Magazine AgroFest - ed. 02 Julho - Agosto 2014

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Distribuição gratuíta

Ano I - Edição 02 - Julho - Agosto 2014

Conheça a nova formação da dupla mais querida do Brasil Preço da borracha está em queda no mercado global

Entrevista secretário do Meio Ambiente Rubens Rizek

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AgroFest

Voar mais Alto

EDITORIAL

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ueremos agradecer aos leitores, parceiros e amigos que nos apoiaram na realização do nosso sonho e que fizeram ele “voar mais alto”, já que na segunda edição, estamos abordando temas de extrema importância para a região. Como o crescimento da produção de arroz para 2014, a baixa do preço da borracha no mundo, o Brasil poderá se tornar o maior produtor mundial de soja, a pesquisa da Unicamp em utilizar o bagaço da laranja para transformar em etanol, banana transgênica que pode matar a fome, a Fenasucro, a Agrifam, entrevista exclusiva com o secretário do meio ambiente sobre o CAR, a tradicional Comitiva Água Doce e sua história, a história da Ekip Rozeta, a genética de campeões da Tropa WR, além de nossos colunistas que abordam a ABQM, o mundo da Moda, o Social Western entre muitas coisas. Tenham todos uma ótima leitura.

Leandro Gasparetti

José Eduardo Costa

INDICE

06 Fenasucro 2014

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Carreiro & Capataz

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08 Queima do alho

Genética de cavalos

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transgênica

Enrique Moraes - Ekip Rozeta

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Bagaço de laranja pode virar etanol

EXPEDIENTE Diretor Geral Leandro Gasparetti 17 99151-5658 | 99756-7249 contatoagrofest@gmail.com Diretor Comercial José Eduardo Costa 17 99774-0591 | 99129-9305 comercialagrofest@gmail.com

Foto Capa: Elo Santos 4

Jornalista Responsável Leandro Gasparetti MTB: 76039/SP

Jornalista André Luiz de Oliveira Souza MTB: 75680/SP Fotografia Leandro Gasparetti Projeto Gráfico e Diagramação Rede A Comunicação 17 99212-1016 Impressão Fotogravura Rio Preto 17 3016-4000

Colaboradores Apabor, Lacerda Press, Phábrica de Ideias, Ruy Sampaio, Luciana Reis, Lívia Gomide. Agradecimentos Via Trajes, Marcar Rodeio Tiragem 5 Mil Exemplares Periodicidade Bimestral Distribuição Gratuita “Jesus eu confio em Vós”


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AgroBusiness

Com 90% dos espaรงos

traz vรกrias novidades

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Fotos: Renato Lopes - Divulgação

s vendidos, Fenasucro

para a edição 2014 Evento acontece em Sertãozinho-SP de 26 a 29 de agosto

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onsiderado o maior evento do setor sucroenergético do mundo, a Fenasucro tem boas expectativas com relação à geração de negócios e à intenção de investimentos dos visitantes. Faltando pouco mais de dois meses para a realização do evento, 90% dos espaços disponíveis já foram comercializados. Cerca de 550 expositores devem estar presentes na Feira. Entre as novidades neste ano é a reformulação e ampliação do setor de Transporte e Logística. Nele, haverá sub-setores inéditos como Armazenagem, Equipamentos de Proteção Individual e Segurança Eletrônica, além de Test Drive de caminhões. O evento é também setorizado em Agrocana (setor agrícola voltado para a lavoura), Forind (Fornecedores Industriais) e Indústria. Outra novidade é o Espaço Conhecimento e Gestão Profissional, onde serão centralizados as palestras, debates e conferências com especialistas do setor. Uma parceria estabelecida entre a Feira e o SEBRAE/SP também viabilizará a presença de 16 micro e pequenas empresas voltadas à cadeia produtiva do setor sucroenergético, garantindo a elas maior acesso a este mercado e a aproximação com grandes fornecedores e compradores.

Organizada pela Reed Exhibitions Alcantara Machado e Ceise Br, a 22ª da Fenasucro espera receber 33 mil visitantes e gerar 2,2 bi em negócios. “Esta grande adesão à Feira, mesmo em um cenário considerado difícil para o setor, mostra que há o interesse em

investir em produtividade, aumento de eficiência e alternativas no mercado. E é exatamente este o objetivo do evento”, explica Gabriel Godoy, Diretor da Fenasucro. Fique por dentro de tudo no site do evento: www.fenasucro.com.br

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AgroCultura

FOGUEIRA, MODA DE VIOLA E

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ensar em Queima do Alho, nos remete a mais tradicional e, considerada uma das mais antigas comitivas do Brasil, claro, que estamos falando da Comitiva Água Doce, que desde 2010 tem a frente ninguém menos que Carlos Batista Martins Moura, mais conhecido com Carlinhos Manco. Para quem já ouviu falar ou já provou a tricampeã de Barretos (2009, 2012 e 2013), talvez não saiba que é uma tradição da família e se originou na década de 50, com o saudoso Edemundo Martins Moura (falecido em 2010), que nasceu em Rio Brilhante, no Mato Grosso do Sul e, veio para a cidade de Icém, localizada no interior paulista, ainda menino. Aos 20 anos, Edemundo, montou a famosa Comitiva Água Doce e

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junto com a esposa, Iony Dias Moura, viajou Brasil afora levando as boiadas e comendo a tradicional Queima do Alho, que ganhou força em Barretos. “Lembro dos meus pais falando que, antigamente, no Frigorifico Minerva em Barretos, os peões se reuniam e faziam a comida, enquanto esperavam os bois serem descarregados – pois, no passado os bois vinham pela terra, sendo uma longa viagem, e chegavam magros, sendo encaminhados para as fazendas da região, para engorda – para depois serem sacrificados” relembra Manco. Com o nascimento do 1º filho, Iony, deixou de acompanhar o marido nas viagens para se dedicar a família, que cresceu tendo no total cinco filhos,

sendo eles: João Bosco Martins Moura, Carlos Batista Martins Moura, Ricardo José Martins Moura, Aguinaldo Antônio Martins Moura e Paulo Roberto Martins Moura. Mas em meados de 66, Edemundo, parou de viajar com a comitiva para se dedicar a criação de gado, na Fazenda Porto Velho na região de Icém, por 11 anos, foi quando a cana de açúcar começou a ganhar espaço nos pastos, onde decidiu ir para Goiás criar seu gado - vindo de tempos em tempos ver a família ou iam vê-lo - ficando lá até 93, quando resolveu voltar. “Ele nunca se afastou da comitiva, dava um tempo e depois voltava, já que ela era sua paixão. Desde a época que meu pai veio do Mato Grosso do Sul, nunca abando-


Fotos: Leandro Gasparetti

QUEIMA DO ALHO Fotos: Arquivo Pessoal

Edemundo Martins Moura - Fundador da comitiva Água Doce (In-memorian)

namos a lida com o gado, mesmo com a vinda da cana sempre estivemos envolvidos com gado” comenta Manco. Em mais de 50 anos de história da comitiva, que já rodou por boa parte do Brasil indo para algumas das mais tradicionais festas do peão como Barretos-SP, São José do Rio Preto-SP, Paulo de Faria-SP, Pirajuba-MG, Frutal-MG, Patrocínio-MG, Iporá-GO, Rio Verde-GO, Vacaria-RS, no aniversário de 40 anos da dupla Chitãozinho & Xororó, em Brasília-DF, no aniversário de Joaquim Roriz, ex-governador da cidade, entre outras. Ao assumir a comitiva, Carlinhos Manco - que desde os 3 anos de idade aprendeu a montar no cavalo para acompanhar o pai nas viagens - recebeu o apoio dos irmãos,

da esposa Cilenei e do filho Fabricio, já que teve de seguir em frente com a comitiva, após a morte do pai. “Meu único receio é que a Queima do Alho vire uma competição culinária e esqueçam da tradição, pois hoje em dia com a tecnologia as pessoas trocam a lamparina, pela lanterna, dormir na rede, pelo carro ou hotel e a moda de viola, ao som do violão e do cantador, pelo celular ou aparelho de som” comenta “Eu represento o peão da região de Barretos, à moda antiga, com as minhas traias, meus burros e a boa e velha comida de peão” finaliza Manco. Para quem quiser contratar a Comitiva Água Doce, basta entrar em contato pelos telefones: (17) 99752-9784 / 3282-2536. 9


AgroFeiras

Foto: Sergio Siquinelli

FETAESP REALIZA 11ª AGRIFAM NO INÍCIO DE AGOSTO Novidades abrangem áreas de comercialização de produtos e pesquisa agrícola

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Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de São Paulo (Fetaesp) realiza no início de agosto a 11ª Agrifam - Feira da Agricultura Familiar. Neste ano, o evento trará novidades em pesquisa agrícola, na comercialização de produtos e serviços, na atuação institucional no campo e na produção e no comércio direto entre agricultores familiares e o público visitante. A agricultura de precisão é uma das novidades dessa edição. Na área de pesquisas agrícolas e de comercialização de produtos, os visitantes encontrarão instrumentos e produtos de alta tecnologia para o aprimoramento da produção. Ainda na área comercial, haverá novas marcas presentes, com tratores, caminhões, implementos, insumos entre outros. Já na área Institucional, a Fetaesp irá apresentar o trabalho realizado com a execução do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), contando com uma maquete em tamanho natural de

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uma moradia do programa e a explicação sobre seus benefícios. Outra ação institucional realizada nessa edição será o atendimento da Secretária do Meio Ambiente que estará auxiliando os agricultores sobre o adequado preenchimento do Cadastro Ambiental Rural (CAR). Agroindústria - A área de comercialização da produção da agricultura familiar também traz novidades para essa edição com a adição dos produtores atendidos pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), além dos atendidos pela Cati (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral) e Itesp (Instituto de Terras do Estado de São Paulo), que também terá uma agroindústria operando dentro da Feira. A novidade vem para intensificar a proposta de que a agricultura familiar pode lucrar não somente com os alimentos in natura, mas focando no produto final. “Uma agroindústria permite aprimorar a produção, entregando algo agregado de valor, e lucro direto

quem produz”, avalia o presidente da Fetaesp, Braz Albertini. A Agrifam 2014 ainda celebra o Ano Internacional da Agricultura Familiar, estabelecido pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (ONU-FAO), com objetivo de promover uma agricultura familiar sustentável ambiental e economicamente, através da conscientização pública e política, além de ampliar o potencial do setor de maneira sinérgica. Objetivo que a Agrifam vem promovendo ao longo de sua história, iniciada em 2003. Serviço: 11ª Agrifam – Feira da Agricultura Familiar Data: 1, 2 e 3 de agosto Horário: 8h às 17h Local: Recinto de Exposições “José Oliveira Prado” Endereço: Avenida Lázaro Brígido Dutra, 300 - Lençóis Paulista/SP Entrada e Estacionamento Gratuitos Mais informações: (14) 2106-2828 www.agrifam.com.br


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AgroCultivo

BRASIL PODE SER O MAIOR PRODUTOR MUNDIAL DE SOJA EM 2014

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egundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento – Conab, o Brasil pode se tornar o maior produtor global de soja, ultrapassando os Estados Unidos, com a produção em cerca de 90 milhões de toneladas, um aumento de 10,4% em relação à safra 2012/2013. O aumento de 6,9% na área de produção e o crescimento de 3,3% de produtividade contribuem para este desenvolvimento. Neste cenário, destaca-se Mato Grosso representando 29% da produção nacional. O estado deve colher 26,2 milhões de toneladas do grão na safra 13/14. “O Brasil possui todas as chances de se tornar o maior produtor de soja do mundo, mas temos que ficar atentos ao clima mais quente e seco, que pode prejudicar a produção em alguns Estados” pondera Glauber Silveira, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja – Aprosoja Brasil. O aumento da produtividade está associado aos avanços tecnológicos no campo, à forma de manejo e à eficiência dos produtores, devido aos equipamentos utilizados na colheita e ao conhecimento dos agricultores, o Brasil deve exportar em 2014 cerca de 47,72 milhões de toneladas de soja. “A China é o nosso principal mercado importador, sendo responsável por 75,36% das importações nacionais”, acrescenta Silveira. O crescimento da produção de soja aliado ao aumento da produção de outros grãos, têm favorecido a ascensão do agronegócio brasileiro no mercado mundial, como constatado recentemente. Já que o mercado internacional reconhece o Brasil, pelo uso de práticas de agricultura sustentável, como o sistema integração-lavoura-pecuária e a utilização de técnica no plantio direto, favorecendo a preservação do meio ambiente, levando a crer na quebra de recordes na produção.

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AgronoBrasil

Fonte: CATI

CATI LANÇOU A PRIMEIRA SEMENTE ORGÂNICA DE MILHO DO BRASIL

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Coordenadoria de Assistência Técnica Integral – CATI participou da Bio Brazil Fair, que aconteceu de 4 a 7 de junho no pavilhão da Bienal do Parque Ibirapuera-SP, e é considerada a maior feira de orgânicos da América Latina. Em seu importante trabalho de extensão rural a CATI aproveitou para lançar oficialmente a primeira semente orgânica de milho do Brasil. A variedade AL Avaré foi desenvolvida em Manduri, em 2013, na Fazenda Ataliba Leonel, pela equipe de técnicos do Departamento de Sementes, Mudas e Matrizes (DSMM/CATI). A semente, de acordo com o engenheiro agrônomo e diretor do DSMM, Edson Luiz Coutinho, está na segunda geração, tem ampla adaptabilidade para todas as regiões do Brasil e possui um potencial de produção de até 8 toneladas por hectare. “A CATI trabalha com variedades e isso lhes confere uma resistência maior a pragas e doenças, tolerância a acidez do solo, à baixa fertilidade e à deficiência hídrica. Esse milho teve uma ótima resposta diante da seca que enfrentamos em São Paulo no início deste ano, enquanto que áreas vizinhas, com outros materiais, sofreram grande perda”, explicou Coutinho. Também foi destacado que a produção foi feita na propriedade de um agricultor cooperador, Luiz Fernando Dall’Evedove, na região de Marília-SP, que é um produtor orgânico certificado pelo IBD, um credenciamento realizado junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

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A colheita feita em maio deste ano resultou em 34 toneladas, ou 1.700 sacos de 20kg de sementes que serão disponibilizadas até o final de junho para comercialização. Todo o preparo do produto, incluindo secagem, limpeza, seleção, análise, beneficiamento,

classificação, ensaque, loteamento e identificação das sementes, é realizado no Núcleo de Semente de Paraguaçu Paulista. Para o coordenador da CATI, José Carlos Rossetti, a instituição dá um importante passo no mercado, além de cumprir com a sua tarefa na agricultura do Estado. “A CATI cumpre com o seu papel que é participar da infraestrutura de produção no Estado. O departamento tinha como obrigação institucional começar esse trabalho. Nós pegamos a nossa variedade e produzimos organicamente, respondendo a uma demanda da sociedade do movimento orgânico de alimenta-

ção saudável e acredito que essa é só a primeira de muitas respostas positivas que nós alcançamos”, destaca Rossetti. O comerciante Gustavo Verona Carvalho, de Pirassununga -SP, tem uma loja de produtos orgânicos e visita a feira pela segunda vez. Ele e a esposa compraram alguns produtos. “A tendência é de crescimento desse mercado dos orgânicos, pois cada vez mais as pessoas reconhecem como é necessário não agredir o meio ambiente na produção dos alimentos”, diz o comerciante. Um trabalho reconhecido e lançado com orgulho pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Mônika Bergamaschi, que ressaltou a rapidez no trabalho desenvolvido pela CATI frente à exigência de produção de sementes orgânicas feita pelo Ministério da Agricultura. “Toda grande caminhada começa de um primeiro passo e isso nós estamos fazendo de mãos dadas, em um trabalho que é de parceria entre os órgãos da Secretaria. Eu só posso parabenizar a CATI que, por meio do DSMM, respondeu rápido a esse projeto que teve um grande resultado e nos permitiu apresentar hoje na Bio Brazil Fair a primeira semente de milho orgânica do Brasil”, afirma a secretária. Uma normativa do Ministério da Agricultura havia determinado que o uso de sementes orgânicas seria obrigatório para a produção de agroecológicos, a partir de dezembro do ano passado, mas devido à falta de sementes para abastecer o mercado, a decisão foi adiada.


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AgroInfo

PREÇO DA BORRACHA ESTÁ EM

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s preços internacionais, em queda desde meados do ano passado, atingiram um patamar que inviabiliza o beneficiamento de borracha natural. O preço médio recebido pelo heveicultor paulista pelo coágulo com teor de borracha seca de 53% em abril foi R$ 1,96 por quilo, va-

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lor este abaixo do preço mínimo estabelecido pela Companhia Nacional de Abastecimento – Conab, para o produto no âmbito da Política de Garantia de Preços Mínimos – PGPM, para a safra 2013/2014. Segundo o diretor executivo da Associação Paulista de Produtores e Benefi-

ciadores de Borracha - Apabor, Heiko Rossmann, a safra 2013/2014 é atípica, com fatores climáticos e de mercado prejudicando o resultado nas fazendas e nas usinas de beneficiamento. A heveicultura brasileira vivencia o pior cenário, com menor produção na safra e queda acentuada de preços justamente durante o pico da safra, período que corresponde a mais de 40% da produção anual. “A pouca chuva trouxe prejuízo à produção, problema visto na caneca todos os dias. De um lado tivemos pouca chuva, de outro os preços internacionais despencaram, reduzindo drasticamente a renda dos heveicultores, dos sangradores e também das usinas”, explica Rossmann. O bimestre abril-maio foi marcado pela inviabilização do beneficiamento de borracha natural. No entanto, o cenário no longo prazo é animador, especialmente para quem está plantando. “O mais conceituado especialista em economia da borracha, Dr. Hidde Smit, sinaliza que os preços devem voltar a subir em 2020 para níveis que proporcionarão excelentes resultados”, assegura o diretor. A curto prazo podemos considerar que o preço da borracha deve cair ainda mais em junho-julho, o heveicultor se encontrará em situação semelhante à da usina, ou seja, com o custo efetivo superando a receita na maioria das fazendas. O cenário é sombrio, de fato. O risco de paralização da produção brasileira é iminente. A Apabor, braço executivo da recémcriada Associação Brasileira de Produtores e Beneficiadores de Borracha Abrabor, tem atuado junto à indústria pneumática visando construir uma solução conjunta para a cadeia produtiva da borracha natural. Paralelamente, a Abrabor solicitou ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MAPA a realização de leilões da PGPM para a borracha natural. No entanto, após algumas reuniões, a indústria manifestou posicionamento contrário à qualquer mudança da metodologia de cálculo do preço do GEB-10 e ao estabelecimento de um preço mínimo que assegure a sustentabilidade do segmento produtor e


Foto: Divulgação

QUEDA NO MERCADO GLOBAL mantenha a atratividade do negócio para investidores. A ideia do Fundo de Defesa da Economia da Borracha Natural - Fundebor, apresentada durante o 7º Encontro Nacional da Borracha Natural, parece também ter ido por água abaixo. “Resta ao segmento produtor bus-

car o apoio do governo federal para a implementação de um plano alternativo que visa a proteção da heveicultura brasileira. A elevação da alíquota do imposto de importação da borracha

natural, associada a outras medidas, se apresenta agora como uma opção atraente, pois pode aumentar a competitividade do produto nacional frente ao importado”, conclui Rossmann.

ENTENDA A QUEDA DOS PREÇOS A demanda mundial por borracha natural encontra-se retraída devido à crise imobiliária dos Estados Unidos em 2008 e à crise financeira na zona do Euro. A economia dos Estados Unidos e da União Europeia vem se recuperando, mas em ritmo extremamente lento. A China, maior consumidor mundial, com mais de 35% de participação, mostra algum sinal de cansaço. Porém, segue com crescimento superior a 7,5% ao ano, fornecendo sustentação para o mercado de borracha natural e outras commodities. Tailândia, Indonésia e Malásia, que respondem juntas por cerca de 70% da produção global e integram a chamada Aliança Tripartite,

não chegam a um consenso sobre a estratégia a ser adotada para reverter a queda de preços. A solução mais óbvia parece ser a compra do produto no mercado e composição de estoque. Porém, falta recursos e vontade política para a adoção de qualquer medida. Somado a isso, a Tailândia e o Vietnã aumentaram ainda mais a produção em 2013, enquanto houve retração do consumo nos principais mercados – EUA, Europa e Japão. Nota-se que mais 1,5 milhão de toneladas foram adicionadas aos estoques mundiais nos últimos três anos. A previsão para 2014 é de um saldo positivo de 700 mil toneladas, o que deve agravar ainda mais a situação.

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AgroEntrevista

Foto: Leandro Gasparetti

Enrique Moraes conta um pouco sobre a Ekip Rozeta

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ara quem não conhece Enrique Moraes não sabe que seu sonho na infância era ser jogador de futebol, chegando a fazer vários testes em vários times, mas o destino lhe pregou uma peça e, em 2002, decidiu ser locutor de rodeio. Como para todos que querem seguir essa carreira, o início não foi fácil, pediu oportunidade para várias pessoas e narrou alguns torneios, durante o dia, mas o destino colocou em seu caminho o locutor Helinho Paraíso, no Rodeio de Taiaçu, quando o assessorou na pista e o acompanhou até 2005. No mesmo ano foi convidado por Kaká de Barretos - que na época era presidente de Os Independentes para trabalhar por três semanas na Festa do Peão de Barretos, já que era conhecido nos rodeios por fazer assessoria informatizada para as comissões de festas, onde organizava as inscrições e os sorteios. Mas foi em 2009, em uma brincadeira com os amigos, que surgiu a ideia de criar a Ekip Rozeta um dos circuitos mais renomados do Brasil. Magazine AgroFest – Como surgiu a ideia de criar o Circuito Ekip Rozeta? E quando foi criada? Enrique Moraes - Foi por meio de uma brincadeira entre amigos, onde comemorávamos gritando “roseta”, e o Redão mandou fazer uns adesivos escrito Rozeta, mas foi com Z e falei que era com S, e ele me disse que a nossa Ekip era Rozeta, isso foi no ano de 2009, quando nasceu a Ekip Roze-

ta. Mas foi em 2011, que tirava parte do meu cachê semanal para premiar o cowboy que mais se destacasse nos rodeios, juntei dinheiro e comprei uma moto, onde realizei a primeira final da Ekip Rozeta, em Quintana.

Redner Leandro Moreira (Redão) e do Neinha, que por meio de uma brincadeira de uma frase que virou um bordão e, hoje virou uma empresa, uma marca de roupas e um Campeonato. No início contou com o apoio de alguém? Magazine AgroFest – E o nome, foi Enrique Moraes - Contei com a ajuda ideia de quem? de alguns comEnrique Morapetidores que es - A ideia foi do posso destacar aqui, o incentivo deles, como Eneias Barbosa, Ailton Amorim, Emilio Resende, Silvano Alves, Redner Moreira e Neto Oger. Sempre fomos no peito, na raça e na coragem, por que nunca tivemos Enrique Moraes patrocinador “grande”, que investisse no Campeonato, possuo vários parceiros que colaboram comigo.

Juntei dinheiro e comprei uma moto, onde realizei a primeira final da Ekip Rozeta.

Magazine AgroFest – Qual o objetivo principal da Ekip Rozeta? Enrique Moraes - Valorizar o Rodeio sempre, destacando os trabalhos das organizações de Rodeio e revelar novos nomes no rodeio brasileiro, proporcionando novas oportunidades e valorizando, também, os competidores renomados. Magazine AgroFest – Tem algum fato que marcou o circuito nesses anos? Enrique Moraes - Tiveram vários, 18


mas as nossas três finais que realizamos em Quintana - SP (2011), Luiziânia - SP (2012) e Palestina - SP (2013), foram os fatos que mais me marcaram, pois aí pude perceber e ver a credibilidade que o nome da Ekip Rozeta – dentro do rodeio brasileiro, com os profissionais de rodeio e, principalmente, com os fãs do rodeio. Magazine AgroFest – Se fosse para fazer um retrospecto do circuito, poderia dizer que foi positivo ou negativo? Enrique Moraes - Positivo, pois nesses anos da nossa Ekip Rozeta, pude ver novos nomes surgirem que hoje brilham em grandes rodeios do Brasil e do mundo. Magazine AgroFest – E os projetos para o futuro, poderia adiantar alguma coisa? Enrique Moraes -Demos início no mês de junho, em Americana - SP, com a Copa Rozeta Cutiano, valorizando onde tudo começou e estamos planejando nossa final do rodeio em touros, da temporada 2014, que será em Fernandópolis - SP, de 03 a 06 de dezem-

bro e prometemos muitas novidades. Magazine AgroFest – Gostaria de falar mais alguma coisa, agradecer alguém ou citar algo que ache importante? Enrique Moraes - Agradecer a todos os meus parceiros como: Selaria Campolina (Luis e Alex); Tattersall (Paulinho e Cris); Drogaria Bom Jesus (Rodrigo Bogas); Botas West Boots (Luis Henrique); Citropar (Júnior Zamperlini); Cia Original (Fábio Macarroni); Chapéus Eldorado Company (Flávio); Os Vaqueiros (Evandro e Rinaldo); Cowboy Strong (Eugênio Dezotti); Grupo Shalon (Juninho Boneti); Bio Santos (Marcondes Maia); Nstin Country (Silvana); RLC (Juninho Calegare); H. Majoni (Hélio); Bulls Champions (Nelson). E agradecer a todas as comissões de festa

que sempre acreditaram nos trabalhos da Ekip Rozeta e confiam na pessoa do Enrique Moraes. E para este ano a grande final da temporada @Ekip_Rozeta será realizada em Fernandópolis/SP, de 03 a 06 de Dezembro.

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AgroEntrevista

PSICULTURA NO NOROESTE PAULISTA E O CETAQ

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Associação dos Aquicultores de Monte Aprazível e Região AQUAMAR, fundada em 17 de março de 1998, através de seus associados identificou os principais gargalos na cadeia produtiva da Aquacultura a serem superados, ou seja, falta de assistência técnica qualificada, sanidade dos organismos aquáticos, qualidade da água, alevinos sem conhecimento da procedência, qualidade da ração, processamento e comercialização do pescado, organização dos pequenos e médios produtores e, principalmente, formação de técnicos de nível médio e pesquisa em toda a cadeia produtiva da aquacultura. Em 2001, a associação criou a Fundação para Aquicultura de Monte Aprazível e Região - FAMAR, e doou a Associação uma propriedade de 82.000 m², com o intuito de construir o Centro de Educação de Tecnológica em Aquacultura - CETAq “Chopin Tavares de Lima”. Em 2005, foi firmado um convênio entre o Ministério da Educação - MEC, o Programa de Expansão da Educação Profissional - PROEP, o Banco Internacional do Desenvolvimento - BID e a FAMAR para a construção, aquisição

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de equipamentos e mobiliários do CETAq. O CETAq é uma entidade comunitária, de cunho social, sem fins lucrativos, mantido pela FAMAR, voltado para educação, pesquisa e prestação de serviços técnicos nas áreas de Aquicultura e Processamento de Pescados, da qual contempla toda a cadeia produtiva desde a reprodução até o processamento do pescado. Para tal, o CETAq oferece laboratórios de análises físicoquímico e microbiológico do peixe, da água e do solo, laboratório de reprodução e reversão de tilápia, laboratório de fabricação de ração, laboratório de processamento de pescados (frigorífico) e 17 tanques escavados com produção de alevinos onde o aluno poderá estagiar em todos estes setores. Além de dominar toda a cadeia produtiva, o CETAq desenvolve um processo de “resíduo zero”, ou seja, dando tratamento para todo o resíduo orgânico de nossas produções, utilizando a pele para o processo de curtume - a carcaça para a fabricação de farinha de peixe - escama para fabricação de esmaltes e os demais resíduos para a fabricação de ração.

O CETAq dá ênfase para o setor de Aquacultura, mas também é habilitado e reconhecido pelo MEC nos cursos de Administração, Informática, Logística (Gestão e Negócios), Agroindústria (Produção Alimentícia) e Açúcar e Álcool (Produção Industrial - carteira CRQ). Disponibiliza instalações e toda logística para cursos rápidos (40 horas, 60 horas, 80 horas, 120 horas) na área da psicultura e de acordo com a demanda em seus diversos segmentos regionais, podendo funcionar nos três períodos (manhã, tarde e noite). Ainda para a parte didática, conta com um laboratório de informática com acesso a internet, uma biblioteca com amplo acervo bibliográfico e, em todas as salas de aulas, estão à disposição dos professores, data-show para ministrar aulas interativas. Os cursos técnicos possuem duração de um ano e meio, divididos em 3 módulos, o aluno interessado nos cursos deverá ter concluído o ensino médio ou estar pelo menos cursando a segunda série do Ensino Médio. Acompanhe a entrevista realizada pela Magazine AgroFest com a Presidente da FAMAR, Lívia Gomide.


Fotos: Divulgação

Magazine AgroFest – Como funciona a criação de peixe em tanques? Lívia Gomide - É a forma que os produtores encontraram para produzirem pescados de maneira econômica e em grandes quantidades. Tanques Rede: São gaiolas de 3x3x2,5m, fixadas em linhas nos alagados. Normalmente compra-se os alevinos de 1 a 3 g, para iniciar a fase de engorda, que dura em torno de 6 a 8 meses, este tempo varia de acordo com as condições do manejo a ser utilizado, qualidade da água e época do ano. Tanques escavados: Tanques escavados nas propriedades onde são colocados os alevinos, para iniciar a fase de engorda, todos os tipos de criação variam de acordo com a qualidade da

água, condições de manejo e época do ano. Sempre seguindo orientações técnicas. Magazine AgroFest – Qual a situação do peixe no mercado na região Noroeste Paulista? Lívia Gomide - O mercado está crescendo anualmente, porém, o valor repassado para o produtor ainda está muito baixo, tornando-se cada dia mais difícil manter a atividade. Magazine AgroFest – Quais espécies tem mais fácil produção em tanque na região? Lívia Gomide - As espécies mais cultivadas em tanques escavados são as nativas, que apresentam grande poten-

cial de crescimento e mercado como o pacu, tambaqui, tambacu, piauçu, e matrinxã. Em tanque rede a espécie mais cultivada é a tilápia. Magazine AgroFest – Como os criadouros estão se adequando na seca? Lívia Gomide - No caso de tanque rede, estão migrando para áreas mais profundas dos lagos. Já os tanques escavados, a diminuição dos indivíduos por m² é fundamental, pequenos criadores sem recursos estão abandonando a atividade devido aos altos custos da mudança do local de sua estrutura. Para obter mais informações sobre o CETAQ, acessem o site www.cetaq.com.br.

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AgroInfo

Foto: Divulgação

PRODUTORES DE AGENDA eventos CURSOS 6º Simpósio Internacional de Reprodução Animal Aplicada 07 e 08 – Teatro Marista – Londrina/PR UNESP - Campus de Jaboticabal 08/12/14 a 12/12/14 UNESP - Campus de Botucatu 24/11/14 a 28/11/14

RODEIO / CAVALGADA / PROVAS CRONOMETRADAS 2º Paulo Rossi Rodeio Show 07 a 10 de Agosto – Nova Granada/SP 3º Encontro das Comitivas 09 e 10 de Agosto - Rancho Arizona Mirassol/SP Semana do Cavalo Quarto de Milha 19 a 24 de agosto Presidente Prudente - SP Mega Team Roping Three Friends 26 a 28 de Setembro Presidente Prudente - SP 59ª Festa do Peão de Barretos 21 a 31 de Agosto – Barretos/SP Festa do Peão de Orindiúva – 28 a 31 de Agosto – Orindiúva/SP 28ª Festa do Peão de Icém – 10 a 14 de Setembro – Icém/SP EXPOSIÇÕES / ENCONTROS FenaSucro - 22ª Feira Internacional de Tecnologia Sucroenergética - 26 a 29 de Agosto - Sertãozinho/SP IX Ciclo de Palestras sobre a Heveicultura Paulista 20 e 21 de novembro de 2014 São José do Rio Preto/SP IV Congresso Sul Brasileiro de Avicultura, Suinocultura e Laticínios 04, 05 e 06 de Novembro – FIERGS Porto Alegre/RS 22

LEITE DEVEM SE ADEQUAR AS REGRAS DA IN-62 ATÉ 2016

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s produtores de leite das regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul têm até 2016 para se adequarem às exigências de qualidade da Instrução Normativa 62, que entrou em vigor nesta semana. Apesar da existência de programas para capacitação, segundo a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), da Secretaria de Agricultura de São Paulo, cerca de 40% dos produtores do estado ainda não estão dentro dos novos padrões – que focam os níveis da produção leiteira na Europa.

O produtor que cumpre as exigências costuma receber mais pelo litro do produto, de acordo com a indústria em que comercializa, até que se inviabilize a venda do leite fora dos padrões do Ministério da Agricultura. Nos estados do Norte e Nordeste, onde a produção é menor, os produtores têm um ano a mais para adaptação, até 2017. A regra veio para substituir a Instrução Normativa 51, cujo prazo para adaptação venceu este ano, e muda os parâmetros para a contagem bacteriana total (CBT) e a contagem de células somáticas (CCS). “O alvo principal agora é o consumidor. As mudanças estão em todos os itens que se referem à qualidade, regras para ordenha, higienização e armazenamento. Até o pequeno produtor, que faz a ordenha manual, pode se enquadrar. Creio que não será mais necessária nenhuma mudança normativa, basta colocar em prática”, diz o presidente da Leite Brasil, Jorge Rubez. O presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Alvim, afirma que a ideia é chegar ao patamar dos produtos nativos da União Européia. “A diferença é que eles estão com programas de qualidade há 50 anos e a instrução 51 foi prevista apenas desde 2002”, enfatiza. Além disso, Alvim lembra que cerca de 80% dos produtores brasileiros vêm da agricultura familiar, dificultando a padronização das atividades. Para saber mais sobre a Instrução Normativa 62 acesse com o leitor de QR CODE.


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AgroCapa

A NOVA FORMAÇ MAIS QUERID

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ustavo Santana de Sá, de 17 anos, natural da cidade de Santa Fé do Sul, no interior de São Paulo, agora será chamado de ‘Carreiro’ junto com seu novo parceiro Capataz. Hilton Cesar, conhecido como Capataz, natural de Cuiabá, capital do Mato Grosso, reside atualmente em São José do Rio Preto-SP. Há aproximadamente um ano, Capataz, estava com incertezas em relação ao projeto da dupla que ele tinha com João Carreiro, conhecida como João Carreiro & Capataz, e tomou uma iniciativa definitiva - com seu novo projeto que já está em prática - que foi de

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achar seu novo parceiro, Gustavo Viola, e acabou formando a dupla, Carreiro & Capataz. O empresário da dupla, Léo dos Reis, que também era do projeto João Carreiro & Capataz, permanece à frente deste novo projeto. A nova música de trabalho “Coração Apaixonado”, já foi lançada em todas as rádios do Brasil, sendo de composição da nova dupla Gustavo Viola e do próprio Capataz. A produção é dos irmãos Nery (Pedro Nery e Neto Nery), da Play Mix Studio, e a primeira imagem oficial da nova dupla, também foi divulgada junto com o lançamento da


Fotos: Elo Santos

ÇÃO DA DUPLA DA DO BRASIL

nova moda. É sempre bom deixar bem claro, que todas as decisões referente ao fim da dupla João Carreiro & Capataz, foram tomadas em total harmonia sempre prevalecendo a amizade de todos que fizeram parte da parceria, tanto que o empresário da dupla Léo dos Reis e o próprio Capataz, decidiram dar continuidade com um novo nome no mercado artístico, para que não criasse desavenças futuras. Sobre a nova formação, vale frisar que o novo parceiro de Capataz, também é violeiro e já seguia uma carreira musical, cantando solo. Mas a semelhança

da sua voz é impressionante, com certeza vai ser marcante, não descaracterizando a boa qualidade da música sertaneja e o padrão da atual dupla. Para os amantes de uma boa música, acompanhe Carreiro & Capataz pelas redes sociais oficiais abaixo Redes Sociais Oficias da dupla: Youtube: Carreiro & Capataz Twitter: @carreirocapataz FanPage: Carreiro e Capataz Instagram: carreiroecapatazoficial Contato para Shows: (17) 98186-2345 / 3223-7100

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AgroEntrevista

Entrevista com o secretário do Meio Ambiente

Rubens Rizek sobre o Cadastro Ambiental Rural (CAR)

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revisto no Código Florestal, o Cadastro Ambiental Rural (CAR) é um cadastro que deve conter os dados básicos das propriedades rurais. O secretário do Meio Ambiente, Rubens Rizek, informa que no estado de São Paulo, o cadastramento começou a ser feito um ano antes da normativa federal que instituiu o CAR em todo o território nacional. “Queríamos que os proprietários rurais paulistas tivessem mais tempo e tranquilidade para efetuar o cadastro. Criamos, para isso, nosso próprio sistema. Por isso, todos os cadastros paulistas devem ser realizados no site www.ambiente.sp.gov.br/sicar. Posteriormente, esses dados migrarão para o sistema nacional”, explica o secretário Rizek que concedeu a entrevista para Magazine AgroFest. Magazine AgroFest – Como vai funcionar o CAR? Rubens Rizek – O CAR – Cadastro Ambiental Rural – constitui um cadastro eletrônico, obrigatório a todas as propriedades e posses rurais. As informações do cadastro são declaratórias, de

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responsabilidade do proprietário ou possuidor rural, e farão parte do Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural – o SiCAR, que ficará sob responsabilidade do Ministério do Meio Ambiente e do Ibama. O CAR, diferentemente de outros ca-

dastros já existentes, é composto também de informações espaciais. Isso significa que, além de conter os dados básicos da propriedade, como endereço, e área total, também contém um croqui, feito com a ajuda de uma foto aérea disponibilizada no próprio sistema. De acordo com a Lei, os Estados podem optar por utilizarem o sistema de CAR federal ou desenvolver um sistema próprio. No estado de São Paulo, o então secretário do Meio Ambiente Bruno Covas deu início ao cadastramento um ano antes da normativa federal que instituiu o CAR em todo o território nacional e, até o momento, recebeu mais de 10 mil inscrições. O prazo de um ano para cadastramento de todas as propriedades rurais do Brasil passa a ser contado a partir de 6 de maio de 2014, data de publicação da Instrução Normativa n° 02 de 2014, do Ministério do Meio Ambiente. Até 6 de maio de 2015, todas as propriedades e posses rurais do Brasil deverão estar cadastradas. A Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SMA) realizou palestras em diversas regiões do estado para apresentar o cadastro, prestar informações e esclarecer dúvidas. Além disso, a SMA disponibilizará equipamentos (computador e impressora) para que os municípios menores – com até 50 mil habitantes - possam auxiliar os proprietários na realização do cadastro. Assim, as propriedades ou posses localizadas no Estado de São Paulo devem


Foto: Divulgação

ser cadastradas apenas no SiCAR paulista (www.ambiente.sp.gov.br/sicar). Posteriormente, todos os cadastros estaduais integrarão o Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural – o Sicar, que ficará sob responsabilidade do Ministério do Meio Ambiente e do Ibama. Magazine AgroFest – O cadastro vai ser pela matrícula ou imóvel total? Rubens Rizek – Esta dúvida foi solucionada recentemente pela Instrução Normativa 02/2014 do Ministério do Meio Ambiente, ao definir imóvel rural para fins de cadastro no CAR. Devem ser consideradas todas as áreas contíguas (ou seja, áreas vizinhas e que fazem limite uma com a outra) de um mesmo proprietário, mesmo com mais de uma matrícula, como um único imóvel rural, que devem ser cadastradas conjuntamente em um único CAR. Magazine AgroFest – Propriedade menor de quatro módulos fiscal, que não tem mato, vai ter que fazer os 20%? Rubens Rizek – O novo código florestal foi aprovado pelo Congresso Nacional em meio a uma grande disputa entre os defensores dos proprietários rurais e os defensores da ampla proteção ao meio ambiente. Esta disputa gerou discussões em inúmeros pontos do projeto de lei, que mesmo depois de aprovado ainda foi alvo de modificações por medida provisória posteriormente apreciada também pelo Congresso. Em um processo de tal complexidade alguns conflitos pontuais no conjunto final da lei podem só ser notados depois. Este me parece ser, a princípio, o caso desta questão da obrigatoriedade dos proprietários de imóveis rurais sem nenhuma vegetação nativa remanescente de recomporem integralmente os 20% de reserva legal. Por mais que esta leitura pareça ser a mais adequada juridicamente, já que o código estabelece que todas as propriedades devem manter uma área com cobertura de vegetação nativa e, assim aquelas que não têm nada não cumprem esta obrigação, isto implica em uma enorme incongruência prática, sem falar em possível falta de isonomia. Assim, me parece ser este um ponto claro em que a lei precisa ser interpretada, provavelmente por meio de um Decreto Federal, ou mesmo de alterada para que a finalidade de não se

exigir dos proprietários ou posseiros de áreas menores de quatro módulos fiscais nenhuma recomposição de reserva legal seja efetivamente garantida como direito de todos, inclusive dos que não tem mais nenhum remanescente de vegetação nativa. Magazine AgroFest – As propriedades rurais que possuem menos de quatro módulos e tem mata, mas não os 20%, vai ter que recompor? Rubens Rizek – Não, para os imóveis rurais que tenham menos de quatro módulos fiscais e tenham algum remanescente de vegetação nativa, mesmo que de tamanho inferior à 20% da sua área total, o código estabelece que não há necessidade de recomposição dos 20% de reserva legal, devendo apenas serem preservados estes fragmentos. Magazine AgroFest – Quais são os órgãos que farão o cadastro para pequenos produtores que possuem menos de quatro módulos? Rubens Rizek – Todas as informações constam em http://www.ambiente.sp. gov.br/sicar/apoio-a-inscricao-no-car/ Magazine AgroFest – Onde está localizado o órgão responsável? Rubens Rizek – Todas as informações constam em http://www.ambiente.sp. gov.br/sicar/apoio-a-inscricao-no-car/ Magazine AgroFest – Qual o prazo e se terá multa, para quem não regularizar dentro do prazo? Rubens Rizek – O prazo de um ano para cadastramento de todas as propriedades rurais do Brasil passa a ser contado a partir de 6 de maio de 2014, data de publicação da Instrução Normativa n° 02 de 2014, do Ministério do Meio Ambiente. Assim, até 6 de maio de 2015, todas as propriedades e posses rurais do Brasil deverão estar cadastradas. O proprietário que não cadastrar o seu imóvel poderá sofrer sanções como advertências ou multas, além de não poder mais obter nenhuma autorização ambiental ou crédito rural. Somente com o CAR será possível aderir ao Programa de Regularização Ambiental (PRA), que permitirá obter o uso consolidado de Áreas de Preservação Permanente que já estavam sendo utilizadas em 22 de julho de 2008, conforme os critérios da Lei.

SAIBA MAIS SOBRE O CAR Para que serve o CAR? Trata-se da principal ferramenta prevista no novo Código Florestal para a conservação do meio ambiente e para a adequação ambiental de propriedades, pois possibilitará um maior controle sobre o cumprimento da lei ambiental e auxiliará no atingimento das metas nacionais e internacionais para manutenção de vegetação nativa e restauração ecológica de ecossistemas. O cadastro é obrigatório? Sim. O cadastro é obrigatório a todas as propriedades e posses rurais existentes no Brasil e os dados informados são declaratórios, de responsabilidade do proprietário ou possuidor rural. Isso independe da situação das terras: com ou sem matrícula, registros de imóveis, ou transcrições. O intuito do CAR é a regularização ambiental, e não a fundiária. Terei algum benefício por realizar o cadastro? O cadastro facilitará a vida do proprietário rural que pretende obter licenças ambientais, pois a comprovação da regularidade do imóvel será feita por meio da inscrição e aprovação do CAR e o cumprimento no disposto no Programa de Regularização Ambiental, sem a necessidade de procedimentos anteriormente obrigatórios, como a averbação em matrícula de Reservas Legais no interior das propriedades. Como faço para realizar o cadastro? Acesse o site www.ambiente.sp.gov. br/sicar. Lá encontrará vídeo explicativo, manual que apresenta de forma didática o passo a passo para realizar o cadastro e mais informações sobre o CAR. A SMA disponibiliza também o Disque Ambiente (0800 113 560), que tem uma equipe treinada para o esclarecimento. Que instituições são responsáveis pelo CAR? Os dados do SiCAR-SP, juntamente com os dados dos cadastros dos demais estados, farão parte do Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural – o SiCAR. No estado de São Paulo, a instituição responsável pela coordenação do CAR é a Secretaria do Meio Ambiente. No âmbito federal, o Ministério do Meio Ambiente e o IBAMA. 27


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AgroInfo

Foto: Divulgação

EXPRESSÃO É REELEITO PRESIDENTE DO SINDICATO RURAL DE RIO PRETO

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ruralista Sérgio Expressão foi reeleito presidente do Sindicato Rural de São José do Rio Preto para um mandato de mais quatro anos. A eleição aconteceu no último dia 10 de junho, na sede do Sindicato. “Vamos dar continuidade ao trabalho iniciado em 2007. Naquele ano, fui eleito, pela primeira vez, para dirigir o Sindicato. Fizemos uma reengenharia na estrutura da entidade, saneamos as contas e passamos a dar um atendimento mais personalizado aos nossos associados”, relembra. Expressão diz que o Sindicato de Rio Preto continuará seguindo as diretrizes da Faesp – Federação da Agricultura do Estado de São Paulo. “Agradeço o doutor Fábio de Salles Meirelles, nosso presidente, pela confiança que deposi-

tou em mim, quando o meu nome foi levado a ele para assumir o Sindicato pela primeira vez. De lá para cá, sem-

pre contei com o apoio da Federação e encontrei no doutor Fábio um verdadeiro pai”, declara.

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AgroCultura

SAFRA DE ARROZ DEVE CRESCER 3,1% EM 2014 A produção de arroz na safra 2013/14 deve alcançar 12,18 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 3,1% em relação ao resultado do período anterior (11,82 milhões de t), segundo o 10º levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento - Conab. Conforme a Conab, no Rio Grande do Sul, maior produtor do cereal do País, a expectativa é de que a colheita alcance 8,11 milhões de toneladas, ou mais 2,3% em relação à safra passada (7,93 milhões de t). “O acréscimo ocorreu em função da boa disponibilidade de água nos ma-

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nanciais neste ano e aos preços do produto que superaram o custo de produção”, diz a Conab. Com relação à colheita gaúcha, já concluída, a Conab explica que foi observada uma pequena perda de produtividade no terço final da operação, em virtude da ocorrência de altas temperaturas que persistiram por vários dias e amplitude térmica entre o dia e a noite. Outro fator que contribuiu para a perda foi à área semeada fora do período ideal recomendado pela pesquisa. A estatal acrescenta que o destaque da lavoura de arroz nesta safra ficou por conta do forte crescimento obser-

vado da área plantada na Região Centro-Oeste. “Foi a única região do País onde houve incrementos em todos os Estados”, informa. Segundo a Conab, os estimulantes preços de algodão, soja e milho estão, desde o ano passado, criando uma demanda por área agricultável, que está sendo atendida por pastagens degradadas e antieconômicas na região. “Essas pastagens estão sendo reconvertidas para a produção de grãos, e o arroz é a lavoura que primeiro se apropria dessa mudança”, esclarece. Fonte Conab


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AgroRodeio

LUCIANA OMENA

Jornalista Especializada em Cavalos lucianaomenacomunicacao@gmail.com

Fotos: Adilson Silva/Foto Perigo

O conjunto Paulo Koury Neto e Dont Whiz WRB. Paulo estará em seu terceiro Mundial.

Jogos Equestres Mundiais A CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE HIPISMO COORDENA A IDA DAS EQUIPES BRASILEIRAS PARA A “COPA DO MUNDO DO CAVALO”.

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World Equestrian Games acontece de quatro em quatro anos, assim como a Copa do Mundo de Futebol. Além desta semelhança, também é considerado a ‘Copa do Mundo do Cavalo’ por ser o terceiro maior evento esportivo do mundo, ficando atrás apenas das Olimpíadas e da própria Copa do Mundo. O WEG é considerado o mais prestigiado para os esportes equestres e para os atletas que compõe as modalidades participantes. No Alltech FEI World Equestrian Games 2014™, mais de 70 nações serão representadas pelos seus competidores e o Brasil busca classificar em todos os esportes: Salto, Adestramento, Concurso Completo de Equitação, Rédeas, Volteio, Enduro, Atrelagem Desportiva e Adestramento Para-Equestre. São esperados 500 mil visitantes e 500 milhões de telespectadores, além de 3000 voluntários que farão parte da equipe organizadora. Aproximadamente 1.000 dos melhores atletas equestres do planeta e seus cavalos

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representarão suas nações. O Jogos acontecem entre os dias 23 de agosto e 7 de setembro, na cidade de Caen, Normandia, França. A Rédeas é a única modalidade ‘western’ a compor o quadro da Confederação Brasileira de Hipismo e também da Federação Equestre Internacional. Tanto os cavaleiros como os cavalos já estão sendo preparados.A equipe está formada por quatro conjuntos. Dois farão seu segundo mundial, um irá para o terceiro e para um deles será a estreia. A torcida é grande, pois temos potencial para estar entre os melhores do mundo.

O primeiro WEG aconteceu em 1990, em Estocolmo, Suécia, e foi o marco para a união de todas as disciplinas do Campeonato Mundial, realizado pela FEI (Federação Equestre Internacional), em um só evento. Desde então, os jogos são realizados a cada quatro anos, alternando-se com as Olimpíadas Mundiais, em diferentes países do mundo. As edições posteriores foram Haia, Holanda (1994), Roma, Italia (1998), Jerez de La Frontera, Espanha (2002), Aachen, Alemanha (2006), Lexington, Kentucky (2010). Equipe brasileira de Rédeas que estará na França para o Mundial. Paulo Koury, Gilsinho Diniz, Eltinho Teixeira e Laercio Casalechi passaram por duas classificatórias para garantir a vaga.


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AgroRodeio

GENÉTICA DA TROPA WR,

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o próximo mês de agosto, a mais antiga e premiada tropa de cavalos do nosso país, a Tropa WR, de Novo Horizonte – SP, comemorará 32 anos de existência. A Tropa WR surgiu em 18 de agosto de 1982, pelas mãos do saudoso Waltinho de Biasi e, hoje segue sua trajetória de sucesso e conquistas nas mãos do seu irmão, Roberto de Biasi. Hoje, a WR é uma marca internacional, valorizada e

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reconhecida em todo o mundo, não só por sua extensa galeria de conquistas, mas também pelo seu dignificante trabalho social realizado em prol da comunidade novorizontina, pelo respeito, carinho e aos bons tratos aos animais. Com extremo profissionalismo, a Tropa WR, foi criada para mudar a visão do rodeio em cavalos do nosso país e toda esta dedicação em trabalhos traz retorno à tropa, que hoje é, sem dúvida

alguma, a tropa de rodeio mais premiada de todo o território nacional. Entre estas conquistas, destacamos a conquista de onze troféus Arena de Ouro - troféu que é considerado o Oscar do Rodeio Brasileiro - além de ser a mais premiada do Brasil, a Tropa WR se orgulha, também, de ser a pioneira da genética de animais, quando no início dos anos 90, Roberto de Biasi investiu em cruzamentos genéticos, assunto que até então, passava longe dos rodeios e hoje se tornou uma realidade. Hoje com orgulho, Roberto Biasi, afirma que 70% de seu plantel nasceu no próprio Haras Big Horse, com destaque para o renomado garanhão Rio Bravo, onde todos os seus filhos são fruto de cruzamentos específicos com éguas “puladoras”, já aposentadas, o que resultou em uma linhagem diferenciada com animais que se destacam em todas as apresentações e ao contrário do que acontece, puxaram a genética do pai, um cavalo pulador com suas várias características de animal de rodeio. Desde o sentido e precoce falecimento de Waltinho Biasi, em 29 de julho de 1996, Roberto de Biasi assumiu o co-


Fotos: Arquivo Tropa WR

CAMPEÕES VÊM DE BERÇO

mando da Tropa WR e não apenas deu continuidade, naquela que era uma das maiores paixões de seu irmão, como também lhe deu um propósito maior, o de destinar todo o lucro obtido com a tropa nos rodeios, para instituições beneficentes e filantrópicas. Há 18 anos, cerca de 30 entidades já foram beneficiadas com recursos, que totalizam a incrível somatória de quase R$ 1 milhão de reais. A maior parte dos recursos foi

destinada à Santa Casa de Misericórdia, com R$ 656.568,24, já as outras instituições beneficiadas são: OECA, Creche Santa Isabel / Sociedade São Vicente de Paulo, Creche Irmã Paula, Creche Criança Esperança, APAE, Associação Filantrópica Os Mensageiros, Projeto Pão Nosso, Fraldão, Paróquia São José, Paróquia de Santa Clara, Lar de Velhice, Associação de Alcoólicos Anônimos, Hospital do Câncer de Barretos, Asso-

ciação Teshuvá, AVAS, Centro Espírita Jesus de Nazaré, Ordem Estrela do Oriente, Instituto Pinheiro Machado, RTC, Escola PTQ, Doação Anônima, Santuário de Nossa Senhora de Fátima, Associação Protetora dos Animais e Associação Atletas do Futuro. A tropa mais premiada do rodeio brasileiro, a WR, com certeza entre todos os títulos merecidos e o mais importante é o de Campeã da Solidariedade.

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AgroRodeio

51ª FESTA DO PEÃO DE PAULO DE FARIA FOI SUCESSO

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conteceu entre os dias 02 a 06 de julho, na cidade de Paulo de Faria - SP, a 51ª edição festa do peão de boiadeiro, realizada e organizada pelo Clube dos 20. Neste ano a comissão organizadora não mediu esforços para que fosse melhor que a do ano passado. O evento contou com os shows das duplas Maycon & Renato, Teodoro & Sampaio, Zé Neto & Cristiano e, também, do cantor Euripinho Sollo, que além de cantor é tropeiro, possuindo uma das Cias de Rodeio mais renomadas do Brasil. Além dos shows, o evento teve o rodeio, que movimentou a arena e contou com a presença de profissionais renomados como os locutores Barra Mansa, Almir Cambra e Taturana - que narraram as provas cronometradas – participaram, também, Morcy Trindade e Rodrigo

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do Vale, já nos comentários o velhinho mais conhecido do rodeio brasileiro, Esnar Ribeiro e Tião Procópio, como juiz do rodeio. O rodeio contou com as modalidades de montaria em touro, cutiano e as provas cronometradas como a prova do laço em bezerro, laço em dupla, dos três tambores e teve a participação das Cias Grupo Pera, Euripinho Sollo, Marca J, Joãozinho Ribas e da Tropa WR. “Desejo que o próximo presidente, faça uma administração melhor e que traga bons frutos para a festa e para o município de Paulo de Faria. Parabéns a toda comissão do Clube dos 20 e aos participantes, por esta bela festa, e que venha a 52ª edição” comenta Klinger Ribeiro, atual presidente do Clube dos 20. O evento teve o apoio da Prefeitura e da Câmara Municipal.

Prefeito Herley Rossi prestigiou o evento


Fotos: Leandro Gasparetti

PRIMEIROS COLOCADOS DE CADA MODALIDADE: TOUROS 1º Lugar: Dener Barbosa Garcia Assunção 2º Lugar: Edevaldo da Silva Ferreira 3º Lugar: Ramom de Lima Rodrigues 4º Lugar: Ricardo Rosa Vaiz 5º Lugar: Edson Eduardo dos Santos Guimarães

José Olinto Junqueira (Vice Presidente), Sr. Klinger Ribeiro (Presidente) com a dupla Teodoro & Sampaio

CUTIANO 1º Lugar: Patrick Nascimento dos Santos 2º Lugar: Luis Antonio do Nascimento 3º Lugar: Fabiano Conceição 4º Lugar: Antonio Juscelino Costa 5º Lugar: Sidnei Pereira de Brito LAÇO EM BEZERRO: Zenilton Junior LAÇO EM DUPLA Luiz Gonzaga e Paulo Ferreira TRÊS TAMBORES (1ª Copa Nacional Shark Oppnus Jeans): 1º Lugar: Daiane Sudário 2º Lugar: Fernanda Jurca 3º Lugar: Elisandra Mara 4º Lugar: Heloisa Sartin 5º Lugar: Barbara Kopp

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AgroModa

Fotos: Divulgação

Quando a capital da moda chegou ao Texas

A Daniela Andreotti, Blogueira e Competidora dos Três Tambores

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começar pelo desfile da Chanel que vimos na passarela de rodeio montada no lendário Dallas Fair Park, construído como uma joia do arte decor para a exposição universal de 1936, o Texas nunca ficou tão em evidência no mundo da moda. Karl Lagerfeld, imbuído nesse espírito do velho oeste, levou seu talento para colorir as arenas de rodeio. Muito couro feito manualmente pelos artesãos, franjas como já falei na última matéria da revista, botas country, chapéus no melhor estilo cowboy, sempre com muito jeans, camisas, calças, casacos, etc... Acessórios clássicos da Chanel, por exemplo, como a famosa bolsa “Boy Bag” e o bracelete de acrílico que ganharam franjas, inspirados nos índios do faroeste americano, tudo com muito charme e requinte. Placas metálicas que imitam as fivelas dos cintos de cowboys, muitas pedras turquesa no melhor estilo Texas/México. E para todas as moças que tem uma Maria Rodeio no fundo da alma, ParisDallas é o objeto de desejo da temporada. Eh boi no laço, eh tiro certeiro... Até a próxima!!!


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AgroMundo

Fonte The Independent-USA

Banana transgênica pode ajudar no combate à desnutrição

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esenvolvida por cientistas australianos, uma banana geneticamente modificada tem potencial para reduzir mortalidade e cegueira infantis. A fruta apresenta uma cor interior alaranjada e altos níveis de betacaroteno, precursor da vitamina A. Segundo a Organização Mundial da Saúde - OMS, dois milhões de pessoas morrem todo ano em decorrência da falta desta vitamina, que também é responsável pela perda anual de visão de 250 a 500 mil crianças. De acordo com o pesquisador australiano James Dale, líder do projeto na Universidade de Tecnologia de Queensland, em Brisbane, esta manipulação genética faz parte de uma nova tendência de alimentos transgênicos, que têm o objetivo de combater a

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desnutrição nos países em desenvolvimento. Como na África, já que a banana é um alimento importante, sendo comida crua e cozida. Em Uganda, por exemplo, cerca de 70% da população tem na fruta a base de sua alimentação. O estudo é financiado pela Fundação Bill e Melinda Gates e foi bem sucedido em testes de campo. Agora, cerca de 10 quilos da nova banana estão sendo enviados aos Estados Unidos, para que seja avaliada sua biossegurança para consumo humano. Se for comprovado que o betacaroteno da fruta se transforma em vitamina A no organismo, o produto será submetido à aprovação de sistemas regulatórios de outros países – como Uganda, podendo se tornar um produto comercializável até 2020.


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AgroCultura

Bagaço da laranja pode virar etanol

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ma pesquisa da Universidade Estadual de Campinas - Unicamp, desenvolvido pela pesquisadora Ljubica Tasic, há cerca de 6 anos, transforma o bagaço da laranja em etanol. O processo se resumiria da seguinte forma: “Nós usamos enzimas de algumas bactérias para digerir a biomassa, liberar os sacarídeos e, após isolamento dos micro-organismos do próprio bagaço, realizar a produção do etanol. Conseguimos bons resultados com enzimas baratas e com curtos períodos de fermentação, com duração de 6 a 12 horas, em comparação com 16 a 24 horas, que são habituais nos processos fermentativos” explica Tasic. Já foram analisados os bagaços industriais, de duas industrias independentes, além dos bagaços de alguns

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restaurantes locais, na caracterização das matérias primas, os resultados foram bons e parecidos. A pesquisadora conta ainda que existe uma indústria no Brasil que utiliza o suco da fruta para realizar a produção do etanol, mas com o bagaço o rendimento é muito maior. Além de ter sido extraído, dos restos sólidos, a hesperidina que é um antioxidante presente no suco de laranja, e que ajuda a melhorar a função dos vasos sanguíneos, diminuindo o risco de doenças cardiovasculares, com a intenção de comercialização, sendo que no mundo, apenas a China produz a hesperidina para fins comerciais. Como sabe-se o Brasil é o maior produtor mundial de suco de laranja, sendo utilizada cerca de 20 milhões

de toneladas, por ano no país. A produção da laranja ocorre 10 meses do ano, sendo que nos meses de janeiro e fevereiro não há produção, cerca de aproximadamente 50% de bagaço da laranja é utilizado na produção do suco de laranja e o restante é subutilizado. “Estamos prontos com uma pesquisa piloto, mas queremos realizar testes na indústria. Para isso, ainda falta a assinatura de alguns contratos, a parte burocrática, além do interesse da própria indústria. Existem empresas interessadas, agora vamos tentar aplicar a ideia” comenta Tasic. Segundo Tasic, já existem empresas interessadas em colocar em prática o processo de fabricação, porém, a burocracia ainda é um dos entraves à produção comercial.


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AgroSocial

Fotos: Leandro Gasparetti

SOCIAL WESTERN Por Leandro Gasparetti

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1 - Renato Xavier e Halim Atique Neto - 2 – Adolfo San Jr. com Maycon & Renato- 3 - Adriana, Eloi Gonçalves e Milisa Bittar - 4 - Alessandro Mendes e Siderley Clein - 5 - Alex Machado, Edward Silva e Luiz Machado - 6 - André Fachinetti e Manoel Neves Filho - 7 – Capitão Carlos Siqueira e Fábio Miguel- 8 – Wilson Anastácio Junior, Guilherme Avila e Renato Xavier de Barros - 9 - Carlos Alberto Rodrigues e Gentil Rossi - 10 – Dr. Luis Eduardo Stevanato e o Dr. Rodrigo Crispim Moreira - 11 – Frederico Husseini, Tião Procópio, Kim Ribeiro - 12 – Maiara Gomes e Sigmar Fernandes da Silva - 13 - Nardão e Cacá Rossete da FM Diário - 14 - Ney Macedo e Esnar Ribeiro - 15 – Os locutores Piracicabano e Junior Castro - 16 – Wilson Goiano e Wilson Borges - 17 – Paulo Emílio Marques e Lívia Costantini - 18 – Renatinho de Paulo, locutor Della Morena e Leandro Alves - 19 – Os locutores Taturana e Almir Cambra 44


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AgroRodeio

Fotos: Leandro Gasparetti

DELLA MORENA O PIONEIRO DO RODEIO NO RÁDIO L ocutor profissional de rodeio há 25 anos, Della Morena, nasceu na cidade de Mirassol e atualmente reside em São José do Rio Preto, ambas situadas no interior paulista. Desde que começou a narrar montaria nos rodeios das grandes cidades do Noroeste Paulista, já sentia que este esporte merecia ter um espaço na mídia como os outros esportes sempre tiveram, foi aí que em 1989, Della Morena, demonstrando uma visão empreendedora, montou o programa de rodeio na rádio FM. O programa foi levado ao ar, pela Rádio Onda Nova FM, de São José do Rio Preto, e emplacou já em primeiro lugar de audiência em todas as rádios FM da Região (fonte IBOPE). Primeiramente denominado de Rodeio Musical, sua carreira não parou de crescer, quando apareceram convites para apresentações nas principais festas da região e do Brasil, sendo também convidado para fazer partici-

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pações especiais em CDs de grandes nomes da música sertaneja, como Sérgio Reis entre outros. Hoje, estas mesmas emoções da rádio ecoam mais altas na rádio FM Diário, onde Della Morena leva sua voz e suas experiências para mais de 250 municípios, com mais de 2 milhões de ouvintes. O programa “Rodeio é Paixão”, é considerado o número 1 das rádios Fms, no ar de segunda a sexta, das 16 às 18 hs, onde recebe ligações e, mantendo uma perfeita sintonia entre apresentador e ouvinte. Della Morena dá um show à parte, fazendo locuções como se os participantes do programa fossem verdadeiros Peões de Boiadeiro. Ganhador dos prêmios de Melhor Programa Sertanejo Country de Rádio FM do Brasil, nos anos de 2001 e 2002, eleito pela Revista Rodeo Country; Arena de Ouro – o Oscar do Rodeio Brasileiro; Fivela de Prata, três vezes seguidas, pela Revista 8 Segundos; Fivela de

Ouro, pela Revista Rodeio & Cia; e há 19 anos na FM Diário, com seu programa em primeiro lugar de audiência. Quem quiser saber mais sobre o ícone do rodeio, nas rádios do Brasil, basta curtir no facebook: Della Morena


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