Palรกcio de Mafra Escola secundรกria Gabriel Pereira Histรณria da Cultura e das artes
2012-2013
Manuel Diogo Nยบ19 Turma I 1
Índice Introdução .......................................................................................................... 2 Palácio de Mafra ................................................................................................ 3 A biblioteca do Convento de Mafra ................................................................. 4 Conclusão .......................................................................................................... 7 Webgrafia ........................................................................................................... 7
Introdução O Convento/Palácio de Mafra demonstra ser uma das mais belas e imponentes obras de arquitetura do nosso país construída no reinado de D. João V. Nele situa-se a biblioteca, cuja beleza e grandiosidade dos diversos livros se devem à ordem Franciscana que lá viveu no século XVIII. Esta biblioteca pode considerar-se uma fonte de conhecimento ocidental dos séculos XIV ao XIX. Espero aprender com este trabalho, mais sobre a biblioteca do Convento de Mafra, pois pouco conhecimento tenho sobre ela.
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Palácio de Mafra O Palácio Nacional de Mafra localiza-se no concelho de Mafra, distrito de Lisboa, em Portugal. O Palácio – Convento de Mafra é um projeto colossal do Barroco português setecentista. Foi iniciado em 1717 por iniciativa de João V de Portugal, em virtude de uma promessa que fizera no caso da rainha D. Maria Ana de Áustria, lhe desse descendência. Classificado como Monumento Nacional em 1910, foi um dos finalistas para uma das Sete Maravilhas de Portugal a 7 de Julho de 2007. Em 1715, foi fundado o Convento de Nossa Senhora e Santo António de Mafra, que pertencia à província eclesiástica da Arrábida. Teve origem numa comunidade do Hospício do Espírito Santo. Em 1730, sagrada a Igreja de Nossa Senhora e Santo Antônio, junto de Mafra, foi para lá transferida a sobredita comunidade. Entre 1771 e 1791, por breve de Clemente XIV, de 4 de Julho de 1770, a requerimento do Marquês de Pombal, foi ocupado pelos Cônegos Regulares de Santo Agostinho de Santa Cruz de Coimbra, que saíram deste convento em 1791. No palácio pode-se visitar a farmácia, com belos potes para medicamentos e alguns instrumentos cirúrgicos, o hospital, com dezasseis cubículos privados de onde os pacientes podiam ver e ouvir missa na capela adjacente, sem saírem das suas camas. No andar de cima, as sumptuosas salas do palácio estendem-se a todo o comprimento da fachada ocidental, com os aposentos do rei numa extremidade e os da rainha na outra, a 232 m de distância. Ao centro, a imponente fachada é valorizada pelas torres da basílica coberta com uma cúpula. O interior é forrado a mármore e equipado com seis órgãos do princípio do século XIX, com um repertório exclusivo que não pode ser tocado em mais nenhum local do mundo. O átrio da basílica é decorado por belas esculturas da Escola de Mafra, criada por D. José I em 1754, foram muitos os artistas portugueses e estrangeiros que aí estudaram sob a orientação do escultor italiano Alessandro Giusti. A sala de caça exibe troféus de caça e cabeças de javalis.
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O Palácio possui ainda dois carrilhões, mandados fabricar em Antuérpia por D. João V, com um total de 92 sinos que pesam mais de 200 toneladas e são considerados os maiores e melhores do mundo. O interior do Palácio é grandioso e equilibrado, dividido em três naves e seis Capelas laterais comunicantes, com um transepto saliente. Harmoniosamente decorada, nela se pode observar um jogo colorido de mármores italianos e portugueses. A frontaria é marcada pela dicotomia entre o palácio e a igreja, convergindo as duas alas na axial Sala das Bênçãos. A fachada é delimitada por duas altas e esbeltas torres sineiras de cobertura bolbosa e linhas sinuosas, as mesmas dispõe-se em dois majestosos andares, coroados por um poderoso frontão triangular. A capela-mor e as colaterais são profusamente iluminadas, realçando o encanto dos seus mármores policromos. O altar-mor apresenta uma enorme tela pintada, em cima da por um Cristo crucificado. No topo da entrada situa-se a galeria real, local onde a família Real assistia ao ofício divino. Na ala sul, fica a Casa do Capítulo, verdadeira joia da arquitetura barroca, é uma sala elíptica, de cantaria branca, azul e vermelha, e teto apainelado. Até 2010, data da sua morte, o único residente do Palácio foi um antigo tipógrafo, de nome Gil Mangens. Descendente de uma família de origem francesa, que chegou a Lisboa no século XVIII por altura da construção do Palácio, na pessoa de um gravador de nome Mangens, devotou, à imagem de seu pai e avô, toda a sua vida ao monumento que o acolhe.
A biblioteca do Convento de Mafra O maior tesouro do convento de Mafra é a sua biblioteca. Abrange áreas de estudo tão diversa como a medicina, farmácia, história, geografia e viagens, filosofia e teologia, direito canónico e direito civil, matemática, história natural e literatura. Situada ao fundo do segundo piso é a estrela do palácio, rivalizando em grandiosidade com a Biblioteca da Abadia de
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Melk1, na Áustria. Construída por Manuel Caetano de Sousa, tem 88 m de comprimento, 9.5 de largura e 13 de altura. O magnífico pavimento é revestido de mármore rosa, cinzento e branco. As estantes de madeira estilo rococó, feitas com madeiras vindas do Brasil, situadas em duas filas laterais, separadas por um varandim, contêm milhares de volumes encadernados em couro, testemunhando a extensão do conhecimento ocidental dos séculos XIV ao XIX. Entre eles, muitas joias bibliográficas, como incunábulos. Estes volumes magníficos foram encadernados na oficina local, também por Manuel Caetano de Sousa.
Ilustração 1 e 2- Biblioteca do Palácio de Mafra
Impressiona a dimensão destas salas iluminadas pela luz natural que entra por enormes janelas, em estilo “rocaille”. A biblioteca tem planta em cruz, dispondo na parte mais a sul os livros religiosos. No centro encontramos os livros relativamente aos quais a inquisição levantava algumas reservas, da filosofia à anatomia. Entre eles, salienta-se uma preciosa relíquia: o manuscrito do “Auto da Barca do Inferno”, de Gil Vicente. Na parte a norte, perto da entrada, estão os livros de arquitetura, direito, medicina e música. 1
A Abadia de Melk é um centro espiritual e cultural de grande importância da Áustria, localizado na cidade de Melk, junto ao rio Danúbio. Faz parte da Paisagem Cultural de Wachau, um sítio classificado como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. http://pt.wikipedia.org/wiki/Abadia_de_Melk
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Nesta magnífica biblioteca os livros estão dispostos numa sala com uma planta de cruzeiro, foram encadernados com esmero e extrema dedicação com encadernações em couro e gravadas a ouro graças à ordem franciscana que viveram neste convento desde o século XVIII, catalogando-os de uma forma tão rigorosa que ainda hoje, a bibliotecária do Palácio de Mafra utiliza, um grande livro onde constam os registos de entradas de volumes na biblioteca. Inclui a primeira edição de “Os Lusíadas” de Luís Vaz de Camões em 1572. Com efeito, a biblioteca deixou de adquirir novos volumes na década de 1830. Este é, sem dúvida, um dos locais mais emblemáticos de todo o complexo que constitui o Palácio de Mafra. Se efetuar uma visita a esta biblioteca tomará conhecimento de que para além dos monges existiam outros guardiães deste local: os morcegos. A presença destes animais permitiu a conservação perfeita dos livros de Mafra ao longo destes séculos. E a explicação é a seguinte: Os monges criaram uma colónia de morcegos para que zelassem pela conservação destes livros. Os morcegos voavam livremente pela biblioteca à noite alimentando-se dos insetos que estivessem no interior da sala. Apesar de não serem visíveis durante o dia, ainda é possível observar à noite alguns exemplares destes guardas-noturnos especiais. Os morcegos não sujam os livros, porque saem para o exterior através de pequenas aberturas junto às janelas. Este é sem dúvida um exemplo invulgar de simbiose entre o Homem e o animal. Para além deste método, os bibliotecários de Mafra implementaram sistemas duma eficácia notável para a época. No conjunto de janelas existentes apenas algumas permitem o acesso ao exterior. No lado oposto da sala, o que parecem ser janelas são na realidade espelhos, destinados a concentrar o calor dos raios solares ajudando assim a reduzir os níveis de humidade. Atualmente e através de modernos processos de medição dos valores de humidade é possível constatar que foi implementado neste local um sistema que mantém as condições ideais de conservação de documentos e/ou livros.
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Conclusão Com este trabalho fiquei a saber que a biblioteca tem uma grande variedade e quantidade de livros, destacando-se os “Lusíadas”. Fiquei a saber que o Convento tem características do estilo Barroco e Rococó. Impressiona a dimensão das suas salas iluminadas pela luz natural que entra por enormes janelas, da autoria de Manuela Caetano de Sousa em estilo “rocaille”. Por fim posso dizer que foi interessante saber que a ordem Franciscana recorreu à simbiose entre o morcego e o Homem para preservar os livros.
Webgrafia http://kelaraparigadoslivros.blogspot.pt/2011/08/biblioteca-do-convento-demafra.html - 22-12-2012 http://alessandra-amato.blogspot.pt/2010/12/convento-de-mafra.html - 27-12 -2012 http://www.infopedia.pt/$palacio-convento-de-mafra - 27-12-2012 http://pt.wikipedia.org/wiki/Pal%C3%A1cio_Nacional_de_Mafra - 27-12-2012 http://www.ipmuseus.pt/pt-PT/museus_palacios/ContentDetail.aspx?id=1125 22-12-2012 http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2012/05/30/arquitetura-biblioteca-doconvento-de-mafra-1730-447994.asp- 22-12-2012
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