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Ano 16 - nº 102 – 2015

DESAFIOS DE 2015 Depois de um ano difícil, criatividade é palavra de ordem. Veja o que o mercado planeja para estimular os negócios.

VAREJISTAS ENTREVISTADOS NESTA EDIÇÃO: • Adelino Colombo • Alexandre Abrahão Miguel • Américo Wanderley • Antônio Koerich • Anunciata Romera • Geraldo Luiz Gonçalves • Homero de Toledo • José Domingos Alves • Leonardo Coelho • Luiza Helena Trajano • Nilso Berlanda • Osmar Della Valentina • Otelmo Drebes • Ubirajara Pasquotto • Walter Faria














SUMÁRIO

ELETROLAR NEWS // EDIÇÃO 102 // FEVEREIRO 2015

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DESAFIOS DE 2015 DEPOIS DE UM ANO DIFÍCIL, CRIATIVIDADE É PALAVRA DE ORDEM. VEJA O QUE O MERCADO PLANEJA PARA ESTIMULAR OS NEGÓCIOS.

VAREJO Atacadão dos Eletros CR Diementz Cybelar Gazin Grupo Dadalto Koerich Lojas Berlanda Lojas Cem Lojas Colombo Lojas Lebes Lojas Leolar Magazine Luiza Martins Multiloja Romera

36 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51

INDÚSTRIA Act! Home Fitness Alcatel Onetouch Atlas BenQ Black+Decker Brasforma Britânia Cadence DL Electrolux Elgin Esmaltec Fischer GA.MA Italy Grupo Tecnovidro Hamilton Beach Harman Latina Lenovo Logitech

54 55 56 57 58 59 60 61 62 64 65 66 68 69 70 71 72 73 74 75

Mallory 76 Maxprint, Dazz e Gothan 77 MediaTek 78 Mondial 79 Mueller 80 Nespresso 81 NewLink 82 Niivo 83 Oster 84 Positivo Informática 85 Smart Fitness 86 Suggar 87 The Leadership Group 88 Tilibra 89 TP-Link 90 Universal Electronic 91 Ventisilva 92 Ventisol 93 Wap 94 Zeex 96 DISTRIBUIDORA Allied NC Games Officer Opeco SND

SERVIÇO GfK 104 Master 105 TecTotal 106 ASSOCIAÇÃO Eletros 133 IDV 141 Abradisti 142 FecomercioSP 143

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Baixa presença nos lares é trunfo para bons negócios

10ª ELETROLAR SHOW

124 LANÇAMENTOS 126 VAREJO Notícias do setor

FEIRAS

128 140

CES Retail’s Big Show

134 ENTREVISTA Mailson da Nóbrega

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Smartphone Congress será destaque na programação

EDITORIAL

116 DOSSIÊ Ferro de passar roupa

LAVA-LOUÇAS

ANTENAS

108 14

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Varejo tem potencial para vender muito mais

98 99 100 101 102

138 INSIDE 139 MOVIMENTO



EDITORIAL

E

sta edição traz a avaliação de 2014, ano que não foi fácil para praticamente todos os setores, e apresenta as expectativas para 2015, que chegou com a promessa de conduzir a economia para o rumo certo. Aqui, os dirigentes de importantes empresas do País colocam suas dificuldades, aspirações e esperanças, em um retrato do momento que vivenciam as indústrias, os varejistas, as distribuidoras e os serviços. As empresas, hoje, se defrontam com vários problemas, aos quais se somou a crise da possível falta de água e energia, consequência não só da estiagem como da ausência de planejamento. No entanto, é preciso ir em frente. Realisticamente, é nas situações mais difíceis que a criatividade e a inovação se mostram instrumentos essenciais para enfrentar e ultrapassar desafios, dando novo alento aos negócios. Dentro desse conceito e no sentido de apresentar novas oportunidades de negócios, o Grupo Eletrolar realiza, em julho próximo, o Smartphone Congress. No evento, paralelo à Eletrolar Show, especialistas irão abordar a influência dos smartphones no segmento de eletros, o papel que têm na conectividade, as tendências que norteiam a indústria e o universo dos aplicativos. No Brasil, só este ano, deverão ser vendidos 65 milhões de smartphones. Mais dois mercados se mostram promissores neste ano, o de lava-louças, beneficiado pela necessidade de economizar água, e o de antenas, que propicia melhor qualidade de imagem e som para o televisor, meio preferido de entretenimento de 76,4% dos brasileiros. Muitos outros assuntos que interessam ao segmento de eletros o leitor encontra nesta edição, que tem, ainda, uma entrevista exclusiva com o ex-ministro da Fazenda, Mailson da Nóbrega.

EXPEDIENTE - ANO 16 - Nº 102 Diretor-executivo - Carlos Clur Diretor - Mariano Botindari Diretor Comercial - Guilherme Pinciroli - comercial@grupoeletrolar.com Editora-chefe - Leda Cavalcanti (Jorn. resp. – MTb. 10.567) - leda@editoracec.com.br Chefe de Redação - Neusa Japiassu - redacao@editoracec.com.br Repórter - Igor Carvalho - igor@editoracec.com.br Revisoras - Abgail Cardoso e Maria Inês Caravaggi Direção de Arte - Bianca Oddone, Fernando Gouvea e Mariela Ponce Gerente de Marketing - Cecília Rosner Gerente de Marketing internacional - Roberta Zogbi Marketing e Assinaturas - Regina Martins e Tatiana Lopes Publicidade - Claudia Clur, Nivaldo Salgado, Ricardo Kühl, Andréa Soares e Valquiria Macedo Gerente Operacional - Marcus Ferrari Capa - Fernando Gouvea Eletrolar News é uma publicação da C&C Comercial do Brasil Ltda. Av. Brigadeiro Faria Lima,1.234, 19º cj. 194 CEP 01451-913 - São Paulo - SP Tels. (55 11) 3034-4100 Fax (55 11) 3814-9074 www.editoracec.com.br info@editoracec.com.br Editora C&C - Argentina Av. Córdoba, 5.869, 1º A (C1414BBE) CABA Tels. (54 11) 4773-5656 / 7371 / 8737 www.editoracyc.com.ar info@editoracyc.com.ar ELETROLAR NEWS é uma revista de negócios para a indústria e o varejo de eletrodomésticos, eletroeletrônicos, celulares e TI. As matérias, marcas, produtos, ilustrações e preços têm caráter exclusivo de informação e sua publicação não implica compromisso ou responsabilidade. ELETROLAR NEWS não recebe remuneração pelas informações que publica. Os editores não se responsabilizam pela opinião dos entrevistados, ou pelo conteúdo das matérias recebidas por meio da assessoria das empresas citadas. A reprodução total ou parcial das matérias só será permitida após prévia autorização da editora. Impressão: PROL Editora Gráfica

Bons negócios! Carlos Clur

ELETROLAR NEWS É UM PRODUTO DE:

5 CANAIS DE COMUNICAÇÃO E NEGÓCIOS ENTRE A INDÚSTRIA E O VAREJO.

R E V I S TA E LE T R O LAR N E WS | E LE TR O LAR S HO W | GUIA DO COMPRA DOR | POR TA L EL ETROL A R.COM | NEW SL ETTER

www.grupoeletrolar.com.br

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LINHA BRANCA

DA COZINHA Mercado de lava-louças tem futuro promissor no Brasil. Além da baixa penetração nos lares brasileiros, a PEC das domésticas e a crise hídrica têm contribuído para o aumento da relevância dessa categoria entre os itens da linha branca.

Igor Carvalho

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LINHA BRANCA

Gustavo Melo, gerente-geral de marketing da Whirlpool Latin America

Built In Brastemp 6 Serviços

N

o rol de eletrodomésticos indispensáveis para a nova cozinha do brasileiro, a lava-louça é uma estrela em ascensão. Ao equipar seu primeiro imóvel próprio, o consumidor não poupou, investiu em produtos sofisticados e com bastante tecnologia embarcada. Mas não é só isso que tem impulsionado as vendas da categoria (uma das únicas da linha branca a avançar em volume e valor). As lava-louças deixaram de exercer um papel apenas aspiracional para se firmarem, também, como aliadas das tarefas domésticas depois da regulamentação do trabalho das empregadas, que aumentou os custos dessa mão de obra, e da crise hídrica, que vem exigindo a revisão de alguns hábitos dos brasileiros em relação ao consumo de água. O número de lares equipados com o produto ainda é muito baixo no País.

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Lava-louça Consul 6 Serviços

A indústria estima que, atualmente, menos de 2% das casas têm lava-louça e a maioria, cerca de 80% delas, está localizada na Região Sul. Entre os domicílios das classes A e B, a penetração do produto é de 10% e, nos da classe C, somente 1%. “Existem muitas oportunidades para o crescimento desse mercado no Brasil. Em comparação, podemos considerar países como Alemanha ou Estados Unidos, nos quais estão presentes em 80% dos lares”, informa Gustavo Melo, gerente-geral de marketing da Whirlpool Latin America, que detém as marcas Brastemp e Consul. As vendas do produto ao longo de 2014 reforçam a avaliação positiva do executivo. Segundo a empresa de pesquisas GfK, o desempenho das lava-louças avançou 3,8% em volume e 6,6% em valor, no acumulado de janeiro a novembro. O faturamento


Fotos: Divulgação

Kati Dias, gerente-geral

de Home Appliance da LG Electronics do Brasil

TrueSteam14TM (LDS5540), da LG

MENOS ÁGUA No momento em que medidas para reduzir o consumo de água passam a fazer parte das preocupações dos brasileiros, diante da possibilidade de racionamento e da diferenciação

da tarifa de acordo com a redução ou aumento do consumo de água, os varejistas estão diante de um ótimo argumento para vender lava-louças. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) informa que lavar louça manualmente, durante 15 minutos e com a torneira meio aberta, consome 117 litros de água. Com a máquina cheia, dependendo da sua capacidade e da quantidade de utensílios lavados, o gasto passa a ser de apenas 40 litros. Para a indústria, a redução é ainda maior. “Esse mercado tem apresentado crescimento contínuo em função da economia de água, além da praticidade. Estimamos que uma lava-louça economiza 10 vezes mais água, se compararmos o gasto de lavar à mão. Quando comparada às torneiras elétricas, ela também apresenta economia considerável de energia”,

Redução no consumo de água é um forte argumento para os varejistas impulsionarem as vendas da categoria,

maior da categoria revela ainda que, apesar do impacto inflacionário, o consumidor tende a optar por modelos com maior valor agregado, acima de R$ 1 mil. “O mercado de lava-louças vem crescendo, principalmente depois da Lei das Domésticas. A LG espera que ele cresça ainda mais, pois o consumidor necessita otimizar as tarefas do lar. Em 2014, realizamos uma pesquisa e descobrimos que ele deseja ter mais tempo livre para si. Por isso, o que mais motiva a compra desse produto é a praticidade”, conta Kati Dias, gerente-geral de Home Appliance da LG Electronics do Brasil.

que avança com produtos de tíquete médio alto.

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LINHA BRANCA

A diretora da Gorenje do Brasil, Tatjana Močenik, acredita que os atributos desses produtos acabam seduzindo os consumidores e justificam o investimento. “2014 foi o ano em que mais vendemos lava-louças. Esse aumento, no Brasil, se deu pela disseminação dos inúmeros benefícios e pela eficiência dos aparelhos atuais, pois a tecnologia é mais avançada e proporciona melhor resultado na limpeza das louças. Acredito que nos próximos anos o interesse por esse produto vai crescer. Nada limita o acesso e, quanto mais o consumidor perceber as vantagens desse eletrodoméstico, a tendência é de aumento nas vendas.” CUSTO-BENEFÍCIO No fim dos anos 90, as lava-louças eram uma atração na cozinha. A taxa de penetração do produto chegava a 10%, mas as máquinas disponibilizadas eram de qualidade ruim. Embora baratas, provocavam vazamentos e não entregavam um serviço bem-feito – cenário muito distinto do de hoje. Os consumidores as deixaram de lado. Entretanto, o portfólio da indústria se renovou e passou a oferecer, recentemente, equipamentos com função de esterilização e lavagem a vapor, assegurando qualidade de limpeza superior, a possibilidade de lavar taças e panelas ao mesmo tempo, lavagem rápida, silenciosa e que consome pouca água e energia. “Dentro do mercado de linha branca, a categoria ainda não está entre

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Fotos: Divulgação

diz Iberê Martello, diretor comercial de linha branca e portáteis da Britânia, dona da marca Philco. Um contraponto a esse benefício apontado pelo executivo é o alto tíquete médio da categoria, que limita o acesso e a penetração nos lares. O tamanho das cozinhas, cada vez menores e compactas, é outro desafio para o segmento.

Iberê Martello, diretor

comercial de linha branca e portáteis da Britânia

PH12S, da Philco

as mais prioritárias, porém é vista como aspiracional pelos consumidores. Aqueles que estão em fase de mudança, como os recém-casados ou os que estão realizando alguma reforma na casa, têm maior sensibilidade à compra no curto prazo”, conta Melo, da Whirlpool, uma das fabricantes que mais aposta no segmento. O portfólio de lava-louças da Brastemp dobrou no segundo semestre de 2014 e, atualmente, conta com cinco modelos. A empresa também introduziu esse item no mix da Consul, ao lançar no ano passado a Lava-louça Consul 6 Serviços. O produto da Consul é compacto, fácil de instalar e usar. Possui engate que agiliza a instalação na pia e em qualquer torneira, demandando, no máximo, 10 minutos. Tem capacidade de lavar louças de até 6 pessoas e função Spray d’Água, jatos que per-

mitem acumular louças entre as refeições, pois não deixam que a sujeira resseque e evitam odores. Do portfólio da Brastemp, além de quatro modelos, com capacidades de seis a 14 serviços, o destaque é a Built In 6 Serviços, primeiro modelo compacto de embutir do mercado, segundo a empresa. Limpa até 68 peças, possui alinhamento estético com os fornos da marca e programa Enxágua e Seca, que deixa as louças limpas, secas e brilhantes em 40 minutos. PONTOS POSITIVOS A gerente-geral de Home Appliance da LG também aposta na praticidade do produto para deslanchar a categoria no País. “O brasileiro tem adquirido, de forma gradual, o costume de usar a lava-louça. A tendência é que a sua penetração aumente em todas as classes sociais.” A TrueSteam14TM (LDS5540), mode-


Foto: Studio Thiago Henrique

Tatjana Močenik, diretora da

Gorenje do Brasil

Lava-louça Gorenje

A economia de água e energia, na opinião da Tatjana, da Gorenje, é um dos principais pontos fortes do produto. “Ela recircula e reaproveita a água, por isso não a desperdiça, como a lavagem na pia, em que a água é descartada diretamente no ralo. Além disso, a lava-louça economiza muito o tempo de quem deseja ficar longe da pia na hora de lavar pratos em casa.” A Lava-louça Go-

renje, de 13 serviços, utiliza apenas 8,5 litros de água por ciclo, consome até 30% menos energia, na comparação com outros modelos de classe energética A, tem baixo nível de ruído, alcançado através de isolamento acústico especial, é de embutir e revestida com a mesma marcenaria dos armários da cozinha.

Novos modelos são mais silenciosos e oferecem a função de esterilização e lavagem a vapor, bem como a possibilidade de

Outra lava-louça disponível para o varejo é a PH12S, da Philco, com acabamento interno em inox. Com 12 serviços de capacidade, tem como diferencial a possibilidade de programar o início da lavagem (a cada 3, 6 ou 9 horas), trava no painel de operações, a fim de evitar acidentes, sistema de proteção contra transbordamento e de tripla filtragem – evitando que os resíduos de alimento caiam diretamente na tubulação da máquina, ocasionando a sua obstrução.

lo da marca, conta com três hélices (uma na parte superior, outra na inferior e uma ao centro) com pressão de água ajustável, o que permite lavar panelas e copos de cristal, simultaneamente. Com capacidade de 14 serviços e 13 programas de lavagem, ela esteriliza, tem motor silencioso, acabamento em aço escovado e economiza até seis vezes mais água em relação à limpeza manual – no ciclo normal, consome somente 10 litros.

lavar taças e panelas ao mesmo tempo.

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10ª ELETROLAR SHOW

SMARTPHONE CONGRESS Iniciativa pioneira do Grupo Eletrolar, o Smartphone Congress vai abordar vários aspectos ligados aos smartphones, entre eles a indústria, as mudanças de comportamento e o universo dos aplicativos.

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SMARTPHONE CONGRESS

Grupo Eletrolar inova e em julho, na maior feira de bens de consumo da América Latina, realiza o Smartphone Congress.

O

smartphone será o centro de um grande debate na edição comemorativa dos 10 anos da Eletrolar Show, a maior feira da América Latina de eletrodomésticos, eletroeletrônicos, celulares e TI. Iniciativa pioneira do Grupo Eletrolar, o Smartphone Congress vai abordar vários aspectos ligados ao aparelho que vem mudando comportamentos e formas de fazer negócios. A influência dos smartphones em todos os segmentos, as tendências que norteiam a indústria de smartphones e o universo dos aplicativos são alguns dos temas a serem destacados por especialistas para os participantes. A troca de ideias e o debate sobre o papel que estes pequenos aparelhos desempenham no dia a dia do cidadão e nas empresas é de grande valia nesta época em que mobilidade é palavra de ordem, diz Carlos Clur, presidente do Grupo Eletrolar. “Os smartphones irão, cada vez mais, comandar a conectividade, das residências às grandes corporações, sua importância é crescente, tanto que no ano passado cerca de 55 milhões de aparelhos foram vendidos no Brasil e a projeção para 2015 é de quase 65 milhões.”

Em termos mundiais, no terceiro trimestre do ano passado, as vendas de smartphones subiram 20,3% em relação ao mesmo período de 2013 e chegaram a 301 milhões de unidades, segundo dados da consultoria Gartner. O movimento contrastou com o volume comercializado de telefones celulares em geral, que ficou praticamente estável em 455,8 milhões. No Leste Europeu e na região que compreende Oriente Médio e África, o crescimento nas vendas de smartphones foi próximo de 50%. Nos Estados Unidos, foram vendidos 179 milhões

Carlos Clur, presidente do Grupo Eletrolar

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10ª ELETROLAR SHOW

de unidades em 2014 e o faturamento chegou a US$ 51,5 bilhões, conforme dados da Consumer Electronic Association.

Como evento B2B, a Eletrolar Show abre novos caminhos, valoriza as marcas, otimiza o tempo, facilita o diálogo e as negociações. Por

esses atributos, mais de 75% do espaço já foi comercializado.

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Significativos para os negócios e com soluções avançadas de segurança, os smartphones estão cada vez mais leves, finos e com alta tecnologia em processadores, câmeras e telas. Crescem, também, como meio preferido de acesso à web. “Os números são reveladores da necessidade do usuário de se conectar de qualquer lugar, comprovando o quanto são essenciais esses aparelhos, o que também será colocado no Smartphone Congress, uma oportunidade de debater não só o futuro como de desenhar novos processos de negócios”, afirma Clur.

40 HORAS DE BONS NEGÓCIOS Inovação, tecnologia e ousadia são pontos que estão na base da Eletrolar Show, que este ano chega à sua décima edição. Visitada por fabricantes e varejistas de todos os portes e regiões brasileiras, reúne também atacadistas, distribuidores, profissionais de compras de lojas de departamento, de hiper e supermercados, de home centers, bem como representantes comerciais e do e-commerce. A indústria e o varejo se encontram neste evento organizado pelo Grupo Eletrolar, que facilita as parcerias, gera negócios e cresce em resultado a cada ano.


Hoje, a Eletrolar Show é o principal espaço para o lançamento de produtos que estarão nas vitrines do varejo no segundo semestre do ano e para o estreitamento dos relacionamentos comerciais entre quem fabrica e quem vende. Como evento B2B, abre novos caminhos para as empresas, mostra tendências, valoriza as marcas, otimiza o tempo, facilita o diálogo e, consequentemente, as negociações. São esses atributos que já garantiram a comercialização de 75% do espaço da feira, quase seis meses antes de sua realização. Em 2015, a Eletrolar Show, marcada para o período de 20 a 23 de julho, no Transamerica Expo Center, na capital paulista, apresentará mais de 600 marcas e 10 mil produtos. A estimativa de visitação é superior a 30 mil qualificados profissionais de compras, que têm poder de decisão sobre 26 mil pontos de venda em todo o País. Como já é tradição, o Grupo Eletrolar patrocinará a vinda de compradores de grandes redes que não têm sede em São Paulo. Este ano, o número será ampliado – serão 600 ante 550 em 2014. A organização também trará 100 compradores da América do Sul: da Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Peru e Venezuela.

ENTRE OS EXPOSITORES CONFIRMADOS ESTÃO: Act! Home Fitness,

Neste ano, a feira funcionará em novo horário, das 10 às 20 horas, atendendo ao pedido de muitos profissionais de compras de várias regiões do Brasil, que querem mais tempo para visitar a feira e conhecer todos os produtos dos expositores. “Nosso objetivo é oferecer aos visitantes um verdadeiro showroom de marcas e maior número de horas para a concretização de bons negócios”, diz Clur. O credenciamento para a décima edição da feira já está aberto no site www.eletrolarshow.com.br

AF International, Allied, Anodilar, Anurb, Aquarius Brasil, Arke, Arno, Atlas Eletrodomésticos, B2C Express, Bel Casa/Jardim, Black+Decker, Blu, Brasforma, BTC, Cadence, Central de Funcionamento, Colli Bike, Colormaq, Comesp, Dazz/Maxprint/Gothan, Dello, DL, Dream Fitness, Driftin, Droid Invue, ELG Suportes, Elgin, Ello, Equipo, Esmaltec Eletrodomésticos, Fischer, Frahm/Hinor, GA.MA Italy, Gaja-Tec, Garmin do Brasil, Gas Grill, Geonav, Liz Eletric, Hamilton Beach, Houston, iKase, Instituto Eldorado, Jetpik, KW Fitness, Latina Eletrodomésticos, Lenor, Lenoxx, Logitech Brasil, Mallory, Media Tek, Midea, Mondial Eletrodomésticos, Mox/Dotcell, Mueller, Multilaser, Multivisão, Nagem, NC Games, NewLink, Niivo, OEX, Oneal Audio, Opeco, Oster Brasil, Paz Pazini, Policarbon, Polimet/Poli Sports, PontoFrio Atacado, RCG, Relaxmedic, RexShop, Ribeiro e Pavani, SGS Certificadora, SKY, Smart Fitness, Sony, Spirit, Spot, SteamMax/MaxHome, Sumay, Superkit Distribuidora, Teem, The Leadership Group, Tomate, TP-Link do Brasil, Track&Bikes, TÜV Rheinland Brasil, UPSAI Sistemas de Energia, Ventisol, Vetti Tecnologia, Visiontec, Wanke, WAP, WLW e Zeex.

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MATÉRIA DE CAPA

R A R E P U S A R A P S 5 O 1 T 0 N 2 O E D PR S O I F A S E D OS Varejo e indústria de eletroeletrônicos estão se preparando para reverter a desaceleração do consumo e o baixo otimismo que ameaçam este ano. É em momentos de dificuldades que são criadas boas oportunidades. A palavra de ordem é criatividade.

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O ano de 2014 frustrou as expectativas da indústria e do varejo de eletros, que viam a Copa do Mundo como uma grande oportunidade de negócio. Com exceção do mercado de televisores, muitos empresários preferem esquecer as dificuldades que marcaram aqueles 365 dias, aprofundadas ainda mais diante das incertezas decorrentes das eleições presidenciais. A hora é de recomeçar. 2015 chegou com uma certa cautela, mas o mercado não acredita que será um ano totalmente perdido. Embora se espere pelos ajustes para controle da inflação e retomada do investimento, as oportunidades podem surgir de ideias e produtos inovadores, bem como da sensibilidade em perceber aquilo que ninguém observou. Veja as entrevistas.


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ABRADISTI VAREJO

ATACADÃO DOS ELETROS Fotos: Divulgação

BALANÇO DE 2014 Apesar das dificuldades no cenário político e econômico, soubemos aproveitar as oportunidades e fazer de 2014 um bom ano, com crescimento de quase 27%, bem acima da média do varejo. PONTOS POSITIVOS DO ANO A Copa do Mundo foi menos traumática do que esperávamos e alavancou o crescimento da linha marrom, principalmente dos televisores. A massificação dos smartphones também gerou boas oportunidades de negócios.

Américo Wanderley, presidente

O QUE FOI NEGATIVO Tivemos um panorama político indefinido, marcado por incertezas econômicas e pela perda de credibilidade internacional. Nesse cenário, aumentam-se muito os riscos para os investimentos. CONSUMO EM 2014 A alta da inflação e o aperto no crédito diminuíram o poder de compra do consumidor, afetando o varejo. O cliente ficou mais inseguro com as perspectivas econômicas ruins, o que impactou a sua disposição para comprar. As classes C e D continuam sendo as que mais consomem e demandam itens com melhores recursos, qualidade e maior tíquete médio.

Atacadão dos Eletros, filial em João Pessoa (PB)

CAMPEÕES DE VENDAS Os destaques foram os smartphones, seguidos pelos televisores de tela grande e refrigeradores. PRINCIPAIS MUDANÇAS NO VAREJO Os consumidores estão cada vez mais exigentes, informados e atentos a produtos e serviços de qualidade. Eles também querem facilidade e comodidade na hora de comprar. Por isso, o varejo tem de oferecer

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novas experiências de consumo, por meio das lojas físicas, virtuais ou da integração de ambas. A consolidação da Black Friday no País também trouxe mudanças significativas, mas a observamos com cautela, pois houve a antecipação das compras de Natal, com reflexos nas vendas de janeiro e nas margens, mais apertadas. FIDELIZAÇÃO DOS CLIENTES Trabalhamos a regionalidade, a força da marca, e tentamos personalizar ao máximo nosso atendimento. Por sermos uma empresa 100% nordestina, nos comunicamos bem e entendemos melhor o consumidor local. Também aumentamos nossos investimentos em pessoas e melhoramos o nosso pós-venda. E-COMMERCE Ainda está em fase de amadurecimento, e a sua representatividade no faturamento total ainda é pequena. A expectativa é de crescimento nos próximos anos, e já estamos trabalhando na integração com as lojas físicas. ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO O Brasil está em um momento político e econômico muito conturbado. Dificilmente teremos um 2015 melhor do que 2014. Acreditamos que só no segundo semestre de 2016 deveremos ter sinais de recuperação na economia e no consumo. EXPECTATIVAS DA EMPRESA Trabalhar mais e buscar oportunidades para melhorar, pois sempre temos como e onde melhorar. Em 2015, vamos segurar novos investimentos e concluir as lojas que iniciamos em 2014, inaugurando 8 lojas. Temos certeza de que terminaremos 2015 maiores e melhores do que 2014. Vamos crescer acima da média, como tem sido nos últimos anos.



ABRADISTI VAREJO

CR DIEMENTZ Fotos: Divulgação

BALANÇO DE 2014 Diante de um novo panorama econômico mundial, o ano não foi dos melhores. A elevada tributação contribuiu para o processo de desindustrialização do País, pois retirou a competitividade dos nossos produtos, estimulando a importação e o desemprego. Além disso, a população apresentou alto nível de endividamento e houve alta do custo financeiro. Mas a empresa teve um ano saudável, com resultados positivos e crescimento, embora menor do que o esperado.

Homero de Toledo, superintendente

CR Diementz, unidade em Montenegro (RS)

FATORES POSITIVOS DO ANO O governo federal ter mantido sem reajustes o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) em janeiro de 2014, o que estimulou setores internos diante da crise econômica mundial. Esse ponto, associado à solidez de nossa empresa, que opera basicamente com capital próprio, possibilitou vantagens frente à concorrência. O QUE FOI NEGATIVO A preocupação com a elevada carga tributária e o baixo retorno em termos de investimentos públicos. Há necessidade de melhorias em rodovias do interior, que estão em péssimas condições, o que afeta a logística das empresas. A segurança pública exige atenção, junto com a necessidade de investimento em educação, pois o segmento sofre muito para encontrar mão de obra qualificada. Esses fatores inibem o desenvolvimento do comércio. Será que já não está na hora de mudar essa política que tributa fortemente a produção e o consumo? CONSUMO EM 2014 O PIB brasileiro dá sinais notórios de enfraquecimento. Isso porque os últimos anos foram pautados no consumo da classe C, que, cautelosa, já começa a poupar e

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a comprar menos frente aos sinais de fraqueza da economia e à possibilidade de desemprego. Mas, mesmo assim, ela continua sendo a principal classe consumidora e a que apresenta maior renda per capita. CAMPEÕES DE VENDAS A concorrência cada vez mais acirrada empurrou os preços para baixo e achatou as margens. Com a popularização da internet, o varejo vendeu mais eletrônicos, celulares, televisores, computadores e tablets. Em seguida, vieram os produtos da linha branca. PRINCIPAIS MUDANÇAS NO VAREJO A evolução da classe média, a desaceleração da economia e as mudanças no padrão de consumo. FIDELIZAÇÃO DOS CLIENTES Para fidelizar os clientes, a empresa está cada vez mais atenta na comunicação segmentada com seu público-alvo. E-COMMERCE Não temos e-commerce, mas estamos desenvolvendo uma plataforma. ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO Os poucos investimentos e a baixa confiança entre empresários e consumidores devem gerar uma desaceleração na economia. No entanto, continuamos a encontrar oportunidades interessantes, mesmo que a economia brasileira cresça menos do que a média dos últimos anos. EXPECTATIVAS DA EMPRESA Apesar dos fatores negativos citados, estamos planejando crescimento neste ano, com a abertura de cinco lojas, no mínimo.


ABRADISTI VAREJO

CYBELAR

PONTOS POSITIVOS DO ANO Os pontos positivos foram as oportunidades geradas pelo calendário, como a Copa do Mundo. Mas as vendas foram boas apenas para as telas e muito ruins para as outras categorias. O QUE FOI NEGATIVO A instabilidade do mercado excepcional provocada pela Copa e eleições. CONSUMO EM 2014 O balanço foi positivo, com a continuidade da demanda e do crescimento do poder aquisitivo do consumidor, particularmente das classes mais populares. CAMPEÕES DE VENDAS Os smartphones e as smart TVs foram os destaques de 2014. PRINCIPAIS MUDANÇAS NO VAREJO Foi possível observar a busca do consumidor por produtos que oferecessem melhor relação custo-benefício, ou seja, com melhor qualidade. Ele

foi mais seletivo em suas escolhas. O atendimento foi ponto de destaque, o cuidado com o ponto de venda físico. Maior pesquisa e melhores ofertas fizeram a diferença. Também o calendário promocional de datas foi modificado, com a consolidação da Black Friday. Ela está integrada no calendário de vendas do varejo brasileiro. FIDELIZAÇÃO DOS CLIENTES A busca constante do melhor atendimento, com a preparação de toda a nossa equipe de vendas e de loja, tem sido o foco do nosso trabalho para fidelizar os clientes da Cybelar.

Fotos: Divulgação

BALANÇO DE 2014 O ano de 2014 foi bastante diferente dos anteriores. Tivemos um início com a expectativa bastante positiva em razão de realização de Copa do Mundo de Futebol no Brasil e as eleições, que anunciavam um bom período de demanda do consumidor. Infelizmente, nem a Copa nem as eleições provocaram o consumo esperado, deixando um ano bastante irregular e abaixo das vendas estimadas. Foi um ano de pequeno crescimento.

Ubirajara Pasquotto, diretor-executivo

E-COMMERCE A tendência do e-commerce continuará a crescer em 2015. Ele está consolidado e mais integrado com as lojas físicas. ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO Em relação a 2015, será um ano bastante desafiador, com pouca possibilidade de crescimento. O aumento de consumo será pontual em algumas categorias de produtos como smartphones e outros que possam ter ganho de eficiência energética, que acarretarão economia para o consumidor.

Loja Cybelar, unidade em Vinhedo (SP)

EXPECTATIVAS DA EMPRESA Nossa expectativa, em 2015, é de um crescimento pequeno, dada as perspectivas de ajustes que o governo tem sinalizado. Mesmo assim continuaremos investindo na expansão de nossas lojas, com a abertura de novas unidades.

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ABRADISTI VAREJO

GAZIN Fotos: Divulgação

BALANÇO DE 2014 O ano foi difícil e atípico. No entanto, mesmo 2014 tendo a Copa do Mundo, as eleições e as pesquisas apontando desempenho decrescente do comércio, o Grupo Gazin cresceu acima do planejado. PONTOS POSITIVOS DO ANO Um aspecto positivo do ano passado foi a baixa taxa de desemprego.

Osmar Della Valentina, presidente

O QUE FOI NEGATIVO Mesmo com o desemprego reduzido, a inadimplência marcou 2014 como um fator negativo. CONSUMO EM 2014 As classes C e D foram as que mais consumiram, mas a conscientização do consumidor brasileiro em controlar seu orçamento familiar tem sido uma mudança considerável para o varejo. CAMPEÕES DE VENDAS A linha de colchões se destacou em 2014, assim como as linhas de móveis

Gazin, unidade em Ji Paraná (RO)

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e de telefonia, que também tiveram número expressivo de vendas. PRINCIPAIS MUDANÇAS NO VAREJO O atendimento aos clientes esteve e continua em constante melhoria. É necessário. No ano passado, mais de 900 funcionários passaram por treinamento na matriz da empresa. Investimos também em tecnologia e inovação, com vendedores atendendo via tablet. Fomos os pioneiros neste novo modelo, que propicia agilidade e qualidade no atendimento. FIDELIZAÇÃO DOS CLIENTES Financiamos 100% de nossas vendas a prazo com recursos próprios. Esta é uma das formas que utilizamos para fidelizar os nossos clientes. EXPECTATIVAS DA EMPRESA Esperamos que 2015 seja similar ao ano passado. Iremos inaugurar 10 lojas este ano e planejamos investimentos da ordem de 1% do faturamento do Grupo Gazin.


ABRADISTI VAREJO

GRUPO DADALTO

PONTOS POSITIVOS DO ANO A rapidez da introdução do novo mix, que nos deixou mais próximos das nossas origens, a recuperação do foco no cliente e na preparação das lojas para atendê-lo, e o crescimento em 1,3 pp na margem, resultando em lucro bruto 7% maior. O QUE FOI NEGATIVO O calendário apertado, com vários feriados em razão da Copa, e um cenário de incertezas desencadeado pelas eleições. Isso abalou o consumo e fez de 2014 o pior ano para o varejo desde 2003. CONSUMO EM 2014 Houve retração, principalmente após a Copa. As classes B e C foram as principais consumidoras, mas o endividamento das famílias foi muito alto. O consumidor tem aproveitado cada vez mais as oportunidades e grandes liquidações. O consumo voltou a crescer proporcionalmente ao PIB e não mais da forma acelerada nos últimos três anos. CAMPEÕES DE VENDAS As categorias de telefonia celular, vídeo, climatização e limpeza tiveram grande destaque.

PRINCIPAIS MUDANÇAS NO VAREJO Destacamos a força das liquidações em janeiro e o enfraquecimento das vendas no inverno, por causa da Copa do Mundo. No segundo semestre, o grande destaque foi a consolidação da Black Friday como forte evento anual. Em contrapartida, ela antecipa o consumo do Natal e divide as vendas. FIDELIZAÇÃO DOS CLIENTES Oferecemos as principais novidades do mercado, com preços competitivos e pagamento facilitado, e o cartão Dadalto, com condições de pagamento especiais. Temos lojas confortáveis e bem localizadas, para uma excelente experiência de compra.

Fotos: Carlos Edler

BALANÇO DE 2014 Foi um ano de muitas mudanças para o Grupo Dadalto. Fizemos um reposicionamento no nosso mix no primeiro semestre e, com o novo portfólio, crescemos 7% no lucro bruto, com as mesmas lojas, e tivemos lucro operacional após a reestruturação. Apostamos em telefonia celular, que tem grande importância, e nos eletroportáteis, principalmente para a cozinha e a casa, reforçando a identificação de nossos consumidores com a marca Dadalto.

Leonardo Coelho, diretor-geral

E-COMMERCE Em razão da reformulação do mix, optamos pelas vendas online no período de Natal. Voltamos a utilizar nosso site só em novembro de 2014, mas nossa expectativa é de crescimento substancial e de superar o patamar de vendas que tínhamos em 2013. ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO Acreditamos em um ano recessivo, de rearranjo interno, impactando o consumo, que deve crescer proporcionalmente ao PIB.

EXPECTATIVAS DA EMPRESA Investiremos na capacitação da equipe de vendas e na consolidação do novo mix. O bom relacionamento com fornecedores, a implementação de novos softwares de gestão e a logística mais eficiente que estabelecemos em 2014 também serão fundamentais para proporcionar aos clientes uma experiência de compra diferenciada. A eficiência operacional e o absoluto controle de caixa serão essenciais para a retomada do crescimento, talvez a partir de 2016.

Dadalto, filial Shopping Moxuara em Cariacica (ES)

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ABRADISTI VAREJO

KOERICH Fotos: Divulgação

BALANÇO DE 2014 O ano não foi fácil para o varejo. Foi atípico, com eleições e Copa, e exigiu muita atenção e readequação constante das ações. Atingimos nossa previsão de crescimento, em torno de 12%, fato que se deveu ao bom desempenho no primeiro semestre, quando as vendas superaram todas as metas. PONTOS POSITIVOS DO ANO Abertura de novas lojas. Alcançamos o crescimento e o desenvolvimento. Mantivemos nossas raízes e consolidamos a marca.

Antônio Koerich, presidente

O QUE FOI NEGATIVO O comércio varejista teve o Natal mais fraco em volume de vendas dos últimos cinco anos. O resultado reflete a tendência de desaquecimento das vendas no varejo, observada ao longo de 2014, em virtude do cenário econômico desfavorável, com crédito mais caro, inflação elevada e baixa confiança do consumidor. CONSUMO EM 2014 O consumo se concentrou no primeiro semestre, impulsionado pela Copa do Mundo. As classes sociais cresceram em virtude dos eventos, tanto esportivos quanto políticos, que tivemos no ano passado.

Koerich, unidade em Forquilhinha (SC)

CAMPEÕES DE VENDAS Linha tecnológica, eletroeletrônicos, televisores, splits, móveis e sofás. PRINCIPAIS MUDANÇAS NO VAREJO O consumo foi atípico, pois as vendas dos produtos tecnológicos se concentraram no primeiro semestre. No final do ano, o consumidor investiu na modernização de sua casa e optou pela renovação dos móveis. FIDELIZAÇÃO DOS CLIENTES A empresa considera o trabalho de comu-

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nicação como investimento e é por isso que tem a preferência do consumidor. Fazemos campanhas com sorteio de prêmios em datas especiais para o varejo e promoções com preços e prazos atrativos. Desde 1963, foram entregues mais de 600 automóveis e milhares de produtos, e cerca de mil clientes receberam brindes como recíproca por compras. Lançamos o slogan Prêmio Koerich é prêmio entregue, que está diretamente ligado à marca. Temos, também, o Cartão Koerich, com benefícios ao cliente e descontos relevantes na taxa de juros para premiar a pontualidade nos pagamentos. E-COMMERCE A empresa apresentou novo e-commerce, com layouts para web e mobile, e expandiu sua atuação. Montou uma estratégia focada no consumidor e no aumento da rentabilidade. Hoje, entrega em todo o Estado de Santa Catarina e, em breve, nas Regiões Sul e Sudeste do País. Também entrou no m-commerce. Com a mudança no layout, uma ferramenta, inédita entre as maiores varejistas, foi inserida, para o cliente montar ambientes no site. Investimos e ampliamos em 40% o mix de móveis. ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO Apesar do cenário econômico e do PIB, a empresa está otimista e prevê crescimento de no mínimo 10% e novas ações.

EXPECTATIVAS DA EMPRESA Em 2015, a Koerich, que cresceu e se desenvolveu com Santa Catarina, comemora 60 anos de fundação e irá superar o número de 100 lojas físicas no Estado. Lançará cartão de crédito com bandeira própria e neste trimestre inicia a construção de seu novo centro de distribuição, que centralizará todas as demandas. O investimento é superior a R$ 20 milhões.


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LOJAS BERLANDA

PONTOS POSITIVOS DO ANO As vendas de televisores, aparelhos de ar-condicionado e ventiladores. O QUE FOI NEGATIVO O grande número de feriados ao longo do ano. Durante a Copa, tudo parava quando o Brasil jogava, inclusive o varejo. CONSUMO EM 2014 Nos anos anteriores, tivemos um consumo elevado nas classes C e D, mas em 2014 houve retração, reflexo do endividamento das famílias e do crescente quadro de inadimplência. A Copa do Mundo impulsionou a procura por televisores, principalmente de tela grande, e produtos com maior valor agregado, o que estimulou o crescimento nas aquisições das classes A e B. CAMPEÕES DE VENDAS Na Copa, vendemos muitos televisores, chegando a zerar o estoque em algumas lojas. No fim do ano, ar-condicionado e ventilador foram os campeões. Sabíamos que seria um verão quente e com antecedência programamos os pedidos, mas com a alta demanda a capacidade de reposição foi aquém do solicitado em alguns momentos. PRINCIPAIS MUDANÇAS NO VAREJO O endividamento das famílias brasileiras e a cautela dos consumidores ao contrair uma dívida de longo prazo. O e-commerce, por sua vez, cresce a cada ano, mas ainda representa uma margem baixa para o varejo.

FIDELIZAÇÃO DOS CLIENTES Duas ações deram resultados muito positivos para a rede em 2014. Uma delas foi a parceria com a Dotz, um sistema de pontuação com troca de produtos. Em Santa Catarina, entre as varejistas, só a rede Berlanda tem parceria com a Dotz. Outra, a campanha Caminhão de Natal teve excelente repercussão, e atraiu novos consumidores às lojas. No total, 20 caminhões com 50 prêmios foram sorteados em novembro e dezembro. E-COMMERCE Reconhecemos que ainda engatinhamos no e-commerce, que representa de 3% a 4% do nosso faturamento geral. O nosso maior desafio no ambiente digital é crescer com resultado, uma vez que no e-commerce a competição está a um clique de distância e a disputa pelo menor preço é agressiva. ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO O ano será de estagnação e de muita cautela. Nossos esforços serão para manter o mercado conquistado. Há grande expectativa quanto à economia neste semestre e dependemos de fatores que impactam diretamente na receita. Todas as nossas lojas, por exemplo, funcionam o dia inteiro, mas não repassaremos o aumento de 35% da energia. É um ônus arcado pela rede.

Fotos: Divulgação

BALANÇO DE 2014 Tivemos um pequeno índice de crescimento, de 4%, mas não atingimos a meta estabelecida, de 15%. É importante considerar que foi um ano de retração para a economia e, consequentemente, para o varejo.

Nilso Berlanda, presidente

Lojas Berlanda, unidade em Curitibanos (SC)

EXPECTATIVAS DA EMPRESA As palavras de ordem são contenção de despesas, cautela e manutenção do quadro de funcionários. Não devemos crescer em número de lojas, mas não deixaremos passar as boas oportunidades. Há pouco, abrimos na cidade de Ouro (SC) a nossa 201ª unidade. Continuaremos investindo na fabricação de móveis, estofados e colchões e intensificaremos a busca por importação com melhores condições.

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LOJAS CEM Fotos: Divulgação

BALANÇO DE 2014 Avaliamos como um excelente ano. Tivemos ótimo crescimento, fechamos com 18,2% sobre uma base alta dos anos anteriores. Já há alguns anos estamos com o crescimento de 20%, em média, passamos de R$ 4 bilhões de faturamento e temos tudo para fechar 2015 com faturamento na casa dos R$ 5 bilhões. PONTOS POSITIVOS DO ANO O bom crescimento nas vendas, a manutenção da inadimplência dentro de bom patamar e a inauguração de 10 novas filiais, todas com excelentes resultados. José Domingos Alves, supervisor-geral

Lojas CEM, filial em Indaiatuba (SP)

O QUE FOI NEGATIVO A burocracia e o sistema tributário, cada vez mais complexo. O governo faz a todo momento alterações que só geram complexidade e não trazem ganhos nem para o consumidor, nem para as empresas, muito menos para ele próprio. Temos de mobilizar um batalhão de funcionários para cuidar dessa área. Além disso, o Judiciário às vezes toma decisões que geram conflitos de interesses, sem contar a justiça trabalhista. CONSUMO EM 2014 Em 2014, manteve-se o que vinha acontecendo nos anos anteriores, isto é, os consumidores continuaram comprando produtos com mais recursos tecnológicos e que proporcionam maior conforto. A classe C diminuiu o ritmo do consumo por estar com a renda mais comprometida, porém continuou sendo a que mais consumiu. CAMPEÕES DE VENDAS Por termos tido Copa do Mundo, os televisores, sem dúvida, foram os grandes destaques, seguidos por celulares e linha de informática.

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PRINCIPAIS MUDANÇAS NO VAREJO O consumidor hoje pesquisa mais, quer melhor atendimento, produtos de qualidade e um pós-venda eficiente. Isso possibilita às empresas que estão mais bem preparadas conquistar e manter novos clientes. FIDELIZAÇÃO DOS CLIENTES Como mencionei, a cada ano o consumidor está mais exigente. Estamos sempre aprimorando nossos treinamentos, tanto no momento da venda quanto no pós-venda. Também valorizamos e geramos oportunidades aos nossos colaboradores para que trabalhem felizes e repassem esse sentimento aos clientes. ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO Todos os caminhos apontam para um ano difícil. O País precisa fazer vários ajustes na economia, como a taxa de juros e o câmbio, além de controlar a inflação. As primeiras medidas tomadas pelo novo governo não são animadoras no aspecto do consumo. Além disso, temos grandes problemas de infraestrutura de forma geral e citamos como exemplo o setor elétrico, pois corremos sérios riscos de um apagão. Os sistemas tributário e trabalhista precisam de reformas urgentes, e há uma tendência de aumento do desemprego. Acredito que as empresas que não estiverem bem preparadas terão dificuldades. EXPECTATIVAS DA EMPRESA Embora a previsão para 2015 seja a de um ano difícil, vamos manter os investimentos semelhantes aos de anos anteriores. A nossa previsão é inaugurar, com recursos próprios, de 10 a 12 lojas, com 1.440 m² cada, seguindo o nosso padrão de prédios.


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BALANÇO DE 2014 Apesar da conjuntura econômica adversa, com crescimento mais moderado do consumo e do crédito e dos efeitos da inflação sobre a renda das famílias, 2014 foi um ano bom para Lojas Colombo. Tivemos crescimento nas vendas, investimos pesadamente no treinamento de nossas equipes e nos pontos de venda e fortalecemos o nosso negócio.

diais e o fortalecimento dos grandes players.

FATORES POSITIVOS DO ANO Os pontos mais positivos foram os investimentos que fizemos em pessoas, a revitalização de nossas lojas e o foco na Região Sul.

E-COMMERCE As vendas foram boas. Nosso e-commerce representa cerca de 22% do faturamento da companhia e a tendência é que cresça ainda mais em 2015, chegando a 25%.

O QUE FOI NEGATIVO Os aspectos negativos foram os sentidos pelo mercado: elevação nos juros, inflação em alta e baixo crescimento do PIB. CONSUMO EM 2014 Foi notada uma desaceleração do consumo de modo geral, motivada por restrições ao crédito, maior endividamento da população e aumento do desemprego. As classes sociais que mais consumiram foram a B e a C. CAMPEÕES DE VENDAS Os smartphones e os produtos da linha branca. PRINCIPAIS MUDANÇAS NO VAREJO A entrada de grandes marcas mun-

Foto: CandidaPhotoArt

LOJAS COLOMBO FIDELIZAÇÃO DOS CLIENTES Investimos em atendimento, nossa prioridade. Investimos também em treinamento, logística, revitalização dos pontos de venda e em tecnologia da informação, visando entregar uma solução completa para nossos clientes.

Adelino Colombo, presidente

ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO Sou um otimista por natureza, acredito sempre que teremos um ano melhor pela frente, apesar da inflação, dos juros, da desvalorização da moeda e do baixo crescimento do PIB. O consumo deve crescer, embora em patamares menores do que nos últimos anos. EXPECTATIVAS DA EMPRESA Trabalhamos para um crescimento de mais de 10%. Nosso plano de expansão prevê novas lojas e a continuidade do programa de revitalização das atuais. Também teremos crescimento no e-commerce e em tecnologia da informação.

Foto: Carlos Edler

Lojas Colombo, unidade no Shopping Iguatemi, em Porto Alegre (RS)

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LOJAS LEBES Fotos: Divulgação

BALANÇO DE 2014 2014 foi um bom ano para a empresa, que cresceu acima da média do mercado. A Lebes trabalhou forte no período, fez ações especiais para alavancar as vendas e atingir metas e, mesmo com alguns percalços como a Copa, que acarretou mais feriados e horários reduzidos nas filiais, fechou o ano com balanço bem positivo. PONTO POSITIVO DO ANO O nosso crescimento acima da média do mercado.

Otelmo Drebes, diretor-presidente

Lojas Lebes em Bento Gonçalves (RS)

O QUE FOI NEGATIVO O ano de 2014 exigiu um esforço adicional para realizar o mesmo. A Copa e as eleições desviaram enormemente o foco dos consumidores e, consequentemente, a realização de vendas pelos varejistas em geral. CONSUMO EM 2014 O mercado, em geral, sentiu o consumo um pouco contido e mais consciente, diferentemente dos anos anteriores, quando houve a redução do IPI e incentivos do governo que permitiram à população gastar mais. O aumento da taxa de juros e a inflação também contribuíram para frear o consumo, mas nada excessivamente preocupante. As classes sociais que mais consumiram foram a C e a D, que representam a grande maioria dos brasileiros e que sempre foram o público-alvo da nossa empresa. CAMPEÕES DE VENDAS Os produtos que se destacaram foram os da área de telefonia. PRINCIPAIS MUDANÇAS NO VAREJO O varejo brasileiro cada vez mais se conscientiza de que o público-alvo de grande potencial, hoje, pertence às classes C,

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emergente, e à D. Para atender bem esse consumidor é preciso manter o foco na criação de ações, na oferta de produtos e nas condições de pagamento voltadas para ele. Por isso, o varejo, de modo amplo, vem investindo em produtos e condições de pagamentos diferenciados para esse público em ascensão. É importante, também, investir em melhorias e na qualificação dos profissionais para conquistar uma performance melhor a cada ano. FIDELIZAÇÃO DOS CLIENTES A estratégia que vem sendo adotada pela Lebes, há anos, é o plano Bi$, uma condição de pagamento diferenciada que aceita parcela em até 25 vezes, o que possibilita ao público-alvo consumir com tranquilidade. O nosso crediário é próprio, a empresa concede esse crédito porque acredita na importância de realizar os sonhos de seus consumidores. E-COMMERCE Tem havido crescimento significativo nesse segmento sobre uma base relativamente baixa. Atualmente, ainda tem pouca representatividade. A atenção e o desenvolvimento se darão a partir do momento em que apresentar margens mercantis maiores. ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO O ano de 2015 será de ajustes na economia, que deveriam ter sido realizados anteriormente. Caso consiga repetir 2014 já será um feito.

EXPECTATIVAS DA EMPRESA A empresa está sempre atenta às oportunidades de mercado, mantém-se capitalizada e estruturada. O ano de 2015 será dos mais rápidos e preparados. E nós estamos.


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LOJAS LEOLAR

PONTO POSITIVO DO ANO Além da implementação do ERP e da governança corporativa pela empresa, o primeiro semestre foi bem aquecido. O QUE FOI NEGATIVO A economia brasileira não colaborou muito com o varejo, com queda no segundo semestre em relação ao ano anterior. CONSUMO EM 2014 Sentimos uma estabilização no consumo das classes sociais que estavam emergindo (C, D e E) e que representam 70% de nossos clientes. Acreditamos que isso ocorreu devido ao corte de crédito implementado pelos bancos. CAMPEÕES DE VENDAS Foram os móveis, a linha branca, os televisores e os celulares. PRINCIPAIS MUDANÇAS NO VAREJO A cada ano, vemos o varejo mais

profissionalizado, com gestores mais bem preparados, o empirismo está sendo deixado de lado e as decisões estão sendo mais técnicas. Esta é a principal mudança, no nosso ponto de vista. FIDELIZAÇÃO DOS CLIENTES Adotamos o cartão fidelidade e oferecemos uma série de benefícios aos nossos clientes. Além disso, o orçamento destinado ao treinamento das equipes de colaboradores da empresa foi bem representativo, o que resultou em melhor qualificação para a nossa mão de obra.

Fotos: Divulgação

BALANÇO DE 2014 Foi um ano de reestruturação. Adequamos a empresa a um novo modelo de gestão, conseguimos consolidar cortes de custos e implementar um novo sistema de retaguarda ERP (Enterprise Resource Planning), novas técnicas e estratégias de vendas. Tivemos um balanço muito positivo, com crescimento real de dois dígitos.

Alexandre Abrahão Miguel, diretor comercial

ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO Estamos na expectativa de que o governo faça com a economia o mesmo que fizemos na empresa em 2014: corte de gastos excessivos, reestruturação no quadro de colaboradores, etc. Acreditamos que teremos um ano difícil, com os cortes de gorduras pelo governo, e também não esperamos crescimento para 2015. EXPECTATIVAS DA EMPRESA Estamos preparados para navegar em novos mares, temos a previsão de inaugurações, várias ações de marketing e orçamento definido para o ano todo. Entendo que será um ano difícil, porém estamos estruturados para novos investimentos.

Leolar, filial em Parauapebas (PA)

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MAGAZINE LUIZA Fotos: Divulgação

BALANÇO DE 2014 Foi um ano de crescimento significativo para o Magazine Luiza. Acreditamos que foi positivo, pois ousamos patrocinar a transmissão da Copa do Mundo, decisão tomada em um momento difícil da economia. Mas nós soubemos ousar.

Luiza Helena Trajano, presidente

PONTOS POSITIVOS DO ANO Realmente, 2014 foi um ano mais difícil, mas o primeiro semestre foi muito bom, graças à Copa do Mundo, que inverteu o calendário, trazendo grande crescimento para o período. Também tivemos um bom segundo semestre, com destaque para a Black Friday. CONSUMO EM 2014 No Brasil, o consumo continua crescendo em todas as classes sociais. Inclusive, na chamada nova classe média, especialmente, no Nordeste do País. CAMPEÕES DE VENDAS Em 2014, se destacaram os televisores de tela grande e os smartphones.

Magazine Luiza, matriz em Franca (SP)

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PRINCIPAIS MUDANÇAS NO VAREJO O que aconteceu – e era o esperado – foi a antecipação da compra de televisores no primeiro semestre devido à Copa do Mundo. O fato teve impacto muito positivo nos resultados.

FIDELIZAÇÃO DOS CLIENTES Temos um amplo programa de fidelização e relacionamento com nossos clientes. Entre as ações, realizamos quatro edições do Dia do Cliente Ouro. É quando privilegiamos nossos clientes mais fiéis com um dia especial de ofertas e atrações, programadas especialmente para eles. Fazemos, também, várias outras ações ao longo de todo o ano, mas para nós um dos pontos primordiais, no qual investimos fortemente, é o atendimento. Acreditamos que ele é um dos principais fatores de encantamento dos clientes. E-COMMERCE Foi um ano extremamente importante de vendas pelo e-commerce, com grande crescimento, o qual deve se acelerar ainda mais em 2015. Uma grande conquista do Magazine Luiza, que deve ser ainda mais afinada com o tempo, é o fato de a empresa ser, verdadeiramente, multicanal. ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO Nossa expectativa é que o consumo aumente em 2015. Na última década, o varejo sempre cresceu acima do PIB. EXPECTATIVAS DA EMPRESA Continuaremos investindo na expansão e devemos crescer de forma orgânica, com cerca de 50 novas unidades. Também estamos muito otimistas com o mercado.


ABRADISTI VAREJO

MARTINS COMÉRCIO E SERVIÇO DE DISTRIBUIÇÃO

PONTOS POSITIVOS DO ANO Tivemos bom crescimento em celulares e televisores, além dos bens de consumo. CONSUMO EM 2014 A classe média está tendo acesso e oportunidades de comprar um produto melhor e de consumir mais, o que mudou hábitos e comportamentos. Vendemos maior valor agregado, com produtos de melhor qualidade e atributos e, junto com o varejista, ganhamos mais com esse abastecimento. CAMPEÕES DE VENDAS Smartphones, televisores e tablets. Micro-ondas vendeu principalmente no primeiro semestre, com o Dia das Mães. Outra oportunidade foi a categoria de climatização, incluindo ar-condicionado e ventiladores. PRINCIPAIS MUDANÇAS NO VAREJO O consumidor utilizou mais o cartão e o pagamento parcelado, o que aumentou o endividamento. A classe média baixa sempre prezou em manter seu nome íntegro porque comprava no carnê, mas com a mudança perdeu um pouco a mão. A parcela é rotativa, e o juro do cartão é maior. O varejista precisa administrar isso, pois irá vender a maioria dos itens no cartão e receber em 30/40 dias. Deve investir no que gira mais e se apoiar em distribuidores que vão ajudá-lo a desenvolver o seu negócio.

FIDELIZAÇÃO DOS CLIENTES Temos um pacote completo de soluções para o varejista, como cartão, para que ele não fique com o risco de crédito; transferência eletrônica de fundos, com taxas competitivas para os cartões de crédito ou débito; a Universidade Martins do Varejo, para ajudá-lo a determinar as categorias que vão agregar valor e quais desenvolver para aumentar a frequência de visitas à loja. O objetivo é que ele não fique tão dependente de categorias de alto valor agregado. E-COMMERCE Continuará crescendo, como em outros países. É um canal complementar para desenvolver o varejo. Em algumas categorias o consumidor irá utilizar o e-commerce para pesquisar o preço, em outras, irá à loja conhecer o produto e sair com ele.

Fotos: Divulgação

BALANÇO DE 2014 Foi um ano difícil, principalmente o segundo semestre. Em bens duráveis, houve retração de mercado, refletindo o nível de endividamento do consumidor. Duas categorias se destacaram: as TVs e os smartphones. As linhas branca e marrom desaceleraram, e os notebooks foram muito mal, com retração de 40% no ano.

Walter Faria, CEO

ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO O ano será mais difícil, o consumidor continuará endividado, mas a economia irá crescer pouco mais do que em 2014. É preciso planejamento para capturar as oportunidades e ir ao encontro da necessidade do consumidor. A expectativa é de retomada no segundo semestre, mas, se trabalharmos de forma planejada em datas especiais, podemos ter um bom ano.

EXPECTATIVAS DA EMPRESA Continuaremos a atuar em todo o País e a investir na formação de pessoas, em treinamento, em estrutura e descentralização da operação. Em 2014, inauguramos unidades em São Luís (MA), Jundiaí (SP) e Itatiaia (RJ). Implantamos toda a gestão online da nossa frota de caminhões, com a utilização de celulares para os motoristas e tablets para a força de vendas. Recebemos 150 veículos novos. A meta é crescer em torno de 10%.

Martins, centro de distribuição em Uberlândia (MG)

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MULTILOJA Fotos: Divulgação

BALANÇO DE 2014 Foi um ano de muitas mudanças no varejo. Os que não fizeram a lição de casa em anos anteriores sofreram muito mais. Ajustes de custos contribuíram em muito na operação e, mesmo com crescimento não muito expressivo em vendas, o resultado apresentado pela empresa foi muito melhor.

Geraldo Luiz Gonçalves, diretorsuperintendente

PONTOS POSITIVOS DO ANO Os consumidores que tiveram acesso ao crédito mais consciente, em 2013, buscaram itens com maior custo-benefício, melhorando o tíquete médio. A facilidade de crédito nos últimos dois anos estrangulou uma boa fatia do mercado, fez a inadimplência crescer e contribuir para maiores restrições, afetando o crescimento. CONSUMO EM 2014 Se analisarmos o nosso mercado nos últimos 20 anos, ele foi cíclico e com distorções às vezes maiores em alguns segmentos em função de medidas governamentais. Temos de, a cada dia, colocar mais foco nessas variáveis. Ao longo do ano, predominou o consumo das classes C e B.

Multiloja no bairro Bacacheri, em Curitiba (PR)

CAMPEÕES DE VENDAS Os smarthfones e portáteis foram os produtos campeões de vendas em 2014, ao contrário de televisores e informática, que tiveram quedas elevadas mesmo em um ano de Copa do Mundo. PRINCIPAIS MUDANÇAS NO VAREJO A forte expansão que vinha acontecendo nos últimos anos foi mais comedida em 2014 e, sem sombra de dúvida, nos próximos anos terá de ser muito mais elaborada por todos para não nos afogarmos.

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FIDELIZAÇÃO DOS CLIENTES Somos uma revenda que atua em um nicho de mercado extremamente competitivo e que atende os consumidores mais exigentes do País. Para que a fidelização aconteça não podemos decepcioná-los e temos de realizar tudo o que prometemos. E-COMMERCE No e-commerce, o crescimento fica atrelado à composição vendas x resultado, e nesse quesito o Brasil ainda tem muito o que aprender. A representatividade do e-commerce no nosso faturamento é muito pequena, porém não podemos deixar de vê-lo como um produto do futuro. ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO Se avaliarmos o cenário atual e o que vemos à frente, não podemos ser muito otimistas. Mesmo assim, para não afetarmos a operação final, um mínimo de crescimento tem de ser realizado para fazer frente ao custo Brasil. Sob outro ângulo, no nosso País tudo pode acontecer totalmente ao contrário do descrito acima. Somos um povo flexível e que se adapta facilmente aos processos impostos pelo comando geral da nação com todo o jogo de cintura que nos é peculiar. EXPECTATIVAS DA EMPRESA As expectativas para 2015 estão relacionadas à economia do País, e não podemos ir na contramão desse processo. Temos como política muito explícita a produtividade nas lojas, e novas unidades virão somente após muita análise e payback do projeto. Investimos mirando a revitalização de lojas, em sistemas que nos ajudem a dar maior agilidade, flexibilidade e atendimento, razão de toda a operação.


ABRADISTI VAREJO

ROMERA MÓVEIS E ELETRODOMÉSTICOS

PONTO POSITIVO DO ANO A boa surpresa foi que, em alguns meses do primeiro semestre em que normalmente as vendas são baixas, nós crescemos. O QUE FOI NEGATIVO A desaceleração do consumo por causa da Copa do Mundo e das eleições. CONSUMO EM 2014 Foi um ano claramente definido em antes e depois da Copa do Mundo, com as vendas em alta de janeiro a junho e, depois, uma queda brusca. O potencial de consumo ainda está nas classes C, D e E. CAMPEÕES DE VENDAS Sem dúvida, os aparelhos celulares foram sucesso. PRINCIPAIS MUDANÇAS NO VAREJO A cada dia o consumidor está mais

bem informado, independentemente da sua classe social. Hoje, é necessário suprir não só o preço que o cliente espera pagar, mas também a qualidade dos serviços e o pós-venda.

Fotos: Divulgação

BALANÇO DE 2014 Foi um ano desafiador. A Copa do Mundo e as eleições foram dois eventos que mais atrapalharam do que ajudaram. Crescemos, mas abaixo do que foi projetado para 2014.

E-COMMERCE Ainda não operamos nesse canal. ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO Possivelmente, será um ano complicado e que exigirá muito jogo de cintura para promover o consumo. Juros altos e aumento na conta de energia elétrica, aliados à insegurança de investimentos no País, estarão presentes. Crescerá quem estiver com a operação na ponta dos dedos. EXPECTATIVAS DA EMPRESA Precisamos crescer, mas não com foco no aumento da capilaridade e no faturamento. Temos que crescer em rentabilidade. Possivelmente, encerraremos 2015 com 12 lojas a mais. Vale ressaltar que a rede Romera possui unidades em oito Estados brasileiros: Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Acre, Rondônia, Amazonas e Pará.

Anunciata Romera, presidente

Romera, sede administrativa em Arapongas (PR)

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ABRADISTI INDÚSTRIA

ACT! HOME FITNESS Fotos: Divulgação

BALANÇO DE 2014 O balanço que fazemos de 2014 é muito positivo, pois, apesar de termos passado por um ano muito desafiador, saímos vencedores, superando o resultado de 2013 e aquecendo o mercado para 2015.

Jaime Romagna Grasso, presidente

PONTOS POSITIVOS DO ANO Em 2014, pudemos comemorar a consolidação da Act! Home Fitness no mercado como a grande marca do segmento no varejo do Brasil. Isso foi graças à estrutura comercial montada por nós, que, através de novos processos, trouxe melhoria no atendimento a revendedores e clientes. O resultado do esforço comprovamos pela conquista de mais de 450 novos clientes e pelo ótimo posicionamento da marca Act! no Reclame Aqui. O QUE FOI NEGATIVO O aspecto que consideramos desafiante, porém não propriamente negativo, foi a conjuntura econômica do primeiro semestre, influenciada pela expectativa e realização da Copa do Mundo de Futebol no Brasil.

Esteira CLE-30

PRODUTOS LANÇADOS Renovamos, em 2014, a linha de esteiras de entrada da marca, produtos que tiveram um belo desempenho no segundo semestre do ano. Com os lançamentos, trouxemos inovações importantes para essa categoria de produtos, como o sistema guarda-fácil, amortecimentos e o formato mais compacto, facilitando o uso, mas sem perder a robustez. CAMPEÕES DE VENDAS Nossos destaques foram três lançamentos: Esteiras CLE 10, CLE 20 e CLE 30.

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ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO Será um ano duro. Entendemos, porém, que será estável. Acreditamos que para o nosso negócio será um grande ano, pois estamos preparados para crescer. E cresceremos! DÓLAR EM 2015 Imaginamos que ficará em torno de R$ 2,70. Para nós, o valor ideal seria R$ 3,00, pois entendemos que isso traria maior proteção à indústria nacional. EXPORTAÇÕES Nossa estratégia de exportação foca outras marcas que produzimos, como Athletic Home, Athletic Professional e Tecnofitness. Essas marcas são distribuídas para toda a América Latina, e este ano iniciamos a expansão para África e Emirados Árabes. ESTRATÉGIAS PARA ESTE ANO Estamos em preparativos para a renovação do portfólio e a ampliação de nossa estratégia de exposição em pontos de vendas através do projeto PUHF – PDV Único Home Fitness, que atua de forma diferenciada junto aos varejistas, valorizando as ações de merchandising e potencializando a visibilidade do pequeno varejo. Em 2015, também teremos lançamentos e a inclusão de novos produtos na linha. EXPECTATIVAS DA EMPRESA Crescer. Mesmo sabendo que estaremos num ambiente economicamente muito difícil, vamos crescer.


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BALANÇO DE 2014 Foi um ano desafiador pela Copa do Mundo, instabilidade macroeconômica, eleições, dólar e alguns outros fatores. Por outro lado, aproveitamos para reforçar nossa estrutura, otimizar custos e fabricar localmente mais modelos de smartphones, de maneira a aumentar os resultados e preparar uma base ainda melhor para 2015.

de a nova equipe econômica ter um bom perfil, será preciso realizar ajustes profundos, que, infelizmente, não trarão resultados de curto prazo, a não ser na credibilidade dos fundamentos. Outro fator de cautela é em relação ao câmbio. O provável aumento da taxa dos juros americanos poderá ter impactos no câmbio dos países emergentes.

PONTO POSITIVO DO ANO O ponto mais positivo de 2014 foi o crescimento do mercado de smartphones no Brasil.

DÓLAR EM 2015 Ficará na faixa de R$ 2,50 a R$ 3,00, dependendo de alguns fatores internos e externos a serem definidos. O valor ideal seria entre R$ 2,20 e R$ 2,30.

O QUE FOI NEGATIVO Principalmente a instabilidade macroeconômica do País, com foco na questão cambial. PRODUTOS LANÇADOS Lançamos seis produtos. CAMPEÃO DE VENDAS O de maior destaque foi o Alcatel Onetouch C7, um smartphone com tela de 5” e quatro processadores, com fabricação local. ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO A situação é de cautela, pois, apesar

Fotos: Divulgação

ALCATEL ONETOUCH

Marcus Daniel Machado, presidente

ESTRATÉGIAS PARA ESTE ANO Reforço no portfólio de smartphones produzidos localmente, no investimento em marca e na proximidade com os clientes. Lançaremos novos smartphones em uma estratégia de renovação constante, inclusive produtos com a tecnologia 4G. EXPECTATIVAS DA EMPRESA Realização dos ajustes macroeconômicos, para a criação de uma base de crescimento sustentável para os próximos anos. Com isso, a expectativa é de reforço do compromisso da empresa com o Brasil. POP C7

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ATLAS ELETRODOMÉSTICOS Fotos: Divulgação

BALANÇO DE 2014 Foi um ano atípico, em função da Copa do Mundo e das eleições, com oscilações no ciclo de vendas. Mas a Atlas conseguiu obter resultado significativo no crescimento da receita líquida, atingindo o objetivo orçado. O Ebitda, porém, ficou abaixo do planejado por causa, principalmente, da inflação dos custos e das despesas.

Luiz A. Wan-Dall Jr., CEO

PONTOS POSITIVOS DO ANO Os lançamentos e inovações fabris tiveram êxito em sua totalidade. Aumentamos a participação no mercado nacional de fogões de forma considerável e iniciamos a substituição do atual sistema de gestão, Datasul, para o SAP, o maior do mundo. O QUE FOI NEGATIVO A inflação acentuada de custos e despesas em todas as áreas: matéria-prima, insumos, energia, fretes, mão de obra, etc. PRODUTOS LANÇADOS Foram mais de 10 produtos de sucesso, com destaque para a linha de fogões Top Control, modelos Agile e Fastcook. Lançamos um volume de produtos similar ao dos últimos anos, alinhado com a estratégia de inovação e contínua evolução. CAMPEÕES DE VENDAS Os fogões modelo Top Control: Utop, Top Gourmet, Agile e Fastcook.

Fogão Fastcook

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ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO Observa-se um cenário mais complexo, que exige foco total na eficiência operacional, mediante qualificação ainda maior da gestão em todas as áreas. Acreditamos que isso contribuirá decisivamente para o resultado almejado pela companhia.

DÓLAR EM 2015 Não opino sobre o assunto em função do cenário complexo que teremos pela frente. Julgo essa informação estratégica neste momento, mas posso afirmar que estamos com vários planos prontos, para os diversos cenários que possam acontecer. EXPORTAÇÕES A Atlas tem mantido uma exportação regular nos últimos anos, pois focamos em segurança e rentabilidade. Com isso, mantemos um valor não muito significativo, porém com bons resultados. ESTRATÉGIAS PARA ESTE ANO Entender, cada vez mais, nosso consumidor, com o objetivo de criar soluções que facilitem o seu dia a dia, além de entregar a ele produtos modernos, inspiradores e acessíveis. Diante da excelente repercussão junto ao varejo dos modelos apresentados na Eletrolar Show, consolidaremos nossa estratégia de lançamentos para 2015 com produtos que incorporem features de tecnologia, modernidade e design arrojado. Inovaremos em nossa fábrica e nas demais áreas, por isso investimos tempo e recursos em ferramentas de gestão. EXPECTATIVAS DA EMPRESA Conseguir efetivar todos os ajustes necessários para alcançar nosso orçamento na totalidade, ou seja, receita líquida e Ebitda; aumentar a eficiência operacional através de nossos investimentos feitos em modernização dos processos fabris e aquisição de ferramentas mundiais de gestão; melhorar nossa agilidade e eficiência para conseguir criar oportunidades em um cenário que apresenta vários fatores pessimistas; e continuar criando parcerias de sucesso com todos os envolvidos em nossa operação.


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BENQ PONTOS POSITIVOS DO ANO Conseguimos, no ano passado, nos firmar nos principais varejistas do Brasil. O QUE FOI NEGATIVO Os pontos mais negativos foram a economia fraca e a altíssima taxa de câmbio. PRODUTOS LANÇADOS Tivemos lançamentos de sucesso, entre eles os projetores home theater da família “W”, modelos W1070 e W1080ST, e também o monitor game RL2460HT. CAMPEÃO DE VENDAS Em 2014, o produto mais vendido foi o projetor MS513PB. ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO A expectativa não é boa. Penso que

este ano será muito difícil e sem crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

Fotos: Divulgação

BALANÇO DE 2014 No ano passado, superamos o faturamento de 2013. Tivemos um resultado bom, mas com muitas dificuldades.

DÓLAR EM 2015 A moeda americana vai variar de acordo com as medidas que serão tomadas pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. EXPORTAÇÕES A BenQ não exporta os projetores fabricados no Brasil. ESTRATÉGIAS PARA ESTE ANO Lançaremos outra linha de projetores fabricados no Brasil e mais três modelos de monitores para game. Além disso, em 2015 direcionaremos o foco para os seguintes segmentos: Small medium business (SMB), home theater, educacional e game.

Marcelo Café, diretor comercial

Projetor MS513PB

EXPECTATIVAS DA EMPRESA Mesmo com a economia fraca, estamos muito confiantes em relação a 2015.

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BLACK+DECKER Fotos: Divulgação

BALANÇO DE 2014 Considerando todos os eventos que influenciaram a dinâmica das vendas, como eleições e Copa do Mundo, tivemos um ano positivo e com crescimento, fato não muito comum em nossa área de atuação. PONTOS POSITIVOS DO ANO Nosso forte crescimento em ferramentas elétricas e manuais em todos os canais de venda e a boa receptividade dos lançamentos da marca. A volatilidade do câmbio e a instabilidade da economia eliminaram muitos concorrentes, importadores oportunistas que apareceram entre 2012 e 2013. Paulo Martins, presidente

O QUE FOI NEGATIVO A economia cresceu abaixo do esperado. Houve instabilidade e volatilidade do câmbio, o que causou perda de rentabilidade. PRODUTOS LANÇADOS Lançamos mais de 90 produtos, entre ferramentas e eletrodomésticos. Destaque para o Liquidificador LE, o primeiro do mercado nacional com ação antibacteriana no copo, e dois modelos de serra mármore, TC3 e TC13/k, com potência de 1.270 W, projetados para corte pesado, como granito duro, mármore, azulejo e concreto. CAMPEÕES DE VENDAS Tivemos ótimo crescimento em todas as categorias de ferramentas. Em eletros, vendemos cada vez mais ferros, entre locais e importados. A grande surpresa foi a receptividade da nova linha de liquidificadores.

Liquidificador LE

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ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO 2015 deverá ser um ano de ajustes e não se espera crescimento do PIB na mesma ordem de grandeza de 2014. O desafio

de empresas como a nossa é o de maximizar as oportunidades e seguir ocupando os espaços deixados por outras, oportunistas, que vêm desaparecendo. DÓLAR EM 2015 Provavelmente entre R$ 2,60 e R$ 2,80. Considerando quem fabrica no Brasil, ao melhorar a competitividade dos produtos locais e retomar o mínimo de competitividade nas exportações, o câmbio próximo de R$ 3,00 será a melhor opção. EXPORTAÇÕES Negociamos apenas com a Argentina e só produtos que ofereceram um mínimo de competitividade, não chegando a 3% do volume produzido em nossa fábrica. ESTRATÉGIAS PARA ESTE ANO Com a subida do câmbio, estamos preparados para voltar com exportações para a América Latina e reforçar a linha de produção local substituindo algumas importações. Seguiremos com os investimentos no parque industrial, em projetos de produtividade, atualização dos equipamentos e processos produtivos. Lançaremos mais de 150 produtos, entre ferramentas manuais e elétricas, e eletrodomésticos nas categorias doméstica, profissional e industrial. EXPECTATIVAS DA EMPRESA Provavelmente, haverá certa volatilidade neste início de ano, com ajustes de preços no mercado, que, dependendo da sua extensão, deverão afetar diretamente o nosso posicionamento, pois o nível de consumo, câmbio e inflação são fatores fundamentais para os negócios da Black+Decker. As expectativas são de crescer, maximizar oportunidades em termos geográficos e ter novos produtos e categorias em 2015.


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BRASFORMA

PONTOS POSITIVOS DO ANO A Copa do Mundo foi o principal ponto e alavancou nossos negócios. Porém, nada acontece sem uma equipe de vendas comprometida com o resultado. Melhoramos nossa capilaridade de cobertura e fechamos parcerias importantes em grandes contas. O QUE FOI NEGATIVO Os noticiários negativos e as eleições, que deixaram o consumidor inseguro. Isso se refletiu em menos vendas. PRODUTOS LANÇADOS Lançamos 26 produtos, mais do que em 2013. Destaque para a linha de cabos HDMI e o suporte para TV SBRP440, biarticulado, para modelos de até 55”, que tem, como grande diferencial, adaptação para TVs de tela curva (vesa 400x400). CAMPEÃO DE VENDAS O suporte para TV SBRP440. ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO 2015 será um ano de muito trabalho, em que os detalhes farão diferença no resultado. Temos de ficar atentos a tudo o que ocorre. Será um ano de ajustes, a inflação, novamente, atuará como vilã, e os juros es-

tarão mais altos. Todos esses fatores conduzem à menor demanda, porém vivemos de nosso negócio e não podemos retroceder. Estamos estudando lançar novas linhas de produtos e trabalhar fortemente o PDV para eliminar possíveis perdas de receita. DÓLAR EM 2015 Grande parte da indústria é dependente de componentes importados, o que reflete nos custos, e nossa situação não é diferente. Conforme o mercado, o dólar terá flutuações, mas deverá ficar no patamar médio de R$ 2,70. Hoje, parte de nossa produção é exportada e com o dólar nessa faixa ficamos mais confortáveis para pensarmos em desenvolver novos mercados no exterior. EXPORTAÇÕES Exportamos para clientes tradicionais da empresa em países da América Latina. Os resultados sempre são positivos e complementam nosso resultado financeiro.

Fotos: Divulgação

BALANÇO DE 2014 Nosso mercado é guiado, principalmente, pelo segmento de TV, que tinha projeções de forte crescimento em 2014 com a Copa do Mundo. No primeiro semestre, os resultados foram positivos. No segundo, as eleições presidenciais deixaram o consumidor e o lojista inseguros, inibindo o consumo. Desenvolvemos ações comerciais com os clientes e criamos campanhas de incentivo para a equipe, o que manteve o crescimento conquistado no primeiro semestre.

Sergio Cerca, gerente-geral de vendas

Suporte SBRP440

ESTRATÉGIAS PARA ESTE ANO As palavras de ordem para nosso crescimento são: retenção, manter o que conquistamos; mix, trabalhar ao máximo nosso portfólio, respeitando o perfil e potencial de cada cliente; novos, trabalhar fortemente na conquista de contas. EXPECTATIVAS DA EMPRESA Devemos lançar produtos que complementem nossa linha atual, com foco em suportes. Em 2014, investimos em máquina de eletro-erosão a fio, para sermos autônomos na produção de ferramentais utilizados em nosso processo industrial. Em 2015, investiremos em máquinas injetoras e em equipamentos nos quais dependemos de terceiros, com o objetivo de evitar gargalos que possam inibir nosso crescimento.

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BRITÂNIA ELETRODOMÉSTICOS Foto: Divulgação

BALANÇO DE 2014 Nosso crescimento foi de aproximadamente 10% em 2014. Consideramos que o ano foi bom, uma vez que atingimos a meta. PONTOS POSITIVOS DO ANO O lançamento de novos produtos ajudou a manter o crescimento. Por outro lado, a oferta excessiva de televisores no mercado e o câmbio instável contribuíram negativamente. PRODUTOS LANÇADOS Em 2014, lançamos mais produtos que no ano anterior. No total, fizemos 150 lançamentos. Ventilador Mega Turbo 50, com 3 pás

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CAMPEÃO DE VENDAS Nosso destaque ficou com a linha de ventilação.

ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO Acreditamos que 2015 será um ano de baixo crescimento. No entanto, estamos buscando soluções internas para alcançarmos as nossas metas. DÓLAR EM 2015 A moeda valerá R$ 2,80. O valor ideal, porém, seria R$ 2,30. EXPORTAÇÕES Exportamos nossos produtos para os países que compõem o Mercosul. ESTRATÉGIAS PARA ESTE ANO Nossa perspectiva é lançar aproximadamente 100 produtos entre linha branca, portáteis e linha marrom. Faremos investimentos em capacidade produtiva, máquinas e equipamentos e aumento na linha de montagem.


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CADENCE ELETRODOMÉSTICOS

PONTOS POSITIVOS DO ANO Passado o período de Copa do Mundo, o consumo teve uma melhora. Apesar do baixo crescimento da economia, a renda e o consumo ainda se mantêm aquecidos. O QUE FOI NEGATIVO Podemos destacar a alta do dólar, que deixa os produtos mais caros para o consumidor, a intervenção do governo na economia e os escândalos de corrupção que estão desestimulando o investimento em produtos inovadores, diferenciados e tecnológicos. PRODUTOS LANÇADOS Fechamos 2014 com 75 lançamentos e projetamos quantidade similar para 2015, com novidades em todas as linhas. Os produtos diferenciam-se pela alta qualidade e design moderno, que se destacam no ponto de venda, como a Batedeira Orbital BAT505, a linha de churrasqueiras Barbecue e a ampliação da Linha Colors. CAMPEÕES DE VENDAS As categorias de fritadeiras sem óleo e de ventilação foram nossos líderes de venda. A Linha Colors também teve sucesso ao levar cores, modernidade e sofisticação para o ambiente.

ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO Em toda a trajetória da empresa, sempre superamos os desafios e nos adequamos às variações do mercado. O dólar mais caro tira o poder de compra do consumidor. Esperamos que o governo sinalize um aperto nas contas públicas e discuta a reforma tributária. EXPORTAÇÕES Esse foi mais um passo para ampliar a nossa competitividade. A Cadence vem conquistando novos mercados a cada ano, com participação em Angola, Bolívia, Paraguai e Uruguai, além de negociações com outros países do Mercosul. A qualidade e a superioridade do nosso mix foram reconhecidas, trazendo excelentes resultados em vendas.

Fotos: Divulgação

BALANÇO DE 2014 A Cadence teve excelentes resultados este ano, alavancados pelo lançamento de produtos, pela abertura de novos negócios e pela confiança dos clientes na marca. Superamos o crescimento de 2013, com expansão de vendas superior a 30%.

Dirceu Brugalli, diretor comercial

ESTRATÉGIAS PARA ESTE ANO Em 2015, vamos continuar investindo em novos produtos e no fortalecimento da parceria com nossos clientes. Além disso, manteremos o mesmo ritmo de desenvolvimento deste ano e planejamos iniciar a construção de um novo centro de distribuição, em Santa Catarina, e de uma nova fábrica na Bahia. EXPECTATIVAS DA EMPRESA Apesar das expectativas negativas de mercado, acreditamos que o consumo e a renda continuarão aquecidos em 2015. Além disso, com o crescimento de nossa capacidade produtiva, lançamentos de produtos e algumas decisões estratégicas de mercado, aumentaremos nossa abrangência. Sendo assim, projetamos metas mais audaciosas e estimamos repetir o crescimento de 2014.

Fritadeira sem óleo FRT531

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DL Fotos: Divulgação

BALANÇO DE 2014 O resultado foi muito positivo, com crescimento e superação do faturamento de 2013. PONTOS POSITIVOS DO ANO Nossos lançamentos. Em 2014, tivemos um aumento de 40% no número de novos produtos em relação a 2013. O QUE FOI NEGATIVO A alta do dólar, que impactou o custo dos componentes.

Paulo Xu, diretor industrial

X-Pro DUAL

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PRODUTOS LANÇADOS Os principais lançamentos foram os tablets feitos em parceria com grandes empresas, como Intel, MediaTek e Sanrio. Destaque para o X-Pro DUAL, da DL com a Intel, que tem o sistema operacional Android 4.4 (KitKat), duas câmeras, armazenamento em nuvem, processador Intel Atom com 1.2 GHz Dual Core, 1 GB de memória RAM, 8 GB de memória interna e design sofisticado; e o tablet 3G Dual Sim, criado em parceria com a MediaTek, com processador Dual Core Cortex A7 de 1.3 GHz e Android 4.2, que aceita até dois chips de telefonia/dados e já vem desbloqueado para todas as operadoras. Da parceria com a Sanrio, empresa criadora e licenciadora da Hello Kitty, foi lançado o Hello Kitty Tab. Personalizado, o gadget vem com conteúdos e aplicativos da personagem e bolsa exclusiva. Rodando com sistema operacional Android 4.4 (KitKat), o tablet oferece desempenho duas vezes mais rápido na execução de tarefas

simultâneas, graças ao processador de última geração Dual Core 1.2 GHz. CAMPEÕES DE VENDAS Todos os produtos têm venda similar, mas destacamos os tablets voltados para o público infantil. ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO No ano de 2015, o ideal é trabalhar com cautela. A DL aposta na recuperação econômica do País, por isso fará vários lançamentos ao longo deste ano. DÓLAR EM 2015 Acreditamos que a moeda americana deverá ficar em torno de R$ 2,50. O ideal é não ultrapassar esta cotação. EXPORTAÇÕES A DL, até este momento, atua somente no Brasil. ESTRATÉGIAS PARA ESTE ANO Expandir e fortalecer o trabalho nos canais de distribuição. Também estamos apostando forte em novas tecnologias para nossas linhas de produtos e prevemos mais de 20 lançamentos até o final de 2015. Finalizamos, no ano passado, a ampliação da nossa planta industrial, que passou de 5 mil m² para 20 mil m². EXPECTATIVAS DA EMPRESA Conseguir inserir tablets em segmentos específicos, como saúde, educação e segurança, por exemplo.



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Fotos: Divulgação

ELECTROLUX BALANÇO DE 2014 Foi muito positivo. Apesar da queda do mercado de linha branca, continuamos crescendo e consolidando a marca em todas as categorias, fruto da nossa estratégia de negócios, voltada para a inovação, necessidades e desejos dos consumidores, além da parceria com o varejo nacional. Lançamos produtos, ampliamos os serviços de atendimento ao consumidor em todo o País e adotamos medidas de otimização de custos e eficiência operacional.

Ruy Hirschheimer, CEO para América Latina

PONTOS POSITIVOS DO ANO Lançamos mais de 80 produtos, em quase todas as categorias. Ampliamos a atuação em bebedouros, purificadores, climatizadores e fornos de bancada. A rentabilidade melhorou graças ao ganho de produtividade e ao mix – a modernização da linha de montagem de lavadoras na planta de São Carlos (SP) foi um dos investimentos para alcançar esse resultado. Celebramos os 10 anos de entrada no segmento de fogões e o mesmo número do ErgoRapido, nosso aspirador mais icônico, que só no Brasil vendeu 250 mil unidades. O QUE FOI NEGATIVO A instabilidade do mercado foi uma realidade para o setor. A Copa do Mundo e as incertezas sobre as eleições presidenciais contribuíram para a retração do consumo, assim como a inflação e o aumento do dólar.

Refrigerador DT52X

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PRODUTOS LANÇADOS Mais de 80. Renovamos o mix de lavadoras de alta capacidade, com seis modelos, incluindo o único de 13 kg do mercado; quatro novos refrigeradores, entre eles o DT52X, e um frigobar; o novo ar-condicionado portátil de 10 mil BTU; três novos fornos de embutir; e cinco aspiradores premium.

CAMPEÕES DE VENDAS A Electrolux se manteve como líder do setor de eletrodomésticos em refrigeradores, fogões e lava-roupas. Nos últimos meses de 2014, alcançou, pela primeira vez, a liderança como fabricante de eletrodomésticos. ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO 2015 será desafiador em função dos primeiros ajustes econômicos da nova equipe do governo, mas é cedo para avaliar seus efeitos. Estamos preparados para enfrentar esse desafio.

DÓLAR EM 2015 A variação do dólar impacta os custos, especialmente de matéria-prima. Independentemente da volatilidade da moeda, a Electrolux está preparada para se adequar e manter sua competitividade na linha branca. EXPORTAÇÕES Exportamos para todos os países da América Latina. Com a aquisição de operações no Chile e na Argentina, passamos a ter opções adicionais para atender às demandas da região, inclusive produzindo localmente. ESTRATÉGIAS PARA ESTE ANO Investiremos na consolidação da marca com produtos e serviços diferenciados nas áreas de gastronomia, bem-estar e conforto para a casa. Neste semestre teremos mais de 100 lançamentos. No início de 2015, impulsionamos a marca institucional com nova identidade visual e atualização do logotipo. EXPECTATIVAS DA EMPRESA Como líder, temos o desafio de levar produtos e serviços diferenciados ao varejo e aos consumidores. A empresa continuará se reinventando e a consolidando ainda mais a sua marca em toda a América Latina.


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ELGIN PONTOS POSITIVOS DO ANO Destaco o nosso crescimento nas áreas de climatização e de refrigeração comercial. Também crescemos mais de 30% nas categorias de pilhas, informática e lâmpadas. O QUE FOI NEGATIVO No mercado de varejo, onde temos loja de móveis, não houve crescimento significativo e, na categoria de mídias virgens, o faturamento está em queda devido às mudanças de tecnologia. O ano também não foi bom para a logística, que está muito mais complexa, com nova operação em Uberlândia (MG) e Itajaí (SC), além das atuais em Mogi das Cruzes (SP) e Manaus (AM). PRODUTOS LANÇADOS Lançamos 40 produtos por categoria, superando 2013. Em telefonia, dois modelos de telefones e uma antena GSM; em home & office, três calculadoras, três fragmentadoras, dois kits de pilhas, dois modelos de baterias, dez de cabos e um de power bank; em iluminação, lâmpadas eco halógenas; em climatização, Multi Split Inverter (até 4 unidades internas), Mono Split Inverter (de 9.000 e 12.000 BTU/h) e Split Plus (9.000 e 12.000 BTU/h); em automação, dois scanners, impressora (não fiscal), impressora de código de barras para uso industrial; balança de plataforma 300 kg e cortador de frios. CAMPEÕES DE VENDAS O destaque foi a linha de climatização em geral, seguida por lâmpadas eco halógenas e scanners.

ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO Será um ano de ajustes econômicos, justificado pelas ações tomadas pelo novo ministro da Fazenda. Acredito que a recuperação da economia será a longo prazo.

Fotos: Divulgação

BALANÇO DE 2014 Apesar da desaceleração da economia, a Elgin obteve bons resultados e cresceu 13,5% em relação ao ano de 2013.

DÓLAR EM 2015 Acredito que ficará em R$ 2,70. O ideal seria permanecer num valor estável. EXPORTAÇÕES Exportamos a linha de refrigeração comercial para a Argentina e outros países da América Latina, além de Oriente Médio e África. ESTRATÉGIAS PARA ESTE ANO Consolidar as mudanças logísticas, atender às expectativas dos clientes e ampliar, principalmente, a linha de iluminação. Lançaremos 95 produtos. Em iluminação, 22; em telefonia, oito; em costura, dois; em segurança (linha nova), câmeras e DVRs; em informática, 13; em home & office, kit de pilhas e duas embalagens coletivas de baterias; em automação, três terminais de autoatendimento, balança de plataforma 600 kg, cortador de frios, scanner de código de barras, computador para PDV, PinPad, Sat Fiscal e etiquetas eletrônicas; em climatização, estamos alterando toda a linha para o gás ecológico (R-410A) - 10 produtos na Split Eco Plus (9.000 a 30.000 BTU/h), com selo Procel e classificação energética A. Investimos mais de R$ 5 milhões na fábrica de Manaus para transferir a linha de produção do gás R22 para o ecológico R-410A.

Rafael Feder, presidente

Linha de climatização

EXPECTATIVAS DA EMPRESA Temos uma meta agressiva de 20% de crescimento.

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ESMALTEC Fotos: Divulgação

BALANÇO DE 2014 O ano foi atípico e difícil para a linha branca e para a indústria como um todo. A realização da Copa do Mundo no Brasil não trouxe os resultados positivos esperados. O cenário econômico restritivo – com alta dos juros, que impactou no crédito pessoal, a inflação elevada e o endividamento das famílias – resultou no adiamento da compra de bens duráveis por parte dos consumidores. Não houve crescimento, e o faturamento foi similar ao de 2014.

Annette Reeves de Castro, superintendente

Fogão Diamante 4Q

O QUE FOI NEGATIVO O ano foi negativo, tivemos queda contínua de produtividade e baixa oferta de mão de obra especializada. PRODUTOS LANÇADOS O grande destaque foi a linha de fogões, pautada pelo reposicionamento da marca Esmaltec, de ofertar produtos destinados às classes A e B. Foram três anos de desenvolvimento, com pesquisas em várias cidades brasileiras para compreender os desejos e as necessidades do consumidor. Entre os diferenciais da linha estão o design mais arredondado, a robustez dos produtos e a sofisticação na medida certa. A funcionalidade compatível com o que há de mais moderno no mercado e a tecnologia simplificada levaram a empresa a ser a marca líder em vendas no Brasil. Destaque para os modelos com duplo forno, porta com vidro amplo, regulagem de acendimento e potência de chama. Também foi expressivo o crescimento no volume de vendas e market share dos bebedouros de água, categoria em que mantemos a liderança há seis anos. ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO Entendemos que as medidas já imple-

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mentadas, e outras que ainda serão, afetarão tanto o bolso do consumidor como a confiança dele, o que poderá afetar também o desejo de consumo. Além disso, a queda de emprego, que já está acontecendo, restringirá o consumo. CAMPEÕES DE VENDAS A nova linha de fogões, que foi muito bem recebida pelos nossos revendedores e consumidores, e os nossos Geláguas, de coluna e mesa, com baixo consumo de energia e produção totalmente nacional. DÓLAR EM 2015 A Esmaltec é uma empresa brasileira com a maioria dos seus insumos nacionais e com quase toda a sua linha de produção na unidade de Maracanaú, no Ceará. O dólar nos afeta em função dos vários insumos importados, que vêm onerando o custo do produto industrializado e, consequentemente, o preço final de venda. Isso, ao longo dos últimos anos, prejudicou a competitividade das exportações e perdemos vários mercados cativos. EXPORTAÇÕES Buscamos manter os clientes externos cativos, mas com margens muito reduzidas. ESTRATÉGIAS PARA ESTE ANO Realizaremos cortes de despesas e redução de custos, bem como buscaremos inovações nas ferramentas de operacionalização para criação de valor. Teremos baixos investimentos em imobilizado e investimento contínuo em pessoas e criação de valor. EXPECTATIVAS DA EMPRESA 2015 será um ano de cautela e de busca de oportunidades e inovação.



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FISCHER Fotos: Divulgação

BALANÇO DE 2014 A indústria, em geral, viveu um ano com várias dificuldades. A Fischer cresceu 17% nos resultados, fruto do trabalho contínuo de aprimoramento nos segmentos em que atua. A ampliação do mix e o foco na qualidade nos permitiram finalizar mais um ano com saldo positivo e a preferência do consumidor em várias categorias. A força de uma boa estratégia de gestão é essencial para se manter competitivo no Brasil de hoje.

Ingo Fischer, diretor-presidente

Forno elétrico Platinium, de embutir

PONTOS POSITIVOS DO ANO A inovação precisa ser uma constante na indústria, e temos investido na melhoria da tecnologia aplicada aos produtos. Todos os lançamentos de 2014 reuniram novos parâmetros para o uso da tecnologia nos ambientes domésticos. Esse progresso, os estudos de novos designs e nosso histórico de compromisso com a qualidade estão registrados no conforto, usabilidade e segurança que conceituam os produtos Fischer. O QUE FOI NEGATIVO A instabilidade econômica vivida no Brasil. As oscilações e as mudanças constantes prejudicaram a indústria. Não temos uma política industrial bem definida, mas ajustes em alguns segmentos. O Brasil tem alta carga tributária, que limita os investimentos na expansão dos negócios e na oferta de novos produtos. Precisamos de mudanças fiscais e trabalhistas, além da redução da burocracia. A falta de mão de obra qualificada e capacitada limita maior crescimento. Sem falar na falta de infraestrutura de logística e transporte. PRODUTOS LANÇADOS Fizemos lançamentos em todos os segmentos: fornos, coifas, fogões, churrasqueiras, eletroportáteis e bicicletas. Com

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o aprimoramento dos produtos, a construção civil ofereceu novas soluções ao mercado. Incrementamos 34 itens no portfólio. ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO Para recuperar o crescimento do País, muitas ações deverão ser adotadas. Com base nisso, a Irmãos Fischer acredita que os declives devam ser estabilizados e iniciado o processo de recuperação para todos os setores econômicos do Brasil. DÓLAR EM 2015 O real tem sofrido desvalorização e, em 2015, conforme as projeções, não será diferente. Deverá ser cotado em variação de 3% neste ano, com base em 2014. EXPORTAÇÕES Atuamos nos países da América Latina. É um mercado em expansão, com resultados positivos para a empresa. ESTRATÉGIAS PARA ESTE ANO Desenvolvimento e crescimento através do aprimoramento dos produtos, da capacitação dos colaboradores e da busca de novos mercados de atuação. Ampliamos a meta e já temos uma relação de lançamentos para 2015, com o nosso compromisso de layout diferenciado, novas tecnologias e praticidade. Os investimentos serão voltados às atividades afins. Nosso parque industrial foi recentemente ampliado e modernizado. EXPECTATIVAS DA EMPRESA Um ano mais calmo do que 2014 e com projeções de melhoras econômicas. Acreditamos que será possível o crescimento contínuo. Desejamos concluir 2015 com resultados positivos e redução dos riscos industriais.


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GA.MA ITALY

PONTOS POSITIVOS DO ANO O crescimento da GA.MA Italy como um todo, com base na melhoria da distribuição e na ampliação do mix. Também dirigimos o foco para um mix rentável, em função dos novos patamares do dólar, e lançamos vários produtos de sucesso, inclusive da marca Braun, em parceria com a P&G. O QUE FOI NEGATIVO O dólar em alta, a confiança do consumidor em queda e a economia com maior incerteza, o que levou clientes e consumidores a serem mais conservadores nas decisões. A Copa e as eleições também alteraram o ritmo dos negócios, com impacto negativo. PRODUTOS LANÇADOS Lançamos número maior de produtos do que em 2013. CAMPEÃO DE VENDAS A escova Rotativa Turbo Íon 2000, que tem rotação dupla, filtro de proteção e duas escovas, com 38 mm e 50 mm, para cachear, modelar e escovar os cabelos. ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO A escolha de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda foi uma medida certa, mas para a economia retomar o rumo deverão ser tomadas várias outras de ajustes e de ordenamento fiscal, que pode-

rão impactar o consumo no curto prazo. A recuperação virá a partir de 2016.

Fotos: Divulgação

BALANÇO DE 2014 Embora o ano tenha sido bem mais difícil em negócios, foi excelente para a empresa. Havíamos projetado um cenário bastante coincidente e criado planos para crescer e melhorar a lucratividade. Atingimos esses objetivos e encerramos o ano com crescimento de mais de 25% sobre 2013.

DÓLAR EM 2015 O nosso segmento de atuação depende bastante da importação e, inclusive nos produtos nacionais, a maioria dos insumos deriva de commodities, que são afetadas pelo dólar. Entendemos que o dólar ideal não deveria superar os R$ 2,50 em média. No entanto, estimamos o valor de R$ 2,65 para o final de 2015. EXPORTAÇÕES Nós realizamos pequenas exportações para filiais do grupo. O Custo Brasil, no nosso segmento, dificulta bastante a exportação, considerando que o grupo também tem fábricas na China, na Argentina e na Itália. ESTRATÉGIAS PARA ESTE ANO Em resumo: inovação, foco em distribuição e engenharia de mix (para melhorar a rentabilidade e ganhar do dólar), atenção especial no serviço aos clientes e nos indicadores de satisfação destes e dos consumidores. Internamente, priorizar custo e produtividade. Estamos com um projeto prioritário de implementação de Lean Manufacturing na nossa fábrica de Manaus (AM), onde investimos forte, inclusive para a expansão da produção nacional. O investimento total supera US$ 1 milhão. Em 2015, estimamos fazer de 20 a 25 lançamentos.

Felipe Leonard, presidente

Escova Rotativa Turbo Íon 2000

EXPECTATIVAS DA EMPRESA Projetamos crescimento de 15% num cenário conservador e 30% no mais otimista. Mas acreditamos que, mesmo em tempos difíceis, há grandes oportunidades e o trabalho de excelência traz bons resultados.

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GRUPO TECNOVIDRO Foto: Jeferson Soldi

BALANÇO DE 2014 Não foi um ano dos mais fáceis, porém conseguimos crescer em torno de 5% em faturamento, em relação a 2013. Para a marca Casavitra, especificamente, 2014 foi um ano bom, com a conquista de mercado e crescimento em torno de 20%.

Foto: Divulgação

Marco Debastiani, diretor-presidente

PONTOS POSITIVOS DO ANO O ponto mais positivo foi o desenvolvimento de novos projetos, pois foi possível inovar e ver nossos projetos sendo bem absorvidos pelo mercado. Conseguimos desenvolver projetos específicos para alguns clientes, o que foi muito bom. Tivemos, ainda, uma consolidação muito grande da marca Casavitra. O QUE FOI NEGATIVO Podemos apontar o fato de que alguns segmentos do mercado não corresponderam ao que deles se esperava, alguns ficaram até 40% abaixo da meta. Mas em outros foi registrado crescimento.

Cooktop Girafa, da Casavitra

PRODUTOS LANÇADOS A Casavitra lançou muitos produtos. Podemos destacar, nesse sentido, a linha Animal Print. Também lançamos alguns produtos com outras marcas, com o objetivo de atender a demandas específicas geradas por clientes. CAMPEÃO DE VENDAS O nosso produto de maior venda foi

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para o segmento automotivo, para o qual fornecemos vidros. ECONOMIA NO SEGUNDO SEMESTRE Particularmente, acreditamos que não há como não buscar um alinhamento e maior segurança econômica. Nós estamos fazendo a nossa parte, e 2015 será um ano bom, pois estamos desenvolvendo produtos inovadores e competitivos. DÓLAR EM 2015 Esperamos que esteja estável, pois é melhor para balizar nossos custos. Na nossa visão, deve ficar em torno de R$ 2,40, R$ 2,50. ESTRATÉGIAS PARA ESTE ANO Desenvolvimento de novos produtos dentro de segmentos da linha branca. Precisamos completar a linha da Casavitra de forma forte. Também é importante atuar na aplicação de vidros em novos projetos e segmentos. Pretendemos lançar cerca de 10 produtos dentro de todas as categorias do grupo. A maior parte deverá ser por meio da marca Casavitra. Também investiremos no beneficiamento do lixo. EXPECTATIVAS DA EMPRESA Nossas expectativas são boas. Estamos aqui para desempenhar o nosso papel, porque, se entrarmos no negativismo, é melhor fechar as portas. Então, vamos crescer e bem.


ABRADISTI INDÚSTRIA

HAMILTON BEACH PONTO POSITIVO DO ANO A abertura de novos clientes foi o ponto mais positivo. O QUE FOI NEGATIVO Nenhum ponto negativo teve impacto a ponto de merecer destaque. PRODUTOS LANÇADOS Fizemos oito lançamentos em 2014, ampliando o portfólio para 22 produtos. O liquidificador pessoal, o moedor de café, a cafeteira Brewstation Elite, a batedeira portátil e o mixer trouxeram inovação, em linha com o DNA da Hamilton Beach. CAMPEÃO DE VENDAS A cafeteira elétrica branca e vermelha, que eliminou a jarra de vidro e encantou pelo design e praticidade, foi a campeã.

ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO Será um ano de ajustes, mas estamos confiantes no discurso da nova equipe econômica. Ela anuncia a volta da ortodoxia econômica, que compreende controle de gastos, equilíbrio fiscal, metas de inflação e, sobretudo, menos intervenção no mercado.

Fotos: Divulgação

BALANÇO DE 2014 Foi o primeiro ano de operação da Hamilton Beach do Brasil. Os resultados foram bons, embora abaixo das expectativas.

DÓLAR EM 2015 A taxa de câmbio depende de muitos fatores complexos e carrega um forte componente emocional. Preferimos não emitir nenhum parecer a esse respeito. ESTRATÉGIAS PARA ESTE ANO Investir na divulgação da marca Hamilton Beach junto ao consumidor e ampliar a base de clientes. Para este ano, temos a previsão de lançar mais quatro produtos, todos pensados para o consumidor brasileiro.

Eduardo Meirelles, gerente-geral no Brasil

EXPECTATIVAS DA EMPRESA Para nosso segundo ano de operação no Brasil, temos as expectativas de crescimento e ampliação dos negócios.

Cafeteira elétrica branca e vermelha

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HARMAN DO BRASIL Fotos: Divulgação

BALANÇO DE 2014 O cenário econômico brasileiro, como um todo, apresentou uma clara retração no último ano. Apesar disso, os resultados de 2014 foram positivos, superando os números de 2013 da forma planejada. PONTOS POSITIVOS DO ANO Sem dúvida, o principal foi o crescimento em vendas. Somado a isso, tivemos a consolidação de parcerias estratégicas com grandes redes do varejo, o aumento da distribuição de produtos, por meio da abertura de canais com novos clientes em diferentes regiões do País, e a construção da nossa terceira fábrica no Brasil, localizada em Manaus (AM).

Rodrigo Kniest, presidente

Flip 2

PRODUTOS LANÇADOS No total, foram lançados 50 produtos, com destaque para os portable speakers com tecnologia Bluetooth, como o Clip, Flip2, Charge 2 e Pulse, todos da marca JBL. Isso reforça a tendência do mercado em relação a dispositivos móveis e gadgets, que permitem ao usuário portar seus equipamentos favoritos onde estiver, mas sem depender de tomadas e cabos. CAMPEÃO DE VENDAS O JBL Flip 2 foi o grande destaque de 2014. ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO A dinâmica da macroeconomia de um País é, normalmente, regida por ciclos de longo prazo. O processo para que o mercado nacional volte a apresentar crescimento certamente levará tempo. O cenário com o qual trabalhamos é conservador, com a

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previsão de crescimento do PIB menor que 2%. DÓLAR EM 2015 A expectativa é que a moeda se estabilize por volta de R$ 2,60. Acreditamos que R$ 2,20 seja um patamar saudável, tanto para quem importa como para quem exporta. EXPORTAÇÕES Exportamos, principalmente, para países da América Latina, alcançando resultados muito positivos. A expectativa é de continuidade desse crescimento nos próximos anos. ESTRATÉGIAS PARA ESTE ANO O DNA da empresa sempre teve a inovação tecnológica e, em 2015, não será diferente. A Harman do Brasil deverá lançar de 30 a 50 produtos de forma a manter o nosso agressivo perfil de renovação do portfólio e introdução de novas tecnologias. Além disso, estamos bastante entusiasmados com a entrada no segmento de headphones esportivos, com a nossa mais nova marca, Yurbuds, adquirida em 2014 e considerada a número um em esportes no mundo todo. Na área industrial, vamos manter o ritmo de investimentos em melhorias operacionais nas nossas três plantas produtivas, localizadas no Sul e em Manaus. EXPECTATIVAS DA EMPRESA Apesar de um cenário econômico conservador, estamos otimistas em relação a 2015. Muitos de nossos produtos ainda são poucos conhecidos do grande público, portanto acreditamos que exista um grande potencial de crescimento.


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BALANÇO DE 2014 Para a Latina, o ano de 2014 foi de extrema dificuldade, resultado de uma série de fatores socioeconômicos, o que acarretou queda de faturamento na comparação com anos anteriores.

ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO Estamos torcendo por melhorias. Com certeza, a indústria está fazendo a sua parte, com foco na manutenção dos empregos.

PONTO POSITIVO DO ANO Considerando que no início de 2014 já havíamos nos preparado para um ano muito ruim, o segundo semestre acabou se mostrando melhor do que imaginávamos. Isso foi um ponto positivo.

DÓLAR EM 2015 Considerando todas as variáveis político-econômicas, entendo como uma questão impossível de se estimar. Como não somos importadores de produtos, o impacto em nosso negócio é reduzido.

O QUE FOI NEGATIVO Os dois grandes eventos do ano, eleições e Copa do Mundo, criaram um conjunto de fatores que elevaram os custos em geral e, consequentemente, a insegurança, tanto na indústria quanto na população. PRODUTOS LANÇADOS Fizemos algumas melhorias em produtos e linhas. O destaque foi a nossa secadora de roupas SR575, um modelo lançado a partir do sucesso da SR555. Com isso, a linha ocupou importante espaço e se consolidou como destaque na categoria. CAMPEÕES DE VENDAS Em 2014, o destaque foi para os purificadores de água refrigerados, uma categoria consolidada no mercado, com a vinda de diversos novos players. A Latina foi uma das pioneiras a introduzir essa categoria no varejo.

EXPORTAÇÕES Continuamos com as vendas focadas na América do Sul e na África. As exportações, estrategicamente, representam 5% do nosso faturamento. ESTRATÉGIAS PARA ESTE ANO Estamos planejando tirar alguns produtos de linha, lançar outros, reduzir custos e nos aproximarmos de distribuidores. Além disso, no fim de 2014, fizemos alterações em nossas plantas, ganhando nova unidade na cidade de São Carlos (SP). Desde dezembro último, estamos operando com três unidades: sede, novo centro de distribuição e nova unidade da ATEC - nossa área de pós-vendas. Além dessas três em São Carlos, continuamos com nossa unidade em Recife (PE). Em 2012, teremos três novos produtos, cujo lançamento será feito na feira Eletrolar Show.

Fotos: Divulgação

LATINA

Valdemir Dantas, presidente

Purificador de água refrigerado PA355

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LENOVO BRASIL Fotos: Divulgação

BALANÇO DE 2014 O ano foi muito importante para a Lenovo, que se consagrou líder global em PCs, anunciou a aquisição da unidade de servidores x86 da IBM e da Motorola Mobility e ampliou o portfólio. Há cerca de dois anos, a empresa investe intensamente no País. As marcas Lenovo e CCE atendem o mercado brasileiro em distintas faixas de consumo. Fabricamos nossos produtos e dispomos de um centro de pesquisa e desenvolvimento especializado em software. O período foi de consolidação.

Silvio Stagni, presidente

PONTOS POSITIVOS DO ANO Foram as aquisições. Elas nos permitiram avançar muito nos mercados de smartphones e servidores x86. Assim como ocorreu quando adquirimos a divisão de PCs da IBM, nossa meta é estar entre os líderes nesses dois segmentos nos próximos anos. O QUE FOI NEGATIVO A Copa do Mundo e as eleições, que impactaram diretamente o calendário de vendas corporativas e do varejo.

Yoga

PRODUTOS LANÇADOS Expandimos nosso portfólio de produtos premium e trouxemos os primeiros tablets de marca própria para o mercado nacional, com o Yoga Tablet, o S5000 e o ThinkPad 8. Destaque para o Yoga Tablet, um modelo único no mercado, com bateria que dura até 18 horas e ergonomia diferenciada que possibilita segurar o equipamento por mais tempo sem cansar as mãos. É mais um exemplo do nosso foco em inovação e tecnologia. CAMPEÃO DE VENDAS A linha de computadores Yoga, pela inovação tecnológica de seus produtos.

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ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO 2015 será tão desafiador para a economia quanto foi 2014, mas estamos animados com a possibilidade de leve recuperação de demanda. Nossos principais parceiros já estão normalizando seus níveis de estoque e, com o calendário sem eventos sazonais, cremos que a indústria de PCs e demais eletrônicos retomarão o crescimento.

EXPORTAÇÕES Atualmente, exportamos algumas linhas de produtos da CCE feitos no Brasil para a Colômbia e o México, o que tem beneficiado a nossa atuação na América Latina. ESTRATÉGIAS PARA ESTE ANO Continuaremos a proteger o nosso principal negócio, a liderança de PCs, e atacar mercados de alto crescimento, como mobile, corporativo e nuvem. Para isso, nosso plano de negócios consiste em aumentar o portfólio e o market share de maneira lucrativa e sustentada. Traremos produtos inovadores e de qualidade, que vão ao encontro das necessidades dos brasileiros. Temos duas plantas industriais e um centro de pesquisa e desenvolvimento e a ideia é que essas unidades suportem o nosso crescimento no longo prazo, investindo em qualidade, segurança e inovação, características da Lenovo no mundo. EXPECTATIVAS DA EMPRESA Esperamos que em 2015 a Lenovo se aproxime ainda mais do seu objetivo principal, que é a liderança em todos os mercados em que atua, como já acontece com os PCs. Estamos animados com os novos segmentos que abraçamos em 2014, com as aquisições de Motorola e os servidores x86 da IBM, e com as sinergias que essas operações irão gerar.


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LOGITECH BRASIL

PONTOS POSITIVOS DO ANO Lançamos diversos produtos que foram muito bem aceitos pelo mercado. Nós conquistamos grande espaço com clientes novos e atuais, que têm priorizado cada vez mais um portfólio de alta qualidade. PRODUTOS LANÇADOS Foram 22 lançamentos em todas as categorias, número maior que o do ano de 2013. Os produtos especiais para games e digital music tiveram bastante repercussão, além das caixas de som com tecnologia Bluetooth e o novo teclado para Smart TV, K400. CAMPEÃO DE VENDAS O Combo sem fio MK220 (teclado+mouse) liderou as vendas de

2014. Compacto e com a combinação de teclas ideais para digitar em casa ou no trabalho, o combo tem longa duração e facilita a vida do usuário, uma vez que a tecnologia wireless possibilita seu funcionamento em até 10 metros de distância do computador.

Fotos: Divulgação

BALANÇO DE 2014 A Logitech teve um excelente ano, com crescimento significativo, saudável e superior ao de 2013, proveniente da abertura de novas contas e com um ganho expressivo no market share. Foi ainda melhor se levarmos em consideração o cenário econômico que tivemos em 2014, em meio à Copa do Mundo e às eleições. O consumidor procurou por produtos de alta qualidade, e a nossa credibilidade, aliada aos três anos de garantia dos produtos da Logitech, reforçaram a escolha da marca na hora da compra.

ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO Esperamos um ano de ajustes na economia e, com isso, estamos confiantes de que haverá espaço para crescimento. ESTRATÉGIAS PARA ESTE ANO Continuar lançando produtos inovadores e que facilitem a vida do consumidor, dando atenção especial para digital music e games. O plano é ter lançamentos para todas as áreas de produtos trabalhados pela empresa, sejam teclados e mouses, gaming, digital music, tablets ou itens para o mercado B2B. Temos interesse em investir cada vez mais para alcançarmos maior crescimento no Brasil, pois é um país importante para os negócios da Logitech.

Jairo Rozenblit, presidente

Combo sem fio MK220

EXPECTATIVAS DA EMPRESA Queremos superar o ano de 2014 e seguir conquistando o consumidor brasileiro, com grandes lançamentos e produtos de alta qualidade, design exclusivo e tecnologia inovadora.

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MALLORY Fotos: Divulgação

BALANÇO DE 2014 Foi um ano muito bom. A empresa e o faturamento cresceram, se alinharam e até superaram os planos estabelecidos. PONTOS POSITIVOS DO ANO O aumento do número de clientes e a receptividade da marca no mercado. Destaque para os excelentes indicadores de atendimento e serviço aos clientes, com a conquista do Selo RA1000, do site Reclame Aqui, e a certificação do Sistema de Qualidade ISO 9001, garantia de excelência.

Mauro Vega, diretor comercial geral

O QUE FOI NEGATIVO Tivemos forte impacto no valor do dólar. A disparada no final do ano impediu resultados muito mais expressivos. PRODUTOS LANÇADOS Nosso portfólio evoluiu, ficou mais eficaz para gerar melhores negócios aos clientes. Renovamos os produtos de ventilação, com menção especial à linha Turbo Silence. Lançamos o Turbo Silence 40, inovação em vazão e silêncio. De coluna, o Delfos Turbo Silence e o Air Timer Turbo Silence. Apresentamos a máquina de cupcake Sweet Party, a coleção desenvolvida com a Confederação Brasileira de Futebol e a linha Disney, de ventilação, com novo visual, além dos liquidificadores, como o Vita 3, e os ferros Kalahari Ceramic e Sahara Black.

Ventilador Turbo Silence 40

CAMPEÕES DE VENDAS A linha de ventilação, com o Turbo Silence 40, a fritadeira a ar Wellness Fry e as linhas em parceria com a CBF, antes da Copa, e com a Disney na temporada de ventilação. ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO Não estamos muito otimistas, não será uma recuperação rápida. Mas, se é para

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alcançarmos uma base sólida e que propicie crescimento saudável, devemos passar por ela. Isso não significa que deixaram de existir boas oportunidades e áreas que nos permitam crescer de forma saudável. DÓLAR EM 2015 Não enxergamos quedas abaixo de R$ 2,50, com máxima de R$ 2,80. Sobre o valor ideal, o máximo seria R$ 2,20, com certa estabilidade. O preço no ponto de venda da maioria dos produtos ficou estabelecido quando o dólar estava abaixo de R$ 1,80, mas é impossível sustentar isso por mais tempo. É inevitável um reposicionamento generalizado de forma quase imediata. EXPORTAÇÕES A empresa, em atuação direta ou dentro do Taurus Group, tem alta participação na América Latina. Vendemos no Uruguai, Paraguai e Bolívia. No Peru, adquirimos uma empresa local e apresentamos novas marcas. E crescemos bem no Equador, na Colômbia e, através da Taurus México, em toda a América Central e Caribe. ESTRATÉGIAS PARA ESTE ANO Vamos seguir nosso plano estratégico, que vem dando bons resultados. O plano de investimento, executado em boa parte nos anos anteriores, serviu para dotar a empresa de uma estrutura que permite alavancar um crescimento importante, sustentável e saudável por muitos anos. EXPECTATIVAS DA EMPRESA São as melhores. Os resultados de 2014 reforçaram a confiança da Mallory para continuar nos rumos previstos, mesmo em um cenário geral pouco positivo. Projetamos manter crescimento importante em 2015, superior a 20%.


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mar maior do dólar e dos juros, e economia desaquecida. Mas, como nossos produtos não são de consumo durável, somos menos afetados por um cenário econômico desfavorável. Acreditamos que as empresas consolidadas e mais organizadas, como a Rio Branco, irão ter melhor desempenho em relação às que estiverem expostas tanto financeiramente quanto na área cambial.

PONTOS POSITIVOS DO ANO O crescimento da Dazz no segmento automotivo, com produtos diferenciados, como o único media player de 4” do mercado (DZ65493), e a ampliação do portfólio de games e tablets, como o DZ-65125, com projetor.

DÓLAR EM 2015 Deve ficar em torno de R$ 2,60 a R$ 2,70. O melhor é a estabilidade. A volatilidade prejudica muito a percepção de preço.

O QUE FOI NEGATIVO O descasamento entre as expectativas e a realidade obrigou o mercado a rever suas previsões no meio do ano. Os varejistas, os revendedores de informática e papelarias tiveram que se ajustar ao cenário de menor giro, o que afetou os resultados. PRODUTOS LANÇADOS Lançamos 130 produtos. Destaque para o Tablet Quad Core 7’’, com projetor integrado de 60 Lumens DZ-65125, inédito no Brasil, e o Media Player com Android 4.0 DZ-524-9, com acesso aos aplicativos do Google Play. Na linha PC Gamers, o Mouse Gamer Skinliger 5600 DPI-62 216-6, para destros e canhotos, o Teclado Gamer Nephast 62 240-5 e o Gabinete Gamer ATX/Micro-ATX Hammer 62 274-0. CAMPEÕES DE VENDAS Os tablets, a linha de som automotivo e os games. ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO Será um ano difícil e desafiador, com pata-

ESTRATÉGIAS PARA ESTE ANO Estamos aprimorando nossa atuação comercial, com ampliação de representantes regionais e de vendedores ao telefone. Fizemos importantes contratações de nível gerencial para os canais de papelarias, informática, mídia e automotivo. Neste trimestre, vamos investir na modernização e automação das vendas, aumentando a eficiência da comunicação entre as equipes e os vendedores. Teremos o portfólio mais completo do mercado. Neste semestre, a previsão é de 110 lançamentos. A marca Maxprint terá novidades em artefatos de papel, acessórios de informática, suprimentos e roteadores; a Dazz, em tablets, acessórios para Smart TV e games. Nesta, distribuimos, através de nossos representantes, as marcas MadCatz e Razzer.

Fernando Perfeito, diretor comercial

Foto: Divulgação

BALANÇO DE 2014 Apesar dos grandes desafios da economia e de instabilidades em função da Copa do Mundo e das eleições, abrimos novos mercados e crescemos dentro dos atuais clientes, o que ocasionou expansão de 10%. Fizemos importantes ajustes nas áreas de produtos e comercial, renovando profissionais, visando a uma evolução maior em 2015.

Foto: Liane Mota Fotografia

MAXPRINT, DAZZ E GOTHAN

Tablet com projetor integrado DZ-65125 (Dazz)

EXPECTATIVAS DA EMPRESA Esperamos aprimorar nossa proximidade com o mercado, recuperar vendas em regiões em que tínhamos pouca tradição e otimizar nosso portfólio. Com isso e os lançamentos, poderemos recuperar o ritmo de crescimento que tivemos anteriormente, em patamar de 30% ao ano.

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MEDIATEK Fotos: Divulgação

BALANÇO DE 2014 Foi mais um ano muito forte para a MediaTek. Foi nomeada empresa de semicondutores do ano, no GSA Awards de 2014, e entrou para a lista dos 100 maiores inovadores globais. Além disso, nosso CEO, Ming-Kai Tsai, figurou na lista dos 100 com o melhor desempenho do mundo, pela segunda vez. Financeiramente, no terceiro trimestre de 2014, a receita foi de NT$ 57,472 milhões, aumento de 6,2% sequencialmente e de 47,3% em relação ao ano anterior.

Russ Mestechkin, diretor de vendas e marketing para a América Latina

Chipset SoC

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PONTOS POSITIVOS DO ANO O processador Octa-core MT6595 – e a sua subsequente inclusão no topo da lista AnTuTu de smartphones mais rápidos do mundo – foi grande destaque. Este é o primeiro chipset Octa-core do mundo para smartphones 4G LTE, que lançamos para ampliar o portfólio de LTE e capacitar smartphones sofisticados. Também anunciamos o novo SoC móvel de 64 bits, o MT6735, incorporando as necessidades de modem e RF de operadoras de telefonia móvel em todo o mundo. Outra conquista foi o MediaTek Labs, uma nova iniciativa global de ecossistema que apoia a criação de dispositivos, desenvolvimento de aplicativos e serviços baseados nas ofertas da MediaTek. PRODUTOS LANÇADOS Várias inovações foram lançadas em 2014, incluindo o processador MT6595 Octa-core. Projetado para o mercado Super-Mid, é baseado na arquitetura ARM® ‘big.LITTLE’, com quatro processadores Cortex-A7 de alto desempenho e eficiência energética. Também nos unimos à Amazon para capacitar a nova linha de tablets Fire (Fire HD 6, Fire HD 7 e Fire HD Kids Edition). Os produtos têm a solução de conectividade SoC MT8135 e MT6628 e foram projetados para

quem procura alto desempenho e preço acessível. Além disso, o Connected Audio SoC MT8507 foi certificado pelo Spotify Connect para apoiar avançada experiência doméstica de áudio. Os usuários finais podem reproduzir milhões de faixas sem interrupções por meio de seus aparelhos de som e Smart TVs utilizando o aplicativo Spotify no celular ou tablet como um controle remoto. ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO A MediaTek tem forte presença na região da América Latina, que é identificada como uma área importante de crescimento. Como é um dos seus maiores mercados, esperamos que o Brasil cresça. EXPORTAÇÕES Exportamos para países do mundo todo, com resultados muito positivos. Os produtos que utilizam a tecnologia da empresa são vendidos na maioria dos países da América Latina, com grande sucesso. ESTRATÉGIAS PARA ESTE ANO Nosso foco é ampliar rapidamente a oferta de LTE, da linha premium, para as soluções mais acessíveis que oferecemos. Recentemente, firmamos parceria com a Sony para lançar a nova TV Android da marca, e isto constitui uma parte fundamental da criação do nosso patrimônio para atender às necessidades de convergência multitelas. Temos muitos produtos e soluções instigantes que serão lançadas este ano e estamos ansiosos para continuar a crescer em todos os mercados e setores. Nossos investimentos em pesquisa e desenvolvimento também continuam a crescer e, recentemente, inauguramos centros em San Diego, Estados Unidos, na Índia e na Finlândia.


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BALANÇO DE 2014 Foi mais um ano extremamente positivo para a Mondial. Ampliamos ainda mais nosso complexo industrial I, de 91 mil m², em Conceição do Jacuípe (BA), inauguramos a fábrica em Manaus (AM), entramos em novos segmentos e consolidamos a liderança nas principais categorias em que atuamos. PONTOS POSITIVOS DO ANO Ampliação da nossa estrutura no Brasil, a crescente participação no mercado exterior e a grande melhoria dos serviços prestados aos nossos clientes. Tudo isso trouxe crescimento acima do planejado. O QUE FOI NEGATIVO Eventos como a Copa e as eleições, que reduziram os dias úteis nos pontos de venda, e o aumento dos custos de mão de obra, matéria-prima e logística, tudo isso em um ambiente de oscilação do dólar. PRODUTOS LANÇADOS Lançamos um número maior de produtos do que em 2013, com destaque para a linha de ventilação com hélice de seis pás, ventilação profissional PRO- 55, cuidados pessoais e a moderna linha de Boombox UP. No final do ano, entramos no segmento de informática com três modelos de tablets. CAMPEÕES DE VENDAS Os destaques foram as linhas de ventilação, Air Fryer, ferramentas e de áudio e vídeo. ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO O salário mínimo representa hoje mais de US$ 300. O consumo de produtos com custo até R$ 300, que não necessitam de financiamento, deve manter aquecido o nosso segmento. As medidas socioeconômicas vão trazer desconforto em 2015,

Fotos: Divulgação

MONDIAL ELETRODOMÉSTICOS quando alguns setores poderão sentir mais, entre eles automóveis, construção civil e infraestrutura, etc., mas também trazem uma nova perspectiva para retomar o crescimento do PIB a partir de 2016. DÓLAR EM 2015 Nesse momento de mudança de política econômica, oscilação do mercado internacional de commodities, principalmente do petróleo, e pelas flutuações do capital mundial, as variações da taxa do dólar ficam dependentes da evolução desses fatores ao longo de 2015. O ideal, para a indústria que abastece predominantemente o território nacional, seria que a moeda americana ficasse estável em uma faixa menor, permitindo melhor planejamento das estratégias e investimentos industriais.

Giovanni Marins Cardoso, diretor comercial e de marketing

EXPORTAÇÕES A Mondial, diante da estratégia de distribuição da marca em escala global, já iniciou sua entrada no mercado dos Estados Unidos, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Colômbia, Panamá, China e Espanha. Os volumes ainda são iniciais, se comparados ao mercado interno, mas deveremos ter aumento das exportações em cinco vezes ao longo de dois anos. ESTRATÉGIAS PARA ESTE ANO Ampliar os serviços aos clientes, entrar em novos segmentos, consolidar a gestão administrativa e atingir as desafiantes metas traçadas para 2015. Também teremos o lançamento de mais de 30 produtos, sendo 15 já neste primeiro semestre. EXPECTATIVAS DA EMPRESA Temos certeza de que será um ano desafiante, que trará muitas oportunidades para quem entender o mercado e trabalhar na direção certa. Nossa expectativa é boa.

Ventilador Turbo Pro 55

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Fotos: Divulgação

MUELLER BALANÇO DE 2014 A Mueller cresceu apesar do mercado pouco aquecido. Ações comerciais ajudaram no aumento das vendas de máquinas de lavar, centrífugas e secadoras. Nos produtos para a cozinha, tivemos bons resultados com o lançamento de uma linha de fogões e o desempenho dos fornos elétricos, que nos auxiliaram a expandir a carteira e conquistar maior pulverização das vendas.

John Muller, presidente

PONTOS POSITIVOS DO ANO O crescimento conquistado, apesar do foco na Copa do Mundo e das incertezas com as eleições presidenciais. A expansão das vendas, mesmo diante desses obstáculos, mostra a força da nossa marca e o acerto das estratégias comerciais e de marketing. O QUE FOI NEGATIVO O retorno do IPI, desde julho de 2013, a concentração de vendas no segmento de TV e as incertezas sobre a economia brasileira. O clima mais quente e com pouca chuva impactou a venda de secadoras e centrífugas.

Fogão Beníssimo Stile

PRODUTOS LANÇADOS Destacamos a linha de fogões Beníssimo, com manípulos sobrepostos e ergonômicos, além de preço competitivo para a classe média. Com modelos de quatro e cinco bocas, totaliza seis opções, com variedade de queimadores. O fogão de cinco bocas tem quatro opções de potência. A lavadora Big ganhou uma versão preta. Semiautomática, tem capacidade para até 13 quilos de roupas secas e controle de drenagem no painel, não sendo preciso encaixar a mangueira no ralo toda vez que for esvaziada. CAMPEÕES DE VENDAS A categoria de fornos elétricos foi a de maior destaque, seguida pela de fogões

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de piso, com a família Beníssimo. Em lavanderia, destaque para as máquinas semiautomáticas e as secadoras de roupa. ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO Apostamos na elevação das vendas pela reposição dos estoques de final de ano e pelas promoções tradicionais do período. Acreditamos em pouco crescimento econômico, no curto prazo, e em melhorias a partir de 2016 e 2017.

DÓLAR EM 2015 Seu valor influencia a competitividade dos nossos produtos no mercado global e a importação de insumos. A oscilação do dólar impacta negativamente ao dificultar o planejamento de médio e longo prazo. EXPORTAÇÕES Trabalhamos com diversos países da América Latina, África e Oceania. Os resultados são positivos, muito em função da alta do dólar, que favorece nossos preços no mercado internacional. Porém a competitividade dos produtos brasileiros vem caindo em função dos baixos preços oferecidos pela China e dos altos custos produtivos para as empresas nacionais. ESTRATÉGIAS PARA ESTE ANO Oferecer soluções completas ao varejo e ao consumidor, com produtos de alta qualidade e melhor custo-benefício. A Mueller continuará trabalhando para o crescimento sustentável, através da gestão da carteira de seus clientes e da equação positiva entre custos fabris e valor entregue. Lançaremos mais linhas de produtos nos dois segmentos em que atuamos e, para suportar essa estratégia, investiremos na expansão e modernização das nossas áreas produtivas.


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NESPRESSO PONTOS POSITIVOS Aumentamos o portfólio com a linha de máquinas Inissia e com o novo modelo da Lattissima Pro, expandimos a nossa linha de grands crus permanentes, de 21 para 22 blends, e lançamos a primeira linha de taças desenvolvida especificamente para a degustação de cafés, a Reveal Collection, em parceria com a austríaca Riedel. Também cresceu a nossa presença em parceiros do trade que comercializam máquinas para mais de 1 mil pontos de venda. PRODUTOS LANÇADOS Lançamos a linha Inissia, colorida e com estilo totalmente diferente dos modelos apresentados anteriormente pela marca. Outro importante lançamento foi a máquina Lattissima Pro, em versão touch screen. Com sistema de “leite fresco em um toque”, ela facilita o preparo de receitas clássicas como cappuccino, espuma de leite e latte macchiato. Também expandimos a linha de grands crus permanentes de 21 para 22 opções, com o Bukeela ka Ethiopia, um café Pure Origin Lungo com grãos etíopes. Além disso, ofereceremos diferentes experiências sensoriais aos membros do Nespresso Club com as edições limitadas de 2014, entre elas a Colombian Terroirs, um duo de cafés que homenageia duas regiões produtoras da Colômbia, e a Cauca, de intensidade 6, que se caracteriza pelos aromas frutados e de vinho e pelo sabor suculento.

CAMPEÃO DE VENDAS A aceitação da linha de máquinas Inissia foi surpreendente. O público jovem e amantes de Nespresso se identificaram com as cores diferenciadas e o design minimalista. Por sua vez, a Lattissima Pro, apesar de ter sido lançada no final do ano, foi muito bem recebida pelos amantes do café com leite. EXPORTAÇÕES Todos os nossos grands crus são torrados, moídos e encapsulados nas duas fábricas da marca, na Suíça. Os dois centros de produção, localizados em Avenches e Orbe, são responsáveis por produzir e garantir a qualidade de cada cápsula. Hoje, a marca está presente em mais de 60 países. ESTRATÉGIAS PARA ESTE ANO Será um ano muito especial para a marca. Por ser focada em inovação e qualidade, assim como ocorreu nos últimos anos, lançará novos cafés e máquinas. O objetivo, sempre, é oferecer a experiência suprema em café.

Fotos: Divulgação

BALANÇO DE 2014 O ano foi muito positivo para a Nespresso. Os números foram satisfatórios, e o crescimento da marca ficou acima da média do mercado.

Stefan Nilsson, diretor

Linha Inissia

EXPECTATIVAS DA EMPRESA Em 2014, completamos oito anos no País, enaltecendo a cultura do café para o brasileiro e proporcionando a ele conhecer grãos de altíssima qualidade. Acreditamos na estabilidade econômica e no desenvolvimento do Brasil no curto, médio e longo prazo. Oferecemos serviços personalizados para diferentes estilos de vida e preferências dos consumidores, incluindo atendimento 24 horas nos sete dias da semana, pelo 0800, em 11 boutiques nas principais cidades do País e um centro de difusão da cultura e da história do café, o Nespresso Expertise Center, nos Jardins, em São Paulo. Estamos confiantes no futuro do nosso negócio no Brasil.

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NEWLINK Fotos: Divulgação

BALANÇO DE 2014 O ano não foi tão favorável quanto esperávamos. A instabilidade do mercado foi marcada por eventos como Copa do Mundo e eleições, que dispersaram os consumidores e deixaram os investidores mais cautelosos. Nesse cenário, consideramos o desempenho da empresa positivo, pois superamos os principais obstáculos e desafios do ano, além da abertura de clientes importantes. PONTOS POSITIVOS DO ANO O aumento do nosso share em alguns clientes potenciais e a abertura de clientes importantes para a empresa. Leandro Murachovsky, CEO

O QUE FOI NEGATIVO Enfrentamos a perda de rentabilidade em função do dólar e dificuldade com o sell-out de algumas mercadorias, por problemas na economia. Mas ganhamos com mudanças em processos internos e mantivemos a média de faturamento dos anos anteriores. PRODUTOS LANÇADOS Lançamos cerca de 20 produtos, distribuídos entre todas as nossas linhas. Dentre os destaques, a Sport Cam Wi-Fi (FS101), com quatro acessórios e controle remoto, filma em Full HD; Torre Bluetooth (SP106), player portátil que reproduz todos os arquivos de música; e Tablet 7” Quad-Core Speedy (TB101), com processador Quad-Core MTK8127 e Android 4.4 (KitKat).

Tablet Dual-Core Surfer

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CAMPEÕES DE VENDAS Em acessórios, o Protetor Eletrônico Bivolt (PE101/PE102), que tem seis entradas de energia no padrão brasileiro e fusível de segurança. Em eletrônicos, o tablet modelo Dual-Core Surfer (TB104), com Android 4.2 (Jelly Bean), processador X15 Cortex A5 Dual-Core e memória interna de 8 GB.

ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO A possibilidade de mudança política na corrida presidencial agitou o mercado. Diante da reeleição, continuamos sentindo a desvalorização de nossa moeda e a redução dos incentivos na política econômica americana. Nossa política econômica permanece deficitária, e os avanços serão lentos.

DÓLAR EM 2015 Estará em torno do seu valor atual. A desvalorização maior foi no final de 2014, quando fomos surpreendidos e obrigados a assumir a instabilidade. Com a nova realidade, infelizmente, estamos penalizando clientes e consumidores. Para o importador, o dólar ideal é sempre o mais baixo, mas o importante é a estabilidade e não a oscilação, como ocorreu no último trimestre de 2014. EXPORTAÇÕES Estamos na Indonésia, Arábia Saudita, Peru, Equador, Uruguai e Cazaquistão. Os resultados foram pequenos em relação ao mercado nacional, mas excelentes para a exposição de marca e presença internacional. ESTRATÉGIAS PARA ESTE ANO O primeiro semestre será voltado ao ajuste de preço no ponto de venda e o segundo, aos lançamentos e melhora da perspectiva de giro. O segredo é trazer produtos diferenciados e trabalhar bem a pronta-entrega. Esta estratégia gera a oportunidade de abrir novos clientes, pois muitas empresas, com medo da recessão, deixam de trazer mercadoria. EXPECTATIVA DA EMPRESA Estamos nos fortificando para os lançamentos a partir do segundo semestre. Como nos anos anteriores. Serão entre 15 e 30 produtos novos.


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NIIVO DO BRASIL

PONTOS POSITIVOS DO ANO O rápido crescimento da empresa que representou a Niivo no Brasil e a grande aceitação de nossos produtos no mercado de telefonia celular. PRODUTOS LANÇADOS Os lançamentos contemplaram acessórios e carregadores portáteis. Como o ano de 2014 foi para estudo e reestruturação, os novos produtos da linha de telefones celulares foram adiados para 2015. CAMPEÃO DE VENDAS Há dois anos, o produto campeão de vendas é o IIKA-2, um celular simples e barato. ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO Creio que 2015 será um pouco mais difícil que 2014, com leve alta da taxa de juros e retração do crescimento do PIB. Estamos nos preparando para uma piora da economia, para a redução do consumo e para uma demora na implementação de um plano de recuperação eficaz. Estamos revendo nossos estudos de fabricação local, diante das incertezas do que enfrentaremos na parte tributária. Atrasamos o projeto de fabricação local, pois estamos revendo

alguns fatores importantes na análise de custos e implementação do projeto.

Fotos: Divulgação

BALANÇO DE 2014 Foi um ano atípico para a Niivo do Brasil, uma vez que o seu foco foi a entrada direta no País, sem parceiros. Por isso, podemos considerar que foi positivo no sentido de que a marca, apesar de passar por problemas de reestruturação aqui no País, conseguiu se consolidar perante o mercado. Os resultados foram satisfatórios, porém o foco, em boa parte de 2014, foi restabelecer o relacionamento com os grandes varejos e o desenvolvimento e lançamento de produtos para 2015.

DÓLAR EM 2015 Revendo a evolução da cotação dos últimos anos, creio que o dólar deverá oscilar entre R$ 2,60 e R$ 2,80. EXPORTAÇÕES A Niivo do Brasil comercializa a marca somente no território nacional. Os mesmos produtos comercializados aqui são distribuídos para outros países pela Niivo International, com sede em Taiwan. ESTRATÉGIAS PARA ESTE ANO Por conta de incertezas no cenário econômico e tributário do Brasil, estamos focando na montagem de acessórios e carregadores portáteis no País, e mantendo, inicialmente, a importação de telefones celulares. Já estamos trabalhando na preparação de novos produtos para o mercado brasileiro, com expectativa de volumes que suportem uma produção local. Estamos estruturando um portfólio com cerca de 20 produtos, entre telefones celulares, carregadores portáteis e acessórios. A aceitação desses itens no mercado é que nos direcionará para melhorias e criação de novos produtos para o fim do ano. Também iniciaremos, no final do primeiro trimestre, a linha de montagem dos carregadores portáteis.

Mauricio Huang, diretor-geral

IIKA-2

EXPECTATIVAS DA EMPRESA Será um ano de nova entrada no mercado, em que estaremos testando a aceitação de novos produtos, a consolidação da marca e o pós-venda. Para o fim de 2015 e início de 2016, temos a intenção de já ter uma planta industrial para a finalização de aparelhos e dispositivos, a fim de aumentar a flexibilidade para atender às necessidades do varejo.

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OSTER Fotos: Divulgação

BALANÇO DE 2014 Em 2014, aumentamos o nosso portfólio e fizemos investimentos assertivos, o que nos trouxe boa performance nas vendas em datas e eventos promocionais, como o Dia das Mães, o Dia dos Pais e a Black Friday, dobrando o nosso faturamento em relação a 2013.

Alexandre Escorel, gerente-geral

PONTOS POSITIVOS Mercado e consumidores mais exigentes, à procura de produtos que ofereçam design diferenciado e qualidade, e abertos às novas marcas. Diante disso, a Oster, já consolidada mundialmente, apresentou um ganho de mercado e maior participação no ponto de venda. PRODUTOS LANÇADOS Em 2014, nosso portfólio cresceu em relação aos anos anteriores, com a aposta em produtos inovadores e em categorias com relevância no mercado brasileiro. Foram 35 lançamentos, sempre com destaque para as nossas linhas de liquidificadores, de grills e de panelas Bioceramic, com revestimento natural, mais saudável e que permitem preparo rápido dos alimentos.

Liquidificador Clássico

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CAMPEÃO DE VENDAS O liquidificador foi a categoria de grande destaque em 2014, liderada pelos modelos Clássico e o Chrome. Crescemos significativamente e ganhamos reconhecimento no Brasil em um segmento forte e importante para o consumidor brasileiro, fortaleza da marca mundialmente. ESTRATÉGIAS PARA ESTE ANO Com um mercado cada vez mais dinâmico, apostamos, em 2015, em produtos que oferecem praticidade, versatilidade e maior rapidez no preparo de pratos, além de decorarem o ambiente. Seguindo essa tendência de qualidade, eficiência e design, vamos fortalecer nosso portfólio e continuar investindo no crescimento da marca. Teremos mais de 30 lançamentos em 2015. EXPECTATIVAS DA EMPRESA Nossa expectativa é continuar crescendo no mercado nacional, sempre desenvolvendo a marca, trazendo novos produtos e investindo em mídia, para a divulgação da Oster, e também no varejo, nas parcerias com nossos clientes.


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PONTOS POSITIVOS DO ANO Em 2014 completamos 10 anos de liderança no mercado de PCs, um feito em cenário competitivo como o nosso. Investimos muito para conhecer profundamente o mercado e o consumidor do País, o que nos permitiu lançar produtos que foram dos mais procurados no varejo e entrar em novas categorias, como a de equipamentos 2 em 1, que funcionam como notebooks e tablets. Outro ponto foi a entrada na África, com a produção e venda de computadores para o governo de Ruanda a partir deste ano. O QUE FOI NEGATIVO O primeiro semestre foi lento em razão da Copa do Mundo, o que desviou o foco do varejo para a venda de TVs. As eleições também afetaram o mercado, uma vez que grandes empresas e órgãos públicos aguardaram a definição do cenário político para decidirem investimentos. Isso impactou a indústria, mas também nos gerou oportunidades, como o aumento da procura por dispositivos com TV. PRODUTOS LANÇADOS Renovamos todo o portfólio. Em smartphones, fortalecemos a atuação com a entrada nas operadoras de telefonia. Nosso modelo principal, o Positivo S480, tem tela

de 4,5” sensível ao toque, tecnologia IPS, processador Quad-Core e Android 4.4 – KitKat. Lançamos a nova versão do tablet Mini Quad, de 7,85”, e, na categoria 2 em 1, o Duo ZX3020, com tela sensível ao toque de 10,1”. Como notebook, garante maior produtividade com o uso do teclado touch em português e acesso a uma porta USB. Destacado, se transforma em tablet. CAMPEÃO DE VENDAS O Positivo Union PCTV C1260 foi o best seller que ajudou a nos colocar na liderança do mercado de tudo-em-um no País. Tem design requintado, dimensões reduzidas, Wi-Fi e suporte para TV digital e analógica. ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO Embora a previsão seja de crescimento tímido do PIB para 2015, entendemos que há oportunidades para empresas de diversos segmentos. Os nossos mercados de atuação devem crescer ou ficar estáveis. Podemos exemplificar, falando de smartphones: todo mundo quer ter um.

Hélio Bruck Rotenberg, presidente

Positivo C1260 Foto: Divulgação

BALANÇO DE 2014 O ano foi desafiador, mas positivo para a companhia. Estrategicamente, trabalhamos em duas frentes: de diversificação de negócios para nos fortalecermos como indústria de dispositivos, desenvolvendo e comercializando PCs, tablets e smartphones; e de internacionalização da operação, com a entrada em novos mercados, como o de Ruanda, na África, além de estarmos presentes na Argentina e no Uruguai.

Foto: Silvio Aurichio

POSITIVO INFORMÁTICA

EXPORTAÇÕES Exportamos mesas educacionais, premiadas internacionalmente, desenvolvidas pela nossa divisão de tecnologia educacional. Também atuamos na Argentina e no Uruguai, com a venda de computadores e tablets da marca Positivo BGH. ESTRATÉGIAS PARA ESTE ANO Trabalharemos na diversificação de negócios e na internacionalização, com a entrada em novos mercados. EXPECTATIVAS DA EMPRESA Não repassamos guidances, mas ainda neste trimestre apresentaremos novidades para reforçar o nosso portfólio.

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Fotos: Divulgação

SMART FITNESS

Ricardo Luiz da Graça, diretor administrativo e financeiro

BALANÇO DE 2014 O ano foi relativamente bom, mas não crescemos o esperado. O resultado operacional foi positivo, mas desde o segundo trimestre notamos estagnação com a Copa do Mundo e eleições. Crescemos apenas 3,5%, mas esperávamos ultrapassar dois dígitos. Na linha de Smart Fitness (varejo), o faturamento cresceu, mas caiu na Evolution Fitness (especializada). Nesta, 90% dos produtos são importados e, com a alta gradativa do dólar, tivemos de repassar o aumento e houve retração nas vendas.

ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO O aumento da arrecadação será necessário e, provavelmente, terá impacto no setor privado (impostos). Entre os fatores externos, temos a diminuição da emissão de bônus pelos Estados Unidos, o que pressionará o dólar, e a diminuição do apetite chinês sobre commodities, o que afetará a balança comercial. Outro agravante: os escândalos de corrupção nas nossas grandes empresas assustam o investidor externo. Acreditamos numa acomodação de médio prazo e crescimento do PIB na casa de 1%.

PONTOS POSITIVOS DO ANO O lançamento da marca Smart Fitness para todo o Brasil, na Eletrolar Show, com excelente aceitação e o início da produção de esteiras, em Joinville (SC). Aliados a parceiros no exterior, utilizamos tecnologia japonesa em nossas placas eletrônicas e painéis, o que diferencia os produtos.

DÓLAR EM 2015 Trabalhamos com a expectativa de R$ 2,80 a R$ 3,00.

O QUE FOI NEGATIVO A alta do dólar impactou o custo dos insumos importados, pressionou os preços para cima e gerou inflação. A estagnação das vendas no varejo também foi negativa. Smart EE45

PRODUTOS LANÇADOS Lançamos seis equipamentos, contra oito em 2013, sendo quatro de fabricação local. Destaco a elíptica E2000i, com conexão Wi-Fi, que utiliza imagens de ruas e parques no mundo através do Google Street View, e a esteira Smart EE45, fabricada no Brasil com tecnologia japonesa, que supera as características das existentes no mercado. CAMPEÃS DE VENDAS As esteiras, em geral, ainda são as campeãs de vendas. Destacamos o modelo Smart EE45, que teve bastante sucesso.

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EXPORTAÇÕES Exportamos para o Uruguai e o Paraguai. Temos produtos de alto nível e preços competitivos, e o resultado positivo foi uma consequência natural, aliada ao bom trabalho de nossos parceiros em seus países. ESTRATÉGIAS PARA ESTE ANO Podemos resumir as diretrizes para 2015 em dois pontos: médio investimento e prudência nas ações. Lançaremos seis produtos fabricados em Joinville e aumentaremos a produção em 50%, no mínimo, pois estamos nacionalizando vários itens. Utilizamos a transferência de tecnologia, agregando inovações japonesas e taiwanesas à nossa linha de produção. Infelizmente, no País não dispomos de fornecedor de eletrônicos para painéis no nível que gostaríamos. EXPECTATIVAS DA EMPRESA Somos otimistas, temos de acreditar na recuperação econômica e esperamos que o governo faça os ajustes necessários para o País voltar a crescer.


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SUGGAR ELETRODOMÉSTICOS

PONTOS POSITIVOS DO ANO Pontualidade da clientela em geral, expansão da rede de revendedores e abertura de novos clientes.

CAMPEÃ DE VENDAS A lavadora Lavamax Suggar, para até 10 kg de roupas.

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BALANÇO DE 2014 Foi um ótimo ano. Consolidamos nossa liderança como um dos maiores fabricantes de lavadoras populares, trabalhando 24 horas por dia, inclusive aos sábados e domingos, para atender à crescente demanda, decorrente do aumento de renda das classes menos favorecidas. Nosso faturamento anual cresceu 34,46% comparativamente a 2013.

ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO Nossa expectativa é a continuidade do crescimento, calcado principalmente no programa Minha Casa Minha Vida e nas diferentes bolsas do governo.

DÓLAR EM 2015 Acredito em R$ 2,70. Considero esse valor perfeitamente palatável para a continuidade das importações, porém altíssimo para viabilizar exportações.

O QUE FOI NEGATIVO Nada de negativo aconteceu, graças a Deus.

ESTRATÉGIAS PARA ESTE ANO Gastar muita “sola de sapato” na abertura de novos clientes e manter o excelente relacionamento que temos com todos.

PRODUTOS LANÇADOS Lançamos 20 itens, totalizando 154 diferentes produtos, com destaque especial para os umidificadores importados e a centrífuga de nossa fabricação.

EXPECTATIVAS DA EMPRESA Nossa unidade em João Pessoa (PB) será inaugurada no primeiro semestre de 2015 e diminuirá em muito nossos custos logísticos, o que beneficiará os clientes do Nordeste.

Lúcio Costa, diretor-presidente

Lavadora Lavamax Suggar

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THE LEADERSHIP GROUP

Alexandre Perelson, CEO

Pulseira inteligente LeaderFit (3509)

BALANÇO DE 2014 Apesar de um ano atípico, com economia instável, Copa do Mundo e eleições, os resultados foram positivos para a empresa e para a gestão e processos. Crescemos em faturamento e tivemos evoluções que o mercado perceberá em 2015.

DÓLAR EM 2015 Como importadora, nosso resultado está ligado diretamente ao valor do dólar, assim seria interessante a baixa da moeda americana para patamares de R$ 2,20 a R$ 2,40. Mas apostamos entre R$ 2,80 e R$ 3,00.

PONTOS POSITIVOS DO ANO Os avanços internos em gestão, processos, ferramentas e, principalmente, o desenvolvimento de uma nova cultura e estratégia voltadas à rentabilidade, com foco em segmentos e produtos que proporcionam crescimento sustentável.

ESTRATÉGIA PARA ESTE ANO Está voltada à rentabilidade do negócio, visando ganhar market share em categorias que achamos interessantes, focada em canais de venda e segmentos de produtos com melhores margens, em uma equipe de vendas qualificada e, principalmente, alinhada com a área de produtos. Estamos criando, também, uma área de inteligência de mercado que será o “hub” para tomadas de decisões mais assertivas. Além disso, devemos lançar um número maior de produtos em relação a 2014, sempre com a orientação em itens rentáveis, buscando segmentos com alta demanda e mercados pouco explorados – o maior investimento será realizado no core business da empresa, a área de produtos e ferramentas de gestão. Em paralelo a isso, contamos com uma equipe comercial qualificada para vender produtos de valor agregado.

O QUE FOI NEGATIVO Não cito pontos negativos, mas sim um ano de difícil desenvolvimento perante o calendário atípico, com câmbio que desestabilizou as perspectivas de melhor resultado no segundo semestre e trouxe dúvida em relação a investimentos mais agressivos. PRODUTOS LANÇADOS Lançamos 40 produtos, mais do que em 2013,todosnaEletrolarShow.ODNAdaLeadership é o segmento de acessórios para tecnologia, mas focamos principalmente em eletroeletrônicos, segmento esportivo e áudio. Os maiores destaques foram: pulseira inteligente LeaderFit (3509), óculos de sol com Câmera Sport HD (5293), Câmera Sport Sem Fio Full HD (6121), câmera filmadora veicular DVR (5964), caixas de som Ativa com FM/USB/SD/ Bluetooth (0433). ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO Estamos focados e acreditamos no crescimento da empresa com a nova estratégia. Com a nova equipe do governo e os ajustes necessários que deverão acontecer, a recuperação deverá ser de médio a longo prazo.

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EXPECTATIVAS DA EMPRESA Será um ano com muitos desafios para o governo e o empresariado, mas estamos acreditando que a economia começará a se restabelecer para que possamos colocar em prática toda a estratégia para 2015. Estamos preparados para um crescimento sustentado na rentabilidade e olhando sempre para novas oportunidades de negócios. A Leadership irá surpreender.


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TILIBRA

PONTOS POSITIVOS DO ANO A grande aceitação obtida pelos lançamentos das nossas novas linhas de produtos. PRODUTOS LANÇADOS Lançamos mais de 50 produtos em 2014. Os principais destaques foram a linha de mochilas executivas ergonômicas e a de carregadores com alta capacidade para tablets e smartphones. CAMPEÕES DE VENDAS No final de 2013, iniciamos o trabalho com a Kensington no Brasil, após nossa fusão com a Acco Brands, que é detentora da marca. Desde então, todos os produtos têm registrado crescimento de, pelo menos, dois dígitos. ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO A nossa expectativa é de um ano com o consumo retraído e, diante disso, com impacto negativo para o varejo.

Não acreditamos em uma rápida recuperação da economia. DÓLAR EM 2015 Ele poderá atingir R$ 3,00, devido à desconfiança generalizada sobre a economia brasileira e o fortalecimento da economia americana. Um lanche Big Mac não pode custar mais caro, em dólar, no Brasil do que nos Estados Unidos. Vivemos durante anos com uma distorção absurda, em que a moeda brasileira tinha um valor irreal. O mercado se ajustará, e o País precisará se tornar muito mais produtivo se quiser ter uma moeda forte.

Fotos: Divulgação

BALANÇO DE 2014 O ano foi extremamente positivo para a nossa marca Kensington, de acessórios para smartphone, tablet e de informática. As vendas cresceram mais de 100%.

Rubens F. Passos, presidente

EXPORTAÇÕES A moeda brasileira esteve supervalorizada por mais de 10 anos e nossas exportações não eram relevantes. ESTRATÉGIAS PARA ESTE ANO Continuaremos expandindo a nossa linha de produtos, com inovações e alta qualidade. EXPECTATIVAS DA EMPRESA Pretendemos iniciar a expansão do nosso centro de distribuição e esperamos crescer mais de 50% com a marca Kensington. Os lançamentos previstos para este ano ainda são mantidos em sigilo. Maleta clássica para notebooks

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TP-LINK Foto: StudioThiagoHenrique

BALANÇO DE 2014 O resultado do ano foi muito bom. Aumentamos muito a nossa receita em vendas e crescemos quase 10 vezes em relação aos números de 2013. PONTOS POSITIVOS Tivemos uma equipe maior, consequentemente um número de clientes e vendas também maiores.

Louis Liu, country manager

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Roteador TL-WR740N

O QUE FOI NEGATIVO Enfrentamos uma série de dificuldades no âmbito operacional, pois somos uma empresa nova e, também, porque a taxa cambial da moeda brasileira nos trouxe muitos empecilhos. PRODUTOS LANÇADOS Lançamos em torno de 20 produtos em 2014, o que é um número bem maior que o de 2013. Dentre eles, o repetidor TL-WR850RE, que se tornou um dos nossos best-sellers. O powerbank TL-PB10400 também está ficando popular agora, e o powerline TL-PA4220KIT é uma tecnologia muito nova no Brasil, porém bastante útil. Acreditamos que ele se popularizará em breve. CAMPEÃO DE VENDAS O campeão foi o roteador TL-WR740N de 150 Mbps.

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ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO Temos expectativas positivas para 2015. A economia irá se recuperar, e o câmbio ficará mais estável. Tentaremos obter um mercado maior na Região Nordeste e, além disso, iremos estabelecer negócios com empresas de pequeno porte e de telecom, o que irá nos trazer grande crescimento. ESTRATÉGIAS PARA ESTE ANO Iremos investir mais no trabalho de sell out. Enviaremos vendedores aos mercados locais e ajudaremos nossos distribuidores a obter mais consumidores e, consequentemente, aumentar suas vendas. Em segundo lugar, investiremos mais em marketing para construir a imagem da nossa marca no Brasil e, em terceiro, aumentaremos nossa linha de produtos no Brasil. EXPECTATIVAS DA EMPRESA Lançaremos mais de 25 produtos em 2015, a maioria voltada para pequenos negócios e da área de roteadores Archer. Também iremos investir mais em grandes projetos em 2015, que será um ano muito bom para a empresa. Nosso modus operandi será mais estável, o foco se voltará ao desenvolvimento de mais áreas, traremos maior número de produtos ao Brasil e aumentaremos nosso market share no País. Acredito que conseguiremos grande crescimento.


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PONTO POSITIVO DO ANO A digitalização em todos os países da América Latina impulsionou o mercado de grandes antenas. O QUE FOI NEGATIVO O Brasil teve um grande desafio com a desvalorização do real, no segundo semestre de 2014. A Argentina enfrentou problemas de importação e desvalorização, além da alta inflação de cerca de 38% ao ano. Os demais países se mostraram mais conservadores. PRODUTOS LANÇADOS A One For All relançou suas linhas de cabos, antenas, suportes e controles remotos. Um modelo para cada necessidade, tanto para ambientes internos como externos. Também adequou as embalagens para aumentar a eficiência logística e em cumprimento à campanha ambiental GreenDot. A empresa está trabalhando no design de suportes para televisores LCD e LED de acordo com as normas ambientais e, em controles remotos, lançou um para cada marca, de forma que o consumidor não

precise programá-lo. Ao colocar a pilha, pode utilizá-lo imediatamente. CAMPEÃ DE VENDAS A linha de antenas, mais especificamente as externas, para TV digital, foi a campeã de vendas de 2014. O fato de os governos de todos os países oferecerem ao consumidor a possibilidade de assistir TV em HD grátis, impulsionou rapidamente o mercado de antenas. ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO A América Latina continuará a crescer com cautela e segurança. A Argentina vai enfrentar eleições, que criam incertezas para a tomada de decisões de longo prazo, e o Brasil apresenta um cenário volátil em relação à sua moeda e enfrentará uma retração da atividade econômica.

Mariana Maulhardt, diretora regional

Foto: Divulgação

BALANÇO DE 2014 A Universal Electronic tem duas grandes operações na América Latina. A primeira é o fornecimento de controles remotos e acessórios para os operadores de cabo em toda a região, e a segunda é a famosa marca One For All Retail. Seus produtos, que abastecem o mercado brasileiro, são fabricados na divisão de TV a cabo de nossas instalações em Manaus (AM) e distribuídos, com exclusividade, pela Opeco. Em 2014, ambas foram altamente bem sucedidas, o que nos permitiu dobrar o volume de faturamento e de unidades em algumas categorias.

Foto: Zecintra

UNIVERSAL ELECTRONIC

DÓLAR EM 2015 O dólar deveria manter-se estável em todos os países, especialmente no Brasil, onde o consumo interno é o grande motor da economia. O valor da moeda deveria ficar em torno de R$ 2,00. EXPORTAÇÕES O que produzimos no Brasil é consumido pelo mercado local. ESTRATÉGIAS PARA ESTE ANO A estratégia da empresa para 2015 é continuar crescendo em países onde o potencial é grande, ou seja, aqueles com o menor índice de desenvolvimento. Na Argentina, onde a marca é claramente líder, a estratégia é continuar oferecendo vasta gama de produtos com um completo serviço de assistência técnica aos nossos clientes e consumidores finais. No Brasil, há muito para ser feito.

Displays com produtos One For All

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VENTISILVA Fotos: Divulgação

BALANÇO DE 2014 O ano foi marcado por muita expectativa, por conta da Copa e das eleições. De junho a outubro, o Brasil deu uma estacionada. A Ventisilva atingiu bons resultados, e o faturamento superou em 11% o de 2013. PONTOS POSITIVOS DO ANO Nossas vendas são sazonais. O verão intenso nos favoreceu. O QUE FOI NEGATIVO As paradas durante os jogos da Copa do Mundo e as eleições presidenciais. Marli Martani da Silva e Miriam Mezher Silva, diretoras

Ventilador 65 cm

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as melhores condições para atravessarmos esta fase nada fácil, com redução da carga tributária e incentivos para investimento. DÓLAR EM 2015 Acreditamos que ficará em torno de R$ 2,65. O ideal seria R$ 2,00. EXPORTAÇÕES A Ventisilva exportou para a América do Sul e teve aumento de, aproximadamente, 35%. Esperamos expandir e aumentar as exportações para outros continentes.

CAMPEÃO DE VENDAS O ventilador de 65 cm, modelo VPL. Com novo design, tem o certificado Inmetro e selo Procel, é o mais econômico da categoria e o melhor produto do mercado.

ESTRATÉGIAS PARA ESTE ANO Aumentar a produção, atender à crescente demanda do mercado e obter faturamento maior com a linha de ventiladores de 50 cm. Pretendemos atender a um maior número de magazines, com portfólio residencial de ventiladores e exaustores para pequenos ambientes (linha Canário), e ampliar as vendas para o Centro-Oeste e o Nordeste. Nos últimos anos, a empresa investiu em equipamentos e na estrutura industrial. Em 2014, passou a utilizar pintura eletrostática em toda a linha de exaustores. Eliminou a pintura em esmalte sintético e melhorou a qualidade dos produtos. Também investiu em ar comprimido para alimentar toda a fábrica, mezaninos e coberturas, ampliando a área produtiva. Vamos continuar nesse processo de crescimento, com qualidade.

ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO As indústrias estão sofrendo com a recessão, por conta, principalmente, do déficit da balança comercial. Nossa expectativa é que o governo entenda que são elas que movimentam a economia, geram divisas e empregos e pagam impostos. Acreditamos que a equipe econômica concederá

EXPECTATIVAS DA EMPRESA Com o ventilador de 50 cm, esperamos que nosso faturamento cresça 30% no segmento. Estamos em expansão no Nordeste e no Centro-Oeste. Com o aumento de nossa produção, atenderemos à demanda crescente da área de ventilação industrial e residencial.

PRODUTOS LANÇADOS Começamos a comercializar ventiladores de 40 e 65 cm, com certificado Inmetro e selo Procel, que garantem maior confiabilidade às nossas linhas. Na Eletrolar Show de 2014, lançamos os ventiladores de 50 cm e atendemos aos pedidos de clientes que solicitavam produtos para ambientes de médio porte. Na feira, estendemos para três anos a garantia de nosso portfólio (ventiladores, exaustores e microventiladores) e nos tornamos os únicos a conceder esse prazo.


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VENTISOL

PONTOS POSITIVOS DO ANO Dentre os positivos, destacamos nosso crescimento e o fortalecimento da Ventisol no ponto de venda. O QUE FOI NEGATIVO A instabilidade do mercado prejudicou o segmento varejista. No segundo semestre, o crescente valor do dólar também foi negativo. PRODUTOS LANÇADOS Tivemos 12 lançamentos em 2014. Nosso destaque não foi somente um produto e sim a linha Casa, com circulador de ar, coifas, fornos e bebedouro, que tiveram uma ótima aceitação do mercado. CAMPEÕES DE VENDAS A linha de ventiladores de mesa, que superou nossas expectativas. Temos uma linha com mais de 120 produtos.

ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO Um ano difícil, com recuperação lenta.

Fotos: Divulgação

BALANÇO DE 2014 Foi um ano difícil. Eventos como a Copa do Mundo e, posteriormente, as eleições prejudicaram o varejo. Ampliamos a atuação em mercados e a participação em parceiros estratégicos. Nosso crescimento foi de 20% em volume e faturamento.

DÓLAR EM 2015 Deverá se estabilizar em R$ 2,85, com picos de R$ 3,00. Para importadores e exportadores, o ponto de equilíbrio é R$ 2,60. EXPORTAÇÕES Exportamos para países da América do Sul e da África. ESTRATÉGIAS PARA ESTE ANO O lançamento da marca Agratto, que terá como produto principal os aparelhos de ar-condicionado split. Há dois anos estamos com o projeto da Ventisol da Amazônia, que produzirá a nossa linha de ar-condicionado, e, para a Ventisol indústria, será uma grande conquista iniciar as atividades dessa empresa em 2015.

Alexis Suren Tcholakian, presidente

EXPECTATIVAS DA EMPRESA São de crescimento moderado. Nosso objetivo é maior participação no ponto de venda e fortalecimento das parcerias com o varejo.

Ventilador de mesa Turbo 6, de 40 cm

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ABRADISTI INDÚSTRIA

WAP Fotos: Divulgação

BALANÇO DE 2014 Embora o mercado de lavadoras tenha tido um ano muito difícil, nós conseguimos ter um crescimento muito bom, maior que dois dígitos, sobre 2013. Esse crescimento deve-se a dois fatores: maturação dos investimentos fora do nosso core business, que são lavadoras, e um ganho de market share sobre os concorrentes dessa linha. PONTO POSITIVO DO ANO O elevado nível de consumo dos nossos produtos em outras regiões, que compensou a queda em São Paulo, devido à seca. Édla Pavan, diretora

O QUE FOI NEGATIVO A falta de água em São Paulo, que inibiu os consumidores de utilizar os nossos produtos para algumas tarefas clássicas, como lavagem de calçadas e automóveis. Houve queda de mercado nessa região.

Lavadora Atacama Smart

PRODUTOS LANÇADOS Em 2014, a Wap lançou sete produtos nas linhas de climatizadores, lavadoras domésticas e lavadoras profissionais. O destaque foi a entrada da empresa na linha de climatização com os produtos Synergy Frio e Synergy Quente e Frio. CAMPEÕES DE VENDAS Em 2014, os campeões na preferência do nosso consumidor foram os ventiladores Vortex e as lavadoras Atacama Smart. ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO Nossa expectativa é que o segundo governo da presidente Dilma seja muito melhor do que o primeiro. Mas isso não se refletirá ainda em 2015, que será um ano de ajuste e muito duro para o setor de consumo. Recuperação, de verdade, só em 2016 ou

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2017. Porém, conseguiremos manter o patamar elevado de consumo que o País atingiu com o surgimento da nova classe média, há 10 anos. DÓLAR EM 2015 Estamos seguindo a opinião geral do mercado, que prevê a continuidade de uma pressão para a desvalorização do real, que poderá resultar numa variação de R$ 2,70 até R$ 3,20. O melhor para nós é um dólar estável. O que machuca os administradores é mudar o degrau. O valor de R$ 2,70 seria ideal para nós. EXPORTAÇÕES Exportação não é o foco da nossa empresa, porém atendemos clientes na América do Sul – Paraguai, Uruguai, Argentina, Bolívia, Venezuela, Equador, entre outros. Foram obtidos bons resultados, mas continuamos com a atenção voltada ao mercado interno. ESTRATÉGIAS PARA ESTE ANO Procurar mercados menos afetados pela volatilidade da conjuntura econômica ou em condições mais favoráveis. Ao mesmo tempo, defender as posições já conquistadas. EXPECTATIVAS DA EMPRESA A empresa pretende lançar 13 produtos novos e continuará com o investimento em uma nova planta industrial em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (PR), além de investir em melhorias de processos. Apesar de reconhecer que 2015 será um ano difícil, esperamos obter crescimento de vendas em função dos lançamentos e da maturação dos investimentos realizados nos últimos anos em novas linhas.



ABRADISTI INDÚSTRIA

ZEEX Fotos: Divulgação

BALANÇO DE 2014 Diante do cenário não tão animador para a economia do País, como o de 2014, crescer 15,5% sobre 2013 pode ser considerado um bom resultado. PONTO POSITIVO DO ANO A Black Friday foi muito positiva em 2014, e penso que se consolidou junto ao varejo. A data já vinha com crescimento forte a cada edição, mas em 2014 foi a sua afirmação.

Vinícius M. Ligocky, diretor comercial

Fritadeira sem Óleo Slim Fry FSO-5000

O QUE FOI NEGATIVO O Dia das Mães, no geral, não teve a demanda que era esperada; a Copa foi ruim, com excesso de feriados e consumidores longe das lojas; e as eleições causaram muitas incertezas, ainda não resolvidas. PRODUTOS LANÇADOS Lançamos mais produtos do que em 2013. Destaque para a linha de ferros de passar, com três modelos, dois a vapor (Perfetto e Sublime) e um a seco (Facile). Na linha de cozinha criativa, apresentamos duas máquinas de cupcake (Sweet Cakes e Princess), e uma crepeira e hot-dog (Crêp & Dog Inox). Relançamos o Moedor de Carnes Multifuncional, com exclusivo eixo moedor, e apresentamos mais uma chaleira elétrica, com acabamento em aço escovado. Destaque, ainda, para a balança de cozinha Digital Practice, e para a Slim Body, versão eletrônica que mede taxa de gordura e líquido. Lançamos, ainda, o modelador de cachos Style Me, com espiral mais fina, e relançamos o Secador Compact. CAMPEÃ DE VENDAS A Fritadeira sem Óleo Slim Fry, de aceitação espetacular, principalmente pela qualidade, mais 1.500 W de potência, acabamento e embalagem. O produto se destaca nos

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pontos de venda, e o índice de satisfação dos consumidores é de quase 100%. ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO Será um ano difícil, principalmente o primeiro semestre. Pode haver uma recuperação a partir do segundo, porém faremos diversas ações desde o início do ano para superar os obstáculos da economia fraca.

DÓLAR EM 2015 O mais importante é a redução da volatilidade para um patamar fixo e que permita melhor planejamento de médio prazo, tanto para o lançamento de produtos quanto para investimentos. Acredito que o dólar poderá terminar 2015 entre R$ 2,80 e R$ 2,90, mas o nível de incerteza é grande. EXPORTAÇÕES Exportamos para alguns países da América do Sul e Central, como Uruguai, Paraguai, Guatemala e Panamá. Porém isso ainda representa pouco do nosso faturamento. ESTRATÉGIAS PARA ESTE ANO Inovação. A Zeex completa uma década de atividades em 2015, embora faça parte de um grupo com 21 anos. Para marcar a data, traremos muitas novidades e faremos investimentos significativos em infraestrutura, parque fabril, logística e recursos humanos. Não definimos ainda o número de lançamentos, mas temos muitos deles prontos para o primeiro semestre. Também já trabalhamos nas novidades para o Natal. EXPECTATIVAS DA EMPRESA Estamos otimistas que o planejamento adotado nos permita continuar crescendo, consolidando a marca, e superando as expectativas dos consumidores, clientes, colaboradores e fornecedores.



ABRADISTI DISTRIBUIDORA

ALLIED Fotos: Divulgação

BALANÇO DE 2014 Após um início de ano atípico e moroso, terminamos 2014 com um saldo positivo: superamos as metas que havíamos estabelecido, mesmo em um ambiente desafiador. Tivemos crescimento próximo a 15% em unidades vendidas e de 25% em faturamento. PONTO POSITIVO O destaque de 2014 foi o crescimento de nossa base de clientes. Melhoramos nossa capilaridade em regiões em que tínhamos atuação mais tímida. Esse é o nosso DNA.

Ricardo Radomysler, presidente

Samsung Galaxy Win Duos

O QUE FOI NEGATIVO O primeiro semestre foi mais fraco que o usual. Com o Carnaval atrasado e a Copa, tivemos menos dias úteis, e as vendas foram afetadas. Por conta da Copa, o varejo aumentou as apostas em televisores frente aos smartphones, nosso carro-chefe. Mas, a normalidade se restabeleceu no segundo semestre, e colhemos os frutos disso. MUDANÇAS NA DISTRIBUIÇÃO Estamos vivendo uma mudança bastante impressionante dentro do mercado de distribuição. A migração da base de aparelhos telefônicos comuns, os feature phones, para os smartphones continua e é o principal propulsor da indústria. O resultado disso é que não observamos a retração que outros setores experimentaram em 2014. VOLUME DE NEGÓCIOS Finalizamos o ano com volume de produtos distribuídos superior a 7 milhões de unidades, o que é uma marca muito importante para a empresa. Nossa principal categoria é a de smartphones. Destaque também para o desempenho de tablets, acessórios e games. Complementam nossas categorias as câmeras digitais, e-readers e notebooks.

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CAMPEÃO DE VENDAS Foi o Samsung Galaxy Win Duos. A aceitação do produto se deve a uma competente combinação de especificações e preço. PORTFÓLIO Ampliamos as linhas. Iniciamos uma parceria para a venda de consoles, acessórios e games Xbox, da Microsoft. É uma nova categoria, em que apostamos bastante. E começamos a trabalhar com fornecedores importantes como Google, através da comercialização exclusiva do Chromecast, e com a GoPro. Estamos otimistas. PROBLEMAS DO SETOR Ainda sofremos bastante com uma estrutura tributária muito complexa e onerosa. A estrutura fiscal nos custa bastante, não só no preço dos produtos e serviços que distribuímos, mas também na estrutura para atender a tantas regulamentações. ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO Esperamos um ano de ajustes e pouco crescimento. A recuperação não será rápida, mas sim algo gradual e a médio prazo.

DÓLAR EM 2015 Estamos trabalhando com um cenário do dólar oscilando entre R$ 2,55 e R$ 2,80 ao longo de 2015. EXPECTATIVAS DA EMPRESA Confiamos no caminho trilhado em 2014. Vamos aumentar nossa capilaridade, atingir um maior número de clientes e continuar a ser o principal parceiro tecnológico para os varejistas brasileiros. Neste ano, devemos focar em fortalecer as categorias com que já trabalhamos. É claro que novas oportunidades podem surgir e serão analisadas com carinho.


ABRADISTI DISTRIBUIDORA

NC GAMES & ENTERTAINMENT

PONTOS POSITIVOS A profissionalização do mercado. A NC Games consolidou seu planejamento estratégico, modelo de organização e toda sistemática de governança profissional em conjunto com a Fundação Dom Cabral e já colhe os frutos, com resultados melhores a cada ano. Outro fator foi o aumento da produção nacional de games, fazendo que a data oficial / mundial do lançamento seja respeitada também no País. O QUE FOI NEGATIVO O nível altíssimo de tributação em produtos relacionados com games e industrializados, além da malha logística, que gera muitos desperdícios em fretes e cargas furtadas. MUDANÇAS NA DISTRIBUIÇÃO Em 2014, lançamos mais de cinco títulos fortíssimos (Watch Dogs, Far Cry, Assassin´s Unity, South Park e The Crew) e outros com produção local, o que facilita o planejamento. Também começou a demanda por produtos tecnológicos associados a games, e consolidamos os consoles PS4 e Xone. VOLUME DE NEGÓCIOS Trabalhamos games, telefonia, tablets e acessórios. Crescemos acima de 51% sobre o faturamento de 2013.

CAMPEÃO DE VENDAS O game Watch Dogs. Mais de oito milhões de unidades chegaram às lojas, a metade delas vendida na semana do lançamento.

Fotos: Divulgação

BALANÇO DE 2014 Foi um ano muito bom para a empresa, que bateu recorde de vendas e aumentou o portfólio por meio de parcerias com companhias de renome, como a Philips, para distribuir modelos de fones de ouvido e produtos tecnológicos. Também ampliou seu canal de vendas com a criação de um sistema de e-commerce, voltado ao pequeno e médio varejista e com o qual espera crescimento acima de 15% ao mês.

PORTFÓLIO Ampliamos o portfólio. Já distribuíamos celulares e smartphones da Blu e agora também os fones de ouvido da Phillips e os tablets das marcas XPlay e Softronic. PROBLEMAS DO SETOR As questões tributárias e cambiais, uma vez que muitos dos produtos que distribuímos vêm do exterior. E a questão logística, motivada pelas carências no transporte, na mobilidade urbana e na malha rodoviária.

Claudio Macedo, CEO

ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO Este trimestre será marcado por maior aperto monetário e alta do câmbio, tendo em vista o maior controle da inflação e a recuperação econômica.

DÓLAR EM 2015 A melhor relação de dólar para a distribuidora seria em torno de R$ 2,00. EXPECTATIVAS DA EMPRESA Abriremos dois centros de distribuição, em Santa Catarina e Espírito Santo – hoje, temos em Curitiba (PR) e Barueri (SP) – e focaremos no varejo. A NC Franchise, empresa do grupo NC Company que faz par com a NC Games & Entertainment, adquiriu a UZ Games, franquia de lojas de videogame, e vai gerir a marca e cuidar da expansão. Vai operar na comercialização e distribuição para o canal de vendas/varejo via NC Games & Entertainment, e na operação via NC Franchise por meio de lojas físicas e online com a bandeira UZ Games junto ao consumidor final.

Game Watch Dogs

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ABRADISTI DISTRIBUIDORA

OFFICER DISTRIBUIDORA Foto: Divulgação

BALANÇO DE 2014 O ano foi bastante positivo. A empresa continuou o seu processo de reestruturação e saiu fortalecida e mais preparada para 2015. Comemoramos o sucesso da execução de nossa estratégia de reorganizar a empresa em segmentos, em alguns com crescimento muito superior ao do mercado. Foi muito trabalho interno e de revisão do planejamento estratégico e alinhamento. O faturamento ficou dentro da meta nessas circunstâncias, porém praticamente sem crescimento.

Ronaldo Miranda, CEO

PONTOS POSITIVOS Os ajustes internos de estratégia, organização e alinhamento, e os resultados em alguns segmentos em que investimos, como enterprise, governo, varejo e software. O QUE FOI NEGATIVO O ano foi afetado pela Copa do Mundo, eleições e a instabilidade econômica. MUDANÇAS NA DISTRIBUIÇÃO O mercado está em consolidação.Vimos empresas locais serem adquiridas por estrangeiras e outras se unindo para ajustarem seus custos. O declínio global das vendas de PCs teve um efeito colateral: caíram as vendas do mercado de TI. O distribuidor é afetado pela transição do mercado de tecnologia, e isso mudou os resultados. VOLUME DE NEGÓCIOS Nosso volume em unidades ficou ligeiramente acima de 2013, em torno de 5%. O faturamento empatou com o do ano anterior. CAMPEÃO DE VENDAS Nossas principais linhas são Microsoft, HP, Lenovo e Samsung. Em 2014, balanceamos as vendas para não depender de um ou

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outro produto, como ocorria até 2013. Assim, não tivemos nenhum item com vendas muito maiores. Mas as vendas de TVs foram bem superiores às dos anos anteriores. PORTFÓLIO Tradicionalmente, o catálogo da Officer é bem abrangente, tem 40 fabricantes. Balanceamos nossa estratégia de mix para melhor rentabilidade. Alguns distribuidores se especializam em nichos e obtêm melhor rentabilidade por um período, mas ficam reféns dessa estratégia e vulneráveis. O distribuidor que abre muito o leque de opções dilui sua margem por falta de foco. A melhor situação para uma empresa saudável é o equilíbrio. PROBLEMAS DO SETOR O principal desafio é o declínio das margens nas vendas. As revendas precisam estar preparadas para as mudanças e transformações do mercado, então outro desafio do distribuidor é oferecer treinamento e suporte para ajudá-las a desenvolver novos negócios, produtos e oportunidades. ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO Como bom brasileiro e eterno otimista, vou trabalhar e espero que todos façam o mesmo para uma rápida recuperação.

DÓLAR EM 2015 O que mais afeta o distribuidor não é o valor, mas a estabilidade do dólar. EXPECTATIVAS DA EMPRESA Estamos otimistas. Nosso foco é concluir a execução do plano estratégico desenhado há dois anos. Continuaremos a buscar o melhor mix e balanço entre as linhas. Continuaremos com os investimentos em projetos e programas para acompanhar a transição e a transformação desse mercado.


ABRADISTI DISTRIBUIDORA

OPECO

PONTOS POSITIVOS A incorporação e consolidação da Black Friday como evento importante para o varejo nacional e o fechamento de parcerias com empresas de primeira linha para distribuir acessórios, em particular as câmeras GoPro. Dentre as marcas destacamos GoPole, GoCase, PolarPro e Knog. Crescemos na comercialização de produtos Canon (fotografia) e ION (áudio e informática), e assumimos a distribuição nacional exclusiva de fones de ouvido, controles remotos, suportes de TV e antenas da marca One for All. O QUE FOI NEGATIVO A grande flutuação cambial, que transforma a administração financeira e o planejamento da empresa em pesadelo. Os feriados durante a Copa refletiram-se nos resultados, e a má performance da seleção teve impacto negativo no comércio de eletroeletrônicos. MUDANÇAS NA DISTRIBUIÇÃO Vários estados brasileiros que não tinham convênio entre as secretarias de Fazenda passaram a ter a incidência da Substituição Tributária, instrumento eficiente, mas de implantação complexa. As vendas online também cresceram significativamente em 2014. VOLUME DE NEGÓCIOS Crescemos 10% sobre 2013. Isso significa cerca de 4% de crescimento real, descontada a inflação. Comercializamos mais de 2 mil itens.

CAMPEÕES DE VENDAS Os acessórios para câmeras de ação, em especial da GoPro, e as antenas para TV da One for All.

Fotos: Divulgação

BALANÇO DE 2014 O ano foi muito difícil. Teve inúmeros eventos: Copa, eleições, flutuação cambial e escândalos que pipocaram durante o ano. Mas, no quarto trimestre, tivemos boa reação nas vendas e fechamos o ano com cerca de 10% de crescimento sobre 2013.

PORTFÓLIO A Opeco é muito procurada por fabricantes do exterior que buscam distribuidores confiáveis e tradicionais. Estamos desenvolvendo contatos para trabalharmos com smartwatches e drones. PROBLEMAS DO SETOR A complexidade da estrutura tributária, o alto peso dos impostos na entrada e saída dos importados, as muitas restrições de regulamentação e certa leniência do governo com o mercado ilegal. O provável aumento de impostos para importados preocupa. Há, ainda, dificuldade no controle de preços para o consumidor – muitos varejistas desrespeitam acordos feitos previamente. ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO Os escândalos envolvendo figuras do governo e grandes empresas atrasa o desenvolvimento. Investidores, em especial os estrangeiros, pensarão muito antes de optar por tocar projetos já elaborados. A insegurança sobre o perfil deste segundo mandato é fator de grande peso. Uma eventual recuperação se fará sentir só em 2017.

Mauro Strengerowski, presidente

Bastão Flutuante GPE10, da GoPole

DÓLAR EM 2015 R$ 2,60 seria o ideal, mas R$ 2,90/3,00 é realista e com mais chances de estabilidade. EXPECTATIVAS DA EMPRESA Esperamos consolidar parcerias e crescer sensivelmente a atuação no mercado online. A participação em feiras será uma necessidade. Nosso objetivo é atingir pelo menos 20% de crescimento sobre 2014.

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ABRADISTI DISTRIBUIDORA

SND Fotos: Divulgação

BALANÇO DE 2014 Crescemos num ano muito difícil. Ele foi positivo para a SND e tivemos um primeiro semestre muito bom. PONTOS POSITIVOS Consideramos a área de entretenimento, PC Games (partes e peças para os gamers de PC), consoles, acessórios e jogos. Nela, investimos para ser um fornecedor completo, vendendo a maior parte dos títulos e participando da maioria dos lançamentos. Nossa área corporativa também foi muito bem no primeiro semestre. Os pontos positivos ficaram com a área de varejo. José Bublitz, presidente

Linha de games e consoles

MUDANÇAS NA DISTRIBUIÇÃO O mercado de distribuição de TI vem se moldando às mudanças tecnológicas e tendências nos últimos anos. 2014 marcou o início da consolidação para os distribuidores, com a procura de alternativas de negócios, alguns indo para a área de entretenimento e outros para telefonia, mas ainda falta uma oferta de serviço eficiente, incluindo nuvem nesse contexto. VOLUME DE NEGÓCIOS Nosso faturamento ficou acima de meio bilhão de reais, correspondendo a um aumento de 8% em relação a 2013, quando crescemos 35%. No acumulado dos últimos quatro anos, a SND cresceu mais de 100%. CAMPEÕES DE VENDAS Os itens de entretenimento, com ênfase nos games para consoles. O tamanho desse mercado é surpreendente, crescemos mais de 500% em número de clientes ativos. PORTFÓLIO Na SND trazemos um novo negócio para somar e não para diminuir outros. Investi-

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mos muito nas áreas de entretenimento, venda corporativa e ao grande varejo, sem causar prejuízo às outras divisões. A ideia é complementar produtos e soluções. Em termos de concentração em categorias, entendemos que é possível dividir os itens em áreas independentes, com gerências e estruturas independentes. PROBLEMAS DO SETOR Temos problemas já conhecidos e novas dificuldades, como a pressão por crescimento por parte de alguns fabricantes. Quando as metas estabelecidas não são cumpridas, criam-se uma pressão na venda e uma banalização das margens, e isso faz com que ninguém ganhe dinheiro e às vezes até perca. É importante criar uma oferta eficiente de serviços, principalmente em nuvem. ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO As expectativas macroeconômicas não são boas. Não acreditamos em grandes recuperações em 2015. Mas, quando há muitas dificuldades no mercado, surgem grandes oportunidades, e as empresas preparadas e bem estruturadas levam vantagem.

DÓLAR EM 2015 A volatilidade é o pior cenário. Acredito que continuaremos com a instabilidade, e a média ficará por volta de R$ 2,80, pois o real estava supervalorizado. EXPECTATIVAS DA EMPRESA A SND tem um planejamento de investimento que estamos executando desde o ano passado. Como tivemos um bom 2014, daremos continuidade a esses investimentos, apenas readequando alguns itens. Continuaremos investindo nas áreas citadas e, principalmente, na estruturação de uma oferta de serviços de TI e de telefonia.



ABRADISTI SERVIÇOS

GfK Foto: Divulgação

BALANÇO DE 2014 Para a empresa, o ano foi bastante positivo. Apesar da performance da economia nacional, os resultados no Brasil foram bastante animadores. Enquanto grupo, a GfK cresceu 26% comparativamente ao ano anterior. Para a divisão de painéis de varejo de duráveis, as áreas mais dinâmicas foram as de brinquedos, telecom e informática.

José Pinto Guedes, presidente

PONTO POSITIVO DO ANO Superar as metas que havíamos traçado para 2014, tanto em faturamento como em margem. O primeiro semestre foi mais tímido, talvez pelo efeito Copa, mas o segundo foi bem animado, o que levou nossa empresa a ter um excelente ano. O QUE FOI NEGATIVO A performance da economia como um todo, que contribuiu bastante para toda a instabilidade sentida durante o ano. Nem o fenômeno Copa ajudou a anular esse sentimento. PRODUTO LANÇADO Entramos em mais um setor de atividade, o de painéis de ótica, que engloba os seguintes produtos: lentes de contato, produtos de limpeza e lentes oftálmicas entre outros. Os públicos-alvo continuam sendo o varejo e a indústria. CARTEIRA DE CLIENTES O número de clientes absolutos baixou na indústria cerca de 14%, mas o faturamento foi diluído. Como empresa, e quando falamos da indústria, a maior concentração é na Região Sudeste. Os produtos mais importantes para o mercado que é nosso parceiro são os smartphones, TVs de tela plana, PCs, lavadoras, câmeras digitais e micro-ondas.

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Falando do varejo, a nossa cobertura é nacional. Nesse caso, temos uma boa cobertura, e o apoio de todos os varejistas continua sendo muito importante para os painéis da GfK. OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS EM 2015 Apostamos fortemente no monitoramento de market share televisivo. Seguramente, após 2015, esse mundo será totalmente diferente daquilo que alguma vez foi. A concorrência é saudável, e a GfK se propõe a trazer um novo ecossistema para o Brasil. Nas demais áreas, cabe ao grupo continuar a inovar. ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO 2015 é um ano pós-eleições presidenciais, pós-Copa e pré-jogos olímpicos. Aparentemente não será um ano fácil, mas existem muitas oportunidades para o mercado poder manter uma dinâmica positiva. EXPECTATIVAS DA EMPRESA Vamos continuar inovando. Mundo online, segunda tela, mobilidade e portabilidade são as bolas da vez. A GfK se propõe a agregar o máximo de conhecimento às soluções de informação que já oferece ao mercado. Também a quebra de canais e de regiões para os painéis de duráveis assume bastante importância, nunca deixando de lado a questão da qualidade. Cada dia o consumidor, seja ele indústria ou varejo, é mais exigente nesse ponto. A ideia é sempre crescer a base de clientes. Acreditamos que será uma consequência natural dos produtos inovadores que traremos para o mercado. Mas não é nosso único objetivo. É importante crescer, mas de forma sustentável.


ABRADISTI SERVIÇOS

BALANÇO DE 2014 Em relação ao planejado para 2014, a Master não teve crescimento expressivo – o que, de certa forma, é reflexo de um ano que sabíamos ser mais curto, em função da Copa do Mundo e das eleições presidenciais. PONTOS POSITIVOS DO ANO A possibilidade de reestruturação da nossa equipe, que conta, hoje, com profissionais ainda mais qualificados e experientes, o que nos dá imensa confiança no crescimento da Master. Também mudamos a empresa para a sede própria, em Paulínia, no interior de São Paulo. Estamos em um espaço com cerca de 5.000 m², que possibilita o crescimento e permite que a nossa estrutura atenda, de uma melhor forma, nossos clientes. O QUE FOI NEGATIVO Sentimos que boa parte do mercado, tanto nacional quanto internacional, ficou em stand by por causa da eleição presidencial, e isso, certamente, repercutiu nos mais diversos setores da indústria e do comércio, impactando os resultados de forma geral. PRODUTOS LANÇADOS Não lançamos novos serviços, mas buscamos implementar ajustes significativos nos processos internos e na capacitação da equipe técnica, com foco em treinamento direcionado ao novo cenário, para dar maior agilidade na prestação de serviços no âmbito das certificações Inmetro e Anatel. CARTEIRA DE CLIENTES Prestamos serviços para todas as regiões do País e para clientes no exterior. Nossa carteira aumentou e, mais uma vez, a Master apresentou bons resultados junto a clientes do exterior, notadamente dentre aqueles que estão localizados no continente asiático.

OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS EM 2015 Pretendemos ampliar nosso escopo de trabalho em duas grandes frentes, a fim de oferecer aos clientes a aprovação do Inmetro para o Selo Ruído e a certificação voluntária de equipamentos de áudio e vídeo. Estamos focando, mais uma vez, a expansão junto aos clientes internacionais, que enfrentam barreiras de entrada no mercado local pelo desconhecimento da regulamentação brasileira, entre outros desafios até mesmo de ordem cultural e linguística. Os serviços compulsórios continuarão sendo nosso carro-chefe, mas estamos nos estruturando para atuar em novos segmentos. Vamos trabalhar para manter nossa qualidade e agilidade no atendimento aos clientes.

Foto: Divulgação

MASTER

Maristela Rodrigues Bento, diretora-presidente

ECONOMIA NO SEGUNDO MANDATO Levando em consideração o início de atuação do governo federal, acreditamos que, muito provavelmente, o cenário será de dificuldade para as empresas nacionais, caso não sejam tomadas medidas econômicas firmes. O cenário econômico pede cautela para o investimento no mercado brasileiro. Acreditamos que será um ano de dificuldades para as empresas nacionais, e buscaremos ampliar o relacionamento com elas e manter a qualidade nos serviços prestados, consolidando nossas parcerias.

EXPECTATIVAS DA EMPRESA Esperamos que os nossos investimentos financeiros em 2015 reflitam-se em maior participação no mercado de certificações, tanto no âmbito do Inmetro quanto da Anatel. Embora possa ocorrer certa estagnação econômica no País, continuamos apostando no mercado internacional para aumentar o número de clientes para os quais prestamos nossos serviços de certificação.

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ABRADISTI SERVIÇOS

TECTOTAL Foto: Divulgação

BALANÇO DE 2014 Foi um ano bastante interessante para vários setores da nossa economia. A TecTotal não ficou imune, cresceu, sim, porém um pouco abaixo do orçado. PONTOS POSITIVOS DO ANO Destacamos o fato de termos adicionado novas parcerias e novos serviços ao nosso portfólio. Internamente, implantamos novos sistemas em tecnologia da informação e revisamos vários processos que otimizaram nossa performance. Glaucon Pereira, presidente

O QUE FOI NEGATIVO Em função da queda da venda de elegíveis, os nossos serviços em algumas contas cresceram menos que o planejado para o ano. PRODUTOS LANÇADOS Ampliamos o portfólio de serviços voltados para equipamentos móveis, como smartphones e tablets, incluindo proteção para esses aparelhos. Também estendemos nosso suporte técnico via telefone para

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equipamentos de áudio e vídeo. Temos como público-alvo os clientes de nossos parceiros varejistas. CARTEIRA DE CLIENTES Nosso portfólio de parceiros cresceu, sobretudo no segmento varejista. Temos maior eficiência na conversão de vendas nos parceiros do Sul e maior fonte de receita na Região Sudeste. OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS EM 2015 Estamos certos de que há muito espaço para o crescimento dos nossos serviços na área de mobilidade. Focaremos em produtos e serviços para essa categoria principalmente. EXPECTATIVAS DA EMPRESA Acreditamos, também, que continuaremos crescendo nas contas fechadas nos últimos meses e potencializando todas as regiões do Brasil. Por outro lado, deveremos servir a um cliente mais consciente do valor de sua compra e exigente em termos de qualidade de serviços e adequação de suas expectativas.



ANTENAS

CHUVISCO NA TELA É COISA DO PASSADO

Leda Cavalcanti

Som e imagem sem defeito são os atrativos das antenas, produtos que podem render bons negócios para o varejo, principalmente quando já não está distante o início da troca do sistema analógico pelo digital.

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tecnologia avançou e abriu novas frentes para o mercado de antenas com a realização da Copa do Mundo no Brasil. Desde então, fabricantes desses produtos sinalizam para o mercado que muitos negócios poderão ser feitos com o início do cronograma de desligamento da TV analógica e a implantação do sinal digital, cujo piloto será feito em 29 de novembro deste ano, no município de Rio Verde, em Goiás. A substituição definitiva da transmissão VHF pela digital UHF, porém, começará somente em abril de 2016, no Distrito Federal, e, ao longo do ano, abrangerá capitais e cidades dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Rio de Janeiro. O cronograma será concluído em todo o País até o final de 2018. A televisão é o meio de diversão e informação preferido de 76,4% da população brasileira. Cada espectador fica diante dela mais de três horas por dia e quer a melhor imagem, o que explica a importância das antenas para a recepção do sinal, seja via satélite, banda C e banda ku, ou via terrestre, em FM, UHV, VHF e ISDB-T. “Como o consumidor investe cada vez mais no entretenimento caseiro, incrementar sua experiência com a televisão através de melhor qualidade da imagem ou do número de canais é uma alternativa muito viável”, diz Gustavo Braghini de Rezende, gerente de marketing da Elsys. “A novidade do sistema digital beneficiou todos, inclusive a indústria de televisores e a de antenas”, afirma Renata Martins, diretora de negócios da Cromus. O mercado de antenas ainda não mudou seu ritmo, mas ganhou importância com o sinal digital, diz Douglas Gonzales Sendeski, diretor-presidente da Aquário. “Interessadas na migração do usuário para essa tecnologia, as emissoras incentivam a troca, mas as

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ANTENAS

Gustavo Braghini de Rezende, gerente de marketing da Elsys

Renata Martins, diretora de

negócios da Cromus

Douglas Gonzales Sendeski,

diretor-presidente da Aquário

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antenas sempre foram utilizadas. Todos os aparelhos que não têm assinatura estão instalados com uma delas, parabólica ou terrestre. O brasileiro nunca atentou nisso porque estava acostumado a assistir televisão com imagem chuviscada. Com o sinal digital, muitos trocarão a antena, mas de forma gradativa. Devido à extensão territorial do País, há muitas regiões com sinal fraco, um desafio que as emissoras sentem na pele. Com o sinal digital, temos uma boa imagem ou tela preta, não existe meio-termo.” A transição do sinal analógico para o digital mobiliza também o mercado de parabólicas, que tem viés de alta nos próximos anos, garante Angelo Biaso, diretor comercial da Visiontec. “O número de televisores comercializados no Brasil com a tecnologia digital é o grande propulsor do crescimento do mercado. É natural que o consumidor, ao adquirir uma televisão digital, demande o conteúdo, e isso o leva à busca de infraestrutura que lhe permita assistir aos canais com a tecnologia, e, muitas vezes, é o satélite que lhe oferece essa condição. É aí que entra a parabólica, pois o aparelho, mesmo com conversor embutido, precisa que o conteúdo seja retransmitido na região do usuário através de torres com frequência UHF ou rede via cabo ou retransmissão por satélite.” TENDÊNCIAS Nos últimos anos cresceu a TV por assinatura, tanto via cabo como por satélite, mas ainda é pequena sua parcela de mercado, cerca de 19%. A grande maioria ainda opta por TV aberta, e a parabólica, que já foi grande estrela, teve perdas com a entrada de produtos como Sky Live, Oi TV Livre, Claro TV Livre e TV Digital, explica Sendeski, da Aquário. “Com a incrível qualidade de imagem e o não pagamento de mensalidade, o consumidor sempre tem como primeira escolha a

TV aberta digital, devido aos baixos custos das antenas e dos conversores. Começamos a ver, ainda, o crescimento de novo mercado, a TV on Demand ou IPTV, em que o telespectador escolhe o que e quando quer assistir. Esse tipo de conteúdo costuma ser pago, por isso entendo que é um grande concorrente da TV por assinatura e não da TV aberta.” Com o início das transmissões da TV digital aberta terrestre, houve considerável aumento da qualidade e alcance das imagens, aliado ao desenvolvimento tecnológico dos aparelhos de televisão, conta Michele Thais Lopes Abi Chedid, diretora de Antenas Castelo. “Entendemos que o telespectador, com a maior oferta de canais digitais de televisão aberta gratuita e com qualidade superior à das imagens da TV por satélite, continuará optando pelo sistema terrestre-aberto. Somem-se a isso a facilidade de instalação, que às vezes nem requer antena externa, a grande oferta de canais, o baixo custo de instalação e de investimento, além da possibilidade de sintonizar os canais regionais e locais.” Os brasileiros vêm se familiarizando com os novos recursos da televisão e conhecendo sua estrutura, sabem que imagem e som bons não dependem só do televisor e sim da recepção correta, ressalta Alexandre Trindade, diretor da Proeletronic. “A ótima qualidade e a gratuidade da programação estão fazendo o consumidor procurar soluções para ter em casa o sinal digital, movimentando cada vez mais o mercado. O televisor se tornará um monitor interativo de serviços. Esse recurso vai permitir encontrar informações detalhadas sobre programas, responder a perguntas e transmitir opiniões através de votações online, realizar compras em sites de e-commerce e participar de serviços



ANTENAS

de utilidade pública. Haverá grande fomento à televisão aberta nos próximos anos.”

Angelo Biaso, diretor comercial

da Visiontec

Michele Thais Lopes Abi

Chedid, diretora de Antenas Castelo

Alexandre Trindade, diretor da

Proeletronic

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É grande, também, o crescimento das antenas digitais banda ku, que viabilizam ao consumidor assistir a canais com e sem mensalidade através de uma operadora de TV por assinatura. “Porém, o mercado de parabólica continua com demanda aquecida porque oferece simplicidade, baixo custo e possibilidades muito interessantes, que levam até o sinal regional da Rede Globo em HD”, acrescenta Rezende. “Hoje, falamos de 25 milhões de pontos de parabólicas no Brasil, e estima-se que, dentro desse universo, de três a quatro milhões de consumidores trocaram o seu aparelho analógico pelo digital. É um movimento que atinge todo o País, e as promoções do aparelho, no varejo, aumentam o número de migrações”, conta Renata. OPORTUNIDADES O mercado de antenas está ciente das oportunidades que irão surgir a partir deste ano e até 2018, bem como de suas responsabilidades. “Com esse padrão de qualidade de imagem, por causa do sinal digital, acredito que teremos um novo consumidor, mais exigente, e isso, consequentemente, forçará o mercado a proporcionar, também, melhores produtos e serviços. Estamos investindo forte para acompanhar essa mudança, fomos um dos primeiros a lançar antena para as duas tecnologias”, diz o diretor-presidente da Aquário. Com o advento da interatividade, a recepção de sinal não poderá falhar. “Muitos serviços de utilidade pública dependerão da TV e, apesar do desligamento analógico ter sido adiado, os consumidores estão mais conscientes sobre o sinal digital, e o volume de vendas irá aumentar” diz o diretor da Proeletronic. “O aumen-

to do prazo garante um tempo maior para o mercado oferecer mais opções aos clientes”, acrescenta o gerente de marketing da Elsys. “É um processo lento, as datas para passagem e desligamento já foram prorrogadas, mas as oportunidades irão crescer à medida que o sistema for sendo implantando nos diversos municípios brasileiros”, explica a diretora de Antenas Castelo. As oportunidades são inúmeras, destaca o diretor comercial da Visiontec. “Mesmo na era digital, o satélite, através da antena parabólica, continuará sendo uma opção de retransmissão do sinal de televisão no Brasil. Não podemos perder de vista que o mercado de substituição vai caminhar junto com o de expansão, o que, sem dúvida alguma, trará substancial crescimento, por um bom período de tempo, no número de vendas do produto antena parabólica.” As tecnologias embutidas nos produtos atendem às necessidades de todos, diz a diretora de negócios da Cromus. “Abrem o leque para que todo brasileiro coloque uma antena.” O varejo é peça importante na venda de antenas. “As grandes marcas de televisores utilizam o canal para promover seus produtos e com isso alavancam antenas e acessórios”, diz Sendeski. “É bom vendedor e, quanto mais capilaridade tiver no interior do Brasil, maior o potencial de consumo”, afirma Rezende. “Ele tem penetração, visibilidade e capacidade financeira para viabilizar a compra em parcelas que cabem no orçamento do consumidor”, lembra Biaso. “Poderia vender mais com a escolha certa do mix e treinar os vendedores para orientarem o consumidor. O varejo precisa, ainda, adequar o ponto de venda para antenas de maior porte porque, em determinadas localidades, só elas oferecem boa recepção”, diz Trindade.


NO MERCADO Antenas para todos os tipos de televisores, sejam modelos mais modernos ou antigos, são apresentadas ao varejo pelos fabricantes, como o leitor confere abaixo. Em conjunto com os conversores digitais, melhoram significativamente a imagem em todos os tipos de aparelhos, incluindo os de tubo, ainda presentes em regiões brasileiras onde o poder aquisitivo é mais baixo.

ANTENAS CASTELO

Antena 1038 (Castelo)

Tem vários modelos de antenas internas e externas, fabricados no Brasil. A antena 1038, interna e externa para recepção de sinais da TV digital e analógica, em UHF e VHF, tem acabamento em black piano e é indicada para aparelhos que ficam a pequena distância das torres de transmissão; a 1087, antena externa 4 em 1, para recepção de sinais de TV digital e analógica, UHF, VHF e FM, vem com cabo coaxial, mastro e suporte em ABS e é para aparelhos que estão numa distância média das torres; e a M8034, antena externa log-periódica, para recepção de sinais de TV digital e analógico é indicada para televisores que estão distantes das torres de transmissão.

Antena 1087 (Castelo)

AQUÁRIO Comercializa antenas internas e externas para todos os tipos de televisores e conversores digitais. Todas as antenas captam sinais digitais e analógicos. Entre os destaques estão a DTV-3000, antena externa, que vem com kit de acessórios para instalação, sendo indicada para esse período de transição do sinal; a DTV-5600, antena externa amplificada, com cabo coaxial de 15 metros e design compacto; DTV-500, antena interna que realiza a sintonia automática de canais; DTV-4500 e DTV-4600, antenas internas analógico-digitais, produzidas em black piano; e DTV4600, amplificada para melhor qualidade do sinal e com exclusivo display em LED.

DTV 8000 (Aquário)

DTV-500 (Aquário)

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ANTENAS

NO MERCADO CROMUS Há seis anos criou o conceito TV Free, sistema analógico (31 canais) e digital (28 canais) via satélite. Oferece as antenas banda ku, utilizadas nos sistemas Oi TV HD e outros livres e pagos das operadoras, e digital DVB-S e DVB-S2 (TV via satélite digital e HD). Modelos: CR2100, antena externa digital 4 em 1, pronta para receber o sinal HDTV + VHF + UHF + FM; CR2101 e CR21012, antenas internas (passiva e ativa) 4 em 1; e parabólica produzida em tela de alumínio, para o sistema via satélite de banda C, nos tamanhos 1,50, 1,70 e 1,90 metro. Em janeiro, lançou o TV Free, mais o sistema HD via satélite, que pega todos os canais disponíveis no satélite e no HD terrestre. Tem ainda linha completa de receptores.

Parabólica (Cromus)

TV Free Max (Cromus)

ELSYS Disponibiliza antenas banda C (parabólicas e banda ku), que funcionam com os receptores, levando canais analógicos, digitais e digitais HD com e sem mensalidade, nas mais diversas modalidades. Os conjuntos de receptor mais antena comercializados pela empresa, como o NDS, são adequados para qualquer tipo de televisor. No entanto, para extrair a melhor qualidade de imagem, a recomendação é que os receptores digitais HD (banda C e banda ku) sejam ligados a um televisor de alta definição, recebendo o sinal adequado. A modalidade de recepção via satélite (banda C e banda ku) possibilita que o sinal seja captado em qualquer lugar do País, sem restrição geográfica. Oi TV Livre HD (Elsys)

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PROELETRONIC Fabrica antenas para TV digital e foi pioneira em antenas UHG Log-periódicas. Tem um mix completo de antenas UHF HD, com diferentes características, que atendem às especificações do mercado de TV digital. Também oferece modelos VHF e UHF, indicados para acompanhar o período de transição e desligamento da frequência de VHF. O produto mais procurado é a antena PQ45-1040. Conta, ainda, com as antenas Yagi, 4 em 1 (VHF, UHF, HD e FM), e Amphibions, com design moderno, que pode ser utilizada interna ou externamente. Possui base magnética para uso em caminhões. Todos os modelos têm mastro, parafusos para fixação e cabo coaxial para o consumidor fazer a instalação.

Antena externa HDTV 4 em 1 (Proeletronic)

VISIONTEC Na linha de antenas parabólicas é parceira da Claro com o produto Claro TV Livre, uma miniparabólica compacta, sem pagamento de assinatura, com imagem e som totalmente digitais e mais de 40 canais. Também desenvolve produtos voltados à recepção dos sinais de TV vias satélite e torres de retransmissão na frequência UHF. São conversores digitais como o VT 1000 Smart e o VT1000Fit, com sintonia de 31 canais analógicos; o VT2200HD, com sintonia de canais digitais SD + digitais HD via satélite (parabólica e UHF); o VT4100, com sintonia de canais analógicos + digitais SD via satélite; e o VT4300 Box, para sintonia de canais analógicos e digitais SD + digitais HD via satélite. Antena, receptor e controle Claro TV Livre (Visiontec)

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DOSSIÊ

FERRO DE PASSAR ROUPA Superaquecido! O trocadilho com a principal função da categoria é bastante pertinente diante do comportamento do mercado de ferros de passar roupa em 2014. Entre janeiro e novembro, as vendas avançaram 13,5% em volume e aumentaram em 12,3% o faturamento da categoria, na comparação com o mesmo período de 2013. O interior de São Paulo foi a região que mais alavancou esse bom desempenho, principalmente o de ferros a vapor, com 23,7% de participação no faturamento do segmento. Categoria mais tradicional, os modelos a seco foram bem vendidos nos Estados do Nordeste, que concentraram 30,4% do total de unidades comercializadas. Este Dossiê traz uma seleção de modelos para incrementar ainda mais as vendas do varejo.

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AMVOX // AF 1605 O ferro de passar da Amvox, modelo AF 1605, tem design inovador, base antiaderente, ponta afunilada e borda salva-botões em toda a lateral. Vem com apoio traseiro, luz indicadora de aquecimento, controle de temperaturas, níveis de aquecimento para diversos tipos de tecidos, função autolimpeza, spray de água e reservatório com capacidade para 200 ml. Tem 1.200 W de potência e está disponível em 127 V e 220 V.

ARNO // ACCESS 19 Em rosa e com moderno design, o ferro a vapor Access 19 tem base de cerâmica Easy Gliding, que permite ao produto deslizar melhor sobre as roupas, ser resistente aos riscos e fácil de limpar. Possui vapor extra de 50 g e spray, que auxiliam a desamassar os vincos difíceis, além de vapor vertical, para passar roupas no cabide. Com sistema de autolimpeza, está disponível em 127 V e 220 V.

BLACK+DECKER // TRADICIONAL MODELO VFA O tradicional ferro VFA possui base totalmente de alumínio reciclável, tampa revestida com tinta craquelada e a maior temperatura da categoria, destaca a Black+Decker. O modelo tem lateral poupa-botões, controle de temperatura frontal, seletor para tipos de tecidos e cabo anatômico com giro 360°. Disponível em 127 V e 220 V.

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DOSSIÊ

BRITÂNIA // FB996 O ferro de passar da Britânia tem design inovador, base em cerâmica com saídas de vapor, funções vapor extra, spray e autolimpeza. Conta com borda salva-botões em toda a lateral. Vem com luz indicadora de funcionamento, controle de temperaturas, reservatório com capacidade para 340 ml e cordão elétrico giratório. Acompanha copo dosador. Disponível em 127 V e 220 V.

CADENCE // VAPOR CONFORT PLUS IRO500 Com borda lateral que não danifica botões e tecidos, o ferro a vapor Confort Plus IRO500 tem ponta afunilada, que passa em áreas mais difíceis de alcançar, destaca a Cadence. Possui base de cerâmica antiaderente, spray de água, sistema Power Vapor e controle de temperatura giratório com indicação do tipo de tecido. Seu cordão elétrico articulado tem 1,3 m, que permite giro de 360°. Disponível em 127 V e 220 V.

DE’LONGHI // STIRELLA (VERSÃO VVX 1475) Ferro com caldeira e base dupla (cerâmica e inox) patenteada que desliza sobre qualquer tipo de tecido é o destaque da De´Longhi. Conta com o sistema Dual Vap – o vapor se concentra só na ponta ou em toda a superfície –, e vapor vertical. A capacidade da caldeira é de 850 ml de água, com autonomia de 90 minutos de uso. Tem a função Eco Zone, que economiza até 35% de água e energia, painel com controle do vapor, termostato ajustável e luz indicadora. Disponível em 127 V e 220 V.

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ELECTROLUX //SIN10

O modelo tem o inovador sistema SafetyLightGuide, cordão transparente com luzes-guia que avisam sobre o nível em que está o ferro: aquecendo (luz vermelha), pronto para passar (verde) e desligamento automático (amarelo). Tem 500 saídas de vapor, reservatório de água de 350 ml e controle automático de vapor, que se ajusta conforme o tecido. Dispõe dos sistemas Antigotejamento e Anticalcário (que evita a corrosão da câmara de vapor).

HAMILTON BEACH // DURATHON™ A Hamilton Beach apresenta o modelo Durathon™, ferro com base antiaderente Durathon™ aplicada sobre cerâmica, que desliza facilmente. O modelo tem 1.500 W de potência, atinge até 230°C, e apresenta maior potência de vapor para melhor desempenho na remoção de rugas. Tem três acionamentos de desligamento automático, garantindo maior segurança, sistema antirrespingo, spray, disparo de vapor vertical, função autolimpante e sistema de armazenagem do cabo, que fica embutido na base do aparelho.

LAURASTAR // LAURASTAR PULSE Ferro de passar roupas com tábua ativa e gerador de vapor integrado. A tábua tem funções de aspiração e ventilação de duas velocidades, seis níveis de altura, capa de alta resistência e rodas integradas para o transporte. O gerador possui vapor ultrafino sob pressão constante de 3,5 bar. Profissional, o ferro tem aquecimento rápido e função de vapor automático. O produto dispõe de caixa de segurança para guardar o ferro ainda quente, e reservatório de água removível com capacidade de 1,2 litro, com filtro anticalcário integrado. Quando dobrada, a tábua ocupa 20 cm de largura.

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DOSSIÊ

MALLORY // KALAHARI CERAMIC O modelo da Mallory tem base cerâmica superdeslizante, que não exige muito esforço para passar a roupa. Possui sistema de autolimpeza acionado por botão, controle de intensidade de vapor, temperatura regulável, botão spray, reservatório com capacidade para 320 ml de água e salva-botões. Pode ser utilizado também na vertical, o que permite passar as roupas no cabide. Está disponível em 127 V (1.200 W) e 220 V (2.000 W).

MONDIAL ELETRODOMÉSTICOS // CERAMIC EXPRESS F-40 Com design moderno em branco e roxo, o ferro a vapor Ceramic Express F-40, da Mondial, possui base revestida de cerâmica, controle de saída de vapor, salva-botões e alça emborrachada. Dispõe de sistema autolimpante, vapor vertical, spray e cabo giratório 360°. Tem garantia de um ano e está disponível em 127 V e 220 V.

NKS FORD HOME SOLUTION // FERRO A VAPOR F-903 A NKS apresenta o ferro a vapor F-903 da Ford Home Solutions, modelo com base em cerâmica, função autolimpeza, vapor vertical que alisa as roupas no próprio cabide, botão vapor turbo e seletor de temperatura de acordo com o tecido. Possui base antiaderente com furos para a saída do vapor, regulagem da intensidade do vapor, indicador luminoso, descanso traseiro, botão spray e duplo acionamento – vapor e spray juntos.

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PHILCO // CERAMIC PFEC1 O modelo tem base com revestimento cerâmico com 52 saídas de vapor. Possui sistema de autolimpeza, controle de intensidade de vapor, seletor de temperatura, funções spray e vapor extra, reservatório com capacidade para 300 ml de água, luz indicadora de funcionamento, cordão giratório e salva-botões. Pode ser utilizado também na vertical, o que permite passar as roupas no cabide. Está disponível em 127 V e 220 V.

PHILIPS WALITA // EASYSPEED RI2047 O EasySpeed RI2047 possui vapor constante e potente, ponta tripla e base de cerâmica. Dispõe do sistema corta-pingos para passar tecidos delicados a baixas temperaturas; função ECO, que reduz em até 20% o consumo de energia; desligamento automático de segurança (auto-off); e autolimpeza. Tem saída de vapor constante (15 g/min), vapor vertical e 270 ml de capacidade no reservatório de água. Conta com suporte extragrande especialmente projetado, que oferece maior estabilidade quando colocado na posição vertical.

SINGER // SNG 9.12 A Singer apresenta o ferro de passar SNG 9.12, modelo top de linha da marca. O produto tem como principais recursos o controle digital de temperatura, desligamento automático de segurança, sistemas anticalcário, para evitar acúmulo de minerais na base, e antigotejamento, para evitar pingos. Conta com jato de vapor horizontal e vertical, autolimpeza, base de revestimento cerâmico, cabo com rotação em 360º e fio de 1,80 m de comprimento.

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DOSSIÊ

STEAMMAX // SM-110 – MINIFERRO DE VIAGEM

A SteamMax MaxHome apresenta o miniferro de viagem a vapor e a seco SM-110. O modelo, com design moderno, é bivolt, leve, portátil e fácil de carregar. Tem base antiaderente, reservatório com capacidade para 40 ml de água e controle de temperatura, que facilita passar qualquer tipo de tecido com rapidez e eficiência, informa a empresa.

VICINI // FERRO A VAPOR Com 1.200 W de potência de entrada e consumo de 1,2 kWh, o ferro a vapor da Vicini possui revestimento antiaderente, vapor ajustável, diversas temperaturas, função autolimpeza e spray umedecedor. Conta com design clean, cabo giratório 360° e poupa-botões em toda a base. O produto está disponível em 127 V e 220 V.

ZEEX // PERFETTO FV-4000 Com design moderno, o ferro a vapor Perfetto FV-4000 tem reservatório de água com capacidade para 400 ml, tampa de segurança, base antiaderente e borda salva-botões. Dispõe de botão seletor de temperatura graduado por tecido, regulagem de vapor, função spray e jato de vapor extra. Sua função autolimpante, acionada por botão, evita que a base suje os tecidos. Tem cabo de energia articulado e giratório 360°, e vem com copo medidor para a dosagem de água. Garantia de um ano. Disponível em 127 V e 220 V.

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Único anuário de compras dirigido, exclusivamente, ao varejo de eletrodomésticos, eletroeletrônicos, celulares e TI

ANUNCIE

GUIA PARA O VAREJO DO SETOR

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Reserva: 13/04/2015 Entrega do material: 16/04/2015 Circulação: abril (11) 3035-1030 comercial@grupoeletrolar.com editoracec.com.br


LANÇAMENTOS

ARKE

CATA

DAZZ

ZINNIA

NOVOS MOUSES

A Arke lança no mercado o assador a gás de embutir Vitreo, com quatro espetos. O modelo tem acendimento automático, painel em inox escovado, lâmpada interna, sistema de rotação de espetos, puxador em alumínio escovado e sistema de segurança contra vazamento de gás. Cada espeto tem capacidade para 1,5 kg de carne.

A linha de coifa Zinnia é a mais silenciosa e com a maior vazão do mercado, conforme a Cato, graças à tecnologia do motor brushless, que oferece maior extração e consome menos energia. Tem painel de controle touch slider com timer, 10 níveis de extração, vazão máxima de 1.100 m3/h, iluminação LED regulável, desligamento automático, indicador luminoso de limpeza e acabamento em vidro preto e inox. Vem com filtros laváveis.

A Dazz está investindo cada vez mais em sua linha de games e coloca no mercado três novos mouses: Bungee Scorpion (DZ-622697), NUE (DZ-622501) e Savanna (DZ-621136). Destaque para o mouse Bungee Scorpion, com design arrojado, único no mercado nacional com HUB quatro portas USB 2.0, superfície emborrachada e backlight com dois níveis de iluminação.

IBBL

ASSADOR A GÁS DE EMBUTIR VITREO

UMIDIFICADOR E AROMATIZADOR

INTELBRAS

LEADERSHIP

ANTENAS EXTERNAS DE TV

COOL COLORS

A IBBL apresenta seu primeiro umidificador e aromatizador de ambiente em duas versões: em branco e em branco e cinza. O produto tem visor de nível de água, botão de fácil ajuste para saída da névoa, compartimento para o aromatizador de preferência do usuário, LED iluminado e bico rotativo de 360°, com design antirrespingo. Tempo de uso de 10 horas para o reservatório completo.

A Intelbras lança duas antenas externas de TV que captam HDTV (sinal digital), a AE5000 e a AE5010, compatíveis com todos os televisores, conversores, boosters e amplificadores. Produzidas com materiais resistentes, como alumínio e ABS, que não oxidam, são fáceis de instalar e têm design diferenciado, destaca a empresa. A AE5010 vem com kit para instalação.

Lança o headphone Cool Colors com microfone integrado e resistente à água e ao suor, para uso em práticas esportivas. Compatível com smartphones, tablets e outros dispositivos móveis, tem hastes ajustáveis e acolchoadas, alta qualidade sonora, com potência máxima de 120 W RMS. Dispõe de botão multifuncional integrado ao cabo, permitindo ao usuário operar o smartphone sem tirá-lo do bolso.

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POSITIVO INFORMÁTICA

SONY

NOTEBOOK MASTER N250I

HDR-AS15

O novo modelo de notebook Master N25Oi vem com tela LED de 14” e inclui como diferencial chip de criptografia TPM 1.2, leitor biométrico para garantir segurança dos dados, leitor de SmartCard e slot de expansão ExpressCard. O N250i conta com processador Intel Core i3, sistema operacional Windows 8.1, até 500 GB de HD, leitor e gravador de CD/DVD, memória RAM de até 16 GB, portas HDMI e USB, sendo duas delas 3.0, conexão Bluetooth 4.0 e webcam HD de 2.0 MP.

Resistente a lama, água e gelo, a HDT-AS15, da Sony, pesa menos de 90 gramas (com bateria), tem estabilização de imagem ativa SteadyShot, que mantém as imagens suaves mesmo quando o movimento aumenta, e cinco modos de gravação, incluindo HD total e HD superlento, que grava 120 frames por segundo. Permite reduzir a velocidade da gravação em até quatro vezes para o usuário, por exemplo, aperfeiçoar manobras radicais. Tem lentes Carl Zeiss Ultra Wide, sensor CMOS Exmor R e faz fotos com até 11.9 MP.

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VAREJO

COMÉRCIO ELETRÔNICO FATURA R$ 43 BI NO BRASIL O comércio eletrônico cresceu 26% em vendas e faturou R$ 43 bilhões no ano passado. Em 2013, o volume de negócios foi de R$ 34 bilhões, conforme a consultoria Conversion, especializada em posicionamento na internet. A estimativa é que o canal gerou mais de 136 milhões de pedidos em 2014, com valor médio de R$ 316 por compra.

OFFICER

Luiz é o novo AsComazzetto cinco categorias quevice-presigeraram dente Officer Distribuimaiscomercial negóciosda foram viagens e tudora. Administrador empresas rismo, com 15% dasde vendas, elecom MPA em varejo de bens e servitrodomésticos (14%) e produtos çosde pela FIA, o executivo 14 anos informática (11%). tem As categoderias experiência em grandes multinade cosméticos, perfumaria e cionais, comoeMicrosoft e Nokia. No bem-estar de eletrônicos empacargo, lidera relacionamento com taram com o10%. Os Estados onde as os mais de 12 mil revendas com as consumidores mais compraram quais a companhia atua no País. foram, pela ordem, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná.

O NOVO PERFIL

DE CONSUMO DA CLASSE C A nova classe média brasileira tem aprendido a controlar o seu orçamento e a evitar o superendividamento. Pesquisa da Boa Vista Serviços, em parceria com a Visa, revelou que 79% dos entrevistados calculam quanto do seu orçamento está comprometido antes de fazer novas dívidas. O financiamento também não seduz mais os consumidores da classe C como antes. Embora 76% dos entrevistados façam compras a prazo, 46% consideram o valor da prestação, a incidência de juros e o tempo para o pagamento da dívida, antes da decisão. Para 28% deles, é até preferível adiar a compra para efetuá-la à vista. O estudo mostrou, ainda, que 85% da nova classe média tem controle sobre o seu orçamento.

MULTICOISAS PREVÊ

AUMENTA O NÚMERO

ABRIR 18 LOJAS ESTE ANO

DE CHEQUES DEVOLVIDOS

A rede de eletrodomésticos programa abrir 18 lojas em 2015, nas regiões onde já atua, e espera crescer 13% ante 16% em 2014. No ano passado, inaugurou 15 pontos de venda nos Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Ceará e Goiás, e seu faturamento atingiu R$ 389 milhões.

Dos cheques compensados no País no ano passado, 2,04% foram devolvidos pela segunda vez por falta de fundos, índice levemente superior ao registrado em 2013 (2%) e o maior percentual desde 2009. Em 2014, foram devolvidos ao todo 15.410.236 cheques e compensados 755.819.648.

Hoje, a Multicoisas tem 185 lojas em 20 Estados mais o Distrito Federal e dois centros de logística, em Osasco (SP) e em Campo Grande (MS). Nesta última cidade, também está localizada sua universidade. A meta da empresa é chegar ao ano de 2020 com mais de 300 unidades em todo o Brasil.

O aumento da inflação e das taxas de juros e a estagnação da atividade econômica impulsionaram a inadimplência, segundo a Serasa Experian. O Estado de São Paulo teve o menor percentual (1,20%) de cheques devolvidos. Roraima liderou o ranking nacional, com 11,14% de devoluções.

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REDES SOCIAIS INFLUENCIAM NA DECISÃO DE COMPRA

Pesquisa da consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC), que ouviu cerca de mil pessoas no Brasil, revela que 75% delas foram estimuladas a consumir após terem contato com varejistas nas redes sociais. O que determina o interesse do consumidor em se relacionar online com o varejo, em 35% dos casos, é a busca por um novo produto, descontos e propostas de venda mais atrativas. “No Brasil, essa influência é maior do que na média global da pesquisa, que foi de 62%”, conta Ricardo Neves, sócio da consultoria. Realizado em 19 países, o estudo mostra que o impacto da internet no varejo de nações emergentes foi mais significativo do que em mercados consolidados. Uma das justificativas para essa diferença é a demografia daqueles países, pois eles têm participação mais expressiva

de consumidores da geração millenium, que já nasceu conectada. Entre os jovens de 18 a 24 anos, a influência que as redes sociais exercem sobre a sua decisão de compra é de 66%. No caso de consumidores com mais de 24 anos, a proporção é menor (61%). Os dispositivos móveis facilitaram o relacionamento com as lojas e, hoje, mesmo a compra no canal físico é impactada pelo online, conforme o estudo. Embora seja alta a participação de jovens que sempre compram por meio de dispositivos móveis ou computador, 79% deles apontaram a loja física como o canal ao qual recorrem mais vezes. O fato é que as lojas físicas e online se tornaram complementares, pois 86% dos entrevistados disseram pesquisar em lojas físicas e comprar online, e 78% declararam fazer o inverso.

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FEIRAS

CES 2015 A International CES atraiu mais de 150 mil visitantes de todo o mundo e reuniu cerca de 3,5 mil empresas, em uma área equivalente a 35 campos de futebol. Drones foram as vedetes da edição deste ano.

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TECNOLOGIAS

PROMISSORAS A edição deste ano da International CES, realizada em Las Vegas, reafirma que a internet das coisas, os dispositivos vestíveis e os drones já são uma realidade para o mercado de eletrônicos.

O

s drones foram uma das principais atrações da edição 2015 da International Consumer Electronics Show (CES), realizada na primeira semana de janeiro deste ano, em Las Vegas, nos Estados Unidos. O evento, uma das maiores feiras de tecnologia do mundo, contou com um pavilhão exclusivo para os fabricantes dessas “miniaeronaves”. Tamanho entusiasmo com a categoria se justifica pelas projeções da Consumer Electronics Association (CEA), que organiza o evento: à medida que os veículos aéreos não tripulados, idealizados inicialmente para fins militares, são adaptados para as mais variadas utilidades, eles se consolidam como

mercado, que deve faturar este ano US$ 130 milhões em todo o mundo, desempenho 55% maior do que em 2014, quando foram comercializadas 400 mil unidades desses dispositivos. As vendas de drones devem alcançar US$ 1 bilhão nos próximos cinco anos – diante da iminência de sua regulamentação comercial, prevista para este ano pela Federal Aviation Administration (órgão americano equivalente à Agência Nacional de Aviação Civil do Brasil). As finalidades desses dispositivos são inúmeras: eles possibilitam a obtenção de imagens aéreas que permitem acompanhar desde o desenvolvimento de uma lavoura até realizar selfies.

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FEIRAS

Vestíveis movimentarão, em 2015, US$ 3,2 bilhões

O Zano, desenvolvido para esta segunda função, foi um dos drones que mais se destacaram na CES. Classificado como um nanodrone, pesa apenas 55 gramas e foi batizado de “dronie”, devido à sua especificidade para autorretratos (selfies). O evento atraiu mais de 150 mil visitantes e reuniu cerca de 3,5 mil empresas, em 185 mil m² (o equivalente a cerca de 35 campos de futebol). No pavilhão destinado a esses dispositivos voadores também chamaram a atenção dos visitantes o AirDog, que registra esportes de ação, como surfe, esqui, ciclismo e atividades similares; o Hexo+, que pode ser programado previamente para seguir e filmar uma pessoa ou objeto; o Bebop, que desempenha a função de uma filmadora de alta definição com comandos acionados por meio de um tablet ou smartphone; e o

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Nixie, câmera voadora que é lançada do pulso do usuário, podendo ser definida como um “drone vestível”. Como esses dispositivos ainda dependem de regulamentação não apenas nos Estados Unidos, parte das tecnologias apresentadas na feira pode demorar para ser disponibilizada ao varejo, sobretudo brasileiro. Mas é inquestionável que os produtos e protótipos expostos revelaram, e muito, sobre o futuro do comportamento do mercado e quais tendências devem se firmar nos próximos anos. Nas últimas edições, a CES foi bastante criticada por uma “desconexão” com a realidade, ao apresentar inovações ainda em estágio muito pouco desenvolvido – era o princípio da internet das coisas e dos vestíveis. Em 2015, entretanto, o quadro mudou com essas duas categorias ganhando mercado efetivamente.

MERCADOS PROMISSORES Os wearables, juntamente com os smartphones e tablets, deverão contribuir para um faturamento recorde do mercado americano de eletrônicos, da ordem de US$ 223,2 bilhões em 2015. Embora esses segmentos comecem a se estabilizar, serão comercializados em 2015 cerca de 169 milhões de smartphones e 79,6 milhões de tablets em solo americano. Com exceção da Apple, que não marcou presença no evento, as sul-coreanas LG e Samsung, acompanhadas da Blu, Asus, Lenovo e M i c ro s o f t , a p re s e n t a r a m n o v o s modelos e sistemas operacionais incrementados ou otimizados (alguns sem previsão de chegada ao Brasil). Destaque para o novo Zenfone 2, topo de linha da Asus, e para o G Flex 2, da LG, o primeiro com tela curva de 5,5’’.


Na categoria de vestíveis, a maior demanda é por smartwatches, que deverão faturar US$ 3,1 bilhões só nos Estados Unidos, de acordo com projeção da CEA. Na feira, os relógios inteligentes disputaram espaço com o segmento de óculos smart e, principalmente, com produtos para o acompanhamento de atividades físicas e destinados ao bem-estar, como a versão inteligente de uma meia, a Sensoria, capaz de monitorar os passos, ritmo e velocidade em que o usuário corre. Este último segmento deve atingir 20 milhões de unidades vendidas este ano.

Na edição da CES deste ano, também ficou claro que as casas já estão conectadas, com eletrodomésticos que “se comunicam” entre si ou exercem suas funções ao receberem comandos remotamente. Em seu estande no evento, a Panasonic apresentou um sistema de monitoramento residencial, o Home Monitoring System, tecnologia de comunicação sem fio, que permite ativar eletrodomésticos, iluminação e aparelhos na casa, monitorar crianças ou animais de estimação a distância,

Indústria amplia seu portfólio de 4K

por meio de um smartphone ou tablet. A D-Link também destacou a automação residencial, por meio de dispositivos integrados, entre eles câmeras de segurança, kits para controle de iluminação, soluções para gerenciamento de energia, sensores para detecção de fumaça ou inundação, etc.

do durante a feira um seminário para debater o mercado de sensores, que avança e se consolida com a internet das coisas. “Esse segmento está desempenhando um papel cada vez mais importante, o que é evidente pelo crescimento de produtos que contêm essa tecnologia – como smartphones e rastreadores fitness para roupas, brinquedos e até mesmo carros”, diz Karen Chupka, vice-presidente sênior da CES e de estratégia de negócios da CEA. A conexão é um caminho sem volta, tanto que até a indústria automotiva esteve presente no evento. Grandes players, como BMW, Hyundai e Mercedes-Benz, sinalizaram que o motorista vai ficar “obsoleto” em breve, ao expor carros autônomos e altamente conectados – é tudo uma questão de tempo e, hoje, de preço.

TUDO CONECTADO Com a previsão de mais de 25 bilhões de devices conectados em 2015, de diferentes categorias, foi promovi-

Nem mesmo os eletrodomésticos e eletroeletrônicos mais tradicionais, como máquina de lavar e televisão, estão imunes a essas transformações.

Vestíveis, internet das coisas, tecnologia 4K e

A Sony foi um dos expositores da CES 2015 que apostaram em vestíveis. A empresa japonesa apresentou uma versão de seu relógio inteligente, o Smartwatch 3, com pulseira feita em aço inoxidável e venda global anunciada para este mês, além de um dispositivo que transforma óculos comuns em inteligentes. Também foram apresentados na feira a Pacif-i, chupeta da empresa britânica Blue Maestro, que mede a temperatura de um bebê e a compartilha com os pais da criança via smartphone, além de ampla diversidade de dispositivos que fazem a leitura dos batimentos cardíacos, pressão, stress, poluição do ar e exposição aos raios ultravioleta. Essas tecnologias fazem frente à impressão 3D, outro segmento com participação expressiva na feira.

impressão 3D serão cada vez mais relevantes para o mercado de eletros.

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FEIRAS

Dentre os vestíveis, smart watches lideram a preferência dos consumidores

caminho sem volta.

dores de quatro portas, lançados pela Whirlpool e também pela LG. Entre as duas de fora e o interior do refrigerador double french door, há uma segunda porta, que funciona como uma barreira. Ela possibilita o acesso a produtos armazenados nas portas externas, minimizando trocas de calor. A empresa sul-coreana apresentou também uma lavadora de roupas com dois compartimentos de capacidades diferentes, um maior e outro menor, este também utilizado para lavar roupas delicadas.

A Whirlpool apresentou a Smart Front Load Washer and Dryer, lavadora que reaproveita a energia gasta na lavagem e secagem, o que torna sua eficiência energética maior. O mesmo princípio aplica-se para os refrigera-

Dentre as novidades da área de TV, as fabricantes expandiram o seu portfólio de modelos 4K, à medida que a produção e veiculação de conteúdo em Ultra High Definition se consolida. Outra tendência é o aprimoramento dos sistemas operacionais das smart TVs. A Samsung anunciou que seus modelos passarão a contar com o sistema operacional Tizen e apresentou a nova versão do Smart Hub

No evento, as indústrias de eletroeletrônicos, eletrodomésticos e automotiva reafirmaram que a

conectividade é um

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(menu embarcado nos televisores inteligentes da marca), redesenhado e que aparece agora em uma única tela, facilitando a navegação e agilizando o acesso aos conteúdos disponíveis. Mais uma importante atualização do sistema é a facilidade com que a televisão será sincronizada a outros dispositivos. A Sony roubou a atenção dos visitantes ao apresentar a televisão Ultra HD de apenas 4,9 milímetros de espessura, mais fina do que o smartphone Xperia Z3, também produzido por ela. A Bravia X9000C é um dos 11 modelos de TV 4K que a companhia pretende lançar em 2015, todos equipados com o sistema operacional Android TV e tamanhos que variam de 43’’ a 75’’. É a primeira vez que a Sony adota o atual sistema operacional de televisões do Google – até então, a empresa utilizava um software próprio em seus aparelhos.


CONFIANÇA BASEADA EM FATOS

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ELETROS

Lourival Kiçula, presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos - Eletros

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m 2014, não faltaram desafios para a indústria eletroeletrônica no Brasil. Ainda assim, a Eletros e seus associados viram o ano terminar com resultados satisfatórios – e até históricos. Na linha marrom, havíamos vendido 14 milhões de televisores até novembro e os números consolidados do ano devem trazer a marca de 15 milhões de aparelhos, recorde de todos os tempos. A linha branca e os eletroportáteis, mesmo enfrentando um primeiro semestre menos favorável, devido à Copa do Mundo, conseguiram se manter em níveis próximos às excelentes médias dos últimos anos. É por isso que a Eletros começa este novo ano com confiança. A indústria eletroeletrônica nacional já demonstrou ser competitiva em preço, inovação e qualidade. Nossos produtos são bem-aceitos pelo mercado, que está longe de atingir todo o seu potencial de crescimento. Os empresários do setor continuam comprometidos em investir na ampliação da capacidade instalada e no desenvolvimento de produtos.

Pode-se argumentar que o País precisa de reformas e que, sem elas, tudo fica mais difícil. Em seus 20 anos de existência, a Eletros sempre batalhou por regras para incentivar a indústria brasileira e não seria diferente agora que se inicia o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. Mas, nesse mesmo período, as empresas do setor souberam conciliar suas justas reivindicações com a missão de oferecer os produtos mais adequados às necessidades do mercado. O cenário econômico é desafiador, sem dúvida. Há preocupações com a inflação e a taxa de juros, que podem afetar o consumo. Também é cedo demais para prever como o mercado reagirá às medidas apresentadas pelo novo ministério. Dito isso, de onde vem a nossa confiança? Há, pelo menos, dois fatores. Primeiro, a expectativa de que o governo saiba o quanto é fundamental zelar por uma indústria forte para retomar o crescimento. Segundo, a certeza de que o setor eletroeletrônico tem as empresas, os profissionais e os produtos para continuar encantando seus clientes.

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ENTREVISTA

IDEOLOGIA PODE SER A VILÃ DO DESENVOLVIMENTO BRASILEIRO Leda Cavalcanti e Neusa Japiassu

Um estudioso do Brasil. Assim pode ser chamado o economista Mailson da Nóbrega, que foi ministro da Fazenda no período de 1988 a 1990, após longa carreira no Banco do Brasil e no setor público. Como ministro, presidiu o Conselho Monetário e o Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária), e, também, integrou os boards do FMI (Fundo Monetário Internacional), do Banco Mundial e do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Paraibano de Cruz do Espírito Santo, na Zona da Mata, começou a trabalhar cedo, aos 10 anos de idade, e nunca mais parou. Escreveu livros, entre eles “O Brasil em Transformação” e “Nova Era da Economia Mundial”. Hoje, participa de conselhos de administração de empresas no País e no exterior, é sócio da Tendências Consultoria Integrada e continua pensando o Brasil. Ele destaca, nesta entrevista para

Eletrolar News, que superar os desafios brasileiros exige melhoria na gestão do governo e da política econômica. A formação do trio que hoje comanda a economia é indicativa de mudanças na política econômica brasileira? MAILSON DA NÓBREGA – Seguramente. A presidente Dilma, em corajosa decisão, resolveu abandonar a equivocada política econômica de seu primeiro mandato. Se foi por uma reflexão sobre os erros cometidos ou por mero instinto de sobrevivência, não importa. Vale saber que o País voltou a contar com ministros do mais alto nível em área crucial para o desenvolvimento, o da gestão macroeconômica. A dúvida é quanto à capacidade da presidente de resistir às muitas pressões por mudar a nova política, que virão em breve do próprio governo, de partidos aliados e de segmentos do setor privado atingidos pelos efeitos negativos temporários resultantes dos ajustes em curso. Quais as causas que estão trazendo a inflação de volta? MN – Neste momento, a inflação mais alta deriva de duas causas básicas: a desvalorização cambial e o reajuste de preços administrados. Nenhuma das duas deve ser combatida, pois se trata de mera consequência de mudanças ne-

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cessárias. É preciso, porém, evitar que os correspondentes ajustes de preços relativos vazem para os demais preços da economia, isto é, combater o efeito secundário das medidas. Para tanto, cabe elevar a taxa de juros (Selic) para evitar esse vazamento, que agravaria o processo inflacionário e neutralizaria os mencionados ajustes. Neste primeiro ano de governo ou pelo menos até que se atinja um nível aceitável de inflação, é recomendável a alta dos juros básicos? MN – Sim, mas o ideal é que haja uma combinação de ações envolvendo a política monetária (elevação da Selic) e a política fiscal (cortes de gastos e elevação de receita) para gerar um superávit primário mais elevado. A contribuição da política fiscal, que esteve praticamente ausente no primeiro mandato de Dilma, reduz os efeitos negativos temporários do ajuste, pois requereria um nível menos elevado da taxa Selic. Nos primeiros 10 anos deste século a economia mundial foi bem, mas o Brasil avançou pouco. Em qual momento o País perdeu a chance?

MN – O País começou a perder oportunidades a partir de 2006, com a saída do ministro da Fazenda, Antonio Palocci. O novo titular da pasta, Guido Mantega, ressuscitou, aos poucos, ideias ultrapassadas de gestão macroeconômica, que criaram incertezas, inibiram a disposição dos empresários para investir e diminuíram os ganhos de produtividade. A correspondente queda do potencial de crescimento explica o desempenho medíocre da economia no primeiro mandato, o terceiro pior da história republicana. Somente Floriano Peixoto e Fernando Collor presidiram momentos piores do que Dilma Rousseff na economia brasileira. É válida a tese de que há conflito entre interesses econômicos e melhora social? MN – Uma das características do moderno sistema capitalista, especialmente a partir de Segunda Guerra Mundial, é a preocupação em garantir níveis mínimos de bem-estar social para os segmentos menos favorecidos da sociedade. Os países avançados fizeram isso depois de terem ficado ricos, mas as nações em desenvolvimento não podem fugir des-


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A indústria precisa recuperar sua competitividade, e isso depende essencialmente de medidas para elevar a produtividade, ainda que a taxa de câmbio seja um importante coadjuvante. A lista de ações para alcançar

tal fim inclui a simplificação do sistema tributário, a modernização da legislação trabalhista e educação de qualidade.

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ENTREVISTA

Quais os motivos que impedem a expansão da infraestrutura do País? MN – O atraso na expansão da infraestrutura tem muito a ver com a queda da capacidade de investimento do setor público, que por seu turno é consequência do pacto social derivado da Constituição de 1988, de ampliar os gastos sociais. De mais de 5% do PIB nos anos 1970, o setor público investe atualmente menos de 2% do PIB. Daí a necessidade de incorporar o setor privado ao processo, o que ficou evidente no final dos anos 1980. Na década seguinte, várias mudanças na Constituição e nas leis permitiram a concessão de serviços públicos de infraestrutura a empresas privadas, principalmente nas áreas de transporte, telecomunicações e energia. Por razões ideológicas, o processo foi interrompido no governo Lula, que somente despertou para a sua importância no final do segundo mandato, quando foram reiniciados os leilões de concessão de rodovias. No governo Dilma, a realidade ditou a necessidade de acelerar o processo, mas aí a ideologia inibiu uma expansão compatível com as necessidades de investimento. O governo aferrou-se à ideia da “modicidade tarifária”, que reduziu o interesse de muitos investidores e criou novas distorções. A viabilização dos empreendimentos passou a depender de subsídios creditícios do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Se antes o culpado era a

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Interesses econômicos e melhora social são objetivos plenamente compatíveis entre si, desde que os gastos sociais sejam sustentáveis do ponto de vista fiscal e das possibilidades de crescimento, sem o que o País caminharia para a estagnação, inviabilizando a continuidade das melhoras

sa realidade. É plenamente justificável, assim, a expansão dos gastos sociais no Brasil a partir da Constituição de 1988. Interesses econômicos e melhora social são objetivos plenamente compatíveis entre si, desde, é lógico, que os gastos sociais sejam sustentáveis do ponto de vista fiscal e das possibilidades de crescimento, sem o que o País caminharia para a estagnação, inviabilizando a continuidade das melhoras sociais. É preciso, pois, dotar as políticas sociais do necessário equilíbrio.

sociais. É preciso, pois, dotar as políticas sociais do necessário equilíbrio.

redução dos recursos para investimentos, agora o vilão é novamente a ideologia. Sem livrar-se da ideia inviável de que o governo pode ditar ao mesmo tempo a taxa interna de retorno e o valor das tarifas, o investimento privado em infraestrutura tende a ficar abaixo de seu potencial. Quais os principais desafios para a indústria brasileira em 2015 e como sobreviver a eles? MN – São muitos os desafios, todos ou quase todos dependentes de melhoria na gestão do governo e da política econômica. A indústria precisa recuperar sua competitividade, e isso depende essencialmente de medidas para elevar a produtividade, ainda que a taxa de câmbio seja um importante coadjuvante. A lista de ações para alcançar esses objetivos é longa e inclui a simplificação do sistema tributário, a modernização da legislação trabalhista e, acima de tudo, educação de qualidade para elevar a produtividade do trabalhador brasileiro. Nada disso foi atacado como seria necessário nos governos petistas.

O quadro atual é hostil à indústria, que tende a se manter em queda, estagnada ou em crescimento medíocre por alguns anos mais, até que mudanças na gestão do governo – já em curso com a nova equipe econômica – produzam uma alteração desse quadro. Sobreviver nesse período exige entender o ambiente, evitar riscos excessivos e adotar medidas internas para aumentar a eficiência e competitividade, naquilo que é possível fazer da “porteira da fábrica” para dentro. O consumo poderá ser um importante condutor para o crescimento econômico brasileiro? Como aumentar sua contribuição para o PIB? MN – O consumo corresponde a cerca de dois terços do PIB. Apenas isso seria suficiente para assinalar sua importância no crescimento da economia. No primeiro mandato de Dilma, um diagnóstico equivocado concluiu que o País tinha falta de demanda, isto é, de consumo, mas na verdade o problema estava na insuficiência da oferta. Medidas para incentivar o consumo nesse contexto não tinham como dar certo. Seu efeito foi gerar mais importações, novas pressões inflacionárias e aumentos salariais acima de produtividade, o que afetou particularmente a indústria. Em vez de crescimento, o governo colheu estagnação, mais inflação e ressurgimento do déficit em conta-corrente no balanço de pagamentos. A saída é reverter os erros da política econômica, o que já começa a ser feito, e retomar reformas estruturais para elevar a produtividade. O aumento correspondente do PIB e da renda permitirá a elevação do consumo sem criar os desequilíbrios observados no primeiro mandato. O baixo crescimento não decorreu, pois, da crise internacional (que tem tido efeito limitado nesse processo) nem da falta de poder de consumo, mas das consequências da desastrosa “nova matriz macroeconômica” introduzida em 2011.



INSIDE

BRASIL LIDERA USO DE SMARTPHONE NA AMÉRICA LATINA

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Brasil é o país com maior número de usuários de smartphones na América Latina. Ocupa a sexta posição no ranking que avaliou o uso desses dispositivos em 25 mercados no mundo e fica atrás de China, Estados Unidos, Índia, Japão e Rússia. O levantamento, realizado pela eMarketer, apontou 38,8 milhões usuários de celulares inteligentes no País ao final de 2014, com projeção de chegar a 71,9 milhões de dispositivos nos próximos três anos. Na região, a consultoria mediu os mercados do México (que ficou na 11ª posição, com 28,7 milhões de usuários), Colômbia (em 22°, com 14,4 milhões) e Argentina (em 25º, com 10,8 milhões de usuários). Conforme o estudo Smartphones Users and Penetration Worldwide, 2013-2018, um quarto da população mundial terá um smartphone em 2015, e 51,7% dos usuários de celular utilizarão smartphones em 2018, no total de 2,56 bilhões de pessoas.

TABLETS E TELEVISORES PUXAM O DESEMPENHO DO PIM

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Polo Industrial de Manaus (PIM) faturou R$ 80,3 bilhões entre janeiro e novembro de 2014, segundo a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). O valor é 5,07% maior que o acumulado no mesmo período de 2013. Os eletroeletrônicos e os bens de informática faturaram R$ 40,2 bilhões nos 11 meses e cresceram 5,33% sobre o mesmo período de 2013.

Entre os produtos que se destacaram no período de janeiro a novembro do ano passado estão os televisores e os tablets. No caso dos primeiros, foram produzidas 12,1 milhões de unidades com tela de cristal líquido (LCD) e 1,7 milhão com tela de plasma. A produção de tablets cresceu 15,18%, registrando 2,5 milhões de unidades.

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MINISTÉRIO DA JUSTIÇA COMEÇA DEBATE PARA REGULAMENTAR MARCO CIVIL DA INTERNET

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Ministério da Justiça abriu os debates públicos sobre a regulamentação do Marco Civil da Internet e o anteprojeto da lei de Proteção de Dados Pessoais. Sancionada em abril, a lei 12.965 abrange direitos, garantias e deveres para usuários e provedores, mas há pontos que precisam de regulamentação específica. Consultas públicas serão feitas pelo Ministério da Justiça até 27 de fevereiro. Os debates abrangerão quatro áreas: neutralidade da rede, guarda de registro de logs (para apuração de crimes), privacidade e outros assuntos sujeitos à regulamentação. Para a consulta pública, foram lançados dois sites na internet, que receberão sugestões, e abertos canais no Twitter e Facebook como fontes auxiliares de discussões nas redes sociais.

APPLE VENDE 74,5 MILHÕES DE IPHONES E TEM LUCRO RECORDE

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Apple vendeu 74,5 milhões de iPhones no trimestre fiscal encerrado em 27 de dezembro. O bom desempenho fez a gigante de tecnologia reportar aumento de 29,5% nas receitas trimestrais, que alcançaram US$ 74,6 bilhões, número melhor que o esperado. O lucro líquido subiu 38% ante o mesmo período do ano anterior, atingindo o recorde de US$18 bilhões. O diretor-financeiro da Apple, Luca Maestri, informou que a empresa dobrou as vendas de iPhones no Brasil e em Cingapura e que não vendeu mais iPhones na China do que nos Estados Unidos, contrariando as previsões de alguns analistas. As receitas na China subiram 70% neste trimestre, em grande parte devido ao aumento nas vendas de novos modelos de iPhones.


MOVIMENTO

MIDEA

LEADERSHIP

O Conselho Executivo da Midea Carrier ABC JV anunciou Luiz Felipe Costa como o novo CEO no Brasil. Pós-graduado em engenharia de produção e mestre em engenharia mecânica pela UFRGS, Costa está na empresa desde 1991. Carlos Renck continua como CEO da Midea Carrier América Latina (LAO) e presidente do conselho da joint-venture. No lugar de Costa, o engenheiro mecânico Volmir Packeiser, que era diretor de suprimentos e comércio exterior da Midea Carier, assume como diretor de operações Brasil.

Paulo Cura assume como diretor administrativo-financeiro da Leadership. Com 27 anos de experiência nas duas áreas, o executivo atuou em empresas como Grupo Telemar e Oi, Grupo Fator, Garboni e Laboratório Daudt. Formado em ciências contábeis pela Finam, tem MBA executivo pela Coppead-UFRJ e pós-graduação em finanças pela Unigranrio. Ele se reporta ao CEO, Alexandre Perelson.

OFFICER

GfK

WHIRLPOOL

Luiz Comazzetto é o novo vice-presidente comercial da Officer Distribuidora. Administrador de empresas com MPA em varejo de bens e serviços pela FIA, o executivo tem 14 anos de experiência em grandes multinacionais, como Microsoft e Nokia. No cargo, lidera o relacionamento com as mais de 12 mil revendas com as quais a companhia atua no País.

Gaby Belli Berti é a nova gerente de desenvolvimento de produto da divisão de medição de audiência & insights da empresa alemã GfK. Com experiência em planejamento de mídia, a executiva é graduada em propaganda e marketing pela ESPM e atuou nas agências Peralta e Grey Brasil. Também foi supervisora de mídia da conta Banco Itaú, na DM9.

Enrico Zito assume como presidente da Whirlpool Greater China. João Carlos Brega acumula o cargo de presidente do negócio de eletrodomésticos da Whirlpool Latin America. Mais mudanças: Armando E. do Valle Jr. dirige a área de comunicação institucional, Evelyn Veronese é a diretora de logística e planejamento comercial, Ricardo Ubrig é o gerente-geral de vendas, Roberta Donato, a gerente-geral de marketing para lavanderia e cocção, e Helena Meirelles, a gerente de marketing de lavanderia.

MANDIC

BOSCH

BEMATECH

Especialista em cloud computing, a Mandic contratou José Henrique Bermejo como diretor comercial. Com 17 anos de experiência na área, o executivo tem MBA em gestão estratégica de novos negócios pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e atuou nas empresas Aceco TI, Penso Tecnologia, Alog Data Centers do Brasil e Embratel.

Mauro Lima-Vaz é o novo vice-presidente de vendas e marketing da divisão Security Systems da Robert Bosch América Latina. No Grupo Bosch desde 1989, o executivo atuou em várias divisões de negócios e países dentro da organização. Economista pela Unicamp, tem especialização pela Universidade de Economia de Viena, na Áustria.

Orlando Mello Barbieri é o novo diretor comercial da vertical de varejo da Bematech. Graduado em engenharia eletrônica pelo IME (RJ), tem MBA em administração de empresas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e cursos de especialização na Alemanha e nos Estados Unidos. O executivo trabalhou na Symantec e SAP.

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Foto: Divulgação

FEIRAS

OS NOVOS RUMOS DO VAREJO

Discussões da Retail’s Big Show 2015, uma das maiores feiras varejistas do mundo, refletem um mercado consumidor em transformação. Saiba como seus negócios poderão mudar nos próximos anos e prepare-se para esse novo momento.

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m novo horizonte se abre para o mercado varejista do mundo todo. A internet tem promovido mudanças profundas e irreversíveis nos hábitos de consumo das pessoas e nas relações que elas estabelecem com marcas e lojas. Esse cenário coloca os varejistas diante de um grande impasse: as oportunidades de negócios nunca foram tantas, mas como aproveitá-las, sobretudo em um momento em que todo o mercado passa por grandes transformações? Direcionamentos para algumas dessas questões foram apresentados nos inúmeros painéis promovidos pela Retail’s Big Show 2015, um dos maiores eventos de varejo global, promovido pela National Retail Federation, em Nova York, e que reuniu, no início de janeiro, varejistas de 86 países – só o Brasil enviou uma delegação de 2.600 profissionais do setor, além de participantes independentes. Ao longo de quatro dias, os principais players do mercado, sobretudo americano, compartilharam algumas experiências que esboçam as tendências para o varejo como um todo. Mesmo com o avanço das plataformas de comércio eletrônico, principalmente as de m-commerce, o varejo físico não perde a sua importância. Pelo contrário. Neste momento de mudanças, é importante seduzir o cliente para dentro da loja e integrar esse canal com os demais. Nos dias de hoje, as compras dos consumidores são sempre multicanais e envolvem tanto os pontos de vendas virtuais como os físicos. Com o advento da internet, os consumidores passaram a ditar as regras do jogo. Eles agora têm maior poder de decisão, ao usufruírem de ferramentas de comparação de preços, sites de reclamações e de informações distribuídas nas redes sociais, isso tudo onde e quando eles quiserem, graças aos dispositivos móveis. Para surfar nessa onda, se

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Nova York sediou, em janeiro, um dos maiores eventos do varejo global

os compradores têm smartphones, os vendedores também precisam estar conectados. Alguns exemplos já são observados, cada vez mais, no Brasil. Empresas de diferentes segmentos têm experimentado abordagens nesse sentido. A C&A utiliza redes sociais em produtos da loja, outras, como a Centauro, buscam a constante integração de canais físicos e digitais, além de direcionarem ofertas personalizadas baseadas em análises e Big data, prática já adotada pelo Magazine Luiza. Esse gerenciamento das informações sobre o cliente foi bastante debatido no evento. Estudos apontam que a fidelidade a uma marca é cada vez menor. Porém o consumidor segue religiosamente alguns hábitos. Por isso, a abordagem adequada e personalizada do cliente, principalmente na oferta de promoções por e-mail ou contato online, é uma estratégia viável, que pode aumentar a rentabilidade da operação em até 30%. Entretanto, essa possibilidade não é menos desafiadora. Uma das dificuldades é convencer o cliente a ceder seu telefone e/ou e-mail. Embora ele seja receptível a essas abordagens, não está disposto a colaborar na coleta de dados. Os desafios são grandes, mas as oportunidades, maiores ainda.


Foto: Fernando Battistetti

IDV

A REVOLUÇÃO DO VAREJO O

s últimos 10 anos podem ser considerados a década de ouro do varejo, pois vivemos um momento especialmente importante, em que o consumo se consolidou como o principal motor da economia, e o varejo demonstrou o vigor necessário para atender a uma população disposta a comprar de tudo. De alimentos a eletrodomésticos. De roupas a artigos eletrônicos. De materiais de construção a móveis. Neste momento de transformação econômica e, sobretudo, social, pelo qual o Brasil vem passando, o varejo assumiu o papel de protagonista e ofereceu as respostas necessárias para atender a um aumento espetacular da demanda. Na visão de muitos analistas, nosso segmento comercial apenas foi beneficiado por um momento favorável, em que o poder de compra da população aumentou, e o governo decidiu estimular o consumo. Pois nós enxergamos o cenário de forma diferente. Em nossa opinião, sem a capacidade que demonstramos para dar uma resposta positiva a esse fenômeno e sem os investimentos que todos realizamos nos últimos anos, nada disso teria acontecido. O passado já nos mostrou que uma população disposta a consumir avidamente pode até ser um problema se, na outra ponta, não existir um comércio em condição de atendê-la. A verdade é que nenhum outro segmento da economia teve, nesse pe-

ríodo que estamos vivendo, clareza de visão e capacidade de transformar desafios em respostas, como o varejo. É preciso que nós tenhamos consciência dessa verdade para que possamos, diante do conjunto da sociedade, ter orgulho do varejo e ser os defensores da importância econômica, social e política de nossa atividade empresarial. Nosso protagonismo não é consequência apenas do desejo de ver reconhecido o valor da atividade. Ele é um fato real, apontado por novo estudo elaborado pela McKinsey Global Institute. O trabalho compara números e apresenta dados relativos aos últimos 10 anos. Tais dados atestam, de forma irrefutável, o desenvolvimento de um fenômeno que considero bem maior do que um simples momento de expansão determinado pelo aquecimento da demanda. Defino o que estamos vivendo não apenas como um bom momento, mas como uma revolução definitiva e irreversível. A Revolução do Varejo. Trata-se da verdadeira revolução do século 21. Ela se desenvolve globalmente, de forma tão pacífica quanto irreversível. E traz consigo os indicadores da melhoria da qualidade de vida da população de uma maneira geral. O aumento da capacidade de consumo faz com que as classes emergentes se fortaleçam como sujeitos nesse momento de mudanças. Senhoras e senhores, estamos diante de uma revolução econômica que, ouso

Flávio Rocha, vice-presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo - IDV

dizer, é tão ou mais impactante na vida das pessoas quanto foi a Revolução Industrial da virada para o século passado. A Revolução do Varejo se sustenta sobre dois pilares principais: aumento da eficiência e combate à informalidade. Por sua capacidade de recolher e processar um número maior de informações sobre hábitos, desejos e capacidade financeira do cliente, o varejo assumiu o papel de protagonista de todo o sistema capitalista. Na prática, isso inverteu aquela situação na qual a indústria decidia o que produzir, e o comércio era um mero intermediário entre as fábricas e o consumidor final. Acredito que a Revolução do Varejo se fundamenta no fortalecimento de uma atividade predominantemente formal, ética, tecnologicamente equipada, estruturada e empresarial. No papel da locomotiva capaz de puxar a nova fase de desenvolvimento no Brasil. Um desenvolvimento marcado pela justiça social. Ela está permitindo o encontro do nosso povo com a real economia brasileira. Sem o pedantismo do economês nem a intermediação de representantes do Estado.

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INTERMEDIAÇÃO DE VENDAS E PRODUTOS FORA DO VAREJO: OS CAMINHOS DA DISTRIBUIÇÃO EM 2015

Foto: Divulgação

ABRADISTI

Mariano Gordinho, diretor-executivo da Associação Brasileira dos Distribuidores de TI - Abradisti

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xplorar as oportunidades: esse é o mantra que o distribuidor deve ter em mente em 2015. Uma missão que está longe de ser difícil. Primeiramente, é preciso observar o mercado. A 4ª Pesquisa Inédita Setorial e Salarial dos Distribuidores de TI e o 3º Censo de Revendas, da Associação Brasileira dos Distribuidores de Tecnologia da Informação (Abradisti), demonstram que a chamada “revenda de um homem só”, aquela em que um único empreendedor compra e vende da própria casa, cresceu de forma exponencial. Assim, torna-se cada vez mais viável o modelo de intermediação de vendas. Neste formato, o distribuidor disponibiliza online todo o seu portfólio de produtos para que a revenda negocie diretamente com o consumidor. O canal não precisa se preocupar com logística, estoque ou até mesmo financiamento da compra, uma vez que tudo é desenvolvido pelo distribuidor. O revendedor fica com uma porcentagem da venda e diminui os custos de investimento por conta da possibilidade de não ficar com capital parado.

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A intermediação de vendas já vem sendo bastante utilizada por alguns distribuidores no Brasil, que chegam a ter cerca de 50% do faturamento nessa frente de negócios. A tendência é a adaptação ao novo perfil da revenda. Outro ponto para os distribuidores é focar cada vez mais nos itens que não têm espaço nos grandes varejistas, como acessórios, suprimentos, redes, etc. Pelo segundo ano seguido, em 2014 a categoria “outros produtos” se destacou em alta, de acordo com o estudo da Abradisti, e já representa 16% de todos os negócios do setor, com crescimento de dois pontos percentuais no comparativo com 2013. A categoria vem suprindo as consecutivas quedas nas vendas de hardware, ainda o principal item de faturamento, que representou 71% em 2014 frente a 74% no ano anterior e a 81% em 2012. Seguindo essas duas receitas, podemos prever um mercado melhor em 2015. Neste ano, haverá crescimento e recuperação dos quatro pontos percentuais perdidos no ano passado na comparação com 2013.


Foto: Divulgação

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2015:

ANO DE AJUSTE NA ECONOMIA

Abram Szajman, presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP)

A

indicação da equipe econômica e as elevações da taxa Selic promovidas pelo Banco Central nas últimas reuniões do Copom são sinais de uma mudança na forma como a economia deverá ser conduzida nos próximos anos. E se, por um lado, o fraco desempenho da economia em 2014 deve se repetir em 2015, por outro, o conjunto de ajustes esperados pode colaborar para o aumento da confiança de consumidores, empresários e investidores, e, consequentemente, abrir espaço para a retomada do crescimento econômico já no final de 2015. O atual quadro de estagnação do PIB, inflação elevada, desorganização das finanças públicas e desequilíbrio das contas externas foi produto da insistência em uma política de estímulo ao consumo, que teve papel importante para mitigar os impactos da crise mundial de 2008 e 2009 sobre a economia brasileira, mas sua duração acabou ultrapassando seu prazo de validade. Diante do atual cenário, o principal desafio a ser enfrentado pela nova equipe econômica é a retomada da confiança de consumidores e empresários. Até o fim de 2014, o Índice de Confiança do Consu-

midor (ICC), calculado mensalmente pela FecomercioSP, caiu 19,1%, na média anual, em relação a 2013. Um dos fatores que mais influenciaram a queda foi, sem dúvida, a aceleração da inflação e seu impacto negativo no poder de compra dos consumidores. Com o desaquecimento da demanda interna, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), por sua vez, fechou dezembro com queda de 9,2% em relação ao verificado em 2013. Cada vez mais preocupadas com a condição econômica, as famílias reduziram a intenção de consumo e o nível de endividamento. O Índice de Intenção de Consumo de Famílias (ICF) registrou 107,9 pontos em agosto de 2014, o nível mais baixo de toda a série histórica, iniciada em janeiro de 2010. Em todos os meses de 2014, o índice geral ficou abaixo da pontuação de 2013, revelando um paulistano que gasta menos e prioriza bens essenciais de consumo. A proporção de famílias endividadas, por sua vez, caiu de 54,7% em janeiro de 2014 para 44% em dezembro, sinalizando claramente maior preocupação das famílias quanto ao comprometimento da renda com novas dívidas.

O apetite do consumidor por crédito também foi reduzido em 2014. Entre janeiro e dezembro de 2014, o Índice de Intenção de Financiamento, que compõe a Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento (PRIE), registrou queda de 4,5%, o que indica uma retração da propensão a consumir. A alta dos juros, acompanhada pelo esperado ajuste fiscal, deve colaborar para que a inflação, medida pelo IPCA, recue dos 6,5% previstos para 2014 para algo em torno de 6,0% em 2015. O PIB, por sua vez, deverá crescer 1% – a alta esperada para 2014 era de apenas 0,5%. O desempenho do comércio varejista paulista, que encerrou 2014 com queda de 2%, também deve ser fraco em 2015. Entretanto, conforme já foi dito, o conjunto de ajustes esperados pode colaborar para o aumento da confiança e, assim, abrir espaço para a retomada do crescimento. Tão importante quanto o controle da inflação e o reequilíbrio das contas públicas, contudo, é o estabelecimento de uma agenda de reformas para aprimorar a gestão pública e, principalmente, reduzir o Custo Brasil, sem dúvida um dos principais obstáculos ao pleno desenvolvimento da nossa economia.

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Eletrolar Show é a maior feira B2B de eletrodomésticos, eletroeletrônicos, celulares e TI da América Latina • Público estimado de 30 mil qualificados visitantes, entre compradores e executivos do principais varejos brasileiros, que decidem por 26 mil pontos de venda • A organização patrocina a vinda de 600 compradores de 150 grandes redes que não têm sede em São Paulo, que representam 15 mil pontos de venda • Patrocínio para a vinda de 100 compradores da América do Sul • Em 2014, a feira foi visitada por mais de 2.500 presidentes do setor de eletroeletrônicos • Lançamentos antecipados • 36 mil m² de exposição • Mais de 600 marcas e 10 mil produtos




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