Revista Blend

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REVISTA

• BRASIL: REFERÊNCIA MUNDIAL NO DESENVOLVIMENTO DE NOVAS VARIEDADES. • SUPER PADARIAS: O POTENCIAL DOS CAFÉS ESPECIAIS.

• RECEITA: CREME DE CAFÉ E CACHAÇA E SMOOTHIE CHOCOLATE JAVA. • E MUITO MAIS.



EDITORIAL A diretoria da revista Blend preza por uma linha editorial que respeita os interesses dos anunciantes e dos leitores para o conteúdo abordado, estabelece diretrizes de conduta e tratamento de informações e imagem com a finalidade de situar-se entre o informativo e o didático. Chega as bancas uma edição especial sobre toda a atmosfera que envolve o café, e o que o faz um produto tão requisitado. Uma bebida que se tornou um hábito global, sendo mais de um terço dos habitantes do planeta consumindo regularmente. Um grão simples mas que, torrado é submetido a centenas de variações nos processos de extração proporcionando: Aromas, sabores e texturas, Entre nesse universo repleto de informações e descubra com a Blend: As virtudes de um barista, o profissional especializado que trabalha sua criatividade em cima de suas habilidades. O mundo das novas tecnologias, máquinas e modelos capaz de buscar o sabor ideal em cada xícara. Mercado e cafeicultura, que lhe dará as referências mundiais e o estado em que o Brasil se coloca hoje. Grandes reportagens e curiosidades que revisa as origens do café desde o grão até a saca produzida. E para os apaixonados, receitas que irão acrescentar um delicioso sabor em seu dia. Para alguns, simplesmente café. Para nós apreciadores, um néctar negro com espuma de ouro que em uma pequena xícara nos proporciona momentos de prazer. Boa leitura.

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cafeicultura

BRASIL SE DESTACA COMO REFERÊNCIA MUNDIAL NO DESENVOLVIMENTO DE NOVAS VARIEDADES.

mercado

SUPER PADARIAS DESCOBREM O POTENCIAL DOS CAFÉS ESPECIAIS.

matéria de capa o barista do ano.

receitas

CREME BRÛLÉE DE CAFÉ E CACHAÇA SMOOTHIE CHOCOLATE JAVA.

tecnologias

O sabor da tecnologia.

curiosidades

O Que é o Café? / De onde vem o café? / DADOS ESTATÍSTICOS.

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BRASIL: REFERÊNCIA MUNDIAL NO DESENVOLVIMENTO DE NOVAS VARIEDADES COM AS PRAGAS E AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS O TRABALHO DOS PESQUISADORES SE TORNOU AINDA MAIS ESSENCIAL.

possibilidade de reproduzir aquele escolhido em mais 10 outros, idênticos. Teria, então, o melhor time do mundo! Esta singela analogia ilustra bem a maneira clássica de desenvolvimento de cultivares de café.

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maginemos, caro leitor apaixonado por café e – como bom brasileiro, também por futebol – um “olheiro” passar por um campinho suburbano e se maravilhar com garotos que se divertem na pelada. O clube para qual ele trabalha tem extrema dificuldade de conseguir bons jogadores de defesa. Pois bem, nosso olheiro percebe que muitos daqueles meninos, além de ótimos atacantes, são exímios zagueiros. Logo, nosso herói decide fazer ali a próxima “peneira” do clube. Muitos garotos participam de um teste e de lá saem 50 pré-selecionados. Agora, nosso olheiro sonha com a

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O QUE É UMA CULTIVAR Nove em cada dez xícaras de café consumidas no Brasil, e cerca de três no resto do mundo, provêm de cultivares desenvolvidas pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC), que há 75 anos vem ajudando o País a se manter na liderança mundial na produção do grão. Palavra estranha, advinda do inglês cultivated variety, uma cultivar de café é uma variação na espécie de um cafeeiro submetido a um melhoramento genético, através de cruzamentos, hibridações e diversos métodos de seleção artificial, para se conseguir grãos mais adequados à produção, menos sujeitos às pragas ou que resultem numa bebida de qualidade gourmet. A CRIAÇÃO O tempo de pesquisa é longo, pois o cafeeiro produz somente uma vez ao ano e a planta nova leva, em média, quatro anos para

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começar a dar os primeiros frutos. Uma cultivar, segundo Júlio César Mistro, pesquisador do Centro de Café “Alcides Carvalho”, do IAC, deve ser “distinta, uniforme e estável nas suas características e, quando propagada, deverá manter essas características”. Com a formação de uma população-base, relata Mistro, que será selecionada durante gerações e, posteriormente, testada em campo, a cultivar pode ser registrada. Como exemplo, o pesquisador Oliveiro Guerreiro Filho, também do Centro de Café, conta que para se criar uma cultivar de café arábica resistente ao bicho-mineiro (umas das maiores ameaças à produção), a variedade catuaí, de grande adaptação e produtividade, foi cruzada com a espécie coffea racemosa, que possui resistência natural ao inseto. Para isso, órgãos sexuais masculinos de flores de catuaí foram retirados, permanecendo apenas os femininos, que foram fertilizados manualmente com pólen da coffea racemosa, gerando sementes híbridas. Depois de gerações selecionadas e repetidos cruzamentos, a variedade resultante manteve as características positivas da catuaí, mas agora resistente ao bicho-mineiro. CLONAGEM: UMA NOVA APOSTA Como os processos ditos tradicionais demandam décadas para gerar linhagens equilibradas, que se tornarão novas cultivares, a nova aposta dos pesquisadores é a clonagem. Guerreiro conta que a cultivar icatu, cruzamento entre robusta e bourbon vermelho, tornou-a uma variedade semelhante à cultivar mundo novo (uma das mais plantadas no País), mas com resistência à ferrugem. Tal feito levou 42 anos para ser lançado. Com a técnica de clonagem, que forma embriões idên-


ticos a partir de tecidos da planta, esse longo período de seleção poderia ser diminuído consideravelmente. ALGUMAS CULTIVARES DO IAC Icatu precoce: Maturação precoce, grande uniformidade, excelente qualidade da bebida, resistência à ferrugem. Icatu vermelho e icatu amarelo: Porte alto, vigoroso, bem adaptáveis a regiões baixas e quentes, resistência à ferrugem. Catuaí vermelho e catuaí amarelo: Baixa estatura, produtividade elevada, facilidade de manejo. Obatã e tupi: Porte baixo, resistência à ferrugem, sementes grandes, excelente produtividade. Acaiá: Grande capacidade de adaptação, sementes grandes, especialmente indicado para colheita mecânica. Mundo novo: Grande capacida-

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de de adaptação, ótima capacidade de rebrota, melhor para o plantio adensado. Bourbon amarelo: Colheita precoce, produção em áreas altas e frias, qualidade de bebida superior, para mercados de cafés gourmet. O MELHORAMENTO NA HISTÓRIA No período neolítico, há 12 mil anos, o homem da pedra polida começou a domesticar plantas para melhor atender à sua necessidade. Semeando somente os melhores de alguns grãos coletados e vendo o nascimento de plantas iguais àquelas que as deram origem, algum antepassado pré-histórico deu início à agricultura, que nos tornou a espécie dominante no planeta, de uma vez por todas.

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CAFÉS ESPECIAIS incrementam o faturamento super padaria descobrem o potencial dos cafés especiais.

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o Brasil padaria é sinônimo de diversidade. Lugar onde tudo se encontra. O chamariz é o pão, claro, mas foi-se o tempo em que a visita era somente para comprar o famoso francês. Esses estabelecimentos se transformaram em verdadeiros centros gastronômicos, com serviço de refeição à la carte, buffets de sopas, rodízio de pizzas,

café colonial e outras opções de food service. Na Maria Louca, representante dessa nova geração de superpadarias, localizada no bairro paulistano do Ipiranga, circulam diariamente cerca de 2.500 pessoas, número que passa de 3.000 nos fins de semana e feriados. De acordo com o proprietário Francisco Costa, pelo menos 20% dos clientes já se fidelizaram pelo café espresso. “É interessante notar que o consumo não mais se concentra na parte da manhã. A tradição da média com pão na chapa para o desjejum na padaria ainda existe, mas registramos quase a mesma quantidade de xícaras tiradas à tarde e também à noite”, afirma. “Isso acontece pelo fato de oferecermos refeições no almoço e no jantar, que geralmente são finalizadas com um café.” Na Maria Louca, representante dessa nova geração de superpadarias, localizada no bairro paulistano do Ipiranga, circulam diariamente cerca de 2.500 pessoas, número que passa de 3.000 nos fins de semana e feriados. De acordo com o proprietário Francisco Costa, pelo menos 20% dos clientes já se fidelizaram pelo café espresso. A rede Pão do Parque, que conta com três lojas em São Paul (SP), é uma que está se be-

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neficiando do projeto. De acordo com a proprietária Fabiana Casselhas, o suporte dado pela Sara Lee foi importante para crescer o lucro da venda de café. “Cerca de 30 de nossos funcionários receberam. O grão gourmet torrado que passamos a usar custa quase o dobro do preço do tradicional, mas vale a pena, pois as vendas de café cresceram quase 30%.” Muitos estabelecimentos não oferecem um bom café porque acham que o investimento é alto. Então fizemos um cálculo para verificar quais seriam as despesas e receitas básicas geradas pelo serviço de café. 1. Um café gourmet custa cerca de R$ 28,00/kg. Se cada bebida preparada consumir no máximo

10 g do produto, o custo será de R$ 0,28/xícara. 2. Se o preço no cardápio for de R$ 2,90/xícara, o lucro é de R$ 2,62/xícara 3. O aluguel de uma boa máquina de espresso com três grupos (que faz até seis cafés por vez) e de um moinho custa em torno de R$ 450,00/mês. 4. Se a padaria servir cerca de 500 xícaras/dia (15 mil xícaras/mês), a receita será de R$ 39.300,00/ mês, menos o valor do aluguel dos equipamentos, o lucro líquido é de R$ 38.850,00/mês. Com estas vantagens informadas você está esperando oque para começar a vender bons cafés e colher os frutos desse maravilhoso negócio?


o barista do ano conhe莽a a hist贸ria deste TALENTOSO BRASILEIRO.


o barista do ano

brasileiro terá treinamento com Alejandro Mendez, campeão mundial de barismo.

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ão é para qualquer um. O campeão brasileiro de baristas, Rafael Godoy, do Suplicy Cafés Especiais, contará com o apoio do campeão mundial de baristas, Alejandro Mendez, de El Salvador, em seus treinamentos para o World Barista Championship. Será a primeira vez que Rafael participará do certame mundial, que acontece de 12 a 15 de junho, em Viena, na Áustria, onde competirá com baristas de cerca de 60 países. E, para representar bem o nosso País, Rafael está fazendo um treinamento intensivo, que inclui a ida a fazendas e horas seguidas em frente à máquina, produzindo seus ótimos espressos e cappuccinos.

quer seguir. Presença da BSCA A participação do campeão mundial no treinamento do brasileiro acontece graças à atuação da BSCA (Associação Brasileira de Cafés Especiais, na sigla em inglês), que patrocinou a vinda do salvadorenho ao Brasil para o treinamento. Além do patrocínio, a instituição está ajudando Rafael a selecionar o blend que será usado na apresentação. “A profissão de barista é grande aliada na difusão

No dia 24 de maio, Dia Nacional do Café, chega ao Brasil uma ajuda de peso: o mais recente campeão mundial, Alejandro Mendez, que ficará por cinco dias auxiliando o brasileiro com todo o seu know how técnico e sensorial e a experiência de quem tem viajado o mundo todo em defesa dos baristas e dos cafés de qualidade. Mendez avaliará a rotina desenhada pelo brasileiro e todos os critérios avaliados pelos juízes do mundial. Mais que isso, mostrará ao brasileiro como se tornou o primeiro campeão vindo de um país produtor. Um exemplo que Rafael

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da inovação, da qualidade e na atração dos jovens ao café, pontos que a BSCA tem como norte em seu trabalho. Por isso decidimos apoiar a preparação de Rafael, a quem desejamos sucesso na competição mundial”, destaca Vanusia Nogueira, diretora-executiva da entidade. O desafio, segundo Vanusia, será encontrar um café fresco e já pronto para a utilização. “A colheita no País começou agora e os cafés normalmente ‘descansam’ em armazéns por cerca de três meses para alcançar seu ponto máximo de qualidade. Contudo, confiamos que a qualidade e o frescor do café brasileiro possam agradar os juízes nesse desafio”, explica.

o curitibano naturalmente não imaginava que chegaria a tais títulos tão cedo. No entanto, por sempre ter gostado de uma boa competição, já tinha a certeza de que entraria na briga com os mais experientes. Procurou, então, aproximar-se dos grandes para aprender com eles. Otávio Linhares, campeão brasileiro em 2005, foi com quem Felipe realizou o curso básico, e foi um grande exemplo.

O representante do Brasil do World Barista Championship conta com exclusividade os detalhes da apresentação que pode render ao país seu primeiro título mundial de barismo. “Felipe, você sabe fazer café? Acho que sei, respondi. Foi então que o Paulo Poran, meu amigo, me convidou para fazer um teste de uma semana no Lucca Cafés Especiais. Me contrataram já no dia seguinte.” Foi assim, de uma forma um tanto quanto inusitada, aos 18 anos, que Felipe Lukasievicz de Oliveira teve seu primeiro contato com a profissão de barista. Apenas seis anos mais tarde, aos 24, tornaria-se o campeão da 10ª edição do Campeonato Brasileiro de Barista e do 4º Campeonato Brasileiro de Latte Art, ambos em 2011. No latte art levou o troféu pela segunda vez consecutiva. Ao iniciar na profissão de barista,

2011, O ANO Por já ter competido num campeonato nacional, Felipe já sabia o que tinha de fazer. A pergunta agora era: como fazer? Para o latte art, estava ciente de sua desenvoltura. Assim, optou

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“optei por treinar na própria cafeteria, quando a clientela diminuía”

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por treinar na própria cafeteria, nos períodos em que a clientela diminuía, e reservou mais horas à preparação para a modalidade principal. A técnica para desenhar o latte art, conta ele, é conciliar o tempo da apresentação com o nível de dificuldade do desenho. A nota nove conquistada na avaliação visual, dois pontos acima da pontuação de um ano antes, mostrou sua evolução na técnica. Evolução essa que deixou todos sem acreditar, inclusive ele, quando levantou o caneco de Campeão Brasileiro de Barista. Afinal, o grande salto do 17º lugar do ano anterior para o topo, não é fre-

quente entre os participantes e, por conta disso, não deixa dúvidas sobre a qualidade da apresentação. E também foi a primeira vez que um barista brasileiro ganhou duas competições nacionais no mesmo ano. Após a conquista do troféu, o campeão permitiuse uma semana de descanso. De volta, iniciou de imediato o treinamento para o World Barista Championship e para o mundial do Campeonato de Latte Art. Felipe revelou à Espresso os cafés que usará na competição. O preparo dos espressos será feito com um blend onde predominará o café orgânico da Fazenda Grota São Pedro, de Carmo de Minas (MG), 1º lugar no último Cup of Excellence. Já para os cappuccinos, o campeão brasileiro escolheu um café do Cerrado Mineiro. Quando você, leitor, estiver lendo essa reportagem, Felipe estará em Bogotá para disputar o mundial de baristas (de 2 a 5 de junho) e, na sequência, o mundial de Latte Art, em Maastricht, na Holanda

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(de 22 a 24 de junho). Lucas Salomão é o grande campeão da Copa Barista’11. Disputa acirrada entre baristas de todo o Brasil chegou à quarta edição cheia de emoção e grandes novidades. O barista Lucas Salomão, da Libermac, foi o grande vencedor da Copa Barista’11, realizada entre os dias 6 e 8 de outubro durante o 6º Espaço Café Brasil – Feira Internacional de Café no Expo Center Norte em São Paulo (SP). Lucas disputou o primeiro lugar com o barista KK Diniz (Clube Barista Café) no emocionante duelo final, decidido com apenas 1 ponto de diferença – Lucas marcou 84 e KK 83 pontos. O vencedor usou um café da Guatemala, beneficiado com método lavado e com acidez marcante. Emocionado, o campeão arrancou aplausos do público ao agradecer ao amigo KK pelo título. Lucas levou para casa o prêmio de R$ 1.500, uma máquina modelo Música da Nuova Simonelli e uma assinatura da revista Espresso. Já KK foi agraciado com uma máquina Nespresso modelo Lattissima, R$ 500 em compras na loja virtual Café Store e uma assinatura da revista Espresso.

anteriores eram quatro de cada). E também foi a primeira vez que um barista brasileiro ganhou duas competições nacionais no mesmo ano.Após O preparo dos espressos sermo de Minas (MG), 1º lugar no último Cup of Excellence. Já para os cappuccinos, o campeão brasileiro escolheu um café do Cerrado Mineiro. Quando você, leitor, estiver lendo essa reportagem, Felipe estará a conquista do troféu, o campeão permitiu-se uma semana de descanso. De volta, iniciou de imediato o treinamento para o World Barista Championship e para o mundial do Campeonato de Latte Art. A Copa Barista’11 foi um tremendo sucesso, agora é esperar a próxima edição e com certeza a revista Blend estará lá cobrindo este evento.

O duelo pelo terceiro lugar terminou com 75 pontos para Léo e 65 para Sanny, a mulher mais bem colocada desta quarta edição da Copa. Novidades - Este ano, a Copa Barista apresentou diversas novidades que tornaram a disputa mais dinâmica. Os baristas foram desafiados a preparar em apenas 10 minutos (e não mais em 15) dois espressos, dois cappuccinos e dois drinques com café (nos anos

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Humm... 2 receitas imperdíveis. CREME DE CAFÉ E CACHAÇA

Uma das sobremesas mais tradicionais da França com um toque bem brasileiro de café e cachaça. Receita criada e preparada pelo restaurateur Gaston Damian, do BLÚ BISTRÔ. INGREDIENTES - 6 gemas de ovo - 150 g de açúcar - 15 ml de baunilha - 100 ml de leite - 25 ml de cachaça - 1 xícara (chá) de café expresso - 350 ml de creme de leite.

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PREPARO Bata as gemas com o açúcar até formar uma mistura esbranquiçada e homogênea, e reserve. Coloque a baunilha, o leite, a cachaça, o café e o creme de leite em uma panela e leve ao fogo baixo por, aproximadamente, 1 minuto ou até que a mistura fique morna. Junte as duas preparações em um recipiente e misture homogeneamente. Com uma escumadeira, retire a espuma da parte de cima da mistura. Coloque em formas individuais e leve ao forno a 180° C, em banho-maria, por cerca de 20 minutos ou até que o creme esteja consistente. FINALIZAÇÃO Para servir, peneire uma pequena quantidade de açúcar mascavo em cima de todos os cremes e utilize a chama de um maçarico para formar uma camada crocante e dourada em cada um. RENDE 4 PORÇÕES.

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SMOOTHIE CHOCOLATE JAVA Drinque gelado leva espresso, bacardi e sorvete de chocolate. Receita do restaurante JOHNNIE PEPPER, preparada pelo barman Orlando Fernandes. INGREDIENTES - 45 ml de Bacardi Superior - 50 ml de café espresso - 2 bolas de sorvete de chocolate - 60 ml de leite condensado - Calda de chocolate para decorar PREPARO Bata todos os ingredientes no liquidificador e reserve. Decore com calda de chocolate as bordas de um copo escandinavo e sirva. RENDE 1 PORÇÃO.


dolce café

O sabor da tecnologia A Automação tem entrado em nossas casas e estabelecimentos comerciais a cada dia com mais relevância. São desde pequenos aparelhos com alarmes de avisos, câmeras filmadoras que são acionadas quando detectam algum movimento, computadores que entram em módulos de descanso quando parados durante um tempo determinado, máquinas fotográficas que detectam sorrisos, fornos que indicam quando a comida está pronta. Muitos desses equipamentos já estão na casa de todos e fazem parte do dia a dia das pessoas, mas existem outras máquinas que já fazem parte de nossas vidas há muito mais tempo. As máquinas de café expresso, cafeteiras elétricas e máquinas para bebidas quentes estão no mercado há mais de 70 anos. Criada pelo italiano Achille Gaggia, as máquinas de café como conhecemos hoje estão cada dia mais lindas e inovadoras. As máquinas de café expresso, máquinas de café solúvel, prensas francesas, máquinas que preparam bebidas quentes e são práticas e

bonitas são nossas melhores companheiras na hora de relaxar. Uma das coisas que mais me chamou a atenção quando cheguei na escola de inglês que estudava, foi a máquina de café e bebidas quentes que ficava na recepção. Eu tinha de estar lá ás 7h00 da manhã e no inverno era uma delícia me aquecer com um café, chá ou chocolate quentinho Em tempos de corre corre, quando mal conseguimos parar para almoçar, uma máquina de café pode nos trazer o calor e aconchego que tanto precisamos.

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Os cinco minutos do cafezinho, fundamentais para nos renovar, estão bem ao lado da moderna invenção de terceira idade. COMO FUNCIONA A MÁQUINA DE CAFÉ deafé expresso? A máquina de expresso tem um sistema que força a passagem de um jato de água quente, em alta pressão, por uma massa compacta de pó de café bem fino. A palavra-chave aí é “pressão”. Em tempos de corre corre, quando mal conseguimos parar para almoçar, uma máquina de café pode nos trazer o calor e aconchego que tanto precisamos. Os cinco minutos do cafezinho, fundamentais para nos renovar, estão bem ao lado da moderna invenção de terceira idade. “Para ser bom mesmo, um expresso depende dos três Ms do café: a Mistura, a Máquina e a Mão”, diz o engenheiro Osmar Luiz Pecchio, que há 20 anos trabalha numa fábrica brasileira de máquinas de expresso. A “mistura”, no caso, é o café propriamente dito, que deve ter uma combinação correta de diversos tipos de grão. A “máquina” tem que ser bem regulada e a “mão” é a experiência da pessoa que tira o café, fundamental para regular a quantidade de pó e comprimi-lo na medida certa. A Automação tem entrado em nossas casas e estabelecimentos comerciais a cada dia com mais relevância. São desde pequenos aparelhos com alarmes de avisos, câmeras filmadoras que são acionadas quando detectam

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...a “mão” e a experiência da pessoa que tira o café é fundamental... algum movimento, computadores que entram em módulos de descanso quando parados durante um tempo determinado, máquinas fotográficas que detectam sorrisos, fornos que indicam quando a comida está pronta. O expresso surgiu em 1901, quando o industrial italiano Luigi Bezerra pensou em um método para diminuir a “pausa para o cafezinho” de seus funcionários. Ele desenvolveu uma máquina que usava água pressurizada em uma caldeira para atravessar o pó, deixando o café pronto mais rápido - daí o nome “expresso”. Criada pelo italiano Achille Gaggia, as máquinas de café como conhecemos hoje estão cada dia mais lindas e inovadoras. As máquinas de café expresso, máquinas de café solúvel, prensas francesas, máquinas que preparam bebidas quentes e são práticas e bonitas são nossas melhores companheiras na hora de relaxar. Uma das

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coisas que mais me chamou a atenção quando cheguei na escola de inglês que estudava, foi a máquina de café e bebidas quentes que ficava na recepção. Eu tinha de estar lá ás 7h00 da manhã e no inverno era uma delícia me aquecer com um café, chá ou chocolate quentinho Em tempos de corre corre, quando mal conseguimos parar para almoçar, uma máquina de café pode nos trazer o calor e aconchego que tanto precisamos. Os cinco minutos do cafezinho, fundamentais para nos renovar, estão bem ao lado da moderna invenção de terceira idade.


curiosidades. DADOS ESTATÍSTICOS - Depois do petróleo, o café é a segunda mercadoria mais importante para a economia do mundo; - O Brasil participa com cerca de 25% da produção mundial de café; - Historicamente, somos o maior produtor e exportador do mundo; - A produção anual brasileira é de 30 milhões de sacas, sendo que metade é exportada; - Além de exportar, o País é o segundo maior consumidor mundial de café; - O consumo nacional anual beira 13 milhões de sacas, o dobro da década de 90; - Apenas um brasileiro consome, em média, 1.200 xícaras de café ao ano. O Que é o Café? A palavra “café” vem do árabe Kahoua ou Qahwa (o excitante) e designa: o fruto do cafeeiro; bebida preparada por infusão de água quente com café torrado e moído; lugar público onde se tome café ou outras bebidas; cor café, um marrom escuro que lembra o grão de café torrado.

rochas -, observou que, durante a noite, alguns de seus animais desapareciam atrás da montanha durante algumas horas, e voltavam saltitantes. Kaldi ficou irrequieto, pois estava convencido que suas cabras estavam possuídas pelo diabo. Uma noite ele seguiu os seus animais e os viu pastarem com um notável prazer pelos pequenos grãos vermelhos que se encontravam sob o arbusto que nunca tinha visto. No final de alguns minutos desta refeição imprevista, as cabras e o “velho bode” começaram a dançar à luz da lua.

De onde vem o café? Segundo a lenda, há muito tempo atrás, um jovem pastor chamado Kaldi, tomando conta do seu rebanho de cabras em uma montanha árida e ressecada na Absínia, hoje Etiópia - onde somente algumas pobres moitas esqueléticas conseguiam encrustar suas raízes nas

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