Revista Eletrolar News ed86

Page 1

Ano 14 - nº 86 – 2013

BALANÇO

O que esperar de 2013? Veja as expectativas dos principais executivos do setor. E MAIS: Cuidados pessoais • Tablets • Dossiê/Lava-louças














Ano 14 - nº 86 – 2013

SUMÁRIO DE CAPA 38 MATÉRIA BALANÇO

O QUE ESPERAR DE 2013?

BALANÇO

Conheça as expectativas dos principais executivos do setor. INDÚSTRIA

H-Buster 64 IBBL 66 Infinito Comércio e Importação 67 Intech Machine 68 KIN do Brasil 69 Latina Eletrodomésticos 70 Mabe 72 Mallory 74 Metávilla 75 Midea Carrier 76 Mondial Eletrodomésticos 78 Mueller 80 Panasonic do Brasil 82 Phaser 83 Philips do Brasil 84 Relaxmedic 86 Sony 87 Spectrum Brands 88 Suggar 89 Track & Bike 90

Aço Móveis 39 Adamitec 40 Amvox 41 Atlas Eletrodomésticos 42 Black&Decker 43 Britânia Philco 44 Cadence 46 Casavitra 47 Cemel / Parlux Brasil 48 Chiave 49 CNA do Brasil 50 Cobimex Negócios Internacionais 51 De’Longhi 52 Electrolux 54 Elgin 56 Esmaltec 58 Falmec do Brasil 60 Fischer 61 GA.MA Italy 62 Harman do Brasil 63

E MAIS: Cuidados pessoais • Tablets • Dossiê/Lava-louças

Wahl Clipper do Brasil 91 Wanke 92 Whirlpool Latin America 94

MATÉRIA ESPECIAL CUIDADOS PESSOAIS

VAREJO

DOSSIÊ LAVA-LOUÇAS

Berlanda Cybelar Lojas Colombo Lojas Koerich Magazine Luiza Rede Schumann

GfK Losango

Abradisti Eletros FecomercioSP Suframa

MATÉRIA ESPECIAL TABLETS

All Nations 147 Dexcom 148 Epson 149 Integris 150 K-Mex 151 Maptec 152 Maxprint 153 Megaware 154 Multilaser 155

VITRINE ESPECIAL Tablets Pág . 142 LANÇAMENTOS

eletrolarnews

Pág . 144

102 103

NewLink One For All Opeco Positivo Informática SND Space BR

Segmento é o que mais cresce entre os eletroportáteis.

Pág . 20

Brasil é um grande mercado. Só 2% dos lares têm o produto.

Pág . 110

EDITORIAL

Pág . 16

VITRINE ESPECIAL Cuidados Pessoais

Pág . 28

ELETROLAR SHOW 2013 Pág. 32

ASSOCIAÇÕES

MATÉRIA DE CAPA BALANÇO

Pág . 136

96 97 98 99 100 101

SERVIÇOS

CADERNO TI Vendas continuarão aquecidas este ano.

14

O que esperar de 2013? Veja as expectativas dos principais executivos do setor.

104 105 106 107

VAREJO Atendimento ao Consumidor Pág . 112 Notícias do setor Pág . 120

ENTREVISTA - ECONOMISTA Waldemir de Quadros Pág . 116 FEIRA

156 157 158 159 160 161

CES 2013

Pág . 122

INSIDE

Pág . 126

LANÇAMENTO Samsung

Pág . 128

LANÇAMENTOS

Pág . 130

MOVIMENTO

Pág . 134



EDITORIAL C

omo ocorre tradicionalmente, esta edição traz o balanço do ano de 2012 na visão dos mais importantes executivos e das associações do setor de eletros. Mostra os desafios enfrentados pelas empresas, seus sucessos e dificuldades. Traz, também, as perspectivas para 2013, ano que muitos avaliam como sendo o da recuperação econômica. Consequentemente, espera-se que apresente números mais animadores. Mas, para atingir o objetivo desenvolvimentista, é premente que este ano seja o da largada para a solução de três problemas que afetam a competitividade das empresas: a reforma tributária, antiga reivindicação da sociedade; a burocracia, que, como sabemos, não é nada inteligente e emperra ideias e projetos; e a infraestrutura, pois o excesso de gargalos infla o chamado Custo Brasil, joga para as alturas os gastos com logística e encarece o preço dos produtos. Nesta edição, abordamos o grande sucesso dos tablets. Desde que o primeiro produto chegou ao mercado, cresceu muito o número de empresas que incluíram o equipamento em seu portfólio. Só no ano passado, as marcas que oferecem o tablet aumentaram 75% sobre 2011, e as vendas da categoria avançaram 223% em unidades. Hoje, o

Brasil é o 10o colocado no ranking global de comercialização de tablets. Mais um mercado que apresenta números altos é o de cuidados pessoais, que há tempos deixou de mirar apenas as mulheres. Os homens assumiram a sua preocupação com a aparência e contribuíram para o crescimento das vendas, saindo-se campeões, com folga, os aparadores de pelo. Mesmo com o aumento de 14% no preço médio desses aparelhos, a sua comercialização cresceu 90% em volume e mais do que dobrou em faturamento. Esta edição destaca, também, as inovações tecnológicas que colaboram para o varejo atender melhor o consumidor atual, disposto a ter informações rápidas e de qualidade, e a desoneração da folha de pagamento do varejo, com as opiniões da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e da FecomercioSP. Na seção Dossiê, o espaço é da lava-louças, produto que tem muito potencial para crescer no mercado nacional, pois está presente em pouco mais de 2% dos lares. Nos países desenvolvidos, o percentual chega a 46%. Bons negócios!

Carlos Clur

EXPEDIENTE ANO 14 - Nº 86 Diretor-executivo - Carlos Clur Diretor - Mariano Botindari Editora-chefe - Leda Cavalcanti (Jorn. resp. – MTb. 10.567) Chefe de Redação - Neusa Japiassu Repórter - Igor Carvalho Revisoras - Abgail Cardoso e Maria Inês Caravaggi Colaboradores - Mariana Oliveira Brazão, Reinaldo Canato e Roberto Assem (fotografia) Direção de Arte - Mariela Ponce e Leandro Ferreira Assistente de Arte - Bianca Oddone Marketing e Assinaturas - Regina Martins e Tatiana Lopes Publicidade - Claudia Clur, Nivaldo Salgado, Ricardo Kühl, Antonio Nascimento e Andréa Soares Gerente Operacional - Marcus Ferrari Capa - Ana Maria Castro-Medivil Eletrolar News é uma publicação da C&C Comercial do Brasil Ltda.

Av. Brigadeiro Faria Lima,1.234 19º cj. 194 CEP 01451-913 - São Paulo - SP Tels. (55 11) 3034-4100 Fax (55 11) 3814-9074 www.editoracec.com.br info@editoracec.com.br

Eletrolar News não recebe remuneração pelas informações que publica. Os editores não se responsabilizam pela opinião dos entrevistados, ou pelo conteúdo das matérias recebidas por meio da assessoria das empresas citadas.

Editora C&C - Argentina Av. Córdoba 5.869, 1º A (C1414BBE) CABA Tels. (54 11) 4773-5656 / 7371 / 8737 www.editoracyc.com.ar info@editoracyc.com.ar

A reprodução total ou parcial das matérias só será permitida após prévia autorização da editora.

Eletrolar News é uma revista técnica dirigida ao setor de eletrodomésticos, eletroeletrônicos e tecnologia da informação. As matérias, marcas, produtos, ilustrações e preços têm caráter exclusivo de informação e sua publicação não implica compromisso ou responsabilidade.

ELETROLAR NEWS É UM PRODUTO DE:

Tiragem desta edição: 20.000 exemplares com circulação nacional Impressão: PROL Editora Gráfica

A revista de negócios para indústria e o varejo de eletrodomésticos, eletroeletrônicos e TI

5 CANAIS PARA VENDER MAIS NO VAREJO

www.editoracec.com.br - assinaturas@editoracec.com.br - criacao@editoracec.com.br publicidade@editoracec.com.br - redacao@editoracec.com.br

16

eletrolarnews





Fotos: Divulgação

CUID AD OS PESSO A I S

BARBA, CABELO E BIGODE

Homens impulsionam as vendas de produtos para cuidados pessoais. O público feminino, entretanto, ainda é o principal responsável pelo bom desempenho. categoria. Igor Carvalho

O

mercado de produtos para cuidados pessoais deixou, há tempos, de mirar exclusivamente as consumidoras. Ao público-alvo inicial somam-se, hoje, os homens que, assumidamente, também se preocupam com a aparência e que vêm dando sua parcela de contribuição para o crescimento da categoria. De acordo com a consultoria de mercado GfK, no acumulado de janeiro a novembro de 2012, os aparadores de pelos foram os campeões de venda da categoria. Mesmo com o aumento de 14% no preço médio dos aparelhos, a comercialização 20

eletrolarnews

cresceu 90% em volume e mais do que dobrou em faturamento (+115%). “Produtos destinados aos homens são os que mais avançam porque ainda têm muito baixa penetração. O potencial para esses itens é grande, ainda mais que nos últimos anos o público masculino mudou seus hábitos relacionados ao cuidado pessoal”, explica Felipe Leonard, diretor-geral da GA.MA Italy. Outra evidência é o fato de os aparadores terem saltado de 10,5% de participação na categoria para 17,9% no último ano.

Os barbeadores também tiveram comportamento favorável, mas sua importância diminuiu no último ano, segundo a GfK. A comercialização desses aparelhos cresceu 4% em volume, mas o faturamento caiu 1% devido à redução de 5,2% no preço médio, de janeiro a novembro de 2012, em comparação com o mesmo período de 2011. Somando-os aos aparadores de pelos e aos depiladores, estes os únicos que registraram retração nas vendas, a categoria de cuidados pessoais cresceu 10% em volume e 4% em valor na mesma base de comparação.


Para todos os gêneros As oportunidades criadas pela mudança no comportamento dos homens influíram nas vendas, mas os principais responsáveis pelo crescimento foram as mulheres e o aumento da renda dos brasileiros. “O público feminino é, sem dúvida, a maioria, apesar de o masculino também ter crescido”, indica Iberê Martello, dire-

meses no salão, acrescenta Danielle Robin, gerente de desenvolvimento de negócios da Wahl Clipper Brasil. “O consumidor tem mais recursos para investir em seu bem-estar e está se beneficiando da facilidade de cortar os cabelos em casa para otimizar seus gastos. Isso ocorre, principalmente, nos lares com mais de duas crianças.”

Vendas da categoria de cuidados pessoais devem se manter aquecidas este ano. tor comercial da Britânia. O mercado avançou em 2012 favorecido também pelo maior índice de emprego, o que permitiu aos consumidores investir na aparência e experimentar novos aparelhos, até pela curiosidade. “Cerca de 75% das mulheres preferem arrumar-se em casa, e isso favoreceu a demanda”, diz Jacques Ivo Krause, diretor de produto e comércio exterior da Mondial. Investir numa máquina de corte, por exemplo, acaba saindo mais barato do que cortar os cabelos todos os

Os padrões estéticos e culturais que enaltecem a aparência também motivaram o investimento em produtos da categoria. “O País é o segundo maior consumidor mundial. Aqui a beleza está sempre em destaque, e temos a necessidade de mostrá-la cada vez mais. As tendências em penteados ajudam nas vendas, caso dos modeladores, cuja comercialização aumentou graças aos cabelos ondulados de algumas famosas que estão na mídia”, diz Wilson Brambilla, diretor comercial da Mallory.

BARBEADOR/DEPILADOR/APARADOR DE PELO JAN 11 NOV 11

JAN 12 NOV 12

53,8

50,9

NOV 11

44,3

DEZ 11

48,4

Felipe Leonard, diretor-geral da GA.MA Italy Secador Brezza

Secador Maestrale

Vendas em unidades % JAN 12

41,3

Ano acumulado + 13 PER

FEV 12

MAR 12

ABR 12

MAI 12

46,7

44,8

43,6

41,5

JUN 12

JUL 12

57,3

56

AGO 12

SET 12

OUT 12

NOV 12

47,4

45,7

47,1

31,2

30,6

30,7

21,4

23,7

22,2

68,3

Barbeador Depilador Aparador de pelo

35,6

10,5

41,6

31,1

17,9

13,9 © GfK | 1/2013

41

10,5

45,2

13,4

38,8

14,3

39

40,9

42,4 27,3

16,1

15,4

15,9

15,3

21,1 15,7 22,8

16

eletrolarnews

21


CUID AD OS PESSO A I S

Os mais vendidos “Secadores de cabelo e pranchas, por serem úteis e necessários para a produção visual, foram os que mais contribuíram para o crescimento das vendas”, conta Krause, da Mondial. Itens tradicionais do segmento, os secadores avançaram 14% no acumulado do ano, de janeiro a novembro de 2012, em relação ao mesmo período de 2011, segundo dados da GfK. O preço médio da categoria, entretanto, retraiu 12,5% devido à crescente participação das marcas populares. Modelos com preço inferior a R$ 80 viram suas vendas subir de 48% para 60%, – comportamento que manteve praticamente estável o faturamento (retração de 0,2%).

Jacques Ivo Krause, diretor de produto e comércio exterior da Mondial

Secador Infinity Ion 2500 – SC-12

Escova rotativa Ceramic Ion Master – ER 02

22

eletrolarnews

No mesmo período, a comercialização de chapinhas e modeladores avançou modestos 2%. A presença cada vez maior das marcas populares também puxou o preço médio da categoria para baixo (-12%), o que impactou numa redução no faturamento de 10%. O entusiasmo do consumidor com as escovas modeladoras, no entanto, amenizou a arrecadação do segmento como um todo (-2%) por serem esses os produtos com os valores mais elevados da categoria. A oscilação do câmbio também interferiu no desempenho do setor, que sentiu o peso da moeda americana em 2012 com a importação de produtos e componentes. Isso apertou as margens da indústria e exigiu dela esforços para absorver o aumento dos preços. “O dólar, em parte, impactou o custo dos produtos importados e, como consequência, o preço de venda no mercado. Os gastos com a certificação do Inmetro, custeada pelas fábricas, também contribuíram para esse aumento”, diz Danielle, da Wahl Clipper Brasil.

Danielle Robin, gerente de desenvolvimento de negócios da Wahl Clipper Brasil

Aparador Lithium Ion Trimmer

Máquina Color Pró


Tendências A comercialização de aparelhos para cuidados pessoais se mantém estável ao longo de todo o ano, mas recebe reforço de algumas datas comemorativas como Dias das Mães, dos Namorados, dos Pais e o Natal. “Esses produtos proporcionam margens melhores ao varejo, principalmente se comparadas às de outras categorias de eletroportáteis”, informa Dirceu Brugarelli, gerente comercial da Cadence.

Dirceu Brugarelli, gerente comercial da Cadence

Escova rotativa Chiaro Beauté ESC300

Secador Chiaro Pro Profissional

O potencial desse mercado traz otimismo à indústria, que projeta crescimento em 2013 e investe na ampliação e sofisticação do seu portfólio, com a introdução de novas tecnologias. “A tendência é termos produtos melhores, práticos e que simplifiquem o dia a dia dos usuários”, prevê Martello, da Britânia. Design elaborado, anatômico, com cores, materiais e texturas diferentes, como o emborrachado, bem como visores de LED e de tela touch, são alguns dos atributos com os quais o varejo poderá contar ainda este ano. “A forma de apresentação do produto é outro diferencial para o segmento e o packaging (embalagem), cada vez mais original, agrega valor. Quanto aos materiais, o titânio continua sendo o escolhido para essa gama de aparelhos”, explica Brambilla, da Mallory. A empresa, que dispõe de linha completa para cabelos, lançou em 2012 o secador Maxi Pro 3600, que tem cerâmica ionizada, opera com duas velocidades e três temperaturas e vem com concentrador profissional. Outro destaque da marca, a prancha Diamond, possui placas de titânio ionizadas, que atingem temperatura de até 210 ºC (alto desempenho). Produtos semiprofissionais, que as pessoas veem em salões de cabeleireiros, também sustentam boas vendas. É um nicho no qual aposta a Cadence, que investe, sobretudo, em secadores e pranchas alisadoras. Neste ano, progra-

Wilson Brambilla, diretor comercial da Mallory

Prancha Diamond

Secador Maxi Pro 3600

eletrolarnews

23


CUID AD OS PESSO A I S

Iberê Martello, diretor comercial da Britânia

Aparador de pelos Trimmer

Secador Multifuncional 10 em 1

eletrolarnews

cadores Brezza e Maestrale, que são leves, têm motor ultrapotente, baixo nível de ruído e tecnologias que eliminam a estática do cabelo e bactérias; e a GCX622, máquina com múltiplas opções de corte devido aos seus 22 acessórios. Tem lâminas de aço inoxidável, controles de bateria e velocidade indicados em display digital, seis cabeças e pentes intercambiáveis.

Diversificação de canais

Até março próximo, a Mondial apresentará cinco produtos e já tem outros seis previstos para lançamento no segundo semestre. Em linha, estão a escova rotativa Ceramic Ion Master – ER 02, com revestimento cerâmico, escova rotativa 5 em 1 (secador, escova motorizada, escova menor, difusor e pente alisador), usina geradora de íons e ajuste de temperatura; e o secador Infinity Ion 2500 – SC-12, com 1.900 W de potência. Com bocal direcionador, é leve e ergonômico e tem duas velocidades e três temperaturas.

O e-commerce também gera boas oportunidades para a venda desses produtos. O fato de não demandarem conhecimento aprofundado por parte dos consumidores facilita a compra neste canal. “Outros fatores que contribuem para o e-commerce são os preços acessíveis e a possibilidade de comercialização de combos, agregando os produtos a outros de maior valor. Essa estratégia deixa a linha ainda mais atrativa para os consumidores”, afirma o executivo da Cadence. A crença de que as vendas online continuarão em ascensão, em 2013, é partilhada pela executiva da Wahl Clipper Brasil. A empresa - cujas vendas de máquinas de corte cresceram 60% e as de aparadores, 20% - está otimista. Espera vender 30% a mais este ano, independentemente do canal, graças aos itens lançados no último trimestre de 2012. Além disso, vai lançar quatro produtos, entre eles um barbeador com bateria de lítio, para reforçar as linhas que contam hoje com a Color Pró, máquina que permite diferentes tamanhos e alturas de corte, e o Lithium Ion Trimmer, aparador de pelos com bateria que possibilita três vezes mais tempo de uso.

Secador Wall Pro 2

24

ma 10 novos produtos, a maioria para o primeiro semestre. Em seu portfólio, oferece a escova rotativa Chiaro Beauté – ESC300, que emite íons turmalina para nutrir os cabelos, e o secador Chiaro Pro – Profissional – SEC181, com três temperaturas e duas velocidades, função que permite intercalar ar frio e quente e bocal concentrador de ar, que controla a secagem e a modelagem.

Com mais de 20 lançamentos em 2012, a GA.MA Italy pretende manter essa média de novos produtos ao longo deste ano e promete novidades que vão redefinir a categoria. Fazem parte do portfólio atual da empresa os se-

Mais opções

A Britânia prevê avanço de 10% na linha de cuidados pessoais para este ano e planeja novos itens, num total de 12 produtos. Entre os 17 que hoje constituem sua linha, destaque para o aparador de pelos Trimmer, 2 em 1, para barba, bigode e costeletas, e que é também removedor; o secador Wall Pro 2, com potência de 1.250 W; e a escova modeladora Red, que modela e cacheia, e tem a ponta fria, o que evita o aquecimento de sua extremidade. Complementam o portfólio da empresa os produtos da marca Philco, com 15 itens, entre eles o aparador de pelo Bodygroom, 3 em 1, que também raspa e remove os pelos; o secador Multifuncional 10 em 1 (entre outras funções, seca, escova, alisa, cacheia, ondula e penteia); e a escova rotativa Ceramic Spin Brush, com revestimento em cerâmica, para desembaraçar, alisar e modelar as mechas.





VITR IN E E SP ECI A L - CU I D A D O S P ESSOAI S

ARNO

AMVOX

BLACK&DECKER

O

BEAUTY FRESH EXTREME

A

chapinha apresentada pela Amvox, modelo AC 670, é 100% de cerâmica. Possui tecnologia de aquecimento rápido, que atinge 200 °C em 200 segundos, temperatura constante e design inovador. Conta com luz indicadora, cabo giratório e é bivolt.

O

DELLAR

EPILADY

ETERNY

A

A

A

prancha alisadora Ônix DPR787 tem design moderno e 100% tecnologia cerâmica, informa a Dellar. O modelo dispõe de botão liga/desliga e oferece efeito seguro e de longa duração. É bivolt automático e possui um ano de garantia.

eletrolarnews

BARBEADOR ELÉTRICO

depilador Beauty Fresh Extreme possui as tecnologias Air Pulse, jato de ar (que refresca a pele e elimina a dor), Micro Contact (cabeça articulada que acompanha as curvas do corpo) e sistema Vision Light. Dispõe de duas velocidades, rolo esfoliante, cabeça biquíni, três pentes, cabeça de raspagem e acessório para axila. É bivolt e vem com nécessaire.

PRANCHA ÔNIX

28

CHAPINHA AC 670

DEPILADOR DEFINITIVO EPILIGHT

Epilady apresenta o depilador definitivo Epilight, aparelho que funciona com flash de luz, não danifica a pele e é indolor. O modelo é bivolt, possui mostrador digital multifunções e seletor de tipo de pele e pelo. Vem acompanhado de maleta, óculos de proteção, gel de contato, spray para limpeza, adesivos de identificação de áreas depiladas e manual de instruções. Tem garantia de dois anos.

barbeador elétrico modelo BD4150 pode ser utilizado com o rosto seco ou molhado. Tem três conjuntos de lâminas com sistema de duplo corte e multidirecional, totalmente laváveis e em aço cirúrgico, o que ajuda a evitar alergias e irritações na pele. Conta com aparador retrátil de costeletas e bigode. É autovolt e recarregável: com apenas 90 minutos de carga, permite utilização sem fio por até 15 dias.

MÁQUINA DE CORTAR CABELO

Eterny escolheu para esta Vitrine especial a máquina de cortar cabelo ET37004, um modelo com cinco ajustes de altura e quatro pentes de encaixe. Silenciosa e com design anatômico, vem acompanhada de kit composto por tesoura, escova de limpeza, pente e óleo lubrificante. Disponível em 127 V e 220 V.


HOME LIFE

PHILIPS

REMINGTON

SECADOR TURBO WIND ÍON

DEPILADOR SATINPERFECT

SECADOR D2922

O

O

C

TAIFF

TANY

ZEEX

secador de cabelos Turbo Wind Íon (HLH 1800) tem 1.500 W de potência e emite íons negativos que ajudam a fechar as cutículas dos fios, protegendo-os, dando-lhes brilho e flexibilidade, informa a Home Life. É leve e compacto. Está disponível em preto, em 127 V e 220 V.

depilador elétrico SatinPerfect HP6579/30 permite o uso na pele seca ou molhada. Possui o sistema SkinCare, que remove até os pelos mais finos e curtos pela raiz, cabeça de depilação extralarga em formato ergonômico e discos em cerâmica. Dispõe de capa de massagem vibratória, dois ajustes de velocidade e luz. Conta com acessórios como a cabeça de corte para áreas sensíveis, pente para aparar e contornar a linha do biquíni e pinça com luz e espelho. Pode ser usado com ou sem fio.

ompacto e potente, o secador de cabelos D2922 oferece dupla proteção aos fios: cerâmica e íons. Com design diferenciado e cabo dobrável, tem 1.800 W de potência, duas temperaturas e duas velocidades. Conta com bico direcionador de ar removível e gancho para pendurar. É bivolt.

CHAPA LOOK

MODELADOR WAVE PRO

DEPILADOR DELICATO

C

O

O

om design ergonômico e moderno, a chapa Look alisa e modela. Possui exclusivo sistema Dual Transmission e emite íons negativos, que diminuem a eletricidade estática dos fios. Tem dupla cerâmica, placas autoajustáveis, isolamento térmico de borracha e cabo giratório. É bivolt.

modelador profissional Wave Pro é indicado para fazer cachos e penteados diversos devido à cerâmica PTC, que aquece instantaneamente o produto e mantém a temperatura em 220 °C durante todo o processo. Vem com apoio emborrachado, que facilita o manuseio, suporte para descanso e cabo giratório. É bivolt.

depilador Delicato, da Zeex, é compacto e tem design diferenciado, cabeça com massageador para relaxar a pele e remover os pelos de forma suave. Dispõe de cabeça depilatória, para aparar e modelar a linha de biquíni, e feixe de luz para melhor visualização da área depilada. É bivolt e dispensa o uso de fio depois de carregado. Vem com bucha vegetal e bolsa para guardar os acessórios. Garantia de um ano.

eletrolarnews

29




E LE T R O L AR S H O W

MAIS PRODUTIVA

Fotos: Divulgação

E MAIOR A CADA ANO

Ao reunir marcas famosas e receber visitação altamente qualificada, a Eletrolar Show abre grandes oportunidades de negócios para a indústria e o varejo de todos os portes.

A

cada ano, ficam mais evidentes a importância da El etro lar Sh ow p ar a o mercado e sua consolidação como ponto de encontro de expositores e varejistas de todas as regiões do território brasileiro. Concebida dentro do conceito B2B, a maior feira brasileira de eletrodomésticos, eletroeletrônicos, celulares e TI aproxima e valoriza a indústria e 32

eletrolarnews

o varejo ao possibilitar o fortalecimento das parcerias comerciais, o conhecimento de novos clientes e a concretização de negócios. Por isso, cresce a cada ano em produtividade e em número de expositores. Reconhecida em todo o Brasil, a Eletrolar Show antecipa as tendências em produtos e dá ampla visibilidade às marcas. “É um espaço

para receber clientes mais antigos e também os recentes, bem como conhecer potenciais parceiros de todas as regiões do País. O contato pessoal quebra barreiras, estreita o relacionamento, cria vínculos, e isso é muito bom para os dois lados de uma negociação”, diz Carlos Clur, diretor da feira e presidente do Grupo Eletrolar, que é o promotor do evento.


O montante investido em tecnologia e comunicação aumenta a cada ano para valorizar as marcas e o trabalho dos expositores. Em 2012, foi criado o programa Eletrolar TV, veiculado em duas emissoras abertas, para levar até a casa do consumidor os produtos apresentados na feira. Para a edição deste ano, como já é tradição, o Grupo Eletrolar patrocinará a vinda de 500 compradores de grandes redes que não têm sede em São Paulo. A expectativa é de que 23 mil profissionais, que respondem por 25 mil pontos de venda em todo o território nacional, visitem a Eletrolar Show.

Diversidade Ter em casa produtos novos, com alta tecnologia, é o desejo de todos os

executivo. “A tecnologia mais fácil é uma tendência mundial e faz com que o consumidor usufrua plenamente o produto que adquiriu. Cresce também o número dos que procuram itens que não agridem o meio ambiente, fabricados por empresas que adotam normas de sustentabilidade. Na realidade, é uma evolução, que já se manifesta forte no Brasil.” A feira, que será realizada de 15 a 18 de julho deste ano, na cidade de São Paulo, ocupará a área total do Transamerica Expo Center, isto é, 36 mil m², e terá a participação de todas as categorias de produtos. Faltam cinco meses para o evento, mas 87% do espaço já está comercializado. “A Eletrolar Show é a CES brasileira, é

Canal de bons negócios e parcerias, a Eletrolar Show estreita os relacionamentos, reúne a indústria e o varejo de todos os portes e deverá receber a visita de 23 mil qualificados profissionais de todo o Brasil. brasileiros. Por isso, comprar se torna um ato prazeroso e gratificante, que se multiplica diariamente em todas as regiões brasileiras. Levando em conta o alto potencial de consumo do País, com a baixa taxa de desemprego, a 8ª edição da feira será marcada, também, pela ampla diversidade de itens. “Serão mais de mil marcas e acima de 10 mil produtos para que os varejistas tenham amplas opções de escolha para todos os seus consumidores”, conta Clur. Devido aos avanços tecnológicos e ao maior nível de informação, muitos brasileiros hoje optam por produtos com tecnologia mais amigável e que consomem pouca energia, explica o

ELETROLAR SHOW NA TV Para apresentar aos consumidores de todo o Brasil os lançamentos da feira, foi criado o programa Eletrolar TV. Apresentado em dezembro e janeiro, na Rede TV! e TV Brasil, mostrou as novidades da maior feira brasileira de eletrodomésticos, eletroeletrônicos, celulares e TI. Eletrolar TV valoriza as marcas da Eletrolar Show ao destacar o que há de melhor no segmento de eletros. É, também, um meio de capacitação para os vendedores do varejo porque mostra as funcionalidades dos produtos. Em 2013, Eletrolar TV estará de volta com os lançamentos da 8ª Eletrolar Show.

O crescimento do número de marcas e a diversidade de produtos são fatores que indicam a evolução da feira no universo que integra tecnologia, inovação, oportunidades e negócios. uma feira que atua como plataforma para lançamentos e como elo entre a indústria e o varejo do segmento de eletros, integrando marcas, produtos, expositores e visitantes. É um encontro para fazer bons negócios”, afirma o presidente do Grupo Eletrolar. eletrolarnews

33


E LE T R O L AR S H O W

Empresas O ano será marcado pela convergência. Assim, expositores de produtos das linhas branca e marrom apresentarão na feira, aos varejistas de todo o Brasil, lançamentos extremamente inovadores. O mesmo vale para celulares, eletroportáteis, duas rodas, bem-estar e produtos de tecnologia da informação. Será um show de tecnologia durante quatro dias, das 13 às 21 horas. Entre os expositores da 8ª Eletrolar Show, estão AF International, Agis Distribuição, Alcateia, Alcatel One Touch, Allied, All Nations, Arke, Arno, Atlas Eletrodomésticos, Batiki, B2C Express, Bicicletas Mormaii, Bikelete, Black&Decker, Brasforma, Brightstar, Britânia, BTC, Brizair e Spirit, Cadence, Caloi, Case-Mate, CNA Brasil, Colormaq, Cotherm, Dantas Baby, Dello, 34

eletrolarnews

De´Longhi e Kenwood, DL, Dream Fitness, Electron, Elg Pedestais, Elgin, Epilady, Equipo, Esmaltec Eletrodomésticos, Eterny, Expolight Expositores, Fischer, Flexy Negócios Digitais, Fogatti Eletrodomésticos, Frahm/ Hinor, Full Fit, GA.MA Italy, Gas Grill Churrasqueiras a Gás, Geonav, Habro Group, Handytech, Harman do Brasil, Hayamax Distribuidora, H-Buster, Home Best, Houston, Ideale, Intech Machine, Integris Brasil, Intelbras, Iwill Brasil, Janome, Jonny Motos, Kärcher, Latina Eletrodomésticos, Lavor, Leadership/Goldship/Noteship, Lenoxx/Goodyear, Login Informática e Loren Sid. Mais expositores: Mabe (Continental, Dako e GE), M.Cassab, Mais Mania, Mallory/Taurus/Winsor, Maptec,

Maxprint/Dazz/Gothan, Mazer Distribuidora, Metal Light Gôndolas, Michelin, Microservice, Midea Carrier, Mondial Eletrodomésticos, Mormaiitec, Move1, Mox/Doctell, Mueller, Multilaser, Multitoc, Multivisão, Nagem, Nardelli Eletrodomésticos, NC Games, Newlink, NKS, Office Media Distribuidora, Officer Distribuidora, One for All, Oneal Audio, Opeco, Phaser, Philco, Philips, Pioneer, Polaroid/ Vivitar, Prince Bike, Proeletronic, Qualy House, Ragtech, Relaxmedic, Reliza, Relógios Herweg, Ribeiro e Pavani, Rio Gadita, SND, Softbox, Steammax, Suggar Eletrodomésticos, Superkit Distribuidora, Suzuki, Techline, Tec Total, Termikel, Track, TS Shara, Unicoba, UP2Ware, Ventisol, Vicini, Visiontec Antenas Parabólicas, Visograf, WAP, Whirlpool e Zeex.





I N D ÚS T R IA

GARGALOS

PREJUDICAM O BRASIL

A

nova class e média , tal como ocorreu em 2011, impulsionou as vendas do ano passado e com isso garantiu para o mercado interno um bom desempenho, como revela o balanço de 2012, assinado pelos executivos mais importantes do segmento de eletrodomésticos, eletroeletrônicos, celulares e TI, que o leitor acompanha nas páginas seguintes. Ao que tudo indica, essa situação 38

eletrolarnews

de otimismo frente ao consumo deverá se manter em 2013, como demonstram várias pesquisas e estudos a respeito da ascensão desse público, que se mantém otimista com sua vida financeira. Esse aspecto por si só, no entanto, não é suficiente para o desenvolvimento das empresas e consequentemente do País. Elas precisam de ações bem planejadas nas áreas de

infraestrutura, transporte e logística. E, também, de regras claras, de redução dos tributos e da burocracia. O conjunto de opiniões apresentado neste balanço, além de dar uma visão ampla do comportamento das empresas em 2012, o que inclui as estratégias bem sucedidas e os desafios enfrentados, mostra que algumas medidas já tomadas foram recebidas com entusiasmo. Agora, o que se espera é que venham outras.


IN D ÚS T R IA

AÇO MÓVEIS Luciano Farnese, presidente

Balanço de 2012 Foi um ano especial e bastante positivo para a Aço Móveis. Mais uma vez, tivemos crescimento real, tanto em vendas quanto na conquista de novos clientes. Cada vez mais, nos consolidamos como a maior e melhor empresa especializada em tecnologia e sistemas de exposição (gôndolas, balcões, etc.) para o setor de eletros. O resultado já era esperado devido aos investimentos que fizemos em máquinas, materiais e, principalmente, em pessoal, o que foi bastante positivo. Aumentamos significativamente nossa participação e, além de muitos novos clientes, reconquistamos os que estavam afastados.

Fatores positivos do ano Nosso foco é sempre a inovação tecnológica, e acompanhamos o mercado mundial. O Brasil está em uma excelente posição em relação ao mercado exterior no tocante a itens para exposição de produtos. Investimos muito em itens de produção, e isso nos proporcionou melhorias na qualidade, aumento de produção e market share bastante superior ao dos concorrentes.

O que foi negativo A crise europeia, que trouxe um pouco de receio aos investidores internacionais. Mas o Brasil está bastante forte e passou tranquilamente pelos piores momentos.

Produtos lançados Em 2012, desenvolvemos muito mais itens do que em 2011. O nosso cliente está cada vez mais antenado e exige de-

signs criativos, o que é muito bom para nós. Os desafios movem a empresa.

Política econômica Acredito que o Brasil está no caminho certo, mas é necessário que haja uma reforma fiscal para que o crescimento aconteça de forma mais rápida. O brasileiro paga muito imposto, e isso precisa mudar.

Sugestões para elevar o PIB Há um sonhado crescimento de 3,6% do PIB em 2013. Sabemos que não podemos contar com melhora sensível do contexto internacional. Os EUA parecem estar se recuperando, mas a Europa, não; logo, não podemos levar em consideração uma significativa elevação das exportações para o continente, pelo menos no curto prazo. O aumento do PIB, portanto, depende muito mais dos investimentos no mercado interno. Se melhorarem os incentivos, com a diminuição da carga tributária, em especial do IPI, as vendas no varejo manterão o seu fluxo, e o mercado poderá continuar crescendo.

de 2013, o mercado está trabalhando com previsão de crescimento de 10%. Para a Aço Móveis, isso é bastante positivo. Prevemos crescimento em torno de 15% somente para a nossa linha de eletros.

Lançamentos Isso depende muito da demanda. Quem solicita, na maioria das vezes, é o cliente. Mas estamos sempre inovando e acompanhando a evolução do mercado. A exposição bem-feita é a responsável direta pelo aumento das vendas. Cada caso é único, e todos os nossos clientes têm design exclusivo para seus itens de exposição. Isso é o que nos diferencia da concorrência.

Expectativa do dólar em 2013 A tendência é a estabilização do dólar. Isso nos beneficia muito, ainda que indiretamente, pois o aço que utilizamos também é exportado. As máquinas que pretendemos adquirir têm a sua cotação em dólar.

Perspectivas para este ano Considerando que o IPI menor para a linha branca será prorrogado até junho

Fotos: Divulgação

eletrolarnews

39


I N D ÚS T R IA

ADAMITEC

Alexandre Goettems, sócio-proprietário

Balanço de 2012 Não foi um ano fácil para os importadores. Com o aumento da cotação do dólar frente ao real, tivemos acréscimos significativos nos custos de importação. Esse aumento dos custos não pôde ser repassado ao varejo, visto que o seu desempenho estava abaixo das expectativas. O último semestre apresentou uma boa retomada, mas o ano ficou aquém das nossas previsões, principalmente no que diz respeito ao desempenho do varejo. O resultado foi inferior ao de 2011, mas ainda assim satisfatório se olharmos o pífio crescimento da economia brasileira neste período.

40

eletrolarnews

Produtos lançados Estamos em constante desenvolvimento de novos produtos. Em 2012, nossas grandes estrelas foram tablet Cyborg Mormaii e o celular Tank Mormaii.

Política econômica Enquanto a corrupção for endêmica no País, vamos, sempre, perder para nós mesmos. A política econômica precisa de mais incentivos, principalmente no que diz respeito à desoneração das empresas. Também é preciso mais investimentos em infraestrutura.

Fatores positivos do ano

Sugestões para elevar o PIB

Aproveitamos para ajustar melhor os custos, e a gestão ficou mais enxuta.

Investimento e desoneração. Combate à corrupção e fim da impunidade!

O que foi negativo

Fotos: Divulgação

48 horas para entregar um pedido, estava levando 14 dias.

O ambiente de negócios no Brasil é o grande problema que sempre enfrentamos. No último semestre, poderíamos ter crescido ainda mais, mas não havia infraestrutura. Tivemos muitos atrasos nas entregas porque os aeroportos estavam lotados. Nossa logística, que demorava

Expectativa do dólar em 2013 Deverá se manter estável.

Perspectivas para este ano Crescimento de 20%.

Lançamentos Neste ano, vamos apresentar em torno de 10 novos produtos.


AMVOX

Guilherme Santos, presidente

Foto: Divulgação

Balanço de 2012 Foi um ano positivo. Registramos muitas vendas em todo o País, e nossa linha de produtos recebeu as qualificações dos órgãos de normas e padrões para atuar no exigente mercado nacional. Também fortalecemos a marca com nossos parceiros e fizemos lançamentos. Os resultados poderiam ter sido melhores se não tivéssemos enfrentado a alta do dólar (25% entre o final de 2011 e 2012), onerando os custos de toda a operação. Não conseguimos reajustar os preços dos produtos na devida proporção. Apesar de muitas intempéries e da grande quantidade de impostos, pudemos sobressair com estratégias bem planejadas e nos manter no mercado com participação ativa.

Fatores positivos do ano Conquistamos novas parcerias, passamos a atuar em outras cidades e inserimos novidades na linha Amvox, antenados com as tendências do mercado e o desejo do consumidor. Desenvolvemos um grande trabalho com a linha de info da Logitech, da qual somos distribuidores exclusivos para o varejo no Brasil, tanto para as revendas como para o e-commerce.

O que foi negativo O governo brasileiro precisa apreciar

melhor o corpo de empresários no Brasil, que vem sofrendo com as mudanças de legislações e resoluções que acontecem de forma abrupta, sem levar em consideração prazos. Isso impacta as atividades das empresas e dificulta o progresso nacional.

Produtos lançados Estrategicamente, lançamos no mercado nacional uma linha de tablets de 9” e 7”. Antes de oferecer essa linha, analisamos os detalhes e testamos exaustivamente seu desempenho e capacidade para que o varejo tivesse produtos de excelente qualidade e bom preço. Estamos introduzindo, também, a nossa linha de auto rádios, com tecnologia de ponta.

Política econômica O Brasil não cresceu o esperado e anunciado pelo governo no início de 2012, mas este ano já mostrou fortes sinais de recuperação da atividade econômica. Para dar continuidade, o governo deve incentivar o consumo, aumentar os investimentos para garantir o crescimento econômico e reduzir impostos e juros.

Sugestões para elevar o PIB É factoide que a perspectiva para o crescimento do Produto Interno Bruto este ano seja de 4%. Os governos fede-

ral e estadual devem analisar melhor o seu comportamento com as indústrias. As cargas tributárias aumentam, as mudanças nos impostos não nos favorecem, e a guerra tributária entre os Estados assusta a todos. Deve-se colocar em pauta um planejamento que inclua o crescimento dos setores industriais. Falar em crescimento e continuar a sufocar as indústrias é controverso.

Expectativa do dólar em 2013 É muito difícil fazer previsões para o Brasil a médio e longo prazo, mas a expectativa para o dólar, este ano, é de se manter no patamar de R$ 2,00.

Perspectivas para este ano Continuar a crescer. Temos estratégias para aumentar a penetração em vários Estados brasileiros e ampliar a nossa capacidade produtiva, além de promover maior diversificação em nosso mix.

Lançamentos Serão muitas as novidades. Algumas já podemos adiantar, como a nossa linha de tablets Toks 9, Toks 7G e Toks 7. Além disso, teremos a linha de auto rádio, e o primeiro modelo será o ACR 1000, com conexão USB, SD entrada AUX, controle remoto e display digital, entre outras funções. eletrolarnews

41


I N D ÚS T R IA

ATLAS

ELETRODOMÉSTICOS Clóvis Simões, diretor comercial

Balanço de 2012 O balanço é positivo. Mercado com ritmo adequado, estimulado pelas medidas de incentivo ao consumo associadas à mudança no perfil do consumidor, que privilegiou trocas, vinculando inovação, design e features. Conquistamos resultados em conformidade com a meta estabelecida e crescimento compatível com a evolução do segmento. Consolidamos novas parcerias, que viabilizaram incremento expressivo.

Fatores positivos do ano A motivação do consumidor, refletindo o cenário positivo de emprego e renda, a oferta de crédito e as medidas

de incentivo ao consumo propiciaram bom resultado geral.

O que foi negativo Inadequação da infraestrutura, potencializando gargalos logísticos, com significativa evolução dos custos operacionais.

Produtos lançados Nova linha promocional (modelos Mônaco, de quatro, cinco e seis bocas; Grécia, de quatro e cinco bocas; e Coliseum, com quatro bocas) e Tropical Inox, de quatro e cinco bocas, com excelente performance de vendas e plena aceitação do consumidor. Ainda alinhada com a expectativa do consumidor, a empresa lançou a linha Black (modelos Mônaco e Gênova, ambos com quatro e cinco bocas). O número de lançamentos superou o de 2011.

Política econômica

Fotos: Divulgação

42

eletrolarnews

Foi positiva quanto à implementação de políticas de estímulo ao consumo, o que permitiu neutralizar períodos de retração, garantindo adequados níveis de emprego nos segmentos vinculados à indústria e ao varejo.

Exportações Operamos com regularidade nos mercados latino-americano e africano, este último com expansão considerável e excelentes oportunidades de negócios. Os resultados foram satisfatórios com o favorecimento do câmbio.

Sugestões para elevar o PIB Estimular a oferta de bens e serviços, bem como desenvolver políticas visando à redução do elevado nível de custos da indústria, a fim de propiciar desenvolvimento tecnológico e competitividade.

Expectativa do dólar em 2013 Manutenção do mesmo patamar que encerrou 2012.

Perspectivas para este ano Crescimento contínuo do varejo, contribuindo decisivamente na construção do PIB. Manutenção da expansão do crédito imobiliário e do nível de emprego.

Lançamentos Lançaremos cinco novos modelos.


BLACK&DECKER Paulo Martins, presidente

Foto: Roberto Assem

Balanço de 2012 O balanço foi bastante positivo, com crescimento em todos os segmentos em que atuamos. O ano de 2012 foi mais difícil que os dois anteriores, pois tivemos novas variáveis como desaceleração e desvalorização da moeda, com maior número de concorrentes importadores, fruto do longo período com câmbio favorável a eles. Não tivemos os mesmos índices de crescimento e rentabilidade de 2010 e 2011, porém, considerando a desaceleração da economia, estamos bastante contentes com os resultados.

Fatores positivos do ano Ciclicamente, o País envia mensagens ao mercado, transmitindo que a médio e longo prazo permanecem as empresas que realmente investem no Brasil, com produção e estrutura locais. As abruptas desvalorizações da moeda, as mudanças nas regras fiscais (como ocorre agora, com o fim da guerra dos portos), as novas dificuldades impostas aos importadores e/ou oportunistas, como acontece atualmente com as certificações de produtos, são sinais claros disso.

O que foi negativo A desvalorização do real provocou impactos, bem como o surgimento de muitas marcas oportunistas. Mas sabemos que praticamente todas elas, da

mesma forma como aparecem, desaparecem com as primeiras dificuldades. As empresas realmente globais, as grandes marcas são as que permanecem.

Exportações

Produtos lançados

Vale a resposta anterior.

Ampliamos nossa linha com 11 produtos na divisão de portáteis, sendo dois modelos de umidificadores ultrassônicos, três barbeadores, balança eletrônica, aspirador de água e pó, cafeteira térmica, fritadeira e duas panelas elétricas. E mais seis na divisão de ferramentas elétricas. Lançamos acima de 40 produtos relacionados a ferramentas manuais e acessórios para as elétricas.

Política econômica Creio que temos vivido certa exaustão de consumo. Muitos que nos últimos anos compraram mais estão com alto grau de endividamento e necessitam de fôlego para voltar a consumir. A política econômica, que neste ano insistiu em impulsionar a economia com a concessão de mais crédito, poderia mudar o foco e incentivar de forma efetiva a geração de consumo, o que poderia acontecer por meio de obras de infraestrutura, tão esperadas e necessárias (aeroportos, rodovias, portos, etc.). Deixaríamos, assim, de depender exclusivamente da capacidade de compra, muitas vezes fictícia, da população.

Exportamos muito pouco e isso é uma das principais preocupações que temos.

Sugestões para elevar o PIB Expectativa do dólar em 2013 Entre R$ 2,00 e R$ 2,05.

Perspectivas para este ano Muito boas, sem euforia excessiva, mas dando continuidade ao crescimento sustentável dos últimos anos. Nossa corporação pretende seguir firmemente com os investimentos nos mercados emergentes, em particular no Brasil.

Lançamentos Planejamos 13 novos produtos. Na linha de portáteis, três modelos de ferros, panela de arroz, dois aspiradores. E lançaremos mais sete em categorias nas quais ingressaremos entre o segundo e o terceiro trimestre. Também estamos reestilizando a nossa linha de batedeiras e liquidificadores até a sazonalidade do Dia das Mães. Na linha de ferramentas Black&Decker, serão seis novos produtos: uma furadeira produzida no País com 560 W, três kits, motoesmeril e politriz de 5”. Com nossa marca Stanley, ampliaremos as soluções com organizadores e kits de ferramentas manuais. eletrolarnews

43


I N D ÚS T R IA

BRITÂNIA PHILCO Cesar Buffara, presidente

Balanço de 2012

O que foi negativo

Consideramos um ano difícil em função do baixo crescimento econômico e da alta do câmbio, porém ainda conseguimos crescer 25% em função de novos produtos.

O ponto negativo foi o câmbio.

Fatores positivos do ano A consolidação no mercado de televisores.

Produtos lançados Ultrapassamos, em lançamentos, o número de 2011. Lançamos 80 itens em todos os segmentos, entre eles dois liquidificadores, dois ventiladores, oito cafeteiras, dois ferros elétricos, seis grills, uma fritadeira sem óleo, três secadores, duas escovas de cabelo rotativas, duas escovas de cabelo modeladoras, uma prancha de cabelo, dois ventiladores de teto, oito TVs LED, um home theater, cinco rádios CDs, dois minisystems, cinco tablets e dois notebooks.

Política econômica A política econômica está correta, porém o volume de despesas do governo continua muito alto.

Sugestões para elevar o PIB Sugerimos que o governo invista mais em infraestrutura.

Expectativa do dólar em 2013 Manutenção dos patamares atuais, em torno de R$ 2,10.

Lançamentos Planejamos lançar 50 itens novos. Fotos: Divulgação

44

eletrolarnews



I N D ÚS T R IA

CADENCE Nelson Lisot, presidente

Foto: Roberto Assem

Balanço de 2012

Produtos lançados

Superamos as metas e os objetivos traçados. Mas a maior conquista para a empresa foi ver a Cadence se consolidar ainda mais no mercado. Esse crescimento, tanto em vendas quanto em performance de marca, foi alicerçado principalmente pelo trabalho de nossas equipes, que se envolveram e contribuíram de forma decisiva para que os objetivos fossem alcançados. Tivemos um ano com ótimos resultados, crescemos 35% em relação a 2011. Isso foi possível com a ampliação do mix e da nossa participação no mercado – hoje, os produtos Cadence podem ser encontrados do Oiapoque ao Chuí –, além da solidez nas parcerias com nossos clientes e fornecedores.

Colocamos no mercado mais de 50 novos produtos, repetindo o excelente desempenho que havíamos tido em 2011. Entre eles, destacamos a batedeira Planetária, a sorveteira e os novos modelos de adegas.

Fatores positivos do ano A redução dos juros e o aumento do crédito, que possibilitaram maior poder de compra ao consumidor.

O que foi negativo Como importamos um volume expressivo de produtos, o aumento do dólar impactou diretamente no negócio. 46

eletrolarnews

Política econômica O crescimento do PIB foi abaixo da expectativa, indicativo de que ainda precisamos melhorar em vários aspectos, mas também houve acertos, como a redução da taxa de juros. Por isso, acreditamos que, em parte, esse pode ser o caminho correto.

Exportações Iniciamos, em 2012, a exportação para alguns países da América Latina. Esse é um mercado promissor, que, certamente, ajudará no fortalecimento da marca.

Sugestões para elevar o PIB A principal sugestão é a reforma tributária, com melhor uso dos recursos públicos e forte investimento em infraestrutura (estradas, portos, aeroportos e energia), saúde, educação e segurança.

Expectativa do dólar em 2013 Acreditamos que as previsões do Banco Central se concretizem e que a moeda se mantenha entre R$ 2,00 e R$ 2,10.

Perspectivas para este ano Prevemos crescer 25% em relação a 2012 e, para alcançar essa meta, vamos fortalecer as parcerias com os nossos clientes, conquistar novos, ampliar o mix e consolidar ainda mais a marca Cadence entre os consumidores. Todos esses pontos estão alicerçados na construção de uma nova planta fabril, que vai dobrar a nossa capacidade produtiva e abrir mais oportunidades no mercado de trabalho, e na solidez da loja-conceito, inaugurada em São Paulo (SP), em dezembro do ano passado, e que coloca os produtos Cadence ainda mais perto do principal mercado comprador da empresa.

Lançamentos Já estão programados quatro lançamentos mensais. Neste ano, a empresa vai investir fortemente em design. Com certeza, a Cadence vai surpreender o cliente com várias novidades.


CASAVITRA Marco de Bastiani, diretor-geral

Fotos: Divulgação

Balanço de 2012

Produtos lançados

Avaliamos positivamente nossa atuação no mercado em 2012. Conseguimos dobrar a comercialização dos cooktops; avançamos em mercados extra Rio Grande do Sul, ampliando nossa representatividade no País; crescemos no marketing digital – importante ferramenta que nos aproxima dos consumidores de qualquer parte do Brasil; lançamos o Cooktop Premium – fogão mais sofisticado, com design diferenciado e maior segurança; e conseguimos nos posicionar no mercado conforme nosso planejamento. Os resultados foram positivos para a Casavitra. Dobramos de tamanho em apenas dois anos de atuação no mercado. Esse crescimento está basicamente alicerçado em nosso carro-chefe, o cooktop, produto diferenciado e numa faixa de preço intermediária. Unimos funcionalidade e design. Com 52 possibilidades, nossos “coloridinhos” caíram no gosto dos brasileiros, entrando para as cozinhas, além das classes A e B, agora também da nova classe C.

O Cooktop Premium, fogão de mesa para quem aprecia a arte de cozinhar e tem mais espaço no ambiente gourmet, trouxe oito estampas exclusivas e cores inéditas. A Casavitra é a única marca do País a utilizar a exclusiva tinta refletiva, que proporciona efeito espelhado e de profundidade ao produto, além da já conhecida tinta vitrocerâmica, que garante maior resistência. Bivolt, tem cinco queimadores, sendo um triplo (3,8 kW), um rápido (3,0 kW) e três semirrápidos (1,75 kW), e trempes de aço fundido. Aprovado pelo Inmetro, possui válvula de segurança com tecnologia italiana, com função corta-gás.

Fatores positivos do ano O reconhecimento do consumidor em relação aos nossos produtos, evidenciado na duplicação das vendas nos últimos 12 meses.

O que foi negativo Acreditamos que, tanto para o consumidor quanto para a indústria, um fator que tem grande relevância continua sendo a carga tributária.

Política econômica Tínhamos uma expectativa de crescimento econômico em 2012 que acabou não acontecendo, mesmo assim estamos com a inflação controlada, o que permite uma visão promissora a médio e longo prazo.

Expectativa do dólar em 2013 Nossa expectativa é de estabilidade do dólar. Com o dólar muito flutuante, aumenta a dificuldade de projeção de custos e, consequentemente, de nosso posicionamento no mercado, que depende de preço competitivo.

Perspectivas para este ano Continuar avançando na abrangência de atuação no mercado, além de ampliar as vendas dos cooktops, de nossas tábuas de corte e bandejas de vidro. Também pretendemos lançar novos produtos.

Lançamentos A Casavitra trabalha no desenvolvimento de novos eletros, como fornos e coifas, tendo sempre o vidro como base, além de um novo modelo de cooktop.

Sugestões para elevar o PIB Produzimos no Rio Grande do Sul, onde o ICMS é muito alto. Também estamos distantes de áreas de escoamento, o que traz inúmeras dificuldades. Diante disso, entendemos que é necessário padronizar os valores de ICMS com uma legislação nacional; implementar medidas de redução de custo da folha de pagamento; investir em infraestrutura e logística para melhorar o escoamento da produção. Resumindo, é preciso que o governo invista mais e gaste menos. eletrolarnews

47


I N D ÚS T R IA

CEMEL/

PARLUX BRASIL Marcelo Ceva, presidente

Balanço de 2012 O ano de 2012 foi bom, mas sem ser nenhuma maravilha. O crescimento foi dentro do esperado. Para a empresa, os resultados foram positivos. O lucro foi igual às vendas, com leve crescimento.

Fatores positivos do ano Não tivemos nenhum ponto positivo em particular. A inclusão de novos produtos foi boa.

O que foi negativo

eletrolarnews

Política econômica é um tema de alta complexidade. O Brasil deve lutar para ser um país onde seja mais fácil e simples fazer negócios. Também precisa reforçar sua infraestrutura, simplificar os impostos e investir em educação.

Sugestões para elevar o PIB Simplificar a economia.

Expectativa do dólar em 2013

Produtos lançados

Vejo a relação do dólar estável, seguindo a linha da inflação.

Porte das empresas atendidas

48

Política econômica

Os fatores negativos continuam sendo as mudanças no sistema de impostos.

O número de produtos se manteve estável. Não tivemos nenhum lançamento que fosse uma grande novidade no ano passado. Mas vamos ter muitas novidades para este ano de 2013.

Fotos: Divulgação

profissionais do setor. A internet é cada dia mais relevante.

Referente às lojas, devemos destacar a importância da internet nas vendas. O fato de os nossos produtos (secadores de cabelo) serem conhecidos mundialmente e terem alto custo por sua qualidade facilita a escolha pelos

Perspectivas para este ano Para 2013, temos boas expectativas. A Parlux lança um produto a cada dois anos. Em 2013, vamos apresentar um novo secador profissional, revolucionário.

Lançamentos Neste ano, como dito acima, vamos lançar uma grande novidade para profissionais do segmento de cabelos. Acreditamos que, com o novo produto, as nossas vendas crescerão sensivelmente.


CHIAVE

Vinicius M. Ligocky, diretor comercial

Foto: Divulgação

Balanço de 2012

O que foi negativo

Sugestões para elevar o PIB

Um ano bastante difícil e desafiador. Difícil porque logo em janeiro sofremos um incêndio que comprometeu mais de 60% de nosso estoque. Desafiador porque, apostando em nosso projeto de expansão, mudamos toda a sede administrativa de São José (SC) para o Rio de Janeiro (RJ), com alteração significativa do quadro de colaboradores. Apesar de todo o desafio e das dificuldades com o estoque, ampliamos nossa carteira de clientes, incluindo o ingresso de grandes novas contas. Fechamos o ano com crescimento superior a 20%, o que consideramos bastante positivo diante dos cenários externo e interno.

No nosso caso específico, o incêndio, pois desestruturou todo o planejamento traçado para 2012. Além disso, houve a famigerada “maré vermelha”, que afetou não só a Chiave, mas o mercado como um todo, prejudicando o abastecimento dos pontos de venda.

Pacotes mais agressivos de crescimento, com corte efetivo na carga tributária, de forma que os investimentos privados possam ser planejados no longo prazo. Investimentos em infraestrutura para reduzir o nosso Custo Brasil, o que permitiria tornar mais competitivos os manufaturados para exportação, e desburocratizar o máximo possível as exigências governamentais para todo e qualquer investimento, projeto ou novo negócio.

Fatores positivos do ano Apesar de toda a complexidade que foi a transferência da sede administrativa de um Estado para outro, não podemos deixar de destacá-la como um ponto positivo, bem como a centralização da operação. Trocamos três centros de distribuição por um único, com maior capacidade, agilidade e integração. Os lançamentos também foram muito bem recebidos pelo varejo. Outro ponto positivo foi a mudança de ERP, que trouxe mais confiabilidade e agilidade na gestão dos processos.

Produtos lançados Ingressamos no segmento de licenciados em parceria com os clubes de futebol, inicialmente Grêmio e Internacional, com produtos desenvolvidos especialmente para o Estado do Rio Grande do Sul. Também lançamos aparelhos de jantar com novo shape (formato) e linhas mais retas, chaleiras elétricas, com destaque especial para o modelo em inox, e entramos, ainda, na categoria de umidificadores de ar e fornos elétricos.

Política econômica A política econômica, mais do que no ano passado, caminha em um sentido protecionista e intervencionista. Acreditamos que algumas medidas foram bem adotadas e outras, nem tanto. É necessário ter cuidado para que algumas medidas de proteção não culminem em restringir o consumo da classe C ascendente.

Expectativa do dólar em 2013 Pela movimentação dos últimos meses, acredito numa estabilidade que oscile entre R$ 2,00 e R$ 2,15, pois o governo parece dar claros sinais de querer manter o dólar nessa faixa.

Perspectivas para este ano Consolidar cada vez mais o crescimento e fortalecer a participação de nossas marcas Zeex (eletro), Blu, Blu Exclusive e Portofino (porcelana) em nossos parceiros, com foco cada vez maior em atender às suas necessidades.

Lançamentos O número poderá mudar, mas estamos trabalhando com uma projeção de 15 a 25 lançamentos durante o ano. eletrolarnews

49


I N D ÚS T R IA

CNA DO BRASIL Ernane Iung, diretor-geral

Balanço de 2012

Produtos lançados

Para a Cata, terceira maior fabricante mundial de coifas e a maior com marca própria, o ano apresentou vários desafios: alterações na política de câmbio, idas e vindas da isenção do IPI, pouco crescimento na economia geral e incertezas na Europa e nos Estados Unidos. Apesar disso, em termos gerais, finalizamos com bom resultado, alavancados pelo crescimento expressivo no segundo semestre. Crescemos na maioria dos canais de distribuição, principalmente nos especializados e no e-commerce. As barreiras para a importação de produtos atrasaram a nacionalização de muitas mercadorias, especialmente no último trimestre, e limitaram o potencial de crescimento.

Inovamos em 2012 e fomos os primeiros fabricantes de coifas a lançar produtos bivolt. Convertemos boa parte da linha e assim vamos continuar. No último trimestre, lançamos um forno micro-ondas de embutir. Completamos o conjunto coifa/forno/cooktop/ micro-ondas.

Fatores positivos do ano O ano foi marcado pelo reposicionamento da empresa para crescer. Iniciamos vários projetos que se concretizarão em 2013. Incluem expansão do portfólio de coifas e da cobertura regional da equipe comercial, nova plataforma de produtos fabricados localmente e investimentos em ferramentas de e-commerce.

O que foi negativo

Foto: Divulgação

50

eletrolarnews

A lentidão e os atrasos associados à nacionalização de produtos importados e certa insegurança do pequeno varejo em relação à economia.

Política econômica O conjunto macroeconômico de juros, inflação, taxa de desemprego e crédito foi muito favorável, mas gera insatisfação a péssima infraestrutura do País. Os gargalos em portos, rodovias e aeroportos oneram nossos custos e prejudicam o trabalho operacional. Falta muito para o Brasil entrar no primeiro mundo em infraestrutura. Sem foco maior para a finalização dos investimentos previstos para essa área, continuaremos sofrendo com as ineficiências encontradas no dia a dia das operações de logística e transporte.

Expectativa do dólar em 2013 Trabalhamos com o mesmo patamar praticado no último trimestre, em torno de R$ 2,00, o que nos parece saudável para a importação e para a exportação. Se o mercado/ governo trabalhar para limitar as oscilações dentro de uma banda menor ou mais estreita – lembro que houve valorização de cerca de 20% do dólar perante o real nos últimos três meses de 2012 –, será muito melhor para a indústria e os importadores.

Perspectivas para este ano Estamos altamente otimistas em função dos lançamentos em todas as categorias de produtos. As novidades, vinculadas a um plano de comunicação mais agressivo e focado nos principais canais de distribuição, criarão ambiente propício para maior crescimento em 2013.

Sugestões para elevar o PIB

Lançamentos

Reitero meu comentário acima. Sem estruturas mais modernas em portos, aeroportos e no transporte de carga pelas rodovias, testemunharemos maior estrangulamento do potencial de crescimento econômico.

Serão mais de 25 novos modelos entre coifas, cooktops, fornos e micro-ondas. Está previsto para o mês de abril um evento, provavelmente em São Paulo, em que apresentaremos as novas linhas para clientes e alguns fornecedores. Esse encontro antecede nossa primeira participação na Eletrolar Show, onde também teremos lançamentos.

Exportações Em 2012 não exportamos, mas projetamos fazê-lo em 2013.


COBIMEX

NEGÓCIOS INTERNACIONAIS Rodrigo Magalhães, presidente

Fotos: Divulgação

Balanço de 2012

Política econômica

Foi um ano muito positivo. A Cobimex conquistou clientes importantes, fechou acordos com grandes marcas internacionais para importação e distribuição no Brasil. A empresa teve mais de 30% de crescimento e consolidou algumas marcas que já vinha desenvolvendo no mercado brasileiro.

Estamos no caminho certo? Não! Acreditamos que o governo vem interferindo demasiadamente na política cambial e também dificultando as importações através de LIs (Licença de Importação) e outras burocracias.

Fatores positivos do ano A introdução no mercado nacional de produtos da marca Michelin.

O que foi negativo O aumento do dólar, a redução da oferta de frete internacional, a greve da Receita e de outros órgãos do governo federal. Esses fatores geraram atrasos no desembaraço das mercadorias e, consequentemente, aumento no custo final dos produtos.

Sugestões para elevar o PIB O principal é investir na infraestrutura, especialmente em logística. Além disso, simplificar a tributação de forma que o País possa ser mais competitivo e menos burocrático.

Expectativa do dólar em 2013 A expectativa é de uma relativa estabilidade, variando entre R$ 2,00 e R$ 2,10.

Produtos lançados

Perspectivas para este ano

O número foi bem maior do que nos anos anteriores. Fizemos os lançamentos de lavadoras, compressores, do kit de ferramentas manuais da marca Michelin, das churrasqueiras Master Chef e outros produtos da Keter (como móveis e brinquedos). Também consolidamos as marcas Strong, Yankee e Rochelle.

Esperamos crescimento acima de 30%, novamente.

Lançamentos A empresa vai focar na continuidade do desenvolvimento das linhas da Michelin e Keter, com o lançamento de cerca de 50 produtos dessas marcas neste ano.. eletrolarnews

51


I N D ÚS T R IA

DE’LONGHI Antonio Ferraiuolo, CEO Brasil

Balanço de 2012 Apesar da situação bastante complicada do mercado brasileiro, a De’Longhi fechou o ano com resultado bastante expressivo. Além do faturamento, que sempre é importante, o maior objetivo foi atingido: a consolidação da marca no mercado e perante o consumidor final. Esse é o verdadeiro driver da empresa. O resultado foi bom, e os meses de novembro e dezembro foram os melhores em faturamento, como de costume. Isso ocorreu devido aos diferentes tipos de produtos, mas uma coisa muito importante, além do faturamento geral, foi a posição conquistada pelas categorias de máquinas de café e ar-condicionado.

Fatores positivos do ano Ser a marca líder em ar-condicionado portátil no segmento premium e fazer o lançamento da primeira etapa de produtos Kenwood.

O que foi negativo A retração do mercado interno e a complicada situação nas importações. Na realidade, há muita burocracia que impacta a operação como um todo.

Produtos lançados Foto: Divulgação

52

eletrolarnews

Em quantidade, o aumento de produ-

tos distribuídos e lançados foi incrível. A coisa mais interessante é que isso ainda não é nada. Muito mais deverá chegar. E o foco principal não será a quantidade.

tura das cidades e das áreas comerciais poderiam aumentar significativamente os resultados do PIB.

Porte das empresas atendidas

A situação internacional é ainda muito complicada, e as variáveis que têm muito peso em termos econômicos estão aumentando. Então, as previsões são a cada dia mais difíceis. Pessoalmente, acho que os interesses pelo dólar baixo são muitos. O ideal seria o equilíbrio entre R$ 1,90 e R$ 2,20, porém não tenho muita expectativa de que essa média se mantenha.

78% foram grandes clientes; 14%, médios; e 8%, pequenos. Tivemos crescimento de 18% sobre o ano de 2011.

Política econômica É muito claro que a aposta no mercado interno deverá crescer. Infelizmente, no planejamento dos investimentos internos, as empresas estão muito preocupadas com a falta de uma estratégia clara. Situações como a redução do IPI por um período em algumas categorias de produtos e outras manobras análogas não deixam boa impressão quanto à estratégia produtiva e industrial do Brasil. Independentemente da política econômica ser protecionista ou liberal, é muito complexo entender o projeto geral e como as empresas podem se planejar de acordo com essa questão.

Sugestões para elevar o PIB O desafio de governar um país como o Brasil é muito complicado. Acho que simplesmente uma redução da burocracia e o melhoramento da infraestru-

Expectativa do dólar em 2013

Perspectivas para este ano São muito altas, apesar da situação do mercado nos últimos meses. O otimismo é gerado pela quantidade e qualidade das propostas que vamos entregar para o mercado. Acredito que em muitas propostas a nossa empresa vai ser única.

Lançamentos Lembramos que a quantidade não é o driver do nosso sucesso. Vamos lançar em torno de 25 produtos, contemplando De’Longhi e Kenwood. E somente para se ter uma ideia, começamos também o trabalho para lançar em 2014 a marca de eletroportáteis Braun, adquirida pela De’Longhi em 2012.



I N D ÚS T R IA

ELECTROLUX Ruy Hirschheimer, CEO América Latina

Balanço de 2012 Conquistamos mais market share ao longo do ano e somos a marca líder no ponto de venda em todo o Brasil, com a maior participação de produtos em chão de loja. Nos demais países latino-americanos em que atuamos, nossas vendas cresceram acima dos mercados nessas regiões. Dados de setembro de 2012 mostram recorde de vendas, com crescimento acima de 40% em toda a América Latina. Esses resultados foram positivamente concretizados a partir da aquisição do grupo CTI, com as marcas Fensa, Mademsa e Somela. O resultado da América Latina em linha branca continua melhorando consistentemente. No período de setembro a dezembro de 2012, por

Fotos: Divulgação

54

eletrolarnews

exemplo, o desempenho mais do que dobrou na comparação com o mesmo período do ano anterior. Consequentemente, a geração de caixa foi muito relevante e continuará dando suporte ao nosso crescimento na região, por meio de investimentos significativos em inovação de produtos e serviços. Desde 2007, o Brasil é o segundo maior mercado em volume de vendas da Electrolux no mundo, atrás somente dos Estados Unidos.

Política econômica

Fatores positivos do ano

Perspectivas para este ano

Os novos produtos, como a lavadora Ecologic e o fogão que cozinha a vapor. Outro fator foi a aproximação com o consumidor pelas redes sociais. Em agosto, lançamos oficialmente páginas no Facebook, Twitter e YouTube e, dois meses depois, havíamos conseguido mais de 160 mil fãs. Hoje, nos relacionamos com mais de 600 mil. Em terceiro, o prestígio e o reconhecimento em rankings respeitados no País e os prêmios de design Idea Brasil e Good Design Awards.

Apesar do retorno gradativo do IPI até o final de junho, anunciado pelo governo, acreditamos que teremos crescimento próximo ao alcançado no ano passado. Sem dúvida, essa medida do governo é um dos fatores que ajudarão a suportar um crescimento sustentável do País, em 2013. Também esperamos e defendemos que a redução desse imposto se torne permanente, garantindo a competitividade do setor e beneficiando a economia como um todo.

Produtos lançados

Lançamentos

Lançamos 80 produtos, o que representa o dobro de 2011. A Ecologic 12 kg é a primeira lavadora que utiliza 45% menos água do que os outros modelos com a mesma capacidade e criou um ponto de referência em sustentabilidade; e o fogão Blue Touch Nutrivapor, com foco na alimentação saudável, pois possibilita cozinhar a vapor. Isso confirma a nossa estratégia de inovação agressiva e baseada em consumer insight.

Temos uma estratégia arrojada no desenvolvimento de produtos inovadores. Realizamos pesquisa em praticamente 365 dias do ano para levar um design inovador atrelado a funcionalidades. Nossa expectativa para 2013 é ampliar ainda mais o portfólio, atuando em diversas categorias. Este ano, a Electrolux quer estar ainda mais presente nos lares brasileiros por meio de novas soluções de produtos que façam parte de outros ambientes da casa.

O governo brasileiro tem adotado uma política explícita de apoio à indústria, e essa postura é favorável a todas as empresas do setor. Estímulos como a redução do IPI e ofertas de crédito foram essenciais para aquecer o varejo ao longo de 2012. Todo o setor alcançou bons resultados. Por isso, acreditamos que o País está no caminho certo e tem cumprido o seu papel, tanto para o consumidor como para a indústria.



I N D ÚS T R IA

ELGIN

Rafael Feder, presidente

Balanço de 2012 Apesar de um ano difícil, conseguimos bater as metas globais e crescer cerca de 5% em relação a 2011. Os resultados foram bons. Como a Elgin é muito diversificada, sempre tem business units que vão bem e outras, nem tanto. Isso foi e é a chave de nosso sucesso, pois começamos com máquinas de costura, em 1952, e sem a diversificação não estaríamos aqui contando a nossa história.

Fatores positivos do ano A família de condicionadores de ar teve atuação muito positiva, principalmente pelo fato de o governo ter sido favorável aos fabricantes do setor e contribuído com ações contra a concorrência de produtos completos importados, que colocavam em risco toda a cadeia da indústria nacional. Além disso, nos programamos para o verão, que prometia ser bastante quente. Destaque, também, para a nossa divisão de automação comercial, com uma linha completa de produtos cada vez mais inovadores, e para categoria de telefones fixos, em que nos consolidamos como um dos principais players do mercado. Na linha de pilhas (alcalinas, recarregáveis e comuns), crescemos cerca de 60% em volume de vendas.

O que foi negativo Foto: Divulgação

56

eletrolarnews

O aumento do dólar, que não con-

seguimos repassar aos clientes, de modo geral, o que diminuiu a nossa rentabilidade.

Produtos lançados Lançamos diversos produtos e em novas categorias, como lâmpadas, umidificadores, ferramentas elétricas, cabos HDMI e filtros de linha, cada uma delas com mix bem significativo de modelos. Em automação, lançamos o REP (registrador eletrônico de ponto) e as impressoras de etiquetas de código de barras.

Política econômica Apesar de o governo ter dado vários passos importantes, como a redução da taxa de juros, acreditamos que ainda há muito a ser feito em relação aos gargalos. Isso inclui infraestrutura (aeroportos, estradas, portos, etc.), privatização de empresas administradas pelo governo, evitar atrasos nos investimentos públicos e simplificar e reduzir os impostos. Devemos ser um dos piores países do mundo em termos de impostos/benefícios à população. Mas torcemos para que, aos poucos, caminhemos na direção correta.

Exportações Exportamos especificamente produtos de refrigeração comercial. Por exemplo, compressores, unidades condensadoras, motores ventiladores e vários outros componentes de refrigeração para a América Latina, Turquia e Orien-

te Médio. Essa nossa unidade é muito expressiva na empresa, apesar de ser pouco conhecida no mercado de varejo tradicional.

Sugestões para elevar o PIB O empresário investe se tiver expectativas positivas, como de crescimento do consumo. Estamos num cenário de incertezas, que inibe os investimentos privados. Sem aumento da capacidade produtiva e ganho de produtividade, continuaremos a ter inflação. Quanto às sugestões, são as mesmas citadas acima, como a eliminação dos gargalos, a privatização de empresas administradas pelo governo, evitar atrasos nos investimentos públicos e simplificar e reduzir os impostos.

Expectativa do dólar em 2013 Acreditamos que ficará na faixa que o governo quiser, ou seja, entre R$ 2,00 e R$ 2,10.

Perspectivas para este ano Crescer cerca de 15% neste ano de 2013.

Lançamentos Pretendemos apresentar novos modelos nas famílias em que já atuamos, como as de climatizador de ambientes, ar-condicionado portátil, máquinas de costura, compressores, multifuncionais jato de tinta da marca Canon e balanças eletrônicas.



I N D ÚS T R IA

ESMALTEC Annette Reeves de Castro, superintendente

Balanço de 2012

Produtos lançados

Foi um ano bom para a Esmaltec. Além de mantermos nossa liderança nacional por marca em fogões e bebedouros pelo quinto ano consecutivo, também investimos e crescemos 20%. A redução do IPI, juntamente com as melhorias feitas nos produtos nos últimos anos, também influenciou bastante no resultado. A consolidação da boa aceitação dos nossos produtos nos permitiu atingir público maior e atender a outras exigências, expandindo ainda mais a nossa presença em todo o País.

Destaque para a linha de fogões Top Control, com três modelos: Cannes Vitro, Murano Timer e Murano Inox. É necessário investir na sofisticação dos produtos, mas sem perder a relação custo-benefício, de forma a oferecer novidades compatíveis com o estilo de vida e a renda de cada consumidor. Lançamos, também, a linha Black, com fogão, refrigerador e purificador pretos. Há público potencial na classe C, que busca produtos diferenciados e que caibam no seu bolso.

Fatores positivos do ano

As medidas adotadas pelo governo, no todo, são positivas e vêm ajudando o crescimento das indústrias. Outro ponto a se observar é a abertura e a ampliação do diálogo com os demais setores econômicos. Com diálogo eficiente, governo e indústria geram maior controle sobre taxas e subsídios, o que aquece e aumenta ainda mais a competitividade no mercado.

O mercado foi consistente em termos de demanda durante o ano todo, obviamente impulsionado, em alguns momentos, pelas redefinições do IPI. Essa estabilidade impulsionou a indústria. O discurso maduro entre governo e entidade de classe, que resultou na redefinição dos níveis do IPI, provavelmente permanente, foi uma grande conquista e demonstrou a seriedade do diálogo entre indústria e governo.

O que foi negativo

Foto: Divulgação

58

eletrolarnews

Sentimos maiores complicações no âmbito da logística e da infraestrutura. A oferta de mão de obra qualificada ficou mais escassa e tende a continuar assim.

Política econômica

Exportações Nos últimos tempos de taxa do dólar mais oscilante, mantivemos a nossa clientela de importadores arduamente construída ao longo de 30 anos, assumindo o sacrifício em momentos mais difíceis. Entretanto, mesmo com taxa cambial um pouco mais favorável, é grande a dificuldade de competir até

em mercados que antigamente eram cativos, como América do Sul e Central. Necessitamos de um trabalho profundo de desoneração na cadeia de impostos para que as exportações possam ser mantidas.

Sugestões para elevar o PIB Manter o diálogo com entidades de classe através de técnicos capazes de promover e implementar ações rapidamente e com sustentabilidade.

Expectativa do dólar em 2013 Estamos trabalhando com a perspectiva de R$ 2,00.

Lançamentos Este ano, a Esmaltec completa 50 anos, consolidando-se como grande player na linha branca em nível nacional, e lançará fogões e refrigeradores no segundo semestre. Na linha de soluções para água, a empresa é pioneira, detém grande experiência e investe há mais de 40 anos em produtos que agregam praticidade e pureza à vida doméstica. É líder em bebedouros com compressor, trabalha com afinco o conceito “gelágua” e tem o compromisso de continuar investindo na constante melhoria de visual e na adequação dos produtos às demandas de seu público. A empresa prevê crescimento global no ano, apesar de inferior ao de 2012.



I N D ÚS T R IA

FALMEC DO BRASIL Peri Olhovetchi, presidente

Balanço de 2012 De forma geral, o ano foi positivo para a Falmec do Brasil. A empresa cresceu no mercado nacional, lançou produtos e participou de eventos importantes do segmento. Essas ações fortaleceram as marcas Falmec, Smeg e Arix e foram muito importantes para consolidá-las junto ao seu público consumidor. Podemos dizer que foi um ano de muito investimento em infraestrutura e planejamento futuro, com resultados razoáveis. O mercado nacional tem apresentado boa receptividade

ao produto coifa, fato sinalizador de que a empresa acertou quando decidiu montar uma fábrica no País. Pela sétima vez fomos reconhecidos com o Top of Mind no segmento de coifas. O aumento do poder de consumo da classe C, por sua vez, fez crescer a procura por eletros para cozinha. Além das coifas, fornos e cooktops são cada vez mais desejados por consumidores que estão investindo para ter uma cozinha funcional, moderna e bonita. Esse fato favorece a Arix, nossa marca nacional.

O que foi negativo Não há um fator negativo a ser destacado.

Perspectivas para este ano

Fatores positivos do ano

Produtos lançados

60

eletrolarnews

Política econômica Acredito que falta investimento em especialização profissional, o que gera carência de mão de obra especializada no nosso segmento e em muitos outros. Se observarmos somente o Custo Brasil, que é absurdo, diria que não estamos no caminho certo. Mas, de uma forma macro e global, o País acertará.

Além da consolidação das marcas, vale destacar o incremento do processo industrial no País.

Fotos: Divulgação

que ficou por conta das coifas Gioia e Alise. Com acabamento em vidro, a Alise enquadra-se nos mais diferentes projetos arquitetônicos. Na Linha Milano, o destaque foi a coifa Narcisse, que agradou em cheio o consumidor que busca um produto que integre design diferenciado e uso de tecnologia com matéria-prima e mão de obra nacionais.

A Falmec do Brasil manteve sua média anual de lançamentos, que costuma variar entre três e cinco produtos. Em 2012, foram cinco coifas, sendo duas da marca Arix e três da Falmec, que fazem parte da Linha Milano, fabricada no Brasil. Na marca Arix, o desta-

Continuaremos na mesma estratégia de 2012, com investimentos em infraestrutura, na capacitação contínua de nossos profissionais e no planejamento para um desenvolvimento efetivo e sustentável.

Lançamentos Esse número ainda não foi definido.


IRMÃOS FISCHER

Ingo Fischer, diretor-presidente

Fotos: Divulgação

Balanço de 2012

Política econômica

De modo geral, o resultado foi bastante positivo. As metas foram alcançadas e, consequentemente, obtivemos crescimento da ordem de 15%.

Em nosso entender, a política econômica atual do Brasil deveria urgentemente ser revista, sob pena de vermos sempre maior número de empresas brasileiras se estabelecendo no exterior.

Fatores positivos do ano Além do lançamento de modelos já comercializados, a Fischer entrou com nova linha de eletroportáteis. Tivemos uma resposta bastante positiva do mercado para este novo segmento, assim como para todos os demais. Destaque também para a consolidação da Casa Modular em Aço, novo segmento em que a empresa entrou em 2011.

O que foi negativo Tanto para a Fischer, como para a indústria em geral, os maiores entraves continuam sendo a elevada carga tributária e as taxas de juros. Os industriais ainda são asfixiados por excessivos impostos, pela complexidade tributária, burocracia, encargos trabalhistas, infraestrutura deficiente e logística atrasada.

Produtos lançados Em 2012 lançamos 30 produtos, número maior do que o de 2011. O destaque foi a linha de eletroportáteis, com 14 lançamentos.

Exportações A Fischer exporta para diversos países, principamente na América Latina, e, embora tenha uma comercialização externa constante, ela é pouco representativa no faturamento total da empresa.

Sugestões para elevar o PIB Para que o Brasil apresente melhor resultado no PIB, é fundamental ter uma estratégia definida para a indústria, o setor mais dinâmico da economia. O Plano Brasil Maior já é um avanço nesse sentido, mas muitas de suas propostas se concentram em combater a crise, e as iniciativas são temporárias, com o foco voltado para os segmentos com dificuldades de demanda. Felizmente, o plano vem sendo complementado por ações para melhorar a infraestrutura por meio de concessões ao setor privado e pela redução da tarifa de energia elétrica. Dentre todas essas medidas, a que temos mais urgência de ver colocada em prática é a reforma tributária.

Expectativa do dólar em 2013 O ideal é que se mantenha dentro da faixa prevista pelo Banco Central – entre R$ 2,00 e R$ 2,10. A empresa, além de exportar seus produtos, também importa muitos componentes, então o mais interessante é que o dólar se mantenha realmente nesse patamar.

Perspectivas para este ano 2013 deve ser um ano muito promissor para a Irmãos Fischer S/A e de bastante trabalho. Temos grandes expectativas e muitas metas a serem cumpridas.

Lançamentos Estimamos lançar 30 produtos nos segmentos já existentes e 10 em novos.

eletrolarnews

61


I N D ÚS T R IA

GAMA.ITALY Felipe Leonard, diretor-geral

Balanço de 2012

Política econômica

Foi realmente bom para a empresa e para a marca. Num ano em que o contexto de negócios foi muito mais incerto do que em 2011, conseguimos quase triplicar a taxa de crescimento do mercado, lançar mais de 20 produtos e expandir fortemente o nível de distribuição da marca.

Sem dúvida, ter consolidado ainda mais a parceria com os nossos clientes, colocado a marca onde ela não estava presente, disponibilizado novos produtos e serviços, e receber de clientes e consumidores a gratificante mensagem de que estamos no caminho certo. Internamente, implementamos mudanças importantes nos processos, profissionalizamos as equipes, investimos em tecnologia na fábrica e renovamos as certificações de qualidade ISO 9001 e 14001 (ambiental) e as do Inmetro para todos os nossos produtos.

Algumas decisões como o incentivo ao emprego e ao consumo, o apoio do BNDES ao investimento industrial, a redução dos impostos e do IPI e a queda da taxa básica de juros e do custo dos financiamentos foram acertadas e amenizaram os impactos da crise internacional no curto e médio prazo. Foram positivos, também, a criação de um ambiente favorável aos negócios e os avanços na luta contra a corrupção, a lavagem de dinheiro e a economia informal. É claro que ainda falta muito para estarmos à altura de países muito mais desenvolvidos, mas o caminho, aos poucos, está sendo percorrido. Ficam na agenda assuntos importantes, de cuja correta implementação depende o sucesso do País no longo prazo: infraestrutura de portos, estradas, ferrovias, transporte público, eficiência do Estado e reformulação da carga tributária, que onera as manufaturas e impacta a competitividade.

O que foi negativo

Exportações

Principalmente a situação da Europa e dos Estados Unidos, que não permitiu ao grupo lançar algumas novidades tecnológicas que esperamos e planejamos poder trazer em 2013.

Hoje, o grupo atua diretamente em mais de 12 países e exporta para mais de 20, com fábricas no Brasil, Argentina, Itália e China. Mas só uma pequena parte da produção nacional é exportada por conta da competitividade em custos, principalmente da China.

Fatores positivos do ano

Produtos lançados

Foto: Divulgação

62

eletrolarnews

Apresentamos 26 novos SKUs, quase o dobro do volume de 2011. Os lançamentos abrangeram todas as categorias: pranchas, secadores e máquinas de corte de cabelo.

Sugestões para elevar o PIB O Brasil vive um momento especial com a proximidade do Mundial e da

Olimpíada, que têm efeito psicológico muito positivo em consumidores e empresários. Isso pode gerar sensação de bonança no curto prazo. Mas o País precisa se preparar para épocas em que os ventos sopram mais fortes. O sucesso no futuro depende de o atual governo colocar com força, na agenda de legisladores e políticos, os pontos mencionados acima.

Expectativa do dólar em 2013 Não imaginamos o dólar superior a R$ 2,10. Se isso ocorrer, inevitavelmente teremos índices de inflação superiores aos saudáveis para o processo de estabilidade que teve início com o Plano Real.

Perspectivas para este ano Esperamos um ano ainda melhor que o de 2012 para a empresa.

Lançamentos O objetivo é fazer entre 25 e 30 lançamentos este ano, nas três principais categorias em que a empresa atua. Entre eles, uma linha de secadores profissionais e de consumo que, acreditamos, tem potencial para revolucionar a categoria.


HARMAN DO BRASIL Rodrigo Kniest, presidente

Balanço de 2012 Foi excelente para a Harman do Brasil, tanto do ponto de vista financeiro como do mercadológico e do tecnológico, principalmente. Consolidou as conquistas obtidas no primeiro ano de operação da empresa após a aquisição da Selenium. As metas foram superadas, e a nossa operação (com duas unidades fabris no Brasil) gerou o maior crescimento dentre todas as da corporação. Nosso negócio mais do que duplicou, o que gerou a decisão de aumentar os investimentos, que começam a se materializar em novo ciclo de crescimento da ordem de 35% neste ano. O crescimento significativo de parcerias e de market share nos dá a clara direção do que devemos fazer para continuar atendendo melhor nossos parceiros e consumidores.

Fatores positivos do ano Tivemos pontos positivos em todas as áreas. Lançamos produtos e introduzimos novas tecnologias em equipamentos, processos e produtos. Além de desenvolver novas parcerias e aumentar o market share, conquistamos projetos especiais de grande porte, como estádios e obras estruturais que irão sediar a Copa do Mundo e as Olimpíadas.

O que foi negativo Não temos a cultura de considerar algo como negativo, mas sim como desafio. E o principal, em 2012, foi adaptar a estrutura interna da empresa para atender cada vez melhor os clientes em ambiente de forte crescimento.

A complexidade do negócio testou constantemente a nossa capacidade de adaptação e evolução. Esse desafio nunca vai acabar. Foto: Divulgação

Produtos lançados No segmento de consumo, que chamamos de lifestyle, foram 105 lançamentos nas áreas de home theater, multimídia (dock stations e áudio para computadores), headphones e car audio aftermarket. Na divisão profissional, lançamos 90 produtos nas áreas de instalação fixa, portáteis, touring, musical, estúdio e componentes. Esse total de quase 200 produtos novos supera a marca do ano anterior de 150 produtos. Cerca de um terço são produtos nacionais, desenvolvidos com a nossa tecnologia aprimorada com os centros de pesquisa da Harman na Europa, nos Estados Unidos e na Ásia.

Política econômica A política atual tem uma base sólida e positiva, e importantes iniciativas do governo estão fazendo a diferença, mas algumas áreas necessitam de aceleração, como a da infraestrutura. Também a otimização da carga tributária e a modernização das relações trabalhistas podem aumentar significativamente a competitividade dos nossos produtos no mundo e alavancar a economia como um todo.

Exportações Com a desvalorização do câmbio, aumentamos significativamente nossas

exportações, mas esse fator isolado pode não sustentar o patamar se os demais pontos que contribuem para a competitividade da indústria não evoluírem simultaneamente.

Sugestões para elevar o PIB O governo vem demonstrando grande preocupação com a indústria nacional e o estímulo à economia interna. Se agregar a isso a otimização tributária e acelerar os investimentos em infraestrutura, o cenário ficará ainda mais favorável.

Expectativa do dólar em 2013 Acreditamos que o câmbio ficará estável, nos patamares atuais.

Perspectivas para este ano Queremos consolidar nossa proposta de valor ao mercado de áudio no Brasil, manter o crescimento agressivo e continuar introduzindo produtos e tecnologias inovadoras.

Lançamentos Em 2013, manteremos o mesmo número de lançamentos do ano passado, no total de 200 produtos. eletrolarnews

63


I N D ÚS T R IA

H-BUSTER Guilherme Ho, diretor-presidente

Balanço de 2012

Fatores positivos do ano

Avaliamos 2012 como um bom ano. O início do primeiro semestre foi mais difícil, mas depois percebemos uma melhora, que se consolidou no segundo semestre. Os resultados do ano foram bons. Para a H-Buster, 2012 manteve-se na média de crescimento dos outros anos.

Destacamos os incentivos ao setor automobilístico, que se refletiram diretamente nas vendas dos equipamentos de som automotivos da H-Buster. Além desses incentivos, o mercado nacional manteve-se melhor do que o europeu, com a maioria dos países em crise econômica.

O que foi negativo Para o segmento no qual a empresa está inserida, o dólar alto não é favorável. Outro fator negativo para toda a indústria nacional foi o PIB muito baixo.

Produtos lançados A empresa lançou 10 produtos na linha automotiva, incluindo DVDs, centrais multimídia e alarmes. Foram lançados cinco modelos de televisores.

Política econômica Estamos no caminho certo, sim. O Brasil tem recebido boas medidas para melhorar a economia.

Sugestões para elevar o PIB

Foto: Divulgação

64

eletrolarnews

Acreditamos serem dois os pilares mais importantes para melhorar os resultados do nosso PIB: aumentar os investimentos em infraestrutura e diminuir a carga tributária.

Expectativa do dólar em 2013 Acreditamos que o dólar deve ficar entre R$ 2,10 e R$ 2,20. Se ficar acima desses números, começará a gerar inflação.

Perspectivas para este ano O cenário para 2013 e 2014 é positivo. A partir de janeiro, 75% de toda a produção nacional de televisores conectados (smart TVs) começou a ser montada com acesso à internet – o chamado sistema Ginga, middleware que torna interativo o Sistema Brasileiro de TV Digital, em aparelhos fabricados no Polo Industrial de Manaus (AM). Este também será o ano da Copa das Confederações, que começará a aquecer as vendas. Para 2014, ano de Copa do Mundo no Brasil, espera-se crescimento de 20% nas vendas. Muitos brasileiros ainda possuem televisores de tubo. Por sua vez, aqueles que têm aparelhos de tela plana (LED ou LCD) devem migrar para as smart TVs.

Lançamentos A empresa pretende lançar 20 produtos na linha automotiva e mais 10 modelos de televisores.



I N D ÚS T R IA

IBBL

Guilherme Antonio Müller, presidente

Foto: Divulgação

66

eletrolarnews

Balanço de 2012

O que foi negativo

Diante do fraco desempenho da economia, 2012 foi um ano que exigiu muita criatividade da indústria para cumprir suas metas. Verificamos que o País teve bom desempenho no varejo, no entanto a indústria não apresentou crescimento expressivo. Fatores como estagnação da produtividade, burocracia e alto custo envolvido na produção ainda freiam o crescimento da indústria nacional. Para a IBBL, as ações tomadas nos últimos anos e a implantação da Lean Manufacturing, filosofia de gestão focada na redução de desperdícios, contribuíram de forma bastante positiva. A empresa cresceu mais que o projetado, principalmente no terceiro trimestre de 2012, quando entrou com uma venda muito forte. Manteve, assim, os índices de crescimento como nos anos anteriores.

Fatores como os altos custos de produção e a concorrência no mercado com os produtos asiáticos foram obstáculos enfrentados durante 2012.

Fatores positivos do ano

Apesar dos contratempos econômicos enfrentados por mercados como a Europa e os Estados Unidos, mantivemos estabilidade nas exportações. Migramos também para outros mercados, sem grandes sobressaltos.

O varejo foi o grande impulsionador de resultados positivos para a empresa, graças ao seu bom desempenho em todo o País em 2012. Fatores específicos contribuíram para alavancar o varejo, entre eles a redução do IPI, que beneficia a IBBL por ter produtos de linha branca, e também a ascensão das classes C e D, que ganharam mais credibilidade e poder de compra.

Expectativa do dólar em 2013 Trabalhamos com a expectativa de que o dólar permaneça em R$ 2,10 durante o ano.

Produtos lançados

Perspectivas para este ano

No último ano, a empresa esteve focada na expansão de seu laboratório e maior capacitação de seus técnicos. Com isso, novas ideias e tecnologias foram pensadas e criadas para serem implantadas em produtos que deverão ser lançados ainda este ano.

Permanecemos confiantes e vamos continuar investindo nas nossas linhas de produção. A fase atual do Brasil alavanca negócios e cria oportunidades. Para 2013, a IBBL planeja ampliar a produção de purificadores, oferecer novas opções em filtros de água aos consumidores que estão muito atentos à qualidade de vida, e buscar maior participação de mercado em seu segmento de atuação. Para continuarmos competitivos, devemos manter o foco na redução de custos e gestão de despesas. Pretendemos acompanhar o crescimento obtido em 2012, porém sempre visando à ampliação de novos mercados.

Política econômica Estamos no caminho certo, porém o efeito deve acontecer no médio e longo prazo. As taxas de juros em níveis menores permitem volume maior de investimentos por parte da indústria, embora o governo continue com pesadas cargas tributárias.

Exportações

Sugestões para elevar o PIB Acreditamos que só existe uma forma: cortar custos para termos produtos competitivos.

Lançamentos Vamos trabalhar com a extensão da linha de purificadores de água, evidenciando os diferenciais dos produtos, melhorar a comunicação nas embalagens e ampliar o portfólio de filtros. A quantidade de produtos ainda não está definida e pode sofrer alterações de acordo com as variações de mercado.


INFINITO COMÉRCIO E IMPORTAÇÃO Luis Fernando Palomares, presidente

Balanço de 2012

Produtos lançados

O mercado de varejo teve retração em vendas e em número de pontos de venda. Essa queda se refletiu em cerca de 10% em nossa empresa. Muitos importadores saíram do mercado, e muitas marcas mudaram de mãos em 2012, o que é uma reciclagem normal. Recebemos muitas ofertas de novas parcerias do exterior. Os mercados estagnados ainda estão com a informação de que o Brasil é a bola da vez!

Fizemos 20% mais lançamentos do que em 2011. Lançamos o Beamz, a Instant Crepe, a esteira ergométrica, dois projetores portáteis, uma linha de saneantes Cyber Clean, helicópteros de controle remoto e mais dois modelos de máquina de café expresso.

Política econômica

Tivemos bons resultados nas vendas, e o ano foi importante em termos de consolidação de novos produtos, marcas e clientes conquistados, apesar de a margem de lucro ter sido regular. Outro fator positivo foi a redução de juros, que ainda precisam cair mais, e a preocupação do governo em proteger alguns segmentos.

Acredito que muito já foi feito, mas precisamos de muito mais... A política de dar dinheiro barato para o povo empreender é correta; reduzir os juros é importante; baixar o custo da folha é fundamental; reduzir o custo de energia elétrica é essencial para as empresas, mas não como medida populista. O estrago feito nas indústrias de energia no País foi muito caro, e as ações despencaram da noite para o dia. Esse tipo de medida tem que ser feito no longo prazo e de forma silenciosa.

O que foi negativo

Sugestões para elevar o PIB

A fraca velocidade na desoneração dos impostos no mercado interno, o aumento nas alíquotas de impostos para importação e o gargalo nos portos e aeroportos. Um dos principais pontos negativos é a atuação muito forte do Inmetro e da Anvisa na regulação de produtos. Eu sei que a regulação é muito importante para o Brasil, mas as regras não são claras, além de serem muito burocráticas e estarem presas nas entranhas pesadas do poder público. Isso tudo deveria ser privatizado em nosso País.

Diminuir a carga tributária das empresas e manter a política de redução de juros. Isso é já é um grande começo.

Fatores positivos do ano

Fotos: Divulgação

Perspectivas para este ano Estamos lançando novas parcerias, com novas distribuições, e apresentaremos os novos produtos antes da Eletrolar Show.

Lançamentos Teremos pelo menos 25 novos itens. O primeiro é a Instant Churros, aumentando a linha da Instant Crepe, lançada no ano passado e que já é um sucesso de vendas. É a primeira do mercado que prepara churros assados.

Expectativa do dólar em 2013 Assusta-me um pouco o primeiro semestre. Acredito em uma continuação do final do ano passado, mas creio que o segundo semestre será promissor. Estamos perto de uma Copa do Mundo, e o mercado sempre fica aquecido na época desse tipo de evento. As empresas estão mais cautelosas em investimentos, e isso equilibra mais o mercado. eletrolarnews

67


I N D ÚS T R IA

INTECH MACHINE Gilbert Romanos, sócio-diretor

Balanço de 2012

Fatores positivos do ano

As turbulências na economia, decorrentes das várias crises ocorridas na Europa e das alterações nas políticas cambial e fiscal por parte do governo, tornaram o cenário bastante incerto e pouco convidativo a grandes investimentos. No segundo semestre, houve significativa melhora, que foi insuficiente para consolidar 2012 de forma muito positiva, mas trouxe ótimas perspectivas para o ano de 2013. A Intech Machine cresceu muito em 2012, fruto da ampliação da sua base de clientes. Houve queda de vendas nos clientes atuais, sobretudo no primeiro semestre, mas nossa entrada em novos mercados e novos clientes garantiu atingir as metas estabelecidas para o ano.

O aumento da base de clientes foi o ponto mais importante de 2012, porque não só garantiu o faturamento como nos permitiu crescer em linhas de produtos em que antes éramos muito tímidos. Reduziu nossa concentração de receitas tanto em linhas de produtos quanto em clientes.

O que foi negativo O aumento de 17% do dólar médio, de R$ 1,67 em 2011 para R$ 1,95 em 2012, foi o fator mais negativo, pois trouxe aumento nos nossos custos e queda na rentabilidade. Não conseguimos repassar a totalidade desse aumento aos nossos clientes.

Produtos lançados Em 2012, lançamos quatro modelos de lavadoras de alta pressão. Entre eles, a HL1650, lavadora compacta, com bom pacote de acessórios e preço superacessível, e mais cinco novos modelos de bombas d’água, que complementam essa linha. O número é maior do que o de 2011, quando lançamos seis novos produtos.

Política econômica

Fotos: Divulgação

68

eletrolarnews

O crescimento da economia depende de dois fatores: mais consumo e mais produção. O governo tem tomado, acertadamente, várias medidas para estimular o consumo, como reduzir tributos e facilitar o acesso ao crédito. Mas, no estímulo à indústria, as medidas têm sido menos efetivas, pois não adianta apenas forçar a subida do dólar. Isso protege a indústria nacional, mas traz consigo a ameaça de inflação. Para estimular investimentos e aumentar a

produção sem pressionar os preços, é preciso desonerar a indústria nacional pela redução dos custos de mão de obra e da melhoria da infraestrutura, entre outros pontos. Nesse aspecto, embora o governo saiba o caminho, ainda não conseguiu percorrê-lo de forma efetiva.

Sugestões para elevar o PIB As citadas na questão anterior.

Expectativa do dólar em 2013 O governo deverá tentar manter o dólar cotado entre R$ 2,00 e R$ 2,10 em 2013, mas deverá sofrer momentos de forte pressão de alta, por conta dos picos de crise na Europa, que certamente irão ocorrer, e outros com pressão de baixa, devido à política cambial americana, que pretende aumentar a emissão de dólares de forma agressiva este ano.

Perspectivas para este ano Acreditamos que o mercado em que atuamos deverá crescer muito mais neste ano do que em 2012. E a Intech Machine deverá continuar crescendo acima do mercado. Pretendemos expandir de forma bastante agressiva o número de produtos – ainda em fevereiro, faremos o lançamento de nossa linha de roçadeiras – e pretendemos continuar aumentando a base de clientes em ritmo acelerado.


KIN DO BRASIL Renato Pamplona, diretor-geral

Foto: Divulgação

Balanço de 2012

Política econômica

Um ano em que a realidade veio à tona. A influência do mercado internacional sobre a economia brasileira é muito maior do que a propagada pelo governo. Os nossos resultados não foram de todo ruins. Mas, como a integração com a matriz é grande, a influência da variação cambial foi decisiva nos resultados operacionais da empresa.

Parcialmente estamos, sem dúvida, no caminho certo, mas é preciso melhorar o controle de gastos do governo, bem como a qualidade e a quantidade do investimento público. O País necessita com urgência de investimentos em infraestrutura, mas nossos governantes não possuem interesse e capacidade para trabalhar na execução desses projetos. Só assim poderemos iniciar um ciclo de crescimento econômico interno significativo, atendendo à demanda da população e da indústria. Falar em reforma tributária é quase utópico.

Fatores positivos do ano O lançamento de uma linha de lavadoras semiautomáticas no final de 2012.

O que foi negativo O incremento dos custos de produção e a variação cambial, que elevou o preço, sobretudo das commodities, em um momento em que se necessitava de preços estáveis para recuperar o consumo interno.

Produtos lançados A Kin do Brasil lançou no final de 2012 suas lavadoras de roupas semiautomáticas Serea e Clarita.

Exportações A empresa seguiu exportando normalmente seus produtos para o mercado latino-americano, e os resultados foram bons.

Sugestões para elevar o PIB Investimentos significativos em infraestrutura, segurança e reforma profunda de nosso sistema tributário. Tudo que é anunciado não se torna realidade ou demora um tempo gigantesco para começar a se mover.

Existe um descompasso enorme entre os governantes e os políticos para com a iniciativa privada. Essa diferença está aumentando muito, e não conseguiremos melhorar os resultados de crescimento enquanto não houver sintonia entre as necessidades do povo brasileiro e seus governantes. A sociedade é extremamente desinteressada em relação aos atos de seus governantes.

Expectativa do dólar em 2013 Nossa expectativa é de estabilidade, mas o panorama internacional não se apresenta favorável a isso.

Perspectivas para este ano Com a adoção de medidas programadas para a linha branca ao longo do ano de 2013, que foram divulgadas pelo Ministério da Economia, teremos menos sobressaltos e mais tranquilidade para trabalhar.

Lançamentos A empresa se prepara para lançar mais três produtos durante 2013 e o início de 2014. eletrolarnews

69


I N D ÚS T R IA

LATINA

ELETRODOMÉSTICOS Valdemir Dantas, presidente & CEO

Balanço de 2012

O que foi negativo

Exportações

Avaliamos o ano como irregular. A Latina Eletrodomésticos teve um bom primeiro trimestre, o segundo foi ruim, e a recuperação se deu no final do último semestre. Crescemos 5% em relação a 2011. O balanço do ano foi abaixo do esperado em rentabilidade, o que gerou uma reestruturação interna. A empresa investiu em inovação e tecnologia como forma de se destacar no mercado, na ampliação da linha de produtos, na melhoria da sua qualidade e na busca de novos canais de venda.

Alguns investimentos da Latina foram adiados em função das incertezas em relação ao crescimento do País. Com isso, o projeto da nova sede da empresa, programado inicialmente para 2012, está agora com previsão para 2013.

Em relação à quantidade, em 2012 exportamos menos do que no ano anterior.

Produtos lançados

Expectativa do dólar em 2013

Fatores positivos do ano

Foto: Divulgação

70

eletrolarnews

Conquistamos o Prêmio Idea/Brasil 2012, um dos maiores da área de design do País, nas categorias Cozinha, com o purificador de água Vita Plus, e na de Sala de Estar e Quarto, com o ventilador de teto Lumen Control. Além disso, nos destacamos no atendimento ao cliente: fomos eleitos pelo público como uma das empresas ganhadoras do Prêmio Reclame Aqui, no quesito de agilidade, rapidez e competência na solução de diversas situações. A equipe do SAC, muito bem treinada, correspondeu plenamente às expectativas. Outro fator positivo foi a redução do IPI. A medida impulsionou a recuperação da indústria e melhorou a produção.

Os principais lançamentos foram a nova linha de purificadores de água com refrigeração, a Linha PA700; a expansão da Linha Vita, purificadores sem refrigeração; e a lavadora com capacidade para 10 kg. A empresa inovou ao lançar o Dr. Rigor, apresentador virtual que tem a função de mostrar os novos produtos de maneira fácil e instrutiva e ser um canal de comunicação entre a Latina e seus clientes. Desenvolvemos um aplicativo para smartphones com realidade aumentada que permite ao cliente se conectar com a empresa por meio de um QR Code impresso em materiais promocionais e adesivos dos produtos e embalagens localizados nos pontos de venda.

Política econômica A nossa política é de “gestão por torcida”, ou seja, torcemos para tudo dar certo, sem mudanças estruturais. A política de benefícios setoriais “stop and go” dificulta o planejamento a médio prazo.

Sugestões para elevar o PIB Não me atrevo a ser repetitivo. Todos sabem o que fazer.

Não tenho a menor expectativa. Estamos trabalhando com o dólar na casa dos R$ 2,00.

Perspectivas para este ano Apesar de a realidade apontar para algumas dificuldades em logística e armazenagem para este ano, temos algumas projeções otimistas. Entre elas, planejamos o aumento da capacidade e diversificação da produção, com investimentos de R$ 15 milhões em nova unidade fabril, que substituirá as duas atuais, e nova linha de produtos, aumentando a capacidade de 1,2 milhão para 2 milhões de produtos/ano. Pretendemos, ainda, continuar investindo em inovação e tecnologia e seguir ouvindo o consumidor para lançar produtos que atendam às suas necessidades e façam a diferença no mercado.

Lançamentos Além de relançamentos, teremos dois novos produtos no mercado.



I N D ÚS T R IA

GRUPO MABE Marcelo Vienna, vice-presidente comercial

Fotos: Divulgação

72

eletrolarnews

Balanço de 2012

Fatores positivos do ano

O ano de 2012 foi bastante positivo. A empresa deu continuidade ao reposicionamento de suas marcas, lançou novos produtos que tiveram boa aceitação no mercado, principalmente no segmento premium, voltou a produzir filmes publicitários para a televisão com a marca Continental e segue como a maior produtora de fogões do mundo. O ano apresentou bons resultados. Foi de crescimento da indústria e de aumento no número de vendas devido à redução do IPI para produtos de linha branca.

Crescimento de vendas, desenvolvimento de novas categorias (produtos premium e de embutir) e a consolidação de nossas marcas no mercado.

O que foi negativo O aumento de custos de matérias-primas e o aumento do dólar.

Produtos lançados A marca GE Eletrodomésticos contou com o lançamento das lavadoras Intelligence, que tem quatro capacidades diferentes (10, 11, 13 e 15 kg). A linha de refrigeradores GE In.genious ganhou mais dois novos modelos de alta capacidade. A GE Profile apostou no lançamento da inovadora linha de cooktops Flat, que tem design e acabamento diferenciados e exclusivos. Além disso, a marca apresentou quatro novos modelos de coifas voltados para o mercado premium. A Continental lançou a inovadora linha de lavadoras Aqua, que dispensam o uso do tradicional agitador e economizam até 60% de água por carga de lavagem, e os fogões Inovazzione, com quatro modelos diferentes. Para complemen-

tar a linha de refrigeração, a marca lançou o modelo Copacabana. Já a Dako trouxe ao mercado o seu bebedouro refrigerado.

Exportações Exportamos produtos para a Argentina, Uruguai e alguns países da África e da Europa.

Expectativa do dólar em 2013 A expectativa é que mantenha o câmbio aproximado a R$ 2,05.

Perspectivas para este ano Esperamos que o mercado de linha branca continue em ascensão, principalmente na categoria de lavanderia, onde ainda existe bastante espaço para o crescimento. O mesmo vale para a categoria de fornos e cooktops. Com a prorrogação da redução do IPI, as vendas devem continuar em alta no primeiro semestre.

Lançamentos A empresa tem lançamentos previstos para todas as categorias de linha branca. Serão mais de 30 modelos este ano.



I N D ÚS T R IA

MALLORY Àngel Riudalbàs, presidente

Balanço de 2012 A avaliação é positiva. Os seis primeiros meses do ano, embora abaixo das expectativas, foram compensados por um bom segundo semestre, com destaque para o lançamento de produtos inovadores e a execução do plano de investimentos. A Mallory está fazendo grandes investimentos em sua estrutura física e operacional, com melhorias significativas nos processos internos e resultados satisfatórios no serviço aos clientes. No ano de 2011, inauguramos nova unidade fabril. Em 2012, construímos um novo centro de distribuição, com capacidade para 17.000 posições paletes, além de fortes investimentos em TI através da implantação do sistema SAP. E iniciamos a construção de nova sede administrativa e showroom, que serão finalizados em 2013. O ano de 2012 apresentou bons resultados, tanto em termos qualitativos como quantitativos. Os lançamentos de produtos têm nos ajudado a crescer dois dígitos e, assim, a cumprir o plano estratégico do grupo no Brasil.

Fatores positivos do ano

Foto: Divulgação

74

eletrolarnews

A execução do plano estratégico de investimento do grupo no Brasil é a base, sem dúvida nenhuma, de nosso crescimento sustentável para os próximos anos. O recorde de lançamentos nos deixa muito satisfeitos não só pelo número em si, mas também pela quali-

dade, desempenho e design dos novos produtos.

dutos para os principais mercados da América Latina.

O que foi negativo

Sugestões para elevar o PIB

Os aumentos de custos e a variação cambial.

O Brasil tem de continuar aprofundando as reformas estratégicas e, ao mesmo tempo, aplicar estímulos fiscais a curto termo para o bom desenvolvimento da economia.

Produtos lançados Em 2012, lançamos o dobro de produtos na comparação com o ano de 2011. Entre os destaques, itens inovadores como o liquidificador eletrônico, o ventilador de seis pás, o ventilador Princesas, secadores bivolt, de 2.000 W, cortador de cabelo com lâminas de aço japonês, espremedor dois em um e outras novidades que vieram para reforçar as linhas atuais da Mallory.

Política econômica O governo tem tomado medidas macroeconômicas de extrema importância para o crescimento do PIB e para o desenvolvimento industrial. Apesar disso, a economia cresceu aquém do esperado, mas acreditamos em um 2013 melhor, caso as medidas apresentadas sejam concretizadas, como foi o caso da redução do custo da energia. Com certeza, o governo continuará apostando nas reformas estratégicas do País.

Exportações Nós temos uma longa trajetória de exportação. O Brasil é a plataforma de lançamento e abastecimento de pro-

Expectativa do dólar em 2013 A taxa de câmbio não deve ter variações significativas em relação à atual.

Perspectivas para este ano Esperamos fechar 2013 com crescimento de dois dígitos. Temos grandes expectativas quanto aos lançamentos de produtos para este ano e quanto aos frutos que colheremos com os investimentos feitos em 2012.

Lançamentos Pretendemos lançar um número similar ao de produtos apresentados em 2012, com foco em itens inovadores, o que já é característica da Mallory. O aumento da renda e a maior acessibilidade ao crédito permitem que as pessoas busquem produtos com maior valor agregado e que contribuam para o seu bem-estar. E é com esse objetivo que estamos trabalhando no desenvolvimento dos novos itens. A renovação de produtos movimenta as vendas.


METÁVILA Cristiano Ávila, presidente

Balanço de 2012

Política econômica

Perspectivas para este ano

Um ano com muitas dificuldades, porém conseguimos retomar o crescimento esperado para o segundo semestre com relação ao volume de vendas. Mas, ainda assim, com margens apertadas. Foi, também, um ano para reflexões, no qual nos focamos em rever linhas de produtos e processos de fabricação. Concluímos 2012 com bons resultados e preparados para enfrentar 2013.

A Metávila entende que o governo tem de investir mais tempo para regulamentar o maior número possível de produtos importados. Isso fará com que a concorrência fique mais justa, além de criar uma política mais robusta de aquecimento da economia, procurando alternativas ao modelo já desgastado que vem sendo utilizado até hoje.

O foco estará voltado para a rentabilidade. Nosso objetivo é continuar crescendo na casa dos dois dígitos, aprimorando as técnicas de fabricação para obtermos melhor rentabilidade. Essas são as principais expectativas para 2013.

Fatores positivos do ano Pontos relevantes de 2012 foram a política cambial e a redução dos juros, o que deixou as empresas nacionais mais competitivas e inviabilizou a importação. Outro ponto positivo foi a retomada do consumo de eletrônicos no segundo semestre.

O que foi negativo A crise mundial, que, apesar de não ter impactado diretamente, provocou incerteza e insegurança nos empresários.

Produtos lançados Em 2012, apresentamos três novos produtos, número igual ao do ano anterior, porém com maior e melhor resultado.

Sugestões para elevar o PIB

Lançamentos Estão previstos sete lançamentos, todos para o primeiro semestre.

Temos de fortalecer as indústrias brasileiras, pois o segmento industrial, que representa quase 30% do PIB, é o que tem mais potencial de crescimento, desde que seja estimulado por políticas adequadas e muitos investimentos em infraestrutura, o que inclui energia, estradas, portos e aeroportos. Os gargalos desmotivam os investimentos para o aumento da capacidade produtiva.

Expectativa do dólar em 2013 Acreditamos que a desvalorização do real perante o dólar atingiu seu ápice e as medidas cambiais adotadas pelo governo devem possibilitar que a moeda americana varie pouco. Deverá encerrar o ano na média de R$ 2,00. Fotos: Divulgação

eletrolarnews

75


I N D ÚS T R IA

MIDEA CARRIER Henrique Mascarenhas, porta-voz

Balanço de 2012 O mercado de ar-condicionado, em geral, teve retração em 2012, acompanhando o momento econômico de cautela pelo qual o País vem passando. O início do ano nos apresentou um cenário difícil e bastante desafiador, com reaquecimento nas vendas a partir do segundo semestre, devido aos recordes sucessivos de calor. O balanço geral é de um cenário pouco satisfatório. Essa é a nossa percepção, porém com sinais de melhora em 2013, tanto que a empresa manteve os investimentos projetados para seu novo parque industrial de ar-condicionado, em Manaus (AM). De modo geral, observamos que o brasileiro vem demonstrando maior interesse em climatizar o lar como resposta imediata contra as altas sucessivas no termômetro. Tendências como essa mantiveram a procura por nossos produtos.

Fatores positivos do ano

Foto: Divulgação

76

eletrolarnews

Um importante indutor dos negócios tem sido a preferência de consórcios de obras para a infraestrutura do País. Nossos produtos estão presentes na Arena Maracanã, Castelão, Arena Pernambuco e Fonte Nova, bem como em outros centros esportivos – a recém-inaugurada Arena Grêmio e o Maracanãzinho. Projetos dessa mag-

nitude colocam a marca Carrier em posição de vanguarda no setor. Também é importante ressaltar a participação expressiva de nossos produtos na climatização de novos shopping centers, além de hospitais, escolas, universidades e indústrias. Além disso, expandimos a participação das marcas Midea e Springer no setor de eletrodomésticos.

Produtos lançados Tivemos vários lançamentos em eletrodomésticos e climatização. A marca Midea trouxe aos lojistas um conceito variado de produtos no segmento casa e cozinha, com ênfase para micro-ondas, fornos elétricos, adegas climatizadas, condicionadores de ar, aquecedores, climatizadores, bebedouros e frigobares. A marca Springer renovou o portfólio de aparelhos de refrigeração com o lançamento de modelos split, portáteis, climatizadores e umidificadores. Em climatização industrial, a Carrier reforçou a sua presença com o Projeto Aquaforce, que representou a produção do primeiro chiller parafuso de alta eficiência do Brasil.

Política econômica

Apesar do ano difícil para toda a economia, acreditamos que 2013 represente melhoras em diferentes níveis.

Estamos monitorando o mercado, cientes de que o ano será melhor e vamos alcançar os objetivos desejados. Mantemos uma perspectiva otimista sobre o futuro do País.

Sugestões para elevar o PIB Acredito que o governo brasileiro deva continuar a expandir o investimento em infraestrutura. Será importante, também, reforçar os mecanismos de controle da inflação e o estímulo ao aumento da produtividade da economia, possibilitando a continuidade da geração de empregos e o incremento da renda real de forma sustentável.

Expectativa do dólar em 2013 Estamos atentos à paridade das moedas, sabendo que existem diversas variáveis em jogo. Nossa expectativa está calcada em um cenário econômico estável para o desenvolvimento saudável dos negócios.

Perspectivas para este ano Temos uma perspectiva de otimismo moderado para 2013 através da expansão do PIB e manutenção dos níveis de demanda dos últimos anos. Esperamos incremento nos produtos que comercializamos.



I N D ÚS T R IA

MONDIAL

ELETRODOMÉSTICOS Giovanni Marins Cardoso, diretor comercial e de marketing

Foto: Édi Pereira

Balanço de 2012 Foi mais um ano importante para a Mondial, com crescimento acima do planejado. Consolidamos a nossa estratégia de desenvolvimento contínuo de forma sustentável e voltada a atender às necessidades dos nossos clientes. Tivemos grande ganho de qualidade em produtos, processos internos, estruturação e gestão corporativa.

mento consolidado e sustentável de participação de mercado em todas as linhas de produtos; e reconhecimento pelos clientes da estratégia de multiplicidade de produtos e forte presença nas linhas de liquidificadores, ventiladores, batedeiras, espremedores, extratores e panelas elétricas, atendendo qualquer consumidor, independentemente da classe econômica.

Fatores positivos do ano

O que foi negativo

Ampliação do complexo industrial em 15 mil m², elevando em 43% a capacidade de produção dos produtos nacionais; aumento da área e verticalização de 100% do centro de distribuição/estoque, totalizando volume de 370 mil m³; melhoria de qualidade nos processos industriais, administrativos, comerciais e criação de nova área de gestão corporativa integrada; cresci-

A variação cambial, a elevação dos custos da mão de obra, matérias-primas e logística, e a nova questão tributária da “guerra dos portos”.

Produtos lançados Diante de nossa estratégia expansionista, lançamos 60 produtos, número muito acima do ano anterior.

Expectativa do dólar em 2013

Política econômica Precisamos preservar os pilares de sustentação da política de estabilidade macroeconômica, inserindo no mercado maior numero de consumidores por meio do aumento da renda, do crédito, do emprego e da redução dos juros. Tudo isso com uma gestão de controle inflacionário, preservando, assim, o poder de compra.

Exportações

Foto: Divulgação

78

eletrolarnews

Sugestões para elevar o PIB O Brasil tem área grande, pode-se plantar e colher o ano inteiro, clima bom, uma só língua e mercado de consumo em crescimento. Nos próximos 20 anos, ainda teremos o “bônus demográfico” de quase 70% do total da população em idade produtiva. Com esse quadro, é possível aumentar o PIB, cuidando dos pilares da sustentação macroeconômica, preservando, defendendo e incentivando a indústria nacional, reduzindo e simplificando as questões tributárias, realizando a esperada reforma política e criando um ambiente de segurança jurídica para que os investidores internacionais tenham confiança no País.

Exportamos para alguns países da América Latina e iniciamos a atuação no mercado americano. Mas o principal foco da Mondial é atender e satisfazer os clientes do mercado brasileiro.

Acreditamos que o dólar deve ficar estabilizado na faixa atual, pois a sua valorização traria desconfortável aumento da pressão inflacionária.

Perspectivas para este ano Consolidar o crescimento sustentável em todas as linhas de produtos, melhorar ainda mais a gestão corporativa, a satisfação e o atendimento das necessidades dos nossos clientes.

Lançamentos No primeiro semestre deste ano, lançaremos 41 produtos e, até abril, definiremos as novidades que serão apresentadas no segundo semestre.



I N D ÚS T R IA

MUELLER John Müller, presidente

Balanço de 2012 Apesar da crise internacional e do pequeno crescimento da economia brasileira em 2012, o desempenho do comércio de eletrodomésticos foi bastante positivo. O aquecimento das vendas refletiu o crescente número de pessoas com acesso ao crédito, o crescimento do poder de consumo da classe média e, principalmente, a política de redução do IPI. A desoneração permitiu às indústrias manter preços competitivos mesmo em período de alta de custos das matérias-primas. No caso da Mueller, um fator que contribuiu para os bons resultados foi o lançamento de produtos. Oferecemos aos mais variados perfis de consumidores itens com marca reconhecida pela qualidade, durabilidade, eficiência, design e inovação. Em dezembro, a empresa foi listada como a mais inovadora da Região Sul do País.

Fatores positivos do ano A empresa se destacou por seus lançamentos e pelo bom desempenho em

todas as categorias em que atua. Isso resultou em um ano com altos níveis de produção e investimentos.

O que foi negativo A elevação dos preços das matérias-primas, o baixo nível de crescimento da economia brasileira e a falta de infraestrutura, principalmente no setor de logística.

Produtos lançados Foram mais de duas dezenas de produtos, entre fogões, fornos elétricos, lavadoras e secadoras, número maior do que o de 2011. Lançamos a Special, lava e seca do tipo front load, com cesto removível, e a Family, máquina semiautomática, que suporta até 10 kg de roupa seca. Em fogões e fornos elétricos, muitas novidades. Desenvolvemos queimadores dupla e tripla chama para diversos modelos. O fogão Decorato, com cinco bocas, tem quatro queimadores diferentes, composição única no mercado, para o consumidor utilizar o que atende melhor à sua necessidade.

Política econômica Apesar da grave crise mundial, o País conseguiu crescer, ainda que timidamente. Há ajustes que precisam ser feitos, mas a aposta em um mercado interno forte e o incentivo a setores que são grandes geradores de emprego e que movimentam a economia são decisões acertadas.

Exportações Fotos: Divulgação

80

eletrolarnews

Exportamos para vizinhos das Américas do Sul e Latina, para a África e para

o Oriente Médio. Os resultados foram positivos, mas para a Mueller o volume de vendas ao exterior diminuiu. A capacidade de competir melhorou com o dólar em novo patamar, mas estamos longe de ser competitivos frente aos produtos asiáticos.

Sugestões para elevar o PIB O Brasil precisa sanar deficiências que emperram o desenvolvimento há décadas, como a falta de infraestrutura (transporte, geração e fornecimento de energia e saneamento). Também é inegável o peso da burocracia e da carga tributária sobre os setores produtivos. A longo prazo, o gargalo na educação pode comprometer também o mercado interno como indutor de crescimento para as empresas.

Expectativa do dólar em 2013 Acredito que o câmbio deva apresentar certa estabilidade durante 2013.

Perspectivas para este ano Queremos continuar crescendo e investindo em novos produtos e tecnologias. O governo publicou uma política para o primeiro semestre para a taxação dos produtos acabados (IPI) que não é a ideal para os fabricantes de lavadoras populares (tanquinhos), e isso nos preocupa.

Lançamentos Haverá novidades em eletrodomésticos para a cozinha e a lavanderia, que serão apresentadas ao mercado em eventos do setor nos meses de março e julho.



I N D ÚS T R IA

PANASONIC DO BRASIL Hirotaka Murakami, presidente

Balanço de 2012

Fatores positivos do ano

Exportações

A Panasonic do Brasil lançou novo posicionamento neste ano, chamado “[re]pense”, que convida os consumidores a repensarem suas escolhas em eletrônica. A ideia é provar que o conforto e a tecnologia podem estar juntos, em harmonia com o ambiente. Os objetivos de crescimento da empresa são grandes, mas essa campanha não tem como foco principal vender produtos específicos, mas apresentar a nossa filosofia e nossos valores sobre sustentabilidade e tecnologia. A inauguração da terceira fábrica da empresa em Extrema (MG), voltada exclusivamente à fabricação de linha branca, foi outra ação de grande impacto. Nossa matriz reconhece a importância dos negócios no Brasil e reforça o seu investimento, como no caso da nova planta industrial.

Do ponto de vista do consumidor, a Panasonic tinha a imagem de empresa que vende produtos digitais. Com o acréscimo da linha branca, porém, renovamos a imagem como fabricante de produtos eletroeletrônicos em geral.

Inicialmente, a prioridade é a produção voltada para o mercado brasileiro, mas no futuro outros países da América Latina poderão ser abastecidos pelas fábricas instaladas aqui.

O que foi negativo

Para que possamos cumprir nossa missão de oferecer produtos da melhor qualidade, é desejável a estabilidade do câmbio.

Em 2012, sentimos ainda mais a acirrada competitividade dos preços no mercado, principalmente no setor digital.

Produtos lançados No total, tivemos 55 novos produtos no mercado nacional, aumento de 24% em relação a 2011. Entre os principais lançamentos, câmeras digitais Lumix, lavadoras e refrigeradores, panela elétrica, TVs LED e de plasma Viera, filmadoras, microsystems e fones de ouvido.

Política econômica

Fotos: Divulgação

82

eletrolarnews

O Brasil é um país estratégico para os negócios da Panasonic. Para reforçar o compromisso da marca com o seu desenvolvimento, a nossa fábrica em Extrema tem como principal característica ser a primeira Eco Ideas da empresa no País. Isso significa que a planta conta com tecnologias de ponta para minimizar o impacto no meio ambiente, como a redução na emissão de CO2 e reutilização da água da chuva. Em área de 170 mil m², fabricamos refrigeradores e máquinas de lavar. O investimento foi de R$ 200 milhões e, no total, serão gerados mais de 400 empregos diretos.

Expectativa do dólar em 2013

Perspectivas para este ano Como empresa de ecoengenharia, a Panasonic está comprometida com a oferta de soluções inovadoras, ecológicas e inteligentes para um mundo melhor e real criação de valor para seus clientes. Focamos as atividades em quatro grandes áreas de negócios: residencial, não residencial, pessoal e móvel. Uma maneira de conseguir isso é por meio da maximização do potencial de crescimento da categoria B2B, oferecendo soluções completas, que incluem software e serviços.

Lançamentos Os grandes destaques deverão ser os novos aparelhos que trazem a tecnologia 3D, como TVs, câmeras digitais, filmadoras, blu-ray e home teather. Fomos a primeira empresa a fazer uma filmadora portátil em 3D, levando uma experiência completa para o usuário. Teremos novidades também em fones e máquinas fotográficas. Outro mercado em que a empresa continuará a se consolidar é o de linha branca.


PHASER

Jacques Storch, diretor-geral

Balanço de 2012

Política econômica

Apesar do crescimento muito baixo do PIB brasileiro, em especial do setor eletrônico, a empresa acertou em sua estratégia de mercado. Acertou no segmento dos tablets, em que é um player respeitável, e em outros, como o de home care. Obteve resultado superior às suas expectativas. O ano foi muito favorável, e o mais importante foi a consolidação da marca e a proximidade com os clientes.

Estamos em um momento de transição. Durante 16 anos, o motor do crescimento foi baseado em três pilares: responsabilidade fiscal, câmbio flutuante e meta de inflação. Com a nova situação mundial, somente com esses pilares seria pouco provável manter o crescimento de 4% ao ano. O governo Dilma está incorporando algumas novas variáveis a esses pilares, como a diminuição do Custo Brasil (redução dos juros, utilizando o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal como âncoras, custo da eletricidade e isenção de impostos); aumento do financiamento do BNDES para empresas/setores considerados estratégicos e pequeno aumento da reserva de mercado para produtos nacionais. Os resultados ainda não vieram, mas é cedo para um diagnóstico final.

Fatores positivos do ano O ponto mais positivo foi o crescimento educacional no Brasil. Pela primeira vez, as classes emergentes puderam se conectar ao mundo através da internet. É uma transformação do País e, principalmente, do jovem, e creio que terá uma dimensão tão grande ou maior que a popularização da TV na cultura brasileira. A Phaser acreditou nesse cenário, e seu otimismo foi recompensado.

O que foi negativo No contexto microeconômico da empresa, a adaptação aos novos padrões quantitativos exigiu esforços maiores que os previstos na produção em nossa fábrica. Talvez seja um processo natural de crescimento.

Porte das empresas atendidas Como na maioria das empresas, 80% dos clientes compram 20% da produção e 20% dos clientes compram 80% da produção.

Sugestões para elevar o PIB A procura de novos caminhos não deveria ser à custa do relaxamento dos pilares que deram certo durante 16 anos. Somente com a redução do tamanho do Estado em relação ao PIB teremos investimentos relevantes. O PIB é prejudicado pelo Custo Brasil. Estradas deficientes afetam o custo do transporte, e portos precários impactam a manufatura e a competitividade.

Central sinalizará o mercado com o valor de R$ 2,00 por dólar, mas se for a competitividade dos produtos brasileiros no exterior ou a diminuição das reservas seguras, o valor poderá chegar a R$ 2,20 por dólar.

Perspectivas para este ano O ambiente será de muita competição, com um mercado extremamente vendedor e reduções expressivas em margens. A luta será para aumentar a eficiência, objetivando manter posições. Por outro lado, inúmeras novas oportunidades de produtos se abrem com o mundo tecnológico atual.

Lançamentos Em tablets, haverá muitos lançamentos, uma ou duas dezenas de produtos. Em car áudio, esperamos ter uma linha completa para todos os perfis até julho de 2013. Lançaremos alguns produtos no segmento de smartphones em meados de julho, e a linha de home care terá considerável expansão.

Expectativa do dólar em 2013 Suponho que, se o maior problema do Brasil em 2013 for a inflação, o Banco

Foto: Divulgação

eletrolarnews

83


I N D ÚS T R IA

PHILIPS DO BRASIL Cyro Gazola, VP sênior da Divisão de Consumo

Balanço de 2012

Fatores positivos do ano

O ano de 2012 foi muito importante para a área de consumo da Philips. Conseguimos implantar e finalizar com sucesso a joint venture com a TPV, criando a TPVision para a categoria de TV. Foi um marco, que estabeleceu novo modelo de negócio para a empresa continuar oferecendo aos consumidores aparelhos com tecnologia, inovação e preços competitivos. O ano foi muito bom para atingir as metas de crescimento dos eletrodomésticos portáteis (Philips Walita) e dos produtos de cuidados pessoais. Também foi um marco para a categoria de café, que ampliou e consolidou seu portfólio com as marcas Philips Walita, Philips Senseo e Philips Saeco. A Philips Avent também trouxe novos produtos e ampliou a distribuição para o Brasil.

Tivemos muitos pontos positivos no ano, como o início da renovação e ampliação da Walita no Brasil. Houve retomada nos investimentos de marketing, o lançamento da campanha “A vida que a gente cria” e o desenvolvimento de linhas de produtos (Daily, Viva, Viva Black e Avance) para atender os consumidores de acordo com o perfil e/ou poder aquisitivo de cada um. Por meio da linha Daily, totalmente desenvolvida no Brasil, foi possível atender com maior efetividade às necessidades das classes C e D. Com essa estratégia, a Walita recuperou sua participação em batedeiras, liquidificadores e processadores. Com a renovação do portfólio de cuidados pessoais e os investimentos de marketing na categoria, aumentamos a nossa participação no mercado em oito pontos percentuais. Em café, a Philips cresceu e alcançou 20% do mercado brasileiro das máquinas, considerando as três modalidades: cafeteira tradicional, café coado monodose e expresso.

O que foi negativo Não foi fácil administrar a valorização significativa do real perante o dólar e euro, pois isso causou uma pressão na margem, impactando nos resultados do negócio.

Produtos lançados Lançamos dezenas de produtos em todas as categorias. Só em Philips Walita, foram 23. Somando todas as cateFotos: Divulgação

84

eletrolarnews

gorias, foram cerca de 50 lançamentos. É importante ressaltar que, com o investimento em um centro de inovação no País, localizado em Varginha (MG), foi possível lançar produtos mais alinhados ao mercado brasileiro.

Política econômica Acreditamos que o governo assumiu o controle para a retomada do crescimento do País, e nosso papel, como empresa, é suportar e desenvolver parcerias com ele para acelerar o processo de inovação e disponibilizar as mais relevantes tecnologias aos consumidores. Com isso, poderemos investir na indústria nacional e gerar mais empregos.

Expectativa do dólar em 2013 Esperamos que tenhamos maior equilíbrio entre a moeda estrangeira e o real para que possamos nos manter competitivos e apoiar o desenvolvimento da indústria e do comércio do País.

Perspectivas para este ano São as melhores. Vamos acelerar ainda mais a inovação do portfólio, trazendo muitas novidades para o mercado nacional em todas as categorias em que atuamos. Com isso, esperamos crescer dois dígitos este ano.

Lançamentos O investimento é para lançarmos novidades em todas as categorias. Grande parte dos lançamentos será apresentada na Eletrolar Show 2013.



I N D ÚS T R IA

RELAXMEDIC Renato Carvalho, diretor-geral

Balanço de 2012 Para a Relaxmedic, 2012 foi muito positivo. Nossa equipe avaliou, de maneira geral, que foi um ano de crescimento, expansão para novos Estados brasileiros e lançamentos de produtos exclusivos e diferenciados. Com certeza, os resultados foram bons. Nosso crescimento, percentualmente falando, girou em torno de 40% em relação a 2011.

Fatores positivos do ano Creio que o estabelecimento de novas parcerias com grandes varejistas e a participação da empresa em feiras do segmento de bem-estar e saúde foram dois grandes resultados alcançados nesse último ano. Destacamos nossa participação na 7ª Eletrolar Show, onde fizemos o lançamento de nossa nova campanha de marketing.

O que foi negativo

Fotos: Divulgação

86

eletrolarnews

Porte das empresas atendidas O percentual de grandes lojas é de 50% (varejo), 30% e-commerce e 20% pequenos.

Política econômica Consideramos que estamos no caminho certo, mas também acreditamos que uma maior abertura da economia traria maiores benefícios ao País.

Sugestões para elevar o PIB Maior abertura da economia, com menor intervenção estatal. Acredito que a redução da burocracia também seria outra sugestão.

Expectativa do dólar em 2013 Minha expectativa é de R$ 2,10.

O ambiente de dólar em alta e constantes problemas de logística foram os grandes desafios do ano.

Perspectivas para este ano

Produtos lançados

Nossa perspectiva para este ano é crescer 25%.

Os produtos foram massageadores como poltronas, assentos, esteiras, encostos e portáteis, além de uma linha de umidificadores. Os lançamentos de 2012 ultrapassaram os produtos apresentados em 2011.

Lançamentos A Relaxmedic está lançando 26 produtos no catálogo 2013. Isso representa um acréscimo de 50% de novos itens em nosso portfólio atual.


SONY

Carlos Paschoal, porta-voz

Foto: Divulgação

Balanço de 2012 Foi um ano bastante positivo para a Sony no Brasil. Após dobrarmos os resultados no biênio 2010/2011, mantivemos o crescimento nos primeiros nove meses do ano fiscal 2012 (abril de 2011 a março de 2012) e devemos fechar este período com crescimento entre 20% e 30%. O ano consolidou a relevância do mercado brasileiro para a Sony no âmbito global. Já ocupamos o posto de quarta maior subsidiária da marca internacionalmente. Estamos conseguindo suprir o consumidor com produtos especialmente desenvolvidos para o público local, mas sem perder de vista a importância de colocar o mercado nacional na vanguarda de lançamentos inovadores, como o Internet Player Powered by Google TV e a TV 3D 4K. Este ano fiscal representa o primeiro passo na nossa meta de ampliar em 100% os negócios no Brasil até a Copa do Mundo de 2014. Estamos bastante otimistas de que vamos cumprir nosso papel como patrocinadores oficiais da Fifa, no sentido de que o Brasil sedie a melhor Copa da história.

Fatores positivos do ano Participamos do sorteio dos grupos da Copa das Confederações, em que apresentamos atletas parceiros, como Raí, Cafu e Jorginho, e lançamos o slo-

gan de nossa campanha para a Copa do Mundo. Passamos a líderes em mais de uma dezena de categorias de produtos no País, incluindo câmeras digitais compactas, home theaters, áudio, games e filmadoras. Ampliamos a participação no mercado de TVs e assumimos a liderança em câmeras semiprofissionais compactas em razão do sucesso da linha NEX. Abrimos duas lojas-conceito Sony Store, em Recife e Curitiba, estamos com plano de ampliação de nossa fábrica em Manaus em andamento e produzindo nacionalmente mais de 90% dos produtos vendidos no Brasil.

Produtos lançados Em fevereiro, lançamos o sistema de entretenimento PlayStation Vita e, em março, chegaram as primeiras câmeras digitais compactas da nossa linha. Em maio, iniciamos as vendas do tablet, produto fundamental para a Sony. Em junho, trouxemos os ultrabooks ao Brasil. Julho e agosto marcaram a chegada de duas novas câmeras semiprofissionais compactas, a NEX7 e NEX-F3. Em outubro, apresentamos a nova versão de PlayStation 3, nosso Internet Player powered by Google TV e a linha de computadores com tela touch screen e Windows 8. Em novembro, trouxemos a TV 4K 3D ao País.

Exportações Hoje, os produtos fabricados em Manaus (AM) são voltados para o consumidor brasileiro. O que temos feito nos últimos anos é exportar projetos de produtos desenvolvidos para o público local para outras subsidiárias da empresa na América Latina. Um caso bem-sucedido é o do mini-system Sony FST-SH2000.

Perspectivas para este ano Nossa expectativa é dobrar os negócios no Brasil até 2014 e, para isso, é fundamental que tenhamos resultados positivos em 2013. A aproximação da Copa do Mundo e a realização da Copa das Confederações deverão ser fatores motivadores nesse sentido, especialmente no que diz respeito ao mercado de TVs e games. Este ano, lançaremos nosso programa de fidelidade com o consumidor, uma oportunidade ímpar para que ele tenha acesso aos ingressos para jogos das duas competições e outros brindes e presentes relacionados a essa temática.

Lançamentos Após o início do nosso ano fiscal 2013, em abril, anunciaremos toda a nossa linha de produtos. Não posso precisar ainda o número exato, mas garanto que teremos novidades importantes. eletrolarnews

87


I N D ÚS T R IA

SPECTRUM BRANDS Ricardo Avila, presidente no Brasil

Balanço de 2012

Exportações

O saldo de realizações foi bastante positivo, e a empresa, presente no Brasil com as marcas Rayovac, George Foreman e Remington, obteve bons resultados. Em 2011, reestruturamos nossa unidade no País e colhemos os frutos desse processo no ano passado, graças à sinergia entre as áreas administrativa e comercial.

Nossa planta em Recife (PE) atende alguns países da América do Sul.

Fatores positivos do ano Crescemos cerca de dois dígitos, lançamos mais de 50 itens e entramos em novas categorias de produtos, com a linha de lâmpadas da marca Rayovac e a expansão da marca George Foreman para outros segmentos de eletrodomésticos.

O que foi negativo As incertezas do cenário externo, que são comuns a todo o mercado, como a alteração de impostos e o dólar.

Produtos lançados

Fotos: Divulgação

88

eletrolarnews

A empresa tem o desafio de lançar produtos mais competitivos e inovadores a cada ano. Em 2012, superamos em 30% os lançamentos de 2011 e também entramos em outros mercados, aproveitando a força de nossas marcas.

Expectativa do dólar em 2013 O dólar não deve subir muito mais, pois toda a cadeia produtiva tem insumos atrelados à moeda americana, e isso se reflete nos custos. Hoje, a maioria das empresas já não tem mais margem para absorver esse impacto, o que ocasionaria aumento de preços e, consequentemente, inflação.

Perspectivas para este ano As expectativas são grandes, pois temos seguido uma tendência de crescimento. As recentes aquisições vão fortalecer ainda mais o nosso negócio.

Lançamentos Depois da reestruturação de 2011, temos hoje uma empresa pronta para lançar não somente novos produtos, mas também para entrar em outros segmentos. Essa nova dinâmica amplia nosso horizonte de ação. Estimamos para este ano mais 50 novos itens em nosso portfólio.


SUGGAR

Lúcio Costa, diretor-presidente

Balanço de 2012

Política econômica

2012 foi um dos melhores anos da Suggar, em todos os sentidos. Os resultados foram excelentes, tanto em aumento de market share quanto em lucratividade.

Ainda há muito o que fazer quanto ao excesso burocrático, à queda dos juros e à infraestrutura. Entretanto, estamos melhores do que em épocas anteriores.

Fatores positivos do ano Consolidamos a nossa liderança como maior fabricante de lavadoras do País, bem como mantivemos a sinonímia “Suggar da Suggar” na linha de exaustão.

O que foi negativo A impossibilidade de exportação, dada a carga tributária do País (que insiste em “importar” impostos), bem como a política cambial inexequível.

Produtos lançados Lançamos 18 modelos em diferentes versões. O número de lançamentos, no ano passado, foi semelhante ao de 2011.

Sugestões para elevar o PIB Repito a resposta acima sobre os pontos que precisam ser resolvidos, como o excesso burocrático, os juros e os problemas de infraestrutura.

Expectativa do dólar em 2013 Imagino uma cotação média por volta de R$ 2,30.

Perspectivas para este ano Continuar com a nossa expansão lenta, segura e gradual em busca de maior lucratividade.

Lançamentos A quantidade de lançamentos será equivalente à nossa real capacidade de distribuí-la.

Fotos: Divulgação

eletrolarnews

89


I N D ÚS T R IA

TRACK & BIKES David Soly Kamkhagi, presidente

Balanço de 2012 2012 foi um ano de incertezas, devido à acentuação da crise europeia e da desaceleração da China. Esses fatores afetaram a economia brasileira, que obteve crescimento bem abaixo do esperado. Além disso, houve mudanças tributárias durante o transcorrer do ano, que acabaram afetando o planejamento estratégico das empresas. O resultado foi positivo em relação a 2011, principalmente pelo novo posicionamento da bicicleta no mercado brasileiro. Esperávamos, porém, crescimento maior em função da conjuntura econômica do Brasil. Com todas as incertezas que surgiram ao longo do ano, o varejo trabalhou de forma conservadora para evitar altos estoques, e isso se refletiu na indústria.

Fatores positivos do ano A bicicleta torna-se, cada vez mais, um produto de desejo do consumidor, que passa a procurar modelos de maior valor agregado e qualidade. Isso contribui com toda a cadeia, do varejista ao fabricante. Além disso, vem aumentando o interesse entre prefeituras e estados em prol da bicicleta como meio de transporte urbano sustentável. Nota-se o aumento de ciclovias e ciclofaixas, além de projetos em diversas cidades do País. Outro ponto favorável foi a criação de projetos que visam regulamentar o uso da bicicleta elétrica como meio de transporte.

O que foi negativo Fotos: Divulgação

90

eletrolarnews

A inflação em alta e o aumento da

variação cambial prejudicaram a composição de custo dos produtos. Além disso, as mudanças tributárias foram extremamente prejudiciais, especialmente para os produtos motorizados fabricados fora da Zona Franca de Manaus (AM).

Produtos lançados Em 2012, foram lançados 13 produtos, sendo quatro brinquedos elétricos, quatro bicicletas motorizadas e elétricas e cinco bicicletas convencionais, entre elas a dobrável. Além disso, foram reformulados cinco modelos da linha de bicicletas.

Sugestões para elevar o PIB A diminuição da carga tributária é essencial para o crescimento econômico e social do Brasil.

Expectativa do dólar em 2013 O ideal é que o dólar fique entre R$ 2,00 e R$ 2,10.

Perspectivas para este ano Apesar de todas as incertezas, estamos bastante otimistas em relação a 2013 e esperamos um crescimento econômico maior do que em 2012. Estamos investindo em novas máquinas e equipamentos para aumentar nossa produtividade e reduzir custos.

Lançamentos Em 2013, lançaremos 10 novos produtos, entre brinquedos elétricos, bicicleta elétrica e convencional.


WAHL

CLIPPER BRASIL Milton Soares, diretor

Foto: Divulgação

Balanço de 2012 Para a empresa foi um ano espetacular. Chegamos a um faturamento que antecipou nosso budget em dois anos. Foi um ano em que consolidamos a marca Wahl no mercado, reforçando nossa presença na linha profissional, abrindo novos clientes na linha doméstica e introduzindo a nossa linha pet. Conseguimos superar nossos objetivos, e os resultados foram muito positivos.

Fatores positivos do ano Ampliamos nossa carteira de clientes, inclusive com a entrada em grandes magazines e melhor visualização nos pontos de vendas. Nas linhas profissional e doméstica, ganhamos maior presença devido ao fato de termos os nossos produtos certificados pelo Inmetro desde janeiro de 2012.

O que foi negativo O fator mais negativo foi a alta do dólar e a do euro, que afetaram nossos custos e, consequentemente, os preços de venda.

Produtos lançados Em 2012, o número de lançamentos aumentou consideravelmente em

relação ao ano anterior. Lançamos sete produtos na linha doméstica: máquinas de corte Home Cut, Clip´n Trim e Color Pro; kit Deluxe Home Pro e Home Barber Kit; aparadores Groomsman Pro e Lithium Ion Trimmer. Na linha profissional, a máquina de corte Scion, com bateria de lítio. E, na linha pet, duas máquinas de tosa, a Km2, profissional, e a Basic Dog, doméstica.

Política econômica A política de manter o real desvalorizado para ajudar nas exportações acaba desfavorecendo as indústrias que importam. Também traz uma pressão interna em custo e encarece os produtos importados. A demora na reforma tributária e a complexidade/burocracia do tratamento dos impostos dificultam o desenvolvimento e a expansão dos negócios. Por outro lado, o maior controle fiscal ajuda a reduzir a sonegação e nivela a competição no mercado. Em nosso setor, com a implementação pelo Inmetro da certificação dos produtos elétricos, o governo conseguiu ajudar a melhorar a qualidade dos itens no Brasil. Claro que nós, da Wahl, ficamos satisfeitos por ter uma concorrência mais saudável.

Expectativa do dólar em 2013 Nossa expectativa é que haja estabilização do valor. É importante que o dólar se estabilize para que as empresas importadoras possam cumprir com o seu plano de vendas anual sem maiores preocupações.

Perspectivas para este ano Estamos muito confiantes. O mercado da beleza continua em plena expansão, favorecendo a nossa participação com a linha profissional. Na linha doméstica, estamos empenhados em conscientizar os consumidores para o uso, em casa, da máquina de cortar e aparar, pois percebemos que esta tendência vem aumentando a cada ano. Na linha pet, estamos preparados e otimistas para atender este grande mercado, que tem alto potencial.

Lançamentos Queremos consolidar todos os lançamentos realizados no final de 2012 e complementar mais alguns modelos em 2013, nas nossas três áreas de atuação. Prevemos lançar mais oito modelos da linha profissional, quatro da doméstica e cinco da pet. Traremos para o mercado produtos bastante interessantes e inovadores. eletrolarnews

91


I N D ÚS T R IA

WANKE

Eduardo Wanke, presidente

Balanço de 2012 Foi um ano atípico. Houve por parte do governo ações e incentivos que se refletiram favoravelmente no desempenho do segmento e, consequentemente, da empresa. Aproveitamos essa situação, focamos em melhorar nosso desempenho e firmar pilares estratégicos. Com toda a situação que o mercado enfrentava, a projeção não era das mais otimistas, mas o segundo semestre surpreendeu, e conseguimos melhorar o nosso resultado. Obtivemos crescimento de aproximadamente 10% no mercado. Também conquistamos regiões e clientes importantes para o nosso negócio.

para responder ao mercado e conseguir atender às necessidades. As ações fiscais e monetárias somaram com o plano estratégico da companhia, auxiliando de forma positiva.

O que foi negativo A demora do governo na publicação das decisões, principalmente fiscais, falta de investimentos em infraestrutura, acarretando problemas de distribuição e altos custos logísticos, alta burocracia, legislações complexas e crise dos países vizinhos. Tivemos, ainda, a interferência do clima, que afetou diretamente o nosso segmento.

Fatores positivos do ano

Produtos lançados

O incentivo por parte do governo ajudou muito nos resultados, acreditamos em sua manutenção, e a migração das taxas de IPI deverá passar por novos ajustes. Tivemos agilidade operacional

Lançamos vários em 2012. A Wanke foi a primeira marca a comercializar a centrífuga Black do mercado. Também foram muito bem aceitos os lançamentos em lavadoras, principalmente da linha colors, e os cooktops, em duas versões. A cada ano, desenvolvemos novos conceitos e produtos.

Política econômica Acreditamos que a economia passa por um período de ajuste bastante intenso em função do que ocorre no mercado externo. O governo tem feito ações para valorizar a produção e os investimentos internos, e isso nos faz apostar mais no nosso mercado. Mas precisamos estar certos de que o governo vai seguir nesse caminho para investirmos e planejarmos as ações de longo prazo com mais segurança.

Exportações Fotos: Divulgação

92

eletrolarnews

Possuímos parceiros estratégicos na América Latina e tivemos incremen-

to nesse mercado. Atualmente, porém, nosso maior foco é o mercado brasileiro.

Sugestões para elevar o PIB O governo precisa manter a economia acelerada, com medidas fiscais e monetárias de estímulo ao crescimento, investir em infraestrutura, modificar o sistema de tributação e unificar os impostos para minimizar a guerra fiscal entre os Estados.

Perspectivas para este ano Acreditamos que 2013 pode ser muito positivo, porque sustentamos nosso crescimento em pilares bem estruturados. Estamos completando 95 anos e queremos chegar ao centenário com a Wanke sendo reconhecida como uma empresa brasileira moderna e versátil, que entende as necessidades de acionistas, colaboradores, comunidade, clientes, fornecedores e parceiros, e as atende. Estamos remodelando todas as nossas ações, vislumbrando esse marco.

Lançamentos Neste ano, lançaremos produtos cujo principal atributo será a versatilidade, ampliando ainda mais o nosso mix de lavanderia e portáteis. Por seus diferenciais, chamarão a atenção do mercado e surpreenderão a todos.



I N D ÚS T R IA

WHIRLPOOL LATIN AMERICA João Carlos Brega, presidente

Fotos: Divulgação

94

eletrolarnews

Balanço de 2012

O que foi negativo

Sugestões para elevar o PIB

Sem dúvida, o ano foi bom para a empresa e todo o setor de linha branca, devido a dois fatores primordiais. O primeiro foi a redução do IPI de algumas categorias do setor – o segundo mais taxado no Brasil –, o que contribuiu para as vendas e trouxe benefício real aos consumidores. O segundo foram os investimentos da Whirlpool em tecnologia e inovação e a continuidade na oferta de novos produtos para atrair o consumidor e incentivar a troca do eletrodoméstico. Não posso antecipar números, pois a companhia é de capital aberto, e o nosso balanço ainda não foi publicado. Porém, os diversos recordes históricos de produção e vendas em diversas categorias nos permitem afirmar que 2012 foi um ano excepcional.

A volatilidade do dólar e a inflação das commodities – que envolvem boa parte das matérias-primas dos eletrodomésticos, como aço, cobre e resinas.

O governo deve continuar a focar nos gargalos tributários e de infraestrutura que impedem que a indústria nacional seja ainda mais competitiva frente aos produtos importados. Sanar essas questões atrairia mais investimento para o País, gerando mais emprego e impulsionando o consumo, fatores que contribuem diretamente com o PIB.

Fatores positivos do ano

As medidas para a expansão do consumo foram efetivas nos setores em que foram implantadas. Agora, o governo passará a buscar alternativas para alavancar o crescimento da economia brasileira.

Com a redução do IPI, o setor cresceu a taxas de dois dígitos, e os eletrodomésticos ficaram de R$ 120 a R$ 150 mais baratos para os consumidores. O aumento da demanda também impactou os empregos: de novembro de 2011 a novembro de 2012, só a Whirlpool gerou 2 mil novos postos de trabalho. Além disso, a empresa anunciou o aumento da capacidade de produção de refrigeradores de duas portas em 10% na fábrica de Joinville (SC). A ampliação, que será concluída em agosto de 2013, vai gerar mais 500 empregos diretos.

Produtos lançados Lançamos 140 eletrodomésticos em 2012, número 15% maior que o de 2011. Entre os destaques, as lavadoras Brastemp Ative!, as mais rápidas do mercado; o Inverse Maxi, novo conceito de refrigerador que avisa o consumidor quando os alimentos vencem e monta lista de compras; e o Split Inverter da Consul, que tem o sistema Ecofresh 3D, reduz em até 40% o consumo de energia e oferece baixo nível de ruído.

Política econômica

Exportações Os compressores respondem pela maior parte das exportações da Whirlpool. Aproximadamente um em cada quatro refrigeradores do mundo utiliza compressor Embraco. Em 2012, o volume de vendas dos compressores cresceu 11,5% em relação a 2011.

Expectativa do dólar em 2013 Este ano, o governo deve continuar a atuação no mercado de câmbio para evitar grandes oscilações do dólar. A pesquisa Focus, do Banco Central, aponta que deverá manter-se na casa dos R$ 2,00 até o final de 2013.

Perspectivas para este ano A expectativa é que o setor continue crescendo, beneficiado pelas novas alíquotas de IPI. Conforme dados da Abinee, espera-se que o faturamento da indústria elétrica e eletrônica alcance R$ 156,7 bilhões, 8% acima do resultado de 2012.

Lançamentos Em 2013, faremos um investimento recorde para desenvolver produtos das marcas Brastemp e Consul que sejam funcionais, com muita tecnologia e design diferenciado.



VAR E JO

BERLANDA Nilso Berlanda, presidente

Balanço de 2012 Foi um ano bom, embora não tenhamos batido a meta de 20% de crescimento, chegando somente a 13%, com lucro líquido abaixo do esperado. Não obtivemos mais lucro financeiro e sim lucro mercantil, e houve aquecimento nas vendas da linha branca devido ao corte do IPI. Acreditamos que vamos ter de buscar melhores negociações com fornecedores, pois o varejo está mudando. Os grandes estão buscando alternativas em barganhas na hora da compra e nós, regionais, precisamos nos unir para manter a competitividade.

Fatores positivos do ano A queda de juros foi positiva, embora, por outro lado, nos tenha provocado perdas com os financiamentos diretos ao cliente. Para reverter isso, vamos em busca de um novo momento para o varejo, baseando os lucros na área mercantil e não mais na financeira. Outro ponto positivo foi a queda temporária no IPI da linha branca, que aqueceu as vendas.

O que foi negativo Podemos apontar como pontos negativos a falta de alguns produtos da linha branca e a condição de redução Foto: Divulgação

96

eletrolarnews

de ganhos no momento de financiarmos ao cliente.

Análise do consumo O aumento de consumo da classe C foi fundamental para as vendas, porém, mesmo com a queda dos juros, o preço geral dos produtos foi pressionado para cima e sofreu reajustes. Foi o caso dos importados, que tiveram reajustes significativos devido ao aumento do dólar.

Inadimplência O endividamento preocupa, tanto que nós, que financiamos o cliente, tivemos maior cautela na hora da liberação de venda. Acreditamos que a inadimplência deve aumentar em 2013.

Ações de fidelização Estamos criando um controle dos clientes especiais, aqueles que compraram mais de uma vez. Já na segunda compra, todos os meses enviaremos para a residência dele um tabloide e também ofereceremos juros reduzidos por ser um cliente especial.

E-commerce O pouco que conseguimos fazer não deu resultado positivo, empatamos

a operação. Hoje, o e-commerce representa menos de 1% da empresa e, em 2013, objetivamos aumentar a operação nessa modalidade, para que dê lucro. Caso contrário, iremos avaliar.

Política econômica Penso que chegamos ao máximo que qualquer empresa pode suportar. Agora, vem a queda na tarifação de energia elétrica e nos encargos trabalhistas, mas ainda assim é difícil ser empresário. Precisamos ter coragem para enfrentar a elevada carga tributária do País.

Sugestões para elevar o PIB É preciso redução da carga tributária, caso contrário ficaremos sem empresas, tanto na indústria quanto no varejo. O Brasil tem uma política trabalhista de 1965. Os sindicatos estão mandando nas empresas, está impossível trabalhar nos tempos atuais.

Perspectivas para este ano Continuar crescendo, mas com cautela. O momento é outro e só se manterá no mercado quem tiver uma equipe comprometida e custo menor. A competitividade, portanto, vai para quem souber reduzir custos a cada dia.


CYBELAR

Ubirajara Pasquotto, diretor-geral

Fotos: Divulgação

Balanço de 2012

Análise do consumo

Sugestões para elevar o PIB

O ano de 2012 foi bastante produtivo. Começamos o primeiro semestre com mais dificuldade, registramos crescimento muito baixo, mas o fato foi prontamente superado no segundo semestre. Fechamos o ano com índices acima de 10%. O resultado final não acompanhou o crescimento das vendas na mesma proporção, devido à maior concorrência no nosso mercado. Esforços para a redução de custo da operação têm sido feitos em todos os processos da organização para compensação dessa demanda.

O consumidor brasileiro finalmente está tendo acesso a determinadas categorias de produto graças à facilidade de crédito, o que tem levado a índices de crescimento que já deveríamos ter vivido no passado.

Reduzir a burocracia, simplificando processos, bem como os tributos, o que daria maior competitividade à indústria e permitiria que ela auxiliasse no crescimento do PIB. Outro fator para o crescimento é a desoneração de encargos trabalhistas.

Fatores positivos do ano O crescimento de vendas de determinadas categorias como smart-phones, televisores de tela plana, produtos de informática e da linha branca, assim como o segmento de móveis, que para nós é representativo. Outro fato positivo foi a estabilização nos índices de inadimplência do consumidor.

O que foi negativo Seguramente, a tributação elevada de algumas categorias de produtos e os altos juros que, apesar de estarem em queda, ainda representam muito, principalmente para o consumidor final.

Inadimplência O nível de endividamento ainda é baixo, se comparado a outros mercados. Apesar de a inadimplência ser maior, ainda não é preocupante, particularmente na nossa carteira. A situação tende a melhorar quando o cadastro positivo for implementado.

Perspectivas para este ano Estamos muito confiantes no ano de 2013. Com a aquisição da operação de Lojas Colombo em São Paulo e Minas Gerais, temos a expectativa de alcançar grande desenvolvimento nos nossos negócios.

Ações de fidelização Respeitar a relação com o consumidor é a melhor forma de fidelização.

E-commerce As vendas de e-commerce em 2013 terão crescimento significativo.

Política econômica Creio que estamos caminhando para o crescimento do País. Mas o aumento de novas empresas públicas e o consequente crescimento da participação do Estado na economia já começam a ser, novamente, ponto de preocupação.

eletrolarnews

97


VAR E JO

LOJAS COLOMBO Adelino Colombo, presidente

Balanço de 2012 Embora não tenha sido um dos melhores anos, 2012 foi bom para a rede de Lojas Colombo. Nesse período, abrimos 16 novas lojas, a maioria delas nos mercados do Sul do Brasil. Em 2012, também tomamos decisões estratégicas importantes, como concentrar nossas lojas físicas nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, e investir em novo nicho de negócios, mais rentável, na área de varejo, em 2013. Diante das expectativas gerais do mercado, consideramos um bom resultado o crescimento de vendas da ordem de 10%. Apesar do bom volume, o varejo de eletroeletrônicos viveu um momento difícil devido à pequena margem de rentabilidade que esses produtos oferecem.

Análise do consumo A Colombo possui em sua carteira clientes de todas as classes sociais. Sem dúvida, a ampliação da capacidade de compra da classe C também contribuiu favoravelmente para o nosso desempenho de vendas.

Inadimplência Em 2012, devido ao excesso de comprometimento da renda, muitos clientes deixaram de cumprir com Fotos: Divulgação

98

eletrolarnews

seus compromissos, o que gerou maior demanda de nossas equipes de cobrança. Buscamos o entendimento com os inadimplentes, estudando as melhores alternativas para quitarem seus débitos e retornarem ao mercado de consumo. Em 2013, continuaremos com a nossa política de concessão de crédito, que é bastante cuidadosa no sentido de evitar a elevação dos níveis de inadimplência.

Ações de fidelização A Colombo se utiliza de todas as ferramentas de marketing e mantém multicanais de vendas para fidelizar os clientes. Investimos, sobretudo, fortemente na qualificação de nossas equipes para que prestem o melhor atendimento. Este e mais o encantamento, o oferecimento da solução para o cliente, a entrega no prazo, o pós-venda e o serviço adicional são os maiores responsáveis pela fidelização de nossos consumidores.

E-commerce Nos últimos anos, o crescimento das vendas do e-commerce da Colombo tem sido bastante expressivo. Atualmente, o e-commerce responde por 20% das vendas da rede. A curva ascendente deve permanecer em 2013.


LOJAS KOERICH Antonio Koerich, diretor-presidente

Balanço de 2012 É um balanço muito positivo, significativamente melhor que o de 2011. Fechamos 2012 com crescimento de 12% sobre o ano anterior. Além da conjuntura econômica, nosso preço, as facilidades de pagamento e as promoções atraíram os consumidores. Recebemos muitos prêmios, alguns de alto reconhecimento no setor varejista, entre eles o Impar (Índice de Marcas de Preferência e Afinidade Regional) e o Top of Mind, este há 18 anos consecutivos. Crescemos em produtividade e faturamento. Planejamos sempre à frente e temos uma equipe cada vez mais alinhada com os nossos princípios e conceitos.

Fatores positivos do ano O registro da baixa inadimplência em nossa rede é fato a ser comemorado. Antes mesmo da implantação do cadastro positivo pelo governo federal, Lojas Koerich já trabalhava com uma ferramenta similar, privilegiando e bonificando os bons pagadores, e buscando aproximar-se dos que tinham problemas para quitar suas compras.

O que foi negativo Torcemos principalmente pela diminuição da carga tributária e simplificação dos processos para arrecadação de tributos. O Brasil precisa de investimentos em infraestrutura, saúde e educação. Acreditamos que investir na força de trabalho e na qualificação da mão de obra é mais importante do que a distribuição das riquezas.

Análise do consumo Foi um bom ano em relação ao consumo. A classe C respondeu por uma importante parcela das vendas, porque

teve mais condições de comprar e se fez bem presente no mercado de trabalho.

Inadimplência Com o crédito facilitado e alongamento dos prazos, uma boa parcela da população comprometeu o seu orçamento. Inflou alguns segmentos e causou prejuízo em outros, como no caso de veículos usados, e agora não consegue cumprir com os pagamentos.

Ações de fidelização Ao longo do ano, realizamos campanhas com sorteio de prêmios em datas especiais para o varejo, pois essa é uma estratégia que atrai os compradores e ajuda a fidelização. Também investimos em promoções com preços e prazos atrativos e respeitamos todos os compromissos que assumimos.

E-commerce É uma ferramenta de venda muito importante e não pode ser ignorada por nenhuma empresa moderna. Há três anos, lançamos o nosso portal de vendas pela internet para consumidores da região onde atuamos, assegurando-lhes o mesmo atendimento que oferecemos nas lojas físicas. Em 2012, reformulamos o site, facilitamos a busca e entramos nas mídias sociais, com o Facebook.

prioritárias, isto é, saúde, educação e, especialmente, infraestrutura, o que significa portos com maior capacidade, estradas em melhores condições e aeroportos maiores e mais bem estruturados.

Perspectivas para este ano A previsão é crescer 10% em 2013 e o mesmo número em pontos de venda. É importante ressaltar que todos os investimento e as transações realizados são com capital próprio, o que nos imputa maior segurança e seriedade. Estamos presentes em 43 municípios de Santa Catarina, dispostos ao longo da costa leste do Estado, com lojas físicas e o portal de e-commerce, mas já temos pontuadas grandes áreas de interesse que ainda não possuem a marca Koerich. Esse será um passo marcante para a empresa e trará crescimento às novas regiões.

Política econômica Prefiro falar sobre o futuro do varejo no Brasil. Confiante como sempre, aposto no crescimento, na melhoria e na profissionalização do varejo nacional. Nossa empresa adota a filosofia de valorizar a pessoa, que é o nosso bem maior.

Sugestões para elevar o PIB Precisamos de investimentos em áreas Fotos: Divulgação

eletrolarnews

99


VAR E JO

MAGAZINE LUIZA Luiza Helena Trajano, presidente

Balanço de 2012

Inadimplência

O Brasil conseguiu atravessar um ano de crise global sem grandes perdas. Para as empresas, foi necessário um grande esforço para chegar às metas. O Magazine Luiza cresceu e conseguiu atingir seu plano de integração das Lojas do Baú e das Lojas Maia.

A inadimplência no varejo está sob controle, o grande problema foi o endividamento de longo prazo, muito utilizado em compras de carros, por exemplo.

des sociais em todo o mundo. Nossas vendas por meio de todos os canais virtuais representam cerca de 12% do faturamento. Acreditamos que essa modalidade, neste ano, crescerá ainda mais.

Ações de fidelização

Política econômica

O Magazine Luiza sempre trabalhou a fidelização de seus clientes. Desde o começo da década de 1990, entendemos que isso era necessário e sempre fizemos trabalhos com nossa base de Clientes Ouro, que se tornaram cases de atendimento. Em 2012, nossas três edições de abertura das lojas para esses clientes mais fiéis, o chamado Dia de Ouro, superaram todas as metas.

As medidas econômicas para diminuir o impacto da crise mundial no Brasil surtiram efeito. Somos um País que possui grande mercado interno, e as medidas para manutenção do nível de consumo e controle da inflação alcançaram o objetivo esperado no ano passado.

E-commerce

É preciso atacar com grande empenho os principais entraves do crescimento do PIB. É necessário desonerar os impostos, resolver o Custo Brasil e diminuir a burocracia.

Fatores positivos do ano Sem dúvida, foi o aumento de consumo por parte da classe C, fato que prosseguirá em ritmo crescente neste ano.

O que foi negativo Mesmo com os avanços que o País conquistou, ainda é necessário atacar as questões da reforma tributária e logística.

Análise do consumo O consumo da classe C impulsionou as vendas em 2012, e a expectativa é que continue liderando as compras neste ano. A indústria precisa se preparar para atender aos anseios desse público – não vendemos mais geladeiras frost free inox por falta de peças. A classe C quer produtos de qualidade e com tecnologia. Foto: Divulgação

100

eletrolarnews

Somos pioneiros no e-commerce e sempre apostamos na multicanalidade. Com o Magazine Você – ação em que qualquer pessoa pode abrir uma loja em seu perfil nas redes sociais e ser comissionado por venda –, estamos colhendo resultados crescentes ano a ano, especialmente em 2012. Logo no início, foi um verdadeiro sucesso e virou case de utilização de re-

Sugestões para elevar o PIB

Perspectivas para este ano Estamos otimistas, acreditamos que será um ano de crescimento e de colher os resultados de toda a integração realizada no ano passado.


REDE SCHUMANN André Schumann, presidente

Foto: Divulgação

Balanço de 2012 Após os resultados abaixo do esperado em 2011, o mercado reagiu lentamente em 2012, em especial no primeiro semestre. O temor de recessão econômica mundial no exterior e o excessivo endividamento do consumidor no Brasil desaceleraram o consumo. A partir do segundo semestre, oportunidades como a expansão do crédito e medidas governamentais (manutenção do IPI reduzido e queda dos juros) aumentaram a confiança do mercado, o que se refletiu em nossa empresa, por isso, concluímos que 2012 foi positivo. Tivemos crescimento bem superior à média do mercado com a expansão da rede e da qualificação de nossos colaboradores, que hoje chegam a 1.200. Encerramos o perío-do com 76 lojas na Região Sul do Brasil e crescemos 46% na receita.

locais, a forte estiagem no oeste catarinense e planalto gaúcho, o aumento de preço de fornecedores e insumos, a pouca ação do governo para reduzir a carga tributária e o direcionamento de benefícios econômicos a setores que competem diretamente com o nosso.

Análise do consumo A classe C contribuiu para elevar o consumo, mas em volume menor do que em anos anteriores. O consumidor ficou com endividamento alto, mas está amadurecendo.

Inadimplência Quem não geriu bem seu orçamento teve reflexo negativo em 2012. Este ano é de monitoramento e ajustes nas avaliações para continuar realizando negócios e manter o índice de inadimplência estabilizado.

Fatores positivos do ano

Ações de fidelização

A inauguração de oito lojas e o início das atividades nas 10 unidades adquiridas da Certo, no norte de Santa Catarina; a verticalização da nossa armazenagem, que evitou rupturas entre oferta e demanda; a manutenção do IPI reduzido para eletrodomésticos e móveis; a queda dos juros; e o reconhecimento dos consumidores.

Fidelizar está cada vez mais complexo. Num mercado de muita concorrência, o jogo é ganho nos pequenos detalhes. Temos obtido grandes resultados no relacionamento, especialmente porque damos atenção ao cliente.

O que foi negativo Os juros, o enfraquecimento da economia internacional, com reflexos

E-commerce Está em fase de implantação.

Política econômica A política econômica brasileira trata

os problemas pelo efeito e não pela causa, com respostas pontuais em detrimento da visão de longo prazo. As empresas do nosso porte e segmento, que empregam boa parte da força de trabalho, são órfãs de uma política que incentive o investimento e a geração de empregos. A rota está sendo corrigida, mas é preciso rapidez. Nos últimos anos, o varejo tem sido o segmento que mais contribui para o crescimento econômico do País.

Sugestões para elevar o PIB Implementar uma política que incentive o crescimento sustentável, tornando mais acessível o crédito para as empresas e novos empreendedores; aumentar os investimentos em infraestrutura; reduzir os juros, principalmente para o consumidor final; manter e ampliar os incentivos ao consumo de bens duráveis; criar um cenário mais favorável às exportações de produtos manufaturados; e fazer a reforma tributária.

Perspectivas para este ano Dar continuidade à expansão da rede, com a abertura de mais 10 lojas entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Estamos finalizando a implantação do novo ERP para executar a integração com a plataforma de e-commerce e iniciar as atividades nesse canal este ano. Estamos lançando também o SC Atacado. eletrolarnews

101


SE R V IÇ OS

GfK José Guedes, diretor-geral

Balanço de 2012

Novos segmentos

Como em quase todos os anos, 2012 foi repleto de desafios mundialmente. O resultado internacional não foi tão bom quanto o esperado, mas ainda assim o crescimento foi superior a dois dígitos quando comparado com 2011. Para a GfK CC Brasil, o crescimento acabou por ser maior que o nosso cenário mais otimista, o que fez com que fechássemos o ano 25% acima do previamente determinado. Foi mais um ano repleto de bons resultados, embora tenhamos sentido ligeira desaceleração em algumas das nossas unidades de negócio.

O ano de 2012 foi marcado pelo lançamento do painel de livros, reforçando a marca GfK também no mercado de entretenimento. Desde seu lançamento, o estudo contou com o apoio de importantes agentes do mercado, o que reforçou a credibilidade da empresa perante a indústria e o varejo. Nas linhas de duráveis, continuamos com o monitoramento semanal de alguns produtos de mercado mais dinâmicos e ampliamos a atuação nas áreas já trabalhadas.

Fatores positivos do ano A consolidação dos negócios em nível mundial, apesar da forte crise nos Estados Unidos e na Europa. Na região, o forte investimento em novos países (Equador e América Central). No Brasil, a excelente performance de algumas das unidades de negócio.

O que foi negativo Em nível mundial, a necessidade de rever no quarto trimestre do ano a previsão do resultado em baixa. Alguns mercados de menor expressão sofreram retrações mais significativas que o esperado. Foto: Roberto Assem

102

eletrolarnews

Base de clientes A nossa base de clientes aumentou relativamente frente a 2011. Contudo, o maior aumento veio do segmento varejista, o que é uma ótima notícia, pois é o nosso principal parceiro no que tange ao compartilhamento de informações, que é a base do nosso negócio.

Política econômica A redução do IPI para a linha branca impulsionou o mercado de bens duráveis. No comparativo janeiro-novembro de 2012 versus o mesmo período do ano anterior, a indústria de linha branca melhorou o seu volume de vendas em 22%.

Sugestões para elevar o PIB A alta carga tributária continua a ser, talvez, um dos principais limitadores para a

entrada de novas potenciais marcas no mercado de bens duráveis.

Expectativa do dólar em 2013 A GfK não tem elementos objetivos para opinar nessa matéria.

Perspectivas para este ano Vai ser mais um ano repleto de grandes desafios e eventos, a exemplo da Copa das Confederações, que poderá ajudar a aquecer os mercados. Por outro lado, já sentimos no final do ano algum abrandamento. O mercado pode estar receoso de uma nova “marola” que impacte nossa economia. A GfK investe fortemente em novos negócios como nova fonte geradora de receita.

Lançamentos A empresa, através de sua relação próxima com o varejo e a indústria, identifica a necessidade de informações em certos segmentos e tem avaliado o lançamento de novos painéis. O mercado de bens duráveis e entretenimento como um todo vem passando por um momento de maior profissionalização, acirramento da competitividade e busca por superação ano após ano. Com isso, o uso de informações mercadológicas torna-se cada vez mais estratégico para o ótimo desempenho e alcance de objetivos.


LOSANGO Hilgo Gonçalves, presidente

Foto: Divulgação

Balanço de 2012

Fatores positivos do ano

Foi um ano muito desafiador, considerando que em seu início a expectativa era de crescimento do PIB, aumento da renda do trabalhador e baixo desemprego. Isso nos levou a planejar crescimento de mais de 10% nas novas originações de negócios e redução de provisionamento de perdas de crédito, levando em conta o cenário de pleno emprego. No entanto, já no primeiro trimestre notamos aumento da inadimplência, sendo necessárias diversas medidas para nos ajustarmos a essa tendência, ao mesmo tempo em que reduzimos a nossa expectativa de crescimento de vendas. Os primeiros seis meses de 2012 foram mais difíceis por conta da inadimplência, mas revertemos a tendência no segundo semestre devido às medidas adotadas. Terminamos o ano com crescimento na receita e melhores indicadores de crédito de novas safras de negócios em relação a 2011. O balanço de 2012 foi positivo.

Para a Losango, foi focar ainda no crédito sustentável e na compra consciente. Fizemos, também, diversas ações para reverter a questão da inadimplência, com acompanhamento mais próximo a cada lojista, e intensificamos o trabalho no nosso Portal de Treinamento, que tem o objetivo de preparar os vendedores dos lojistas parceiros para oferecer o crédito mais adequado a cada cliente. Como resultado, todas as novas safras de negócios originadas a partir de abril, medidas 90 dias depois, foram melhores do que as do mesmo período de 2011.

O que foi negativo O aumento da inadimplência.

Novos segmentos Entramos no segmento de turismo.

Base de clientes Conquistamos mais de 8 mil lojas em todo o Brasil, principalmente nos segmentos de móveis, inclusive planeja-

dos, eletroeletrônicos e materiais de construção.Também lançamos o cartão da Camisaria Colombo e, no final do ano, fechamos parceria com a Polishop.

Perspectivas para este ano Planejamos crescer 10% nos volumes de novas originações de negócios. Também continuaremos com o foco forte na orientação financeira através de nosso Portal de Treinamento. Planejamos manter o ritmo de novas parcerias na mesma proporção, com foco nos segmentos de materiais de construção, móveis e eletroeletrônicos. O mercado de varejo vai continuar aquecido, e o consumidor, cada vez mais consciente.

Lançamentos Mais do que novos produtos ou serviços, a principal meta da Losango em 2013 é fortalecer sua presença no interior. Queremos estar ao lado dos nossos clientes, oferecendo soluções integradas e ajudando o País a crescer e os consumidores a realizar seus sonhos. eletrolarnews

103


A BR AD IS T I

BALANÇO 2012

E EXPECTATIVAS 2013 PARA O SETOR DE DISTRIBUIÇÃO DE TI Mariano Gordinho, presidente da Abradisti (Associação Brasileira dos Distribuidores de Tecnologia da Informação)

Foto: Divulgação

O

ano de 2012 foi muito desafiante para a distribuição de TI. Com a forte valorização da taxa do dólar, que cresceu 18% em relação a 2011, os produtos comercializados pelo setor foram imediatamente majorados. Quando adicionamos outros vetores a esse dado, como a crise internacional, o baixo desempenho do nosso PIB e dos índices de investimento do setor público em 2012, vemos que as empresas do nosso segmento foram altamente demandadas em suas eficiências de venda e logística, a fim de assegurar nível de crescimento compatível com os dos últimos anos. O mercado de TI em 2012 atingiu R$ 78 bilhões. O setor de distribuição arrecadou R$ 13,2 bilhões, apresentando crescimento de 5% sobre o ano de 2011. Esse dado representa a manutenção de 17% de participação total no segmento. Diante dessas informações, podemos afirmar que o setor teve desempenho acima da média da grande maioria dos demais na economia nacional, reforçando nossa visão sobre o papel estratégico dos produtos de TI no dia a dia, com a presença dos smartpho104

eletrolarnews

nes, tablets, notebooks e a popularização das redes sociais. Em 2012, os distribuidores de TI entregaram mais de 60 milhões de produtos em todo o território nacional. Nossa participação na comercialização atingiu cifras expressivas: 80% dos projetores, 65% dos produtos de rede e 70% de todos os suprimentos (papel, cartuchos, etc.) foram vendidos. Fizemos negócios com mais de 25 mil revendedores pelo Brasil. A exemplo dos últimos três anos, contratamos em 2012 a IT Data para realizar uma pesquisa setorial que, além de tabular as informações de vendas do setor, pudesse nos prover de dados de mercado que apoiassem nosso planejamento estratégico de 2013. Foram entrevistadas cerca de 1.100 entre 3 mil corporações responsáveis por mais de 50% do consumo de produtos de tecnologia no País. Dentre as respostas obtidas, 54% dos entrevistados indicaram que farão investimentos em infraestrutura em 2013. A expectativa de crescimento dos orçamentos com consumo de produtos de TI atingiu 9%. O panorama para 2013 é otimista. Acreditamos num ano de expansão

de vendas de produtos voltados aos consumidores finais, como tablets, ultrabooks e consoles de games. No cenário empresarial, os produtos que enderecem as demandas por infraestrutura, como as soluções de armazenamento de dados, de virtualização de servidores, de acesso às redes e de segurança da informação, serão responsáveis pelo consumo de grande parte dos orçamentos corporativos. Entre os desafios a serem enfrentados, vale citar a crescente demanda por serviços logísticos estruturados por parte dos fabricantes, do tipo cross-docking, just in time e assembled to order, que otimizam a relação produtor/distribuidor, visando ao aumento de eficiência no carregamento de estoques e custos financeiros associados às operações. Em 2013, a distribuição de TI será cada vez mais requisitada para exercer papéis de apoio e retaguarda, como a capacitação técnica e comercial de seus parceiros e execução de programas de chegada ao mercado, dentre outros. Serão 12 meses de alta atividade, com um tom bastante otimista, em que esperamos atingir receitas da ordem de R$ 14,4 bilhões, com crescimento de 9% sobre os números de 2012.


E LE TR O S

CONSOLIDAR CONQUISTAS PARA CONSTRUIR O FUTURO

Lourival Kiçula, presidente da Eletros – Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos Foto: Roberto Assem

I

niciamos 2013 com projeções positivas para o setor de eletroeletrônicos. Temos muito trabalho pela frente, e o cenário da indústria brasileira é promissor. A economia está se transformando, e há confiança de um ano favorável para o setor, respaldada na continuidade de medidas de estímulo, investimentos, expansão de crédito e aumento da renda do trabalhador. Os fabricantes estão empenhados em manter o desempenho alcançado no ano passado, que apresentou crescimento entre 10% e 15% na linha branca, 6% em áudio e vídeo (linha marrom) e 10% para a linha de portáteis. Durante todo o ano de 2012, a política de redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) foi muito importante para a linha branca, que abrange itens essenciais aos lares brasileiros, como é o caso das lavadoras automáticas, presentes em apenas 48% das casas. A desoneração concedida pelo governo federal ao setor contribuiu não somente para estimular as vendas, mas para o desempenho da indústria, a inovação tecnológica e o nível de empregos. A estimativa é que o setor tenha contratado cerca de 4 mil funcionários diretos e outros 15 mil indiretos nesse período. Ainda durante o mês de janeiro, as alíquotas aplicadas permaneceram reduzidas a 5% para refrigeradores; e para fogões e lavadoras semiautomáticas ficaram zeradas. De fevereiro até junho, os fogões passam para 2%, refrigeradores para 7,5% e lavadoras semiautomáticas para 2%. As lavadoras automáticas, que antes da redução tinham alíquota fixada em 20%, com a desoneração ficaram com o IPI em 10%, alíquota que se tornou perene.

Consideramos uma sinalização muito positiva do governo. Em 2011, foram vendidos 6.257.564 refrigeradores, 4.201.261 lavadoras automáticas, 3.040.000 lavadoras semiautomáticas e 5.495.180 fogões. Em 2012, houve aumento no volume de vendas para todos os produtos contemplados. A estimativa é que foram vendidos 7.277.270 refrigeradores, 5.000.537 lavadoras automáticas, 3.525.764 lavadoras semiautomáticas e 6.601.898 fogões. Para o primeiro trimestre de 2013, estimamos expansão de 10% nas vendas. No setor de áudio e vídeo (linha marrom), as expectativas são positivas. Registramos alta de 6% nas vendas. Os televisores tiveram grande destaque – estima-se que cerca de 15 milhões de unidades tenham sido vendidas em 2012. Eventos esportivos como a Copa das Confederações e a proximidade da Copa do Mundo acenam com boas possiblidades de crescimento para esse setor. A palavra de ordem é conectividade, e as smart TVs, acionadas por voz e movimentos, entre outros recursos, estão caindo no gosto dos consumidores. Os televisores que se conectam a computadores e outros aparelhos devem crescer de uma participação de 20% em 2011 para 80% em 2014. O setor de eletroportáteis está inovando seus recursos tecnológicos e facilitando o dia a dia dos consumidores. No ano passado, apresentou crescimento de 10%. Em 2013, com o equilíbrio do câmbio, é possível que os fabricantes nacionais recuperem o market share. Saudamos a decisão do governo de redução das tarifas de energia, pois medidas que implicam diminuição de custos revertem em benefícios para toda a sociedade. As conquistas de 2012 nos impulsionarão a alcançar nossos objetivos e a superar os desafios. eletrolarnews

105


FE C OM E R C I O SP

COMÉRCIO CRESCE EM 2012 E EM 2013

Abram Szajman, presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), entidade que gere o Serviço Social do Comércio (Sesc-SP) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac-SP) no Estado.

Foto: Divulgação

A

despeito de previsões negativas, algumas até alarmistas, a economia brasileira deve fechar 2013 com o Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 4,8 trilhões, crescimento de 4% em relação ao ano anterior. Confirmada a estimativa, o comércio brasileiro poderá ultrapassar, pela primeira vez, a barreira de R$ 1,5 trilhão em vendas, 6% mais, em valores reais, do que o montante auferido em 2012 – apenas no Estado de São Paulo, elas serão da ordem de R$ 475 bilhões. Esse vigoroso desempenho, principalmente em relação às economias desenvolvidas, está, evidentemente, condicionado em parte à reação positiva do setor privado aos estímulos recebidos do governo em 2012 e, também, do controle da crise na Europa e da manutenção da recuperação da economia nos Estados Unidos. A outra parte deve ser cumprida por uma competente política de controle da inflação que não permita a deterioração do emprego e da renda do consumidor. A inflação, mais do que o baixo crescimento do PIB, foi, em 2012, a principal dificuldade enfrentada pelos gestores da economia. A redução da Selic para 106

eletrolarnews

7,25% foi benéfica, pois obrigou o setor financeiro a rever suas taxas de juros cobradas dos consumidores e das empresas. Mas a redução de juros dificultou o controle dos preços, tanto assim que a Selic, em curto prazo, não ficará abaixo do nível atual. Ao contrário, poderá mesmo subir até 1%. Aliás, ainda no início do segundo semestre de 2012 a Assessoria Técnica da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo, a FecomercioSP, chamava a atenção para o necessário controle da inflação, e com razão. A projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal aferidor da inflação do País, era de 5% para 2012, mas chegará, certamente, a 5,5% ou um pouco mais quando fechadas as contas. A diferença pode parecer pequena, mas não é, pois representa 10% a mais de inflação sobre o previsto e um ponto porcentual acima do centro da meta de 4,5%. Confiamos que em 2013 serão gerados de 1 milhão a 1,5 milhão de novos postos de trabalho, número próximo ao necessário para absorver plenamente o aumento da População Economicamente Ativa (PEA), mantendo a taxa

de desemprego em torno dos 5,5% verificados em 2012, o menor porcentual da história do índice. Os prognósticos para o emprego são positivos, ainda que modestos. Mas são suficientes para manter a tendência de crescimento do consumo das famílias. Assim, não é uma temeridade afirmar que em 2013 o faturamento real do comércio aumentará, em valores reais, 5% no País e 3% em São Paulo, cujo faturamento em 2012 foi de R$ 429,1 bilhões, e de R$ 378,9 bilhões em 2011. Esse desempenho é reflexo, em grande parte, das medidas tomadas pelo governo desde o início de 2012, para evitar que o consumo interno desacelerasse de forma acentuada, entre elas a desoneração fiscal para automóveis e eletrodomésticos. O acerto da política de desoneração desses produtos fica evidente quando se verifica o aumento expressivo das vendas de bens duráveis – o impacto positivo foi além do esperado. Outro fator importante para o crescimento do varejo foi a mudança na política de crédito. A diminuição sistemática da taxa de juros e o aumento da oferta de financiamentos mantiveram elevado o nível de atividade do setor.


DESAFIOS PRODUTIVOS

E DE EXPANSÃO DO MERCADO DO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS Thomaz Nogueira, superintendente Foto: Divulgação

E

m 2013, temos perspectivas bastante positivas para o Polo Industrial de Manaus. O governo federal tomou diversas ações em 2012 para que os problemas pontuais que ocorreram em alguns segmentos produtivos em todo o País fossem sobrepujados, e os números de produção, faturamento e geração de empregos pudessem crescer de forma sustentável. Segmentos como o de duas rodas, cuja produção quase total é baseada no parque fabril de Manaus, receberam atenção especial após um período de dificuldade, e ações específicas foram tomadas para garantir a retomada dos bons números deste polo, que alavanca a economia local e gera milhares de postos de trabalho. Já vemos melhora discreta, porém muito animadora, na produção de motocicletas no Polo Industrial de Manaus, reflexo de decisões acertadas do governo federal para estimular o crédito no País. A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) também prorrogou, no fim de 2012, a redução da Taxa de Administração para as empresas de duas rodas do polo, sejam fabricantes do produto final sejam as chamadas componentistas, como forma de incentivá-las a investir e recuperar o potencial de crescimento. Temos de olhar com bastante otimismo as empresas do polo eletroeletrônico. A produção de televisores com tela LCD e LED cresce exponencialmente, e 2013 é ano da Copa das Confederações e dos preparativos para a Copa do Mundo do Brasil, em 2014. Isso significa que a demanda por televisores deve aumentar, e o possível acréscimo das encomendas deve gerar uma reação em cadeia, com diversas empresas sendo beneficiadas, o que possibilitará a captação de mais mão de obra.

A formação de capital intelectual é o foco de uma iniciativa da Suframa e de instituições parceiras, como os governos federal e estadual, entidades de classe como Fieam, Cieam e Associação Comercial, ABRH e representantes dos trabalhadores. Está previsto o lançamento, no primeiro bimestre deste ano, do programa que tem por objetivo identificar exatamente quais as demandas atuais do mercado e trabalhar para acelerar a formação de mão de obra. Isso deve propiciar uma melhora na qualificação do trabalhador para que possamos atingir um nível diferenciado de produção além da manufatura. Pretendemos estimular o desenvolvimento de produtos para que tenhamos diversificação e consigamos integrar definitivamente a economia natural ao processo produtivo. O desafio de 2013 é fortalecer a confiança na indústria e crescer em todos os sentidos. A base para isso já foi construída. É hora de pensar à frente, nos próximos anos. O mercado muda constantemente, e tecnologias surgem a todo instante. Devemos estar preparados para atender plenamente às novas demandas. Novos mercados consumidores também são nosso alvo. Tínhamos um mercado de consumo interno muito forte, então as empresas não precisavam nem olhar para o mercado externo. Mas agora, como o mercado interno teve um arrefecimento, teremos de chegar de verdade a outros. Devemos atentar para o Peru, por exemplo, país que já atingiu um nível de estabilidade social e política. Lima é uma cidade de 9 milhões de habitantes, com grande potencial. Enfim, os desafios estão lançados e estamos trabalhando para nos antecipar e responder à altura a cada um deles. eletrolarnews

107




DO SS IÊ - N O T EB O O K S

A categoria de lava-louças tem muito espaço para crescer no mercado nacional. O produto ainda tem baixa penetração no Brasil, está presente em pouco mais de 2% das residências, enquanto nos países desenvolvidos o percentual chega a 46%. Mas a situação começa a mudar, inclusive com a quebra de preconceitos, como o gasto de água. Estudos demonstram que lavar louça na pia gasta mais água do que na máquina. As vendas vêm crescendo e bem. Em volume, 67,8% no período de janeiro a novembro do ano passado, e em valor, 29,8%, segundo dados da empresa de consultoria GfK. Os modelos compactos, de seis serviços, colaboraram para esse resultado e também para a redução do preço médio, que passou de R$ 1.667 para R$ 1.290, variação de -22,6%.

BRASTEMP

A

Clean (BLF06) é compacta, tem seis serviços, quatro ciclos de lavagem e painel com identificador das etapas. O modelo conta com a exclusiva cuba plástica com tecnologia ThermaCare, que promove variação gradual de temperatura, evitando o trincamento de peças de vidro e louças mais delicadas. Dispõe de cesto superior com regulagem de altura, que facilita a colocação das louças. Vem com filtro e tem eficiência energética A. Disponível em 127 V e 220 V.

ELECTROLUX

O

modelo escolhido pela Electrolux é a lava-louça LE12X de 12 serviços com painel Blue Touch, seis programas de lavagem e função 1/2 carga, que permite que seja lavada uma pequena quantidade de louça sem desperdício de água e energia. Os cestos podem ser ajustados, dependendo da altura das louças. O produto tem porta metálica dupla e display LED para acompanhar quanto tempo falta para o início e o fim da lavagem.

110

eletrolarnews

Fotos: Divulgação

LAVA-LOUÇAS


ELETTROMEC

A

empresa apresenta a LV-G12-60SP, um modelo de embutir, com frente de inox ou com o revestimento do mobiliário da cozinha. A lava-louças tem 12 serviços e seis programas de lavagem com cinco ciclos (intensivo, normal, eco, rápido e pré-enxague). Possui display, timer, filtro, dispenser (para detergente e líquido secante) e opera com até 14 litros de água em sua lavagem mais forte. O cesto superior permite ajuste de altura. Disponível em 220 V.

GE ELETRODOMÉSTICOS

O

modelo de lava-louças de 12 serviços da GE Eletrodomésticos é para famílias grandes. Tem design moderno, interior de aço inox, display em LCD com iluminação LED, seis programas de lavagem (intensivo, normal, econômico, enxague, cristais e pré-lavagem) e função pausa. O cesto superior é regulável. O produto tem baixo consumo de água e energia e está disponível em 127 V e 220 V.

M.CASSAB

C

om design italiano, a lava-louças da Spyce Eletro tem oito programas: 3 em 1, normal, molho, lavagem rápida, delicada, eco, intensiva e enxague. Possui dosador automático de detergente, cesto superior com altura regulável, baixo nível de ruído e de consumo de energia. Pode ser utilizada livre ou embutida e está disponível em 220 V.

PHILCO

C

om design moderno e compacto, a lava-louças PLL6 tem capacidade para seis serviços e seis programas de lavagem. Possui interior em aço inox, sistema de aquecimento de água e cesto flexível. Conta com dispenser automático para detergente e líquido secante, sistema de tripla filtragem, função timer e cesto para talheres. Tem baixo consumo de energia. Pode ser encontrada em 127 V e 220 V.

SMEG

A

lava-louças da Smeg é de embutir e tem a porta de aço inox ou com o mesmo acabamento do armário da cozinha. O modelo STO possui 90 cm, 10 programas de lavagem e 12 serviços, que realizam a lavagem em cinco diferentes temperaturas. Dispõe de painel de controle embutido, comando eletrônico que permite programar o início de funcionamento, dispenser para sabão em pó e filtro. O produto recicla a água utilizada. Disponível em 127 V.

eletrolarnews

111


MATNÉDRIM ATE IA E ESP N T OECI A OACO L NS U M I D OR

Fotos: Divulgação

SÓ TECNOLOGIA NÃO BASTA

Inovações adotadas pelo varejo são bem-vindas, mas o atendimento diferenciado está diretamente ligado à gestão. Leda Cavalcanti

A

plicadas por meio da telefonia celular, de softwares e redes sociais, as novas tecnologias que permitem ao varejo conhecer melhor seus consumidores demonstram que a ciência, a filosofia e a psicologia já fazem parte de seu dia a dia e acenam com grandes mudanças no prazo de cinco anos. “É a humanização que chega ao varejo, mas a utilização dessas tecnologias por si só não é sinônimo de atendimento diferenciado”, diz o professor Roberto Nascimento Azevedo de Oliveira, do Núcleo de Estudos e Negócios do Varejo da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). 112

eletrolarnews

“São formas para conhecer melhor o consumidor, mas não resolverão todas as questões. O fator humano é o diferencial competitivo”, acrescenta. Redes varejistas dispostas a trabalhar dentro de modernos conceitos já se valem de inovações tecnológicas para atrair e fidelizar os chamados clientes móveis que, dependendo do aparelho que portam, conseguem, dentro de uma loja, pesquisar o preço do produto que pretendem adquirir em todas as outras concorrentes. É a época em que o conhecimento gera valor e, assim, é preciso utilizá-lo de forma adequada. Preço é fator importan-

te, mas nem sempre absolutamente essencial, como é comprovado pelo crescimento do pequeno varejo, que tende a atender melhor porque está mais próximo de seu consumidor e tem arraigado o hábito de cuidar dele. O atendimento diferenciado é um problema de gestão, afirma Azevedo de Oliveira. “A maioria das diretorias do varejo sabe que ele é um diferencial competitivo, por isso investe em tecnologia, sistemas de comunicação e em marketing, mas esquece dos funcionários que estão na loja e de observar como é o atendimento que prestam. Não adianta só recla-


mar da mão de obra, é preciso treinar a equipe e motivá-la para que a informatização trabalhe em benefício do cliente. O varejista deve ter liderança servidora, isto é, ir para o ponto de venda e orientar o seu pessoal. Precisa, também, comprar na sua loja, conversar com os consumidores e visitar a concorrência”, ressalta o especialista.

Formatos de atendimento O varejo porta a porta foi o que mais cresceu no ano passado, numa prova de que o consumidor quer ser tratado com individualidade. “A marca fala através de suas consultoras de venda”, diz o professor. Na realidade, o formato de atendimento pessoal é

pode prescindir de um vendedor, mas, se precisa de informação, espera ser atendido por profissional capacitado. Em síntese, é a adoção de um novo método de trabalho interativo, que personaliza o atendimento. No exterior, há programas regulares de contato com o consumidor e novos formatos de venda. Em algumas lojas, é possível escanear o código de barras do produto e pagá-lo no caixa sem pegar em nenhum carrinho. Em outras, há a gôndola eletrônica, que nasceu no metrô de Seul, na Coreia do Sul. A gôndola é física, mas o resto é virtual, ou seja, basta ver o preço, escanear o código de barras e receber a compra em casa. “A vantagem é a

Roberto Nascimento Azevedo de Oliveira, professor do Núcleo de Estudos e Negócios do Varejo da ESPM

O varejista deve ter liderança servidora, isto é, ir para o ponto de venda e orientar o seu pessoal. Precisa, também, comprar na sua própria loja, conversar com os consumidores e visitar a concorrência. ponto estratégico para uma empresa e alguns se perpetuam ao longo do tempo, como é o caso das feiras livres, lembra o professor. “Elas têm atendimento diferenciado, é parte da estratégia de vendas.” Eletroeletrônicos são produtos que, em muitos casos, exigem atendimento técnico, e quem reconhece isso não se furta ao diálogo e capacita os seus vendedores. Transformar o ponto de venda em espaço de convívio é outro desafio do atendimento, mesmo porque a venda pode não se dar de imediato. É preciso acreditar na construção de um relacionamento com o consumidor e ter a consciência de que ele está mais informado, troca ideias sobre os produtos nas redes sociais e quer novas experiências na hora da compra. Conforme o produto, o consumidor

praticidade e a agilidade em primeiro lugar. Também há menos erros em relação à falta de produtos e custos menores. São novos formatos de vendas, não vão eliminar outros, mas sim complementá-los”, conta Azevedo Oliveira, que aponta também outra tendência: lojas compactas, mais apropriadas ao consumidor, que podem estar em condomínios ou nas estações do metrô.

Benefício para os dois lados Inovações tecnológicas, principalmente as que envolvem equipamentos móveis, que possibilitam a criação de um ambiente de colaboração e conhecimento que beneficia consumidor e varejista, têm sido acompanhadas por empresas atentas aos ciclos de transformação. A Motorola Solutions, por exemplo, projeta pro-

ET1

dutos para a área do varejo que colaboram para o varejista atender às expectativas do consumidor e para vendedores serem mais informados. Seu tablet ET1 é como um assistente do vendedor no momento do atendimento e possibilita a ele dar todas as informações sobre o produto, inclusive cores e modelos, e mostrar o catálogo virtual. O fato é que hoje, com a informação acessível para todos e a qualquer momento, a automação passou a ser fundamental. “O varejo precisa estar preparado para atender o consumidor conectado, que deseja informações rápidas e de qualidade. Sem automação não se resolvem gargalos como filas e mercadoria sem preço, e nem se consegue cativar o consumidor. Antes, acreditava-se que automação era eletrolarnews

113


MAT É R IA ESP ECI A L

Passado e presente SB1

MC2180

Roberto Mielle, gerente de canais da Motorola Solutions

custo. Hoje, cliente insatisfeito não retorna, e propaganda negativa, como se sabe, espalha-se rapidamente”, destaca Roberto Mielle, gerente de canais da Motorola Solutions. “Esse é o futuro do varejo, não existe volta”, acrescenta. Com a automação, ganha a operação (de duas a cinco vezes), garante o executivo. A empresa também disponibiliza para os varejistas, dentre outros produtos, o computador móvel MC2180, com o qual o operador da loja registra cada produto e emite um voucher para agilizar a fila; e o SB1, crachá digital que permite ao funcionário ler o código de barras da gôndola, visualizar a disponibilidade do produto no estoque da loja e solicitar a sua colocação. “Os consumidores vêm procurando esse tipo de facilidade, e o mercado de varejo, que é ágil, está abrindo a cabeça, inclusive por uma questão de competição”, explica Mielle.

Daliana Gambaro, gerente de produto de software e soluções da Xerox do Brasil

114

eletrolarnews

PlanetPress Capture

Também ganham força tecnologias que agregam modernidade a objetos tradicionais. “São soluções que incorporam o que já é utilizado no dia a dia e que não demandam muito treinamento”, diz Christian Medeiros, gerente regional para a América do Sul da Objectif Lune, que produz a PlanetPress Capture, caneta scanner oferecida em parceria com a Xerox do Brasil. O produto registra pedidos, confirmações de entregas ou cadastros em tempo real como se fosse uma caneta convencional. Um software permite a comunicação dos dados escritos em papel comum para o computador, via telefone celular com tecnologia 3G, ou pode descarregar as informações diretamente no equipamento, além de gerar um documento físico. Com essa ferramenta, uma rede varejista sul-africana de 600 lojas otimizou a aprovação de crédito de seus clientes. O crediário só era validado mediante a assinatura de contrato físico, e antes da adoção da caneta scanner as filiais tinham dificuldade para encaminhar a documentação necessária a uma central, operação que envolvia custos logísticos e demorava, no mínimo, sete dias. A tecnologia possibilitou à empresa reduzir o trâmite para 24 horas e exemplifica o quanto a automação pode agregar aos negócios do varejo. A rapidez, um dos benefícios proporcionados pela automação do varejo, garante a satisfação do cliente e agrega valor ao atendimento da loja. De acordo com Daliana Gambaro, gerente de produto de software e soluções da Xerox do Brasil, metade do portfólio de multifuncionais da empresa tem função que possibilita a criação de um banco de dados com informações dos clientes para cadastro, a partir do escaneamento de seus documentos. “São opções que agilizam muitos processos e proporcionam mais segurança”, garante Daliana.



Foto: Roberto Assem

EN T R E V IS TA

116

eletrolarnews


O GRANDE DESAFIO TRIBUTÁRIO DO BRASIL É MEXER NO ICMS

A reforma tributária brasileira já está em curso, afirma Waldemir Luiz de Quadros, professor e chefe suplente do Departamento de Economia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), embora o principal obstáculo para essa questão, o destino do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), esteja longe de ser transposto. Docente desde 1987, com mestrado e doutorado em ciência econômica pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), ele aponta a falta de competitividade como o grande desafio ao desenvolvimento do País e que pode ser atribuída, dentre outros aspectos, a problemas de gestão, sobretudo no setor público – tema que ele vivencia como técnico da Fundação do Desenvolvimento Administrativo (Fundap) e com que conviveu ao assessorar a Secretaria da Fazenda do Governo do Estado de São Paulo, entre 2006 e 2010. Igor Carvalho

A reforma tributária brasileira vai sair em 2013? consumo, porém, os tributos são altos. O equivalente a 35% WALDEMIR LUIZ DE QUADROS – A reforma tributária do Produto Interno Bruto (PIB) é algo semelhante à carga já está sendo feita, talvez não a que se gostaria. Muita coisa dos países da Europa e maior do que a dos Estados Unidos, pode ser resolvida sem precisar mudar a constituição, tanto Japão e Austrália. É um problema com o qual temos que que o governo já fez mudanças no Imposto de Renda (IR), conviver, pois para resolvê-lo teria que haver uma drástica na Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social mudança nos gastos públicos e mudanças na estrutura (Cofins), no Programa de Integração de funcionamento do Estado. O Social (PIS) e no Programa de Formação orçamento está comprometido. do Patrimônio do Servidor Público (Pasep). A mudança no Sistema Qual o maior desafio para mexer Integrado de Pagamento de Impostos com o ICMS? Crescimento sustentável para o Brasil e Contribuições das Microempresas e WLQ – Se dependesse apenas é avançar sem grandes pressões Empresas de Pequeno Porte (Simples) do governo federal, a reforma já da inf lação e sem gargalos de é outro bom exemplo. Mas a grande estaria feita, mas ela envolve os 27 reforma significa mexer no ICMS dos Estados brasileiros e, de carona, infraestrutura. Estados, questão que se arrasta desde 5.500 municípios, que são sócios na 1993 por causa da guerra fiscal. arrecadação do imposto. Ninguém quer perder receita e, além disso, há as Essas mudanças deram resultado? dificuldades trazidas pela guerra fiscal. WLQ – A classe média paga 35% de impostos, mas como Os Estados até aceitam fazer algo, mas desde que não saiam o País tem grande concentração de renda é preciso analisar perdendo. Assim, o governo teria que ressarcir o dinheiro quanto cada um paga. No varejo, se olharmos quanto há de do imposto. Outra dificuldade é que eles querem validar imposto em cada produto, veremos que normalmente é em todos os benefícios fiscais dados até o momento, ou seja, torno de 40%, somando-se ICMS, PIS, Cofins, IPI, ISS e IOF. Para uma anistia para o passado. Essa proposta já foi discutida efeito de produtividade, teríamos escala maior de produção no final do primeiro governo Lula, voltou no segundo e vai se não houvesse imposto, e o preço seria menor. Pela ótica do mudando ao sabor das discussões para ficar mais palatável eletrolarnews

117


EN T R E V IS TA

aos Estados. Eu aposto que ela não deve ser aprovada em 2013 porque os impasses permanecem. Como garantir produtividade com essa carga tributária? WLQ – Claro que os impostos dificultam a atuação das empresas, mas eu vejo isso como questão de competitividade. Se a empresa for melhor, ela não ganha muito por causa da estrutura dos impostos e nem consegue ser competitiva internacionalmente. Produtividade, porém, depende também de educação, saúde e saneamento básico, entre outras coisas. Se conseguirmos melhorar tudo isso, a produtividade vai aumentar.

Qual sua opinião sobre a concessão de benefícios para alguns setores? WLQ – São medidas pontuais, não têm objetivo fiscal tributário, mas sim de incentivar o crescimento. Elas não são transparentes, o governo escolhe um setor visando à questão da concorrência e do crescimento econômico e vai fazendo adaptações.

Isso está relacionado com crise? WLQ – Sim, relacionado com as perspectivas da economia como um todo. O Brasil também está no meio da crise, tanto que o PIB caiu. Todo mundo está, até a China. Ao segurar a Europa e os Estados Unidos, se segura o mundo inteiro. Relativamente, nossa situação é muito melhor do que em outras crises. Temos um nível de reservas absurdo, estamos vivendo uma efervescência de consumo por causa do crédito, a agricultura se expandiu demais por causa das exportações, no setor A questão do ICMS é federativa. O mineral temos o pré-sal, mas estamos imposto é dos Estados, mas 25% da em crise, embora a situação esteja relativamente boa. O problema é receita pertence aos municípios. Por pular desse estágio para outro melhor.

isso, é tão difícil fechar um acordo. Ninguém quer perder.

É bom ou ruim atrelar a economia ao consumo? WLQ – É bom. Ela está muito relacionada com o crédito, com a retomada do crescimento, com o aumento e a manutenção do nível de emprego formal. É verdade, porém, que boa parte do consumo se dá por meio de produtos importados, e isso, se não é muito ruim, também não gera crescimento para a economia local. O problema maior é a falta de retomada dos investimentos. Por que se investe pouco? WLQ – O governo não consegue deslanchar o seu pacote de investimentos. O exemplo maior é o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que tem o recurso, mas não consegue executar. Há grandes problemas de gestão e até legais, como conseguir licenças ambientais. Essas várias questões travam a execução do investimento, mesmo que, muitas vezes, haja recurso. Os marcos regulatórios são outros obstáculos, pois impossibilitam investir em áreas que estão passando por mudanças. Cito como exemplo o setor de portos e aeroportos e, também, o de energia elétrica.

118

eletrolarnews

O setor privado vem investindo? WLQ – O setor privado está investindo, mas menos do que o governo. No entanto, é um investimento que está relacionado com perspectivas, com resultados futuros. Muitas vezes o projeto está pronto, mas, com dúvidas sobre o retorno, ele fica para o dia seguinte. É mais uma postergação do que um cancelamento de investimento.

O que o senhor espera deste ano? WLQ – Crescer 4% é a aposta para um cenário otimista, mas isso não ocorrerá em 2013. Acredito que toda a política será conduzida para levar a isso, uma vez que já temos o estímulo dos juros baixos e do câmbio desvalorizado, o que aumentou a competitividade dos exportadores. Mas, por outro lado, haverá pressão maior dos preços. Será preciso administrá-los, e isso é uma arte. Muitas vezes a política econômica é insuficiente, isto é, ela não resolve todos os problemas e, sozinha, não garante o desenvolvimento. De bola da vez o Brasil começa a ser questionado? WLQ – Existe o marketing político e a realidade. O Brasil tem potencial enorme e não é a questão de ser ou não a bola da vez. É algo para sempre. Basta olhar a sua dimensão, a quantidade de terras agriculturáveis, as reservas de água potável e o tamanho da população para o mercado interno de consumo. Mas ainda há muita coisa a ser feita. Há toda uma infraestrutura que os países desenvolvidos muitas vezes já fizeram e que aqui precisa ser preenchida no Brasil inteiro, e isso traz um potencial de crescimento enorme. A tendência é de crescimento sustentado nos próximos 30 anos.



VAR E JO

E-COMMERCE

VENDAS DA VIAVAREJO

MOVIMENTA R$ 24,12 BILHÕES CRESCERAM 6% NO QUARTO EM 2012 TRIMESTRE DE 2012

A

s vendas no comércio eletrônico cresceram 29% em 2012 no Brasil, movimentando R$ 24,12 bilhões. Os dados são do relatório da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), que também leva em conta as vendas em market places e de conteúdo digital. Os setores com o público-alvo feminino foram os que demonstraram maior crescimento nas vendas, como as categorias de roupas, acessórios, cosméticos e eletrodomésticos. O estudo também aponta que 9 milhões de brasileiros fizeram sua primeira compra online em 2012. A tendência é que a competitividade continue aumentando e que grandes varejistas brasileiros que não contam com loja online inaugurem uma em 2013, além dos investimentos de players internacionais no País, que devem continuar ao longo do ano.

SOLUÇÕES PARA O COMÉRCIO VAREJISTA

A

Motorola Solutions, provedora de serviços e soluções de comunicação, apresentou na 102ª Exposição e Convenção Anual da Federação Nacional de Varejistas (NRF), realizada em janeiro, em Nova York (EUA), novas soluções que ajudam os varejistas a prestar atendimento diferenciado ao consumidor. Entre os produtos estava a Série CC, que interconecta as experiências na loja, online e móvel do varejista e conecta os clientes aos vendedores para o atendimento imediato por meio de dispositivos como o MC40 e o SB2. A empresa apresentou, também, a infraestrutura LAN sem fio (WLAN), que serve de base para a conexão entre consumidores e vendedores, e soluções de autocompras com o novo MK3100, microquiosque multimídia que combina consulta de preço/inventário/capacitação/organização de funcionários.

120

eletrolarnews

A

s vendas brutas totais da ViaVarejo, controlada pelo Grupo Pão de Açúcar e que administra Casas Bahia, Pontofrio e Nova Pontocom, somaram R$ 7,591 bilhões no quarto trimestre de 2012, alta de 6,9% frente a igual período de 2011. Nas lojas abertas há mais de um ano, a receita bruta de vendas avançou 6% nos últimos três meses de 2012, em função do reposicionamento e da melhoria do sortimento de produtos das unidades do Pontofrio, assim como pela manutenção da redução do IPI. Em termos reais, considerando deflação da categoria de eletros e a inflação de móveis e colchões nos últimos 12 meses, o crescimento real foi de 7,9%. A Nova Pontocom, por sua vez, cresceu 5,1%, incluindo o atacado, como reflexo da orientação da companhia para rentabilidade em um período de elevada intensidade promocional da concorrência.

FÁBRICA DA KALUNGA

DEIXARÁ CAPITAL PAULISTA

A

Kalunga vai fechar sua fábrica localizada no bairro da Mooca, na capital paulista, e abrirá nova planta no município de Itaquaquecetuba, Região Metropolitana de São Paulo. O projeto faz parte do investimento de aproximadamente R$ 100 milhões, que inclui um centro de distribuição anexo. Recursos adicionais serão destinados à abertura de 20 lojas em cidades como Uberaba (MG), Cabo Frio (RJ), Vila Velha (ES), Goiânia (GO), Campos de Goytacazes (RJ), Salvador (BA), Recife (PE), Rio de Janeiro, São Paulo (capital e interior), além de Curitiba (PR) e Londrina (PR).



F E IR A - C O N SU M ER EL ECT R O N I CS S HOW 2013

Fotos: Divulgação

INTELIGÊNCIA

EM PRIMEIRO LUGAR A feira deste ano mostrou que a tendência para o futuro é de produtos totalmente integrados, os chamados inteligentes, que permitem ao usuário acompanhar o seu funcionamento do lugar onde ele estiver.

A

s maiores companhias de eletrodomésticos e eletroeletrônicos do mundo não economizaram espaço para apresentar suas novidades na Consumer Electronics Show (CES) 2013, realizada em Las Vegas, Estados Unidos, em janeiro último. Em estandes com mais de 1.500 m², mostraram ao mundo novos produtos e tendências daquilo que esperam incorporar ao seu portfólio nos próximos anos. Cerca de 20 mil lançamentos foram realizados por mais de 3 mil exposi122

eletrolarnews

tores, que ressaltaram uma importante tendência do segmento, ou seja, os eletrônicos domésticos ou voltados para o entretenimento, sem exceção, precisam estar conectados à internet. O futuro, no caso, já é o presente. Produtos inteligentes é o termo de ordem para os próximos anos, o que significa, por exemplo, eletrodomésticos totalmente integrados a smartphones e a tablets. Geladeiras, fogões, máquinas de lavar roupa, secadoras e aspiradores de

pó com sistema operacional Android foram expostos por muitas empresas na CES e algumas, como Samsung e LG, demonstraram aos visitantes como será a integração entre eles nas residências. No futuro, qualquer trabalho feito por um dos aparelhos acima poderá ser acompanhado pelo dono do produto de onde ele estiver. Neste ano, a CES não apresentou uma grande revolução, mas as empresas fizeram questão de mostrar o aperfei-


çoamento de produtos já conhecidos e conseguiram despertar o interesse de compradores e investidores. É certo que muitos deles ainda exigirão bom tempo para chegar ao varejo e ser acessíveis a um número maior de consumidores, mas o que importa, na CES, é mostrar avanços e sinalizar o futuro: televisores OLED (Organic Light-emitting Diode), Ultra HD 4K, smarts, tablets, smartphones, soluções em áudio e câmeras digitais.

TVs com telas curvas Televisores mais finos, leves, potentes, com telas curvas, que simulam o formato de modernas salas de cinema, e que consomem menos energia, tiveram destaque na CES 2013. A tecnologia OLED, presente há alguns anos em telefones celulares, avança lentamente para as te-

Integração com smartphones e tablets, com conexão à internet, é a principal tendência para a categoria de eletrodomésticos. las grandes, mas ainda pairam dúvidas sobre a sua popularização devido ao preço e à dificuldade de fabricação. Na feira, fabricantes anunciaram novidades na área, mas quase todos não adiantaram uma data precisa para a chegada dos produtos ao mercado. Afinal, a tecnologia LED, que oferece ótima qualidade de imagem, continuará dominante por ter fabricação mais barata. A LG apresentou o aparelho OLED, com 55” e tela curva, que começa a ser vendido nos Estados Unidos em março próximo. O produto é 3D e smart. A Samsung também mostrou uma TV OLED com tela curva de 55”, mas ainda sem data para ser comercializada. Em seu estande, a empresa destacou o maior aparelho Ultra HD, com 85”, estruturas de metal que permitem movimentar a tela para cima ou para baixo, processador de quatro núcleos, quatro saídas HDMI e comandos de voz.

Telas curvas em televisores, inovação apresentada na CES, devem se popularizar nos próximos anos. Panasonic e Sony, as duas grandes empresas japonesas, em grandes espaços, destacaram protótipos de televisores OLED com resolução Ultra HD 4K, duas tecnologias que pretendem ganhar a década. O televisor da primeira tem 56’’ e o da segunda, 55”. Ambos são muito parecidos. Ultrafinos, pesam cerca de 12 kg, têm espessura pouco superior a 1,5 cm e excelente clareza de cores. E a Sharp atualizou a sua linha da nova geração de TVs com modelos a partir de 60”.

Smartphones crescem de tamanho Se o mercado foi das pequenas telas por um bom tempo, chegou a hora de as grandes darem o troco. Na CES, fo-

ram apresentados smartphones com tela maior, semelhante à dos tablets. Denominados phablet, phonelet, tweener ou super smartphone, conforme a vontade do usuário, integram o segmento criado pela Samsung com seu Galaxy Note e podem determinar a maneira de consumir conteúdo. O fato real é que aumenta a cada dia o interesse por aparelhos que combinam o que smartphones e tablets têm de melhor. Na CES, a Huawei mostrou dois modelos: o Ascend Mate com tela de 6”, processador de quatro núcleos, Android 4.1 e câmera de 8 MP; o outro modelo, o Ascend W1, tem tela de 4” e vem equipado com Windows Phone 8 e proceseletrolarnews

123


F E IR A - C O N SU M ER EL ECT R O N I CS S HOW 2013

sador de dois núcleos. Outra gigante chinesa, a ZTE, deve lançar o Grand S, com tela de 5”. E a japonesa Sony levou para a feira o smartphone Xperia Z, também com tela de 5”, processador de quatro núcleos, câmera de 13 megapixels e suporte para rede 4G LTE, que rodará Android 4.1. Deverá chegar ao mercado ainda neste semestre. Sensível ao toque, o produto é resistente ao pó e pode ficar 30 minutos submerso a um metro de profundidade. A desenvolvedora inglesa de software Canonical anunciou a versão móvel de seu sistema operacional livre, o Ubuntu, para smartphones. Baseado em Linux, foi desenvolvido com partes do código-fonte do Android, incluin-

Smartphones com tela maior assemelham-se cada vez mais aos tablets. do recursos para o reconhecimento de hardware como câmeras, telas e leitores de cartões de memória. Tem capacidade, também, de conectar os aparelhos a periféricos como mouses, teclados e monitores. Os primeiros aparelhos com o Ubuntu phone OS serão comercializados no início de 2014 e irão concorrer num mercado dominado por rivais como Android, do Google; iOS, da Apple; e Windows Phone, da Microsoft.

Mudanças nos tablets É cedo ainda para afirmar que os tablets estão mudando de tamanho, mas a Lenovo apresentou um produto, o Horizon Table PC, com tela de 27”, que pode ser apoiado sobre qualquer superfície e permite que duas ou mais pessoas o utilizem ao mesmo tempo. Equipado com Windows 8, suporta até 10 toques simultâneos. Posicionada na vertical, a tela é um desktop sensível ao toque. E, voltada para cima, é um grande tablet. O aparelho chega ao mercado norte-americano em meados deste ano. A Samsung mostrou o modelo SUR40, de 40”, baseado em Windows Surface 2.0, que faz parte da marca Pisel Sense, da Microsoft. A Razer, por sua vez, apresentou o tablet Edge, que agradou, e muito, aos visitantes. Um dos primeiros modelos do dispositivo voltado para gamers, o produto tem configurações robustas para rodar os principais jogos do mercado. Também é possível conectar

124

eletrolarnews

joysticks USB e controles especiais para o tablet. A Panasonic colocou em evidência um tablet de alta resolução, com tela LCD de 20”, que incorpora recursos como escrita à mão. O produto é dirigido para os interessados em aplicações técnicas e pode exibir um papel A3 em tamanho quase natural. Pesa 2,2 quilos, tem bateria que dura cerca de duas horas e estará no mercado ainda este ano. Todas as funções, tamanhos e sistemas operacionais de tablets marcaram presença na feira. A Intel anunciou a Bay Trail, nova família de processadores para a próxima geração de tablets, que tem desempenho até duas vezes superior aos atuais e suporte a sistemas como o Windows 8 e o Android. Anunciou, também, a nova linha de processadores Intel Core para tablets híbridos e conversíveis, que têm como destaque o baixo consumo de energia. E a Vizio se destacou com o protótipo de seu primeiro tablet com um dos novos processadores Tegra 4, da NVDIA, que permite imagens em HDR processadas a cada 0,2 segundo contra dois segundos da atual geração.


I N S ID E

400 MILHÕES ENTRARAM BRASIL RECUA NA CLASSE MÉDIA NOS ÚLTIMOS 10 ANOS

NO MERCADO DE TECNOLOGIA

O

S

País perdeu espaço como exportador de produtos de tecnologia (celulares, notebooks e componentes eletrônicos). Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) mostram que a exportação brasileira nesse segmento caiu nos últimos 10 anos e foi ultrapassada por outros emergentes. O resultado é um déficit bilionário acumulado em um momento de explosão do setor, que movimentou globalmente US$ 1,8 trilhão em 2011, 4% acima dos números de 2010, cifra que representa 11% do comércio mundial e já superou as exportações agrícolas.

A OIT classifica a classe média com base na renda de US$ 4 a US$ 13 ao dia e não esconde que espera que esse novo segmento compense a queda no consumo nos países ricos. A América Latina e o Brasil são destaques. O aumento nos salários permitiu que a taxa de pobreza caísse de 44% em 2002 para 30,2% em 2012 na região. A classe média passou de 63% dos trabalhadores latino-americanos em 2001 para 78% em 2012. Na América Latina, o tamanho da classe média ficará praticamente inalterado nos próximos cinco anos, passando de 78% para 80%.

A receita da indústria de eletroeletrônicos no Brasil, entretanto, continua a crescer puxada exclusivamente pelo consumo interno. Em 2012, o segmento faturou R$ 145 bilhões, alta de 5% ante 2011, mas as exportações totais caíram 5%, segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). A categoria de celulares foi a que mais se retraiu nas exportações depois que a Argentina fechou seu mercado ao produto e diante da política cambial desfavorável da Venezuela. Em 2012, o Brasil exportou US$ 273 milhões em celulares, queda de 49% em relação ao ano anterior. O volume representa cerca de 10% do que era exportado em 2006.

egundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), nos últimos 10 anos, 400 milhões de pessoas passaram a fazer parte da classe média e, nos próximos cinco anos, pela primeira vez, mais de 50% dos trabalhadores em países emergentes não serão considerados pobres. Mas a entidade alerta que, diante da crise que insiste em permanecer nos países ricos e sua contaminação entre os emergentes, o ritmo de expansão da classe média nas nações em desenvolvimento poderá sofrer um freio nos próximos anos.

GRUPO MARTINS E

COMPUTADORES POSITIVO

T

er mais agilidade no atendimento ao cliente, apresentar o catálogo eletrônico de produtos e assegurar a assistência dos equipamentos foram os principais pontos que levaram o atacadista Martins a ampliar seu parque tecnológico com a aquisição de 500 netbooks Mobo 3G, da Positivo Informática, parceira do Grupo desde 2009. Atualmente, 2.400 equipamentos da marca Positivo são utilizados pela força de vendas presencial do Grupo Martins, composta por mais de 4.300 representantes comerciais autônomos, que utilizam equipamentos de última geração para dar mobilidade e agilidade ao processo de venda, informa a empresa.

126

eletrolarnews

MULTILASER APRESENTA O SOUNDCAR

U

m veículo equipado com as principais novidades da Multilaser leva até os lojistas a sua linha de som automotivo. O SoundCard é uma vitrine ambulante. Ao receber o veículo, o lojista confere os aparelhos em funcionamento. O veículo está equipado com alguns dos principais sons automotivos da marca, como o rádio Wave; o sistema de som all-in-one, com o Wide TV Digital com display LCD de 4,2”; o Class TV Digital; e o Explorer TV Digital.


I NS I DE

IPI DA LINHA BRANCA

E DE MÓVEIS COMEÇA A SUBIR

P

ra os eletrodomésticos da linha branca, a alíquota permanece menor do que a considerada normal pelo governo, mas será maior do que a vigorou até 31 de janeiro último. O aumento é gradativo, conforme cronograma já definido pelo governo em anúncio feito no final de dezembro de 2012. Até junho, serão cobradas alíquotas intermediárias. A partir de julho, as alíquotas normais voltarão a vigorar, exceto no caso das máquinas de lavar, cuja desoneração será tornada permanente. A alíquota considerada “normal” pelo governo era de 20%. Com a desoneração, o IPI será mantido em 10%. No caso dos móveis e painéis, a alíquota, que estava em zero, ficará em 2,5% até o final de junho, quando voltará ao nível normal. Para laminados (PET, PVC e alta resistência), a alíquota normal do IPI era de 15% e estava em zero com a desoneração. Agora, subiu para 2,5% e, em julho, voltará para 15%. Para luminárias, a alíquota passa de 5% para 7,5% e, a partir de julho, voltará para 15%. No caso do papel de parede, a alíquota normal de 20% caiu para 10% e permanecerá nesse patamar, segundo o governo.

BRASIL É O QUINTO PAÍS QUE MAIS CONTRATA

A

s contratações no Brasil tiveram em 2012 o melhor desempenho dos últimos três anos. Segundo o International Business Report (IBR), 42% das empresas que atuam no País admitiram trabalhadores no ano passado, acima dos 40% verificados em 2011. O contexto geral é de otimismo, apesar de situações pontuais, como o aumento do desemprego em áreas específicas da indústria. O mercado de trabalho aquecido colocou o Brasil como o quinto país que mais contratou no ano passado, entre 44 economias pesquisadas pela Grant Thornton – ao todo, foram entrevistadas 12,5 mil empresas. Entre os motivos que mantêm o mercado de trabalho aquecido, a pesquisa aponta o fortalecimento das classes emergentes – o que mantém a demanda por bens e serviços em alta – e as grandes obras de infraestrutura.

eletrolarnews

127


Fotos: Divulgação

L AN Ç AM E NT O

CLIQUE E

COMPARTILHE Samsung lança câmera 3G e promete revolucionar a forma como os consumidores fotografam *Igor Carvalho

G

raças aos smartphones, as pessoas ampliaram o hábito de fotografar e, instantaneamente, passaram a compartilhar esses momentos nas redes sociais. Se antes eles ameaçaram o segmento de câmeras digitais, agora os celulares inteligentes apontam um novo rumo para a categoria, que se reinventa e também incorpora, cada vez mais, conectividade às suas funções. Essa é a aposta da Samsung ao lançar no Brasil a Galaxy Camera, modelo que alia as características de uma câmera semiprofissional aos recursos oferecidos pelos celulares inteligentes, com rede 3G e plataforma Android 4.1. O que a companhia sul-coreana aponta como mais uma revolução no ato de 128

eletrolarnews

fotografar é a possibilidade de o usuário fazer fotos, filmar e compartilhar imagens e vídeos, em alta resolução, sem perder a qualidade das imagens ao disponibilizá-las na internet. “O celular é ótimo, mas uma câmera oferece resultados muito superiores. Juntamos as duas coisas, indo além do Wi-Fi”, explica Roberto Soboll, diretor de produtos de Telecom da Samsung Brasil. Outro recurso que assemelha o lançamento aos smartphones é a possibilidade de o usuário baixar qualquer aplicativo compatível com o sistema operacional que ele comporta. Equipada com lente angular de 23 mm, zoom de 21 vezes e 16 megapixels efetivos 1/23 BSI CMOS, a Galaxy Camera tem menu de recursos in-

teligentes, uma série de 15 modos e configurações-padrão que permitem a qualquer usuário tirar fotos com qualidade profissional seguindo as indicações que acompanham o produto. Basta clicar, editar e publicar no Facebook, Instagram ou em qualquer outra mídia social. “Os usuários costumam tirar a mesma foto com a câmera e o celular para poder publicá-la, e foi pensando nisso que identificamos uma oportunidade. As pessoas querem contar sua história através de imagens, e as redes sociais visuais têm exercido papel superimportante”, acrescenta Murilo Boccia, gerente de produto de Telecom da companhia. A edição de imagens também é possível por meio de um assistente de


foto e vídeo com 35 recursos que permitem a manipulação das imagens a partir da tela touch da câmera, de 4,8’’ e LCD HD. Sua capacidade de memória é de 8 GB, ampliável por meio de cartões micro SDSC, SDHC e SDXC de até 64 GB e pelo armazenamento em nuvem – mais um recurso proporcionado pela conectividade. A câmera é capaz de realizar fotos e vídeos simultaneamente.

Com algumas particularidades típicas dos produtos smart, como a possibilidade de upgrades, a câmera terá em breve atualizações que estarão disponíveis para downloads no Google Play. Entre elas, funções como a de controle do equipamento através do smartphone e seu acionamento à distância, também por meio do controle de voz. Embora chame a atenção dos heavy users de tecno-

Produto reúne as características de uma câmera semiprofissional às do smartphone da marca, o Galaxy SIII. Experiência Apresentada como uma das grandes atrações da IFA, em 2012, a câmera da Samsung já está disponível ao varejo nacional dois meses após seu lançamento global. Para mostrar as funcionalidades do produto, a empresa convidou um grupo de clientes, jornalistas e artistas para testar a câmera fotografando os parques da Disney, em Orlando, nos Estados Unidos. Essa experiência com o produto, segundo a diretora de marketing da Samsung Brasil, Paula Costa, será priorizada na divulgação da nova câmera. “Vamos dar muito suporte a isso no ponto de venda, pois a experimentação será fundamental para motivar a compra.” Fabricada em Manaus (AM), a Galaxy Camera, com opções nas cores branca e preta, tem o preço sugerido de R$ 2.199. O varejo de eletroeletrônicos, que nos últimos dois anos saltou de 35% para 55% de participação nos canais de venda de telecom da companhia, dividirá a comercialização com as operadoras de telefonia – cada vez mais alertas e atentas às novas oportunidades que surgem para diversificar os pacotes de serviços oferecidos aos usuários.

logia, Paula destaca as famílias como principal público para esse modelo. “Nossas pesquisas identificaram que as mães, por incrível que pareça, são as que mais precisam unir qualidade com conectividade – bem como as famílias de modo geral. Viagens e celebrações são bons momentos para o uso da câmera, pois elas querem registrá-los e correr para postar no Facebook”, acrescenta. *O jornalista viajou a convite da Samsung.

Grupo convidado pela Samsung para o lançamento

eletrolarnews

129


L AN Ç AM E NT O S P R O D U T O S

BIKELETE PATILETE

C

om motor dois tempos de 49 cc, a Patilete, patinete motorizada da Bikelete, chega como opção de lazer e também de transporte pessoal, pois conta com sistema de duas marchas semiautomáticas. A primeira marcha tem torque e força para encarar subidas, e a segunda atinge velocidade de até 50 km/h, informa a empresa. Vem com banco, que pode ser removido para ser pilotada em pé, e é portátil, cabe num porta-malas. Faz 65 km por litro de gasolina e leva uma pessoa de até 100 kg com idade mínima de 12 anos.

BRITÂNIA

CALOI

LIQUIDIFICADOR LQ PRO

CALOI 300

A

empresa lança no mercado uma nova linha de bicicletas, a Caloi 300. O modelo está disponível na versão prata para os homens e em duas novas cores para as mulheres: preta fosca com rosa pink e preta fosca com rosa nude. A Caloi 300 possui câmbio Shimano com 21 velocidades, quadro em alumínio com design exclusivo, canote do selim com suspensão para absorver mais impactos e mesa com guidão de ajuste de inclinação.

U

ma das novidades da Britânia é o liquidificador LQ PRO, modelo 2 em 1, pois vem acompanhado de processador. Possui quatro velocidades, função autolimpeza + pulsar, copo com quatro lâminas de aço inox e 1,5 litro de capacidade para o liquidificador e duas lâminas e 650 ml para o processador. Vem com filtro, tampa com sobretampa e está disponível na cor preta, em 127 V e 220 V.

DAKO

MICRO-ONDAS 18 L

N

ovidade em sua linha de produtos, o micro-ondas Dako, 18 litros, tem design clean e 10 níveis de potência, com ajuste preciso para cada receita. Além das funções timer, reset e descongelamento rápido, vem com seis receitas pré-programadas, para aquecer e preparar em um único toque alimentos como pipoca, batata, pizza e congelados. Disponível em branco, em 127 V e 220 V.

130

eletrolarnews


ETERNY

MICRO SYSTEM ET28008AB

C

om design moderno e compacto, o micro system tem função karaokê e pode ser conectado à televisão. Possui entrada USB, rádio FM, leitor compatível com diversas mídias, potência total de 50 W RMS e função ripping, que permite transferir músicas de um CD de áudio diretamente para um pen drive. Vem com controle remoto.

EQUIPO

FONE DE OUVIDO SOFT GLOVES

O

fone de ouvido Soft Gloves integra a linha iTeam, da marca Waldman. O aparelho tem design anatômico e exclusivo e traz o emblema de um destes 11 times do futebol brasileiro: Atlético Mineiro, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Internacional, Palmeiras, Santos, São Paulo e Vasco. O fone de ouvido tem alças retráteis, cabo estéreo com 1,20 m e é compatível com iPod, iPhone e iPad.

FULL FIT

ADEGA TERMOELÉTRICA

A

Full Fit apresenta a adega termoelétrica para oito garrafas da marca Dynasty Eletro. O modelo tem design moderno e clean, quatro prateleiras, painel frontal e porta na cor vermelha. Mede 49,5 x 26 x 49,5 cm (AxLxC) e pesa 11,100 kg. Disponível em 127 V e 220 V.

eletrolarnews

131


L AN Ç AM E NT O S P R O D U T O S

MOTOROLA

TELEFONE DIGITAL SEM FIO GATE4800BT

O

aparelho tem dispositivo Bluetooth, que permite registrar até dois celulares para receber e realizar chamadas pelo telefone fixo. É possível utilizar o produto como extensão do celular. O modelo tem design diferenciado, identificador de chamadas, viva-voz, visor e teclados iluminados em azul. Dispõe da tecnologia Multi Ramal Digital (DECT 6.0): com apenas uma linha telefônica, o usuário pode adicionar à base até quatro ramais GATE4800-R e distribuí-los pela casa.

MULTILASER

MP3 BOOMBOX

O

PHILCO

TV LED

A

Philco apresenta a nova TV Backlight PH29T21D, modelo de 29”, com tela de LED extrafina, entradas VGA para conexão com o computador e duas HDMI, que proporcionam áudio e vídeo com qualidade de cinema, destaca a empresa. Vem com dois jogos na memória, bloqueio por idade ou conteúdo dos programas (exclusivo para recepção de TV digital) e entradas USB para reproduzir filmes, músicas, fotos e textos. É bivolt e tem controle remoto.

MP3 Boombox, sistema de som 5 em 1, tem potência de 15 W RMS e conexões compatíveis com a maioria dos dispositivos eletrônicos, como iPods, tablets, notebooks, cartões de memória e pen drives. O aparelho sintoniza rádio FM com sintonizador digital giratório e autobusca, função que localiza e memoriza automaticamente as rádios locais. É bivolt, tem display digital e saída P2 3.5 mm para fone de ouvido.

STEAMMAX

MINI FORNO ELÉTRICO E PIZZA

C

om 1.000 W de potência, o miniforno possui 30 cm de diâmetro e base giratória para o preparo de carnes, legumes e pizzas. Dispõe de seletor para ajuste de temperatura até 250 ºC, timer de 30 minutos com desligamento automático e duas resistências (inferior e superior). Vem com tampa basculante com saída de ar quente, visor de vidro temperado, resistente ao calor, que possibilita o controle do alimento durante o preparo, e alças laterais.

SUZUKI ELETRO GRILL SZ-3K076BO

A

Suzuki apresenta um produto versátil, prático e de fácil limpeza. Pode ser utilizado para grelhar, fritar, assar, gratinar, tostar, cozinhar e manter o alimento aquecido, com total controle sobre sua temperatura. O grill tem 1.600 W de potência, dispõe de dois andares, com chapas antiaderentes e uma de pedra, e oito peças para preparar racletes. Está disponível em 127 V e 220 V.

132

eletrolarnews


VITALLYS PLUS

ESCOVA DENTAL ELÉTRICA VRT-1

A

escova dental elétrica da Vitallys Plus VRT-1 tem design moderno, controle manual e três modos de operação: massagem nas gengivas, limpeza em áreas sensíveis e escovação. Dispõe de auto timer e alerta para troca do local de escovação. É fácil de usar e é à prova d’água. Vem acompanhada de três cabeças de escova dental, em cores variadas. É bivolt.

WAP

LAVADORA DE ALTA PRESSÃO

C

ompacta e potente, a WAP Valente possui motor universal de 1.650 W e pressão de 1.750 libras, lanças com bico turbo e bico regulável, que auxiliam na limpeza de sujeiras mais pesadas em grandes áreas, destaca a empresa. Dispõe de sistema stop total, que corta o fluxo de água e a energia do motor ao soltar o gatilho, e vazão de apenas 360 l/h. Vem com rodas, alça e suporte de pistola e cabos.

eletrolarnews

133


MOV IM E N T O

NETWORK1 Carlos Carnevali Jr. é o novo diretor-executivo da divisão corporativa da Network1. Com mais de 18 anos de experiência no mercado de TI e Telecom, trabalhou em empresas como First Tech, Multirede e Cisco. É graduado em engenharia eletrônica pela Universidade Mackenzie, com pós-graduação em administração de empresas pela FGV e MBA pela Fundação Dom Cabral.

BEMATECH Paulo Eduardo Guimarães assume como executivo de desenvolvimento de negócios, cargo novo na Bematech. Com experiência de 12 anos na área de soluções para o varejo da IBM, Guimarães é graduado em engenharia eletrônica, com especializações em administração de empres as, pro cess os empresariais e distribuição, com MBA executivo e na área de varejo.

ORACLE O executivo Gustavo Rabelo assumiu a vice-presidência de Vendas para o Setor Público da Oracle do Brasil. Formado em tecnologia de processamento de dados pela UniCEUB, com MBA em gestão empresarial pela Fundação Dom Cabral, tem mais de 15 anos de experiência e atuou na IBM Brasil, onde ocupou as diretorias de Cidades Inteligentes e Relações Governamentais.

XEROX O vice-presidente executivo e CFO da Xerox, Luca Maestri, deixará a empresa no final de fevereiro para assumir a função de controller corporativo na Apple. Em comunicado, a CEO da Xerox, Ursula Burns, informa que a empresa fará uma busca externa por 134

eletrolarnews

um novo diretor-financeiro e que Maestri ajudará na transição antes de deixar a companhia.

VISA Adrián Farina assume como diretor-executivo de marketing da Visa para a região da América Latina e Caribe. O executivo comandará as ações da Visa para a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 e os Jogos Olímpicos Rio 2016. Graduado pela Universidade de Palermo, Argentina, tem mais de 18 anos de experiência em marke-

ting na América Latina nas áreas de bens de consumo e já atuou nas empresas Saatchi & Saatchi, Procter & Gamble e Pizza Hut.

LIDER TELECOM Fabio Abreu é o novo CEO da Lider Telecom, empresa integradora de serviços de telecomunicações. O executivo assume a presidência da companhia após 12 anos de trabalho na Telefonica/Vivo. É graduado em engenharia de telecomunicações pelo Inatel, com MBA em gestão empresarial pela FGV-SP.


MATÉRIA ESPECIAL TABLETS

MATÉRIA DE CAPA BALANÇO

Vendas continuarão aquecidas este ano.

All Nations Dexcom Epson Integris K-Mex Maptec Maxprint Megaware

Pág . 136

VITRINE ESPECIAL Tablets Pág . 142 LANÇAMENTOS

Pág . 144

147 148 149 150 151 152 153 154

Multilaser NewLink One For All Opeco Positivo Informática SND Space BR

155 156 157 158 159 160 161


T I-E LE T R O L A R N EW S - M AT ÉR I A ES P EC I AL - TAB LETS

OS MAIS

DESEJADOS

Os tablets bateram recorde de vendas em 2012 e criaram diversas oportunidades de negócios devido ao fascínio que exercem sobre os consumidores. E o que esperar do futuro da categoria? Igor Carvalho

Q

uando os primeiros tablets surgiram no início da década, com o lançamento do iPad pela Apple, nem as previsões mais otimistas foram capazes de antever o impacto que o produto causaria no mercado de eletroeletrônicos. Ao possibilitar que os consumidores tivessem acesso à internet ou a conteúdos digitais facilmente à mão, eles entraram para a lista de desejos dos brasileiros e, cada dia mais, ocupam espaço maior na vida das pessoas.

136

eletrolarnews

Desde a chegada do primeiro tablet ao mercado, o número de fabricantes que incluiu o produto em seu portfólio cresceu exponencialmente. De acordo com a consultoria GfK, as marcas que oferecem esse gadget aumentaram em 75% no ano passado em relação a 2011 e foram responsáveis pelo crescimento de 180% no número de modelos disponíveis no mesmo período. Essa reação do mercado é consequência da procura pelo produto. No acumulado de 2012, as vendas da categoria

avançaram 223% em unidades. Com esse índice, o País conquistou a 10 a colocação no ranking global de comercialização. “O desempenho de 2012 foi bastante positivo e espelhado no crescimento mundial, pois o produto se adequou bem aos anseios das classes B e C”, diz Reinaldo Paleari, gerente de produtos da Multilaser. O comportamento das vendas deve seguir os mesmos passos dos smartphones, que atingiram


Fotos: Divulgação/Roberto Assem

crescimento anual de 100%, avalia Ricardo Araújo, gerente de produto de telecom da Samsung. “A vantagem dos tablets é que eles têm apelo maior, devido ao conforto do manuseio associado à tela grande, e proporcionam melhor experiência de consumo de conteúdo”, acrescenta o executivo da companhia sul-coreana.

Conquistado pelo bolso Uma categoria nova, com índice de penetração nos domicílios ainda

consumidores”, afirma Ricardo Malta, diretor comercial e de marketing da DL. A companhia, que entrou na categoria em 2011, fechou o ano passado com a comercialização de 1 milhão de dispositivos. “A isenção de PIS/Cofins para computadores, tablets e smartphones produzidos no Brasil, atendendo às exigências do Processo Produtivo Básico (PPB), possibilita que os produtos sejam vendidos a preços mais compe-

Vendas de tablets cresceram 223% em volume no ano passado. Mercado deve permanecer aquecido em 2013.

muito pequeno, tende a apresentar desempenho robusto, mas a instituição da Medida Provisória do Bem (MP nº 252) foi fundamental no caso dos tablets, pois baixou significativamente os custos de produção e possibilitou a criação de um mercado com preços mais competitivos e acessíveis à classe média, com apetite voraz para o consumo, além de evitar a formação de um mercado pirata. A crescente oferta de modelos e marcas, como demonstra a GfK, trouxe redução de 59% no preço médio da categoria. “O tablet já faz parte do dia a dia do brasileiro. A cada minuto, são vendidas cinco unidades no País. As classes C e D são as que mais compram. Elas gostam de ter os lançamentos tecnológicos, e a melhora do poder aquisitivo, juntamente com os preços mais acessíveis, contribuiu para que o dispositivo caísse no gosto dos

Reinaldo Paleari, gerente de produtos da Multilaser

titivos, e isso agiliza a chegada dos equipamentos tecnológicos a um número cada vez maior de brasileiros”, explica Maurício Roorda, vice-presidente de produtos e procurement da Positivo Informática, que lançou a sua linha Positivo Ypy em 2011.

Tablet é status “Hoje em dia, o produto está associado a status, e o bom desempenho da categoria é reflexo dessa questão aspiracional. Além disso, se o consumidor testar um tablet por 15 minutos, ele se renderá. É muito prático. Se o usuário souber utilizá-lo, o retorno é alto, tanto que está se tornando um produto cada vez mais indispensável”, justifica Elcio Hardt, gerente de produtos da AOC.

Tablet Diamond

O mercado acredita que as vendas de 2013 serão tão robustas quanto as do ano anterior. “Ao considerar que foram comercializadas mais de 2 milhões de

eletrolarnews

137


T I-E LE T R O L A R N EW S - M AT ÉR I A ES P EC I AL - TAB LETS

DroidTV

Everest

Ricardo Malta, diretor comercial e de marketing da DL

O produto é símbolo de status, razão que o leva a ser objeto de desejo de todas as classes sociais.

Galaxy Note 10.1

unidades em 2012, com aumento agressivo sobre 2011, acreditamos no avanço e popularização desses devices”, diz Francisca Siebra, gerente de marketing da Space BR, que entrou para a categoria há um ano e prepara lançamentos para 2013. “Os brasileiros estão muito mais conectados, as pesquisas comprovam isso. Os tablets permitem, com dinamismo, acesso à navegação web e às redes sociais, entre outras funções. Isso vai influenciar o mercado”, complementa. A expansão das vendas acompanha a nova percepção do consumidor em relação ao produto e à sua utilização, tanto que alguns consumidores sequer sabiam como operar o equipamento. “Em nosso SAC, estimamos que 75% das ligações recebidas se devem ao fato de os usuários não saberem utilizar o tablet. Em alguns

138

eletrolarnews

casos, eles não possuem banda larga em casa e reclamam que o produto não funciona”, conta Malta, da DL. Caso semelhante é relatado por Hardt, da AOC, que frequentemente é consultada por usuários questionando como instalar o pacote Office no aparelho. Essa desinformação começa a mudar, segundo Araújo, da Samsung. “O consumidor não só está mais informado, como existe um portfólio amplo para atender a todos os públicos. Temos desde modelos mais simples até os mais avançados, assim como no caso dos smartphones”, diz. Entre os diferentes segmentos do produto, a GfK aponta que os modelos na versão Wi-Fi correspondem a 70% das unidades vendidas de janeiro a novembro de 2012. Em termos de receita, tiveram participação de 46% no período.


Batalha no varejo Com a demanda aquecida, os fabricantes partem para a briga, e o ponto mais sensível nessa disputa é a carteira do consumidor. O crescimento do mercado trouxe empresas que até então não tinham histórico na área de eletrônicos para esse filão. “Se o preço é muito barato, desconfie, pois isso pode trazer má experiência ao usuário. Se tirar algum componente, o fabricante pode reduzir até US$ 5 por produto. O preço agressivo, mas a experiência não muito satisfatória, ainda mais que muitos fabricantes não deixam claro as limitações do produto, acabam frustrando o consumidor”, denuncia Hardt, da AOC.

Maurício Roorda, vice-presidente de produtos e procurement da Positivo Informática

Ypy 7

Positivo Ypy 10

Diversos lançamentos estão programados pela indústria com o intuito de conquistar maior participação nas vendas. A AOC, cujos produtos se mantêm em uma faixa intermediária de preço (a partir de R$ 599), lançará tablets ainda no primeiro semestre deste ano, além de renovar os modelos atuais, que ganharão processador Duo-Core – entre estes, os da linha Breeze, que têm tela multitoque capacitiva de 7’’, no caso da versão MW0711 BR, e de 9’’, na MW0922 BR, conectividade Wi-Fi (e por Bluetooth no segundo aparelho) e sistema operacional Android 4 (Ice Cream Sandwich). A Space BR não antecipa as novidades, mas sua linha se enquadra na categoria denominada como popular (a partir de R$ 409), que inclui três versões do produto de 7’’, 9’’ e 9,7’’, com sistema operacional Android. Na mesma faixa de preço estão os modelos da DL, que se diferenciam por funcionalidades: o tablet A7 Plus oferece três opções de conexão, Wi-Fi, 3G externo e via cabo RJ45, que liga o aparelho direto ao modem; o DroidTV, de 7”, permite ao usuário as-

Elcio Hardt, gerente de produtos da AOC

MW0711 BR

MW0922 BR

eletrolarnews

139


T I-E LE T R O L A R N EW S - M AT ÉR I A ES P EC I AL - TAB LETS

Com a expectativa de atingir a venda aproximada de 1,3 milhão de tablets este ano e mais que dobrar o desempenho de 2012, a Multilaser acredita que o mercado brasileiro tem muito a crescer, pois não foi atendida toda a demanda, principalmente de produtos com mais features. “Estamos investindo em tela capacitiva de vidro, de maior durabilidade, processador Duo-Core, resolução HD e mais memória”, conta o gerente de produtos da empresa. Paleari antecipa ainda que as versões M5 e M10, já com processador Duo-Core, chegam a partir deste mês. O primeiro modelo, de 5’’, recebe dois SIM cards e será um híbrido de tablet com smartphone. Francisca Siebra, gerente de marketing da Space BR

sistir a diversos canais de TV Digital; e o Everest, cujo design é ultrafino, com bordas de 0,6 cm de espessura.

Brasileirinho

Space Tablet 7’’

Space Tablet 9.7’’

140

eletrolarnews

Particularidades como as apresentadas pelos modelos da DL caracterizam o tablet nacional e visam atender às particularidades dos consumidores locais. A Positivo Informática, por exemplo, investiu em aplicativos com conteúdo em português como mais um diferencial competitivo, junto com telas que se adequam a variados perfis de usuários. “Estudamos o comportamento do brasileiro e constatamos que existe um público diversificado interessado em fazer parte desse novo universo. Para quem busca portabilidade e discrição, oferecemos o Ypy 7, de 7’’, com destaque para as mulheres, que podem carregar o tablet na bolsa, e o público jovem, que leva o dispositivo de casa para a aula. Para os adultos, que preferem manusear tela maior, temos o Positivo Ypy 10, com 9,7’’, que possibilita ler e editar arquivos com mais facilidade”, diz Roorda.

O que mais se debate sobre o futuro dos tablets é esse formato que associa funções de outros gadgets. “Vivemos em um momento de convergência em que um único dispositivo vai fazer várias coisas. É difícil prever como será esse mercado, mas, com o aumento da capacidade de processamento, o barateamento dos custos de memória, a ampliação do potencial de conectividade e a nuvem, tudo isso abre um gigantesco mundo de possibilidades”, diz Araújo, da Samsung. Outra questão que sempre surge é a possibilidade de os tablets engolirem outras categorias, como a de notebooks e a de desktops. A indústria acredita que elas conviverão por muito tempo, pois os tablets ainda não oferecem o conforto de um teclado, mouse ou touchpad e nem especificações para a geração de conteúdo. Esse cenário, entretanto, começa a ser modificado com o lançamento do Galaxy Note 10.1, da Samsung, no ano passado. Com desempenho equivalente ao de um PC, tem recursos que possibilitam mais criação de conteúdo graças à S Pen – caneta com 1.024 níveis de sensibilidade para acessar e criar conteúdo por meio de escrita natural no dispositivo.



T I-E LE T R O L A R N EW S - VI T R I N E ES P EC I AL - TAB LETS

ACER

ADAMITEC

CCE

O

O

O

ICONIA W700

tablet Cyborg 3G Mormaii, marca da Adamitec, possui display de 7”, touch screen capacitiva, sistema operacional Android 4.0, processador Box Chip 1 GHz, memória de armazenamento 8 GB, RAM 1 GB e leitor de cartão até 32 GB. Dispõe de conectividade Wi-Fi, Bluetooth e 3G e bateria íon de lítio de 2600 mAh. Vem com cabo USB, fone de ouvido e recarregador.

tablet Motion T733 é compacto, possui tela de 7” de alta resolução, multitoque cinco pontos, câmera frontal e traseira de 2 MP e suporte de vídeo HD 1080 p. Com sistema operacional Android 4.0, memória flash de 4 GB e interna de 512 MB, traz diversas funcionalidades e está disponível em rosa e preto.

DELL

LEADERSHIP

MAPTEC

O

O

C

Latitude 10 é o primeiro tablet da marca Dell com Windows 8, voltado ao mercado corporativo. Tem design ultrafino, tela sensível ao toque de 10,1”, multicapacitiva, com tecnologia IPS, vidro Gorilla Glass, processador dual-core Atom de 1.8 GHz, memória RAM de 2 GB e armazenamento SSD de até 128 GB. Dispõe de porta USB, leitor de cartão SD, conector de docking station e entrada combinada de fone de ouvido estéreo e microfone. eletrolarnews

MOTION T733

modelo Iconia W700 adiciona o desempenho do notebook à praticidade de um formato portátil por meio dos processadores Intel® Core™ i3, informa a Acer. Conta com bateria de até 8 horas de duração, câmera traseira e frontal, conexões USB 3.0 e micro HDMI. O tablet vem acompanhado de base para mesa e teclado Bluetooth.

LATITUDE 10

142

CYBORG 3G MORMAII

LEADERPAD MOBILE

LeaderPAD Mobile (7072), atualizado com a nova versão do Android 4.0, tem 8 GB de memória interna, Wi-Fi, câmera de 1.3 megapixels frontal, microfone embutido e tela de 7’’ LCD TFT capacitiva de cinco pontos de toque e sensor de gravidade. Conta com entradas para fone de ouvido, USB e cartão de memória micro SD, além de bateria de até 10 horas de duração. Vem acompanhado de case e earphone.

GPS TABLET GUIA QUATRO RODAS

om tela capacitiva de 5.0”, o GPS Tablet Guia Quatro Rodas 5.0” Connect tem processador de 1 GHz, memória interna de 4 GB, sistema operacional Android 4.0.3, acesso à internet via Wi-Fi e 3G. Como mostra o nome, o modelo possui o conteúdo exclusivo do Guia Quatro Rodas, navegador com alerta de radares, mais de 2 milhões de pontos de interesse, 1.403 cidades mapeadas e acima de 4 mil cidades de referência.


MICROBOARD

MOTOROLA

MXT INDUSTRIAL

O

A

A

PHASER

PHILCO

TABLET PHILCO 7”

US TECHNOLOGY

TITAN PC7010B

C

C

A

ELLITE TABLET

modelo tem tela multitoque de 9,7”, sistema operacional Android 4.0, processador Boxchip A10, 1.0 GHz, memória flash de 16 GB, RAM 1 GB DDR3 e processador gráfico Mali-400 integrado. Conta com câmera frontal e traseira, acelerômetro, conectividade wireless b/g/n, bateria de 6.000 mAh, entradas mini HDMI, mini USB e cartão de memória. Seu acabamento é em alumínio nas cores prata, azul, rosa e vermelho.

KINNO PLUS

om tela capacitiva de 7” sensível ao toque, o Phaser Kinno Plus possui o sistema operacional Android 4.0, memória interna de 4 GB, expansível para 32 GB através do cartão SD, memória RAM de 512 MB, Wi-Fi e 3G. Dispõe de câmera frontal 2 MP, sensor G, conexões mini HDMI, fone de ouvido, USB e OTG.

XOOM 2 MEDIA EDITION I-MXT

marca apresenta o XOOM 2 Media Edition, tablet com display HD de 8,2” Corning® Gorilla® Glass, processador dual-core de 1,2 GHz, Android 3.2 Honeycomb, memória 1 GB de RAM, armazenamento de 32 GB e suporte para micro SDHC até 32 GB. Possui duas câmeras, frontal de 1.3 MP e traseira de 5 MP, conectividade Wi-Fi, 3G, GPS, Bluetooth, saídas micro HDMI, micro USB e conector de áudio 3,5 mm.

om tela 7” capacitiva TFT múltiplos toques, o tablet da Philco tem processador Rockchip 2918 dual córtex A8 1 GHz, sistema operacional Android 4.0 com suporte a Adobe Flash 10 e 10.2, gráficos 3D Open GL 2.0, memória 1 GB DDR3 e armazenamento 8 GB SSD. Dispõe de webcams frontal e traseira integradas, entrada mini USB, cartão micro SD, USB 2.0, mini HDMI, Sensor G e microfone embutido.

MXT Industrial apresenta o i-MXT, terminal móvel de dados com tela antirreflexiva de 7” e touch screen. Dispõe de sistema operacional Android, rastreador interno, memória de armazenamento de 512 MB, RAM de 1 GB, alta conectividade (Wi-Fi, 3G, USB e RJ-45) e transceptor 2.4 GHz (IEEE 802.15.4 - zigbee). Possui entrada para SD Card até 32 GB, porta CAN Bus 2.0 B e integração com Modem Satelital. Vem com case robusto e caneta.

US Technology, proprietária da marca Titan, apresenta o tablet Titan PC7010B, com processador Rockchip 2918 duplo córtex A8 em 1.0 GHz, memória DDR3 1 GB e interna de 8 GB ou 16 GB, expansível até 32 GB com cartão micro SD. Possui Dual Camera, tela 7” capacitiva, sistema operacional Android 4.0, conexões HDMI, USB 2.0 e Wi-Fi 802.11 b/ g/ n.

eletrolarnews

143


T I-E LE T R O L A R N EW S - L A NÇA M ENTOS

A4 TECH

WEBCAM PK-810G

A

A4 Tech, representada no Brasil com exclusividade pelo Grupo Coletek, traz ao mercado a nova linha de webcam PK-810G, em diversas cores. O modelo tem 16 MP de resolução, sistema Anti-Glare, que corrige os defeitos de imagem por excesso de brilho, e recurso anti-aliasing, que proporciona transmissões de vídeo nítidas e sem atrasos. É plug and play, vem com microfone embutido e base com haste flexível. Compatível com Windows e Mac.

ALCATEL ONE TOUCH

CELULAR ONE TOUCH 639 TRIBE

ALL NATIONS

C

om tela de 2.0”, o novo aparelho é dual chip, GSM Quad Band (850/900/1800/1900), tem TV analógica, MP3 e câmera 2.0 MP. Possui teclado Qwerty, chipset MTK MT6250, CPU de 260 MHz, EDGE, Bluetooth 2.1 A2DP, Wi-Fi 802.11b/g/n, WAP 2.0/xHTML, organizador pessoal com até 300 contatos e gravador de voz, entre outras configurações. Com design moderno, é apresentado nas cores branca e preta.

ALLIED

DECO MINI TRI SIM

HD INTERNO WD RED™

A

linha WD Red™, fabricada pela Western Digital e distribuída pela All Nations, foi projetada para pequenas empresas e home offices, sistemas NAS de baias 1 a 5. Tem baixo consumo de energia e garantia de três anos. O sistema NAS trabalha com alta capacidade de armazenamento de informações em nível network/rede. Seu principal foco está nas empresas com vários computadores trabalhando em conjunto, ligados à rede. Conta, também, com as linhas de HDs internos: WD Green™, com capacidade entre 500 GB e 3 TB; WD Blue™, de 80 GB e 1 TB; e WD Black™, de 500 GB a 3 TB.

A

Allied, distribuidora exclusiva da BLU Products, apresenta o celular Deco Mini 3, modelo Tri chip. O aparelho vem equipado com teclado Qwerty, Quad Band, display 2,0”, tem câmera 1.3 MP com zoom digital de 8x e resolução de 1280 x 1024 pixels, viva-voz integrado, tempo de conversação de oito horas e bateria 820 mAh. Dispõe de MP3 player, rádio FM, Bluetooth e slot para cartão de memória expansível até 8 GB. Disponível em preto e azul e preto e rosa.

144

eletrolarnews

INTEGRIS

N

MOCHILAS

este primeiro trimestre, a Integris tem novas mochilas. Duas contam com design esportivo, compartimento acolchoado para notebook de até 15,6”, bolsos frontal e laterais, saída para fone de ouvido e alças posteriores com ajuste de altura, como as NB 1072 e NB 1061. Já o modelo NB 1062, fabricado em náilon, tem carrinho, costuras reforçadas, compartimento interno para notebook, bolso frontal com divisões, alças posteriores com ajuste de altura e uma superior. Está disponível em preto, com o bolso da frente em cinza.


INTELBRAS

CELULAR FIXO CS 5140

A

Intelbras lança o primeiro celular fixo GSM sem fio do País. Desbloqueado, é indicado para quem mora em locais com baixa recepção de sinal, onde a telefonia fixa não chega, ou quer aproveitar os pacotes econômicos de operadoras, informa a empresa. O aparelho amplifica o sinal em até duas vezes e meia, proporciona maior cobertura de sinal e disponibilidade de comunicação, utiliza chip na base e é compatível com antena externa. Tem as funções viva-voz, agenda telefônica, registro das últimas chamadas e identificador. Também recebe e envia mensagens de texto – SMS (função que depende do plano e da disponibilidade de operadora).

IWILL BRASIL CAPAS TURMA DA MÔNICA

O

s cases para iPhone, licenciados da Turma da Mônica®, lançados pela Iwill Brasil, foram desenvolvidos pelo estúdio Mauricio de Sousa Produções®. As capas temáticas trazem os personagens Mônica, Cascão, Magali, Cebolinha, Bidu, Horácio, Mingau e Sansão. Vêm com película para tela, como brinde. Inicialmente, são 11 modelos. Em breve, a empresa lançará capas para toda a linha de tablets e smartphones do mercado.

eletrolarnews

145


T I-E LE T R O L A R N EW S - L A NÇA M ENTOS

MACALLY

CASES COM ACOPLAMENTO MAGNÉTICO

O

novo estojo protetor da Macally, disponível em dois modelos, MagCover3F e MagCover3M, é produzido em couro sintético premium, possui forro interior para proteção do iPad e acoplamento magnético, que facilita a remoção do aparelho e ajuste dos ângulos de visualização. O produto conta com capa magnética que bloqueia automaticamente o iPad quando fechado e não danifica a tela touch screen.

MOTOROLA SOLUTIONS

COMPUTADOR MÓVEL HC1

A

Motorola Solutions apresenta HC1, computador móvel que dispensa o uso das mãos. O dispositivo oferece visão equivalente a uma tela de 15”, além de tecnologia de movimento com a cabeça e reconhecimento de voz. Tem acessórios opcionais que potencializam a produtividade dos trabalhadores, como a câmera para transmitir imagens ou vídeos. Projetado para atividades em campo, o computador móvel é útil em ambientes onde o acesso a dados é necessário e a utilização de laptop ou de dispositivo portátil é impraticável, sem que a visão seja obstruída.

MOVE1

MDX TELECOM BATERIA EXTERNA UNIVERSAL

A

divisão de acessórios da MDX Telecom apresenta uma das novidades da marca iTrend: a bateria externa universal com supercarga, que recarrega smartphones (100% até 4 vezes) e tablets (até 2 ou 3 vezes), entre outros produtos. A bateria tem 7.200 mAh, saída de 1.000 ou 2.100 mAh, vida útil de 500 ciclos e pesa 212 g. Vem acompanhada de cabo mini USB e recarrega totalmente em 11 horas.

PASTA PROTETORA TRUST

A

Trust, marca de acessórios para computadores, tablets e smartphones, distribuída no País pela Move1, anuncia a chegada de novos produtos. Uma das novidades é a linha de acessórios para mini iPads, como a pasta protetora com caneta e suporte de visualização incorporado. O modelo tem forro macio, vários ângulos de visualização, aberturas para botões e câmera, além de fecho magnético. A garantia é de três anos.

OPECO

RÁDIO RELÓGIO DGD21J

MULTILASER VIVA-VOZ AUTOMOTIVO BLUETOOTH

C

om 7 horas de autonomia para a conversação e até 30 dias em modo de espera, sem necessidade de recarga da bateria de lítio, o Viva-voz automotivo da Multilaser é compatível com todos os celulares e tablets do mercado com a tecnologia Bluetooth. Tem design moderno, presilhas para prender no quebra-sol e botões para atender/desligar e controlar o volume das chamadas.

146

eletrolarnews

A

Domani, marca própria da Opeco, apresenta o rádio-relógio DGD21J, aparelho com alimentação por bateria interna via conexão USB e entrada para cartão de memória. Possui sintonia digital de rádio FM com memória para 20 estações, visor em LCD, controle digital de volume, funções timer e soneca, entrada auxiliar para reprodução de áudio de equipamento PC, laptop e MP3 players, e saída de áudio em som estéreo com potência de 6 W RMS.


TI

TI

ALL NATIONS Marcos Coimbra, presidente

Balanço de 2012

Produtos lançados

Foi um ano em que implantamos muitas mudanças internamente, ajustamos processos e ferramentas para nos adaptarmos ao novo perfil de distribuidor que o mercado procura. Investimos em novas parcerias, fortalecemos o foco em nichos diferenciados de negócios e iniciamos ações de relacionamento para aperfeiçoar a fidelidade do canal. Consideramos 2012 como muito positivo, pois crescemos em faturamento e na quantidade de clientes atendidos, sem perder margem, e ainda implementamos investimentos. Crescemos também cerca de 60% nas vendas através do nosso site B2B.

Continuamos fortes na venda de produtos voltados para integração, como componentes, peças, acessórios e monitores. Investimos na oferta de segmentos diferenciados de imagem e impressão, suprimentos, armazenamento, networking e proteção de energia.

Fatores positivos do ano Descentralização do faturamento, atuando em número cada vez maior de clientes. Lançamos nosso programa de fidelidade, o Club Diamond. Implementamos o orçamento corporativo internamente, consolidando o compromisso com o planejamento anual das marcas parceiras. Conquistamos nosso segundo parecer da Deloitte Auditoria no fechamento do balanço e crescemos na venda do site B2B, canal cada vez mais importante para atingirmos os objetivos.

O que foi negativo A grande volatilidade do dólar foi um ponto turbulento no ano.

Porte das empresas atendidas Temos cerca de 24 mil clientes ativos. O grande percentual de atendimento, cerca de 60%, engloba médias e grandes lojas e integradores. O complemento do percentual é dividido entre revendas corporativas, pequenas lojas e empresas de serviços de TI e médio a grande varejo.

Política econômica Com o aumento do poder aquisitivo do público C e D, o acesso à tecnologia se popularizou, e isso gera expectativa muito grande para o mercado de informática, que pode ser confirmada pelos investimentos de marcas internacionais no Brasil.

Sugestões para elevar o PIB Deveria haver desoneração tributária para incentivar o consumo e movimentar mais o mercado interno. Hoje, temos um dos maiores mercados internos do globo, somos a sexta economia mundial, fatores que, bem explorados, levariam o Brasil a moder-

nizar a sua produção, a sua indústria e a desenvolver tecnologias locais, o que reduziria a necessidade de importar bens que não são fabricados aqui.

Expectativa do dólar em 2013 Que se mantenha estável na faixa em que terminou 2012. Pode ocorrer pequena variação, mas consideravelmente menor do que a de 2010 e 2011. A All Nations tem grande expertise em importação de produtos, e essa estabilidade é bastante interessante.

Perspectivas para este ano Teremos muitas mudanças na empresa, todas já previstas em nosso orçamento sistêmico. A previsão é alcançar crescimento de 25% a 30% no faturamento geral e dobrar a quantidade de clientes ativos. Vamos atuar forte em áreas segmentadas do mercado, ofertando mix diversificado em soluções de alto valor agregado como produtos de digital signage, vigilância, embedded, componentes para entusiastas e armazenamento de alta capacidade, storage, automação, proteção de energia mais robustos e networking.

Lançamentos Esperamos atuar em, no mínimo, quatro segmentos especializados: vigilância, soluções digital signage e storage, automação comercial e entusiastas. eletrolarnews

147


TI

DEXCOM

Denis Arantes Rodrigues, presidente

Balanço de 2012

O que foi negativo

O mercado como um todo, no ano passado, teve retração devido à crise mundial. O mundo globalizado permite que os reflexos da crise em outros países sejam percebidos cada vez mais rapidamente. É sabido, ainda, que alguns segmentos do mercado tiveram queda de até 40% no resultado. É fácil notar pelo PIB brasileiro, pois havia uma expectativa de crescimento, mas ele ficou abaixo do esperado. Ou seja, para o mercado como um todo não foi fácil. Os resultados não foram bons, tivemos queda nos números.

Em 2012, tivemos a alta do dólar e retração do mercado devido à crise mundial, o que prejudicou o crescimento do País e, consequentemente, das indústrias e distribuidores brasileiros.

Fatores positivos do ano

Grandes, 3,48%; médias, 16,23%; e pequenas, 80,30%. O volume de negócios em 2012 foi de aproximadamente R$ 70 milhões.

Esperamos que ocorra uma queda no valor do dólar em 2013. Todos sabem que mais de 90% dos produtos industrializados no País dependem de itens importados. Consequentemente, com o dólar valorizado, o custo dos produtos aumenta. Esperamos que o governo tenha a compreensão de que a redução no valor do produto ao consumidor final contribui para elevar o consumo. Entendemos, ainda, que o nosso governo tem competência e ferramentas necessárias para administrar, da melhor forma possível, a questão do dólar no Brasil. Precisamos trabalhar e fazer a nossa parte, pois o País tem muito que conquistar ainda.

Política econômica

Perspectivas para este ano

Com tudo o que aconteceu no resto do mundo até agora, o Brasil tem conseguido manter o crescimento, ainda que pequeno. É claro que algumas decisões ainda precisam ser tomadas, mas acreditamos que o governo vai acertar o ritmo do crescimento do País em 2013.

Após um ano de investimentos em infraestrutura, melhoria de produtos, de processos e de profissionais, a Dexcom está completamente reestruturada e pronta para atender à demanda do mercado e às necessidades de seus clientes. Nossa meta, este ano, é atingir crescimento de 40%.

Implantação do novo sistema Totvs, conquista de novos clientes do varejo e do canal de revendas, bem como a consolidação das nossas marcas.

Produtos lançados Temos um mix com mais de 200 itens, com produtos divididos em 19 famílias como computadores, notebooks, tablets, network, acessórios e muito mais. O número foi o mesmo do ano passado.

Porte das empresas atendidas

Sugestões para elevar o PIB

Fotos: Divulgação

148

eletrolarnews

Precisamos urgentemente da reforma tributária. Apostamos nisso como uma das ações que podem ajudar no crescimento do País.

Expectativa do dólar em 2013

Lançamentos Temos dois projetos para novos produtos no primeiro semestre: a nova linha de ultrabooks e All-in-One.


EPSON

Paulo Ferraz, presidente

Balanço de 2012 O balanço da Epson é positivo. Fizemos mais de 80 lançamentos ao longo do ano em todas as nossas linhas de produtos. Entre eles, videoprojetores com entrada exclusiva para dispositivos Apple, linha de projetores profissionais de alto brilho, scanner portátil, impressoras de grande formato e até robôs. Também conquistamos novos mercados por meio do lançamento da linha de impressoras e multifuncionais com tanque de tinta original de fábrica e as rotuladoras eletrônicas para impressão de etiquetas adesivas para identificação e organização de objetos até a rotulagem profissional de cabos/fiação e impressão de código de barras. Conquistamos crescimento de 26% em relação a 2011.

Fatores positivos do ano Podemos considerar o lançamento de duas linhas de impressoras e multifuncionais, que nos permitiram alcançar todos os consumidores, tanto os que imprimem pouco e querem reduzir o custo com cartuchos (Linha SmartPrint) até os que imprimem muito (com Linha Tanque de Tinta). Essas duas linhas aumentaram o potencial de atuação de mercado em quase R$ 1 bilhão e, consequentemente, a lucratividade de nossos canais.

O que foi negativo Acreditamos que o mais negativo foi a forte variação cambial, que impactou os custos dos produtos importados. Para os consumidores de produtos

Epson, isso não foi tão perceptível, pois absorvemos boa parte desses custos.

Produtos lançados Os citados acima, como a linha de impressoras e multifuncionais com tanque de tinta original de fábrica e as rotuladoras eletrônicas.

Política econômica O crescimento do PIB foi muito baixo comparado aos anos anteriores e aos países emergentes na América Latina ou de outros continentes. Por outro lado, o nível de emprego foi muito bom, o que dá esperança de que o futuro próximo será melhor.

Exportações O foco da Epson do Brasil, que se intensificou com o aumento do dólar, é o mercado nacional. Mas continuamos a exportar para a Argentina e a Venezuela.

Sugestões para elevar o PIB Apesar do crescimento e do desenvolvimento que os noticiários têm apresentado sobre o Brasil, acreditamos que é preciso fazer a reforma tributária. Cada vez mais, os fabricantes nacionais estão menos competitivos e perdendo espaço para os produtos importados, que não geram empregos no País.

Perspectivas para este ano Em 2013, vamos continuar a investir na exclusiva linha Tanque de Tinta, uma vez que permite ao canal conquistar nova fatia de mercado e, assim, aumentar o seu tíquete médio, bem como a rentabilidade. Nos videoprojetores, investiremos na linha de alto brilho, para o mercado de entretenimento, porque estamos muito próximos da Copa do Mundo e da Olimpíada. Para a linha de impressoras de grande formato, destinada ao o mercado de sinalização, em alta no Brasil, traremos uma voltada para sublimação. Scanners fotográficos também farão parte do novo mix de produtos. Estrategicamente, vamos focar o mercado B2B para as verticais, munindo as revendas de tecnologias e novas estratégias para conquistar esse público.

Lançamentos No ano passado, ultrapassamos a marca de 80 produtos lançados. Em 2013, esperamos que não seja diferente, pois o mercado brasileiro está ávido por novas tecnologias.

Expectativa do dólar em 2013 Esperamos que o dólar se mantenha estável, entre R$ 2,00 e R$ 2,10.

eletrolarnews

149


TI

INTEGRIS

Tatiana Mancini, diretora-executiva

Balanço de 2012 Foi um ano de muito trabalho para crescer e manter nosso posicionamento. Muitos foram os desafios de fabricantes e varejistas: ganhar relevância no mercado bastante competitivo, conquistar a fidelidade dos consumidores, aumentar as vendas e integrar-se às novas tecnologias do mundo digital. O crescimento da classe média no Brasil impulsionou as vendas no mercado interno, e a tecnologia passou a ser indispensável, principalmente para as gerações mais novas que não vivem sem estar conectadas. Isso favorece, e muito, o mercado. Em 2012, nosso crescimento foi da ordem de 20%.

Fatores positivos do ano Fortalecimento e abertura de grandes contas em nível nacional, o que levou a Integris a ganhar mais visibilidade nas lojas e participação no mercado.

O que foi negativo Foto: Divulgação

150

eletrolarnews

Os juros bancários e a retirada do IPI de determinados produtos fizeram

com que o consumo de alguns nichos de mercado aumentasse o endividamento do povo brasileiro. Houve retração, e itens supérfluos tiveram queda nas vendas.

Produtos lançados Lançamos 35 itens. A Integris foca na tecnologia com inovação. Lançamos uma linha de produtos Bluetooth (fones e teclados) para uso em Smart TVs e aparelhos compatíveis.

Política econômica Está no caminho certo, mas não na velocidade que poderíamos ou deveríamos ter. Dependemos, porém, de toda a economia mundial, que vive uma realidade preocupante. A crise internacional mudou o mapa dos mercados em desenvolvimento, e há dois anos seguidos, 2011 e 2012, o Brasil lidera a lista dos mercados com maior potencial de investimento, seguido, neste ano, por Chile, China e Uruguai. Isso é ótimo!

Sugestões para elevar o PIB O cenário previsto é a projeção de 4% para o PIB em 2013. Acreditamos que o Brasil deverá passar por uma readequação de consumo x estoques. Isso afeta diretamente indústrias e varejo.

Expectativa do dólar em 2013 Os economistas acreditam que o governo deve continuar atuando no mercado de câmbio, evitando grandes oscilações da moeda e mantendo o dólar no patamar de R$ 2,00.

Perspectivas para este ano Estimamos crescimento de 30% no faturamento da empresa.

Lançamentos Dependemos do avanço da tecnologia, mas teremos cerca de 25 novos produtos em nosso portfólio. O destaque fica para a linha de itens para som e a tecnologia Bluetooth, em que teremos ótimos lançamentos.


K-MEX

Andy Chen, diretor-geral

Balanço de 2012 No ano, a K-MEX investiu para introduzir em seu portfólio produtos que pudessem aumentar a oferta em outros segmentos de mercado. Tendo em vista essa estratégia, a KME Group (matriz em Taiwan) vem focando seus esforços e direcionando recursos para o desenvolvimento de plataformas como os PCs All-in-One e o Nano, novidades apresentadas na feira Eletrolar Show de 2012. Também incorporou, na linha de acessórios, produtos para smartphones e tablets, devido à forte expansão desse setor. O resultado da empresa foi satisfatório, com crescimento nas vendas, apesar de o mercado ter registrado queda no volume de acessórios e desktops.

portáteis para notebook (Butterfly e Cushmax); suportes articulados para monitores LCD (modelos FE-B321, FEB331 e FE-B431 duplo); e Kits Barebone para que integradores possam montar seu próprio PC All-in-One ou Nano PC (com suporte para processadores Intel Core i7 / i5 / i3).

Política econômica O cenário econômico continua mostrando instabilidade, mas a expectativa é favorável para expandirmos a atuação e os investimentos nos processos internos de industrialização em nossa fábrica, em Minas Gerais, visto que as políticas praticadas pelo governo tendem a estimular, principalmente, o mercado brasileiro.

Fatores positivos do ano

Sugestões para elevar o PIB

Observamos forte crescimento no mercado de tablets e smartphones, o que possibilitou a abertura de novas frentes de negócios.

Apesar das projeções de crescimento do PIB, seria mais eficiente se o governo pudesse reduzir a sua carga fiscal de modo geral.

O que foi negativo

Expectativa do dólar em 2013

A competição entre as marcas é o maior desafio do setor, porém temos voltado todos os nossos esforços para pesquisa e desenvolvimento de produtos com diferenciais, qualidade e garantia de maior margem de lucro para os clientes.

Produtos lançados Destaque para a linha portátil Power Station (modelos FD-A026 e FDA052), que são carregadores universais para tablets, smartphones e outros dispositivos móveis; bases de apoio

Lançamentos Lançaremos dois modelos do Aio, com 21,5” (HPA206) e 18,5” (HPA906). Os equipamentos podem ser vendidos como Kit Barebone individualmente ou incluindo placa-mãe Thin Mini ITX D2500, além da customização de cores (exclusividade para clientes OEM). A versão de 21,5” (HPA206), com suporte para placa-mãe H61, possibilita acrescentar outros recursos, como a função touch e bateria. Devido à tendência do mercado, a matriz KME planeja desenvolver também o Aio de 23,6”. Neste ano, um dos principais focos da empresa é o Nano PC. Lançaremos o modelo HS-018G. Hoje, o equipamento é acompanhado por placa-mãe Intel Atom D2500, porém no terceiro trimestre passará a utilizar outra com maior desempenho, a Intel Celeron 847 (NM70). Além disso, a K-Mex apresentará novos tablets de 7” e 10”.

Esperamos que a moeda não apresente grandes variações durante o ano.

Perspectivas para este ano Em 2013, a empresa continuará a investir na sua marca, procurando estar presente nos principais canais de distribuição e atender às necessidades de revendas e consumidores. A expectativa é que essa atuação possa se expandir para grandes varejos, novas parcerias de sucesso e mercado corporativo. Fotos: Divulgação

eletrolarnews

151


TI

MAPTEC

Marcelo Bittencourt, presidente

Balanço de 2012

O que foi negativo

Um ano de altos e baixos para o mercado mundial, mas que não afetou de forma contundente o Brasil nem os nossos negócios, apesar da variação cambial. Lançamos novas linhas de produtos, aumentamos nossa capilaridade e nossas vendas, ampliamos nossos negócios B2B e consolidamos a liderança na categoria de GPS automotivo. Foi o melhor ano da empresa, tanto em volume de vendas como em posicionamento e aumento de capilaridade.

Processos burocráticos de trâmites alfandegários que atrasaram alguns lançamentos e a variação do dólar, que, apesar de não prejudicar os resultados, diminuiu um pouco o volume de peças que poderíamos ter fechado no exercício 2012.

Fatores positivos do ano Grande participação na Eletrolar Show, com lançamento da nova linha GPS Guia Quatro Rodas e novas categorias de produtos para nosso mix, confirmação e consolidação da liderança no mercado de GPS automotivo e aumento expressivo do número de pontos de venda com nossas marcas em diversos Estados brasileiros.

Produtos lançados

152

eletrolarnews

Sugestões para elevar o PIB

Nosso mix, hoje, tem a mais completa linha de GPS automotivo do Brasil, com as marcas Guia Quatro Rodas e Discovery Channel; temos o strap, novo conceito de Mplayer; e diversos produtos exclusivos distribuídos para grandes parceiros B2B. Atingimos um volume superior a 400 mil unidades em 2012, superando em mais de 100% o resultado de 2011.

É muito importante melhorar de forma contundente a infraestrutura do País e os serviços públicos. Se melhorar a dinâmica de investimento público, aliada a boas políticas de incentivo às empresas privadas para participar desse processo, é viável encontrar uma equação que possa melhorar os indicadores e, consequentemente, acelerar o crescimento do PIB em 2013 e nos anos seguintes.

Porte das empresas atendidas

Expectativa do dólar em 2013

Hoje, 100% de nossas revendas são grandes magazines. Nossos itens são distribuídos em mais de 2 mil pontos de venda físicos e em 100% do varejo eletrônico nacional. Em 2013, estamos expandindo a equipe e fechando com novos distribuidores para atender revendas de médio e pequeno porte.

Pelo atual cenário e postura da equipe econômica, esperamos estabilização próxima dos R$ 2,00, sem grandes surpresas.

Política econômica

Fotos: Divulgação

pação direta com a inflação sem deixar que a manipulação das taxas de juros seja determinante para atingir resultados melhores; e cobranças aos responsáveis pela política fiscal, que será fundamental para ajustar a economia a longo prazo.

Acreditamos que, apesar dos percalços, estamos em um caminho positivo, com clara preocupação do Banco Central de cuidar de cada assunto por vez, mas sem perder o foco no todo. Dólar flutuante, mas com cuidado para evitar a supervalorização do real; preocu-

Perspectivas para este ano A meta é manter a liderança na categoria de GPS automotivo e buscar a mesma excelência nas novas linhas que estamos fechando para este ano, obviamente aumentando expressivamente o número de unidades negociadas, tanto no varejo como no B2B.

Lançamentos Nosso planejamento aponta para um mínimo de 15 novos SKUs em 2013.


MAXPRINT

Adelaide Anzolin, diretora comercial e porta-voz

Foto: Divulgação

Balanço de 2012

O que foi negativo

Foi um ano positivo e altamente produtivo. A empresa não poupou esforços para consolidar as novas marcas – Dazz e Gothan – nos pontos de venda e ampliar o segmento de atuação com o lançamento de mais de 160 produtos, que englobaram as marcas Maxprint, Dazz e Gothan. Os resultados corresponderam exatamente às nossas expectativas. Atingimos o faturamento planejado e ampliamos a nossa atuação no mercado com as marcas Dazz e Gothan para o varejo nacional e o e-commerce.

De forma geral, o ano reservou ao nosso segmento mais aspectos positivos do que negativos. E é justamente nesses bons resultados que iremos nos concentrar para fazer de 2013 um ano ainda melhor para a empresa.

Fatores positivos do ano Houve uma grande aceitação pelos lojistas e revendas das marcas Dazz e Gothan, lançadas em 2011 com foco em entretenimento e roteadores, respectivamente. O contínuo aquecimento da economia possibilitou um ano positivo, com resultados mais expressivos no último semestre. Além disso, a queda de preços em alguns produtos e fatores macroeconômicos, como estabilidade no emprego e aumento da massa salarial, têm garantido as taxas positivas do varejo. Esperamos que esse cenário se consolide em 2013 e garanta resultados ainda mais positivos.

Produtos lançados Ampliamos o portfólio de produtos com mais de 160 lançamentos entre as marcas Dazz (eletrônicos e games), Gothan (roteadores) e Maxprint (acessórios de informática, cartuchos de tinta, toner e material de escritório). Esse número representa 27% a mais que em 2011.

Política econômica A crescente ascensão da classe C, a facilidade de crédito e a redução do IPI são fatores econômicos que contribuíram para o consumo de forma geral. O aumento de renda da população e a inclusão digital possibilitaram a expansão de novos canais, como o e-commerce e o grande varejo, ampliando o volume de vendas.

Sugestões para elevar o PIB O governo tem trabalhado para melhorar o resultado do PIB. Nossa sugestão é baseada em três pilares: manter o controle da inflação; aumentar o

nível de emprego; e continuar com os incentivos para ampliar o consumo em todas as classes sociais.

Expectativa do dólar em 2013 Ao analisar o mercado brasileiro e suas variáveis, a nossa expectativa é que o dólar se mantenha estável em 2013, sem prejudicar os índices de inflação.

Perspectivas para este ano Estamos otimistas e estimamos resultados superiores aos de 2012. Estamos trabalhando de forma planejada para que as novas marcas Dazz e Gothan conquistem maior participação de mercado em seus segmentos de atuação, a partir da oferta de produtos inovadores e competitivos. A Maxprint continuará na incessante busca pelo melhor produto, levando ao mercado excelentes possibilidades de investimentos.

Lançamentos Já no primeiro semestre, teremos grandes lançamentos. Certamente, serão produtos inovadores e com excelente custo/benefício. Quem participar da feira Eletrolar Show poderá conferir alguns desses lançamentos em primeira mão. eletrolarnews

153


TI

MEGAWARE

Silvino Lins, diretor comercial e de marketing

Balanço de 2012 Foi um ano atípico para o mercado de PCs em geral. Empresas nacionais e internacionais, bem como fabricantes de semicondutores, enfrentaram desafios importantes. Pela primeira vez, em muitos anos, a produção de computadores caiu 2,5%. Os motivos foram vários: incerteza sobre o estado da economia, excesso de estoque, crise econômica na Europa e desvio de orçamento para outros dispositivos (tablets e smartphones). Houve, ainda, a incerteza sobre o impacto do Windows 8. A Megaware sofreu as consequências dessas vulnerabilidades, mas teve performance satisfatória.

Fatores positivos do ano Lançamos 10 produtos, sendo um ultrabook, ampliando a área de mobilidade da empresa e demonstramos modelos (em beta) de tablets que deverão atender a mercados verticais

como educação e saúde. Lançamos produtos com o Windows 8, migramos para esse sistema operacional todo o nosso portfólio e reforçamos o time de decisão da companhia.

O que foi negativo O desvio de orçamento para dispositivos como tablets e smartphones, a concorrência acirrada com as marcas internacionais, que intensificaram suas operações no Brasil, e vulnerabilidades no fornecimento global de peças e componentes para a fabricação de máquinas no País.

Produtos lançados Na linha de desktops, lançamos seis versões do Megahome Chrome, para uso doméstico e corporativo. Ampliamos a linha de mobilidade com duas versões do notebook Meganote Kripton, com processadores Intel e AMD, e um modelo de ultrabook, o Horus.

Política econômica O Brasil ficou mais atrativo aos olhos de investidores em muitos setores, diferentemente do passado, quando os investimentos eram concentrados no mercado financeiro de curto prazo. Nesse contexto, a indústria de tecnologia da informação investiu na fabricação local e em produtos e serviços, o que possibilitou preços mais baixos, que viabilizaram a entrada de novos consumidores nesse mercado. A direção está correta, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido.

Sugestões para elevar o PIB Foto: Divulgação

154

eletrolarnews

As recentes ações do governo que levaram à queda dos juros e das tarifas de

energia são grandes impulsionadoras para melhorar o PIB, mas ainda há necessidade de investir em infraestrutura para permitir à indústria ter custos mais competitivos e aumentar expressivamente a parcela de exportação de nossa economia. A reforma tributária, além de desonerar a cadeia produtiva, estimularia o volume de negócios. Hoje, por exemplo, investimentos em logística e centros de distribuição são orientados pela questão fiscal e não pela eficiência da cadeia produtiva e de distribuição. Acrescente-se a isso a grande volatilidade dessas políticas, o que gera incertezas. É preciso ter políticas perenes, que tragam maior previsibilidade, desonerem a produção e incentivem o consumo.

Expectativa do dólar em 2013 As últimas previsões apontam taxas mais estáveis, ao redor ou pouco acima de R$ 2,00.

Perspectivas para este ano Avaliamos 2013 como um ano de retomada do crescimento da economia, tendo em vista a proximidade dos grandes eventos esportivos programados para o Brasil e que vão impulsionar investimentos em infraestrutura e serviços.

Lançamentos Lançaremos ultrabooks e all-in-ones e renovaremos as linhas de notebooks e desktops. Neste início de ano, temos notebooks e desktops com disponibilidade exclusiva do novo processador Intel para produtos de entrada com alta performance.


MULTILASER Alexandre Ostrowieck, presidente

Foto: Divulgação

Balanço de 2012 Ficamos bastante satisfeitos com 2012. Tivemos muitos lançamentos e fortalecemos a nossa participação no mercado em todas as linhas de produtos, com destaque para os eletrônicos e acessórios de computador. Aumentaram também os pontos de venda que oferecem itens de nossa marca. Hoje, estamos em mais de 30 mil pontos, entre magazines, hipermercados, lojas de departamento e de informática. Os resultados foram muito bons, tanto que fechamos o ano com faturamento bruto próximo a R$ 800 milhões, valor cerca de 45% maior que o alcançado em 2011.

Fatores positivos do ano Uma das maiores vitórias foi fortalecer a nossa posição no mercado de tablets. Em 2012, vendemos cerca de 500 mil unidades do produto e, em 2013, esperamos chegar a 1 milhão. Fabricados com alta tecnologia no Brasil, são leves, finos, têm telas de 5” a 9.7” e contam com sistema operacional Android. Com a linha, atendemos todos os perfis, desde aquele que procura o seu primeiro tablet com preço em conta até o que deseja modelos com processadores mais velozes, 3G e sistema operacional Android 4.0.

O que foi negativo Em alguns produtos, fomos surpreen-

didos pela demanda muito acima da esperada, o que fez com que nossas previsões de venda ficassem aquém da necessidade do mercado. Isso nos impediu de vender ainda mais.

Produtos lançados Em 2012, lançamos mais de 150 itens nas nossas cinco grandes linhas de produtos: acessórios de informática, eletrônicos de consumo, telefonia celular, mídias digitais e suprimentos para impressão. O número de lançamentos superou os 120 que apresentamos ao mercado em 2011.

Política econômica Vemos com bons olhos o comprometimento do governo para incentivar o crescimento econômico e a indústria nacional. Os juros têm caído e há uma série de incentivos fiscais para a produção nacional. Mas as reformas ainda são bastante tímidas e muito aquém do que o Brasil precisa para crescer de modo sustentável. O gasto público é alto, as despesas correntes impedem o aumento dos investimentos, e a infraestrutura é precária. Isso sem contar os custos com burocracia e regras antiquadas. É o famoso “Custo Brasil”.

Exportações Temos presença internacional, notadamente nos demais países da Amé-

rica do Sul. Recentemente, abrimos as vendas no sudeste asiático e estamos de olho nos mercados africanos, que atualmente são as economias de maior crescimento do planeta. A linha da Multilaser, que foca em custo-benefício e qualidade a preço acessível, é ideal para competir em mercados emergentes.

Sugestões para elevar o PIB O governo precisa ter mais coragem e realizar as profundas e doloridas reformas estruturais. Isso implica acelerar as privatizações, enxugar os gastos, aumentar a eficiência da máquina pública, reformar o sistema tributário e simplificar as leis trabalhistas, entre muitas outras. Não há outro caminho para o crescimento de longo prazo.

Perspectivas para este ano São as melhores! Esperamos continuar crescendo, com muitos lançamentos em linhas tão distintas como bicicletas elétricas, brinquedos e novos modelos de eletrônicos e acessórios de computador. Nossa meta é atingir o faturamento de R$ 1 bilhão em 2013.

Lançamentos Em 2013, devemos repetir a quantidade de lançamentos de 2012, isto é, 150 produtos. eletrolarnews

155


TI

NEWLINK Leandro Murachovsky, CEO

Balanço de 2012 Nosso crescimento foi em torno de 55% neste ano. Nossas margens baixaram por conta do aumento do dólar, porém tivemos um ano muito positivo. Abrimos muitos clientes novos, importantes para a empresa, e fizemos vários lançamentos que solidificaram a nossa marca. Os resultados foram o crescimento, o aumento das vendas nas revendas e nos distribuidores e, obviamente, de participação no share de mercado.

Fatores positivos do ano Os lançamentos que fizemos são praticamente exclusivos no mercado e continuam fazendo o maior sucesso. O acerto da linha e o consequente aumento de vendas foram os pontos positivos de 2012.

O que foi negativo As margens e a tensão do primeiro semestre nos fizeram repensar toda a estratégia e o crescimento do negócio como um todo, mas conseguimos manter o foco nas metas anteriormente traçadas e cumprimos com rigor os nossos números.

Produtos lançados Lançamos mais de 50 produtos – Foto: Divulgação

156

eletrolarnews

acima do dobro do ano anterior –, com destaque para uma linha inteira de acessórios para tablets e celulares. Hoje, com 250 produtos ativos, temos um excelente portfólio para os clientes.

Política econômica Temos um pouco de desconfiança quanto ao crescimento do País e à sua política econômica. Nossa empresa tenta se resguardar e trabalha o máximo possível conectada à moeda externa. Com isso, a política de juros decrescentes nos favorece.

Exportações Iniciamos há um ano a operação de exportação diretamente de nossa trading, na China. Nossos clientes são basicamente do Oriente Médio e Indonésia e estão tendo sucesso em suas vendas. Clientes europeus iniciaram as suas vendas em janeiro e, neste ano, estaremos com atendimento na HK Fair. Nosso maior foco será a consolidação da marca mundialmente.

Sugestões para elevar o PIB Nosso mercado não tem produção nacional, assim, poderíamos incen-

tivar a importação com o objetivo de montagem e, com isso, gerar mais empregos. Algumas medidas nesse sentido já estão sendo tomadas e podem melhorar nossos resultados na balança comercial. Em relação à exportação, melhorar as condições de nossas indústrias, oferecendo incentivo para a importação de máquinas, e investir em infraestrutura.

Expectativa do dólar em 2013 Em torno de R$ 2,10 a R$ 2,15. Nossa moeda vem se adequando ao dólar e ao mercado internacional e desvalorizando-se aos poucos.

Perspectivas para este ano Um ano de manutenção, crescimento sustentado e melhoria nos processos internos, fazendo com que nosso atendimento fique cada dia melhor e com aumento de perspectivas por parte de nossa clientela.

Lançamentos Lançaremos aproximadamente 25 produtos. Vamos, também, consolidar todos os novos produtos apresentados no último trimestre de 2012.


ONE FOR ALL Andrea Sabino, diretora-geral

Foto: Roberto Assem

Balanço de 2012

Produtos lançados

O balanço do ano de 2012 foi positivo, com a entrada da marca no mercado brasileiro e com a formação de uma equipe experiente aqui no País. O Brasil é muito promissor para os produtos eletroeletrônicos, já que apresentou crescimento de 5% em 2012, e a projeção para 2013 é de 8%. Trouxemos para o País a marca número 1 na Europa em acessórios para áudio e vídeo. Conquistamos grandes clientes do mercado de varejo, que são referências. Diante das perspectivas de crescimento que o País apresenta, avaliamos como fundamental a nossa entrada nesse importante mercado consumidor. Em 2012, obtivemos bons resultados e temos certeza de que em 2013 serão ainda melhores.

Foi o primeiro ano no Brasil da One for All, divisão de acessórios, empresa de origem europeia. Durante a Eletrolar Show, lançamos 25 produtos, divididos nas categorias de controles remotos universais, suportes e antenas para TVs.

Fatores positivos do ano

Diminuir a carga tributária, aperfeiçoar os processos para reduzir a burocracia e estimular ainda mais a indústria nacional. Dessa forma, a empresa entende que o consumo vai aumentar, e a economia ficará mais fortalecida.

Podemos destacar as parcerias com grandes varejistas e as vendas dos produtos pelo e-commerce, setor que movimentou mais de R$ 24,12 bilhões em 2012.

O que foi negativo Sem dúvida nenhuma, a alta do dólar foi um fator negativo para as grandes empresas multinacionais que importam produtos e matéria-prima.

Política econômica Estamos no caminho certo. Nossa empresa está muito segura em fazer investimentos no Brasil, gerando assim mais empregos e contribuindo para o crescimento da nossa economia. Tendo em vista que a Europa atravessa grandes dificuldades econômicas, o Brasil passa a ser alvo de crescimento em muitos setores.

Sugestões para elevar o PIB

Expectativa do dólar em 2013 Esperamos que o câmbio se mantenha estável e que a crise externa não

influencie a moeda no mercado nacional, dificultando, assim, empresas como a nossa, que realizam frequentes transações internacionais.

Perspectivas para este ano Consolidar a nossa marca no mercado brasileiro com novas parcerias, oferecendo produtos de alta qualidade e preparando a empresa para os eventos importantes que o Brasil sediará nos próximos anos, tais como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

Lançamentos L ançamos em janeiro de 2013, em Las Vegas (EUA), nossa linha completa de produtos, que engloba mais de 300 modelos. Traremos inicialmente para o Brasil 50 novos produtos, incluindo o aumento das linhas de controles remotos universais, suportes de TV e antenas HD de alta performance. Introduziremos, também, novas c ategorias de pro dutos, tais como cabos HDMI, fones de ouvido e carregadores universais (de viagem e automotivos) para tablets, smartphones e celulares em geral. eletrolarnews

157


TI

OPECO

Mauro Strengerowski, presidente

Balanço de 2012 Foi um ano fraco, abaixo das nossas expectativas. A redução do IPI para produtos da linha branca e veículos populares prejudicou outros segmentos, e o endividamento com imóveis próprios também repercutiu nos resultados. Na nossa atividade, temos que registrar crescimento ano após ano, e isso não ocorreu em 2012 – apenas em certas linhas houve aumento considerável no volume de vendas. A variação cambial afetou os nossos resultados, uma vez que trabalhamos com muitos produtos importados. Por outro lado, aumentamos o portfólio de clientes e consolidamos as parcerias com as marcas que representamos – nesse aspecto, 2012 foi um bom ano.

Fatores positivos do ano Consolidamos a parceria com diversos clientes importantes, de porte grande e médio, apesar de mantermos o foco nos pequenos, bem como com as marcas que distribuímos, quase todas de forma exclusiva. O índice de inadimplência foi um dos mais baixos dos últimos anos, fato bastante positivo. E conseguimos nos adequar, sem estresse, às novas exigências legais no que diz respeito ao SPED e à aplicação da ST (Substituição Tributária), bem como à alteração da legislação de ICMS interestadual para produtos importados, em vigor desde o início de 2013.

O que foi negativo

Foto: Divulgação

158

eletrolarnews

A flutuação cambial, em especial no segundo semestre, e a burocracia que diz respeito à ST. A redução no nível de atividade econômica, refletida no

número final do crescimento do PIB, afetou as nossas vendas.

Produtos lançados Lançamos cerca de 250 produtos em 2012, isto é, 10% a mais do que em 2011. O portfólio da Opeco tem cerca de 1.900 itens distintos. A empresa comercializa acessórios de áudio, de fotografia, de informática, de telefonia, de games e de vídeo. Tem a linha de digitalizadores da marca ION, é distribuidora oficial de câmeras e acessórios originais da Canon, é exclusiva de calculadoras Sharp, de rádios de comunicação da marca Cobra e dos produtos Coby.

Porte das empresas atendidas As empresas de pequeno porte (70% do nosso portfólio total) representam cerca de 45% do faturamento. As de médio porte (20% do portfólio) contribuem com 30%, e as grandes empresas (10% do total de clientes) representam 25% do volume de vendas.

Política econômica Na teoria, estamos no caminho certo, mas na prática, não. Houve redução forçada na taxa de juros, além de ações muito pontuais para não desestimular o consumo, mas falta às autoridades econômicas uma visão mais abrangente e técnica que vislumbre os efeitos inflacionários dessas medidas. O governo não pode ignorar o panorama econômico internacional, em especial o da Europa e o dos Estados Unidos, pois são mercados que afetam muito a nossa economia. E o mais importante: a suposta redução da carga tributária tem sido pífia, quase risível.

Sugestões para elevar o PIB A primeira medida seria ter coragem para implantar uma efetiva redução de impostos, que tenha reflexo nos resultados das empresas em curto prazo. Outra sugestão seria a definição de nichos de atuação para tornar o Brasil uma potência. Criar uma desburocratização de verdade também ajudaria muito.

Expectativa do dólar em 2013 A alta inflacionária em algum momento deverá ser incorporada à cotação do dólar, de modo que, em perdurando essa tendência, nós acreditamos que em meados do ano o real volte a apresentar uma desvalorização, mantendo-se relativamente estável até lá.

Perspectivas para este ano Esperamos crescimento de pelo menos 20% no nosso faturamento e aumento de 10% na base de clientes ativos. Temos confiança em conseguir novas representações de peso para este ano.

Lançamentos A previsão é lançar ao menos 250 produtos no decorrer do ano.


POSITIVO INFORMÁTICA Hélio Bruck Rotenberg, presidente

Foto: Roberto Assem

Balanço de 2012 Foi um ano desafiador, mas com importantes realizações. O mercado de PCs não cresceu tanto como se previa, acompanhando a tendência da economia brasileira, mas acreditamos ter feito um grande trabalho ao defender a liderança no País, mesmo sob intensa competição. A grande novidade foi a entrada da empresa em smartphones e celulares, após 18 meses de estudos desse segmento. Estamos otimistas com as oportunidades desse mercado, que tem boa sinergia com a operação de computadores e que pode alavancar as iniciativas da companhia em convergência digital. Atualizamos as linhas de computadores com o Windows 8, lançamos a linha Positivo Ultra de ultrabooks e notebooks ultrafinos e renovamos a de tablets. Os resultados financeiros auditados de 2012 serão divulgados em março. Entre janeiro e setembro de 2012, tivemos receita líquida de R$ 1,5 bilhão, crescimento de 3,3% em relação aos primeiros nove meses de 2011. Em vendas, a expansão foi de 5,6%, com volume total de 1,7 milhão de computadores vendidos no Brasil e na Argentina.

Fatores positivos do ano Mais uma vez, nos dedicamos intensamente à área de pesquisas. Investimos, de janeiro a setembro de 2012, mais de R$ 39,7 milhões em P&D. São mais de

300 profissionais estudando a usabilidade dos nossos produtos e o comportamento do consumidor brasileiro, visando satisfazer o cliente que adquire nossos equipamentos em todo o País.

por meio do Plano Nacional de Banda Larga, do Programa Um Computador por Aluno (PROUCA) e do Educação Digital – Política para Computadores Interativos e Tablets.

O que foi negativo

Exportações

2012 foi um ano cheio de desafios, que nos fizeram aprender muito. Entre as lições deixadas, destaco a necessidade de acelerar no menor sinal de diminuição de crise, raciocinar mais do que nunca, não esmorecer jamais e lançar os produtos certos como bons exemplos.

As exportações da companhia são compostas principalmente por mesas educacionais desenvolvidas pela Divisão de Tecnologia Educacional. São produtos premiados internacionalmente, que já marcam presença em mais de 40 países. Mencionamos, também, a atuação da empresa na Argentina, com a produção local de computadores e tablets na província da Terra do Fogo, vendidos sob a marca Positivo BGH.

Produtos lançados Nosso portfólio cresceu com a entrada no mercado de smartphones e celulares e o lançamento de ultrabooks e notebooks ultrafinos. A companhia também apresentou novidades em desktops, notebooks e tablets em 2012.

Política econômica A política econômica brasileira está focada no estímulo ao consumo das famílias, e um dos ganhos é o índice de desemprego mantido em patamares baixos. Os recentes esforços do governo para aumentar a competitividade da indústria são muito importantes, valendo citar a redução de encargos trabalhistas em setores estratégicos e a diminuição do custo da energia elétrica. O governo federal também mostra comprometimento com a inclusão digital do País

Sugestões para elevar o PIB Vemos como questões urgentes a melhora da infraestrutura e novas iniciativas que auxiliem na redução de custos de produção no País. Os investimentos no ensino e na qualificação de mão de obra também serão decisivos para que o País continue crescendo, com segurança, nos próximos anos.

Perspectivas para este ano Continuamos otimistas em relação aos nossos mercados de atuação.

Lançamentos Infelizmente, não podemos antecipar os próximos lançamentos. eletrolarnews

159


TI

SND

José Bublitz, presidente

Balanço de 2012

Produtos lançados

Foi um ano bom. Incluímos algumas linhas e alguns fabricantes em nosso portfólio, entre eles e com grande destaque Corsair (fabricante de peças para PC gamers) e Wacom (mesas digitalizadoras e acessórios para tablets), além da consolidação de políticas internas implantadas em 2010 e 2011, fazendo com que nosso planejamento para 2012 fosse cumprido integralmente, gerando recursos para novos investimentos. Conseguimos crescer 19,5% no faturamento, enquanto nosso planejamento era de 19%. Atingimos novos patamares em várias linhas de produtos e fabricantes.

Os acessórios para PCs foram o grande destaque. Nessa linha, dobramos o negócio em termos de valor.

Fatores positivos do ano Tivemos a consolidação de nossa política de remuneração variável (alterada no fim de 2010) para o time de vendas. Passamos a remunerar por rentabilidade e não mais por faturamento. Isso fez nossa rentabilidade crescer acima do faturamento.

O que foi negativo

Foto: Divulgação

160

eletrolarnews

Alguns fabricantes de PCs apostaram muito no ano de 2012 e acabaram, em alguns momentos, produzindo muito mais do que a demanda, causando a destruição de margem e descontrole nos preços desses produtos.

Porte das empresas atendidas A SND sempre trabalhou em todos os segmentos e, em 2012, teve aumento considerável em seu tíquete médio por cliente. Isso foi reflexo do melhor aproveitamento do potencial da carteira. Atendemos em 2012 mais de 9.500 revendas diferentes. Desse total, 90% no mercado SMB.

Política econômica Temos vários grandes eventos pela frente, e isso fará com que consigamos crescer em 2013. Sem eles, eu seria mais pessimista. Só entraremos no caminho certo se forem feitas reformas estruturais necessárias para dar sustentação de longo prazo ao crescimento.

Sugestões para elevar o PIB Há no governo um movimento para reduzir a carga tributária e desonerar a folha de pagamento para o setor de serviços. Isso vai alavancar 2013, mas precisamos de discussões que vão além e que incluem reformas estruturais na área político-partidária e na política de desenvolvimento regional;

ajustes nas premissas das agências reguladoras, propiciando maior confiança quanto à abertura do mercado para atrair investimentos voltados à infraestrutura; e redução dos gastos públicos, criando uma atmosfera positiva para a elaboração de ampla reforma tributária. São esses os pontos para termos crescimento sustentável após 2013 e 2014.

Expectativa do dólar em 2013 Ainda é a moeda forte do mundo e continuará sendo. Acredito que não teremos grandes alterações, e o dólar ficará no patamar de R$ 2,10, em média.

Perspectivas para este ano Em 2011, crescemos 18,5%; em 2012, 19,5%. Este ano, pretendemos atingir 30%, amparados pela nova parceria que firmamos com a Microsoft – assinamos contrato para distribuir as linhas de consoles, games e acessórios. Apostamos em crescimento gigantesco para 2013 e, com base na escalada dos últimos anos, dobraremos os números da empresa.

Lançamentos O principal destaque é o início da distribuição do Xbox, a partir do qual vamos trabalhar com games, consoles e acessórios. Pretendemos agregar outros fabricantes de games aos produtos Microsoft.


SPACE BR Francisca Siebra, porta-voz

Balanço de 2012 O ano foi muito positivo, nos reestruturamos e lançamos novos devices. Os nossos clientes receberam bem todos os lançamentos. Entramos também em novos nichos e nos consolidamos em outros. Mantivemo-nos bem posicionados, fortes e competitivos no mercado. O ano apresentou bons resultados. Trabalhamos muito e colhemos os frutos.

Fatores positivos do ano A introdução dos produtos Space BR em clientes “fora da caixa” e a recepção dos novos produtos pelo consumidor foram certamente os pontos mais positivos de 2012.

Produtos lançados Lançamos a linha Space Tablet, composta por tablets de 7”, 9” e 9,7”. Trouxemos também o nosso primeiro modelo de netbook – NetSpace 10,1” – e o menor computador do mundo, o Space BornPC. Em 2011, o lançamento único foi o All-in-One G11. O ano de 2012 foi melhor, pois mantive-

mos nosso planejamento e lançamos mais produtos.

Política econômica Sabemos que o Brasil ainda precisa de muito para estar no caminho certo. Os impostos e a falta de incentivos para empresas e tecnologia ainda estão distantes de serem os ideais.

Sugestões para elevar o PIB O governo precisa oferecer incentivos, crédito e capital de giro para aumento da produção interna. Com isso, a nossa moeda se valorizaria, e o PIB naturalmente aumentaria.

Expectativa do dólar em 2013 A expectativa é que as operações cambiais mantenham-se estáveis durante todo o ano.

Perspectivas para este ano São bem promissoras. Continuaremos trabalhando forte nos projetos de novos produtos e na constante busca de nos mantermos competitivos.

Fotos: Divulgação

eletrolarnews

161


OS GRANDES NEGÓCIOS ESTÃO AQUI

Não perca a chance de estar com os compradores responsáveis por mais de 25 mil pontos de venda do país. 11 Tr a n s a m e r i c a E x p o C e n t e r Organização

Realização

Revistas oficiais

Apoio institucional

3034 4100


De 15 a 18 de julho de 2013

36.000 m2 de exposição. Mais de 150 empresas. 1.000 marcas. Veja algumas das marcas de TI que já confirmaram a participação:

ELETROLAR SH OW É UM PRODUTO DO

5 CANAIS PARA VENDER MAIS NO VAREJO


OS GRANDES NEGÓCIOS ESTÃO AQUI De 15 a 18 de julho de 2013

87% de participação confirmada Não perca a chance de estar entre mais de 1.000 marcas e 10.000 produtos. Serão 4 dias de negociação com os profissionais de compras que respondem por mais de 25.000 pontos de venda do país. Tr a n s a m e r i c a E x p o C e n t e r

Organização

Realização

Revistas oficiais

Apoio institucional

11

3 0 3 4 4100

w w w. e l e t ro l a r s h o w. c o m . b r


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.