Manchete Online #6

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Ano I • Edição 006 • março de 2011

Pega no balanço da



Algumas coisas nada mudam. Outras vivem em constante evolução. em breve


Ă­n dice

Releituras de uma velha lenda: O Fim

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Revista Manchete


Raphael Diaz | Presidente Luan Borges e Natália Branco | Vice-presidentes

PROJETOS E LOGÍSTICA Raphael Diaz | Presidente Executivo Luan Borges e Natália Branco | Conselho Editorial Luan Borges | Diretor de Planejamento e Controle Natália Branco | Gerente Raphael Diaz | Diretor-geral Natália Branco | Diretora Núcleo Cinema Paulo Victor | Diretor Núcleo Séries

06 Carta do Editor 07 Outro Olhar 14 Manchete em Cena 16 35mm 26 Momento €conomico 28 Especial Entrevista 36 Instante e Poesia

PROJETO EDITORIAL Raphael Diaz | Editor-chefe Luan Borges | Editor Raphael Diaz e Natália Branco | Editores de Arte Raphael Diaz e Luan Borges | Designer Raphael Diaz | Revisão

CONTATO PUBLICITÁRIO Raphael Diaz - contato@mancheteonline.com

Ivan Santos Junior e Talita Amorim | Colaboraram nessa edição

contato@mancheteonline.com www.mancheteonline.com @MancheteOnline © Manchete Online - 2011 - Todos os direitos reservados - É proibida a reprodução do conteúdo desta revista em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem prévia autorização da revista Manchete Online. Todas as imagens utilizadas nessa revista são originárias de sites externos e a Manchete Online não reivindica nenhum crédito para si, a não ser que especificado. Se você (ou sua empresa) possui os direitos de alguma imagem e não quer que ela apareça aqui, favor entre em contato e ela será removida imediatamente. Não possuímos nenhum vínculo (pessoal ou profissional) com quaisquer integrantes da família Bloch ou semelhantes, sendo nosso trabalho inteiramento uma homenagem.


ca rta do e ditor

12 de março de 2011

Q

uando começamos, era apenas um projeto qualquer. Uma brincadeira pra passar tempo. Tempo que nós, quatro jovens, tinhamos de sobra... Mas o tempo passou, e chegamos aqui, na derradeira edição final. Não! Não desistimos de escrever. Só achamos que o tempo das homenagens passou. Não sei ao certo se essa é uma boa decisão, mas eu não costumo duvidar da minha intuição. Muitos nos xingaram. Pois é... Pasmem! Em pleno século XXI ainda tem gente que se acha dono do mundo e de todos e acima da tão temida “liberdade de opinião”. À você, minha querida, tenho apenas um muito obrigado. Seus cutucões serviram pra que eu, diferente de você, crescesse. NUnca tive medo das críticas, pois elas nos ensinam aonde estamos errando. Bom, doeu, confesso. Não quero abrir mão de algo que não é meu, mas que ao mesmo tempo fez parte da minha história nesses últimos meses. Não tenho muito o que dizer antes que desista de escrever essa última carta como editor da Manchete. Só me resta agradecer à Natália, pela paciências nas cobranças ds matérias; ao Paulo Victor, à Nayra, ao Valber... Quem diria que nós, que nascemos em três, chegaríamos à uma equipe de meia dúzia. Bom, ao Luan eu tenho mais que uma dívida de vida, uma dívida de alma. Quanto ele me escutou, me aturou e mais além. varou madrugadas escrevendo, pesquisando e me aturando mais um pouco (sim, eu consigo ser MUITO chato). Meus agradecimentos também à quem passou por essas páginas nesses seis meses. Não daria pra listar todo mundo. Só me resta dizer que o que fiz foi de coração. Não morremos, apenas hibernamos. Logo logo renasceremos das cinzas, tal qual a lenda da Fênix Eu deixo com vocês a última e derradeira edição da Manchete, a revista única!

Editor-Chefe

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Revista Manchete


por Adolpho Bloch

Fiz uma vez uma receita de viver... Viver é expandir, iluminar. Viver e derrubar barreiras entre os homens e o mundo. Compreender. Saber que, muitas vezes nossa jaula somos nós mesmos, que vivemos polindo as nossas grades, ao invés delas nos libertarmos. Procuro descobrir nos outros sua dimensão universal, única. Sou coletivo. Tenho o mundo dentro de mim. Um profundo respeito humano. Uma enorme respeito à vida acredito nos homens. Até nos vigaristas. Procuro desenvolver um sentido de identificação com o resto da humanidade. Não nado em piscina se tenho o mar. Por respeitar cada ser humano, em todos os cantos da terra, e por gostar de gente - gostar de gostar - é que encontra em cada indivíduo o reflexo do universo. As pessoas chamam de amor ao amor-próprio. Chamam de amor ao sexo. Chamam de amor a uma porção de coisas que não são amor. Enquan-

outro olha r

Receita de viver

to a humanidade não definir o amor, enquanto não perceber que o amor é algo que independe da posse, do egocentrismo, da planificação, do medo de perder, da necessidade de ser correspondido, o amor não será amor. A gente só é o que faz aos outros. Somos conseqüência dessa ação. Não fazer me deixa extenuadão. Talvez a coisa mais importante na vida seja não vencer na vida, não se realizar. O homem deve viver se realizando. O realizado botou ponto final. Não podemos viver, permanentemente, grandes momentos. Mais podemos cultivar sua expectativa. Acredito em milagres. Nada mais miraculoso que a realidade de cada instante. Acredito no sobrenatural. O sobrenatural seria o natural mal explicado, se o natural tivesse explicação. Enquanto o homem não marcaram um encontro consigo mesmo, verá o mundo com prisma deformada e construirá um mundo, em que a lua terá prioridade. Um mundo de mais lua que luar. •

Manchete Revista Manchete Online

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dos s iê ma nche te

Fim

ou mero acaso?

Religião ou pura ciência, o fim é até hoje uma incógnita temida por uns e desejado por tantos outros. Tudo na vida (e até fora dela) tem um ponto final. Será? por Luan

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Borges • colaboração Talita Amorim


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Esta é a sexta edição. Seis meses de trabalho, doação e dedicação. Meio ano onde toda a nossa equipe vestia Manchete, respirava Manchete, sonhava Manchete e só pensava Manchete. Seis meses e uma polêmica: o nosso nome. Não foi nem uma, nem duas pessoas que chegou pra gente e falou: “Isso não vai dar problema?”. E a nossa resposta sempre foi a mesma: “Não sabemos”. Agradecemos a preocupação, mas a nossa intenção sempre foi homenagear a Manchete. A Manchete de Adolpho Bloch. A revista mais importante da última metade do último século. E nosso dever foi cumprido. Foram seis edições honrando o nome Manchete e resgatando o legado de Adolpho Bloch. Mas não estou aqui escrevendo para cair em lágrimas. Estou aqui pra contar como foram esses seis meses de Manchete. Como tudo começou, como tudo andou, e como tudo terminou. Era julho, quando Raphael Diaz, editorchefe desta publicação, me chamou para refazer a Manchete. A minha reação foi a mesma de várias outras pessoas: “Mas isso não vai dar problema?”. Todo mundo durante a vida tem

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que tomar decisões importantes: sensatas ou loucas. Mas, para uma vida mais interessante, as loucas são as melhores. A vida é feita de ciclos. Um ano que se termina, e imediatamente começa outro. A difícil missão da separação que o fim obriga. A dor do “adeus”. O fim não passa de um mero detalhe no ciclo da vida. O fim é apenas um meio entre dois mundos, duas fases, duas eras. O fim é apenas a certeza daquilo que começa, assim como a morte é a única certeza da vida. Por mais comum que seja o fim em nossas vidas, nunca sabemos como lidar com ele. Seja o fim da nossa banda favorita, da nossa novela favorita, da nossa pessoa favorita. O fim choca. O fim entreistece. O fim de um namoro, que você achava ser para sempre, parece ser o fim do mundo. Mas, no fim das contas, você vê que não era tudo aquilo, e parte pra outra. Quando começou Foi quando eu topei o projeto. Reunimos uma boa galera: Natália Branco (vice-presidente e responsável pela coluna “Manchete Cinema”),


Paulo Victor (dono do site Séries no PC e responsável pela coluna “TV em Linhas”) e, mais recentemente, Válber Marcelino (responsável pela coluna “Momento €conômico”). Durante essas seis edições, muita gente boa colaborou com a gente, e pelas nossas capas já passaram fenômenos do Twitter, como Maysa (@ meumundocaiu), Miranda (@mirandaprestly) e Paola Bracho (@paolapoder), além de matérias jornalísticas, como “É a vez do salto-alto ou da gravata?”, sobre o segundo turno eleitoral, e “2011 - o ano das realizações”, com as previsões de artistas pela Madame Alya Amaya. Nosso trabalho não ficou restrito a revista. No nosso Twitter, realizamos grandes coberturas, sempre marcadas por hastags: #Eleições2010, #Teleton2010, #AtaquesRJ, #ChuvasRJ, #ChuvasSP, #ChuvasMG, e, a nossa última grande cobertura, #ApagãoNE, todas trazendo informações em primeira mão, antes dos grandes portais de notícia. A Manchete também foi uma revista aberta para o público, o que gerou a coluna “Outro Olhar”, que nasceu na terceira edição. Textos escritos por leitores e convidados, um

por cada edição. Pela Outro Olhar, já passaram Marina Nascimento (“Escrever é uma arte, escolher o tema faz parte...”, na edição #3), Lisângela Lúcia (“O professor é uma ferramenta para transformação...”, na edição #4) e Lucas Rafhael (“O amor banalizado”, na edição #5). A nossa Manchete também foi a Manchete das grandes reportagens. Já na primeira edição, a marca da opinião pode ser vista nas matérias “O homem que acabou com o Jornal do Brasil” e “O futuro do Jornal do Brasil e do jornal no Brasil”, até a última edição, com a matéria “Alô?”, uma investigação feita sobre as irregularidades do callTV “Quiz TV”, que repercutiu em diversos sites. E quando poderiam pensar que três jovens, fãs de Adolpho Bloch, renasceriam a Manchete com tanta qualidade e dedicação? Nossa missão foi cumprida. E é com essa sensação que dizemos: Conseguimos. The end of the line O fim. Esse momento temido por uns, aguardado por outros, mas inevitável, sempre

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despertou a curiosidade e o medo de todos. Afinal, o que é o fim? Uma simples separação entre um ciclo e outro. Uma forma de recomeço. O fim de uma era. O fim de uma carreira. O fim de um império. Na história da humanidade, o fim sempre foi sinônimo de recomeço. Como o fim do Império Romano, que formou o mundo como conhecemos hoje, como a Revolução Francesa, que marcou o fim da Idade Moderna e o início da Idade Contemporânea, ou como Revolução Russa, que acabou com o império dos Czares, instaurou o regime comunista e a Era Soviética. A vida é feita de fins e recomeços. Todas as religiões procuram explicar o fim. O espiritismo, diz que o fim da vida é apenas um recomeço para um outro plano, e que depois, reencarnamos e recomeçamos o ciclo da vida. E é assim que nos sentimos. Quando um ciclo da nossa vida se encerra, tentamos começar outro, andar por novos caminhos, respirar novos ares. Todos buscam e lutam para o fim de algo, visando um novo começo. Como os protestantes do Egito, que lutaram para o fim da

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ditadura de Osnir Mubarak, para o começo de uma nova fase de democracia. Como os manifestantes da Líbia, que lutam para o fim da ditadura de Muammar Kadafi, para o começo de uma era de libertação. O que marca o fim é a forma que ele acontece. Como o fim de herói, com Getúlio Vargas e seu célebre “saio da vida, para entrar na história”. Como o fim desonrado, com Ronaldo, obeso, e o seu “o hipotiroidismo me venceu”. No final, o fim está sempre junto com o início. O “The End” estará sempre próximo do “Start”, e, porque não, do “Restart”. O fim dói, mas é sadio. O fim arde, mas é preciso. O fim existe, e precisa ser vivido. O fim faz parte, para que exista um começo. O fim não passa de um caminho. Como a lenda da Fênix, que ressurge das cinzas, bela e maravilhosa, pronta para um novo começo. É esse legado que a Fênix deixa para o fim: o começo. Acaba sendo a mesma coisa. O fim é o começo. Não chore por um fim. Ele é apenas o começo. •


“Toda a vez que assumimos responsabilidades no trabalho, mais fácil a vida se torna. Tenho muito o que fazer.”

Adolpho Bloch

18 de setembro de 1977

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A Framboesa do Oscar 2011

por Natália

Branco

Começo de ano é sempre o mesmo. Os even- Ator. tos mais esperados durante o ano acontecem Um dia antes do Oscar, há a entrega de nessa época. Férias, Carnaval, Globo de prêmios do Framboesa de Ouro, os piores Ouro, Framboesa de Ouro e Oscar. Claro do cinema. Mesmo com essa idéia cômique cada evento é mais esperado por um ca, é interessante ver que ótimos atores grupo de pessoas. O carnaval é esperado também tem seus pontos fracos e ótipelos foliões, e a entrega de prêmios pelos mas produções podem ser decepcionancinéfilos. tes. O elenco de Sex and the City 2 e O Globo de Ouro, julgado Ashton Kutcher podem ser um supor jornalistas, anuncia os favoricesso entre as mulheres, mas não tos ao Oscar, o maior prêmio do ciconvenceram pelo filme baseado nema. Os filmes favoritos foram O no seriado homônimo e Par PerVencedor, A Rede Social, O Discurso feito / Idas e Vindas do Amor, resdo Rei, Cisne Negro, Minhas mães e pectivamente. Nem mesmo Jessica meu pai. Os prêmios para atuação Alba e o galã das fãs de Crepúsculo, dramática foram justos. Colin FirJackson Rathbone escaparam. Ela th arrebentou em O Discurso do Rei, por vários filmes e ele por Eclipse / O mostrando ser um ator versátil e Natalie último mestre do ar. Este último não Portman demonstrou ser absurdamente convenceu nem os fãs do anime que “bipolar” em Cisne Negro. Aos coadjufoi inspirado, Avatar, e foi o Pior Filme vantes, Melissa Leo, de O Vencedor, fez de 2011. Filmes como Burlesque conum ótimo trabalho ao lado de Christian correu ao Melhor Filme e a Pior Atriz Bale, do mesmo filme, que resolveu, fiCoadjuvante graças a Cher. nalmente, mostrar que não faz somente O evento mais esperado não foi papéis sem graças. David Fincher, consemuito diferente do Globo de Ouro. Coguiu o prêmio de Melhor Diretor e Melin Firth, Natalie Portman, Melissa Leo lhor Filme por A Rede Social. Justo. e Christian Bale ganharam os mesmos Na Comédia, Minhas Mães e Meu prêmios indicados no outro evento. Pai mostrou que não é só uma comédia Surpresas? Talvez pelas categorias Codramática sem graça e recebeu o prêmio adjuvantes, que poderia ter sido difede Melhor Filme. Annette Bening mostrou rente. As únicas diferenças nas categorias que tem talento de sobra em Miprincipais foram Melhor Filme e nhas Mães e Meu Pai e ganhou o Melhor Diretor, que foram jusprêmio de Melhor Atriz. Igualtos com O Discurso do Rei. mente para Paul Giamatti, um Prêmios merecidos ou não, ator completo, que conseguiu as entregas são sempre mais demonstrar seu talento em A esperadas, elogiadas e criticaMinha Versão do Amor e fez por das por todos que são cinéfilos merecer o prêmio de Melhor ou não. • Revista Manchete


Framboesa de Ouro

Globo de Ouro

✦Pior Filme O Último Mestre do Ar

✦Melhor Filme Drama A Rede Social

✦Pior Diretor M. Night Shyamalan (O Último Mestre do Ar)

✦Melhor Filme Comédia / Musical Minhas Mães e Meu Pai ✦Melhor Diretor David Fincher (A Rede Social)

✦Pior Ator Ashton Kutcher (Par Perfeito / Idas e Vindas do Amor)

✦Melhor Ator Colin Firth (O Discurso do Rei)

✦Pior Atriz Sarah Jessica Parker, Kim Cattrall, Kristin Davis e Cynthia Nixon (Sex and the City 2)

✦Melhor Atriz Natalie Portman (Cisne Negro)

Oscar ✦Melhor Filme Drama A Rede Social ✦Melhor Diretor Tom Hooper (O Discurso do Rei) ✦Melhor Ator Colin Firth (O Discurso do Rei) ✦Melhor Atriz Natalie Portman (Cisne Negro)

Clique nos boxes para ver a lista completa Revista Manchete

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momento € conoô mico 26

A economia do Com o passar dos anos, a tecnologia alcançou patamares elevados, a especialização e a capacitação do mercado de trabalho se tornaram indispensáveis e o homem (mão de obra técnica), infelizmente, foi substituído por máquinas ou por trabalhadores com um grau superior de conhecimento elevando-os à condição de desempregados. Como maneira fácil e honesta de fugir do desemprego, essas pessoas se tornaram trabalhadores de rua (camelôs), para obter uns rendimentos mínimos, capazes de garantir-lhes uma vida digna. O subemprego é um ponto, segundo especialistas, entre o emprego e o desemprego. Uma solução rápida encontrada pelo trabalhador para sustentar sua família. Conhecida também como trabalho informal. Muitas vezes esse subemprego ocorre devido a região não suportar o crescimento populacional, a intensa migração ou ainda a falta de políticas públicas de apoio ao trabalhador. O trabalho-oculto, o subemprego, já está inserido no âmago da nossa sociedade e hoje é tão comum no nosso dia-a-dia que a prática passa despercebida. Essa situação que deveria ser temporária acaba se tornando permanente quando o trabalhador não consegue retornar a economia formal, aquele que há o recebimento de salário mensal, carteira assinada, gratificações, direito a férias, etc. ou porque a atividade informal lhe traz um rendimento superior ao seu último emprego formal. O subemprego é responsável por não deixar "morrer de fome" uma fatia muito grande da população brasileira, apesar de gerar pouca renda per capita (fonte meramente empírica), é responsável por uma "geração de empregos" percentualmente volumosa, digamos que, apesar de gerar "x %" da renda nacional, gera "5x %" em empregos - no Revista Manchete

sentido de que, apesar da pouca rentabilidade, ocupa muita gente, não os deixando buscar outros meios de sobrevivência, como o crime ou tráfico de drogas. Os prejuízos do subemprego para o trabalhador se caracterizam na ausência de alguns

princípios que o Direito garante ao empregado formal, por exemplo, é o trabalho sem vínculos


o subemprego por Valber

Marcelino

ou benefícios fornecidos por uma empresa, sem carteira assinada, renda fixa e férias pagas. De qual forma poderíamos, governo e sociedade, reduzir o montante de trabalhadores na informalidade? Incentivando os patrões

vidual, onde a pessoa regularia sua empresa e pode empregar mais uma pessoa: pagando a previdência e outros benefícios, e criação ou expansão de centros de qualificação técnica para aplicação de cursos de reciclagem ou outros, garantindo um aperfeiçoamento da mão de obra daquele trabalhador. É interessante diferenciar o subemprego do trabalho autônomo e do profissional liberal. O trabalhador informal, inserido no subemprego, é o trabalhador de rua, o camelô, o catador de papel, o vendedor de bala no sinal, o flanelinha, já o trabalhador autônomo o Direito lhe garante alguns benefícios, embora não tenha vínculo empregatício, o trabalhador autônomo é o taxista, o cabeleireiro, pedreiro, costureira, entre outras; Alguns doutrinadores definem o profissional liberal como: “Todo aquele que desenvolve atividade específica de serviços, com independência técnica, e com qualificação determinada pela lei” entre eles, os médicos, dentistas, advogados e o consultores - profissional que entende muito de um assunto e decide prestar serviços, geralmente solucionando problemas, tanto para empresas quanto para pessoas. Em dezembro de 2010, segundo o IBGE, o desemprego foi o menor desde março de 2002 alcançando um nível de 5,3%, totalizando cerca de 1,3 milhão de pessoas desocupadas no Brasil. Este ano talvez esse cenário mude um pouco, e o desemprego volte a apresentar altas taxas, um ano de corte nos gastos públicos, aumentos do impostos e as elevadas taxas de inflação freiam a aceleração na economia, reduzindo a produção. Sem produção é difícil a geração de renda, se não está gerando renda, não tem como domésticos a assinarem carteira, fazendo pro- gerar emprego. • gramas positivos como a microempresa indiRevista Manchete

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espe cia l e ntrevis ta

Do

para o Tubo

Sucesso na internet, Salt Cover estreia no ComĂŠdia MTV em 2011 por

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Luan Borges


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Tudo começou como uma brincadeira na internet. Igor C. Barros publicou no Youtube alguns vídeos satirizando vinhetas da Rede Globo, em 2006. De lá pra cá, a Salt Cover acumulou muitos fãs e colaboradores. Em 2007, Daniel, conhecido com TVDNN, se juntou com Igor nessa brincadeira. Depois de uma breve pausa, de apenas dois anos, a Salt Cover volta como um canal oficial do Youtube. As sátiras aos grafismos das emissoras começaram a dividir espaço com sátiras em liveaction. Programas que antes figuravam os vídeos da Cover começaram a aparecer, como o “Vai Você”, apresentado por Ana Maria Briga. Hoje, a Salt Cover conta com uma equipe de 7 pessoas, que se revezam entre roteiro, produção, atuação e edição, e vem mais um projeto para o currículo desse pessoal de São Paulo e Santos: a partir de 2011, começam a produzir vinhetas do Comédia MTV, e fazer colaboração no roteiro. A Manchete traz uma entrevista exclusiva com a equipe da Salt Cover. Revista Manchete ❖ Primeiro eu quero dizer que sou fã da Salt Cover desde os primeiros vídeos. Vocês fazem um trabalho sensacional. Mas, me digam. De onde surgiu o nome Salt Cover? Salt Cover ❖ O nome surgiu quando o Igor, ainda criança, brincava com seu gravador e fazia imitações de um personagem evangélico infantil, chamado Salte (com e mesmo). Ele era o Salte cover. Os anos se passaram e aquelas brincadeiras se tornaram uma rádio que veio a ter o nome Salt Cover. O nome soava legal por ser composto como Rede Globo. RM ❖ A história da Salt Cover é dividida em fases, mas qual é a data de nascimento da Salt Cover? SC ❖ Difícil precisar quando ela surgiuu já que ela nasceu e renasceu várias vezes, mas a fase atual começou em 25 de fevereiro de 2010 quando nós retornamos com os vídeos da Salt Cover em um único canal no Youtube. RM ❖ O Igor já publicou no Youtube alguns vídeos da Salt Cover dos anos 90, muito antes até mesmo da popularização da internet. Ainda existem muitas ideias dessa época que estão esperando um remake? SC ❖ Sim, temos várias ideias para vídeos que estão engavetadas, como por exemplo, o programa de teleperguntas ambientado nos anos 50 ou 60. Esse é um vídeo que temos muita vontade de realizar em breve. RM ❖ A primeira fase da Salt Cover é de sá-

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tira das vinhetas das emissoras, mas eis que, por uma frase, o Youtube os coloca em xeque. Essa história foi resolvida ou vocês ainda estão em ameaça? SC ❖ A história nunca foi resolvida, mas por outro lado, foi tudo uma grande falha de comunicação da época em que o Youtube ainda não tinha escritório no Brasil. O problema foi com a frase "I'll be back" que foi considerada pelo Youtube americano como utilização de direito autoral da Fox sem autorização. Mas isso são águas passadas. Hoje a Salt Cover é um branding channel do Youtube e material nosso já foi para a capa do site como vídeo em destaque. RM ❖ Mas eis que, depois de alguns anos sem atividade, a Salt Cover dá a volta por cima e começa a publicar vídeos mais bem produzidos, até em live-action. Como foi essa volta da Cover? SC ❖ A Salt Cover sempre foi um hobby, mas, depois de escurtamos por várias vezes que a ideia era bacana e que devíamos investir nas produções, nos convecemos que poderia ser uma boa coisa. A Monalisa (Monalisa Lopes, atriz da Salt Cover) foi uma das incentivadoras. Ela ajudou na produção do vídeo As Paulistanas (que gerou mais de 100.000 acessos no Youtube) e tem ajudado nos roteiros dos vídeos atuais. Aliás, os roteiros se tornaram uma grande preocupação nessa nova fase. Os vídeos agora são muito bem pensados antes de serem feitos. Nossas produções ainda são feitas de forma amadora, apesar do salto de qualidade técnica dos últimos vídeos. A intenção é que »


Quem são eles? Igor C. Barros, criador da Salt Cover, ator, maestro e ilustrador. Nascido em São Paulo em 1976, Igor é editor de imagens profissional, locutor, produtor musical e cartunista. Daniel (TVDNN), ator, roteirista e ilustrador. Nascido no Rio de Janeiro em 1983, TVDNN é formado em jornalismo, mas atua como ilustrador e designer profissional em uma emissora de TV em São Paulo. Monalisa Lopes, atriz e roteirista. Nascida em Santos em 1983, Monalisa Lopes é formado em jornalismo, atua como produtora de jornalismo em uma emissora de TV em Santos. André Zamana, ator e colaborador. Nascido em São Paulo em 1982, André Zamana está se formando em jornalismo em 2011, atua como editor de imagens e ilustrador profissional. Le Viotti, atriz. Nascida em Santos em 1990, Le Viotti é bailarina formada, atriz e estudante de Arquitetura e Urbanismo. Patsy Pepper, produtora e roteirista. Nascida em São Paulo em 1977, Patsy Pepper cursa a faculdade de Sistemas de Internet.

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possamos fazer vídeo em formato wide a partir Sim, o nome da Salt Cover aparecerá no final do de agora. programa e, de vez em quando, algumas produções que fazemos para o Youtube vão pintar RM ❖ Vocês, nessa nova fase, despertaram dentro do Comédia. Vai ser sensacional! a atenção da mídia. O vídeo "As Paulistanas" chegou até a ser notícia na coluna do Flávio RM ❖ A Salt Cover guarda alguns mistérios, Ricco, se não me engano, e foi "homenageado", digamos assim, pelo extinto Casseta & Planeta. Como foi ver um grande colunista falando de vocês? SC ❖ Foi uma surpresa! Uma surpresa mesmo. Porque nós fizemos o vídeo sem grandes expectativas. De repente no primeiro dia, a contagem de exibições estava em 12 mil acessos... Tomamos até um susto. Parte se deve a uma campanha que fizemos no twitter para bombar um pouco o nome da Salt Cover e o vídeo. Para cada um que falava no seriado As Cariocas, mandávamos de volta uma mensagem convidando a pessoa a ver a sátira. Não sabemos até que ponto esse campanha influiu, mas pelo dados que temos, a exibição do vídeo na capa do Youtube deu uma grande alavancada nos acessos e no quanto o público conhece a Salt Cover. Alguns dias após isso ficamos sabendo que o vídeo seria divulgado na coluna do Flávio Ricco, que escreve para mais de 40 jornais e diversos portais da internet. Foi um dia de alegria imensa! O resultado é que hoje, o vídeo As Paulistanas tem mais de 100.000 acessos! RM ❖ Vocês anunciaram que na temporada de 2011, vocês vão fazer as vinhetas do "Comédia MTV". Como é que vão ser essas vinhetas? Vão ser usando a marca Salt Cover? SC ❖ Primeiro de tudo, é um sonho se realizando! Nós fomos convidados para fazer a parte gráfica das sátiras do Comédia MTV. A temporada 2011 do programa vai ao ar em 15 de março e nós já estamos preparando algumas vinhetas e material para os primeiros episódios.

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como o sobrenome de Igor C. Barros. Afinal, o que significa esse C? SC ❖ Como diz nosso locutor Dirceu Kabelo (sátira ao nome do locutor da Globo Dirceu Rabelo): "Os mistérios da Cover permanecem


dentro da Cover"

surgiu esse roteiro de As Paulistanas, fazendo a sátira do seriado As Cariocas. Ela topou fazer RM ❖ A Salt Cover revelou alguns talentos, na hora e o vídeo foi o sucesso que foi. "Monacomo é o caso da Monalisa Lopes, que vi- lisa Lopes", que na verdade, é um pseudônimo, veu a "Estressada da Mooca" e a Ana Maria nasceu em Santos, no litoral do estado de SP. Briga. Uma dúvida que todos os telespectaRM ❖ Além dos vídeos do Comédia MTV, vocês planejam lançar mais ‘super-produções' para o Youtube? SC ❖ Bem, o nível das produções da Salt Cover subiu um pouco. Agora fazemos os vídeos em formato Wide e temos mais recursos de áudio do que tínhamos antes. Agora no final de janeiro, lançaremos um vídeo que será uma mega produção internacional! O que vem por aí? Ah, vocês terão que esperar para ver no site! (risadas) RM ❖ Vocês têm um estilo muito parecido com o antigo TV Pirata. A fonte é mesmo essa? SC ❖ Sim, mas não é a única referência. Temos muito do Saturday Night Live (programa americano de esquetes que foi referência para a primeira fase do Casseta e Planeta). Também gostamos muito do estilo de jornalismo-humorístico que surgiu na década passada nos EUA com Jon Stewart e seu The Daily Show e também do canal do Youtube de notícias falsas The Onion. RM ❖ Além da Cover, o Igor já publicou algumas animações como "Zicky Zira: O menino problema" e a sátira "Vergalhão Persa" - que, por sinal, não me canso de ver -, onde tudo era feito por animação. O próprio Igor já afirmou que a animação é a sua paixão. Há chances de surgirem mais animações de Zidores da Salt Cover tem, é, onde nasceu Mo- cky Zira na tela do Youtube? nalisa Lopes? SC ❖ Sim, aliás, o Igor continua desenhando SC ❖ Monalisa Lopes é uma amiga do Daniel incansavelmente. Temos a ideia de fazer do Zi(conhecido como TVDNN). Ela sempre foi uma cky Zira um seriado fixo. Mas esse é um plano incentivadora dos vídeos da Salt Cover, até que para o futuro. • Revista Manchete

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insta nte e poe s ia

Memória

Carlos Drummond de Andrade Amar o perdido Deixa confundido Este coração. Nada pode o olvido Contra o sem sentido Apelo do Não. As coisas tangíveis Tornam-se insensíveis À palma da mão. Mas as coisas findas, Muito mais que lindas, Essas ficarão.

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? a revista Ăşnica


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