1, 2, 3 do Samba

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UFRJ | EBA | BAI Desenho Industrial - Projeto de Produto Design Básico e Seminário de Design 1 2020.1 Prof. Jeanine Geammal Prof. Pedro Themoteo

Marcela Angelloti Costa DRE 120018074

Rio de Janeiro 2021


Você tem fome de que?




Na minha escola, bem pequena, tinha uma aula chamada Folclore e a turma apresentava uma dança de acordo com o tema escolhido. O nosso foi samba e foi minha avó quem me ensinou. 1, 2, 3, vira, 1, 2, 3, vira... É o movimento que os pés devem fazer, um de cada vez, seguindo o compasso da música. Eu me lembro bem. Eu chegava da aula e lá íamos nós ensaiar. Dona Maria tinha inúmeras maneiras de me encantar. Nós vivíamos dançando por ai, do nada, sem qualquer explicação, virou nossa marca registrada. O samba sempre era acompanhado de uma comida de vó especial, daquela farofinha, do feijão chiando, lembra? É uma das minhas melhores lembranças com ela e que hoje faz parte de mim. O samba faz parte de mim. Samba dança, samba música, samba passo, samba arte, samba cultura. Samba resistência, samba morro, samba social. Samba enredo, samba bloco, samba fantasia, samba carnaval. Samba que lembra saudade, samba que fala de amor, samba em todas as suas multiplas versões. O samba é minha fome.




VIRADO À PAULISTA: O Samba Rural Paulista





RAÍZES: Os Originais do Samba













O PARTIDO-ALTO: O Samba do Malandro Carioca


O mais interessante nisso tudo foi como eu aprendi a diferenciar os tipos de samba. São muitos, mas como uma boa carioca, me encantei pelo partido-alto, um estilo de samba que surgiu aqui, no início do século XX, e se tornou a modalidade mais tradicional do samba cantado na região metropolitana. Partido-alto era uma expressão usada para mostrar excelência, alta qualidade. E assim é esse estilo, instrumental e ocasionalmente vocal, feito para dançar e cantar. Fruto do ambiente urbano, descendente do samba rural e outras misturas brasileiras com origem africana, nasceu nos terreiros das comunidades negras, no meio das ruas, ao ar livre. É o samba dos morros do Rio de Janeiro e carrega nomes muito conhecidos como Arlindo Cruz, Xande de Pilares, Grupo Fundo de Quintal e Zeca Pagodinho. Bezerra da Silva, autor do clássico “Malandro é Malandro e Mané e Mané”, entra como o grande representante desse estilo de fazer samba. Ele, que compunha junto a um grupo de compositores que preferiam se manter aninônimos, é um grande exemplo de partideiro que conseguiu retratar bem em suas músicas a dinâmica social, cultural e política de onde morava, no morro do Cantagalo, no Rio de Janeiro. Sempre envolvendo sua vida e seu trabalho com bom-humor e muita elegância, Bezerra foi além. Como um verdadeiro difusor de águas, fez o samba carioca nunca ser mais o mesmo, influenciando outros importantes estilos como o rap e hip-hop.










A gíria é Cultura do Povo


E cada morro tem a sua


REVOLUÇÃO À BRASILEIRA: O Samba É Resistência









A MALDIÇÃO DO SAMBA: Mantendo as Tradições








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