Revista Eletrolar News - Ed 62

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A revista de negócios para indústria e o varejo de eletrodomésticos e eletroeletrônicos Ano 11 - Nº 62 – 2010

Os executivos mais importantes do setor fazem o balanço de 2009

e falam das expectativas para 2010

D O S S I Ê - NOT EBOOKS E NE TBOOKS

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Conexão plena para novos negócios














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sum á rio

INDÚSTRIA

Matéria de capa

Competência e criatividade movem o mercado Os principais executivos do setor fazem o balanço de 2009 e falam de suas expectativas para 2010

AMD Antenas Aquário Atlas Black & Decker Brasfilter Britânia – Philco Cadence Conair Dellar De’Longhi Electrolux Esmaltec Falmec Fischer Frahm Ga.Ma Grupo Seb IBBL Latina Lenoxx Lemarc LG Libell

21 22 24 26 28 29 32 33 34 36 38 42 44 48 49 54 58 62 66 67 68 70 71

Mac-Len Mallory Maxprint Midea Mondial Mtek Mueller Neotronics Positivo NKS Prince Bike Samsung Singer Sony SpaceBr Springer Suggar Tecnoworld Trapp Wahl Clipper Wanke Whirlpool

72 74 75 76 77 78 80 81 84 86 88 90 91 92 94 95 96 97 98 100 102 104

112 113 114 115 116

Lojas Gazin Magazine Luiza Novo Mundo Salfer

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Losango

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Fecomercio Suframa

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Move

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Delfim Netto artigo

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VA R E J O

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Berlanda Eletrozema Insinuante Lojas Cem Lojas Colombo

EDITORIAL INSIDE LANÇAMENTOS T I – N OTA S

16 39 82 105-141

VA R E J O Pão de Açúcar

CES – LAS VEGAS (EUA)

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TI-DISTRIBUIDORAS Alcateia Aldo

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Maílson da Nóbrega entrevista

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E CO N O M I S TA S 128

DOSSIÊ

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COMPONENTES NEWS Brascabos Daneva

NOTEBOOKS e NETBOOKS Conheça 20 portáteis de sucesso

ENTIDADES Abinee Abrasa Eletros

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FEIRAS ELETROLAR SHOW 2010 Conexão plena para novos negócios

SERVIÇOS GfK

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138 140

Pries Sabaf

142 143



a revista de negócios do setor eletroeletrônico

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editorial

C

omo todos os anos, Eletrolar News apresenta, nesta edição, o balanço do setor, com depoimentos dos principais executivos das empresas, que mostram seu empenho e, principalmente, como utilizaram a criatividade para superar as dificuldades. Como bem diz o ex-ministro Mailson da Nóbrega, na entrevista concedida com exclusividade neste número, “A economia brasileira viveu seu maior teste ao longo do ano passado e se saiu muito bem em meio à maior crise dos últimos 80 anos, em que os países ricos amargaram forte e prolongada recessão”. Este ano acena momentos mais felizes. A realização da Copa do Mundo cria um clima otimista, que deverá impulsionar o mercado da linha marrom. O apelo é grande e o consumidor, que está mais confiante, buscará novas tecnologias que lhe permitam acompanhar todos os lances do maior evento esportivo do mundo. A hora é de boas perspectivas, até porque a redução do IPI para alguns produtos não impulsionou tão somente as vendas, como mostrou a necessidade de ser revista a tributação de alguns produtos. As expectativas para este ano são muito boas, primeiro, porque a crise sempre deixa ensinamentos e, segundo, porque se estima em 5,2% o crescimento do PIB. O Brasil reúne todas as condições para crescer, e tenho a certeza de que, mesmo sendo um ano eleitoral, nada afetará o avanço do mercado de eletrodomésticos e eletroeletrônicos. A crise mostrou que no século 21 ficou mais difícil conviver com velhos paradigmas, logo, o melhor que temos a fazer é enfrentá-los de cabeça aberta e sem preconceitos. Esta edição traz até o leitor, também, o artigo do exministro Delfim Netto, que fala sobre os estímulos que o governo concedeu para fazer a economia andar. Em cinco páginas, a seção Dossiê mostra 20 modelos de netbook e notebook. E mais, as notícias da edição comemorativa dos cinco anos da Eletrolar Show, com nosso compromisso de prestar serviço à indústria e ao varejo por meio de uma revista atenta ao mercado, aos seus profissionais e produtos. E Eletrolar News começa o ano com novidades. Na capa, a nova logomarca e, nas páginas editoriais, um design clean, criado para oferecer mais prazer na leitura e mais destaque aos anúncios. Comece o ano com as mais de 140 páginas da edição 62. Boa leitura.

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expediente

Ano 11 - Nº 62 Diretor Executivo - Carlos Clur Diretor - Mariano Botindari Editora Chefe - Leda Cavalcanti (Jorn. resp. – MTb. 10.567) Chefe de Redação - Neusa Japiassu Revisor - Ruy Azevedo Colaborador - Reinaldo Canato (fotografia) Direção de Arte - Mariela Ponce Assistentes de Arte - Leandro Ferreira - Marcelo Banlaky Marketing e Assinaturas - Regina Martins - Rafael Mendes Tatiana Lopes Publicidade - Nivaldo Salgado - Caio Campos Flavio Salgado - Ricardo Kühl Gerente Operacional - Marcus Ferrari Eletrolar News é uma publicação da C&C Comercial do Brasil Ltda. Av. Brigadeiro Faria Lima,1.690 cj. 142 CEP 01451-911 - São Paulo - SP Tels. (55 11) 3034-4100 - Fax (55 11) 3814-9074 www.editoracec.com.br info@editoracec.com.br Editora C&C - Argentina Montañeses 2961 - Piso 3 Of. B (C1429BLC) Ciudad Autónoma de Buenos Aires. Tel. (54 11) 5032-2920 www.editoracyc.com.ar info@editoracyc.com.ar Editora C&C - México Galileo No. 100 Colonia Polanco, México D.F. - C.P. 11560 Tels. 52 54 24 44/03 76/05 25 Fax.52 54 17 99 NEXTEL. 35 42 01 01 www.editoracyc.com mx-info@editoracyc.com.mx EletrolarNewséumarevistatécnicadirigidaaosetordeeletrodomésticos, eletroeletrônicos. As matérias, marcas, produtos, ilustrações e preços têm caráter exclusivo de informação e sua publicação não implica compromisso ou responsabilidade. Eletrolar News não recebe remuneração pelas informações que publica. Os editores não se responsabilizam pela opinião dos entrevistados, ou pelo conteúdo das matérias recebidas por meio da assessoria das empresas citadas. A reprodução total ou parcial das matérias só será permitida após prévia autorização da editora. Tiragem desta edição: 20.000 exemplares com circulação nacional Impressão: PROL Editora Gráfica

Carlos Clur A revista de negócios para indústria e o varejo de eletrodomésticos e eletroeletrônicos

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M AT É R I A D E C A PA

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Competência e criatividade movem o mercado

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ano passado exigiu imenso esforço da indústria e do varejo do país. Nos primeiros meses, foram grandes os sustos e muitas as incertezas, mas, ao cabo de um ano, muitos colecionaram vitórias. Foi, sem dúvida, um ano de testes, cujos vencedores foram a competência, a criatividade e o empenho.

A redução do IPI para alguns produtos da linha branca e móveis, comprovadamente, não só elevou as vendas, como deu novo ânimo ao consumidor. Ao mesmo tempo, demonstrou que a hora é de rever a tributação de alguns itens que ainda são regidos por normas adotadas há 20 anos.

Mais uma vez, Eletrolar News traz, na primeira edição do ano, o balanço do setor, com depoimentos dos principais executivos das empresas. O consenso é que a política econômica e as medidas do governo para estimular o consumo foram importantes para o Brasil sair bem da crise, bem melhor do que outros países.

Este é ano de Copa e chega com boas expectativas. O maior evento de futebol do mundo vai mexer com a indústria e o varejo e deverá privilegiar os eletroeletrônicos de alta tecnologia, principalmente. Há confiança, mas sem arroubos, o que é muito bom para entramos em novo ciclo com os pés no chão, como diz o dito popular.

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INDÚSTRIA

AMD O ano passado foi de lançamentos inovadores no mercado, de estreitamento de parcerias com fabricantes importantes locais e do exterior e da conquista de market share. Neste ano, já lançou novos modelos de processador e promete mais novidades. A entrevistada é Cláudia Santos, gerente geral da AMD no Brasil.

BALANÇO DE 2009 Foi um ano muito positivo para a AMD no Brasil. COMPORTAMENTO DA EMPRESA Trouxemos ao mercado produtos inovadores, especialmente no segmento de gráficos; fechamos e estreitamos parcerias com fabricantes importantes do mercado local e internacional; lançamos novo programa de relacionamento com o canal; e apresentamos nova forma de comunicação que o computador oferece, com a combinação de seus componentes, para o consumidor final adquirir um produto de acordo com suas necessidades no conceito AMD Vision. O objetivo é simplificar o modo de apresentar os produtos, utilizando uma descrição da plataforma que está relacionada com a experiência que cada usuário final busca. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO

empresa, em Austin, nos Estados Unidos, um prédio premiado internacionalmente por seu projeto e construído em especial para representar o respeito da AMD com os recursos naturais e humanos. Nossos parceiros também contribuem com programas de descarte e reciclagem de materiais. TRABALHO COM AS DISTRIBUIDORAS

Os aspectos positivos foram o aumento em volume de vendas e, consequentemente, a conquista de market share no Brasil. POLÍTICA ECONÔMICA A AMD obteve resultados positivos no ano passado em consequência da política econômica. Foi, também, um ano de retomada após a crise mundial, portanto, uma época de muitos desafios, mas certamente recompensadora. As medidas criadas pelo governo para apoiar a indústria e incentivar o varejo facilitaram a produção e a comercialização. Além disso, fizeram com que o consumidor tivesse mais acesso ao crédito e elevasse o consumo de eletroeletrônicos

Temos amplo canal de parceiros que atua em toda a cadeia de valor – do pequeno revendedor aos grandes distribuidores. No ano passado, fortalecemos nossa presença no varejo e, hoje, estamos presentes nas maiores redes e lojas especializadas de todo o Brasil. EXPECTATIVAS PARA 2010 A AMD terá grande foco no consumidor final e se prepara para, em 2011, lançar o primeiro processador que une, em um só produto, o processador de dados (CPU) e o processador gráfico (GPU). Será uma inovação que representará a quebra de paradigmas na indústria.

PRODUTOS / SUSTENTABILIDADE

LANÇAMENTOS

No ano passado, a empresa lançou famílias de processadores e placas gráficas. Para desktops, os processadores AMD Phenon II e AMD Athlon II. Para notebooks, os processadores AMD Turion II, AMD Athlon II, AMD Athlon Neo, AMD Athlon Neo X2 e AMD Turion Neo X2. Lançou também as placas gráficas ATI Radeon HD 5000.

Devemos lançar novos modelos do processador AMD Opteron e AMD Phenom II X6, o primeiro processador de seis núcleos nativos para desktops. Também apostamos na consolidação da família de placas gráficas ATI Radeon HD 5000 – só em janeiro, já foram lançados modelos das séries 5600 e 5400 e ainda há mais por vir. Além disso, a AMD trabalha com diversos fabricantes – nacionais e multinacionais – para desenvolver e lançar desktops, notebooks e servidores. Nossa expectativa é ter algumas novidades também nesse segmento.

Sustentabilidade é um pilar presente em toda a cadeia de valor da AMD há muito tempo. O grande exemplo é a sede da

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INDÚSTRIA

Antenas Aquário No início deste ano, a Associação Brasileira das Empresas de TI e Comunicação anunciou que, em 2009, o setor cresceu de 6% a 8%, e a empresa ficou dentro dessa média. Seus lançamentos começam já a partir deste mês. A entrevista é de Douglas Sendeski, diretor industrial da Antenas Aquário.

BALANÇO DE 2009 Fomos afetados pela crise como quase todas as empresas, mas sentimos o impacto apenas nos primeiros meses. Na metade do segundo trimestre, já estávamos recuperando nossa curva de crescimento. COMPORTAMENTO DA EMPRESA Em tempos de crise, a tecnologia é aliada da redução de custos. A procura por soluções rápidas e eficazes favoreceu nossa indústria, cujo desempenho ficou na média de crescimento do setor, de 6% a 8%. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO A desaceleração motivada pela crise teve um fator positivo para nossa empresa. Reestruturamos e modernizamos vários setores e implantamos novos softwares. O QUE FOI NEGATIVO Em época de vendas fracas, é comum as empresas travarem guerra de preços, visando reaquecer o mercado, e algumas até optam por interferir na qualidade dos produtos, prejudicando as que já atuam com margens de lucro reduzidas. O cenário repetiuse em 2009 devido à concorrência desleal com empresas que, como a Aquário, já trabalham com margens reduzidas e não abrem mão da qualidade nos seus produtos. POLÍTICA ECONÔMICA O Brasil não sentiu tanto a crise como outros países porque seu sistema financeiro é mais sólido e o governo respondeu rápido, com medidas de estímulo ao consumo. Mas é preciso avançar mais. A economia necessita de juros baixos e de programas de crédito para incentivar o investimento. REDUÇÃO DO IPI

Fizemos dois lançamentos importantes na linha wireless: a antena parabólica focal point com 25 dBi de ganho, operando em 5.8 GHz e o terminal assinante para acesso a redes sem fio em 2.4 GHz. E mais a nova linha que engloba antenas para captação de sinais de TV por assinatura via satélite, as chamadas banda ku. Os três itens estão consolidados no mercado. Melhoramos o desempenho de produtos com a incorporação de tecnologias: a antena de grade passou de 19 para 20 dBi de ganho e criamos a versão USB para algumas antenas que estão no nosso portfólio com entrada SMA. Todos os produtos são fabricados dentro das normas ambientais e consomem pouca energia. EXPORTAÇÕES A empresa redefiniu a política abrindo e priorizando novos mercados. Participou de importantes feiras em vários países e fará o mesmo este ano na Argentina, no México, na Rússia e nos Estados Unidos, entre outros. A participação no mercado externo deverá aumentar a partir do último trimestre de 2010. EXPECTATIVAS PARA 2010 O ano começou muito bem, indicando que o mercado está aquecido e em franca recuperação. Ainda é cedo para falar em números, mas tudo indica para uma curva de crescimento acentuada. LANÇAMENTOS

Segundo o Comitê Gestor da Internet, em meados de 2009 apenas 19,6% dos domicílios no Brasil possuíam computadores. A penetração de PCs na classe C era em torno de 18,8%, percentual que na classe A ultrapassa 86%. Para a classe C chegar a esse patamar, é preciso que o governo adote políticas de inclusão digital e de redução do IPI, que estimulariam o crescimento de várias empresas que orbitam em torno do segmento, inclusive a nossa. 22

PRODUTOS / SUSTENTABILIDADE

Vamos ampliar a oferta de equipamentos eletrônicos com o lançamento de um conversor de sinal digital (set-top Box), em junho, e de roteadores wi-fi, em maio. Ainda em junho, deveremos lançar dois modelos de antena de banda ku (90 e 150 cm). Na linha de celular, os lançamentos já serão em fevereiro, incluindo antenas para tecnologia 3G. O rádio PX e o celular de mesa estão entrando em nosso catálogo.

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INDÚSTRIA

Atlas Em 2009, a empresa ficou mais competitiva e lançou uma linha de fogões a gás para atender novo nicho mercadológico. Em 2010, quando completa 60 anos, quer ações de relacionamento para intensificar a presença da marca no mercado. A entrevista é de Claudio Petrycoski, presidente da Atlas Eletrodomésticos. BALANÇO DE 2009 O ano foi positivo. No início, houve certo temor por causa do cenário de crise internacional e relativa retração do consumo. O ano, porém, fechou positivamente, devido ao desempenho favorável na economia. Foi significativo o avanço do consumo no segundo semestre. COMPORTAMENTO DA EMPRESA A Atlas Eletrodomésticos soube posicionar-se bem diante da fase de retração e, depois, na de alta demanda, ajustando seus processos produtivos e custos, o que lhe permitiu obter bons resultados, dentro das expectativas. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO O lançamento da linha de U. Top de fogões a gás, para atender novo nicho mercadológico e de dois fogões de cinco bocas foi extremamente positivo para a empresa, porque gerou resultados favoráveis no segundo semestre. Destaque, também, para o início dos investimentos no parque fabril, para aprimorar a qualidade dos produtos, a capacidade de industrialização e contribuir para a evolução da qualidade de vida de nossos colaboradores internos. O QUE FOI NEGATIVO Tudo o que é negativo tem algo de positivo. A crise internacional fez a empresa refletir sobre procedimentos administrativos e se torna mais competitiva ao administrar custos. O problema da moeda limitou a competitividade do segmento industrial no mercado internacional, o que foi outro fator negativo.

dois fogões de cinco bocas chamaram a atenção do mercado. O número de lançamentos foi superior a 2008. Nosso trabalho visa atender as classes C, D, E com qualidade e, hoje, com a linha U. Top, buscamos espaço na classe B. Em 2009, também fizemos modificações no design de toda a linha de fogões. Os produtos Atlas priorizam o baixo consumo de gás, fato amplamente reconhecido, até mesmo pelo Inmetro.

POLÍTICA ECONÔMICA

EXPORTAÇÕES

Colaborou para a maior disponibilidade de crédito, o que acelerou o consumo, incentivado também pelos programas sociais do governo e a redução do IPI.

A empresa sofreu com a moeda e o resultado ficou abaixo do previsto.

REDUÇÃO DO IPI

EXPECTATIVAS PARA 2010

Foi importante, pois estimulou as vendas. No caso da linha de fogões, a redução do IPI (4%) não foi tão representativa, mas ajudou as vendas.

As perspectivas de vendas são animadoras, tanto que prevemos crescimento acima do estimado para o PIB. Para comemorar nossos 60 anos, pretendemos realizar algumas ações de relacionamento para intensificar a presença da marca no mercado.

PRODUTOS /SUSTENTABILIDADE

LANÇAMENTOS

Lançamos a Linha U. Top, com três modelos de fogão e opções de quatro, cinco e seis bocas. Além do Atenas, inox e branco,

Teremos grandes novidades.

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INDÚSTRIA

Black & Decker O comportamento da empresa foi melhor do que as expectativas e consolidou a expansão de suas marcas. Lançou todos os produtos programados, entrou em vários segmentos e, para este ano, planeja a apresentação de novas categorias. A entrevista é de Paulo Martins, presidente da Black & Decker. BALANÇO DE 2009 O ano foi muito bom. Crescemos 11% sobre 2008, mais do que o previsto dentro do orçamento de 2009, apesar da crise internacional. Lançamos novas linhas de produtos e entramos em canais nos quais nossa presença não era significativa. COMPORTAMENTO DA EMPRESA O faturamento bruto ficou em torno de R$ 450 milhões (local R$ 305 x 35% + expo US$ 16 x 2.00 câmbio médio). O comportamento foi melhor que as expectativas e consolidou a expansão que nossas marcas vêm apresentando nos últimos anos. Fomos bastante ativos – promocionalmente falando –, pois o mercado retraiu-se bem, principalmente na primeira metade do ano. Isso gerou certa perda em nossas margens, que foram compensadas plenamente por boa dose de redução e controle dos gastos. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO Vários pontos ajudaram-nos a enfrentar a crise e a crescer: a boa reação do mercado interno, principalmente no segundo semestre. O aumento dos volumes colaborou para absorver o custo fixo da planta, repondo a perda de exportação; o fortalecimento da nossa marca nos canais de distribuição – concorrentes importadores retraíram-se no primeiro semestre devido à forte desvalorização do real; a manutenção da presença e equilíbrio de abastecimento durante todo o ano, graças ao bom balanço entre produtos de fabricação local e importados de nossas linhas; a excelente distribuição, com presença nos vários canais; e a diversidade de negócios. O QUE FOI NEGATIVO O câmbio valorizado continua dificultando a exportação, além de colocar em risco a produção nacional com a maior entrada de produtos produzidos no exterior – China em particular. Temos perdido fortemente a competitividade internacional. POLÍTICA ECONÔMICA Tem ajudado, pois a inclusão de outras classes sociais no mercado consumidor tem sido constante. Tivemos, até o fim de 2008 e início de 2009, a maior participação da classe C no mercado, mas isso arrefeceu um pouco com a crise. Em meados de 2009, o mercado estabilizou-se e, no fim do ano, detectamos que as classes D e E também começaram a entrar no consumo. 26

REDUÇÃO DO IPI O benefício canalizou um pouco os recursos e o foco do varejo nesse segmento e tirou parte do espaço de eletroportáteis. Foi o momento mais difícil de 2009, pela somatória crise + redução de IPI na linha branca. Já na segunda metade do ano, o foco e o interesse pelos portáteis voltou e a situação melhorou. Se a medida for estendida a outras categorias, alavancará o consumo, embora nos produtos de preço mais baixo o impacto da conta final do consumidor não seja tão grande. Mas sempre ajuda e cria ambiente favorável à compra. Outros incentivos poderiam ser pensados para produtos de fabricação local: balanceariam com o câmbio baixo que favorece os importados. PRODUTOS / SUSTENTABILIDADE Lançamos todos os produtos programados para o ano. Foram mais de 50 modelos entre ferramentas para a indústria e para profissionais, mais acessórios, eletrodomésticos, metais sanitários e novos conceitos em fechaduras. Em eletrodomésticos e ferramentas de uso doméstico e/ou profissional, o que temos notado é que muitos de nossos produtos e os lançamentos, antes consumidos desde a classe C, passaram a ser adquiridos também pelo público D e E. Nossa empresa é caracterizada por contínua inovação, tanto em design como em novas tecnologias em todas as linhas, independentemente de ambientes econômicos favoráveis ou não. É parte de seu DNA. No último ano, isso ocorreu com alguns modelos de todas as nossas linhas, com destaque às novas tecnologias aplicadas a fechaduras (Smart) e a demolidores para a construção (linha Dewalt).

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De forma geral, quase todos os nossos produtos hoje utilizam matérias-primas recicláveis. No caso dos descartes fabris, damos destinação correta/sustentável para praticamente 100% desses resíduos, seja internamente ou encaminhando para empresas de reciclagem desses materiais (lâmpadas, tratamento de água, sucata de metais/papelão/madeira etc.). As lavadoras de pressão de nossa linha consomem cerca de 80% menos água do que as existentes no mercado. NOVOS SEGMENTOS Entramos em vários: com a marca Black & Decker, na linha de ferramentas passamos a atuar no segmento de lavadoras de pressão e ferramentas pneumáticas. Em eletrodomésticos, demos os primeiros passos no segmento de cuidados pessoais e ampliamos muito a linha de produtos para a cozinha. Na linha de fechaduras, passamos a oferecer produtos de alta tecnologia, com foco na segurança. Disponibilizamos linhas de fechaduras e metais dirigidas às classes mais altas. Para levar essas novidades ao mercado, inauguramos um showroom só para a exposição das linhas de fechaduras e metais sanitários. EXPORTAÇÕES As exportações têm caído consistentemente: em 2009 ficamos em torno de US$ 15 milhões exportados.

EXPECTATIVAS PARA 2010 São muito boas. Imaginamos que o crescimento terá continuidade. A entrada de novas classes sociais no consumo deve alavancar bom crescimento para nosso segmento de atuação. Prevemos muitos lançamentos de produtos e de novas categorias para 2010.

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INDÚSTRIA

Brasfilter Com produtos fabricados pela Brasfilter, a marca Europa completou 25 anos em 2009 e registrou crescimento da ordem de 13% sobre 2008. Para este ano, estabeleceu a meta de crescer 15% e quer até ultrapassar esse índice. A entrevista é de Dácio Múcio de Souza, diretor presidente da Brasfilter. BALANÇO DE 2009 Um ano difícil para a grande maioria das empresas, em virtude dos reflexos da crise mundial. Trabalhamos com muita garra para minimizar as perdas, cumprimos nosso objetivo e vencemos as dificuldades. COMPORTAMENTO DA EMPRESA Focamos as ações no mercado interno, onde lideramos o mercado de purificadores de água de uso residencial há praticamente 26 anos. Graças ao empenho de nossas várias áreas, alcançamos expressivo resultado, com crescimento da ordem de 13%. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO Em 2009, a marca Europa fez 25 anos – em 1984 abrimos nossa fábrica, a Brasfilter. Nas bodas de prata, superamos o desafio de reverter o cenário que se mostrava pessimista também para o Brasil e manter a tradição de jamais fechar um ano com prejuízo. Outro ponto positivo foi a recertificação da nova versão ISO 9001:2008 sem a ocorrência de qualquer nãoconformidade, o que atesta a qualidade do nosso processo de fabricação. O QUE FOI NEGATIVO A estagnação ocorrida nos primeiros meses do ano, fruto da incerteza dos consumidores quanto ao futuro, e a corrupção, que desvia em grande quantidade recursos importantes que deveriam ser aplicados no desenvolvimento do país. POLÍTICA ECONÔMICA O governo agiu com presteza para reduzir o IPI da linha branca e de outros setores importantes para a economia, o que alavancou o consumo e ajudou as empresas a enfrentar a instabilidade econômica. REDUÇÃO DO IPI A importância foi em efeito cascata, ou seja, o brasileiro passou a ir às compras e o ato teve reflexos em vários setores. Por exemplo, renovar o ambiente doméstico ou investir nele passa também pela aquisição de um purificador de água de boa qualidade. É uma tendência mundial a preocupação das pessoas em ter mais qualidade de água em casa e no trabalho.

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PRODUTOS Devido às instabilidades do mercado, focamos os esforços na comercialização de produtos já existentes e nos purificadores lançados em outubro de 2008, como os da linha Noblesse Flex, grande sucesso de mercado. Dispomos de 30 modelos de purificador de água, todos certificados com o selo Inmetro. EXPORTAÇÕES Com a crise afetando praticamente todos os países, decidimos suspender as operações de exportação e cumprir apenas os compromissos previamente acordados. Direcionamos os esforços para o mercado interno, muito mais receptivo. EXPECTATIVAS PARA 2010 As perspectivas para o Brasil são muito boas. Empresários e consumidores estão mais confiantes no desenvolvimento do país. Para 2010, estabelecemos a meta de crescimento em 15% e, se possível, até ultrapassar este índice. LANÇAMENTOS Nossa área de Desenvolvimento tem trabalhado com afinco e esperamos apresentar novidades no decorrer do ano. Não podemos divulgá-las por questões de estratégia da área comercial.

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Britânia/Philco A empresa lançou 72 produtos no ano passado e obteve resultados muito favoráveis. Entrou, de forma muito bem-sucedida, no segmento de televisores, micro-ondas e notebooks. Para abril de 2010, programa lançar o blu-ray. A entrevista é de Iberê Martello, diretor comercial da Britânia/Philco.

BALANÇO DE 2009 Iniciamos 2009 muito amedrontados, pelo fator crise e câmbio, mas revertemos o quadro e conseguimos fazer com que o ano fosse o melhor de nossa empresa. Os fatores econômicos foram muito favoráveis para nós. COMPORTAMENTO DA EMPRESA Registramos crescimento muito acima da nossa expectativa, pois lançamos várias linhas de produtos que tiveram desempenho superior ao esperado. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO Consolidamos a empresa em televisores CRT e LCD, bem como em micro-ondas e notebooks. O QUE FOI NEGATIVO A turbulência no início do ano. POLÍTICA ECONÔMICA Contribuiu para bons resultados. A redução da taxa de juros e a estabilidade monetária ajudaram a aumentar o consumo. REDUÇÃO DO IPI Acreditamos que a redução não deveria ser total, nem somente para algumas linhas de produtos. Poderia ser pequena, porém estendida para todas as linhas. PRODUTOS

EXPECTATIVAS PARA 2010

Lançamos 72 produtos. Buscamos focar mais a classe média e conseguimos obter resultado favorável nas linhas de televisores, micro-ondas e notebooks, segmentos nos quais entramos em 2009. Relançamos liquidificadores, ventiladores, circuladores de ar, ferros elétricos, secadores de cabelo e radiogravadores, com o objetivo de apresentar um design superior.

Neste ano, esperamos consolidar ainda mais os lançamentos de 2009. LANÇAMENTOS Nossa previsão é lançar aproximadamente 50 produtos no decorrer do ano. Em abril, lançaremos o blu-ray.

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INDÚSTRIA

Cadence Em 2009, o faturamento da empresa foi 8% acima das metas estabelecidas. O ano foi de vários lançamentos, abertura de novos mercados e consolidação da marca. Em 2010, a empresa apresentará cerca de 20 produtos, incluindo uma linha de ventiladores. A entrevista é de Nelson Lisot, presidente da Cadence. BALANÇO DE 2009 O ano começou tímido, por causa das dificuldades econômicas, sem muitas expectativas, mas já no primeiro trimestre deu sinais de que, com muito trabalho, seria possível a rápida reversão para o crescimento. A Cadence estava preparada para os momentos difíceis e, logo que o mercado reagiu, acompanhou a tendência e cresceu junto. Foi um ano de ótimas conquistas. COMPORTAMENTO DA EMPRESA Desenvolvemos um planejamento com metas audaciosas para os departamentos de vendas, de produtos e de logística, com a ampliação do centro de distribuição. Com o envolvimento e o esforço de toda a equipe, enfrentamos o desafio e, ajudados pela melhoria do mercado, superamos a crise e ampliamos o faturamento da empresa 8% acima das metas estabelecidas. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO Com certeza, foram os lançamentos de produtos, a abertura de novos mercados e a consolidação da marca com os clientes. Para o mercado, a maior oferta de crédito, tanto de bancos, como do comércio em geral, o estímulo à construção civil e a redução de impostos para alguns produtos, mesmo que pontuais. Todos esses fatores estimularam as vendas e aumentaram a confiança do consumidor, impulsionando aos poucos a engrenagem consumo – produção-emprego / empregoconsumo-produção. O QUE FOI NEGATIVO A crise econômica no início de 2009. A maior dificuldade foi administrar a produção e o desenvolvimento de novos produtos com o mercado totalmente inseguro. Mas, por outro lado, a crise deu-nos a experiência e a capacidade de implantar rápidas mudanças para contornar os quadros negativos. POLÍTICA ECONÔMICA Contribuiu principalmente na estratégia para sair da crise, permitindo que déssemos continuidade ao nosso planejamento. A redução de impostos, mesmo que temporária, foi decisiva. Isso demonstra que o governo pode arrecadar mais cobrando menos.

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REDUÇÃO DO IPI Mesmo que a redução do IPI não tenha tido reflexo direto em nossa linha de produtos (eletroportáteis), com certeza ajudou a trazer a confiança de volta ao mercado e, dessa forma, beneficiou nossa empresa. Acreditamos que a desoneração da carga tributaria é benéfica a toda economia. PRODUTOS Foram lançados 16 produtos, o dobro em relação a 2008, direcionados para as classes B, C e D. O foco da Cadence é oferecer ao mercado eletroportáteis que tenham qualidade e atendam plenamente às expectativas dos clientes. Também relançamos alguns produtos, aproveitando o espaço do mercado e complementando o mix da marca. EXPECTATIVAS PARA 2010 É a melhor possível, pois as notícias são animadoras: inflação controlada, dólar ajustado, bolsa de valores valorizada, eleições e Copa do Mundo. Portanto, temos a certeza de que o ano será muito promissor. LANÇAMENTOS Lançaremos em torno de 20 produtos, entre eles uma linha de ventiladores.

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Conair O ano passado superou as expectativas da empresa, que ampliou seu esquema de distribuição, número de produtos e fez três lançamentos, um deles a prancha que apresenta novo conceito de alisamento. A entrevista é de Fonte Cristina Pappalardo, gerente de marketing da Conair.

BALANÇO DE 2009 Foi um ano muito importante para a Conair Brasil. A empresa fez mudanças em sua estratégia e se consolidou no mercado. Ampliou significativamente a distribuição, a gama de produtos e o serviço disponível aos seus consumidores. Além disso, lançou a SS11, a prancha que mudou o conceito de alisamento. COMPORTAMENTO DA EMPRESA O ano passado superou nossa expectativa em 15% sobre 2008. No primeiro semestre, sentimos o mercado menos receptivo, mas no segundo houve aquecimento significante, que resultou no crescimento. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO O lançamento da prancha SS11 foi um dos fatores mais importantes e positivos para a empresa no Brasil. Além disso, podemos também citar a conquista de novos clientes representativos que acreditam na marca e validam nossa posição de líder mundial. POLÍTICA ECONÔMICA Com a queda do dólar, os produtos ficaram mais competitivos. As empresas praticaram preços mais adequados ao mercado brasileiro, e isso possibilitou a chegada dos produtos Conair mais perto do consumidor. PRODUTOS Fizemos três grandes lançamentos em 2009: a prancha SS11, produto de tecnologia avançada, que hidrata e condiciona o cabelo enquanto alisa e dá brilho aos fios; a escova Rotating Air Brush, que alisa, modela e seca os cabelos ao mesmo tempo; e a prancha Steammer, com tecnologia de vapor iônico, que devolve a umidade natural dos cabelos e proporciona mais brilho e movimento. Outro produto que merece destaque é o secador Hair Designer transformado em bivolt. A maioria dos secadores é monovolt e, no Brasil, há variações entre regiões e cidades.

EXPECTATIVAS PARA 2010 A expectativa é continuar ampliando a distribuição, trazer novidades para o mercado brasileiro e superar a expectativa dos consumidores. LANÇAMENTOS Haverá lançamentos de relevância este ano.

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INDÚSTRIA

Dellar A empresa atingiu as metas de crescimento e expandiu as operações de forma ordenada no ano passado. Neste ano, programa o lançamento de 18 produtos até o Dia das Mães. A entrevista é de José Mauro Montemurro, gerente nacional de vendas da Dellar.

BALANÇO DE 2009 O ano foi marcado por forte crise financeira internacional, que gerou muitas incertezas para todos os setores da economia, e não foi diferente para o mercado de eletroportáteis. Mesmo com todas as dificuldades decorrentes dessa crise, conseguimos ver 2009 de maneira positiva, pois vencemos desafios e superamos metas, consolidando a Dellar no mercado. COMPORTAMENTO DA EMPRESA A Dellar fidelizou ainda mais suas parcerias e, com isso, atingiu as metas de crescimento e expandiu as operações de forma ordenada. Desenvolveu produtos seguindo as tendências de mercado e sempre buscando a qualidade. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO Destacamos como fatores positivos a ampliação de nossa rede de assistência técnica, de novos mercados, atingindo assim maior presença de nossos produtos nos pontos de venda e a consolidação de parcerias estabelecidas. O QUE FOI NEGATIVO

PRODUTOS

Sem dúvida, as incertezas causadas pela instabilidade econômica nos primeiros seis meses, que geraram tensão em todos os mercados e atrasaram os planos de crescimento da indústria e do comércio.

A empresa tem investido em design e qualidade, o que resultou no lançamento de dez produtos para as várias classes sociais. A cada ano os consumidores aumentam seu grau de exigência e a indústria precisa acompanhar essa velocidade para não perder espaço. Por isso, buscamos a atualização do design e a inclusão de novas funções em vários dos nossos produtos. A Dellar tem estendido sua linha a cada ano, para atender aos seus clientes e consumidores. O mercado de eletroportáteis é conhecido por trazer produtos e soluções inovadoras com mais rapidez do que a linha branca.

POLÍTICA ECONÔMICA Contribuiu para amenizar os danos causados pela crise econômica mundial, pois colocou o país na dianteira da recuperação. Sem essa política agressiva não teríamos conseguido a mesma velocidade na estabilização da economia interna. REDUÇÃO DO IPI A redução do IPI desviou, em alguns momentos, o mercado consumidor de eletroportáteis para os produtos de linha branca e, de certa forma, contribuiu para dificultar nossas metas. Apesar disso, vemos a medida como muito importante porque grande número de consumidores teve acesso a produtos mais baratos. Essa medida seria muito bem-vinda se fosse estendida aos eletroportáteis, principalmente àqueles de maior apelo popular.

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EXPECTATIVAS PARA 2010 A expectativa é de crescimento, para acompanhar o momento socioeconômico, que é favorável. Continuaremos investindo em design, qualidade, atendimento no pós-venda e lançando produtos que tragam soluções para nossos consumidores. LANÇAMENTOS Iremos lançar 18 produtos até o Dia das Mães.

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INDÚSTRIA

De’Longhi O ano passado foi de investimentos para a empresa, que dobrou sua linha de produtos em relação a 2008, participou de feiras e ampliou sua equipe comercial. Neste ano, quer consolidar a marca, intensificar o trabalho nas regiões Norte e Nordeste e crescer 40%, no mínimo. A entrevista é de Neusa Pontes, diretora comercial da De’Longhi Brasil.

BALANÇO DE 2009 Como primeiro ano da marca no Brasil, efetivamente, foi bastante positivo. Apesar de algumas adversidades, conseguimos ultrapassar nossos objetivos. COMPORTAMENTO DA EMPRESA Foi bastante agressivo no que se refere a investimentos. Houve uma série de ações. Investimos na inauguração, em mídia impressa, em feiras, na ampliação da equipe comercial, na abertura de clientes e na linha de produtos. O resultado ficou acima de nossas expectativas, com faturamento superior a R$ 40 milhões. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO O dólar com cotação mais baixa, o incentivo do governo para o consumo e a atitude positiva do consumidor na reação à crise, quando respondeu às campanhas e promoções. O QUE FOI NEGATIVO O inicio do ano apresentou-se muito complicado pela influência da crise, pois o consumidor, muito retraído, comprou somente o emergencial e deixou os produtos de desejo para depois. POLÍTICA ECONÔMICA

PRODUTOS / SUSTENTABILIDADE

Contribuiu, sim, para bons resultados ao reduzir o imposto para alguns itens, mas ainda é pouco.

Lançamos 22 itens, o dobro em relação a 2008, para as classes A e B, bem como para a C. Dentro do conceito de sustentabilidade, colocamos no mercado o condicionador de ar portátil, com gás ecológico e tripa filtragem de ar.

REDUÇÃO DO IPI

NOVOS SEGMENTOS

Para a De’Longhi não teve nenhuma influência, uma vez que não abrangeu a linha de produtos da empresa. A redução do IPI deveria ser estendida a outros produtos, pois o consumidor das classes C e D também gostaria de comprar um televisor LCD ou outro produto para seu conforto e lazer. O benefício seria o maior número de consumidores nas lojas ou visitando os sites, planejando e até antecipando suas compras.

No segundo semestre do ano passado, entramos na linha de condicionadores de ar split.

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EXPECTATIVAS PARA 2010 Consolidar a marca, intensificar o trabalho nas regiões Norte e Nordeste e registrar crescimento de 40%, pelo menos.

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INDÚSTRIA

Electrolux A empresa apresentou 60 novos produtos para o mercado e adotou medidas importantes para manter as vendas em ritmo acelerado. Entrou no segmento de depuradores e ampliou o espaço na categoria de condicionadores de ar. A entrevista é de Ricardo Cons, diretor de marketing e vendas da Electrolux.

BALANÇO DE 2009 Fechamos o ano com ótimos resultados, devido a fatores como a redução do IPI, que trouxe importantes benefícios não só para a empresa como ao mercado em geral, a maior oferta de crédito e a grande exposição do segmento de linha branca na mídia. Para a Electrolux, o ano foi marcado pela contínua introdução de novos produtos e recordes em produtividade, além do crescimento de 15% da força de trabalho. O balanço foi melhor do que o estimado. COMPORTAMENTO DA EMPRESA

REDUÇÃO DO IPI

Os resultados superaram nossas expectativas. Um dos segmentos mais beneficiados foi o de lavadoras de roupas, que cresceu 30% em nove meses com a redução do IPI, resultado muito expressivo. Os consumidores tiveram a oportunidade de incluir no orçamento familiar a compra desse produto tão essencial no dia a dia. Outro importante fruto da medida foi o acesso de maior número de consumidores a produtos com melhor eficiência energética. A Electrolux também aplicou medidas importantes para manter as vendas em ritmo acelerado no Brasil e lançou produtos diferenciados, de alto valor agregado. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO A excelente aceitação dos nossos lançamentos em seis importantes categorias, dentre elas refrigeradores e lavadoras, além da prorrogação da medida do IPI com desconto atrelado à redução do consumo energético, favorecendo os produtos com o selo A do Procel. Conquistamos o melhor resultado financeiro da nossa história na América Latina. Todas as plantas bateram recordes de produção e a abertura do centro de distribuição de São Carlos, no interior paulista, foi fundamental para consolidar os bons resultados, pois garantiu dinamismo e precisão nos processos de entrega às revendas. Além disso, obtivemos ganho de espaço para produção na fábrica onde antes tínhamos parte dos nossos depósitos. POLÍTICA ECONÔMICA Contribuiu positivamente. Houve um conjunto de fatores, como a melhora da economia brasileira em geral e a redução temporária do IPI em produtos de linha branca, construção e automóveis, além do aumento do poder de consumo das classes mais baixas e maior oferta de crédito ao consumidor.

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Com o retorno das alíquotas aos patamares anteriores, a empresa ressalta que é preciso reavaliar as atuais taxas de impostos. O setor tem uma das mais altas cargas tributárias, ficando atrás somente de derivados do fumo. Os eletrodomésticos são hoje essenciais para as famílias brasileiras, porém as alíquotas foram fixadas em outro cenário, no qual os produtos de linha branca ainda eram artigos de luxo. PRODUTOS / SUSTENTABILIDADE No ano passado, a empresa trouxe ao mercado brasileiro 60 novos modelos nas categorias de refrigeradores, lavadoras, secadoras, coifas, depuradores, lava-louças e condicionadores de ar, como parte da estratégia de inovação e diferenciação, bem como de seu otimismo com a situação macroeconômica. Atualmente, 66% do faturamento é proveniente de lançamentos nos últimos dois anos, o que representa a renovação constante do portfólio. Destaque para a linha Electrolux Infinity – Top Mount (552 litros), categoria de refrigeradores nova na América Latina, com diferenciais tecnológicos exclusivos como o Espaço Express, a opção Ice Maker e a função Intelligent Sensor. O projeto foi todo desenvolvido no Brasil e exigiu a criação de uma linha de produção na unidade fabril de Curitiba, com novas tecnologias e processos de fabricação. O produto recebeu prêmios internacionais de design no Brasil, em Chicago e na Alemanha. Outro marco foi a categoria de lavadoras digitais com o painel Blue Touch – os comandos são acionados por leve toque de dedos nos ícones ilustrativos do painel. A Electrolux trabalha constantemente para melhorar o nível de consumo de energia dos produtos e grande parte deles tem o Selo

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Procel. No ano passado, além de estender a linha de lavadoras Turbo Economia, que permite o reaproveitamento de água, lançou a Blue Touch, com sensores que reconhecem a carga de roupas e selecionam o nível de água necessário a ser usado. As linhas de fogões ostentam o selo Compet A (menor consumo de gás). Reforçou, também, seu compromisso com o meio ambiente por meio do programa Green Spirit, que tem como diretriz a redução do consumo de água e energia no processo fabril dos produtos. Temos o segundo melhor índice de quantidade de kWh por produto produzido do Grupo Electrolux no mundo. NOVOS SEGMENTOS Passamos a atuar no segmento de depuradores, com o lançamento de dois modelos. Ampliamos a atuação também na categoria de condicionadores de ar com os modelos piso teto, cassete e multisplit. EXPECTATIVAS PARA 2010

LANÇAMENTOS

Mesmo com o fim do incentivo do IPI reduzido, consideramos o cenário favorável. Estamos otimistas e, com base nos resultados do ano passado, planejamos crescer na ordem de dois dígitos. A atual perspectiva da economia brasileira é positiva, o que contribui para o crescimento dos investimentos e nos permite trazer produtos

AOC NA MODA

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ela quinta vez consecutiva, a AOC Brasil foi a patrocinadora oficial do São Paulo Fashion Week, que este ano ressaltou a importância da linguagem, o conceito de ideias e percepções. A marca espalhou televisores e monitores de cristal líquido de alta definição pela Bienal do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, para o público acompanhar os desfiles. A empresa tam-

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ais três produtos Electrolux receberam prêmio internacional. O refrigerador Infinity, a lava-louças LE12X e o micro-ondas MEC41, que possuem a exclusiva tecnologia blue touch, foram premiados em um dos mais prestigiados concursos de design do mundo, o Good Design Award. A tripla premiação deveu-se ao design, às soluções de engenharia, inovações técnicas e insights de mercado. Os produtos ins-

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bém participou do Rio Fashion pela segunda vez consecutiva e do Rio-à-porter, evento de negócios integrado ao Fashion Rio. “Consideramos os eventos grande oportunidade para estimular o mercado da moda no país e reforçar ainda mais o glamour, a qualidade e o design dos nossos produtos”, diz Maurizio Laniado, vice-presidente da AOC Brasil.

ELECTROLUX NO GOOD DESIGN AWARD

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Podemos dizer que manteremos o foco no consumidor. Entre os maiores desafios do ano está a necessidade de continuar superando as expectativas do mercado e, com base nisso, crescer ainda mais.

INSIDE

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ainda mais inovadores e tecnológicos. Com a manutenção do nível de emprego e da oferta de crédito, teremos um bom ano para o mercado de bens de consumo duráveis. Continuaremos com o mesmo dinamismo, fortalecendo a marca e atentos aos novos desafios.

critos foram analisados dentro do critério estabelecido desde 1950, e que considera atributos como a melhor estética, conceito, funcionalidade, eficiência de energia e sensibilidade ao meio ambiente. O concurso é promovido pelo Chicago Athenaeum, em parceria com o Museu de Arquitetura e Design de Chicago e com o Centro Europeu de Arquitetura, Arte, Design e Estudos Urbanos.

SONY ERICSSON BRASIL

na Peretti assumiu, em fevereiro, a diretoria de marketing da Sony Ericsson Brasil. Desde 2007, a executiva ocupava o cargo de gerente para a América Latina, responsável pelas

categorias de produto da empresa. Com seis anos de experiência no grupo Sony, Ana atuou em países como Estados Unidos, Canadá e Suíça e, agora, retorna ao Brasil.

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INDÚSTRIA

Esmaltec A redução do IPI contribuiu para o aumento das vendas da empresa, no ano passado. A meta, agora, é manter a competitividade, trabalhar com foco na redução de custos, na gestão do fluxo de caixa e elevar as exportações. A entrevista é de Annette de Castro, superintendente da Esmaltec.

BALANÇO DE 2009 No mercado interno, o primeiro semestre mostrou crescimento moderado nas vendas de algumas linhas, mas, no segundo, foi possível sentir os resultados positivos das medidas do governo para estimular o crescimento da economia. COMPORTAMENTO DA EMPRESA Alcançamos o recorde histórico na produção de fogões e continuamos como a marca líder nesse mercado. Crescemos em market share, demos continuidade à consolidação da marca e o faturamento ficou dentro do planejado. O resultado deve-se à nossa rápida reação para atender a maior demanda com a redução do IPI, à administração do fluxo de caixa, ponto crucial na gestão do negócio, e ao controle efetivo das despesas. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO A redução do IPI aqueceu a demanda e levou o varejo a focar as vendas nesses produtos. Como temos forte presença no Norte e Nordeste, os efeitos da crise amenizaram-se com o aumento do poder aquisitivo das classes C e D. Outros fatores foram a redução da taxa básica de juros, a queda da inflação, a manutenção do emprego, a disponibilidade de crédito e prazo maior para pagamento por parte do varejo. O QUE FOI NEGATIVO No primeiro semestre, houve dificuldades como o encarecimento na concessão de crédito, e especialmente o desemprego, que afetou o desempenho de vários segmentos. O prolongamento da crise no mercado internacional, a falta de crédito e a valorização do real prejudicaram as exportações. POLÍTICA ECONÔMICA As medidas do governo foram essenciais para o bom resultado. REDUÇÃO DO IPI Surtiu efeito já no fim do primeiro semestre. Baixaram os preços e subiram as vendas. Com a prorrogação do benefício, ampliamos o quadro de funcionários. A redução do IPI na linha branca deve ser acompanhada de criteriosa avaliação do imposto incidente sobre tais produtos, que deixariam de ser considerados de luxo e passariam a essenciais. 42

PRODUTOS LANÇADOS / SUSTENTABILIDADE Ampliamos o mix ao lançar o refrigerador frost free, que marcou nossa entrada no segmento, e a lavadora de roupas automática, para as classes A, B e C. Em refrigeração comercial, lançamos expositor horizontal para sorvetes e novo modelo de chest freezer. Desenvolvemos produtos duráveis, práticos e eficientes dentro dos padrões do Procel e do Conpet e participamos de programas de redução de consumo elétrico em parceria com empresas energéticas de vários estados. A marca Esmaltec Ecológica dá suporte a todas as nossas ações ligadas à conservação ambiental. EXPORTAÇÕES A valorização do real, a indisponibilidade de crédito aos importadores de vários países que exportamos, a recessão na Rússia e África do Sul e a concorrência, principalmente da China, afetaram as exportações, que foram concentradas na linha de fogões. Apesar do volume menor, exportamos para quase todos os 50 países com os quais negociamos em 2008. Agora, vamos reativar clientes, aumentar os volumes e a participação no mercado mundial de fogões. EXPECTATIVAS PARA 2010 O resultado será positivo se o governo continuar com as medidas de 2009. Confiamos no bom desempenho da empresa e, para manter a competitividade, o trabalho terá foco muito forte na redução de custos e na gestão do fluxo de caixa. Em 2010, investiremos mais o âmbito social, pois colaboradores e parceiros comerciais são essenciais para superar os desafios. LANÇAMENTOS Teremos novidades, mas por questões estratégicas não comentamos detalhes.

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INDÚSTRIA

Falmec do Brasil A empresa, que é a distribuidora oficial da Smeg, registrou resultados positivos no ano passado. Ampliou seu mix, que agora inclui fogões, refrigeradores, lava-louças e acessórios, e lançou a marca Arix. A entrevista é de Peri Cozer Olhovetchi, presidente da Falmec do Brasil. BALANÇO DE 2009 A empresa fechou 2009 com resultados positivos, acima dos projetados. O início do ano foi atípico, reflexo da crise econômica mundial, mas ao longo dos meses o mercado reagiu. A marca encerrou o ano com crescimento nas vendas, faturamento em torno de 18% superior ao de 2008 e 15 mil coifas produzidas em solo brasileiro. COMPORTAMENTO DA EMPRESA A Falmec do Brasil investiu em tecnologia e em novos equipamentos para sua fábrica. Adquiriu moderna máquina de dobra e conformação do aço inox, otimizando o processo de produção. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO Ao completar dez anos de operação no Brasil, a empresa consolidou-se efetivamente com a ampla atuação em todo o território nacional. A marca orgulha-se de ter uma fábrica em plena operação que, além de produzir o mix, está envolvida em projetos de conformação de aço inox que testam e implementam novas possibilidades para o uso da matéria-prima. Para a viabilização de tais projetos, selou parceria com o departamento de Design da PUC/RJ. O QUE FOI NEGATIVO A crise mundial, que gerou no primeiro semestre grande instabilidade no mercado. No decorrer do ano, com muito trabalho, investimento em tecnologia, maior atuação nos pontos de venda e com a qualidade reconhecida dos nossos produtos revertemos a situação. REDUÇÃO DO IPI Com certeza, trouxe benefícios para os resultados da empresa. O mercado aqueceu-se, o que beneficiou toda a cadeia produtiva. Com um estudo profundo, essa medida poderia ser estendida para outros itens do nosso mix, como as coifas. PRODUTOS / SUSTENTABILIDADE A empresa trabalha com três marcas: Falmec (coifas da linha Milano), Smeg (lava-louças de embutir, inédita no mercado brasileiro) e Arix. Em 2009, deu um passo importante ao lançar a marca Arix, desenvolvida com tecnologia e design 100% nacionais. Com três modelos de coifa, possibilitou superar o número de lançamentos de 2008. Também fez um upgrade na linha Milano (seis modelos de coifa), também produzida no país, que passou a contar com 44

motores de sucção mais potentes (saltaram de 800 m3/h para 1.000 m3/h), design moderno nos filtros e novo comando digital. Desde sua fundação, a Falmec do Brasil tem preocupação efetiva com a sustentabilidade e investe continuamente em processos produtivos mais otimizados. Adquiriu equipamentos de última geração, como a máquina de corte a laser e de dobra e conformação do aço inox, minimizando significativamente o desperdício de matériaprima na linha de produção. Outra ação foi a conquista dos selos Conpet e Procel de eficiência e economia de energia. NOVOS SEGMENTOS A Falmec do Brasil é a distribuidora oficial da Smeg. Até então, o mix contemplava equipamentos para cocção (coifas, fornos, cooktops e dominós), mas desde a parceria oferecemos mais produtos, incluindo fogões, refrigeradores, lava-louças e acessórios. EXPORTAÇÕES A operação está em amplo crescimento e começou pela América Latina. Participamos de feiras no Panamá e nosso projeto está ocorrendo conforme o planejado. EXPECTATIVAS PARA 2010 Continuaremos a investir em tecnologia, desenvolvimento de produtos e capacitação da equipe. Nossa expectativa é que o ano será bastante promissor e positivo para o setor de eletrodomésticos como um todo. LANÇAMENTOS Serão realizados a partir de março. Seguindo a tradição da empresa, vamos surpreender o mercado ano com inovação em design e tecnologia.

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INDÚSTRIA

Fischer Para a empresa, 2009 foi um ano extremamente positivo, com a ampliação de mercado e consolidação de novos produtos. Para 2010, promete novidades, até mesmo na linha de bicicletas, tanto para transporte, como para esporte. A entrevista é de Ingo Fischer, diretor presidente da Fischer. BALANÇO DE 2009 Para a Irmãos Fischer S/A, o balanço de 2009 foi positivo. A empresa confirmou a boa aceitação de seus produtos, ampliou seu mercado e sedimentou a liderança nos segmentos em que atua. COMPORTAMENTO DA EMPESA No ano passado, foram concluídas várias novas construções que ampliaram o parque fabril da Fischer. A empresa adquiriu grande maquinário e consolidou novos produtos. O faturamento anual registrou total de R$ 269,5 milhões. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO Em 2009, a empresa reforçou ainda mais a qualidade de seus produtos em todas as linhas de produção, isto é, em eletrodomésticos, equipamentos para a construção civil e bicicletas. Colocou no mercado uma série de novos produtos de elevada tecnologia, economicamente eficientes e de preços compensadores. O QUE FOI NEGATIVO Se houve pontos negativos, estes foram combatidos com maior intensidade de treinamentos, qualificação interna do pessoal e conquista de novos mercados. POLÍTICA ECONÔMICA

melhoria geral nos produtos já existentes, tanto em termos de tecnologia, como de design. São produtos que atendem a todas as categoriais sociais e que estão inseridos no conceito de sustentabilidade. EXPORTAÇÕES

Continua com juros bastante elevados, o que afeta o crescimento das empresas, com as respectivas consequências sociais. Isso deveria ser revisto. Também continua elevadíssima a carga tributária. Aguarda-se a devida reforma e a flexibilização na legislação trabalhista.

A prioridade absoluta da empresa é o mercado nacional. Apesar disso, exporta para vários países da América Latina, principalmente eletrodomésticos e artigos para a construção civil.

REDUÇÃO DO IPI

LANÇAMENTOS

Entendemos que a medida adotada foi correta. Entretanto, melhor seria se tivesse atendido todos os segmentos.

A empresa lançará, em 2010, vários produtos, tanto na linha de eletrodomésticos, como na de construção civil, com um revolucionário sistema de betoneira, nas capacidades de 130 e 400 litros, consolidando os carrinhos de mão nas capacidades de 85 e 106 litros. Entrará, também, no mercado de casas populares metálicas. Na linha de bicicletas, haverá novidades nos modelos de transporte e nos de esporte, infantil e adulto.

PRODUTOS / SUSTENTABILIDADE Em 2009, foram lançados vários produtos nos segmentos de eletrodomésticos e da construção civil. Também fizemos uma

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Frahm O ano passado correspondeu às expectativas da empresa, que registrou crescimento de 5% sobre o período anterior. Para este ano, planeja lançar 18 produtos. A entrevista é de Helena Frahm Perfoll, diretora de marketing da Frahm. BALANÇO DE 2009 Foi um ano bom, apesar do desempenho do primeiro trimestre ter sido mais devagar. No entanto, houve a compensação nos demais meses, principalmente no segundo semestre. COMPORTAMENTO DA EMPRESA O resultado correspondeu às expectativas. O crescimento da Frahm em relação ao ano passado foi de 5%. FATORES MAIS POSITIVOS O Brasil ofereceu crédito e o brasileiro, como bom consumidor que é, aproveitou e adquiriu alguns bens. O QUE FOI NEGATIVO A mídia, que influenciou o primeiro trimestre com uma dose um pouco exagerada de pessimismo, que criou medo no consumidor. POLÍTICA ECONÔMICA A política econômica contribuiu para os bons resultados da empresa. Como dependemos de muitos componentes que vêm da Ásia, o câmbio favoreceu-nos e permitiu que diminuíssemos os custos oriundos da matéria-prima de nossos produtos.

lecionadas, ecologicamente corretos. As fibras das madeiras são oriundas de florestas plantadas de pínus.

REDUÇÃO DO IPI

EXPORTAÇÕES

A empresa acredita que a redução do IPI deveria ser aplicada a todos os produtos, e não temporariamente, pois nossa carga tributária é muito alta e, por isso, tira-nos a competitividade.

Crescemos 12% nas exportações. A empresa teve de adequar sua política de exportação para manter os clientes e registrar crescimento.

PRODUTOS / SUSTENTABILIDADE

EXPECTATIVAS PARA 2010

Lançamos 15 produtos em 2009, direcionados para as classes C e D. São itens voltados para amplificar sinais de áudio, como DVD player, MP3 etc. Os lançamentos da empresa são feitos dentro do conceito de sustentabilidade com ações, como o reaproveitamento da serragem para gerar energia para a fábrica, tudo à base de água, produção de amplificadores mais eficientes e que consomem menos energia, bem como a utilização de MDF e MDP, painéis de fibras de madeiras se-

Acreditamos que 2010 será um ano também bom. Planejamos e estamos trabalhando para obter crescimento maior do que o do ano passado. LANÇAMENTOS Neste ano, a empresa apresentará 18 produtos. Os lançamentos serão distribuídos nos quatro trimestres do ano.

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INDÚSTRIA

Ga.Ma Italy As vendas dos meses finais do ano contribuíram para a empresa encerrar bem 2009, mas com faturamento levemente abaixo do ano anterior. Confiante de que 2010 será um ano de crescimento, a Ga.Ma vai lançar 22 produtos, parte deles para o Dia das Mães. A entrevista é de Marcelo Ceva, presidente da Ga.Ma Italy.

BALANÇO DE 2009 O primeiro quadrimestre de 2009 foi muito duro, porém as vendas do fim do ano conseguiram recuperar o faturamento perdido. COMPORTAMENTO DA EMPRESA O faturamento foi levemente abaixo do obtido em 2008, mas ficou acima de nossas expectativas. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO Aproveitamos 2009 para estruturar-nos e nos preparar para um ano de alto crescimento, como será 2010. O QUE FOI NEGATIVO Basicamente, a crise internacional. POLÍTICA ECONÔMICA A política do governo incentivou o consumo em geral. A política de juros ajudou o mercado, porém o IPI distinto para o consumo de certos itens desviou o dinheiro do consumidor da nossa categoria de produtos. REDUÇÃO DO IPI A redução do IPI somente para alguns produtos foi ruim para nossa empresa. Isso porque os limitados recursos do consumidor foram desviados para os produtos beneficiados com a medida e não para os nossos. A redução do IPI deveria ser, sem dúvida, para todos os produtos, os quais poderiam ter alíquota igual. Pagar a alíquota de 20% para uma chapinha ou um secador de cabelos não tem nenhum sentido.

EXPORTAÇÕES

PRODUTOS /SUSTENTABILIDADE

Foram irrelevantes.

A Ga.Ma Italy fez cinco lançamentos, número menor ao de 2008. Os produtos atendem os consumidores da classe C, que estão se tornando cada vez mais exigentes. A empresa, também, adotou os conceitos de sustentabilidade em todas as suas ações.

EXPECTATIVAS PARA 2010

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Esperamos um ano de recuperação. Lançaremos 22 produtos, para o Dia das Mães e, principalmente, no segundo semestre de 2010.

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INDÚSTRIA

Grupo Seb A empresa considera que o ano foi de excelentes resultados de vendas e de aceitação dos produtos. A marca Arno foi premiada como a mais lembrada pelas famílias brasileiras e o grupo ampliou o portfólio de utilidades domésticas com produtos Clock, Panex, Rochedo e Penedo. A entrevista é de Marcio Cunha, presidente da Arno. BALANÇO DE 2009 O ano passado foi positivo para o Grupo Seb. Foi o período de retomada pós-crise. Assim como todo o mercado, adaptamo-nos a essa realidade, revimos metas e alcançamos os objetivos desenhados no início do período. COMPORTAMENTO DA EMPRESA Durante o ano, constatamos que alguns números precisavam ser revistos, tomamos essa atitude e, com todas as metas alinhadas, alcançamos os objetivos. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO Começamos o ano lançando, em parceria com a Nestlé, a Cafeteira Nescafé Dolce Gusto, que tem apresentado excelentes resultados de vendas e aceitação dos consumidores. Na pesquisa Folha Top of Mind, realizada pelo instituto DataFolha, fomos eleitos a marca mais lembrada na categoria de aspiradores de pó, pela quarta vez consecutiva. Em liquidificadores, mantivemos o posto de primeiro lugar, ocupado desde a criação da categoria. Além disso, a recémlançada categoria Top Família deu para a Arno o prêmio de marca mais lembrada pelas famílias brasileiras. Um grande sucesso, em 2009, foi o lançamento do ventilador Arno Turbo Silencio. Após pesquisas com o consumidor, a Arno desenvolveu o produto com seis vezes mais força do vento e duas vezes mais silencioso.

PRODUTOS / SUSTENTABILIDADE Lançamos cerca de 20 produtos. Os mais representativos, com atributos exclusivos da nossa marca foram: a cafeteira Nescafé Dolce Gusto; a linha de liquidificadores com quatro modelos, Arno Optmix Super, Arno Optmix Filtro, Arno Allegro Filtro e Arno Performa Magicclean Filtro; e o ventilador Arno Turbo Silêncio. Ampliamos também os modelos da linha de liquidificadores, da qual somos líderes. Nossa oferta de produtos agrega todos os diferenciais valorizados pelos consumidores. Os lançamentos da empresa obedecem às normas Inmetro. A Arno está sempre atenta às regras do instituto e aprimora seus produtos com a missão de oferecer o melhor para seus consumidores. NOVOS SEGMENTOS O Grupo Seb está ampliando o portfólio de utilidades domésticas com produtos Clock, Panex, Rochedo e Penedo.

O QUE FOI NEGATIVO Assim como todo o mercado, readequamo-nos à nova situação. Não podemos considerar como ponto negativo, mas certamente de readequação. O mercado brasileiro reagiu antes dos demais do mundo e o consumo voltou aos níveis de 2008.

EXPORTAÇÕES

POLÍTICA ECONÔMICA

EXPECTATIVAS PARA 2010

Contribuiu para estimular e aumentar as vendas, por causa da redução de impostos. Essa consequência pôde ser sentida diretamente na indústria de eletrodomésticos, pois fomos impactados com a redução do IPI nos produtos de linha branca.

O Grupo Seb acredita que 2010 será o ano do Brasil. Impulsionados pelo fervor da Copa e das eleições, os consumidores responderão de forma muito positiva às ofertas do mercado.

REDUÇÃO DO IPI A Arno possui apenas um produto que foi impacto pela medida de isenção de IPI aplicada pelo governo, as lavadoras semiautomáticas. Notamos aumento de aproximadamente 20% na venda desse produto.

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Inicialmente, difícil (-20%), melhor a partir do segundo semestre, que fechou o ano no equilíbrio.

LANÇAMENTOS O planejamento Arno para 2010 prevê pesquisa e desenvolvimento. A empresa investirá em produtos inovadores, com design diferenciado, para atender às reais necessidades de seus consumidores e superar suas expectativas. A primeira fase de lançamento é para março.

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INDÚSTRIA

IBBL Com unidade fabril sediada em Itu, no interior de São Paulo, a empresa exporta seus produtos para mais de 40 países. Em 2009, inovou toda a linha de purificadores de água refrigerados com a aplicação de nanotecnologia. A entrevista é de Guilherme Müller, diretor presidente da IBBL.

BALANÇO DE 2009 No início do ano passado, com a crise mundial, o comércio ficou retraído, mas, com a retomada do aquecimento, tornou-se promissor. A recuperação foi puxada pelo varejo, principalmente no segundo semestre. COMPORTAMENTO DA EMPRESA Apesar dos reflexos da crise financeira internacional sobre a economia brasileira em 2009, e consequentemente sobre todo o segmento eletroeletrônico, e do mercado ter apresentado retração de cerca de 12% em relação ao ano anterior, a empresa teve bom desempenho na comparação com 2008. Participou de feiras e realizou ações em pontos de venda e nos distribuidores para ampliar a divulgação de seus produtos e competir estrategicamente no mercado nacional. POLÍTICA ECONÔMICA A adoção de medidas para estimular a volta do crédito e a agressiva atuação dos bancos federais foram fatores importantes para a recuperação da atividade do setor. REDUÇÃO DO IPI A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados na linha branca colaborou para o aquecimento das vendas do varejo ainda no primeiro semestre do ano passado, o que teve reflexos na linha de purificadores de água. PRODUTOS

EXPORTAÇÕES

Produzimos purificadores de água, filtros, bebedouros, refresqueiras e chocolateiras adequados às mais diversas necessidades. Em 2009, inovamos toda a linha de purificadores de água refrigerados com a aplicação de nanotecnologia. Essa inovação foi desenvolvida exclusivamente pela empresa para proteger e melhorar ainda mais a qualidade da água consumida. A nanotecnologia é aplicada nos reservatórios de água dos purificadores refrigerados da empresa e, agora, também passa a ser introduzida na linha dos bebedouros de garrafão, atuando como escudo inibidor da proliferação de bactérias, mesmo quando a água fica armazenada por longo período.

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Atendemos o mercado nacional e exportamos para mais de 40 países há 23 anos. EXPECTATIVAS PARA 2010 A IBBL prevê ampliar o leque de produtos e abranger seu públicoalvo. A expectativa é de que este ano seja promissor e esperamos crescer 11% na comparação com 2009, índice coerente com a previsão do crescimento do PIB, na ordem de 5%.

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INDÚSTRIA

Latina A empresa classifica 2009 como bom ano. As vendas cresceram, até mesmo de produtos que não foram beneficiados pela redução do IPI, e o faturamento ultrapassou o obtido em 2008. A entrevista é de Valdemir Gomes Dantas, presidente e CEO da Latina Eletrodomésticos. BALANÇO DE 2009 Um ano surpreendente. Inimaginável em dezembro de 2008. Foi incrível como o governo se sensibilizou para vencer a crise com agilidade, competência e trabalho com entidades representativas, como Eletros e IDV. Reduziu o IPI de alguns produtos da linha branca e manteve o ritmo das vendas no comércio. COMPORTAMENTO DA EMPRESA Em consideração ao planejamento feito em dezembro de 2008, no início da crise mundial, os resultados foram muito bons, com crescimento das vendas, até mesmo de produtos que não sofreram a redução do IPI. O faturamento ultrapassou os R$ 150 milhões. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO No campo econômico, sem dúvida a redução do IPI, e no que tange à Latina Eletrodomésticos, a consolidação de dois modelos de lavadora semiautomática, ambas com a maior capacidade de lavagem do mercado, 8 kg, da categoria, e dois novos purificadores de água: o Minerilizer, o primeiro a adicionar sais minerais à água filtrada; e o Sterilizer, com ação bactericida. O QUE FOI NEGATIVO A rentabilidade, tanto da indústria quanto a do comércio, em função da constante redução dos preços para manter o mercado aquecido. POLÍTICA ECONÔMICA

Procuramos lançar produtos que atendem as funções solicitadas pelos consumidores e que sejam eficientes no consumo de água ou energia. Nossos ventiladores de teto, Air e Air Control, são uma solução extremamente econômica e triple A na classificação do Inmetro. EXPORTAÇÕES

Merecem destaque a redução das taxas de juros e a oferta de crédito. REDUÇÃO DO IPI Os produtos beneficiados tiveram vendas significativas. Com a redução do IPI, tivemos pequena reforma fiscal conjuntural e setorial.

Representaram apenas 3% do faturamento, ligeiramente abaixo das nossas expectativas. A redução dos volumes foi em função do realinhamento de preços obrigatório por causa da forte valorização do real. EXPECTATIVAS PARA 2010 Esperamos crescimento de 5% sobre o ano passado.

PRODUTOS / SUSTENTABILIDADE

LANÇAMENTOS

Em 2009, lançamos dois modelos de purificador de água. São produtos dirigidos aos que dão importância à qualidade da água que bebem, que analisam custos e querem soluções 66

práticas e modernas. Também focamos mais os home centers como canal de distribuição dos ventiladores de teto.

Em 2010, reestilizaremos três modelos de lavadora e lançaremos mais um purificador de água.

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Lenoxx Sound A empresa foi arrojada e soube adaptar o orçamento ao aumento da demanda. Lançou 21 produtos e seu resultado foi superior às expectativas. Neste ano, projeta alcançar crescimento de 40% sobre 2009. A entrevista é de Antonio C. de Carvalho Jr., diretor comercial a Lenoxx Sound.

BALANÇO DE 2009 O primeiro trimestre foi muito nebuloso, com prenúncio de uma crise. No segundo, ela não se confirmou, e aí tivemos um ano com aquecimento do consumo em quase todos os segmentos, surpreendendo várias indústrias que não previam o fato e que haviam traçado um orçamento conservador, o que gerou escassez de produtos. COMPORTAMENTO DA EMPRESA A empresa mostrou-se otimista mesmo no momento de crise, numa hora em que muitos diminuíram a velocidade. Fomos arrojados e adaptamos nosso orçamento de acordo com o bom consumo registrado. O resultado superou as expectativas e atingimos crescimento superior ao que objetivávamos. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO Acredito que o governo ter incentivado o consumo foi um ponto certamente positivo, assim como a redução de IPI em alguns segmentos. O QUE FOI NEGATIVO Não observamos pontos negativos. No nosso caso, particularmente, foi um ano que gostaríamos de ter como modelo. Até a alta cambial foi boa para nossa empresa. POLÍTICA ECONÔMICA Como citado acima, o incentivo ao consumo e a redução do imposto para alguns segmentos foram boas medidas. REDUÇÃO DO IPI

EXPECTATIVAS PARA 2010

Não acredito que o governo estenderá esse benefício para outros segmentos, mas fica clara a necessidade de uma reforma fiscal urgente. Já ficou demonstrado que o benefício do imposto menor tem impacto direto no consumo.

Queremos crescer cerca de 40% e temos grande expectativa em relação a este ano, devido a três fatores relevantes: aquecimento da área imobiliária, Copa do Mundo e eleições.

PRODUTOS

LANÇAMENTOS

Lançamos 21 produtos que atenderam, principalmente, consumidores das classes B e C. Nossa linha de DVD Car obteve grande desempenho.

No decorrer do ano, lançaremos dez produtos. A Lenoxx Sound também tem o objetivo de proporcionar a tecnologia blu-ray ainda este ano.

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INDÚSTRIA

Lemarc A grande aceitação do mercado por eletrodomésticos foi um dos pontos que contribuíram para o bom resultado da empresa no ano passado. Em 2010, planeja triplicar sua linha de produtos e oferecer itens para todos os públicos. A entrevista é de Marcus Silva, diretor presidente do Grupo Lemarc. BALANÇO DE 2009 Apesar das turbulências e incertezas em relação à economia global, o ano foi cheio de desafios e conquistas. A economia brasileira reagiu muito bem às demandas externas, o câmbio manteve-se estabilizado, sem grandes sobressaltos, e o governo soube responder à altura: manteve o consumo, a demanda e a produção interna aquecida por meio da disponibilização de crédito. COMPORTAMENTO DA EMPRESA O ano passado foi de grandes conquistas para nossos negócios. Consolidamos nossa posição como líder e principal fornecedor do mercado de eletroportáteis a vapor. O resultado superou nossas expectativas. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO Em primeiro lugar, a grande aceitação do mercado por eletrodomésticos a vapor, até então uma novidade; em segundo, o dólar estável; e, em terceiro, a demanda interna aquecida. O QUE FOI NEGATIVO

tentabilidade. O uso da nossa linha de higienizadores elimina a necessidade do usuário de utilizar produtos químicos, como água sanitária, alvejante, sabão, detergente e outros que agridem o meio ambiente e a saúde. Podemos citar o SteamFast Higienizador e Passador a Vapor 2 em 1 e o SteamFast Vaporizador Multiuso 3 em 1.

Em nossa opinião, não houve ponto negativo. POLÍTICA ECONÔMICA

EXPECTATIVAS PARA 2010

A política econômica contribuiu positivamente para os bons resultados através do comprometimento do governo com as políticas cambial, de comércio exterior e de acesso ao crédito.

A redução do IPI não beneficiou nosso negócio diretamente, mas acreditamos que a medida foi excelente, pois, além de baratear algumas linhas de produtos, foi utilizada pelo governo como grande ação de marketing. Incentivou os consumidores para a compra de um eletrodoméstico novo.

Promete ser um ano de grandes investimentos e conquistas. Planejamos triplicar nossa linha, oferecer itens de qualidade a todas as classes sociais, para democratizar a utilização de produtos a vapor e estar presentes nos principais varejistas das capitais do Brasil. Nossa meta de vendas e de faturamento é arrojada. Em 2010, o planejamento inclui o lançamento de uma linha de aspiradores de pó com nova tecnologia de filtragem de partículas. Também estamos investindo em pesquisa e no desenvolvimento de uma linha de limpeza e higienização através de raios UV (ultravioleta) e de outra com produtos que funcionam através de energia solar.

PRODUTOS / SUSTENTABILIDADE

LANÇAMENTOS

Em 2009, em razão das incertezas da economia local e também global, lançamos dois produtos, que tiveram excelente aceitação do mercado. Para 2010, triplicaremos o número de lançamentos. Todos os nossos produtos foram e continuam sendo desenvolvidos com os mais exigentes conceitos de sus-

No primeiro trimestre de 2010, lançaremos o vaporizador SteamFast SF-407, o higienizador SteamFast SF-260, o vaporizador compacto SteamFast SF-435, a prancha a vapor SteamMax SM-100 e o aspirador de pó com sistema de filtragem exclusivo SteamMax SM-200.

REDUÇÃO DO IPI

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INDÚSTRIA

LG O início de 2009 não foi fácil, mas, ao longo do ano, a empresa lançou mais de 120 produtos, entrou nos segmentos de blu-ray e netbooks e teve resultado próximo ao de 2008. A entrevista é de Eduardo Toni, diretor de marketing da LG Electronics Brasil. BALANÇO DE 2009 O ano começou bastante difícil, com temores e incertezas em todos os níveis devido à crise mundial, que foi bem forte lá fora, mas afetou muito pouco o Brasil. Mostrou que tanto o país quanto a economia, com as empresas e as indústrias que a sustentam, são robustas e estavam preparadas para enfrentar o desafio. O Brasil terminou o ano mais reconhecido internacionalmente e a economia saiu fortalecida, assim como as indústrias que fazem parte dela. COMPORTAMENTO DA EMPRESA Tivemos quatro meses de muita cautela, mas, em abril, retomamos a performance usual desde que chegamos ao Brasil. Nosso objetivo, desde então, foi o de obter o mesmo resultado registrado até outubro de 2008, ano de melhor performance da empresa no país, ou pouco maior. O faturamento da subsidiária brasileira da LG ficou dentro dos objetivos. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO A forma e a rapidez com que o Brasil superou a crise, consolidando a imagem de país forte, de economia sólida e bem estruturada. Para a LG, o mais positivo foi ter conseguido virar o jogo, apesar das dificuldades nos primeiros quatro meses do ano.

de blu-ray players no segmento de áudio e vídeo – o BD370 e o BD350 –, o primeiro direcionado aos usuários que procuram sofisticação e recursos tecnológicos extras embutidos no aparelho, e o segundo aos que buscam tocadores exclusivamente para a reprodução de imagens em alta resolução e que lhes permitam usufruir o máximo da qualidade dos televisores full HD. Como produtos sustentáveis, destaco as TVs de tela fina com a tecnologia Intelligent Sensor, que reduz o consumo de energia em cerca de 69,5%, as lavadoras e secadoras de roupas que economizam até 40% de energia elétrica e cerca de 50% de água e o refrigerador Top Mount, que utiliza lâmpadas de Led em alguns compartimentos. Também lançamos, dentro da nova linha de TV Live BorderlessTM, modelos com telas LCD Led. NOVOS SEGMENTOS Entramos no segmento de blu-ray e netbooks, e lançamos o portaretrato digital.

O QUE FOI NEGATIVO A crise mundial, que no Brasil foi mais psicológica do que propriamente palpável. Isso levou o mercado a retrair-se e a desacelerar a produção, o que levou ao desabastecimento de alguns setores no último trimestre.

EXPORTAÇÕES

REDUÇÃO DO IPI

EXPECTATIVAS PARA 2010

Deveria ser estendida a todos os eletroeletrônicos, como os da linha marrom (TVs, áudio e vídeo) e celulares. Aqueceria as vendas e permitiria ao consumidor trocar seus aparelhos por modelos com mais recursos em um ano de Copa do Mundo.

São muito positivas, pois a realização da Copa do Mundo elevará as vendas de televisores. Continuaremos a investir e a desenvolver produtos revolucionários para manter a liderança de mercado. Desde a chegada da LG ao Brasil, há 13 anos, somamos investimentos de mais de US$ 1 bilhão no país.

PRODUTOS / SUSTENTABILIDADE

LANÇAMENTOS

Lançamos mais de 120 produtos, a maioria com foco na classe A, segmento que no Brasil é maior do que em muitos países e que é aficionado por tecnologia. Ao combinar esta com design elaborado, a LG posiciona sua marca como Premium, mas atende as necessidades de diferentes perfis. Atualmente, tem dois modelos

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A produção é voltada quase que exclusivamente para atender a demanda interna.

Serão diversos produtos em todos os nossos segmentos de atuação, além de equipamentos voltados exclusivamente ao mercado corporativo. Os lançamentos começaram em janeiro e irão até o fim do ano.

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Libell A empresa lançou, em 2009, sua linha de eletrônicos, que não utiliza gás refrigerante ou óleo lubrificante. O ano trouxe resultados muito bons, entre eles o fortalecimento da marca nos pontos de venda. A entrevista é de Emerson Bellotti, diretor executivo comercial da Libell. BALANÇO DE 2009 O ano passado foi grandioso para a Libell. Tivemos o lançamento de três produtos que agradaram os consumidores e alcançaram sucesso nas vendas. Foi mais um ano que fortalecemos a marca Libell no ponto de venda através da qualidade, das vantagens e dos diferenciais que nossos produtos oferecem. COMPORTAMENTO DA EMPRESA Superamos nossas expectativas. Em 2009, consolidamo-nos, mais uma vez, com nossa linha de produtos. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO O sucesso dos nossos lançamentos, a ampliação de novos produtos no mercado (linha branca) e os projetos concluídos motivaramnos para 2010. O QUE FOI NEGATIVO Nenhum fator negativo foi tão representativo para nós. Mesmo assim, alguns pontos que afetaram a economia nacional foram sensíveis aos nossos clientes, e isso, é claro, tem de ser levado em consideração, como a crise mundial.

sim, contribuímos com o meio ambiente. Também substituímos o isopor (EPS) das nossas embalagens, estamos utilizando somente o papelão, que é reciclável.

POLÍTICA ECONÔMICA

NOVOS SEGMENTOS

O incentivo do governo em relação ao IPI contribuiu para os bons resultados de 2009, principalmente no segundo semestre do ano.

Estamos atuantes no segmento de linha branca com o projeto de lavadoras concluído e novos estão em andamento para este ano.

REDUÇÃO DO IPI

EXPECTATIVAS PARA 2010

A redução do IPI alavancou as vendas, incentivando-nos ao investimento. A medida deveria sim ser estendida para outros itens, beneficiando vários segmentos. PRODUTOS / SUSTENTABILIDADE Foram lançados três produtos. O purificador de água AcquaFlex eletrônico, o bebedouro Stilo eletrônico e a lavadora tanquinho Premium. O número foi igual ao de 2008, com expansão para o segmento de lavadoras. Com design moderno, qualidade e suporte técnico ao consumidor, nossos produtos atendem a todas as classes sociais. A linha de eletrônicos, lançada em 2009, não utiliza nenhum tipo de gás refrigerante ou óleo lubrificante e, as-

As expectativas são as melhores. Ao longo dos últimos 13 anos, só crescemos e aumentamos nosso investimento. Planejamos a ampliação da área fabril e também a execução de alguns projetos para novos segmentos dentro da linha branca. LANÇAMENTOS Dentro do nosso segmento de foco, a linha branca, pretendemos atingir a mesma meta dos anos anteriores, com o lançamento de mais três produtos, sempre preservando a qualidade, a assistência ao consumidor e a modernidade que a família de produtos Libell dispõe para o mercado.

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INDÚSTRIA

Mac-Len A empresa apresentou novidades no ano passado e considera os resultados positivos, tanto que corresponderam às expectativas. Em sua visão, 2010 será um ano de crescimento mundial. A entrevista é de José Carlos Domingues Lens, presidente da Mac-Len. BALANÇO DE 2009 Foi um ano de muitas reflexões. Com a crise, esperamos que as primeiras consequências caíssem sobre as áreas de eletrodomésticos, no entanto, mais uma vez, o mercado deu-nos provas de que está amadurecendo. Por isso, 2009 acabou como um ano marcante e com resultado positivo. COMPORTAMENTO DA EMPRESA Os resultados foram obtidos gradativamente. As reformas no sistema financeiro devem continuar para que se evitem crises similares no futuro e nenhuma surpresa desagradável possa surgir. Em suma, 2010 será um ano de crescimento mundial. Ao considerar a conjuntura econômica, dizemos que o resultado correspondeu às expectativas. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO O resultado foi positivo, com boa performance de vendas e declínio da inadimplência. O resultado foi atrelado às baixas taxas de juros praticadas por nossa área de crédito, que impulsionou a demanda por pagamentos com maior prazo ao consumidor. O QUE FOI NEGATIVO As taxas altas de juros. A redução de 1 ponto percentual tem um efeito fundamental no mercado de varejo. POLÍTICA ECONÔMICA É importante ressaltar que os empresários, ao saberem que os juros iriam baixar, ficaram mais motivados para investir no seu negócio e a consequência foi o aumento da produção, com a geração de mais empregos, o que foi muito positivo para nosso mercado interno de varejo. Esses aspectos envolveram a capacidade de enfrentamento da turbulência econômica mundial. PRODUTOS / SUSTENTABILIDADE Apresentamos várias novidades nas linhas industrial e semiindustrial, mas os maiores destaques foram o vaporizador de roupas semi-industrial, modelo W-12436-N, que foi inserido em grandes magazines, e o doméstico ( W-12430). Ambos passam e higienizam roupas através do jato de vapor em alta velocidade, eliminando rugas, amassados e ácaros. Temos

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grande preocupação com a qualidade e a tecnologia dos produtos, por isso procuramos atualizar-nos durante todo o ano. Através da inovação tecnológica, buscamos a sustentabilidade ambiental, social e econômica para sermos competitivos nos mercados em que atuamos e, assim, oferecer melhor qualidade de vida à população. Estamos, desde 2009, investindo no segmento de máquinas de costura domésticas, fato que nos obriga a adotar uma postura agressiva no que se refere à qualidade dos produtos. EXPECTATIVAS PARA 2010 Investir sem garantia de que a demanda crescerá é muito arriscado. Mas há planejamento para 2010, investimentos serão feitos e ampliaremos a linha de novos produtos, acreditando que a demanda se recupere de forma sustentada. Ao avaliar a evolução das exportações e importações brasileiras no período seguinte à crise, percebe-se que a abertura da economia tem prestado incontáveis serviços às empresas e aos consumidores.

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INDÚSTRIA

Mallory Os resultados do segundo semestre de 2009 foram muito bons, superando as expectativas da empresa. Para este ano, com o arrefecimento da crise no exterior e o aquecimento do mercado doméstico, a empresa investe e se prepara para resultados excelentes. A entrevista é de Angel Riudalbas, presidente da Mallory.

BALANÇO DE 2009 O ano foi bom, mesmo se levarmos em consideração a impacto provocado pela crise econômica internacional. COMPORTAMENTO DA EMPRESA O resultado de 2009 não superou a expectativa, apesar do excelente resultado no segundo semestre, devido à crise no primeiro. Felizmente, conseguimos recuperar 100% nos últimos seis meses, portanto estamos otimistas e nosso balanço é positivo. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO Certamente, o aspecto positivo foi a retomada de negócios no segundo semestre. O QUE FOI NEGATIVO O impacto que a crise nos causou no primeiro semestre. POLÍTICA ECONÔMICA A política econômica não nos ajudou muito, pois as medidas que permitiram a redução de impostos beneficiaram a linha branca. REDUÇÃO DO IPI Não sentimos esse benefício, uma vez que os produtos eletroportáteis não foram beneficiados pelo incentivo. PRODUTOS / SUSTENTABILIDADE

EXPECTATIVAS PARA 2010

Em 2009, demos continuidade ao nosso plano de apresentar inovações e novidades em produtos para o consumidor. Por isso, investimos na fábrica e lançamos a linha de cooktops. Também fizemos alterações em alguns de nossos produtos com o objetivo de melhorar seu desempenho.

Estamos com ótimas perspectivas para este ano. A crise mundial está em processo de arrefecimento, o mercado interno está muito aquecido, e estamos preparados para grande crescimento.

EXPORTAÇÕES

Como sempre, nossa estratégia será a de trazer para o consumidor brasileiro as principais novidades do mercado internacional, bem como melhorar a eficiência dos produtos atualmente fabricados pela empresa.

Tivemos pequeno crescimento em nossa exportação, devido à crise no exterior.

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LANÇAMENTOS

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Maxprint Os bons resultados marcaram o ano da empresa, que fez lançamentos e investiu em campanha na mídia. Para 2010, planeja apresentar maior número de itens, com destaque para os acessórios de informática. A entrevista é de Adelaide Anzolin, diretora comercial da Maxprint. BALANÇO DE 2009 Para a marca e para os produtos Maxprint, 2009 foi um ano de grandes conquistas e excelentes resultados. COMPORTAMENTO DA EMPRESA Num momento em que a maioria das empresas se retraiu, fomos extremamente arrojados e mantivemos nosso plano, lançando 170 produtos e investindo acima de R$ 6 milhões em ampla campanha de mídia para o posicionamento da marca e a superação das metas planejadas. NOVOS SEGMENTOS

FATORES MAIS POSITIVOS Além da grande visibilidade da marca através da campanha Gente Inteligente, que intensificou nossa presença nos pontos de venda, na mídia e na cabeça do consumidor, atingimos as metas planejadas, crescendo 25% e diversificando nosso portfólio de produtos. POLÍTICA ECONÔMICA O país estava bem preparado economicamente para a crise, e os impactos na economia não atingiram o mercado de bens não duráveis nem afetaram o crescimento da empresa. Pelo contrário, mantivemo-nos sólidos em todos os planos, nos lançamentos de produtos e nas campanhas de marketing. MP DO BEM

Estamos preparando muitas novidades para a linha de games. O setor de jogos eletrônicos está aquecido e seu público está sempre antenado às novidades. Comercialmente, estamos intensificando nossa marca em canais de e-commerce, atuando com grandes empresas como: Magazine Luiza, Ricardo Eletro, Submarino, Gimba, Extra.com, Fnac, Wall-Mart etc. Em 2010, pretendemos ampliar nossa presença on-line. TRABALHO COM AS DISTRIBUIDORAS A Maxprint atua em todo o território nacional com mais de 6 mil revendas divididas entre atacadistas, revendas especializadas, ecommerce e grandes lojas de varejo. EXPECTATIVAS PARA 2010

Sem dúvida, a MP do Bem é uma das grandes responsáveis pelo aumento da venda de computadores no país, nos últimos três anos. Pesquisas da IDC Brasil apontam que as vendas de notebooks, desktops e netbooks para uso doméstico devem crescer 12% em 2010, atingindo cerca de 12,7 milhões de unidades. Estas, serão vendidas para a classe C, principalmente, que reforça seu poder de compra e tem o apoio do governo para a acessibilidade através da banda larga. Diante desse cenário, nosso planejamento contempla novos itens de periféricos para desktops, notebooks e netbooks. Serão mais de 150 novos produtos com design diferenciado, moderno, fáceis de carregar e que agregam valor ao dia a dia no trabalho, nas horas de lazer ou nos estudos. PRODUTOS LANÇADOS Lançamos 170 itens, entre acessórios de informática, cartuchos de tinta e de toner, entre outros. O portfólio da empresa tem 1.100 itens.

Este ano será marcado pelo otimismo na economia brasileira e, em especial, no setor de varejo. Conforme o IDC Brasil, estima-se avanço de 14,8% para o segmento de equipamentos, materiais de escritório e papelarias. De olho nessas projeções, será um ano de grandes oportunidades. Apostamos no crescimento de 30% em função de avanços em novos mercados, na ampliação das linhas de produtos, nos investimentos em marketing e no reforço da nossa presença on-line. LANÇAMENTOS Planejamos lançar 180 produtos este ano. A linha de acessórios de informática será destaque, com aproximadamente 80% dos lançamentos. Para completar, teremos novos modelos de cartucho de tinta e toner e produtos voltados para a linha de armazenamento de dados.

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INDÚSTRIA

Midea Em 2009, devido à crise, a empresa ajustou custos e estrutura interna. Lançou produtos e atingiu seus objetivos no segundo semestre. Para 2010, prepara o lançamento de produtos para a casa e a cozinha. A entrevista é de Natanael Santos de Souza, presidente da Midea do Brasil. BALANÇO DE 2009 Foi um ano de recuperação no primeiro semestre e de crescimento no segundo. COMPORTAMENTO DA EMPRESA Diante das dificuldades enfrentadas, nosso comportamento foi de ajuste dos custos e da estrutura interna. O resultado do primeiro semestre foi aquém do que esperávamos, mas, no segundo, recuperamos todo o ano que passou. Atingimos o esperado em um semestre. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO A estabilidade do dólar e o crescimento do mercado de ar-condicionado. A junção dos dois fatores, o mercado crescente de nosso principal produto, aliado à estabilização da moeda, contribuíram para o crescimento da Midea em 2009.

O alto custo dos produtos e a elevação do dólar no primeiro semestre do ano.

enquanto em 2009, além dos condicionadores de ar, lançamos portáteis. Grande parte dos produtos possui diferentes modelos, tecnologias próprias e características similares para atender clientes de todas as classes sociais. Em 2009, a Midea lançou três produtos da linha split: o Eco-Inverter, voltado para a classe A, que utiliza para seu funcionamento o gás R-410ª, do tipo ecológico, que não agride a camada de ozônio, e EER A; o Vertu, para a classe A e EER B; e o split Estilo, para a classe C e EER C.

POLÍTICA ECONÔMICA

NOVOS SEGMENTOS

Acredito que a política econômica tenha contribuído e muito, principalmente no que diz respeito às decisões tomadas pelo governo brasileiro para o aquecimento da economia. O incentivo ao consumo fez com que a Midea alavancasse as vendas no segundo semestre de 2009.

Na última edição da Febrava, lançamos climatizadores e aparelhos de ar-condicionado portáteis, que estão alcançando excelentes resultados.

O QUE FOI NEGATIVO

REDUÇÃO DO IPI A redução do IPI da linha branca não nos beneficiou diretamente, mas, indiretamente, com o aumento ou a manutenção do consumo dos produtos de linha branca. Isso, decerto, contribuiu para aumento de consumo de toda a cadeia. Claro que gostaríamos que produtos como condicionador de ar, carro-chefe da Midea, estivessem inclusos nesse pacote. PRODUTOS / SUSTENTABILIDADE Em 2009, lançamos mais produtos do que no ano anterior. A linha de condicionadores de ar praticamente manteve-se. Em 2008, o foco foi a linha Small Appliance, com eletrodomésticos como coifas, cooktops, adega, aquecedores de água a gás e frigobar,

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EXPECTATIVAS PARA 2010 Este ano já está sendo de excelentes resultados. Quem fez a lição de casa em 2009, com a redução de custos e a adequação das suas estruturas, está preparado-se para o crescimento neste ano. Todos os cenários são positivos e esperamos que os projetos se concretizem. Hoje, não há grandes gargalos ou surpresas que poderiam tirar a economia dos trilhos. Nossa empresa está preparada para o crescimento e a consolidação do mercado de ar-condicionado neste ano. Pretendemos ampliar ainda mais a grande fatia que atingimos no ano passado. LANÇAMENTOS Este ano, a Midea prepara o lançamento de produtos para a casa e a cozinha, mais voltados para a linha de eletrodomésticos.

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Mondial A empresa teve vários pontos favoráveis em 2009, entre eles sua rápida e crescente consolidação no mercado e o aumento de 33% no mix de produtos. Para este ano, planeja o lançamento de 32 produtos. A entrevista é de Giovanni Marins Cardoso, diretor comercial e de marketing da Mondial.

BALANÇO DE 2009 Foi mais um ano extremamente positivo para a Mondial. Superamos as metas traçadas para 2009. COMPORTAMENTO DA EMPRESA O resultado final ultrapassou todas as expectativas. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO A rápida e crescente consolidação da Mondial no mercado, a ampliação da distribuição e das linhas, a agilidade mercadológica e os resultados consistentes. O QUE FOI NEGATIVO A elevação dos custos gerais de fabricação. POLÍTICA ECONÔMICA A manutenção da política macroeconômica, com a redução de imposto e o controle da inflação, a queda da taxa de juros e a valorização do real perante o dólar contribuíram para alcançarmos os resultados. REDUÇÃO DO IPI A linha de eletroportáteis não foi contemplada pela redução do IPI. Se fosse, as vendas seriam maiores e, também, supridas as necessidades dos consumidores. A redução da carga tributária brasileira, se bem planejada, poderia, até mesmo, elevar a arrecadação e o nível de oferta de empregos. PRODUTOS / SUSTENTABILIDADE Dentro de nossa estratégia de expansão, entramos em novos segmentos e aumentamos em 33% o mix de produtos. Melhoramos ainda mais a performance dos produtos motorizados, com novas tecnologias como permawick e o fortalecimento dos fluxos magnéticos nos motores síncronos. Criamos o Programa de Sustentabilidade Mondial (PSM), com conceitos trabalhados com os colaboradores e várias ações, como reduzir o tamanho das embalagens de ventilação para diminuir o consumo de papelão em 74% e, consequentemente, o desmatamento; desenvolver produtos mais eficientes para menor consumo de energia elétrica (somente ventilação); reduzir o consumo de

energia elétrica através da aquisição de equipamentos mais modernos e eficientes na fábrica; incentivar o correto descarte do lixo com a implementação de lixeiras separadas por tipo de material, em diversos pontos da fábrica; e encaminhar aos centros de reciclagem papelão, isopor, plástico e metal. As próximas ações serão: desenvolver fornecedores que já trabalham com o conceito de sustentabilidade; produtos ecologicamente corretos, feitos com materiais não agressivos ao meio ambiente; reaproveitamento de todo o sistema de água; gerenciamento de resíduos industriais; e atividades de educação ambiental para os colaboradores e a comunidade no entorno do parque fabril da Mondial. NOVOS SEGMENTOS Desenvolvemos novo segmento, o de conjuntos especiais, para atender os que querem renovar e decorar a cozinha, a casa ou presentear em datas especiais. . EXPORTAÇÕES Exportamos para a Venezuela, a Bolívia e o Paraguai, mas o foco, em 2009, foi atender o mercado nacional. EXPECTATIVAS PARA 2010 Acreditamos muito no crescimento do mercado, principalmente devido à dinâmica demográfica do Brasil nas próximas décadas, com mais adultos em idade produtiva – e maior poder de consumo –, além da migração de classes sociais e na melhor distribuição de renda através do aumento do emprego, do salário mínimo e dos pacotes de ajuda como Bolsa família. Estamos muito confiantes para fortalecer cada vez mais a consolidação de nossos produtos. LANÇAMENTOS Em 2010, entraremos em dois novos e importantes segmentos e lançaremos 32 produtos, 18 deles ainda no primeiro semestre.

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INDÚSTRIA

Mtek A empresa, ao contrário de muitas outras, viveu um primeiro semestre aquecido. Ao longo do ano, lançou 17 produtos, sendo três mouses, três caixas de som, dez acessórios e uma fonte para desktop. Para este ano, prevê crescimento de, pelo menos, 20%. A entrevista é de Mauro Fujisawa, gerente de marketing da Mtek. BALANÇO DE 2009 Apesar do mundo ter iniciado o ano mergulhado na crise, vivemos momentos distintos, com o primeiro semestre bem aquecido, e o seguinte, um pouco morno. Isso se explica pelo mercado extremamente retraído no fim de 2008, quando várias empresas cancelaram produção e importação. Quando o mercado reagiu no fim do Q1, estávamos preparados para a demanda. A crise serviu também como uma peneira no mercado, filtrando aqueles que já não apresentavam boa saúde financeira. COMPORTAMENTO DA EMPRESA O resultado global final da empresa correspondeu às expectativas. Tivemos crescimento de 31% no faturamento em relação a 2008. Um dos fatores positivos foi nosso grande estoque local, que permitiu a reação imediata com o mercado. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO Crescimento na linha de produtos, fora das já consagradas no mercado, e estoque local. POLÍTICA ECONÔMICA A rápida recuperação e a pouca intensidade e duração com que a crise atingiu o mercado nacional em relação ao cenário global foi, certamente, definida pela política econômica e ajudou em nossos resultados. MP DO BEM

Trabalhamos com 12 distribuidoras: Alcateia, Gralha Azul, Handytech, Houter, InfoCWB, Kadri, Mazer, Move, Pauta, SET, SND e XConnect. EXPECTATIVAS PARA 2010

Indiretamente, a MP do Bem foi muito importante para a empresa, pois atuamos fortemente no mercado de OEM para os grandes fabricantes de computadores. PRODUTOS / SUSTENTABILIDADE Foram lançados ao longo do ano 17 produtos, sendo três mouses, três caixas de som, dez acessórios e uma fonte para desktop. A maioria de nossa linha possui certificação RoHS, além do conceito de durabilidade na fabricação dos produtos. Isso faz com que estes tenham vida útil de duas a três vezes maior do que nossos concorrentes diretos, diminuindo consideravelmente o impacto ambiental em seu descarte.

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TRABALHO COM AS DISTRIBUIDORAS

As expectativas são as melhores possíveis. Planejamos crescimento de pelo menos 20% para 2010 e aumento de capilaridade com a abertura de novos distribuidores em regiões sem atuação. Realizaremos, também, um trabalho intensivo para atingir o varejo. LANÇAMENTOS Neste ano, faremos muitos lançamentos de acessórios para notebook e netbook concentrados no primeiro semestre para usuários das classes B e C, além de ampliar nossa linha de teclados e mouses.

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INDÚSTRIA

Mueller A empresa operou com alguma ociosidade no início do ano passado, mas soube responder rápido aos novos patamares de produção e à demanda exigidos a partir do segundo trimestre, e seu faturamento superou em mais de 30% o de 2008. A entrevista é de Adalberto Roeder, diretor presidente da Mueller. BALANÇO DE 2009 Apesar de dificuldades no primeiro trimestre, reflexo da crise global de 2008, o ano foi de muito sucesso para a Mueller, que superou todas as metas estabelecidas. COMPORTAMENTO DA EMPRESA No início do ano, operamos com alguma ociosidade, mas soubemos responder com tranquilidade aos novos patamares de produção e à demanda ocorridos a partir do segundo trimestre. Nosso faturamento superou em mais de 30% o número obtido em 2008. abrangendo não apenas os produtos beneficiados com a redução temporária, mas uma gama mais ampla e em caráter definitivo.

ASPECTOS POSITIVOS DO ANO Sem dúvida, os incentivos dados pelo governo na área tributária, principalmente para os automóveis, contribuíram muito para alavancar o mercado de bens de consumo em todo o país, compensando a queda nas exportações. A situação do comércio global tem gerado superoferta de produtos no mercado internacional, permitindo ao setor a importação de matérias-primas a preços altamente competitivos. Isso tem contribuído para a estabilidade de preços e resultados do segmento. O QUE FOI NEGATIVO O fraco desempenho das exportações, resultado ainda da crise financeira mundial, o aumento do índice de inadimplência, a concorrência com produtos importados e a supervalorização da moeda nacional. POLÍTICA ECONÔMICA

Fizemos muitos e importantes lançamentos. Na unidade de lavadoras, apresentamos ao mercado a Línea e a Class, ambas automáticas. Em fogões, lançamos o forno elétrico Sonetto Inox, uma linha de cooktops e uma de fogões de cinco bocas. Introduzimos inovações nos processos de produção e em todos os itens levamos em consideração o conceito de sustentabilidade, o que significa menor consumo de energia e água, preservação do meio ambiente, uso de materiais não poluentes, segurança para o consumidor etc. NOVOS SEGMENTOS A empresa abriu, em março de 2009, nova unidade fabril no segmento de fios e condutores elétricos. EXPORTAÇÕES

As medidas adotadas pelo governo federal têm contribuído para enfrentar a crise mundial com relativo sucesso, gerando credibilidade e confiança necessárias para os bons resultados das empresas. Regras estáveis, crédito abundante, boas relações entre capital e trabalho e controle das finanças públicas colaboraram para esses resultados. REDUÇÃO DO IPI

Ficaram abaixo do planejado, em torno de 6%. Com a contratação de novos profissionais para a área, estamos desenvolvendo esforços para melhorar esse perfil. EXPECTATIVAS PARA 2010 São otimistas, tanto no mercado interno, quanto na exportação. Prevemos incremento médio de 15% no volume de negócios.

A taxação do IPI de um produto tem como fator preponderante sua essencialidade. Quanto mais útil e necessária sua utilização, menor a taxação. Mas a tabela que estabelece essa taxação foi elaborada há mais de 20 anos, tanto que a máquina de lavar, antes considerada artigo de luxo, hoje é essencial em qualquer lar. É necessária a revisão da tabela de IPI e sua adequação à nova realidade, 80

PRODUTOS / SUSTENTABILIDADE

LANÇAMENTOS Produtos novos e outras melhorias serão desenvolvidos durante este ano e princípio do seguinte. Em fevereiro de 2011, faremos lançamentos na feira Movelpar, em Arapongas, no Paraná.

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Neotronics O trabalho de planejamento de longo prazo com parceiros nacionais e internacionais levou a empresa a obter bons resultados em 2009. Para este ano, planeja manter a média de 10 a 15 novos produtos para o mercado. A entrevista é de Rafael Alberto Born, CEO da Neotronics. BALANÇO DE 2009 Foi um ano positivo para a empresa. Nossa participação na Eletrolar Show foi um sucesso, as vendas aumentaram bastante, conseguimos criar alta demanda com nossos consumidores finais, ganhamos novos clientes e redes convidaram-nos para formar parceria. Tudo isso é fruto do trabalho sólido que estamos desenvolvendo ao longo dos anos. COMPORTAMENTO DA EMPRESA Foi muito bom. Os resultados foram exatamente os esperados e planejados. Na verdade, fizemos um planejamento de longo prazo e muito bem estruturado, com parceiros internacionais e nacionais. O ano foi muito positivo e chegamos ao desejado no nosso faturamento. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO Entendemos que para uma empresa relativamente nova no mercado, como a nossa, crescer em meio à gigantesca crise mundial fez com que toda a equipe, que trabalhou mais do que nunca em 2009, ficasse muito feliz. Acreditamos que o ano foi muito positivo. Captamos novos clientes no mercado e trabalhamos com quase todas as redes varejistas do país. O QUE FOI NEGATIVO

daria, e muito, a combater a pirataria. Por que IPI de 40% para itens que não são produzidos aqui? Se fossem produtos que tivessem dumping ou algo do gênero entenderíamos, mas, se não há concorrência, a alíquota de 40% não se justifica. PRODUTOS

A crise mundial, com empresas que economicamente não estavam preparadas para enfrentar as intempéries, o que levou a uma inadimplência mais alta do que o normal.

Lançamos em 2009 mais de dez produtos para todas as classes sociais. Todos os produtos neo passam por pesquisas, testes e avaliações de aceitação de mercado e estão tendo desempenho muito bom no país.

POLÍTICA ECONÔMICA

EXPECTATIVAS PARA 2010

A política econômica foi turbulenta para quem trabalha com importação. Com as altas e baixas do dólar, não tivemos boa estabilidade em 2009. Mas como o Brasil escolheu uma política econômica cambial para segurar os juros, o que consideramos um pouco arriscado, teremos de acostumar-nos com isso pelos próximos anos.

Muito boas. Grandes produtos serão lançados, novas parcerias estão chegando e é ano de eleições. O país tem tudo para sobressair-se. Como já foi anunciado, o crescimento do Brasil será menor apenas que o da China e o da Índia, então podemos esperar bons frutos em 2010 para os que estiverem bem posicionados no mercado e preparados economicamente.

REDUÇÃO DO IPI

LANÇAMENTOS

Com certeza, deveria estender-se para outros produtos. O IPI da nossa categoria é um dos mais altos do país. Acredito que nunca poderia ser aplicado um IPI tão alto quanto ao nosso, para não criar uma concorrência desleal. Se o governo olhasse para o contrabando que existe no país, a redução do IPI aju-

Vamos procurar manter a média de 10 a 15 produtos neste ano. Já fizemos dois lançamentos e queremos preparar-nos bem, pois de nada adianta a empresa lançar um número muito alto de produtos e passar meses sem estoque, causando ruptura com os clientes.

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LANÇAMENTOS

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KIN

Centrífuga Turbo Abella

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om avançada tecnologia, design elegante, compacta e ergonômica, a nova centrífuga Turbo Abella 15 kg, da Kin, chegou ao mercado em janeiro. A centrífuga tem 3.100 rpm, gabinete e cesto interno de aço inox, que centrifuga qualquer tipo de roupa. Conta com o exclusivo sistema de segurança TBS, trava que permite abrir a tampa apenas quando o cesto estiver totalmente parado. O produto só entra em funcionamento se a tampa estiver fechada e travada. Dispõe de alças para transporte, tampa transparente, grade protetora de roupas, pés antiderrapantes e está disponível em 110 V. >>

DYNACOM

MPTouch

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este início de ano, a Dynacom lança o MPTouch, media player com tela touch screen, sensível ao toque. Com o deslizar dos dedos é possível dar zoom nas fotos, trocá-las e controlar a lista de músicas. Reproduz áudio com qualidade MP3 (com bit rate entre 8 e 384 kbps), além dos formatos WMA, WAV e AMR; vídeos nos formatos ASF, 3GP, MP4 e AVI e grava no formato 3GP; fotos na extensão JPG; e reproduz textos em txt. Com display de 2,8”, na cor prata, tem design arrojado e bateria com autonomia duradoura – 6 horas para áudio e 3,5 para vídeo. Disponível em duas versões, com 2 GB ou 4 GB de memória interna, aceita cartão Micro SD (TF) de até 8 GB e permite ouvir o som pelos alto-falantes embutidos ou por meio de fones (inclusos). Vem com cabo USB, carregador de bateria, CD de instalação, manual simplificado e caneta retrátil para toque na tela. A garantia varia de três a seis meses para os acessórios e o aparelho, respectivamente. >>

SUONARE

Heartbeats by Lady Gaga

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empresa traz ao Brasil mais um integrante da família de fones de ouvido Monster Beats by Dr. Dre, desenvolvido em parceria com os americanos Dr. Dre (músico e produtor) e a gravadora Interscope Geffem A&M. O design, inspirado em uma joia, e cada detalhe do Heartbeats by Lady Gaga tiveram a participação da cantora Lady Gaga e refletem seu estilo fashion e o comprometimento com a qualidade da música ouvida, diz a Suonare. Os fones têm superfície brilhante, com múltiplas faces e estão disponíveis metal prata com brilhantes rosê, metal prata com brilhantes cromados, e metal preto com brilhantes pretos. Possuem cabo com design flat, exclusivo da Monster, com tecnologia TangleFree, antiembaraço e ControlTalk™, avançado sistema no cabo para o controle total das músicas e para atender chamadas de telefone sem ser preciso tirar o player do bolso, da bolsa ou da mochila. >>

BLACK & DECKER

Ceramic Plus X600

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Black & Decker apresenta o ferro a vapor desenvolvido para facilitar ao máximo a tarefa de passar roupas, o Ceramic Plux X600. O modelo possui base de cerâmica com 23 saídas de vapor na base, ajuste automático e vapor extra. Tem spray para umedecer rugas e vincos mais difíceis, duplo visor de nível de água, sistema de limpeza automática e cabo anatômico com 3 metros de comprimento, que pode ser enrolado no suporte que vem no corpo do próprio aparelho. Disponível em 127 V e 220 V, tem garantia de um ano.

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ELECTROLUX

Lavadoras de alta pressão

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empresa coloca no mercado a nova linha Facile de lavadoras de alta pressão para uso doméstico, desenvolvida e produzida no Brasil. Indicada para diversos tipos de limpeza, a linha tem dois modelos – Facile 1450 e Facile 1800. Com design ergonômico, compacto e robusto, as lavadoras atendem necessidades detectadas pelas pesquisas qualitativas do Centro Mundial de Desenvolvimento de Lavadoras de Alta Pressão da Electrolux, que revelaram que os consumidores da categoria buscam cada vez mais praticidade e querem fazer a limpeza doméstica de forma rápida e eficaz. “O uso das lavadoras de alta pressão é fundamental pela conscientização quanto à importância de reduzir o consumo de água. Elas economizam até 85% de água quando comparadas com a mangueira convencional”, explica Elias Mansur, gerente de produto. Os produtos têm regulagem de jato que permite a saída da água em formato concentrado ou em leque, e vêm com aplicador de xampu, clipe para pendurar a mangueira e exclusivo porta-acessórios. 82

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INDÚSTRIA

Positivo Informática A empresa completou cinco anos de liderança nas vendas de computadores no mercado brasileiro. Em 2009, apresentou muitas novidades e vendeu 1,778 milhão de computadores, o que representou crescimento de 10,9% sobre 2008. A entrevista é de Hélio Rotenberg, presidente da Positivo Informática. BALANÇO DE 2009 Confirmamos por mais um ano a liderança no Brasil – são mais de cinco à frente da concorrência – com participação de mercado superior à segunda e terceira colocadas no ranking nacional (segundo a IDC, 25,5% de market share no mercado oficial, nos 9M09). Em 2009, registramos vendas de 1,778 milhão de computadores, um recorde que representou crescimento de 10,9% em relação a 2008, mesmo com os impactos da crise financeira mundial no mercado de PCs durante o primeiro semestre. COMPORTAMENTO DA EMPRESA Destaco o bom desempenho no segmento varejo, cujas vendas totalizaram 1,432 milhão de unidades: representou 80,5% das vendas de computadores da Positivo Informática em 2009, graças à bem-sucedida parceria com as grandes redes em todo o Brasil, que financiam as classes B e C com vendas em parcelas que cabem no bolso do consumidor. Nossos produtos chegaram a mais de 7,8 mil pontos de venda em todas as regiões do país. Em setembro, antecipamos a linha 2010 de computadores e, com ousada estratégia, lançamos equipamentos de excelente relação custo-benefício, como os da categoria “tudo em um”, a linha Positivo Union. Investimos em configuração e design ao renovar a linha de netbooks Positivo Mobo, com o Mobo Red e o Mobo Black, além de introduzir no mercado os notebooks ultrafinos Positivo Aureum e Platinum. Em dezembro, aunciamos ao mercado a compra da marca Kennex, aquisição que complementa a estratégia bem-sucedida de vendas no varejo. POLÍTICA ECONÔMICA A indústria de informática recebeu com muita satisfação a publicação da Medida Provisória 472. A isenção do PIS e da Cofins até 2014 para os fabricantes de PCs vai viabilizar a inclusão digital no país, o que significa melhoria de qualidade de vida para muitas famílias e aumento de produtividade para inúmeras pequenas e médias empresas. Desde 1995, quando a medida foi adotada pela primeira vez, o mercado cinza caiu de 70% para 30% – isso é basicamente a diferença de preço de contrabando para o mercado legal. PRODUTOS / SUSTENTABILIDADE Em 2009, lançamos as linhas Positivo Fácil, Premium, Mobo Black, Mobo Red, Union, Aureum, Platinum e Corp, abrangendo todas as categorias de produtos: desktops, notebooks 84

e netbooks. Dentro de cada linha existem diversas configurações para atender todos os perfis de consumidor. Para se ter ideia, apenas na linha de notebooks Positivo Premium foram lançadas mais de 20 configurações. Os principais lançamentos do ano foram realizados em setembro, quando chegaram ao mercado equipamentos com o novo sistema operacional da Microsoft, o Windows 7. Dentre eles, destacam-se a linha de computadores “tudo em um” Positivo Union; a extensão de linha de netbooks com os modelos Mobo Red e Mobo Black; e as linhas de notebooks ultrafinos Aureum e Platinum. A linha PCTV cresceu com a entrada dos modelos Positivo PCTV digital, desenvolvidos para receber o sinal de TV digital e analógica. Destacamos, ainda, os notebooks com a tecnologia Magic of Film Art (Mofa), que possibilita a personalização dos notebooks da linha Premium com fotos, imagens e grafismos, além do lançamento da linha Positivo Premium série Art Fashion, com modelos exclusivos com grafismos assinados pelo artista paranaense Armando Merege. Não fizemos relançamentos, pois nosso segmento não permite – a velocidade de evolução da tecnologia é muito grande. Quanto à sustentabilidade, os objetivos e metas ambientais da Positivo Informática estão concentrados na redução da geração de resíduos e prevenção da poluição, por meio de planos de gestão ambiental (PGA). Uso de novos materiais na fabricação de computadores, aproveitamento e consumo de fontes alternativas de água e reciclagem de materiais aproveitáveis são alguns exemplos de medidas adotadas. Fazemos ações para a redução do impacto ambiental dos resíduos por meio de procedimentos específicos, como parte da interação entre os sistemas de gestão da qualidade e do meio ambiente. Todas as medidas de atenuação, análise preventiva e corretiva estão de acordo com as normas da NBR ISO 14001:2004.

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TRABALHO COM AS DISTRIBUIDORAS Trabalhamos com as distribuidoras Officer, All Nations, Local X, SND, Mazer, Alcateia e Abano. NOVOS SEGMENTOS A empresa completou cinco anos de liderança nas vendas de computadores no mercado brasileiro. Para assegurar essa posição, é necessário ter opções para todos os tipos de público. No fim de 2009, a Positivo Informática apresentou diversos lançamentos que, além de complementar os produtos para seu público atual, estenderam seu foco para outra fatia de mercado. EXPECTATIVAS PARA 2010 As perspectivas no Brasil são promissoras e temos boas sinalizações para esse otimismo: a baixa penetração nos lares, o crescimento da renda da população, o barateamento do crédito e a confiança do consumidor brasileiro – que continua colocando o PC no topo da lista de desejos para 2010 – além dos benefícios da isenção da cobrança do PIS e da Cofins para computadores de até R$ 4 mil, por meio da MP 472/2009, confirmando a inclusão digital como um dos pilares da política social no país. Não divulgamos projeções, porém, cabe mencionar que os principais institutos que acompanham o

mercado de PCs estimam crescimento de 12% a até 30% do mercado total brasileiro neste ano, em relação a 2009. Torcemos para que a economia continue forte, porque assim o mercado de informática também crescerá. LANÇAMENTOS Entramos no ano com a nova linha de produtos 2010, com tecnologia de ponta em desktops, notebooks e netbooks. Entre os desktops, há os da categoria “tudo em um”, que têm como destaque o modelo Positivo Union 2500, com tela de 21,5” e tecnologia multitouch-screen. Ao longo do ano, teremos grandes novidades voltadas aos diferentes perfis de uso.

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INDÚSTRIA

NKS Quando foi deflagrada a crise mundial, a empresa estava no meio de plano de expansão, com obras e projetos em andamento. Optou em apostar no país e acredita que a escolha foi correta. A entrevista é de Eugenio Nabuco, presidente da NKS.

BALANÇO DE 2009 Dizem que os profissionais brasileiros e as empresas do país são reconhecidos pela capacidade de adaptação em um ambiente de negócio em constante mutação, e 2009 foi um ano em que eles foram colocados à prova. No começo do ano, o futuro não parecia promissor. Analistas de diversas partes do mundo anunciavam um quadro alarmante, para dizer o mínimo: câmbio volátil, suspensão de linha de crédito para o varejo, ameaça de demissões em massa por parte de diversos setores da economia e drástica diminuição do comércio Internacional. Enfim, um cenário preocupante. COMPORTAMENTO DA EMPRESA Num ambiente como o descrito, as duas opções de uma empresa são a de continuar seu plano de investimento com a cautela que o momento exige ou simplesmente recuar. Por estarmos no meio de um projeto de expansão, com obras em andamento, a suspensão dos investimentos nos seria muito prejudicial. Acreditamos mais uma vez no Brasil e acho que fizemos a escolha certa. POLÍTICA ECONÔMICA Estamos em ano de eleições e, mesmo sendo setorial, a redução de impostos e juros mostrou a força de nosso mercado interno. Muitas vezes, políticas erradas acabam por sufocar uma demanda. REDUÇÃO DO IPI Políticas de incentivo ao consumo, como a redução de IPI da linha branca e até mesmo outras como estímulo à construção civil ou à compra de automóveis, são sempre movimentos que aumentam a confiança e colaboram para o consumo. Apesar de não termos sido diretamente beneficiados, essas ações conseguiram movimentar o mercado como um todo. Espero que esses estímulos não apenas sejam mantidos, mas sim ampliados a diversos setores de forma definitiva. Ficou claro que juros altos e carga tributária elevada são mais prejudiciais do que qualquer crise externa para um mercado consumidor do tamanho do brasileiro.

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EXPECTATIVAS PARA 2010 O segmento de portáteis reflete, com bastante acurácia, a situação econômica vigente no país. Como esses produtos não são gêneros de primeira necessidade, seu consumo depende de uma situação de tranquilidade e confiança por parte do consumidor.

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INDÚSTRIA

Prince Bike Para a empresa, 2009 foi ano de reflexão. Reorganizou métodos e processos, o que lhe permite ter boas expectativas para 2010. Tanto que prepara, até o fim de fevereiro, o lançamento de seis produtos. A entrevista é de Edson Chen, presidente da Prince Bike.

BALANÇO DE 2009 O ano passado começou extremamente ruim, mas terminou bem e, assim, felizmente, não se concretizaram as piores expectativas do mercado. COMPORTAMENTO DA EMPRESA O comportamento da Prince foi conservador, como em toda época de crise, mas foram feitos investimentos em processos e na área comercial. A empresa superou suas expectativas, levando-se em consideração que o planejamento foi conservador. O faturamento ficou 4,5% abaixo do obtido em 2008. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO A empresa aproveitou os difíceis momentos de crise para repensar, cortar despesas infladas e replanejar seu modelo de negócio. O QUE FOI NEGATIVO A quebra da cadeia produtiva. Diversos fornecedores da Prince, desde pequenas fábricas de componentes até transportadoras, passaram ou ainda estão passando por dificuldades. POLÍTICA ECONÔMICA Alguns incentivos dados para certos setores econômicos foram fundamentais para que eles mantivessem os empregos de seus colaboradores. PRODUTOS / SUSTENTABILIDADE Nenhum modelo novo foi lançado em 2009, apenas atualizamos nossa linha de bicicletas com novos conceitos e design. Destacamos que nosso produto já está dentro do conceito de sustentabilidade, pois a bicicleta tem emissão de carbono zero na sua utilização. EXPORTAÇÕES

Muito boas, estamos mais organizados, mais focados e com melhores processos. LANÇAMENTOS

Foram pequenas, devido à falta de competitividade cambial, mas realizamos algumas operações.

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EXPECTATIVAS PARA 2010

A Prince lançará seis produtos até o fim de fevereiro.

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INDÚSTRIA

Samsung Reconhecida pela inovação e por produtos sustentáveis, com seis certificados internacionais de reconhecimento, a empresa teve um ano muito positivo. A novidade foi sua entrada no mercado de computadores portáteis, com net e notebooks. A entrevista é de Seokbeom Kim, presidente da Samsung Eletrônica no Brasil. BALANÇO DE 2009 O ano foi muito especial. Mesmo com os reflexos da crise financeira mundial, a Samsung apostou no mercado brasileiro e ampliou seu portfólio. Destaque para a inserção da TV LCD com tecnologia Led e à variedade de soluções de áudio e vídeo e altíssima qualidade na reprodução de imagens graças aos sistemas de home theater e tocadores de blu-ray. A novidade do ano foi o ingresso no segmento de computadores portáteis, notes e netbooks com design e features inovadores. COMPORTAMENTO DA EMPRESA O resultado foi positivo. Aumentou a difusão da marca, hoje presente em boa parte dos lares do país. Pelos resultados globais, no quarto trimestre de 2009, a empresa superou as expectativas, o que é indicio de excelente ano em vendas e faturamento. FATORES MAIS POSITIVOS DO ANO A combinação de produtos de última geração a preços competitivos, a manutenção do poder de compra do consumidor e o crédito contribuíram para o desempenho positivo da empresa no mercado brasileiro.

monitores, drives ópticos incluindo HDs externos, monitores, net e notebooks. A empresa aposta no turuo da imagem em hig definition, como provam os tocadores de blu-ray, e em 2009 lançou três modelos e uma opção integrada de tocador em um de seus sistemas de home theater.

Contribuiu positivamente, em especial na redução do IPI e ao favorecer a produção de mais produtos pelo PPB.

Em produtos ecologicamente corretos, a Samsung é a número 1 no mundo, com seis certificados internacionais de reconhecimento e está entre as líderes no ranking do Guide to Greener Electronics, do Greenpeace, que mede o índice de desperdício na produção de equipamentos sem PVC ou BFRs (retardantes de chamas à base de bromo). É o investimento em pesquisa e desenvolvimento que permite lançar, por exemplo, os celulares Blue Earth, de plástico reciclável e movidos com energia solar, o W510, desenvolvido com o bioplástico feito de milho) e o F268, que o Greenpeace considera o mais verde do mundo, pois dispensa o PVC na estrutura e seu carregador aciona alarme quando a carga está completa. As TVs LCD com tecnologia Led reduzem em até 40% o consumo de energia e as da Série 6 não exigem cola e parafusos na montagem.

REDUÇÃO DO IPI

EXPECTATIVAS PARA 2010

Todo incentivo fiscal do governo é bem-vindo e beneficia, direta ou indiretamente, os vários segmentos da indústria nacional. A redução ou exclusão tributária favorece o acesso dos consumidores aos produtos e aumenta o poder de compra.

A empresa acredita que o ano será promissor, principalmente para o mercado de eletroeletrônicos. Espera que eventos importantes como a Copa do Mundo impulsionem as vendas e que o crédito ao consumidor se mantenha em níveis cada vez mais elevados.

PRODUTOS / SUSTENTABILIDADE

LANÇAMENTOS

O volume de lançamentos superou o de 2008. Foram mais de 200, entre TVs, sistemas de home theater, mini systems, câmeras digitais, filmadoras, tocadores de blu-ray e DVD, celulares, smart phones,

Por questões estratégicas, não divulgamos os lançamentos, mas adiantamos que o consumidor pode esperar ainda mais inovação por parte da empresa.

O QUE FOI NEGATIVO Com a crise financeira mundial, muitos fornecedores deixaram de produzir insumos, o que teve impacto no atendimento à demanda. Mas o mercado recupera-se e acreditamos que o fato não será recorrente nos próximos anos. POLÍTICA ECONÔMICA

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Singer Para a empresa, que comemorou mais 12 meses de crescimento, 2009 ficará marcado como o ano em que o brasileiro passou a ter mais confiança em si e no futuro. Como a demanda está aquecida, serão lançados cerca de 20 produtos. A entrevista é de Valter Lucio Bezerra, presidente da Singer do Brasil e vice-presidente para a América Latina. BALANÇO DE 2009 Foi um ano que começou com muitas dificuldades, devido à crise que se instaurou no mundo e atingiu o Brasil. No fim, pudemos comemorar mais 12 meses de crescimento. COMPORTAMENTO DA EMPRESA As vendas, no Brasil, igualaram-se ao que havíamos traçado no nosso plano, que era bastante ousado. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO O ano passado ficará marcado como o que o brasileiro passou a ter mais confiança em si e no futuro. O QUE FOI NEGATIVO As deficiências na educação e na infraestrutura, que estão ficando cada vez mais salientes à medida em que o país cresce. POLÍTICA ECONÔMICA Sem dúvida, a renúncia fiscal através da redução do IPI trouxe benefícios a todos do setor, e a volta do dólar baixo, que impediu o aumento de preços. REDUÇÃO DO IPI

NOVOS SEGMENTOS A Singer entrou no segmento de máquinas de corte de tecido.

Apesar de não termos em nossa linha nenhum produto da linha branca, a redução do IPI gerou muito movimento nas lojas e isso beneficiou outras categorias, até mesmo a de máquinas de costura. A carga tributária no Brasil é uma das maiores do planeta – e consumir aqui é quase um pecado. Isso também estimula a pirataria e o contrabando. Sob essa ótica, defendemos a substituição do IPI por outro imposto que alcance apenas certas categorias específicas, como carros, cigarros, bebidas alcoólicas e outros bens de luxo ou supérfluos. PRODUTOS / SUSTENTABILIDADE Em 2009, foram lançados 19 produtos, o dobro do ocorrido no ano anterior, e a maioria visava o público que utiliza nosso produto como instrumento gerador de renda. Um terço dos novos produtos foram relançamentos que incorporaram tanto um desenho novo, como características novas de funcionamento. Todo produto Singer pode ser empregado para fazer coisas novas, como para reciclar o que já existe.

EXPORTAÇÕES As exportações, lamentavelmente, ficaram abaixo do esperado, devido à desaceleração de muitos mercados no exterior e à taxa de câmbio, que voltou ao patamar anterior ao da crise. Devemos lançar outros produtos em 2010, para diminuir o impacto do câmbio e voltar a exportar com mais força. EXPECTATIVAS PARA 2010 Nossa expectativa é a de seguir crescendo. Esperamos aumentar nosso faturamento em 8% no segmento doméstico. LANÇAMENTOS Devemos aproveitar a demanda aquecida e colocar no mercado algo como 20 itens novos. Os lançamentos ocorrerão de maneira uniforme durante todo o ano.

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INDÚSTRIA

Sony Apesar da retração no primeiro trimestre, 2009 foi positivo para a empresa. Para 2010, as expectativas são boas, devido a fatores como Copa do Mundo, economia estável e lançamento de produtos com alta tecnologia. A entrevista é de Carlos Goya, gerente de Relações Externas da Sony Brasil. BALANÇO DE 2009 O ano ficou marcado por um primeiro semestre com forte retração na demanda, em função dos efeitos da crise econômica, e pela retomada gradual no segundo, graças à recuperação da confiança por parte do consumidor. De forma geral, foi positivo tendo vista a incerteza inicial. COMPORTAMENTO DA EMPRESA A Sony definiu o plano de produção e vendas de forma cautelosa, devido à crise. Manteve os lançamentos que, com a diversificação, permitiram o bom posicionamento da empresa. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO A estabilização do câmbio, que deu maior segurança ao planejamento de produção e vendas, a retomada da confiança pelo consumidor, o ambiente macroeconômico equilibrado no Brasil (em comparação com crises anteriores) e novos produtos diferenciados no mercado. O QUE FOI NEGATIVO A forte retração da demanda, no início do ano, e a instabilidade do câmbio, que prejudicou a rentabilidade. POLÍTICA ECONÔMICA Contribuiu positivamente. O bom ambiente macroeconômico brasileiro é resultado do trabalho de longos anos. Desta vez, o país pode definir ações que ajudaram o mercado a retomar a confiança. REDUÇÃO DO IPI Deveria ser estendida para outros produtos, principalmente quando não há produção de similar nacional. No caso dos eletroeletrônicos, os consoles de videogames têm IPI de 50%. Sua redução e adequação para os mesmos níveis dos demais (20%) permitiria alavancar o business de games e do software (altamente prejudicado pela pirataria e mercado informal), gerando empregos e novos negócios. Os produtos de áudio e vídeo fabricados no Polo Industrial de Manaus já gozam da isenção do IPI. Há também o incentivo do IPI para os itens de informática fabricados no país. PRODUTOS / SUSTENTABILIDADE Em sua estratégia de aceleração da alta definição no país, a Sony iniciou a produção nacional da quarta geração de blu-ray players e 92

da XBR9, TV LCD Bravia de 240 Hz. Lançou três câmeras com função panorâmica, além do party-shot, acessório que opera sozinho e capta as imagens logo que identifica um rosto ou sorriso. Trouxe ao mercado home theater com blu-ray e o primeiro MP4 com tela Oled. No fim de 2009, lançou o notebook mais fino do mundo (Vaio X) e o primeiro com TV digital One Seg (nova versão do Vaio P). O conceito de sustentabilidade da empresa é estruturado sob três pilares: socialmente justo, economicamente viável e ambientalmente correto. A Sony tem como princípio básico conduzir os negócios com seus stakeholders (partes interessadas) de modo sustentável, aplicando os preceitos contidos em sua política corporativa (Código de ética e conduta). Conta com o Green Partner, programa mundial implantado com pioneirismo em Manaus, a partir de 2002, estabelecendo parceria com seus fornecedores para garantir que todos os componentes e matérias-primas utilizados nos produtos sejam inofensivos ao meio ambiente. Outra iniciativa, a soldagem livre de chumbo, eliminou este elemento da produção e do reparo dos produtos. Criou, ainda, o selo Eco Logo, aplicado em equipamentos que têm, pelo menos, três iniciativas sustentáveis em seu processo de composição e funcionamento, caso da TV Bravia XBR9 Full HD de 240 Hz. EXPORTAÇÕES O principal destino das nossas exportações sempre foi a Argentina. Mas, nos últimos anos, foram reduzidas drasticamente devido às dificuldades para a exportação por parte daquele país. EXPECTATIVAS PARA 2010 Estamos bem otimistas, em função de vários fatores: Copa do Mundo, eleições, ambiente macroeconômico estável e, principalmente, lançamento de produtos de alta tecnologia.

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SpaceBR O ano foi positivo para a empresa. Conseguiu melhor posicionamento no mercado ao fornecer mais para os clientes ativos e conquistar novas contas. Para o primeiro quadrimestre deste ano, planeja o lançamento de seu netbook. A entrevista é de Sergio Roberto, gerente de marketing da SpaceBR.

BALANÇO DE 2009 Apesar da crise que assombrou o fim de 2008 e o início de 2009, o ano foi muito bom para a empresa. COMPORTAMENTO DA EMPRESA A SpaceBR conseguiu posicionar-se melhor no mercado, fornecendo mais para os clientes ativos e conquistando novas contas. Sem dúvida, tivemos ótimo resultado. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO A retomada da economia a partir do segundo semestre. POLÍTICA ECONÔMICA Com a MP do Bem, os computadores continuaram a ser vendidos com a desoneração do PIS e da Cofins nas lojas. A medida foi fundamental para viabilizar as vendas. PRODUTOS / SUSTENTABILIDADE Nosso principal lançamento foi o PC Gamer com recurso 3D vision, dirigido aos que são aficionados em jogos. Nossos produtos são fabricados dentro do conceito de sustentabilidade, pois procuramos trabalhar sempre observando essa questão, que consideramos fundamental. EXPECTATIVAS PARA 2010 Aumentar nossa carteira de clientes e parceiros, através da contratação de novos vendedores. LANÇAMENTOS Em princípio, lançaremos nosso netbook no primeiro quadrimestre deste ano.

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Springer O calor, no segundo semestre de 2009, colaborou com o segmento de ar-condicionado, principalmente em aparelhos residenciais e para os resultados da empresa. Um dos pontos importantes do ano passado foi a entrada de seus modelos piso e teto no programa de etiquetagem. A entrevista é de Sidney Ichi, diretor de marketing da Springer Carrier. BALANÇO DE 2009 O ano passado foi bom para o segmento de ar-condicionado. O mercado, como um todo, cresceu 5% em volume mesmo com a crise mundial. O calor no último trimestre ajudou muito a reverter o resultado que até então apresentava crescimento negativo. COMPORTAMENTO A EMPRESA Os resultados da empresa ficaram alinhados com o crescimento do mercado, atendendo as expectativas iniciais. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO O calor no segundo semestre, devido ao El Niño, ajudou muito, principalmente no segmento residencial. Outro ponto importante foi a entrada dos modelos piso e teto no programa de etiquetagem (Procel), em julho de 2009. POLÍTICA ECONÔMICA No segmento de ar-condicionado não houve benefício fiscal para incentivo do consumo, somente para alguns equipamentos comerciais de alta capacidade. REDUÇÃO DO IPI Os aparelhos residenciais já contam com o benefício da redução de IPI quando produzidos em Manaus. PRODUTOS / SUSTENTABILIDADE Foram cerca de dez lançamentos, entre residencial e comercial. No residencial, temos muito foco no desenvolvimento de soluções com benefícios superiores ao restante da indústria, com novos conceitos, como a minicondensadora 38K ou o aparelho de janela Springer Duo. Fizemos vários movimentos de reestudo e mudança nas linhas existentes ou relançamentos. Atingimos gama maior de produtos que utilizam novas versões de nossa minicondensadora 38K, desde novos splits hi-wall até as linhas de piso-teto e splits residenciais dutados, por exemplo. Tivemos também linha nova de aparelhos do tipo piso-teto que, em alguns casos, fomos os primeiros a atingir a eficiência necessária para o selo Procel na categoria.

A Springer Carrier atua dentro do conceito de sustentabilidade. Somos a empresa com o maior número de equipamentos de ar-condicionado no mercado com o selo Procel do Programa Brasileiro de Etiquetagem, em todas as categorias. Em diversas, temos os produtos mais econômicos, chegando a mais de 35% de diferença em relação a outros com o selo Procel. E, em algumas linhas, adotamos refrigerantes ecológicos. EXPECTATIVAS PARA 2010 Acreditamos que o mercado deverá continuar crescendo em 2010, influenciado pelo calor no segmento residencial e pela retomada dos investimentos no comercial. LANÇAMENTOS No momento, temos em torno de 15 projetos, divididos entre produtos residenciais, que serão lançados ao longo do ano.

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Suggar O resultado do ano correspondeu à expectativa da empresa, que lançou produtos para todas as classes sociais. Um dos destaques foi o crescimento de sua linha de importados, que hoje soma 66 itens. A entrevista é de Lúcio Costa, presidente da Suggar Eletrodomésticos.

BALANÇO DE 2009 Um ano abençoado, no qual crescemos solidamente. Ampliamos o número de colaboradores e aumentamos bastante nosso mix com a introdução de vários novos itens. COMPORTAMENTO DA EMPRESA Nosso comportamento é otimista e “faturamos” muito em cima do crescimento do mercado e da redução do IPI. O resultado correspondeu às expectativas. Somando todas as seis empresas do grupo, sobrepujamos, pela primeira vez, R$ 500 milhões. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO O crescimento da nossa linha de importados. Hoje, são 66 itens diferenciados, de ótima qualidade e baixo custo, que se tornaram o sonho dourado de todo consumidor inteligente. O QUE FOI NEGATIVO A política de substituição tributária, burra e inconsequente. POLÍTICA ECONÔMICA Sem dúvida, contribuiu para bons resultados com o fortalecimento do poder de compra dos consumidores nordestinos e o incremento da renda salarial média da população. REDUÇÃO DO IPI

destaque, a nanotecnologia, que elimina as impurezas no processo de lavagem.

Fundamental, não só para nossa empresa, como para a economia como um todo. A medida deveria ser estendida para outros itens, pois daria maior sustentabilidade à ampliação de empregos, o maior fator da dignidade humana. PRODUTOS / SUSTENTABILIDADE

O resultado foi fraquíssimo, em função da política cambial e pelo fato de o governo tentar exportar impostos. EXPECTATIVAS PARA 2010

Lançamos, em 2009, mais produtos do que no ano anterior e para todas as classes sociais, levando em conta o custo-benefício – um produto barato pode e deve ter qualidade. Também fizemos relançamentos, incrementando os produtos com novas tecnologias e alterações no design. Dentro do conceito de sustentabilidade, destacamos a utilização de plástico reciclado em alguns modelos de lavadora e a reutilização da água. Como

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EXPORTAÇÕES

Continuidade do nosso crescimento gradativo, em bases sólidas, bem planejadas e estruturadas. LANÇAMENTOS Segredo industrial e comercial, guardado a sete chaves.

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Tecnoworld A empresa terminou 2009 financeiramente saudável. Em 2010, espera crescer de 10% a 20% com a diversificação do portfólio de produtos e a entrada no segmento de varejo. Para isso, contribuirão, também, a atuação no segmento de Pay TV, com soluções de set up Box, e a oferta de thin clients no governo em várias esferas. A entrevista é de Dante Casale, diretor executivo da Tecnoworld. BALANÇO DE 2009 A crise financeira mundial do último trimestre de 2008 teve reflexos em 2009 e todos os players do mercado de TI sofreram com as oscilações do dólar, a falta de componentes eletrônicos e a instabilidade geral da economia. Porém, a Tecnoworld remodelou-se e tomou duas decisões importantes: passou a trabalhar com vários contract manufacturing (prestadores de serviços de fabricação) e firmou alianças internacionais, iniciando sua atuação no segmento de varejo. Com a adoção dessas estratégias, concluiu o ano estável e saudável financeiramente. COMPORTAMENTO DA EMPRESA Um dos fatores importantes do período, além da entrada no segmento de varejo, foi a diversificação do portfólio de produtos com o lançamento de scanner portátil, porta-retrato digital, netbook, notebook, mini-PC e antena USP, dentre muitos outros. Mais um ponto positivo foi o aumento da qualidade dos nossos produtos corporativos, devido à diversificação de parceiros de contract manufacturing e à reestruturação dos canais de venda: distribuidores e revendas. O resultado final dessas iniciativas superou as expectativas e contribuiu para a solidez da companhia.

ner portátil, mini-PC, barebone, dois de netbook, notebook etc. Ao todo, apresentamos mais de dez novos produtos ao mercado brasileiro. Fizemos relançamentos por causa da tecnologia e do design. Os notebooks e os mini-PCs tiveram várias versões para atender às diferentes demandas e necessidades do mercado e do usuário final. O serviço de fabricação é oferecido por parceiros de contract manufacturing, que têm certificações de qualidade e sustentabilidade. TRABALHO COM AS DISTRIBUIDORAS

ASPECTOS POSITIVOS DO ANO Foram vários e, dentre os principais, destacamos a fácil e rápida aceitação pelas redes varejistas dos produtos de varejo oferecidos pela Tecnoworld. Além disso, houve a reestruturação do canal de venda corporativa, a adoção de vários parceiros de fabricação, o contínuo fornecimento de soluções no governo e no segmento de integração (fabricantes de desktops).

No mercado corporativo, a Tecnoworld possui cinco distribuidores (IngramMicro, Iotech, Mude, Genesis e Local X). Tem, também, nove integradores (Sun, CPN, ATSI, American, Empower, TeleSul, A2TI, Ubik IT Solutions e Sonda Procwork), além de várias revendas. NOVOS SEGMENTOS A empresa entrou no segmento de varejo.

POLÍTICA ECONÔMICA EXPECTATIVAS PARA 2010 Na medida em que manteve a oferta de crédito no mercado corporativo, estimulou o consumo da população com programas de incentivo e isenções/reduções fiscais, além de manter o dólar estável a partir do segundo trimestre do ano. A MP do Bem, por sua vez, é de grande importância, pois contribui sensivelmente para a redução do custo final dos produtos, o que eleva as vendas. Todas as ações do governo que promovem isenção de impostos aos fornecedores de TI têm reflexos positivos para a queda dos preços e facilitam o acesso da população às novidades tecnológicas. PRODUTOS LANÇADOS / SUSTENTABILIDADE Em 2009, lançamos quatro modelos de porta-retrato digital, scan-

São as melhores. A empresa espera crescer de 10% a 20% este ano, com a diversificação do portfólio de produtos e a entrada no varejo. Para isso, contribuirão também a atuação no segmento de Pay TV, com soluções de set up Box, e a oferta de thin clients em várias esferas do governo. LANÇAMENTOS A meta para 2010 é dobrar o número de lançamentos e atuar tanto no mercado corporativo como no varejo, para as mais diversas classes sociais. Os lançamentos estão previstos a partir do primeiro trimestre.

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Trapp Em 2009, a empresa colocou cerca de 20 produtos no mercado e, assim, superou os resultados do ano anterior. Apesar de não ter atingido as metas traçadas, registrou crescimento do faturamento em relação a 2008. A entrevista é de Sérgio de Souza, gestor comercial da Metalúrgica Trapp. BALANÇO DE 2009 Poderia ter sido pior. Contudo, o ano terminou com uma sensação diferente, surpreendendo até mesmo as mais otimistas previsões feitas em 2008. O clima de comemoração foi inevitável. COMPORTAMENTO DA EMPRESA Não podemos afirmar que os últimos doze meses foram fáceis. A maior apreensão na Trapp, como na maioria das empresas, no ano que passou, foi a incerteza ocasionada pela crise mundial. Apesar de não termos atingido as metas traçadas, houve crescimento do faturamento em relação a 2008. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO O crescimento satisfatório em 2009 fez com que a diretoria tomasse novos posicionamentos, retomando os estudos para os investimentos a serem realizados neste ano. O QUE FOI NEGATIVO A falta de transparência da economia nos primeiros seis meses de 2009. POLÍTICA ECONÔMICA

dificações no design, porém o foco principal foi no aprimoramento tecnológico, principalmente para enquadrarem-se na categoria de ecologicamente corretos. Objetivando como foco a área de compostagem, a Trapp, nos últimos cinco anos, tem desenvolvido pesquisas e, dentro deste segmento, já foram lançados produtos em várias versões. Trata-se de trituradores orgânicos, muito utilizados em condomínios residenciais horizontais. EXPORTAÇÕES

Com a adoção de nova política econômica a partir do segundo semestre, com a liberação de créditos especiais, principalmente, na construção de casas populares, o governo contribuiu muito para reaquecimento do consumo. REDUÇÃO DO IPI

Apesar de mantermos uma política de incentivo às exportações em mais de 60 países, a baixa cotação do dólar e a crise mundial provocaram pequena queda no volume de negócios internacionais no ano passado. EXPECTATIVAS PARA 2010

Com a redução, os fabricantes da linha branca colocaram no mercado, produtos com preço acessível para grande parte da população de baixa renda. A adoção da mesma medida para outros produtos, como máquinas e equipamentos para jardinagem, abriria novas perspectivas de consumo.

Os desafios ainda serão muitos, porém as perspectivas são bastante otimistas. Esperamos um ano de crescimento acentuado do PIB, aumento dos investimentos, da produção industrial, do consumo interno e das exportações.

PRODUTOS / SUSTENTABILIDADE

LANÇAMENTOS

Colocamos aproximadamente duas dezenas de novos produtos no mercado, superando os lançamentos de 2008. No segmento de jardinagem, os produtos, de forma geral, são direcionados à classe média. Alguns sofreram pequenas mo-

Diante das previsões otimistas, por certo novos produtos serão lançados no decorrer de 2010. O volume e os modelos dependerão das pesquisas de mercado que norteiam as ações da Trapp nessa área.

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Wahl Clipper Neste ano, a empresa quer fortalecer a marca no mercado. Pretende lançar dez produtos em 2010, um deles o kit masculino para cuidados pessoais, que estará no mercado ainda neste semestre. A entrevista é de Danielle Robin, gerente de marketing e vendas da Wahl Clipper. BALANÇO DE 2009 Foi de certo um bom ano e, felizmente, correspondeu às nossas expectativas. COMPORTAMENTO DA EMPRESA Tivemos forte crescimento nas vendas, apesar dos efeitos da crise mundial no início de 2009. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO Conseguimos abrir novos clientes no varejo e a valorização do dólar também foi um ponto importante para nós, que trabalhamos com produtos importados. O QUE FOI NEGATIVO No ano passado, não tivemos pontos negativos que possam ser ressaltados. POLÍTICA ECONÔMICA O ano passado começou sob expectativas nada positivas, vivíamos o auge da crise financeira mundial e esta já se projetara sobre a economia brasileira com suas influências negativas sobre a produção, o emprego e a renda. Porém, no decorrer do ano, percebemos a retomada de crescimento do consumo e a queda da inflação favoreceu a recomposição da oferta de crédito ao possibilitar a redução da taxa Selic. Isso resultou em melhores vendas para a indústria e o varejo. REDUÇÃO DO IPI Nossos produtos não estão incluídos na linha branca, mas se a medida fosse estendida para nossa categoria seria, sem dúvida, muito bom, porque diminuiria o preço dos produtos, o que resultaria, consequentemente, no aumento das vendas. PRODUTOS

clientes, contamos fortalecer a presença da nossa marca no mercado. LANÇAMENTOS

Não lançamos nenhum produto em 2009. EXPECTATIVAS PARA 2010 Em razão do lançamento de produtos e da abertura de novos

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Lançaremos em torno de dez produtos. Estimamos que nove deles serão lançados ao longo do segundo semestre. O Travel Gear, que é um kit masculino de cuidados pessoais, ideal para viagens, será lançado no primeiro semestre.

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Wanke A empresa classifica como excepcional o resultado obtido em 2009, uma vez que superou em 24% o registrado no ano anterior. A Wanke Investiu em tecnologia, em design e lançou novos produtos. Apenas nas exportações, seu desempenho foi prejudicado devido à valorização do real. Para este ano, projeta vendas 30% maiores em relação a 2009. A entrevista é de Eduardo Wanke, presidente da empresa. BALANÇO DE 2009 Foi um ano realmente excepcional. Obtivemos recorde de vendas, de faturamento e de resultado operacional. Iniciamos as operações no mercado do Nordeste, conforme nosso planejamento estratégico. Também consolidamos o projeto de mudança física da fábrica para unidade às margens da rodovia BR-470, em Indaial, Santa Catarina. O ano marcou a modernização de diversos setores da empresa, como a marcenaria, o que permitiu acentuado ganho de produtividade e maior qualidade e segurança no trabalho de nossos colaboradores.

LANÇAMENTOS / SUSTENTABILIDADE

As vendas cresceram conforme nosso planejamento estratégico. Superamos em 24% os resultados de 2008, o que consideramos excelente em razão das turbulências que o mercado enfrentou, em especial no primeiro semestre do ano, quando ainda sofríamos com os respingos da crise global iniciada nos Estados Unidos.

O ano passado foi marcado pelo investimento intenso em melhorias estruturais e de design em produtos já comercializados. Começamos, por exemplo, a vender lavadoras com 7 kg de capacidade, que era uma demanda do mercado. Nossa linha Inova Colors, de centrífugas com design diferenciado, também lançada em 2009, foi de grande sucesso, em especial no Centro-Oeste. Nossa engenharia desenvolveu novo sistema de transmissão que possibilita maior poder de lavagem, isto é, mais potente, e que reduz o consumo de energia, avanço que valeu para a Wanke melhor classificação do Inmetro nesse ponto. Acreditamos que contribuímos para a sustentabilidade quando apoiamos o desenvolvimento de produtos que consomem menos energia, como é o caso de nossas novas lavadoras.

ASPECTOS POSITIVOS DO ANO

EXPORTAÇÕES

A redução do IPI, como medida para incentivar as vendas, foi altamente positiva. Demonstrou, de forma clara, que a alta carga tributária impede o desenvolvimento pleno do país.

Tivemos uma queda sensível nas exportações, mas o mercado externo continua em nosso foco estratégico. Este ano, participaremos de uma feira internacional, na Argélia, e continuaremos a prospectar mercados na América do Sul. Além disso, vamos iniciar a importação de eletrodomésticos para aumentar nosso mix e, caso o dólar continue nos patamares atuais, avaliaremos a compra de matéria-prima fora do país para manter nossa competitividade global.

COMPORTAMENTO DA EMPRESA

O QUE FOI NEGATIVO Sem dúvida, a crise mundial que impediu uma visão clara do cenário futuro. Por isso, na Wanke, adotamos uma postura mais conservadora e, por causa disso, não crescemos muito mais. A queda do dólar também afetou severamente nossas exportações, que caíram cerca de 70% em comparação a 2008. POLÍTICA ECONÔMICA A política econômica contribuiu positivamente para o resultado em função da redução do IPI e da maior facilidade de crédito para empresas e consumidores. Para as primeiras, acesso às linhas de financiamento para investimentos e, para os segundos, ao crédito. REDUÇÃO DO IPI A redução do IPI foi parte importante de nosso ótimo desempenho. Achamos que as centrífugas deveriam ter o mesmo tratamento tributário da linha branca. 102

EXPECTATIVAS PARA 2010 Temos excelentes perspectivas. Projetamos vendas 30% maiores do que em 2009. Até o fim do ano, nossa nova fábrica já estará em operação, com grande parte das áreas já transferidas, o que nos permitirá ganho de produtividade e logística. Estamos, também, estudando a implantação de centros de distribuição fora de Santa Catarina. LANÇAMENTOS No primeiro semestre, lançaremos em todo o país nossa linha de fogões Innovate, com quatro opções – de quatro e seis bocas. No segundo semestre, apresentaremos nova lavadora e produtos que aumentarão nosso mix. Ao mesmo tempo, continuaremos aperfeiçoando os produtos já existentes sempre em linha com as demandas dos consumidores, buscando a sustentabilidade e o design diferenciado.

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Whirlpool No ano passado, lançou mais de 160 modelos de produtos na América Latina, entre eles o Brastemp Gourmand, fogão a gás com forno a vapor, o primeiro condicionador de ar do Brasil com a função de umidificar e a linha de cozinha da KitchenAid. A entrevista é de Armando Ennes do Valle Jr., diretor de relações institucionais da Whirlpool. BALANÇO DE 2009 O ano terminou com resultados recordes e crescimento de 24% sobre 2008. A recuperação das vendas, a partir de abril, foi diretamente relacionada à medida de redução de IPI, tomada em tempo pelo governo, que mudou o mercado e as previsões iniciais, pouco otimistas. O restabelecimento do crédito e o aumento do salário mínimo também contribuíram para a recuperação. COMPORTAMENTO DA EMPRESA O resultado superou as expectativas. Foi um ano de recorde de produção e vendas para a Whirlpool Latin America. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO

A iminência do cenário de crise, que felizmente foi revertida antes que se tornasse grande problema.

tancar os efeitos da crise nos primeiros meses do ano passado, foi fundamental para gerar grande parte da movimentação que o mercado precisava. A renovação da medida chegou no momento em que o mercado começava a se aquecer, devido às vendas de fim de ano, e foi um estímulo a mais para o consumidor. A vinculação da tributação à classificação energética alinhou-se entre as mais modernas políticas globais de sustentabilidade e fez uso do Programa Nacional de Etiquetagem, um dos mais bem-sucedidos e respeitados do mundo. Com o fim da medida, entendemos que será necessário discutir sobre a essencialidade de alguns itens da linha branca. A alíquota do IPI que incide sobre a lavadora é uma das mais altas, 20%, e não condiz com a questão da essencialidade, pois o produto é indispensável às famílias e contribui para a economia de água – consome seis vezes menos do que a lavagem manual. Segundo levantamento do MIP/IBGE, os eletrodomésticos têm a segunda maior carga tributária no Brasil, menor que fumo, porém maior do que a incidente sobre bebidas e perfumes. Por essa razão cabe a revisão.

POLÍTICA ECONÔMICA

PRODUTOS / SUSTENTABILIDADE

Foi fundamental para a reação de todo o mercado, com medidas de desoneração tributária e a retomada da oferta de crédito. Deu maior segurança e melhorou as condições para o consumidor.

Lançamos mais de 160 modelos na América Latina, para as várias classes sociais. Destaque para a renovação dos fogões Brastemp e linha Gourmand, que além de eletrodomésticos convencionais e de embutir (cooktop, forno elétrico e coifa), trouxe jogos de panelas, espátulas e facas. No fim do ano, apresentamos o Inverse, refrigerador preto. A KitchenAid lançou a linha completa de utensílios de cozinha e a Consul o primeiro condicionador de ar de janela, com umidificador e seu primeiro fogão de cinco bocas. A Whirlpool Corporation tem a meta de, este ano, ter 25% de sua receita gerada com a venda deste tipo de produto. Também alinhamos esteticamente todos os pro-

No fim de 2008, em meio ao cenário de crise, assumimos publicamente um compromisso com o país. Mantivemos o investimento previsto em marketing, tecnologia, pesquisa e desenvolvimento de produtos para nossas três marcas, o que nos permitiu continuar a trazer inovações como o Brastemp Gourmand, o primeiro fogão a gás com forno a vapor do mundo, o Brastemp Inverse, refrigerador com freezer embaixo e geladeira em cima, e o Consul Bem-Estar, primeiro condicionador de ar do Brasil com a função de umidificar. Conduzimos a empresa sem perder o foco nos pilares de sustentação do nosso negócio: marcas, liderança, inovação e atendimento. Em nenhum momento, reduzimos o quadro, pelo contrário, fechamos o ano com 3,5 mil contratações. O QUE FOI NEGATIVO

REDUÇÃO DO IPI A Whirlpool tem batido recordes de produção desde abril do ano passado, quando foi anunciada a medida. Os reflexos da redução do IPI foram sentidos, principalmente, nas categorias de refrigeração e lavanderia. Além de ter contribuído para es104

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>> dutos da linha Gourmand. No refrigerador, por exemplo, modificamos o puxador. A marca Consul relançou, com características mais sustentáveis, o refrigerador de duas portas Bíplex Frost Free, com classificação A em consumo de energia, gás c-pentano na espuma e isobutano no circuito de refrigeração, que ajudam a proteger a camada de ozônio. A empresa sempre se preocupou em desenvolver produtos sustentáveis. O consumo energético está sendo controlado, até mesmo no processo de produção. Terminamos o ano com 253 produtos certificados com o selo do Procel e 57 com o selo Conpet, programa de racionalização do uso de derivados de petróleo e do gás natural. NOVOS SEGMENTOS As marcas Brastemp e Kitchen Aid lançaram suas linhas de utensílios de cozinha. A primeira, dentro do conceito Gourmand, trouxe panela Wok, de aço inox, com fundo triplo e tampa de vidro, jogo de panelas de aço inox e frigideira, também com fundo triplo, jogo de cinco facas em cepo de madeira, com cabo de aço inox, três pás de silicone, pincel, pinça e batedor de ovos. A KitchenAid passou a comercializar exclusivamente em sua loja de São Paulo a linha de metal e silicone, com mais de 30 modelos, em preto e vermelho, e panelas em vermelho, de inox e aço. EXPORTAÇÕES Houve redução importante no volume em função da crise. Exportamos para países da América Latina e para mais de outros

Grupo Leadership inaugurou sua primeira loja em janeiro. “A Leadership Store nasceu da necessidade de criarmos um canal direto de relacionamento com o consumidor final. É um espaço onde ele pode conhecer e experimentar os produtos, ou seja, um ambiente de degustação. Nosso objetivo é fortalecer ainda

mais marca no mercado de tecnologia e, ao mesmo tempo, gerar demanda para as revendas parceiras”, diz Guilherme Leite, gerente comercial, responsável pela formatação e expansão do canal de varejo do grupo. A loja tem 70 m2 de área construída e fica na avenida Rio Branco, no centro do Rio de Janeiro.

CCE CHEGA ÀS ESCOLAS ESTE ANO

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s laptops do programa Um Computador por Aluno (UCA) devem chegar às escolas em fevereiro. A CCE venceu o pregão do governo federal para a compra de 150 mil computadores, que serão distribuídos em 300 escolas. A licitação estava parada desde 2008. A primeira colocada, Comsat, apresentou

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São muito positivas. Nossa estratégia é continuar criando produtos que atendam os consumidores no que diz respeito à relação custo x benefício, usabilidade e inovação, até mesmo desenvolvendo itens que contribuam com o consumo consciente. Nos últimos quatro anos, temos lançado de 50 a 100 produtos em cada um. No início deste ano, a Brastemp entrou no segmento de aspiradores de pó e a Consul fortaleceu-se na categoria. O objetivo da Whirlpool Latin America é conquistar a liderança do segmento.

LEADERSHIP STORE

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EXPECTATIVAS PARA 2010

T I - E L E T R O L A R N E W S - N OTA S

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cem em todo o mundo e, mesmo quando a moeda ficou extremamente desfavorável, não tiramos o pé da exportação.

o melhor preço, seguida pela CCE, mas o equipamento foi reprovado nos testes de avaliação do Ministério da Educação. Hoje, o UCA está sendo testado em cinco escolas do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, de São Paulo e Tocantins, além do Distrito Federal.

ACER VOLTA AO BRASIL

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epois de seis anos de ausência, a taiwanesa Acer retoma a fabricação de computadores no Brasil por meio de contratos terceirizados de manufatura (OEM, em inglês) com

empresas do interior de São Paulo. A empresa investirá, neste ano, cerca de R$ 500 milhões na compra de componentes para a produção de 400 mil notebooks e netbooks.

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Dossiê

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Notebooks e Netbooks Em 1981, a IBM lançou o notebook e redefiniu o uso da computação. A revolução tecnológica mudou o conceito de informática, pois processar informações deixou de ser algo restrito aos centros de processamento de dados. Com o notebook, ninguém mais precisou ficar num lugar fixo para comunicar-se com o mundo. O netbook é invenção mais recente, surgiu em 2007, e foi Jerry Shen, hoje CEO da Asus, quem liderou o desenvolvimento do primeiro produto. Veja aqui o que está no mercado.

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POSITIVO INFORMÁTICA Netbook Mobo Red 4050 Processador Intel Atom N270 1,6 GHz FSB 533 MHz, 512 KB Cache L2 Sistema operacional Windows 7 Starter Disco rígido de 120 GB 2 GB de memória RAM Rede wireless integrada (802.11b/g) Placa de rede 10/100 Mbps Tela LCD com tecnologia Led de 10” widescreen Webcam de 1,3 megapixel integrada

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PHILCO Notebook PHN 13010 Processador Intel® Pentium® SU 4100, 1.3 GHz, 2 MB Cache L2 Sistema operacional Windows 7 Home Premium Chipset Intel® GS 40 + ICH 9 M-SFF Memória 4 GB (2 x 2 GB DDR2, 667 MHz) HD de 500 GB, 5.400 rpm, Serial ATA Tela Widescreen: 13.3” Led Backlight, (1.366 x 768) Peso 1,7 kg Webcam integrada, 1.3 megapixel Áudio 2 x 1,5 W, Intel High Definition Leitor 4 em 1 para cartões de memória MMC/XD/ SD/MS Rede Ethernet GigaLan, 10 / 100 / 1000

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Wi-fi Wireless Lan 802.11 b / g Bateria 2S1P polímero, com até 3,5 horas de duração 3 portas USB 2.0, entrada para microfone, saída para fone de ouvido, saída HDMI, porta VGA, 15 pinos, para conectar ao monitor, entrada DC para adaptador (19 V para adaptador AC), conector RJ45, rede (internet banda larga) Leitor de cartão 4 em 1 para SD / MMC / MS / XD Teclado ABNT 2 (português) Preço sugerido: R$ 2.699,90

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CCE Notebook CP7E332M Processador Core 2 Duo T6500 (2.10 GHz / 800 MHz) Memória 3 GB HD 320 GB Sistema operacionalWindows 7 home Premium Cache 2 MB Chipset Intel GL40 Gráfico Intel Graphic Media Acelator X4500 Áudio Realtek High Definition Áudio Rede 10/100 Mbps Modem 56 Kbps de alta velocidade Wireless LAN 802.11b/gTela 14.1” Led Drive DVD-RW – Gravador de CD/DVD Leitor de cartão de memória SD, MMC, MS, MS-Pro e XD Memory Card

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Entradas USB 2 (2.0) Entrada para microfone, microfone embutido, RJ-11, RJ-45, saída de áudio, HDMI Teclado padrão português Touch Pad tradicional com dois botões Webcam 1.3 megapixel (incluída) Mochila Targus (incluída) Bateria 4 células Garantia 1 ano Preço sugerido: R$ 2.199

TECNOWORLD/E-MAX Netbook E-mob Processador Intel Atom N270 1.6 GHz Sistema operacional Windows 7 Memória 2 GB DDR II HD 160 GB Wi-fi padrão 802,11 A/B/G Leitor de cartão SD/MS/MMC Teclado ABNT2 Câmera 1.3MP Áudio alta definição Codec

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Dois alto-falantes estéreo de 1.5 W integrados Microfone digital integrado Bateria de três células Três entradas USB 2.0/ 1 saída VGA Peso 1,2 kg Black piano e white piano Tela 10,1” Opcional modem 3G Preço sugerido: R$ 999

ASUS Notebook N61Vg Processador Intel® Core™2 Duo T9600 / P8800 / P7450 / T6600 : 2.8 GHz – 2.2 GHz Sistema operacional Windows® 7 Ultimate Original Memória principal DDR2 800 MHz SDRAM, 2 x SODIMM soquete para expansão de até 4GB SDRAM Video Gráfico & Memória Nvidia® GeForce® GT220M, com 1GB VRAM Display 16” HD (1.366 x 768) VESA like Led panel, tecnologia Asus Splendid Video Intelligent Chipset Mobile Intel® PM45 Express Chipset +ICH9M Hard Drive 2.5” 9.5mm Sata Drive óptico Blu-Ray DVD combo; DVD Super Multi Double Layer:

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Leitor de cartão de memória; 8 em 1 leitor de cartão: SD, MMC, MS-Pro,xD, Smart Media, mini-SD c/ adaptador, MS-Duo Interface: 1 x Express card; 1 x jack para entrada de microfone; 1 x jack para saída de fone de ouvido (S/ PDIF);1 x porta VGA/mini D-sub 15 pinos para monitor externo; 3 x portas USB 2.0; 1 x jack para linha de Rede RJ45; 1 x E-Sata Fax/Modem/LAN/WLAN Intel® Wi-fi Link 1000 Webcam de 1.3 megapixel Alto-falantes estéreos integrados Bateria 6 células Preço sugerido: R$ 2.999

MSI Notebook CR400 Processador Intel Dual Core T4200 (2GHz) Chipset Nvidia MCP79 MVL DDR2 667/800 Mhz x 2 slot HDD 2.5” 250 /320/500 GB Sata Sistema operacional Windows Vista Home Premium Tela LCD WXGA de 14” (HD Ready16:9 ,1.366 x 768) Placa de vídeo GeForce 8200M G

1.3 MB webcam 802.11b / g / n Wireless LAN com Bluetooth (opcional) Três portas USB Cor preta Bateria de seis células Preço sugerido: R$ 1.899

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IBYTE Netbook Life Goldentec Processador Intel Atom 1.6 GHz Sistema operacional Windows Vista Starter Memória de 2 GB Tela 10.1” LCD Widescreen HD de 320GB Webcam integrada

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Leitor de cartão de memória Bateria com 3 células de Li-ion com autonomia estimada em 2,5 horas Peso 1,14 kg Preço sugerido: ND

QBEX COMPUTADORES Notebook Notaxe156915x Processador Intel® Core 2 Duo T6600 Velocidade: 2.2 GHz Barramento 800 MHz FSB Sistema Operacional Linux Memória 4 GB DDR 2 HD 500 GB Sata II Drive óptico DVD-RW – Gravador de DVD/CD Tela 14,1” Leitor de cartões 4 em 1 – MD, SD, MMC, XD Webcam 1.3 megapixel Webcam com microfone Wireless 802.11 b/g Wi-fi Teclado multilinguagem ABNT2 - português Touch Pad com função Scroll

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Caixas de som integrado – Realtek ALC888 - 2 alto-falantes 4 portas USB 2.0, entrada para microfone, saída para fone de ouvido, porta VGA 15 pinos para conexão do monitor, saída DC para adaptador Conector RJ 45 de rede para banda larga, conector RJ 11 dial up (telefone) Leitor de cartão 4 em 1 para MD, SD, MMC , XD. Bateria lition 6 células Garantia 1 ano Preço sugerido: R$ 1.799

DATEN Notebook Nevo Processador Core2 Duo T5800 no Sistema operacionai Windows ou Linux Tela LCD 14,1” Widescreen Disco rígido 160 GB Sata, 250 GB Sata ou 320 GB Sata 5400 rotações por minuto (RPM) Memória 2 GB (expansível até 4 GB DDR2 800 Mhz) Drive ótico DVD-RW Leitor de cartão de memória 3x1

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Placa de rede 10/100 Conexão Wi-fi padrão 802.11 b/g Placa de vídeo de 256 MB integrada Webcam de 1,3 megapixel, Gravador de DVD Acabamento black piano Baterias recarregáveis Li-ion, de 6 células Preço sugerido: R$ 1.699

FÁCIL COMPUTADORES Notebook Fácil Advanced Processador Intel® Core™ 2 Duo Microsoft Windows 7 Starter Edition ou o Linux Ubuntu Chipset Intel® Frequência 2.00 Ghz Memória 4 GB DDR II Hard Disk 320 GB 2.5” 9.5mm Tela 13.3” TFT LCD WXGA (1.280 x 800) Controladora de vídeo e Áudio Onboard Controladora de rede 10/100 Mbps Ethernet Wireless LAN 802.11 a/b/g

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Drive de DVD (DVD-R/CD-RW/ DVD-RW/DVD+RW_DL) Webcam 1.3 megapixel integrada Saídas 3 USB, vga (d-sub), áudio mic, áudio som RJ-45 e RJ-11 Leitor de cartões 4 em 1 MS/MS Pro/SD/MMC Preço sugerido: R$ 1.499

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ITAUTEC Notebook L9310 Processador Intel Pentium Dual Core SU 4100 1.3 GHz e 2 MB de cache 2 GB de RAM HD de 320 GB Sistema operacional Windows 7 Home Premium Tela widescreen de 13” Câmera de 1.3 megapixel Microfone embutido Saídas VGA, HDMI

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Leitor múltiplo de cartões de memória Drive óptico externo, integrado de uma das suas duas saídas USB – opcional Acabamento black piano Peso 1,5 kg Espessura 2 cm Preço sugerido: R$ 2.459

KELOW Netbook Atom N270 Processador Intel Atom N270 / Velocidade – 1,6 GHZ Sistema operacional Windows 7 Tela 10,1” TFT (1.024 x 600) Câmera integrada de 1.3 megapixel Memória RAM 2 GB DDR2 667 Mhz HD 250 GB Sata 5.400 RPM Placa de rede 10/100 Mbps

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LENOVO Notebook G450 Processador Intel Pentium Dual-Core Sistema operacional Windows 7 Home Basic – 64 bits Memória de 4 G (DDR3) HDD de 320G CEL 900 (1M Cache, 2.20 GHz, 800 MHz FSB) 2G (1066) - DDR3

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Rede Wireless integrada Microfone integrado Mouse touchpad (dois botões e função Scroll) Teclado ABNT2 completo – teclas multimídia Entrada AC 100~220 V Preço sugerido: R$ 1.499

160 G (Sata 9.5 mm / 5.400 rpm) Bluetooth Tela de 14” widescreen (16:9) com iluminação Led VeriFace – Sistema de reconhecimento facial One Key Rescue System – recupera dados com apenas um botão Preço sugerido: R$ 1.599

MEGAWARE Netbook Meganetbook 3G Processador Intel Atom N270 Sistema operacional Windows 7 Starter Memória 2 GB DDR II 533 Mhz HD 250 GB Wi-Fi padrão 802,11 B/G Porta de rede Ethernet/LAN

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Teclado ABNT Bateria de quatro células Duas entradas USB 2.0 Uma saída VGA Uma câmera VGA Bluetooth Modem 3G embutido Peso 1,1 kg

Cor piano black Espessura 2,8cm Garantia de um ano Seis meses grátis do pacote de segurança Norton Internet Security Preço sugerido: R$ 1.699

MICROBOARD Netbook NB1232 dourado Processador Intel Atom N270 1,6 Ghz, barramento (FSB) 533 Mhz Sistema operacional Windows 7 Starter Edition Chipset Intel i945 GME + ICH7-M Cache L2 512 KB Tela TFT Matriz ativa 10,2” Memória RAM 2GB – DDR2 533 MHZ HD 250 GB Sata Placa de som Direct Sound 3D Compatível – Realteck ALC662 Placa de vídeo integrada Intel 945GME Memória de vídeo compartilhada Placa de rede 10/100 Mbps Wireless 802.11 B + G 54 Mbps

Bluetooth Câmera embutida 1.3 megapixel Portas USB 3 portas USB 2.0 Leitor de cartão 3 em 1 (MMC, SD, Memory Stick) Mouse Touchpad (2 botões e tecla Scroll) Teclado português com teclas de funções MS-Windows Bateria 3-Cell Lithium-Ion Conexões: 3x USB, 1x saída VGA, 1x porta de rede RJ45, 1x Card Reader, 1x entrada de microfone,1x saída de áudio Garantia 1 ano (bateria três meses) Preço sugerido: R$ 1.199

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LG Notebook R580 5500 Processador Intel® Core™2 Duo P8700 Sistema operacional Windows® 7 Home Premium 64 bits Memória de 4 GB HD de 500 GB Placa de vídeo nVidia GeForce GT 130M com 1 GB de memória dedicada Webcam de 1.3 megapixel com microfones estéreo Saída HDMI

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Conexão e-Sata Tela widescreen Led LCD 15,6” HD+ (1.600 X 900) Chipset Mobile Intel® PM45 Express Leitor de Blu-ray e gravador de DVD Wi-fi B/G/N Bluetooth Leitor de cartões de memória 5 em 1 Bateria de 6 células Peso 2,67 kg Preço médio sugerido: R$ 4.099

SONY Notebook VAIO X (VPC-X111KB/B) Processador Intel® de 1,86 GHz Sistema operacional Windows 7 Home Premium 2 GB de memória RAM DDR2 Leitor de cartões de memória Memory Stick Duo e SD Disco de estado sólido SSD de 128 GB Placa de rede Ethernet Rede Wireless e Bluetooth Tela de 11,1” real Widescreen 16:9

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Duas portas USB 2.0 Webcam Motion Eye de 1.3MP Bateria com duração de até seis horas. Com a adicional (VGPBPX19) pode ser estedida para 16 horas Espessura 1,39 cm Peso 760 g Preço sugerido: R$ 6.999

HP Mini 110-1190br Processador Intel® Atom™ N270(2) 1.60 GHz(3) 512KB L2 533Mhz FSB Sistema operacional Windows® 7 Starter Autêntico Memória 2 GB 667 MHz DDR2 Chipset Intel® 945GSE Placa gráfica Intel Graphics Media Accelerator 950 Até 128 MB de memória compartilhada disponível para gráficos Miniwebcam HP com microfones integrados Disco rígido 250 GB Sata 5400 rpm Tela de 10.1” WSVGA Led com Antiglare Rede 10/100 Base-T Ethernet LAN Wireless LAN 802.11 b/g & Bluetooth Leitor de cartões de memória 5 em 1

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Secure Digital cards, MultiMedia cards, Memory Stick, Memory Stick Pro Alto-falantes integrados Teclado ABNT de 82 teclas 3 portas USB 2.0; 1 porta RJ-45; 1 saída compartilhada fones e microfone 1 entrada VGA Peso 1,17 kg Adaptador AC de 30 W Bateria de 3 células (polímero lítio de 28 Whr)(13) 1 ano de garantia e suporte Preço sugerido: R$ 1.999

DELL Inspiron 14 Processador Intel® Core™2 Duo T6600 (2.2 GHz, 2 MB L2 cache, 800 MHz FSB) – BRH1467 Sistema operacional Windows® 7 Home Basic Original 64bits em português Memória 3 GB DDR2 800 MHz (1x1 GB + 1x2 GB) Disco rígido Sata de 320 GB (5.400 RPM) Tela de 14 pol. de alta definição (720 p) 1.366 x 768 W Led com TrueLifeTM Gravador de DVD/CD (Unidade DVD+/- RW 8x) McAfee Security Center – 15 meses

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Dell Wireless™ 1397 Half Minicard (802.11g) Câmera integrada de 1.3 megapixel Bateria de 6 células 1 ano de garantia 30 dias grátis de serviço de proteção em caso de roubo – Failsafe Dell Datasafe on-line – armazenamento de 2 Gb por 1 ano Preço sugerido: R$ 2.199

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VA R E J O

Berlanda O ano foi positivo para a empresa, que registrou crescimento real e abriu lojas. O crescimento do mercado de TI representou 5% de suas vendas. Em 2010, quer incrementar o comércio eletrônico e inaugurar 20 unidades em Santa Catarina. A entrevista é de Nilso Berlanda, presidente da Rede Berlanda.

BALANÇO DE 2009 Ainda que a palavra crise estivesse no inconsciente coletivo de empresários e consumidores no ano que passou, podemos dizer que 2009 foi muito positivo para a Rede Berlanda, que inaugurou 16 lojas, teve crescimento real e antecipou alguns objetivos, como a abertura da primeira unidade em Florianópolis (SC), em dezembro, prevista inicialmente para 2010. COMPORTAMENTO DA EMPRESA No balanço dos 12 meses, os resultados foram bastante satisfatórios. Nosso faturamento foi de R$ 240 milhões, isto é, crescimento de 30% em relação a 2008. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO

Fidelizamos nosso consumidor trabalhando em três frentes: atendimento, relacionamento e pós-venda. Preocupamo-nos muito com o pós-venda e a valorização do cliente mesmo quando ele não compra. Fidelizar é passar credibilidade ao consumidor, é fazer liquidação e repassar, de fato, os descontos. Estamos em fase de estudo para implantar o cartão fidelidade com descontos adicionais aos nossos principais clientes. E-COMMERCE

O ano começou com os países ricos largamente afetados pela crise internacional, mas graças à força do mercado interno brasileiro, o varejo, especialmente, não sentiu tanto o impacto. Terminamos 2009 muito mais otimistas do que começamos. O QUE FOI NEGATIVO Santa Catarina, onde a empresa tem mais de cem lojas, sofreu muito com as intempéries. Esse foi o aspecto mais negativo do ano e, sem dúvida, impactou o comércio. CONSUMO / MOVIMENTO As vendas tiveram um crescimento real de 12%, número bastante significativo. CREDIÁRIO Aproximadamente, 80% das vendas foram no crediário. O índice de inadimplência ficou no patamar de 2008, o que representou de 3,5% a 4% de perda nas vendas. REDUÇÃO DO IPI Aumentaram as vendas dos produtos beneficiados pela redução do IPI, incentivo que traria ainda mais retorno ao varejo, além de preços mais competitivos, se fosse definitivo. A venda de máquinas de lavar e refrigeradores aumentou cerca de 20%. Em móveis, o incremento foi em torno de 8%. Houve maior procura porque muitos consumidores acreditavam que a vantagem poderia acabar a qualquer momento. 112

FIDELIZAÇÃO / CLIENTES

A Berlanda repaginou o site em 2009 e ampliou a participação no comércio eletrônico. A oferta de produtos subiu de 50 para cerca de 500 itens. Entregamos no mesmo prazo das lojas físicas, dois dias em média, se a compra for feita em Santa Catarina ou no Rio Grande do Sul. Para outras regiões, em 15 dias. As vendas representam de 2% a 3% do faturamento anual, mas esperamos ampliar essa margem. NÚMERO DE LOJAS Temos 119 lojas, sendo 111 em Santa Catarina, onde fica a matriz, em Curitibanos, e oito no Rio Grande do Sul. Estamos em quase todas as regiões de Santa Catarina e no Rio Grande do Sul nossa presença maior é nas cidades de Erechim, Passo Fundo e Carazinho. ESTRATÉGIAS PARA O 1° SEMESTRE A Berlanda cresce com base no cliente. Saber atender é ingrediente importante para o sucesso. A competição no varejo é acirrada, então, entre tantas empresas grandes, o destaque é a qualidade. Neste ano, além das datas tradicionais, temos a Copa do Mundo, que é excelente chamariz para a compra de televisores de última geração. Aliar a qualidade de atendimento com as oportunidades de mercado é estratégia vencedora. EXPECTATIVAS PARA 2010 Pretendemos crescer em 2010 na mesma medida dos últimos anos. Vamos incrementar o comércio eletrônico e abrir novas unidades. Queremos entrar com força no sul de Santa Catarina, onde pretendemos inaugurar, este ano, 20 lojas.

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Eletrozema A empresa atingiu 96% de sua meta, no ano passado. Neste primeiro semestre, pretende aproveitar o otimismo do consumidor para intensificar as promoções, até mesmo levando em conta a realização da Copa do Mundo. A entrevista é de João Bosco de Oliveira, diretor da Eletrozema. BALANÇO DE 2009 O primeiro semestre apresentou grandes dificuldades, devido à crise instalada em outubro de 2008. Houve muita insegurança por parte do consumidor e muitas incertezas. No entanto, conseguimos uma recuperação nas vendas e obtivemos resultado satisfatório. COMPORTAMENTO DA EMPRESA No primeiro semestre, nossa empresa foi bastante conservadora por causa da conjuntura econômica. Quanto aos resultados, atingimos 96% da nossa meta de faturamento, chegando à casa dos R$ 500 milhões. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO A redução na carga tributária da linha branca, a queda dos juros, o câmbio em baixa, mais crédito e empregos formais no segundo semestre. Destaque, também, para a estabilidade da economia nos últimos seis meses de 2009 e para a recuperação do índice de confiança do consumidor. O QUE FOI NEGATIVO

REDUÇÃO DE IPI O resultado sobre a venda da linha branca foi altamente impactado pela medida. Por outro lado, o efeito não foi o mesmo na linha de móveis, principalmente pelo fato da redução ter sido adotada perto do fim do ano. E-COMMERCE Ainda não atuamos com e-commerce. Estamos em fase de estudos, para a implantação no segundo semestre de 2010.

A crise acentuada no primeiro semestre e o alto desemprego, principalmente nas atividades de siderurgia e mineração. A Eletrozema atua em regiões altamente dependentes dessas atividades e do agronegócio, que também foi afetado. Além desses pontos, a falta de produtos, principalmente na linha branca, e de LCDs, no segundo semestre. CONSUMO / MOVIMENTO A classe C passou a consumir mais, graças ao aumento real de renda e ao alongamento dos prazos de pagamento. E esse é nosso principal público consumidor. FIDELIZAÇÃO / CLIENTES Fizemos grandes promoções com a oferta de prazos alongados e redução das taxas de juros. Isso nos levou a abrir mão de parte da receita financeira e sacrificar a margem mercantil. CREDIÁRIO Apesar de o consumidor ter utilizado mais o crediário, a inadimplência apresentou pequeno recuo. A empresa teve de ser mais criteriosa na liberação de crédito, o que influenciou esse recuo.

MERCADO DE TI A venda de produtos de informática representa 5% do nosso faturamento e está em crescimento considerável. NÚMERO DE LOJAS Fechamos o ano passado com 244 unidades, sendo 192 convencionais e 52 eletrônicas. Em 2010, continuaremos nossa expansão. Devemos abrir 25 lojas. ESTRATÉGIAS PARA O 1º SEMESTRE Aproveitar este momento de otimismo dos consumidores para intensificar as promoções e explorar promocionalmente o maior evento esportivo, que é a Copa do Mundo. EXPECTATIVAS PARA 2010 São boas, uma vez que o PIB sinaliza crescimento da ordem de 5%. Deverá haver crescimento do emprego formal e a economia manterá a estabilidade. O consumo das classes de menor renda deverá continuar a crescer, devido ao aumento do poder aquisitivo.

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VA R E J O

Insinuante A empresa sempre cresceu nos anos difíceis e, desta vez, não foi diferente. Este ano, seu foco é o plano de expansão, principalmente no estado do Rio de Janeiro, e obter crescimento de pelo menos 30% sobre 2009. A entrevista é de Luiz Carlos Batista, presidente da Insinuante. BALANÇO DE 2009 Acreditamos que o Brasil atravessa uma de suas melhores fases, com expectativa de saltos maiores. Vivemos numa economia mais estável, com tranquilidade e transparência. Em decorrência dos resultados obtidos no ano passado, estamos estruturando nosso plano de expansão, que segue a todo vapor. COMPORTAMENTO DA EMPRESA O resultado foi bom. Aproveitamos 2009 para desenvolver nosso novo modelo de gestão e já estamos preparados para alcançar faturamento de R$ 2,5 bilhões este ano.

Este ano, pretendemos investir R$ 80 milhões em publicidade, o que faz da Insinuante a maior anunciante do Nordeste, a segunda de seu segmento e a décima sexta do Brasil.

ASPECTOS POSITIVOS DO ANO

CREDIÁRIO

Depois da crise mundial, as vendas da linha branca apresentaram aumento significativo, e o Nordeste foi a região que teve maior destaque nesse crescimento. A redução do IPI alavancou a venda de refrigeradores, máquinas de lavar roupa e fogões.

O Credcasa é o carnê da Insinuante. Possuímos clientes fieis, há mais de 30 anos. O carnê corresponde a 20% do nosso faturamento. No ano passado, a inadimplência caiu 10% em relação a 2008.

O QUE FOI NEGATIVO

REDUÇÃO DE IPI O reflexo foi positivo e o crescimento das vendas imediato.

A Insinuante tem uma historia curiosa: cresceu nos anos mais difíceis e em momentos de crise. Está sempre superando desafios, talvez pela adoção de políticas comerciais e de marketing sedutoras e porque não dizer, agressivas. É uma das maiores anunciantes do Brasil, está na grande mídia todos os dias nos 12 estados onde tem lojas, e isso faz a diferença. Nunca aceitei a premissa de não crescer todos os anos, mesmo nos mais críticos. Por isso, não temos pontos negativos a destacar. CONSUMO / MOVIMENTO É indiscutível que o crescimento da capacidade de consumo das classes C e D foi o grande fenômeno que impulsionou todos os mercados, incluindo, é claro, o varejo. Particularmente o Nordeste, onde está nossa maior rede física de lojas, mostra a imagem consolidada de expressiva organização. Soubemos aproveitar o magnífico momento econômico e nos posicionamos entre as três maiores empresas do setor, no país.

E-COMMERCE Hoje, representa faturamento igual ao da maior loja da rede. A meta é estar entre principais sites de comércio eletrônico do Brasil e colocar todo o mix de produtos à disposição dos internautas MERCADO DE TI A Insinuante representa o terceiro maior volume de compras das grandes indústrias nacionais de produtos eletrônicos, e hoje trabalha com mais de 6 mil itens. NÚMERO DE LOJAS Temos 260 lojas espalhadas por todos os estados nordestinos, além de Rio de Janeiro, Amazonas e Espírito Santo. Estamos presentes em 20 dos maiores shoppings centers do país.

FIDELIZAÇÃO / CLIENTES

EXPECTATIVAS PARA 2010

Temos a convicção de que lidamos com consumidores cada vez mais exigentes e nos esforçamos para suprir suas expectativas. Além disso, apostamos todas as fichas no marketing agressivo, para fazer frente à concorrência. São mais de mil inserções comerciais diárias em TV e 40 milhões de tablóides distribuídos por ano.

Vamos focar nosso plano de expansão, principalmente no estado do Rio de Janeiro, concluir a entrada na região Norte e, em breve, chegar ao Centro- Oeste. Pretendemos crescer pelo menos 30% e atingir R$ 2,5 bilhões de faturamento. Certamente, vamos comemorar o fim de 2010 com 300 lojas.

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Lojas Cem Em 2009, a empresa inaugurou lojas em prédios próprios e modernizou outras. Adotou ações que lhe permitiram registrar faturamento em torno de R$ 1,6 bilhão. Para 2010, continuará a investir em treinamento das equipes e espera crescer 12% aproximadamente sobre o ano passado. A entrevista é de José Domingos Alves, supervisor geral da empresa. BALANÇO DE 2009 Na nossa avaliação, 2009 foi um ano de bons resultados. Mantivemos nossos índices de crescimento, que foram em torno de 10%. Inauguramos seis filiais, todas em prédios próprios, e reformamos mais 20 unidades. COMPORTAMENTO DA EMPRESA Os resultados corresponderam às nossas expectativas. Obtivemos faturamento em torno de R$ 1, 6 bilhão. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO Sem dúvida nenhuma, as reduções de Imposto sobre Produtos Industrializados na linha branca e em móveis. O QUE FOI NEGATIVO Não enxergamos nenhum ponto negativo que pudesse ter realmente destaque. CONSUMO / MOVIMENTO Lojas Cem teve maior movimento de consumidores ao longo de 2009. Também registramos aumento considerável do consumo por parte da população de menor poder aquisitivo. FIDELIZAÇÃO / CLIENTES Fidelizar clientes exige uma série de ações, como as que realizamos, entre elas, treinamento intensivo para nossos profissionais, reformas das filiais, deixando-as com leiaute moderno e lojas climatizadas, visando o máximo de conforto aos consumidores. REDUÇÃO DE IPI Entre os reflexos positivos de algumas medidas governamentais, podemos citar a redução de preço, devido à queda no imposto e a confiança do consumidor. CREDIÁRIO A maior parte das nossas vendas foi feita no crediário. A inadimplência, por sua vez, manteve-se estável em relação a 2008.

NÚMERO DE LOJAS Encerramos 2009 com 180 filiais espalhadas em quatro estados: São Paulo, Rio e Janeiro, Paraná e Minas Gerais, e com previsão de abertura em torno de dez novas filiais para 2010. ESTRATÉGIAS PARA O 1º SEMESTRE Continuaremos a investir em treinamentos para nossos profissionais e em preços cada vez mais competitivos. Com essas medidas, fortaleceremos cada vez mais nossa imagem de empresa séria, que cumpre o que promete. EXPECTATIVAS PARA 2010 São grandes as expectativas, uma vez que estamos em ano de eleição presidencial e Copa do Mundo. Como é tradição, esses aquecem naturalmente o mercado varejista. Nossa previsão é que o crescimento da empresa ficará em de 12%, neste ano.

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VA R E J O

Lojas Colombo A rede de 342 lojas nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Minas Gerais classifica como razoável o resultado de 2009. Neste ano, quer crescer 14% em faturamento e, também, abrir novas unidades. A entrevista é de Adelino Colombo, presidente de Lojas Colombo. BALANÇO DE 2009 Em 2009, a rede de Lojas Colombo obteve um resultado moderado, decorrente de fatores externos já bastante tratados e de suas consequências na economia mundial. O fechamento de nosso balanço não está concluído e ainda falta a análise de nossos números pela auditoria externa. COMPORTAMENTO DA EMPRESA A empresa cresceu em 2009, mesmo assim, os resultados não corresponderam a nossa expectativa. Tivemos um faturamento líquido mercantil da ordem de R$ 1,2 bilhão. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO Consideramos como principal fator positivo a redução do IPI para produtos da linha branca, que estimulou toda a cadeia deste segmento. Os fabricantes ampliaram a produção, o varejo aumentou as encomendas e o consumidor aproveitou os preços reduzidos e foi às compras. O QUE FOI NEGATIVO A pior situação enfrentada ocorreu no início do ano, quando os reflexos da crise econômica foram mais agudos. CONSUMO / MOVIMENTO A maior movimentação ocorreu a partir do fim do primeiro semestre, quando sentimos o aumento do consumo por todas as classes sociais. A rede de Lojas Colombo está formatada para bem atender a todos os tipos de público, desde as classes A e B, com lojas premium e em shopping centers, até as de menor poder aquisitivo, nas lojas de rua. FIDELIZAÇÃO / CLIENTES

Foi um dos fatos mais positivos de 2009, com reflexos bastante positivos no varejo. Proporcionou crescimento de até 30% na venda de determinados produtos, comparativamente ao mesmo período do ano anterior. E-COMMERCE A Colombo tem acompanhado o crescimento do e-commerce e, atualmente, nossa maior loja, em vendas, é a da web. Em torno de 11% a 12% de nossas vendas são realizadas através do serviço de televendas e do site. O crescimento do mercado de TI representa hoje para a rede 12%. NÚMERO DE LOJAS A rede possui 342 lojas nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Minas Gerais.

A rede traz em seu DNA a busca constante pela excelência no atendimento, que é o principal fator para a fidelização dos clientes. Além disso, fazemos amplo planejamento de marketing, com ações diferenciadas e envolventes, que são responsáveis pelo retorno dos clientes às nossas lojas. CREDIÁRIO

ESTRATÉGIAS PARA O 1° SEMESTRE Realizar forte campanha de vendas, que repercuta na concretização de nossa previsão de aumento de 12% no volume a ser comercializado pelas filiais da rede. EXPECTATIVAS DA EMPRESA PARA 2010

Cerca de 63% de nossas vendas foram realizadas pelo crediário ou cartão. Somos bastante cuidadosos na concessão de crédito, sempre visando um baixo índice de inadimplência. 116

REDUÇÃO DE IPI

Atingir crescimento da ordem de 14% no faturamento e, também, abrir novas lojas.

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Gazin Com 151 lojas no Paraná, no Mato Grosso, no Mato Grosso do Sul, em Rondônia, no Acre e no Amazonas, a Rede Gazin teve um ano bom. Investiu forte no setor de tecnologia da informação e, em 2010, vai aplicar recursos no treinamento de seu pessoal. A entrevista é de Mario Valério Gazin, diretor presidente da Gazin.

BALANÇO DE 2009 O ano passado foi muito bom. Aconteceu tudo o que não esperávamos. Começamos o ano com falta de chuva e terminamos com muita. E também começou com grande crise e terminou com abundância. Tivemos muitas turbulências no primeiro semestre e uma arrancada sensacional no segundo, com a evolução de todos os negócios. COMPORTAMENTO DA EMPRESA Investimos muito em educação e treinamento dos nossos colaboradores, e o resultado foi correspondido. A meta era crescer 16% no patrimônio líquido da empresa, mas chegamos a 23,57% e atingimos o faturamento recorde de R$ 1.239.399.115. Foi ótimo. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO Um dos fatores mais positivos veio da agricultura. Com preços estáveis, houve estabilidade nos preços dos produtos e isso fez os consumidores comprarem mais. O QUE FOI NEGATIVO

a 15% nessas modalidades. Como o consumidor está com mais dinheiro no bolso e caiu a taxa de desempenho, a inadimplência melhorou. REDUÇÃO DO IPI

Nos negócios não vejo pontos negativos, mas podemos reclamar da falta de infraestrutura (falta de estradas, de energia, telefone e internet) e dos nossos políticos.

Ajudou muito. Teve grande impacto no preço, para o marketing das empresas foi um prato cheio, com os anúncios, e aqueceu o mercado. Houve grande apelo para a linha de móveis, o que propiciou o aquecimento das vendas.

CONSUMO / MOVIMENTO

E-COMMERCE

Aumentou, sim. Houve melhor divisão de renda e maior procura de mão de obra, o que valorizou o trabalhador e lhe permitiu ter mais dinheiro. Os produtos não aumentaram de preço, então, as compras registradas foram feitas com sobra de dinheiro.

Temos um bom site de vendas, mas o faturamento gira em torno de 3,6% do que efetuamos no varejo e menos de 1,5% se relacionado com o total do grupo. Estamos pensando em utilizar o site, também, para informar os clientes sobre os benefícios e as características dos nossos produtos, com o objetivo de atingir os que passam horas à frente do computador.

FIIDELIZAÇÃO / CLIENTES Hoje, precisamos fazer muito barulho e ter alegria nas lojas para animar nossos clientes nas compras. Não podemos misturar batalha de venda com um clima triste, onde só há silêncio. CREDIÁRIO Gostamos de vender a prazo, no carnê e no boleto. Mas a tendência é de vendas à vista e no cartão, tanto que já chegamos

EXPECTATIVAS PARA 2010 Estamos muito animados, com boas expectativas, mas sabemos que todos os meses temos uma meta a ser cumprida. Não podemos dar espaço para a concorrência. Será um ano de investimento em treinamento, tanto que destinaremos em torno de R$ 6 milhões para projetos de capacitação de gerentes, vendedores e líderes internos. Vamos, também, abrir três lojas e reestruturar outras da rede.

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VA R E J O

Magazine Luiza A empresa cresceu no ano passado e registrou faturamento de R$ 3,8 bilhões. O ano teve outros pontos positivos como a aproximação do varejo com o governo, que lhe permitiu mostrar que é o maior empregador privado do país. Para este ano, a rede tem perspectivas otimistas e planos para abrir 20 lojas. A entrevista é de Luiza Helena Trajano, presidente do Magazine Luiza. BALANÇO DE 2009 Foi um ano muito de muito trabalho. Começamos com toda a pressão da crise internacional, mas ações acertadas do governo federal, como a redução do IPI para a linha branca, além da gradual recuperação da economia, tornaram 2009 um ano de crescimento. COMPORTAMENTO DA EMPRESA

REDUÇÃO DE IPI

A empresa cresceu, considerando o mesmo número de lojas e as novas unidades, que tiveram bom desempenho. O Magazine Luiza saltou de um faturamento de R$ 3,2 bilhões em 2008 para R$ 3,8 bilhões no ano passado.

O reflexo foi muito positivo, tivemos crescimento de 25% na linha branca,. Defendemos a continuidade da redução do IPI para a máquina de lavar roupa, bem necessário para a mulher que trabalha fora, mas que, infelizmente, ainda tem baixa penetração nos lares das classes com menor poder aquisitivo.

ASPECTOS POSITIVOS DO ANO Foi um ano de tensão com a crise internacional e exigiu que utilizássemos de muita criatividade para atingir os objetivos. Também foi um ano no qual o varejo se aproximou mais do governo para apresentar o que de fato ele representa para o Brasil, ou seja, ser o maior empregador privado do país. Graças a essa aproximação, sensibilizamos para a redução do IPI da linha branca. O QUE FOI NEGATIVO

Somos o segundo site em vendas do segmento. No ano passado, realizamos grande investimento para a modernização e atualização tecnológica de nosso site. Hoje, as vendas virtuais correspondem a 11% do faturamento da empresa. MERCADO DE TI

Não temos um aspecto negativo para destacar. O importante é ficarmos atentos para aprender, como num ano de crise, e exercitarmos nossa criatividade e inovação. CONSUMO / MOVIMENTO

É um mercado em crescimento crescente e constante aumento do mix de produtos. O mercado de TI teve crescimento significativo na empresa. NÚMERO DE LOJAS

Registramos aumento no número de clientes, mas isso se deveu, principalmente, à nossa entrada no mercado da Grande São Paulo, em setembro de 2008. Também foi representativo o aumento da renda da população, além da acertada redução do IPI da linha branca e de móveis, o que possibilitou maior acesso a esses bens. FIDELIZAÇÃO / CLIENTES O Magazine Luiza investe de maneira contínua em seus clientes ouro, com diversas ações exclusivas como ofertas e dias dedicados a eles. CREDIÁRIO O crediário continua sendo procurado na grande maioria das compras, cerca de 70% das vendas são realizadas a crédito, mas é um índice de vários anos. No ano passado, a inadimplência caiu em relação a 2008. 118

E-COMMERCE

Temos 456 lojas em sete estados brasileiros. Nossa meta de crescimento orgânico de lojas deve ser por volta de 20 novas unidades este ano. ESTRATÉGIAS PARA O 1º SEMESTRE Este será um ano especial, pois, além da redução dos efeitos da crise teremos, em junho, o início da Copa do Mundo. Começamos 2010 com o pé direito, alcançamos faturamento de R$ 75 milhões em apenas seis horas de vendas da nossa Liquidação Fantástica, a mais esperada do varejo brasileiro. EXPECTATIVAS PARA 2010 Estamos muito otimistas, não finalizamos nosso planejamento estratégico, mas certamente será ano de crescimento.

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Novo Mundo A empresa classifica 2009 como um ano difícil, devido à crise internacional, que exigiu do varejo muita criatividade. Depois de investir em logística, fará aporte superior a R$ 15 milhões em serviços e abrirá 40 lojas este ano. A entrevista é de José Roberto de Souza, gerente geral de vendas da Novo Mundo. BALANÇO DE 2009 Foi um ano difícil, com queda de rentabilidade e muita dificuldade para sustentar o crescimento em relação a 2008, com a mesma base de lojas. Ao mesmo tempo, foi um ano de muito aprendizado para o varejo, pois teve de ser bastante criativo para torná-lo relativamente bom. COMPORTAMENTO DA EMPRESA Usamos muita criatividade durante o ano todo e buscamos grande aproximação com as equipes das lojas. Os resultados ficaram abaixo das nossas expectativas, principalmente em rentabilidade. Para garantir o crescimento de 5%, abrimos mão de parte da rentabilidade. Em relação a 2008, crescemos 5%, com a mesma base de lojas. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO A iniciativa do governo em reduzir o IPI de alguns eletrodomésticos possibilitou o acesso das classes C e D a produtos com preço mais acessível. O QUE FOI NEGATIVO A incerteza na economia mundial e também a manutenção da taxa Selic.

CREDIÁRIO Considerando o parcelamento no cartão de crédito, mais de 70% das vendas foram a prazo. Com o endividamento da classe C, a inadimplência teve considerável crescimento. REDUÇÃO DO IPI Ajudou bastante, devido ao repasse total da redução ao consumidor.

CONSUMO / MOVIMENTO O movimento aumentou no último trimestre, quando consolidamos a recuperação do faturamento, principalmente com a redução do IPI. FIDELIZAÇÃO / CLIENTES

E-COMMERCE Atuamos há um ano e hoje representa 8% do faturamento total. NÚMERO DE LOJAS

A empresa trabalha com crediário próprio, o que é um diferencial em relação aos que operam com financeiras. Lançamos o cartão de crédito Novo Mundo e aumentamos nossa base de cliente com cartão próprio. Desde o último trimestre, investimos pesado em logística, implementando o compromisso de entregar o produto no dia seguinte ao da compra. Os investimentos em serviços ultrapassarão R$ 15 milhões este ano, E estamos planejando fazer a entrega e a montagem com hora marcada tão logo.

Temos cem filiais nos estados de Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Minas Gerais, além do Distrito Federal. Planejamos abrir 40 lojas este ano e seis unidades já estão contratadas até abril. EXPECTATIVAS PARA 2010 Teremos o grande ano de vendas, aproveitando o espaço que a classe D ganhou no mercado.

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VA R E J O

Salfer A empresa cumpriu as metas em 2009 e abriu 40 lojas. Fechou o ano com 161 unidades e faturamento 24% acima em relação ao de 2008. Este ano, pretende inaugurar mais 50 lojas. A entrevista é de Vanderlei Gonçalves, presidente da Salfer. BALANÇO DE 2009 Com a crise mundial, o cenário mostrou-se de completa instabilidade no ano em que o controle do primeiro e do segundo players do segmento mudaram, e concorrentes desapareceram do mercado. A Salfer manteve os objetivos de crescimento e a rentabilidade, decisão que foi acertada. Devido às ferramentas de gestão, à saúde financeira e ao envolvimento de toda a equipe, obteve resultados consistentes. COMPORTAMENTO DA EMPRESA A meta de expansão foi atingida com a abertura de 40 lojas. Com as novas filiais, geramos 411 novos postos de trabalho, totalizando mais de 2.600 funcionários. Fechamos o ano com 161 lojas e faturamento 24% acima em relação ao de 2008. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO Cumprimos as principais metas, com destaque para a abertura das filiais, o crescimento de faturamento e o pagamento de participação nos resultados (PPR), que variou de um até 2,5 salários para mais de 1.200 funcionários do centro de armazenamento e distribuição e das lojas. Rompemos barreiras abrindo lojas no oeste de Santa Catarina e no centro-oeste do Paraná e fechamos a compra de novo software da Microsoft, que trará mais eficiência e agilidade aos processos e melhor atendimento ao cliente final. O QUE FOI NEGATIVO As mudanças tributárias e as novas obrigações impostas pelo governo, comoSped fiscal e contábil e F-Cont. CONSUMO / MOVIMENTO

dores das classes C e D, que dependem de financiamento para aquisições, sentiram-se seguros em relação aos seus empregos e isso facilitou a decisão de compra. FIDELIZAÇÃO / CLIENTES Fazer com que nossos consumidores continuem comprando conosco foi uma das principais decisões estratégicas da nossa empresa. Entendemos que a carteira de clientes é nosso principal patrimônio e buscamos estreitar os laços, constantemente, através das ações de relacionamento. E-COMMERCE Iniciamos as vendas através do canal internet em 2007. No ano passado, o e-commerce fechou com 136% de aumento no faturamento em relação a 2008. MERCADO DE TI A linha de TI tem boa representação nas vendas, mas como é composta por itens de alto valor agregado, o crediário continua sendo a melhor opção para a compra desses produtos. NÚMERO DE LOJAS

Cresceu o número de pessoas em nossas lojas na comparação com o ano anterior, o que elevou as vendas.

Nossa atuação abrange todas as regiões do estado de Santa Catarina. Marcamos presença em 73 cidades. No Paraná, temos filiais em 45 cidades.

CREDIÁRIO

ESTRATÉGIAS PARA O 1º SEMESTRE

A venda através do crediário continua sendo uma opção muito procurada pelos consumidores, pois permite que comprem mais e melhores produtos. O consumidor seleciona a loja pela oferta de crédito e pelo bom atendimento. Em 2009, os números da inadimplência mantiveram-se estáveis.

A melhor estratégia, sempre, é atrair e reter talentos. A cada dia o varejo qualifica-se mais e investe em tecnologia de gestão. É importante demonstrar aos jovens que o varejo é ótimo para fazer carreira. Nosso negócio é basicamente prestação de serviços, e esta só é excelente quando contamos com pessoas qualificadas e motivadas. A segunda estratégia é crescer e ocupar espaço.

REDUÇÃO DO IPI

EXPECTATIVAS PARA 2010

Incentivou as vendas. A mídia ajudou muito ao divulgar os pontos positivos da medida, o que beneficiou a economia e mudou o cenário de demissões para contratações. Com isso, os consumi120

Projetamos crescimento aproximado de 35% no faturamento e a abertura de 50 lojas.

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SERVIÇOS

GfK O ano foi importante para a empresa até porque, como ocorre em todos os períodos de retração econômica, a indústria e o varejo precisaram ainda mais de informação para traçar suas estratégias. A entrevista é de José Guedes, diretor geral da GfK Retail and Technology no Brasil.

BALANÇO DE 2009

O QUE FOI NEGATIVO

O ano foi bastante positivo para a empresa. Em face do cenário de crise global, a divisão de Retail and Technology da GfK cresceu no mundo e teve extraordinário desempenho na América Latina. Mais uma vez o Brasil sobressaiu-se em relação aos demais países, é um dos melhores em nível mundial e com performance superior a qualquer um dos outros Brics.

Certamente, 2009 teve alguns pontos negativos que afetaram os negócios. No primeiro semestre, principalmente, a economia estava retraída, o poder de compra baixo e os índices de confiança do consumidor e da indústria em queda. Mas a GfK não foi afetada negativamente, pelo contrário, num ano de difíceis previsões e de desempenho duvidoso por causa da economia, a indústria e o varejo precisaram ainda mais de informação para direcionar o negócio e embasar as decisões..

COMPORTAMENTO DA EMPRESA O resultado foi superior ao projetado. Esperávamos um bom ano, mas superamos os objetivos traçados, que eram bem otimistas. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO Ao considerar a operação no Brasil, sem dúvida nenhuma que o fator mais positivo foi o reconhecimento, tanto pela indústria como pelo varejo, do bom trabalho que fizemos. A credibilidade só é possível com o apoio de todos e, neste ponto, a GfK Retail and Technology está muito feliz por ser a empresa de referência do mercado de bens duráveis, desde o painel varejista de ceclulares, passando pelos televisores de tela fina, eletrodomésticos e chegando a outros produtos da linha marrom, PCs etc. Fomos apoiados pela indústria, pelo varejo e pela imprensa. Em relação ao desempenho dos produtos que auditamos, destacamos que os televisores de tela fina apresentaram crescimento de 63% em 2009, na comparação com o ano anterior. Para 2010, ano de Copa, espera-se crescimento ainda maior. Os notebooks cresceram 36% em unidades vendidas, no mesmo período, e os celulares 13% sobre 2008.

POLÍTICA ECONÔMICA Indiscutivelmente que a redução do IPI, por exemplo, foi muito importante para o mercado de linha branca. O consumidor pôde, dessa forma, comprar produtos com qualidade a preço mais acessível. A medida também ajudou a criar uma consciência verde ao destacar os produtos mais amigos do ambiente. A tendência da linha branca, antes da implementação da redução do IPI, era de estável e com tendência para pequeno decréscimo, mas essa situação foi totalmente revertida. MERCADO INTERNACIONAL A GfK atua cerca de 85 países. O desempenho no exterior foi de crescimento o que podemos considerar satisfatório, levando em conta o cenário global de retração econômica. EXPECTATIVAS PARA 2010 Esperamos crescer, em nível mundial , no Brasil e na América Latina. Estamos abrindo portas em três novos países na região. Programamos expansão este ano.

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SERVIÇOS

Losango A empresa do grupo HSBC ampliou o market share e teve êxito na aquisição de novas lojas, em 2009. Presente em 86 países, tem premiações internacionais, como a de melhor banco do mundo (Euromoney Awards for Excellence) e nacionais, entre elas a de melhor grupo segurador do Brasil (Instituto Brasileiro de Economia – Ibre). A entrevista é de Hilgo Gonçalves, executivo chefe da Losango. BALANÇO DE 2009 Foi muito positivo. Além de entregar o faturamento previsto nos orçamentos, a empresa ampliou seu market share em cinco pontos percentuais e terminou o ano com 20% de todas as vendas de CDC do mercado. COMPORTAMENTO DA EMPRESA A performance foi ótima. O projeto de aquisição de novas lojas foi muito bem-sucedido. O número de lojas parceiras do CDC cresceu 30%. Hoje, temos mais de 20 mil lojas afiliadas que oferecem nossos produtos e serviços aos seus clientes finais em 2.600 municípios do Brasil. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO O ano foi de conquistas também para a marca. Além de ganhar mercado e lançar o CDC Premium, financiamento de bens para as classes AB, a empresa foi escolhida como uma das melhores para se trabalhar no Brasil e na América Latina. Com a retomada do consumo, no segundo semestre, a empresa rapidamente posicionou-se para apoiar os varejistas, orientando-os a estimular o consumidor para fazer a compra consciente, ou seja, útil e compatível com seu orçamento. Criou, também, o seguro prestamista, com cobertura da perda de emprego. Esses fatores ajudaram a reduzir a inadimplência para clientes com mais de 90 dias. Ao longo do ano, a inadimplência teve queda de 26%. O QUE FOI NEGATIVO A baixa confiança do consumidor no primeiro semestre, que gerou queda nas vendas e o aumento do desemprego, que elevou a inadimplência. POLÍTICA ECONÔMICA Medidas como a redução de IPI em alguns setores, o pacote para a construção civil e a redução das taxas de juros impulsionaram o consumo e estimularam a compra de bens financiados. SERVIÇOS E PLANOS A empresa direcionou seus esforços para o varejista, com o objetivo de ser a melhor de serviços financeiros. Reforçou a equipe

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comercial e a atenção para áreas do varejo como eletros, construção, móveis e bens de altos valores. Neste último, destaque para o CDC Premium, lançado em agosto, na maior feira do segmento no Brasil, em Bento Gonçalves (RS). Outra frente trabalhada foi a distribuição de produtos e serviços como empréstimos, cartões e seguros no ponto de venda dos seus principais varejistas. A ação é viabilizada através da instalação de uma pequena filial da Losango nas lojas dos varejistas. Hoje, são já são mais de 150 em todo o país. EXPECTATIVAS PARA 2010 A meta é reforçar a atuação nos varejistas, tanto no CDC quanto nos cartões de crédito, adquirir novas lojas e crescer 30% com foco nos segmentos de eletros, construção e móveis planejados. Um exemplo de ação é a Escola de Varejo, programa de capacitação da força de vendas dos lojistas que objetivam qualidade de atendimento e fidelização de clientes. Serão feitas palestras em seis praças do país, para treinar mais de 2 mil pessoas. Planejamos crescer 10% nos ativos e 30% na base de lojista, além de acelerar a operação de cartão de crédito, cuja carteira é de 2,5 milhões de cartões. O investimento na operação do CDC Premium será de R$ 400 milhões.

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entidade ABINEE

Requisitos para um crescimento sustentado Humberto Barbato, presidente da Abinee

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ratar dos avanços obtidos pelo país nas últimas duas décadas exige um olhar cuidadoso que não permita turvar nossa visão devido ao propalado sucesso. Inegavelmente, o Brasil do presente tem muito pouco em comum com o país dos anos 80 – a chamada década perdida – ou de até meados da década de 90. Planos mirabolantes foram descartados, “pirotecnias”em termos de política econômica foram afastadas e, de maneira sensata e madura, os responsáveis pela condução das diretrizes econômicas colocaram “ordem na casa”. A nosso juízo, o ciclo de transição de um modelo fechado – pautado na substituição de importações – para um modelo aberto, fundamentado nas relações externas, no esforço pela conquista da qualidade e na consequente ampliação da competitividade produtiva, completou-se no período recente. Hoje em dia, as empresas brasileiras estão fortalecidas e prontas para enfrentar o jogo da competição global. Por tudo isso, analistas de diversos matizes vaticinam que o Brasil poderá crescer a taxas entre 4% a 5% ao ano durante os próximos 10 ou 15 anos. Sem dúvida, a notícia não poderia ser melhor, mas, para que a “profecia” se confirme, é necessária a correção das distorções que persistem. Em primeiro lugar, a sobrevalorização do real é forte empecilho para a competitividade das empresas locais, desestimulando as exportações, ampliando o mix de produtos importados e gerando inúmeras dificuldades para o equilíbrio financeiro das empresas exportadoras.

ração das estradas brasileiras, a organização e a modernização de nossos portos e a garantia de investimentos para geração e transmissão de energia. Afinal, com Copa do Mundo e Olimpíada no calendário, muito precisa ser feito para que não ocorram fiascos.

Independentemente da reação do governo, que instituiu recentemente IOF sobre capitais especulativos, nossa crença é de que a taxa de câmbio adequada, ou “de equilíbrio”, como preferem alguns, precisa ser compatível com o grau de desenvolvimento das nossas empresas e deve assegurar razoável compensação pelos elevados custos tributários, de juros e trabalhistas que nossas empresas incorrem.

Em terceiro lugar, julgo desnecessário ocupar várias linhas para tratar das reformas eternamente prometidas e nunca concluídas. Melhorar relações de comércio com parceiros do Mercosul e de outros blocos econômicos requer a eliminação das distorções tributárias, a correção dos excessos que se colocam na legislação trabalhista e a influência direta que essas alterações terão sobre a taxa de câmbio no Brasil. As reformas deveriam estar na ordem do dia e, como estamos em ano eleitoral, renovam-se as esperanças de que o próximo presidente se debruce sobre o tema com afinco e determinação. Esperamos que 2011 seja o ano das reformas.

Em segundo lugar, entendemos que é urgente a adequação dos gastos correntes do governo à realidade econômica do país. Economias maduras não suportam crescimento das despesas correntes em ritmo superior ao da receita tributária, oprimindo a parcela dos investimentos públicos no total do orçamento. A superação dos problemas da nossa precária infraestrutura não será lograda apenas pelas mãos da iniciativa privada. O PAC representou importante avanço, mas sua execução caminha a passos de tartaruga. As autoridades governamentais precisam atuar, promovendo as obras necessárias para eliminação dos gargalos, como a recupe-

Por fim, mas não menos importante, julgamos ser de vital importância para o crescimento sustentado do país a promoção de uma revolução educacional. O brasileiro goza, em média, de oito anos de estudos, enquanto nos países desenvolvidos e nos emergentes asiáticos, a média salta para 12 a 15 anos. Se não fizermos uma transformação profunda no processo educacional brasileiro, muito pouco teremos a oferecer em futuro próximo, principalmente os mais jovens, que precisam estar inseridos nesse processo, para que a redução da pobreza e das desigualdades represente a principal conquista nesse cenário futuro. É o que esperamos.

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ENTIDADE ABRASA

Contra fatos não há argumentos N

ão está fácil às empresas manter as portas abertas. Além da crise mundial deflagrada em 2008, nosso setor registra, desde 2002, aumento significativo de custos, em virtude do enquadramento no Imposto Simples federal, à evolução salarial da categoria e aos reajustes constantes de energia elétrica, telefonia e insumos. Há mais de dez anos, a maioria dos fabricantes não reajusta as taxas de mão de obra em garantia, mas eleva o preço das peças de reposição. Os que estão na Zona Franca de Manaus gozam de isenções fiscais nos produtos acabados, mas os itens de reposição são taxados, o que torna o valor do conserto insustentável.

Norberto Mensório e Wagner Gatto, presidente e diretor executivo da Abrasa.

A atividade sofre, também, com as exigências operacionais ligadas à estocagem de peças e com a rápida obsolescência tecnológica, cujo estoque excedente é sucateado. Esse conjunto de fatores provoca, cada vez mais, a diminuição das margens de lucro da rede de serviços autorizados. Cada atendimento tem custo médio entre R$ 35 e R$ 40, mas há fabricantes que pagam a metade desse valor, o que pode inviabilizar o setor e fazer com que apenas 30% das empresas sobrevivam. O cenário era muito diferente havia dez anos: a garantia representava cerca de 20% do movimento das autorizadas, contra os atuais 70%. Nossa entidade, que reúne associações e companhias que representam marcas de eletroeletrônicos comercializadas no país (fabricantes, importadores e seguradoras de extensão de garantia pós-fábrica), tem 10.476 empresas cadastradas prestadoras de serviços de assistência técnica em nível nacional, que geram cerca de 67 mil empregos diretos. Contam com grande frota (cerca de 10.400 veículos), atendem 37,9 milhões de clientes/ordens de serviço anuais e seu faturamento estimado no ano passado foi de R$ 1,79 bilhão, ou seja, crescimento da ordem de 5% sobre o exercício de 2008. Os números impressionam, mas o fato é que o segmento é formado por milhares de pequenas e médias empresas voltadas à prestação de serviços de pós-venda na área de assistência técnica, atendimento ao consumidor, help desk, distribuição de peças e acessórios. Acrescenta-se, ainda, logística para a retirada e entrega de produtos para conserto e instalação no consumidor final. Levando em conta a quantidade de ordens de serviço nos dois anos, verifica-se que o valor médio de cada uma não sofreu nenhum incremento financeiro: em 2009, ficou em R$ 47,23 contra R$ 47,22, em 2008, mas o custo operacional aumentou perto de 9,8%, o que demonstra as dificuldades pela quais passa o setor. A rede de autorizadas é a parte mais frágil da cadeia, mas enfatizamos que a hora é de desafios, oportunidades e pla-

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nejamento. No intuito de melhorar a rentabilidade dos afiliados, a Abrasa traçou várias ações para este ano: parceria de novos serviços e venda de diversos produtos aos clientes que utilizam seus trabalhos de pós-venda (primeira parceria em operação desde dezembro último, com a Multilaser); capacitação através de cursos, treinamentos e palestras; criação de site interativo para maior visibilidade e identificação por categoria da rede nacional; troca de experiências, disponibilização e venda de peças em estoque; estudo de viabilidade para campanha institucional; representatividade nos órgãos públicos; trabalho com os fabricantes para redução de custos e com as seguradoras de garantia estendida, que hoje têm participação de 37,2% nos serviços prestados (exemplos alcançados com o fabricante Philips Consumer Life e a Assurant Seguradora) com a implantação do sistema operacional GVS de lançamentos de ordens de serviço.

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>> ELETROS

Novos estímulos para o setor Lourival Kiçula, presidente da Eletros.

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ste ano começou acelerado. O Brasil, em 2010, tem tudo para continuar em evolução e as últimas projeções do governo indicam que o país poderá crescer entre 5 a 5,5%. O ano começou com mais otimismo em relação a 2009, principalmente depois do impacto da crise externa, que foi bem amortecida no país, por medidas adotadas pelo governo de uma forma geral. Gradativamente, deixamos para trás o medo de uma crise brasileira e, no fim do ano, o próprio governo apontou o setor eletroeletrônico como um dos responsáveis pela recuperação da economia. Crescemos na linha branca cerca de 22% em comparação a 2008, e mantivemos cerca de 5 mil novos postos de trabalho diretos e indiretos. O último trimestre de 2009 trouxe à tona a relevância dos temas relacionados à sustentabilidade e redução de consumo de energia no setor eletroeletrônico. Pudemos ver recompensada a iniciativa dos fabricantes que investem continuamente na eficiência energética de seus produtos. Ao contrário de outros anos, embora já com as pressões de reajustes nos preços de insumos, entramos em 2010 com o mesmo ritmo de vendas de dezembro: uma contribuição para isso foi, também, a grande procura de produtos sazonais, como aparelhos de ar-condicionado e ventiladores. O setor lutou em 2009 para manter-se fora da crise, e conseguiu, somente houve problemas com as exportações, pois a diminuição da atividade econômica na Europa e nos Estados Unidos reduziu a capacidade de compra de países desenvolvidos.

Os números indicam que o caminho do crescimento está a nossa frente. É nessa trilha que vamos seguir em 2010.

O que se espera, realmente, é que os juros permaneçam em queda, permitindo que as classes de menor poder aquisitivo possam continuar comprando para manter o mercado aquecido. Os números indicam que o caminho do crescimento está a nossa frente. É nessa trilha que vamos seguir em 2010. Teremos a Copa do Mundo, um gerador de vendas, e o consumidor terá a oportunidade e o desejo de experimentar as novas tecnologias: plasma, LCD, Led, entre outras.

Carnaval. Muita gente não acredita, mas os números não mentem, e indicam que isso ocorre mesmo. O Brasil depois do Carnaval coloca a mão na massa e vai em frente. Boas vendas.

O Brasil tem um comportamento que se repete todo começo de ano: aqui, a economia anda mais rápido depois do

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entidade FECOMERCIO

Setor privado deve liderar o crescimento em 2010 Abram Szajman, presidente da Fecomercio SP

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m uma crise considerada a maior da era da globalização, o Brasil saiu-se muito bem durante o ano passado. O setor de nossa economia mais atingido foi o industrial, mas o consumo das famílias manteve-se robusto, auxiliado por medidas como a redução da taxa Selic e do IPI de alguns produtos, aliadas ao bom desempenho dos bancos públicos em preencher as lacunas no mercado de crédito.

Para 2010, entretanto, o quadro é bem melhor e parte da recuperação econômica se dará com a retomada forte do crescimento industrial e dos investimentos no país. Todas as condições – confiança do consumidor, oferta de crédito, início de recuperação nos Estados Unidos e na Europa – apontam para um ano de crescimento mais difuso, puxado pelo setor privado, com pouca interferência do governo, ao contrário do que ocorreu em 2009. No ano passado, o setor terciário da economia – comércio e serviços – passou bravamente pelo teste da crise. Foi também o setor mais beneficiado pelas medidas que visavam manter o nível de consumo para reduzir os impactos da crise no mercado interno. Na região metropolitana de São Paulo, o primeiro trimestre apontou retração de 1,6% ante mesmo período de 2008, mas gradativamente as vendas foram sendo recompostas. No primeiro semestre, o volume acumulado de faturamento real já apresentou leve variação positiva e, a partir de julho, prevaleceu a percepção dos consumidores quanto ao fim dos temidos reflexos internos da crise. Em outubro, registrou-se expressivo aumento nas vendas reais de 7,6% em comparação ao mesmo mês do ano anterior, fazendo com que o acumulado em dez meses aumentasse para 1,9% ante o mesmo período de 2008. Assim, apesar das condições conjunturais adversas que marcaram 2009, o setor conseguiu fechar o ano com resultado positivo de 4%. Em 2010, todas as variáveis e circunstâncias apontam para um cenário de vendas aquecidas, não apenas em São Paulo, mas em todo o Brasil. As expectativas de crescimento do PIB para este ano estão entre 4,5% e 5%. O crédito deverá retomar sua tendência expansionista e o ritmo da atividade econômica tende a dar maior sustentação para a renda e o emprego do que em 2009, fatores que permitirão manter positivos os indicadores de confiança do consumidor, fundamentais para obter-se um nível de consumo em patamares crescentes. Nesse cenário positivo, a nota dissonante é a deterioração da situação fiscal do setor público. Segundo dados do Tesouro Na-

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cional, a receita bruta do governo central apresentou redução de 5,3% em nove meses de 2009, relativamente ao período de janeiro a setembro de 2008. Nesse mesmo espaço de tempo, as despesas aumentaram 19,2%. A concessão de reajuste ao funcionalismo público imprimiu uma trajetória crescente às despesas com pessoal e encargos sociais, o que também ocorreu com os benefícios previdenciários e os gastos de custeio. Esse desempenho fez com que novamente a relação dívida/PIB crescesse em 2009 para algo em torno de 44%. Para colocar-se em prática uma política fiscal eficiente será preciso mudar a natureza dos gastos públicos, priorizando-se investimentos em infraestrutura, fortes indutores dos investimentos privados, em detrimento das despesas com custeio e pessoal. Outro fator preocupante é a carga tributária crescente. Nos últimos 15 anos, ela aumentou 12 pontos percentuais em relação ao PIB, saltando de 25% para 37%. Esse acréscimo significou algo entre R$ 250 e R$ 300 bilhões de aumento no volume de tributos pagos anualmente, fator que está na raiz das dificuldades que impedem o Brasil de alcançar uma taxa de crescimento sustentado compatível com suas necessidades e potencialidades.

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>> SUFRAMA

Zona Franca de Manaus: resultados e expectativas Por Flávia Skrobot Barbosa Grosso,superintendente da Suframa

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ano passado foi marcado pela crise na economia mundial, mas para o Polo Industrial de Manaus (PIM) trouxe notícias alvissareiras, como o faturamento referente a outubro, o segundo maior em um mês da série histórica (US$ 3,019 bilhões). O recorde, porém, continua sendo o faturamento de R$ 3,048 bilhões, em agosto de 2008. É preciso destacar a reação do PIM no segundo semestre de 2009, pois, em cinco meses consecutivos, conseguiu manter o ritmo de crescimento no faturamento mensal. O número de empregos diretos, que 2008 foi de 101,6 mil, chegou a 93,9 mil vagas ocupadas no fim de 2009, uma queda de 7,55%. No fim do ano, contudo, o número de empregos cresceu 6,82% em relação a maio de 2009, mês que registrou o menor resultado em postos de trabalho, refletindo a crise. É com base nessa recuperação que a Suframa mantém a expectativa de que o Polo volte a empregar a média de 100 mil trabalhadores este ano. O faturamento do PIM teve redução de 15%: de US$ 30 bilhões em 2008 para US$ 25,9 bilhões em 2009. Em função da crise, poderia ter sido menor, mas as ações da Suframa, em harmonia com as do governo federal, minimizaram os prejuízos. O ano foi atípico e influenciou também a arrecadação federal no estado do Amazonas, que ficou em R$ 5,7 bilhões, montante verificado até novembro de 2009. Em 2008, foi de R$ 7,1 bilhões. Em 2008, esse valor representou 66,15% e, no ano passado, 61% de toda a arrecadação da União na 2ª Região Fiscal, que compreende os estados da Região Norte, exceto o Tocantins. Os impostos, contribuições e taxas federais, estaduais e municipais gerados pelo modelo Zona Franca de Manaus foram de R$ 15,2 bilhões em 2008 e de R$ 14,4 bilhões em 2009, até dezembro último, o que pode indicar redução de 5,3%. A arrecadação tributária no Amazonas, embora concentre aquela gerada pelos incentivos fiscais, expressa pujante fonte de receitas públicas. Em relação ao tamanho de sua economia (PIB a preços correntes), em 2007 a arrecadação federal representou 13,4%, o que coloca o Amazonas como o oitavo estado que mais arrecada tributo federal no país, excetuando o Distrito Federal, que centraliza toda a arrecadação do funcionalismo público federal. A arrecadação total representa 29,68% desse PIB, o que significa que quase 1/3 das riquezas geradas no estado é para pagar tributos nas três esferas de governo.

A nacionalização de insumos industriais, que representou 47,68% do total das aquisições e utilizados na produção em 2008, chegou a 46,21% em dezembro de 2009. A agregação regional de valor, que foi de 25,5%, ficou em 25,48% até dezembro último. Em termos de investimentos no PIM, o ano terminou com respostas positivas para o modelo Zona Franca de Manaus. Foram aprovados 221 projetos, sendo 81 de implantação e 140 de diversificação, ampliação e atualização, o que totaliza mais de US$ 2 bilhões em investimentos e dá a perspectiva de criação de 10 mil empregos a partir deste ano. As boas expectativas para 2010 dizem respeito, também, aos investimentos previstos no estado do Amazonas, e principalmente em Manaus, pelos governos federal, estadual e municipal. Os investimentos totais estabelecidos para o estado, pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), somam R$ 10,6 bilhões (até 2010, montante de R$ 8,7 bilhões, e após 2010, R$ 1,9 bilhão). Por isso, esperamos que 2010 seja um ano de recuperação e de desenvolvimento. A Suframa desempenhará seu papel de modo responsável e técnico e contribuirá para a consecução de todos os objetivos traçados.

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FEIRA

CES 2010 A

Consumer Electronics Show (CES) 2010, um dos eventos mais importantes do mundo na área de novas tecnologias, realizado no início do ano em Las Vegas, Estados Unidos, contou com mais de 2.500 expositores que apresentaram cerca de 20 mil produtos para os 120 mil visitantes. Gary Shapiro, presidente e o CEO da CES, abriu o evento referindo-se a ele como um cenário em que a indústria e os distribuidores do mundo todo voltaram a falar de recuperação, em que os papéis ficaram para as telas sensíveis ao toque, para a terceira dimensão de imagens e os e-books, entre outras inovações que acenderam a luz de novo crescimento da atividade, este ano, e deram indícios de que a indústria quer sair da crise. Os holofotes também se voltaram para as telas finas e a mobilidade aplicadas para todos os dispositivos, como foi destacado na CES 2010. Para a TV 3D de alta definição, com a Copa do Mundo à frente, para mostrar que ela é a ordem do dia; o Tablet PC e os impulsos para e-books ou e-leitores ganharam mais força; o posicionamento social das empresas, com a utilização de materiais reciclados e recicláveis; e, devido aos inúmeros tipos de celular em todo o mundo, a concorrência provavelmente será entre os smartphones. Conheça alguns lançamentos.

Gary Shapiro, presidente e o CEO da CES.

USB 3.0

Fotos: Reinaldo Canato

Não só a mobilidade importa, é preciso velocidade. Chegou a conectividade USB Super Speed 3.0 bidirecional, cuja principal característica é a velocidade – dez vezes mais rápida que as atuais nas transmissões de dados. Outra particularidade é que os dispositivos conectados, e que não estão em uso, têm seu consumo diminuído. Como trabalha com cinco fios em vez de quatro, dois enviam dados, dois recebem e um gerencia a corrente. Qualquer dispositivo com conexões anteriores reconhecerá a nova, mas não poderá utilizá-la. Na CES 2010,foram apresentados vários dispositivos com USB 3.0. Western digital e Seagat fizeram com HDs externos e Fujitsu, Asus e HP anunciaram suas aplicações nos modelos portáteis. PAPEL ELETRÔNICO São várias as propostas para migrar do papel para a eletrônica. Aos leitores de e-books, em cuja linha se alinharam o Kindle, da Amazon, e o Sony Reader, chega agora o Skiff Reader, com tela de 11,5”, resolução de 1.600 x 1.200 p, conexão wi-fi e 3G e bateria que dura até uma semana (se o uso do dispositivo for usado para troca de página e poucas conexões na internet). A carga tem duração de duas a três horas. A tela, que não usa nenhum tipo de cristal ou vidro, foi desenvolvida com a LG sobre lâmina metálica, para ter flexibilidade e resistência. A memória interna é de 4 GB e aceita cartões SD. A LG também desenvolveu sua tela flexível de 19”, com 130 gramas e rápido sistema de troca de imagens. Este será, seguramente, o primeiro ponto de referência que ditará o futuro dos “e-leitores” na comparação com um livro ou jornal impresso. A produção começará com um modelo menor.

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Fotos: Divulgação

AOC

3D Full HD, que grava com cartões de memória e ajusta a convergência entre o olho esquerdo e o direito.

Além de participar da CES 2010, a AOC apresentou seu novo ecrã Led no evento ecológico Showstoppers 2010, realizado em janeiro em Las Vegas, e expôs sua linha de monitores em uma das suítes do Hotel Bellagio, na mesma cidade “O foco deste ano foi impulsionado pelo nosso compromisso de ser um líder em normas ambientais na indústria de eletrônicos. A AOC tem tido uma atitude pró-ativa em relação às normas de eficiência energética, produção e embalagem de produtos e obteve a certificação Epeat, que garante que nossos produtos são amigos do meio ambiente”, disse Salvador Crespo, diretor regional da AOC. A marca apresentou na CES os novos modelos com Leds ecológicos: PC All in One com tela sensível ao toque (M222T ), monitores ultrafinos (e2236VW e e936VW) e as novas TVs de alta performance, em várias opções de tamanho, que vão de 22” até 55”. Todos os dispositivos são equipados com tecnologia de última geração, incluindo a iluminação Led, mais clara e nítida além de poupar mais energia. SONY

LG Recebeu 15 prêmios no International CES Innovations Awards 2010 e lançou a TV móvel digital LG DP570MH com reprodução de DVD. A marca confirmou também que planeja fabricar DVD player portátil equipado com chip que permite receber o sinal de TV digital. Outra novidade foi a linha de TVs Led HDTV liderada pela Infinia LE9500, com os modelos LE9500, LE 8500 e LE7500. Esta série oferece estrutura Led Local Dimming de até 240 segmentos independentes, com níveis mais altos de preto e capacidade 3D. MSI Na linha para gamers, a MSI exibiu os notebooks GT740 e GT640 com processadores Intel Core i7, e os modelos GX640 e GX740, com Intel Core i5. A marca também lançou o netbook U160 e o notebook X-Slim X-620, além de outros produtos com base nas mais recentes plataformas. SAMSUNG

Apresentou um rádio para carros modelo Xplod DSX-S100, que tem, na parte de baixo do painel, uma bandeja para colocar o iPod e utilizá-lo como parte do equipamento. Na mesma categoria, estão os modelos XAV-70BT e XAV-60, com telas widescreen de 9” e 6” respectivamente. O XAV-70BT tem bluetooth para fazer chamadas hands-free, tela sensível ao toque e porta USB. PANASONIC A empresa anunciou a colocação de 3D Full HD em vários televisores da linha Viera de plasma, com 50”, 54”, 58” e 65”. Lançou, também, o blu-ray 3D com duas saídas HDMI e Viera Cast, sistema que permite assistir a vídeos da internet e conteúdos extras. Com as novidades, uma câmera de vídeo profissional

Recebeu 23 prêmios e apresentou os netbooks N210, N220, N150 com tela NB30 antirreflexo de 10,1”, tecnologia Led, com design em cristal Touch of Color. A marca ampliou também a linha de câmeras digitais tela dupla, com dois novos modelos de 12,4 e 12,2 megapixels e um gravador de DVD externo ultrafino, além de notebooks e netbooks. A nova linha de leitores blu-ray inclui o modelo BD-C6900, desenvolvido para reproduzir filmes em 3D, e O BD-C7500, anunciado como o blu-ray mais fino do mundo. Além desses, lançou a linha de televisores Led com processador 3D. A série de telas Led 9000 recebeu o prêmio CES Best of Innovations, como a mais fina do mundo. Outra novidade da marca coreana foram os ebooks E6 e E101, com tecnologia de visualização avançada, equipados com tela similar ao papel real.

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VA R E J O

Pão de Açúcar quer crescer mais O maior empregador privado do país, com 137 mil colaboradores depois da associação com Casas Bahia, quer inaugurar cerca de cem lojas este ano.

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pós praticamente dobrar seu faturamento, isto é, passar de R$ 22 bilhões para R$ 40 bilhões por ano com a aquisição do Ponto Frio, em junho do ano passado, e seis meses depois da Casas Bahia, o Grupo Pão de Açúcar vai fazer o investimento recorde de R$ 5 bilhões no Brasil, no período 2010-2012. O montante é 70% superior ao aplicado de 2007 a 2009, quando foram investidos R$ 2,9 bilhões, incluindo as aquisições. O plano, como informa a empresa, que hoje é a maior do varejo na América Latina, deve contribuir para a geração de cerca de 100 mil empregos, entre diretos e indiretos. Só neste ano, deverão ser 10 mil postos diretos de trabalho. O valor de R$ 5 bilhões inclui a abertura de cerca de 300 novas lojas até 2012, o que representa elevação média de 8% a 9% da área de vendas a cada ano. Neste ano, o grupo projeta a inauguração de aproximadamente cem lojas nos formatos Extra Fácil (loja de conveniência), Extra Supermercado e Assai (atacarejo), além de reformas de unidades existentes, aquisição de terrenos estratégicos, que darão suporte ao crescimento nos próximos anos, infraestrutura e logística. A companhia também continuará investindo em negócios como postos de combustível e drogarias.

Abílio Diniz e Enéas Pestana.

Os investimentos, segundo Abílio Diniz, presidente do conselho de administração do grupo, demonstram a confiança no Brasil. “Vivemos um grande momento e veremos uma economia ainda mais robusta nos próximos anos. Vamos acompanhar esse movimento e acelerar o processo de expansão orgânica com a ampliação dos nossos diferentes formatos, direcionando-os segundo o mercado e respectivo perfil consumidor, além de ampliar as vendas nas lojas já existentes.” FOCO NO NORDESTE O cenário atual mostra que as bandeiras mais promissoras para o Grupo Pão de Açúcar aumentar nos próximos anos sua participação no Nordeste, hoje o segundo maior consumidor do país, são Casas Bahia e Assai Atacadista, ambos fortemente voltados às classes C e D. O pioneiro no setor varejista de alimentos planeja, ainda, ampliar as vendas pela internet. Para Enéas Pestana, vice-presidente de operações, que assumiu o cargo em janeiro, a Copa do Mundo, a eleição presidencial e o crescimento do mercado imobiliário impulsionarão o varejo nos próximos meses. “Estamos muito otimistas para 2010”, diz. A expansão do grupo, cujo faturamento este ano deverá ficar acima de R$ 40 bilhões, será feita com recursos próprios. Em 2009, o faturamento bruto foi de R$ 26,2 bilhões, consolidado com as vendas registradas pelo Ponto Frio a partir de julho.

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A companhia encerrou 2009, já contemplando as lojas do Ponto Frio, com 1.080 lojas, 79 postos de combustíveis e 150 drogarias, distribuídas em 18 estados e no Distrito Federal, e com crescimento de 28,2% na área de vendas. No ano passado, abriu 46 lojas: cinco Pão de Açúcar, duas Extra Hiper, 21 Extra Fácil, sete Assai e 11 Ponto Frio, além das 457 adquiridas deste, em junho do ano passado. A associação com Casas Bahia levou a empresa somar mais 508 pontos de venda, aproximadamente. A partir de outubro de 1995, o grupo passou a ter ações listadas na Bovespa e, desde maio de 1997, na Bolsa de Nova York.

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TI - DISTRIBUIDORAS

Alcateia O faturamento da empresa cresceu, no ano passado, mais de 25% sobre 2008. Para este ano, a expectativa é bastante positiva, ou seja, a de crescer no mínimo 20%, que é o número estimado para o setor de TI. A entrevista é de Carlos Tirich, diretor comercial da Alcateia.

BALANÇO DE 2009 O ano foi bastante interessante para a Alcateia, pois, apesar das expectativas negativas geradas pela crise econômica em 2008, tivemos crescimento maior do que o obtido nos três anos anteriores. COMPORTAMENTO DA EMPRESA A empresa buscou novos acordos e investiu em diversas áreas, obtendo um resultado além do esperado no planejamento de 2008, com crescimento de mais de 25% no faturamento. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO Em 2009, percebemos que o setor de varejo sentiu menos os impactos gerados pela crise econômica, assim como o governo e o usuário final – do chamado mercado home –, mantendo o consumo, o que contribuiu significativamente para o resultado de crescimento obtido pela empresa. O QUE FOI NEGATIVO O mercado mais afetado pela crise econômica foi o corporativo, ou seja, aquele que depende de empresas privadas. Foram as mais prejudicadas, e isso afetou diretamente seu comportamento, em termos de consumo, em 2009. MARCAS E PRODUTOS

POLÍTICA ECONÔMICA

Atualmente, trabalhamos com 27 marcas. Como não atuamos diretamente com o consumidor final, e sim com revendas, em 2010 continuaremos com foco no mercado corporativo (governo e privado), tendo até mesmo uma divisão na empresa para atender a essa demanda e também o varejo, tanto os grandes magazines, quanto os pequenos e médios. Em 2009, os produtos que mais vendemos foram os de conectividade e acesso remoto wi-fi, impressoras, notebooks, netbooks e memória flash (USB e pen drives). Também registramos aumento na venda de acessórios como teclados e mouses (destaque para a marca Microsoft), e HDs externos (destaque para a marca Seagate). Não comercializamos produtos exclusivos nem possuímos marca própria. Temos sede em São Paulo e um braço no Rio de Janeiro, a Abano, ambas com equipe comercial, administrativa e estoque. Nesse ponto, deveremos anunciar uma novidade nos próximos meses.

Contribuiu para o bom resultado. No início de 2009, houve grande receio dos bancos para a concessão de crédito, porém, devido à pressão do governo, a confiança das instituições financeiras aumentou, o que fez com que o mercado reagisse logo no segundo semestre. EXPECTATIVAS PARA 2010 A expectativa do mercado em geral, independentemente do segmento, é bastante positiva, sendo que o crescimento estimado para o setor de TI é de cerca de 20%. A Alcateia espera crescer nessa margem ou até mesmo superá-la. Com relação à oferta de produtos, mantemos uma constante análise para a comercialização de novos itens, pois buscamos sempre oferecer um portfólio bastante amplo aos nossos parceiros e clientes.

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TI - DISTRIBUIDORAS

Aldo Componentes A empresa, que oferece soluções em tecnologia da informação (TI), somou aprendizados e vitórias em 2009. Para este ano, planeja continuar em ritmo de crescimento através da plena atenção às tendências de mercado e da postura agressiva de comercialização. A entrevista é de Aldo Pereira Teixeira, presidente da Aldo Componentes.

BALANÇO DE 2009 Como prevíamos, foi um ano de oportunidades. Passamos fortes e sólidos pela crise econômica mundial. Nossa empresa estava bem preparada e, por isso, tivemos condições de suportar com tranquilidade o grande susto que a economia global viveu. COMPORTAMENTO DA EMPRESA Nosso crescimento foi coerente com o cenário apresentado. Fortalecemos nossa postura no varejo e tivemos muitos aprendizados e vitórias. Queremos continuar com o pé no acelerador e manter o ritmo de crescimento. Em 2010, quem estiver mais bem preparado e planejado poderá alavancar vendas inacreditáveis. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO A tecnologia móvel, com o advento dos netbooks, os muitos e novos modelos de notebook, o lançamento do Windows 7 e a renovação da MP do Bem foram, sem dúvida, alguns dos principais fatos que marcaram o segmento em que atuamos no ano passado. MARCAS E PRODUTOS A Aldo representa 27 marcas de renome mundial, verdadeiros gigantes do mercado de TI, e atua focada em três segmentos, O&M, enterprise e consumer, atendendo fabricantes, revendas interessadas no mercado corporativo e redes de varejo. Em 2009, as principais soluções comercializadas para o varejo brasileiro foram: netbooks, notebooks, HDDs externos, acessórios Belkin, hardwares Microsoft e mais uma série de produtos prontos para uso, de marcas mundialmente conhecidas. CADASTRO / CLIENTES Oferecemos soluções em TI para mais de 7 mil clientes. Atendemos 39 redes de varejo que, juntas, somam mais de 1.650 pontos de venda. Contamos com um centro de distribuição em Maringá, no Paraná, local de posicionamento estratégico e logístico para distribuição para todo o Brasil e não possuímos filiais. POLÍTICA ECONÔMICA O governo teve papel fundamental na geração de demanda, com suas atitudes macroeconômicas e sociais. Podemos considerar o sistema bancário do nosso país forte e consolidado, visto que também passou praticamente ileso à crise mundial. Temos uma 132

situação de cenário construída há algum tempo bastante positiva e que contribuiu para os bons resultados. EXPECTATIVAS PARA 2010 A palavra-chave para 2010 é ritmo. Será um ano de continuidade do ritmo acelerado, sustentado com a solidez e a rentabilidade que a Aldo preza em seu trabalho e atuação. No planejamento, atenção às tendências de mercado e postura agressiva de comercialização. A expectativa de crescimento, este ano, está estimada entre 15% e 20%, tendo em vista que as perspectivas para o mercado de TI se baseiam em um aumento de faturamento de cerca de 30%, e de PCs em torno de 15%. Em 2010, os destaques serão a mobilidade, os lançamentos Intel (continuidade dos processadores Core 15 e 13), com o novo conceito mundial de TI verde, que posiciona o Brasil nos valores mundiais da empresa, a Microsoft, com o Office 2010, prometido para o período entre fevereiro e março; e a Copa do Mundo, pois sabemos a grande oportunidade que ela representa para nossa economia. Nesse ponto, destaque para a Samsung, que está passando 60% de sua linha de monitores para o conceito monitor TV, um incremental poderoso para as vendas neste ano.

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Move A empresa, que trabalha atualmente com 35 linhas de produtos e comercializa, com exclusividade alguns itens, considera que 2009 foi um ano de consolidação. Para 2010, prevê crescimento de 15% sobre o período anterior. A entrevista é de Andrea Fernandes, gerente de marketing da Move Distribuição.

BALANÇO DE 2009 Consideramos que 2009 foi o ano de consolidação da Move Distribuição. O estreito relacionamento com parceiros e clientes foi o marco dessa conquista. O lançamento do nosso e-commerce é um ponto marcante na nossa consolidação porque, com ele, obtivemos aumento do número de clientes ativos, o que contribuiu para o resultado das vendas. COMPORTAMENTO DA EMPRESA Tivemos disciplina, seriedade, ousadia e comprometimento, fatores com os quais obtivemos o resultado esperado. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO A consolidação da empresa, as novas parcerias e o crescimento sólido no faturamento foram os principais fatores que contribuíram positivamente em 2009. O QUE FOI NEGATIVO Não obtivemos muitos pontos negativos nem foram considerados relevantes. MARCAS E PRODUTOS A empresa trabalha, atualmente, com 35 linhas de produtos, o que representa 900 itens distintos. A empresa tem como foco lojas especializadas e o varejo. A Move comercializa produtos exclusivos das marcas Adata com pen drives, HDs externos e memórias, Thonet & Vander, com caixas de som, Vivitar, e câmeras fotográficas. Além desses há produtos dos fabricantes Targus e AMD, entre outros, que só a Move comercializa. Notebooks, netbooks, processadores, memórias, placas mãe e HDs externos foram alguns dos produtos mais comercializados em 2009.

POLÍTICA ECONÔMICA A política econômica contribuiu de forma positiva para os ajustes que foram necessários à consolidação da nossa operação.

CADASTRO / CLIENTES A empresa tem aproximadamente 3.500 clientes ativos, cada um com sua importância e representatividade para a empresa. A Move dispõe de três centros de distribuição estrategicamente posicionados e inaugurará mais um, neste ano.

EXPECTATIVAS PARA 2010 Nossa expectativa é a crescer 15% sobre o ano passado, sem o aumento da linha de produtos.

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E CO N O M I S TA S Maílson da Nóbrega, economista, foi ministro da Fazenda de 1988 a 1990, após longa carreira no Banco do Brasil e no setor público. Como ministro, presidiu o Conselho Monetário e o Confaz e integrou os boards do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Participa de conselhos de administração de empresas no país e no exterior, faz parte da equipe de consultores da Tendências e é colunista da revista Veja.

Qual o balanço que o senhor faz da economia brasileira em 2009 e, mais especificamente, do comportamento do segmento de eletrodomésticos e eletroeletrônicos?

nota-se uma elevação da procura por tais bens. Desta vez, diante das maiores facilidades de crédito e dos ganhos de renda dos consumidores desde a última Copa, é provável que a demanda, além de mais forte, seja mais sofisticada. As compras de TVs com telas LCD devem ser as de maior crescimento. Já há sinais de que os fabricantes podem ter dificuldade de atender os pedidos dos lojistas.

A economia brasileira viveu seu maior teste ao longo de 2009. E se saiu muito bem. Em meio à maior crise dos últimos 80 anos, em que os países ricos amargaram forte e prolongada recessão, tivemos apenas um trimestre, o primeiro, de contração da atividade econômica. Esse desempenho A redução do IPI para alguns produtos, bem como a MP é fruto dos avanços dos últimos 25 anos, durante os quais do Bem devem ser estendidas pelo governo? o país construiu instituições que reforçaram a democracia, asseguraram a estabilidade econômica e permitiram Se a justificativa de uma prorrogação desses benefícios inédita resistência a crises vindas do exterior. O segmento for uma ação contracíclica, para enfrentar a crise, não hade eletrodomésticos e eletrônicos tende a sofrer mais os verá razão para a medida. A recessão já ficou para trás. efeitos da queda de confiança e Pelo que tenho lido, a manutenda retração do crédito – dois fenôção definitiva de uma tributação menos presentes no fim de 2008 mais baixa para a linha branca A Copa do Mundo costuma influenciar e começo de 2009. Mesmo assim, decorreria do impacto relativapositivamente a demanda por eletrônicos, pode ter terminado o ano passado mente baixo da medida nos níveis com vendas reais estáveis ou com de arrecadação tributária. É difícil particularmente televisores. (...) As compras pequena queda em relação a 2008, avançar um prognóstico, pois a de TVs com telas LCD devem ser as de maior o que é um resultado excepcional prorrogação depende de muitas crescimento. Já há sinais de que os fabricantes nas circunstâncias. Isso se deve à circunstâncias, particularmente a podem ter dificuldade de atender os pedidos recuperação do canal do crédito situação fiscal. dos lojistas. e da confiança do consumidor, particularmente a partir do segunO senhor acha que a redução do do semestre, e da redução do IPI IPI mostrou que o governo pode sobre a linha branca. No primeiro e deve fazer uma reforma tributásemestre, as vendas do segmento estavam em queda, mas ria? Quais seriam os maiores benefícios desta? começaram a recuperar-se em seguida, o que explica o Não. O governo apenas reagiu a uma situação de crise. O resultado satisfatório no ano como um todo. Brasil se beneficiaria muito se fosse possível fazer uma reComo se desenvolverá o mercado de eletrodomésticos forma tributária que eliminasse o caos que impera no ICMS e eletroeletrônicos em 2010, levando em conta que tere- e os excessivos níveis de tributação como um todo. Tudo mos a Copa do Mundo? Haverá crescimento, uma vez que isso conspira contra a eficiência da economia, reduz a comhá novas classes sociais no mercado de consumo? petitividade dos produtos brasileiros e limita o potencial de crescimento da economia. Ocorre que é mais fácil falar A Copa do Mundo costuma influenciar positivamente a da necessidade da reforma do que fazê-la. Trata-se de tema demanda por eletrônicos, particularmente televisores. de enorme complexidade, que envolve difíceis relações Não será diferente desta vez. Desde o fim do ano passado, federativas, uma rigidez sem precedentes no orçamento

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(que limita as chances de queda da carga tributária) e a piora da qualidade do sistema tributário, resultante de medidas adotadas pelo governo federal e pelo uso crescente e preocupante da substituição tributária pelos estados. Isso afasta cada vez mais o Brasil do padrão característico da tributação do consumo pelo método do valor agregado, em que fomos pioneiros, introduzindo-o em 1967 com o IPI e o ICM (atual ICMS). Para alguns economistas, as benesses do governo custarão caro a partir de 2011. O senhor concorda? A resposta é positiva se a pergunta se referir ao aumento dos gastos correntes, que beneficiaram essencialmente os servidores públicos e os aposentados e pensionistas do INSS, via aumentos generosos de vencimentos e do salário mínimo. Nos últimos anos, particularmente a partir de 2008, tem sido nítida a deterioração da qualidade do gasto público, com elevação do déficit público, aumento das despesas correntes de caráter permanente e a perda cada vez mais preocupante do espaço para o investimento público. A dívida pública tem crescido de forma preocupante, enquanto o governo lança mão de contabilidade criativa para cumprir metas fiscais. A conta virá com redução do potencial de crescimento e da capacidade de investimento do setor público. O próximo governo se verá diante do desafio de adotar medidas para reverter a situação, o que implicará

reformas estruturais para reduzir a rigidez do gasto público e para gerar maiores superávits fiscais primários. Qual sua opinião sobre a atual política de juros? O senhor acredita que a taxa cairá gradualmente em 2010? Apesar das críticas que o Banco Central tem recebido ao longo dos últimos anos, a política monetária e seus correspondentes níveis da taxa de juros têm sido compatíveis com a missão de garantir a estabilidade da moeda, mediante o cumprimento de metas para a inflação. Mesmo que as taxas de juros no Brasil estejam acima das praticadas em países emergentes, não há evidências de que isso tenha inibido o aproveitamento do potencial de crescimento da economia brasileira. E 2010 será uma demonstração inequívoca disso. O ritmo de crescimento caminha a ritmo de mais de 5% e se aproxima rapidamente do potencial. Isso criará pressões inflacionárias que poderão materializarse em 2011, obrigando o Banco Central a agir. Assim, o cenário mais provável é de aumento e não de diminuição da taxa de juros. A maioria dos analistas prevê que a taxa Selic começará a subir a partir de abril, mas nós, da Tendências, achamos que isso vai ocorrer apenas a partir de setembro. Se estivermos certos, a Selic terminará o ano em 10%, contra os 11% ou 11,5% estimados por analistas menos otimistas.


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E CO N O M I S TA S

Fazendo a coisa certa Antonio Delfim Netto, professor emérito da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo. Foi ministro da Fazenda, da Agricultura e do Planejamento.

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evido ao elevado nível da carga tributária na produção brasileira, muitas pessoas argumentam que o governo deveria esticar mais alguns meses o período de redução do IPI naqueles segmentos que têm forte influência nos níveis de emprego. O estímulo foi dado no momento certo e ainda continua em uns poucos setores. Terminou para o automobilístico e o de eletrodomésticos, depois de permitir nos meses críticos forte demanda para seus produtos. Seria muito bom se a redução pudesse ser mantida para todos, mas é preciso reconhecer que o governo está fazendo a coisa certa. Não creio que nesse momento sejam necessários estímulos adicionais para ampliar a demanda nesses setores. O ministro da Fazenda agiu corretamente, pois há o momento em que é preciso “recolher os trens”, segurar os gastos do Tesouro, fazer o necessário para garantir a redução da relação dívida/ PIB. Mesmo os críticos mais severos têm de reconhecer que o governo usou os estímulos fiscais na hora certa.

Neste início de ano, é o momento de avaliar o que foi feito no Brasil, usando a política fiscal e comparar com o que fizeram vários países que deram estímulos à indústria para conter os efeitos da crise. Por exemplo, os Estados Unidos, a Alemanha, e a França agiram de que forma em relação ao setor automobilístico? Dando um subsídio para o consumidor aposentar os carros velhos, pagando uma parte importante do preço do carro novo. Nos Estados Unidos, deram US$ 4.500 para quem comprasse o modelo zero de sua combalida indústria. Agora saiu um estudo do Banco da Inglaterra tentando somar o custo disso. As medidas de que lançaram mão foram muito mais custosas do que a experiência brasileira de reduzir o IPI. Acredito que os estímulos que nosso governo concedeu foram mais inteligentes e mais efetivos para reduzir o prazo da crise. Eles permitiram estancar os efeitos do apagão mundial do crédito sobre os níveis da produção e, principalmente, sobre os níveis do emprego dos brasileiros. Os críticos hoje têm de reconhecer que o governo Lula agiu com mais eficiência e rapidez que os demais, ao eliminar a ameaça do desemprego que era o risco imediato nos momentos de pânico produzidos pela importação da crise de crédito. Olhando por cima os números do Banco da Inglaterra, é possível concluir que o custo brasileiro foi bem inferior ao inglês, ao da Alemanha e ao da França. Neste começo ano, o governo entendeu, também corretamente, que estava na hora de voltar a praticar a política fiscal

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Acredito que os estímulos que nosso governo concedeu foram mais inteligentes e mais efetivos para reduzir o prazo da crise.

que produziu a estabilidade que vivemos. Qual a razão de reduzir os estímulos fiscais que foram fundamentais para enfrentar os efeitos da crise? Significa que é preciso cortar as despesas de custeio – “cortar” quer dizer “não ampliá-las” –, não usar todo o orçamento, ser um pouco mais cuidadoso no aumento das despesas indispensáveis e continuar dando ênfase aos investimentos públicos, os investimentos das estatais. A decisão de atingir o superávit primário de 3,3% do PIB é uma instrução firme do presidente Lula ao governo, não se trata de um esforço desmedido, tão grande. É vital reduzir a relação dívida/PIB, que é fator decisivo na formação da taxa de juro real, na realidade, um dos poucos fatores sobre os quais temos certeza que influi na taxa de juro real. É o que nos dá a certeza de que o governo decidiu voltar à normalidade do exercício da política fiscal, o que vai permitir que o presidente Lula entregue ao seu sucessor uma economia em equilíbrio, estável, sem truques contábeis, com as finanças organizadas para apoiar o crescimento.

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componentes

Brascabos A redução da alíquota para produtos industrializados foi fator que contribuiu para o bom resultado da empresa, cujo faturamento cresceu 15% em relação a 2008. Para este ano, projeta ampliar a atuação em vários segmentos. A entrevista é de Glauber Marçal Rizzi, gerente geral da Brascabos. BALANÇO DE 2009 O ano foi uma surpresa. Começamos com uma crise mundial, retração da demanda, redução de gastos e diminuição no quadro de funcionários; e repentinamente, no início do segundo semestre, tivemos um crescimento tão inesperado que nos permitiu fechar o ano acima das expectativas. COMPORTAMENTO DA EMPRESA

REDUÇÃO DO IPI

Tivemos momentos muito distintos, pois, se num primeiro instante precisamos nos reinventar e nos adaptar à crise, que fez com que iniciássemos o ano com queda de 30% no nosso faturamento, a partir do segundo semestre tivemos de crescer novamente para atender a demanda. Isso só foi possível com o empenho de nossos funcionários, que entenderam a situação e tiveram um comprometimento que permitiu fecharmos 2009 com crescimento de 15% no faturamento em relação a 2008.

A importância da redução do IPI foi total para a Brascabos. Os resultados foram atingidos devido a essa iniciativa. Somos fornecedores potenciais do segmento de linha branca e toda a recuperação da nossa demanda veio desse setor. A importância da extensão do benefício pode ser observada também no setor automotivo, que teve aumento de produção e recorde de vendas.

ASPECTOS POSITIVOS DO ANO

Foram cinco lançamentos, 50% a menos que em 2008. Alguns, fruto da busca por soluções mais inteligentes, para agregar valor e reduzir o custo de fabricação. Mantivemos o foco muito forte na linha branca, devido ao aumento substancial da demanda, mas foi possível atuar com determinação nos setores automotivo e de áudio e vídeo, onde ampliamos a participação. Entramos, ainda, na linha náutica, no setor de duas rodas e no comércio virtual. Nossos lançamentos são feitos dentro do conceito de sustentabilidade, pois a empresa é certificada com a ISO 14.000. Sustentabilidade faz parte de nossa cultura.

O incentivo do governo, com a redução do IPI para a linha branca, a baixa da taxa Selic, que fez o juro ter uma queda considerável, e a valorização do real perante o dólar foram os fatores que permitiram às empresas voltar a manter o foco no setor produtivo e não no financeiro, como ocorreu no fim de 2008. O QUE FOI NEGATIVO A dificuldade de investir, devido às taxas elevadas de financiamento, ainda atrapalha o desenvolvimento das empresas. O aumento da demanda gerou a necessidade de investir em máquinas e estrutura, mas a burocracia e o custo dos financiamentos dificultaram a ampliação dos parques fabris. Além disso, os custos dos impostos no Brasil são muito elevados, assim como os encargos que incidem sobre a mão de obra, afetando as empresas que têm muitos funcionários. Os encargos encarecem tanto o custo da mão de obra que, muitas vezes, a necessidade de ter pessoal adicional custa mais do que o excedente de produção que ele gera. Essa situação facilita a entrada em nosso mercado de produtos estrangeiros, como os chineses, que vêm de um país onde o custo da mão de obra é muito mais barato. POLÍTICA ECONÔMICA Contribuiu para bons resultados basicamente com o incentivo à demanda, com a redução da alíquota sobre os produtos industrializados (IPI) e com a política de redução da taxa Selic, que influenciou o mercado a praticar taxas menores em suas transações diárias. 138

PRODUTOS / SUSTENTABILIDADE

EXPORTAÇÕES Voltamos o foco direto para o mercado interno. Este ano, porém, estamos desenvolvendo uma política de atuação direta, de forma a incrementar nossas exportações. EXPECTATIVAS PARA 2010 Esperamos que não haja retração da demanda e que os investimentos no setor continuem a crescer, o que permitirá às empresas investir em seus parques fabris. O setor financeiro deve incentivar a produção, mantendo a estabilidade cambial e as taxas de juros. O governo deve estimular o setor fabril com linhas de crédito mais acessíveis e prazos que permitam o retorno dos investimentos. LANÇAMENTOS Ainda não definimos todos, mas ampliaremos a atuação em vários segmentos com ações ao longo do ano.

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componentes

Daneva A impressão de que 2009 seria um ano ruim foi desfeita pela empresa no segundo trimestre, quando o mercado iniciou uma reação. No resultado final, a Daneva cresceu 5% em relação a 2008. A entrevista é de Marcelo Filippelli, diretor comercial da Daneva. BALANÇO DE 2009 Tínhamos receio de que 2009 fosse ruim, com base nos resultados do primeiro trimestre. Mas, no decorrer do segundo trimestre, percebemos uma reação positiva no mercado, o que nos deu nova perspectiva de reação, consolidada nos últimos seis meses do ano. COMPORTAMENTO DA EMPRESA A atitude otimista levou-nos a acreditar numa recuperação rápida. Não houve paralisação nos investimentos previstos, o que permitiu que a Daneva, quando da recuperação do mercado, estivesse preparada. Conseguimos encerrar o ano com crescimento de 5% sobre 2008. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO Diante da expectativa da crise, houve uma sinergia muito grande entre os colaboradores da empresa. O quadro de grande preparo técnico e com alto espírito de colaboração foi de suma importância para o resultado de 2009. O QUE FOI NEGATIVO Com a valorização do real, houve queda nas exportações, o que beneficiou a importação de produtos similares. POLÍTICA ECONÔMICA A política econômica deu uma grande contribuição. A Daneva atua em dois segmentos industriais de consumo – eletroeletrônico e materiais de construção – e ambos tiveram seus resultados alavancados com a redução de impostos. REDUÇÃO DO IPI

Há bom tempo, a Daneva tem-se preocupado em fazer lançamentos sustentáveis. Nos últimos três anos, os produtos estão em linha com a diretiva européia RoHS, que restringe o uso de substâncias nocivas ao meio ambiente, como chumbo, cádmio, as cadeias de bromo e o cromo hexavalente. Além disso, toda a matéria prima utilizada é reciclável e, em 2008, com o lançamento da extensão Sort, desenvolvemos uma embalagem mais leve e compacta, contribuindo com o meio ambiente. EXPORTAÇÕES A diretriz comercial da Daneva é participar da exportação com 10% do seu faturamento total. Infelizmente, em decorrência da valorização do real, nossos preços no mercado externo ficaram menos competitivos, o que reduziu em 3% nosso objetivo de exportação. EXPECTATIVAS PARA 2010

Foi, sem dúvida, uma medida com resultados positivos. Somos favoráveis para sua aplicação em outros setores.

Esperamos que a empresa tenha um de seus melhores resultados em 2010. Estamos preparados para atender a demanda do mercado prevista para este ano.

PRODUTOS / SUSTENTABILIDADE

LANÇAMENTOS

O número de lançamentos em 2009 foi superior ao de 2008. Apresentamos a extensão Maxi Pro em rolo, a extensão No Shock Terra (com plugue 2P+T), o Multiplicador (peça com três tomadas) e a linha de adaptadores, para atender a transição da padronização da norma brasileira NBR 14.1236 de plugues e tomadas, num total de quatro famílias de produtos, com 15 itens.

Os lançamentos, oficialmente, ocorrerão na próxima Feicom. Apresentaremos a nova linha Conect de plugues e tomadas desmontáveis, com cores e desenhos diferenciados, e modelos diversos de filtro e protetor de linha, tomadas em barras desmontáveis. Lançaremos, também, o complemento da linha de adaptadores com os adaptadores reversos.

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T I - e l e t r o l a r n e w s - n ota s

DEXCOM RECEBE ISO 9001:2008

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A

empresa especializada na distribuição de produtos de informática concluiu, em dezembro, o processo de certificação ISO 9001:2008. A auditoria, realizada pela SGS, uma das maiores empresas do mundo em certificações, testes e inspeções, comprovou que o sistema de gestão de qualidade da Dexcom está de acordo com as melhores práticas. “A certificação demonstra o compromisso da empresa com a qualidade nos processos e com a satisfação dos clientes. Visamos a melhoria contínua do sistema da qualidade, integrando-o >>

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DATEN INVESTE R$ 1 MILHÃO

ara expandir sua unidade fabril em Ilhéus (BA), a Daten Computadores vai investir R$ 1 milhão. Com o aporte, a área será ampliada para 2,1 mil m², o que permitirá à empresa triplicar o volume de produção de desktops, notebooks, servidores e media centers, que hoje é de 80 mil peças/ano. >>

C

à realidade das mudanças globais”, explica Marcos Shimojo, gerente de engenharia da empresa. Responsável pelo projeto, Shimojo afirma que a certificação validou a eficácia do sistema da qualidade da empresa em conformidade com as exigências do padrão ISO. “Os requisitos da certificação serão continuamente revistos para incorporar novos conceitos e práticas de gestão empresarial, com auditorias periódicas para a avaliação dos resultados. Todos os nossos colaboradores estão comprometidos com o processo.”

Ao mirar os mercados doméstico e corporativo, a Daten aproveitará a expansão para cobrir de forma mais intensa a região Nordeste, seu mercado tradicional, e aumentar o alcance no Norte e Centro-Oeste, além de inserir seus computadores nos demais estados do país.

INTEL TREINA PELA WEB

om o objetivo de capacitar os vendedores de redes varejistas que comercializam produtos que têm seus processadores, a Intel investe em treinamentos pela web.“Temos novidades tecnológicas em quase todo trimestre e precisamos alinhar a comunicação com o varejo, visando boas vendas”, conta Carlos Luzzi, diretor da

área de consumo da empresa. Os treinamentos ficam disponíveis aos vendedores autorizados a realizá-los na plataforma VarejoExpert, desenvolvida pela Take 5. Eles têm, ainda, acesso a vídeos, avaliações, fóruns e certificação on-line. A Intel acompanha o desempenho dos profissionais por meio de relatórios disponibilizados pela Take 5.

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comPonEnTEs

Pries Apesar da queda de faturamento, a empresa considera que o ano foi vitorioso, pois com gestão profissionalizada, investiu no reaparelhamento da área de produção e na capacitação de seus colaboradores. A entrevista é de Eduardo Tirapelle, presidente da Pries. BALANÇO DE 2009 O ano foi muito positivo, digno de comemoração. Quando a Pries completou 55 anos de existência, Gunther Pries profissionalizou a gestão, transferindo-a para mim com o compromisso de promover os ajustes necessários para reconduzi-la ao sucesso. O início do ano foi muito difícil, devido à crise mundial, mas no fim o resultado mostrou-se muito superior a mais otimista expectativa de quando o projeto começou, em julho. Os níveis de faturamento e produção voltaram ao patamar pré-crise e investimos forte na capacitação de nossos colaboradores e no reaparelhamento da área de produção. COMPORTAMENTO DA EMPRESA Começamos o ano com elevada ociosidade, mas terminamos muito próximos da ocupação ideal da capacidade instalada de produção. Prevíamos baixa de até 45% no faturamento, mas a queda foi inferior a 20%. Não podemos dizer que foi uma vitória, mas, considerando o fraco desempenho do mercado no primeiro semestre, temos muito a comemorar. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO A mudança de cultura implementada pela profissionalização da gestão, com base no trabalho em equipe e na disseminação de visão estratégica em todos os níveis da organização. A alteração parece sutil, mas, quando bem compreendida pelos colaboradores, faz diferença significativa nos resultados operacionais e se torna ferramenta extremamente motivacional para todos os líderes. O QUE FOI NEGATIVO A necessidade de cortar pessoal. Demissões sempre afetam as equipes, mas são necessárias em momentos difíceis. Felizmente, com a retomada da economia e com o aumento das vendas e da produção, estamos revertendo o quadro. POLÍTICA ECONÔMICA Não nos afetou diretamente, mas como empresa que atua no mercado B2B, o aumento das vendas dos clientes, seguramente, foi o principal elemento para nossa retomada. REDUÇÃO DO IPI

PRODUTOS / SUSTENTABILIDADE A Pries não lança produtos diretamente no mercado. Produz o que os clientes projetam. Considerando itens com início de produção em 2009, o número total superou em muito o volume de 2008. O segundo semestre foi desafiador para nossas equipes de engenharia e comercial, que trabalharam muito para atender as exigências e os prazos de nossos clientes. O resultado do esforço conjunto permitiu-nos colocar, em média, um produto novo por dia em produção seriada a partir de setembro. A marca é histórica e digna de registro. EXPORTAÇÕES Hoje, têm papel menos representativo no faturamento, mas é algo temporário. Temos uma operação já consolidada no México e pretendemos expandir a área de cobertura. A valorização do real causou perda de competitividade em alguns itens, o que nos levou a diminuir o foco na exportação em 2008 e 2009. EXPECTATIVAS PARA 2010 Nossos vendedores começaram o ano com um giro pela América Latina, para alinhavar as estratégias aos diferentes clientes e mercados. Projetamos, pelo menos, dobrar o volume de exportação em 2010, até mesmo com a entrada em mercados que nunca foram atendidos pela empresa. LANÇAMENTOS

Aumentou as vendas e deveria ser estendida para outros itens. O segmento produtivo precisa de ações concretas do governo no sentido de ser implementada a desoneração da carga tributária, 142

sabidamente uma das maiores do mundo. É uma pena nossos governantes não serem capazes de gerenciar o ciclo virtuoso que seria possível criar com a adoção de medidas concretas de redução permanente da carga tributária.

Seguramente, o número total de itens novos colocados em produção, em 2010, deverá superar o do ano passado.

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Sabaf Em 2009, a empresa investiu para aumentar sua capacidade produtiva e implantar novo sistema de gestão empresarial. No próximo trimestre, planeja lançar uma família de queimadores. A entrevista é de Rogério Nabarretti, diretor da Sabaf Brasil. BALANÇO DE 2009 O ano foi bastante complexo e difícil, devido à incerteza da crise financeira, ao aumento das matérias-primas e às grandes variações dos volumes de venda. Apesar desse cenário, fechamos 2009 com as vendas ligeiramente acima do planejado e com resultado positivo. Concluímos o investimento no aumento da capacidade produtiva e a implantação do novo sistema de gestão empresarial, proporcionando à empresa a conexão direta e em tempo real com a matriz italiana. COMPORTAMENTO DA EMPRESA Sofremos bastante com a grande flutuação das vendas, baixas no primeiro semestre e fortes no segundo. Conseguimos atender as necessidades de nossos clientes graças à flexibilidade da empresa. Contra toda e qualquer previsão que pleiteamos, nosso resultado superou as expectativas. O faturamento ficou acima do registrado em 2008. ASPECTOS POSITIVOS DO ANO Efetivamente, a crise internacional não atingiu fortemente a América Latina. Apesar de todo o temor, a Sabaf superou a crise devido sua solidez econômica e financeira. Enquanto muitas empresas reduziram mercado ou até quebraram, aumentamos nossa cota. Importante acrescentar que o estímulo ao consumo e o crescimento continuado do mercado de fogões de mesa foram fatores bastante positivos. O QUE FOI NEGATIVO

redução do IPI estimulou o consumo e garantiu bons números. PRODUTOS / SUSTENTABILIDADE Desafortunadamente, a crise levou fabricantes da linha branca a adiar seus projetos e, consequentemente, tivemos de rever o planejamento de alguns lançamentos. Na Sabaf, o conceito de sustentabilidade começa desde pesquisas constantes para obter tecnologia de ponta, combinando desenho e baixo impacto ambiental, permitindo maior economia de energia e menos poluição. Sem esse compromisso, seria inútil afirmar que a empresa é líder mundial em desenho, produção e distribuição de componentes de alta eficiência. Atualmente, estamos trabalhando em novo produto que terá, como atributos, o desenho e a maior eficiência, que deverá ser lançado no próximo trimestre. EXPORTAÇÕES

A incerteza financeira fez com que nossos clientes de exportação reduzissem drasticamente seus volumes no primeiro semestre. Depois, o aumento das commodities pressionou nossos custos e, como consequência, tivemos de fazer um esforço adicional para atingir nosso resultado.

Mesmo com a forte valorização do real e o aumento das matériasprimas, cresceu nossa participação no mercado centro e sul-americano sobre o ano anterior. Nossa solidez financeira e a política comercial sustentável permitiram-nos manter os preços estáveis durante todo o ano passado para os clientes de exportação, o que consolidou a relação e fortaleceu nossa imagem.

POLÍTICA ECONÔMICA

EXPECTATIVAS PARA 2010

A política contribuiu de modo positivo, principalmente no caso das medidas pontuais para estimular o consumo na ponta. Mas ainda insistimos que, no longo prazo, o governo deve reduzir os gastos, a carga tributária e a taxa de juros.

Estamos bastante otimistas, pois o período pós-crise fortaleceunos. Como em 2009 investimos no aumento da nossa capacidade de produção, esperamos crescimento bastante expressivo este ano.

REDUÇÃO DO IPI

LANÇAMENTOS

Fornecemos componentes para os fabricantes da linha branca, portanto, dependemos indiretamente do mercado varejista. A

No segundo trimestre, lançaremos uma família de queimadores de alta eficiência, com desenho inovador.

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ELETROLAR SHOW

Conexão plena para novos negócios A edição de 2010 comemora os cinco anos da única feira B2B do segmento de eletrodomésticos e eletroeletrônicos.

E

m ano de Copa do Mundo, o primeiro gol é da Eletrolar Show: 85% do espaço da única feira de negócios do segmento de eletrodomésticos e eletroeletrônicos estão ocupados. É a prova cabal de que o termo conexões – mote da feira deste ano – é o mais adequado para o evento que abre oportunidades para novos negócios e parcerias, propicia ganho de produtividade e cria novos canais de comercialização. Participarão da Eletrolar Show, até o momento, Alcateia, AMD, BMA, Asus,H-Buster, Acer, Buy Digital, Batiki, Space BR, Mondial, Latina Eletrodomésticos, Ice House, Grupo Anovati, K-Mex, Mallory, Antenas Aquário, Jacto Clean Coletek, Crivitta, Dealer Computadores, De’Longhi, Elgin, Ga.Ma Italy, Garantech, Ipig, Houter, Joape, Lavorwash, Leader Tech, Lenoxx Sound, Login Informática, Maxprint, Megatech, Metavila, Move, Multilaser, Multitoc, Pauta Distribuição, Philips Monitores, SND, Tenda Tecnology, U-Tech, Wahl, Wap e Yins. Mais uma vez, a feira terá o apoio da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio), da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e da Associação das Entidades Representativas e Empresas de Serviço Autorizado em Eletroeletrônicos (Abrasa).

Eletrolar Show elimina barreiras comerciais, fomenta negócios e contribui para o crescimento do setor.

Para Carlos Clur, diretor da Azul Play, empresa que organiza a Eletrolar Show, o alto índice de adesão comprova que a feira está consolidada como o mais importante canal de negociação do mercado.“A Eletrolar Show foi concebida para valorizar a indústria e o varejo do país e para receber exclusivamente profissionais. É uma conexão plena entre redes de varejo de grande, médio e pequeno portes, atacadistas, distribuidores, exportadores, hiper e supermercados, lojas de departamento, home centers, importadores e mercado corporativo”, explica. CREDIBILIDADE O mercado reconhece que a Eletrolar Show é a primeira iniciativa de peso voltada ao segmento depois que foi extinta a UD. Mas é diferente desta, porque não é aberta ao público e, como visa apenas os profissionais, abre um campo totalmente voltado aos negócios. “A cada ano a feira firma-se mais como importante espaço desse imenso mercado, porque permite à indústria conhecer os vários tipos de varejo”, explica o diretor. Novamente, serão convidados mais de 200 compradores de todo o Brasil, que virão a São Paulo com passagem e hospedagem pagas pela Azul Play. A empresa também investiu em novidades – um software maximiza o universo do varejista, que poderá, um mês antes da feira, visualizar na internet as empresas expositoras e, por meio de login e senha, agendar as reuniões –, e em marketing direto com o público que decide a compra. IMPORTÂNCIA A Eletrolar Show ultrapassa o pleno apoio à indústria e ao varejo, bem como à maior aproximação entre ambos. É produtiva por144

Fotos: Reinaldo Canato

que é dirigida ao que realmente interessa a cada empresa, a cada comprador e participante. Elimina barreiras comerciais, fomenta os negócios e contribui para o crescimento do setor. “Nosso objetivo é conectar compradores e vendedores desse mercado, que é alimentado pelas novidades, pois hoje o consumidor final quer mais tecnologia em qualquer tipo de produto, dos mais simples até os altamente sofisticados”, afirma Clur. O mercado de eletrodomésticos e eletroeletrônicos, onde se inserem as empresas voltadas à tecnologia da informação, está em constante mutação. A redução do IPI para alguns produtos da linha branca e de móveis mostrou não só que o consumo se move quando o preço baixa, como a importância de ser revista a tributação sobre itens que há 20 anos não eram essenciais, caso da máquina de lavar roupas, indispensável na vida moderna. Também é inegável o crescimento do mercado de TI, cada vez mais responsável pela elevação do faturamento das redes de varejo. A 5ª Eletrolar Show será realizada de 20 a 23 de julho, no Transamérica Expo Center, que fica na avenida Dr. Mário Villas Boas Rodrigues, 387, na cidade de São Paulo. Seu horário de funcionamento será das 13 às 21 horas e o cadastramento pode ser feito no endereço www.eletrolarshow.com.br.

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CONEXÕES Participe da Eletrolar Show 2010 e amplie suas conexões com a indústria e o varejo.

Única feira de negócios do setor de eletrodomésticos e eletroeletrônicos.


20 a 23 de julho de 2010, 13h às 21h Transamérica Expo Center Av. Dr. Mário Villas Boas Rodrigues, 387 São Paulo - SP - Brasil

A ELETROLAR SHOW é um evento exclusivamente B2B, dirigido para indústria e o varejo de eletrodomésticos e eletroeletrônicos do Brasil. Nessa grande reunião, fornecedores e lojistas encontram-se para realizar parcerias, conhecer tendências e, principalmente, fechar negócios. O evento, que foi um sucesso em 2009, promete muito mais para 2010. Você que quer avançar nos negócios não pode ficar de fora.

Visitantes Redes de varejo de pequeno, médio e grande portes » Atacadistas » Distribuidores » Exportadores » Hiper e supermercados Home centers » Importadores » Lojas de departamento » Mercado corporativo Mais de 7 mil visitantes da indústria e do varejo de eletrodomésticos e eletroeletrônicos, sendo que 200 deles terão as despesas de passagem e hospedagem pagas pela Azul Play, organizadora do evento.

Abaixo uma amostra de alguns dos importantes varejistas que marcaram presença no evento: Rede

Nº lojas

A. ANGELONI & CIA. LTDA. AMBIENT AIR ARMAZÉM PARAÍBA ATACADÃO DO PAPEL BERLANDA

20 5 369 6 113

Rede

Nº lojas 46

LOJAS PRESIDENTE

DIEMENTZ COM.ELETROMOVEIS

60

LOJAS QUERO-QUERO LOJAS SALFER

170

LOJAS SANTA TEREZINHA

47

DUFRY SOUTH AMERICA

13

LOJAS SIPOLATTI

25

105

LOJAS SOLAR

37

29

LOJAS VOLPATO

55

MACAVI

44

ELETRO SHOPPING CASA AMARELA

43

ELETROMÓVEIS MARTINELLO

7

71

110

18

56

7

DISMOBRAS - CITYLAR

BJ SANTOS BRETAS SUPERMERCADOS

Nº lojas

DISMAR DISTRIBUIDORA MARINGÁ

BF UTILIDADES DOMÉSTICAS BONANZA SUPERMERCADOS

Rede

DELTASUL UTLIDADES

ELETROZEMA FAST SHOP

C&C - CONIBRA CASA & CONSTRUÇÃO 42

FNAC

CARREFOUR

242

141

51

MAGAZINE LILIANI

55

8

MAGAZINE LUIZA

450

Rede TENDA ATACADO WAL-MART

39

ZENIR MÓVEIS

23

TOTAL

FS VASCONCELOS - LOJAS MAIA

143

MAKRO

67

BESTSHOPTV.COM

69

FUJIOKA CINE FOTO SOM LTDA.

61

MANLEC

39

BIG SHOP

CASAS BAHIA

500

GAZIN

MARTINS COM. SERV. DIST. S/A

45

COMPRAFACIL.COM E HERMES

CASAS PERNAMBUCANAS

277

HAVAN LOJAS DE DEPTO. LTDA.

CIA. BRASILEIRA DE DISTRIBUIÇÃO

599

IBYTE

3

MERCADOMÓVEIS LTDA.

124

ELETROCELL

MÓVEIS BRASÍLIA

11

ELETROSHOPPING

CIA. ZAFFARI

27

J.MAHFUZ

41

MULTICOISAS

74

LOJATUDO.COM

COM RABELO SOM & IMAGEM

44

KALUNGA

56

MULTILOJA TOTAL

63

MUNDOMAR

COM. ELETROD. PEDRO OBINO JR. LTDA. 75

LASER ELETRO

84

MULTISOM COM. E IMP. LTDA.

76

TAMIRADO

COM. SÃO JORGE

44

LEOLAR

53

NOVO MUNDO

90

COMBAT MÓVEIS E ELETROD. LTDA.

20

LEROY MERLIN

18

PEG & FAÇA

12

COMMCENTER

84

LOJAS AMERICANAS

468

POLISHOP

90

177

PONTO DE PROMOÇÃO

COMPUJOB INFORMÁTICA

4

LOJAS CEM

COOKELETRORARO

3

LOJAS CERTEL

COOP - COOPERATIVA DE CONSUMO

28

COOPERATIVA A1

16

CYBELAR

69

LOJAS COMPETIÇÃO

18

SCHUMANN MÓVEIS E ELETROD.

D.G.M. ELETRO MÓVEIS LTDA.

31

LOJAS EDMIL

52

SUPERMERCADO ARCO-ÍRIS

7

DADALTO

25

LOJAS GUAIBIM

25

SUPERMERCADOS NORDESTÃO

7

SUPERMERCADOS SCHUTZE

2

DECORLIZ LAR CENTER

4

23

59

PONTO FRIO

456

LOJAS CIMOPAR

28

REDE ELETROSOM

120

LOJAS COLOMBO

365

RICARDO ELETRO

260

LOJAS INSINUANTE

236

8.639

COMÉRCIO ELETRÔNICO

115

15

12 352

XAVIER COMERCIAL

CASA & VIDEO

144

Nº lojas

31

Pl


11

3034-4100

www.eletrolarshow.com.br info@azulplay.com.br

Os expositores puderam contar com uma visitação qualificada, profissionais do varejo que decidem e/ou aprovam as compras. DECISÃO DE COMPRA Recomenda 28%

CARGO Autônomo 8%

Aprova 30%

RAMO DE ATIVIDADE Atacadista 9%

Comprador 8%

Vendedor 8% Diretor Presidente 10%

Distribuidores 20%

Vendedor 8% Varejo 46%

Não tem envolvimento 8%

Supervisor Coordenador 7%

Gerente 22% Específica 7%

Compra 27%

Exportadores 3%

Representante 10%

Home centers 6% Proprietário / Sócio 22%

Lojas de depto. 8%

Importadores 8%

Perfil do expositor Linha branca » Linha marrom » Portáteis » Personal care » Telefonia » Informática » Fitness » Brinquedos » Utilidades domésticas » Serviços

Expositores das últimas edições:

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CONEXÕES Participe da Eletrolar Show 2010 e amplie suas conexões com a indústria e o varejo.

Única feira de negócios do setor de eletrodomésticos e eletroeletrônicos. 20 a 23 de julho de 2010 Transamérica Expo Center - São Paulo www.eletrolarshow.com.br 11 3034-4100


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