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1160 – “Álibi”, de Maria Bethânia, é o tema de fevereiro da série “Clássico do Mês” Lançado em 1978, o disco é o primeiro de uma cantora brasileira a ultrapassar a marca de 1 milhão de cópias vendidas, embora não seja o recordista de vendas da chamada “Abelha Rainha” detentora de cinco Discos de Ouro O álbum Álibi , lançado em 1978 pela cantora baiana Maria Bethânia , com título inspirado em canção homônima do alagoano Djavan , é o escolhido da redação para ser destacado em fevereiro pela série Clássico do Mês , na qual o Barulho d’água Música traz informações sobre um disco que marcou época na canção brasileira. Apenas pelo
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A Viola Caipira como estandarte (Sidnei de Oliveira)* Contato Dia do Violeiro (18 de maio) Parceiros e colaboradores
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belo repertório de 11 faixas que trouxe e que há mais de 40 anos muita gente ainda canta, este oitavo disco de Bethânia já seria motivo mais que suficiente para figurar nesta atualização especial, mas e talvez justamente pela seleção de canções que ela interpreta — de expoentes como Djavan, Gonzaguinha , Chico Buarque e Gilberto Gil , Rosinha de Valença , Paulo Vanzolini , o mano Caetano Veloso, Dona Ivone Lara, entre outros — é preciso acrescentar que Álibi tornou-se ícone por ser o pioneiro de uma cantora brasileira a bater a marca de 1 milhão de cópias vendidas . Além do time de compositores, Bethânia ainda contou com as participações de Gal Costa (Sonho Meu , Dona Ivone Lara e Délcio Carvalho ) e Alcione (O meu amor , Chico Buarque ). Álibi , entretanto, não é o disco campeão de vendas de Bethânia. Em sua consagrada carreira marcada ainda por cinco certificações de Disco de Ouro ¹ concedidas pela antiga Associação Brasileira dos Produtores de Discos (ABPD) , atual Pró Música, As Canções que Você Fez pra Mim ocupa este posto. O álbum lançado em 1993 é um tributo à dupla de compositores e cantores Roberto Carlos e Erasmo Carlos , contendo somente criações deles e vendeu acima de 1,5 milhão de cópias. A discografia de Maria Bethânia consiste em 34 álbuns de estúdio, 21 álbuns ao vivo, diversas participações em trilhas sonoras de filmes e novelas, além de inúmeras colaborações com outros artistas e tem vários outros títulos bem posicionados nas listas dos mais vendidos com pelo menos 100 mil cópias . No decorrer da carreira que já atingiu e ultrapassou meio século, a contabilidade estaria em mais de 40 milhões de cópias com seus lançamentos, o que permite a este ícone da MPB ter sido eleita em 2012, pela revista Rolling Stone Brasil , como a quinta maior voz da música brasileira. Bethânia também é a maior vencedora do Prêmio da Música Brasileira e em 2015 foi a homenageada da 26ª edição, em festa promovida no Teatro Municipal do Rio de Janeiro . Numa noite de gala e muita cultura, vozes expressivas da música nacional se reuniram para render elogios e aplausos à cantora. Com direção de José Maurício Machiline e roteiro de Zélia Duncan , Alexandre Nero e Dira Paes apresentaram a festa e a cerimônia de premiação, atores interpretaram poesias conhecidas na voz de Bethânia e cantores lançados por ela e outros amigos subiram ao palco para mostrarem sua admiração por ela, incluindo Adriana Calcanhotto , Arnaldo Antunes , Caetano Veloso , Alcione , Chico César , Lenine , Renata Sorrah , Zélia Duncan , Matheus Nachtergaele , Mônica Salmaso , Mariene de Castro , Nana Caymmi . A homenageada entoou Carcará , O Quereres , Fera Ferida , e foi encerrada também pela diva,
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com Explode Coração e Vento de Lá/Embelezou Eu . Em 2016 a tradicional Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira venceu o Carnaval da cidade do Rio de Janeiro, pela 18ª vez, (agora com 269,8 pontos) dedicando o samba-enredo A menina dos Olhos de Oyá à cantora Maria Bethânia. A baiana participou do vitorioso desfile como atração de um dos carros alegóricos da Verde-e-Rosa em sua volta à passarela do samba na qual estivera em 1994, quando a Mangueira levou à avenida homenagem aos Doces Bárbaros , formado por ela, Gal, Caetano e Gil.
Caetano Veloso, Bethânia, Gal Costa e Gilberto Gil formavam Os Doces Bárbaros (Imagem disponível na internet sem atribuição de crédito ao autor, em https://especiais.opovo.com.br/40anosdedocesbarbaros/)
SINCRETISMO NAS TELAS Outra bela homenagem à Maria Bethânia, apelidada por amigos e fãs de “Abelha Rainha”, está atualmente em cartaz em telas de cinema por todo o país. Fevereiros , documentário sobre a cantora que estreou no começo deste mês, do diretor Márcio Debellian, segundo avaliação do crítico Naief Haddad , da Folha de S.Paulo, não ambiciona reconstituir os 72 anos de vida de Bethânia. No que demonstra ser decisão bem-sucedida, a obra de Debellian “concentrase no sincretismo abraçado ao longo da vida pela cantora, que concilia o candomblé e o catolicismo, especialmente na figura de Nossa Senhora”. O filme parte de Santo Amaro da Purificação , cidadenatal da família Veloso onde ocorre por exemplo, a festa Bembé do Mercado , com os povos dos terreiros do Recôncavo Baiano; 13 de Maio , canção de Caetano, lembra essa celebração, apontou Haddad em seu artigo. Caetano, observou o jornalista, está entre os poucos a falar sobre Bethânia no filme. “Não há verborragia. Os depoimentos da cantora e os comentários de familiares e amigos são surpreendentes, alguns emocionantes. Mas este não é um documentário apoiado na fala, e sim nas imagens embaladas pela música” , ponderou o articulista.
Fevereiros é dedicado a mostrar a participação de Bethânia nas festas de Santo Amaro e no Carnaval da Sapucaí. São as imagens que melhor expõem a ligação da cantora com a fé, sem a intenção de esgotar o assunto. “Com propósitos bem definidos e domínio do tema, Debellian faz de Fevereiros um dos ápices dessa onda de documentários sobre grandes nomes da música brasileira. E, não menos importante: celebra a tolerância religiosa” , encerrou Haddad. Maria Bethânia também aparece em um filme que aborda a força da palavra em Moçambique e Angola, lançado naquele país em 2018. Karingana – Licença para contar reúne em longa-metragem artistas lusófonos, como a brasileira o angolano José Eduardo Agualusa e os moçambicanos Mia Couto e Mingas para falarem sobre a potência e as diversas nuances da literatura nos dois maiores países africanos de Língua Portuguesa. Acompanhados por especialistas locais, eles comentam o papel da escrita como embate à colonização e a influência de autores brasileiros em Moçambique e em Angola. O título da produção já traz a marca da cultura e história locais na literatura. Karingana é uma expressão da língua tsonga, falada no sul de Moçambique, utilizada sempre que um poeta ou contador de histórias inicia uma narrativa, como o nosso “era uma vez”. Produzido pela CineGroup, o filme dirigido por Monica Monteiro e financiado pelo Fundo Setorial do Audiovisual, conforme informações do Portal Rosa Choque.
1. Diamante Verdadeiro (Caetano Veloso) 2. Álibi (Djavan) 3. O Meu Amor, com Alcione (Chico Buarque) 4. A Voz de Uma Pessoa Vitoriosa (Waly Salomão/Caetano Veloso) 5. 6. 7. 8.
Ronda (Paulo Vanzolini) Explode Coração (Gonzaguinha) Negue (Adelino Moreira /Enzo Almeida Passos) Sonho Meu, com Gal Costa (Dona Ivone Lara/Délcio Carvalho)
9. De Todas as Maneiras (Chico Buarque) 10. Cálice (Gilberto Gil/Chico Buarque) 11. Interior (Rosinha de Valença) ¹ Certificações da ABPD para Maria Bethânia Discos de Ouro: 1991 – Imitação da vida/1994 – Sonho impossível/1996 – Âmbar/1999 – A força que nunca seca/2004 – Diamante Verdadeiro
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