de transformação instalada nas diferentes regiões do País. Há um ano e meio à frente da Suframa, desenvolvemos ações para contribuir para que o PIM retome o crescimento e a empregabilidade. Elaboramos o Plano Diretor Industrial (PDI): Diretrizes Táticas para a Área de Atuação da Suframa (20172025), apresentado recentemente à Eletros, em São Paulo, a convite da própria associação. A elaboração do PDI está associada à necessidade de a Suframa se adequar aos novos
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padrões globais de competitividade e integração tecnológica, a partir de conceitos da Indústria 4.0 – que estão sendo incorporados aos processos industriais em todo o mundo. O Plano Diretor contempla diversas áreas temáticas e diretrizes táticas, como logística, ciência e tecnologia, atração de investimentos, desenvolvimento organizacional e inserção internacional, que estão associadas à Zona Franca de Manaus e à área de atuação da Suframa, que abrange a Amazônia Ocidental e a Área de Livre Comércio de Macapá-Santana, no Amapá, buscando alinhar a instituição aos novos padrões globais de competitividade e integração tecnológica. A Suframa, enquanto órgão governamental responsável pela administração dos incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus, também está envidando esforços para aprimorar os resultados de análise e aprovação de Processos Produtivos Básicos (PPBs), bem como possibilitar maior transparência e efetividade à gestão dos recursos de pesquisa e desenvolvimento para fortalecimento do capital intelectual e estímulo a processos inovadores na região. Quanto ao comércio exterior, a Suframa tem se disposto a discutir políticas que elevem as exportações do PIM e que fomentem a integração comercial com países de interesse. Nesse sentido, assumiu a coordenação do Comitê Gestor do Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE), que conta com a participação de 18 instituições e 69 empresas inscritas. O objetivo é desenvolver a cultura exportadora nos Estados da federação, contando com um comitê estadual no Amazonas. Entendemos que um País forte não será construído sem uma indústria forte. Por isso, todas essas ações têm a finalidade de fortalecer o Polo Industrial de Manaus, que é uma parcela da indústria nacional, de contribuir efetivamente para o desenvolvimento regional, com a geração de emprego e renda em toda a área de atuação da Suframa.
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Fotos: Acervo
SUPERANDO AS DIFICULDADES
Norberto Mensório, presidente, e Wagner Gatto, diretor-executivo da Associação Brasileira de Pós-Vendas em Eletroeletrônicos - Abrasa
Norberto Mensório
A
Abrasa encerrou 2016 com dados nada animadores. Por conta da crise pela qual o País vem passando, a rede nacional de prestadores de serviços de assistência técnica registrou o encerramento de cerca de 2.000 empresas. O ano foi turbulento, mas também apresentou fatos positivos, e a expectativa, agora, é que 2017 seja melhor.
Wagner Gatto
com 27%, lavadoras com 26%, televisores com 23% e produtos de informática com 19%. O aumento da demanda de consertos de produtos fora da garantia, vale lembrar, não só melhora a economia doméstica como colabora, significativamente, para a sustentabilidade ambiental e atende à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Esta é a razão pela qual a Abrasa incentiva os seus mais de 8 mil cadastrados no País a praticar o descarte correto.
Passado o período mais difícil, as assistências técnicas sobreviventes tiveram crescimento de 13,09% no número de ordens de serviços e de 18,60% no faturamento, na comparação com 2015. O valor do tíquete médio aumentou 5,09% devido ao maior número de atendimentos a produtos fora da garantia. Esse resultado, porém, não foi suficiente para superar a elevação de custos de insumos, peças, encargos sociais, tributos e impostos.
Encerramos 2016 firmando três parcerias: com a April Digital, cujos aplicativos permitem às assistências técnicas vender produtos aos seus clientes que ainda estão com garantia de fábrica e em conserto nas ATs; Take & Delivery, com aplicativos que permitem aos clientes localizar a assistência técnica mais próxima; e Reciclo Metais, parceria com a empresa que tem solução em destinação de resíduos eletrônicos, processo que envolve captação, descaracterização, desmontagem, comercialização, reciclagem e certificação ecologicamente correta.
No ano passado, os telefones celulares foram os responsáveis pelo maior número de ordens de serviços, isto é, 37%. Foram seguidos por aparelhos de som, com 33%, refrigeradores com 31%, fogões
RETROSPECTIVA DO SETOR E RESULTADOS DOS ÚLTIMOS SETE ANOS
DE: 10.427 PARA: 8.448 ATs
2010
2011
2012
2013
2014
2015
FATURAMENTO (bilhões R$)
R$ 1,98
R$ 1,83
R$ 1,87
R$ 1,91
R$ 1,76
R$ 1,72
18,60%
R$ 2,04
Nº ORDENS SERVIÇO (milhões)
38,7
37,5
37,8
38,1
35,8
34,1
13,09%
38,57
FATURAMENTO MÉDIO POR OS
R$ 51,16
R$ 48,80
R$ 49,47
R$ 49,87
R$ 49,16
R$ 50,44
5,09%
R$ 53,01
2016
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MERCADO >>>
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CONTAGEM REGRESSIVA O Brasil começa a sair do fundo do poço, mas a subida será lenta. O momento atual exige cautela. Quando a retomada vier, sustentada principalmente pelo mercado de trabalho, o varejo se beneficiará de um mercado consumidor sedento, após mais de dois anos de contenção. É hora de pensar em liquidez e mirar o futuro. A crise vai acabar.
por Igor Carvalho
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A
confiança é uma das peças que, se bem engendrada a outras engrenagens, pode ajudar a içar o País do fundo do poço. Nas palavras do economista Larry Summers, ex-secretário do Tesouro americano durante o governo Bill Clinton, ela é a forma mais barata de estímulo à economia. Com parcos recursos disponíveis para realizar investimentos, o governo tem se esforçado para melhorar a situação fiscal do Estado, fomentar novos postos de trabalho, manter os preços estabilizados e trazer os juros a patamares mais palatáveis ao consumo. Com algumas dessas medidas ainda emperradas, o resgate de parte da crença do brasileiro pode servir de força motriz para fazer a estrutura voltar a operar, mesmo que, ainda, em solavancos.
REVERSÃO DE EXPECTATIVA No início de 2017, houve melhora na percepção do ambiente econômico pelos brasileiros, segundo levantamento mensal do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV). O Índice de Confiança dos Empresários, que agrupa os setores de serviço, indústria, construção civil e comércio, subiu 3,8 pontos percentuais entre dezembro e janeiro, alcançando 82,3 pontos. Na outra ponta da cadeia, a dos consumidores avançou de 73,1 para 79,3 pontos, a maior alta desde janeiro de 2006. Considerando que o nível de otimismo ultrapassa os 100, há melhora, mas ainda impera o pessimismo. Houve, também, queda quanto às incertezas econômicas. Este indicador, também mensurado pelo Ibre-FGV, caiu 9,1 posições, atingindo 127,3 pontos. O índice permanece elevado, o nível de neutralidade varia entre 95 e 105, mas aponta sinais de mudança de humor e revela, de certa forma, ânimo por parte do mercado e da população. O Índice de Preços
Fotos: Divulgação
Desenvolvimento econômico e confiança têm uma relação intrínseca e direta. Quando o consumidor está satisfeito e otimista com o presente e o futuro, ele tende a gastar mais. Quando está insatisfeito ou pessimista, poupa na esperança de dias melhores, até mesmo se precavendo do pior. Do lado dos empresários, a lógica é a mesma. Mediante a boa percepção da realidade dos negócios, há decisões em relação a investimentos, con-
tratações e aumento da produção. O fato de os brasileiros estarem esboçando descrença menor quanto aos rumos da economia, neste contexto, serve de alento.
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segundo semestre algum sinal positivo será percebido. Os mais cautelosos preveem, apenas, que não haverá retração. Mesmo que incipientes e com bastante oscilação, alguns resultados mostram que o pior já ficou para trás. Entretanto, avanço mesmo está condicionado à geração de empregos. É a peça que permanece emperrada, impedindo que a engrenagem da economia volte a funcionar.
ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o ano de 2016 em 6,29%, dentro do limite máximo da meta estabelecida pelo governo, a inflação mais baixa desde 2013. A divulgação do resultado de janeiro ficou em 0,38%. Com a amenização do quadro inflacionário, o Banco Central vem sinalizando a intenção de reduzir a taxa básica de juros, além de pressionar os bancos para a diminuição do spread, o que baratearia o custo do crédito. São diretrizes importantes. Afinal, elas impactam o aumento da renda da população e o poder de compra das famílias. Para tirar o consumidor brasileiro do sufoco e dar a ele confiança para voltar a gastar, o governo tem adotado medidas que visam injetar dinheiro no mercado. É o caso da liberação das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Também há mudanças na utilização do rotativo no cartão de crédito, para parcelamento dos débitos a taxas mais baratas, medida que deve favorecer a queda da inadimplência. PEÇA EMPERRADA Mesmo com uma aparente melhora no ambiente, ainda é cedo para falar em retomada. Otimistas acreditam que somente no
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“O desemprego foi o principal responsável pela redução no nível de confiança do brasileiro. Mais do que a inflação”, constata Luiz Rabi, economista-chefe da Serasa Experian. No final de 2016, o País tinha 11,8 milhões de pessoas sem trabalho, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa atingiu 11,5%, a maior já registrada na série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. É o medo de ficar sem emprego que mina a confiança do brasileiro. “Essa melhora se deu na expectativa de futuro, mas ainda não da situação presente”, reforça Flávio Calife, economista da Boa Vista SCPC. Enquanto o brasileiro tiver em sua família ou em seu círculo de relações próximas algum desempregado, ele não vai perder o medo de ficar sem emprego e, consequentemente, continuará contido nos gastos. A baixa confiança, aliada à renda corroída pela inflação ou à falta dela, no caso de quem está sem trabalho, fez as pessoas pararem de comprar ou contratarem financiamentos, o que derrubou o resultado do varejo no ano passado. PARA SER ESQUECIDO Depois de resultados recordes no começo desta década, quando o comércio cresceu 11,3%, gerou mais de meio milhão de vagas e abriu 82 mil lojas, 2016 registrou o pior desempenho dos últimos 15 anos. A retração foi de 6,2%, segundo o IBGE, resultado ainda mais sofrível que o de 2015 (menos 4,3%). A queda foi observada em todas as oito atividades que compõem o índice. O segmento de móveis e eletrodomésticos foi o segundo mais impactado, com perda de 12,6%, retração inferior apenas à de livros, jornais e papelaria (menos 16,1%).
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Outro marco negativo está no número de lojas que baixaram as portas. No cálculo da Confederação Nacional do Comércio (CNC), nos últimos dois anos, o comércio perdeu mais de 200 mil pontos de vendas e deixou de oferecer acima de 360 mil empregos diretos. Esses números fazem parte de um estudo da CNC e mostram que, nos 10 segmentos do varejo analisados, todos eles fecharam mais lojas do que abriram. Setores como os de móveis e eletrônicos diminuíram significativamente o seu número de pontos de vendas. “Em 2016, registramos declínio maior de alguns segmentos, mas o varejo sofreu como um todo. Se o brasileiro perde o emprego, sua fonte de renda, o consumo cai. Produtos com tíquete médio maior ou que dependem de financiamento tiveram quedas mais acentuadas. Os eletroeletrônicos, por exemplo, reagem de acordo com a economia”, diz Eugenio Foganholo, diretor da consultoria Mixxer, que coordena o Grupo Estratégico do Varejo Eletromóvel (Geve).
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CRÉDITO PARA PAGAR DÍVIDA O indicador de demanda por crédito do consumidor, da Boa Vista SCPC, mostrou o pior resultado anual em sua série histórica, iniciada em janeiro de 2010, com queda de 10,5% em 2016. Levando em consideração apenas o resultado de dezembro, houve retração de 20,1% na variação contra o mesmo mês do ano anterior, enquanto na passagem de novembro para dezembro o índice caiu 11,6%, descontados os efeitos sazonais. “Acredito que o brasileiro aprendeu a usar o crédito de forma mais consciente. Precisaremos de um outro ciclo de crescimento para confirmar isso. Mas, nos últimos dois anos, ele tem se mostrado precavido, talvez um aprendizado imposto pela crise”, observa Flávio. O economista diz que a inadimplência subiu em 2015, mas foi menor no ano passado. Na lista de inadimplentes, o número de pessoas que regularizaram sua situação foi maior do que o de entrada. “A variação é pequena, mas positiva, e ela também se deu por consequência da redução do consumo.”
Dados da Serasa Experian também mostram acomodação no número de devedores. A inadimplência registrou picos em abril de 2016, com aproximadamente 60,4 milhões de negativados. De lá até o final do ano, caiu cerca de 1 milhão de pessoas. A melhora só não avançou mais por conta do desemprego elevado. Observou-se, ainda, tomada de financiamentos para regularizar essa situação. “Não houve oferta nem demanda por crédito, a exceção foi para pagar dívida”, pondera Luiz. APRENDIZADO E AMADURECIMENTO O varejo demorou para se posicionar diante da crise, por acreditar na sua resiliência. Enéas Pestana avalia que, ao postergar uma reação, a recessão se aprofundou, e as redes entraram em 2015 já bastante alavancadas, sobretudo por conta do alto volume de desconto de recebíveis incluídos na conta do endividamento. Essa alavancagem chega a ser, em alguns casos, sete vezes maior do que a geração de caixa operacional. “O saudável é abaixo de três”, adverte. Utilizando esse recurso para pagar o serviço da dívida, não se tem dinheiro para investimento, modernização de sistemas ou, o que é pior, manutenção do ambiente da loja para garantir uma boa experiência de compra. “A conta não fecha”, reforça Rogério Soares, um dos sócios da consultoria de Enéas. Os varejistas, principalmente médios e grandes, têm comprometido o seu caixa operacional, por isso o grande esforço que eles vêm fazendo é para se reequilibrar. “Do ponto de vista da venda, o resultado das empresas em 2016 não foi tão positivo. Mas muitas, ao olharem para dentro, conseguiram fazer uma revisão, cortar custos, seja reduzindo pessoal ou investimento, e fechar lojas com desempenho negativo para conseguir equacionar aquela situação.” Com a crise, houve um amadurecimento dos varejistas. Quando os primeiros sinais de recessão começaram a aparecer, muitos desacreditavam e, principalmente, subestimaram a sua duração. Os indicadores econômicos confirmam que essa foi não só a maior crise, como a mais duradoura. Forçado por essa conjuntura, o varejo fez os ajustes necessários, na avaliação do economista da Boa
A HORA DA RETOMADA Especialistas acreditam na melhora de algumas conjunturas econômicas, mas, no geral, estão cautelosos ao falar em retomada. Mesmo com a perspectiva de que os preços vão se acomodar dentro da meta estabelecida pelo governo e de que os juros cairão, barateando o crédito, tais benefícios serão sentidos a longo prazo, mesmo com melhora na confiança dos consumidores e do mercado. Há consenso de que o crescimento está condicionado à geração de emprego. “A inflação deste ano deve ser mais baixa, principalmente a da alimentação, que pesa mais no bolso da baixa renda. Também já se nota um movimento para a redução da taxa de juros, o que vai facilitar a renegociação das dívidas em atraso, além de ajudar o crédito. Mas ainda pesará o desemprego. Por isso, não dá para falar em crescimento. Deve haver um equilíbrio, o País não vai voltar a andar para trás, mas é precipitado chamar esse momento de retomada”, pondera Luiz Rabi, economista-chefe da Serasa Experian. O consultor de varejo Eugenio Foganholo, diretor da Mixxer, concorda que essas conjunturas macroeconômicas não sinalizam recuperação instantânea. “Ela será lenta, conservadora e vai depender da segurança dos agentes econômicos para voltarem a investir. Como também não há grandes perspectivas para o consumo, a reação não será a que se gostaria. Com um quadro de melhora previsto para 2018, ainda é preciso cortar custo, rever processos, aplicar em tecnologia e estar atento às oportunidades.” A estabilização do mercado de trabalho e o desemprego parando de subir, combinados com outras medidas, como mudanças no cheque especial e na utilização do rotativo do cartão, são apontados pelo economista da Boa Vista SCPC, Flávio Calife, como um alento. “2017 ainda será um ano duro, mas não deve ser tão ruim. Espera-se uma melhora modesta, próxima da estabilidade.” O sócio da Enéas Pestana & Associados, Rogério Soares, faz coro de que o cenário ainda não está tão favorável. “Apesar da melhora de alguns indicadores, não mudou muita coisa. É preciso encarar este ano, não é hora de afrouxar ou ficar na zona de conforto.” Os especialistas acreditam que as medidas e encaminhamentos dados pelo governo dão um norte ao País. Mas ainda há muito para ser feito. “É preciso estabilidade política para resgatar o estado de direito, no sentido dos negócios, da melhoria do ambiente para investimentos. O País tem que retomá-los, principalmente os de infraestrutura, que vão gerar emprego e, consequentemente, renda. Com renda e confiança por estar empregado, o brasileiro vai voltar a gastar”, analisa Enéas Pestana, sócio-fundador da consultoria que leva seu nome.
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Vista SCPC. “A crise mudou a mentalidade dos varejistas, a expectativa deles agora é bem mais realista. Isso ajudou as empresas a se adequar à nova realidade, inclusive em relação aos estoques, o que deve ajudar em uma retomada”, diz Flávio. OLHANDO PARA FRENTE Diante das perspectivas para 2017, o foco deve ser reforçar o caixa. O ano passado foi o momento de enxugar despesas e a operação. Agora, a hora é de pensar nas reservas e em ter cobertura, visando a uma retomada em 2018, que virá com força, após mais de dois anos com a demanda de consumo reprimida. “A situação geral fez com que muitos varejistas acordassem. Alguns não mexeram no modelo de negócio e ficaram torcendo para a situação econômica melhorar. Por isso, é preciso repensar processos e o modelo de negócio”, orienta Eugenio, da Mixxer. Paralelamente à crise, o varejo vivencia um momento de ruptura. Consumidores mais exigentes e com maior acesso à internet vêm impondo novas demandas para o atendimento, o que torna as operações mais complexas para o varejo, uma vez que elas não podem ser ignoradas. Formato e mix fazem parte dessa nova conjuntura. Segundo Eugenio, o segmento de móveis, sempre tido como curinga, perdeu posto para o de telefonia. Principalmente no interior e nos estados mais ao Norte, a bancarização, com a migração do carnê para o cartão, exige um novo posicionamento. O ciclo de vida dos produtos também. O consultor questiona: o que fazer com mostruários de 200 lojas que precisam ser substituídos com frequência? A gestão precisa ser diferente para lidar com esse novo consumidor. “O cliente tem que estar no centro das decisões do varejo”, enfatiza Enéas. A mesma opinião é partilhada por Eugenio. “O varejista tem de se perguntar: o que eu faço para merecer a visita do consumidor? O que ele vinha fazendo até ontem não vale mais. O lojista tem de ter essa noção de mérito, isso deve prevalecer, não dá para ficar fazendo mais do mesmo. É a oportunidade para repensar a experiência do cliente.”
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“O MERCADO VAI VOLTAR. O BRASIL NO LONGO PRAZO É ESPETACULAR.” Com mais de 20 anos de experiência em varejo, 10 deles na liderança do Grupo Pão de Açúcar, Enéas Pestana se dedica, hoje, à consultoria consultiva e de gestão que leva seu nome. Além de sócio-fundador da empresa, esteve à frente da reestruturação de importantes redes varejistas, entre elas a Máquina de Vendas, companhia em que também presidiu as operações Saraiva, Leader e BR Pharma. Em meio a tantas incertezas que permeiam 2017, o especialista afirma que o varejo precisa cuidar de sua liquidez, fazendo o básico bem-feito. Há alguma boa notícia para o varejo? A crise não acabou, mas o mercado vai voltar. O Brasil, no longo prazo, é espetacular, um dos mercados consumidores mais importantes do mundo. O brasileiro gosta de consumir, a migração de classe social que vimos nos últimos anos proporcionou acesso a uma cesta de produtos que, antes, estava fora do seu alcance. Ele não quer perder isso. Já estamos há dois anos em crise. Quanto as pessoas deixaram de consumir? Na hora em que elas retomarem, estarão ansiosas, então virá uma onda de crescimento importante. A empresa que conseguir passar por tudo o que vivemos agora vai tirar proveito dessa demanda reprimida. O legado é bom. No pós-crise, não é difícil fazer crescimento importante, pois se sai de uma base muito deprimida. O varejo foi surpreendido pela crise? Somos otimistas por natureza, e o varejista, obrigatoriamente, tem que ser ainda mais. É da nossa cultura achar que amanhã as coisas
Foto: Stúdio Thiago Henrique
vão melhorar. O fato é que a crise se estendeu, e as empresas não estavam devidamente preparadas. Uma coisa é enfrentar aquela que vem e vai embora em seis meses, mas essa já dura dois anos e vai para mais um, com certeza. Estamos falando em retomada para 2018. Tinha muita gente despreparada, que já entrou na crise muito alavancada, inclusive no capital de giro. Quais práticas adotadas nesse período? Todos procuraram fazer algum tipo de ajuste. Mas o remédio e as mudanças necessárias são diferentes para cada caso. Vemos claramente um cuidado muito especial com a redução de custos e despesas, com a liberação de capital de giro, que provoca uma revisão cirúrgica na questão do sortimento, e com a redução de estoque, focando mais em produtos com mais saída. Muitas vezes, o varejista abre mão da margem, que em geral está na cauda longa, não na commodity, porque ele precisa liberar capital de giro para cuidar da liquidez.
O que é preciso fazer para sobreviver a 2017? Fazer o básico muito bem-feito e colocar o cliente no centro da tomada de decisão. Parar qualquer investimento ou projeto que não vai nesse sentido. Com os desafios do mercado retraído, o cliente que for buscar algo na loja tem que sair com o produto. Para isso, ele precisa ser muito bem atendido, encontrar o que está querendo e ter crédito disponível, mesmo com um pouco mais de rigor. É o que eu chamo de básico. Não é hora de expandir, mudar sistema, é preciso ter liquidez, uma estrutura de capital que se mantenha de pé. Com isso, se houver um resultado ruim, a rede não irá quebrar, agora, se ela não tiver caixa para pagar as dívidas... Na crise, mudou alguma coisa na relação com os fornecedores? Não há mais negociação direta. Isso se dá em uma importância menor junto aos players líderes, mas, com o pequeno e médio varejo, os fornecedores pararam de assumir o risco do cliente, colocaram uma seguradora no meio. O papel dela é analisar e informar o limite de crédito. Assim, a indústria só vende o valor assegurado e, caso o varejista não pague, se dá o sinistro. Quem compra está negociando com a seguradora, que tem cabeça de banqueiro. Matou-se a relação comercial. O fornecedor não está mais preocupado com o estoque, ele até quer vender, mas seguro de que vai receber. Sem mercadoria, o varejo não terá condições de pagar. Fica uma conversa difícil. Para agravar, a maior parte dessas seguradoras é de multinacionais, que não estão a fim de comprar o risco Brasil.
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“É possível implementar mudanças sem muitos investimentos. Se tirarmos fotos de 10 lojas, taparmos a fachada, elas serão todas iguais. É preciso fazer pontos de vendas mais amigáveis. Para isso, só é necessário criatividade.” Eugenio Foganholo, diretor da Mixxer
Foto: Stúdio Thiago Henrique
“O varejo vai conseguir se equilibrar olhando para dentro e adotando as mudanças necessárias para reduzir custos. É preciso sentar no caixa para passar por 2017, esperando um ano um pouco melhor.” Rogério Soares, sócio da Enéas Pestana & Associados
“A crise mudou a mentalidade dos varejistas, a expectativa deles, agora, é bem mais realista. Isso acabou ajudando as empresas a se adequarem à nova realidade, inclusive na questão dos estoques, o que deve ajudar em uma retomada.” Flávio Calife, economista da Boa Vista SCPC
“Na metade do segundo mandato de Lula e em todo o governo Dilma, o foco foi a expansão do consumo. Isso gerou uma bolha: fomentou-se o crédito, mas nem tanto a produção, suporte para essa expansão. Houve desequilíbrio. Foi algo que funcionou, mas no curto prazo.” Fotos: Divulgação
Luiz Rabi, economista-chefe da Serasa Experian
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O MAPA DA MINA Ao olhar para essas questões, o varejo tem condições de atravessar 2017 e se preparar para a retomada. Especialistas acreditam que o mix deve ser repensado, para que o portfólio seja não só assertivo como diferenciado daquilo que a concorrência oferece. Eugenio cita como exemplo a categoria de segurança, que ainda tem baixa penetração nos magazines e forte apelo para o consumo. Boa experiência dentro da loja também é fundamental, não só com novos recursos ou tecnologias, mas, principalmente, com bom atendimento. Voltando-se ainda para a questão de redução de custos e ganhos operacionais, Rogério, da Enéas Pestana & Associados, aconselha que é hora de renegociar os contratos de aluguéis. “Não é um trabalho simples, mas, diante da situação e do contexto do varejo, é uma baita oportunidade para se sentar à frente do proprietário e fazer uma negociação de valores melhores. Muitas empresas têm feito isso. Se não houver acordo, o locador vai perder, porque nunca se teve tanta placa de aluga-se por aí.” Oportunidades para alongar as dívidas também devem ser consideradas, ainda mais que os bancos estão dispostos a conversar, desde que se apresente um plano de ação bem estruturado, detalhando como será quitado o empréstimo. Buscar uma aproximação com a indústria também. “É importante estabelecer uma relação mais colaborativa. Se ela tem o estoque cheio, e o varejista precisa comprar, ambos se ajudam. Esse relacionamento ainda tem muito o que crescer para beneficiar os dois lados”, pondera Rogério. Como as vendas não voltarão com tanta força, não se pode perder nenhuma oportunidade. O economista-chefe da Serasa Experian lembra a importância da Black Friday em 2016 e diz que a promoção só cresce. Como em um único dia vende-se o equivalente a um mês, é preciso se preparar para essa alta demanda. Planejamento é fundamental. “Essa é uma janela de oportunidades e mostra que dá para adotar algumas estratégias, mesmo que pontuais, para colher bons resultados. É um exemplo de algo positivo e que pode ser mais bem trabalhado pelo varejo”, sugere Luiz.
É HORA DE ARREGAÇAR AS MANGAS E TRABALHAR O mercado reserva algumas oportunidades que podem compensar o baixo desempenho das vendas, minimizar perdas e fortalecer os negócios.
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PREÇO NÃO É TUDO A nova postura dos clientes, que buscam outros atributos para a compra, beneficia o ganho de margem. É preciso liquidez e uma estrutura de capital que fique de pé.
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APAGUE A LUZ É preciso rever despesas, perdas e custos, até mesmo os que são aparentemente irrelevantes. Opte por ajustes em áreas que não vão impedir de se fazer o básico bem-feito.
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O CONSUMIDOR É O REI Conheça quem entra na loja e saiba o que ele quer – isso tem de estar na prateleira, o resto faz parte do que é preciso reduzir no estoque. Toda iniciativa que não prioriza o cliente é equivocada.
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ÁGUA, SABÃO E TINTA Toda loja tem que ser bonita, agradável e limpa, para proporcionar boa experiência de compra. Com criatividade e sem grandes investimentos, é possível reinventar os layouts.
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VENDEDORES NO FRONT Equipe qualificada e motivada é fundamental. A folha de pagamento é uma das maiores despesas, mas cortar o time de vendas para reduzir custo seria sacrificar o atendimento, que deve ser impecável.
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BAIXANDO AS PORTAS Lojas deficitárias comprometem o resultado. Como as lojas de eletromóveis demandam estrutura de baixo custo, exceto as de formato premium, não se deve ponderar muito para fechá-las.
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FIADO SÓ AMANHÃ O mercado de eletros é bastante sensível ao crédito, mas é o momento de ser conservador. Avalie os riscos. Hoje, o varejo tem adotado o modelo da concessão, que é semelhante ao dos bancos.
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ALÔ, ALÔ, CONSUMIDOR! É preciso comunicar o cliente que a empresa tem o produto de que ele precisa. A campanha tem de ser assertiva. Por isso, repita aquela que já deu certo. Não é hora de testar nova abordagem.
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MARQUE PRESENÇA NA WEB O meio digital é, indiscutivelmente, um importante canal de vendas, além de valiosa fonte de consulta antes das compras. Municie o cliente com informações relevantes.
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VENDAS EM TODOS OS CANAIS Conveniência é o que o consumidor procura na hora de comprar. Se é na loja física, no site ou nas redes sociais, não importa. É preciso oferecer a ele a melhor opção de escolha.
Fontes: Enéas Pestana & Associados e Mixxer
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DIA DAS MÃES
140 LAVA-LOUÇAS . . . . . . . . . . . . . . 146 MÁQUINAS DE CAFÉ . . . . . . . . 154 CAPAS PARA SMARTPHONES . 160 CUIDADOS PESSOAIS . . . . . . . .
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ALIADOS DA BELEZA Está na hora de os varejistas reforçarem o mix de suas lojas com itens que auxiliem as mulheres a cuidar de seus cabelos. Afinal, o Dia das Mães é uma das melhores datas para a comercialização desses produtos.
por Igor Carvalho
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s mulheres nunca tiveram tanta voz desde que passaram a questionar os estereótipos e padrões que as oprimem. Hoje, elas têm novos anseios, necessidades e querem ser cada vez mais autênticas. A moda, por exemplo, já reflete essa nova realidade. Um visual natural, valorizando texturas próximas da original dos cabelos, está cada vez mais em alta. Isso não quer dizer que o sexo feminino vem se preocupando menos com a sua aparência, pelo contrário. As mulheres contemporâneas utilizam os mesmos recursos de antes, mas a vaidade se tornou um meio de valorizar quem são ou de expressar a sua individualidade.
Segundo o cabeleireiro Wanderley Nunes, do Estúdio W, a mulher moderna ta mbém está ca da v ez menos cond icionada a viver em função do cabelo. A praticidade, portanto, exerce forte influência sobre os hábitos dessas consumidoras. Pesquisa realizada por uma das empresas do Grupo Ibope, encomendada pela marca Arno, revela que, embora 47% das mulheres de 18 a 45 anos ouvidas para o levantamento gastem, em média, de 30 minutos a uma hora por dia com atividades de beleza, a escassez de tempo para tais atividades é uma questão importante.
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Na hora de justificar o seu interesse por produtos que as auxiliam a arrumar os cabelos em casa, a falta de tempo e a comodidade de não precisar se deslocar são as motivações para 17% e 20% das entrevistadas, respectivamente, não irem a um salão. Algumas delas (27%) não recorrem a um profissional por conta do preço dos
As linhas de eletroportáteis para cuidar dos cabelos são, ano após ano, destaque em vendas para o Dia das Mães. serviços, e boa parte das respondentes (33%) sentem prazer em se arrumar sozinhas. Por conta dessa demanda, a indústria tem investido em soluções que atendem às necessidades dessas consumidoras. A consolidação da categoria das escovas modeladoras é um reflexo disso. EM ALTA As vendas do produto, em volume, cresceram 62,9% entre o terceiro e o quarto trimestre do ano passado, segundo a empresa de pesqui-
sas GfK. Mesmo com variação de preço de menos 3% no período, as escovas modeladoras asseguraram avanço de 58% em faturamento. A categoria teve melhor performance em relação às pranchas alisadoras e aos secadores de cabelo, que também tiveram bom desempenho. As pranchas, na comparação entre os mesmos trimestres, avançaram 34,6%, enquanto os secadores tiveram incremento de 27% em unidades vendidas. Em faturamento, a alta foi de 26% e de 24,7%, respectivamente. Parte desse bom resultado das escovas se deve à baixa penetração do produto. Outro ponto favorável é que, além de fáceis de manusear, elas alisam, mas também modelam e secam os cabelos, assegurando a eles uma aparência mais natural. Por conta disso, a oferta do produto aumentou nos últimos anos. A Mondial lembra que foi a pioneira ao lançá-lo no mercado local. Atualmente, seu portfólio para o segmento é composto por mais de uma opção, com destaque para a escova alisadora Magic Brush EA-01 e a secadora ES-01. O primeiro produto tem base de cerâmica com turmalina, temperatura variável de 80°C
GA.MA ITALY Alessandra Couto, gerente de marketing e trade marketing
ARNO Modelador Arno Jumbo
Prancha Aura Titanium Digital
Prancha Aura Titanium Digital IHT
Chapa Arno Liss & Curl
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a 230°C, cabo giratório 360º e emite íons que eliminam o frizz e a estática. O diretor técnico e de comércio exterior da Mondial, Jacques Ivo Krause, também acredita no potencial da escova secadora ES-01, aparelho com funções equivalentes às do modelo anterior. “Já prevemos grande sucesso em vendas, a partir das expectativas dos nossos clientes e dos testes com usuárias finais.” A Mallory é outra marca que aposta no segmento, com a escova rotativa Shine Model Styler, que tem 900 W de potência, dupla rotação e turmalina ionizada. “A categoria se consolidou no varejo nos últimos dois anos. Trata-se de um aparelho de fácil manuseio e com excelente finalização pós-escovação. O produto também elabora penteados de forma fácil e rápida. Esses são os grandes motivos pelos quais as escovas conquistaram espaço no mercado”, explica Milene Engles Borges, diretora de cuidados pessoais da marca. Na avaliação de Iberê Martello, diretor comercial de portáteis e linha branca da Britânia, que também detém a marca Philco, o mercado de cuidados pessoais é bastante estimulado por tendências, e o produto do momento são as escovas modeladoras e rotativas. “Já tivemos no passado destaque para as pranchas alisadoras, cacheadores ou modelos específicos de secadores. Agora é o momento dessas escovas.” Com o segmento em alta, o executivo da Britânia destaca três modelos. Da marca Philco, disponibiliza aos varejistas a escova rotativa Ceramic Spin Ion Brush. Com quatro acessórios inclusos, o produto seca, alisa, dá brilho e volume aos cabelos. A escova modeladora Soft Brush, outro destaque da Philco, além das funções equivalentes às do modelo anterior, pode ser utilizada nos cabelos secos, úmidos ou molhados. Completa o portfólio da empresa para a data o kit Modelle Shine, da Britânia, composto pelo secador de cabelos e a escova da linha Modelle Shine. Ambos vêm acomodados em uma linda maleta. DIA DAS MÃES As linhas de eletroportáteis para os cabelos são, ano após ano, destaque em vendas no Dia das Mães. “A categoria de cuidados pes-
MONDIAL
Escova Alisadora Magic Brush EA-01
Jacques Ivo Krause, diretor técnico e de comércio exterior
Escova Secadora ES-01
soais, mais precisamente de beleza, sempre conquista resultados expressivos no período. A data é uma das mais importantes do calendário de ações para o varejo brasileiro, ficando atrás apenas do Natal”, conta Alessandra Couto, gerente de marketing e trade marketing da GA.MA Italy. As fabricantes estão otimistas com 2017 e acreditam em um desempenho melhor do que o do ano passado.
Secadores estão sempre em alta. O faturamento dessa categoria cresceu 24,7% no quarto trimestre. Em 2016, todas as datas comemorativas, sobretudo aquelas do primeiro semestre, frustraram as expectativas do varejo. Em maio, o volume de vendas caiu 1% na comparação com o mês anterior. Foi o pior resultado para o mês desde 2000, quando começou a série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No setor de eletros, o impacto também foi negativo, com retração de 1,3% em relação a abril e de 14,6% na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
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Fotos: Divulgação
MALLORY
Modelador Pearl
Milene Engles Borges, diretora de cuidados pessoais
Shine Model Styler
Para a gerente de marketing de non food da Arno, Julia Castro, mesmo em um ano difícil como foi 2016, os impactos no mercado de beleza foram menores, o que mantém o otimismo e os investimentos para o Dia das Mães de 2017. “O segmento é um dos menos afetados pela má economia e é um dos que apresentam crescimento sobre o ano anterior”, diz a executiva, citando pesquisas internas feitas pela marca. O diretor comercial de portáteis e linha branca da Britânia reforça a relevância do Dia das
A praticidade tem impulsionado as vendas de escovas modeladoras. Elas avançaram 62,9% em volume e 58% em valor. Mães para a comercialização desses produtos. “A categoria de cuidados pessoais é importantíssima para a data. Todo ano há incremento significativo nas vendas. Trata-se de uma linha que agrada ao público feminino e, portanto, é um item de desejo de qualquer mãe.” O executivo destaca, como estratégia para reforçar os resultados, ações específicas para os varejistas, como displays diferenciados, anúncios cooperados com revendedores e dedicação
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maior do time de promotoras e demonstradoras no ponto de venda. Grande parte das empresas e redes varejistas também começa a preparar ações específicas para a data. A GA.MA Italy, embora não possa dar detalhes, está investindo em um lançamento para o Dia das Mães, a linha Innova, juntamente com ações e materiais para os pontos de venda. A Mallory acredita que a data será um bom momento para apresentar seu novo conceito de produtos e de comunicação. Além de novidades no portfólio, a Mondial também promete estar com mais de 100 promotoras em lojas parceiras de todo o País nas semanas que antecedem o segundo domingo de maio. A VEZ DOS CACHOS Produtos que cuidam da saúde dos fi os e valorizam os cachos seguem como opção e aposta da indústria para o Dia das Mães. As pranchas, que antes garantiam efeito liso, hoje também são utilizadas pelas consumidoras para criar ondulações, com um visual mais natural e suave que os feitos com babyliss. As influenciadoras de moda e beleza, por meio das redes sociais, disseminaram essa tendência, que refl ete o estilo messy hair (modelagem que valoriza cabelos mais “bagunçados” e com volume) e que conta, ainda, com os secadores como aliados para garantir tal efeito. Em sua linha de produtos, a Mallory destaca o modelador Pearl, com sistema Easy Curl, que facilita a modelagem de cachos. Tem cerâmica ionizada, 20 mm de diâmetro e atinge até 210° de temperatura. “Dentro da categoria de cuidados pessoais, os produtos para cabelos no Brasil são, sem dúvida, os campeões de vendas e de participação dentre todas as suas divisões. A mulher brasileira é apaixonada por seus fios, ousada no estilo e criativa nos penteados”, diz Milene. Alguns modelos vêm com acessórios que ajudam a dar aspecto ondulado e encaracolado, ou apresentam essa dupla função. É o caso da chapa Liss & Curl, da Arno, que alisa e enrola. Outra opção é o modelador Arno Jumbo, que faz cachos largos e volumosos,
graças ao diâmetro de 32 mm e alto desempenho – atinge 200°C em até 60 segundos. “Acreditamos que a chapa, por ser uma preferência nacional e por não ter um preço tão elevado, é uma boa aposta como presente”, diz Julia, da Arno. Do seu portfólio atual, a GA.MA Italy destaca a Linha Aura, composta pelas pranchas Titanium Digital IHT e Titanium Digital. A primeira oferece desempenho superior no alisamento, por meio de tecnologias que otimizam o pranchado, entre elas a IHT, que faz com que o aquecimento seja ultrarrápido, levando, em média, até 15 segundos para alcançar a temperatura máxima (230ºC). A versão Titanium Digital conta com emissão multiplicada de íons negativos, deixando os fios muito mais brilhantes, e suspensão nos patins, que se adaptam perfeitamente aos movimentos da prancha, facilitando ainda mais o deslize. CARTA NA MANGA Independentemente da tendência que faz a cabeça das mulheres, sejam elas mães ou filhas, os secadores estão sempre em alta. O faturamento da categoria cresceu 24,7% no quarto trimestre frente aos três meses anteriores. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o resultado foi maior em 12,3%, informa a GfK. Nessa categoria, a Mallory aposta no modelo Ion 4000, em vermelho perolado, com 2.000 W de potência, grade de Íon Cerâmica, alta vazão de ar e filtro removível para limpeza e melhor conservação. Da marca Arno, destaque para o Signature Pro AC, com motor profissional, de 2.100 W, fino bocal concentrador para secagem com maior precisão, duas velocidades e três temperaturas com comandos independentes. Como um produto complementa ou diversifica a finalidade do outro, há espaço para todas as categorias no mercado. “A linha de cuidados pessoais femininos é ampla, e as mulheres utilizam cada vez mais esses produtos. Secadores, pranchinhas, modeladores, escovas alisadoras e secadoras são itens que facilitam muito a vida e foram desenvolvidos baseados nas necessidades da mulher atual, que normalmente trabalha fora, além de cuidar da sua
própria casa”, diz Jacques, da Mondial. Para o Dia das Mães, a empresa aposta no Conjunto Especial Super Bonita KT-53, composto por três produtos distintos: a prancha alisadora Tourmaline Ion Plus, a escova modeladora Infinity Chrome e o secador Max Travel.
Produtos que cuidam da saúde dos fios e valorizam os cachos seguem como opção e aposta da indústria para o Dia das Mães. O fato de as consumidoras diversificarem a utilização das pranchas revela que facilidade de manuseio é um ponto importante para o mix de cuidados pessoais. Alessandra, da GA.MA Italy, reconhece a importância de produtos fáceis de operar, até mesmo por quem não tem tanta prática. “Nosso lançamento vai trazer as melhores tecnologias para o dia a dia das mulheres, com facilidades para reproduzir looks que, até então, só eram possíveis para pessoas que já contavam com muita habilidade no manuseio de ferramentas como prancha e modeladores de cachos.”
BRITÂNIA
Iberê Martello, diretor comercial de portáteis e linha branca
Escova rotativa Ceramic Spin Ion Brush
Escova modeladora Soft Brush
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AMOR INCONDICIONAL Todas e todos, sem exceção, são apaixonados por elas e não sem razão. Afinal, as lava-louças livram o ser humano do árduo trabalho de lavar pratos, copos, talheres e panelas. Em paralelo, deixam mais tempo livre para outras atividades e, com as modernas tecnologias, economizam água, um fator positivo nos dias atuais, quando é evidente a preocupação com a sustentabilidade. Ainda são produtos com maiores vendas nos grandes centros, mas seu potencial de crescimento é grande. O desejo de ter uma também. Mães de qualquer idade gostam delas e, se não ganham na sua data comemorativa, compram uma para se presentear. O Dia das Mães é um estímulo para as vendas de lava-louças. por Leda Cavalcanti
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mais desenvolvidos. Além disso, estudos vêm demonstrando que o produto gasta bem menos água do que a lavagem manual de louças e panelas, um fator importante para a sustentabilidade.
O impacto da PEC das Domésticas no orçamento das famílias, com a incidência de gastos com Fundo de Garantia e horas extras, modificou hábitos, exigiu economia e aguçou a vontade dos consumidores de ter uma lava-louças, pois uma auxiliar doméstica custa caro, como já ocorre nos países
É fato que a instabilidade econômica e o medo do desemprego afetaram as vendas de vários produtos no ano passado, e as lavadoras não foram exceção. Mesmo assim, saíram-se bem nos últimos meses de 2016: no quarto trimestre, a categoria vendeu 10,4% mais unidades na comparação com o período imediatamente anterior. Nesses três meses, o faturamento cresceu 8,6% e o preço médio caiu 1,6%, conforme demonstra o levantamento da empresa de pesquisas GfK. Entretanto, no comparativo anual, isto é, do quarto trimestre de 2016 com o mesmo período de 2015, houve queda de 5,5%.
categoria de lava-louças pode não ser tão popular quanto os fogões ou as geladeiras, mas representa uma grande oportunidade a ser explorada pelo varejo. O espaço para as vendas está aberto, pois, embora seja um produto muito desejado, sua penetração geral no mercado brasileiro ainda é menor que 5% – entre as classes A e B, chega a 10% – , situação muito diferente quando comparada à de outrospaíses,comoEstadosUnidoseAlemanha,onde quase 80% das casas contam com o equipamento.
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Foto: Divulgação
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ECONOMIA DUPLA O binômio economia de água e de tempo representa uma das principais vantagens desse produto, afirma Roberta Donato, diretora de marketing das categorias lava-louças, ar-condicionado e lavanderia da Whirlpool Latin America. “Em média, gastam-se 300 horas por ano na lavagem de louças, um tempo que poderia ser utilizado para outras atividades e para o lazer. As novas tecnologias modernizaram esses eletrodomésticos, que hoje são aliados na redução do consumo de água.”
Estudos demonstram que a lava-louças gasta bem menos água do que a lavagem manual de louças e panelas, um fator importante para a sustentabilidade.
Uma pesquisa do Laboratório Falcão Bauer, encomendada pela Whirlpool, revelou que a substituição da lavagem manual pela lava-louças pode gerar uma economia anual de 27
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mil litros de água, o que equivale a 55 caixas de água de 500 litros. “A lavagem com a lava-louças economiza até 85% mais água do que a manual. São necessários cerca de 100 litros de água para lavar 140 peças de louça, manualmente, enquanto na lava-louças o gasto é de apenas 15 litros”, explica Roberta. Mais um atributo da máquina é apontado por Silvia Tamai, gerente de produto da Electrolux Brasil. “A lava-louças faz a higienização com enxágues de até 70°C, o que ajuda a remover mais facilmente a sujeira e os micro-organismos.” A eficiência da lavagem da louça com a máquina é reforçada por Marta Pimentel, gerente de marketing de produto da Midea Carrier. “As lava-louças funcionam com sistemas de jatos de água quente ou fria, que economizam água e proporcionam uma limpeza eficaz.” MERCADO Desde 2013, quando da promulgação da PEC das Domésticas, o mercado de lava-louças está em crescimento no País, conta Kati Dias, gerente-geral de home appliance da LG Electronics do Brasil. “A partir
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daquele cenário, a LG trouxe o produto ao Brasil para complementar a cozinha de muitas residências, principalmente do Sul e do Sudeste, onde a aceitação é maior. Agora, com a proximidade do Dia das Mães, período muito importante para a linha branca como um todo, temos a expectativa de dobrar as vendas.”
O Dia das Mães é data importante para a linha branca como um todo e, particularmente para as lava-louças, cada vez mais desejadas por economizarem tempo, trabalho e água.
Foto: Divulgação
A baixa penetração nos lares brasileiros e as facilidades que a lava-louça oferece acenam como bom sinal para o crescimento das vendas. “Entretanto, há um grande desafio, que é a indústria fazer com que os consumidores passem, cada vez mais, a identificar as vantagens e os benefícios
desse produto, mitigando mitos como os de que não lava direito e gasta muita água”, diz Silvia, da Electrolux Brasil, empresa que tem as maiores vendas na Grande São Paulo, no interior do Estado, no Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. “Juntos, esses Estados corresponderam a cerca de 68% das vendas no ano passado”, acrescenta a gerente. Outro ponto a favor é o novo conceito de moradia. “Os lares brasileiros estão cada vez menores, exigem cozinhas planejadas, com itens de embutir. Então, o consumidor precisa entender os benefícios do produto e mudar seus hábitos, mas isso só ocorre quando ele o experimenta”, diz Marta, da Midea Carrier, empresa com maiores vendas no Sudeste e no Sul do País. Para a categoria, o Dia das Mães cai como uma luva. “Além de ser um item presenteável pelos filhos, muitas mães o compram e se dão de presente na data que é delas”, conta Roberta, da Whirlpool Latin America. Veja aqui, o que há no mercado.
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Tem oito modelos de lava-louças. As de oito serviços, LE08B e LE08S, são compactas, têm seis programas e lavam a louça de até oito pessoas gastando 13 litros de água na função Normal. Possuem as funções Eco, que consome menos água e energia, e Panelas. Têm painel touch e interior em inox. Os modelos LI10B e LI10X são de 10 serviços, com seis programas. O Inteligente determina automaticamente qual é o melhor programa, conforme a sujeira das louças. Vêm com cestos superiores com regulagem de altura e interior de aço inox.
Foto: Divulgação
Para famílias grandes, as lavadoras de 14 serviços – LI14B, LI14X, LF14X e DWI61 – oferecem maior capacidade interna. Têm os programas Inteligente, Normal, Panelas, Express 30’ e Acquajet – Pré-Lavagem. Contam, também, com cestos de altura regulável e interior de inox. A lava-louças Home Pro LF14X possui a função OptiOne, que permite selecionar apenas um cesto para realizar a lavagem. Assim, o consumidor não precisa esperar que a máquina fique cheia para iniciar a limpeza.
Silvia Tamai, gerente de produto da Electrolux Brasil Electrolux Lava-louças LI14X
Electrolux Lava-louças LI10X
LG >>> Lançou, em 2016, a LG Studio TrueSteam 14 Serviços. Seu gerador de vapor TrueSteam™ remove todas as sujeiras sem a necessidade de pré-lavagem, incluindo manchas difíceis, como de batom e molho. Dispõe do sistema inteligente Smart Rack™, que flexibiliza o espaço interno e permite lavar mais louça de uma única vez. O produto tem três hélices (partes superior, inferior e central) com pressão ajustável em cada uma, o que possibilita lavar de copos de cristal a panelas ao mesmo tempo e com um único programa. A lava-louças conta com a função Eco, que utiliza apenas nove litros de água em cada lavagem. A função Auto ajusta automaticamente o tempo do ciclo de lavagem e a temperatura da água, de acordo com o nível de sujeira das louças. Dispõe, também, do motor Inverter Direct Drive, que tem garantia de 10 anos.
Kati Dias, gerente-geral de home appliance da LG Electronics do Brasil
LG Studio TrueSteam 14 Serviços
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MIDEA CARRIER >>> Apresenta a lava-louças Midea Desea, de 14 Serviços, indicada para famílias numerosas e para quem recebe muitos amigos em casa. Tem sete ciclos de lavagem: Pré-lavar, Eco, Rápido, Normal, Pesado, Delicado e Dia a Dia. Com este último, é possível ajustar a lavagem preferida, com um só toque.
Foto: Stúdio Thiago Henrique
Totalmente em inox, o produto trabalha com alta eficiência, retirando todos os resíduos dos utensílios. Outra facilidade é a possibilidade de trocar o programa da máquina mesmo durante a lavagem e, também, controlar a direção da água, o que amplia as opções na lavagem.
Midea Desea 14 Serviços
Marta Pimentel, gerente de marketing de produto da Midea Carrier
WHIRLPOOL >>> Dona das marcas Brastemp e Consul, a Whirlpool é a única que fabrica o produto no País, em sua unidade de Manaus (AM). Para o público premium, oferece a lava-louças de embutir Brastemp Vitreous 14 Serviços, com acabamento em vidro branco. Tem as funções Ciclo Automático, que identifica o nível de sujeira, e Secagem a Vapor, que garante o brilho da louça. É possível, também, regular o espaçamento das fileiras para adaptar o cesto aos diferentes formatos e tamanhos de louças. Outra lava-louças é a Brastemp 10 Serviços, compacta, com alta performance e disponível nas cores branca e prata.
Lava-louças Brastemp 10 Serviços
Lava-louças Brastemp Vitreous 14 Serviços
Com a marca Consul, a lava-louças Facilite 6 Serviços é fácil de utilizar, não exige reformas e pode ser instalada pelo próprio consumidor em 10 minutos, informa a empresa. O produto tem painel intuitivo, que auxilia na escolha do ciclo ideal, e economiza até 85% de água na comparação com a lavagem manual. Recentemente, foi lançada a lava-louças Consul 12 Serviços.
Roberta Donato, diretora de marketing das categorias lava-louças, ar-condicionado e lavanderia da Whirlpool Latin America Lava-louças Consul Facilite 6 Serviços
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HORA DO CAFÉ As mulheres consomem mais café do que os homens. Estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que 79,3% delas tomam a bebida, porcentagem ligeiramente maior que a de homens, que chega a 78,7%. Esta é uma boa razão para os pontos de venda destacarem as cafeteiras e as máquinas que utilizam cápsulas no período que antecede o Dia das Mães. Outro motivo relevante é o crescimento da categoria, principalmente nos grandes centros urbanos.
por Leda Cavalcanti
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brasileiro está cada vez mais exigente quando o assunto é café. Muitos fatores contribuíram para isso, entre eles o aprimoramento da qualidade, e consequentemente do sabor, a maior divulgação do produto, a formação de especialistas, a chegada dos cafés especiais e as degustações que acontecem com frequência, principalmente nas grandes cidades. As cafeteiras e as máquinas de
A categoria de cafeteiras cresceu 12,3% em vendas no quarto trimestre de 2016, na comparação com o mesmo período de 2015, e 7,8% em faturamento, conforme dados da GfK. cápsulas também contribuíram muito, em alguns casos pela praticidade e em outros pela sofisticação, para despertar o gosto pela leitura sobre o café, seus vários tipos e a melhor forma de obtê-lo.
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A bebida, originária da Etiópia, é a mais popular do planeta e tem formas diversas de consumo, algumas já copiadas no Brasil, caso do copinho de água gelada que vem com a bebida, muito comum na Grécia. Especiarias como canela e cardamomo, que no Oriente acompanham o café, também são utilizadas no País, que é o segundo maior consumidor do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. O consumo brasileiro per capita é de 4,9 quilos de café torrado e moído por ano, conforme dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). O processo de fazer um bom café ou tirar da máquina um curto ou longo, como ocorre na Itália, se espalhou pelo mundo. A profissão de barista é hoje muito valorizada, afinal é um especialista com conhecimento para fazer um café de primeira linha e criar outras bebidas com o produto. Com isso, evolui o mercado de cafeteiras, como mostram os números. A categoria cresceu 12,3% em vendas no quarto trimestre de 2016, na comparação com o mesmo período de 2015, e 7,8% em faturamento, revelam dados da empresa de pesquisa e
consultoria Gfk. A queda de 4% no preço médio colaborou para elevar as vendas. PRODUTOS EM ASCENSÃO As cafeteiras são uma das principais categorias de eletroportáteis e é natural que isso aconteça, até pelo fato de o brasileiro ser o segundo povo que mais consome café no mundo, lembra Ana Paula Moraes, diretora de marketing da Hamilton Beach no Brasil. “Em pesquisa realizada pela Euromonitor, no final do ano passado, 49% dos entrevistados afirmaram possuir uma cafeteira elétrica tradicional e outros 25% tinham intenção de comprá-la”, conta. No País, a venda de cafeteiras é expressiva, atesta Marcelo Pellegrinelli, gerente de marketing de eletrodomésticos da Black+Decker. “Muitas pessoas gostam de preparar o próprio café em casa. Acredito no crescimento do setor porque é um mercado que aposta constantemente em inovação e lança variedades de grãos e de sabores, o que estimula o preparo da bebida. A principal vantagem das cafeteiras é a praticidade.” As cafeteiras elétricas lideram a categoria, representam 75% das vendas, porém nos últimos três anos as máquinas de cápsula cres-
ceram fortemente. “Elas já são responsáveis por aproximadamente 50% do faturamento da categoria no varejo, o que é muito positivo para os lojistas, pois com a comercialização das máquinas de monodose é possível fazer um upgrade no valor do tíquete em relação à solução tradicional”, diz Martin Schneider, gerente comercial B2C da Nespresso.
As cafeteiras e as máquinas de cápsulas contribuíram muito, em alguns casos pela praticidade e em outros pela sofisticação, para despertar o interesse pelo café. O FUTURO PROMETE Em busca de praticidade, qualidade e diversidade, o consumidor adere, cada vez mais, às cafeteiras e às máquinas de café. Nos lares brasileiros, 81% do volume total consumido é de café em pó. A penetração da categoria de café porcionado está abaixo de 10%, mas o segmento cresce significativamente, e a expectativa é que triplique de tamanho até 2019. “Este crescimento acontece com maior força nas grandes capitais do Brasil. Em 2016, a Nespresso foi a marca que mais cresceu: 15,6% ante 2015”, diz Martin.
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A Nespresso disponibiliza máquinas para diferentes necessidades e formas de consumo. A U tem sistema automático de perfuração, extração e ejeção da cápsula, ativada por um simples movimento do slider da máquina; a Prodígio é a primeira conectada da marca, que se comunica com o smartphone; e a Lattissima Touch faz cafés expressos, cappuccinos e lates macchiatos. “Nossas máquinas são as únicas do mercado com 19 bar de pressão, o que garante a extração perfeita do café”, garante Martin. Em cafeteiras, a Black+Decker tem uma linha completa, com capacidades para 12 a 36 cafés, jarras feitas de vidro e aço inox, mais jarra térmica em inox. “Todos os modelos foram desenvolvidos com o objetivo de levar a modernidade para dentro de casa”, afirma Marcelo. Um destaque é a CMX, que prepara até 23 cafés. Tem acabamento em aço inox, jarra térmica que mantém a bebida aquecida por mais tempo, porta-filtro removível, sistema corta-pingos, amplo visor do nível de água e luz indicadora de funcionamento. DATA BOA DE VENDAS O Dia das Mães é importante para a categoria. “Historicamente, impulsiona as vendas de todos os portáteis”, afirma a diretora de marketing da
Hamilton Beach. “Sempre investimos em ações nos pontos de venda e em nossas mídias sociais. Vamos criar uma comunicação especial, banners, displays e cartazes”, diz o gerente de marketing da Black+Decker. “É uma grande oportunidade de oferecer um produto de qualidade aos clientes”, ressalta o gerente comercial B2C da Nespresso. Para a data, a Hamilton Beach oferece quatro modelos de cafeteiras, sendo três sem jarra de vidro. “Nesta categoria, conseguimos atender a uma das principais reclamações, que é a jarra de vidro. Os modelos BrewStation atuam como cafeteiras dispensadoras, não possuem jarra e sim uma chapa de aquecimento brando, para deixar o café fresco e quente, mas sem queimar”, explica Ana Paula. Com capacidade para 35 xícaras, dispensando uma de cada vez, a BrewStation Elite tem relógio digital com desligamento ajustável de 0 a 4 horas. A BrewStation, para 15 xícaras, possui filtro permanente e relógio digital com desligamento automático após duas horas; a Cafeteira Elétrica, com filtro permanente, prepara 14 xícaras e tem sistema de preparo (em três passos) encapsulado, que mantém o café aquecido; e a 2-Way, com capacidade de 35 xícaras, tem filtro permanente e duas opções de preparo, individual ou jarra.
HAMILTON BEACH
Fotos: Divulgação
Ana Paula Moraes, diretora de marketing da Hamilton Beach
Cafeteira Way, da Hamilton Beach
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Cafeteira BrewStation Elite, da Hamilton Beach
Cafeteira Elétrica, da Hamilton Beach
BLACK+DECKER Marcelo Pellegrinelli, gerente de marketing de eletrodomĂŠsticos da Black+Decker
Cafeteira Black+Decker CMX
NESPRESSO Martins Schneider, gerente comercial B2C da Nespresso
ProdĂgio, da Nespresso
Lattissima Touch, da Nespresso
U, da Nespresso
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CAPAS PARA SMARTPHONES Eis uma categoria boa de vendas, formada por produtos charmosos e úteis, que protegem o smartphone de danos causados, principalmente, por quedas. Não são poucas as pessoas que têm mais de uma capa para o aparelho. Afinal, a diversidade de modelos, cores, desenhos e materiais estimula o consumo. Este Dossiê traz uma variedade de capas, das simples às sofisticadas, para os smartphones, hoje equipamentos de primeira necessidade e com mercado de boas expectativas em 2017. Segundo a IDC Brasil, a expectativa é que 43,3 milhões de unidades sejam comercializadas neste ano, o que representa aumento de 3,4% sobre 2016. 160 160
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ALFACOMEX // CARTEIRA UNIVERSAL GEONAV A empresa lança a Carteira Universal Geonav, com modelos desenvolvidos para smartphones com telas de 4,5”, 5” e 5,5”, como iPhone 6, 6s e 7, Galaxy A5 e S7, Xperia M5, Zenfone 3 e Moto G4 Plus, entre outros. O produto, que está disponível na cor preta, dispõe de encaixe universal com rotação, possibilitando ao usuário tirar fotos. Tem bolso para cartões de crédito e pequenas quantias de dinheiro.
BUSINESS OFFICE // X-LEVEL - DARK BROWN A Business Office escolheu para este Dossiê a marca de cases X-Level, que está estreando no Brasil. O modelo Dark Brown é da linha Vintage, certificada para smartphones da Apple. Desenvolvida em couro sintético de alta qualidade, tem design exclusivo e processo handmade, que possibilita um diferenciado acabamento, informa a empresa. Está disponível nos modelos Dark Brown e Black.
CUSTOMIC // HÍBRIDA A capa Híbrida é composta por dois tipos de plástico de alta qualidade e estrategicamente distribuídos, destaca a Customic. A parte traseira é feita de policarbonato rígido, que evita arranhões, e as bordas são de poliuretano flexível para amortecer impactos. Ambos os materiais têm alta transparência e demoram muito mais para ficar amarelados. O produto está disponível para toda a linha iPhone e para os smartphones Moto G5 e Galaxy S8.
DRIFTIN // CLEAR CASE A empresa apresenta o Clear Case Preto para iPhone 7. O acessório possui uma estrutura resistente que combina TPU e policarbonato, protegendo o aparelho contra riscos e quedas. Além disso, todos os botões e câmeras do iPhone 7 são facilmente acessíveis e desobstruídos, destaca a empresa. O portfólio da linha Clear Case conta com modelos para as versões 7 e 7 Plus, nas cores prata, preto, rose gold e dourado.
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ELG SUPORTES // MONSTER SELFIECASE A ELG trouxe com exclusividade para o Brasil as capas Monster SelfieCase. Fabricadas com TPU de alta resistência a choques e impactos, têm como diferencial a capacidade de fixar o smartphone em superfícies verticais lisas, como vidros e espelhos. São ideais para tirar selfies, fazer vídeos e seguir receitas ou tutoriais, sem utilizar as mãos. Estão disponíveis para iPhone 6, 6s, 5, 5s, SE e Samsung Galaxy S5 e S6.
EMOBILE // MUVIT - WINDOW FOLIO A Window Folio possui a base de fixação do aparelho de acrílico, revestida com couro sintético. A parte frontal é de plástico ultrarresistente e sensível ao toque. Para acessar a tela, não é necessário abrir a capa. Ideal para quem assiste a vídeos pelo smartphone, pois conta com a função suporte, destaca a empresa. O produto está disponível na cor preta, para iPhone 6, 6s e 6s Plus.
GOCASE // PATCHES
Fotos: Divulgação
Especializada em capas para smartphones, a Gocase escolheu para este Dossiê a linha Patches, que possui diversas estampas exclusivas, produzidas com alta qualidade de impressão, cores vivas e completa aderência, destaca a empresa. As capas são de TPU maleável, que protege o aparelho contra impactos, arranhões e sujeira, e estão disponíveis para diversas marcas e modelos de aparelhos.
ICOVER // DROP CASE VERÃO O produto Drop Case Verão possui design com cantos reforçados e tem capacidade de resistir a quedas de até 2 metros. Isso se deve ao fato de ser fabricado com PVC rígido na frente e TPU flexível nas laterais, informa a iCover. A linha Verão 2017 é apresentada com estampas exclusivas: Listras, Ventana, Florença, Celeste e Papoula. Os modelos estão disponíveis para iPhone 6s, 6s Plus, 7 e 7 Plus.
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IWILL // STRONG DUALL PARA IPHONE 7 A Strong Duall tem capa interna de TPU maleável e externa rígida de policarbonato, para dupla proteção. Também deixa todas as saídas acessíveis. Possui proteção de botão responsiva com detalhes metálicos prateados, e a capa externa texturizada torna o produto antiderrapante. Tem proteção antirrisco e contra a poeira provocada pelo uso diário. Disponível nos modelos Coral, Aqua Sky, Midnight Blue e Preta. Acompanha película de vidro.
LOFT ARMOR O modelo escolhido pela Loft utiliza o material policarbonato nas bordas para fortalecer contra impactos. Seu interior é de TPU (poliuretano termoplástico), proporcionando maior segurança para o smartphone sem perder o design, destaca a empresa. Há diversos modelos nas cores azul, branca, preta e rosa, que estão disponíveis para iPhone 5, SE, 6s, 6s Plus, 7 e 7 Plus.
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MATECKI - SANRIO // LINHA HELLO KITTY
Fotos: Divulgação
Os produtos são fabricados com TPU, material que é um misto entre plástico e silicone, oferecendo alta flexibilidade e durabilidade. A impressão dos personagens da linha Hello Kitty é feita diretamente na capa, sem adesivo, com alta tecnologia em UV. As capas vêm com uma caixinha exclusiva, com selo holográfico da Sanrio, comprovando a parceria com a Matecki, informa a empresa.
MOBIMAX // GATCHE Fabricada com poliuretano, a capa Gatche possui as tecnologias BioSilver, proteção antibacteriana, AirCare Impact, que dá resistência a impactos de até 1,2 m de altura, e Metal NanoParticles, acabamento composto de metais, para maior durabilidade e qualidade. O produto é genuinamente brasileiro. Foi desenvolvido para iPhone 7, 6s e 6 e está disponível em preto, gold, prata, prata titanium e rose gold.
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OPECO // ACMEMADE
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A Opeco apresenta, neste Dossiê, o estojo para iPhones 6 e 6 Plus da marca AcmeMade. Com estrutura de policarbonato e resistente a impactos, tem como principal diferencial um cabo lighting embutido, para carregar ou sincronizar dados. Dispõe, também, de uma haste para visualização horizontal ou vertical do aparelho. É apresentado na cor preta, com haste preta ou vermelha.
THULE // THULE ATMOS X4 Possui estrutura bicomponente, com cantos stop-shock, testados em impacto com até 2 metros. O produto vem com protetor de tela, que oferece cinco vezes mais proteção contra impacto, arranhões, brilho e impressões digitais. Compatível com sensor de toque, tem acesso fácil e completo a todas as portas. Disponível para iPhone 7 Plus, 6 e 6 Plus, em preto, preto com branco e preto com coral.
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LANÇAMENTOS ANODILAR
CHURRASQUEIRA STANG PICNIC GRILL A Anodilar amplia a sua linha outdoor de churrasqueiras com o lançamento da Stang Picnic Grill. A churrasqueira tem design compacto, é leve e possui alto padrão de acabamento, destaca a empresa. Sua potência nominal é de 1.200 W. Dispõe de bandeja coletora de gordura em inox e aramado de apoio para os alimentos. Conta, também, com pés antiderrapantes, que dão estabilidade ao equipamento. Está disponível em 127 V e 220 V.
BLACK+DECKER GRILL MAIS SAÚDE GL1650
O modelo tem grelhas amplas, com revestimento antiaderente, e levemente inclinadas para auxiliar no escoamento do excesso de líquido e de gordura dos alimentos, tampa articulada com altura ajustável e controle de temperatura. O Grill Mais Saúde conta, também, com alça antitérmica, suporte para enrolar o fio, base com borrachas antiderrapantes e duas lâmpadas-piloto. Vem acompanhado de espátula e coletor de resíduos. Disponível em 127 V (1.500 W) e 220 V (1.600 W).
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BOA IMPRESSÃO 3D IMPRESSORA STELLA 3D
Fabricada no Brasil e indicada para uso profissional ou hobby, a impressora 3D Stella pesa apenas 2,5 kg. Imprime peças com vários tipos de plástico, como PLA, PET, nylon, policarbonato, flexível, com aspecto de madeira e de bronze. Vem montada e calibrada, acompanhada de adaptador de energia bivolt automático, cabo USB, mesa de impressão (espelho), peça impressa, usada no processo de calibração, e um brinde-surpresa, informa a empresa. Disponível nas cores laranja, branca, preta e amarela. Tem um ano de garantia e suporte técnico.
C3TECH
Fotos: Divulgação
HEADSET GAMING HERON A C3 Tech, uma das marcas da Coletek, lança no mercado novos modelos de headsets para os gamers. Destaque para o PH-G701 Headset Gaming Heron, com microfone fixo e sistema de áudio 7.1 Surround com sistema de vibração, que adiciona mais realidade e profundidade aos sons graves. Possui conexão USB, software com equalizador e efeitos sonoros, além de almofadas macias, que garantem conforto nas longas partidas de games.
ELG PEDESTAIS AUDIOCUBE PORTÁTIL
ELECTROLUX
POWERWASH PLUS+ A Electrolux lança, no Brasil, a lavadora de alta pressão PowerWash Plus+ (EWS31). Modelo versátil, com pressão máxima de 1.800 psi, possui potência de 1.450 W e vazão de 300 l/h, que garante maior economia de água no final do mês, destaca a empresa. O produto, que tem alcance de 9 metros e vem com suporte para cabo elétrico e mangueira, conta com sistema stop total e protetor térmico.
Desenvolvido na Holanda, o AudioCube Portátil chega ao Brasil, trazido com exclusividade pela ELG. Tem design moderno e inovador, 30 W de potência distribuídos entre quatro alto-falantes, que transmitem o som em 360°, ampliado pelo potente subwoofer. Pode ser controlado via Bluetooth, cabo P2 ou através dos botões. Resistente a respingos d’água, possui bateria para até 12 horas de som e recarga total em até 3 horas. Disponível nas cores branca, preta e wood.
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DL ENERGIZER ECOADVANCED
Chega ao mercado a EcoAdvanced, a pilha alcalina de maior duração da Energizer, fruto do desenvolvimento de uma tecnologia revolucionária, conforme destaca a empresa. É a primeira do mundo produzida em parte com pilhas recicladas, isto é, requer menor extração de recursos naturais no seu processo de fabricação. O produto tem alto rendimento e está disponível nos tamanhos AA e AAA.
DELPAY O equipamento integra a família de tablets premium, sendo indicado aos estabelecimentos que desejam automatizar as operações. O Delpay tem processador Intel Cherry Trail Quad Core de 1.44 GHz e memória RAM de 2 GB, tela de 10.1” capacitiva de alta sensibilidade e sistema Android 5.1 Lollipop. Vem com memória interna de 32 GB, podendo ser expandida por meio de um cartão microSD, câmera frontal de 2 MP e traseira de 5 MP, bateria de longa duração, Bluetooth 4.0 e conexão Wi-Fi.
I2GO FRANKE
COOKTOP GLASS A nova linha cooktop Glass, da marca suíça Franke, conta com quatro modelos: Glass 75 GTC, 60 G, 30 GTC e 30 G, todos com design exclusivo, mesa de vidro temperado, base esmaltada e botões removíveis. Destaque para o Glass 75 GTC, modelo com cinco queimadores de tamanhos diferentes, sendo um Super Tripla Chama de 4 kW, posicionado na lateral do modelo. Possui no total 13 kW e classificação A de eficiência energética.
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CABO PARA IPHONE A i2GO apresenta o cabo estilo Fetutine, modelo achatado e com 3 mm de espessura, que carrega smartphones com 2,4 Amp, transfere dados e é compatível com iPhone 6, 6 Plus, 5, 5c, 5s, iPad mini, iPad retina e outros. O acessório tem três anos de garantia e chip homologado pela Apple. Disponível em sete cores: branca, preta, azul, roxa, rosa, verde e vermelha.
LORENZETTI ACQUA BELLA
Amplia a sua linha de purificadores de água e apresenta o Acqua Bella Black, com torneira de parede. De fácil instalação e manutenção, é prático na reposição do filtro e dispensa a necessidade de um técnico. Possui carvão ativado com prata coloidal, que elimina partículas sólidas (como barro e limo), excesso do cloro, gostos e odores desagradáveis da água. Também evita a proliferação de bactérias, destaca a Lorenzetti.
MULTILASER SMARTPHONE MS70
O aparelho tem tela touch screen FULL HD de 5,85” e duas câmeras com flash, a principal de 16 MP e a frontal de 8 MP. Vem com bateria de longa duração, 3.000 mAh, memória de 64 GB, 32 GB interna e cartão microSD com 32 GB. Possui conexão 4G, RAM de 3 GB e processador Octa-Core. Conta com versão Android 6.0, espaço para dois chips e está disponível em prata e em dourado. As versões vêm com três cases de tons variados, película protetora e fone de ouvido.
OEX
LINHA KIDS A empresa anuncia uma nova linha de produtos voltada especialmente para o público infantil, a OEX Kids, e lança os heaphones Dino e Boo!, que se destacam por ter potência limitada em 15 mW, para não prejudicar a audição das crianças, informa a empresa. Têm design moderno, cores vibrantes e ilustrações nos fones acolchoados. Os headphones possuem plugue de 3,5 mm e cabo de 1,2 metro.
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OSTER
BATEDEIRA PROFISSIONAL PLANETÁRIA PERFORM Possui sistema de rotação planetária que, diferentemente dos modelos orbitais, realiza os movimentos, tanto de translação como de rotação, girando em seu eixo ao redor da tigela, destaca a empresa. Conta com o exclusivo design Oster®, com tampa antirrespingo Perfect Cover, evitando que o alimento se espalhe, e tigela com capacidade para até 4 litros. Vem com três tipos de batedores de aço inoxidável e tem potência de 600 W. Disponível nas versões branco com vermelho metálico (FPSTSM2710) e preto com detalhes cromados (FPSTSM2711).
PULSE
SPEAKER SP234 A Pulse lança dois modelos de caixa de som, Speaker SP234 e Speaker SP235, com design inovador e muita praticidade. O Speaker SP235 tem 50 W rms de potência, conexão Bluetooth para ouvir a playlist, bateria recarregável de 4.000 mAh e duração de cinco horas, sem interrupção. O outro modelo, o SP234, além de apresentar os mesmos atributos da caixa de som SP235, tem entrada para cartão de memória, bateria recarregável de 8.800 mAh e painel de LED dinâmico.
SONY
HEADPHONES
SAMSUNG ELECTRONICS GALAXY A 2017
A Samsung amplia sua linha de smartphones no Brasil, com o Galaxy A7 e o Galaxy A5, com telas de 5,7” e 5,2”, respectivamente. Têm design sofisticado, combinando metal e vidro, câmeras com 16 MP frontal e traseira, performance eficiente e resistência à água e poeira. Sua capacidade de armazenamento é de 32 GB e pode ser expandida para 256 GB com cartões micros. Vem com espaço para dois SIM cards. Baterias com 3.600 mAh de capacidade para o A7 e 3.000 mAh para o A5.
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A Sony traz ao Brasil dois novos modelos de headphones: MDR-XB50BS e MDR-ZX220BT. Destaque para o MDR-XB50BS, desenvolvido para quem gosta de esportes. É resistente à água e ao suor, tem autonomia de até 8 horas de bateria, microfone integrado e acabamento em silicone. Vem com almofadas de três tamanhos e 3 arcos, que permitem ajustes. Tem tecnologia Bluetooth e fácil conexão via NFC, para uso sem fio a até 10 metros do smartphone.
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13h às 21h - Transamerica Expo Center São Paulo | Brasil
www.brasilvoltacomtudo.com.br
Participe da maior feira de eletroeletrônicos, eletrodomésticos, móveis, celulares e TI da América Latina. • 2.500 compradores que decidem por 30 mil pdv’s • 1.000 compradores patrocinados pela organização • 1.500 presidentes 29 mil visitantes | 28 mil m2 | 10 mil produtos | 700 marcas EVENTOS PARALELOS:
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3035 1030
comercial@grupoeletrolar.com.br
www.eletrolarshow.com.br
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INVESTIMENTO SEGURO A visitação qualificada é um dos diferenciais da Eletrolar Show, a feira que é a principal vitrine das tendências que movimentam o segmento de eletroeletrônicos e onde se encontram, durante quatro dias, para fazer negócios e estreitar relacionamentos, expositores e compradores do Brasil e da América do Sul. Este ano, receberá 29 mil visitantes e executivos de compras que representam 30 mil pontos de venda em todo o País.
U
m espaço de oportunidades e negócios onde a indústria e o varejo de eletros se encontram durante quatro dias, a Eletrolar Show chega à sua décima segunda edição consolidada como a maior feira B2B da América Latina. Este ano, no período de 17 a 20 de julho, no Transamerica Expo Center, em São Paulo, apresentará novidades das linhas branca e marrom, eletroportáteis, telecom, smartphones,
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bem-estar, fitness, móveis, utilidades domésticas e TI. No total, 700 marcas e 10 mil produtos serão apresentados aos 29 mil qualificados visitantes e executivos de compras que irão à feira e que representam 30 mil pontos de venda em todo o Brasil. Em todos esses anos de realização, a feira vem incentivando o estreitamento das relações comerciais entre quem
vende e quem compra, a formação de parcerias e a geração de bons negócios. Tem projeção nacional e internacional e conta também com a participação de 1.000 compradores, sendo 800 de grandes redes que não têm sede em São Paulo e 200 da América do Sul – Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Peru e Venezuela, que viajam para a capital paulista com o patrocínio do Grupo Eletrolar, organizador da feira.
Pelo fato de não ser aberta ao público, a Eletrolar Show reforça o seu objetivo de evento de negócios, que é realizado em época oportuna, quando são programadas as compras para o segundo semestre. “A integração entre a indústria e o varejo de diferentes portes, o número de lançamentos, e a presença de profissionais de compras com alto poder de decisão, contribuem para que seja uma feira ágil, produtiva e de resultados. Ela é, também, um canal de valorização das empresas do segmento de eletros”, diz Carlos Clur, presidente do Grupo Eletrolar. Em um momento de otimização dos investimentos, a Eletrolar Show é o espaço mais importante para divulgar produtos novos, prospectar clientes e canais. Encurta a distância entre o comprador e o fabricante, bem como amplia o networking. É um investimento seguro, afirmam expositores, como o leitor pode acompanhar no site da feira (www.eletrolarshow.com.br), que traz, também, depoimentos e opiniões de expositores e executivos de compras de todo o território brasileiro. EFICIÊNCIA ATESTADA Os bons resultados obtidos pela Gree em 2016, em sua primeira participação na feira, levaram-na a decidir, naquele mesmo ano, que seria expositora em 2017, conta seu analista de marketing, Alexander Guimarães. “Ainda durante a feira nos reunimos com nossos representantes de todo o Brasil e definimos que não poderíamos ficar de fora
Com fábrica em Manaus (AM) desde 2001, a empresa chinesa de eletrodomésticos prepara uma surpresa para apresentar na Eletrolar Show. Três lançamentos de ar-condicionado estão definidos: aparelho piso-teto, Split Eco Garden e Split Garden Inverter, que deverão ter alta aceitação, aposta Alexander. “Estamos prevendo que o mercado vai se aquecer neste ano, o que nos deixa otimistas. Esperamos que a Eletrolar Show realize com excelência o seu maior objetivo, que é o de reunir todos os stakeholders do segmento de eletros.” Além de eficiente, a Eletrolar Show possibilita alta exposição das marcas. “A visibilidade que a feira nos traz é o principal motivo para voltarmos a participar. Em quatro dias ela reúne os maiores compradores do Brasil e da América do Sul. Em 2016, já saímos da feira com contatos internacionais muito bons e concretizamos vendas”, diz Fabrício Molina, executivo de trade marketing da Act! Home Fitness, empresa que expõe pela quarta vez. Com fábricas em Manaus (AM), cuja produção é dirigida ao consumo interno do País, e também na China, para atender o mercado internacional, a empresa leva este ano para a feira todos os produtos sob o guarda-chuva da Universal Fitness, entre eles, bicicletas ergométricas, esteiras, elípticos e aparelhos para musculação. “Esperamos que os compradores enxerguem 2017 como o ano da virada”, diz Fabrício. GRANDE VITRINE A NewEx se apresentou ao mercado na Eletrolar Show de 2015 e fez da feira uma plataforma para mostrar as mudanças que haviam ocorrido
Fotos: Stúdio Thiago Henrique
das próximas edições. Observamos a organização eficaz, a divulgação e os comentários favoráveis dos executivos e participantes do evento.”
Alexander Guimarães, analista de marketing da Gree
Foto: Divulgação
Importante espaço para lançamentos, prospecção de clientes e canais, a Eletrolar Show é um investimento seguro, de rápido retorno.
Fabrício Molina, executivo de trade marketing da Act! Home Fitness
Marcelo Sztajn, CEO da NewEx
Ana Paula Frias Dias, sócia da WDS
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com as marcas NewLink e OEX, suas principais distribuições. “Os resultados foram positivos, restabelecemos o vínculo com grandes clientes e expandimos a carteira com negociações importantes. É uma grande vitrine, onde os clientes podem experimentar cada um dos itens. Estreitamos as relações e atingimos uma fatia considerável do mercado”, afirma Marcelo Sztajn, CEO da empresa. Este ano, com a marca NewLink, apresentará novidades nas categorias de acessórios para smartphones, mouses e headsets. Com a marca OEX, o estande mostrará headsets Bluetooth, itens para práticas esportivas e a expansão da linha OEX Game, com acessórios como mouses, mousepads, teclados e headsets voltados para amadores e profissionais, além da linha OEX Kids, de headphones. “Também anunciaremos, oficialmente, nossa parceria com a marca GP Bateries, para distribuição de pilhas no País”, conta Marcelo, que tem boas expectativas para a feira deste ano.
Fotos: Divulgação
Quem também está na segunda participação é a WDS, empresa que importa da China a marca Neptuno. “A Eletrolar Show é a feira que tem mais relevância para os nossos produtos. É muito importante a
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Principal ponto de encontro da indústria e do varejo de eletros, a Eletrolar Show apresentará, este ano, 700 marcas e 10 mil produtos.
A feira de 2017 receberá 29 mil visitantes qualificados e executivos de compras que representam 30 mil pontos de venda em todo o Brasil.
“Voltamos à feira por causa da boa exposição e pela oportunidade de apresentar nossos lançamentos para todos os parceiros e clientes.” Francisco Hagmeyer Jr., diretor comercial e de marketing da DL, expositora pela sexta vez da feira
diversidade de clientes e representantes de todo o Brasil que visitam o evento”, diz Ana Paula Frias Dias, sócia da companhia. “Vamos para a feira em busca de novos clientes e representantes, bem como para o fortalecimento da marca”, destaca. No estande da WDS, estarão os itens que ostentam a marca Neptuno, como ventiladores de parede, que são fáceis de instalar, ventilador de pedestal de 40 cm e bebedouros. “Mostraremos produtos de coluna para residências e de pressão para a indústria e o comércio. Vale a pena expor, pois conhecemos novos clientes. Todos os estados se fazem representar na Eletrolar Show”, afirma Ana Paula.
“A feira é o ponto central para apresentarmos as nossas novidades, apostamos fortemente nela.” Felipe Leonard, diretor-presidene da GA.MA Italy, participante de todas as edições da Eletrolar Show
“Tivemos resultados muito bons, a feira é sempre positiva para a empresa, fortalece a marca e gera novos negócios.” Davi Kamkhagi, diretor da Track & Bikes, que expõe pelo sexto ano
“A Eletrolar Show representa uma grande vitrine para os nossos lançamentos, tanto para compradores quanto para a imprensa.” Mariana Stangherlin Rigo, gerente administrativa da Anodilar, expositora pela quarta vez
“É uma ótima oportunidade para o lançamento de produtos e para reforçar a nossa marca e o relacionamento com os parceiros comerciais.”
Foto: Arquivo
Marcelo Pellegrinelli, gerente de marketing de eletrodomésticos da Black+Decker
Carlos Clur, presidente do Grupo Eletrolar
“A feira é uma vitrine que utilizamos para divulgar produtos, tecnologias e ações, aproveitando a presença de nossos parceiros.” Dirceu Kniess, diretor comercial da Frahm
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O NOVO SMARTPHONE CONGRESS & EXPO Evento ganhará área de exposição destinada aos lançamentos do mercado mobile, e sua grade de programação vai priorizar o debate sobre como os celulares inteligentes vêm mudando a forma de o varejo fazer negócios.
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SMARTPHONE CONGRESS & EXPO >>>
Fotos: Divulgação
A segunda edição do Smartphone Congress & Expo será integrada ao pavilhão da 12ª Eletrolar Show.
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segunda edição do Smartphone Congress & Expo terá um novo formato. O evento continuará sendo realizado em paralelo à Eletrolar Show, de 17 e 20 de julho de 2017, em São Paulo, no Transamerica Expo Center, mas, agora, será integrado ao pavilhão da feira. Além de conteúdos exclusivos, apresentados em painéis conduzidos por especialistas de renome, haverá uma área específica para a exposição de lançamentos e produtos de destaque de fabricantes e distribuidores que participarão do evento.
Na edição deste ano, as palestras e os workshops estarão concentrados no período da manhã, para que os congressistas possam visitar e fazer negócios durante a Eletrolar Show. O público e a programação também mudaram. Na edição deste ano, as palestras e workshops estarão concentrados no período da manhã, para que os congressistas possam visitar e fazer negócios durante a Eletrolar Show, que abre as portas às 13h.
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E o conteúdo priorizará assuntos de interesse dos profissionais do mercado varejista brasileiro – M-commerce, atuação omnichannel, showrooming, Big Data e inovações em hardware e software dos aparelhos são alguns dos temas que farão parte do conteúdo programático. “A mobilidade tem colocado alguns desafios para o varejo no mundo todo. Estamos em meio a uma evolução que leva os lojistas a repensar a forma como vêm atuando no mercado. Como a Eletrolar Show reúne, em quatro dias, varejistas de pequeno, médio e grande porte, ela é o local mais apropriado para discutir as novas configurações e os rumos que o varejo pode vir a tomar, impactado pelas mudanças que os smartphones impuseram em nossas vidas”, diz Carlos Clur, presidente do Grupo Eletrolar, que promove os dois eventos. EXPO O objetivo da área de exposição do congresso é que seja um grande showroom com o que há de mais novo em produtos, além de tendências que estão prestes a despontar no País. Ao lado do plenário, ilhas de exposição proporcionarão aos congressistas o contato direto com o portfólio das marcas parceiras.
As principais marcas de smartphones em atuação no País poderão apresentar seus produtos em ilhas de exposição situadas ao lado da plenária onde serão conduzidos os painéis e os workshops do congresso. “É algo a mais que vamos oferecer ao principal visitante da feira, o comprador do varejo. O evento é uma via de mão dupla para os negócios, ao permitir que o varejista possa ser mais assertivo na escolha do seu mix e, ainda, adquirir conhecimento para tornar esses aparelhos aliados na hora das vendas”, explica Clur. A importância do mercado de smartphones é inquestionável. Em 2016, esses aparelhos asseguraram um bom desempenho ao varejo, fazendo com que o setor superasse o traumático ano de 2015, com a retomada das vendas. A força do smartphone decorre da importância que ele tem no dia a dia das pessoas, à medida que deixa de ser um simples (e inovador) meio de comunicação para ser, também, um meio de pagamento, entretenimento e, com a consolidação da internet das coisas, de controle até dos eletrodomésticos do lar. Estudo da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomercio-RJ), em parceria com o instituto de pesquisas Ipsos, aponta que, no ano passado, 7 em cada 10 brasileiros eram usuários de internet e, desse total, 69% tinham o celular como principal dispositivo para navegar. O resultado reflete um avanço significativo em relação ao estudo dos anos anteriores. Em 2015, os usuários móveis eram 58% e, em 2014, eles representavam apenas 14% do total de internautas no Brasil. As cotas de patrocínio para o Smartphone Congress & Expo, bem como as ilhas de exposição, já estão sendo comercializadas. Mais informações sobre o evento em www.smartphonecongress.com.br.
Além da plenária, onde serão realizadas as palestras, o espaço contará com ilhas de exposição, que proporcionarão ao público o contato direto com o portfólio das marcas participantes.
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EMPRESAS PRECISAM DE SEGURANÇA JURÍDICA Há mais de uma década, a terceirização vem sendo debatida no Brasil, uma demora que adia o aprimoramento das relações trabalhistas e da produtividade, quando, pela lógica, o caminho mais indicado seria o Estado se modernizar e, então, se adequar às políticas do mercado de trabalho. Enquanto isso, as empresas convivem com uma insegurança jurídica, que as impede de decidir se querem fabricar elas próprias os seus produtos ou se preferem transferir o trabalho para outras que sabem fazê-lo melhor. “Com isso, perdem-se eficiência, produtividade e competitividade, e continua o problema da insegurança, infelizmente”, afirma nesta entrevista Hélio Zylberstajn, um dos maiores especialistas brasileiros na área da empregabilidade, professor sênior da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, doutor em relações industriais pela University of Wisconsin (EUA), licenciado em física e coordenador do Projeto Salariômetro da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da USP.
por Leda Cavalcanti
A terceirização seria fundamental para o Brasil neste momento? H É L I O Z Y L B E R S TA J N – E l a é fundamental para o Brasil e para qualquer país, traz benefícios para todos os ramos de atividades. As empresas só se tornam competitivas e vencedoras se c o n s e g u i re m e s t a b e l e c e r u m a cadeia produtiva e, para isso, é essencial a possibilidade de terceirizar uma parte da produção. Qual seu principal benefício? HZ – A terceirização permite à empresa decidir se ela quer man-
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ter consigo a produção completa de um produto ou transferir para outra parte, uma especialista, que poderá fazê-la melhor. O resultado disso é o ganho de eficiência, de produtividade e de competitividade, o que é fundamental. A falta de regulamentação é um entrave para a terceirização? HZ – A Justiça do Trabalho se outorgou a função de regulamentar a questão e escolheu uma maneira totalmente equivocada de fazer isso. Estabeleceu o que pode
e o que não pode ser terceirizado, mas qual critério utilizou para definir o que é atividade-meio e o que é atividade-fim? A Justiça do Trabalho diz que só é possível terceirizar a atividade-meio, o que já ocorre há 20 anos nas áreas de limpeza, segurança e refeitório, mas hoje, nas cadeias produtivas, não se consegue saber o que é meio e o que é fim. Essa discussão criou dúvidas até entre os juízes, tanto que muitos casos de terceirização vão parar na Justiça do Trabalho justamente por causa disso.
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Foto: StĂşdio Thiago Henrique
TERCEIRIZAÇÃO >>> E como se dá a definição? HZ – A definição do que é atividade-meio e do que é atividade-fim acaba ficando a cargo de cada juiz. As opiniões estão di-
dem uma parte de sua base. Isso porque os trabalhadores ligados a um deles, em caso de terceirização, seriam representados por outro sindicato.
“A terceirização permite à empresa decidir se ela quer manter consigo a produção completa de um produto ou transferir para outra parte, uma especialista, que poderá fazê-la melhor. O resultado disso é o ganho de eficiência, de produtividade e de competitividade, o que é fundamental.”
v i d i d a s i g u a l m e n t e e n t re e l e s , como no caso do telemarketing: é atividade-meio ou fim? A Súmula 331, do TST, estabelece o que é atividade-meio e o que é atividade-fim, mas ela não é lei, e muitas empresas estão sendo penalizadas por um instrumento que não é legal. A legislação gera insegurança jurídica, e as empresas ficam na dúvida do que podem ou não fazer. Se houvesse uma regulamentação clara, seria muito simples. Hoje em dia, há falta de clareza. Por que ainda é forte o combate à terceirização? HZ – O Brasil tem uma legislação tributária extremamente onerosa. No início do processo, muitas empresas começaram a terceirizar na esperança de diminuir o custo do trabalho. Apareceram, então, empresas inidôneas que terceirizavam com custo menor para a contratante, não pagavam direito nem recolhiam os impostos. Isso prejudicou a imagem, mas hoje essa situação está superada, em grande parte. Terceirização não é maneira de driblar a legislação, isso tem que ser combatido. E, no caso dos sindicatos, eles per-
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Os empresários estão preparados para a terceirização? HZ – Sim, eles conhecem muito bem o seu negócio, sabem o que devem terceirizar, mas também irão aprender. Será um aprendizado, é preciso poder vivenciá-lo. As empresas terão de fazer as contas, avaliar e decidir ou não pela terceirização, que se dá através de contrato com um terceiro. O que precisamos é dar seguran-
timo, o problema cai na indefinição do que é atividade-meio e do que é atividade-fim. Também não se pode confundir terceirização com intermediação da mão de obra, isso precisa ser combatido. Daqui para a frente, o que vai ocorrer com a questão da terceirização? HZ – O projeto foi aprovado na Câmara e está parado no Senado. O governo avisou que vai retirar a urgência, logo, não há previsão. As centrais patronais também abandonaram esse projeto por causa das inúmeras emendas que ele sofreu e estão partindo para outra proposta. Quando tudo isso será resolvido, ninguém sabe, até porque estamos numa situação em que o primordial é a reforma da previdência, que é da maior urgência porque tem a ver com a situação fiscal do País. Mas o ambiente vai ficar muito carregado. Não vejo espaço para a apresentação da reforma trabalhista. Pela importância, deveria ser a reforma da previdência em primeiro lugar, a tributária em segundo e a trabalhista em terceiro.
“A Súmula 331, do TST, estabelece o que é atividade-meio e o que é atividade-fim, mas ela não é lei, e muitas empresas estão sendo penalizadas por um instrumento que não é legal. A legislação gera insegurança jurídica, e as empresas ficam na dúvida do que podem ou não fazer.”
ça para a empresa decidir. E, se ela decidir, deverá ter garantias. No varejo de eletroeletrônicos, por exemplo, o que poderia ser terceirizado? HZ – Limpeza, segurança e talvez telemarketing. Mas, com este úl-
E n t ã o , a s e m p re s a s c o n t i n u a rão em situação de inseguranç a f re n t e à t e rc e i r i z a ç ã o ? H Z – A s re f o r m a s i r ã o s e a r r a s tar durante o ano. Há 12 anos, a t e rc e i r i z a ç ã o v e m s e n d o d e b a t i d a . Tu d o é m u i t o a r r a s t a d o n o Brasil.
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MERCADO >>>
AGORA VAI
MAGAZINE LUIZA EM ALTA Não é novidade que o Magazine Luiza tem investido para se tornar uma varejista digital, com pontos de contato para os consumidores no mundo físico. Diante do resultado apresentado em 2016, a rede parece estar no caminho certo: faturou R$ 11,4 bilhões, um crescimento de 8,3% em relação ao ano anterior, quando as vendas do mercado de eletroeletrônicos e móveis caíram 7,5%. A empresa comemora, ainda, recorde no desempenho do canal online, que passou a representar mais de um quarto das suas vendas totais, a maior participação desde que iniciou as operações na internet. A estratégia da varejista envolve a capacitação de vendedores para lidar com a concorrência online e a integração do sistema de distribuição de seus canais, o que beneficia, inclusive, a retirada do produto na loja, aprofundando a experiência multicanal. Aposta, ainda, em marketplace e em sistema proprietário para recomendação de compras online. Com essas iniciativas, o segmento digital cresceu 41,4% no último trimestre de 2016, mais um resultado acima da média do mercado (8,2%). Nas lojas físicas da rede, o avanço das vendas no quarto trimestre do ano passado foi de 6%.
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Depois de acumular quedas sucessivas em 2016, o varejo de bens duráveis começa a apresentar reação, segundo o Índice Antecedente de Vendas do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IAV-IDV). As estimativas dos associados da entidade apontam crescimento de 1,6% nas vendas de março e de 0,8% em abril, após a estabilização em fevereiro. Para o mercado varejista como um todo, o índice projeta alta a partir do mês que vem, quando o resultado deve avançar 2,3% em relação a abril do ano passado. A recuperação da confiança dos consumidores e a retomada do crédito continuam sendo os principais desafios do segmento, principalmente, para a venda de eletros.
UNIÃO DE FORÇAS Empresários dos setores de decoração, móveis, presentes e utensílios domésticos se uniram para fundar a Associação Brasileira de Artigos para Casa, Decoração, Presentes e Utilidades Domésticas (ABCasa). “A entidade nasceu de uma carência do próprio mercado. Queremos fortalecer as empresas em várias frentes”, d i z s e u p re s i d e n t e , R e n a t o Orensztejn, do ramo de decoração e presentes. “Vamos formatar serviços melhores, mais baratos e com a chancela da associação. Queremos ser uma mini Fiesp, trabalhar como ela”, promete.
OTIMISMO BRASILEIRO
COMÉRCIO ELETRÔNICO EM 2017
O crescimento das receitas do comércio eletrônico brasileiro deve acelerar em 2017, em especial a partir do segundo semestre, estima a consultoria Ebit. Após apresentar, no ano passado, a taxa de crescimento mais baixa desde 2001, o faturamento do e-commerce deve registrar crescimento nominal de 12% em 2017, atingindo R$ 49,7 bilhões. Em 2016, a receita do comércio online totalizou R$ 44,4 bilhões, alta nominal de 7,4% em relação a 2015. Segundo a Ebit, um dos principais fatores para a previsão de crescimento este ano é a contínua entrada de novos consumidores no mercado, com migração dos clientes de lojas físicas para o ambiente virtual.
QUEM VAI FICAR COM A VIA VAREJO? Até o fechamento desta edição, analistas de mercado apostavam que a venda da Via Varejo, dona das marcas Casas Bahia e Pontofrio, deve ser anunciada no próximo mês. As negociações estão avançando e na disputa se encontram Lojas Americanas, a chilena Rede Falabella, segunda maior varejista da América Latina, e os fundos Advent e Carlyle. O GPA não se manifesta sobre o assunto e diz que informará o mercado sobre qualquer novidade. Este, por sua vez, aguarda com ansiedade os desdobramentos dessa empreitada.
A notícia é boa: 55% dos brasileiros acreditam que a crise está entre o meio e o fim, segundo levantamento do Ibope Inteligência. A população também está mais esperançosa em relação a 2017. Quase metade dela (45%) considera que este ano será melhor do que 2016. Mesmo com esse aparente otimismo, as pessoas ainda não estão felizes com a situação econômica do Brasil. Em janeiro, 60% dos entrevistados para o levantamento disseram não estar nada satisfeitos com o funcionamento da economia no País.
CONFIANTE, MAS COM CAUTELA O varejo nacional precisa ficar atento às oportunidades de negócios que devem surgir no segundo semestre deste ano. Com medo do desemprego, os consumidores brasileiros, em sua maioria, têm adiado seus planos de compras para depois de julho, à espera de uma melhora do cenário econômico nacional, mostra a enquete “Hábitos e tendências de consumo do brasileiro no início de 2017”, realizada pela Deloitte. De acordo com o levantamento, 61% dos entrevistados afirmaram que vão postergar possíveis gastos com viagens e com a troca de equipamentos eletroeletrônicos, como televisão, smartphone e computador. Para 51% das pessoas ouvidas, o segundo desejo de compra mais citado e que ficará para mais tarde é de eletrodomésticos, entre eles geladeira, fogão e outros itens de utilidades para o lar.
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FEIRAS E EVENTOS >>>
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CADA VEZ MAIS INTERATIVOS Lançamentos da 50ª edição da CES confirmam que a interação homem-máquina deverá prevalecer nos próximos anos. Produtos apresentados na feira revelam que os eletrônicos estão ficando cada vez mais autônomos e já respondem ao comando de voz.
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FEIRAS E EVENTOS >>>
Fotos: Divulgação
de uma caixa de som a fazer compras online – no site da varejista, evidentemente. O recurso, disponível a qualquer fabricante, estava presente nas luminárias lançadas pela GE Lighting, cuja luminosidade pode ser controlada por intermédio do Alexa.
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cionar e controlar o funcionamento de um produto por meio da fala não é nenhuma novidade, mas o recurso de comando de voz vem ganhando corpo e se destacou como um dos principais features das inovações apresentadas na última edição da CES, realizada, no início de janeiro, em Las Vegas (EUA). Ao longo de cinco décadas, o evento se firmou como a maior feira de eletrônicos do mundo e vem sinalizando os rumos para o
Ao longo de 50 anos, a CES apresentou cerca de 600 mil produtos diferentes, alguns de categorias que nem existem mais. mercado global de tecnologia, que, neste momento, redefine a interação homem-máquina à medida que os objetos passam a ganhar autonomia e a interagir com os seres humanos como se ambos conversassem. Presente no evento, a gigante do varejo Amazon confirmou essa tendência ao apostar em seu assistente virtual Alexa, lançado no ano passado e incorporado em diversos produtos apresentados pelos expositores da CES. Capaz de reconhecer a voz do usuário, a partir do comando dado por ele, oferece suporte para mais de 1.500 aplicações, desde aumentar o volume
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O sistema de inteligência artificial da Amazon também deverá estar presente nos eletrodomésticos da Whirlpool. A fabricante anunciou na CES que seus próximos lançamentos vão incorporar o assistente virtual para, por exemplo, acionar a lavagem da roupa ou ajustar o tempo e a temperatura de cocção no forno. Outras empresas apresentaram produtos com função equivalente à do Alexa: a Simplehuman mostrou a lixeira que abre ou fecha quando o usuário pede; a AppKettle lançou uma chaleira com modo de funcionamento semelhante; e a Samsung anunciou nova linha de refrigeradores smart, aspirador e fones de ouvido que obedecem ao assistente S Voice. MAIOR AUTONOMIA Cabe aqui um parêntese. A Samsung, o Google, a Microsoft, a Apple e outros players de destaque vêm investindo constantemente em inteligência artificial. Até a indústria automobilística está de olho nessa tendência, tanto que na edição passada o segmento ganhou área exclusiva. Audi, BMW, Ford e Toyota mostraram carros autônomos e diversos aplicativos, a maioria na fase de protótipos – embora o futuro e o presente nunca estivessem tão próximos. Uma parceria da BMW com a Intel e a startup Mobileye deverá colocar nas ruas, até o segundo semestre deste ano, frota de 40 veículos autônomos, que circularão em países da Europa e nos Estados Unidos. A Audi, em parceria com a Nvidia, apresentou o Nvidia Drive PX, que torna os carros autônomos mais seguros, o que foi comprovado no test drive em uma pista instalada na CES, cujo trajeto era alterado inesperadamente e obstáculos colocados à frente do veículo para atestar sua eficácia. A promessa é que a tecnologia chegará às ruas em 2020. Quando se discute a interação homem-máquina, os robôs são os maiores expoentes (ao menos no imaginário coletivo e no cinema) da
inteligência artificial. Na CES, foram apresentados protótipos que desempenham as mais variadas funções. Eles já leem e interagem com as crianças, caso do Kuri, da Mayfield Robotics, que permite ainda que o seu proprietário observe remotamente o local onde o produto está através dos olhos do robô (câmeras). A Panasonic mostrou o Pico, com movimentos e habilidades de comunicação similares aos dos humanos, assim como o Jibo, que, segundo sua fabricante, Ling Technology, é capaz de reconhecer até as emoções das pessoas. O FUTURO DAS TELAS Em 2017, a CES completou 50 edições. Em sua estreia, eram apenas três categorias de produtos expostos: rádios, fonógrafos e televisores em preto e branco. O último segmento, ou seja, o de TVs, permanece entre as atrações da feira e continua a chamar a atenção dos visitantes ao incorporar importantes inovações, com novos modelos mais finos e imagens cada vez mais nítidas. Um dos destaques deste ano foi a TV Signature W7, da LG, com apenas 2,57 mm de espessura. De tão fina, ela é fixada na parede por meio de ímãs. O processador e a memória foram realocados em um soundbar que acompanha o produto.
últimas edições da CES. Em 2017, eles contaram com grande reforço, como a versão que também é home theater, da Sony, que projeta até 100’’ com imagem em 4K HDR, e o Pro Bean, desenvolvi-
Com mais de 200 mil visitantes, a CES de 2017 reuniu 3,8 mil expositores de 150 países e se tornou a maior edição do evento já realizada. do pela LG, com projeção laser Full HD. Grande parte dos lançamentos chegará, ainda em 2017, ao mercado americano e europeu. Ao varejo brasileiro, entretanto, algumas novidades estarão restritas. Mesmo assim, a feira não deixa de ter influência no País (e no mundo) em relação aos desejos e necessidades dos consumidores.
O lançamento de destaque da LG tem a qualidade de imagem assegurada pela tecnologia OLED, uma das mais avançadas para a fabricação de qualquer tipo de tela, que consome menos energia, é mais leve, fina e reproduz cores muito mais naturais. Na feira, a Sony anunciou sua entrada neste segmento, com a Bravia XBR-A1E. A Samsung foi além, ao apostar nas telas em QLED – com desempenho superior à tecnologia OLED, segundo a fabricante, ao proporcionarem imagens com mais brilho e precisão na reprodução de cores. As marcas asiáticas, como Xiaomi, Changhong, Haier Hisense e TCL, também apresentaram telas com altíssima qualidade de imagem (as duas últimas já com presença no mercado brasileiro). Modelos 3D e com tela curva, há alguns anos, eram as grandes promessas de disrupção no segmento de TV. Principalmente nos modelos com imagem tridimensional, a expectativa acabou sendo frustrada. A próxima seara do mercado de imagens, ao que tudo indica, serão os projetores, que vinham tendo presença modesta nas
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MOVIMENTO >>>
ALLIED
LENOVO
Silvio Stagni é o novo CEO da Allied. O fundador e sócio da empresa, Ricardo Radomysler, continua no conselho de administração. Com mais de 30 anos de experiência no mercado de produtos e serviços tecnológicos, Silvio era presidente da Lenovo e tem passagem por Motorola, Sony Ericsson, Villares e Samsung.
Luiz Gustavo de Andrade é o novo gerente sênior de produtos para a área de soluções de data center. Integra a equipe de DCG (Data Center Group), que inclui o portfólio de servidores, storages e armazenamento da empresa. Formado em ciências da computação, é especialista em inovação em TI e Big Data pela FGV e atuou na Dell.
MIDEA CARRIER
Thiago Guerrer, primeiro funcionário contratado pela Midea no Brasil, em 2007, assumiu o cargo de diretor comercial e de marketing. Agora, ao lado de Marcos Torrado, diretor do canal building systems and service e especializado, vai responder diretamente a Felipe Costa, CEO Brasil da Midea Carrier. Thiago tem como missão aumentar a participação da empresa no segmento de eletrodomésticos no País.
MULTILASER Crisley Brizzi assumiu a diretoria de marketing da Multilaser. Com mais de 15 anos de experiência na área, a profissional atuou em empresas como Mondial Eletrodomésticos e Whirlpool do Brasil. Crisley possui MBA executivo em marketing com ênfase em vendas pela FGV e pós-graduação em gestão de negócios e tecnologia pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN).
KASPERSKY LAB O executivo Roberto Rebouças é o novo diretor-geral da empresa de segurança digital Kaspersky Lab no Brasil, em que, desde 2014, era diretor de vendas corporativas no País. Já trabalhou na IBM e na Attachmate Corporation. Na nova posição, ele se reporta diretamente a Claudio Martinelli, diretor-executivo da empresa na América Latina, que antes respondia pela operação brasileira.
INGRAM MICRO BRASIL Dagoberto Bianchi assumiu como gerente de vendas da unidade de negócios de automação comercial e coleta de dados da Ingram Micro Brasil. Graduado em engenharia mecânica pela Universidade de São Paulo-Bauru e com MBA em gestão em marketing pela FGV, Bianchi tem passagem por empresas como ScanSource Brasil, Network 1 e Bematech.
KODAK ALARIS
Empresa focada na venda de scanners e softwares para captura de imagens, a Kodak Alaris anunciou a contratação de Felipe Melo como seu novo gerente de contas globais e estratégicas, na divisão de Information Management para a América Latina. O executivo já atuou na Atos e na Siemens.
O brasileiro Hugo Barra vai trabalhar no Facebook, na área de realidade virtual, incluindo a equipe Oculus VR, anunciou o CEO da empresa, Mark Zuckerberg. Hugo deixou a vice-presidência internacional da Xiaomi, no início de 2017 e trabalhou por cinco anos no Google, onde ocupou o cargo de vice-presidente de produtos Android.
DAHUA TECHNOLOGY
SONDA Bruno Faustino é o novo diretor-geral das áreas de data center e cloud computing da empresa latino-americana de TI. Entra no lugar de Luiz Henrique Caloi, que assume como diretor-executivo na Ativas, adquirida pela Sonda em agosto de 2016. Formado em sistemas da informação pelo Mackenzie, com MBA em gestão empresarial pela FGV, está há dois anos na empresa e já atuou na IBM.
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A empresa chinesa de soluções em segurança, que opera no Brasil desde 2007, contratou Fernando Guerra para o cargo de diretor comercial de projetos. Formado em engenharia mecânica pela FEI e com MBA em gestão estratégica de negócios pela FGV-SP, o executivo atuou na Panasonic, Harman International, Schneider Electric, Pelco e Johnson Controls.
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