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1089 – Mais uma vez de luto, música e culturas brasileiras lamentam morte de Maria Dapaz
A Viola Caipira como estandarte (Sidnei
A notícia da partida da Maria Dapaz me deixou muda… Querida colega de ofício, querida compositora e cantora do sorriso lindo que trazia os ares de sua terra, que sua passagem seja bela como o seu canto! Consuelo de Paula A cantora e compositora pernambucana Maria Dapaz morreu em decorrência de um câncer de pulmão, na tarde de 27 de julho, em São Paulo. Maria Dapaz apresentou sinais da doença há pouco menos de três meses, depois de participar do 24º Festival da Seresta de Pernambuco, realizado em 11 de maio, em Recife. Desde então, estava internada para combate à enfermidade. O corpo, após ser velado, foi cremado na tarde do sábado, 28, em Embu das Artes, cidade da Grande São Paulo onde ela vivia. Maria Dapaz é o tema da atualização 1018 do Barulho d’água Música, de janeiro deste ano. Autora de 17 álbuns lançados entre 1981 e 2015, o blogue destacava destacava desta prodigiosa obra, a pedido da própria Maria Dapaz Outro
de Oliveira)* Contato Dia do Violeiro (18 de maio) Parceiros e colaboradores
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Baião (2013), indicado ao 25º Prêmio Brasileiro da Música, promovido em 2014. Gravado em Recife, capital do estado natal de Maria Dapaz, Outro Baião, conforme o texto de apresentação disponível no sítio eletrônico da artista, é “uma explosão de brasilidade”. O autor do artigo, Luis Avelima, comenta, ainda, que o álbum a consolida como uma das compositoras de grandes possibilidades, traduzindo em suas canções a alma de um Brasil festivo e musical. Maria Dapaz abriu seus caminhos pelo Brasil e mundo afora partindo de Afogados da Ingazeira (PE), na região do Vale do Pajeú, cidade na qual cresceu ouvindo cantores como Waldick Soriano, Clara Nunes, Roberto Carlos e Ângela Maria após sair de Jaboatão dos Guararapes, no mesmo estado. Em suas viagens e trabalhos ao longo da carreira tem dividido o palco e estúdios com nomes importantes dos cenários nacional e internacional, apresentando-se para várias plateias e protagonizando participações em festivais de prestígio tais quais o de Montreux (Suíça, país no qual residiu), Printemps (Bourges, França), o Festival de Nuremberg (Alemanha) e o Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Lisboa, Portugal. Outro Baião, reúne composições próprias e em parceria com Xico Bizerra, Fátima Marcolino, Socorro Lira, Avelima, Jotta Moreno, Sampainho, Bira Marcolino e Luciano Nunes. O disco, do selo Atração Fonográfica, começa com Aconteceu, música plena do lirismo que a verve de uma poetisa como Fátima Marcolino sabe mostrar.
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A filha de Zé Marcolino assina, também, Meus sonhos de papel, penúltima faixa do disco, cuja letra canta a saudade da terra e rememora tempos quando a poesia esteve presente em sua vida. Xico Bizerra, que já tem composições gravadas por estrelas como Elba Ramalho, contribuiu com duas ricas em imagens poéticas, como se vê em Fazendeira do Amor: “Se eu morrer de amor, me plante no seu jardim…”. Jotta Moreno, parceiro mais constante de Maria Dapaz, aparece em Pode parar de chororô (“agora é tarde para me dar carinho, tarde demais pra me falar de amor”), Um tantinho assim(“pra ser
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flor do teu jardim, faço o que você quiser”) e Aguamel, politicamente correta ao abordar um dos temas mais preocupantes na atualidade: a água em nossas vidas. Já com Luís Avelima, Maria Dapaz se mostra verdadeira. A exemplo dE Caetano Veloso de No dia em que eu vim-me embora, desce do Rio Pajeú, atravessa o São Francisco e firmase na grande cidade para depois, vitoriosa, voltar para matar a sede e a saudade de seu chão, conforme se pode perceber em Princesinha da Ingazeira. Avelima ainda compôs Gume de ouro, sem dúvida um dos momentos encantadores de Outro Baião: “és o meu amor bonito, o amor mais que perfeito, quero me casar contigo, é só pedir, aceito”, e Minha aquarela junina, que explode em alegria e retrata a riqueza das festividades em louvor a São João, evento do mais importante da vida nordestina: “meu santinho, o azul de tua bandeira, é a cor mais verdadeira, o anil que é mais anil, o teu olhar tem o verde da palmeira e a tua cabeleira é a mata do Brasil”. Bira Marcolino é o autor de Eu gosto de forró, música que pode perfeitamente entrar para o rol das antológicas. O baião que dá título ao CD tem parceira com Luciano Nunes, e registra a estreia desse jovem compositor e poeta. Em terras de bem amar, Maria Dapaz e Socorro Lira mostram a beleza e a leveza do toque feminino. A produção musical de Outro Baião é da própria Maria Dapaz, que confiou a produção executiva e artística a Jocelyne Aymon. Para tornar o disco ainda mais especial, Maria Dapaz reuniu Mahatma Costa (sanfonas), Eliarth Brasil (violão aço), Cacau Assumpção (baixo), Raminho (zambumba, triângulo, pandeiro e agogô), Aymon (triângulo, agogô, ovinho e efeitos), Cezzinha (sanfonas nas faixas 1, 5, 8), além dos convidados Vannutti (guitarra, violão), Beto do Bandolim (bandolim), Alberto Guimarães (violão de 7 cordas), Tostão Queiroga (moringas e vassourinhas), mais a participação especial do cantor e compositor Maciel Melo em Eu gosto de Forró. Para saber mais sobre Maria Dapaz visite www.mariadapaz.com.br
Em choque, eu não consigo aceitar assim que minha grande amiga Maria Dapaz se foi, uma das melhores cantoras e intérpretes de Luiz Gonzaga que o Brasil já teve. Nesse ano mesmo fizemos 8 shows: que sorte que eu tive de tocar com ela, como dói perder os parceiros de palco… Ricardo Vignini Tristeza. Mais uma perda dolorosa, uma grande artista, amiga, mulher. Que o grandão lá de riba te receba como merece querida Maria Dapaz! Giba da Viola
São Roque, SP, Brasil Compart i l he i sso:
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1089- Disco de estreia do Quinteto Violado, de 1972, é tema do retorno da série Clássico do Mês 1089 – Mais uma vez de luto, música e culturas brasileiras lamentam morte de Maria Dapaz 1088 – Jackson Ricarte (CE) é atração na Mora Mundo, em mais uma rodada do circuito “Violada” 1087 – Rodrigo Delage e Joaci Ornelas encerram Viola de Feira, em Beagá (MG). Prestigie! 1086 – Brasil dá adeus a Amaraí, eternizado por “Saudade de Minha Terra”
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